O Ministério Profético em o Novo Testamento

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O Ministério Profético em o Novo Testamento
O Ministério Profético em o Novo Testamento
O termo “profeta” deriva-se do termo grego prophetes, “alguém que anuncia”. O Antigo
Testamento, mais frequentemente traduz o termo hebraico naui’, que vem de uma antiga
palavra que significa “aquele que fala”. Tornou-se um termo técnico que indica alguém que
fala por Deus (ou por um deus ou deusa: o falso deus Baal tinha seus profetas, bem como sua
consorte, Aserá, 1 Rs 18.19).
Envolve noções de proclamação, pregação e informação. O trecho de Isaías 42.1-7 fala de
Cristo como o Servo ungido que iluminaria as nações, ao passo que Isaías 11.2 e 61.1 falam
do Espírito do Senhor, que sobre Ele repousaria.
O Novo Testamento retrata Jesus como um “pregador” e “mestre” (no grego, didaskalos, termo
usualmente traduzido por “mestre”, no sentido de mestre-escola), bem como “aquEle que
cura” (Mt 9.35). Ele anunciou a salvação aos pobres (Lc 4.18,19). Nos tempos bíblicos, o
termo “profeta” não incluía necessariamente a capacidade de olhar para o futuro . Os
profetas eram apenas aqueles que falavam por Deus, e se houvesse predição do futuro, seria
Deus, e não o profeta, que via o futuro e o revelava. O profeta era apenas boca usada por
Deus. Os profetas também eram chamados videntes, porque Deus lhes permitia enxergar a
mensagem, algumas vezes em suas mentes, outras, em sonhos e visões.
Jesus, entretanto, cumpriu o ministério de profeta no sentido mais elevado. Ele disse: “… a
palavra que ouviste não é minha, mas do Pai que me enviou” (Jo 14.24). Particularmente no
ano do encerramento de seu ministério público, Jesus muito ensinou a seus discípulos sobre
os eventos que ainda aconteceriam. Capítulos inteiros de discurso nos evangelhos – Mateus
24, por exemplo -, são compostos por profecias futuristas [grifo nosso]. É claro que Jesus
cumpriu o ofício de profeta.
Nos primeiros dias de seu ministério, chegou proclamando o que os profetas do Antigo
Testamento haviam previsto que se cumpriria nEle (Lc 4.16-21). O Reino já estava próximo, na
sua pessoa e ministério (Mt 4.17). Sua mensagem profética vinculava-se a uma chamada ao
arrependimento, e, tal como se dava no Antigo Testamento, essa convocação fluía de um
coração repleto de amor pelas pessoas e desejo de ver as bênçãos celestiais sobre elas.
Profecia e profetas do Novo Testamento
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Há muita diferença entre profeta do Antigo Testamento e profeta da graça. No Antigo
Testamento profeta era oficio ( profissão ), no Novo Testamento é dom.
“Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profeta, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores”. (Ef. 4:8 e 11). No Antigo Testamento era Deus sobre o homem, no Novo
Testamento é Deus dentro do homem.
No Velho Testamento o oficio de profeta terminou em João Batista. “A lei e os profetas
duraram até João…” (Luc. 16:16). No Novo Testamento começou no dia de pentecoste. No
Antigo Testamento o profeta era para a nação de Israel, no Novo Testamento o profeta é para
a igreja em cada localidade.
Houve uma pausa: por espaço de trezentos anos não tinha Deus falado aos homens. Mas no
fim desse tempo, João, filho de Zacarias, cognominado o Batista, que foi “profeta”, e “mais de
que profeta” (Mt 11.9), apareceu, revelando às multidões a vontade de Deus a respeito delas,
e dizendo-lhes que estava chegado o tempo em que as profecias sobre a vinda do Libertador
deviam ser cumpridas. E chegou esse tempo do Profeta ideal, em quem tiveram realização,
no maior grau. as palavras de Moisés (Dt 18.18; At 3.22), revelando Ele nos Seus atos e
palavras o Espírito do Pai celestial.
E compreende-se que a atividade profética não tivesse a sua paragem em Jesus Cristo,
continuando duma maneira nova, depois que o Espírito Santo foi derramado no dia de
Pentecoste. Então, as palavras de Joel receberam parte do seu cumprimento: “vossos filhos e
as vossas filhas profetizarão” (Jl 2.28; At 2.17); e mais uma vez se acostumaram os crentes a
ouvir os profetas, que se lhes dirigiam em nome do Se nhor.
Entre estes são mencionados: Ágabo e outros, vindos de Jerusalém (At 11.27,28; 21.10);
profetas em Antioquia (At 13.1); Judas e Silas (At 15.32); as quatro filhas de Filipe, o
evangelista (At 21.9). S. Paulo também se refere a profetas cristãos em 1 Co 12.28 e
seguintes: 14.29,32,37; Ef 3.5 e 4.11, compreendendo nós, por essas passagens, que esses
obreiros, tomando parte proeminente nas reuniões cristãs, nos cultos, eram algumas vezes
inclinados a pensar que não podiam restringir o ímpeto da fala. O autor do Apocalipse também
se refere freqüentes vezes aos profetas cristãos, que são considerados como seus irmãos (Ap
22.9; vede também 10.7; 11.10-18; 16.6; 18.20-24; 22.6).
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