Boletim 301
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Boletim 301
Fevereiro/2007 - Nº 301 A Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC Saúde vocal do professor voz é usada como a principal ferramenta de trabalho pelos professores, que na maioria das vezes, lecionam para um grande número de alunos por sala de aula, em ambiente ruidoso e possuem uma extensa carga horária diária de trabalho. As conseqüências da falta de conhecimentos e cuidados com a voz podem trazer prejuízos maiores para a saúde vocal, desde alterações quase imperceptíveis auditivamente, até alterações vocais severas, muitas vezes impedindo que o professor continue na regência. Infelizmente, um grande número de professores ainda não detem informações sobre esses cuidados e acabam sofrendo danos vocais no decorrer da formação e vida profissional. Preocupado com essa situação o SINPRO ABC iniciou, no ano passado, um trabalho relacionado ao agravo de voz para orientar aos professores sobre cuidados com a voz. As palestras tiveram grande aceitação dos professores, razão pela qual o SINPRO ABC continua com o trabalho de orientação, desenvolvendo atividades nas escolas. Inicialmente com o SESI, e em janeiro/2007 realizou palestras no Objetivo-Santo André e escola Pueri Domus, em São Caetano do Sul. As orientações são da fonoaudióloga Fabiana Zambon, responsável pelo Programa de Saúde Vocal do SINPRO SP e SINPRO ABC e professora do curso de especialização em voz do Centro de Estudos da Voz – CEV – São Paulo. Para as palestras é necessário um grupo mínimo de 50 professores. Os interessados deverão entrar em contato com o SINPRO ABC para agendar uma visita. A saúde do professor é uma preocupação constante do SINPRO ABC, que em breve, realizará atividades explorando a Síndrome de Burnout, doença que também atinge o corpo docente. Dia internacional da Mulher A idéia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou a protestos sobre as condições de trabalho. Um grupo de mulheres, empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil, foi protagonista de uma manifestação em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, quando protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários. Elas foram trancadas no interior da fábrica pelos patrões e pela polícia. Estes mesmos atearam fogo no prédio, matando 129 trabalhadoras carbonizadas. Muitos outros protestos se seguiram nos anos seguintes a esse episódio de 8 de Março, destacando-se um outro em 1903, em que profissionais liberais norte-americanas criaram a Women’s Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho. Mas só em 1910, numa conferência internacional de mulheres, realizada na Dinamarca, foi decidido, oficialmente, comemorar o 8 de Março como “Dia Internacional da Mulher”. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel Campanha Salarial 2007 Começaram as negociações salariais N este mês de fevereiro começam as negociações intersindicais com o SEMESP, sindicato dos mantenedores de ensino superior, o SESI e o SENAI. A pauta de reivindicações, aprovada em novembro de 2006 pelas assembléias de professores, está estruturada nos seguintes eixos de luta: reajuste salarial, regulamentação da atividade docente e respeito aos professores. Na educação básica, a convenção coletiva vale até 2008. O reajuste será definido em meados de março, quando forem divulgados os principais índices de inflação. PARTICIPE DAS ASSEMBLÉIAS COM PONTO ABONADO - DIA 28 DE FEVEREIRO SESI/SENAI - 8h 30min. e 13h30min, no Plenarinho da Câmara Municipal de Santo André - Praça IV Centenário - Centro ENSINO SUPERIOR - 18h30min. na sede do SINPRO ABC. Rua Pirituba, 61 - B. Casa Branca - Santo André MEIO AMBIENTE D da mulher na sociedade atual. E o seu papel tem sido essencial e cada vez mais a mulher desempenha diversas atividades profissionais, derrubando fronteiras e desfazendo preconceitos. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com preconceito e a desvalorização das mulheres. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais de trabalho, com salários baixos, violência masculina, assédio moral, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há que ser modificado nesta história. Fique atento às atividades comemorativas do 8 de março, divulgadas no site do SINPRO: www.sinpro-abc.org.br 60% da população mundial pode ficar sem água em 20 anos entro de 20 anos, uma proporção de dois terços da população do mundo deve enfrentar escassez de água, de acordo com a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação. Segundo a FAO, o consumo de água dobrou em relação ao crescimento populacional no último século. Pouco mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias, disse Pasquale Steduto, diretor da unidade de gerenciamento dos recursos hídricos da FAO. Segundo ele, mais de 2,5 bilhões não têm saneamento básico adequado. Steduto pediu mais esforços nacionais internacionais para proteger os recursos hídricos do planeta. A irrigação para cultivos agrícolas atualmente responde por mais de dois terços de toda a água retirada de lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Em várias partes do mundo, agricultores que tentam produzir alimentos suficientes e obter renda também enfrentam Imagem: www.usp.br/agen/rede491.htm estiagens sistemáticas e crescente competição por água. Segundo a FAO, os agricultores devem armazenar mais água da chuva e reduzir o desperdício ao irrigar suas plantações. “A comunidade global tem conhecimentos para lidar com a escassez de água. O que é necessário é agir”, afirma. Fonte: BBC Brasil e MST O Professor Fórum Social Mundial 2007 “A luta dos povos, as alternativas dos povos” A diversidade e a solidariedade foram os valores mais lembrados em atividades na sétima edição do Fórum Social Mundial (FSM), realizado entre os dias 20 e 25 de janeiro, em Nairóbi, capital do Quênia. Cerca de 46 mil pessoas, de todas as partes do mundo, se reuniram para discutir os rumos do FSM e, ao mesmo tempo, entender um pouco mais sobre como enfrentar o desafio de tornar o mundo mais justo e humano para todos. Uma das prioridades do encontro foi a incorporação dos movimentos sociais africanos à luta contra o neoliberalismo, que faz da África sua maior vítima. Os temas foram diversos: direito à terra, direito à água, luta contra a dívida, Estado palestino, direito das mulheres, entre muitos outros. Os desafios também permanecem. Um deles é de popularizar o evento. O alto custo do valor da inscrição e das refeições inviabilizou a presença da população pobre do Quênia, o que gerou protestos diários. A África que acolhe o Fórum pela segunda vez (no ano passado o evento descentralizado ocorreu no Mali) ocupa um lugar especial na luta por um mundo mais justo. O continente reúne os povos mais atingidos pelo neoliberalismo e os seus efeitos: miséria e fome. Nas falas, durante as atividades do Fórum, muitos identificam o altermundialismo (como é conhecido o conjunto de organizações que participam do Fórum) como uma continuidade das lutas de descolonização e contra o apartheid racial. O desafio da sociedade civil africana, no encontro, é conseguir unir as lutas do continente. A nova cultura política (a luta contra as desigualdades e por direitos sociais) faz convergir lutas muitas vezes fragmentadas. Essa foi a base para a prioridade do Fórum deste ano: agir. Nesse sentido, o encontro estabelece um calendário unificado de mobilizações. No Conselho Internacional do FSM existem duas vertentes bastante claras de compreensão do que deve ser o papel do Fórum. Uma defende um papel mais dirigido das suas ações. Outra entende que ele deve se manter da forma como é, sendo um espaço aberto para todas as lutas e que ela, em função de sua capacidade organizativa, construção de militância etc., vá ocupando espaços na sociedade. Mas esse debate não se deu de forma tão intensa, porque, de alguma forma, algumas construções já estão sendo realizadas e podem ir aproximando as duas posições. Entre os principais acertos na edição deste ano, se destaca a presença africana, em número muito maior que em Fóruns anteriores, e a evidente expectativa das organizações africanas de socializar suas lutas e, ao mesmo tempo, conhecer as de outros continentes. Essa sétima edição do Fórum Social Mundial realizada integralmente na África trouxe pelo menos uma diferença: “A luta dos povos, as alternativas dos povos” o lema do encontro, em substituição ao tradicional “Um outro mundo é possível”, usado desde a criação do primeiro Fórum. ERRATA - Estamos republicando o calendário do ano de 2008 que integra a agenda SINPRO ABC 2007. Recorte e cole na sua agenda o calendário abaixo. JANEIRO dom seg ter 1 6 7 8 13 14 15 20 21 22 27 28 29 qua 2 9 16 23 30 qui 3 10 17 24 31 sab 5 12 19 26 dom seg ter qua qui sex 1 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20 21 22 24 25 26 27 28 29 MAIO dom seg ter qua qui 1 4 5 6 7 8 11 12 13 14 15 18 19 20 21 22 25 26 27 28 29 ter 2 9 16 23 30 qua 3 10 17 24 qui 4 11 18 25 sab 2 9 16 23 sex 2 9 16 23 30 sab 3 10 17 24 31 dom seg 1 2 8 9 15 16 22 23 29 30 sex 5 12 19 26 sab 6 13 20 27 dom seg ter qua 1 5 6 7 8 12 13 14 15 19 20 21 22 26 27 28 29 ter 3 10 17 24 qua 4 11 18 25 qui 5 12 19 26 sex 6 13 20 27 sab 7 14 21 28 OUTUBRO qui 2 9 16 23 30 ABRIL dom seg ter qua qui sex sab 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 26 27 28 29 30 31 25 dom seg ter 1 6 7 8 13 14 15 20 21 22 27 28 29 JULHO JUNHO SETEMBRO dom seg 1 7 8 14 15 21 22 28 29 MARÇO FEVEREIRO sex 4 11 18 25 dom seg ter 1 6 7 8 13 14 15 20 21 22 27 28 29 qua 2 9 16 23 30 qui 3 10 17 24 31 sab 4 11 18 25 qui 3 10 17 24 sex 4 11 18 25 sab 5 12 19 26 AGOSTO sex 4 11 18 25 sab 5 12 19 26 NOVEMBRO sex 3 10 17 24 31 qua 2 9 16 23 30 dom seg ter qua qui sex sab 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 25 26 27 28 29 30 24 dom seg ter qua qui sex 1 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20 21 22 24 26 27 28 29 31 25 sab 2 9 16 23 30 DEZEMBRO dom seg 1 7 8 14 15 21 22 28 29 ter 2 9 16 23 30 qua 3 10 17 24 31 qui 4 11 18 25 sex 5 12 19 26 sab 6 13 20 27 EXPEDIENTE O Professor - Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC - ISSN: 1673-8473 Diretoria executiva: Aloisio Alves da Silva, Célia Regina Ferrari; Denise Filomena L. Marques, José Carlos Oliveira Costa, José Jorge Maggio, Paulo Cardoso de Souza, Paulo Ostroski e Paulo Roberto Yamaçake; • Presidente: Aloísio Alves da Silva; • Diretora de Imprensa: Denise Filomena L. Marques • Jornalista Responsável: Josane Beckman (Mtb 43944/SP) • Diagramação e ilustração: Israel Barbosa • Tiragem: 4000 exemplares • Data de fechamento: 15/02/2007 • Site: www.sinpro-abc.org.br Rua Pirituba, 65 - B. Casa Branca - Santo André - SP Cep: 09015-540 - Fone: (11)4994-0700 CONTEE lança campanha “Educação não é mercadoria” “Não à desnacionalização da Educação Superior Brasileira” A diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (CONTEE) aprovou a campanha nacional defendendo a garantia da educação como um direito e bem público e, quando concedido à iniciativa privada, opere sob o atento controle do Estado. Neste sentido, contando como apoio da CNTE, UNE, CUT, Federações e Sindicatos filiados à CONTEE, a campanha teve início com o informe publicitário divulgado na revista “Carta Capital”, edição de 22/01/2007, com o título “Carta aberta a Luiz Inácio Lula da Silva”, com enfoque na regulamentação do ensino privado pelo poder público, além da expectativa de que, neste segundo mandato, seu governo implemente ações que reafirmem a Educação como um direito do cidadão, além de uma questão estratégica para o desenvolvimento e a soberania nacional. Os próximos passos da campanha são: inserção do marketing viral no site de vídeos “YouTube”, produção de arte para cartazes e camisetas, e instalação de Front-light em Brasília, objetivando a divulgação da política nacional, a ser apropriada pelas entidades supra citadas. Veja na íntegra a Carta aberta da CONTEE a Presidente Lula Carta Aberta a Luiz Inácio Lula da Silva Excelentíssimo Sr. Presidente da República: Durante este seu segundo mandato, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), que representa os professores e auxiliares que atuam na Educação privada de todo o país, continuará defendendo que medidas efetivas sejam tomadas no sentido de garantir a educação como um direito e bem público e, quando concedido à iniciativa privada, opere sob atento controle do Estado. A Legislação nacional, no entanto, pouco contribui para o efetivo controle do setor privado, que tem agido através de poderoso lobby no Congresso e em outras instâncias governamentais, tendo como únicos objetivos incentivo financeiro, isenção fiscal e liberalização das regras e contrapartidas que fortalecem a lógica da Educação como mercadoria. Estamos acompanhando, sem a mínima manifestação do MEC, a venda de instituições de Educação Superior privadas para empresas internacionais que passam, após a compra, a dominar muito mais de 50% do capital dessas instituições. O setor empresarial da Educação é um dos setores da economia que, por sua desregulamentação, desrespeita sistematicamente as leis trabalhistas e previdenciárias, que possui grande inadimplência das obrigações fiscais e que age de forma autoritária, colocando os interesses mercantilistas à frente dos educacionais, considerando alunos como clientes e professores e funcionários como empregados a serviço de seus lucros. Reconhecemos, senhor Presidente, os esforços do Governo em ampliar a oferta de Ensino Superior público, mas os resultados ainda são insuficientes. É preciso, ao lado de políticas de expansão e qualificação da rede pública de educação em todos os níveis, visando a sua efetiva universalização, atuar urgentemente na regulamentação da Educação privada. Um Governo que afirma ser este o momento de uma Educação de qualidade não pode abrir mão de seu papel de controlar o setor privado. Um Governo democrático não pode permitir o autoritarismo nas instituições de ensino. Um Governo comprometido com o desenvolvimento social não pode admitir que a Educação seja considerada uma mercadoria. Um Governo que defende a soberania brasileira não pode permitir a desnacionalização das instituições de ensino. Neste segundo mandato, seu governo tem a grande oportunidade de implementar ações que reafirmem a Educação como um bem público, um direito do cidadão e uma questão estratégica para o desenvolvimento e a soberania nacional. CONTEE Balancete Financeiro do segundo trimestre de 2006 RECEITA Contribuições Sindical R$ 537.648,36 Mensalidades 93.415,53 Rendimentos de Aplicações Financeiras 25.928,73 Reversões Diversas Total da Receita DESPESAS 585,28 657.577,90 R$ Diretoria (gratificação,encargos, lanches, transp. Telefones, etc) 82.900,99 Despesas com Pessoal (salários,honorários, gratificações, encargos,etc) 57.941,01 Infraestrutura (mat.escritório,água min, alimentos, serv.prest.mat.de cozinha,etc.) 23.058,61 Edifícios (mat.limpeza,manut. civil,IPTU,manut.elétrica,etc.) 4.274,54 Despesas com veículos (combust ível,pedágio,seguro, reparos,peças,lavagens,etc.) 5.783,51 Despesas de Comunicações (telefone,correios,internet,manut. equipamentos,etc.) 23.699,84 Despesas Financeiras (CPMF, desps.bancárias,juros e multas,devol.contribs.,etc.) 4.761,22 Assessoria Jurídica (honorários,custas,autenticações,deps. viagens,xerox,etc.) 53.289,12 Divisão de Saúde do Trabalhador (assessoria, medicamentos, publicações técnicas,etc.) 52,35 Depto Formação e Relação Sindical (lanches, desp. viagens,combust.xerox, taxa de inscrição,etc.) 4.891,25 Dpto de Imprensa (impressão, serv.fotogr., assessoria, filmes fotogr.etc) 35.278,81 Depto org.base esport.e lazer (lanches, desp.viagens,combust. premios, etc.) 138,90 Contribuições para outras Entidades ( cut, rateios diversos) 4.409,01 Auxilios Diversos (doações) 5.700,00 Despesas com Contribuições Regulamentares (governo, federação, confederação) Departamento Economico (Assessoria) Campanhas de Sindicalização (Serviços Prestados, condução, desp. Com veiculos, etc.) 215.059,38 892,20 10.056,31 Total da Despesa 532.187,05 Superávit 125.390,85 Superávit referente ao período de janeiro a junho de 2006 11.510.74