matemática - Estado do Paraná
Transcrição
matemática - Estado do Paraná
MATEMÁTICA Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente; o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse conhecimento. Os conceitos abordados em conexão com sua história constituem veículos de informações culturais, sociológicas e antropológicas de grande valor formativo, sendo a história da matemática um instrumento de resgate da própria identidade cultural. Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com que o aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do homem público. Prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais, necessitando apropriar-se de uma gama de conhecimentos, dentre eles, o matemático. A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações, para compreender e elaborar idéias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas, diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade. A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando meios para superação de desafios. Tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de: observar e analisar regularidades matemáticas; fazer generalizações e apropriar-se de linguagem adequada para resolver problemas e situações ligadas a matemática e outras áreas do conhecimento; visando a formação global do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido. As primeiras contribuições no campo da matemática foram dados pelos egípcIos e pelos babilônios com a introdução do sistema de numeração decimal e hexagesimal, e a Matemática era essencialmente indutiva. Foi na Grécia que a Matemática teve um desenvolvimento significativo , principalmente na Geometria dedutiva com Tales e Pitágoras. E foi com Euclides que se desenvolveu a Geometria e sua sistematização. E ainda com os gregos temos Arquimedes com o cálculo integral, Geometria prática com Herão e a Trigonometria com Hiparco entre outros filósofos e matemáticos. As principais contribuições do povo hindu e árabe foram a introdução do sistema de numeração indo-arábico, números negativos e invenção do zero, Tratado de álgebra, tábuas trigonométricas. As primeiras práticas pedagógicas se deve aos sofistas por volta do século V a.C. E entre os séculos IV a II a.C, a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica. No século V d.C. até o século VII d.C., o ensino era de caráter apenas religioso. No final desse período as aplicações de caráter prático e empírico começaram a ser explorados. A partir do século VIII o ensino da matemática passa por mudanças significativas com o surgimento de escolas e pela organização do sistema de ensino. A partir do século XV com a intensificação das atividades comerciais e de navegação, os conhecimentos matemáticos foram voltados a atividades práticas, No século XVI , houve nova sistematização de conhecimentos com a matemática das grandezas variáveis, Este período foi marcado pelo grande avanço científico e econômico, na construção de máquinas e equipamentos. Valorização da técnica e concepção mecanicista, que rendeu vários estudos que se encontram na Matemática aplicada. Nesse mesmo período , no Brasil, os Jesuítas instalaram os colégios católicos e introduziram a Matemática como disciplina. Muitas foram as contribuições. Com a revolução industrial notou-se a necessidade de atender a classe trabalhadora, solucionando problemas de ordem prática. No início do século XX, iniciaram-se discussões, encontros sobre novas propostas pedagógicas , vinculando a Matemática as exigências das mudanças sociais e econômicas , Após a Primeira Guerra Mundial, houve propostas educacionais que eram contrárias a uma educação artificial e verbalizada. O movimento da Escola Nova propunha uma concepção empírico-ativista, tendência do escolanovismo, que influenciou a prática de muitos professores até meados da década de 80.O estudante era o centro do processo, e o professor era o orientador. Outras tendências influenciaram o ensino da Matemática da época e muitas fundamentam o ensino da Matemática até hoje como a formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica(FIORENTINI, 1995). Até o final da década de l950, a tendência que prevaleceu no pais , foi a formalista clássica, aprendizagem centrada no professor. Após esse período a tendência formalista moderna ganhou força com o Movimento da Matemática Moderna, mas não respondeu a proposta de ensino. Na década de 70, o caráter mecanicista e pragmático foi marcante, A pedagogia tecnicista se centrava nos objetivos instrucionais. A tendência construtivista se estabeleceu no Brasil na década de 80 , dando ênfase ao processo do conhecimento. A tendência socioetnoculturais começaram a ser valorizadas a partir dessa época. A tendência histórico-crítica ,surgiu no Brasil em meados de 1984, valorizando a construção do conhecimento a partir da prática social, construindo significados, sendo capaz de relacionar, justificar, analisar,discutir e criar idéias matemáticas. O Professor deve articular o processo pedagógico. O currículo básico teve forte influencia da pedagogia histórico-crítica, publicado em 1990. Em1996 foi aprovada a LDB que procura adequar o ensino brasileiro as novas exigências do mundo do trabalho. Em 1998 o Ministério da Educação distribuiu os PCN’s(Parâmetros Curriculares Nacionais), voltado para competências e habilidades. No Paraná, a partir de 2003 começaram as discussões acerca de estabelecer Diretrizes Curriculares para a Educação Básica,que foram revistas ao longo desse tempo e em 2008 foi divulgada a mais recente, com alterações, que resgata a importância do conteúdo matemático e da disciplina Matemática. A Matemática deve valorizar os aspectos cognitivos e os importância social do ensino dessa disciplina. Isso implica, olhar tanto o ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu fazer , do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-la. (MEDEIROS, 1987) O Professor deve compreender que a Matemática é uma atividade humana em construção. Ao ensinar Matemática o professor almeja que seus alunos ampliem seus conhecimentos, contribuindo para o seu desenvolvimento e da sociedade. A característica científica da matemática e de seus conteúdos devem superar a expectativa utilitarista. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela aparência da realidade (RAMOS, 2004). CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS RESPECTIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS - POR SÉRIE/ANO 5a SÉRIE/6º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA: • Sistemas de Numeração . • Números naturais, fracionários e decimais. • Múltiplos e divisores. • Noções de potenciação e radiciação. GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de comprimento. • Sistema monetário. • Perímetro, área e volume. • Medidas de: massa,capacidade, tempo , ângulos. GEOMETRIAS • Reconhecimento de representação de ponto,reta, plano, semi-reta e segmento de reta. • Retas paralelas e concorrentes. • Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas. • Classificação de triângulos. • Cálculo de perímetro e área de figuras planas. • Círculo e circunferência – identificação de seus elementos. TRATAMENTO DA INFORMAÇAO • Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas , listas e gráficos. • Gráficos de barras e colunas. • Porcentagem – relação entre fração e números decimais. 6a SÉRIE/7º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA • Números naturais, inteiros e racionais. • Comparação, ordenação e representação geométrica (reta numérica). • Noção de variável e incógnita, cálculos com valores numéricos. • Equação do 1o grau com uma incógnita. • Inequações. • Razão e proporção. • Regra de três simples. GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de ângulos (uso do transferidor). • Medidas de temperatura. • Área, perímetro dos polígonos. • Volume dos sólidos geométricos. GEOMETRIAS • Planificação dos sólidos geométricos • Representação cartesiana e confecção de gráficos • Classificação de polígonos e poliedros. • Classificação de triângulos. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e listas. • Gráficos de barras, colunas e setores. • Média aritmética • Moda e mediana. 7a SÉRIE/8º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA • Generalização da idéia de número: variáveis e parâmetros, escrita numérica e escrita literal. • Tradução de problemas em linguagem algébrica (equação, inequação e sistemas de equações). • Adição, subtração, multiplicação e divisão de monômios e polinômios. • Produtos notáveis. • Fatoração. GRANDEZAS E MEDIDAS • Áreas e perímetros dos polígonos (fórmulas algébricas). • Comprimento da circunferênica • Volume de poliedros. • Ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. • Diagonais e soma dos ângulos internos dos polígonos. GEOMETRIAS • Condições de paralelismo e perpendicularismo. • Condição de existência do triângulo. • Classificação dos triângulos e quadriláteros, principais elementos, propriedades. • Pontos notáveis do triângulo. • Congruência de triângulos. • Sistema de coordenadas cartesianas. • Noções de Geometria não-euclidiana através de visualização e representação de fractais. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Tabelas e gráficos. • Conceito de amostra para levantamento de dados. 8a SÉRIE/9º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA • Operações com racionais e irracionais. • Propriedades da potenciação e radiciação • Notação científica. • Equação do 2o grau. • Equação biquadrada. • Sistemas de equações do 2o grau. GRANDEZAS E MEDIDAS • Congruência e semelhança de figuras planas. • Relações métricas no triângulo retângulo • Trigonometria no triângulo retângulo • Teorema de Pitágoras. GEOMETRIAS • Congruência e semelhança de figuras planas • Semelhança de triângulos. • Teorema de Tales. • Noções básicas de Geometria Projetiva. • Representação cartesiana e confecção de gráficos (noção de funções). FUNÇÕES • Plano cartesiano. • Noção intuitiva de função afim e quadrática. • Análise dos gráficos de função afim e função quadrática. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos. • Noções de análise combinatória – contagem, princípio multiplicativo. • Noções de probabilidade. • Juros simples e compostos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS RESPECTIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO 1º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA • Conjuntos Numéricos. • Teoria dos conjuntos. • Potenciação e Radiciação. FUNÇÕES • Progressão aritmética. • Progressão geométrica. • Função Afim. • Função Quadrática. • Função exponencial. • Função logarítmica • Função modular • Composição e inversão de funções TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO • Matemática financeira. GRANDEZAS E MEDIDAS • Razões trigonométricas no triângulo retângulo. • Relações trigonométricas 2º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA • Matrizes. • Determinantes. • Sistemas lineares. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Análise combinatória. • Probabilidade. • Binômio de Newton. GRANDEZAS E MEDIDAS • Trigonometria FUNÇOES • Funções trigonométricas. 3º ANO • • • • GEOMETRIA Geometria plana. Geometria espacial. Geometria analítica. Noções básicas de geometria não-euclidiana. NÚMEROS E ÁLGEBRA a) Polinômios. • Números complexos. GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de área, de volume, de grandezas vetoriais , de informática e de energia. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Noção de estatística. METODOLOGIA Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o aluno veja a Matemática como um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de idéias e permite modelar a realidade e interpretá-la. Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba as definições, demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tendo a função de construir novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar sentido às técnicas aplicadas. Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos, e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto a abstração, o raciocínio a própria razão de se ensinar matemática, a resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender é condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida. Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse impacto exigirá do ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao indivíduo reconhecerse e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante movimento. Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelas mídias tecnológicas recursos da informática, as calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz significativas contribuições para que seja repensado o processo ensino-aprendizagem de matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes finalidades: • Como fonte de informação; • Como auxiliar no processo da construção do conhecimento; • Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar situações; • Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc. Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos, mas sem dúvida, é apenas mais um recurso. É importante contextualizar os conceitos registrados na história da matemática para que o aluno tenha uma aprendizagem que possibilite o aluno a analisar, refletir e aceitar raciocínios e procedimentos. A metodologia da resolução de problemas deve ser explorada e, segundo Polya, o pai da resolução de problemas, deve conter os seguintes passos: • Compreensão do problema (o que se pede? Quais são os dados e condicionantes? É possível representar por uma figura?). • Estabelecimento de um plano (você já resolveu um problema como este? É possível colocar as informações em uma tabela, fazer um gráfico da situação? É possível traçar um ou mais caminhos para a resolução?). • Execução do plano (Execute o plano elaborado, efetue os cálculos indicados no plano, verifique cada passo dado). • Retrospecto (é possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado por um caminho diferente? É possível utilizar o resultado ou o método em problemas semelhantes?). A metodologia da Resolução de Problemas, garante a elaboração de conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação àquilo que está sendo estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que conduziu ao resultado. O uso de diferentes recursos e materiais mostrará ao aluno uma nova face de uma mesma idéia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige reflexão. A utilização de revistas e jornais, podem ser excelentes fontes de situações problemas através de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros, que provocam questionamentos contextualizados, pois representam material que possibilita a leitura da realidade. Quando abordamos temas contemporâneos, não devemos deixar de abordar temas como Meio Ambiente, enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação fiscal, Educação Sexual, Gênero e Diversidade Sexual.Uma notícia pode ser motivo para busca de maiores e variados conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade. A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais áreas do conhecimento, e que darão significado aos conteúdos estudados, pois o conhecimento matemático deve ser entendido como parte de um processo global na formação do aluno, enquanto ser social. É importante que se estabeleça uma interação aluno - realidade social que possibilite uma integração real da matemática com o cotidiano e com as demais áreas do conhecimento. A Etnomatemática está inserida em diferentes momentos em nossa prática pedagógica , desde quando consideramos o conhecimento da própria cultura e realidade do aluno até a de outras culturas,remetendo ao contexto cultural e social no qual estão inseridos,com o objetivo intrínseco de valorizar e respeitar essa diversidade. A geometria tão marcante na cultura indígena e os jogos africanos nos leva ao um estudo etnomatemático, e estamos contemplando assim a Cultura Indígena e a História da Cultura Afro-Brasileira. AVALIAÇÃO Sob uma perspectiva diagnostica, a avaliação é vista como um conjunto de procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao professor a reorganização do processo de ensino. Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para os alunos se arriscarem, acertarem e errarem. E o erro nessas condições não configura um pecado ou ameaça, mas, uma pista para que através das produções realizadas, professor e alunos investiguem quais os problemas a serem enfrentados, pois considerando as razões que os levaram a produzir esses erros, ouvindo e debatendo sobre suas justificativas, podem-se detectar as dificuldades que estão impedindo o progresso e o sucesso do processo ensino-aprendizagem. Nas tentativas de compressão do que cada aluno produz e as soluções que apresenta, pode-se orientá-lo melhor e, transformar os eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem. Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que podem exigir formas diferenciadas de atendimento e alterações de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele. Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de constante observação e seu registro, sendo imprescindível partilhar com eles, a análise de suas produções , sua comunicação oral e por escrito (registros efetuados no caderno, trabalhos individuais e em grupo, testes escritos, ),para que desenvolvam a consciência de seus avanços e dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre o produto final, mas sobre o que aconteceu no processo de aprendizagem. Torna-se necessário retomar conteúdos já avaliados no bimestre, dando oportunidade de recuperação concomitante, enfatizando as principais dificuldades encontradas pelos educandos. A observação constante do desenvolvimento dos alunos é imprescindível e os demais instrumentos de avaliação já mencionados no parágrafo anterior, serão utilizados. BIBLIOGRAFIA DANTE, L.R. Didática da Resolução de problemas de Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2003. D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. EVES,H. Introdução à história da matemática. Campinas, SP: UNICAMP, 2004. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Educação escolar indígena – Série Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED, 2006. POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos. (2004) REFERÊNCIAS ON LINE Cadernos temáticos – desafios contemporâneos. Disponível em http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311. Acesso em maio/2011.
Documentos relacionados
Ensino Fundamental 2
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA Álgebra - Números naturais, operações e resolução de problemas - Raiz quadrada e potenciação - Múltiplos e divisores - Critérios de divisibilidade - MMC e MDC...
Leia mais