Tradicional e Nova Conservação do Solo e Estruturas de Cultivo

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Tradicional e Nova Conservação do Solo e Estruturas de Cultivo
 Tradicional e Nova Conservação do Solo e
Estruturas de Cultivo
Costas Kosmas
Nicholas Yassoglou
Aikatherine Kounalaki
Orestis Kairis
Série do Fascículo: C Número: 2 INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES Estruturas de conservação do solo RAZÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE SOCALCOS OU TERRAÇOS Descrição das antigas e modernas estruturas de terraços DESIGN E CONSTRUÇÃO DE UM TERRAÇO MODERNO 1 1 Gestão da terra em terraços 7 PERSPECTIVAS E RECOMENDAÇÕES FUTURAS LEITURA OU INFORMAÇÃO EXTENSIVA 10 11 REFERÊNCIAS 11 2 4 5 Eles encontram‐se, para Norte na Alemanha, normalmente, para o cultivo da vinha. O vale do Douro no Norte de Portugal está bastante socalcado, mas não no Sul de Portugal. Na região de Alpujarra os terraços são uma arte, mas na maior parte de resto de Espanha não são comuns. Na Sardenha os terraços são pontuais, talvez porque os direitos de propriedade desencorajaram os indivíduos a fazerem esforços, para cultivar a terra que pertencia a outro. As principais áreas de terraços na Sardenha são nos locais densamente povoados, circundantes de Bosa, de cultivo de azeitonas e em Barbarian no interior montanhoso. O sector Este dos Pirenéus, Provença, Ligúria e Croácia, Creta, ilhas Aegean e Maiorca são também áreas com terraços. Conteúdos INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES A criação de terraços ou socalcos é uma das principais técnicas de conservação do solo e de cultivo para combate à desertificação. É uma prática aplicada para prevenir, que o excesso de água de escorrência superficial, sobretudo em terrenos declivosos, cause severos problemas de erosão do solo. Construir terraços é criar superfícies relativamente planas de tamanho razoável, para permitir o cultivo em áreas declivosas. É conseguido removendo o solo paralelamente às curvas de nível e acumulando o material removido, sobre a superfície do solo abaixo da trincheira, transformando uma vertente natural num ambiente similar a escadas feitas pelo ser humano. Os terraços normalmente permitem uma melhor gestão de solo e água, melhoram o acesso à terra e facilitam a agricultura e operações de lavoura. Os terraços estão entre as características mais particulares das paisagens montanhosas. Estas paisagens encontram‐se espalhadas por África, particularmente pela Etiópia, são monumentais nos Andes peruanos e ocupam vertentes de desníveis vertiginosos nos Himalaias. Na China, Japão, e Sudeste asiático os terraços de arroz irrigados são prodígios da engenharia hidráulica. Os terraços estendem‐se igualmente pela Europa mediterrânea (Figura 1). 1 Figura 1. Exemplo típico de terraços em vertentes declivosas na Europa Mediterrânea Estruturas de conservação do solo Apesar dos terraços serem ainda uma “tradição viva”, a construção destes é quase tão velha como a própria agricultura, para muitas civilizações antigas. A construção destas infra‐estruturas é uma das técnicas mais antigas de cultivo e protecção das áreas montanhosas. Muitos estudiosos identificaram a existência de terraços em vários períodos antigos, mas por vezes com provas insuficientes. Van Andel identificou, que a erosão do solo no Sul de Argolid (Grécia) possa ter sido controlada por terraços, tarde na idade do Bronze, mas as paredes do terraço de Mycenaean, não estão ainda datadas com segurança. Há no entanto antigos terraços na ilha granítica de Delos nas Cyclades. Nas áreas montanhosas na ilha grega de Lesvos cultivadas com olivais (com desníveis normalmente superiores a 6%) foram feitos terraços usando a pedra há várias centenas de anos. Os olivais nesta ilha cobrem uma área de 60,966 hectares. Terraços individuais em forma de círculo, para árvores individuais ou lineares ao longo das curvas de nível, têm sido cuidadosamente construídos (Figura 2). O comprimento das paredes de pedra destes terraços está estimado em 45,000 km. Terraços similares, podem ser encontrados noutras partes da Europa, como na Toscânia, onde os mesmos terraços ou terraços em meio circulo são uma característica comum. Figura 2. Terraços individuais em curva construídos na ilha de Lesvos para oliveiras individuais há centenas de anos 2 Nas últimas seis décadas, nivelar a terra e construir terraços, tem tido um importante papel na agricultura da Europa. Em muitos países tal como, Itália, Hungria, Portugal, Espanha e Grécia, esta técnica têm‐se concentrado no cultivo mecânico de vinhas ou olivais. A superfície de culturas de sequeiro como a amendoeira a vinha e a azeitona tem‐se expandido rapidamente mesmo nas áreas marginais, encorajada pelas políticas da agricultura comum (PAC) da União Europeia, que subsidiam directamente a modernização de plantações extensivas. Tal facto, levou a construção de terraços em áreas montanhosas, para reduzir o grau de declive e remodelar a propriedade, para as modernas plantações mecanizadas. Esta técnica tornou‐se mais comum, depois da introdução do Regulamento no âmbito da política da União Europeia para as vinhas em 2000, onde os custos da construção de terraços foram subsidiados até 50%. RAZÕES PARA A CONSTRUÇÃO de TERRAÇOS ou SOCALCOS A conservação do solo e água (Figura 3) são a maior justificação e benefício da construção dos terraços. Estes reduzem tanto a velocidade como quantidade de água na superfície do solo o que reduz a erosão. Permitem assim, um cultivo mais intensivo, que seria de outro modo impossível. A erosão do solo é um dos processos mais importantes de degradação deste e da desertificação, nas áreas montanhosas mediterrâneas. A erosão inclui não só a remoção de partículas do solo, mas também a perda de matéria orgânica e nutrientes necessários às plantas. Reduz a produtividade da área agrícola, causa poluição das linhas de água e diminui o armazenamento de água em superfície e aquíferos. A finalidade dos terraços pode ser resumida da seguinte forma: ƒ Redistribuição do material do solo em áreas declivosas com pouca ou moderada profundidade do solo ƒ Aumentar a profundidade do solo, para as raízes das plantas, permitindo uma melhor absorção dos nutrientes e água. ƒ Tornar a vertente menos íngreme melhorando o acesso, facilitando as operações agrícolas. ƒ Limpar um campo de pedras, que interferem com o cultivo e danifica a maquinaria agrícola ƒ Diminuição da escorrência superficial e aumentar a absorção de água pelo solo, em eventos de chuva de grande intensidade. ƒ Controlar a erosão do solo nas áreas declivosas Figura 3.Exemplo de um terraço para a conservação do solo e água numa vertente Muitos investigadores mostraram que o coberto vegetal, o tipo de uso do solo, declive e comprimento da vertente, são os factores mais importantes, que controlam a intensidade e frequência da escorrência superficial e perda de sedimentos. Um exemplo destes factores, que afectam fortemente a erosão do solo, aparece na Figura 4. Existem áreas declivosas nas quais a vegetação “natural” foi limpa, através de lavouras profundas e com a utilização, bulldozers, o que pulveriza mecanicamente a superfície do solo, aumentando tremendamente a sua erodibilidade. Esta acção é considerada, como a principal causa da degradação do solo e não propriamente a substituir da vegetação natural pelos olivais. Se depois de reestruturar a terra os olivais forem plantados sem serem tomar medidas para evitar a escorrência da água em superfície e reduzir as perdas de solo, o problema de degradação do solo é agravado. Pode resultar em altas taxas de erosão por escorrência superficial, durante e após grandes tempestades de chuva formando sulcos profundos “gullies” e transportando elevadas quantidades de solo. Nestas condições, um método, para proteger o solo da erosão é a construção de terraços. Se a vegetação “natural” foi mantida ou restaurada e as técnicas de lavra são mínimas e superficiais (Figura 4) aquando da plantação dos olivais, a erosão do solo será mínima. Tal facto é especialmente verdade em vertentes suaves, em rocha‐mãe de materiais não consolidados, como é provavelmente o caso na Figura 4. Nestas condições dever‐se‐ia examinar e compreender os méritos de uma perturbação mínima do solo e da preservação do histórico das plantas (como foi aplicado com sucesso no Sul da Rússia), em comparação com a perturbação grave da paisagem causada pelo uso de maquinaria pesada na construção de terraços em rocha‐mãe de materiais não consolidados. A erosão num único terraço envolve uma série complexa de processos. Locais com elevadas taxas de erosão, são normalmente acompanhadas e equilibradas com bolsas deposição. Quando a superfície do solo na parte mais declivosa do terraço não está bem protegido pela vegetação, a escorrência superficial gerada, quando ocorre uma chuvada intensa, transporta o solo da parte mais inclinada, e deposita‐o na parte mais plana do terraço. Um terreno declivoso, pode perder 50 a 250 toneladas de solo por hectare ano, se não for protegido. Estudos têm mostrado, que terraços por patamares, podem reduzir a erosão do solo de 90 a 95% em comparação com as vertentes em áreas com o mesmo declive, mas sem estes. Em vertentes íngremes, os terraços que não sejam cuidados, podem ser cortados e formados sulcos “gullies”, havendo assim um processo de erosão acelerada, pela água. Em vertentes moderadas, a erosão da água combinada com a erosão mecânica causada pelo cultivo, resulta num desabamento e acumulação do solo na extremidade dos terraços, criando uma barreira. Figure 4. Vertente cultivada com oliveiras e com elevadas taxas de erosão, devido à falta de cobertura adequada de vegetação A construção de terraços está normalmente integrada com a construção de barragens, na medida em que os terraços são desenhados para melhorar o fluxo de água para a área de captação da barragem. Estas infra‐estruturas também impedem a chegada de silte à barragem. Para além disso, a redução da escorrência da água superficial, reduz a poluição para os cursos de água de um dado campo ou área. Combater a seca é um dos objectivos primários do sucesso da agricultura de sequeiro, sob condições climáticas do Mediterrâneo. Sob condições climáticas semi‐áridas ou sub‐húmidas secas, todo o esforço tem de ser feito, para conservar a água, para armazená‐la no solo, e usá‐la prudentemente. O desenho apropriado de terraços promove a conservação da água ao retardar a escorrência superficial, permitindo que ela se infiltre pelo solo (Figura 3). A prática moderna de construção de 3 terraços, no entanto, consiste na execução de canais ou níveis de inferior classificação para: (a) permitir mais tempo para a infiltração pelo solo, e (b) retirar o excesso de água da chuva a velocidades não erosivas (Figura 5). O princípio físico envolvido é que, quando a água é distribuída numa linha de água pouco profunda, o fluxo seja retardado pela rugosidade do fundo do canal e o seu poder de carga e ou erosivo reduzido. Canais menores servem para impedir a destruição de terra agrícola, pela formação de sulcos “gullies”, e devem ser complementados, por outras práticas de controlo de erosão, tais como rotações de leguminosas, culturas de cobertura, cobrir com matéria vegetal, agricultura em curvas de nível, culturas em faixas, e aumentando o conteúdo de matéria orgânica do solo. Figure 5. Terraços de terra com canais inferiores para plantar pinheiros e para reduzir a erosão do solo e aumentar o armazenamento de água no solo (vala e combro) Descrição de antigas e modernas estruturas de terraços As técnicas de construção de terraços mudaram ao longo dos séculos. Nos primeiros exemplos, o terreno foi transformado, numa série de bancos de terra nivelados, ou estruturas do tipo degraus ligadas, no lado mais baixo por uma parede quase vertical e normalmente protegida por pedras. Estas estruturas são estreitas e com degraus lado a lado, assim o cultivo com técnicas convencionais é difícil ou impossível. A prática moderna de terraços, contudo, consiste da construção de canais ou diques, para transporte do excesso de água da chuva a velocidades não erosivas. Estas estruturas são suficientemente largas para serem cultivadas, 4 semeadas, e as culturas feitas com maquinaria comum. Baseados no método de construção, os terraços podem ser distinguidos da seguinte forma: ƒ Terraços em banco ou degrau, que são paralelos, ou a direito ou normalmente decalcando a curvatura das curvas de nível. O acesso é ou pelo terraço inferior ou por um caminho intersectando os terraços. ƒ Terraços trançados, que fazem um ziguezague pela vertente acima, sendo unidos por caminhos em ziguezague nos finais, para que os animais e os arados, possam subir. ƒ Terraços em bolso, são paredes em forma de crescente proporcionando espaço para a raiz de oliveiras individuais, para olivais, castanheiros ou árvores de fruto. ƒ Terraço de base larga, ou campos de terraços, que são campos quadrados em que um extremo é desenvolvido acima da ladeira e o outro afundado. ƒ Terraços aluviais nos fundos de vale ou nos leitos de rios são mais usados, são a evidência concreta da erosão (acumulação de sedimentos). Os terraços originais de banco, adaptados a vertentes íngremes (até 35%) foram trabalhosos e caros de construir e nem sempre estão bem adaptados ao equipamento moderno de cultivo. Foram construídos transportando solo da parte superior de uma faixa para a parte baixa, até que o nível do degrau ou banco é formado, (Figura 6). Os terraços modernos em banco são construídos movendo o solo lateralmente ou tanto lateralmente como longitudinalmente, usando terra e, maquinaria pesada de remoção, tal como uma retroescavadora. Onde os cortes são profundos e o subsolo desfavorável é exposto, o solo arável deveria ser salvo e espalhado por cima da área de subsolo. Estes terraços são largos, permitindo a mecanização necessária ao cultivo e podem ser construídos em áreas, onde o solo é relativamente profundo. Em muitos casos estes novos terraços foram construídos com um planeamento mínimo da paisagem. Os terraços de banco são desenhados para regiões climáticas semi‐áridas, afim de minimizar a erosão do solo ao reduzir o comprimento da vertente e para conservar água ao armazenar a proveniente da escorrência superficial. A parte íngreme do terraço pode ser protegida por pedras (uma técnica muito comum em antigos terraços) ou por vegetação natural (Figura 7). Em muitos casos, causaram erosão acelerada do solo, especialmente, quando solos com elevada erodibilidade ficam expostos ou permaneceram sem cobertura vegetativa, durante o período crítico. A duração deste período depende das condições climáticas locais, da topografia e do solo. Figure 6. Terraços de banco modernos com olivais ao longo de curvas de nível, permitindo a mecanização do cultivo Terraços em bolso ou trançados são na sua maioria estruturas tradicionais, que podem ser construídas em áreas com solo delgado cobrindo uma camada de rocha consolidada. Nestes casos, as pedras são transportadas por animais para construir as paredes em sítios seleccionados na vertente e depois o terraço é enchido com solo da área que rodeia o local (Figura 3). Em outros casos os terraços podem ser escavados na vertente, as rochas extraídas podem ser usadas para construir a parede de retenção, e o resto empilhado atrás. A construção destes terraços é trabalhosa e cara de manter e passível de se dar um colapso. grosseiros, para o rio transportar para jusante. Quando o fornecimento é reduzido, ou o caudal e a velocidade do rio aumenta, este irá escavar o seu leito ou as suas margens, e aprofundar ou alargar o seu canal. Durante uma inundação, vários canais são enchidos com água e são transportados materiais grosseiros. As pessoas estão acostumadas a considerar planícies de inundação, onde existem linhas de água entrecruzadas, como um desperdício de terra, e tentavam construir bancos ou canais de cimento para regularizar o curso do rio. Todavia, após fortes chuvadas, os níveis de água normalmente sobem acima das margens do canal, cobrindo a planície de inundação causando danos às culturas em desenvolvimento. DESIGN E CONSTRUÇÃO DE UM TERRAÇO MODERNO Figure 7. Exemplo da parede de protecção do terraço usando um muro de vegetação autóctone Terraços com base larga são construídos primeiramente para conservar água, onde as chuvas são limitadas e/ou onde o solo tem taxa de infiltração suficiente, para que o escoamento da água não ultrapasse o limite do terraço. Campos com vertentes, ligeiramente uniformes que não são muito declivosas (geralmente menos de 8%) estão melhor adaptadas, para terraços de base larga. O terraço de base larga tem a característica de apresentar uma boa capacidade de cultivo; isto é, as culturas podem aqui ser cultivadas, e os trabalhados executados com a maquinaria, que é utilizada hoje em dia. A água do canal é espalhada pela área aterrada. O canal pode estar aberto ou aberto nas pontas, controlando o escoamento da água. A caleira serve para remover a água em excesso, eliminando assim o risco de corte das paredes. Estes terraços são construídos ou para remover ou reter água e, baseados na sua primeira função, são classificados por grau ou nível. Os terraços aluviais são construídos nos vales ou em leitos de rios para reduzir a erosão e registar a acumulação ou a diminuição de sedimentos pelo rio. A acumulação acontece, quando os sedimentos provenientes de partes mais altas da bacia de drenagem são demasiado abundantes ou demasiado Os principais tipos de terraços construídos até ao momento são terraços de banco ou base larga. Um campo onde vão ser feitos terraços, tem que estar limpo de vegetação ou rochas, os sulcos anteriores tapados, e as pequenas cristas niveladas antes de se começar a construção. O melhor intervalo entre os terraços é aquele que proporciona terra cultivável, bem como o controlo de erosão. Quanto mais permeável é o solo, menos importante é a intensidade da chuva, e mais resistentes serão as 5 culturas à erosão, maior pode ser o intervalo de segurança do terraço, num determinado declive da vertente. Normalmente, não se recomenda um intervalo inferior a 30 metros. O intervalo vertical entre dois terraços adjacentes (Figura 8) está principalmente relacionado com a precipitação, com o declive da vertente e o tipo de cultura. O melhor intervalo vertical (VI em metros) pode ser estimado pela fórmula dada pelo Serviço de Conservação do Solo dos E.U.A: VI = xS + y onde x é o factor precipitação, S é o declive da vertente (%), e y é o factor solo e cultivo. O Serviço de Conservação do Solo dos E.U.A. recomenda valores para x e y 0.12‐0.24, e 0.3‐1.2, respectivamente. Se o solo é particularmente impermeável e a cultura fornece pouca cobertura, então é usado o valor 0.3 para y; é seleccionado 0.75 se ou o solo ou a cultura favorece o controlo da erosão do solo. É usado o valor 1.2 para solo permeável combinado com uma adequada cobertura dada pela cultura. O intervalo horizontal (HI em metros) pode ser calculado a partir da equação: HI = (VI/S)*100 O intervalo horizontal em terra cultivada à mão, pode ser consideravelmente mais estreito do que o que seria usado para agricultura mecanizada. Figura 8. Características da construção de um terraço em Banco O design do sistema de um terraço começa normalmente com uma avaliação técnica, sobre o regime da água no campo através de observações, sondagens do solo, e outras informações. A decisão seguinte é se as linhas de água deveriam seguir percursos naturais ou serem construídos novos 6 canais. Estas decisões têm de ser tomadas, colocar vegetação nos percursos da água ou linhas de caleiras antes dos terraços serem construídos. Se os canais para a água e os terraços forem construídos simultaneamente, os canais têm de ser isolados dos terraços por bermas (cristas de terra camalhão) até estes estarem com a vegetação adequada para aguentar a água. A berma pode então ser removida e o solo utilizado para preencher o sulco “gullies”, que se desenvolveu, quando a água do terraço passou por cima da berma. Um levantamento topográfico pormenorizado da área, onde vão ser construídos os terraços é uma excelente ferramenta, para quem tem que elaborar o processo de design e tomar a decisão. O canal ao longo do terraço, para remover o excesso de água de escorrência superficial, deve ter pelo menos de 30 a 45 cm de profundidade, e por vezes ser consideravelmente mais profundo. O declive do canal do terraço deve ser o mínimo necessário para evitar sítios húmidos e favorecer um rápido escoamento de maneira a evitar o transbordar. O declive máximo admissível é de cerca de 0.4% para a maioria dos solos, afim de evitar uma grave erosão de canais desprotegidos. Os canais mais declivosos deveriam ser protegidos por plantas perenes. O declive mínimo para mover água ao longo do canal sem serem criados pequenos lagos em micro‐
depressões é de cerca de 0.1% em solos permeáveis e de cerca de 0.2% em solos menos permeáveis. Os declives mais elevados, são possíveis nos sectores finais superiores dos terraços onde é transportada menos água, do que no sector final. A disposição do terraço começa do ponto mais alto do campo. A descida vertical e o declive da vertente desde o ponto mais alto ao sítio aproximado do topo do terraço, normalmente 30 a 50 metros pela vertente abaixo (dependendo do declive), é determinada com um nível utilizado em engenharia. É normalmente preferível começar a colocar estacas para um terraço no canal de água e trabalhar até ao limite superior, especialmente se o canal é para recolher água do terraço nos dois lados. A linha de estacas devia ser examinada, depois de todas as estacas estarem colocadas. Normalmente algumas estacas precisam ser reposicionadas, para evitar curvas curtas, ou acentuadas e para tornar o trabalho de campo mais fácil e paralelo ao terraço. Os ajustes pela vertente acima têm de ser limitados, para que o corte extra de profundidade, para a construção do canal seja razoável. Terraços sucessivos são localizados medindo o intervalo vertical apropriado, pela vertente abaixo e colocando estacas na linha do terraço como anteriormente descrito. A primeira disposição de um sistema de terraços raramente alcança o design mais satisfatório. Alguma característica topográfica inesperada, pode aparecer e ser necessário alterar uma ou mais linhas de terraços. Depois de ser disposto um conjunto razoavelmente satisfatório de linhas de terraços, a disposição deve ser examinada para se ver os ajustes menores, que podem melhorar o uso agrícola. As posições finais do terraço deviam ser identificadas pelos sulcos de arado ou outras marcas de ferramentas antes de começar a construção. A produtividade do solo do terraço é melhorada se o solo arável é removido, armazenado, e mais tarde espalhado por cima do terraço à medida que a construção se está a completar. Tal facto, contudo, aumenta tanto o custo da construção, que raramente é feito, a não ser que o subsolo exposto seja muito desfavorável, para o crescimento de plantas. Terraços convencionais podem ser construídos com escavadoras para terraplanagem, e uma enorme variedade de máquinas de construção e com instrumentos de mãos, cestos bem como outros dispositivos de transporte. As retroescavadoras são provavelmente as mais económicas, para mover o solo em curtas distâncias enquanto que escavadoras fazem um melhor trabalho a suavizar e acondicionar o terraço. Pás raspadeiras são necessárias para terraços que implicam mais corte e enchimento. Sistemas paralelos de terraços em linha são mais convenientes para cultivar do que os que não são paralelos, porque estes requerem corte extra e preenchimento com solo. Os declives variáveis dos canais ajudam a tornar os terraços rectos e paralelos, mas normalmente, têm de ser acompanhados por cortes e preenchimentos, durante a construção. Os terraços raramente, deveriam ser mais extensos do que 600 m, e em terrenos que anteriormente tenham tido sulcos “gullies”, não ultrapassar os 375 m. Terraços maiores em extensão têm de ser subdivididos, com um sector de descarga proporcional a cada segmento. O espaço entre ambas as vertentes de um terraço de base larga, têm de ser suficientemente amplo para acomodar o equipamento, que vai ser usado no campo, geralmente não menos que 4.5 m. Quanto menos declivosas forem as vertentes, mais fácil é para cultivar mas mais caro é construir terraços. Hoje em dia, as práticas de conservação do solo são muito ignoradas na fase de construção de terraços. Estudos conduzidos em Espanha (Catalunha) mostraram que enormes quantidades de materiais são deslocados, durante a construção de terraços paralelos (5437 ± 517 m3 por hectare) resultando numa transformação extrema da paisagem (Figura 6). Na actualidade construir terraços é um importante processo de geomorfologia antrópica, reconstruindo o terreno em muitas áreas ao longo do Mediterrâneo. Para além disso, a remoção do solo e a mistura com a rocha‐mãe subjacente resultou no desaparecimento de perfis de solo originais, alterando as propriedades do solo e a sua micro flora e micro fauna. Gestão da Terra em Terraços Ao longo da Europa Mediterrânea a terra em terraços é principalmente cultivada com cereais, vegetais, videiras e oliveiras, podendo estas culturas coexistir no mesmo terraço. Terraços em bolso estão associados com oliveiras e outros pomares de árvores. Terraços bem construídos, nivelados, são muitas vezes cultivados com videiras ou oliveiras. Terraços pobremente construídos, trançados, especialmente em sítios remotos e em solos delgados, são muitas vezes cultivados com culturas anuais. O cultivo em terraços foi adaptado ao poder dos seres humanos e dos animais, ou das máquinas pequenas “burros mecânicos”, que serviram os agricultores durante a primeira metade do séc. XX. Hoje muitos dos terraços tradicionais em banco ou em bolso construídos então, não estão cultivados. É quase impossível usar maquinaria agrícola nestas terras, não devido à falta de produtividade e qualidade dos produtos, mas devido às dificuldades num cultivo mecanizado. Nas áreas de terraços modernos o cultivo é totalmente mecanizado. Neste tipo de campos, todas as operações agrícolas deviam ser realizadas paralelamente ao terraço, sempre que possível, para minimizar o movimento da água e do solo, entre os terraços e para reduzir os danos nas cristas. O efeito mais evidente das operações de lavoura, após vários anos, é o aumento na amplitude da base 7 do terraço. O melhor método de manter a forma da secção cruzada do terraço e neutralizar a erosão a partir da área entre os terraços, é lavrar de uma forma inversa. Muitas das áreas de terraços tradicionais no Mediterrâneo foram abandonadas, especialmente aquelas cultivadas com cereais, e em alguns casos com oliveiras e videiras (Figura 9). Nas últimas épocas, a produção agrícola tem estado concentrada nos terreno mais planos, onde as grandes máquinas agrícolas podem ser usadas, e serem obtidos maiores rendimentos, através da irrigação, aplicação de fertilizantes e pesticidas, o que resulta, no abandono de terra com terraços nas áreas montanhosas. O valor dos terraços tradicionais tem caído acentuadamente devido a: (a) Dificuldades associadas com a acessibilidade e uso de maquinaria (b) Redução de preço de produtos agrícolas e aumento de custos de mão‐de‐obra (c) Elevado investimento inicial em áreas planas, (d) Elevado custo de manutenção, (e) Migração elevada de pessoas de áreas rurais para áreas urbanas. Figure 9.Olival em terraços com as paredes de pedras a desmoronar, causando elevadas taxas de erosão e diminuição na produção de azeite. Abandono de terra em terraços na região do Mediterrâneo pode resultar em efeitos positivos ou negativos na conservação do solo. Este fenómeno pode ser positivo em áreas onde as condições geomorfológicas e climáticas são favoráveis ao 8 crescimento natural de plantas, enquanto que as práticas culturais aplicadas anteriormente eram prejudiciais (Figura 10). Em Itália, tais condições ocorrem em vinhas abandonadas, em declives suaves, e pastos em áreas montanhosas com vertentes em terraços, naturalmente estáveis. Por outro lado, o abandono da terra pode ter efeitos negativos em áreas, onde a estabilidade do solo e da própria vertente foi assegurado pela actividade agrícola, como nas antigas vertentes declivosas da Ligúria, Campania, Calábria e Sicília. Uma vez abandonadas, o colapso destas vertentes declivosas, pode ser rápido e o solo pode ser imediatamente degradado pela água de escorrência superficial e pela gravidade (Figura 11). Figure 10. Terraços abandonados, com efeitos positivos na protecção da terra Se o controlo da erosão é o motivo para construir terraços, o fracasso da sua manutenção é possível que cause elevados níveis de erosão. É muitas vezes dito que o abandono dos terraços resulta em mais erosão do que se os terraços nunca tivessem sido construídos. O aumento da escorrência superficial transporta em poucos anos, grandes quantidades de solo, que tinham sido armazenadas atrás das paredes do terraço, sendo este levado para o fundo do vale, na forma de depósitos torrenciais de inundação. Os terraços e especialmente os tradicionais, não podem ser considerados separadamente das pessoas e da sociedade. A construção de terraços requer muito trabalho. Podem ser necessários 1500 dias por hectare para construir terraços em banco, em vertentes declivosas e talvez 50 dias por hectare por ano, para a sua manutenção regular. Onde os terraços existem hoje, eles estão normalmente associado com elevadas densidades demográficas rurais, como foi o caso em outros tempos. Normalmente, a manutenção de terraços não precisa ser mais do que o substituir pedras caídas. Os danos surgem devido às cabras que sobem pelas estruturas e à força de chuvas torrenciais. Figure 11. Terra em terraços em vias de abandono, com efeitos negativos na protecção do solo Os terraços variam nas suas necessidades de manutenção, dependendo das condições topográficas, do material usado para construir as paredes, das características climáticas, e das condições de gestão, etc. Muitos terraços em Maiorca, Creta e nas ilhas do Egeu foram abandonados, durante pelo menos cinquenta anos e estão ainda em perfeitas condições. Pelo contrário, houve terraços que desapareceram quase completamente, após dezoito anos de não uso, em locais na região Argolid na Grécia. Em geral, os terraços cuidadosamente construídos, com grandes blocos angulares, precisam de pouca manutenção. Os que são apressadamente construídos de calhaus rolados comuns são instáveis e o colapso ocorre facilmente. Estudos detalhados de colapsos do terraços tradicionais em banco e em bolso, protegidos por paredes de pedra na ilha de Lesvos, elaborados durante a execução do projecto MEDALUS III revelaram, que a sua estabilidade está principalmente relacionada ao declive da vertente, tipo de solo, composição da pedra e prática de gestão. As pedras usadas para a construção do terraço têm diferentes taxas de meteorização e de desintegração, por isso a taxa de colapso está relacionada com as rochas existentes. Como a Figura 12 mostra, os terraços construídos de pedras derivadas de rochas facilmente meteorizadas tais como lava, xisto, entre outras, têm uma maior taxa de colapso em função de uma maior meteorização, quando comparadas com pedras derivadas de rochas calcárias. Os terraços construídos com pedras originadas a partir do calcário, ou mármore, são os mais estáveis. Figure 12. Probabilidade de aparecimento de diferentes aspectos nos terraços em bolso (imperturbado, expandido, reparado) medida em olivais com solos formados em diferentes rocha‐mãe na ilha de Lesvos. Outro factor importante a afectar o colapso do terraço é o grau de retracção ou expansão do solo. Isto está relacionado com o tipo de rocha‐mãe, que deu origem ao solo. A característica de expansão do solo pode ser medida pelo coeficiente de extensibilidade linear (COLE). Como mostra a Figura 13, o COLE do solo usado, para encher o terraço afecta muito a sua estabilidade. Se o valor do COLE é elevado, a expansão do solo depois de molhado impõe uma forte pressão horizontal especialmente na base da parede do terraço, causando aumento de volume, instabilidade e finalmente o colapso do terraço. Os valores mais 9 elevados do COLE são esperados em solos formados em margas e rochas ultrabásicas. Os valores mais baixos do COLE podem ser encontrados em solos formados em xistos, lavas vulcânicas, rochas ígneas e metamórficas. PERSPECTIVAS E RECOMENDAÇÕES FUTURAS Figure 13 Coeficiente médio de extensibilidade linear medida em solos formados de várias rocha‐mãe em áreas seleccionadas na Grécia (MARGA = depósitos de marga, PER = rochas ígneas básicas, UNCO = rocha não consolida, IGN = ignimbrite LAT = conglomerados magmáticos, SHA = xisto, e LAVA = rochas ígneas ácidas) O declive da vertente também afecta muito a estabilidade da estrutura do terraço. Estudos detalhados conduzidos na ilha Grega de Lesvos mostraram que podem ser distinguidas três classes críticas de declive: (a) menos de 15%, (b) 15‐35%, e (c) mais que 35% (figura 14). Os terraços construídos em vertentes com declives inferiores a 15% permaneceram quase imperturbados sob as condições existentes de gestão na área, durante longos períodos de tempo. Contudo, a taxa de colapso aumentou quase linearmente, com o aumento de declive da vertente entre os15% para 10 35%. A taxa de colapso foi muito alta nas vertentes com declives superiores a 35%. Figure 14. Relação da estabilidade dos terraços com o declive da vertente, para olivais na ilha de Lesvos. A construção de terraços é uma intervenção humana nas áreas semi‐naturais declivosas, que sofreram perdas, em parte, na sua sustentabilidade e elasticidade. Se as áreas declivosas não são protegidas por medidas de conservação, continuar a exploração estas terras irá resultar inevitavelmente numa elevada degradação e desertificação. A medida mais eficaz seria repor a vegetação. Construir terraços para cultivo em terrenos declivosos cria paisagens instáveis, que requerem entradas de energia e financeiras, para manter a sua produtividade. Nas condições sócio‐económicas do momento estas entradas podem ou não satisfazer as expectativas dos investidores. Em casos onde os resultados não são satisfatórios, a manutenção de antigos e novos terraços pode ser interrompida, enquanto que a exploração continua, resultando numa grave degradação e consequentemente na desertificação. Nas circunstâncias actuais, alguém tem de decidir sobre a manutenção ou construção de terraços, mas com base em estudos sérios de viabilidade. Entre os parâmetros e condições que podem ser considerados são os seguintes: Nas condições sócio‐económicas actuais a construção de terraços devia ser limitada a terras ligeiramente declivosas, potencialmente produtivas, evitando as rupturas caras da morfologia do solo. Deveria ser dada ênfase à estabilização dos terrenos declivosos aumentando os ecossistemas vegetativos sustentáveis “naturais” e cultivados. ƒ O intervalo de declive da vertente, próprio para a construção de terraços ƒ O risco existente de erosão do solo ƒ As características de terreno ƒ O mínimo de profundidade do solo e a presença de horizontes limitadores à subsuperfície do solo tais como petrocálcico, marga muito calcária, camadas de rochas, outras formações irreversivelmente impermeáveis ƒ A capacidade e utilidade do solo para usos específicos ƒ A magnitude de impactos e benefícios ambientais ƒ O prejuízo causado à paisagem pela maquinaria agrícola ƒ A compatibilidade com políticas existentes (ex. CAP) ƒ O impacto nos recursos hídricos ƒ O impacto nas planícies, as suas estruturas e usos ƒ As características sócio‐económicas e condições infra‐estruturais ƒ A esperada proporção de custo ‐ benefício ƒ O acordo e compromisso entre os actores Tendo em atenção os velhos terraços existentes construídos com paredes de pedra, e considerando que tais estruturas protegem o solo muito valioso, para crescer vegetação natural ou agrícola, a manutenção e protecção de terraços devia ser uma prioridade, com a ajuda de esquemas de consolidação nacionais ou da União Europeia, particularmente nas áreas ambientalmente sensíveis à desertificação. Recentemente, a protecção de terraços foi subsidiada na Grécia, através do apoio ao agricultor na reparação ou reconstrução dos que tinham colapsos, com a condição de que os regulamentos acerca das práticas agrícolas sustentáveis fossem aplicados. Tais práticas de gestão da terra são: redução de pastoreio, apenas um número de animais sustentável, redução dos fertilizantes e pesticidas aplicados, e mínimas ou nenhumas operações de lavoura. LEITURA OU INFORMAÇÃO EXTENSIVA Mediterranean Desertification and Land Use‐ MEDALUS II. 1996‐1999. European Union Research project, Contract ENV4‐CT95‐0119. Combating desertification in Mediterranean Europe: Linking Science with Stakeholders – DESERTLINKS. 2002‐2005. European Union research project .contract No: EVK2‐CT‐2001‐
00109). REFERÊNCIAS Bensalm, B., 1977. Examples of soil and water conservation practices in North African countries, Algeria, Morocco, and Tunisia. In Soil Conservation and Management in Developing Countries. FAO, Rome, Italy, Soils Bull. 33, Paper No. 10, p. 151‐160 Blakely, B. D., J.J. Coule, and J. G. Steele, 1957. Erosion on cultivated land. In Soil, USDA Yearbook of Agriculture, Washington, D. C., p. 290‐307. Costs‐Folch R., Martinez‐Casasnovas J.A., and Ramos M.C. 2006. Land terracing for new vineyard plantations in the north‐eastern Spanish Mediterranean region: Landscape effect of the EU Council Regulation policy for vineyards’ restructuring, Agriculture, Ecosystems and Environment 115:88‐96. Grone, A.T., and Oliver Rackham, 2001. The nature of Mediterranean Europe: an ecological history. Yale University Press, New Haven, London, 384 p. Kosmas, C., Briassoulis, H., Gerontidis, St., Detsis, V., 11 Marathaianou, M., and Dalakou, B., 1998. Lesvos‐soil vegetation interactions. In: Mediterranean Desertification and Land Use ‐ MEDALUS III final report, Target areas. Commission of the European Communities, Contract Number EV4‐CT95‐0119, pp. 611‐682. Mazor, E. 2001. Millennia of sustained desert agriculture in the Central Negev versus highly preserved ecosystems inside the makhteshim. In: B. Krasnov and E. Mazor, Editors; The Makhteshim Country ‐ Laboratory of Nature. Pensoft Publishers. Phillips, R. L., and V. W. Beauchamp, 1972. Design, layout, construction and maintenance of terraces. ASAE recommendation R. 268.1. Amer. Soc. Agric. Eng. Yearbook, p. 491‐495. 

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