A PÁSCOA É TODO DIA!
Transcrição
A PÁSCOA É TODO DIA!
Cariru/Castelo - Bela Vista/Bairro das Águas Vila Ipanema Nº 158 - Março/Abril - 2016 A PÁSCOA É TODO DIA! A ressurreição de Cristo é mais do que um fato histórico. Ela permanece, atravessa todos os tempos e gerações para gerar a verdadeira vida nos homens. 2 EDITORIAL - PADRE GERALDO ILDEO Ressuscitar com Cristo A Páscoa de 2016 convida-nos a ressuscitar com Cristo e com os irmãos. Celebrar a Páscoa e ressuscitar com Cristo leva-nos à oração e à ação concreta em favor da paz, da justiça e da misericórdia. Páscoa é o tempo oportuno para sairmos da escravidão do pecado, desvencilharmo-nos do superficialismo, do machismo, ateísmo e tomarmos uma postura crítica e comprometida para mudar a realidade do Brasil e do mundo hodiernos. Muitos problemas estão assustando a humanidade: guerras sangrentas e injustas; terrorismo; Estado Islâmico; intolerância religiosa e política entre judeus e muçulmanos; capitalismo selvagem gerador de mais pobreza no mundo; milhares de pessoas morrem de fome na África; corrupção desvairada de muitos políticos brasileiros; banalização das atividades sexuais; Aedes Egypti, provocando doenças como o Zica Virus, com desenvolvimento de doença neurológica, inclusive a microcefalia, a dengue e a chikungunya; além de desastres ecológicos como a ruptura da barragem do Fundão em Mariana. Esses são alguns problemas que o ano de 2016 está nos oferecendo e que exigem de nós humanos um trabalho de redenção e de libertação em Cristo Ressuscitado. Celebrando a Páscoa, a Ressurreição de Jesus, nós, como cristãos, somos convocados a agir, denunciar os erros e ser profetas da esperança. Não podemos nos omitir nem ser covardes. A páscoa de 2016 está nos chamando para uma mudança total de mentalidade no sentido de nos irmanar, nos unir e construir novos caminhos para a redenção da humanidade. Não podemos celebrar a Páscoa sem nos penitenciar, pedindo perdão de nossos pecados. Devemos ressuscitar com Cristo, buscar as coisas do Alto (Colossenses 3), vivendo a justiça e a misericórdia. Celebrar a Páscoa em 2016 é nós nos tornarmos responsáveis pela ressurreição da humanidade. HORÁRIO DE MISSAS Bela Vista Quinta-feira - 19h Sábado - 19h Domingo - 18h 1ª Sexta-feira - 7h Cariru Sexta-feira - 19h Domingo - 9h e19h30 Vila Ipanema Quarta-feira - 19h Domingo - 7h e19h * Castelo 1º e 3º(*) Sábados - 19h Bairro Águas 2º(*) e 4º Sábados - 19h (*) Celebração EXPEDIENTE Pároco Pe. Geraldo Ildeo Franco Redação e Edição Pastoral da Comunicação Tiragem 5.000 exemplares Cartas, comentários e sugestões: Secretaria Paroquial – Av. Japão, 661. Bairro Cariru – Ipatinga - MG Telefax: (031) 3825-1137 - CEP-35160-118 E-mail: [email protected] 3 PALAVRA DO PAPA Papa Francisco: “Para conhecer a história de amor que Deus fez, olhemos Cristo na Cruz.” o Papa Francisco recomendou olhar Cristo crucificado para conhecer “a história de amor” que Deus fez com cada um. “Esta é a história da nossa redenção, esta é a história do amor de Deus. Se nós queremos conhecer o amor de Deus, olhemos o crucifixo: um homem torturado, um Deus esvaziado da divindade, sujo pelo pecado”. Mas um Deus que, aniquilando-se, destrói para sempre o verdadeiro nome do mal, aquele que o Apocalipse chama “a serpente antiga”. O Santo Padre sublinhou: “O pecado é obra de Satanás e Jesus vence Satanás ‘fazendo-Se pecado’ e de lá eleva todos nós. O Crucifixo não é um ornamento, não é uma obra de arte, com tantas pedras preciosas, como se vê por aí: o Crucifixo é o Mistério do ‘aniquilamento’ de Deus, por amor. E aquela serpente que no deserto profetiza a salvação: elevado e quem quer que o olhe será curado. E isso não foi feito com a varinha mágica de um deus que faz coisas: não! Foi feito com o sofrimento do Filho do Homem, com o sofrimento de Jesus Cristo!”. Na homilia da Missa que presidiu na Casa Santa Marta, Francisco falou de um animal que, na Bíblia, refere-se à história da salvação: a serpente. Trata-se do primeiro animal citado no Gênesis e o último no Apocalipse. Um animal que, nas Escrituras, é símbolo poderoso de danação e, misteriosamente, de redenção. Para explicar o mistério da serpente, o Pontífice relacionou a leitura extraída do Livro dos Números com o trecho do Evangelho de João. A primeira contém o passo do povo de Israel que, cansado de vagar pelo deserto com pouca comida, insulta Deus e Moisés. Também aqui os protagonistas são as serpentes, por duas vezes. Primeiramente, são lançadas do céu contra o povo infiel, semeando medo e morte até que a multidão implore a Moisés que peça perdão. Depois, entra em cena outra serpente. “Deus diz a Moisés: ‘Faze uma serpente abrasadora (de bronze) e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá’. É misterioso: O Senhor não deixa as serpentes morrerem. Mas se uma delas fizer mal a uma pessoa, se esta olhar para aquela serpente de bronze se curará”, disse o Santo Padre.(...) “A serpente é símbolo do pecado. A serpente mata, mas é ela quem salva; esse é o mistério de Cristo. Paulo, falando desse mistério, diz que Jesus esvaziou e humilhou-se a si mesmo, aniquilou-se para nos salvar. É ainda mais forte: ‘Fez-se pecado’. Usando esse símbolo, fez-se serpente. O Filho do Homem, que como uma serpente, ‘feito pecado’, é elevado para nos salvar”. http://cleofas.com.br/papa-francisco-para-conhecer-a-historia-de-amor-que-deus-fez-olhemos-cristo-na-cruz/ 4 CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016 Saneamento Básico e prática da justiça Voltando ao lema de Amós (5,24) que anima nossa Campanha da Fraternidade Ecumênica, o profeta compara a prática da justiça com uma fonte que jorra água limpa e com um rio perene que não seca jamais. A comparação que Amós faz da água que jorra com a prática da justiça, lembra que o bem estar de todos os habitantes de um lugar deve ser o objetivo de todo serviço público. Ninguém pode buscar apenas o lucro fácil e rápido em detrimento dos direitos dos demais. É como se uma pessoa represasse um rio só para si, formando um enorme açude, enquanto todos adiante ficam apenas com um fiozinho de água. Jesus denuncia a ganância, os ritos vazios, que privilegia os puros (aqueles que detinham o poder econômico) e marginaliza os impuros (os pobres e enfermos na época eram vistos como abandonados por Deus e por isso eram marginalizados). Por isso, Jesus disse: “felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5,6-7). Vivemos numa sociedade urbana organizada em torno dos princípios da economia de mercado. Nesta sociedade, os “abençoados” são os que têm poder de compra. Tudo se torna mercadoria, inclusive os bens primordiais como a água e a terra. Neste tipo de sociedade, os benefícios públicos acabam sendo destinados às regiões mais abastadas. Bairros populares terminam sendo deixados em segundo lugar, sem os benefícios da rede de esgoto e seu tratamento, coleta de lixo, transporte público, boas escolas, etc. Refletindo sobre tudo isso, fica bem claro que a fidelidade a Deus precisa se manifestar na preservação de tudo o que é necessário para que a grande família humana possa viver com dignidade e justiça em um ambiente bem cuidado. Mas não basta refletir. Como Jesus nos mostrou na parábola dos dois filhos chamados a trabalhar na vinha (Mateus 21,28-31), não basta ter um bom discurso, o importante é entrar em ação, transformando o mundo do modo como Deus deseja. Vamos conhecer algumas atitudes que podemos assumir NA SUA CASA – A água é usada com economia? – Você sabe se o esgoto coletado de sua casa é tratado? – Você se incomoda e denuncia quando vê um vazamento de água em sua rua? – Quando sai de um cômodo iluminado, tem o costume de apagar a lâmpada? – Qual o destino que você dá ao óleo de cozinha que não pode ser reutilizado? NO SEU BAIRRO – Há rede de água encanada? – Há coleta regular do lixo? – Há o costume de cobrar das autoridades providências próprias do poder público? NA SUA CIDADE – A água é de qualidade? – Há estações de tratamento do esgoto? Existem cooperativas populares de reciclagem dos resíduos sólidos? Quando há aprovação de projeto de construção de um imóvel, o esgoto é levado em consideração? Saneamento Básico e água potável, uma relação vital A água é o recurso mais abundante no planeta Terra, porém, apenas 0,007% estão disponíveis para o consumo humano. O restante é constituído por águas salgadas, geleiras e águas subterrâneas de difícil captação. O Brasil é privilegiado em recursos hídricos, com cerca de 12% da água doce do mundo. Entretanto, a escassez de água potável, que é hoje um problema crônico em diversas regiões do mundo, está gerando alertas também no nosso país. É importante saber que cerca de 70% da água doce do Brasil estão concentrados na região Norte, a menos populosa, enquanto que as regiões Nordeste e Sudeste, com alta população, dispõem de pouca água. O risco de desabastecimento em larga escala é uma ameaça não somente em áreas tradicionalmente áridas, mas também nas grandes cidades. Num futuro próximo, a busca pela água será capaz de provocar disputas internacionais. Apesar da constatação da falta da água, o Brasil é considerado o campeão de desperdício de água no mundo – a média de desperdício da água potável nos sistemas de distribuição chega a 37%. 5 PÁSCOA O que é a Vigília Pascal? Na noite em que Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos a reunirem-se em vigília e oração. Na verdade, a Vigília pascal foi sempre considerada a mãe de todas as vigílias e o coração do Ano litúrgico. A celebração da Vigília pascal articula-se em quatro partes: 1) a liturgia da luz ou ‘lucernário’; 2) a liturgia da Palavra; 3) a liturgia batismal; 4) a liturgia eucarística. 1) A liturgia da luz consiste na bênção do fogo, na preparação do círio e na proclamação do louvor pascal. O lume novo e o círio pascal simbolizam a luz da Páscoa, que é Cristo, luz do mundo. O texto do Precônio Pascal evidencia-o quando afirma que “a luz de Cristo (…) dissipa as trevas de todo o mundo” e convida a “celebrar o esplendor admirável desta luz (…) na noite ditosa, em que o céu se une à terra, em que o homem se encontra com Deus!”. 2) A liturgia da Palavra propõe sete leituras do Antigo Testamento, que recordam as maravilhas de Deus na história da salvação e duas do Novo Testamento, ou seja, o anúncio da Res- surreição segundo os três Evangelhos sinópticos, e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão como sacramento da Páscoa de Cristo. Assim, a Igreja, ‘começando por Moisés e seguindo pelos Profetas’ (Lc 24,27), interpreta o mistério pascal de Cristo. Toda a escuta da Palavra é feita à luz do acontecimento-Cristo, simbolizado no Círio colocado no candelabro junto ao Ambão ou perto do Altar. 3) A liturgia batismal é parte integrante da celebração. Quando não há Batismo, faz-se a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas do Batismo. Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal. A Igreja antiga batizava os catecúmenos nesta noite e hoje permanece a liturgia batismal, mesmo sem a celebração do Batismo. 4) A liturgia eucarística é o momento culminante da Vigília, qual sacramento pleno da Páscoa, isto é, a memória do sacrifício da Cruz, a presença de Cristo Ressuscitado, o ápice da Iniciação cristã e o antegozo da Páscoa eterna. A etimologia e os símbolos da Páscoa A Igreja celebra o tempo da Páscoa, que vai desde o Domingo da Ressurreição até a Festa de Pentecostes -mais ou menos 50 dias- como se fosse um só dia, o Grande Dia, antecipação do tempo que não terá fim. Este sentido do tempo da Páscoa se faz especialmente evidente no tempo conhecido como “Oitava da Páscoa”, os oito primeiros dias do tempo pascal, em que as antífonas se repetem durante toda a semana: “Hoje o Senhor ressuscitou, cantemos um hino ao Senhor nosso Deus”. O ovo de Páscoa tem uma origem cristã. Na chamada “Idade Média”, o ovo não somente era visto como um alimento saboroso e precioso - lembrando que não existia a produção em série - mas que além disso simbolizava a Cristo: assim como o ovo oculta uma vida que brotará, a tumba de Jesus também oculta sua futura ressurreição. Em muitos países ainda se conserva a tradição de pintar e abençoar os ovos de galinha antes do Domingo de Ramos, para depois comê-los no Domingo de Páscoa. O coelho de Páscoa é um símbolo cristão da Ressurreição. Seu uso remonta a antigos pregadores do norte europeu que viam na lebre um símbolo da Ascensão de Jesus e de como deve viver o cristão: as fortes patas traseiras da lebre lhe permitem ir sempre para cima com facilidade, enquanto suas frágeis patas dianteiras dificultam a descida. A Pomba ou “Colomba” pascal, um pão doce e enfeitado com a forma de ave, é também um símbolo cristão. A forma de pomba era utilizada muito frequentemente nos antigos sacrários onde se reservava a Eucaristia. O símbolo eucarístico se converteu logo no pão doce que costuma ser compartilhado, em alguns países europeus -especialmente na Itália. 6 FIQUE POR DENTRO A Páscoa no Antigo e no Novo Testamento Páscoa: grande Mistério da Fé Na Páscoa, nós anunciamos e afirmamos um grande “Mistério da fé”: Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, que foi condenado à morte, morreu na cruz e foi sepultado, ressuscitou da morte e manifestou-se vivo a seus discípulos e a muitas outras pessoas! Venceu a morte e manifestou plenamente a vida e a glória de Deus, que também já tinha antes da morte, mas não aparecia na sua condição humana. A palavra Páscoa vem do hebraico pesah que traduzida para o grego será páscoa, que significa passagem. A Páscoa no Primeiro ou Antigo Testamento tem a finalidade de celebrar a passagem do Senhor Deus, que libertou o povo de Israel da escravidão do Egito. No seu aspecto histórico a Páscoa no AT é a festa que faz a memória da passagem de Deus no Egito para a libertação do povo. (Ex 12) No aspecto agrícola anteriormente era a celebração do início da primavera, no primeiro mês da colheita da cevada, e que Israel adaptou para a celebração da Páscoa, onde faziam pães sem fermento, conforme está em DT 16,3. No aspecto pastoril era o sacrifício de um cordeiro cujo sangue era colocado na entrada das tendas dos pastores nômades para a proteção dos rebanhos. Israel também usou este rito para lembrar o dia em que, no Egito, precisou passar o sangue do cordeiro em suas portas para protegê-los da passagem do Senhor, como se encontra em Ex 12. Quando o povo de Israel entra na terra de Canaã, celebra a Páscoa em Guigal, conforme está no livro de Josué cap.5,10-11. A Páscoa que os nossos irmãos judeus realizam ainda hoje tem o sentido de fazer a memória da libertação do Povo do Egito, conforme se encontra em Dt 16,1-4 . A Páscoa no Segundo ou Novo Testamento é a passagem da morte para a vida – é a Ressurreição de Jesus de Nazaré, que havia sido morto na cruz. É a vitória de Deus sobre tudo o que fere e mata a vida. Jesus faz a sua passagem da morte para a vida plena. A partir da Ressurreição de Jesus temos o convite de Deus para participar da vida eterna. Como a prisão de Jesus e sua posterior morte ocorreram na época da celebração da Páscoa dos Judeus (cf. Mt 26,17-56; Mc 14,12-50; Lc 22,14-62 e Jo 13), a sua Ressurreição toma agora o significado de libertação da morte para a vida eterna. Está descrita nos evangelhos: Mt 28,1-8; Mc 16,1-8; Lc 24 e Jo 20. Para nós cristãos, a Páscoa tem este significado, a Ressurreição de Jesus, a ressurreição para a vida plena, para a vida eterna, para uma nova vida de amor com Deus. Muitas pessoas, mesmo que ainda estejam vivas, enquanto não vivem no amor, na paz, na justiça e na alegria que Deus nos oferece, mas que preferem viver dominadas pelo ódio, pela mentira, pela vingança, pela injustiça e pelo desamor, estão mortas para a Vida. E quando essas pessoas percebem que Jesus lhes oferece uma nova vida de amor e a Ele aderem, mudam totalmente de vida, fazem assim digamos uma ressurreição, como em Lc15,32. A ressurreição de Jesus é uma verdade central da nossa fé; tanto assim, que São Paulo chega a dizer: “se Jesus não ressuscitou, então é vã a nossa fé e estamos todos ainda mergulhados nos nossos pecados!” (cf 1Cor 15,17). Jesus passou, através da morte, à vida gloriosa em Deus: o Senhor Ressuscitado não se encontra mais nas condições da vida terrena, mas na glória de Deus, onde é nosso intercessor e mediador, junto de Deus Pai; pela ressurreição de Jesus, abriu para nós todo o caminho para a superação da morte e a participação na vida eterna. A Páscoa é, por isso, a festa do triunfo da vida sobre a morte; é a manifestação daquilo que Deus prepara para todos nós também. Jesus Cristo passou da morte à vida gloriosa, como primeiro de uma multidão de redimidos: “se com Cristo morremos, com ele ressuscitaremos” (cf. Rm 6,8). E, desde agora, a nossa vida futura na glória do céu, “já está escondida com Cristo glorioso, em Deus”. (cf. Cl 3,3). Se nossa fé é pouca, peçamos com os Apóstolos: “Senhor, aumentai a nossa fé!” E, com S. Tomé, ajoelhemo-nos diante de Jesus Cristo ressuscitado, exclamando: “Meu Senhor e meu Deus!” E ouçamos de Jesus Cristo estas palavras confortadoras: felizes, aqueles que creram sem terem visto!” Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo 7 NOVA SANTA CATEQUESE Papa Francisco canonizará a Madre Teresa de Calcutá em 4 de setembro Catequistas recebem curso de formação na Paróquia o Vaticano anunciou ontem (15/03/2016) a data de canonização da Madre Teresa de Calcutá, fundadora da Congregação das Missionárias da Caridade. Será no próximo dia 4 de setembro, em Roma. O anúncio foi comunicado pela Santa Sé depois da celebração do consistório público para a canonização de cinco beatos: José Sánchez del Rio (México); Padre Brochero (Argentina); Elizabeth Hesselblad (Suécia); Estanislau de Jesus e Maria (Polônia). A canonização da religiosa, conhecida também como “Santa dos pobres”, será um dos eventos mais destacados durante o Jubileu da Misericórdia. Segundo o calendário, no dia 4 de setembro de 2016 irá acontecer o “Jubileu dos voluntários e operadores da misericórdia”, precisamente em memória da Madre Teresa cuja festa é celebrada em 5 de setembro, dia no qual faleceu em 1997. No último dia 18 de dezembro, o Vaticano anunciou a aprovação do milagre atribuído à Madre Teresa: a de abscessos cerebrais. Em entrevista ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro, onde mora atualmente, o miraculado expressou ter ficado “muito emocionado por conta de o meu caso ter validado a canonização de Madre Teresa, depois de tantos casos que eles estavam analisando e viram que o meu era o mais válido e com fatos mais contundentes”. “Estou muito feliz pela canonização de Madre Teresa, e acho que precisa ser mostrado para o mundo a grande santa que ela foi, e agora como santa mesmo”, expressou o brasileiro. A vida da Madre Teresa Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 26 de agosto 1910, em Skopje, atual Macedônia. Era a mais nova de três filhos. Assistiu a um grupo de jovens dirigido por um sacerdote jesuíta que a fez considerar uma vocação de serviço como religiosa missionária. Uniu-se às Irmãs de Loreto aos 17 anos e foi enviada a Calcutá, onde ensinou em um colégio de ensino médio. Depois de ficar doente com tuberculose, foi enviada a descansar em Darjeeling e, em meio a essa doença, descobriu “uma ordem” de Deus para deixar o convento e viver entre os pobres. O Vaticano lhe concedeu permissão para sair das Irmãs de Loreto e viver seu novo chamado, sob a direção do Arcebispo de Calcutá. Madre Teresa começou a trabalhar nos bairros pobres, onde ensinava as crianças e assistia os doentes em seus lares. Um ano mais tarde, algumas de suas ex-alunas se uniram a ela e juntas cuidaram de homens, mulheres e crianças que agonizavam nas ruas. Em 1950, as Missionárias da Caridade nasceram como uma Congregação na Diocese de Calcutá. Em 1952, o governo lhes concedeu uma casa na qual continuaram sua missão de servir aos pobres e desprezados de Calcutá. A congregação cresceu rapidamente, começou com apenas uma casa para moribundos e pobres extremos e chegou a ter 500 casas em todo o mundo. Madre Teresa estabeleceu albergues para prostitutas, mulheres maltratadas, orfanatos para crianças pobres e lares para vítimas da AIDS. Foi uma grande defensora dos não nascidos. Morreu em 5 de setembro de 1997 e foi beatificada seis anos depois por São João Paulo II, no dia 19 de outubro de 2003. A volta da catequese na Paróquia não se realiza sem a reciclagem de todos os catequistas responsáveis pela formação de nossas crianças. Neste ano, a coordenação da catequese preparou um dia de formação em cada comunidade em datas diferentes. Catequistas doVila Ipanema, Bela Vista e Cariru reuniram-se para palestras essenciais na condução das atividades nesses dois semestres. Com diversos temas abordados, vários colaboradores, entre palestrantes da própria Paróquia e de fora, puderam levar informação, formação e as novas diretrizes estabelecidas pela Diocese. A mudança do livro da catequese, a valorização da Bíblia, o impacto das novas mídias e o Ano Santo da Misericórdia foram trabalhados de forma integrada e com vários debates que enriqueceram a todos. O Padre Geraldo Ildeo esteve presente em todas as comunidades e relembrou as normas que devem nortear todos os trabalhos. A finalidade é ainda a mesma: evangelizar a criança para despertar o seu amor pela Igreja e pelo Cristo. 8 TERÇO DOS HOMENS Romaria de fé e perseverança Os homens do “Terço dos Homens” da Paróquia em Aparecida Com o tema “Terço dos Homens: Compromisso com o Evangelho – Ação e Fé!”, o Santuário Nacional de Aparecida recebeu a VIII Romaria Nacional do Terço dos Homens, que foi realizada nos dias 19 e 20 de fevereiro deste ano. A Paróquia Sagrado Coração de Jesus foi representada por 56 pessoas das comunidades do Vila Ipanema, Bairro das Águas, Bela Vista, Cariru e Castelo, que partiram em um ônibus com muita fé e devoção. Em Aparecida, a estimativa do público presente foi de mais de 50 mil devotos com o terço nas mãos e muita oração que vem transformando a vida de muitos homens no Brasil. Esta verdadeira revolução espiritual está toda baseada em uma das mais belas e eficazes A presença das esposas fortalece ainda mais a vida do casal devoções da Igreja: o Terço Mariano. Em cada conta de uma Ave Maria está a mais genuína fé na centralidade de Jesus na Fé Católica. A cada dezena, o fiel contempla, um a um, os mistérios da vida de Jesus e da nossa redenção. Maria é a mediadora, aquela que nos leva em segurança para os braços do seu filho Jesus. Este movimento é uma grande novidade que impulsiona homens, antes arredios à Igreja, para um novo sentido missionário para suas vidas, com reflexos positivos para suas próprias famílias e comunidades. É uma riqueza inestimável para a Igreja observar esta descoberta e o retorno de milhares, ou mesmo milhões de pessoas, às autênticas tradições cató- licas resgatando pessoas fragilizadas e fortalecendo aqueles que já trilham o caminho da fé. O terço dos homens é uma verdadeira ressurreição de esposos, pais, jovens e até mesmo de sacerdotes de nossa Igreja. Nas pregações e palestras da romaria, os homens foram chamados também a cumprirem seu papel de cristãos na Sociedade com responsabilidade e ética, na família e política, como exemplo pessoal de Justiça, procurando ser imitadores do Cristo. Homens que antes gastavam o tempo de suas vidas em bares, jogos e outros vícios, hoje caminham para a Igreja para se encontrar com a única alegria capaz de preencher a alma: a presença de Jesus Cristo. Como Nossa Senhora está à frente, a tendência é o crescimento e a possibilidade de dobrarmos o número de fiéis no próximo ano. O desafio está dado e a nossa Paróquia convida a todos os homens a participarem desses encontros de fé e perseverança nas comunidades. Saiba quais os dias e os horários de sua comunidade: . Segundas-feiras – 19h – Cariru . Quartas-feiras – 19h30 – Bela Vista . Sábados – 19h – Vila Ipanema