MARÇO/ABRIL DE 2013- EDIÇÃO 54 - ANO VII

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MARÇO/ABRIL DE 2013- EDIÇÃO 54 - ANO VII
MARÇO/ABRIL DE 2013- EDIÇÃO 54 - ANO VII - EDITORA ALESSI
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ABCD Real | Fevereiro de 2013
Ação parlamentar
Deputado Orlando Morando atua
no combate às enchentes na região
O deputado estadual Orlando Morando
(PSDB) participou do anúncio da publicação
do edital de licitação pública para a PPP (Parceria Público-Privada) para 45 piscinões na
Região Metropolitana de São Paulo.
"É a primeira PPP no combate a enchentes. Terá prazo de 20 anos e fará a implantação e a construção de sete novos reservatórios", afirmou o governador Geraldo Alckmin.
O valor estimado do contrato para o período de 20 anos é de R$ 3,8 bilhões, dos
quais R$ 840 milhões serão investidos em
obras. Além dos novos piscinões, a PPP contempla a operação e manutenção de outros
oito reservatórios - já em obras - e a recuperação, modernização e operação de 30 reservatórios já existentes.
“Mais uma grande conquista para a nossa região. Esse pacote da PPP inclui a recuperação, modernização e operação de 20 piscinões do ABCD e, ainda, a construção, operação e manutenção de mais um reservatório em Santo André. É uma medida de fundamental importância para minimizar os transtornos causados pelas chuvas torrenciais que
assolam as nossas cidades”, disse o deputa-
do Orlando Morando.
Em São Bernardo serão contemplados os
piscinões Vila Rosa, Mercedes Paulicéia, Ford
Taboão, Ford, Volkswagen, Chrysler, Capitão
Casa, Praça dos Bombeiros e Canarinho. Em
Diadema os piscinões de Piraporinha/Casa
Grande, Mercedes-Benz, Ecovias Imigrantes
e Córrego Taboão. Em Mauá, o do Jardim Sônia Maria, Corumbé, Petrobras e Paço Municipal, e, em São Caetano, o piscinão Cerâmica São Caetano. E, por fim, em Santo André,
o reservatório da Faculdade Medicina e o Oratório, além da construção do Taioca.
O governador explicou que "quem ganhar a PPP terá de fazer a manutenção e
controle 24 horas por dia, nos sete dias da
semana, e também fará a reforma dos piscinões antigos". Com os novos piscinões,
estima-se que a capacidade de acumulação
de água aumentará de 5 milhões para 9,5
milhões de metros cúbicos.
Segundo o secretário de Saneamento e
Recursos Hídricos, Edson Giriboni, a PPP tem
o objetivo de transferir para a iniciativa privada a tarefa de recuperar, manter, modernizar e operar os reservatórios. A PPP repre-
Secretário Edson Giriboni, deputado Orlando Morando e
o governador Alckmin no anúncio da PPP para piscinões
senta uma economia de 22% com despesas
de limpeza e manutenção.
Orlando Morando também propôs emendas orçamentárias na Assembleia Legislativa
e, em reunião com o governador antes do
evento, alertou Alckmin sobre a importância
da implantação do piscinão Jaboticabal, visando a evitar as mazelas sofridas em consequência das enchentes na região.
LAVAGEM
A SECO E A ÁGUA
• Lavagem de roupas,
tênis e cortinas
• Couros e camurças
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de sapataria
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(entregamos em 1 hora)
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4990-7231
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Artigo Médico
Acidente Vascular Cerebral
Por Rudá Alessi
Fator de risco
Alto risco
Médio risco
Baixo risco
Pressão arterial
>14x9 ou desconhecida
12-13x8
<12x8
Fibrilação atrial
Batidas irregulares
Não sabe
Batidas regulares
Tabagismo
Fumante
Tentando parar
Não fumante
Colesterol
> 240 ou desconhecido
200-239
<200
Diabetes
Sim
Atividade física
Nenhum
Esporádico
Regular
Peso
Obesidade
Sobrepeso
Peso ideal
AVC na família
Sim
Não sabe
Não
A presença de três ou mais fatores de alto
risco deve indicar uma necessidade urgente
de mudança de estilo de vida e controle dos
fatores de risco. Também é válido notar que
o desconhecimento de uma situação, seja ela
o nível de colesterol ou os valores de pressão, não diminui o risco de um AVC.
Os sinais de um AVC são muitos, e dependem exclusivamente da região do cérebro por ele afetada. Desse modo, pode ocorrer a perda da força, alteração da sensibilidade, visão dupla, vertigem, alteração do equilíbrio e coordenação, incapacidade de falar
ou entender o que é falado, etc., tudo de acordo com a região do cérebro afetada. Uma coisa
que independe da região afetada é a forma de
instalação: os sintomas sempre terão início
abrupto, nunca piorando gradativamente por
dias ou semanas.
Um acidente vascular cerebral (ou derrame) ocorre quando o fluxo sanguíneo das
artérias que irrigam o cérebro é bloqueado,
ou quando ocorre um sangramento decorrente do rompimento de uma dessas artérias. É uma das principais causas de morte e de
sequelas no mundo e no Brasil, atingindo
anualmente 16 milhões de pessoas.
Tal interrupção do fluxo de sangue para o
cérebro pode ter diferentes causas, e acometer qualquer faixa etária, porém os principais
fatores de risco são divididos em duas categorias: controláveis e incontroláveis.
Os mais importantes fatores ditos incontroláveis são a idade (quanto mais velho,
maior o risco de um AVC ocorrer), o sexo
(homens são mais vulneráveis) e um histórico familiar de AVC positivo. Já os fatores controláveis podem ser divididos naqueles que
Três sinais de alerta que podem
dependem do uso de medicações e naqueles
indicar um AVC são:
que dependem do estilo de vida.
1. Entortamento da boca (desvio de rima
Desse modo, o controle da hipertensão labial)
arterial sistêmica, do diabetes, dos níveis de
colesterol e de arritmias cardíacas através do
uso adequado de medicações diminui significativamente o risco de uma pessoa apresentar um AVC, assim como a adoção de medidas como controle do peso, realização de atividade física e cessação do tabagismo.
A tabela, inspirada na tabela utilizada pela
National Stroke Association para aumentar
os conhecimentos da população sobre o risco
de um AVC, mostra alguns dos fatores de risco
e permite estimar, de maneira grosseira, o risco de cada pessoa. Mais importante do que
apenas a estimativa, é utilizar tal conhecimento para evitar os fatores de risco controláveis,
e diminuir ao máximo o risco de um AVC.
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Não
2. Queda de um dos braços ao tentar
manter os dois elevados
3. Fala empastada ou incompreensível
A presença de qualquer um desses sinais, mesmo que transitória, justifica a procura imediata por um serviço médico de urgência. O reconhecimento precoce e tratamento correto diminuem o risco de novos
eventos, assim como aumentam a chance de
uma recuperação maior do paciente.
Rudá Alessi
CRM – 127.118
Médico Neurologista
E-mail: [email protected]
Professor Afiliado da Disciplina de
Neurologia da FMABC
Responsável pelo Ambulatório de
Epilepsia da FMABC
Médico pesquisador colaborador do
Laboratório de Neurofisiologia
Clínica do HC FMUSP.
Segurança
Foto: Diego Barros/PSA
A vida na mira da Guarda
Com enfoque principal na preservação e
proteção da vida de pessoas inocentes contra os disparos de arma de fogo, a Guarda
Civil Municipal de Santo André está capacitando 31 guardas com o curso de Tiro Defensivo na Preservação da Vida Método Giraldi.
A intenção é que os “alunos” selecionados
tornem-se multiplicadores, para repassar os
conhecimentos adquiridos a todo o efetivo.
O comandante da GCM, Edson Lima de
Oliveira, responsável pela coordenação do
curso, assinalou que o método não é uma
simples instrução de tiro, mas uma doutrina
da atuação armada com a finalidade de ensinar o agente de segurança pública a usar
sua arma de fogo para servir e proteger a
sociedade e a si próprio. “O importante é
agir dentro da lei, focando na premissa de
que a arma só deve ser disparada em situações de extrema necessidade, como último
recurso”, explica o comandante.
Segundo o método, o agente deve fazer
tudo o que for possível para resolver o conflito sem uso da força, sem tiros, sem bombas, sem invasões, sem colocar em risco a
vida e a integridade física dos inocentes.
O guarda Sandro Uesugui, há 26 anos
na corporação, participou do treinamento e
saiu satisfeito com a reciclagem. “É de extrema importância esse tipo de curso, pois
se não estivermos capacitados em um momento de conflito podemos falhar e a consequência pode ser muito ruim”, avalia.
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Educação
Especialistas reúnem-se para debater
dificuldade de ensino e aprendizagem
Com o objetivo de contribuir com pais,
profissionais e estudantes da área da saúde e
educação, na inclusão de pessoas com necessidades especiais e pessoas com dificuldades de aprendizagem, no setor educacional e
na sociedade, a Associação Nacional de Dificuldades de Ensino e Aprendizagem (ANDEA), em conjunto com a Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP, em parceria com o
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas do Estado de São Paulo e Diretoria de
Ensino Região Centro-Oeste da Secretaria de
Estado da Educação, promoverá, de 29 a 31
de agosto, o I Congresso Internacional e III
Congresso Nacional de Dificuldade de Ensino e Aprendizagem - Diversidade no Ensinar
e Aprender: Educação Saúde e Sociedade.
Participarão aproximadamente 20 convidados residentes fora da cidade de São Paulo, três profissionais do Exterior e também de
Professores da Faculdade de Extensão, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
DESCONTO DE 50%
AOS LEITORES
A Revista ABCD Real apoia a realização do congresso e oferece um presente
a todos os seus leitores. Interessados em
participar que citarem a reportagem e o
anúncio da página ao lado terão desconto de 50% na taxa de inscrição.
Ideias transformadoras em São Caetano
O 1º Diálogo Sobre Educação de São Caetano
atraiu centenas de professores ao Teatro Paulo Machado de Carvalho em uma tarde de sábado. O
sucesso foi garantido pelas presenças de dois expoentes da Educação: o português José Pacheco, criador da inovadora Escola da Ponte, que já teve seu
trabalho apresentado pela ABCD Real, e o pesquisador e autor brasileiro Celso Vasconcellos.
A interação com o público para a transmissão de conhecimentos e ideias foi a marca da
atividade organizada pelo Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (Cecape) Dra.
Zilda Arns, da Secretaria de Educação de São
Caetano. O encontro foi mediado pelo diretor
do Cecape, André Stábile.
Pacheco e Vasconcellos citaram modelos de
ensino que consideram ultrapassados e propuseram um novo método, baseado na liberdade
de escolha do aluno, conferindo ao estudante a
autonomia para definir suas áreas de interesse.
Essa é a premissa da Escola da Ponte, localizada
a cerca de 30 quilômetros da cidade do Porto,
em Portugal. A unidade pertence à rede pública
e seu sistema de ensino foge do tradicional, não
possuindo divisão por disciplinas ou turmas baseadas em faixa etária ou grau de instrução.
“Escolas são pessoas. Não é preciso edifício,
nem diretor. As pessoas são os seus valores. Os
projetos pedagógicos não são maiores do que a
tradução e a prática destes valores”, discorreu
Vasconcellos, Stábile e Pacheco conduziram o Diálogo
Pacheco. “Queremos alunos autônomos e solidários. A transformação vem disso. É preciso e
possível mudar o sistema instalado.”
Na ocasião, o educador português lançou o
livro Dicionário de Valores, também debatido
com o público. Duzentos exemplares da obra
foram sorteados aos professores. “Tive de fazer
escolhas logo no primeiro verbete. A letra A
poderia ser de amizade, mas logo surgiu o valor
dos valores: o amor”, afirmou Pacheco, sobre o
processo de construção.
Celso Vasconcellos prefaciou Dicionário de
Valores. O educador, que cursou parte da vida
acadêmica no ABCD, é incentivador do modelo
adotado por Pacheco na Escola da Ponte. “Combatemos a corrosão do caráter, a competição
acirrada. Esse clima de guerra às vezes é repro-
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duzido dentro das próprias famílias. Hoje se tem
a insistente busca pelo sucesso como se esse
fosse o sentido da vida. As pessoas estão mais
preocupadas em aparecer do que ser. Podemos
pensar em outra forma de organizar o poder.
Esta é a nossa utopia.”
A transformação da realidade do sistema educacional brasileiro começa, segundo Vasconcellos, na sua própria estrutura. “É muito excludente. O discurso é escola para todos, mas, na prática,
aprende quem pode. A criança não tem de ir para
a escola para ser aprovada ou reprovada, mas
para aprender. Precisamos renovar essa lógica.”
André Stábile exaltou o 1º Diálogo sobre
Educação de São Caetano e agradeceu ao prefeito, Paulo Pinheiro, e aos secretários Daniel Contro (Educação), Jander Lira (Cultura) e Fernando
Scarmelloti (Comunicação Social) pelo envolvimento intersetorial da Prefeitura na atividade.
“Tudo foi feito em nome e por amor às nossas
crianças. Temos a vontade de atendê-las melhor,
de criarmos seres mais sábios e felizes. Por isso
trouxemos dois ícones da Educação.”
ABCD Real | Fevereiro de 2013
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Sustentabilidade
São-caetanense recebe prêmio
da Agência Nacional das Águas
Foto: Du Merlino/PMSCS
Invenção que promete reduzir o desperdício de água rendeu a Euphraim Carlos de
Mello, técnico eletrônico e morador de São
Caetano, o reconhecimento da Agência Nacional das Águas (ANA) no prêmio “Deixe que
suas boas práticas alcancem todo o Brasil”.
Euphraim foi escolhido semifinalista, no final
de 2012, ao apresentar registro de controle
na saída de água nas descargas sanitárias e
recebeu o troféu recentemente. “Com essa
inovação, é possível economizar cerca de
2.000 litros por mês”, explica.
Mello está à procura de parceiros para
investir na comercialização do invento e descreve: “A produção tem baixo custo e resultados significativos. Quanto menos água liberada no esgoto, menos o poder público
gastará com o tratamento e poderá investir
em outras áreas. É, portanto, uma criação
econômica e sustentável”.
Não é a primeira vez que o técnico é
conceituado pela ANA. Em 2010, com o
projeto “Um aperto no desperdício”, a proposta premiada indicava a troca das borrachas de vedação de torneiras como forma
de contenção de água.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos de São Caetano recebeu
contribuições da população durante a 2ª Conferência Pública realizada pelo Departamento
de Água e Esgoto (DAE) e pela Prefeitura.
Welington Kalil, Horácio Pires, Paulo Pinheiro e Euphraim, com seu projeto premiado pela ANA
Também foram enviadas outras várias colaborações on-line pelo hotsite oficial da Consulta Pública.
O plano está em fase final de elaboração.
O objetivo foi expor o diagnóstico e as ações a
fim de indicar o planejamento para os próximos 20 anos sobre a responsabilidade compartilhada do lixo gerado na cidade, atendendo todas as obrigações legais e visando garantir a eficiente segregação, acondicionamento,
coleta, transporte, reciclagem, reaproveitamento, tratamento e destinação final adequaPrefeito Paulo Pinheiro tem mantido conversações
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da dos resíduos sólidos advindos das mais variadas fontes.
O diretor geral do DAE, Welington Kalil,
destacou que “por meio de processo democrático de discussão com a sociedade civil, pretende-se compor um plano que atenda aos
anseios dos diversos setores sociais e econômicos, envolvendo toda a população, contribuindo, acima de tudo, para a gestão sustentável dos resíduos sólidos e para a melhoria da
qualidade ambiental.”
O prefeito Paulo Pinheiro ressaltou as conversações com São Bernardo e Mauá a fim de
viabilizar projetos integrados. “Carecemos de
áreas para implantação de iniciativas. Por isso,
estamos em tratativas avançadas no que diz
respeito ao destino dos resíduos sólidos. Vamos cumprir a lei destinando nosso lixo de
maneira adequada”, concluiu.
Coordenado pela Divisão de Resíduos Sólidos do DAE, em parceria com a Prefeitura, o
plano segue as leis federais do Plano Nacional
de Saneamento Básico e a Política Nacional
de Resíduos Sólidos. Trata-se de instrumento
importante para permitir o avanço necessário
no enfrentamento dos principais problemas
ambientais, sociais e econômicos decorrentes
do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
Os comentários e sugestões dos munícipes
serão agregados ao plano, que será divulgado
em 24 de abril, às 19h, na Câmara Municipal.
Administração
Bilhete único, revolução urbana e
poupatempo, os desafios de Grana
Joaquim Alessi
Seria o exagero do exagero afirmar que o
plano de metas do prefeito Carlos Grana (PT)
pode ser resumido na seguinte ambição: Fazer em quatro anos mais do que se fez nos
460 de história de Santo André, comemorados neste 8 de abril.
Mas, também, não se trata de nada impossível. Até porque nos últimos anos não
se fez nada de excepcional, e, além de tudo,
as possibilidades de realizações que se afiguram agora talvez inexistissem em outras
épocas, de outros administradores.
Lula cunhou a famosa comparação marqueteira do “nunca antes na história deste
País”, e raramente podia ser contestado.
Nunca houvera nada igual antes, mesmo. Ou
seja, havia algo de real, concreto, além do
marketing, razão do sucesso.
Discípulo do mestre Lula, Grana, porém,
não apenas embarca na mesma canoa, mas
empunha o seu remo. Começa a mostrar realizações concretas, em que pese as dificuldades de início de mandato, e já faz. Exemplo? O projeto do Bilhete Único, que depois
de tanto vai e vem acelera a modernização
do transporte coletivo e público.
Grana planeja futuro de Santo André e destaca o fato de ter nomeado para o primeiro escalão gente com raiz na cidade
dernização do transporte ferroviário que liga
Paranapiacaba ao porto de Santos. Foi quadruplicada a capacidade de operação da
empresa responsável, a MRS, com novas locomotivas, substituindo aquelas que já tinham 40 anos na linha.
Poderíamos ainda falar no avanço das
negociações para a instalação do Poupatempo, tantas vezes anunciado no governo anRevolução
Outra razão para Grana fazer mais em terior e jamais efetivado. Agora, tudo indica
quatro anos do que nos 460 festejados nes- que em breve não perderemos mais tempo
te abril: saudosistas de plantão, incoerentes com essa pauta.
com o progressismo, insistem em querer
Pacão
compará-lo ao ex-prefeito Celso Daniel, de
A proposta do bilhete único andreense,
seu partido. Mas a época é outra, o momento é mais propício, e as condições concretas igualmente, revoluciona ao estabelecer conde acesso ao Planalto, por exemplo, suge- dições para que em um segundo momento
rem muito mais que a simples retomada de também tenha integração com trem, metrô e
propostas de mais de 20 anos. Elas podem trólebus, até porque se pensa em sistema
até servir de base, mas devem e precisam ser que tenha sustentabilidade a longo prazo.
revolucionadas. Nada de reforma, e sim uma Não depende só da cidade. Estão agendadas
reuniões com o governo do Estado. E Grana
verdadeira revolução urbana.
O eixo é esse. Tamanduatehy é a base, aposta no que chama de “Pacão”, um PAC
mas em condições de um salto nunca antes de Mobilidade, liderado pelo prefeito de São
imaginado na história de Santo André por- Bernardo, Luiz Marinho.
Os dois devem se reunir até o final do mês
que inexistia ali, por exemplo, duas realizações, como o Aquapolo, grande empreendi- com a ministra do Planejamento, Orçamento
mento de reuso de água para atender o Polo e Gestão, a andreense Miriam Belchior, dando
Petroquímico e outras instituições, e a mo- maior conteúdo e concretude a esse projeto,
que tem a missão de revolucionar a Mobilidade Urbana em todo o ABCD, com uma série
de obras e viadutos. Nesse ponto, Santo André, por ser a cidade central da região, é a que
terá maior número de investimentos.
Prata da casa
Um dado, porém, é fundamental para essa
revolução tramada não nos porões do PT,
mas sim na raiz da cidade. Grana fez o movimento inverso ao nomear secretários, em
sua grande maioria da cidade, sejam eles nascidos em seu território, ou adotados há algum tempo com o maior carinho.
Historicamente o PT era acusado de “importar” secretários e técnicos. Celso Daniel
sofreu esse tipo de acusação sempre, mas,
tem explicado Grana, os tempos eram outros. Agora, Santo André tem exportado grandes nomes, e o maior exemplo é o de Miriam
Belchior, ministra de destaque no governo
Dilma, após o papel fundamental desempenhado na era Lula. E, se fosse citar outros,
como Gilberto Carvalho, Jorge Hereda e muito mais faltaria revista para publicar a lista.
Hoje, pode-se dizer sem medo de errar que
o prefeito Carlos Grana (PT) escolheu um secretariado “prata da casa”, com amplas possibilidades de concluir um governo de ouro.
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Aniversário
O prefeito Carlos Grana (PT) anunciou mais
de 130 ações em abril, para comemorar os 460
anos de Santo André. São atividades culturais e
esportivas, além de lançamento de novos programas e inaugurações de obras estão agendadas para todo o mês.
Entre as apresentações artísticas está a da
Orquestra Sinfônica de Santo André com Luisa
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Possi e Pedro Mariano, no Aramaçan.
Grana afirmou que a população ganhará
“vários presentes”, como a construção de arquibancadas no Estádio Bruno José Daniel, a
instalação de Poupatempo, além do Bilhete
Único, cujo projeto de lei está na Câmara para a
apreciação dos vereadores e deverá ser implementado em maio.
A seguir, algumas das das principais atividades divulgadas pela Prefeitura:
Em habitação, famílias moradoras de áreas
de risco dos núcleos Homero Thon e Pedro Américo estão de mudança. Em 13 de abril, em cerimônia solene com o prefeito Carlos Grana e a
ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, os moradores recebem os
Santo André
460 anos
Foto: Rogério Montenegro
132 apartamentos do Conjunto Residencial Juquiá, no Jardim Cristiane. Este é o primeiro condomínio entregue pela atual Administração.
Abril marca também o início do processo de
construção, em conjunto com a sociedade, de
um projeto único e democrático para Santo André. Por meio das plenárias do PPA Participativo
(Plano Plurianual), serão elencadas as priorida-
des de cada região. O ato de lançamento será no
dia 17, no 1º de Maio Futebol Clube.
A programação cultural recheia o mês com
peças teatrais, shows, exposições e atividades
para todas as idades. A vida e obra do artista
plástico Luiz Sacilotto, um dos maiores nomes
do concretismo do País, recebe homenagem na
forma de exposição especial na Casa do Olhar.
A abertura está marcada para o dia 24. A extensa programação cultural pode ser conferida no
site www.santoandre.sp.gov.br.
A Saúde será uma das áreas mais contempladas na comemoração dos 460 anos da cidade. A partir da segunda quinzena de abril, vários
serviços e equipamentos públicos serão oferecidos à população.
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Informação
Só uma Superbanca
para oferecer aos
leitores o maior número
de títulos de jornais,
revistas e livros
Pouquíssimas bancas em todo o País podem ostentar a classificação de super.
Mas, pela quantidade de títulos oferecidos em jornais, revistas de todos os tipos e
assuntos possíves e imagináveis, livros, passatempos e, enfim, tudo o que o leitor
possa desejar em termos de leitura, a SuperBanca, de Santo André, escreve seu
nome com a perfeita definição de sua atividade. Sem contar que tudo isso pode ser
degustado com um magnífica e superbem tirado café, um lanche, um almoço, um
presente... Tudo é super na SuperBanca. Que fica na avenida Lino Jardim, 1168,
Vila Bastos, Santo André. O telefone: 4994-0443.
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JAZZ
JAZZ,, BIG BANDS & CIA
CIA..
Os bons tempos de Atlantic City
Ronaldo Benvenga
Nos anos 1920, 30 e 40, antes de Las
Vegas tornar-se o centro de diversões e jogos
dos EEUU, existiam locais de grande afluência
de público, que ofereciam divertimento e lazer. Dessa maneira, podia-se assistir a shows
de dançarinos e sapateadores, jogar em cassinos e dançar ao som contagiante das mais
famosas big bands da época. Na área de Los
Angeles (costa oeste),as casas mais frequentadas eram o Palomar Ballroom, onde em
1935, as apresentações da big band de Benny
Goodman deram início a Era do Swing; Hollywood Palladium ( enorme salão de baile
com capacidade para mais de 6.ooo frequentadores); Cocoanut Grove, belo espaço no
Hotel Ambassador e o Avalon Ballroom, parte integrante do Catalina Island Casino, localizado na ilha de Catalina, a 42 quilômetros
das praias. A costa leste do país, região de
New York, possuía ,pelo menos, três lugares
de grandes atrativos. O Roseland Ballroom,
em Manhattan,permanentemente lotado de
dançarinos. Mais ao norte, em New Rochelle,
o famosíssimo Glen Island Casino, palco de
inesquecíveis apresentações da big band de
Glenn Miller e , finalmente, a 160 quilômetros ao sul de New York, o complexo de entretenimento Steel Pier, na cidade balneária de
Atlantic City, no estado de New Jersey. Atlantic City era o grande centro de cassinos, hotéis e praias, frequentado por milhares de turistas de todo o país. Nesse contexto, o Steel
Pier mantinha durante todo o ano atrações
artísticas.Por lá passavam as mais populares
orquestras de dança, em bailes animados por
Fletcher Henderson,Paul Whiteman, Benny
Goodman, Guy Lombardo, Tommy Dorsey,
Eddy Duchin, Wayne King, Alex Bartha e outras de igual quilate. O salão de baile Marina
Ballroom , tinha capacidade de abrigar a cada
noite mais de 4.ooo pessoas sequiosas por
diversão. O lendário baterista Gene Krupa,
após deixar a big band de Benny Goodman,
formou sua própria corporação musical, estreando no Marina Ballroom a 16 de abril de
1938, onde milhares de jovens se ”acotovelavam” para dançar ao som da recém-formada orquestra de jazz. Nessa época, apresentar-se no Steel Pier, era o caminho certo para
a fama. No final dos anos 1940, Atlantic City
começou a sofrer forte concorrência de Las
Vegas, cidade situada no estado de Nevada ,
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em pleno deserto,onde vultosos empreendimentos construíram modernos hotéis, cassinos e centros dedicados a espetáculos artísticos. O impacto que Atlantic City sofreu foi
enorme e, com isso, logo entrou em decadência, com o encerramento das atividades
da maioria dos hotéis e casas de diversão, até,
praticamente, a extinção de sua trepidante
atividade como polo de entretenimento. Entre o final dos anos1940 e meados dos anos
1970, a cidade ficou estagnada, transformando-se em região que abrigava idosos protegidos pela previdência social norte-americana
conhecida como “welfare”. Essas pessoas
ocuparam por muitos anos, às custas do governo, os hotéis da cidade. A partir de 1975,
um plano para mudar o panorama da região
investiu em novos hotéis e modernização da
cidade, fazendo ressurgir a antiga vocação de
centro de diversões e turismo. Atualmente,
Atlantic City está a todo vapor. Hotéis,cassinos
e complexos de lazer estão fincados nos quatro cantos da cidade. Grandes artistas se apresentam regularmente em luxuosos hotéis
como o Taj Mahal, de propriedade do investidor Donald Trump. Os bons tempos voltaram, dando emprego a milhares de pessoas,
entre elas, músicos, artistas, empregados de
hotelaria e turismo. Os cantores Tony Bennett, Jack Jones, Liza Minnelli, Michael Bublé,
Diana Ross,Dionne Warwick e Madonna, fazem periódicas temporadas na cidade.
Ouça os programas de Jazz e Big
Bands Quinta Avenida e Quinta Avenida Especial. Quinta Avenida- sábado a partir das 19h. Quinta Avenida
Especial – domingo a partir das 9h.
Rádio Trianon AM 740 khz. Pela internet no trianonam.com.br. Produção
e apresentação: Ronaldo Benvenga.
Cultura
Sob o céu de estrelas
Guttemberg Guarabyra*
Estava sonhando, longe, quando acordei solitário e assustado, na noite escura. Ao
ver-me completamente só, tive medo. Ainda bem que comecei a ouvir o vozerio dos
adultos vindo de um dos lados da estrada,
acompanhado da luz de uma lanterna acesa.
Meu pai estava entre eles. "Foi por aqui!",
dizia. Todos ajudavam a procurar algo, entrando pelo mato à borda do caminho. "Essa
mordida não é de cobra, doutor". Apertando
com a mão direita o pulso esquerdo, em visível sinal de dor, meu pai aproximou-se de
mim e acalmou-me: "Alguma coisa me picou, no escuro, mas já está passando. Pode
dormir". Vagarosamente o som das vozes foi
se afastando. Levaram a lanterna para longe
— ou a tinham apagado. Foi quando vi o
céu estrelado, imenso, que me servia de teto
naquela noite. A temperatura amena fazia
de cada brisa uma bênção. E elevou-se também o som do rio. A música da correnteza
do Arrojado batendo forte nas pedras preencheu o ambiente, a noite mais uma vez se
tornou repleta de sonhos bons.
O caminhão que nos levava para Correntina tinha quebrado à tarde, mal atravessamos a ponte. Sinceramente, era tudo o
que eu queria. Assim que iniciou a travessia, divisei a prainha do outro lado. E, à medida que nos aproximávamos da outra margem, eu a desejava cada vez mais fervorosamente. Não queria que acontecesse com esta
paisagem o que vinha ocorrendo com tantas outras, que sumiam assim que dobrávamos a próxima curva. Desejei fervorosamente que esta não nos desse adeus. Gostaria
que ao menos fizéssemos uma pausa e que
me deixassem chegar perto do rio e daquela
margem mansa de onde os meus olhos não
desgrudavam.
Pois — vejam só — o caminhão, mal
atravessou a ponte, quebrou.
Acabei dormindo ao relento e acordando dentro da casa branca da fazenda que
ficava à margem da estrada, para a qual me
haviam carregado durante a noite. Acordei
novamente só. Muito falatório, muitos passos pela casa. Pela bagagem e pelas esteiras
que divisei estendidas no chão, tanto meus
irmãos quanto meu pai e minha mãe haviam dormido comigo naquele mesmo quarto
improvisado. O cheirinho de café me animou num instante. Abri a porta e fui ao encontro de todos. "Todos" consistia em minha
família, o velho João Sanfoneiro e sua mulher e mais umas dez pessoas que viajavam
conosco na carroceria, além dos donos da
casa que gentilmente nos acomodaram. Ao
me notarem, fizeram uma festa.
Não lembro até hoje como foi feito o
conserto. Só sei que, quando o sol chegou,
desci com meus irmãos para o rio. O rio me
era imenso. Porém, se o visse hoje, tenho
certeza de que não me pareceria mais o
Amazonas que os meus olhos de criança
vislumbraram. Ainda assim não seria um rio
pequeno. Na verdade, o Arrojado é, como o
próprio nome diz, um rio forte, muito corrente, e que mete medo. Já o rio das Éguas,
em Correntina, nosso destino, embora também encachoeirado, era meu velho companheiro, visto que nos oferecia uma prainha
calma quase no quintal de nossa 'casa de
férias', como gostávamos de chamar a construção simples e comprida que meu pai possuía no balneário sertanejo e que nos abrigava a cada período de férias. Azul de limpo,
o rio quase invadia o terreno da casa, entrando pelo portão de trás.
E foi explodindo de saudade que, depois
de dois dias de viagem, desembarquei naquele mesmo dia em Correntina. Mais que depressa, atravessei a casa e corri a abrir o portão dos fundos. Emocionado, descortinei o
rio. Num instante estava a correr, a mergulhar, nadar, pular até a exaustão. À noite, dormi pleno do espírito de férias, sob o murmulho das águas quebrando nas corredeiras.
Nem sei por que tenho lembrado tanto
daqueles momentos. Talvez devido ao céu
estrelado de São João Del Rey, que vi faz
poucos dias. Fazia tempo não via tantas estrelas, tanta presença da natureza. Aquilo
despertou meus antigos anseios. A essência
da vida penetrou em toda parte, estava no
ar, respirei-a, banhou-me por dentro. Há
muito não persentia novamente uma paz
verdadeira, íntegra, confiante, como se o destino traçasse apenas um futuro a favor.
Foi importante sentir de novo essas sensações. Elas levam para longe as incertezas e
os medos que me assaltam quando em vez.
Dentre esses receios, o que mais temo é o
de, inesperadamente, não ter mais esperanças, perceber esgotada minha fonte de aspirações. Esse tipo de inquietação, ainda bem,
não resiste a acontecimentos assim. Um céu
estrelado, uma brisa limpa, uma lembrança
boa, inspira, afasta a insegurança, faz-nos
viajar até outros céus, rios e montanhas.
Sonhemos pois. Mesmo que os sonhos, ao
acordarmos, se diluam na realidade e não
perdurem tanto quanto aqueles da infância
— quando nada nos impede de prosseguir
sonhando, mesmo quando despertados em
sobressalto no mais ermo agreste, na boleia
de um caminhão enguiçado. E na mais profunda e absoluta solidão.
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Opinião
Vereador Cidão do Sindicato pede
a ampliação do projeto de ciclovia
Atento ao crescente número de adpetos
do ciclismo nas ruas de São Caetano, o vereador Aparecido Inácio da Silva (PDT), o Cidão do Sindicato dos Metalúrgicos, apresentou indicação na Câmara Municipal para que
o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) determine
aos setores técnicos competentes a realização de estudos no sentido de ampliar o projeto de instalação de ciclovias na cidade, criando esta faixa exclusiva também nas duas
pistas da avenida Goiás, interligando assim
com a avenida Kennedy até a avenida Tijucussu, onde já existe a pista para bicicletas.
Outro trecho onde a população reivindica pista para bicicletas é na avenida Fernando Simonsen, no bairro Cerâmica. Segundo
Cidão, a instalação faz-se necessária por vários motivos. Primeiro, porque o trânsito caótico no município tem levado cada vez mais
moradores a aderir ao ciclismo, como forma
de locomoção mais rápida e ao mesmo tempo não poluente. “Depois, cuidar da qualidade de de vida, da saúde, passa pela realização de exercícios físicos diários, e andar de
bicicleta é uma das melhores formas de manter a forma física”, disse o vereador.
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Cipeiros
Cidão prestigiou com a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano o
Encontro de Cipeiros realizado em Praia
Grande, no Litoral Sul de São Paulo.
O evento teve como tema CIPA, Incluir
para Proteger e aconteceu no Centro de Lazer da Família Metalúrgica.
O objetivo foi o de fortalecer o trabalho
dos cipeiros, ampliar o conhecimento dos
cipeiros sobre sua vinculação com a saúde
do trabalhador, divulgar e discutir a atuação
do sindicato na área de segurança e saúde do
trabalho e construir coletivamente estratégias de ação sindical junto às Cipas, a partir
da identificação dos principais problemas e
desafios para a realização do trabalho dos
cipeiros.
Entre as atividades, os cipeiros tiveram
aula dialogada sobre saúde e segurança do
trabalhador no Brasil e o papel da CIPA, abordando: conceito de saúde, saúde pública,
saúde do trabalhador, segurança e saúde na
empresa, Cipa: atribuições, responsabilidade, composição, atuação. Esta discussão teve
como base a Norma Regulamentadora nº 5.
Cidão destacou que ainda existem empresas que não se dão conta de que, evitando acidentes de trabalho, elas também ganham em produtividade. "Para isto, as empresas têm que garantir que o cipeiro atue
com autonomia", afirma.
Papo cabeça
Cabelo campeão, a mais completa
tradução para o Champion Hair
Joaquim Alessi
Cabelo campeão. É a tradução literal do
Champion Hair, salão de beleza da Vila Gilda
sob o comando de José Carlos de Souza, cabeleireiro que trafega pelas pistas da moda
há pouco mais de 30 anos. Ele estreou no
mundo da beleza aos 12 anos, como engraxate. Achou sem graça e mudou de profissão. Foi trabalhar em outra área, mas não
gostou e voltou. Fez curso de cabeleireiros
aos 16 anos, e aos 19 abriu o primeiro salão.
O sucesso, explica com o seguinte frase: “Adoro o que faço, trabalho 10, 12 horas por dia,
quando necessário, com o maior prazer”.
E o maior prazer está em fazer a cabeça
das pessoas. Mulheres e homens, que também têm seu espaço e recebem os cuidados
especiais das mãos de Carlos, como o prefei-
to Carlos Grana, que deixa os cabelos aos
cuidados do amigo há muitos anos.
Carlos carrega no currículo a participação em diversas academias internacionais,
congressos, palestras, cursos e muita paixão.
Coleciona mais de 80 certificados, que o colocam em contato direto com as origens das
tendências. Ele ressalta que o mais importante no mercado é fidelizar o cliente. Daí a
dedicação integral, qualidade exigida de todos os 12 colaboradores, que se empenham
no atendimento.
Em espaço aconhegante de 400 metros
quadrados, o Champion Hair oferece estacionamento e vários ambientes especiais,
como o espaço para noivas, maquiagem e
outros. O endereço é avenida Higienópolis,
540, Vila Gilda. Telefone para agendamento: 4426-5845.
Cliente confere e aprova o penteado, no espelho e no celular
Carlos oferece atendimento para o corte masculino
Bom atendimento começa pela recepção
ABCD Real | Fevereiro de 2013
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Sindicalismo
Capitalismo com democracia no Brasil
* Cícero Firmino da Silva
Martinha
Os sinais de modernização em nossa economia pipocam por todos os lados. Começaram lá atrás com Fernando Collor de Mello,
que chamou nossos carros de carroças e promoveu uma modernização na frota que hoje
faz parte de nosso dia a dia.
Depois, com o Plano Real de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, outras modernidades passaram a fazer parte do nosso
cotidiano, pois sem inflação nossa renda parou de ser subtraída e investimos o que ganhávamos em mais comida, mais roupa, mais
conforto.
Com Lula, aprendemos a nos tornar consumidores e até mesmo a viajar de avião, para
susto das elites que nunca neste país conviveram com gente trabalhadora em seus aeroportos, restaurantes e hotéis.
Aí veio Dilma, e com juros mais ou menos
civilizados, com a Taxa Selic a 7,25% ao ano,
com a redução do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) de carros, geladeiras e vários eletrodomésticos, começamos a perceber
que o capitalismo e o vigor do mercado consumidor se instalava de verdade no Brasil.
Gerando empregos de qualidade superior, permitindo que os trabalhadores rurais
resgatem sua dignidade e deixem de se submeter aos escravagistas do campo e com reflexos, na cidade, na garantia de direitos trabalhistas para todos, inclusive para os empregados e empregadas domésticas.
Só as elites e alguns capitalistas brasileiros ainda não perceberam (ou fingem que
não viram) a chegada e instalação do sistema
capitalista moderno, inserido à dinâmica cada
vez mais presente da democracia brasileira.
Capitalismo em que os lucros sejam legítimos, desde que civilizados, deixando espaço para aumentar a renda dos trabalhadores
via salários decentes. Um capitalismo dentro
de um sistema democrático também moderno, como é o caso do Brasil, que consegue,
através da pressão popular sobre os legisladores, leis que protegem nossos direitos trabalhistas e de cidadãos.
A gente percebe a gritaria das elites com
a vigência da modernidade capitalista e democrática quando se retomam as campanhas
pelos juros altos. Querem porque querem a
subida de juros para retomar a especulação,
pois aparentemente desaprenderam a investir
na produção, na qualificação e na geração de
produtos e serviços competitivos nacional e
internacionalmente.
E dá para ver o incômodo quando o Brasil se moderniza a ponto de proteger os direitos das empregadas domésticas. Aí, a gritaria é permanente, pois até então era normal manter dentro dos lares das elites mulheres pobres, a maioria negras e nordestinas, sem carteira assinada, semFGTS, sem direito a férias. Enquanto as madames saíam
para viver plenamente suas vidas nos shoppings, nas empresas, nas passarelas.
Capitalismo com democracia é isso aí: todos podem disputar no voto o tipo de Brasil
que querem. E nós, trabalhadores, trabalhadoras e cidadãos, só começamos a querer.
Ainda falta muito na Educação, na Saúde, nas Moradias e na Segurança Pública.
*Cícero Firmino da Silva, o Martinha, é presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Santo André e Mauá
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