A PÁSCOA É TODO DIA!

Transcrição

A PÁSCOA É TODO DIA!
Cariru/Castelo - Bela Vista/Bairro das Águas
Vila Ipanema
Nº 158 - Março/Abril - 2016
A PÁSCOA É TODO DIA!
A ressurreição de Cristo é mais do que um fato histórico. Ela permanece, atravessa
todos os tempos e gerações para gerar a verdadeira vida nos homens.
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EDITORIAL - PADRE GERALDO ILDEO
Ressuscitar com Cristo
A Páscoa de 2016 convida-nos a ressuscitar com Cristo e com os irmãos.
Celebrar a Páscoa e ressuscitar com
Cristo leva-nos à oração e à ação
concreta em favor da paz, da justiça
e da misericórdia.
Páscoa é o tempo oportuno para
sairmos da escravidão do pecado,
desvencilharmo-nos do superficialismo, do machismo, ateísmo
e tomarmos uma postura crítica e
comprometida para mudar a realidade do Brasil e do mundo hodiernos.
Muitos problemas estão assustando
a humanidade: guerras sangrentas e injustas; terrorismo; Estado
Islâmico; intolerância religiosa e
política entre judeus e muçulmanos;
capitalismo selvagem gerador de
mais pobreza no mundo; milhares de
pessoas morrem de fome na África;
corrupção desvairada de muitos
políticos brasileiros; banalização das
atividades sexuais; Aedes Egypti,
provocando doenças como o Zica
Virus, com desenvolvimento de
doença neurológica, inclusive a
microcefalia, a dengue e a chikungunya; além de desastres ecológicos
como a ruptura da barragem do
Fundão em Mariana. Esses são
alguns problemas que o ano de 2016
está nos oferecendo e que exigem
de nós humanos um trabalho de
redenção e de libertação em Cristo
Ressuscitado.
Celebrando a Páscoa, a Ressurreição
de Jesus, nós, como cristãos, somos
convocados a agir, denunciar os
erros e ser profetas da esperança.
Não podemos nos omitir nem ser
covardes.
A páscoa de 2016 está nos chamando para uma mudança total de mentalidade no sentido de nos irmanar,
nos unir e construir novos caminhos
para a redenção da humanidade.
Não podemos celebrar a Páscoa sem
nos penitenciar, pedindo perdão de
nossos pecados. Devemos ressuscitar com Cristo, buscar as coisas
do Alto (Colossenses 3), vivendo a
justiça e a misericórdia. Celebrar a
Páscoa em 2016 é nós nos tornarmos
responsáveis pela ressurreição da
humanidade.
HORÁRIO DE MISSAS
Bela Vista Quinta-feira - 19h
Sábado - 19h
Domingo - 18h
1ª Sexta-feira - 7h
Cariru
Sexta-feira - 19h
Domingo - 9h e19h30
Vila Ipanema Quarta-feira - 19h
Domingo - 7h e19h *
Castelo
1º e 3º(*) Sábados - 19h Bairro Águas 2º(*) e 4º Sábados - 19h
(*) Celebração
EXPEDIENTE
Pároco
Pe. Geraldo Ildeo Franco
Redação e Edição
Pastoral da Comunicação
Tiragem
5.000 exemplares
Cartas, comentários e sugestões:
Secretaria Paroquial – Av. Japão, 661.
Bairro Cariru – Ipatinga - MG
Telefax: (031) 3825-1137 - CEP-35160-118
E-mail:
[email protected]
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PALAVRA DO PAPA
Papa Francisco: “Para conhecer a história de amor que
Deus fez, olhemos Cristo na Cruz.”
o Papa Francisco
recomendou olhar
Cristo crucificado
para conhecer “a
história de amor”
que Deus fez com
cada um.
“Esta é a história da nossa redenção,
esta é a história do amor de Deus. Se
nós queremos conhecer o amor de Deus,
olhemos o crucifixo: um homem torturado, um Deus esvaziado da divindade,
sujo pelo pecado”. Mas um Deus que,
aniquilando-se, destrói para sempre o
verdadeiro nome do mal, aquele que o
Apocalipse chama “a serpente antiga”.
O Santo Padre sublinhou: “O pecado é
obra de Satanás e Jesus vence Satanás
‘fazendo-Se pecado’ e de lá eleva todos
nós. O Crucifixo não é um ornamento,
não é uma obra de arte, com tantas pedras
preciosas, como se vê por aí: o Crucifixo
é o Mistério do ‘aniquilamento’ de Deus,
por amor. E aquela serpente que no
deserto profetiza a salvação: elevado e
quem quer que o olhe será curado. E isso
não foi feito com a varinha mágica de um
deus que faz coisas: não! Foi feito com
o sofrimento do Filho do Homem, com
o sofrimento de Jesus Cristo!”.
Na homilia da Missa que presidiu na
Casa Santa Marta, Francisco falou de
um animal que, na Bíblia, refere-se à
história da salvação: a serpente. Trata-se
do primeiro animal citado no Gênesis
e o último no Apocalipse. Um animal
que, nas Escrituras, é símbolo poderoso
de danação e, misteriosamente, de
redenção.
Para explicar o mistério da serpente, o
Pontífice relacionou a leitura extraída
do Livro dos Números com o trecho do
Evangelho de João. A primeira contém o
passo do povo de Israel que, cansado de
vagar pelo deserto com pouca comida,
insulta Deus e Moisés. Também aqui os
protagonistas são as serpentes, por duas
vezes. Primeiramente, são lançadas do
céu contra o povo infiel, semeando medo
e morte até que a multidão implore a
Moisés que peça perdão. Depois, entra
em cena outra serpente.
“Deus diz a Moisés: ‘Faze uma serpente
abrasadora (de bronze) e coloca-a como
sinal sobre uma haste; aquele que for
mordido e olhar para ela viverá’. É misterioso: O Senhor não deixa as serpentes
morrerem. Mas se uma delas fizer mal
a uma pessoa, se esta olhar para aquela
serpente de bronze se curará”, disse o
Santo Padre.(...)
“A serpente é símbolo do pecado. A serpente mata, mas é ela quem salva; esse
é o mistério de Cristo. Paulo, falando
desse mistério, diz que Jesus esvaziou
e humilhou-se a si mesmo, aniquilou-se
para nos salvar. É ainda mais forte: ‘Fez-se pecado’. Usando esse símbolo, fez-se
serpente. O Filho do Homem, que como
uma serpente, ‘feito pecado’, é elevado
para nos salvar”.
http://cleofas.com.br/papa-francisco-para-conhecer-a-historia-de-amor-que-deus-fez-olhemos-cristo-na-cruz/
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016
Saneamento Básico e
prática da justiça
Voltando ao lema de Amós (5,24) que
anima nossa Campanha da Fraternidade Ecumênica, o profeta compara a
prática da justiça com uma fonte que
jorra água limpa e com um rio perene
que não seca jamais.
A comparação que Amós faz da água
que jorra com a prática da justiça,
lembra que o bem estar de todos os habitantes de um lugar deve ser o objetivo
de todo serviço público. Ninguém pode
buscar apenas o lucro fácil e rápido em
detrimento dos direitos dos demais. É
como se uma pessoa represasse um rio
só para si, formando um enorme açude,
enquanto todos adiante ficam apenas
com um fiozinho de água.
Jesus denuncia a ganância, os ritos
vazios, que privilegia os puros (aqueles
que detinham o poder econômico) e
marginaliza os impuros (os pobres e
enfermos na época eram vistos como
abandonados por Deus e por isso eram
marginalizados). Por isso, Jesus disse:
“felizes os que tem fome e sede de
justiça, porque serão saciados. Felizes
os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia” (Mateus 5,6-7).
Vivemos numa sociedade urbana organizada em torno dos princípios da economia de mercado. Nesta sociedade,
os “abençoados” são os que têm poder
de compra. Tudo se torna mercadoria,
inclusive os bens primordiais como a
água e a terra.
Neste tipo de sociedade, os benefícios
públicos acabam sendo destinados
às regiões mais abastadas. Bairros
populares terminam sendo deixados
em segundo lugar, sem os benefícios
da rede de esgoto e seu tratamento,
coleta de lixo, transporte público, boas
escolas, etc.
Refletindo sobre tudo isso, fica bem
claro que a fidelidade a Deus precisa
se manifestar na preservação de tudo
o que é necessário para que a grande
família humana possa viver com
dignidade e justiça em um ambiente
bem cuidado. Mas não basta refletir.
Como Jesus nos mostrou na parábola
dos dois filhos chamados a trabalhar na
vinha (Mateus 21,28-31), não basta ter
um bom discurso, o importante é entrar
em ação, transformando o mundo do
modo como Deus deseja.
Vamos conhecer
algumas atitudes que
podemos assumir
NA SUA CASA – A água é usada com
economia? – Você sabe se o esgoto
coletado de sua casa é tratado? – Você
se incomoda e denuncia quando
vê um vazamento de água em sua
rua? – Quando sai de um cômodo
iluminado, tem o costume de apagar
a lâmpada? – Qual o destino que você
dá ao óleo de cozinha que não pode
ser reutilizado?
NO SEU BAIRRO – Há rede de água
encanada? – Há coleta regular do
lixo? – Há o costume de cobrar das
autoridades providências próprias do
poder público?
NA SUA CIDADE – A água é de qualidade? – Há estações de tratamento
do esgoto? Existem cooperativas
populares de reciclagem dos resíduos
sólidos? Quando há aprovação de
projeto de construção de um imóvel,
o esgoto é levado em consideração?
Saneamento Básico
e água potável, uma
relação vital
A água é o recurso mais abundante
no planeta Terra, porém, apenas
0,007% estão disponíveis para o
consumo humano. O restante é
constituído por águas salgadas, geleiras e águas subterrâneas de difícil
captação. O Brasil é privilegiado em
recursos hídricos, com cerca de 12%
da água doce do mundo. Entretanto, a
escassez de água potável, que é hoje
um problema crônico em diversas
regiões do mundo, está gerando
alertas também no nosso país.
É importante saber que cerca de
70% da água doce do Brasil estão
concentrados na região Norte, a
menos populosa, enquanto que as
regiões Nordeste e Sudeste, com
alta população, dispõem de pouca
água. O risco de desabastecimento
em larga escala é uma ameaça não
somente em áreas tradicionalmente
áridas, mas também nas grandes
cidades.
Num futuro próximo, a busca pela
água será capaz de provocar disputas
internacionais. Apesar da constatação da falta da água, o Brasil é
considerado o campeão de desperdício de água no mundo – a média de
desperdício da água potável nos sistemas de distribuição chega a 37%.
5
PÁSCOA
O que é a Vigília Pascal?
Na noite em que Jesus Cristo passou
da morte à vida, a Igreja convida os
seus filhos a reunirem-se em vigília e
oração. Na verdade, a Vigília pascal foi
sempre considerada a mãe de todas as
vigílias e o coração do Ano litúrgico.
A celebração da Vigília pascal articula-se em quatro partes: 1) a liturgia da
luz ou ‘lucernário’; 2) a liturgia da
Palavra; 3) a liturgia batismal; 4) a
liturgia eucarística.
1) A liturgia da luz consiste na bênção
do fogo, na preparação do círio e na
proclamação do louvor pascal. O lume
novo e o círio pascal simbolizam a luz
da Páscoa, que é Cristo, luz do mundo.
O texto do Precônio Pascal evidencia-o
quando afirma que “a luz de Cristo (…)
dissipa as trevas de todo o mundo” e
convida a “celebrar o esplendor admirável desta luz (…) na noite ditosa,
em que o céu se une à terra, em que o
homem se encontra com Deus!”.
2) A liturgia da Palavra propõe sete
leituras do Antigo Testamento, que
recordam as maravilhas de Deus na
história da salvação e duas do Novo
Testamento, ou seja, o anúncio da Res-
surreição segundo os três Evangelhos
sinópticos, e a leitura apostólica sobre
o Batismo cristão como sacramento
da Páscoa de Cristo. Assim, a Igreja,
‘começando por Moisés e seguindo
pelos Profetas’ (Lc 24,27), interpreta
o mistério pascal de Cristo. Toda
a escuta da Palavra é feita à luz do
acontecimento-Cristo, simbolizado no
Círio colocado no candelabro junto ao
Ambão ou perto do Altar.
3) A liturgia batismal é parte integrante
da celebração. Quando não há Batismo,
faz-se a bênção da fonte batismal e a
renovação das promessas do Batismo.
Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da
água, a aspersão de toda a assembleia
com a água benta e a oração universal.
A Igreja antiga batizava os catecúmenos
nesta noite e hoje permanece a liturgia
batismal, mesmo sem a celebração do
Batismo.
4) A liturgia eucarística é o momento
culminante da Vigília, qual sacramento
pleno da Páscoa, isto é, a memória do
sacrifício da Cruz, a presença de Cristo
Ressuscitado, o ápice da Iniciação
cristã e o antegozo da Páscoa eterna.
A etimologia e os
símbolos da Páscoa
A Igreja celebra o tempo da Páscoa,
que vai desde o Domingo da Ressurreição até a Festa de Pentecostes -mais
ou menos 50 dias- como se fosse um
só dia, o Grande Dia, antecipação do
tempo que não terá fim.
Este sentido do tempo da Páscoa se
faz especialmente evidente no tempo
conhecido como “Oitava da Páscoa”,
os oito primeiros dias do tempo pascal,
em que as antífonas se repetem durante
toda a semana: “Hoje o Senhor ressuscitou, cantemos um hino ao Senhor
nosso Deus”.
O ovo de Páscoa tem uma origem
cristã. Na chamada “Idade Média”, o
ovo não somente era visto como um
alimento saboroso e precioso - lembrando que não existia a produção em
série - mas que além disso simbolizava
a Cristo: assim como o ovo oculta uma
vida que brotará, a tumba de Jesus
também oculta sua futura ressurreição.
Em muitos países ainda se conserva
a tradição de pintar e abençoar os
ovos de galinha antes do Domingo
de Ramos, para depois comê-los no
Domingo de Páscoa.
O coelho de Páscoa é um símbolo
cristão da Ressurreição. Seu uso
remonta a antigos pregadores do norte
europeu que viam na lebre um símbolo
da Ascensão de Jesus e de como deve
viver o cristão: as fortes patas traseiras
da lebre lhe permitem ir sempre para
cima com facilidade, enquanto suas
frágeis patas dianteiras dificultam a
descida.
A Pomba ou “Colomba” pascal, um
pão doce e enfeitado com a forma de
ave, é também um símbolo cristão. A
forma de pomba era utilizada muito
frequentemente nos antigos sacrários
onde se reservava a Eucaristia. O
símbolo eucarístico se converteu logo
no pão doce que costuma ser compartilhado, em alguns países europeus
-especialmente na Itália.
6
FIQUE POR DENTRO
A Páscoa no Antigo e no Novo Testamento
Páscoa: grande
Mistério da Fé
Na Páscoa, nós anunciamos e afirmamos um grande “Mistério da
fé”: Nosso Senhor e Salvador, Jesus
Cristo, que foi condenado à morte,
morreu na cruz e foi sepultado,
ressuscitou da morte e manifestou-se
vivo a seus discípulos e a muitas
outras pessoas! Venceu a morte
e manifestou plenamente a vida
e a glória de Deus, que também
já tinha antes da morte, mas não
aparecia na sua condição humana.
A palavra Páscoa vem do hebraico
pesah que traduzida para o grego será
páscoa, que significa passagem.
A Páscoa no Primeiro ou Antigo Testamento tem a finalidade de celebrar
a passagem do Senhor Deus, que
libertou o povo de Israel da escravidão
do Egito. No seu aspecto histórico a
Páscoa no AT é a festa que faz a memória da passagem de Deus no Egito
para a libertação do povo. (Ex 12)
No aspecto agrícola anteriormente era
a celebração do início da primavera, no
primeiro mês da colheita da cevada, e
que Israel adaptou para a celebração
da Páscoa, onde faziam pães sem
fermento, conforme está em DT 16,3.
No aspecto pastoril era o sacrifício
de um cordeiro cujo sangue era
colocado na entrada das tendas dos
pastores nômades para a proteção dos
rebanhos. Israel também usou este rito
para lembrar o dia em que, no Egito,
precisou passar o sangue do cordeiro
em suas portas para protegê-los da
passagem do Senhor, como se encontra
em Ex 12.
Quando o povo de Israel entra na terra
de Canaã, celebra a Páscoa em Guigal, conforme está no livro de Josué
cap.5,10-11. A Páscoa que os nossos
irmãos judeus realizam ainda hoje
tem o sentido de fazer a memória da
libertação do Povo do Egito, conforme
se encontra em Dt 16,1-4 .
A Páscoa no Segundo ou Novo Testamento é a passagem da morte para
a vida – é a Ressurreição de Jesus de
Nazaré, que havia sido morto na cruz.
É a vitória de Deus sobre tudo o que
fere e mata a vida. Jesus faz a sua
passagem da morte para a vida plena. A
partir da Ressurreição de Jesus temos
o convite de Deus para participar da
vida eterna. Como a prisão de Jesus e
sua posterior morte ocorreram na época da celebração da Páscoa dos Judeus
(cf. Mt 26,17-56; Mc 14,12-50; Lc
22,14-62 e Jo 13), a sua Ressurreição
toma agora o significado de libertação
da morte para a vida eterna. Está
descrita nos evangelhos: Mt 28,1-8;
Mc 16,1-8; Lc 24 e Jo 20.
Para nós cristãos, a Páscoa tem este
significado, a Ressurreição de Jesus,
a ressurreição para a vida plena, para
a vida eterna, para uma nova vida de
amor com Deus.
Muitas pessoas, mesmo que ainda
estejam vivas, enquanto não vivem
no amor, na paz, na justiça e na
alegria que Deus nos oferece, mas
que preferem viver dominadas pelo
ódio, pela mentira, pela vingança, pela
injustiça e pelo desamor, estão mortas
para a Vida. E quando essas pessoas
percebem que Jesus lhes oferece uma
nova vida de amor e a Ele aderem,
mudam totalmente de vida, fazem
assim digamos uma ressurreição,
como em Lc15,32.
A ressurreição de Jesus é uma
verdade central da nossa fé; tanto assim, que São Paulo chega a
dizer: “se Jesus não ressuscitou,
então é vã a nossa fé e estamos
todos ainda mergulhados nos nossos pecados!” (cf 1Cor 15,17).
Jesus passou, através da morte, à vida
gloriosa em Deus: o Senhor Ressuscitado não se encontra mais nas condições da vida terrena, mas na glória
de Deus, onde é nosso intercessor e
mediador, junto de Deus Pai; pela
ressurreição de Jesus, abriu para nós
todo o caminho para a superação da
morte e a participação na vida eterna.
A Páscoa é, por isso, a festa do
triunfo da vida sobre a morte; é
a manifestação daquilo que Deus
prepara para todos nós também.
Jesus Cristo passou da morte à vida
gloriosa, como primeiro de uma
multidão de redimidos: “se com
Cristo morremos, com ele ressuscitaremos” (cf. Rm 6,8). E, desde agora,
a nossa vida futura na glória do
céu, “já está escondida com Cristo
glorioso, em Deus”. (cf. Cl 3,3).
Se nossa fé é pouca, peçamos com
os Apóstolos: “Senhor, aumentai a nossa fé!” E, com S. Tomé,
ajoelhemo-nos diante de Jesus
Cristo ressuscitado, exclamando:
“Meu Senhor e meu Deus!” E
ouçamos de Jesus Cristo estas palavras confortadoras: felizes, aqueles que creram sem terem visto!”
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
7
NOVA SANTA
CATEQUESE
Papa Francisco canonizará a Madre
Teresa de Calcutá em 4 de setembro
Catequistas recebem
curso de formação na
Paróquia
o Vaticano anunciou ontem (15/03/2016)
a data de canonização da Madre Teresa
de Calcutá, fundadora da Congregação
das Missionárias da Caridade. Será no
próximo dia 4 de setembro, em Roma.
O anúncio foi comunicado pela Santa
Sé depois da celebração do consistório
público para a canonização de cinco
beatos: José Sánchez del Rio (México);
Padre Brochero (Argentina); Elizabeth
Hesselblad (Suécia); Estanislau de Jesus
e Maria (Polônia).
A canonização da religiosa, conhecida
também como “Santa dos pobres”, será
um dos eventos mais destacados durante
o Jubileu da Misericórdia. Segundo o
calendário, no dia 4 de setembro de 2016
irá acontecer o “Jubileu dos voluntários
e operadores da misericórdia”, precisamente em memória da Madre Teresa
cuja festa é celebrada em 5 de setembro,
dia no qual faleceu em 1997.
No último dia 18 de dezembro, o Vaticano anunciou a aprovação do milagre
atribuído à Madre Teresa: a de abscessos
cerebrais.
Em entrevista ao site da Arquidiocese do
Rio de Janeiro, onde mora atualmente, o
miraculado expressou ter ficado “muito
emocionado por conta de o meu caso
ter validado a canonização de Madre
Teresa, depois de tantos casos que eles
estavam analisando e viram que o meu
era o mais válido e com fatos mais
contundentes”.
“Estou muito feliz pela canonização de
Madre Teresa, e acho que precisa ser
mostrado para o mundo a grande santa
que ela foi, e agora como santa mesmo”,
expressou o brasileiro.
A vida da Madre Teresa
Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em
26 de agosto 1910, em Skopje, atual
Macedônia. Era a mais nova de três
filhos. Assistiu a um grupo de jovens
dirigido por um sacerdote jesuíta que a
fez considerar uma vocação de serviço
como religiosa missionária.
Uniu-se às Irmãs de Loreto aos 17 anos
e foi enviada a Calcutá, onde ensinou
em um colégio de ensino médio. Depois
de ficar doente com tuberculose, foi
enviada a descansar em Darjeeling e,
em meio a essa doença, descobriu “uma
ordem” de Deus para deixar o convento
e viver entre os pobres.
O Vaticano lhe concedeu permissão para
sair das Irmãs de Loreto e viver seu novo
chamado, sob a direção do Arcebispo
de Calcutá.
Madre Teresa começou a trabalhar
nos bairros pobres, onde ensinava as
crianças e assistia os doentes em seus
lares. Um ano mais tarde, algumas de
suas ex-alunas se uniram a ela e juntas
cuidaram de homens, mulheres e crianças que agonizavam nas ruas.
Em 1950, as Missionárias da Caridade
nasceram como uma Congregação na
Diocese de Calcutá. Em 1952, o governo
lhes concedeu uma casa na qual continuaram sua missão de servir aos pobres
e desprezados de Calcutá.
A congregação cresceu rapidamente,
começou com apenas uma casa para
moribundos e pobres extremos e chegou
a ter 500 casas em todo o mundo.
Madre Teresa estabeleceu albergues
para prostitutas, mulheres maltratadas,
orfanatos para crianças pobres e lares
para vítimas da AIDS. Foi uma grande
defensora dos não nascidos.
Morreu em 5 de setembro de 1997 e foi
beatificada seis anos depois por São João
Paulo II, no dia 19 de outubro de 2003.
A volta da catequese na Paróquia
não se realiza sem a reciclagem de
todos os catequistas responsáveis
pela formação de nossas crianças.
Neste ano, a coordenação da catequese
preparou um dia de formação em
cada comunidade em datas diferentes.
Catequistas doVila Ipanema, Bela
Vista e Cariru reuniram-se para palestras essenciais na condução das
atividades nesses dois semestres.
Com diversos temas abordados, vários
colaboradores, entre palestrantes da
própria Paróquia e de fora, puderam
levar informação, formação e as novas
diretrizes estabelecidas pela Diocese.
A mudança do livro da catequese,
a valorização da Bíblia, o impacto
das novas mídias e o Ano Santo
da Misericórdia foram trabalhados
de forma integrada e com vários
debates que enriqueceram a todos.
O Padre Geraldo Ildeo esteve presente
em todas as comunidades e relembrou
as normas que devem nortear todos
os trabalhos. A finalidade é ainda a
mesma: evangelizar a criança para
despertar o seu amor pela Igreja e
pelo Cristo.
8
TERÇO DOS HOMENS
Romaria de fé e perseverança
Os homens do “Terço dos Homens” da Paróquia em Aparecida
Com o tema “Terço dos Homens: Compromisso com o Evangelho – Ação e
Fé!”, o Santuário Nacional de Aparecida recebeu a VIII Romaria Nacional do
Terço dos Homens, que foi realizada
nos dias 19 e 20 de fevereiro deste
ano. A Paróquia Sagrado Coração de
Jesus foi representada por 56 pessoas
das comunidades do Vila Ipanema,
Bairro das Águas, Bela Vista, Cariru
e Castelo, que partiram em um ônibus
com muita fé e devoção.
Em Aparecida, a estimativa do público
presente foi de mais de 50 mil devotos
com o terço nas mãos e muita oração
que vem transformando a vida de muitos homens no Brasil. Esta verdadeira
revolução espiritual está toda baseada
em uma das mais belas e eficazes
A presença das esposas fortalece ainda mais a vida do casal
devoções da Igreja: o Terço Mariano.
Em cada conta de uma Ave Maria está
a mais genuína fé na centralidade de
Jesus na Fé Católica. A cada dezena, o
fiel contempla, um a um, os mistérios
da vida de Jesus e da nossa redenção.
Maria é a mediadora, aquela que nos
leva em segurança para os braços do
seu filho Jesus.
Este movimento é uma grande novidade que impulsiona homens,
antes arredios à Igreja, para um novo
sentido missionário para suas vidas,
com reflexos positivos para suas
próprias famílias e comunidades. É
uma riqueza inestimável para a Igreja
observar esta descoberta e o retorno
de milhares, ou mesmo milhões de
pessoas, às autênticas tradições cató-
licas resgatando pessoas fragilizadas
e fortalecendo aqueles que já trilham
o caminho da fé. O terço dos homens
é uma verdadeira ressurreição de
esposos, pais, jovens e até mesmo de
sacerdotes de nossa Igreja.
Nas pregações e palestras da romaria,
os homens foram chamados também
a cumprirem seu papel de cristãos
na Sociedade com responsabilidade
e ética, na família e política, como
exemplo pessoal de Justiça, procurando ser imitadores do Cristo.
Homens que antes gastavam o tempo
de suas vidas em bares, jogos e
outros vícios, hoje caminham para a
Igreja para se encontrar com a única
alegria capaz de preencher a alma: a
presença de Jesus Cristo. Como Nossa
Senhora está à frente, a tendência é o
crescimento e a possibilidade de dobrarmos o número de fiéis no próximo
ano. O desafio está dado e a nossa
Paróquia convida a todos os homens
a participarem desses encontros de
fé e perseverança nas comunidades.
Saiba quais os dias e os horários de
sua comunidade:
. Segundas-feiras – 19h – Cariru
. Quartas-feiras – 19h30 – Bela Vista
. Sábados – 19h – Vila Ipanema

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