Jornal do colégio "Nova Floresta" - 75 Anos

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Jornal do colégio "Nova Floresta" - 75 Anos
75
COLÉGIO MANUEL BERNARDES
anos
Diretor: Pe. António Tavares • [email protected] • Abril 2013 • N.º 84 • Ano: LXXV (2.ª série)
Fundado 6 de abril de 1938
PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL
75 ANOS PARABÉNS!
Editorial
75 anos do “A Nova Floresta”
O
papel do Jornal do Colégio, nestes 75 anos, tem sido o de manifestar,
a toda a comunidade educativa, as múltiplas atividades que se
realizam no Colégio. Não será, contudo, apenas esse o propósito
desta publicação. Mais do que um meio informativo, deverá ser um espaço de
reflexão sobre o que de essencial se passa no nosso seio. Não será por acaso,
então, que sempre contámos com espaços de divulgação científica, no âmbito
da área das ciências naturais e humanas, de reportagem sobre as atividades
realizadas dentro e fora do Colégio, sejam elas desportivas, recreativas e /
ou culturais, de expressão poética, com textos de grande criatividade por
parte dos nossos Alunos e de docentes e o espaço de crónica. A crónica
tem um alcance particular, porque difere da notícia e da reportagem já que,
embora utilizando o jornal ou a revista como meio de comunicação, não tem
por finalidade principal informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido.
Desta finalidade resulta que, neste tipo de texto, podemos ler a visão subjetiva
do cronista sobre o universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se,
incontornavelmente, na 1ª pessoa. Assim, o cronista é o poeta do quotidiano,
com alguém lhe chamou, que se move entre a reportagem e a literatura, entre
o oral e o literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos e a projeção
da imaginação. Diálogo e monólogo; diálogo com o leitor, monólogo com o
sujeito da expressão. Neste sentido, a subjetividade percorre todo o discurso.
O interessante é que a crónica não perece rapidamente, como acontece com
a notícia, mas morre e renova-se, e aqui afasta-se irremediavelmente do texto
literário, embora se mascare, por vezes, com as roupagens daquele, através
da metáfora, da ambiguidade, da antítese, conotação, etc. A sua estrutura
assemelha-se à de um conto, que alude a uma visão crítica da realidade, mas
com um cunho pessoal.
Não será estranho, por isso, que o nome do jornal assuma, justamente, o
nome da obra mais conhecida de Manuel Bernardes (5 vols., 1706, 1708,
1711, 1726, 1728), que, ao se comunicar com o leitor ( e colocando-se
sempre ao nível do mesmo), no afã pedagógico de guiá-lo na estrada que
levaria à bem-aventurança, não esquece jamais de molhar a pena com a
ungida contemplação espiritual em que se compraz. Quer ensinar o homem
a encontrar Deus pelo culto das virtudes morais mais autênticas nele,
precisamente as que lhe conferem a condição de criatura humana.
Assim, fazendo a analogia ( subjetiva, de resto) com esta caracterização,
o nosso jornal também é a visão de todos os que colaboraram e
trabalham(ram) para ele. Transcendendo uma visão efémera do boletim
noticioso, a sua narrativa é, talvez, uma crónica coletiva desta vasta
existência do nosso Colégio. Não visa relatar o dia a dia institucional, mas
expressar o olhar de todos que escreveram nele ( e foram muitos), cuja
intenção ( subconsciente ou não) é, através de um pensamento mais
convergente ou divergente, construir um livro que relata, desde a sua génese,
o animus de todos os que fizeram, fazem e farão do Colégio o que ele, na
sua essência, é.
Parabéns “ Nova Floresta” !
O Diretor Pedagógico
HUGO QUINTA
Um farol...
Guiando a gente na Terra.
Colégio Manuel Bernardes
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DESDE 1935
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ATUAL
“A Nova Floresta”
– 75 anos
O “A Nova
Floresta”
A
Para quem desconhece!
uando em 1935, o Padre Augusto Pinheiro fundou o
Colégio, deu-lhe o nome de Manuel Bernardes, porque
lia, admirava e assimilava muito os escritos de edificação moral e ascética deste Padre, que desempenhou
tão grande papel nas reformas pedagógicas do séc. XVIII.
De entre os muitos tratados e guias morais sobressai, pelo seu
interesse literário, “A NOVA FLORESTA,” que é uma vasta
colecção de “ditos bons e sentenciosos de varões ilustres”,
principalmente da tradição cristã, dispostos por ordem alfabética
do nome da virtude ou pecado respectivos, comentados e
intercalados de narrativas mais longas. A obra consta de 5
volumes, mas ficou incompleta, na letra J, termo -Justiça.
O título do jornal do Colégio” A NOVA FLORESTA “serviu,
neste caso, para homenagear e recordar a grande erudição
teológica e pedagógica do Padre Manuel Bernardes!
“A NOVA FLORESTA,” cujo primeiro número veio a lume
em 6 Abril, de 1938, e que hoje celebramos com esta edição
os 75 anos de publicação, é por isso, um dos símbolos mais
significativos e marcantes do nosso Colégio e de entre os
jornais escolares, talvez o mais antigo, do País!
O Padre Pinheiro criou e divulgou o jornal “A NOVA
FLORESTA” com o objectivo não só de suscitar nos Professores
e Alunos o gosto pela comunicação escrita, pelas artes,
pela cultura, mas, principalmente, para fazer chegar aos
Encarregados de Educação o quão importante era conhecerem
as realidades do Colégio e as novas ideias e princípios morais
decorrentes naquela época.
Ao longo dos anos, o” NOVA FLORESTA” sofreu diversas
renovações gráficas, e, hoje, aparece com uma “cara nova”,
mais cativante e convidativa, mais aberto a temas e assuntos
pertinentes à vida colectiva -cultural do Colégio.
Daqui saudamos todos aqueles que lhe deram alma, o
dirigiram com entusiasmo. Ultimamente, após o falecimento
do antigo aluno e director, A. Câmara Pereira, a continuidade
do “A NOVA FLORESTA” é assegurada, pelo Senhor Padre
António Tavares, que auguramos força e um renovado
entusiasmo para segurar o leme do jornal e levar a bom porto
um legado tão antigo do nosso Colégio. Ao Jorge Amaro,
que tem dado o melhor de si pela qualidade, renovação e
mudança tecnológica na sua “feitura”, um obrigado e abraço
de amizade, apoio e incentivo nesta tarefa.
Mas permitam-me destacar um director do jornal que deixou
marcas profundas nos Alunos pelo seu saber, pela sua
simplicidade, pela sua sã convivência, pela sua alegria, pela
sua total dedicação e entrega ao Colégio: é o Dr. Raposo.
Quem não o recorda com alegria e gratidão! Dentro dessa
pessoa humilde havia um poço de sabedoria, que tão bem e de
um modo singelo sabia transmitir.
Daqui lhe enviamos todo um abraço sentido de gratidão e de
muita estima com votos de boas melhoras para a sua débil
saúde.
Q
1644-1710
Lisboa
O Padre Manuel Bernardes
professou em 1674 na
Congregação do Oratório de
S. Filipe de Néri. Escreveu
diversos tratados de
espiritualidade e vários guias
morais, como Exercícios
Espirituais (1686), Luz e
Calor (1696) e Pão Partido
em Pequeninos (1696).
Dois volumes de Sermões
e Práticas (1711) e a Nova
Floresta ou Silva de Vários
Apotegmas em cinco
volumes publicados entre
1706 e 1728.
Esta última obra é uma
colecção de «ditos bons
e sentenciosos de varões
ilustres» que apresenta
por ordem alfabética o
comentário a um pecado ou
virtude. O autor não chegou
a ir além da letra J e da
virtude «Justiça».
M.C.
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imprensa escolar cumpre missões variadas. Pode, por
exemplo, servir para melhorar a aprendizagem da língua
portuguesa e para educar para a cidadania. A celebração
dos setenta e cinco anos do nosso Jornal escolar deve levar a uma
reflexão sobre a utilidade dos jornais escolares e é um bom modo de
ajudar a entender melhor as potencialidades que eles têm e, portanto, de os tornar ainda mais úteis. A imprensa escolar tem constituído
um exemplo de formação e de promoção de uma literacia para o
jornalismo e, por inerência, de uma literacia para a cidadania. Os
jornais escolares têm instituído espaços de partilha de conhecimento
entre alunos, o resto da comunidade escolar e o meio envolvente O
jornal da escola é um meio democrático a que todos temos acesso
para comunicar o que se passa na Escola.
Há tantos projetos, tantas iniciativas, tantas experiências, desenvolvidas pelos alunos e professores, invisíveis à comunidade escolar.
Porque não divulgá-los? Partilhá-los?
Os professores têm um papel fundamental neste ato de comunicação. Enquanto educadores compete-lhes fomentar a escrita como
um ato de cidadania, visando informar e formar leitores atentos,
interessados, despertos para os factos que ocorrem à sua volta. Os
alunos são agentes importantes neste processo de dar a conhecer
os projetos em que estão envolvidos, as iniciativas que desenvolvem, as experiências científicas e pessoais por que vão passando.
No entanto, antes das palavras escritas serem divulgadas e partilhadas com os leitores, é necessário que o seu autor pense e reflita
sobre o que escreveu, conte com honestidade, responsabilidade e
rigor os factos que observou atentamente, narre os acontecimentos
vividos e experienciados, exprima o seu sentir, a sua sensibilidade,
as suas interrogações, os seus questionamentos sobre as pequenas coisas que o inquietam, o fazem avançar ou recuar no caminho
que está a percorrer…
O Colégio iniciou a publicação do seu próprio jornal a 6 de Abril
de 1938. Nele destaca-se, ao longo do tempo, a coerência com o
ideal de educação vinculada pela instituição. Mais uma vez como
referência à obra literária do Padre Manuel Bernardes, o fundador
do Colégio, Padre Augusto Gomes Pinheiro, escolhe para nome do
periódico A Nova Floresta, título de uma das mais conhecidas obras
desse autor.
Além de divulgar as práticas e as vivências escolares, incentivava e
dava a conhecer a produção literária dos alunos. O Padre Augusto
Gomes Pinheiro reconhecia-lhe as vantagens: O jornal tem para
todos os alunos vantagens muito grandes. Desperta neles possibilidades latentes, vocações que sem esse estímulo se perderiam;
obriga-os a pensar, saber manobrar a sua imaginação e a dar os
primeiros passos na sublime arte de redigir. Muitos nomes de escritores ilustres nas Ciências e nas Letras tiveram os primeiros ensaios
num jornal escolar. A colaboração no jornal, em pequenas notícias,
em artigos a brincar, cria o gosto por esta actividade que mais tarde
na vida lhes há-de servir de muito.
Assim, além de ser mais um laço de camaradagem que une todos
os alunos da Escola, e um órgão que os represente, é uma bandeira
que os precede. Essa é a grande ambição do nosso jornal A Nova
Floresta.
Quando surgiu em 1938, o jornal era propriedade da própria instituição. Entre 1941 e 1963, a exemplo de tantos outros periódicos, foi
propriedade do Centro N.º36 da Mocidade Portuguesa. Nos últimos
anos da década de sessenta deixa de ser publicado, reiniciando-se
a publicação em 1971, altura em que volta a ser propriedade do Colégio. No que concerne à composição e impressão, ao longo da sua
existência esteve a cargo de diversos órgãos.
A coordenação e orientação do jornal esteve durante muitos anos,
sob a responsabilidade dos alunos mais velhos que frequentavam
o Colégio. Só na década de oitenta é que esse cargo passou a
ser assumido pelo professor Ângelo Raposo, que queremos aqui
homenagear pelo seu empenho, fidelidade e dedicação a este
jornal. A seguir recebeu o destino do jornal o antigo aluno, António
José Câmara Pereira, que vindo a falecer em 2011 me deixou a
mim agora essa tarefa que terei todo o empenho de vangloriar
o melhor possível para que o nosso jornal continue a ser a Nova
Floresta de sempre.
O Diretor,
P. António Tavares
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19 de fevereiro
Dia do Colégio!
Um Colégio Católico de Glória
e de Prestígio
S
im! Administração,
Direção, Professores,
Funcionários, Alunos
novos e antigos, Encarregados de Educação devem
orgulhar-se de pertencer ou ter
pertencido a uma Instituição
de cariz educacional e cultural
que tanto prestígio e louvor têm
granjeado ao longo de quase 80
anos.
Quando Deus e o Homem
querem, a obra nasce e
prospera! E, felizmente, esse
homem humanista, de grande
cariz religioso, ético e cultural
– o Padre Augusto Pinheiro –
teve uns olhos extraordinários
para ver as realidades do
seu tempo e um talento de
primeira ordem para no-las
tornar presentes, sensíveis.
Desde a primeira hora, o
Fundador do Colégio aliou
a sua fé e amor a Deus
aos anseios das Famílias e
Juventude do seu tempo.
E com a alma grande de quem
dar e fazer algo de bom e de belo pela cultura e valores morais,
lança as bases de um Estabelecimento de Ensino que irá formar
espíritos ansiosos do saber. Alia cultura e pedagogia, pensa no
indivíduo global (mens sana in corpore sano), centraliza tudo
na verdadeira disciplina, hoje educação, e cria os pilares da
formação cultural do Aluno – autoridade, respeito,
estudo, disciplina.
E são estes os valores ainda vigentes com que o Colégio atual se rege e que lhe têm merecido
tanta afirmação, prestígio, louvor e muita procura. É preciso relembrar que o excelente contributo
do nosso Fundador para a causa da Educação foi-lhe reconhecido pelo Estado Português e pela
Autarquia Lisboeta com uma condecoração e com um topónimo.
É verdade que a “crise” continua a exigir muitos sacrifícios e muita austeridade… mas o Colégio
está viçoso e com muita procura. E aqui está a mão de Deus a premiar toda a dedicação e amor
dispensados pelos antigos Diretores e Administradores, pelos Professores e demais Funcionários,
e, claro, pela actual Administração, Direção e Corpo Docente.
Muito gostaria ainda de escrever sobre o meu Colégio, que adoro, e que me acolheu durante 25
anos. Já vi sair muitos dos meus antigos colegas, mantenho contato ainda com alguns do meu
tempo, e travei conhecimento com outros mais novos, a quem lanço sempre o repto de vestirem a
camisola da dedicação e amor ao Colégio, Instituição tão prestigiante nos nossos dias.
Finalmente, uma palavra de agradecimento e reconhecimento a toda a Ex.ma Administração, mas
de um modo muito especial ao Sr. Dr. Mendonça e S.ra D.a Maria José (para os amigos, Misé)
que são o esteio e o rosto mais visíveis da sã condução e orientação do” Manuel Bernardes;” uma
palavra de incentivo ao Sr. Dr. Hugo Quinta, Director Pedagógico, pelo excelente trabalho que
está vindo a desenvolver. Para todos um obrigado.
Orgulhemo-nos do nosso Colégio, sempre tão dinâmico e presente em todas as Atividades entre os
grandes Colégios de Ensino Particular. O ranking do melhor aproveitamento escolar entre todos os
Estabelecimentos de Ensino parece não ter importância ou até credibilidade, mas sempre dá uma
orientação aos Encarregados de Educação para a escolha da Escola para os filhos. E nós, já nos
últimos doze anos, vivemos a alegria e a satisfação de ter conseguido obter, duas vezes, o primeiro
lugar. Vamos continuar a trabalhar, alicerçados no lema RESPICE FINEM (olha para a meta).
O antigo Professor
Miguel dos Anjos Simões
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«A Nova Floresta»
Uma obra antiga mas sempre actual
C
omemoramos este ano os 75 anos do nosso jornal, «A Nova Floresta».
Acredito que a maioria saiba, mas a muitos ainda é desconhecido que
este nome não foi o Sr. Amaro que o inventou, nem tampouco a Administração do Colégio nem sequer o seu fundador, o Padre Augusto
Pinheiro. Foram várias as vezes que ouvi por parte de alguns alunos reacções de
espanto pelo facto do nome deste jornal ter pouco a ver com o nome de um «jornal», a não ser pelo facto de uma floresta ter muitas árvores de onde, pela madeira, se extrai papel para depois se fazerem as folhas deste. Pois é, mas a verdade
é que «A Nova Floresta» é uma obra de referência da Literatura Portuguesa, dos
estudos teológicos e da pedagogia cristã, ainda para os dias de hoje.
A «Nova Floresta» é uma obra dividida em 5 volumes escrita pelo Padre… isso
mesmo, pelo Padre Manuel Bernardes, um Jesuíta, que nos princípios do século
XVIII escreveu uma compilação de ideias e orientações para a moral e para a
educação cristã. A obra original tinha por missão trazer contributos para toda
a gente sobre a boa conduta da vida, bem como orientações práticas para uma
perfeita e orientada formação moral e intelectual, firmada na verdade e em
unidade de Espírito com a Igreja.
Emerge hoje, nos nossos dias, no nosso tempo, reavivar o espírito da obra do
Padre Manuel Bernardes, fazendo desta nossa «Nova Floresta» uma importante
fonte de comunhão, de unidade e de partilha para o bem-comum da nossa
comunidade escolar, onde não apenas partilhamos os nossos trabalhos e os
resultados obtidos, em diversas actividades, pelos nossos alunos, mas também
revitalizando o espírito original da «Nova Floresta», que servia sobretudo para a
edificação e formação moral dos leitores, sobretudo dos mais jovens, a fim de os
ajudar na sua plena formação como pessoas e como cidadãos.
Quando, no Regulamento Interno do nosso colégio, lemos que “o Colégio
Manuel Bernardes mantém-se fiel ao espírito do seu fundador e ministra uma educação
fundamentada nos princípios cristãos, defendidos pela Igreja Católica” (Art.º 1.B),
há que fazer presente que o «espírito do seu fundador» estava em estreita
comunhão com o espírito daquele que este quis que fosse o Patrono do nosso
colégio: o Padre Manuel Bernardes. Ora, este último, além de sacerdote e escritor,
era pedagogo, especialmente preocupado pela boa formação moral e intelectual
dos mais jovens, de um modo muito particular através dos seus escritos. Deste
modo, o jornal «A Nova Floresta» não deve ser somente um conjunto de fotos
Ab imo pectore
S
enhor, do profundo a Ti grito: escuta a minha
oração! Hoje, neste dia e neste tempo, te quero fazer presente toda a Igreja. Porém, de um
modo particular, quero aqui fazer presente e pedir-Te
pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI, sobretudo num
gesto e com um sentimento de profunda gratidão
por ele, porque no-lo-deste e porque o inspiraste a
tomar a difícil mas sábia decisão de deixar de ser o
timoneiro da Tua Igreja.
Sinto este dia [1 de Março – o dia em que escrevo]
como se de Sábado Santo se tratasse. Como se
reza no ofício desse dia, “Um grande silêncio reina
hoje em toda a Terra”. Não se trata do mesmo silêncio, mas de um silêncio semelhante, porque só o Teu
Espírito fala e pode falar. E é preciso escutá-Lo…
Quero hoje, Senhor, dar-Te graças pelo imenso dom
que foi para mim, pessoalmente, e para toda a Igreja,
em geral, este curto mas intenso pontificado. Recordo
em especial memória o encontro que tive com o
Papa Bento XVI em Colónia, em 2005, aquando das
Jornadas Mundiais da Juventude; estava eu e mais
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com os meninos da Infantil ou do 1.º Ciclo, nem sequer uma mera listagem dos
resultados das nossas equipas de futebol ou basquetebol. Tudo isto é importante
e fundamental que conste no nosso jornal, pois é a partilha da obra que Deus
realiza connosco e em nosso favor através do colégio, mas não pode ser o seu
fim último, pois assim nada o distingue de um banal folhetim ou apenas distinto
do almanaque «Borda d’Água» pelo tamanho e número de páginas. Deve ser,
sobretudo, através da partilha das nossas vivências, um veículo para a formação
integral dos nossos alunos, fundamentalmente na Fé, que é hoje o que mais falta
à nossa sociedade (muito mais que o dinheiro!). É, por isso, importante que o
jornal tenha a contribuição dos nossos alunos e contenha elementos que revelem
o trabalho que os mesmos vão desenvolvendo, nas suas múltiplas formas, mas tal
contributo não deve ser exclusivo. São «ELES» – os nossos alunos – a finalidade
e o objectivo desta obra, não a sua fonte ou sustento! O jornal é «PARA ELES»
e não um prospecto sobrevivente pelas suas mãos. Reafirmo: é fundamental
que eles façam parte do jornal, mas é imperativo que o vejam como fonte onde
podem encontrar algo que retirem para si, pois era este o espírito inicial da
«Nova Floresta». E tal responsabilidade, meus caros colegas professores, é
«nossa».
A fim de 75 anos, é nosso dever dar os «PARABÉNS» ao nosso jornal, pois apesar
de acusar algum entorpecimento, tem sido – e deverá continuar a sê-lo – um
elemento de identidade do nosso Colégio e um factor de unidade para com todos
os membros da nossa Comunidade Escolar. Um grande abraço a todos, com os
votos de uma Santa Páscoa!
de um milhar de jovens de todo o Mundo. Guardo
no profundo do coração umas curtas palavras que
o Santo Padre repetiu: “se vos encontrardes com
Cristo não podeis seguir pelo mesmo caminho”.
Sinto-me muito grato por esta Palavra e sinto-me
sobretudo grato por me teres ajudado a seguir por
«outro caminho». Tiraste-me, Senhor, da mansão dos
mortos e trouxeste-me à terra dos vivos, “livraste a
minha alma da profundeza do abismo e libertaste-me
de todas as minhas ansiedades”. Pelo meu matrimónio, pelas minhas filhas, pela minha família, pelos
meus pais, pelas minhas avós que chamaste para
Ti, pelo meu trabalho, pelos meus superiores, pelos
meus catequistas e sobretudo porque me chamaste
à Igreja… por tudo o que me tens dado, Senhor, e do
profundo do meu coração, eu Te bendigo! Quero hoje
pedir-Te, Senhor, pela Tua Igreja, pelos Cardeais que
terão de descobrir quem queres que conduza esta
barca, peregrina nesta terra, e pelo Papa Bento XVI,
para que o confirmes todos os dias e o fortaleças no
Espírito. Quero pedir-Te, Senhor, nesta Páscoa, pela
minha família: que nos concedas sempre a graça de
permanecermos fiéis e Ti e à Tua Igreja, que a Ti e
a Ela sejamos sempre submissos, e sobretudo que,
uma vez postas as mãos no arado não voltemos o
Professor Emanuel Oliveira
[Este texto foi redigido ao abrigo do antigo acordo ortográfico]
nosso olhar para trás. Quero ainda pedir-Te, Senhor,
pelos meus alunos; não por todos «em geral» mas
por «cada um em particular», pois cada um é único,
obra única e irrepetível das Tuas mãos. A cada um
criaste, Senhor, com um molde único e em cada um
pensaste desde toda a eternidade. Tantos são aqueles que carregam pesados fardos e, ainda tão novos,
tamanhos sofrimentos… Mas o Teu fardo é suave e a
Tua carga é leve! Por isto mesmo, e porque por Amor
assim Te aprouve, Te peço por cada um deles: cuidaos, Senhor! Mostra-lhes os prodígios do Teu Amor!
Porque Tu… nunca falhas. Nós, como pais, como
professores, como mestres e até como catequistas,
falhamos muitas vezes. Mas Tu és a Sabedoria: Tu
nunca falhas.
Rogo-Te, terminando, que, por misericórdia, nos
faças permanecer na Igreja. É certo que é uma barca que navega em águas muito agitadas, num mar
tremendamente revolto… mas também é certo que
estás n’Ela, pois a garantia foi-nos dada por Ti: “as
portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Nas
Tuas mãos, Senhor, te entrego todas as minhas ansiedades, na certeza que escutas a minha oração.
Prof. Emanuel Oliveira
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PRÉ-ESCOLA
Mudam os desafios,
inovam-se as propostas
5
Datas
Festivas
Para continuar a atingir os mesmos objetivos
A
s crianças aos três anos chegam para frequentar a pré escola e de ano para ano, nós educadoras, sentimos que estão diferentes das anteriores. Muito diferentes e em muitas coisas, nos valores, nos hábitos,
nos mitos, nos pressupostos, nas formas de sentir e de interpretar o mundo. Alheias a isso não serão
com certeza as condições da vida moderna, onde o apelo ao consumo, a pesada carga horária profissional dos
pais, a insegurança e a instabilidade a todos os níveis assumem papéis de especial relevância.
As crianças de três anos de hoje não são as de épocas passadas, não têm as mesmas espectativas, as mesmas
reações, os mesmos interesses, mas continuam a necessitar de desenvolver a sua autonomia e sentido crítico,
de iniciar e/ou fortalecer o seu processo de socialização, de desenvolver as suas capacidades na área da
expressão e da comunicação (a linguagem e o vocabulário, nomeadamente), de perceber e apreender o que
se passa à sua volta e de se desenvolver física e emocionalmente, sentindo-se livres e independentes mas
conhecendo sempre onde estão os limites e a partir de que momento é que se quebra as regras.
Sentimos então que temos que nos reinventar, que temos que nos adaptar a uma realidade que não nos
pode ultrapassar, percebemos que é necessário e importante que as propostas se diversifiquem e se
intensifiquem e que os diferentes assuntos sejam abordados de formas inovadoras e variadas trazendo
renovações, motivação e desafios novos que levem as “novas” crianças a permanecer empenhadas e
interessadas, continuando o seu caminho de progressão na formação de um espírito científico, na aquisição
de competências e no seu desenvolvimento global e íntegro.
Assim, as educadoras das quatro turmas dos três anos, decidiram este ano letivo usar as Histórias como base
de trabalho onde um dos objetivos principais é levar as crianças a descobrir, aprender ou reaprender com
segurança as Cores.
As Histórias, tradicionais ou outras, servirão de ponto de partida para a exploração de um mundo por
descobrir, repleto de cor, de formas, de símbolos, de sensações e de valores e competências que devem ser
apreendidos e preservados.
N
a Pré Escola do nosso colégio todas as datas festivas
são celebradas com grande entusiasmo e com a alegria
e barulho próprios das crianças, que de forma natural e
saudável dão asas à sua energia e ao seu entusiasmo sempre
que se trata de fazer uma folia.
A Festa de Natal
Em dezembro chegou o Natal e com ele o muito ansiado “Pai Natal” que visitou a nossa sala, proporcionando momentos de grande animação, de muitas gargalhadas e de alguma estupefação
por parte dos pequeninos que não contavam com a surpresa.
Depois aconteceu a festa de Natal, no ginásio “dos meninos
grandes”, num palco que no ínicio assustou um pouquinho,
mas onde rapidamente o receio deu lugar ao entusiasmo dos
ensaios e a uma apresentação brilhante para todos os familiares
que passaram a tarde do dia 11 de dezembro na nossa companhia. Fomos “Bonequinhas”, “Peluches”, “Cavalinhos de Pau”,
“Carros”, “Escavadoras”, “Tambores”…, fomos o “Pai Natal” e a
“Estrela Polar” que o despertou para colocar todos os brinquedos em movimento.
Divertimo-nos muito e a festa foi um sucesso graças ao enorme
entusiasmo no desempenhámos de todos os papéis.
A importância da cor
Descobrir as cores não é difícil é algo que acontece a partir dos três meses e idade. Nomeá-las é um processo
longo que precisa de estímulos para ter sucesso. “É uma questão de aprendizagem, de memorização”,
pelo que a repetição exaustiva dos seus nomes vai fazer com que as crianças os aprendam, principalmente
se forem associados a coisas concretas que sejam do seu conhecimento e/ou do seu agrado. O contacto
com o mundo das cores na pré escola é um momento mágico para qualquer criança pois quando elas
passam a perceber a relação entre as cores, as misturas e as formas que as cores podem tomar ficam aptas a
desenvolver várias habilidades motoras e cognitivas.
Porquê as histórias?
As histórias são uma fonte riquíssima de elementos de cor que apelam à atenção e interesse das crianças e a
narração das mesmas um valioso recurso na educação e na formação do ser humano.
Ouvir histórias prepara a criança para a aprendizagem da leitura e da escrita de maneira lúdica e criativa
enquanto lhe garante uma relação ainda mais afetiva com a educadora e lhe facilita uma melhor integração
no ambiente escolar. Para além disso, apela ao desenvolvimento da capacidade de concentração, à
imaginação, à criatividade e ao desenvolvimento da linguagem oral e enriquecimento do vocabulário.
A importância dos contos de fadas na formação da personalidade
Os contos de fadas exercem uma influência muito benéfica na formação da personalidade da criança porque
através da assimilação dos conteúdos da história estas aprendem que é possível vencer obstáculos e saírem
vitoriosas, especialmente quando o herói vence no final. Isso ocorre porque, durante o desenrolar da ação, a
criança se identifica com as personagens e “vive” o drama que ali é apresentado de uma forma geralmente
simples, porém de grande impacto. Conflitos internos importantes, inerentes ao ser humano, como a
inevitabilidade da morte, o envelhecimento, a luta entre o bem e o mal, a inveja, etc. são tratados nos contos
de fadas de modo a oferecer desfechos otimistas. Desta forma, oferecem à criança uma referência para
combater os elementos geradores de ansiedade que habitam seu imaginário, como sejam os seus medos,
desejos, amores e ódios, etc., que na sua imatura e concreta perspetiva se apresentam amedrontadores e
insolúveis. Esta aprendizagem é captada pela criança de uma forma intuitiva (por estarem os elementos
sempre carregados de simbolismo) tornando-se muito mais abrangente do que seria possível se fosse feito
pela compreensão meramente intelectual. Então, a criança, desprotegida por natureza, sente que também
ela pode ser capaz de vencer os seus secretos medos, as suas evidentes ignorâncias. Assim, aprende a aceitar
melhor as pequeninas desilusões que vai encontrando no seu dia a dia, pois sabe que, à semelhança do que
acontece nos contos, os seus esforços por se tornar melhor hão de ter um dia a desejada recompensa. No seu
íntimo, ela entende muito bem que as histórias maravilhosas são irreais – mas não as aceita como falsas, na
medida em que descrevem, de um modo imaginário e simbólico, os passos do seu crescimento.
A prática da partilha dos contos de fadas (entre pais filhos, professores e alunos, etc. com posteriores
conversas sobre a história) deve ser estimulada porque com essa atividade fica mais fácil para as crianças
falarem sobre as suas angústias, partilhar as suas dúvidas e ansiedades sem se expor pessoalmente. Isso é
possível pois, ao comentar uma história, estarão falando dos seus sentimentos, mas não diretamente de si
próprias, já que estarão a utilizar o recurso ás personagens e a uma situação fictícia como apoio. No ato de
contar uma história à criança, não cabe qualquer espécie de julgamento moral ou censura. O que importa
não é ensinar às crianças regras de comportamento (o que, por sinal, a própria história já faz, de uma
maneira muito mais rica e ilustrativa, ao mostrar as consequências dos atos de cada um), mas oferecer-lhes a
oportunidade de expressarem as suas dificuldades emocionais de uma maneira protegida.
Concluindo, os contos de fadas passam às crianças a mensagem de que na vida o aparecimento
de dificuldades é inevitável, mas que se lutarem com firmeza será possível vencer os obstáculos
e alcançar a vitória.
O dia da nossa Festa de Natal
O Carnaval
Carnaval rima com brincadeira e com faz de conta e não têm
estas expressões tudo a ver com as crianças?
Não podia ter sido mais animada a sexta-feira em que as crianças se transformaram em “Branca de Neve”, em “Princesa”,
em “Homem Aranha”, em “Faísca Mcqueen” e em tantas outras
personagens que, na realidade, gostavam de ser. Voaram as serpentinas, ecuou a música por toda a parte e as muitas varinhas
mágicas transformaram o dia frio de fevereiro num acontecimento
bem quentinho com tantas brincadeiras, jogos e muita diversão.
Carnaval
Ana Fernandes (Educadora da turma I, 3 anos)
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19-03-2013 15:35:52
6
BASQUETEBOL
Clube CMB Basket
25 Anos do clube
de basquetebol
P
ara falar sobre o basquetebol no Colégio Manuel Bernardes não é preciso investigar nas
profundezas da alma ou procurar fotografias para auxiliar a memória…
Este desporto, a nível pessoal, ultrapassou em muito a conceção de forma física, de prática
salutar…esta união teve como primeiros intervenientes o entusiasta treinador – João Pereiraaquele que nos recrutava nos intervalos, sem grandes promessas, mas com grande paixão: pelo
basquetebol, pela educação física, pelo convívio, pela amizade…
E tudo se transformou em verdade: a paixão pelas vitórias consecutivas, o amor pelo bem-estar
do corpo (e da alma), o convívio nos treinos de sábado no Colégio, as amizades que fiz…
E há factos inultrapassáveis, dos quais destaco os estágios na Serra da Estrela: com neve, em
tendas, a correr até à Torre, acantonar quando não havia condições meteorológicas para permanecer no parque de campismo, cantar “As Dunas”, dos GNR, num café, não tomar banho e
regressar num comboio que a família esperava e nós também…mas sempre com a sensação de
querer repetir!
Recordo as 15 raparigas enregeladas, mas felizes na Serra, a Stora Lurdes, sempre connosco, e
os seus banhos de água gelada, diretamente saídos da neve, o Sr. Ramiro, a tocar guitarra para
nos animar…e o Stor Pereira, e o seu inesquecível sorriso na vitória e na derrota, o ar de alegria
quando nos deu o nosso primeiro equipamento de equipa: fundo vermelho e letras azuis!!!
Essas memórias sempre me acompanharam…e ainda bem! Sou uma pessoa bem mais feliz,
não só por ter feito parte de uma equipa, mas por saber que, hoje em dia, uma menina se chama
Maria João, por homenagem de uma grande amiga minha que a batizou com o meu nome, por
ter sido a sua grande primeira amiga: a Claúdia Carvalho!
Grata ao Professor Pereira…ad aeternum…ao Sr. Ramiro, pelo companheirismo, à Stora Lurdes,
pelo cuidado com as meninas, agora mulheres. Estão todos no meu pensamento.
Maria João Carvalho, ex. n.º712
Atual Professora do Colégio Manuel Bernardes
Palmarés do
Clube de Basket CMB
• 4 x Campeão Nacional – JUVENIS Oeiras 95; C. Branco 96 + INICIADOS Lisboa
97 + Porto 98
• Vice-Campeão Nacional – Iniciados Aveiro 99 + Juvenis Braga 2001;
Jogos da Fisec representando o desporto escolar de Portugal) Street Inglaterra
1996
• 2 x Campeão Nacional do Compal Basket 3x3 FPB – Infantis Lisboa 2011 e Braga
2012
• Campeão Ibérico do Compal Basket 3x3 FPB - INFANTIS em Quarteira 2011
• 1.º Campeão dos Jogos de Lisboa 1990 (1.º e única participação)
• 17 x Campeão Regional do Desporto Escolar em infantis, iniciados e Juvenis (1989
a 2001)
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Depoimentos
João Pereira
Prof. De Ed. Física
“Ninguém é Alguém sózinho” – o Património cultural e
desportiva do CMB Basket é incalculável – Desde a colaboração e
apoio dos Pais das atletas, na logística e nos transportes;
o Sr. Jorge Amaro nos estágios da Serra da Estrela e outras
organizações e torneios; a Direção e Administração do Colégio nas
pessoas do saudoso Dr.º António Rodrigo Louro e Dr.º Ludovico
Mendonça; o Chefe de Disciplina Ramiro Guimarães, companheiro
de longas Jornadas; os professores de Ed. Física que dão uma
colaboração fantástica quando necessária; A Câmara Municipal
de Seia e o responsável pelos equipamentos desportivos,
João Gomes; a Quinta do Crestelo e o Dr.º Alberto Martinho
pela simpatia e bom acolhimento; a Empresa Barraqueiro
Transportes pela disponibilidade e apoio, e todos os que nos
têm acompanhado e contribuído para a nossa riqueza – um
agradecimento muito especial.
Espírito de equipa (grande família), disciplina para sorrir
na adversidade, auto-confiança pela vida fora, a vontade de
conquistar vitórias, aprender a aceitar derrotas e a respeitar o
adversário – são as palavras comuns a muitas das alunas/atletas
que engrandeceram o CMB Basket.
No fundo são o espelho do nosso lema – “Nunca deixes que
os teus receios destruam os teus sonhos; a tua derrota de hoje
constrói as vitórias de amanhã” e do nosso grito de combate –
“CMB! CMB! Portugal”
Helena O’Connor Shirley
Empresa BES
São as vitórias que fazem sentir a vida. O fôlego de uma paixão.
Viver a vida hoje, passados 25 anos com esse sabor, é reconhecer,
que ter feito parte de uma grande equipa, foi mais do que uma
escola!
A minha vivência no Basquetebol feminino do CMB reflecte-se hoje na imensa força de vida que procuro transmitir aos
meus filhos. Ensinou-me a fazer grandes amigos, mostrou-me a
disciplina necessária para sorrir na adversidade, a importância
do que é viver e crescer com espírito de grupo de uma enorme
família, e a coragem para nunca desistir de alcançar as pequenas
vitórias da vida! Bem-haja ao CMB e à sua equipa! Um Bem-haja
especial ao Prof. João Marques Pereira!
Susana Guimarães Marques
Campeã dos 1.º Jogos de Lisboa, empresa Avon Portugal
“Tenta conseguir o que julgas melhor, anda p’rá frente e lá
chegarás! Junta-te a nós, porque nós somos uma equipa UNIDA...”
Esta era a letra que cantávamos, acompanhada da música da Coca-Cola, na altura.
O Basket foi uma das partes mais importantes de toda a minha
adolescência, senão a mais importante. Deu-me a minha auto-confiança, ensinou-me o trabalho em equipa, o saber perder
com a consciência que demos o nosso melhor! Os treinos eram
encarados com tanto profissionalismo, que abrimos a equipa de
iniciados femininos do Carnide! (6.º lugar entre 14 equipas).
Ainda tentei seguir em frente depois desta equipa maravilhosa e
ainda pertenci ao CIF e às Estrelas da Amandora, mas já não era a
mesma coisa.
A sensação de fazer parte de uma ‘família’ que tinha prazer em
jogar e não apenas em ganhar! Foi de tal forma que as minhas
2 irmãs também fizeram parte do basket do CMB 10 anos mais
tarde, e o espírito era o mesmo, apesar de com outra equipa!
OBRIGADA PROF. PEREIRA! OBRIGADA RAMIRO!
ADOREI!!!
19-03-2013 15:36:19
BASQUETEBOL
7
1988-2013 – 25 Anos
Prof. Mário Silva
Dirigente da ABL e Treinador do Algés Pro-Liga
“Ao longo da minha carreira de Professor/treinador encontrei
muitos colegas com trabalho de relevo. No âmbito do desporto
escolar recordo com saudade os confrontos Alves Redol/M.
Bernardes sempre jogados a bom nível. O João Pereira faz no
M.Bernardes o que eu designo por trabalho de referência que
deveria ser seguido pela maioria. Participando no desporto
escolar ou no federado as equipas do M.Bernardes são garantia de
qualidade, fruto do muito trabalho e dedicação do meu colega João.”
Patrícia Serra Coelho
(ex-613), Campeã Nacional Iniciados Fem em 1997 (Lisboa), 1998 (Porto)
e vice-campeã 199 (Aveiro), Clínica Medecina Dentária
“Mais do que o orgulho que sinto pelas vitórias alcançadas,
orgulho-me sim por ter pertencido a um núcleo onde aprendemos a
lutar por um objectivo e a acreditar que, com esforço e espírito de
equipa, conseguimos alcançar tudo pela vida fora, sem desistir nas
pequenas derrotas com que, por vezes, somos confrontados.
Ao CMB Basket os meus parabéns e um agradecimento muito
especial ao Prof.João Pereira, pela sua dedicação incondicional e
que sem ele nada disto seria possível.
Mónica Santos Silva
Campeã nacional (Lisboa) e ibérica do Compal Basket 3x3 em 2011
(Quarteira) e campeã nacional Compal basket 3x3 em 2012 (Braga)
Graças a esta fantástica equipa eu cresci, aprendi e fui educada sem
me aperceber. Tal como todos sabemos é uma equipa maravilhosa,
para mim era uma família... Aprendemos todas a ter um espirito
de equipa unido, justo e esforçado com um professor espectacular
a dar o exemplo. Ao professor João Pereira devo um grande
obrigado por toda a sua paciência e dedicação nos treinos, jogos e
principalmente nos famosos estágios na Serra da Estrela às quais
sem ele eram impossíveis de se realizarem.
Agora observando tudo isto de fora, depois de 3 anos relembro com
muito carinho e sinto o quanto importante e especial a equipa era
para mim. Agora sim, dou o devido valor ao Basquete do CMB.
Sónia Teixeira
Ex-atleta CMB, Árbitro Internacional FIBA
“Ter feito parte da equipa de basquetebol do CMB, com os meus
15/16 anos, foi uma experiência que me marcou muito e nunca
esquecerei. Fazer parte de uma equipa e perceber que há algo mais
importante que nós próprios. Partilhar o esforço, as alegrias e as
tristezas. Fazer amizades que ainda hoje perduram. Ter sido capitã
e sentir a confiança que isso representa e a responsabilidade que
acarreta. Parte do meu carácter foi moldado nesses anos, não tenho
dúvidas a esse respeito. O desporto como preparação para a vida.
E tenho um lugar muito especial no meu coração onde guardo o
Prof. João Pereira e as minhas colegas de equipa.”
Cláudia Carvalho
Ex-atleta 3x campeã regional iniciados fem do desporto escolar pelo
CMB, Empresa Águas de Portugal
“Comecei a jogar Basket com 11 anos no Colégio Manuel
Bernardes. Foi aí que iniciei a minha grande paixão pelo Basket,
muito incentivada pelo Prof. Joao Pereira. Desde essa tenra idade
até ao presente, passando por alguns clubes e inclusive pela
selecção nacional, o Basket fez e ainda faz parte da minha vida!
Aprendi muitas coisas com este desporto, mas o que me deixou
maiores marcas e que ainda hoje me é muito útil na minha vida
pessoal e profissional, é o espirito e o trabalho em equipa!
Obrigada Prof. João Pereira pela formação que me deu a nível
desportivo e pessoal! Parabéns ao Colégio por continuar a apostar
no desporto escolar e acreditar que o Grupo do Basquetebol ensina
mais do que um desporto: forma adolescentes!”
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Joana Cruz
Bruxelas ex-atleta Campeã Nacional Desporto Escolar (Jogos
Fisec 1996)
“Foi por volta dos meus 12-13 anos que o Professor João
Pereira me fez conhecer o
universo do bastketball no
CMB. Lembro-me que as
manhãs de sábado, mesmo as
manhãs mais frias de Inverno,
eram sagradas e dedicadas
ao treino. Lembro-me de ler
em folhas coladas no quadro
de cortiça do ginásio com o
lembrete do Prof. Pereira:
“Meninas, amanhã não se
esqueçam: há treino às 9h00!”.
Para além das amizades que se
criaram, do espírito de equipa
que cresceu rápido e sólido, o
basket no CMB deixou marcas
muito importantes tanto na
minha vida pessoal como
profissional: a vontade de
conquistar vitórias, aprender
a aceitar derrotas e a respeitar
o adversário; o espírito de
entreajuda tão importante nas
relações sociais; a capacidade de
nos auto-motivarmos em alturas
da vida que nos parecem dificeis;
o esforço, dedicação e trabalho
tão importantes na realização dos nossos sonhos... Os anos que passei na equipa do CMB foram sem
dúvida importantes para me tornar na pessoa confiante e lutadora (e sonhadora!) que sou hoje, aos
30 anos de idade! “
Sofia Regadas Pires
Farmacêutica na empresa Farmácia Nova de Loures – ex-atleta
“O basquetebol é das melhores recordações que trago do colégio. Os treinos, os estágios, as boas
memórias dos jogos e competições, onde a vitória nos trazia muitas alegrias, mas também onde
aprendemos a saber perder e a ultrapassar os obstáculos que nos são colocados. Aprendemos a
trabalhar em equipa e a respeitarmo-nos. Tudo devemos ao nosso querido Professor João Pereira,
que sempre lutou para que o basquetebol fosse mais uma vitória do colégio. Obrigada por fazerem
do basquetebol do CMB não só um simples desporto, mas também algo que nos trouxe muitos
ensinamentos e boas recordações.
Pedro Sousa
Prof. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e pai de 2 atletas CMB
O Basquetebol feminino do Colégio Manuel Bernardes é um excelente exemplo de um ensino
global e humanista. A educação de um jovem é mais do que o currículo académico formal, deve
compreender actividades extra-curriculares, entre outras, as artes e o desporto. Vinte e cinco
anos de desporto escolar a incutir movimento, harmonia, equilíbrio e um saudável espírito
competitivo é tarefa de muita dedicação e amor que ultrapassam os deveres da função de um
professor.
A continuidade de uma actividade, por tão longo período de tempo, é excepcional. Contudo,
certamente com muito esforço e muita perseverança, aconteceu, e habituámo-nos.
Habituámo-nos a seguir as vitórias do Colégio Manuel Bernardes, que invariavelmente entra em
qualquer competição como sério candidato a ganhar. Habituámo-nos, mais pontualmente a perder.
Habituámo-nos a não ter fim-de-semana. Habituámo-nos a acompanhar a transformação de tímidas
garotas em jogadoras federadas, algumas com lugar na nossa Selecção Nacional. Em suma, habituámo-nos a receber medalhas e taças.
Contudo, a maior recompensa do Professor João Pereira, para além da satisfação da vitoria, é ter
posto em movimento e incutido em milhares de jovens, muitos sem qualquer aptidão física, o espírito
desportivo e o prazer pela actividade física. Estou certo que está no coração de muitas das jovens que
treinou como “o Professor”. Aquele que cada um de nós elege, de entre todos os professores que nos
formaram, como o mais marcante. Bem-haja, e que mantenha essa tenacidade por mais vinte cinco
anos.
19-03-2013 15:36:20
8
DESPORTO
Corta mato
O
Corta Mato do Colégio Manuel Bernardes realizou-se no dia 15 de Janeiro de
2013, durante a manhã, nos nossos
campos desportivos exteriores. Este ano, participaram nesta prova 166 alunos, do 1º, 2º e 3º
ciclos do ensino Básico e Ensino Secundário.
De acordo com os resultados obtidos, os seis
primeiros classificados de cada escalão ficaram
apurados para o Corta Mato de Lisboa.
Aqui ficam alguns momentos:
O Departamento de Educação Física
20 anos de Judo no CMB
o presente ano letivo faz 20 anos que o
Judo começou a ser lecionado no Colégio
Manuel Bernardes. Em 1993, o professor
Eduardo Garcia iniciou o ensino desta modalidade desportiva, como atividade extracurricular.
Para celebrar este aniversário, durante este ano,
iremos publicar no Nova Floresta artigos sobre o
Judo e sua história no CMB.
N
Os benefícios do judo no desenvolvimento de crianças e jovens
No ano de 2012, o Judo foi considerado pela
UNESCO o melhor desporto inicial e formativo
para crianças e jovens, dos 4 aos 21 anos, bem
como, para a prática habitual em qualquer
idade, com limitações oportunas, uma vez
que permite uma Educação Física integral, ao
Sarau de 2004
desenvolver todas as vertentes psicomotoras.
No desenvolvimento geral da criança,
alguns dos benefícios mais frequentemente
apontados da prática desta modalidade são a
disciplina, o controlo muscular, a lateralidade,
o ambidextrismo, a coordenação óculo manual
e óculo pedal, a melhoria dos reflexos, o
desenvolvimento do raciocínio, atenção e
concentração, o equilíbrio mental e o aumento
da autoconfiança e da autoestima.
O judo estimula também a competição sadia,
promove o respeito pelos companheiros e
incentiva uma convivência saudável em todos
os ambientes sociais da criança/jovem. Trata-se de um desporto excelente para crianças
tímidas, uma vez que as ajuda a estabelecer e
manter ligações com os restantes colegas. No
Sarau de 1996
caso particular de crianças ativas e agressivas,
muitos estudos têm demonstrado que a prática
do Judo é uma excelente forma para canalizarem energias, possibilitando assim uma forma de expressarem a sua
agressividade através do corpo e ajudando, desta forma, no equilíbrio diário da sua personalidade e na redução de
conflitos emocionais.
O judo, através do jogo e da luta, é um elemento integrador e dinamizador da motricidade e da iniciação gradual dos
elementos técnico tácticos, além de melhorar substancialmente a condição física geral.
O Comité Olímpico Internacional considera o Judo um dos desportos mais completos, promovendo valores como a
amizade, a participação, o respeito por si e pelos outros e o esforço por autossuperação.
Judo – resultados 2012-3013
Desde o início do ano letivo, mais uma vez, os nossos Judocas participaram em competições federadas e escolares.
Nos meses de Outubro e Novembro, o nosso aluno Luís Messias, do 6.º Ano, participou em 2 torneios (Desporto
Federado), no Seixal e em Lisboa, tendo alcançado o 2.º e o 1.º Lugar.
No dia 8 de Dezembro, o colégio participou no torneio das Oficinas de São José – Salesianos de Lisboa, com cerca de 30
alunos do 2.º ao 6.º ano.
No dia 2 Março de 2013, os nossos alunos do 3.º ao 6.º ano (19 judocas) participaram no torneio da Associação Distrital
de Judo de Lisboa (desporto federado) e, mais uma vez, alcançaram excelentes resultados (4 campeões, 5 vice-campeões).
Mestres de Judo
Beatriz Martin-Oñate, Eduardo Garcia, Nuno António
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19-03-2013 15:47:08
ATIVIDADES
Encontro com a escritora
Janeiras
omo já é costume o 2.ºano B e C foram cantar as Janeiras aos
colegas do 1.º e 2.ºciclo, diretores, professores, auxiliares e a
todos que fomos encontrando.
Enquanto uns cantavam, o professor Ricardo tocava guitarra,
outros tocavam pandeireta, ferrinhos, tambor e maracas. Algumas
colegas entregavam pagelas e a letra do que estávamos a cantar.
O refrão era: Vimos cantar as Janeiras…Boas Festas desejar…Que
tenham muita saúde…No Ano que vai entrar…
Todos aplaudiram e ofereceram guloseimas. Tiraram-nos imensas
fotografias.
Levámos um grande coração e pedimos ao Menino Jesus que
nos ajude a construir o nosso coração de ouro. (Joana Queirós –
Francisco Branco- Guilherme Almeida- Gonçalo Afonso)
C
Campanha de
Solidariedade
ampanha de Solidariedade “Um Cabaz de Natal”realizada no
mês de dezembro de 2012, foi sem dúvida de grande importância, quer para as crianças, quer para quem recebeu a ajuda.
São estes pequenos gestos de partilha que enriquecem o coração
dos nossos alunos.
A Assistência Espiritual e Religiosa Católica do Hospital de Sto
António dos Capuchos, através do Capelão Sr. Padre José Cruz,
agradeceu toda a generosidade aos pais, alunos do 1.º ciclo e
das turmas A, B e C do 6.º ano, colégio, auxiliares de educação e
professores que participaram nesta ação, possibilitando um Natal
mais aconchegante a famílias carenciadas.
Abençoou-nos na saúde, na paz, na sabedoria e na alegria.
C
Isabel Loureiro
Um dia de escola
A escola é um sítio onde
as crianças aprendem e os
adultos ensinam. A escola
tem a infantil e a escola dos
grandes. Eu por exemplo
frequento esta escola há seis
anos. Todas as turmas têm
um número, o número da
minha turma é 3º B.
Na aula eu passo apontamentos, abro e fecho cadernos para trabalhar neles.
A aula não é só trabalho,
também é diversão.
Há muitas disciplinas, são
tantas: português, inglês,
TIC, estudo do meio e a que
mais gosto é a matemática.
Depois, no colégio, também
há o recreio onde jogamos à
bola, a minha brincadeira preferida no recreio! Nós almoçamos no refeitório, eu prefiro a
comida do que a dieta.
Há muitos lugares maravilhosos, mas o melhor é a sala,
onde a magia acontece!
Se eu pudesse mandar na
escola, eu pedia aos professores: não mandem t.p.c.
exagerados.
Sinto que a minha escola é...a porta está aberta
entrem!
Francisco Catarino, 3.º B
O Meu Colégio
O
meu Colégio tem
meninos desde os
três anos até ao
décimo segundo ano.
Eu ando no segundo ano,
turma D.A minha professora
chama-se Rita.
Na nossa sala de aula, nós
temos um placard com
as nossas fotografias em
pequeninos.
Na minha sala de aula
temos um cão em peluche
chamado Lucas e todos os
fins de semana um menino
leva o Lucas para sua casa.
A Senhora Dona Filipa é
a chefe de disciplina do
Colégio.
Na nossa sala de aula
também temos um calendário
com os meses do ano e as
nossas fotografias nos meses
em que fazemos anos.
O meu irmão também anda
cá no Colégio mas na Infantil,
nos cinco anos.
Eu gosto muito do meu
Colégio.
Francisca Santos 2.º Ano
Turma D
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9
A
s histórias lidas à turma pela escritora Isabel Loureiro e as ideias
que nos deu já nos estão a ajudar a escrever “Uma história de
todos”.
É uma aventura de dois irmãos. Marta uma menina muito responsável e
João um grande traquinas.
No final da semana é tirado à sorte quem leva o livro. No 1.º ano os
pais escreviam e nós fazíamos o desenho. Este ano é para ser feito ao
contrário. E têm aparecido lindos desenhos. Parabéns!
À 2.ªfeira estamos todos curiosos para saber o que aconteceu nesta
grande aventura que só vai terminar quando o livro tiver passado por
casa de todos.
No nosso Jornal de Janela vai aparecendo o desenrolar da história.
Apareçam! E participem nesta grande aventura!
Beijinhos
2.º ano, Turma B
Xadrez no Colégio MB
F
oi uma manhã diferente passada com os meus colegas e
com os meus pais, sob o tema “O Xadrez”.
Começamos por visualizar alguns tabuleiros engraçados de
xadrez, tais como um bolo de chocolate com as peças de xadrez, ou
um tabuleiro com meninos mascarados de Reis, Rainhas e das outras
figuras do xadrez. Depois os meus pais explicaram porque era necessário em alguns casos o relógio de xadrez, deram a conhecer as peças de
xadrez e depois fomos brincar às coordenadas, com cada um a agarrar
num Rei e colocava na casa que o meu pai pedisse ... f6 ... c5 ... assim
aprendemos a «localizar» cada quadradinho nas respectivas linhas e colunas do tabuleiro. Aprendemos a posiçãoo inicial das peças no tabuleiro
e a regra «Rei Branco em casa Preta e Rei Preto em casa Branca».
Para finalizar os meus pais pediram para todos decorarmos uma posição no tabuleiro para depois iremos explicar aos nossos pais como lhes
dávamos cheque mate ... escusado será dizer que todos acertaram ...
uns sabiam, outros adivinharam, outros copiaram ... e assim se passou
uma manhã com a magia do xadrez.
Os meus amigos gostaram muito e a Joana já pediu ao meu pai para a
levar a ver o campeonato nacional de xadrez escolar para meninos da
nossa idade ... que pena o nosso colégio não estar representado também. Mas sei que esse dia chegará!
Agradecimentos: à Federação Portuguesa de Xadrez pelos Tabuleiros
e Peças que emprestou para esta divertida manhã e que permitiu que
cada criança tivesse um tabuleiro só para si.
André Balsinha 2.º B com a ajuda dos pais
Um alimento por mês
N
ós vamos continuar a ajudar quem precisa!
As turmas do 5.º ano A-B- E do 6. ºano A-B-C-D e do 2.º ano
B organizaram uma ação de solidariedade: Um alimento por
mês.
Em janeiro juntámos: pacotes de sopa, arroz, atum.
Fevereiro é o mês das massas e das latas de salsichas.
E até Junho, mês a mês vamos juntar alimentos diferentes para dar a
quem precisa.
É bom ajudar quem passa dificuldades! É bom ver a satisfação nas suas
caras ao receberem tudo aquilo que juntámos para eles.
Vamos todos ajudar e contribuir nesta ação ! ! !
Maria, Miguel, Diogo, Gustavo
(2.º ano B)
19-03-2013 15:37:20
10
ATUAL
Campanha de recolha
de brinquedos e roupa
D
urante o primeiro período, a aluna Carlota Almeida do 6.ºD veio ter comigo indicando que seria interessante realizar uma campanha de recolha de brinquedos que os alunos do colégio já não usavam pois já não se adequam às
suas idades; e que poderiam fazer muitas crianças mais carenciadas felizes.
Enquanto professor e director de turma, procuro incutir nos meus alunos a necessidade de serem pró-activos, quer ao
nível do seu rendimento escolar quer ao nível social. Se há coisas que eles consideram que não estão bem, seja na escola,
em casa ou na sociedade, em vez de se queixarem apenas, deverão reflectir porque é que as coisas estão definidas assim
e se de facto existem alternativas viáveis e mais vantajosas. Caso encontrem alternativas, deverão procurar colocá-las em
prática. A evolução dos paradigmas sociais é feita nesta base e acredito que a mudança para um mundo melhor parte
sempre da ideia de alguém e da capacidade de mobilizar pessoas e meios que acreditam nos mesmos ideais.
Desta forma, enquanto professor e cidadão, senti que tinha o dever de apoiar esta iniciativa. Decidimos então mobilizar
toda a turma para conseguir realizar este projecto e sem ter muita experiência na liderança deste tipo de actividades,
considerei que a primeira etapa seria contactar instituições no sentido de perceber se estariam interessadas em receber as
nossas ofertas. Se não estivessem interessadas, não fazia sentido avançar com a campanha.
Os alunos contactaram várias instituições com os pais e deparamo-nos com o drama de que muitas delas necessitavam
urgentemente de roupa. Por isso, o nosso projecto foi alargado para recolher roupa para além dos brinquedos.
Rapidamente ficámos com a responsabilidade moral de apoiar 15 instituições e chegar de forma indirecta a mais de 250
crianças!
Confesso que tive medo de não conseguirmos apoiar tantas instituições nem capacidade de gerir todo o processo de
recolha e embrulho destes bens. Felizmente, a direcção do colégio, professores e pais associaram-se a esta ideia de
forma notável. As palavras de apoio e a vontade de se mobilizarem também para garantir o sucesso desta acção foram
incansáveis. Mais ainda, a capacidade que muitos pais tiveram de envolver o resto da família, onde tios, primos e avós
quiseram contribuir também com as suas dádivas.
Lançámos também um apelo junto das turmas do 2.º ciclo para entregar este tipo de bens e foi admirável a generosidade
dos alunos e pais das restantes turmas. Todos os bens recolhidos estavam em excelente estado e muitos alunos compraram
inclusivamente coisas novas para poder oferecer a crianças mais necessitadas. Conseguimos com isto angariar um volume
de roupa e brinquedos gigante!
Na tarde do dia 12 de Dezembro, pais, professores e alunos do 6.ºD organizaram-se em grupos de trabalho, e conseguimos
distribuir e embrulhar todas estas prendas para entregar às 15 instituições. A confusão foi muita entre brinquedos, papel
de embrulho e roupas para todas as idades. Contudo, a recompensa desta nossa campanha foi deveras gratificante.
Em termos pessoais, foi óptimo ver os meus alunos felizes não por aquilo que tinham recebido, mas por aquilo que iam
conseguir dar a crianças que nem conheciam. Senti os pais felizes, por verem os seus filhos felizes ao participarem numa
actividade tão nobre em termos sociais.
Os e-mails que recebi das associações a agradecer a campanha, bem como dos pais que relatavam a forma como ocorreu a
entrega dos bens encheu-me o coração. Foi uma campanha que me fez viver verdadeiramente o Natal, quer pela partilha
do meu tempo com os alunos e pais sem ser para falar de notas, quer pelas associações que conseguimos apoiar e que nos
agradeceram profundamente.
Às vezes questiono-me como teria sido se não tivesse apoiado esta ideia da Carlota. Teria tido menos trabalho e nada
disto teria acontecido. Porém, acredito vivamente que o facto de ter levado este projecto para a frente irá fazer com que
no futuro estes meus alunos irão
procurar arranjar forma de mudarem
coisas que consideram não estar
bem. E isso deixa-me cheio de alegria
e com esperança de que eles vão
sempre procurar um futuro melhor
para todos.
Se por um lado esta nossa campanha
foi apenas uma pequena gota num
oceano, o que é um oceano se não
um conjunto de pequenas gotas?
É responsabilidade de todos nós
contribuirmos com muitas mais
gotas a diferentes níveis. E só assim
conseguiremos um futuro melhor e
mais risonho para todos.
Tampinhas
solidárias
N
o ano lectivo passado a campanha de recolha de tampinhas foi
um verdadeiro sucesso.
Entre os meses de Outubro e Junho conseguimos juntar 650
Kg de tampinhas e contribuímos para que o Tomás conseguisse as
toneladas necessárias para a cadeira que tanto precisava.
Este ano escolar a recolha de tampinhas continua e vamos, com a contribuição de todos, ajudar o Tomás a ter uma cadeira para poder tomar
banho com todo o conforto e segurança. Para consegui-la precisa juntar
3,5 toneladas.
Vamos no bom caminho, pois desde o início das aulas – Setembro – até
Janeiro já rendeu 350 Kg, entre sacos e garrafões.
O produto da nossa recolha destes 350 Kg, que está nas fotos que se
junta, foi já entregue no final de Janeiro.
Agora, vamos continuar e, para isso, em todas as salas de aula dos
1.º, 2.º, 3.º ciclos e secundário, bem como no refeitório da pré-escola,
na sala de professores e no bar, estão garrafões onde podem colocar
tampinhas de garrafas e garrafões de água, de refrigerantes, de iogurtes,
de produtos de limpeza, detergentes, produtos de higiene pessoal, de
leite, de gelados e manteiga, de azeite e óleo. O que não couber podem
colocar em sacos.
Todas as 6.ªs Feiras fazemos a recolha, mas podem sempre deixar os
vossos sacos e garrafões cheios no edifício do secundário, basta falar
com o senhor Aníbal ou com o senhor Garcia.
Toca a trazer de casa, todas as tampinhas possíveis….aquelas bem
grandes dos detergentes… e todas as que consigam juntar, vamos dar
ao Tomás sacos e sacos, garrafões e garrafões, cheios de tampinhas
e não se esqueçam de colocar no garrafão da vossa sala todas as que
resultarem do vosso dia de colégio.
Contamos com todos: Alunos, Encarregados de Educação, Pais e Professores e com todos os funcionários do nosso Colégio.
Vamos ajudar quem precisa, vamos ser solidários!!!!
Mariana Soares
7.ºA
N.º 21
Professor Gabriel Cipriano
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VISITAS CULTURAIS
11
Camilo, a Catedral
Visita Cultural
de Santiago de Compostela e Recreativa
e o museu do brinquedo… – 8.os anos
uma combinação a não perder!!!
F
alar da viagem dos 10.os anos é, incontornavelmente, falar de Camilo Castelo Branco e da sua casa; é o amor do guia
que nos transporta para a atmosfera que o escritor viveu, da paixão de Camilo por Ana Plácido, pela sua entrega
completa à escrita, pelo seu amor por São Miguel de Seide, pelo seu suicídio derivado de uma cegueira que não o
deixava escrever.
É falar de uma visita nunca antes feita ao Museu do Brinquedo de Ponte de Lima e o encontro com o seu mentor, José
Fontes, que nos apresenta por ordem cronológica o fabrico do brinquedo português desde os finais do século XIX até 1986 –
data de adesão de Portugal à CEE.
A viagem inicial leva-nos a conhecer a história de alguns dos mais importantes fabricantes nacionais de brinquedos,
passando para o confronto entre o brinquedo português e o estrangeiro e o modo como se copiaram e se imitavam moldes
estrangeiros.
A exposição inclui ainda peças de coleção, cronologicamente ordenadas, década a década. As rocas e as flautas de folha-de-flandres, os baldinhos de praia em madeira com motivos coloridos, as bonecas de pasta de papel, os canhões de folha,
passando pelas camionetas, barcos, comboios, triciclos, aos carros a pedais, percorrendo o mundo dos plásticos, apogeu do
brinquedo português, até aos Estrumfes em pvc.
É uma viagem que nos faz recordar as brincadeiras de criança, que nos traz lágrimas nostálgicas e que nos faz ver como os
alunos, grandes que são ainda vibram quando veem um bom brinquedo…
No meio de uma sociedade tão tecnológica, é bom presenciar este espírito de amor pelos brinquedos reais, por aqueles que
nos fizeram a todos criar histórias de princesas e príncipes, de ladrões e dragões, de bons e maus…
Mais imponente e clerical, cujas imponentes torres parecem tocar o céu, é a Catedral de Santiago de Compostela. Construída
entre os anos de 1075 e 1128, durante a Reconquista Cristã, na época de Cruzadas, está situada no centro histórico da cidade.
É um centro milenar de peregrinação cristã da Europa e, graças ao chamado Caminho de Santiago, dedicado a Santiago
Maior, é das mais visitadas por peregrinos, crentes e turistas. De todas as preciosidades que as suas paredes encerram,
encontra-se o Botafumeiro, o maior incensário do mundo, feito de latão banhado em prata, que pesa 62 kg vazio e mede
1,60 m de altura, e que este ano não tivemos a felicidade de ver em atividade e o Pórtico da Glória, de estilo românico, e que
constituía a porta de entrada ocidental à Catedral, e que, por estar constantemente iluminada pela luz solar, representava
a união do humano ao divino. Mesmo encerrada para obras, aí pode-se respirar uma atmosfera de penitência, de espanto e
maravilhamento que todos os peregrinos com certeza experimentavam, depois de uma caminhada exaustiva.
Guardo, além de todos estes lugares, a lembrança de alunos educados, companheiros, amigos e compreensivos; do Sr.
Amaro, eterno organizador destes passeios e uma companhia culta; e do Sr. Ramiro, cuja alma estará sempre ligada a
viagens do Colégio, hoje, comigo, enquanto adulta; antes, enquanto aluna…
Uma viagem a não perder, porque, como diz Fernando Pessoa, no seu heterónimo Álvaro de Campos:” Afinal, a melhor
maneira de viajar é sentir. /Sentir tudo de todas as maneiras./Sentir tudo excessivamente, /Porque todas as coisas são, em
verdade, excessivas/
E toda a realidade é um excesso (…)”.
Professora Maria João Carvalho
Passeio cultural dos 7.os anos
– Monsaraz, Olivença, Elvas e Fronteira.
N
os dias 24 e 25 do passado mês de Janeiro, os alunos do 7.º ano do CMB realizaram o seu passeio cultural, tendo
como destino a região do Alto Alentejo. Saímos de Lisboa rumo à vila de Monsaraz, sobranceira ao Alqueva, onde
chegámos ao final da manhã. Aguardava-nos na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa uma representante do
pelouro de Turismo da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz que muito amavelmente nos elucidou sobre a história e o turismo da vila e da região e pudemos assim perceber que muito mais haveria a visitar além do que o escasso tempo
do nosso programa permitia. Em Monsaraz, visitámos também o castelo medieval, mandado edificar por D. Dinis em 1310,
e as quatro portas da muralha. Passeámos pelas íngremes calçadas de xisto e admirámos o “grande lago” e as verdes planícies a perder de vista.
Ao início da tarde demos continuidade ao nosso passeio, em direção à cidade fronteiriça de Olivença, onde visitámos o
Museu Etnográfico González Santana. Este museu tem como tema os costumes da região e possui uma coleção de mais
de 7000 peças, impressionante pela quantidade e pela variedade, possibilitando a reconstituição histórica de espaços da
vida quotidiana da região em finais do séc. XIX e início do XX (interior de casa rurais e urbanas, mercearias, carpintaria,
adega, escola, posto médico, etc...). Neste museu visitámos também uma exposição de arte sacra e de artefactos ligados ao
passado histórico desta vila que já foi portuguesa. Em seguida, dirigimo-nos à Igreja de Santa Maria do Castelo, onde um
guia nos mostrou os pontos de interesse deste templo construído no séc. XIII e reconstruído no séc. XVI. Chamou a nossa
atenção particularmente para a chamada “Árvore de Jessé”, esculpida num retábulo de madeira de generosas dimensões,
representando a árvore genealógica de Jesus e que constitui um raro exemplar deste tema da arte sacra.
O nosso passeio cultural incluiu naturalmente momentos de caráter recreativo, nomeadamente a passagem por Badajoz
onde fizemos algumas compras. Regressámos ao nosso país, desta vez rumo a Elvas, para jantar e pernoitar. No hotel, os
alunos tiveram direito a um serão bem animado, no qual puderam dançar, jogar e conviver bastante.
No dia seguinte dirigimo-nos a Fronteira para visitar o novíssimo CIBA-Centro de Interpretação da Batalha dos Atoleiros,
destinado a divulgar este acontecimento importante da nossa história. A Batalha dos Atoleiros deu-se em 1384 no contexto
da crise de sucessão ao trono de 1383-1384, num local próximo da atual vila de Fronteira. Para visitar o CIBA contámos
com o apoio do serviço educativo e dos audio-guias que nos disponibilizaram. Gostámos especialmente da reconstituição
em 3D de uma cena da batalha, baseada numa pintura de Jaime Martins Barata (1899-1970), a qual pudemos observar de
perto e interpretar com a auxílio de um filme didático. No final da visita, os alunos participaram nas atividades pedagógicas
propostas pelo serviço educativo, como um jogo didático e o manuseamento de equipamento militar. Almoçámos no salão
da Casa do Povo de Fronteira, onde nos serviram alguns bons exemplares da gastronomia alentejana, e ainda houve tempo
para um pouco de brincadeira.
Ao início da tarde fizemos o percurso de volta a Lisboa, sem incidentes mas com algum cansaço, e sobretudo com a certeza
de que vale a pena continuar a investir nestes momentos de cultura e de convívio.
Professora Sara Ganilho
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Silves – Sagres – Monte Gordo –
Vila Real de Santo António –
Palos de la Frontera
N
os dias 21 e 22 de fevereiro de 2013, as turmas do oitavo ano do
Colégio Manuel Bernardes partiram em viagem rumo às terras do
Algarve. O dia amanheceu chuvoso e as previsões para os dois dias
não eram as mais animadoras, mas a vontade de passar o tempo com os amigos sobrepunha-se a tudo e na mala que cada um trazia consigo, entre calças
e camisolas, estava guardado o sol do entusiasmo e da alegria de viajar.
Pouco passava das 8:00h, quando saímos rumo a Silves, onde contávamos
visitar o castelo. A viagem parecia nunca mais terminar, pois a vontade
de conhecer novas paragens era muita. Por volta do meio-dia chegámos
a Silves, mas a chuva não se fez esperar e chegou também, o que não nos
impediu de visitar a cidade, apenas fez com que, primeiro, aconchegássemos
o estômago e, pelo início da tarde, cumpríssemos então o programa. A
visita ao castelo foi bastante interessante. Para além da vista maravilhosa
que pudemos apreciar das muralhas, ficámos a saber que a sua construção
remonta à pré-história. Nele “passearam” os fenícios, depois os romanos e
os árabes. Há autores que referem uma primeira fortificação pertencente aos
visigodos, nos séculos IV e V. Mais tarde, já no século VIII, Silves cresceu
com forte rapidez após a invasão árabe, tornando-se uma das principais
cidades do império muçulmano. Durante a reconquista cristã, o castelo foi
conquistado por D. Sancho I, no entanto uma contra ofensiva fez com que
fosse perdido novamente para os árabes, sendo conquistado definitivamente
no reinado de D. Afonso III. Durante os reinados seguintes sofreu obras
de restauro, mas em 1755 toda a estrutura da muralha foi severamente
danificada, tendo sido desde então alvo de diferentes melhoramentos.
Atualmente encontra-se classificado como monumento Nacional.
Sem mais demoras, e porque a chuva voltava a ameaçar, regressámos ao
autocarro e rumámos a Sagres para descobrir os mistérios da fortaleza de
Sagres. Fugindo ao vento frio, concentrámo-nos para ver um filme que falava
dos Descobrimentos e onde desmistificámos o mito em torno do Infante D.
Henrique e da Escola de Sagres. Antes de partirmos novamente em viagem,
visitámos a Igreja de N. Senhora da Graça e deliciámo-nos ainda com a vista
surpreendente do cabo de S. Vicente e da imensidão do Oceano Atlântico… e
na pequenez dos pensamentos mais grandiosos, pousávamos sobre os versos
de Pessoa “Ó mar salgado, quanto do teu sal / são lágrimas de Portugal!”
A viagem até Monte Gordo deu para descansar e ganhar forças para a
diversão da noite. A distribuição dos quartos no hotel Yellow de Monte
Gordo decorreu como previsto e, depois de jantar, seguiu-se a alegria de
dançar e cantar ao som da música alegre e bem-disposta. Entre risadas e
passos de dança mais ou menos elaborados, o cansaço foi chegando e com
ele o desejo de uma noite bem dormida para encontrar forças para o novo
dia que se esperava menos chuvoso e cheio de coisas a descobrir.
No dia seguinte, já com o pequeno-almoço tomado e a mala feita, partimos à
descoberta de Palos de La Frontera, onde pudemos conhecer o Muelle de las
Carabellas. Neste museu encontramos reproduções das três embarcações que
fizeram parte da expedição de Cristóvão Colombo, aquando da descoberta
no Novo Mundo: a caravela La Niña e La Pinta e a nau La Santa María,
que se construíram pela celebração do IV centenário do Descobrimento
da América. Para além das embarcações, vimos também um filme sobre
os Descobrimentos e a recriação da ilha de Guanahani, a ilha em que
desembarcou pela primeira Cristóvão Colombo, a 12 de outubro de 1492 e
à qual deu o nome de São Salvador. Infelizmente, a chuva não nos permitiu
subir às embarcações, mas no cais sentimos o mesmo desejo de descoberta
que outrora haviam sentido aqueles marinheiros que acompanharam
Colombo em tão afortunada viagem.
Regressados a Vila Real de Santo António, já com alguns caramelos
comprados na viagem, vimos a traça da cidade, um traçado semelhante ao
da Baixa Pombalina, visto também Vila Real de Santo António ter sofrido
com o forte tsunami que “varreu” a cidade depois do terramoto de 1755.
Tal como na baixa de Lisboa, Marquês de Pombal edificou novos edifícios
recorrendo a ruas retas e perpendiculares, centrada na Praça Marquês de
Pombal.
Pelas 16:00h iniciámos a viagem de regresso, chegando por volta das 20.00h,
tal como previsto. Aos avistarmos os pais que esperavam os seus filhos, a
única sensação que tínhamos era de que tudo havia passado muito depressa.
“Para quando nova visita?” Esta era a frase que se ouvia entre despedidas
e votos de bom fim de semana. Parece que entre uma nuvem mais escura
a desabar em chuva forte e um sol meio tímido a espreitar entre tufos de
algodão, fica a certeza de que, entre amigos e conversas animadas, as viagens
são sempre inesquecíveis.
Professoras: Ana Tordo, Ana Luísa Bento e Liliana Carvalho
19-03-2013 15:38:11
Propriedade e Administração: COLÉGIO MANUEL BERNARDES
Morada: Qta. dos Azulejos - Lg. Padre Augusto Gomes Pinheiro, 44 - Paço do Lumiar 1600-549 Lisboa
Telefone: 217 570 501 • Fax: 217 572 311 • email: [email protected] • site: cmb.pt
Direção/Redação: Pe. António Tavares - Jorge Amaro
Design: Quiná • Paginação e impressão: Gráfica 99, Lda • Dep. Legal: 19238
Festa de Natal
o
do 2. ciclo
a tarde do passado dia 07 de Dezembro realizou-se a festa de Natal do 2.º Ciclo do Colégio Manuel Bernardes. Uma vez mais, o ginásio estava lotado e foi
pequeno para tanta afluência.
A festa foi preenchida sobretudo por momentos musicais. Os alunos tiveram
a oportunidade de apresentar e assistir ao trabalho desenvolvido nas aulas de
Educação Musical com o Professor Gabriel Cipriano.
Os alunos de 5.º ano apresentaram a peça Christmas time is here e os alunos de 6.º
Ano a peça Have yourself a Merry litle Christmas. Para além disso, apresentaram
uma peça em conjunto: Baby it’s cold outside (Um dueto célebre no mundo do Jazz).
Na festa houve também a apresentação de pequenas peças musicais dos alunos de
guitarra, a cargo do professor Paulo Bispo, apresentando ainda a canção Noite Feliz com
a colaboração de um grupo de alunos que sozinhos estudaram a peça na flauta de bisel.
Os professores quiseram também fazer parte ativa desta festa e presentear os seus
alunos com canções de Natal. Os alunos tiveram a oportunidade de ver os seus
professores cantar três peças musicais: Cantavam em nossas campinas, White
Christmas e Ding Dong Merrily on high.
A festa foi ainda pontuada de momentos solidários; com o incentivo à participação
na campanha de recolha de brinquedos e roupa organizada pelo 6.ºD, campanha do
banco alimentar a ser promovida pelo professor Pedro César e com a entrega dos
prémios do concurso dos postais de Natal; cujo dinheiro recolhido da venda dos
mesmos foi entregue ao Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia.
O momento alto da festa foi sem dúvida a canção Adeste Fideles. Sem ser conhecido
ao certo o compositor deste hino de Natal, acredita-se que tenha sido o Rei D. João
IV a compô-lo. Esta canção que acreditamos então ser portuguesa, foi cantada em
Latim pelos alunos e professores. Com funções diferentes ao longo da peça musical,
entre partes instrumentais para flauta e arranjos corais a 3 vozes, foi um momento de
partilha e interacção que encerrou em grande a festa de Natal.
Foi notável a postura profissional dos alunos ao longo de toda a festa. São de facto
alunos interessados e cumpridores e foi com enorme alegria que partilhei do meu
tempo para participar na sua festa de Natal, quer como espectadora quer como
membro do coro CMB.
Enquanto membro do coro do CMB é com grande alegria que vou aos ensaios que
são um momento de convívio entre os professores. Semanalmente, durante 1h30m,
deixamos a preparação de aulas, testes e fichas de lado e reunimo-nos não com o
N
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objetivo de discutir notas, mas com o intuito de preparar canções para apresentar aos
nossos alunos. É bom poder assumir um papel na vida deles que não seja apenas as
aulas. E é por isso que participar na festa de Natal com o coro me enche de alegria, pois
podemos partilhar com os nossos alunos uma cumplicidade e um trabalho conjunto que
vai muito para lá de conteúdos programáticos e metas de aprendizagem.
Contudo, esta vivência extraordinária entre todos os elementos do coro (professores
de 1.º, 2.º, 3.ºciclos e secundário e chefe de disciplina) só chega a bom porto, porque
temos ao comando o professor Gabriel. A ele o nosso muito OBRIGADO! Obrigado
por sorrir quando o Dó sai Fá ou quando o Mi deixa desgostoso o Sol; Obrigado, por
nos permitir encontrar harmonias a três vozes que nem a melodia mais harmónica
sabia existir; Obrigado pelos arranjos que nos oferece gratuitamente nas pautas que
lemos (ou tentamos ler); Obrigado pela paciência, pela mestria, pela humildade, mas
obrigado, sobretudo, pela amizade que entre claves de sol e notas mais ou menos
afinadas se vai construindo no torreão do CMB, às terças feiras. Obrigado!
Prof. Ana Tordo
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PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL
Festas de Natal 2012
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PRÉ-ESCOLA – FOTOREPORTAGEM ELISEU
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NATAL
Festas de Natal
1.O CICLO – FOTOREPORTAGEM ELISEU
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NATAL
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iii
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iv
CARNAVAL
Carnaval
Momentos divertidos
O Carnaval no 2.º ano B é super divertido!
Logo de manhã todos mascarados, sem mochilas na sala, começámos por mostrar as nossas máscaras.
Depois dançámos, fizemos jogos e até um teatro… O Capuchinho Vermelho nos dias de hoje.
Terminámos a manhã na Pré escola onde fomos visitar as nossas Educadoras e brincar ao Carnaval.
O sr. Eliseu estava lá e tirou fotografias muito engraçadas!
À tarde houve cinema.
Como sempre o Carnaval na nossa sala é sempre muito, muito divertido!
Bruna – Margarida – Joana – Afonso – Vera
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