Entrada do Nosso Bispo
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Entrada do Nosso Bispo
ABRIL 2014 ANO XXV - Nº 269 BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL PUBLICAÇÃO MENSAL Preço avulso: 0,50 € EDITORIAL A celebração da Páscoa é ponto de chegada da grande caminhada de aprofundamente da fé no Senhor Jesus que leva à mudança do coração, isto é, à conversão, que traduz o regresso a Deus. A quaresma, vivida com entusiasmo, abre ao crente horizontes que enchem o coração de alegria, que é dom de Deus, e em todos os momentos se vai fazer notar pelos frutos que daí advirão. Celebrando a Páscoa anual o crente cresce em entusiasmo para ser, cada vez mais, coerente e fiel ao Senhor Jesus que afirma presente dizendo "Ele está no meio de nós". Descobre que é estrangeiro e estranho, nesta terra, pois sabe que é cidadão do céu. Dará valor ao que tem valor e não perderá tempo com o que é efémero, Há certas coisas que causam um grande peso ao nosso coração, isto é, tornam-no pesado e exausto, duro, indiferente e frio. Com um bom exame de consciência isso descobre-se. “Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, nem quanto ao corpo, pelo que haveis de vestir. Pois a vida é mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário.", disse Jesus. A Páscoa está na vida de todo o que é crente e leva à mudança de atitudes que farão caminhar com entusiasmo. Todos sabemos que Deus "lê o coração". Somos um povo pascal. Somos chamados a passar da morte à vida. A Páscoa é a grande festa da Igreja e eu, em cada ano, assim o vivo. O cristão, no dizer do Papa Francisco, deve ir às periferias e aí anunciar, pois não deve ficar refugiado no Templo. Muito vai expressando este desejo do Papa. Aqui, há um acontecimento deste anúncio feliz : A Visita Pascal. A Cruz é levada em festa, pois Jesus deseja entrar em todas as casas, e nas que Lhe abrirem a porta, há uma celebração que evoca que Jesus Ressuscitou, que está vivo e que a todos abençoa. ALELUIA ! ALELUIA! ALELIA! PDJ http://www.paroquiadamaia.net Alegramo-nos pela sua vinda, Senhor D.António. A Nossa Senhora do Bom Despacho e da Maia pedimos para que o abençoe e a si pedimos a bênçao para quantos nesta Paróquia vivem. Entrada do Nosso Bispo No dia 6 de Abril, entrada na nossa Diocese do Porto o Sr. Bispo, D. António Francisco dos Santos, que em 21 de Fevereiro, pelo Santo Padre Papa Farancisco para ela tinha sido nomeado. O Terreiro da Sé, horas antes de começar a Continua na Pág. nº 7 [email protected] CONSULTANDO A HISTÓRIA Terminando a transcrição das respostas da Paróquia de S. Miguel de Barreiros ao inquérito ordenado em 1758 pelo Marquês do Pombal - as “Memórias Paroquiais” disponíveis no Portal do Arquivo Nacional Torre do Tombo em http://digitarq.dgarq. gov.pt/viewer?id=4239195 – concluímos a secção III, que diz respeito aos rios que correm em cada freguesia – neste caso, o rio Leça. As questões 18 a 20 das Memórias Paroquiais eram as seguintes: 18. Se os povos usam livremente as suas águas para a cultura dos campos, ou com alguma pensão. 19. Quantas léguas tem o rio, e as povoações por onde passa, desde o seu nascimento até onde acaba. 20. E qualquer coisa notável, que não vá neste interrogatório. Vejamos agora as respostas fornecidas pelo Pároco de Barreiros, seguidas da conclusão do documento : “18 Os povos uzão livremente das suas aguas tirando-as no tempo de Verão para a cultura das suas terras 19 Tem de comprido do seu nascimento té se meter no Mar quatro para cinco leguas, e passa por varias povoações e freguezias S. MIGUEL DA MAIA 20 Não me consta que haja neste Ryo mais algüa couza notavel Proprietário e Editor Isto he o que achei, de que se pode dar noticia pelos interrogatorios desta minha Paróquia da Maia freguesia e Igreja de Barreiros, o que certifico in verbo sacerdotis. Barreiros sete de Abril de mil e sete centos e cincoenta e oito anos. Francisco da Madre de Deos de Magalhães e Menezes” 17 Não consta que em tempo algum aparecesse ouro nas suas áreas” Maria Artur VISITA PASCAL - PARÓQUIA DA MAIA. - 20 de Abril de 2014 1ª ZONA: Juiz da Cruz: Joaquím Alberto Marques R. do Chantre (início na Casa Felisberto!); Rua e Trav, Manuel Felisberto M.Oliveira Júnior, Trav. Chantre; R Joaquim Ferreira da Costa; REng.Luís Eduardo Costa Almeida; Rua Álvaro Aurélio Céu Oliveira; Rua Cruzes do Monte; Rua Nazoni, Vila Verde; Rua Samuel Gramaxo; Praceta Eng. José Adriano M.Santos. 2ª ZONA: Juiz da Cruz: Joaquim Pena R Augusto Simões (a partir dos Combonianos); Urb. Coopermaia; R. 5 de Outubro; Trav. de Carassoí, R. de S.Romão.R Cons.Campos Hennques; RJoaquim Alberto Gomes da Costa. . 3ª ZONA: Juiz da Cruz: José Torres R Augusto Simões (In, Casa Vícente); Urbanização da Coopermaia, 4ª ZONA: Juiz da Cruz: Joaquim Oliveira Praça; R. Augusto Simões; Trav. dos Correios; Av.Vasco da Gama; R. de S.Miguel; R.da Lage ; R. D.João IV; Av. D.Manuel II; Plazza .. 5ª Z0NA: .Juiz da Cruz : Carlos Castro RuaAugusto Simões (a partir do Dias Farinha)- Trav. Augusto Simões; Praceta Domingos Nogueira da Costa; Rua Joaquim Ferreira da Costa, Rua e Trav. das Caleiras, até à entrada da Rua Samuel Gramaxo. 6ªZONA: Juiz da Cruz: Jorge Castro Av.Antônio Santos Leite; R.A.Avelino Santos Leite; R. Francisco Silva; R.António Oliveira Braga; R. Augusto Martins.R. Argentat;.Rua Adélía Carvalho 7ª ZONA : Juiz da Cruz. Jorge Lopes Rua Dr..Carlos Felgueiras (a partir do cruzamento das antigas Escolas); Rua.,Augusto Martins; Rua Adélia Carvalho, Rua Manuel Faro Sarmento;Vereda Abílio Carvalho, Rua Avelino Santos Leite. 8ª ZONA:Juiz da Cruz: Carlos Costa Praça Almada Negreiros; Av.Novo Rumo; R. António Sérgio; R. António Nobre; Rua Rochdal; R Vitorino Nemésio, Rua Viana da Mota. 9ª ZONA: Juiz da Cruz : Altino Coelho (A partir da Capela dos Passos) Av.Visconde de Barreiros ; Rua da Santa Casa da Misericórdia; Rua de Nossa Senhora da Maia, Praça Dr.. José Vieira de Carvalho; Tv, Dr.Carlos Felgueíras; R. do Viso. 10ª ZONA: Juiz da Cruz: Francisco Coelho Rua de Recamunde;Rua P. José Pinheiro Duarte, Av. da Igreja;;R. da Estação; R. do Souto; R. António Ferreira Costa Mala, R. Nova do Souto; Av.Visconde .de Barreiros; Urb. das Pirâmides. 11ª ZONA:Juiz da Cruz: Eliano Barbosa Quinta Santa Catarína, Rua do Outeiro, Rua de Recamunde; R. do Godim, Via Adelino Amaro da Costa, Rua António Rebelo Monteiro; Travessa do Godim, R. Ernesto Santos Ribeiro. 12ª ZONA: Juiz da Cruz: José Maria Dias Costa R. do Marco; R da Pinta; Lar da Misericórdia; Brandinhais e Condomínio; Quinta da Boa-Vista; ; Rua Joaquim José S. Maia, Conselheiro Costa Aroso;Varandas do Outeiro; R P. José Pinheiro Duarte. 13ª ZONA: Juiz da Cruz. João Teixeira Rua Deolinda Duarte dos Santos; Trave Rua Deolinda Duarte dos Santos; R Padre António; R. Simão Bolívar (Venepor); e Ruas Adjacentes. 14ª ZONA: Juiz da Cruz: Quintino Oliveira R. Eng. Duarte Pacheco; R. Clotilde Ferreira da Cruz; R. da Cavada; Rua Domingos Luis Barreiros Tomé. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2 Director e Chefe de Redacção P. Domingos Jorge Colaboradores Ana Maria Ramos Ângelo Soares António Matos Arlindo Cunha Carlos Costa Conceição Dores de Castro Henrique Carvalho Higino Costa Idalina Meireles João Aido José Carlos Teixeira José Manuel Dias Cardoso Luís Sá Fardilha Manuel Machado Mª Artur C. Araújo Barros Mª Fernanda Ol. Ramos Maria Lúcia Dores de Castro Mª Luísa C.M. Teixeira Maria Teresa Almeida Mário Oliveira Palmira Santos Paula Isabel Garcia Santos Correspondentes Vários (eventuais) Composição José Tomé Tiragem - 1500 exemplares MOVIMENTO DEMOGRÁFICO Mês de Março BAPTIZADOS 23 - Joana Miguel Soares Costa - Martim Nogueira de Carvalho - José Diogo dos Santos Cardosos 29 - Sara Silva Pinto MATRIMÓNIOS 09 - Francisco José da Rocha Paiva e Anas Cátia Correia Moreira ÓBITOS 02 - Delfina Ferreira de Matos (93 anos) 05 - Maria Emília da Costa Oliveira (85 anos) 11 - Joaquim Pereira Ferreira(73 anos) 19 - Carminda Martins Ribeiro Pilar (91 anos) 22 - Manuel Jorge Valente Pereira (41 anos) BOM DIA! Quem no-lo vem dar desta vez é o nosso novo Bispo, D. António Francisco dos Santos, que virá para ficar connosco no pf. 6 de Abril. A título de curiosidade, vamos ver as mensagens que nos traz logo a partir do seu nome: • António. É palavra grega e que significa flor. A flor que encanta os nossos jardins, dá beleza às nossas casas e troca sinais de boa amizade entre as pessoas. • Evocar Francisco é trazer a terreno simplicidade, sorriso, partilha, comunhão, paz. O primeiro (o de Assis) deu-nos o retrato de um homem novo que, onde estava e por onde se passeava, semeava simpatia, sorriso, amor. Ele mesmo era clamor que chamava todos a uma vida melhor. • E Santos? Está tudo dito. Pelo que é e pelo modo como é, ele vai pedir a todos que sejam santos, como Deus é santo. *Pois é este Homem que a partir de 6 de Abril vai dirigir e proporcionar a todos nós um saboroso Bom Dia tornado eco vivo do nosso querido Papa. Seja bem-vindo, querido D. António. O Porto tem fome de si. Pró -VOCAÇÃO, por vocação Páscoa, o culminar da vocação Páscoa, o culminar da vocação Estamos a chegar à Páscoa, quando este número do jornal for publicado. Não há, em todo o ano litúrgico, tempo mais fortemente vocacional! Toda a Quaresma apela à caminhada para Deus, à reflexão sobre a nossa prática de vida cristã e à conversão de coração, para que todo o nosso existir seja conforme à vontade do Pai. O exemplo de Jesus, com o jejum e oração no deserto para melhor escutar o Pai, guiam-nos neste caminho. A Quinta-feira Santa reforça este sentido de peregrinação e de confiança no Pai, que é a essência da vocação: “Pai, se puderes afasta de mim este cálice, mas faça-se a Tua vontade e não a minha.” A Ceia apela a que celebremos o essencial da Fé, a en- trega total de Jesus: “Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, fazei-o em minha memória”. Memória não quer dizer celebração dum evento passado, mas sim trazer esse acontecimento à realidade presente. Celebrar Deus presente é vocação de todo o cristão. Toda a Via-Sacra de Sexta-feira Santa lembraque vocação se traduz em missão: Jesus aceita livremente ser o Redentor de todos os homens, através do dom total da Sua vida, atitude que só compreendemos quando olhamos com os olhos da fé. A culminar, o grande acontecimento pascal, a Ressurreição, vitória total e definitiva da Vida sobre a morte! Esta é a maior garantia de que vale a pena viver sem reservas a vocação a que Deus nos chama, mesmo quando por vezes nos parece estranha a vontade de Deus; é a certeza de que também a nossa Páscoa vai chegar. Que a Quaresma em que estamos e a Páscoa que está a chegar sejam para cada um de nós, e para esta comunidade paroquial que formamos, um ânimo renovado e fortalecido para escutarmos, acolhermos e respondermos generosamente ao Pai que nos chama. Semana de Oração pelas Vocações De 4 a 11 de maio viveremos a Semana de Oração pelas Vocações, para a qual o Papa propõe o tema “Vocações, testemunho da verdade”. Nessa semana, as intenções do Terço terão caráter vocacional e vamos encontrar-nos com os catequizandos dos anos mais avançados. Entretanto, convidamos toda a comunidade a ir lendo a mensagem do Papa para este dia, que vai ser disponibilizada no site da nossa paróquia. A ela voltaremos no próximo jornal. Oração pelas Vocações Sacerdotais Continuamos, na primeira 5ª feira de cada mês, a passar uma hora (das 17 às 18h) diante do SSmo. Sacramento, rezando para que o Senhor da messe dê à Sua Igreja sacerdotes santos, homens felizes por dedicar as suas vidas ao serviço dos irmãos, evangelizando pela palavra e pelo exemplo, em cada dia celebrando a fé, exercitando a caridade e transmitindo a esperança. Convidamos a comunidade paroquial a unir-se a esta oração, pela presença física sempre que possível ou em espírito quando não puder ser doutro modo. Rezar pelas vocações é, pode dizer-se, uma obrigação de todo o cristão consciente. Equipa Paroquial Vocacional S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3 CENTRO SOCIAL PRIMAVERA 2014 Os nossos idosos sentem-se muito honrados com a manutenção do seu canAnda a primavera aflita tinho na página 4 do nosso BIP. Por isso deram muita importância ao assunto que Sem saber o que fazer… segue: Uns dias é soalheira, Decorreu no auditório do Instituto Universitário de Lisboa a apresentação do livro "Da Imprensa Regional da Igreja Católica, o que é, quem a faz e quem a lê". Outros dias a chover… O autor é Alexandre Manuel, tendo a sua apresentação a intervenção do nosso Que bom sentir a alegria ex-bispo diocesano D. Manuel Clemente, actual patriarca de Lisboa. De uma primavera sem chuva A obra é de alguém que, como diz, «tarimbou em diversas publicações de E um belo sol a brilhar… âmbito nacional e regional» que se decidiu a fazer um estudo acerca da relevânQue bom sentir a alegria cia cultural que tem na população portuguesa a imprensa regional, mormente as Do milagre da vida, publicações da Igreja. Da natureza a sorrir Este último capítulo do livro é, por natureza, o mais desenvolvido, principalE dos melros a cantar. mente no seu,enquadramento sócio-cultural e histórico. Aqui o autor evidencia diversas perspectivas na análise e julgamento da situação actual: os média como forma ou fonte de evangelização; a distinção entre o confessional e a inclusão Mas, com chuva ou sem chuva, nos conceitos de informação geral; os jornais oficiais, oficiosos e independentes; Já se sente a alegria entre os que são da Igreja e os que são propriedade e obra de católicos. ParticuDa Páscoa, da Ressurreição, larmente interessante é a análise da renovação, abertura a novas ideias, inclusão Dias maiores, com mais luz… no conjunto da imprensa local, as dificuldades em superar "vícios" do passado. O Senhor ressuscitou! Importante é também a tentativa de caracterização dos leitores, de que se pode Demos graças, exultemos, deduzir, por exemplo, que 46% tem mais de 65 anos e que o segundo conjunto Bendito sejais, Jesus! mais numeroso se situa na área dos 46 aos 65 anos (35%), sendo pouco significaAna Maria Ramos tiva a leitura entre os jovens até aos 20 anos, apenas 0,4 %. Outro dado curioso: que a maioria dos directores das publicações são padres. ' Dois outros aspectos são ainda referenciáveis: a consideração da imprensa como uma forma de evangelização na busca de novos "púlpitos"; a preocupação por parte das autoridades eclesiásticas da importância de possuir meios de comunicação social próprios. Daqui dei comigo a reflectir sobre O QUE É, QUEM O FAZ E QUEM LÊ o nosso Boletim de Informação Paroquial., vulgo BIP, e concluí: É um jornal muito simpático, normalmente com 16 páginas, destinado, principalmente, a todos os paroquianos da Maia, mesmo até a muitos da diáspora, que desejam estar ao corrente de tudo o que acontece na sua comunidade. É feito por cerca de 25 colaboradores incansáveis que, mensalmente, partilham com os seus leitores o seu pensamento, as suas opiniões, os seus reparos. É muito heterogéneo, o que o toma extremamente rico. É lido por muitos paroquianos interessados na vida da paróquia, mas também às vezes descuidado por alguns leitores menos escrupulosos que o deixam caído em qualquer canto da rua, para tristeza minha. Imaginem quanto me fere ver alguns exemplares abandonados na rua. Sofro como se fosse um pedaço de mim próprio, tal é o carinho e a dedicação com que mensalmente participo nele. Aqui fica um apelo à juventude actual para que invertam os números das estatísticas. Têm de ler mais a imprensa da Igreja Católica. Manuel Machado LIVRO A LIVRO Diário da Alma É com toda a satisfação que anunciamos, aqui no BIP de abril, este livro de João XXIII. É um gesto humilde - mas profundamente sentido, que queremos dirigir ao nosso muito Amigo João XXIII, neste mês em que vai ocorrer a sua canonização - lembrar a sua obra do coração : Diário da Alma. Foi lida por nós, pela primeira vez, em maio de 2003. Hoje é apresentada numa nova edição mas o seu conteúdo é o mesmo. Que belas são as páginas deste livro! Ficámos a conhecer dados da alma de Ângelo José Roncalli desde que foi seminarista em Bérgamo e em Roma; depois, enquanto: Sacerdote, Bispo, Representante Pontifício na Bulgária, na Turquia, na Grécia, em França; também como Cardeal Patriarca de Veneza e até ocupar o lugar máximo da hierarquia católica – Papa. João XXIII, assim foi o seu nome escolhido. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4 Cada registo de João XXIII é um traço de profunda espiritualidade, de Fé sólida em Jesus Cristo, de amizade sincera pela Igreja, de humildade genuína perante Deus e o outro, de Bondade paciente e profética diante da Vida! Tinha o Papa Bom, como era designado, o desejo e a vontade de querer ser santo. Há muito tempo o dizíamos. Mas publicamente, para todo o mundo declarado, será a 27 de abril próximo, em Roma. Pela voz do Papa Francisco, ao ouvir-se Santo João XXIII, será certamente uma grande festa em Roma, uma grande honra para toda a Igreja Católica dispersa pelo mundo, uma alegria imensa para todo o devoto de João XXIII! Tantas graças dele temos recebido, tantos consolos e estímulos para as nossas vidas … Que continue a derramar as suas Bênçãos de Santidade sobre a sua Igreja que ele tanto amou, sobre todos os Povos da Terra, sobre todo o ser humano, de modo que o Mundo caminhe rumo à Plenitude da sua Existência! Maria Fernanda e Maria Teresa EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR Tudo o que diz respeito à família é assunto para os encontros da Equipa. O próximo será o dia da Mãe, a ser celebrado, no dia 4 de Maio, primeiro domingo. O dia Diocesano da família, dia 15 de Junho, vai também sendo preparasdo pelo anúncio e contacto com os casis Jubilares (10, 25, 50, 60 anos) para que participem, nesses dia, em S. João da maeira, com os que celebram igual data e que vivem em toda a Diocese. E. P.P.F Contactos: Maria Luísa e José Carlos Teixeira;Jorge Lopes; Lídia 917373873 - 229482390 229448287 - 917630347 229486634 Mendes; David Barbosa; Maria Elizabete e Jorge Real; 969037943 966427043 - 229416209 - 916746491 - 965450809 P. Domingos Jorge 962384918 www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue A IMAGEM DE DEUS É O CASAL MATRIMONIAL Apresentamos a íntegra da catequese pronunciada pelo Papa Francisco durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 02 de abril. (Zenit.org) Hoje concluímos o ciclo de catequeses sobre os sacramentos falando do matrimônio. Este sacramento nos conduz ao coração do desígnio de Deus, que é um desígnio de aliança com o seu povo, com todos nós, um desígnio de comunhão. No início do Livro do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, no ápice do relato da criação se diz: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e mulher… Por isto o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gen 1, 27; 2, 24). A imagem de Deus é o casal matrimonial: o homem e a mulher; não somente o homem, não somente a mulher, mas todos os dois. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus conosco é representada naquela aliança entre o homem e a mulher. E isto é muito belo! Fomos criados para amar, como reflexo de Deus e do seu amor. E na união conjugal, o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva. 1. Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do matrimônio, Deus, por assim dizer, reflete-se neles, imprime neles seus próprios traços e o caráter indelével do seu amor. O matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós. Também Deus, de fato, é comunhão: as três Pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em perfeita unidade. E é justamente esse o mistério do matrimônio: Deus faz dois esposos uma só existência. A Bíblia usa uma expressão forte e diz “uma única carne”, tão íntima é a união entre o homem e a mulher no matrimônio. E é justamente esse o mistério do matrimônio: o amor de Deus que se reflete no casal que decide viver junto. Por isto, o homem deixa a sua casa, a casa dos seus pais e vai viver com sua esposa e se une tão fortemente a ela que os dois se tornam – diz a Bíblia – uma só carne. Mas vocês, esposos, lembra-se disso? Estão conscientes do grande presente que o Senhor vos deu? O verdadeiro “presente de casamento” é este! Na vossa união há o reflexo da Santíssima Trindade e com a graça de Cristo vocês são um ícone vivo e credível de Deus e do seu amor. 2. São Paulo, na Carta aos Efésios, coloca em destaque que nos esposos cristãos se reflete um mistério grande: a relação instituída por Cristo com a Igreja, uma relação nupcial (cfr Ef 5, 21-33). A Igreja é a esposa de Cristo. Esta é a relação. Isto significa que o matrimônio responde a uma vocação específica e deve ser considerada como uma consagração (cfr Gaudium et spes, 48; Familiaris consortio, 56). É uma consagração: o homem e a mulher são consagrados em seu amor. Os esposos, de fato, em força do Sacramento, são revestidos de uma verdadeira e própria missão, para que possam tornar visível, a partir de coisas simples, cotidianas, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a doar a vida por ela, na fidelidade e no serviço. 3. É realmente um desígnio maravilhoso aquele que é inerente ao matrimônio! E acontece na simplicidade e também na fragilidade da condição humana. Sabemos bem quantas dificuldades e provações conhecem a vida de dois esposos… O importante é manter viva a ligação com Deus, que está na base da ligação conjugal. E a verdadeira ligação é sempre com o Senhor. Quando a família reza, a ligação se mantém. Quando o esposo reza pela esposa e a esposa reza pelo esposo, aquela ligação se torna forte; um reza pelo outro. É verdade que na vida matrimonial há tantas dificuldades, tantas; seja o trabalho, seja que o dinheiro não basta, seja que as crianças tenham problemas.Tantas dificuldades. E tantas vezes o marido e a mulher se tornam um pouco nervosos e brigam entre si. Brigam, é assim, sempre se briga no matrimônio, algumas vezes voam até os pratos. Mas não devemos ficar tristes por isto, a condição humana é assim. E o segredo é que o amor é mais forte que o momento no qual se briga e por isto eu aconselho aos esposos sempre: não terminem um dia no qual tenham brigado sem fazer as pazes. Sempre! E para fazer as pazes não é necessário chamar as Nações Unidas, que venham pra casa fazer a paz. É suficiente um pequeno gesto, um carinho, um olá! E amanhã! E amanhã se começa uma outra vez. E esta é a vida, levá-la adiante assim, levá-la adiante com a coragem de querer vivê-la juntos. E isto é grande, é belo! É algo belíssimo a vida matrimonial e devemos protegê-la sempre, proteger os filhos. Outras vezes eu disse nesta Praça uma coisa que ajuda tanto a vida matrimonial. São três palavras que devem ser ditas sempre, três palavras que devem estar em casa: com licença, obrigado e desculpa. As três palavras mágicas. “Com licença”: para não ser invasivo na vida dos cônjuges. Com licença, mas o que te parece? Com licença, permito-me.“Obrigado”: agradecer o cônjuge; agradecer por aquilo que fez por mim, agradecer por isto.Aquela beleza de dar graças! E como todos nós erramos, aquela outra palavra que é um pouco difícil de dizê-la, mas é preciso dizê-la: “desculpa”. Com licença, obrigado e desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo pela esposa e vice-versa, com fazer as pazes sempre antes que termine o dia, o matrimônio seguirá adiante.As três palavras mágicas, a oração e fazer as pazes sempre. Que o Senhor vos abençoe e rezem por mim. Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 5 HÁ QUE RETROCEDER NOS FRACOS CAMINHOS Mesmo não estando, neste momento, à conversa num grupo de pessoas, mas à secretária, é como se estivesse, pois continuo a refletir nas preocupações graves que nos afligem e que, cada vez mais, nos levam á interrogação que uma minha amiga colocava apreensivamente numa dessas conversas, a respeito do seu filho com 16 anos e do mundo em que o vê mergulhado. Apercebe-se de que ele não tem amigos, não se interessa sequer por sair com um colega a dar uma volta pela cidade, pois acha que não tem qualquer interesse, não vale a pena, passa o tempo com o telemóvel na mão, está viciado nos jogos on-line, é capaz de se levantar de noite para dar andamento a qualquer fase do jogo, começou a tirar fracas notas na escola e, até tendo sido um menino que escrevia bem, agora dá imensos erros visto que nem sequer os testes na escola o obrigam a exercitar a escrita e a construir corretamente as frases dado que são respondidos com cruzinhas, tipo totoloto, o que também não o obriga a saber muito, pois aposta no fator sorte para acertar na resposta. Embora nunca tendo acedido às pretensões do filho de ter televisão e computador no quarto, segundo ela vê, dada a avançada tecnologia dos telemóveis, isso já nenhuma falta lhe faz. A nossa conversa começou por que ela me disse que o que mais a preocupa neste momento da vida, é a educação do filho e, terminou com o tom angustiado de uma boa mãe que, também, já se vê na interrogação de não saber onde é que esta nova geração vai parar. Eu ouço e observo, também, cada vez mais incrédula num bom futuro para estas gerações mais novas e aflijo-me com a degradação tão rápida que se verifica, que não sei mesmo imaginar que jovens serão os meus netos daqui por 10 anos. Devo confessar que até me sinto um tanto ou quanto ignorante sobre o estilo de vida, os interesses e as relações dos adolescentes ou jovens, actualmente. À excepção dos “conhecimentos pouco agradáveis “ que, com frequência, adquiro nas viagens do metro, e de algumas deduções que vou fazendo sobre o tipo de educação que os pais transmitem aos filhos, a partir de certas ocorrências na escola onde está o meu netinho mais velho, fico alertada para as coisas que nunca me passariam pela cabeça, muitas vezes pelos “ exageros” que as S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6 telenovelas da ficção portuguesa dos nossos canais televisivos, fazem questão de mostrar. A verdade é que, não perdendo eu o meu tempo com esses programas, chega-me perfeitamente alguma atenção que lhe presto enquanto circulo pela casa na minha vida doméstica, desde o jantar até que me deito, para deduzir o que se vai passando e para ver o que muitas das vezes até me parece pouco aconselhável naquele horário. Nota-se que a preocupação nos criadores das histórias de ficção é de não deixar de exibir nenhum dos maus assuntos da sociedade actual que infelizmente parecem ser a moda. Até da fraude fiscal e corrupção já sabem argumentar os enredos com termos técnicos bem aplicados. A facilidade do uso das novas tecnologias da informática e dos telemóveis está sempre altamente demonstrada, e aí fico eu aflita ao acompanhar, por exemplo, a história de uma adolescente que está a lançar a sua vida para o abismo, tendo tudo começado porque é uma menina habituada a que lhe satisfaçam todas as vontades mas a partir de certa altura os pais deixaram de lhe dar todo o dinheiro que pretendia para o telemóvel. Iniciou por mostrar-se no seu quarto a estranhos através do computador em troca de carregamentos do telemóvel e num abrir e fechar de olhos, vê-se dominada sexualmente por um adulto que, por promessas dela e chantagem dele, lhe ofereceu o computador que ela tinha exigido aos pais, e que estes, não puderam dar-lho. Eu questiono profundamente preocupada, o próprio Deus: Meu Deus do céu, como é que estas coisas estarão a acontecer nas casas das nossas famílias? Os computadores nos quartos? Os telemóveis com tecnologias para tudo? Os pais que mesmo fazendo algumas perguntas de vez em quando, são enganados com mentiras manhosamente construídas?! Nas telenovelas, eu vejo tudo facilidades para os jovens, entram e saem de casa quando querem e com quem querem, e os pais nem se dão conta, pois andam demasiado ocupados com os interesses das suas vidas profissionais e nem sequer têm tempo para refeições de toda a família junta. Se esta for a realidade que se vive dentro de muitas casas, temo, assim como muita gente da minha geração que ouço, que: Muitos dos adolescentes e jovens já estejam muito perdidos e à medida que o tempo avança com tanta evolução de tudo e tanto crescimento de solidão, egoísmo, individualismo e falta de diálogo, muitos mais se perderão se o amor não regressar aos nossos lares. O amor que não abdica das suas responsabilidades, que está atento, que teima em dialogar, que pratica o bem, que ama a natureza, que previne, que cuida, que ensina a construir, que alerta, que perdoa, que conduz, que é solidário, que é disponível, que dá o bom exemplo, que sabe ouvir, que protege, que abraça…desde o berço até ao fim da vida. Maria Luisa C. M.Teixeira Entrada do Nosso Bispo Continuação da Pág. nº 1 Celebração, encheu-se de gente vinda do Porto, de Aveiro e de Lamego. Sé ficou cheia bem como os clautros da mesma. Às 16h00 o cortejo saiu da Casa Episcopal para a Sé sendo o Senhor D. António saudado jubilosamente por todos. Na Sé houve a Eucaristia predidida pelo novo Bispo do Porto, concelebrada pelo Sr. Núncio Apostólico e por quase todos os Bispos de Portugal e muitas centenas de Padres e dezenas de Diáconos. Foi uma bela celebração. Excertos da Homilia do Senhor D. António na entrada na Diocese do Porto Irmãos e Irmãs Há dez anos fui chamado pelo Papa João Paulo II para servir a Igreja de Braga, como seu Bispo Auxiliar, atribuindo-me a Igreja titular de Meinedo, no território desta Igreja Portucalense. Passados dois anos, o Santo Padre Bento XVI enviou-me à Igreja Aveirense como seu Bispo. Agora, é o Papa Francisco que me chama a servir a Igreja do Porto. ... Propus-me, na hora da ordenação episcopal, envolvido pelo carinho das gentes de Lamego, a minha Igreja-Mãe, cuja ternura materna se espelhava no rosto sofrido da minha Mãe, a braços com grave e prolongada doença, colocar-me nas mãos de Deus – “In manus tuas”. Fiz desta decisão o meu lema episcopal. ... O evangelho é tudo o que temos e somos. ... A esperança que quero levar no horizonte dos caminhos da Igreja do Porto, que nos foram abertos por Jesus Cristo, é a forma que encontro de traduzir desde o Antuã ao Ave, desde o Mar ao Marão,“as boas notícias de Deus”. Compreendereis, assim, que faça, também aqui, como fiz sempre e em todo o lado, das Bem-aventuranças do Reino o padrão do meu viver e o paradigma do meu ministério. Convoco-vos para sermos mensageiros e protagonistas das Bem-aventuranças numa linguagem serena, positiva e confiante, como expressão da voz de toda a Igreja do Porto. Sabemo-nos filhos abençoados de Deus e discípulos felizes de Jesus, o Mestre das Bem-aventuranças. ... A nossa Diocese do Porto vem de longe com uma bela história de caminho de leigos esclarecidos, conscientes e responsáveis, inseridos na vida e na cultura do nosso tempo e com uma reconhecida audácia de missão.Todos somos necessários e imprescindíveis! Não trago comigo planos prévios ou antecipados programas de acção. Eles surgirão à medida do sonho de Deus e da sua vontade divina para esta Igreja do Porto. Estaremos atentos ao que o Espírito de Deus nos inspirar. Saberemos ajoelhar diante de Deus em oração, para servir de pé, com passos serenos mas decididos, a Igreja e o mundo, como nos ensinou D.António Ferreira Gomes, generoso servidor desta Igreja, que partiu ao encontro de Deus faz agora vinte e cinco anos. ... Na acção pastoral darei lugar determinante aos órgãos eclesiais de participação e de corresponsabilidade que existem para fomentar a comunhão geral de quantos, nas paróquias, institutos religiosos e seculares, associações e movimentos, integram o corpo vivo que é a Igreja de Cristo, com toda a riqueza carismática e ministerial que o Espírito cria.... Sejamos ousados, criativos e decididos sempre mas sobretudo quando e onde estiverem em causa os frágeis, os pobres e os que sofrem. Esses devem ser os primeiros porque os pobres não podem esperar! Temos na história da Igreja do Porto “modelos de caridade” que nos podem guiar neste caminho. Sei do valor das Escolas, das Universidades, da Comunicação Social e do seu imprescindível trabalho ao serviço do bem, da verdade, da cultura e da educação. O diálogo entre a razão e a fé merece e exige da Igreja lugar de escuta e tempo dado aos que procuram Deus. Com tudo o que se lembra, igualmente se agradece a Deus o que a magnífica Diocese do Porto foi, é e continuará a ser, para a glória de Deus, como lugar de profecia de uma humanidade viva e de um mundo justo. Também aqui a fé e o evangelho são a porta que nos abre para um caminho novo na Igreja e no mundo. Há uma conexão íntima entre a evangelização, a promoção humana e o desenvolvimento dos povos, de modo a que a verdadeira esperança cristã gere história, dê sentido à hora que vivemos e apresse um futuro melhor. Reli a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, com o olhar voltado para o Porto e com o coração aberto à nova missão que o Papa Francisco me confia. Este texto histórico da Igreja tem de inspirar também o nosso caminho na Igreja do Porto. É dever e urgência da Igreja trilhar caminhos de evangelização, com novos métodos e acrescido vigor. Desejo que todos sintam que Cristo pode preencher as nossas vidas com um novo esplendor e uma alegria profunda, mesmo no meio das provações (167). Sintamo-nos convocados para a missão.Aprofundemos a dimensão espiritual do nosso viver. Sejamos evangelizadores com espírito, que rezam e trabalham, (262), motivados pelo amor que recebemos de Jesus (264). Assim edificaremos comunidades vivas de fé, de amor e de dinamismo missionário, mobilizaremos e formaremos adequadamente os agentes da pastoral e renovaremos as estruturas pastorais desta amada Igreja do Porto. Que Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Diocese e desta Catedral, Mãe de Deus e nossa Mãe, nos ensine, abençoe e proteja, para que saibamos que o seu exemplo, terno e materno, foi e será sempre nossa escola de vida, de fé e de missão. Ámen. Igreja Catedral do Porto, 6 de Abril de 2014 António, bispo do Porto S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7 A Bíblia Peregrina A palavra Bíblia é um termo com origemna palavra grega“biblion”, que significa “rolo” ou “livro”. Como sabemos, nela está contida o conjunto de livros escritos por inspiração divina, nos quais Deus se revela a Si mesmo, e nos dá a conhecer o mistério da sua vontade. Porém, um livro nos tempos antigos constava de uma simples tira de papiro ou pergaminho, que usualmente se conservava enrolado em duas varas, sendo então conhecido como rolo ou pergaminho. Assim, conhecer a Bíblia e os seus escritos tornam-se imprescindíveis para o alicerçar da Fé que professamos. Destemodo, e inserido neste contexto, realizou-se, a nível da Catequese vicarial, mas direcionada a toda a Comunidade, a dinâmica da Bíblia Peregrina, em que a mesma percorreu, semanalmente, as várias paróquias da nossa Vigararia. Assim, entre os sábadosde 22/Fevereiro e 01/Março, esta Bíblia habitou a nossa Paróquia, tendo tido como proveniência a Comunidade de Vermoim, e como destino seguinte a Comunidade de Gueifães.Esta dinâmica teve como principal objetivo despertar-nos para a importância da Palavra contida neste Livro Sagrado, bem como proporcionar alguns momentos de meditação e oração sobre a mesma. Desta forma, além da Celebração da receção desta Bíblia Peregrina, no dia 22/Fevereiro, numa Celebração solene que reuniu todos os catequistas e catequizandos da nossa Paróquia, foram desenvolvidas, durante a semana referida, algumas atividades que visavam proporcionar alguns momentos de aproximação à Palavra de Deus. Na sessão realizada na terça-feira seguinte, dia 25/ Fevereiro, debruçamo-nos no aprofundamento e reflexão de algumas temáticas bíblicas bem atuais, como a “Relação entre a Fé e a Igreja”, “A crise do homem” e o “Amor ao próximo”. Assim, de forma alternada, em cada uma das temáticas referidas, após a leitura de uma passagem bíblica era efectuada uma reflexão sobre a mesma, procurando a ligação com a vida atual da nossa sociedade. No encontro de quinta-feira, dia 27/Fevereiro, realizouse uma Vigília de Oração, tendo como base a passagem bíblica do “Bom Samaritano”, em que os mistérios do Terço rezado contemplavam as suas várias atitudes: Olhar, Parar, Estender a Mão, Levantar e Cuidar. Por fim, no sábado seguinte,a 01/Março, e antes da partida desta Bíblia Peregrina, foi preparado pelo 3º ano de catequese um breve momento de despedida, com a dramatização da parábola do “Bom semeador”. Em nome do Secretariado da Catequese, agradeço a todos os que tiveram oportunidade de tomar parte desta dinâmica, desde os perseverantes participantes até aos que diretamente aceitaram o desafio de contribuir com a sua disponibilidade, empenho e testemunho nos vários momentos das atividades realizadas. Acolher a Palavra de Deus nos nossos corações é algo fundamental para a nossa Vida Cristã. Para que a sua semente se possa enraizar, crescer e frutificar de forma plena e efectiva. Uma Páscoa diferente Tenho 13 anos e adoro servir Jesus na Eucaristia. Quando entro na Igreja, sinto algo no meu coração que não consigo explicar: é diferente, bom e muito especial. Se nalgum fim-de-semana não tenho oportunidade de acolitar, sinto-me incompleta, que a harmonia e o amor de Deus não estão juntinhos ao meu coração. Mas acolitar é um serviço de amor, que não se pratica apenas dentro da Igreja, mas também fora dela. Na minha turma sou a única catequizandae acólita, mas nunca me senti excluída. No entanto,não deixo de lamentar que não possam conhecer este maravilhoso caminho que me faz feliz. Todos os anos por esta altura, somos cercados pelos ovos da Páscoa e por todos os simbolismos pagãos desta festa. Mas será que esta festa tem outro significado para nós? Será que nós vivemos a Páscoa verdadeiramente? Para os cristãos, a Páscoa é a Ressurreição do Senhor. É a vitória da vida sobre a morte. Para podermos celebrar esta vitória com todo o nosso ser, nós preparamo-nos durante a quaresma. Estes quarentas dias ajudam-nos a refletir sobre nós, de modo a que estejamos aptos para a semana santa. A semana santa inicia-se pela quinta-feira santa, onde é protagonizado o lava-pés e a última ceia, onde Jesus instituiu a Eucaristia. Posteriormente, na sexta-feira santa, ocorrem duas celebrações: a via-sacra, onde se medita sobre todas as estações da Paixão de Cristo, e a adoração da cruz. Aí, como que nos despedimos do Senhor morto. No sábado de Aleluia, realiza-se uma vigília onde é proclamado o domingo da ressurreição. No dia de Páscoa, o compasso sai à rua, percorrendo a cidade a anunciar a Boa Nova da Ressurreição. Deste modo, se celebramos esta Páscoa com alegria e significado, não seremos como todos os que se regem pelos símbolos pagãos mas sim como verdadeiros cristãos que sentem e proclamam a sua fé. Maria Lúcia Acólito é estar ao serviço Nesta edição do Boletim, tenho a oportunidade de falar de mim enquanto acólita. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8 João Bessa Sofia Farinha A oração do Escuta Repleta de significado, a oração do Escuta foi escrita por Santo Inácio de Loyola. Ficar diante de Deus, acolhendo cada palavra desta oração em nós, faz-nos refletir na verdadeira entrega que nos é pedida. Neste tempo de Quaresma, rezar e viver esta oração, faz mais sentido do que nunca. Assim Deus nos ajude. Oração do Escuta Senhor Jesus, ensinai-me a ser generoso a servir-Vos como Vós o mereceis a dar-me sem medida a combater sem cuidar das feridas a gastar-me sem esperar outra recompensa, senão saber que faço a Vossa vontade santa. Ámen. Por uma Juventude melhor, Palmira Santos DESPERTAR PARA A MISSÃO Foi há dez anos que Daniel Comboni foi proclamado santo pelo Papa João Paulo II. Comboni nasceu a 15 de Março de 1831 em Limone sul Garda, Verona, Itália. Na sua procura firme e destemida da verdade, bem depressa iniciou o cultivo das dimensões fundamentais da santidade e o ímpeto missionário. Fundou os institutos dos Missionários Combonianos e das Missionárias Combonianas que hoje estão um pouco espalhados por todo o mundo para anunciar o Evangelho entre os mais pobres e abandonados. No contexto da celebração do décimo aniversário da sua canonização, convidamos os Cristãos da várias comunidades Cristãs das terras do Lidador a unirem-se a nós em oração, para invocar o Deus da Luz sobre cada um de nós e sobre todos os povos que vivem na «sombra da morte» por causa das guerras, da injustiça, da pobreza e da opressão. Com Comboni, todos juntos e como Igreja, pedimos a Deus que nos desperte do sono da indiferença e da apatia espiritual e missionária. Celebramos o aniversário de Comboni durante o tempo da quaresma, onde tudo na Palavra nos convida à conversão, a despertar do sono, a dedicar-nos às obras da luz. Comboni, homem de fé, soube acordar e deixar-se iluminar por Cristo; e também soube despertar o mundo à sua volta com a sua incansável e apaixonada animação missionária. Eis que hoje, sob o signo da celebração do décimo aniversário da sua canonização, nos unimos em oração, para invocar o Deus da Luz sobre nós, sobre todos os povos que vivem nas «sombras da morte» por causa das guerras, da injustiça, da pobreza e da opressão. Sim, com a intercessão de Comboni, esforcemo-nos por despertarmos deste sono que não nos permite saborear como o Senhor é bom. Iluminados por S. Paulo reconhecemos que outrora éramos trevas, mas agora somos convidados a ser luz, no Senhor. “Procedei como filhos da luz - pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade - procurando discernir o que é agradável ao Senhor. E não tomeis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, denunciai-as. Porque o que por eles é feito às escondidas, até dizê-lo é vergonhoso. Mas tudo isso, se denunciado, é posto às claras pela luz; pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: «Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo brilhará sobre ti». (Efésios 5, 8-14) de vida nova, o eco do testemunho fiel e mártir de tantas irmãs e irmãos nossos de ontem e de hoje. Acordemos e permaneçamos vivos como a semente que apodrece na terra mas que tem em si a força para gerar. Estejamos despertos e atentos como as mulheres na manhã da Páscoa, as únicas que foram ao sepulcro, movidas pela coragem de uma fé que sabe ver para lá da pedra que bloqueia a vida. P. Francisco Machado, MCSCJ, Despertar para a missão Sim, é hora do despertar, de deixar-se despertar pelo Ressuscitado, que sempre antecede os nossos dias e nos indica a aurora de novos horizontes. Despertar, destrancar as portas da nossa vida para deixar entrar a vida de Deus através da vida da humanidade. Despertemos do sono, ponhamos os nossos pés sobre as pegadas que os nossos povos estão a completar no sulco da vida para colherem a hora da esperança pascal que com sabedoria e de mil modos continuam a indicar, testemunhar, partilhar connosco. Despertemos com o canto de esperança revestido de coragem que Deus deseja entoar até na noite mais escura das nossas vidas. Despertemos do torpor da mediocridade para deixarmos ecoar na história o anúncio alegre de Isaías, prelúdio do evangelho: «Não vos lembreis dos acontecimentos de outrora, não penseis mais no passado, pois vou realizar algo de novo, que já está a aparecer: não o notais? Vou abrir um caminho no deserto, e fazer correr rios na estepe» (Is 42: 18-19). Despertemos com o grito dos empobrecidos, oprimidos, excluídos, esquecidos, daqueles que têm fome e sede de justiça, daqueles que não ainda não conheceram a Esperança anunciada por Cristo Jesus. Despertemos à brisa do vento para abrirmos os nossos ouvidos e entender o eco da sabedoria dos povos que lutam connosco no dia-a-dia e sustêm o eco das nossas Igrejas locais que vibram Novidades acabadinhas de sair: Lançamos o Missão Jovem 2014. O programa ainda não está totalmente definido, mas o essencial já está no site, este ano com novo visual: missaojovem.jim.pt No entanto podeis já sondar e começar a preparar-vos para participar. Este ano celebramos 3 grandes eventos: 1/ o ano comboniano, com a celebração dos 10 anos da canonização de S. Danel Comboni. 2/ o Jubileu de prata (25 anos!) de ordenação sacerdotal do P. Leonel Claro. 3/ edição do CD da Banda Missio. São razões mais do que suficientes e atractivas para que não faltes! Entretanto guarda também esta data: 18 de Maio. É o lançamento dos ICONE do Missão Jovem. Por isso, se queres receber o ICONE no teu grupo, inscreve-te antes desse dia. Inscrições: Há novidades em relação aos outros anos. Confere! Abração amigo. Vemo-nos lá. Equipa Missão Jovem 2014 Mail:[email protected] tel: 229448317 S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 9 O PECADO DA TRISTEZA Na minha infância, se não estou em erro, dizia-se no Catecismo: “os pecados capitais são sete: primeiro soberba, segundo avareza, terceiro luxúria, quarto ira, quinto gula, sexto inveja, sétimo preguiça.” É evidente que não tínhamos uma verdadeira noção do que significava cada uma dessas palavras e, sobretudo que influência tinha na nossa própria vida. Mas nos catecismos primitivos, os pecados mortais eram oito, porque no fim acrescentava-se o pecado da tristeza, e que foi São Gregório Magno quem viu, como se fossem o mesmo, o da tristeza e o da preguiça. Assim o pecado da tristeza ficou fora da lista dos pecados capitais, e foi pena porque faz falta a todos os homens, e especialmente aos cristãos, que lhes recordem que a tristeza não é só um erro, mas também um verdadeiro pecado. Mas nem toda a tristeza é pecado. Todos temos, na nossa vida, horas ou simplesmente momentos escuros, de desânimo, de falta de coragem para assumir a vida com as suas dificuldades naturais e imprevistas. Não existe nevoeiro, grande ou pequeno que não seja dissipado pelo sol. Para quem, evidentemente, não fechar os olhos, voluntáriamente. Toda a tristeza pode ser partilhada e, portanto, de certo modo dividida por outros. Mas o egoismo do nosso tempo costuma fazer esquecer demasiado aquela obra de misericórdia, já muito antiga que era “consolar os tristes”. Mas também é verdade que há muita gente que prefere fechar-se no sofrimento e optar pelo silêncio do que incomodar os outros, mendigando ajuda, abrindo-se a quem o pode ajudar. Nestes casos o isolamento é terrível. Estamos, sempre dependentes dos outros. Ninguém vive sozinho, e há muitas situações na vida que não se podem, de todo, resolver sem ajuda de alguém. Isto sim, é um grande erro e uma má opção. Pelo contrário, que bonito e saudável é a opção de consolar e alegrar os que precisam. Não se paga imposto nem nada por esse “trabalho” que é tão enriquecedor. Mas também há pessoas que, por timidez, vergonha ou por, simplesmente, serem introvertidas, preferem fechar-se no seu próprio sofrimento, solidão e angústia, em vez de abrir a alma aos outros que, muito ou pouco, as podem ajudar. Nestes casos esta atitude resulta da timidez, talvez vergonha e também da pouca capacidade de abertura aos outros. Mas a alegria pode coexistir ou conviver com a dor. Giovani Papini explicou-o com o exemplo no seu livro “A felicidade do infeliz”, numa página em que: “Perdi o uso das pernas, dos braços, das mãos, cheguei a estar quase cego e quase mudo. Mas não há que ter em menos estima o que ainda me ficou que é muito e melhor: “tenho sempre a alegria dos outros dons que Deus me deu. Tenho, sobretudo, a fé”. De facto é verdade aquilo que costumava repetir Léon Bloy: “A única verdadeira tristeza é a de não sermos santos”, ou, dito de outro modo: a única verdadeira tristeza é a de não amar. Gosto muito do Salmo 41: Porque estás triste, minha alma e desfaleces? Espera em Deus: ainda o hei-de louvar, meu Salvador e meu Deus. A minha alma está desolada no vale do Jordão e do hermon, e no pequeno monte me lembro de Vós. De dia mande o Senhor a ua graça / de noite canto e rezo ao Deus da minha vida. Recebi há dias o Boletim semanal da Paróquia de S. João Baptista do Lumiar, Lisboa, enviada pelo meu colega de infância P. Albero Sousa, que tinha um texto muito engraçado e oportuno sobre a Quaresma: Q - quero: ofereço ao Senhor a minha vontade; U - Unidade: trabalho pela unidade da família; A - Alegria, Amor e da Comunidade; R - Rezar: mais intimidade com o Senhor. Mais oração.; E - Entrega, Esperança; S - Silêncio. Fazer uma paragem na nossa vida. É difícil ouvir o silêncio. Mas se queremos Deus! M - Mãe, Maria. Saber escutar como Ela - palavra de Deus; A - Aleluia. Viver a Quaresma com o coração na Páscoa. Mário Oliveira Via-sacra de cada vida Desde a quarta-feira de cinzas até ao domingo de Páscoa é tempo de meditação, de oração, jejum e esmola. É tempo de despirmos a nossa indiferença, o nosso egoísmo, a nossa desumanidade. É tempo de olharmos para o próximo. Se esse próximo está perto ou longe de nós é indiferente. É indiferente, na medida em que, o que importa é que é realmente o nosso próximo. O que nos liga é a nossa humanidade, é o sermos filhos de Deus. Este tempo de espera é também tempo de preparação. Será ocasião “a não perder” e olharmos para dentro de nós mesmos e ler o nosso interior. Precisamos de deixar de lado as “tricas e dicas” do dia-a-dia. Entre trabalho, família, amigos, conhecidos e igreja precisamos de “limpar” as impurezas incrustadas no nosso ser que prejudicam os relacionamentos. Nas compras, na fila de espera de um atendimento público ou no trânsito precisamos de bom senso, paciência e até bom humor para superar qualquer contratempo. Pensamos em nós e temos a obrigação de pensar sempre nos nossos atos. No que os nossos atos terão como reflexo no outro, no próximo. Não podemos pensar que somos melhores que os outros, que sabemos mais e melhor que os outros, que somos capazes de fazer mais e melhor que os outros. A nossa atitude deve ser de humildade, simplicidade e entrega. Eu tenho o meu saber, mas posso aprender mais com o outro. Eu sou capaz de fazer algo, mas alguém poderá ajudarme a fazer melhor. Alguém pode contar com o meu apoio, com uma ideia ou com ajuda material ou física. Posso dar e S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 10 receber, não em troca, mas em partilha. Estes quarenta dias convidam a sermos entrega, doação, partilha. A alegria do outro deve ser a nossa alegria. A dor do outro deve ser a nossa dor. Sabemos fazer melhor. Podemos fazer melhor. Na via-sacra de cada um, deve-se levar sempre e só a nossa cruz. Não podemos “fazer peso” na cruz dos outros. Não devemos levar a cesta dos pregos nem o martelo. Devemos aliviar o peso da cruz, retirar os pregos com algum cuidado e curar as feridas, nossas e dos outros. Percorrer as estações da via-sacra é percorrer a nossa própria vida. Caímos, muitas vezes. Somos acudidos, muitas vezes. Fraquejamos, muitas vezes. Somos ridicularizados, muitas vezes. Somos odiados, muitas vezes. Somos incompreendidos, muitas vezes. São demais as vezes em que as feridas são de um tal tamanho que as dores se tornam insuportáveis. Daí, termos a obrigação, o dever ou o que lhe quiserem chamar, de aliviar as dores, os cansaços e os desânimos de cada um. Sem protagonismo, sem alardes da nossa atitude. Se olharmos mais para o nosso interior e melhorarmonos, viveremos na esperança de alcançar a Boa Nova da Ressurreição do Senhor, que deve chegar ao nosso coração, guiada pelos nossos atos. Pedimos ao Senhor que, nesta Páscoa possamos viver realmente a alegria da Ressurreição de Jesus em cada homem. Conceição Dores de Castro ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU Têm lugar no próximo dia 25 de Maio mais umas eleições para o Parlamento Europeu (PE) . Apesar de o prazo para entrega das listas ainda não ter terminado e a campanha eleitoral só se iniciar umas2 semanas antes das eleições, o processo político já está ao rubro, com os principais Partidos a terem já escolhido as suas listas de candidatos e a campanha estar já, realmente, em marcha. Apesar da sua influência efectiva na vida política, económica, social e cultural da União Europeia (U.E.), o Parlamento Europeu tem uma tradição de pouca notoriedade e visibilidade nos meios de comunicação social e no debate político quotidiano dos Estados Membros. Talvez porque para o comum dos cidadãos o mais importante acabe por ser o que está mais perto, é mais pressionante, ou mais visível. Mas não é, necessariamente, assim. É verdade que o Parlamento Europeu começou por ser uma Assembleia Parlamentar, logo no início da criação da Comunidade Económica Europeia (CEE). Ou seja, uma espécie de órgão consultivo, constituído por delegações eleitas em cada um dos parlamentos nacionais. Entendeu-se, porém, que existia um grave défice democrático no processo legislativo europeu, na medida em que não existia uma legitimação directa do sistema de Governo Europeu, já que quer o Conselho de Ministros (o órgão com poder de decisão), quera Comissão Europeia (o órgão executivo), emanavam directamente e indirectamente, respectivamente, dos governos nacionais. Foi só em 1979, 22 anos depois da assinatura do Tratado de Roma, que tiveram lugar as primeiras eleições para o Parlamento Europeu. A pouco e pouco o PE foi subindo a pulso na orgânica institucional da U.E., a ponto de, com o recente Tratado de Lisboa, em vigor desde Novembro de 2009, se ter transformado num órgão co-legislador, em paridade com o Conselho. De sublinhar os seus principais poderes: • Poder Legislativo, que consiste em adoptar os actos legislativos europeus, conjuntamente com o Conselho em numerosos domínios – em co-decisão. • Poder orçamental, que lhe permite partilhar com o Conselho a autoridade sobre a aprovação do orçamento da EU, cabendo-lhe, aliás, a última palavra, já que pode por si só rejeitá-lo. O que significa que tem uma enorme influência nas despesas da União e, consequentemente, nas suas políticas e respectiva aplicação nos Estados Membros. • Influência e Escrutínio Políticos, que lhe permite exercerum controlo democrático das outras instituições da UE, especialmente da Comissão. • Eleger o Presidente da Comissão, sobre proposta do Conselho Europeu e aprovar ou rejeitar as nomeações dos membros da Comissão. • Direito de adoptar uma Arlindo Cunha moção de censura de toda a Comissão, que implicará a queda desta. O facto de o PE ser um órgão directamente eleito pelos cidadãos garante a legitimidade democrática da legislação europeia. Assim, com o Tratado de Lisboa, que constitui a revisão mais recente do Tratado de Roma, o Sistema de Governo da União Europeia ficou bastante mais equilibrado, com a integração de três legitimidades: a do conjunto da União, representada pela Comissão, cuja função é a de ser a guardiã dos Tratados, assegurando o cumprimento do interesse comum; a legitimidade dos Estados Membros, representada no Conselho de Ministros pelos respectivos governos; a dos cidadãos, representada pelo Parlamento Europeu, enquanto único órgão de governo da União eleito por sufrágio directo e universal. Fica, assim, evidenciado o papel central do Parlamento Europeu na vida colectiva da União Europeia. Pena é que os cidadãos europeus – de queos portugueses não constituem, infelizmente, excepção – não tenham ainda devidamente consciencializadotal importância. Daí o facto de serem estas eleições as que têm tradicionalmente uma maior taxa de absentismo. Esperemos que 25 de Maio seja o início de uma nova cultura a este respeito! Consulte a página da Paróquia na Internete, onde encontrará, para além do Jornal S. Miguel da Maia, muitas evariadas notícias, que o ajudarão a viver os assuntos que dizem respeito à Paróquia e outros de carácter eclesial de interesse para todos. (http://www. paroquiadamaia.net) Envie notícias, sugestões e interrogações para: "Não chores pelo que perdeste, luta pelo que te restou! Não chores pelo que morreu, luta pelo que nasceu em ti! Não chores por quem foi embora, luta por quem continua com você! Não chores por quem te odeia, luta por quem te ama! Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente! Não chores pelo sofrimento, luta por tua felicidade! Com as coisas que acontecem com a gente vamos aprendendo que nada é impossível de resolver, só SEGUE ADIANTE." [email protected] ou pdj@ Jorge Mario Bergoglio Papa Francisco. paroquiadamaia.net. S.MIGUEL DA MAIA - Pág.11 RECOLHA DE ALIMENTOS NO PINGO DOCE Quase todos os portugueses vivem tempos muitos difíceis, mas, para alguns, estes são tempos verdadeiramente dramáticos. Dói, olhar à volta e constatar que muitos pais não têm recursos para assegurar as necessidades básicas dos seus familiares, sejam elas habitacionais, alimentares, educacionais, de saúde….enfim, as constantes da extensa lista que todos conhecemos. Ainda que seja uma realidade com a qual sempre convivemos, a verdade é que agora ela estende os seus braços de forma tristemente mais visível, logo mais assustadora. É em momentos como estes que pequenos gestos podem fazer toda a diferença. Nietzsche afirmava, e todos nós empiricamente o aceitamos, que na adversidade somos surpreendidos pela solidariedade de pessoas nas quais nunca pensamos e dececionados com a falta dela por parte daqueles que valorizamos. Aparentemente até parece ser mais fácil encontrar a deceção que a solidariedade acima referida, facto que um estudo recentemente publicado parece confirmar quando constata, numa pelo menos aparente contradição, que as pessoas com os mais altos níveis de escolarização são as que menos se preocupam com os outros; mas a realidade é que, sempre que procuramos e na medida das possibilidades de cada um, a solidariedade de que fala o filósofo, é facilmente observável. Vem isto a propósito da campanha de recolha de alimentos A PAIXÃO DE CRISTO Neste pequeno texto vou tentar explicar o meu ponto de vista da Paixão de Cristo, tudo mudou nada mais será como era! Tudo começa no domingo de Ramos. A entrada de Jesus em Jerusalém, foi o aclamar da gente simples que quis manifestar a admiração por Jesus, assim Jesus tomou posse da sua cidade, mas em poucos dias o povo mostrava atitudes volúveis e pedia a morte de Jesus. Nesta atitude Deus mostra como o ser humano é venerável, está sempre indeciso entre bens materiais, para seu bem estar, ou estar com Deus, passar por algumas provações no amor, amar os outros como a nós mesmos. Jesus na semana da Paixão mostra-me como o amor não tem logica, melhor, que a sua única «logica» é amar sempre mais. Um discípulo vai entregar Jesus, outro vai nega-Lo, todos os outros vão abandoná-Lo, numa altura que tanto precisava de amor e compreensão. A Judas que Te traiu, vendeu-Te, Tu perdoas-te Senhor, até lhe chamaste «amigo», mais uma grande lição de amor, entendimento, fidelidade aos ensinamentos do Pai, a Pedro que Te negou deste-lhe as chaves do céu e da terra, a todos desta uma lição de amor e humildade com o lavar dos pés, deste-nos a eternidade com a bênção do pão e do vinho, a Sagrada Eucaristia, que amor tão grande Senhor, não há palavras para o descrever. Foi esse amor que comoveu as mulheres de Jerusalém, que converteu o centurião Romano e o ladrão crucificado contigo. Mas foi sobretudo Senhor, o amor que Tua e minha mãe interiorizou profundamente chorando, verdade, mas percebendo que era a redenção da humanidade que se estava a realizar. Obrigado Senhor, obrigado por tudo. Na semana da paixão o Senhor torna-se o fruto mais apetecível, no qual todos nós «comemos» para nossa Redenção e Ressureição, um fruto de vida, um fruto de amor, um fruto fecundo. Obrigado Senhor, obrigado. José Carlos Novais S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 12 levada a cabo pela conferencia de S. Vicente de Paulo, da Maia, no Pingo-Doce, nos dias 15 e 16 de março. Os resultados obtidos demonstram que, ainda que sejamos um povo com muitos defeitos, como alguns se apressam a lembrar-nos, somos também donos de virtudes invejáveis, com valores humanistas perfeitamente entrosados, dos quais destacamos a solidariedade, o altruísmo. Reportando-nos a autores como L. Feuerbach, as atitudes de ajuda ao outro, ao próximo, ao nosso semelhante que se encontra em perigo - num perigo que se consubstancia em formas múltiplas, na fome, na solidão, na dor, no silêncio, no desespero – definem a essência do ser pessoa, do ser com o outro e para o outro. Com propriedade afirmamos que naquele fim de semana de março todos deram, descentraram-se de si e concentraram-se no outro, e cada um deu o que pode: uns bens materiais outros bens imateriais, que se traduziram em palavras esclarecedoras dos motivos pelos quais nada de natureza material podiam oferecer. Bem hajam todos os que contribuíram, com o seu tempo, os seus donativos, as suas palavras; essas dádivas contribuirão para aliviar o desespero de alguns, talvez pouco mais do que de forma simbólica face às necessidade materiais existentes, mas terão de certeza uma grande importância no sentir de que, apesar de tudo, alguém se preocupou com eles, com as pessoas que eles são, permitindo-lhes registar que, afinal, eles também contam, eles também valem... Maria Alice Rocha SER POBRE Recentemente dei comigo a indignar-me, intimamente, face a um certo discurso que grassa, por aí, sobre a pobreza. Todos nós, no quotidiano, vamos tomando conhecimento de situações de dificuldade e pobreza inesperada. Uma realidade que toca cada vez mais famílias. Creio que face a um problema, o que se impõe é encontrar soluções que permitam resolvê-lo, com os melhores meios e com a maior brevidade possível. No entanto, não raras vezes, diante um problema, como o da pobreza, quem padece dele e sofre as suas consequências, tem de arrostar primeiro com uma espécie de julgamento social que procura culpados. A minha sensibilidade, porventura equivocada, leva-me a pensar que aquele fenómeno da pobreza, a que vulgarmente se chama de envergonhada, se deve ao facto de certos pobres não quererem enfrentar esse, estigmatizante, julgamento social. Ser pobre não é crime nem pecado, bem pelo contrário, pode até ser uma virtude, se essa condição foi objecto de um voto pessoal muito íntimo, de quem se quis despojar de bens materiais, para levar uma vida de riqueza espiritual. Não há razão para sentir culpa, ou vergonha, da pobreza material. E a ninguém é dado julgar o próximo, por viver nessa circunstância, quer ela tenha sido fruto da vontade própria, ou consequência de acontecimentos conjunturais. Nós, que conhecemos o verdadeiro sentido da caridade, só podemos acolher quem vive essa provação, na concretude da partilha fraternal, em que só há lugar para a compreensão sensível, e onde não cabe, nem a culpa, nem o julgamento…. Vergonha é um sentimento que não condiz com a pobreza. Mas só conseguiremos mudar esse constrangimento, quando formos capazes de olhar os pobres, com fraternidade e respeito, pela dignidade que a todos nos assemelha. Poremos fim a essa vergonha, quando usarmos a palavra, para acolher e para partilhar, mas sem preconceito, como praticam os benfeitores das conferências de S. Vicente de Paulo, por quem nutro uma enorme estima e gratidão, pelo extraordinário trabalho social que realizam na nossa comunidade. Victor Dias CONSELHO PAROQUIAL DE PASTORAL DA MAIA O Conselho Paroquial de Pastoral da Maia, depois de estar completo, foi enviado à Diocese e foi homologado, no dia 25 de Março, Festa da Anunciação do Senhor, como verifica na Provisão. O Conselho Paroquial de Pastoral, em união com o Pároco e em comunhão com a Igreja Diocesana,anima a comunidade paroquial e coordena os dons e carismas dos seus membros. Compete-lhe analisar a realidade social e eclesial: promover e incentivar a cooperação entre pessoas, grupos e centros da Paróquia; manter a articulação com as instâncias da Diocese e da Vigararia. No dia 4 de Maio, na Eucaristia das 11h00, Igreja de Nossa Senhora da Maia, os membros do Conselho de Pastoral Paroquial são convidados a manifestar, perante a comunidade cristã, os propósitos que os animam. Na primeira reunião plenária será eleita a Comissão Permanente. A todos os eleitos, desde já, agradeço a disponibilidade de servir a Paróquia. Conto, melhor, todos contamos com todos e cada um para bem exercerem este trabalho fundamental no campo da pastoral. Bem hajam. PREÇO POR PESSOA Quarto duplo (mínimo de 42 participantes) ................................ 1.310,00 € Quarto duplo (mínimo de 31 participantes) ……....................... 1.340,00 € Quarto duplo (mínimo de 21 participantes) ……..................... . 1.400,00 € Suplemento para Quarto Individual .................................................. 220,00 € de Varsóvia, como o “Guetto Memorial“, o túmulo do soldado desconhecido e o Palácio de Belvedere. 1 AGOSTO (Sex.) -VARSÓVIA/CZESTOCHOWA/LAGIEWNIKI/CRACÓVIA Saída em direcção a Czestochowa, importante centro de peregrinação Mariano.Visita ao famoso Santuário de Jasna Gora, onde se encontra a imagem da Virgem Negra. A viagem prossegue para Lagiewniki, centro mundial da Divina Misericórdia e do túmulo Santa Faustina (Irmã Faustina Kowalska). Visita ao Mosteiro. 2 AGOSTO (Sab.) -CRACÓVIA/WIELICZKA/CRACÓVIA Saída em direcção a Wieliczka. Visita às famosas Minas de Sal, local onde os mineiros polacos construíram autênticas catedrais, fruto da sua grande religiosidade. Visita da cidade; Catedral do Cardeal Wojtyla (que veio a ser o Papa João Paulo II), 3 AGOSTO (Dom.) -CRACÓVIA/ZAKOPANE/CRACÓVIA Saída em direcção a Zakopane;Visita à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, construída em 1995, e cujos vitrais contam as aparições de Fátima.De tarde, embarque num fabuloso passeio pelo Rio Dunajec Gorge, o Parque Nacio30 JULHO (Qua.) -PARÓQUIA/PORTO/FRANKFURT/VARSÓVIA/ nal Pieninski. NIEPOKALANOW/VARSÓVIA 4AGOSTO(Seg.)-CRACÓVIA/AUSCHWITZ/WADOVICE/NOWA HUTA 31 JULHO (Qui.) -VARSÓVIA 5 AGOSTO (Ter.) -CRACÓVIA/KALWARIA ZEBRYDOWSKA/CRACÓVIA/FRANKFURT/PORTO/PARÓQUIA Comparência na Paróquia em hora a informar. Transporte em autocarro de turismo ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto). Partida às 06h00 no voo da Lufthansa (LH) com destino a Frankfurt.... Chegada ao Aeroporto Frederic Chopin (Varsóvia) às 13h15... Niepokalanow de S. Maximiliano Kolbe, que aí viveu e que foi mártir do campo de concentração de Auschwitz.Visita ao Mosteiro. Dia inteiro dedicado à visita de Varsóvia, cujo centro histórico faz parte da Lista de Património Cultural da Humanidade. Merece particular destaque a Catedral de São João, o Castelo Real, a Praça do Mercado e o Monumento ao grande compositor Frederic Chopin. De tarde, continuação da visita panorâmica, De salientar ainda outros locais históricos Partida em direcção ao campo de concentração de Auschwitz... Continuação para Wadovice, terra natal de Sua Santidade João Paulo II. Visita à casa onde ele nasceu, hoje museu, e à Igreja onde foi baptizado. Regresso a Cracóvia, passando pelo Bairro de Nowa Huta, onde visitaremos a famosa Igreja de Arka Pana, símbolo da resistência contra o comunismo. Partida em direcção a Kalwaria Zebrzydowska. Em hora a indicar transporte em autocarro ao Aeroporto João Paulo II (Cracóvia). Formalidades de embarque e partida às 14h35 no voo da Lufthansa com destino a Frankfurt. Chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro às 22h20 e transporte para o local da partida. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 13 Olhai e Vede... ALELUIA A ntes… Era o Verbo Creio ter em memória já ter aproveitado este espaço, noutros anos, para «aprofundar» um pouco as propostas da catequese para a vivência do tempo Depois, o Verbo encarnou de entrega, por nós tão especial da Quaresma e da Páscoa. E, mais uma vez, sinto vontade de o fazer, Forma Gesto, de quem tanto amou. atendendo não só à simultânea riqueza e simplicidade das propostas, como também à excelente oportunidade que surge de a tornar num exercício de reflexão. L ibertando-nos da opressão Este ano, o Secretariado Diocesano da Educação Cristã da diocese do Porto Nasceu pobre. Dos mais pobres apresentou como tema de trabalho «Enraizar a Fé no Batismo e Frutificar pela força Cresceu em sabedoria do Espírito», tendo como simbologia central uma árvore. A árvore, como qualquer Foi nobre. Dos mais nobres. outra imagem, cumprirá, porventura com outras funções na sua essência, sendo certo E rgueu o Templo, destruído que irá despertar a atenção e ajudar na compreensão da mensagem proposta. As Foi tentado e resistiu palavras enraizar e frutificar não deixaram muita margem de manobra para o uso de Deu exemplos de grandeza um outro símbolo que não a árvore. Mesmo que nos pareça um símbolo um pouco Nas atitudes que assumiu. esgotado, é fácil perceber que uma árvore não tem limites, no que diz respeito à sua representação, e que é um elemento bem conhecido de todos, facilitando desta forma L egou a toda a humanidade O rescrever da história o transmitir de algumas mensagens, sobretudo entre as crianças mais novas. Num exercício de liberdade A intenção da dinâmica é a de marcar este tempo, distinguindo o tempo Sem derrotas e sem vitória. Quaresmal, um tempo de preparação, do tempo Pascal, um tempo dedicado aos efeitos que nascem daquilo que se celebra, e de, ao mesmo tempo, ajudar a U niu povos e países O mundo inteiro abraçou perceber a unidade entre estes momentos distintos. No tempo da Quaresma, vamos centrar a nossa atenção nas raízes da árvore Seus braços abertos na cruz Perdoaram a quem o matou. e nos símbolos do Batismo. Todos sabemos que as raízes das plantas ajudam-nas a fixarem-se ao solo e a extrairem, através delas, a água e os sais minerais de que se I niciou uma nova era alimentam. Também nós precisamos de criar raízes que nos permitam fixar, estar De amor, paz, fraternidade seguros, ganhar firmeza e encontrar alimento. Precisamos de catalizar o nosso Batismo. Para terminar com o calvário Viver a nossa Fé.Viver na Luz. Destarte, ao longo dos primeiros cinco domingos iremos De toda a humanidade. relembrar o nosso Batismo, através dos símbolos que surgem junto da árvore: o óleo A LELUIA! São sete letras dos catecúmenos, a veste branca, a água, a vela e o óleo do Crisma e das palavras De sentido quaresmal «inscritas» junto das raízes: conversão, alegria, escuta,(r) confiança e acredita(r). Sete semanas que formaram No Domingo de Ramos e Tríduo Pascal centramos a nossa atenção no tronco Uma nova; Ordem Mundial. da nossa árvore, onde será colocada a Cruz, no Domingo de Ramos. Nessa mesma Cruz irão ser fixados ramos de trigo, na 5ª feira Santa e uma fita vermelha, Partiu em 12-03-2014 na 6ª feira Santa. Um pano branco será colocado a revestir a Cruz, por baixo Adeus D. José Policarpo dos ramos de trigo e da fita vermelha. Somos, naturalmente, convidados a olhar Bispo. Patriarca. Cardial. a Cruz, a procurar desvendar o seu significado e a aprender a agradecer o Amor Referência primeira da Igreja Figura cimeira de Portugal. incondicional de Jesus. O tempo maravilhoso da Páscoa irá orientar o nosso olhar para a Ressurreição -D. José deixou-nos grande memória. de Jesus, para os frutos que nascem da Ressurreição do Senhor. Por isso, a nossa -O seu exemplo ficará na história! à família) atenção estará então voltada para as folhas e frutos da árvore. Vamos erguer o (Sentidos pêsames Henrique António Carvalho nosso olhar para a copa da árvore. Lá, encontaremos não só os dons do Espírito Santo: Piedade, Temor de Deus, Fortaleza, Ciência, Entendimento, Conselho e Sabedoria, como também os seus frutos: Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Benignidade, Bondade, Fidelidade, Mansidão, e Temperança. A árvore do grupo da catequse está na Igreja. Com ela queremos ajudar a comunidade a viver intensamente este tempo. Com ela, talvez, aprendamos a valorizar o nosso Batismo e a perceber que Cristo nos chama a frutificar. Paula Isabel Páscoa Feliz! S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 14 IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA E OBRAS PAROQUIAIS Em Março recebeu-se Março - Quarta-feira Cinzas 122,62; 2º Domingos 511,82; 3º Domingo 503,03; 4º Domingo 495,07; 5º Domingo 401,83; 1º Domingo de Abril 567,42 ;Vários 456,23 Cofre INSMAIA - Santíssimo -14,80;Senhora da Maia 35,85; S. Miguel 5,05; Obras 9,60; OFERTAS -Março CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL PLANOMAIA LAR DE NAZARÉ Transporte.............................................................342.081,24 3294 - J.R.L.C.....................................................................................40,00 3295 - António Nogueira Pinto.....................................................10,00 3296 - M. Lúcia......................................... .........................................10,00 3297 - Guido Ferreira da Silva.......................................................10,00 3298 - Alguém................. ...................................................................10,00 3299 - Alguém. (FCMC).................................................................100,00 3300 - Glafira Gomes......................................................................20,00 3301 - Alguém....................................................................................40,00 3302 - Por Maria Joaquina Barros... ...............................................15,00 3203 - Manuel /Natália/ Autília.................................................... .50,00 3204 - 3205 - Isa ura Almeida........................................................ 10,00 3205 - Alguém .................................................................................. 10,00 ATransportar .............................................................325,00 O LAR DE NAZARÉ É uma Obra para todos. Todos os Paroquianos da Maia deveriam senti-la como sua. Toda a gente sabe que há quem queira e teime em estar contra reinventando motivos para assim permanecer e, em muitos lugares e a muita gente manifesta isto, unicamente para justificar o seu egoísmo e não a grandeza de alma que deveriam ter, pois até se dizem cristãos. Tenho e muitos também têm pena de gente que assim procede. Deus conhece o coração. Ainda devemos alguns milhares de euros. Quem ajuda? Como Pároco, à imagem do Bom Pastor, tenho que estar com todos os que o Senhor me entregou, e este estar é para ajudar "levar a pastagens verdejantes", reconfortar, apoiar... Em todos os grupos tenho lugar. e todos os que trabalham seriamente me dizem e pdem isto, mas tenho pena de que a semana só tenha 7 dias e cada dia 24 horas. O trabalho é de todos os que se sentem cristãos crentes e que querem servir Jesus nos irmãos e com os irmãos. Cada grupo dar-me-á a conhecer os seus projectos, se o não faz, falha... e eu estarei disponível para ajudar e incentivar e propôr novos rumos. Não poderei ser o último a saber ou estar desinteressado "da messe que é grande", que não sendo minha nem de ninguém ela é do Senhor Jesus... Temos que sentir e entusiasmar-nos pelos seus apelos. A Paróquia tem o Conselho de Pastoral Paroquial onde todos os grupos estão representados e , em cada um dos eleitos têm os seus portavozes, trazendo o sentir e as propostas do grupo que representam e para os quais levarão, em primeira mão, as conclusões e os projectos pastorais. O Lar de Nazaré é mais um espaço e nobre para que a família se sinta bem... O Lar de Nazaré vai permitir , isto é uma novidade, congregar gente de boa vontade que, sendo disponível, vai ajudar as famílias que, mercê, dos doentes que têm em casa ou idosos, aliviando-as um pouco., nalgumas horas...Em breve se vai lançar o convite... Sonhemos e realizemos. Deus está e abençoará todo aquele e aquela que vindo por bem, tudo faz pelo bem do irmão. O LAR DE NAZARÉ Foi benzido/inaugurado no dia 8 de Setembro último. O seu futuro está definido: Centro Pastoral, Centro Social (Centro de Dia, Centro de Convívio e Centro de Apoio Domiciliário. A partir desse dia, começaram, como é sempre normal, as licenciações e aprovações de tudo quanto a ele se refere. Estão a chegar ao fim, penso que, muito em breve(!) se abrirão as inscrições para os que de mais de perto dele usufruirão. Todos saberão e poderão escolher. As mobílias estão a serem ultimadas. Sou dos que mais querem ver o LAR em pleno de actividades. Boas notícias virão em breve. Para além das actividades soociais haverá espaço para as actividades pastorais e estas são muitas e de muita importância , quer para jovens, quer para adultos. Ali está o centro donde tudo irradia, isto é, tudo o que à comunidade dis respeito... haverá ali alguém permanente e informado para dar resposta ao que é solicitado. Numa Paróquia todos os grupos formam comunhão. A primeira actitude e querer do cristão é formar comunhão e tudo fazer para que se avance, respondendo aos apelos que " a Igreja no mundo" sente. CONSIGNAÇÃO DE IRS Assinale campo 9 do anexo H (benefícios fiscais) da sua declaração de IRS a favor do Centro Social e Paroquial da Maia. Esse gesto amigo não implica qualquer encargo pois não pagará mais impostos por isso, mas fará com que uma pequeníssima parte (apenas 0,5%) do IRS que pagarem ao Estado seja destinado a esta Obra Social NIPC 504003151 Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o NIB: 0045 1441 40240799373 19 Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia) ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS ESTÁTUA DO BEATO JOÃO PAULO II Autília .............................................................................................................20,00 Transporte................................................................................17.698,00 S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 15 Pela Cidade... UMA SOCIEDADE DESIGUAL QUE NOS INTERPELA Quando começam as férias escolares intercalares, nomeadamente as que estão a decorrer, da Páscoa, aparecem notícias que referem a manutenção das cantinas dos estabelecimentos de ensino abertas, para fornecerem refeições a certo número de alunos cujas famílias não terão condições de os alimentarem adequadamente. Como tantas vezes acontece, a repetição das mesmas informações ano após ano, no Natal e na Páscoa, pode criar habituação e indiferença na população. Ainda mais quando se insinuam na divulgação destas medidas, patrocinadas por entidades autárquicas (câmaras municipais,sobretudo) para combater a fome das crianças, propósitos de propaganda política. Aproveitamentos desta natureza são execráveis, mas isso não invalida que nos sintamos interpelados por uma situação inadmissível num país que, para além de se apresentar como democrático e socialmente desenvolvido, tem uma maioria da população que diz rever-se nos valores cristãos. Como sublinhou oportunamente o novo bispo da nossa diocese, «os pobres não podem esperar», pelo que não podemos rejeitar toda e qualquer iniciativa que pretenda dar resposta a necessidades básicas dos mais fragilizados na nossa sociedade. A urgência da resposta que é preciso dar deveria obrigar à mobilização geral e impedir que alguém pudesse dormir tranquilo sabendo que a seu lado há crianças que passam fome. Se há algum limite a respeitar nesta matéria, será o do respeito pela dignidade dos outros e em primeiro lugar daqueles que são socialmente mais débeis: ninguém é humanamente superior ou mais cristão só porque pode dar e ninguém é inferior ou menos digno só porque se vê na contingência de ter de pedir ou aceitar ajuda. Por isso se imporia actuar com pudor e se torna questionável a publicidade ostensiva que é feita a acções de assistência como as que referimos. Os actos executados com discrição não são incompatíveis com as demonstrações de uma sã indignação, nem com a assunção das responsabilidades que cabem a cada um pelos que sofrem.Também a escola tem o dever de ensinar e promover a solidariedade e a sensibilidade perante as dificuldades e o sofrimento dos outros. Esta é uma educação para os valores que estruturam e fortalecem o corpo social e é, nessa medida, uma missão indubitável da escola, seja pública, seja privada.A abertura das cantinas escolares nas interrupções lectivas pode e deve ser feita, ainda que o pudor recomendasse, talvez, mais recato. Mas não é apenas por causa destas acções que as escolas cumprem a sua obrigação de transmitir aos jovens e às crianças que as frequentam o valor da solidariedade humana. Essa é uma tarefa que tem de ser quotidiana, continuada, transversal a toda a vida escolar. A responsabilidade pelos que nos rodeiam, sendo um dever de qualquer ser humano – como dizia há séculos o dramaturgo Terêncio, «Sou um homem: nada do que é humano me é estranho» –, ainda o é mais para os que se dizem cristãos, a quem foi mandado que amassem os outros como a si mesmos. Não podemos, portanto, cair S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16 no pecado da indiferença, nem refugiar-nos no que diz o ditado, segundo o qual “cada um sabe de si e Deus sabe de todos». Nos dias que vivemos, temos de nos indignar com a injustiça que é o aumento das desigualdades sociais e o aprofundamento do fosso que separa os mais ricos dos mais pobres. Sem deixar de dar resposta às emergências sociais, é preciso ir à raiz do problema e atacar as suas causas profundas. Os mesmos órgãos de comunicação que dão repetidamente visibilidade à abertura das cantinas escolares em período de férias para alimentar crianças que de outra forma ficariam sem refeição informam, também, que os pacotes turísticos das agências de viagens para o período da Páscoa estão na maioria esgotados. De acordo com essas notícias, ter-se-á verificado um crescimento da procura destes produtos na ordem dos 30%. Não sei se o alinhamento dos telejornais ou a paginação dos diários impressos são deliberados, mas não pode deixar de chocar a simultaneidade destas notícias. Enquanto uns se podem oferecer férias de Páscoa em locais turísticos nacionais ou estrangeiros, há famílias que não conseguem oferecer uma refeição digna desse nome às suas crianças! Claro que este sublinhado das contradições da nossa sociedade pode ser acusado de populismo e de ser demasiado redutor ou simplista. É bom para todos que a economia funcione. Ainda assim, parece ser um dever de humanidade não fechar os olhos ao acentuar das desigualdades sociais, nem ao crescimento da pobreza no nosso país, nem ao favorecimento de atitudes individualistas justificadas pela proclamada “competitividade”. Este é um risco que é preciso evitar: a escola não pode promover um ambiente competitivo no seu seio que leve a descurar a solidariedade. Ao contrário do que afirmavam certas correntes filosóficas, os outros não são “o inferno”: são nossos iguais e são da nossa responsabilidade.Ninguém pode ser autenticamente feliz sozinho, rodeado da infelicidade alheia. A solidariedade (o amor fraterno, para os cristãos) é um dever de humanidade e, por isso, tem de estar no centro das preocupações de quem educa. É necessário, é urgente, ser solidário, não só nos quinze dias de férias da Páscoa, mas em cada dia, todos os dias. Luís Fardilha S. MIGUEL DA MAIA BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL ANO XXV Nº 269 2014 Publicação Mensal PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIA Director: Padre Domingos Jorge Telef: 229448287 / 229414272 / 229418052 Fax: 229442383 [email protected] Registo na D.G.C.S. nº 116260 Empr. Jorn./Editorial nº 216259 http://www.paroquiadamaia.net Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA Telef. 229441603 Tiragem 1.500 exemplares