Memória Anual2013 - andbanc / Private Bankers

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Memória Anual2013 - andbanc / Private Bankers
Memória Anual 2013
Índice da Memória
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0. Principais dados do Grupo Andbank
1. Carta do Presidente e do Conselheiro Delegado
2. Evolução económica e mercados financeiros em 2013
3. Evolução prevista para a economia global e para os mercados financeiros em 2014
4. Relatório de revisão de contas
5. Demonstrações financeiras do Grupo Andbank
6. Gestão do risco
7. Conselho de Administração e Organização
8. Localizações e Endereços
3
Principais dados do Grupo Andbank
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VOLUMES
2013
Total do ativo
Recursos de Clientes
Investimentos Creditícios Brutos
Volume de Negócio
2012
4.042.977
3.701.021
13.473.266
11.047.789
1.767.835
1.825.144
15.241.101
12.872.933
481.946
446.269
Recursos Próprios
Dados em milhares de Euros
RESULTADOS
2013
2012
43.439
56.013
Margem Básica
154.441
161.095
Margem Ordinária
194.611
189.692
Margem de Exploração
86.389
72.216
Resultados Antes de Impostos
71.306
59.325
Resultados Líquidos
64.080
56.581
Margem Financeira
Dados em milhares de Euros
RÁCiOS
2013
2012
ROE
13,81%
12,53%
ROA
1,65%
1,54%
Eficiência
50,61%
46,69%
Solvência
20,69%
21,39%
752
634
Trabalhadores
RATING (FITCH RATINGS)
2013
2012
Longo Prazo
A-
A-
Curto Prazo
F2
F2
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1. Carta do Presidente
Manel Cerqueda. Presidente do Conselho de Administração
6
U
ma vez mais, 2013 foi um ano desfavorável do ponto de vista económico, embora não tão negativo como os
anos anteriores desde a eclosão da crise económica e financeira mundial em 2008. Apesar disso, encaramos o
futuro com otimismo. A nossa perspetiva para os próximos anos é de uma melhoria gradual no que respeita
à atividade económica global (cujo ritmo prevemos que acelere de forma moderada até aos 3,25% em 2014).
Aparentemente, estar-se-ia já a reduzir a intensidade da implantação de políticas monetárias não convencionais (o
denominado quantitative easing, QE). Somos de opinião que este facto, interpretado por parte do mercado de uma
forma negativa pelas implicações que pode ter no preço dos ativos no curto prazo, é positivo a médio e longo prazo.
Neste sentido, a aplicação de medidas não convencionais (QE) potenciava um dólar fraco e um preço do petróleo alto,
que não permitia a ativação do mecanismo de ajustamento global, impedindo a configuração de um novo ciclo. Por
esta razão, no Andbank interpretamos a remoção gradual destas políticas como um fator positivo face ao futuro.
Pela nossa parte, consideramos igualmente que a remoção destes estímulos maciços pode constituir um catalisador
positivo para reativar o investimento produtivo e a atividade em geral. Nos últimos dez anos, o uso da liquidez detida
pelas empresas não foi canalizado para o investimento (que registou um recuo a partir de 2012), dirigindo-se, em
alternativa, principalmente para o pagamento de dividendos e a recompra de ações, duas formas de devolver o capital
aos acionistas. Neste sentido, o fim da expansão da massa monetária e a conclusão das políticas denominadas ZIRP
(zero interest rate policies) podem significar, na nossa opinião, um fator que permita um novo ciclo de investimento
empresarial, porque a remoção gradual destas políticas nos aproxima da configuração natural e aceitável do preço do
dinheiro e das taxas de câmbio.
No entanto, nos últimos anos esta conjuntura de certa dificuldade para a economia global e com constantes
mudanças de regulamentação no setor financeiro, a nossa instituição soube adaptar-se com êxito às atuais exigências,
trabalhando para construir um setor financeiro mais estável e solvente, centrando-se na promoção de iniciativas com
valor acrescentado. O nosso modelo de negócio, que se baseia em relações duradouras com os nossos clientes e
num compromisso firme com a prudência, a disciplina e o controlo do risco, foi fundamental para ultrapassar estas
conjunturas de crise, sendo muito elogiado, tanto por entidades reguladoras como por agências de notação.
O Andbank, não obstante esta conjuntura económica e financeira negativa desde 2008, fechou com números muito
positivos o exercício de 2013 e o Plano Estratégico 2009-2013, superando os objetivos fixados.
7
•
Cumprimos os objetivos do Plano Estratégico, duplicando e diversificando o balanço do banco e melhorando,
além disso, os resultados para níveis anteriores à crise.
•
Crescemos em volume de ativos geridos de clientes até aos 13,4 mil milhões de euros. O banco cresce
organicamente acima de 20% ao ano de forma persistente.
•
Somos o primeiro grupo bancário andorrano por volume de ativos geridos.
•
A final do 2013, as jurisdições internacionais representam praticamente o 60% dos recursos dos clientes do grupo.
Este ano, todas as jurisdições contribuíram positivamente para o crescimento, demonstrando o enorme vigor do Grupo
Andbank. Algumas jurisdições internacionais cresceram mais de 40% e as que não atingiram essa percentagem ficaram,
mesmo assim, acima dos 20%.
Uma das operações mais importantes levadas a cabo em 2013 foi a aquisição do negócio de retalho do Banco Inversis
em Espanha. Este facto, em conjunto com o negócio do nosso banco em Espanha, colocar-nos-á como um dos
melhores bancos privados do país vizinho. Igualmente, o negócio de retalho do Inversis abrir-nos-á as portas de uma
plataforma informática de primeira linha que nos dará uma vantagem competitiva significativa tanto em Espanha
como na América Latina.
Em Miami, estamos a incorporar o negócio da empresa norte-americana Swiss Asset Advisors, especializada na gestão
de grandes patrimónios. No Brasil, a LLA Investimentos registou um exercício excecional: um crescimento notável de
22%, abrindo caminho para uma futura expansão. No México, a Columbus ultrapassou os dois mil milhões de dólares
em ativos geridos, facto que reafirma o seu crescimento contínuo durante os últimos anos.
No início de 2014, inaugurámos dois novos escritórios. Nas Bahamas mudámo-nos para umas instalações maiores e
mais modernas. Por último, em Punta del Este, abrimos uma delegação do Escritório de Representação no Uruguai.
No exercício de 2013 (e coincidindo com a conclusão do Plano Estratégico), o Grupo reforçou a sua presença nos
11 países em que está presente e consolidou os resultados operacionais com máximos históricos. Este marco foi
acompanhado da incorporação de novos talentos, profissionais que provêm de 28 nacionalidades, com experiência e
ambição, que ajudaram a tornar possível o nosso êxito e garantem a continuidade.
No que se refere à conta de resultados, fechou-se o exercício com um resultado de 64,1 milhões de euros, 13,3% acima
do ano anterior, não obstante a subida de encargos devido ao crescimento internacional e aos critérios de prudência
na dotação de provisões.
A estrutura de capital e liquidez do Andbank manteve-se consistentemente alta em 2013. No Andbank dispomos de
um sólido rácio de liquidez de 67,33%, e mantemos uma posição de solvência muito boa, com um importante rácio
de 20,69%.
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Neste último Plano Estratégico, o Grupo centrou-se em procurar as melhores soluções para os clientes. A gestão
discricional e a criação de novas soluções financeiras permitiram oferecer um serviço de alta qualidade. Foram anos
em que o bom governo corporativo, o controlo interno e de processos adquiriram um peso cada vez mais importante
para garantir um nível de crescimento sustentável num mundo em crescente mudança. Numa conjuntura altamente
negativa, tivemos a capacidade de duplicar em cinco anos os recursos geridos do banco, triplicá-los com a previsível
contribuição do Inversis. Deixámos de ser um banco local e passámos a ser um grupo multinacional, mantendo uma
correta rendibilidade e uma notação que nos coloca entre as referências do setor.
O novo Plano Estratégico 2014-2017 reafirma a nossa convicção de ser um banco independente de referência na
banca privada. Um banco de capital familiar e, ao mesmo tempo, referência em cada uma das jurisdições em que
estamos presentes. Os próximos anos também não serão fáceis: uma vez mais, exigirão, um grande esforço de trabalho
e adaptação.
Os acionistas estão convencidos do potencial de crescimento que temos pela frente. Partimos de uma proposta de
valor diferenciada, uma grande diversificação geográfica e uma base de capital sólida e independente. Além disso, o
mais importante é que contamos com um grupo que oferece um projeto atrativo aos melhores profissionais e, por isso,
com capacidade de atrair talento. O Andbank é um grupo de propriedade privada, facto que nos permite pensar no
longo prazo e definir com liberdade a nossa estratégia sem pressões externas. A nossa estratégia, com mais de 80 anos
de experiência na banca privada, cauciona-nos e garante a continuidade e durabilidade das relações com os nossos
clientes e colaboradores.
O que diferencia acima de tudo o Andbank é a melhor equipa de profissionais comprometidos com o projeto. Estou
convicto de que esta será a chave para nos convertemos num líder do setor financeiro internacional.
Para terminar, gostaria de agradecer aos nossos clientes e colaboradores a sua confiança e fidelidade. Sem eles e a sua
confiança, este projeto não seria uma realidade.
Manel Cerqueda
Presidente do Conselho de Administração
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Carta do Conselheiro Delegado
Jordi Comas. Conselheiro Delegado
10
A
s previsões para os próximos anos são de mudança no ciclo económico internacional e, em especial, nos
mercados onde a recessão registou uma maior intensidade. No entanto, a recuperação económica não
será suficiente para que o setor bancário regresse aos níveis de rendibilidade anteriores a 2008. As novas
regulamentações estão a ter, e terão, um impacto estrutural no setor bancário no seu conjunto, assim como
no da banca privada. Muito especialmente, os requisitos mais elevados em termos de capital e liquidez, assim como o
custo inerente ao cumprimento legal da nova regulamentação bancária terão um forte impacto.
O Andbank supera as exigências tanto no que respeita aos requisitos de solvência como aos padrões de cumprimento
legal estipulados pelas entidades reguladoras. Estamos convencidos de que a transparência e o cumprimento rígido
das normas internacionais constituem uma vantagem competitiva.
Os resultados que registámos em 2013 reforçam a correção do nosso modelo de negócio, centrado na banca privada,
no qual o peso das jurisdições internacionais está a ser cada vez maior. A nossa proposta de valor, flexível e dinâmica,
baseia-se num vasto espetro de serviços adaptados às necessidades cada vez mais diversificadas dos nossos clientes,
girando à volta de uma arquitetura aberta, a custódia múltipla e a jurisdição múltipla, assim como rapidez na execução.
Uma proposta de valor que visa beneficiar o cliente.
O grupo Andbank passou dos 11 mil milhões de euros de ativos sob gestão em 2012 para 13,4 mil milhões de euros
em 2013, o que traduz um aumento superior a 20%. A totalidade deste aumento foi praticamente orgânico. Entre
os bancos de matriz andorrana, e pela primeira vez na história, o Andbank assumiu-se como a primeira instituição
financeira do Principado em ativos sob gestão.
Uma vez mais, as jurisdições não andorranas foram o principal motor de crescimento. No fecho de 2013, a área
internacional representa praticamente 60% dos ativos sob gestão, dando ao grupo uma diversificação geográfica
muito elevada.
No que respeita às principais grandezas da conta de resultados, a margem ordinária cresceu 2,6% e a margem de exploração
aumentou para os 86,4 M EUR (+19,6%). Apesar do ambiente económico, o investimento contínuo na expansão internacional
e no reforço das estruturas de controlo, o Grupo conseguiu aumentar o resultado líquido até aos 64,1 M EUR (+13,3 %).
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Este êxito no notável crescimento de ativos geridos e de margens assume ainda mais valor se tivermos em conta o
novo paradigma de negócio que o nosso setor enfrenta. Referimo-nos a uma regulamentação internacional cada vez
mais pesada e um perfil de cliente cada vez mais exigente, obrigando a um esforço de antecipação cada vez maior para
todas as instituições.
Realizámos grandes reformas estruturais internas com vista a adaptar o nosso serviço e processos aos padrões
internacionais mais exigentes. Ao mesmo tempo, continuámos a reforçar as áreas de controlo interno a nível central
e em cada uma das jurisdições, dando uma relevância especial às áreas de cumprimento legal, auditoria, assessoria
jurídica e controlo de risco.
A estratégia, a gestão e o perfil de risco do banco mantêm o reconhecimento da agência Fitch Ratings, que nos atribui
uma notação a longo prazo de A- e melhora o outlook de negativo a estável. As notações baseiam-se no crescimento
da atividade de banca privada, na sólida expansão internacional, nacional e de nicho, numa rendibilidade aceitável, na
gestão dinâmica e num nível de liquidez muito bom.
Superámos a missão a que nos obrigámos no princípio de 2008. O Plano Estratégico a que nos propusemos não era
fácil, tendo iniciado o processo numa conjuntura que era desconhecida para a nossa geração. No espaço de cinco anos
passámos de um banco local para uma instituição claramente internacional, de jurisdições múltiplas e cada vez mais
eficiente. A nossa independência e flexibilidade garantem a capacidade de adaptação e a resposta às necessidades do
cliente.
O novo plano 2014-2017 aprovado pelo Conselho da Instituição fixa objetivos não menos ambiciosos: continuamos
a pensar em grande, aspiramos a ser um banco com uma dimensão relevante no setor, reconhecido em cada uma
das jurisdições como referência na gestão de patrimónios. A Espanha e o mercado latino-americano são as nossas
principais prioridades, onde pretendemos passar a ser um banco de referência da região. A compra do negócio de
retalho do Banco Inversis em Espanha colocar-nos-á numa posição privilegiada para lançar todo o nosso potencial.
Neste novo plano estratégico, o cumprimento legal continuará a ser um eixo condutor para todo o grupo, assim como
a melhoria contínua em operações para oferecer o melhor serviço aos nossos clientes.
Neste novo Plano, as jurisdições internacionais devem continuar a ter um crescimento orgânico superior a 30% ao ano.
Em termos de lucros, no final do Plano Estratégico, o lucro da área internacional deve ser 60% superior ao do Grupo.
Acreditamos que o fator chave do nosso êxito é, e continuará a ser, a nossa equipa humana. O que marca a diferença é
o seu talento, o compromisso face à organização e aos clientes. A captação e a retenção de talento foi uma das nossas
principais preocupações durante estes anos. A ambição do nosso projeto exige uma equipa experiente. Continuaremos
a incorporar os melhores profissionais, que são a chave do êxito do Andbank.
Continuaremos a apostar num projeto enriquecedor que atraia para o banco os melhores profissionais, criando um
ambiente de trabalho exigente e meritocrático em que a criação de valor, o rigor e a honestidade sejam o valor central
dos nossos colaboradores.
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Face ao exercício de 2014, esperamos superar o marco dos 20 mil milhões de euros de recursos geridos e, com o forte
crescimento internacional, continuar a construir um Andbank muito diversificado. Neste sentido, esperamos que para
finais de 2014 Espanha ultrapasse Andorra como a maior jurisdição do Grupo e que nenhuma das 11 jurisdições tenha
um peso superior a 30% do total. Esperamos que no final de 2014 o setor internacional tenha um peso aproximado de
75% do total.
Para terminar, gostaria de agradecer aos nossos clientes a confiança depositada em nós nos últimos anos e dar as
boas-vindas aos novos. Pretendo com estas linhas enfatizar o nosso compromisso em continuar a trabalhar, fazendo
tudo o possível para sermos merecedores da sua confiança. Esperamos poder continuar a partilhar a nossa paixão e
experiência com todos vós durante muito tempo.
Jordi Comas
Conselheiro Delegado
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2. Evolução económica e mercados
f inanceiros em 2013
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Comportamento da economia global
globais teria crescido 2% em novembro de 2013 sobre uma
base trimestral (8% anuais). Esta seria a leitura mais elevada
desde março de 2011 e um claro reflexo de umas melhores
condições económicas globais, tanto nas economias
desenvolvidas como nos países emergentes (exceto na
América Latina).
Introdução
A economia global registou uma expansão moderada, mas
gradual, ao longo de 2013, apoiada principalmente por uma
firme estabilização (e posterior melhoria) das condições da
maioria das economias avançadas. Umas condições que
se viram reforçadas por uma agressiva política monetária
acomodatícia, por uma melhoria gradual dos balanços
das famílias e das empresas, e, obviamente, por uns efeitos
de confiança positivos derivados de uma estabilização da
dívida periférica e do setor bancário na Europa.
Um dado que confirma esta ideia seria a boa leitura do
último PMI global de exportações de manufaturas, que
continua claramente em território de expansão.
Pendentes da revisão dos dados do PIB publicados para
o quarto trimestre de 2013, as dinâmicas mostradas no
crescimento das diferentes partes do mundo seriam as
seguintes:
No mundo das economias emergentes, apesar de a
atividade se ter mantido razoavelmente elevada durante
2013, o dinamismo no crescimento perdeu vigor como
resultado de alguns efeitos de oferta relacionados com os
excessos de capacidade, mas também por tensões políticas
nalguns destes países (nomeadamente Tailândia, Turquia,
Ucrânia, Venezuela ou Argentina).
Variação interanual do PIB real
2013
Em termos gerais, o ano acabou com um índice global de
gerentes de compra (PMI) num mais que saudável 53,9, com
aumentos nas áreas de serviços (54,3) e novas encomendas
(54).
Em linha com este crescimento global gradual, mas firme, o
dinamismo no comércio internacional teria ganho balanço
na última parte do ano, confirmando esta melhoria.
1t1
2t
3t
4t2
Europa
-0,7%
0,0%
0,3%
0,8%
América do Norte
1,4%
1,5%
1,9%
2,0%
Países
Emergentes
Asiáticos
6,2%
5,9%
6,6%
5,0%
América Latina
2,6%
2,9%
2,6%
3,1%
Mundial
1,5%
2,0%
2,3%
2,2%
Andbank, Factset Economics Standardized Database.
(1)Sinopse Regional - Factset Research Systems.
(2)Relatório Económico Zona Euro – Factset Research Systems.
Segundo o último relatório do CPB Netherlands Bureau
for Economic Policy Analysis, o volume das importações
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Zona euro
Noutra ordem de assuntos, é necessário destacar que a
formação bruta de capital (investimento) aumentou na
segunda metade do ano, acabando com oito trimestres
consecutivos de quedas. É de destacar aqui que foi no
investimento residencial da zona onde se viram os aumentos
mais importantes.
Depois de registar dois trimestres consecutivos com PIB reais
positivos (o segundo e o terceiro), o crescimento continuou
durante o quarto trimestre, o que permite considerar
que as apreciações iniciais de recuperação gradual foram
confirmadas.
Em produção industrial, a atividade em bens de capital
experimentou uma recuperação no quarto trimestre (+3%
MoM em novembro), levando o ritmo trimestral para cerca
de +0,6%, o que representa uma aceleração em relação aos
ritmos observados no terceiro trimestre (+0,1%).
De acordo com a terceira estimativa do Eurostat para as
contas nacionais, a zona euro cresceu 0,3% no quarto
trimestre, acelerando o ritmo de 0,1% observado no terceiro
trimestre.
Por trás desta melhoria generalizada encontraremos uma
política monetária muito acomodatícia que permitiu
a materialização de umas melhores condições de
financiamento (especialmente para os agentes públicos), em
parte explicadas por uma melhor perceção dos mercados
de dívida em geral. Uns mercados que interpretaram
positivamente o progresso realizado na consolidação fiscal
agregada na região e o avanço no apartado das reformas
estruturais nalguns países problemáticos.
A procura doméstica e a alteração nos inventários foram os
fatores com mais influência no crescimento observado. O
consumo privado manteve ritmos de expansão de 0,4%0,5% anuais durante grande parte do ano, quebrando seis
trimestres consecutivos de crescimento negativo. Na última
parte do ano, no entanto, observaram-se dinâmicas curiosas
no consumo, que perdeu dinamismo em termos gerais.
Observámos um salto positivo na procura de bens de
consumo a retalho, enquanto a procura por serviços recuava
parcialmente. Por outro lado, a venda de carros novos
registou um forte aumento de 5,1% no quarto trimestre (em
comparação com os -0,1% do terceiro trimestre), apesar de
esta notável recuperação poder refletir a antecipação do
consumo antes da implementação de um aumento dos
impostos sobre o consumo nalguns Estados-membros no
princípio de 2014.
Adicionalmente, a atividade económica na região viu-se
apoiada por um fortalecimento gradual da procura externa,
o que provocou que o setor externo líquido contribuísse
positivamente para o PIB no conjunto do ano, apesar
de ter perdido vigor no último trimestre, contribuindo
negativamente para o PIB trimestral pela primeira vez desde
o início de 2010. Nada preocupante de momento, tendo em
consideração o grande percurso que este setor realizou nos
últimos trimestres.
Em termos gerais, porém, é difícil calibrar o estado exato do
consumo interno. Por um lado, o índice PMI de consumo
mantinha-se ligeiramente por baixo do limiar que separa
a expansão da contração (50), mas por outro, ao mesmo
tempo, o indicador da Comissão Europeia para o setor
retalhista cresceu moderadamente no quarto trimestre,
bem como os índices de confiança do consumidor para a
zona euro.
Pelo seu lado, o mercado laboral continua deprimido, apesar
de estabilizado. Isto não representa uma surpresa para nós,
já que é óbvio que o ajuste constante dos balanços públicos
e privados não está a permitir a aceleração do crescimento
esperada e a consequente melhoria do mercado laboral.
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A região provavelmente acabou 2013 expandindo-se a um
ritmo de 2,3%, claramente inferior à média observada na
última década, que foi de 4%.
América Latina
As preocupações sobre o aumento dos défices da balança
por conta corrente estiveram presentes ao longo do ano
e isso representou um fator decisivo nas turbulências na
América Latina. No entanto, apesar de a deterioração ser
alarmante nalgumas partes da região, a maioria dos países é
agora muito menos vulnerável.
Não houve surpresas quanto à dispersão dos ritmos dentro
da região. A Colômbia, o Peru e o Chile são os países que
apresentaram melhores comportamentos, com ritmos
de expansão de 3,5%, 5,5% e 4,3%, respetivamente. Num
segundo nível de expansão estariam o Brasil (por baixo dos
2%), o México e a Argentina (ambos à volta dos 2%).
Efetivamente, observando o retrocesso nos ritmos de
expansão que a região experimentou durante os últimos
18 meses, muitos afirmam já que os ventos favoráveis que
tanto beneficiaram a região durante a última década estão
agora a dissipar-se.
Estados Unidos
A atividade permaneceu robusta na última parte do ano.
Segundo a primeira estimativa do PIB realizada pelo Bureau
of Economic Analysis, o PIB real registou um ritmo trimestral
de 0,8% (ou 3,2% anuais). Isto representou, sem dúvida, um
abrandamento em relação aos dados do terceiro trimestre
(1% trimestral), mas ainda se pode considerar um ritmo
saudável.
Neste sentido, destaca-se a crescente aceitação de que a
procura de matérias-primas da China não pode manter os
ritmos observados nos últimos anos, mas também se pensa
que as condições monetárias se endurecerão durante 2014
à medida que a Reserva Federal dos EUA comece a cortar
o seu programa de compra de ativos, o que prejudicará a
região. Esta é uma ameaça bastante verosímil desde que, em
maio, Benjamin Bernanke insinuou pela primeira vez esta
possibilidade. Desde então, as dinâmicas da região (tanto no
âmbito económico como na área dos mercados financeiros)
têm estado pura e simplesmente dececionantes.
A expansão, neste caso, foi confirmada por ganhos adicionais
no consumo pessoal e por uma maior contribuição dos
inventários por segundo trimestre consecutivo. Por outro
lado, o investimento residencial e a despesa pública foram
diminuindo ao longo do ano. Em relação a este último
aspeto, é necessário ter presente que o aumento da
despesa estatal e local foi amplamente compensado pelo
forte retrocesso da despesa federal como consequência
das contínuas fricções entre as duas grandes correntes da
política norte-americana.
A análise do Andbank sugere que, com efeito, a maior parte
das flutuações económicas na região estaria explicada pelas
alterações nas condições da economia global. Neste sentido,
é necessário recordar que as condições externas com que se
encontrou a América Latina na última década foram mais
favoráveis do que em qualquer outro momento desde 1970.
No mercado laboral notou-se um aumento da contratação
como uma melhoria na taxa de desemprego. O ritmo de
criação de ocupação, no entanto, viu-se diminuído na parte
final do ano, em parte como resultado das invulgarmente
desfavoráveis condições climáticas.
O resultado é uma clara dependência das condições externas
globais, que, apesar de se irem estabilizando, desenharam
ainda muitos interrogantes em 2013, umas dúvidas que se
fizeram notar nos dados económicos destes países.
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Apesar da melhoria observada na taxa de desemprego,
deve-se reconhecer que esta pode ter sido influenciada
pelo crescente número de pessoas que vão ficando fora da
força laboral (um grupo que passou de 88 para 92 milhões)
ou da população ativa. No entanto, é inegável o gradual mas
contínuo aumento das contratações (o número de salários
cresceu de 135 para 137 milhões). A taxa de desemprego
neste país encontra-se atualmente nos 6,6%.
claramente em território expansivo (55,2) em dezembro,
enquanto que o índice Tankan do Banco do Japão também
refletiu aumentos nos indicadores de confiança empresarial,
tanto em grandes como em pequenas e médias empresas.
Em termos de inflação, a economia moveu-se a uns ritmos
especialmente baixos, fechando dezembro com um
crescimento interanual do nível de preços de 1,5%. Chama
a atenção que, apesar do ritmo do PIB ter sido mais alto em
2013 do que em 2012, o nível de inflação esteja situado em
níveis inferiores (1,5% em 2013 em comparação com os
2,1% de 2012).
Quanto à inflação, a evolução foi positiva ao longo do ano
e continuava a expandir-se no último trimestre, atingindo
um ritmo de preços de 1,6% interanuais em dezembro (por
cima dos 1,5% em novembro e deixando para trás os níveis
deflacionistas observados em janeiro de 2013, com uns
ritmos na inflação de -0,7% anuais).
No âmbito da atividade industrial, a produção atingiu
ritmos trimestrais de expansão de 1,9% no quarto trimestre,
segundo dados preliminares.
Reino Unido
No contexto de uma melhoria geral nas condições
económicas nacionais e nas projeções a médio prazo, a
Reserva Federal decidiu em dezembro iniciar o processo de
redução do ritmo do seu programa de compra de ativos para
estimular a economia e os mercados financeiros, passando
de 85 a 75 mil milhões de USD mensais.
O Reino Unido experimentou um crescimento robusto ao
longo de 2013, especialmente na segunda metade do ano.
No quarto trimestre, a economia expandiu-se a um ritmo
trimestral de 0,7% (2,8% anuais), dirigida principalmente
pelo setor dos serviços.
Esta redução divide-se em partes iguais entre uma
diminuição na compra de títulos hipotecários e de dívida
do governo a longo prazo. No entanto, a Reserva Federal
decidiu manter a sua forward guidance em relação às taxas
de juros, confirmando que era apropriado manter a gama
objetiva para as suas taxas depois de reduzido o nível de
desemprego para valores inferiores aos 6,5%, especialmente
se a inflação projetada continuar a manter-se por baixo do
seu objetivo a longo prazo, que é de 2%.
A situação no mercado laboral continuou a melhorar de uma
maneira mais que evidente durante o ano, e a ocupação
a tempo inteiro mostrou melhorias particularmente
significativas. Assim, a taxa de desemprego desceu até aos
7,1%, movendo-se em direção ao limite dos 7% estabelecido
como nível de referência na forward guidance de política
monetária do BoE. Isto significa que, depois de atingido este
nível, teoricamente, poderíamos ver o primeiro aumento
nas taxas de juros pelo Banco Central.
Japão
Em relação aos preços, o Reino Unido não escapa das
dinâmicas globais de preços contidos, e em dezembro
experimentou reduções adicionais nos ritmos de inflação
para se situar nos 2% interanuais.
No Japão, os bons valores nos últimos indicadores de gerentes
de compra (PMI) sugerem uma recuperação dos níveis de
atividade no último trimestre do ano. O PMI geral situou-se
18
Economias emergentes da Ásia
Comportamento dos mercados financeiros em 2013
O ritmo de atividade desacelerou-se na China durante
o quarto trimestre de 2013, embora ainda se mantenha
bastante forte.
Mercado de renda fixa
Renda fixa em EUR: A obrigação de referência bund a 10
anos experimentou uma tendência para a subida em TIR,
passando dos 1,31% observados no início do ano para os
1,94 no encerramento de 2013. Este movimento, no entanto, não foi linear, e no primeiro trimestre viu-se como até as
TIR baixavam dos níveis iniciais para atingir valores inferiores
a 1,20%. A pendente da estrutura de taxas de juros também
experimentou um aumento até aos 170 pb de diferencial
entre os 10 e os 2 anos (por cima dos 130 pb do princípio
do ano).
O PIB expandiu-se para os 7,7% interanuais no quarto
trimestre, ligeiramente por baixo dos dados do terceiro
trimestre (7,8%). Desta maneira, o crescimento real do PIB
para o conjunto do ano ficou também em 7,7%, ligeiramente
por cima do objetivo do governo, que era de 7,5%.
A «perda» de impulso observada no quarto trimestre
responde maioritariamente a um ritmo mais suave em
investimentos fixos e produção industrial, que em parte
se explica por umas condições de crédito e monetárias
que foram sendo progressivamente endurecidas pelas
autoridades ao longo do ano inteiro.
Renda fixa em USD: A obrigação de referência treasury a 10
anos também experimentou uma tendência para a subida
em TIR, passando dos 1,75% observados no início do ano
para os 3% no encerramento de 2013. Este movimento,
que também não foi linear, teve muitas semelhanças com
o observado no bund alemão, e no primeiro trimestre viu-se
como até as TIR baixavam dos níveis iniciais para atingir valores próximos dos 1,50%. A pendente da estrutura de taxas
de juros também experimentou um aumento, neste caso,
muito mais pronunciado, até aos 265 pb de diferencial entre
os 10 e os 2 anos (muito por cima dos 150 pb do princípio
do ano).
O objetivo do PBoC consiste em controlar o ritmo de
alavancamento das famílias, e da economia em geral,
reduzindo-o para valores mais equilibrados. No entanto, o
crédito continua a expandir-se a ritmos superiores ao PIB
nominal.
Quanto à inflação, os preços desaceleraram o seu
crescimento para uns saudáveis 2,5% interanuais em
dezembro. Em termos de preços subjacentes, os ritmos são
de 1,8%, enquanto que em PPI os ritmos são deflacionistas.
Dívida soberana europeia
As restantes economias da região mostraram, em geral, ritmos
de expansão saudáveis em 2013, fixando os crescimentos
interanuais em dezembro nos níveis seguintes: Índia, +5,6%;
Indonésia, +5,8%; Malásia, 5,1%; Filipinas, +6,5%; Taiwan,
+2,3%; e Tailândia, +0,6%.
2013 foi um ano em que os prémios de risco voltaram a
descer de forma clara. A Grécia encabeçou este tipo de ativo
com uma redução de 200 pb na rendibilidade da obrigação
a 10 anos (passando dos 10% no início do ano para os 8%
aquando do seu encerramento). A obrigação de Portugal,
apesar de ter um comportamento muito mais errático e
de ter experimentado fortes perdas em julho, por causa da
19
crise política que ameaçou a coligação de governo, acabou
o ano com um excelente comportamento, já que viu a sua
rendibilidade reduzida nuns 100 pb (dos 7% para os 6% no
encerramento de 2013). A obrigação do tesouro de Espanha
também mostrou um comportamento extraordinário, e o
custo (juros) reduziu-se em 91 pb, dos 5,09% para os 4,18%.
Da mesma maneira, a Itália viu como se reduziam os juros na
sua obrigação a 10 anos em 35 pb, dos 4,5% para os 4,15%.
Até a Irlanda, que partia já com um nível de rendibilidade
muito mais baixo (4%), se situou no encerramento do ano
por baixo dos 3,5%.
castigados. O açúcar caiu 15% e as restantes matérias
agrícolas aumentaram de preço: algodão (+15%) e soja
(+5,3%).
Os minerais e os produtos industriais também caíram ao
longo de 2013, uma média de 7,5%. O pior comportamento
foi o registado pelo níquel (-18,3%), seguido do alumínio
(-13,4%), do cobre (-6,5%) e do mineral de ferro (-5,5%).
Apenas houve subidas no zinco (+2,5%).
Os metais preciosos também caíram ao longo de 2013, uma
média de 12,2%. O pior foi a prata (-35%), seguido do ouro
(-28%) e da platina (-11%). Só o paládio registou uma subida
de preço, apesar de uns modestos 2%.
Renda variável
Este foi, claramente, um ano favorável para os mercados de
renda variável, com a única exceção da América Latina.
Divisas
Assim, o mercado de bolsa que melhor resultado obteve
durante 2013 foi o mercado japonês, com uma valorização
de 54,8%. Depois viria o mercado norte-americano, em que
o S&P se valorizou 32,4%, seguido do mercado europeu, em
que tanto o Eurostoxx 50 como o Stoxx 600 se valorizaram
21%, seguido por um bom comportamento, também,
das bolsas asiáticas (excluindo o Japão), com um 9,9% de
valorização média.
O euro continuou a exercer o seu novo papel de divisa
forte no mercado, já que, apesar do ritmo mais alto de
crescimento observado nos EUA e da iminência do tapering,
a divisa europeia subiu em relação ao dólar, passando o
câmbio EUR-USD dos 1,32 do princípio do ano para os 1,39
do final de 2013.
O mesmo aconteceu com o câmbio EUR-JPY, em que a
moeda única se valorizou consideravelmente até aos 145
JPY por EUR (dos 115 do princípio do ano).
As bolsas da América Latina foram as únicas que
experimentaram perdas à escala regional, e a MSCI EM
LatAm registou -4,4%.
Pela sua parte, o USD, que, como já comentámos, se
desvalorizou consideravelmente no câmbio com o EUR,
subiu significativamente em relação ao JPY, passando o
câmbio USD-JPY de 86,8 para 105 JPY por USD.
Matérias-primas
As commodities energéticas valorizaram-se 9,10%, em
conjunto, durante 2013. O gás natural foi o componente
com melhor comportamento (+26,7%), seguido do petróleo
WTI (+7,2%), para acabar, como não podia deixar de ser, com
um carvão que continua a cair (-6,4% anuais).
Entretanto, o CHF manteve-se relativamente estável em
relação ao EUR, com uma pequena desvalorização, já que o
câmbio CHF-EUR passou dos 1,21 para os 1,23. No entanto,
no câmbio CHF-USD, pôde-se observar como a divisa
helvética se valorizou em relação ao USD, já que a taxa de
câmbio passou de 0,96 para 0,89 CHF por USD.
Os produtos agrícolas caíram, em conjunto, 12% durante
2013. O milho (-43%) e o trigo (-22%) foram os mais
20
Quanto às divisas emergentes da Ásia, registou-se um castigo
generalizado desde que Benjamin Bernanke insinuou pela
primeira vez em maio que a Reserva Federal reduziria o seu
programa de compra de ativos. A divisa mais castigada foi
a rupia da Indonésia (-20%), seguida do baht tailandês, do
peso filipino e do ringuite malaio, tendo todas sofrido uma
desvalorização de 7% em relação ao USD.
No entanto, o yuan chinês continuou o seu caminho
particular de valorização gradual e controlada (intervinda), a
um ritmo anual de 3,5%-4%, como de costume.
As divisas da América Latina encontraram-se numa situação
semelhante: todas, sem exceção, baixaram de preço em
relação ao USD. O pior, o peso argentino (-25%), seguido do
real brasileiro (-13%). Depois houve um conjunto de divisas
da Aliança do Pacífico (peso chileno, sol peruano e peso
colombiano) que se desvalorizaram de forma semelhante,
cerca dos 8% em comparação com o USD. O que melhor
aguentou, no entanto, foi o peso mexicano, cuja taxa
de câmbio com o USD se manteve mais ou menos sem
alterações (-1%) durante 2013.
21
3. Evolução prevista para a economia global
e para os mercados financeiros em 2014
Evidentemente, estes ritmos não podem ser mantidos durante
vários trimestres consecutivos, é por isso que prevemos um
certo abrandamento durante o primeiro trimestre (e talvez
também durante o segundo). De facto, prevemos uma queda
nos PMI globais, que podem passar dos 54 atuais para os
52,5 em Março-Abril. Uma circunstância que os mercados
considerarão um fator de risco, que alimentará um certo
nervosismo, mas que o Andbank prevê que não irá mais além
do necessário abrandamento dos ritmos.
Perspetivas para a economia global
Introdução
O nível atingido nos PMI globais no encerramento de 2013
(perto dos 54), bem como a aceleração observada nas áreas
de serviços (54,3) e novas encomendas (54), sugerem uma
maior estabilidade nas tendências subjacentes da atividade e
do comércio global para 2014.
Efetivamente, este abrandamento na atividade global já
se está a notar nas primeiras semanas de 2014, e estaria a
ser magnificado pela decisão das autoridades chineses de
aplicar políticas anticíclicas (travando a expansão do crédito),
mas também pelos efeitos de umas condições climáticas
extraordinariamente difíceis na América do Norte.
De facto, e como se comentava anteriormente, segundo o
último relatório do CPB Netherlands Bureau for Economic
Policy Analysis, o volume das importações globais teria
crescido 2% em novembro de 2013 numa base trimestral (ou
seja, a um ritmo anual de 8%). Esta seria a leitura mais elevada
desde março de 2011 e um claro reflexo de uma melhoria das
condições económicas globais.
Esta circunstância pode, legitimamente, provocar um
aumento das preocupações sobre a saúde da economia
global e, portanto, disparar a perceção de risco. No entanto,
é necessário insistir no facto que, analisando as dinâmicas
globais (e depois deste abrandamento dos ritmos de
expansão), é provável que se observe uma estabilização
dos PMI, que não deveriam baixar para níveis inferiores aos
52,5 em abril. Uns níveis que, não esqueçamos, são ainda de
expansão económica e compatíveis com um crescimento
industrial global anual de 3,5%.
Neste sentido, os dados do Andbank apontam para um leve
abrandamento dos ritmos trimestrais de atividade durante os
primeiros meses do ano, após o qual se daria uma recuperação
do crescimento global a partir do segundo trimestre e,
especialmente, durante toda a segunda metade do ano.
Devemos ter em consideração que os ritmos de expansão em
produção industrial e consumo a retalho global observados
no último trimestre do ano mostravam um robusto avanço
de 5% em ritmo anual.
Em resumo, consideramos que a economia global continuará
com a tendência de expansão gradual e progressiva, com
22
um ritmo de crescimento do PIB que deveria superar
comodamente os 3,25%, um cenário que seria alimentado
pela recuperação moderada dos países ocidentais e pelas
vantagens que isso implicaria para as exportações de
manufaturas de alguns países emergentes. A visão talvez
menos otimista dirige-se para os países emergentes cujas
exportações estão baseadas nas matérias-primas. O grande
excesso de capacidade global no universo dos minerais
e dos metais fará com que os seus preços se mantenham
pressionados, impedindo o aumento do valor nominal das
suas exportações e a realização de novos investimentos
nestes setores.
excessivamente intensa nas exportações e não no
desenvolvimento da procura interna, e afirma que a
vantagem do custo do capital na Alemanha acabará por
destruir as indústrias dos países da periferia. Na nossa opinião,
esta corrente falha ao partir do princípio de que a procura
interna pode ser ativada de forma artificial em todos os
países. Neste caso concreto (Alemanha), há razões históricas,
culturais e idiossincráticas que nos fazem duvidar de que isso
seja possível, e em última análise, a alteração desta ordem
provavelmente desembocaria numa situação afastada do
ponto de equilíbrio nesse país. Mas esta corrente também
falha noutra premissa: afirma que a Alemanha está a usufruir
de uma vantagem do custo do capital superior, já que, apesar
de as taxas do BCE serem iguais para todos os Estadosmembros, é certo que a taxa natural e necessária do dinheiro
(relacionada com os ritmos de atividade e, portanto, com os
lucros) é substancialmente mais alta na Alemanha do que na
Itália, por exemplo. Isto faz que o custo real do dinheiro seja
relativamente mais baixo na Alemanha, o que lhe permite
continuar a fazer o que melhor sabe fazer: reinvestir os lucros
na sua potente indústria exportadora e continuar a ampliar a
distância que a separa dos restantes países.
Zona euro
Na opinião do Andbank, a zona euro estará influenciada por
seis grandes temas que dominarão 2014: 1) a persistente
corrente de pensamento sobre a inviabilidade de alguns
Estados-membros e a sua eventual saída da moeda única; 2)
a possível reflação-reativação da Alemanha; 3) a força do euro
e a sua influência; 4) o novo posicionamento competitivo da
periferia; 5) a capacidade dos países periféricos de superar
os obstáculos fiscais, e 6) o sistema bancário.
Neste aspeto, também nos sentimos otimistas pelo facto
de termos observado como o BCE gere a sua política
monetária pensando mais na periferia do que na Alemanha.
Esta tese fica perfeitamente ratificada quando observamos
como, apesar das melhores dinâmicas económicas na
Alemanha, que requereriam um certo endurecimento da
política monetária, o BCE manteve (e mantém) uma política
dirigida a favorecer a convergência no custo do capital para
todos os Estados-membros, como ficou patente com a
significativa redução dos prémios de risco de todos os países
problemáticos. Neste sentido, mostramo-nos otimistas e
prevemos que a atividade económica e industrial na periferia
continuará a recuperar terreno, dado que começa a usufruir
das vantagens de uma redução do custo do capital, o que
permite que os esforços não se concentrem exclusivamente
no embaratecimento dos restantes fatores de produção
(deflação salarial).
Neste momento, é impossível determinar a evolução sócioeconómica da região sem ter, pelo menos, uma ideia mais
ou menos clara sobre cada uma destas questões.
Sobre a persistente corrente anglófona referente à
hipotética inviabilidade de alguns Estados-membros como
consequência das políticas de austeridade promovidas por
Berlim, que defende, portanto, a própria inviabilidade do
euro, é necessário afirmar que entendemos uma parte dos
argumentos desta corrente, mas apenas uma parte. A nossa
visão está mais próxima da ideia de que o euro e a zona euro
não só são viáveis, mas que podem mesmo converter-se
num núcleo estável da economia global.
O mundo económico anglo-saxão critica as autoridades
alemãs por focalizar a sua recuperação de uma maneira
23
Uma segunda razão para que nos mostremos otimistas
sobre um crescimento na região (zona euro) que deveria ser
claramente superior a 1% neste ano de 2014 é a hipotética
aceleração (reflação) na Alemanha. Os elementos que
alimentam esta hipótese são: 1) a participação do SPD no
governo de coligação na Alemanha; e 2) o facto de que,
depois de conseguir o requerimento legal de défice zero,
a Alemanha não terá de enfrentar qualquer obstáculo fiscal
em 2014 (consulte o gráfico).
a estabilidade da divisa em que estes estão denominados,
tomou nota e aumentou de forma considerável a sua procura
de ativos denominados em euros. O resultado está à vista.
Rendibilidades a 10 anos, obrigações periféricas
Balanço fiscal estrutural – Alemanha
35
35
30
30
25
25
20
20
15
15
1
1
10
10
0
0
5
5
-1
-2
-2
-3
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'0 3
'0 4
'0 5
'0 6
'0 7
'0 8
'0 9
'1 0
'1 1
'1 2
'1 3
'1 4
'1 5
'1 6
'1 7
0
-1
Projeção
'1 8
Itália
Andbank, JPM Chase
'13
Espanha
Grécia
Portugal
Irlanda
©FactSet Research Systems
Em quarto lugar, prevemos que, enquanto se mantiver esta
corrente de fazer política monetária no conselho do BCE (um
facto mais do que provável, depois das incorporações dos
presidentes dos bancos centrais dos países bálticos como
membros permanentes do conselho do BCE), a estabilidade
do euro continuará a representar uma clara vantagem para
todos os ativos denominados em euros. Os custos do capital
para os agentes económicos públicos e privados da zona euro
continuarão a diminuir, favorecendo a atividade de investimento.
-4
Previsão do WEO, Balanço Estrutural da Administração Pública, % do PIB potencial
IMF WEO - World Economic Outlook
0
'12
©FactSet Research Systems
Outra razão para o otimismo reside no terceiro grande tema
que vai dominar 2014: a força do euro e a sua influência.
Muitas são as vozes (maioritariamente locais) que atribuem
o ótimo comportamento do custo do endividamento na
periferia à implementação dos ajustes fiscais e das reformas
estruturais. Ora bem, na nossa opinião, estes fatores não
foram os únicos impulsores do bom desenvolvimento destes
ativos. Para o Andbank, foi a política monetária do BCE, mais
ortodoxa e convencional, com a gradual contração da base
monetária quando os problemas de liquidez começaram a
dissipar-se, a principal causa das dinâmicas observadas nos
mercados de dívida em euros. Mais concretamente, esta
política convencional, em contraposição às restantes políticas
não convencionais (de desvalorizações competitivas), fez com
que o euro se converta de forma natural numa das divisas mais
estáveis do mundo hoje em dia. O investidor internacional, que
agora observa não só a estabilidade dos ativos, mas também
Em quinto lugar, o novo posicionamento competitivo das
economias do sul da Europa, resultado de uns enormes ajustes
internos, já estaria a dar frutos. Prevemos que estes ajustes
não serão revertidos a médio prazo (pela grande pressão que
exercem as elevadas taxas de desemprego sobre os restantes
salários), mas que os seus efeitos ainda se terão de notar e que
permitirão que as balanças externas continuem a melhorar e a
contribuir para o PIB.
Para terminar, o sistema bancário continua a ajustar-se, num
processo que o levará a uma situação de equilíbrio dos riscos
sistémicos. Bancos mais pequenos (ou mais bem capitalizados)
e mais regulados formarão a base de uma indústria financeira
24
capaz de financiar um novo ciclo económico num futuro
relativamente próximo.
descontrolada nalguma destas economias e a consequente
deterioração das rendas reais do trabalho.
O resultado da análise do Andbank traduz-se numas perspetivas
de crescimento para a zona euro claramente superiores ao 1%,
com a Alemanha como locomotora (+1,8% do PIB previsto)
e com todos os países da periferia a crescerem numa média
próxima do 1%.
Começando pelo princípio, é necessário reconhecer que a futura
procura da Ásia não é um tema que nos preocupe de forma
substancial. Embora seja verdade que a China está a aplicar
políticas anticíclicas, mais concretamente de endurecimento
do crédito, também é verdade que as autoridades de Pequim
estão com estas práticas há mais de um ano. E sem ir mais
longe, a economia chinesa conseguiu fechar o exercício de
2013 com uns ritmos de PIB de 7,7% (por cima do seu próprio
objetivo, que era de 7,5%), e o crédito, apesar de ter abrandado
consideravelmente de ritmo (cerca dos 20% anuais), continua a
expandir-se muito por cima do PIB nominal (11%). Um conjunto
de fatores que nos permite ser otimistas quanto a uma evolução
satisfatória da procura proveniente da Ásia em geral e da China
em particular.
América Latina
Seria incorrer num grave erro considerar a região como uma
zona homogénea nas áreas da economia, sociedade e política
pelo simples facto de os seus países poderem estar linguística e
culturalmente vinculados.
A região é hoje em dia um autêntico formigueiro de grandes
contradições, movimentos estratégicos e agrupamentos de
interesse que nos obriga a realizar uma análise muito mais
seletiva, que resulta necessariamente numa visão poliédrica.
Dito isto, é necessário determinar, primeiro, e diferenciar, depois,
os países mais bem posicionados neste aspeto (grau de abertura
exportadora à Ásia). O resultado do exercício de análise do
Andbank é que o Chile e o Peru são, nestes momentos, os mais
bem posicionados para usufruir de umas dinâmicas na Ásia que
prevemos que continuarão a ser satisfatórias em termos gerais.
Os piores posicionados seriam a Argentina e o México (com uma
escassa exposição exportadora à região asiática).
Como exemplo, para considerar e entender os princípios
básicos dos blocos que prevalecem atualmente na região,
é necessário ter em consideração que: 1) de um lado, está a
Aliança do Pacífico, com o Chile, o México, o Peru e a Colômbia;
2) de outro lado, encontramos uma corrente antagónica que
é a Aliança Bolivariana – Tratado de Comércio, composta por
Cuba, Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia; e 3) finalmente,
existe uma série de acordos de associação que não acabam de
funcionar: Mercosul, Unasul, etc.
Exportações da América Latina para a China (% PIB)
8
7
2000
6
2012
5
Da mesma maneira, o Andbank procura projetar as dinâmicas
futuras da região mediante a identificação dos fatores que
dominarão o comportamento dos agregados económicos. Para
a América Latina, consideramos que os fatores dominantes serão:
1) a procura da Ásia; 2) as condições monetárias globais com o
novo regime de tapering; 3) as vulnerabilidades domésticas
de cada país da região; 4) o posicionamento competitivo
destes países no atual enquadramento global; 5) a rapidez
com que foi construído o nível de endividamento privado em
certas economias da zona; e 6) o perene problema da inflação
4
3
2
1
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25
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0
O segundo fator que dominará a região em 2014 serão as
condições monetárias globais. É evidente que a finalização
dos programas de expansão monetária da Reserva Federal
alimentará a sensação de que o bar aberto da liquidez chega ao
seu fim. Neste sentido, o mercado provavelmente interpretará
que os países com piores dinâmicas de balança externa (ou
balança por conta corrente) necessitarão de recorrer a um
mercado internacional menos líquido para ajustar (financiar)
esse défice externo. O Andbank prefere computar todas as
necessidades de financiamento de uma economia, motivo pelo
qual consideramos de uma maneira conjunta o défice fiscal e
o défice externo (o denominado twin deficit). Neste sentido, o
melhor posicionado seria a Colômbia e o pior, o Brasil.
Como resultado, em termos de competitividade, o Brasil e
a Argentina estão muito mal posicionados, com uns custos
de embarque e envio de 2300 e 1700 USD por contentor,
respetivamente, muito por cima da média dos países
emergentes (1400 USD) e muito por cima dos custos na Ásia
(500 USD). Os melhores voltam a ser o Chile e o Peru (900
USD).
O outro fator importante, a inflação, determinará grande
parte da evolução da divisa de cada país, bem como do
custo do endividamento nominal. Praticamente não é
necessário dizer que os piores países neste apartado são a
Argentina (>25% em inflação) e o Brasil (>6%). Os melhores
voltam a ser o Chile e o Peru.
O terceiro fator que influenciará a região (e o mais importante
para o Andbank) serão as vulnerabilidades domésticas de cada
país. Estas vulnerabilidades têm um vínculo indissolúvel com
a tradição histórica na área dos investimentos. É necessário
destacar aqui o baixíssimo nível de investimentos (passados
e presentes) no Brasil (17% do PIB) em comparação com o
elevado nível de investimentos observado em países como o
Chile e o Peru (25% do PIB).
Em resumo, os países da região estão posicionados de
maneiras muito diferentes para enfrentar os principais
fatores que dominarão 2014. Em termos gerais, agradamnos os países que formam a Aliança do Pacífico: o Chile, o
Peru, o México e a Colômbia (para os quais esperamos um
crescimento no PIB de 4,3%, 5,5%, 3% e 4%, respetivamente).
Os argumentos são um melhor posicionamento relativo em
cada um dos temas dominantes, mas também o bloco em si
que configuraram. Este bloco (Aliança do Pacífico) representa
40% do PIB do continente, e o comércio entre os países que o
formam representa 50% do comércio de todo o continente,
com um nível de exportações combinadas superior aos
500 mil milhões de USD. Com uma população de uns 200
milhões de pessoas, representaria hipoteticamente a oitava
economia do mundo. Trata-se de um bloco formado por
países com sistemas políticos semelhantes, que tendem a
convergir em valores e em princípios. Um bloco que procura
a configuração de mercados estáveis, desenvolvimento
económico, livre comércio e competitividade. Um bloco
que superou as preconceções e os discursos anticapitalistas
tão enraizados noutras zonas da região. Um aspeto que
passa desapercebido é o próprio nome do bloco: “Aliança
do Pacífico”. Este último termo, “Pacífico”, agrada-nos
especialmente, dada a nossa visão favorável para esta região
no futuro próximo.
Investimento
(% do PIB)
30
25
20
15
10
5
0
Peru
Chile
México
Argentina
Uruguai
Brasil
Bancos Centrais Nacionais 2013 / 2012
26
A previsão do Andbank para o conjunto da região, no
entanto, é de um crescimento do PIB consideravelmente
baixo, de 2,6%, muito inferior aos 4% de média observados
na última década. O Brasil não excederá os 2% em ritmo
do PIB e a Argentina provavelmente voltará a entrar em
contração económica (com um crescimento do PIB entre
-1% e 0%).
nos últimos sete anos tem sido negativa, de uns 4000 USD
anuais. E se a matemática não nos falha, sabendo que há uns
140 milhões de salários, chegamos à conclusão de que há
uns 560 mil milhões de USD menos em rendas do trabalho
disponíveis para destinar ao consumo. O que, simplesmente,
torna muito difícil projetar uma rápida recuperação do ciclo
do consumo, como se pôde observar em crises anteriores.
Estados Unidos
Em segundo lugar, observou-se como o desalavancamento
dos diferentes agentes económicos nesta economia
continuou em termos gerais durante 2013. Assim, foram os
bancos os que fizeram um maior esforço de saneamento
dos seus balanços, passando de uma dívida equivalente
a 120% do PIB em 2009 para os 84% atuais. As empresas
reduziram os seus passivos dos 81% para os 78% atuais, e
as famílias dos 100% em 2009 para os 81% atuais. Todo este
exercício de redução do endividamento no setor privado
foi compensado por um aumento sem precedentes do
endividamento federal, que passou dos 60% para os 102%.
Se considerarmos todos os dados de forma combinada,
chegamos à conclusão de que o endividamento nacional
(público e privado) nos EUA se reduziu dos 371% para os
350% entre 2009 e 2013. Uma redução da dívida que deixa
certamente espaço para novo crédito, mas que, de acordo
com os numerosos estudos realizados nesta matéria, é ainda
insuficiente para poder aspirar a um novo ciclo de crédito e
endividamento.
Existe um amplo consenso sobre a capacidade desta
economia para crescer folgadamente durante 2014. A
maioria dos participantes do mercado especula sobre
ritmos claramente superiores aos 3%. No caso do Andbank,
apesar de também considerarmos que o PIB dos EUA se
expandirá de uma maneira clara, sentimo-nos mais cómodos
projetando ritmos de expansão na parte baixa da gama
calculada pelo mercado, considerando que o crescimento
desta economia se situará entre os 2,5% e os 3% em 2014.
As nossas projeções repousam sobre o que consideramos
que serão os temas que dominarão esta economia em 2014:
1) a qualidade da ocupação criada, que está a provocar uma
alteração estrutural na renda média; 2) o estado atual do
alavancamento, neste caso, desalavancamento; 3) o risco
latente do que o Andbank denomina o novo trigger point
para os EUA; e 4) a manutenção da denominada ZIRP (zero
interest rate policy ou política de taxa de juros zero) e as suas
implicações a médio e longo prazo.
O terceiro fator crucial será a forma como a Reserva Federal
controlará o que o Andbank denomina o novo trigger
point nos EUA. Este ponto está estreitamente relacionado
com o diferencial entre a margem que os empresários
podem obter do dinheiro que pedem emprestado e o
custo desse dinheiro. No Andbank medimos este último
conceito (custo do capital) através da TIR observada nas
obrigações denominadas em USD para as empresas com
classificação BBB (classificação média nos EUA). Por outro
lado, para calibrar a margem que podem obter com o capital
emprestado, utilizaremos como proxy o próprio crescimento
do PIB (aplicando os preceitos do fundador da escola de
Estocolmo, Knut Wicksell). Para tornar comparáveis estes
Começando pelo princípio, é inegável que a recuperação do
número de contratos continuou durante 2013, e é provável
que prossiga durante 2014. No entanto, detetámos que
o número total de contratos a tempo parcial criados nos
últimos anos (cerca de 4 milhões) coincide com o número
total de contratos a tempo inteiro destruídos no mesmo
período de tempo. Se a intuição não nos falha, isto quereria
dizer que há 4 milhões de pessoas com uma renda laboral
sensivelmente inferior. Efetivamente, a análise do Andbank
mostra como a variação na renda média (de todo o país)
27
valores, tratá-los-emos em termos reais. Esta tese afirma
que, quando o custo do endividamento se encontra uns 200
pb por cima do que uma empresa pode obter de margem,
as empresas deixam automaticamente de aumentar o
passivo e, portanto, param de investir. A situação atual é
muito semelhante a esta, apesar de que estaria a melhorar
gradualmente. É por isso que o Andbank não prevê um
crescimento significativo dos balanços das empresas (via
passivo) em 2014, o que se deverá traduzir numa expansão
moderada da atividade empresarial durante este ano.
Também não podemos negligenciar os desajustes que a
política não convencional está a provocar. As empresas
dos EUA estiveram a gastar grande parte da liquidez que
mantinham em balanço durante 2012-2013, mas esta
liquidez não se dirigiu para o investimento (observe-se no
gráfico como o investimento foi caindo).
Liquidez empresarial e despesas de capital
4
Custo do capital e retorno do capital
20
15
2
10
8
8
6
6
4
4
-2
2
2
-3
0
0
-4
'84 '86 '88 '90 '92 '94 '96 '98 '00 '02 '04 '06 '08 '10
'12
'13
5
0
0
-1
-5
-10
Diferença negativa em financiamento
Empresas com fluxos de caixa positivos
-15
-20
'84
-2
'86
'88
'90
'92
'94
'96
'98
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
Diferença em financiamento como % do PIB
-4
-4
10
1
10
-2
25
Diferença positiva em financiamento
Empresas com fluxos de caixa negativos
3
(% 1 ano) Investimento em Capital Fixo Privado – Não Residencial
Custo'88
real '90
do capital
'84 '86
'92 '94 '96 '98 '00 '02 '04 '06 '08 '10 '12
1510
Rendibilidade
do
capital
SPREAD,
COST
OF CAPITAL
Vs RETURN
ON CAPITAL
COST
OF
CAPITAL
Vsreal
RETURN
ON
CAPITAL
Recessões dos EUA
8
Andbank, Federal Reserve System, BEA
10 6
ST OF CAPITAL Vs RETURN ON CAPITAL
Andbank, Federal Reserve System, BEA
Toda esta liquidez foi dirigida para o pagamento de
dividendos e para a recompra de ações. Os dividendos
pagos aumentaram dos 500 mil milhões de USD em 2010
para os 880 mil milhões de USD em 2013. Uma situação
semelhante ocorreu com a recompra de ações, que passou
dos 0,3 bilhões de USD em 2010 para os 0,5 bilhões de USD
em 2013. Estes mecanismos não são mais que duas vias
diferentes de retornar o capital ao acionista. Em resumo,
quando a direção não sabe (ou não se atreve) a tomar uma
decisão de investimento, o que faz é transferir ao acionista
este problema. A pergunta que todos se fazem é: «Porquê?».
8
15
©FactSet Research Systems
6
10
Diferencial entre custo do capital e retorno do capital
10
10
8
6
4
2
0
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
8
15
COST OF CAPITAL Vs RETURN ON CAPITAL
Trigger point
10
8
10
6
4
5
2
0
0-2
-4
-6
'84 '86
'88 '88'90'90 '92
'96'98'98
'02'06'04'08 '06
'08 '10
'84 '86
'92 '94
'94 '96
'00 '00
'02 '04
'10 '12
6
4
2
0
Na opinião do Andbank, nenhuma empresa pode tomar
uma decisão de investimento baseada numa informação
(recebida do sistema monetário internacional) quando
percebe que esta está manipulada. E é exatamente esta a
perceção das empresas: que a informação monetária (o preço
do dinheiro local e do dinheiro estrangeiro) está manipulada.
'12 '13
Períodos de Recessão dos EUA
Diferencial entre custo e retorno do capital
©FactSet Research Systems
Andbank, Fede ral Reserve System, BEA
Andbank, Federal Reserve System, BEA
©FactSet Research Systems
15
10
©FactSet Research Systems
28
Economias emergentes da Ásia. Crescimento interanual
no 3º trimestre de 2013
Enquanto estas políticas se mantiverem (como efetivamente
se mantêm), as decisões de investimento continuarão a
ser adiadas. Este fator não nos permite projetar grandes
recuperações da atividade económica, derivadas de um
aumento do investimento.
7,8%
4,2%
Pelo lado positivo, as políticas ZIRP da Reserva Federal,
juntamente com a persistente desinflação, permitirão
manter estruturalmente baixas as rendibilidades nas
obrigações governamentais com vencimentos mais longos,
o que deveria permitir a progressiva recuperação do setor
imobiliário. Isso sim, tratar-se-ia de uma recuperação
financiada sem crédito, impulsionada portanto a partir de
um setor médio-alto da sociedade.
2,4% 6%
1,6%
2,6%
7,5%
5%
5,6%
1,6
2,6
3,7
4,7
5,7
6,8
7,8
©FactSet Research Systems
A previsão do Andbank é que a região experimentará uns ritmos
de expansão semelhantes em 2014, de cerca de 6%, e que será a
China o país a registar os ritmos mais relevantes (de 7%), seguida
das Filipinas (6,5%), da Indonésia (5,5%), do Vietname (5,5%), da
Índia (5%) e da Malásia (5%). Mais atrás viriam a Tailândia, Taiwan
e Singapura (com ritmos mais modestos, próximos dos 3%).
Outro elemento positivo que justifica o posicionamento
do Andbank relativo a um crescimento em PIB para os EUA
superior aos 2% é o facto de o governo federal já ter realizado
um grande ajuste fiscal ao longo de 2012 e 2013, passando
o défice dos 1,6 bilhões de USD em 2010 para os 0,9 bilhões
de USD no encerramento de 2013. Isto significaria que o
lastro fiscal não deveria ser tão forte nos próximos anos.
Os argumentos que apoiam a nossa visão moderadamente
otimista para a região são:
Economias emergentes da Ásia
1) Umas contas públicas muito saneadas, com um nível de
endividamento regional de 40,7% do PIB, e umas dinâmicas de
execução orçamental de equilíbrio em termos gerais.
A região da Ásia Emergente continua a aumentar a sua
participação no PIB global (agora por cima dos 30%),
acelerada desde 2009 (25%).
Dívida pública. Percentagem do PIB
Apesar do abrandamento observado em 2013, a região
mantém uns ritmos de expansão mais do que aceitáveis
(próximos dos 6% anuais) e, o que é mais importante, como
costuma passar, acelera os ritmos no segundo semestre do
ano, com uma taxa no terceiro trimestre de 3,2% (13% anuais).
2012
2010
2008
2006
2004
2002
91,3
84,4
69,3
67,0
66,9
64,4
Índia
4,8
46,9
48,2
51,2
57,7
63,1
Indonésia
13,2
15,0
16,6
20,0
27,3
32,5
Malásia
53,3
51,1
39,8
10,6
-
-
Filipinas
51,4
52,4
54,7
61,4
-
-
Tailândia
30,9
29,7
23,5
24,9
27,9
31,0
Total dos países
emergentes asiáticos
40,7
40,1
39,7
42,7
47,8
52,9
Total mundial
Os totais regionais são calculados utilizando médias ponderadas do PIB real, com base nos dados de 2011
FactSet Economics Standardized Database
29
Japão
2) Um mercado laboral cuja evolução positiva não para, com
uma taxa de desemprego que caiu durante todo o período
de crise financeira global (dos 4,7% antes da crise para os 4,2%
atuais). Esta situação de plena ocupação deverá garantir umas
dinâmicas de consumo doméstico aceitáveis.
A economia japonesa terminou 2013 com uns bons ritmos
de atividade, com os PMI gerais em zona de expansão (55) e o
índice Tankan a apresentar uma recuperação nos indicadores
de confiança empresarial.
3) Os níveis de vida continuam a convergir com Ocidente, com
umas vendas a retalho que crescem a dois algarismos.
A política de estímulos do Banco do Japão estaria a produzir os
efeitos desejados (pelo menos em parte) quanto à atividade e
aos preços (1,5% em inflação).
4) Uma atividade de fabrico que cresce 7,2% por ano, o que
compensa a redução da atividade exportadora relacionada
com as matérias-primas.
Prevemos que esta política de reflacionar a economia através
de um programa de compra de ativos (obrigações do Estado
a longo prazo), mantendo as rendibilidades pressionadas e em
baixo (0,50% atualmente na TIR da obrigação japonesa a 10
anos), e embaratecendo a atividade hipotecária, continuará no
tempo. Até quando? Esta é uma política que também procura
desvalorizar a divisa para reativar o setor externo. Já no passado
as autoridades japonesas desvalorizaram o iene até 130 em
relação ao USD (atualmente a 103) e 170 em relação ao EUR
(atualmente a 140). Esperemos que estas políticas continuem
a ser implementadas até a divisa atingir uma posição próxima
dos níveis mencionados.
5) Um stock de reservas internacionais muito saudável e que
coloca o coeficiente de cobertura da dívida externa (pública)
em cerca de 0,5 vezes.
6) Apesar de alguns países como a Índia e a Indonésia terem
experimentado dificuldades nas balanças externas (por conta
corrente), a região mantém uma situação praticamente de
equilíbrio na balança externa (com um défice equivalente a 1,2%
do PIB). Além disso, as medidas tomadas pela Índia (proibição
das importações de ouro) e pela Indonésia (proibição das
exportações de níquel) provocaram que o desequilíbrio externo
destas duas economias (de 5,5% e 4,5%, respetivamente)
se tenha ajustado para 1,2% e 1,8%, respetivamente, o que
provavelmente fará que, à escala regional, o desequilíbrio na
balança por conta corrente desapareça.
Crescimento estimado do PIB para 2014 de 1,25%-1,5%.
Aceleração moderada da inflação até aos 2%.
Reino Unido
7) Os requisitos de financiamento líquido externo são
indubitavelmente escassos: equivalentes a apenas 8% do PIB
para os próximos 18 meses.
Crescimento robusto ao longo de 2013 (+/-1%), especialmente
na última parte do ano (0,7% no quarto trimestre de 2013 ou
2,8% de ritmo anual).
8) A inflação está inquestionavelmente controlada em todas
estas economias, com um nível regional de 4%, ajustado pela
recuperação observada a partir da eliminação dos subsídios à
gasolina nalguns países. Quando o efeito base for eliminado,
em menos de um ano, a inflação regional poderia situar-se em
cerca de 3,8%. A China está a mostrar um controlo férreo sobre
a evolução dos preços, e os resultados estão a ver-se agora,
com uma inflação de 2,4% em 2013.
A melhor situação relativa do mercado laboral e, de forma
especial, a melhoria significativa observada na contratação a
tempo inteiro situaram a taxa de desemprego em 7%, que é
o nível de referência a partir do qual o BoE pode decidir alterar
a sua forward guidance e abrir a possibilidade de um aumento
das taxas.
30
O que destacaríamos desta economia é que a melhoria
ocorreu num ambiente em que o presidente do BoE decidiu
eliminar os estímulos através da expansão da base monetária.
Trata-se, portanto, de um crescimento mais genuíno do que o
observado, por exemplo, no Japão.
2) As políticas da Reserva Federal, do BoJ, do BoE, etc.
(conhecidas com o nome de ZIRP) previnem a ativação do
mecanismo global de autoajuste (dólar alto e petróleo baixo),
dificultando a criação de um novo ciclo económico (baseado
num aumento da capacidade de compra do consumidor
norte-americano, precisamente por um dólar mais alto e um
petróleo mais baixo). A incapacidade de iniciar um novo ciclo
da maneira tradicional fará com que os preços e a inflação
global também não possam subir.
Prevemos que a atividade económica no Reino Unido se
expanda a um ritmo de 1,5%-2% em 2014, com um nível de
preços contido (como em todos os lados) que resultará numa
inflação de 1,7%.
3) O investimento massivo na indústria mineira (e nos metais)
provocou o maior excesso de capacidade alguma vez registado,
o que representa uma força deflacionista maiúscula.
Comportamento dos mercados financeiros em 2014
Mercado de renda fixa
4) A internacionalização do renminbi permite basicamente
que a China apoie o desenvolvimento industrial de economias
pouco desenvolvidas através do crédito barato chinês. Isto
explica o aumento das fábricas têxteis no Vietname, das
fábricas de papel no Cambodja ou das fábricas de calçado no
Bangladesh.
A visão global do Andbank sobre a evolução da inflação é o
fator determinante na configuração das nossas perspetivas e
da nossa estratégia para as taxas de juros e para os ativos de
renda fixa.
Esta visão poderia resumir-se num enquadramento global
de inflações muito baixas, mais do que o mercado antecipa
atualmente com as curvas de swap.
5) A inédita capacidade que as empresas apresentam
atualmente para substituir força laboral humana por maquinaria.
Esta capacidade simplesmente não tem precedentes, com
um número nunca visto de empresas dedicadas ao design de
robótica, e representa também uma grande força deflacionista.
A nossa previsão de desinflação está baseada na observação de
seis forças estruturais claramente deflacionistas que dominarão
os próximos anos:
Em definitiva, há cada vez mais produtos que estão a ser
fabricados com menos dinheiro e menos mãos.
1) Há dois tipos de países no mundo: os price monetizers (que
prosperam em ambientes inflacionistas de matérias-primas;
seria o caso dos países emergentes) e os volume monetizers
(que prosperam com a expansão dos volumes mais do que
com a expansão dos preços; seria o caso das economias
desenvolvidas, intensivas em serviços, produtos financeiros,
saúde, etc.). Ora bem, o facto de as economias emergentes
já terem mostrado dinâmicas relativamente piores do que os
países desenvolvidos em 2013, juntamente com o facto de que
as TIR ocidentais não param de cair, apontam claramente para
uma conjuntura deflacionista.
Renda fixa em EUR: TIR estruturalmente baixas nas
obrigações de referência em EUR. Leque para o bund a 10
anos entre 1,5% e 2%. É necessário começar a aumentar a
duração a partir dos 2%. Compra agressiva por cima dos
2,25%-2,5%. Venda a 1,50%.
Renda fixa em USD: TIR estruturalmente baixas nas
obrigações de referência em USD. Leque para o treasury a
10 anos entre 2,5% e 3%. É necessário começar a aumentar
a duração a partir dos 3%. Compra agressiva por cima dos
3,25%-3,50%. Venda a 2,50%.
31
Dívida soberana europeia
Matérias-primas
Redução adicional dos prémios de risco durante 2014. TIR
estimadas para as obrigações a 10 anos destes governos 100
pb inferiores aos níveis de encerramento de 2013: Espanha,
objetivo de 3,25%; Itália, 3,25%; Portugal, inferiores aos 5%,
a partir dos 6% em dezembro de 2013; Irlanda, 3%; e Grécia,
inferiores a 7%.
As commodities em geral estariam bem valoradas depois
das quedas dos anos recentes. Não prevemos grandes
movimentos nos índices gerais (CRB), já que o grande motor
para um boom no preço já se dissipou em 2013, com uma
alteração estrutural descendente no ritmo da indústria pesada
na China (que reduziu o ritmo de expansão dos 20% anuais
registados no período 2000-2008 para os 10% atuais). Esta
redução é estrutural (não cíclica), não se justificando portanto
pensar num novo ciclo de subidas no preço das commodities.
Estas estimativas sugerem uns rendimentos de dois algarismos
em todos estes ativos para 2014.
Dito isto, há elementos que nos permitem ser otimistas
e abandonar a tese de quedas adicionais: 1) o índice CPB
Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis mostra um
aumento das importações globais que aponta para uma
recuperação do transporte e da procura real de matérias-primas;
e 2) o investimento na construção de novos navios no sul da
Europa foi de 9,5 mil milhões de EUR, para uma capacidade
de carga de 24 milhões de toneladas de peso morto (ou 275
novos navios de carga).
Renda variável
EUA-S&P: Para 2014 prevemos para as empresas deste índice
um crescimento em vendas de 6,2% e umas margens estáveis
a 9,6%, que resultarão num lucro por ação (EPS) que crescerá
6,2% até aos 116,27 USD. Projetamos um PER ltm de 15,9,
o que resulta num preço objetivo para este índice de 1849
(2,5% de valorização potencial para o conjunto do ano).
Europa–Stoxx 600: Para 2014 prevemos para as empresas
deste índice um crescimento em vendas de 3,9% e umas
margens que aumentam 6,5%, que resultarão num lucro por
ação (EPS) que crescerá 22,7% até aos 22,80 EUR. Projetamos
um PER ltm de 14,5, o que resulta num preço objetivo para
este índice de 370 (14,8% de valorização potencial para o
conjunto do ano).
Metais industriais: é necessário evitá-los. Os produtores de
metais, que atingiram um nível máximo de capacidade nunca
visto, foram surpreendidos pela referida redução estrutural
da atividade industrial na China. Apesar do encerramento
de alguns projetos de investimento, o grande excesso de
capacidade manterá o preço dos metais industriais (e de alguns
minerais) muito pressionado.
Ásia Em.–FDSAG sem Japão: Para 2014 prevemos para as
empresas deste índice um crescimento em vendas de 9,05%
e umas margens que aumentam 7,75%, que resultarão num
lucro por ação (EPS) que crescerá 15,3% até aos 67,43 USD.
Projetamos um PER ltm de 13,7, o que resulta num preço
objetivo para este índice de 925 (20,4% de valorização
potencial para o conjunto do ano).
Metais preciosos: é necessário evitá-los. Em termos reais, o
ouro continua caro, também em comparação com a evolução
do petróleo e dos ativos de renda variável. O menor impulso
monetário tem de oferecer menos suporte a estes ativos. A
Índia continuará a limitar a compra de ouro, e a crise da dívida
na Europa (grande fator de risco sistémico que em 2012 apoiava
a compra de ouro) está a ser resolvida satisfatoriamente. O
Japão continuará a reduzir o stock de ouro como parte do
seu programa de compra de ativos (obrigações). O target do
Andbank a longo prazo para o ouro está em 900 USD/onça.
32
Produtos agrícolas: estão bem valorados.
MXN: target de 12,75 com o USD. Positivo.
Commodities preferidas: 1) Na família das matérias energéticas,
preferimos o gás. Com uma valorização acumulada em 10 anos
de -14% (-1,4% anual durante todo o período), consideramos
que está muito barato, quando constatamos que o gás
constitui um elemento cada vez mais importante nos processos
produtivos.
BRL: target de 2,60 com o USD. A evitar.
Divisas asiáticas: o indicador do Andbank (Asian Currency
Diffusion Index) sugere que há muito valor nestas divisas.
Estes ativos mover-se-ão ao ritmo do tapering e poderiam
desvalorizar-se um pouco mais, no entanto, aos níveis de
encerramento de 2013. Definitivamente, pensamos que há
muito valor nestas divisas. As preferidas são: IDR, PHP e MYR.
2) Na família dos minerais ou metais, destaca-se o níquel, material
com um desconto muito importante como consequência do
grande excesso de oferta. Ora bem, a decisão da Indonésia
(principal produtor mundial) de proibir as exportações de
níquel sem processar pode eliminar este excesso de produto
em apenas um ano. Esta matéria manterá a sua elevada
presença nos processos industriais (superligas, baterias
recarregáveis, cunhagem de moeda, fundição, revestimentos
metálicos, catálise, etc.).
3) Na família dos produtos agrícolas, gostamos do milho, depois
da queda de 42% em 2013.
Commodities que é necessário evitar: todos os metais preciosos
(ouro, prata e paládio), metais e minerais como o alumínio e o
aço, bem como os minerais associados. Também se inclui na
lista de materiais caros o cobre. Em energia, é necessário evitar
o carvão.
Divisas
EUR: continuará a exercer o papel de divisa forte. Mantemos
um objetivo fundamental de 1,40 para o câmbio EUR-USD.
Níveis de entrada no EUR por baixo de 1,30 (é provável que se
veja se a Reserva Federal implementa o tapering de maneira
agressiva).
JPY: deve-se evitar o câmbio com o EUR e o USD (objetivo de
desvalorização gradual até 160 e 130, respetivamente).
GBP: estável. Leque de 0,82-0,86 com o EUR.
33
4. Relatório de revisão de contas
34
35
5. Demonstrações f inanceiras do Grupo Andbank
Andorra Banc Agricol Reig, SA and Subsidiaries
Translation of a report originally issued in Catalan based on our work performed in accordance with International Standards on
Auditing and of consolidated financial statements originally issued in Catalan and prepared in accordance with the accounting
principles and standards generally accepted for the Andorran financial system (see Notes 2 and 25). In the event of a discrepancy
the Catalan-language version prevails
36
Consolidated Balance Sheets at 31 December 2013 and 2012
Assets
Cash and at central banks of the OECD
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
37,265
42,197
210
210
578,430
579,195
762
(1,527)
537,038
537,463
(425)
Loans and receivables (notes 4 and 6)
Loans and advances to customers
Customer account overdrafts
Customer discounted notes
Provisions for loan losses
1,727,661
1,632,542
128,009
7,284
(40,174)
1,792,920
1,673,952
140,642
10,550
(32,224)
Investment securities (notes 4 and 7)
Bonds and other fixed-income securities
Provisions for loan losses
Securities valuation reserve
Investments in Group companies
Securities valuation reserve
Other investments
Securities valuation reserve
Shares and other variable-income securities
Investment funds
Securities valuation reserve
1,147,427
1,139,076
(3,904)
(16,958)
4,420
(8)
4,781
(58)
6,278
16,094
(2,294)
993,937
984,488
(3,256)
(9,891)
3,474
(50)
4,781
290
16,232
(2,131)
34,912
33,664
Intangible assets and amortisable costs (note 8.a)
Intangible assets and amortisable costs
Provision for amortisation
19,173
55,183
(36,010)
14,161
47,482
(33,321)
Tangible assets (note 8.a)
Tangible assets
Provision for depreciation
Provision for depreciation of tangible assets
147,343
235,877
(79,878)
(8,656)
133,681
215,223
(72,031)
(9,511)
37,751
35,190
2,561
56,764
54,643
2,121
312,805
5,897
13
65,640
237,691
3,564
4,042,977
96,449
24,966
13
28,373
41,699
1,398
3,701,021
INAF (Andorran National Institute of Finance) (note 22)
Financial intermediaries on sight, banks and credit institutions (notes 4 and 5)
Banks and credit institutions
Other financial intermediaries
Provisions for loan losses
Gains on consolidation (note 8.b)
Prepayments and accrued income
Interest accrued and not collected
Prepaid expenses
Other assets (note 13)
Operations in progress
Inventories
Options purchased
Other
Taxes
TOTAL ASSETS
The accompanying notes 1 to 25 form an integral part of these consolidated financial statements.
37
Expressed in thousands of Euros
Liabilities
2013
2012
2,058
1,278
3,332,281
641,253
301
2,690,727
3,029,557
447,949
1,102
2,580,506
Debt securities (note 4)
81,258
68,149
Provisions for risks and contingencies (note 9)
Provisions for pensions and similar obligations
Other provisions
11,713
6,816
4,897
9,885
6,701
3,184
-
-
5,393
4,193
26,124
25,086
1,038
23,595
22,694
901
102,204
24,029
3,387
59,509
15,279
118,095
102
27,660
3,392
86,941
-
78,842
78,842
78,061
78,061
Reserves (note 11)
Legal reserve
Guarantee reserves
Statutory reserves
Voluntary reserves
Consolidation reserves
Revaluation reserves (note 8)
Share premiums
Translation differences
357,068
15,612
24,025
169,279
12,780
61,912
73,441
19
330,126
15,612
20,900
149,322
12,363
61,912
69,999
18
Profit (notes 10 and 11)
Profit for the year
Interim dividend
46,036
64,080
(18,044)
38,082
56,581
(18,499)
-
-
4,042,977
3,701,021
INAF (Andorran National Institute of Finance) (note 4)
Creditors (note 4)
Banks and credit institutions
Other financial intermediaries
Customer deposits
Subordinated liabilities
General risks reserve (note 11)
Accrued expenses and deferred income
Unpaid accrued expenses
Deferred income
Other liabilities (note 13)
Dividends payable
Operations in progress
Options issued
Suppliers and other creditors
Taxes
Share capital (note 11)
Subscribed capital
Minority interests
TOTAL LIABILITIES
The accompanying notes 1 to 25 form an integral part of these consolidated financial statements..
38
Consolidated Memorandum Accounts at 31 December 2013 and 2012
Memorandum accounts
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
73,895
73,835
60
-
67,700
67,500
200
-
348,050
340,523
7,527
277,216
269,277
7,939
Futures operations (note 14)
Outstanding forward currency purchases and sales
Forward financial instrument operations
8,209,787
1,716,465
6,493,322
5,782,708
1,412,456
4,370,252
Security deposits and other securities held in custody (notes 19 and 20)
Security deposits and other securities held in custody of third parties
Security deposits and other securities in own custody
8,701,609
7,978,278
723,331
7,306,208
6,698,508
607,700
Other memorandum accounts exclusively for administrative control
Guarantees and commitments received
Other memorandum accounts (note 21)
1,425,699
1,203,530
222,169
1,498,314
1,286,775
211,539
18,759,040
14,932,146
Contingent liabilities
Guarantees, bonding, sureties and other
Documentary letters of credit issued to or received from and confirmed by customers
Notes and similar accepted
Commitments and contingent risks
Commitments and operational risks
Commitments and actuarial risks
TOTAL MEMORANDUM ACCOUNTS
The accompanying notes 1 to 25 form an integral part of these consolidated financial statements.
39
Consolidated Income Statement for the years ended 31 December 2013 and 2012
Income Statements
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Interest and similar income
INAF and financial intermediaries on sight and term
Loans and receivables
Bonds and other fixed-income securities
111,104
49,257
38,100
23,747
96,577
28,762
40,629
27,186
Interest and similar charges
INAF and financial intermediaries
Customer deposits
Others
(68,621)
(34,140)
(34,403)
(78)
(40,681)
(13,164)
(27,421)
(96)
956
956
117
117
43,439
56,013
111,002
127,638
(16,636)
105,082
124,716
(19,634)
39,281
(7,288)
2,254
33,733
5,419
3,711
1,452
27,490
(3,177)
3,927
21,821
605
3,732
(18)
600
889
1,107
194,611
189,692
Personnel expenses
Personnel, board of directors and severance indemnities
Social Security
Other personnel expenses
(64,168)
(54,909)
(4,290)
(4,969)
(60,103)
(48,718)
(4,198)
(7,187)
Overheads
Material
External services
Taxes (note 20)
Other overheads
(34,337)
(283)
(23,982)
(1,897)
(8,175)
(43,871)
(1,601)
(20,087)
(17,030)
(5,153)
Amortisation and depreciation of fixed assets, net of recoveries (note 8)
Charge to the provision for amortisation and depreciation of intangible and tangible assets
(7,411)
(7,411)
(8,902)
(8,902)
Provisions for amortisation and depreciation of fixed assets, net of recoveries (note 8)
(2,306)
(4,600)
Income from variable income securities
Investments in Group companies
NET INTEREST MARGIN
Net fees and commissions on services
Fees and commissions accrued on services rendered
Fees and commissions accrued on services received
Gains or losses on financial assets or liabilities
Net charges to securities valuation reserve (note 7)
Foreign exchange gains
Profit on securities operations
Losses on futures operations
Other
Exchange gains/losses on consolidation
Share of profit of equity accounted companies
Other profit from ordinary activity
GROSS MARGIN
40
Expressed in thousands of Euros
NET OPERATING MARGIN
86,389
72,216
(13,640)
(13,640)
-
(14,630)
(14,630)
-
Provisions for risks and contingencies, net of recoveries (note 9.b)
Charges to provisions for risks and contingencies
Recoveries of provisions for risks and contingencies
(1,334)
(1,875)
541
5,175
(1,561)
6,736
Charges to general risks reserve (note 11.g)
(1,200)
(2,000)
70,215
60,761
1,091
(1,436)
71,306
59,325
(7,813)
(2,620)
587
(124)
64,080
56,581
Provisions for loan losses, net of recoveries
Charges to the provision for loan losses (notes 5, 6 and 7)
Recoveries of provision for loan losses
PROFIT FROM ORDINARY ACTIVITY
Extraordinary profit/(loss)
PROFIT BEFORE INCOME TAX
Income tax (note 15)
Foreign income tax
CONSOLIDATED PROFIT
Profit attributed to minority interests
-
Profits attributed to the Group
64,080
The accompanying notes 1 to 25 form an integral part of these consolidated financial statements.
41
56,581
Consolidated Statements of Source and Application of Funds for the years ended 31 December 2013 and 2012
Expressed in thousands of Euros
SOURCE OF FUNDS
2013
2012
98,021
64,080
13,640
2,306
7,288
2,534
7,411
1,026
(262)
87,290
56,581
14,630
4,600
3,177
8,902
(600)
Increase in liabilities less assets
INAF and financial intermediaries
Banks and credit institutions (Liabilities-Assets)
Other financial intermediaries (Liabilities-Assets)
Other items (Liabilities-Assets)
173,895
780
151,573
21,542
166,261
244
164,915
1,102
-
Net increase in liabilities
Creditors: customers
Debt securities
123,330
110,221
13,109
59,334
59,334
62,379
4,932
57,310
137
5,924
5,924
-
255
255
-
4,222
4,222
-
-
461,847
319,064
Funds generated from operations
Profit for the year
Net charges to provision for loan losses
Net charges to provision for fixed asset depreciation
Net charges to securities valuation reserve
Net charges to other provisions (pension funds and general risks)
Amortisation and depreciation of intangible and tangible assets
Loss on sale of fixed assets
Loss on sale of own shares and investments
Profit on sale of fixed assets
Profit on sale of own shares and investments
Other
Losses contributed by equity accounted companies (-)
Net decrease in assets
Cash and central banks of the OECD
Loans and receivables: customers
Securities portfolio, less investments
Sale of non-current investments
Sale of investments
Sale of fixed assets
Funds from financing activities
External capital contributions
Other equity items
Dividends from non-current investments
TOTAL SOURCE OF FUNDS
The accompanying notes 1 to 25 form an integral part of these consolidated financial statements.
42
Expressed in thousands of Euros
APPLICATION OF FUNDS
2013
2012
-
5,290
3,175
2,115
235,294
1,563
233,731
33,798
33,798
-
22,861
22,861
160,575
160,575
177,825
2,305
113,314
62,206
Acquisition of non-current investments
Acquisition of investments
Acquisition of fixed assets
29,243
888
28,355
21,147
21,147
Funds applied to financing activities
Interim dividend for the year
Complementary dividends from prior year
Decrease in reserves
Other equity items
36,735
18,044
18,691
-
58,143
18,499
36,999
2,645
461,847
319,064
Funds used in operations
Application of other funds (pension funds, etc.)
Other
Increase in assets less liabilities
INAF (Assets-Liabilities)
Banks and credit institutions (Liabilities-Assets)
Other financial intermediaries (Assets-Liabilities)
Other items (Assets – Liabilities)
Net decrease in liabilities
Creditors: customers
Net increase in assets
Cash and central banks of the OECD
Loans and receivables: customers
Securities portfolio, less investments
TOTAL APPLICATION OF FUNDS
The accompanying notes 1 to 25 form an integral part of these consolidated financial statements.
43
2. Basis of Presentation and Consolidation Principles
Notes to the Consolidated Financial Statements for the
year ended 31 December 2013
a. Fair presentation
1. Activity
The accompanying consolidated financial statements comply
with the format established by the Decree approving the
normalised Accounting Plan to be implemented by all
operators in the financial system by 19 January 2000, as
published in the Official Gazette of the Principality of Andorra
Number 5, year 12, on 26 January 2000. The consolidated
financial statements were prepared on the basis of Andorra
Banc Agrícol Reig, S.A.’s accounting records and those of its
subsidiaries as at 31 December 2013, to present fairly the equity
and financial position of the Group, the consolidated results,
and consolidated source and application of funds at that date.
Andorra Banc Agrícol Reig, S.A. is a limited liability company
incorporated in 1930, protected by the law of Andorra, with
registered offices in Escaldes-Engordany (Principality of
Andorra).
At an extraordinary meeting held on 10 May 2002, the
shareholders adopted a resolution to change its registered
name from Banc Agrícol i Comercial d’Andorra, S.A., to Andorra
Banc Agrícol Reig, S.A. (hereinafter Andbank or the Bank),
together with a corresponding modification of article 1 of its
articles of association. The Bank’s statutory activity is to carry
out banking activities, as defined by the regulations of the
Andorran financial system. In addition, it can undertake any
activity related to or which complements its statutory activity.
The figures included in the documents that comprise these
consolidated financial statements are expressed in thousands
of Euros.
In order to adapt to Law 7/2013 of 9 May 2013 and prior to
approval of the Board of Directors on 28 June 2013, the Bank
requested that the INAF give its approval (received on 23
December 2013) to expand its statutory activities to all those
activities that Andorran financial system legislation allows
banking entities to carry out and that it may also perform
as many operations and activities which are accessory or
complementary to the principal activity.
The consolidated financial statements of the Group and of the
subsidiaries comprising the Group are pending approval by the
shareholders at their respective general meetings. However,
management considers that they will be approved without
significant changes. The financial statements for 2012 were
approved by the shareholders at their general meeting on 27
March 2013.
The financial statements of Andorra Banc Agrícol Reig SA at
31 December 2013 and 2012 have been presented separately
from the aforementioned financial statements. The key financial
indicators disclosed in the aforementioned financial statements
are as follows (expressed in thousands of Euros):
Andbank is the Parent of the Andorra Banc Agrícol Reig, S.A.
Group (hereinafter the Andbank Group), which comprises the
companies listed in notes 2.d and 7.b.
As a member of the Andorran financial system, Andbank is
subject to the supervision of the Andorran National Institute
of Finance (INAF), which is the Andorran financial system’s
authority and which performs its functions independently
from the General Administration. The Bank is also subject to
compliance with local Andorran legislation (see note 22).
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Total assets
Share capital and reserves
Profit for the year
44
3,373,575
3,138,469
423,111
395,806
61,912
53,124
b. Comparative information
regulatory change been taken into consideration when
presenting the balances for 2011, “Gains on consolidation
- Amortisation” and “Reserves - Consolidation reserves”
would have both increased by Euros 5,601 thousand.
The information relating to 2012, contained in the consolidated
financial statements for 2013, is presented exclusively for
comparative purposes and does not therefore constitute the
Group’s consolidated financial statements for 2013.
c. Significant Accounting Principles
The balances for 2013 and 2012 presented in these consolidated
financial statements are comparative considering the following:
•
•
These consolidated financial statements have been prepared
following the generally accepted accounting principles
described in note 3. There are no mandatory accounting
principles which have not been applied that would have a
significant effect on preparation of the consolidated annual
accounts.
Income tax: On 1 December 2011 the Principality of
Andorra´s General Council approved Income Tax Law
95/2010 of 29 December 2010, pursuant to which
companies pay a general tax rate of 10%, although a
reduction of 50% was applied to net tax payable in 2012
(see notes 3.n and 15). Through its communiqué 226/12
of 28 December 2012 the Andorran National Institute
of Finance established a framework for the accounting
treatment and presentation of income tax.
d. Consolidation principles applied to the financial statements
The consolidated financial statements of the Group at 31
December 2013 and 2012 have been prepared by the
management of the Bank.
The most significant subsidiaries of Andorra Banc Agrícol Reig,
SA at 31 December 2013 and 2012 and their main corporate
data is as follows (expressed in thousands of Euros):
Differences on first-time consolidation and Goodwill:
As established in INAF communiqués 227/12 of 28
December 2012 and 228/12 of 31 December 2012,
respectively, effective as from 1 January 2012 and in
line with International Accounting Standards, gains on
consolidation and goodwill are not amortised and from
that date new goodwill is recognised as the difference
between the amount paid for the shares of the subsidiary
and the part of goodwill less any impairment after the
acquisition date. In addition, the Bank charges part of its
annual profit to an non-distributable reserve equivalent to
10% of the difference on first consolidation or goodwill up
to 100% of the carrying amount.
These communiqués were first applicable as from 1
January 2012, the date on which the entities governed
by the Accounting Plan for the Andorran Financial System
were required to reverse unused amortisation reserves
recognised during 2012 to offset impairment at that date,
against reserves (in the case of goodwill) or consolidation
reserves (in the case of gains on consolidation). Had this
45
2013
Expressed in thousands of Euros
Company
Country
Activity
% direct
ownership
% indirect
ownership
Audited
company
Interim
dividend
Equity
Capital
Reserves
Prior years’
profit(losses)
pending
application
Profit/
(loss)
Caronte 2002, SLU
Andorra
Services
100%
-
Yes
-
38
32
6
-
-
Clau d’Or, SL
Andorra
Real estate
100%
-
No
-
30
-
-
-
-
Món Immobiliari, SLU
Andorra
Real estate
100%
-
No
-
27
-
-
-
-
Andorra Gestió Agrícol Reig, SAU
Andorra
Investment fund
management
100%
-
Yes
1,750
2,732
1,000
1,200
-
2,282
Andbank Bahamas (Limited).
Bahamas
Bank
100%
-
Yes
2,500
33,519
21,500
7,853
-
6,666
Nobilitas N.V.
Dutch Antilles
Holding
100%
-
No
-
428
1,000
8,933
(9,606)
101
11,468
(8,302)
(52)
1,637
88
Egregia B.V.
Holland
Special purpose vehicle
-
100%
No
-
3,294
180
Zumzeiga Coöperatief U.A
Holland
Special purpose vehicle
-
100%
No
-
2,276
551
Savand, SAU
Andorra
Financial services
100%
-
Yes
-
2,181
2,100
41
-
40
Andorra Assegurances Agrícol Reig, SAU
Andorra
Insurance
100%
-
Yes
1,000
3,336
2,404
481
-
1,451
AndPrivate Wealth S.A.
Switzerland
Asset management
-
100%
Yes
-
3,318
3,290
-
-
28
Columbus de México, S.A.C.V.
Quest Capital Advisers Agente de Valores, S.A.
Andbank Asset Management Luxembourg.
Mexico
Asset management
-
50%
Yes
-
834
679
8
69
78
Uruguay
Securities broker
-
100%
Yes
-
2,582
10
1
405
2,166
Luxembourg
Investment fund
management
-
100%
Yes
-
2,567
3,000
-
(1,309)
876
Andbank Luxembourg S.A.
Luxembourg
Bank
100%
-
Yes
-
50,324
54,100
-
(4,938)
1,161
Andbank España, S.A.
Spain
Bank
100%
-
Yes
-
18,719
20,000
(140)
1,971
(3112)
Andbank Asset management, SGIIC, SAU
Spain
Securities broker
-
100%
Yes
-
571
1,004
187
(645)
25
Medipatrimonia Invest, S.L.
Spain
Investment services
company
-
51%
Yes
-
433
54
1,732
(802)
(551)
AndPrivate Consulting, S.L.
Spain
Services
100%
-
No
-
(2,133)
3
-
(1,665)
(471)
Andbanc Asset management LLC
USA
Holding
-
100%
No
-
(3,773)
2,714
-
(4,738)
(1749)
Andbanc Advisory LLC
USA
Advisory services
-
100%
Yes
95
4
-
19
72
(142)
Andbanc Brokerage LLC
USA
Financial services
-
100%
Yes
-
12
872
-
(718)
APW International Advisors Ltd.(*)
British Virgin Islands
Asset management
100%
-
Yes
-
715
7
612
-
96
APW Consultores Financeiros, Lda
Brazil
Financial services
100%
-
Yes
-
(4,320)
297
-
(3,232)
(1385)
AND PB Financial Services, S.A
Uruguay
Representation office
100%
-
Yes
-
185
171
-
(54)
68
Andorra Capital Agrícol Reig BV
Holland
Special purpose vehicle
100%
-
Yes
-
77
18
-
28
31
Andbank (Panamá) S.A.
Panama
Bank
100%
-
Yes
289
5,330
5,067
-
(380)
932
Andbank Luxembourg Limited Hong Kong
Hong Kong
Services
-
100%
Yes
-
93
-
-
-
-
And Private Wealth (Chile)
Chile
Financial services
-
100%
No
-
-
-
-
-
-
Andbanc Monaco S.A.M.
Monaco
Bank
100%
-
Yes
-
25,188
21,000
2,352
1,279
557
Tonsel Corporation
Belize
Special purpose vehicle
100%
-
No
-
(248)
36
-
(284)
-
Mangusta Antilles Holding, N.V.
Curaçao
Special purpose vehicle
-
100%
No
-
(109)
-
-
-
(25)
LLA Participaçoes Ltda
Brazil
Portfolio and collective
investment undertaking
management company
51.63%
-
Yes
-
26
7
-
18
2
(*) Data from 31 December 2012
46
2012
Expressed in thousands of Euros
Company
Country
Activity
% direct
ownership
% indirect
ownership
Audited
company
Interim
dividend
Equity
Profit/(loss)
Caronte 2002, SLU
Andorra
Services
100%
-
Yes
-
35
-
Clau d’Or, SL
Andorra
Real estate
100%
-
No
-
30
-
Món Immobiliari, SLU
Andorra
Real estate
100%
-
No
-
27
-
Andorra Gestió Agrícol
Reig, SAU
Andorra
Investment fund
management
100%
-
Yes
750
4,810
2,610
Andbanc Bahamas (Limited).
Bahamas
Bank
100%
-
Yes
2,832
31,734
4,831
Nobilitas N.V.
Dutch Antilles
Holding
100%
-
No
-
(1,781)
(2,564)
Savand, SAU
Andorra
Financial services
100%
-
Yes
-
2,140
(36)
Andorra Assegurances Agrícol Reig, SAU
Andorra
Insurance
100%
-
Yes
250
3,348
463
AndPrivate Wealth S.A.
Switzerland
Asset management
-
100%
Yes
-
3,329
(305)
Columbus de México, S.A.C.V.
Mexico
Asset management
-
50%
Yes
-
800
51
Quest Capital Advisers Agente de
Valores, S.A.
Uruguay
Securities broker
-
100%
Yes
-
2,331
1,896
Andbank Asset Management
Luxembourg.
Luxembourg
Investment fund
management
-
100%
Yes
-
1,450
(212)
Andbank Luxembourg S.A.
Luxembourg
Bank
100%
-
Yes
-
20,877
3,201
Andbank (Luxembourg),S.A., Sucursal
en España
Spain
Bank
-
100%
Yes
-
(3,358)
(3,358)
Medivalor AV Agencia de Valores, S.A.U.
Spain
Securities broker
-
100%
Yes
-
564
(137)
Spain
Investment services
company
-
41.89%
Yes
-
265
(463)
Spain
Services
100%
-
No
-
(1,341)
(591)
-
(2,810)
Medpatrimonia Invest, S.L.
AndPrivate Consulting, S.L.
Andbanc Asset management LLC
USA
Holding
100%
No
-
(2,337)
Andbanc Advisory LLC
USA
Advisory services
100%
Yes
-
15
12
Andbanc Brokerage LLC
USA
Financial services
100%
Yes
-
205
(713)
APW International Advisors Ltd.
British Virgin Islands
Asset management
100%
-
Yes
-
987
132
APW Consultores Financeiros, Lda
Brazil
Financial services
100%
-
Yes
-
(454)
(766)
AND PB Financial Services, S.A
Uruguay
Representation office
100%
-
Yes
-
(20)
17
Andorra Capital Agrícol Reig BV
Holland
Special purpose vehicle
100%
-
Yes
-
45
21
Andbanc (Panamá) S.A.
Panama
Bank
100%
-
Yes
-
4,910
1,322
Andbank Luxembourg Limited Hong
Kong
Hong Kong
Services
-
100%
Yes
-
98
-
And Private Wealth (Chile)
Chile
Financial services
-
100%
No
-
-
-
Andbanc Monaco S.A.M.
Monaco
Bank
100%
-
Yes
-
24,775
226
Tonsel Corporation
Belize
Special purpose vehicle
100%
-
No
-
-
-
Brazil
Portfolio and collective
investment undertaking
management company
51.63%
-
Yes
-
42
87
LLA Participaçoes Ltda
47
Nobilitas N.V. owns 100% of Egregia B.V. and 99% of Zumzeiga
Coöperatief. Egregia B.V. owns 100% of AndPrivate Wealth, S.A.
and 50% of AndPrivate Wealth, S.A. (Chile), while Zumzeiga
Coöperatief U.A. owns 100% of Quest Capital Advisers Agente
de Valores, S.A., 100% of Andbanc Asset management LLC,
50% of Columbus de México, S.A. and the remaining 50%
of AndPrivate Wealth, S.A. (Chile). The purchase agreement
for Quest Capital Advisers, S.A. includes potential deferred
payments depending on the company’s future results. At 31
December 2013 the Parent (Andorra Bank Agrícol Reig, S.A.)
has extended loans to Zumzeiga Coöperatief U.A., through
Nobilitas N.V., for an amount of US Dollars 26,428 thousand
(US Dollars 18,444 thousand in 2012), which the subsidiary has
used for the creation and acquisition of its subsidiaries.
The company originally had a share capital of Swiss Francs
6,430,000 comprising 6,430 shares of Swiss Francs 1,000 par
value each and, as a result of this transaction, it now has share
capital of Swiss Francs 4,028,455 comprising 4,028,455 shares
of Swiss Francs 1 par value each. The equity situation of this
company has therefore been redressed in compliance with
Swiss legislation. At the date these financial statements were
authorized for issue the aforementioned capital reduction still
has not been registered by the INAF.
Andorra Gestió Agrícol Reig, SAU is an investment fund
management company, whose funds are marketed by Andorra
Bank Agrícol Reig, S.A. Both the management company and
the investment fund are subject to the supervision and control
of the INAF.
Quest Capital Advisers, S.A. is a portfolio management
company with registered offices in Montevideo. It was acquired
by the Andbank Group in 2009. On 17 April 2012 the INAF
approved that its name be changed to Quest Capital Advisers
Agente de Valores, S.A. On 28 June 2013 the Bank informed
the INAF that the deferred payments which had to be made
in 2012 and 2013 for the acquisition of this company, as well
as the last payment to be made in 2015, have been less than
those originally planned, because the initially estimated results
were lower and the scheduled payment to the shareholder
was deferred. For this reason, it is estimated that the purchase
of the company has generated goodwill of US Dollars 14,095
thousand, instead of the US Dollars 17,990 thousand initally
recognised.
Columbus de México, S.A. is an asset management company
that operates in the Mexican market. The Group acquired a
50% investment in its share capital in 2008 through its affiliate
Zumzeiga Coöperatief.U.A.
Andorra Assegurances Agrícol Reig, S.A. is the Group’s
insurance company. Resident in Andorra, its principal activity is
management of unit-linked life insurance, as well as other types
of life and health insurance.
AndPrivate Wealth, S.A. is a portfolio management company
headquartered in Geneva. On 19 December 2012 the Institut
Nacional de Finances (INAF) authorised AndPrivate Wealth,
S.A. to increase the company’s share capital by means of an
injection of funds in the form of a direct contribution to equity,
recognised under reserves, amounting to Swiss Francs 500,000
through Nobilitas N.V. and Egregia B.V. On 3 May 2013 the INAF
authorised AndPrivate Wealth, S.A. to reduce its share capital by
partially eliminating accumulated losses amounting to Swiss
Francs 2,952,071 at 31 December 2012. From this amount
losses of Swiss Francs 550,526 were offset against reserves, with
the remaining Swiss Francs 2,401,545 being offset by reducing
the company’s capital by this amount, reducing the par value
of each share.
Andbanc Asset management LLC is a financial services
company with registered offices in the United States. It was
created during 2010 as a subsidiary of Zumzeiga Coöperatief
U.A. On 26 September 2013 the Bank requested prior
authorisation from the INAF for the acquisition of a portfolio
comprising US Dollars 290 million which would be managed
by Andbanc Advisory LLC (a subsidiary of Andbanc Asset
management LLC). Likewise, in relation to the aforementioned
transaction, on 24 October 2013 the Company requested
authorisation from the INAF to be able to increase share capital
by US Dollars 1,950 thousand through the capitalisation of the
48
Andbanc Bahamas Limited is a bank that started operations in
2001, having obtained a banking license on 9 July of that year
under the name of Banc Agrícol (Bahamas) Limited - Banking
and Trust Licencee. It is supervised by the Bank Supervision
Department of the Central Bank of the Bahamas and the
Securities Commission.
credit facilities extended to the Company. The INAF authorised
this transaction on 13 December 2013.
On 10 December 2013 the Bank requested authorisation
from the INAF to be able to increase capital of the subsidiary
Andbanc Asset Management LLC by US Dollars 2,980 thousand
and subsequently increase the capital of Andbanc Brokerage,
LLC by US Dollars 240 thousand. The share capital increase
was carried out by capitalising loans through Nobilitas, NV.Zumzeiga Coöperatief U.A, Andbanc Asset Management
LLC and Andbanc Brokerage, LLC. The INAF authorised this
transaction on 30 January 2014.
Andbanc (Panamá), S.A. is a bank and brokerage firm that
started operations in 2009 after obtaining its international
banking license from the Panama Superintendency of Banks
(Superintendencia de Bancos de Panamà), by which it is
supervised in conjunction with the Panama Superintendency
of the Securites Market. On 19 July 2013 the Panama Mercantile
Registry filed the company’s change of name to Andbank
(Panamà), S.A. At the date of these financial statements this
change in name has still not been recorded in the corresponding
INAF registry.
APW International Advisors Ltd, with registered offices in BVI,
is an asset management and investment fund management
company that joined the Group in 2007. APW International
Advisors is a direct subsidiary of Andorra Banc Agrícol Reig,
S.A. and is under the supervision of the BVI Financial Services
Commission.
Andbank Luxembourg, S.A. is a bank founded in 2010 that
started operating that same year. As a bank with registered
offices in Luxembourg, it is supervised by the Commission de
Surveillance du Secteur Financier and by Banque Centrale du
Luxembourg. The bank was definitively registered by the INAF
on 5 May 2011.
And PB Financial Services, S.A. is a company created for the
establishment of the Bank’s representative office in Uruguay.
On 20 December 2012 the INAF approved a share capital
increase by the company by means of an “accordion” operation
to reduce share capital to absorb accumulated losses and
subsequently increase share capital to reach the maximum legal
limit required of Uruguayan Pesos 5,000,000 (approximately
Euros 300 thousand). This share capital increase was performed
by capitalising the company’s liabilities with the shareholder by
an amount of Uruguayan Pesos 4,346 thousand, capitalising
the revalued fixed assets of the company by an amount of
Uruguayan Pesos 384 thousand and a direct cash contribution of
Uruguayan Pesos 1,408 thousand. This transaction was recorded
in the corresponding INAF register on 29 October 2013.
On 26 December 2011 Andbank Luxembourg, S.A. received
authorisation from the Banco de España, subject to compliance
with the established procedure, to start banking activities in
Spain through its branch Andbank Luxembourg S.A., Sucursal
en España. On 20 July 2012 the company received authorisation
from the Spanish Ministry of Economy and Competition to
transform the branch into a subsidiary.
On 28 February 2013 the INAF authorised Andbank
Luxembourg, S.A. to increase share capital by a maximum
amount of Euros 25 million. The purpose of this increase was to
offset losses accumulated by the branch prior to it becoming a
subsidiary and to fix the share capital of the subsidiary at Euros
20 million, which exceeds the minimum amount required by
Spanish legislation.
Savand, S.A.U. is a company specialising in provides financial
services to private customers in Andorra. It is 100% directly
owned by Andorra Banc Agrícol Reig, S.A. On 28 June 2013 the
board of directors of the company agreed unanimously to file a
request with the INAF to take the initial steps for the merger by
absorption done by the Bank Savand SAU.
49
Pursuant to the INAF’s authorisation mentioned in the
paragraph above, Andbank Luxembourg, S.A. increased capital
by Euros 24,100 thousand by issuing 24,100 shares of Euros
1,000 par value each. At that moment share capital stood at
Euros 46,100 thousand and was recorded in the corresponding
INAF registry on 29 May 2013. From the share capital increase
of Euros 24,100 thousand, an amount of Euros 4,100 thousand
was destined to offset the accumulated losses of the branch
incurred prior to 28 February 2013 through the legal form of a
specific provision of funds to offset losses.
and asset management company. On 25 March 2013 the
company received authorisation from the Spanish Ministry
of the Economy and Competition to convert Mediavalor
AV Agencia de Valores, S.A.U. into a collective investment
undertaking management company and change its name to
Andbank Asset management, SGIIC, SA. This application was
filed with the Spanish National Securities Commission on 30
April 2013. This company is registered in the INAF with effect as
of 30 June 2012.
On 1 October 2013 the Company requested authorisation from
the INAF to be able to carry out the following legal businesses:
Share capital increase was increased again by Euros 8,000
thousand in 2013, through the issue of 8,000 shares of Euros
1,000 par value each, which was recorded in the corresponding
INAF registry on 18 June 2013, with the total share capital of
Andbank Luxembourg, S.A. reaching Euros 54,000 thousand,
comprising 54,100 shares of Euros 1,000 par value each.
On 1 July 2013 Andbank España SAU was incorporated as a bank
subsidiary in Spain through the contribution of assets and liabilities
from the branch Andbank Luxembourg, S.A., as on the same date
it received approval from the Commission de Surveillance du
Secteur Financier (CSSF) to be able to carry out this transaction.
On 14 March 2012 Andbank Luxembourg, S.A. acquired 100% of
the share capital of Medivalor AV Agencia de Valores, S.A.U. for an
amount of Euros 1,730 thousand and 26% of the share capital of
Medpatrimonia Invest, S.L. for an amount of Euros 170 thousand.
On 25 July 2012, the share capital of Medpatrimonia Invest, S.L. was
increased by Euros 938 thousand through the capitalisation of a
participating loan. Following this operation, Andbank Luxembourg,
S.A. owns 41.89% of the entity’s share capital. On 8 March 2013 the
Company requested authorisation from the INAF to increase the
share capital of Medpatrimonia Invest, S.L. by Euros 8,159 with a
share premium of Euros 803,185, in order to be able to increase
Andbank Luxembourg, S.A.’s interest in this company to 51%. The
INAF registered this transaction with effect in October 2012.
On 15 May 2012 the INAF approved an amendment to the statutory
activity of Medivalor AV Agencia de Valores, S.A.U., which
became a collective investment undertaking management
50
•
Andorra Banc Agrícol Reig, SA acquires 100% of the shares
representing the capital of the Spanish subsidiary of
Andbank Luxembourg, S.A., ie. Andbank España SAU, at their
carrying amount at 30 September 2013 for approximately
Euros 19.2 million. As a result of this transaction all the
Andbank España SAU shares are transferred to Andorra
Banc Agrícol Reig, SA.
•
Andbank España, SAU increases capital by Euros 4,000
thousand, with the issue of 4,000 thousand shares at Euro
1 par value each, which will be fully subcribed by Andorra
Banc Agrícol Reig, SA.
•
Andbank España, SAU acquires 100% of Andbank Asset
management S.G.I.I.C., S.A., a company wholly owned
by Andbank Luxembourg, SA for Euros 1,795 thousand,
corresponding to the purchase of 16,700 shares from the
management company at the same price agreed by the
Group with the Barcelona College of Physicians upon
Andbank Luxembourg, SA’s purchase, therefore transferring
all the shares from Andbank Asset management S.G.I.I.C.,
S.A. to Andorra Banc Agrícol Reig, SA.
•
Andbank España, SAU acquires the total 51% interest
that Andbank Luxembourg, SA holds in Mediapatrimonia
Invest, SL. The share capital of this company stands at
Euros 54,000 and the total price to be paid is Euros 1,932
thousand, corresponding to the initial amount paid by
the Group to Grup Med Corporatiu, SAU and to successive
share capital increases until reaching 51%.
2011. This entity was registered by the INAF on 9 November
2011. On 31 October 2012 Andbanc Monaco, S.A.M. increased
its share capital by Euros 6,000 thousand, resulting in total share
capital of Euros 21,000 thousand. The share capital increase was
performed through the issue of 60,000 new shares of Euros
100 par value each. This capital increase was recorded in the
corresponding INAF register on 3 May 2013.
On 13 December 2013 the INAF authorised all of these
transactions, except for the purchase of the subsidiary
Andbank Asset management, S.G.I.I.C, S.A. and the subsidiary
Medipatrimonia Invest, S.L., which were authorised at a later
date on 17 February 2014.
LLA Participaçoes Ltda is the holding company of a group of
portfolio and collective investment undertaking management
companies. The Andbank Group acquired 50% of the holding
company’s shares on 25 October 2011.
Andbank Asset Management Luxembourg, S.A. is a
collective investment undertaking management company
with registered offices in Luxembourg, founded by Andorra
Banc Agrícol Reig, SA in 2009 as part of its internationalisation
process and supervised by the Commission de Surveillance
du Secteur Financier. The company is fully owned by Andbank
Luxembourg, S.A. On 20 April 2012 the INAF approved the share
capital of the company by an amount of Euros 1,000 thousand,
resulting in total share capital of Euros 3,000 thousand.
On 14 October 2013 the Bank requested authorisation from
the INAF to register the operation to spin off the investment
of the Brazilian company LLA Asset Participaçoes Ltda. (asset
division), a company which forms part of the Brazilian nonfinancial holding LLA Participaçoes Ltda. Nevertheless the Bank
still holds an unchanged interest in LLA Participaçoes, despite
having sold its interest in the asset division.
Andbank Luxembourg Limited Hong Kong was created in
2010 and is wholly owned by Andbank Luxembourg, S.A. for
the purpose of having a representation office in Hong Kong.
The local regulator has informed the Group that firstly Andbank
Luxembourg Limited Hong Kong will have to be wound up
and liquidated and the measures to do so, as stipulated by the
local regulator, are being taken during 2014.
Tonsel Corporation Belize is the holding company that holds
interests in Mangusta Antilles HDG NV (100% held directly) and
Balistes BV and Mangusta Amsterdam BV (100% held indirectly).
On 27 June 2013 and 14 June 2013 Mangusta Amsterdam BV
and Balistes BV, respectively, were taken off the Amsterdam
Mercantile Registry and wound up.
Andorra Capital Agricol Reig, BV is a company with registered
offices in Holland. Created in 2010, it issues fixed-income
securities, which are traded by the Group.
On 27 November 2013 the INAF was requested to file Balistes
BV and Mangusta Amsterdam BV in its liquidation register.
Prior authorisation was also requested from the INAF to
firstly liquidate Mangusta Antilles Holding, N.V. and then its
shareholder Tonsel Corporation Belize.
The asset management company AndPrivate Wealth, S.A.
and APW Consultores Financeiros, Lda. have been set up
to provide financial services to residents in Chile and Brazil,
respectively.
The Bank also owns 100% of various companies that provide
services distinct from those that constitute the Group’s principal
activity, with registered offices in Andorra (Caronte 2002, SLU
-Company in liquidation-, Clau d’Or, S.L. and Món Immobiliari
SLU) or in Spain (AndPrivate Consulting, SL).
Andbanc Monaco, S.A.M. is a bank that was acquired by the
Bank in 2011. Based in Monaco, it is supervised by the Banque
de France and by the Autorité de Contrôle Prudentiel, as well
as by the Commission de Contrôle des Activités Financières.
The Andbank Group acquired 100% of its shares on 30 June
51
On 12 July 2013 the Bank reached an agreement with Banca
March to acquire the private retail banking business of Banco
Inversis, SA for a total of Euros 179.8 million (see note 13.a.
included under Other receivables). Since 12 July 2013 this
amount has been deposited in a Banca March current account.
On 12 July 2013 the CNMV was informed of this agreement
and the transaction is subject to the approval of the competent
Spanish and Andorran authorities.
Full consolidation consists of including in the balance sheet of
the Parent all the assets, rights and obligations that comprise the
equity of the subsidiaries and in the income statement all items
of income and expenses which determine the profit and loss of
the subsidiaries. All subsidiaries in which the shareholding of
the Group is greater than 50% whose activity is not different to
that of the Bank itself are consolidated in this manner and they
constitute, with the Bank, one decision-making unit.
APW International Advisors Ltd, Clau d’Or, SL and Món
Immobiliari, SLU are not consolidated, as they are immaterial
with respect to the Group’s aggregate data.
Under proportionate consolidation the balance sheet and
income statement items of the investee to be consolidated are
proportionate to the capital representing the interest, adjusting
where necessary to maintain consistency. In all other respects
the process is similar to that of full consolidation. Jointly
controlled entities whose activities are similar to the Group’s are
consolidated by this method.
The definition of the Group is in accordance with the Decree
approving the Accounting Plan of 19 January 2000, issued by
the Andorran Government.
The consolidation methods used are as follows:
•
Consolidation by equity method consists of substituting the
carrying amount by which an investment is stated in the
balance sheet with an amount relating to the corresponding
percentage held by the Parent in the equity of the investee
company. The profit and loss of the companies consolidated
by the equity method have been incorporated into the
consolidated income statement. The subsidiaries which have
been consolidated are those where the direct and/or indirect
holdings of Andorra Banc Agrícol Reig, S.A., are equal or greater
than 20% without exceeding 50% or, if they exceed 50%, where
the activity is different from that of the Bank.
Full consolidation for the following companies: Andorra
Gestió Agrícol Reig SA, Andbanc Bahamas Limited,
Nobilitas N.V., Egregia, B.V., Zumzeiga Coöperatief,
AndPrivate Wealth S.A., APW Consultores Financeiros Lda,
AND PB Financial Services, Andbanc Asset management
LLC, Andbanc Advisory LLC, Andbanc Brokerage LLC,
AndPrivate Consulting, S.L., Andbank Luxembourg Limited
Hong Kong, Savand S.A.U., Caronte 2002 SLU, Andorra
Capital Agrícol Reig, B.V., Quest Capital Advisers Agencia
de Valores S.A., Andbank Asset Management Luxembourg,
Andbank (Panama) S.A., AndPrivate Wealth S.A. (Chile),
Andbank (Luxembourg), S.A., Tonsel Corporation, Andbanc
(Monaco), S.A.M., Andbank España, S.A.U., Andbank Wealth
Managment S.G.I.I.C, S.A.U. and Medipatrimonia Invest, S.L.
(using equity method in 2012).
•
Proportionate consolidation for Columbus de México,
S.A.C.V. and LLA Participaçoes, Ltda.
•
Equity method for Andorra Assegurances Agrícol Reig,
SAU.
All significant balances and transactions between consolidated
companies have been eliminated in the consolidation of the
financial statements.
Where necessary, adjustments are made to the individual
financial statements of subsidiaries to bring their accounting
policies into line with those used by the Group.
52
3. Accounting Principles and Valuation Criteria
Gains or losses from these translations and the result of
operations in foreign currencies conducted during the year
are recognised at their net value under results of financial
operations in the consolidated income statement.
The accounting principles and valuation criteria applied are as
follows:
a. Accruals principle
Forward contracts in foreign currencies are valued according to
the exchange rate on the last business day before the reporting
date. Exchange gains and losses from forward contracts are
fully recognised at their net value in the consolidated income
statement.
Income and expenses are recognised on an accruals basis.
All income accrued and expenses incurred or accrued are
recognised, except for the interest on doubtful and very
doubtful loans, which are recognised when they are collected.
The other memorandum accounts in foreign currencies are
translated into Euros using international market exchange
rates, according to the rate on the last business day before the
reporting date.
In accordance with this principle, income/ expenses accrued
and not yet received/paid and expenses/income paid/received
in advance are recognised under Prepayments and accrued
income and Accrued expenses and deferred income.
Income and expenses in foreign currencies are translated into
Euros at the rates prevailing on the date of the operations.
b. Recording principle
All of the Group’s rights and obligations, including those of a
contingent and future nature, are recognised when they arise,
either in the accounts or memorandum accounts, where
applicable.
The assets, liabilities and profit and loss for the year of
subsidiaries denominated in currencies other than the Euro
have been translated to Euros using the market exchange rates
prevailing at the reporting date.
Variations or transformations of the value of previous rights and
obligations are recognised as soon as they are known.
d. Provision for loan losses
The provision for loan losses covers losses that could occur
in the recovery of loans and receivables or other credit and
counterparty risks. The provision is credited by charges
recognised in profit or loss and is debited by the write off of
loans considered as non-recoverable and by the recovery of
amounts previously provisioned.
In accordance with banking practice, transactions are
recognised on the date on which they take place, which may
differ from the corresponding value date, on the basis of which
interest income and expenses are calculated.
c. Valuation of foreign currency transactions
Assets and liabilities denominated in currencies other than
the Euro, and spot currency transactions for hedging, have
been translated into Euros using the market exchange rates
prevailing at the reporting date.
In accordance with the Andorran financial system’s Accounting
Plan the provision for loan losses is calculated according to the
following criteria:
•
53
The specific provision, which covers all types of assets and
memorandum account items, is determined based on
individualised studies of the quality of the risks contracted
f. Securities portfolio
with the principal debtors and borrowers on the basis,
mainly, of guarantees available and the time expired since
the maturity date.
•
The general provision is based on 0.5% of the net loans
and fixed-income securities with banking institutions
and 1% of the net loans to customers and fixed-income
securities, except for the part covered by cash pledged
by contract or collateralised quoted securities up to the
market value of these securities, mortgage-backed loans
and loans and credits on income securities issued by the
central administrations of Andorra and the OECD countries
or expressly guaranteed by these institutions.
•
The country risk provision is determined by a global
analysis of the above-mentioned risks with the criteria of
maximum caution to determine the necessary coverage.
For the global risk evaluation, the development of the
payment balances, the debt level, the charges to cover the
debt, the debt rates in international secondary markets, as
well as other indicators and circumstances in the country
are considered.
Securities held in the Group’s portfolio at 31 December 2013
are classified according to the following criteria:
Since 2010, in compliance with INAF Technical Communiqué
198/10, independent experts are commissioned to review the
appraisals of the mortgage collateral for the loan portfolio, and
additional provisions for loan losses were recognised based on
the results of the appraisals (see note 6).
•
The trading portfolio includes the securities acquired for
short-term sale. The securities assigned to this portfolio
are stated at their quoted price as at year end or, if there
is none, at the price calculated by an independent expert.
The differences arising from the net valuation variations are
recognised net (excluding the accrued interest on fixedincome securities), whether they are positive or negative,
under Gains or losses on financial assets and liabilities in
the consolidated income statement.
•
The securities assigned to the held-to-maturity
investment portfolio, which includes the securities that
the Bank has decided to hold to maturity, are shown at
their adjusted acquisition price (the difference between the
acquisition price and the redemption value is apportioned
periodically). The differences, including accrued interest,
are recognised under Interest and similar income in the
consolidated income statement.
The results of any sales that may arise are recognised in the
consolidated income statement as an extraordinary result.
In case of gains, they are accrued on a straight-line basis
over the residual life of the security sold under Profit on
securities operations.
e. Unused credit facilities
This portfolio requires no securities valuation reserve for
variations between the market value and the adjusted
acquisition price. However, irreversible losses are
recognised in the income statement.
Credit facilities extended to customers are recognised in the
accompanying consolidated balance sheet at the amount
drawn down, and the undrawn amounts are recognised in the
memorandum accounts under Commitments and contingent
risks - Commitments and operational risks.
This portfolio includes the fixed-income securities and
unlisted funds acquired in 2008 from the money market
funds managed by Andorra Gestió Agrícol Reig, SAU. In
accordance with the authorisation from the INAF any
gains generated are taken to voluntary reserves (see
note 11) whereas in the event of writedowns they would
54
be recognised as profit or loss. During 2013 a significant
volume of sales has been carried out, with a residual balance
(see note 7 a) from these monetary funds remaining in the
Bank’s portfolio.
•
•
In order to recognise the corresponding losses, a securities
valuation reserve has been created which reduces the assets of
the accompanying consolidated balance sheet.
g. Gains on consolidation
The permanent investments portfolio includes investments
in variable-income securities of subsidiaries and investee
Group companies consolidated using the equity method, as
well as the minority interests in companies whose activity
is complementary to financial activity and which are used
to service the Bank’s activities on a permanent basis. The
latter companies are stated at their acquisition price. If this
value is higher than their underlying carrying amount, a
provision is made for the difference and is recognised in the
consolidated income statement.
Gains on consolidation show gains arising on the acquisition
of the shares of companies consolidated using the full
consolidation method, the proportionate consolidation
method, or the equity method (see note 8.b).
As established in INAF communiqué 227/12 regarding
differences on first-time consolidation and communiqué
228/12 regarding goodwill, gains on consolidation and
goodwill are not amortised but, following internationally
recognised valuation criteria on this matter in the sector, assets
are tested for impairment and if any signs of impairment are
detected, the corresponding irreversible loss is recognised in
the income statement. When the impairment of an investment
in a subsidiary shows impairment of the investment in
the portfolio, the value of the subsidiary is adjusted in the
corresponding individual financial statements. In addition, a
non-distributable reserve is constituted for an amount equal
to the gain on first-time consolidation and a minimum of 10%
of this amount is appropriated annually to the reserve through
the distribution of profit for the year.
The ordinary investment portfolio includes fixed-income
or variable-income securities not included in the portfolios
mentioned above. The fixed-income securities are stated at
their adjusted acquisition price (the difference between the
acquisition price and the redemption value is apportioned
periodically). Potential net losses due to changes in market
price or, if no market price is available, due to changes in the
value calculated by an independent expert are provided
for in the securities valuation reserve (equal to the total of
the positive and negative differences, up to the negative
limit) charged to the income statement.
The acquisition of Columbus de México, S.A. in April 2008, Quest
Capital Advisers Agente de Valores, S.A. in December 2009,
Andbanc (Monaco), S.A.M. in June 2011, LLA Participaçoes in
October 2011 and Andbank Asset management SGIIC, SAU
(formerly Medivalor AV Agencia de Valores, S.A.U.) generated
goodwill on consolidation of Euros 3,572 thousand, Euros 13,556
thousand, Euros 11,347 thousand, Euros 10,482 thousand and
Euros 1,052 thousand, respectively.
The variable-income securities included in the ordinary
investment portfolio are recognised in the consolidated
balance sheet at the lower of acquisition cost or market
value. The market value is determined according to the
following criteria:
•
•
Listed securities: quoted price on the last working day
of the year.
Gains on consolidation are fully covered by voluntary reserves
(see note 11.b).
Unlisted securities: underlying carrying amount taken
from the latest available consolidated balance sheet.
55
h. Tangible and intangible assets
When an asset of this type is retired, any corresponding amounts
recognised in the revaluation reserve may be transferred
directly to voluntary reserves.
Fixed assets are normally stated at their acquisition value, less
the accumulated straight-line amortisation and depreciation at
rates adequate to carry fixed assets at their residual value at the
end of their useful lives.
i. Non-operating tangible assets
Non-operating tangible assets are those not directly related to
banking activity and foreclosed assets.
Amortisation and depreciation rates used are:
These include land, buildings, installations and furniture; which
are recognised at their acquisition cost and depreciated over
their estimated useful lives using the same percentages applied
to operating fixed assets.
Annual percentage
Buildings for own use
Installations and machinery
Office furniture and machinery
IT equipment
Computer software
Vehicles
3%
10%
20%
20-33%
20%
20%
Foreclosed assets include land and buildings valued at the
lower of their foreclosure cost or market value, after deducting
provisions determined by the schedule set down by prevailing
legislation.
The cost of the multi-owned assets classified as intangible
assets is amortised on a straight-line basis over a period equal
to the residual life of the respective contract.
j. Financial derivatives
The Bank has used these instruments in a limited way, both in
hedging of its equity positions and in other operations.
Where fixed assets, due to their use or obsolescence are
irreversibly depreciated, the loss or decrease in value of the
corresponding asset is recognised directly.
Futures contracts are included as memorandum accounts
as specified by the INAF regulations and are associated with
currency and interest rate, market or credit risk, and specifically:
The depreciation of capitalised work and installations in relation
to leased assets is related to their estimated useful life or until
the lease agreement terminates.
As indicated in note 8, buildings used in operations acquired or
built prior to 30 November 2008 were revalued on that date and
a revaluation reserve was created at that time for the difference
between the estimated market value and the acquisition
cost, net of accumulated depreciation. At 31 December 2012
the Bank revalued the carrying amount of buildings used in
operations, recognising an impairment provision of Euros
1,330 thousand against revaluation reserves (see notes 8 and
11). Because this revaluation is carried out every two years,
the aforementioned provision for impairment has not been
increased during 2013 and therefore, revaluation reserves have
remained stable.
56
•
Outstanding currency purchases and sales and swaps
in foreign currency are recognised as spot or forward
transactions depending on whether they mature in less or
more than two business days. These swaps are recognised
at the nominal amount of each of the cash flow exchange
agreements implicit in the swap operations contracted by
the Bank with its usual counterparties (see note 14).
•
Forward rate agreements (FRAs), interest rate swaps, and
other futures contracts outside organised markets are
recognised at the principal amount of the operation.
Transactions which are aimed at eliminating or significantly
reducing currency, interest rate or market risks associated
with equity positions or other transactions, are considered as
hedges. Gains or losses on hedging transactions are recognised
in the income statement symmetrically to income or expenses
relating to the hedged item.
m. Provisions for risks and contingencies
Non-hedging operations, also called trading transactions,
which have been undertaken in organised markets are valued
in accordance with their quotations. Gains or losses arising from
the changes in quotations are recognised in the consolidated
income statement on the basis of their daily settlement.
The personnel from what was previously called Banc Agrícoli
Comercial d’Andorra, S.A. , who retired before 22 December
1995 have a defined benefit retirement pension plan created in
1989. Employees who joined the Bank after 1 May 1995, except
for certain groups belonging to a defined contribution scheme,
do not belong to the retirement pension plan.
Provisions for pensions and similar obligations
The Bank has recognised different commitments in relation
to personnel: retired employees, early retirees, and an internal
defined contribution pension fund for current bank employees.
Profit or loss on trading transactions contracted outside these
markets is not recognised in the income statement until it has
been effectively settled. However, the positions are valued and
provisions made against the results for potential net loss for
each kind of risk that may arise from these valuations. The type
of risks considered for such purposes include interest rates (by
currency), market price (by issuer) and currency (by currency).
The Bank signed individual early retirement agreements with a
number of employees in prior years.
Under the agreements signed by retired personnel, the Bank
has to make supplementary remuneration payments. At 31
December 2013, a fund of Euros 755 thousand was set up for
these obligations (Euros 808 thousand in 2012). Furthermore,
there is an internal fund of Euros 433 thousand at 31 December
2013 (Euros 646 thousand in 2012) for early retirees, which
coincides with the obligations accrued at that date.
k. General risks reserve
The general risks reserve includes amounts estimated by the
Group to cover general risks and the risks inherent to banking
and financial activities.
The actuarial variables and other assumptions used in the
valuation at 31 December 2013 and 2012 for retired personnel
and early retirees are as follows:
Charges to the reserve are reflected under charges to the
general risks reserve in the consolidated income statement and
the recoveries under extraordinary profit and loss.
l. Prepayment/accrual of interest
Mortality tables
Nominal discount rate
Nominal rate of salary growth
Annual rate of pension growth
Retirement age
The Group uses the interest method (i.e. internal rate of return
or resulting cost), to calculate the prepayment or accrual of
interest, with maturities of more than 12 months.
For operations under 12 months, the Group can choose
between this method and the straight-line accrual method.
57
Retirees
Early retirees
GRMF-95
3.5%
1.6%
-
GRMF-95
3.5%
1.6%
65
The charge to the internal pension fund for current personnel
in 2013 was 1.5% higher than contributions in 2012, and the
interest rate for pension funds held on the balance sheet was
set at 1.5% in 2013 (see note 9).
Payment on account is calculated by applying 50% to the net
tax payable for the prior year.
Taxable income is determined using the direct determination
method and is calculated by adjusting the accounting profit, in
accordance with the Accounting Plan for the Financial Sector,
applying the principles and criteria of classification, valuation
and temporary recognition set out in the requirements of the
Income tax law, which permit off-balance sheet adjustments.
Income tax expense represents the sum of the income tax
expense for the year and the effect of the changes in deferred
tax assets and liabilities and tax credits.
Current personnel belonging to the defined contribution
pension scheme can, upon request, transfer their pension
funds to an investment fund managed by the Bank off the
balance sheet (see note 9). As at 31 December 2013 pension
funds managed off the balance sheet amounted to Euros 1,038
thousand, whilst internal funds classified as Provisions for for
risks and contingencies amount to Euros 5,629 thousand.
Other provisions
Both positive and negative off-balance sheet tax adjustments
can be permanent or temporary according to whether they are
reversed or not in subsequent tax periods.
This balance sheet item includes the amount recognised for
the valuation of all the trading derivatives entered into on
unregulated markets in which the Bank is a counterparty (see
note 3.j).
The income tax expense for each year is calculated based on
profit before tax, adjusted for permanent differences with fiscal
criteria and less any applicable tax credits and deductions. The
tax effects of temporary differences, unused credits for tax
losses and rights to deductions and credits pending application
are included, where applicable, in the corresponding balance
sheet captions, classified on the basis of the term according to
the forecast review or realisation period.
n. Income taxes
On 1 December 2011 the General Council of the Principality of
Andorra approved Law 17/2011 of 1 December 2011 amending
Law 95/2010 of 29 December 2010 on income tax (published
in edition 80 of the Official Gazette of the Principality of Andorra
(BOPA), dated 28 December 2011). This Law came into force the
day after it was published in the BOPA and applies to taxation
periods starting after 1 January 2012. The Bank pays tax at a rate
of 10%.
Deferred tax assets and liablities include temporary differences
identified as those amounts which are payable or recoverable
for differences between the carrying amounts of assets and
liabilities and their tax value, as well as tax loss carryforwards
and credits for tax deductions not applicable for tax purposes.
These amounts are recognised by applying the temporary
difference or credit at the tax rates at which they are expected
to be recovered or settled.
On 13 June 2012 the Andorran Government approved the
Regulation regulating Law 95/2010 of 29 December 2010 on
income tax and Law 96/2010 of 29 December 2010 on taxation
of economic activities, which establishes the formal obligations
of the parties required to pay these taxes as well as the system
for managing, settling and monitoring the aforementioned
taxes.
Deferred tax liabilities are recognised for all taxable temporary
differences. Deferred tax assets identified with temporary
differences, unused tax losses and unused tax credits are only
recognised to the extent that it is considered probable that the
Company has future taxable profit against which they can be
utilised.
58
p. Non-resident income tax
At each reporting date, recognised deferred tax assets and
liabilities are reviewed for the purpose of verifying that they
remain effective and the appropriate corrections are made on
the basis of the results of the analysis carried out.
In accordance with Law 94/2010 of 29 December 2010 on
non-resident income tax (hereinafter Law 94/2010) which taxes
the income obtained in Andorra by individuals and entities
considered by law as non-resident for tax purposes, the Bank
is subject to withholding and has applied withholding of 10%
on non-resident suppliers of services since 1 April 2011, the
enactment date of this law. On 1 December 2011 the General
Council of the Principality of Andorra approved Law 18/2011
of 1 December 2011 amending Law 94/2010 which will be
applicable as of 1 January 2012.
The aforementioned expense is recognised under Income
tax in the accompanying income statement at the amount
accrued during the year and in the balance sheet under Other
liabilities at the amount payable through this company and
under Other assets at the amount of the withholdings and
payments on account.
o. Indirect tax on goods delivered, services rendered and
imports
Non-resident income tax is included under Taxes in the
accompanying income statement for the amount accrued
during the year and under Other liabilities on the balance sheet
for the amount payable through this Company.
At its session held on 21 June 2012 the General Council of the
Principality of Andorra approved the law governing indirect
general tax (IGI), which entered into force on 1 January 2013.
Indirect general tax is levied on goods delivered, service
rendered and imports made by onerous contract in Andorra by
business people or professionals usually or occasionally as part
of their economic activity, irrespective of the purpose or the
results achieved in the economic activity or in each particular
transaction, including the condition of importer.
q. Memorandum accounts
Own and third party shares and securities under custody are
always measured, where possible, at market price. Where no
market prices are available, the Bank applies the following
hierarchy to determine the market value of shares and securities:
The general tax rate is 4.5%, with a reduced rate of 1% and an
increased rate of 9.5%, which is only applied to banking and
financial services rendered. The settlement period depends on
the annual net turnover for all of the activities carried out by
the tax payer in the immediately previous year. Payments can
be made half-yearly, quarterly or monthly. Tax payers have to
determine the tax debt in each settlement period, reducing the
general indirect tax payable during the period by the general
indirect tax installments receivable, which are deductible in
nature. The entry into force of Law 11/2012 of 21 June 2012
governing indirect general tax and subsequent amendments
repeals the Law governing indirect taxation on the rendering
of banking and financial services of 14 May 2002.
59
•
Price given by the issuer of the security;
•
Generally accepted measurement techniques. The
most frequently used measurement methodologies are
discounted cash flow models such as Black Scholes, Cos
Ross Rubinstein, Monte Carlo Simulation, Hull & White, Libor
Market Model or variations on these models. Observable
market data is used to measure the different shares and
securities or, in the absence of observable data, estimates
are applied based on the information provided by over the
counter (OTC) markets, or according to internal interpolation
methods based on observable data in organised markets.
•
When none of the above mentioned methods can be used,
shares and securities are measured at cost.
4. Residual Maturity of Assets and Liabilties
The breakdown by maturities of gross loans and receivables, balances payable and gross balances with banks and credit institutions
at 31 December 2013 and 2012 is as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
OVERDUE
UP TO
1 MONTH
FROM 1
TO 3
MONTHS
FROM 3
MONTHS
TO 1 YEAR
FROM 1
YEAR
TO 5 YEARS
MORE THAN
5 YEARS
NO MATURITY
TOTAL
INAF
-
-
-
-
-
-
210
210
Banks and credit institutions and
other financial intermediaries
-
402,764
-
177,161
-
-
32
579,957
5,322
67,177
85,551
344,185
304,882
822,703
2,722
1,632,542
46,309
-
-
-
-
-
81,703
128,009
-
2,994
601
1,111
2,578
-
-
7,284
FROM 1
YEAR
TO 5 YEARS
MORE THAN
5 YEARS
NO MATURITY
Loans and advances to
customers
Customer account overdrafts
Customer discounted notes
Expressed in thousands of Euros
2012
OVERDUE
UP TO
1 MONTH
FROM 1
TO 3
MONTHS
FROM 3
MONTHS
TO 1 YEAR
TOTAL
INAF
-
-
-
-
-
-
210
210
Banks and credit institutions and
other financial intermediaries
-
391,843
1,554
1,537
142,529
-
-
537,463
Loans and advances to
customers
22,682
134,652
60,488
315,633
570,088
570,409
-
1,673,952
Customer account overdrafts
53,105
-
-
-
-
-
87,537
140,642
-
4,652
630
1,711
3,557
-
-
10,550
Customer discounted notes
60
The breakdown by residual maturities of bonds and other fixed-income securities in the accompanying consolidated balance
sheet at 31 December 2013 and 2012 is as follows:
2013
OVERDUE
Bonds and other fixed-income securities
2012
UP TO
1 MONTH
105,618
OVERDUE
Bonds and other fixed-income securities
FROM 1
TO 3
MONTHS
15,165
UP TO
1 MONTH
36,078
5,970
FROM 1
TO 3
MONTHS
22,079
FROM 3
MONTHS
TO 1 YEAR
162,093
FROM 3
MONTHS
TO 1 YEAR
64,000
77,758
FROM 1
YEAR
TO 5 YEARS
410,338
FROM 1
YEAR
TO 5 YEARS
453,595
MORE
THAN
5 YEARS
Expressed in thousands of Euros
NO MATURITY
TOTAL
366,859
MORE
THAN
5 YEARS
73,033
1,139,076
Expressed in thousands of Euros
NO MATURITY
TOTAL
330,978
-
984,488
The maturities of the INAF deposits and balances payable at 31 December 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
OVERDUE
UP TO
1 MONTH
FROM 1
TO 3
MONTHS
INAF
-
1,848
-
Banks, credit institutions and other
financial intermediaries
-
236,413
Customer deposits
-
Debt securities
FROM 3
MONTHS
TO 1 YEAR
FROM 1
YEAR
TO 5 YEARS
MORE THAN
5 YEARS
NO MATURITY
TOTAL
210
-
-
-
2,058
148,071
44,064
60,000
153,006
-
641,554
1,002,114
91,643
456,692
8,465
7,779
1,124,034
2,690,727
-
3,770
18,859
2,248
14,610
41,771
-
81,258
OVERDUE
UP TO
1 MONTH
FROM 1
TO 3
MONTHS
FROM 1
YEAR
TO 5 YEARS
MORE THAN
5 YEARS
NO MATURITY
INAF
-
1,068
-
210
-
-
-
1,278
Banks, credit institutions and other
financial intermediaries
-
183,386
1,579
18,602
134,535
110,949
-
449,051
Customer deposits
-
225,564
176,352
481,402
60,487
1,480
1,635,221
2,580,506
Debt securities
-
13,175
39,959
12,515
2,500
-
-
68,149
Expressed in thousands of Euros
2012
FROM 3
MONTHS
TO 1 YEAR
61
TOTAL
Details by currency of gross loans and receivables, balances payable and the gross securities portfolios at 31 December 2013
and 2012 are as follows:
2013
Euros
INAF
Expressed in thousands of Euros
Total
Other currencies
210
-
210
235,927
344,030
579,957
1,495,479
137,063
1,632,542
Customer account overdrafts
99,232
28,777
128,009
Customer discounted notes
7,282
2
7,284
970,704
199,887
1,170,649
Banks, credit institutions and other financial intermediaries
Loans and advances
Securities portfolio
Expressed in thousands of Euros
2012
Euros
INAF
Other currencies
Total
210
-
210
339,209
198,254
537,463
1,509,536
164,416
1,673,952
Customer account overdrafts
107,863
32,779
140,642
Customer discounted notes
10,543
7
10,550
606,702
402,563
1,009,265
Banks, credit institutions and other financial intermediaries
Loans and advances
Securities portfolio
Details by currency of the INAF deposits and balances payable in the accompanying consolidated balance sheets at 31
December 2013 and 2012 are as follows:
2013
Euros
INAF
Banks and credit institutions and other financial intermediaries
Customer deposits
Debt securities
62
Expressed in thousands of Euros
Total
Other currencies
2,058
-
2,058
417,710
223,844
641,554
1,972,757
717,970
2,690,727
81,258
-
81,258
2012
Euros
INAF
Banks and credit institutions and other financial intermediaries
Customer deposits
Debt securities
Expressed in thousands of Euros
Total
Other currencies
1,278
-
1,278
408,354
40,697
449,051
1,979,958
600,548
2,580,506
42,032
26,117
68,149
Debt securities include fixed-income securities issued by Andorra Capital Agrícol Reig, B.V. These issues comprised two issues
during 2012 of Euros 2,248 thousand falling due in 2014; five issues during 2013 of Euros 22,629 thousand falling due in
2014; two issues during 2013 of Euros 7,021 thousand falling due in 2016; two issues during 2013 of Euros 6,000 thousand
falling due in 2017; one issue during 2013 of Euros 1,589 thousand falling due in 2018; five issues during 2013 of Euros 25,200
thousand falling due in 2020 and four issues during 2013 of Euros 16,571 thousand falling due in 2023.
5. Financial Intermediaries on Sight and Banks and Credit Institutions
Details of this caption at 31 December 2013 and 2012 are as follows:
2013
Current accounts
Banks and credit institutions
Other financial intermediaries
Time deposits
Banks and credit institutions
Other financial intermediaries
Less, provision for loan losses
63
Expressed in thousands of Euros
2012
534,529
762
437,560
-
535.291
437.560
44,666
-
99,903
-
44,666
99,903
(1,527)
(425)
578,430
537,038
Movement in the provision for loan losses during 2013 and 2012 is as follows:
Specific risks
Balance at 31 December 2011
Charges
Applications
Recoveries
Expressed in thousands of Euros
Total
General risks
-
266
266
-
159
159
-
Balance at 31 December 2012
Charges
Applications
Recoveries
Balance at 31 December 2013
-
-
425
425
-
1,102
-
1,102
-
-
1,527
1,527
At 31 December 2013 and 2012 no outstanding or doubtful balances with financial intermediaries on sight or banks and
credit institutions exist.
6. Loans and Receivables
Details of this caption of the accompanying consolidated balance sheet at 31 December 2013 and 2012, by credit status and
guarantee type, are as follows:
Expressed in thousands of Euros
Credit status
Loans and advances to customers
Customer account overdrafts
Customer discounted notes
2013
Normal
Overdue
Doubtful
Total
1,608,139
80,306
7,278
2,450
1,176
-
21,953
46,527
6
1,632,542
128,009
7,284
Expressed in thousands of Euros
Credit status
Loans and advances to customers
Customer account overdrafts
Customer discounted notes
2012
Normal
Overdue
Doubtful
Total
1,652,213
86,594
10,550
6,932
1,549
-
14,807
52,499
-
1,673,952
140,642
10,550
64
Expressed in thousands of Euros
2013
Guarantee type
Loans and advances to customers
Customer account overdrafts
Customer discounted notes
Mortgage
Monetary
Securities
Personal – secured
and others
Total
880,306
42,658
-
23,862
-
393,336
58,704
-
335,038
26,647
7,284
1,632,542
128,009
7,284
Expressed in thousands of Euros
2012
Guarantee type
Loans and advances to customers
Customer account overdrafts
Customer discounted notes
Mortgage
Monetary
Securities
Personal – secured
and others
Total
915,687
45,211
-
40,919
-
348,668
68,843
-
368,678
26,588
10,550
1,673,952
140,642
10,550
Customer account overdrafts at 31 December 2013 include loans for which legal action has been initiated, for an amount of
Euros 46,327 thousand (Euros 51,638 thousand in 2012), Euros 30,863 thousand of which are secured by guarantees.
Movement in the provision for loan losses during 2013 and 2012 is as follows:
Specific risks
Balance at 31 December 2011
Charges
Recoveries
Applications
Other
Balance at 31 December 2012
Charges
Recoveries
Applications
Other
Balance at 31 December 2013
65
Expressed in thousands of Euros
Total
General risks
23,781
3,913
27,694
13,795
(35)
(9,342)
(242)
361
(7)
-
14,156
(42)
(9,342)
(242)
27,957
4,267
32,224
13,207
(4,836)
32
434
(887)
-
13,641
(5,723)
32
36,360
3,814
40,174
The charge for 2013 includes the effect of the review of the mortgage guarantees mentioned in note 3.d, in the amount of
Euros 2,193 thousand (Euros 1,781 thousand in 2012).
Details of loans from public sector entities at 31 December 2013 and 2012, which represent loans and credits, are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Central government
Local government
44,288
27,811
68,020
34,811
72,099
102,831
7. Investment Securities
a. Bonds and other fixed-income securities
Details of this caption at 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
55,506
55,506
OECD countries’ public debt
466,377
417,714
Other bonds and marketable fixed-income securities
617,193
511,268
1,139,076
984,488
Principality of Andorra’s public debt (see note 22)
At 31 December 2013 Other bonds and marketable fixed-income securities include Euros 30,712 thousand (Euros 102,627
thousand at 31 December 2012), Euros 9,526 thousand relating to interest-rate structured notes and the rest to credit notes,
acquired from the money market funds managed by the Group (see note 3.f ).
This caption also includes portfolio products for a nominal amount of Euros 96,424 thousand on which the Bank signed
an agreement in December 2013 for their liquidation. At 31 December 2013 the Bank has a provision for the total losses
incurred, having recognised an amount of Euros 7,080 thousand in the income statement.
66
b. Investments in Group companies
Details of investments in Group companies at 31 December 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
Registered
offices
%
Direct
ownership
Share
capital
Profit/(loss) Dividend for Total equity
for the year
the year
Net asset
value
Clau d’Or, S.L. (real estate)
Andorra
100%
30
-
-
30
30
Mon Immobiliari, S.L.U. (real estate)
Andorra
100%
30
-
-
27
8
Investments in Group companies accounted for
using the equity method
(see note 2)
-
-
-
-
2,181
Other investments
-
-
-
-
88
4,420
Expressed in thousands of Euros
2012
Registered
offices
%
Direct
ownership
Share
capital
Profit/(loss) Dividend for Total equity
for the year
the year
Net asset
value
Clau d’Or, S.L. (real estate)
Andorra
100%
30
-
-
30
30
Mon Immobiliari, S.L.U. (real estate)
Andorra
100%
30
-
-
27
8
Investments in Group companies accounted for
using the equity method
(see note 2)
-
-
-
-
3,348
Other investments
-
-
-
-
88
3,474
67
Details of investments in Group companies accounted for using the equity method at 31 December 2013 and 2012 are as
follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
%
investment
Andorra Assegurances Agrícol Reig, SA
(insurance company)
Share
capital
100%
Net asset
value
2,404
Total
equity
3,336
Dividends
in 2013
3,336
1,000
Expressed in thousands of Euros
2012
%
investment
Andorra Assegurances Agrícol Reig, SA
(insurance company)
Medipatrimonia Invest, S.L.(*)
Share
capital
Net asset
value
Total
equity
Dividends
in 2013
100%
2,404
3,348
3,348
250
41.89%
46
265
265
-
(*) Indirect interest in this company
c. Other investments
Other investments include investments in other companies where the Group does not hold a majority of the shares or have
decision-making power.
Other investments at 31 December 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
Company name
and activity
Serveis i mitjans de pagament XXI, SA
Túnel d’Envalira, SA (infrastructures)(*)
S.E.M.T.E.E. (leisure and health) (*)
Registered
offices
Andorra
Andorra
Andorra
Direct
ownership
20%
10%
12%
Subscribed
capital
60
8,400
29,403
Total
equity
73
14,492
49,530
Profit for
the year
(14)
(55)
904
Dividends
for the
year
-
Cost
Securities
valuation
reserve
12
840
3,929
3
55
-
4,781
58
* Data from the financial statements for 2012
Expressed in thousands of Euros
2012
Company name
and activity
Serveis i mitjans de pagament XXI, SA
Túnel d’Envalira, SA (infrastructures)(*)
S.E.M.T.E.E. (leisure and health) (*)
Registered
offices
Andorra
Andorra
Andorra
Direct
ownership
20%
10%
12%
Subscribed
capital
60
8,400
31,591
* Data from the financial statements for 2011
68
Total
equity
60
15,885
46,694
Profit for
the year
(706)
2,012
Dividends
for the
year
-
Cost
Securities
valuation
reserve
12
840
3,929
-
4,781
-
d. Shares and other variable-income securities
Expressed in thousands of Euros
Shares and other variable-income securities include all
listed or unlisted shares and securities in the Bank’s held
for trading portfolio, which represents shareholdings in the
capital of other companies with which there is no long-term
relationship and where the purpose of such shareholdings is
not to contribute to the Bank’s activity.
Trading portfolio
Fixed-income
Variable-income
Investment funds
Ordinary investment portfolio
Fixed-income
Investment funds
Variable income
Held-to-maturity portfolio
Permanent investment portfolio
e. Investment funds
Details of gross investment funds by management entity at
31 December 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
9,603
6,491
10,472
5,760
16,094
16,232
2012
244,460
235,694
448
8,318
281,118
267,512
7,777
5,829
635,870
9,201
1,170,649
182,193
172,439
290
9,464
201,189
194,422
6,767
617,628
8,255
1,009,265
The market value or fair value of the held-to-maturity and
ordinary investment portfolios at 31 December 2013 is Euros
661,242 thousand and Euros 273,477 thousand, respectively
(Euros 607,417 thousand and Euros 198,763 thousand at
31 December 2012). Of the total market value of the heldto-maturity portfolio, Euros 432,196 thousand relate to
listed instruments and the rest, Euros 229,046 thousand to
marked-to-model and unlisted instruments (see note 3.f ).
Of the total fair value of the ordinary investment portfolio,
Euros 222,804 thousand relate to listed securities and the
rest, Euros 50,673 thousand, to marked-to-model or unlisted
instruments.
Managed by:
Entities related to the Group
Entities not related to the Group
2013
The investment funds managed by the Group at 31 December
2013 include: Alternative Investment Conservative-A,
Alternative Investment Growth-A, Astra FCP Short-Term, and
Alternative Investment Private Equity-A.
f. Portfolio valuation
4.44% of the market value of the trading portfolio has been
calculated based on models developed by an independent
expert and the rest using quoted prices.
The securities as at 31 December 2013 and 2012 classified
by valuation categories described in note 3(f ), are as follows:
69
g. Securities valuation reserve
Movement in the securities valuation reserve during 2013 and 2012 is as follows:
Expressed in thousands of Euros
Balance at 31 December 2011
9,723
Charges to the ordinary porfolio
Charges to the permanent investments portfolio
Recoveries
2,349
-
Balance at 31 December 2012
12,072
Charges to the ordinary portfolio
Charges to the permanent investments portfolio
Recoveries
7,426
-
Balance at 31 December 2013
19,318
h. Provision for loan losses
Expressed in thousands of Euros
Balance at 31 December 2011
3,455
Net charges to provision
(199)
Balance at 31 December 2012
3,256
Net charges to provision
648
Balance at 31 December 2013
3,904
As 31 December 2013 and 2012 the provision for loan losses relates solely to the general provision on the investment
portfolio.
70
8. Fixed Assets
a. Movement in tangible assets, intangible assets and amortisable costs
Movement in intangible assets and amortisable costs during 2013 and 2012 and related amortisation is as follows:
Expressed in thousands of Euros
Transfers
31/12/2013
31/12/2012
Additions
Disposals
537
34,220
12,725
47,482
20
913
6,768
7,701
-
6,078
(6078)
-
557
41,211
13,415
55,183
(130)
(26,220)
(6,971)
(33,321)
(10)
(2,415)
(264)
(2,689)
-
-
(140)
(28,635)
(7,235)
(36,010)
14,161
5,012
-
-
19,173
31/12/2011
Additions
538
31,215
11,210
42.963
2,245
4,142
6.387
(1)
(29)
(1,838)
(1.868)
789
(789)
-
537
34,220
12,725
47.482
(119)
(23,788)
(6,003)
(29,910)
(11)
(2,580)
(975)
(3,566)
21
7
28
127
127
(130)
(26,220)
(6,971)
(33,321)
13,053
2,821
(1,840)
127
14,161
Cost
Multi-owned assets
Computer software
Other
Total
Amortisation
Multi-owned assets
Computer software
Other
Total AMORTISATION
Total NET
Expressed in thousands of Euros
Transfers
31/12/2012
Disposals
Cost
Multi-owned assets
Computer software
Other
Total
Amortisation
Multi-owned assets
Computer software
Other
Total AMORTISATION
Total NET
Intangible asset additions in 2013 comprise mainly the purchase of a new investment portfolio integral management
application.
Movement in tangible assets during 2013 and 2012 and their depreciation is as follows:
71
Expressed in thousands of Euros
31/12/2012
Additions
Disposals
Transfers
Revaluations
31/12/2013
Cost
OPERATING
Land
Buildings
Furniture
Installations
IT equipment
Vehicles
Fixed assets under construction
47,714
44,533
5,581
30,270
24,257
1,462
1,547
326
1,078
1,383
153
1,498
(83)
-
78
(78)
-
47,714
44,533
5,907
31,348
25,718
1,532
2,967
155,364
4,438
(83)
-
-
159,719
44,776
10,641
4,304
92
35
11
18,694
7
(2,502)
(17)
117
-
-
61,085
10,641
4,304
92
35
1
59,859
18,701
(2,519)
117
-
76,158
215,223
23,139
(2,602)
117
-
235,877
(14,872)
(5,080)
(21,613)
(21,099)
(471)
(1,885)
(203)
(1,369)
(913)
(161)
-
(309)
2
-
-
(16,757)
(5,283)
(23,291)
(22,010)
(632)
(63,135)
(4,531)
-
(307)
NON-OPERATING
Buildings
Installations
IT equipment
Furniture
(4,531)
(4,241)
(92)
(32)
(271)
(16)
-
-
(2,722)
-
-
(7,524)
(4,257)
(92)
(32)
Subtotal
(8,896)
(287)
-
(2,722)
-
(11,905)
(72,031)
(4,818)
-
(3,029)
-
(79,878)
(9,511)
(2,301)
247
2,912
-
(8,656)
133,681
16,020
(2,358)
-
-
147,343
Subtotal
NON-OPERATING
Buildings
Land
Installations
IT equipment
Furniture
Vehicles
Subtotal
Total TANGIBLE ASSETS
Depreciation
OPERATING
Buildings
Furniture
Installations
IT equipment
Vehicles
Subtotal
(67,973)
Depreciation
Total DEPRECIATION
Provision for depreciation
Total NET TANGIBLE ASSETS
72
Expressed in thousands of Euros
31/12/2011
Additions
Disposals
Transfers
Revaluations
31/12/2012
Cost
OPERATING:
Land
Buildings
Furniture
Installations
IT equipment
Vehicles
Fixed assets under construction
Subtotal
NON-OPERATING
Buildings
Land
Installations
IT equipment
Furniture
Vehicles
Subtotal
Total TANGIBLE ASSETS
46,632
45,615
5,404
30,700
21,779
1,374
996
151
524
2,502
173
1,895
(16)
(1,908)
(30)
(85)
(342)
1,082
(1,082)
42
954
6
(1,002)
-
47,714
44,533
5,581
30,270
24,257
1,462
1,547
152,500
5,245
(2,381)
-
-
155,364
32,851
10,641
4,304
92
33
3
14,137
2
8
(2,212)
-
-
-
44,776
10,641
4,304
92
35
11
47,924
14,147
(2,212)
-
-
59,859
200,424
19,392
(4,593)
-
-
215,223
(12,902)
(4,902)
(21,784)
(20,014)
(373)
(1,970)
(194)
(1,589)
(1,116)
(178)
16
1,760
31
80
-
-
(14,872)
(5,080)
(21,613)
(21,099)
(471)
(59,975)
(5,047)
1,887
-
-
(63,135)
(4,260)
(4,223)
(92)
(32)
(271)
(18)
-
-
-
-
(4,531)
(4,241)
(92)
(32)
(8.607)
(289)
-
-
-
(8.896)
(68,582)
(5,336)
1,887
-
-
(72,031)
(3,320)
(4,600)
94
(355)
(1,330)
(9,511)
128,522
9,457
(2,611)
(355)
(1,330)
133,681
Depreciation
NON-OPERATING
Buildings
Furniture
Installations
IT equipment
Vehicles
Subtotal
Depreciation
NON-OPERATING
Buildings
Installations
IT equipment
Furniture
Subtotal
Total DEPRECIATION
Provision for depreciation
Total NET TANGIBLE ASSETS
73
Additions of operating fixed assets under construction in
2013 comprise work in progress to improve fixed assets
used in operations.
The acquisition of Quest Capital Advisers, S.A. on 17
December 2009 generated goodwill of Euros 13,556
thousand, of which Euros 7,482 thousand was capitalised
in 2010 to recognise deferred payments relating to the
acquisition and recognised under Other liabilities in the
balance sheet at 31 December 2013.
Additions of non-operating assets in 2013 comprise
foreclosed assets.
During 2013 and 2012 no interest or exchange differences
relating to fixed assets have been capitalised.
The acquisition of Columbus de México, S.A. on 11 April
2008 generated goodwill on consolidation of Euros 3,572
thousand.
With express authorisation granted by INAF on 9 December
2008, the Bank revalued the carrying amount of the buildings
housing its headquarters and branches with effective date
30 November 2008 (see notes 3.h and 11). Every two years,
through an appraisal conducted by an independent expert,
the aforementioned assets are tested to determine whether
their market value is greater than their carrying amount,
the appropriate provisions being recognised where this is
not the case. At 31 December 2012 the Bank revalued the
carrying amount of buildings used in operations, recognising
an impairment provision of Euros 1,330 thousand against
revaluation reserves (see note 11.d). During 2013 this
impairment provision has not been increased and therefore,
revaluation reserves have remained stable.
The acquisition of Andbanc (Monaco), S.A.M. on 30 June
2011 and of LLA Participaçoes, Ltda. on 25 October 2011
generated goodwill on consolidation of Euros 11,347
thousand and Euros 10,482 thousand, respectively (see
notes 2 and 3.g).
The acquisition of Medipatrimonia Invest, SL and Andbank
Wealth management SGIIC, SAU (formerly Medivalor
AV Agencia de Valores, S.A.U.) by Andbank Luxemburg,
S.A. generated goodwill on consolidation of Euros 1,052
thousand.
b. Gains on consolidation
Expressed in thousands of Euros
Balance at 31 December 2011
Acquisitions
Exchange losses
Balance at 31 December 2012
Acquisitions
Exchange gains
Balance at 31 December 2013
33,951
(287)
33,664
1,052
196
34,912
74
9. Provisions for Risks and Contingencies
a. Provisions for pensions and similar obligations
Movement in pensions and similar obligations during 2013 and 2012 is as follows:
Expressed in thousands of Euros
Retirements
Early
retirements
Pension
funds
Total
Balance at 31 December 2011
817
608
5,034
6,459
Charge for the year against income statement
Payments made to pensioners and surrenders for the year
Other movements
3
(78)
66
11
(198)
225
599
(286)
(100)
613
(562)
191
Balance at 31 December 2012
808
646
5,247
6,701
Charge for the year against income statement
Payments made to pensioners and surrenders for the year
Other movements
2
(76)
20
6
(189)
(30)
599
(552)
335
607
(817)
325
Balance at 31 December 2013
754
433
5,629
6,816
The charge to the pension fund is recognised under Other personnel expenses in the income statement. In 2013 this
charge includes Euros 72 thousand (Euros 84 thousand in 2011) in financial charges. Other movements include the Andbanc
Monaco, S.A.M. defined contribution pension plan.
Payments made to pensioners and early retirees during 2013 are recognised against the provision.
The pension fund, which relates to current employees, is secured by deposits transferred to the interbank market.
Current personnel belonging to the defined contribution pension scheme can, upon request, transfer their pension funds to
an investment fund managed by the Bank off the balance sheet (see note 9). At 31 December 2013 pension funds managed
off the balance sheet amounted to Euros 1,038 thousand, whilst internal funds classified as Provisions for for risks and
contingencies amounted to Euros 5,302 thousand.
75
b. Other provisions
The movements in these provisions are mainly the result of the additional provisions recognised in 2013 and 2012 to cover
possible losses on certain written options.
Movement in other provisions during 2013 and 2012 was as follows:
Expressed in thousands of Euros
31/12/2012
RECOVERIES
CHARGES
APPLICATIONS
31/12/2013
Other provisions
3,184
541
1,772
-
4,897
TOTAL
3,184
541
1,772
-
4,897
CHARGES
APPLICATIONS
31/12/2012
Expressed in thousands of Euros
31/12/2011
RECOVERIES
Other provisions
7,123
(6,736)
3,122
(325)
3,184
TOTAL
7,123
(6,736)
3,122
(325)
3,184
10. Distribution of Profit
The directors of Andorra Banc Agrícol Reig, SA will propose to the shareholders at their annual general meeting that the profit
for 2013 be distributed as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
Legal reserve
Voluntary reserves
Interim dividend
Complementary dividend
156
24,609
18,044
19,103
61,912
The charge to the voluntary reserve includes an amount of Euros 3,960 thousand relating to the annual charge to the nondistributable reserve for gains on consolidation (see note 3.g)
During 2013 the Bank has distributed interim dividends for 2013 of Euros 18,044 thousand.
Distribution of profit for the year ended 31 December 2012, approved by the shareholders at their annual general meeting
on 27 March 2013, was as follows:
76
Expressed in thousands of Euros
2012
Legal reserve
Voluntary reserves
Interim dividend
Complementary dividend
15,934
18,499
18,691
53,124
11. Movement in Equity and General Risks Reserve
Movement in the Group’s equity during 2013 and 2012 is as follows:
Share
capital
Balance at 31 December
2011
LEGAL
RESERVE
Guarantee
reserves
Share
premium
Revaluation
reserves
Voluntary
reserves
Translation
differences
78,061
15,612
21,619
69,999
63,242
131,965
Distribution of profit for 2011
-
-
-
-
-
15,876
-
Consolidation adjustments
-
-
-
-
-
-
18
Other (note 3f )
-
-
-
-
-
762
-
Revaluation of guarantee
reserves
Profit for 2012
-
-
-
-
(1,330)
-
-
-
-
-
-
Interim dividend
-
-
-
-
-
Transfer of reserves
-
-
(719)
-
78,061
15,612
20,900
Distribution of profit for 2012
-
-
Consolidation adjustments
Other (note 3f )
-
-
Revaluation buildings (note 8)
-
Share capital increase
Revaluation of guarantee
reserves
-
Profit for 2013
Complementary
dividend
-
-
-
3,958
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
719
-
-
69,999
61,912
149,322
18
-
-
-
15,934
-
-
-
7,148
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3,125
-
-
-
-
-
-
-
Interim dividend
-
-
-
-
Transfer of reserves
-
-
-
-
781
-
-
78,842
15,612
24,025
Share capital increase
Balance at 31 December
2013
Consolidation
adj. without
effect on
equity
Profit
-
54,246
36,999
-
(52,875)
-
(2,605)
(1,371)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
56,581
(18,499)
-
-
-
-
-
-
-
12,363
(18,499)
-
-
56,581
-
-
18,499
18,691
-
(53,124)
1
-
417
-
-
-
3,039
-
(3,457)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(3,125)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
64,080
-
-
-
-
(18,044)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3,442
-
-
-
-
-
-
-
-
73,441
61,912
169,279
19
12,780
(18,044)
-
-
64,080
77
8,405
Interim
dividend
--
Balance at 31 December
2012
-
Consolidation
reserves
a. Share capital
d. Revaluation reserves
On 7 November 2013 the Bank increased capital by Euros 781
thousand, with share capital rising to Euros 78,842 thousand at 31
December 2013, through the annulment of the current series of
1,751,825 shares and their simultaneous substitution by 1,751,825
new shares and the issue of another 17,518 new shares. These
shares have a nominal amount of Euros 44.56 and a joint share
premium of Euros 3,442 thousand.
Revaluation reserves reflect the revaluation of the carrying amount
of some of the Bank’s buildings to reflect their market value (see
notes 3.h and 8).
The revaluation reserves are not available for distribution unless the
assets are disposed of and/or the INAF authorises their distribution.
e. Consolidation reserves
This share capital increase has been fully subscribed and paid up
by some of the Bank’s directors.
Consolidation reserves correspond to the following companies:
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
b. Legal and voluntary reserves
In accordance with Andorran mercantile law, banks must allocate
10% of the year’s profit to the legal reserve until it reaches 20% of
the share capital. At 31 December 2012 the legal reserve was fully
appropriated. As a result of the share capital increase carried out in
2013 an appropriation of 20% has been made (see note 10).
Voluntary reserves include an amount of Euros 5,647 thousand
for differences on first-time consolidation from prior years that are
restricted.
Andorra Gestió Agrícol Reig, SAU.
Andorra Assegurances Agrícol Reig, SA
Grup Nobilitas N.V.
Andbank Bahamas (Limited)
Savand, SAU.
Grup Andbank Luxembourg
Other
3,817
1,649
1,920
7,906
226
(1,948)
(790)
4,623
955
1,919
5,457
261
1
(853)
Total
12,780
12,363
Movement in consolidation reserves in 2013 and 2012 is as
follows:
97% of the Bank’s voluntary reserves and share premium at 31
December 2013 are available for distribution (see note 3.f).
Expressed in thousands of Euros
Balance at 31 December 2011
c. Guarantee reserves
This caption includes the deposit guarantee reserves and other
operating obligations which have to be deposited with the INAF
by entities belonging to the financial system.
In compliance with Law 01/2011 of 2 February 2011 on the
creation of a deposit guarantee system for banks, (Llei 01/2011, de
2 de febrer, de creació d’un sistema de garantia de dipòsits per a les
entitats bancàries) the guarantee reserves caption totalled Euros
24,025 thousand and Euros 20,900 thousand at 31 December
2013 and 2012, respectively.
78
8,405
Distribution of 2011 profit to reserves
Complementary dividend for 2010
Other consolidation adjustments
(1,798)
(3,405)
9,161
Balance at 31 December 2012
12,363
Distribution of profit for 2012
Complementary dividend for 2011
Other consolidation adjustments
(558)
(3,181)
4,156
Balance at 31 December 2013
12,780
f. Profit/loss attributed to the Group
Details of profit/loss attributed to the Group at 31 December 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Andorra Banc Agrícol Reig, SA
61,912
53,124
Fully consolidated companies
7,142
4,689
Andorra Gestió Agrícol Reig, SA
Andbank Bahamas (Limited)
Grup Nobilitas N.V.
Columbus de México, SA, CV
And Private Wealth, SA
Quest Capital Advisers
Andbanc Wealth Management LLC
Consolidation adjustments Grup Nobilitas
Savand, SAU.
Grup Andbank Lux
Andbank (Luxembourg) SA
Andbank Asset Management Luxembourg, SA
Andbank Luxembourg Limited Hong Kong
Andbank Wealth Management,SGIIC, SAU
Consolidation adjustments Grup Andbank Lux
Andbank España, SAU
Andbank (Panamà), SA
APW Consultores Ltda.
Andbanc Monaco, SAM
Medipatrimonia Invest, S.L. (*)
Other
2,282
6,666
101
78
(47)
1,780
(1,750)
40
40
2,584
1,929
876
25
32
(3,112)
932
(1,385)
557
(1,523)
2,610
4,831
(2,564)
51
(305)
1,896
(2,814)
(1,392)
(36)
(506)
3,201
(212)
(137)
(3,358)
1,322
(766)
266
(468)
Companies accounted for using the equity method
Andorra Assegurances Agrícol Reig, SA
Medipatrimonia Invest, S.L. (*)
Consolidation adjustments
2,640
2,640
(7,615)
406
600
(194)
(1,638)
64,080
56,581
(*) During 2012 this company was consolidated using the equity method, whilst in 2013 it was fully consolidated.
79
g. General risks reserve
Movement in the general risks reserve during 2013 and 2012 is as follows:
Expressed in thousands of Euros
2,300
Balance at 31 December 2011
Net recoveries from the reserve (note 13)
2,000
Other
(107)
Balance at 31 December 2012
4,193
Charges to the reserve
1,200
Net recoveries from the reserve (note 13)
-
Balance at 31 December 2013
5,393
At the date of its acquisition, the Monaco subsidiary included a general risks reserve of Euros 1,393 thousand.
12. Balances in Euros and Other Currencies
The breakdown of assets and liabilities in the balance sheets at 31 December 2013 and 2012 in Euros and other currencies,
is as follows:
Expressed in thousands of Euros
2012
Liabilities
2013
Assets
Euros
Other currencies
Liabilities
Assets
3,377,536
665,441
3,072,935
970,042
3,212,371
488,650
3,005,812
695,209
4,042,977
4,042,977
3,701,021
3,701,021
13. Other Balance Sheet and Income Statement Items
In addition, at 31 December 2013 and 2012 other significant items are as follows:
a. Other assets
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Operations in progress
Inventories
Options purchased
Public entities
Taxes
Other receivables (note 2.d)
5,897
13
65,640
1,666
239,589
24,966
13
28,373
16,537
1,322
25,238
312,805
96,449
80
Operations in progress include the amounts receivable from market counterparties.
Taxes comprise income tax payments made during 2013.
b. Other liabilities
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Operations in progress
Options written
Public entities
Securities borrowed
Other payables
24,029
3,387
15,850
19,318
39,620
27,660
3,392
23,770
32,639
30,634
102,204
118,095
The amount of securities borrowed by the Bank from its portfolio of assets held in custody is recognised under Other liabilities Securities borrowed on the liabilities side of the balance sheet, and under Loans and receivables - Loans and advances to customers
on the asset side of the balance sheet.
The valuation adjustment to options written is recognised, where applicable, under Provisions for risks and contingencies (see note
9.b).
14. Financial Derivatives
Transactions in futures and financial derivatives are detailed below at their notional amount by type of derivative product held by
the Group at 31 December 2013 and 2012. A distinction is made between trading and hedging operations by market to which they
belong:
2013
Outstanding forward currency purchase and sales
Options
Swaps
Other agreements
2012
Outstanding forward currency purchase and sales
Options
Swaps
Other agreements
Market
Hedging
Unregulated
Unregulated
Unregulated
Unregulated
Market
81
Expressed in thousands of Euros
Total
1,716,465
290,141
235,093
1,572,300
14,118
4,306,902
74,768
1,716,465
304,259
4,541,995
1,647,068
3,813,999
4,395,788
8,209,787
Hedging
Unregulated
Unregulated
Unregulated
Unregulated
Trading
Trading
Expressed in thousands of Euros
Total
1,412,456
199,083
418,705
580,761
14,191
3,066,405
91,107
1,412,456
213,274
3,485,110
671,868
2,611,005
3,171,703
5,782,708
Outstanding forward currency operations are firmly contracted with the main aim of hedging customer operations in the
market and, with lesser amounts, to hedge currency risks. The Bank’s global position by currency and terms is monitored and
closed on a daily basis.
Swaps and options are firmly contracted in order to hedge the interest rate risk of operations with customers. The Bank
regularly monitors the difference between the nominal amount contracted and the amount of the operations to be hedged
and considers these differences as trading swaps.
Other agreements correspond to firm hedging operations executed with customers and other trading operations on
securities positions.
The maturities of futures operations and financial derivatives are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
Outstanding forward currency purchases and sales
Options
Swaps
Other agreements
2012
Outstanding forward currency purchases and sales
Options
Swaps
Other agreements
Less than 1 year
1 to 5 years
More than 5 years
Total
1.716.465
56,497
1,858,936
398,943
75,243
2,384,177
1,087,825
172,519
298,882
160,300
1.716.465
304,259
4,541,995
1,647,068
4,030,841
3,547,245
631,701
8,209,787
Less than 1 year
1 to 5 years
Expressed in thousands of Euros
More than 5 years
Total
1,412,456
31,875
1,113,047
249,297
4,983
2,301,370
422,571
176,416
70,693
-
1,412,456
213,274
3,485,110
671,868
2,806,675
2,728,924
247,109
5,782,708
82
15. Taxation: Income Tax
The income tax expense for the year is calculated as follows:
Expressed in thousands of Euros
The Group files income tax returns. In accordance with
prevailing legislation, profits are taxed at a rate of 10%. Tax
payable is eligible for certain deductions in accordance with
legislation prevailing at any given time.
2013
Income and expenses before income tax plus
permanent differences
The directors of the Bank do not expect that any significant
additional liabilities would arise in the event of inspection by
the taxation authorities.
84,864
59,469
Taxable income at 10%
8,486
5,950
Deductions, credits and reductions
(706)
-
-
2,620
7,780
2,620
50% credit on net tax payable
Due to the treatment permitted by Andorran tax legislation
for certain transactions, the accounting profit differs from
the profit for fiscal purposes. A reconciliation between
accounting profit for the year and net tax payable once
these annual accounts have been authorised for issue,
together with the Bank’s tax expense forecast, is as follows:
2012
A reconciliation between accounting profit before tax and
income tax expense for 2013 is as follows:
Expressed in thousands of Euros
TOTAL
Income and expenses for the year
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Accounting profit before tax (*)
73,496
58,759
Permanent differences
originating in the year
originating in prior years
(2,337)
(2,337)
-
710
710
-
Accounting income
71,159
59,469
Temporary differences
originating in the year
originating in prior years
13,705
13,705
-
-
Tax rate of 10%
8,486
5,950
Tax payable
8,486
5,950
Deductions and credits
(706)
(710)
Net tax payable
7,780
5,240
-
2,620
(2,237)
(1,398)
5,543
1,222
50% credit on net tax payable
Withholdings and payments on account
Tax difference
73,496
10% of the income and expenses balance for the year
7,349
Tax effect of permanent differences
1,137
Deductions and credits for the current year
(706)
Income tax expense
7,780
According to estimates for 2013, the Bank has the following
tax loss carryforwards to be offset against future taxable
income:
Year of origin
2012
Offset until
2022
Thousands of
Euros
(36)
16. Assets Pledged as Collateral
At 31 December 2013 and 2012 the Bank has no assets
pledged as collateral or commitments with third parties.
(*)This amount corresponds to the sum of the individual accounting profit/loss of each
Andbank Group company subject to Andorran income tax legislation.
83
17. Transactions with Related Entities and Individuals
Details of transactions with related entities and individuals that exceed 10% of equity at 31 December 2013 and 2012 are as
follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
Banks and credit institutions
Assets
Liabilities
Loans and receivables
Memorandum accounts
Customer deposits
Shareholders
Members of
the Board of
Directors (nonshareholders)
Subsidiaries
61,354
28,699
844
-
Members of Senior
Management (nonshareholders)
-
-
Other related
parties
52,675
67,607
442
Expressed in thousands of Euros
2012
Banks and credit institutions
Assets
Liabilities
Loans and receivables
Memorandum accounts
Customer deposits
Shareholders
Members of
the Board of
Directors (nonshareholders)
Subsidiaries
50,006
17,116
278
-
Members of Senior
Management (nonshareholders)
-
-
Other related
parties
60,833
61,851
615
The Bank’s positions held with shareholders correspond to one individual, who is not a member of the Board of Directors or
Senior Management.
In relation to subsidiaries, at 31 December 2013 and 2012 no balances representing above 10% of equity are held with nonshareholder members of the Board of Directors, non-shareholder members of Senior Management or other related parties.
The positions held with other related parties relate to one individual, who is not a member of the Board of Directors or Senior
Management.
In relation to shareholders, during 2013 and 2012 no transactions have been conducted with non-shareholder members of
the Board of Directors, subsidiaries, non-shareholder members of Senior Management or other related parties that represent
more than 5% of profits for 2013 and 2012, respectively.
All related-party transactions have been conducted at arm’s length.
84
18. Market Risks
with information on the risks managed. The ALRCO is also
responsible for balance sheet management and capital
management, with the aim of maintaining a high level of
capital adequacy.
Risk management
The identification, measurement, management and control
of risk is a key element in the management of the Andbank
Group. The risk control framework includes a qualitative
component, concerning the definition of policies and
responsibilities, and a quantitative component, associated
with the setting of limits.
Responsibility for guaranteeing the asset management
business is exercised in accordance with the established
legal and regulatory framework and the task of assessing the
results is assigned to the Asset Management ALRCO, which
meets monthly. The committee delegates the monitoring
of asset management activity to the Middle Office. Besides
monitoring compliance with the regulatory framework, the
Middle Office assesses compliance with the investment
policy of the funds and portfolios and regularly monitors the
measures of return and risk.
The positioning of the Group in terms of risk management
is based on maintaining a prudent policy, where risk
assumption is closely linked to the exercise of business
activities in commercial banking, private banking and asset
management.
Interest rate risk
The establishment of policies, the setting of limits and the
overall supervision of risks is the responsibility of the Assets,
Liabilities and Risks Committee (ALRCO), under delegation
from the Board of Directors. The general policies and specific
limits defined by the ALRCO are therefore submitted to the
Board of Directors for analysis and approval. The risk limits
are reviewed at regular intervals in order to adapt them
to the economic and market situation and are submitted
annually to the Board of Directors.
Interest rate risk is defined as the impact on the market value of
the Group’s assets and liabilities resulting from movements in
interest rates. The measures the Group uses to assess this impact
are the sensitivity of the net interest margin over a one year
period to 100 basis point parallel shifts in the yield curve for the
main balance sheet currencies and the sensitivity of the market
value of own funds to 100 basis point parallel shifts in the yield
curve.
To determine the risk limits granted to countries or financial
institutions, the Group uses relatively stable variables such
as credit ratings or Tier I capital, and market variables such as
the price at which the Credit Default Swap is traded. Given
the continuing sovereign debt crisis and the downgrading
of countries and financial institutions, these limits have been
reviewed frequently.
In the historically low interest rate environment that has prevailed
in recent years, the Group has maintained a positive exposure to
movements in the yield curve; i.e. the Group’s financial margin
would increase if the interest rate were to rise and decrease if the
interest rate were to fall. This has translated into a positive repricing
gap of the Group’s interest-rate-sensitive balance sheet assets
and liabilities, i.e., overall, the repricing of assets precedes in time
the repricing of liabilities. This positioning has been supported
by very short-term interbank lending and investments in fixedrate bonds and bonds with a return pegged to the 3/6-month
Euribor, maturing in the short or medium term, although part
of the portfolio is made up of longer-term fixed-rate bonds that
have been purchased without hedging in order to increase the
duration of the balance sheet assets.
As the body responsible for the management of interest rate
risk, currency risk, country risk, counterparty risk, liquidity
risk and market risk, the ALRCO meets at least monthly.
The ALRCO has delegated the task of supervising these
risks to the Middle Office department, which reports to
the ALRCO on a daily and weekly basis, where applicable,
85
The limit established as the maximum loss resulting from a
100 basis point parallel shift in the yield curve is 5% of own
funds. During 2013 this limit was not exceeded.
annually by the Board of Directors, although upgrading
of limits can be more frequent, in order to reflect changes
in the credit rating and tensions in the credit spreads of
entities, thus mainting a moderate level of risk.
Market risk
Strict rules are applied for granting limits to counterparties
that have not posted collateral. In such cases, the
counterparty is required to have a high credit rating, based
on the ratings assigned by the main agencies (Moody’s,
Fitch and S&P), and must have been assigned a relatively
moderate credit risk by the market, as reflected in the price
at which the 5-year CDS is traded. Observation of the market
variable allows any change in the counterparty’s credit
rating to be swiftly included in the model.
Market risk is understood as the potential loss to which the
securities portfolio is exposed due to changes in market
conditions, such as asset prices, interest rates, market
volatility and market liquidity. The measures the Group uses
to manage the market risk of its own portfolio are value
at risk (VaR) and stress testing, in line with general market
standards.
VaR is measured using the parametric method. The
calculation obtained corresponds to the maximum expected
loss over a given time horizon and with a given confidence
level. The Group calculates VaR for a time horizon of one
week and with a confidence level of 99%, and the historical
period used for calculating the correlation matrix and
volatilities is three years. During 2013 this VaR limit has not
been exceeded. The average VaR calculated for the ordinary
investment portfolio and for the trading portfolio was Euros
0.60 million, with a maximum of Euros 0.89 million and a
minimum of Euros 0.36 million. The average position of the
ordinary investment portfolio and the trading portfolio was
Euros 447 million. The average net position of the Group’s
securities portfolio (which includes Euros 155 million in
hedging derivatives) was Euros 1,051 million, the average
VaR having been 0.34% of the average invested position.
Liquidity risk
Liquidity risk is defined as the risk that an entity will be unable
to meet its payment obligations at a given time, whether
arising from, among others, the maturity of deposits,
the drawdown of credit facilities granted, or guarantee
requirements in transactions with collateral.
The Middle Office department monitors the liquidity
position daily to ensure that it remains above the minimum
liquidity level established by the ALRCO. The Group has set
a minimum amount of overnight cash and an additional
minimum amount of cash and highly liquid positions
with one-week liquidity. Repo-financed positions are also
monitored on a daily basis.
Credit risk
Compliance with the liquidity ratio established by the
INAF, which supervises the Andorran financial system, is
monitored monthly. This ratio compares liquid and relatively
liquid assets with liabilities becoming due and payable
and is set at a minimum of 40%. During 2013 the Group
maintained an average liquidity ratio of 66.41% and at yearend the ratio was 67.33%.
Credit risk is the potential loss that would arise should a
counterparty fail to meet its obligations with the Group.
The Group follows a prudent policy in assigning credit
limits, authorising exposure only to countries with high
credit ratings and in these countries only to the financial
institutions with a investment grade credit rating and which
have moderate credit spreads. Risk limits are approved
Since the start of the international financial crisis, a liquidity
contingency plan for the Group has been drawn up at
86
monthly intervals, assessing contingent liquidity based on
different levels of mobilisation of liquid assets and considering
the cost at which this liquidity would be obtained. Another
short and medium term liquidity management measure
used by the Group is the residual maturity of the Group’s
balance sheet assets and liabilities.
At 31 December 2013 Deposits of securities and other
securities under custody include an amount of Euros
452,040 thousand (Euros 417,511 thousand in 2012) held as
collateral for various security-backed loans (see note 6) and
off-balance sheet exposures.
At 31 December 2013, the wealth of individual customers
managed by the Bank is classified under Deposit of securities
under custody of third parties in memorandum accounts
and under liabilities in the accompanying consolidated
balance sheet. The income recognised for management
commissions is recognised under Fees and commissions
for services in the accompanying consolidated income
statement.
The maximum exposure limits during 2013 and 2012 under
different measures, based on the risk-generating factor,
were as follows (in thousands of Euros):
2013
FIXED-INCOME – Position for trading
CHANGES – Overall Forward/Cash Position
INTEREST- Equity loss resulting from a 1% rise in
the yield curve (*)
VARIABLE-INCOME- Position for trading
2012
15,000
6,000
5%
15,000
6,000
5%
6,000
6,000
The measurement criteria for securities and other securities
under custody are described in note 3.q.
(*) Limit on own funds
19. Memorandum Accounts
At 31 December 2013 and 2012, details of the consolidated
memorandum accounts, by security type, are as follows:
2013
Shares and other variable-income securities
Bonds and other fixed-income securities
Units in investment funds not managed by the
Group
Units in investment funds not managed by the
Group
Other
2012
1,369,472
5,470,796
1,081,825
1,253,314
4,495,878
861,345
771,637
687,001
7,879
8,670
8,701,609
7,306,208
87
20. Assets Managed for Third Parties
Details of assets managed for third parties, whether held in custody or not by the Group at 31 December 2013 and 2012 are
as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
Held in custody /
Held in
deposited by the
custody /
Entity
deposited by
third parties
Collective investment undertakings
Individual customer portfolios managed
discretionallymitjançant mandat
Other individual customers
Total
2012
Total
Held in
custody /
deposited by
the Entity
Held in
custody /
deposited
by third
parties
Total
863,055
2,739,372
1,055,617
863,055
3,794,989
649,016
1,873,067
806,414
649,016
2,679,481
6,338,981
9,914,407
2,503,241
3,558,859
8,842,222
13,473,266
5,597,785
8,119,868
2,121,507
2,927,921
7,719,292
11,047,789
21. Other Memorandum Accounts
Details at 31 December 2013 and 2012 are as follows:
Expressed in thousands of Euros
2013
2012
Very doubtful loans
Other
Trusts
Other
Public debt issued by the Andorran Government
Unlisted own securities
Other
57,002
165,167
91,308
73,859
55,506
9,201
9,152
57,003
154,536
87,265
67,271
55,506
8,287
3,478
222,169
211,539
Trusts include unlisted variable-income securities that the Bank holds for third parties. These securities are shown at their
nominal amount.
88
22. Compliance with Legislation
secure their operational obligations up to a limit of 4% of
their total investments, after deducting investments made
using equity and banking funds. In accordance with Law
1/2011 of 2 February 2011 for the creation of a deposit
guarantee scheme for banks, amounts deposited in the INAF
pursuant to the provisions of the Law on deposit guarantee
reserves and other operational obligations were released.
Accordingly, as a consequence of the agreement reached
by the guarantee fund Management Commission on 29
August 2011, pursuant to Law 1/2011 of 2 February 2011,
the Bank has created a reserve of Euros 24,025 thousand at
31 December 2013 (see note 11.c).
Law regulating mandatory investment ratios (Llei de
regulació del coeficient d’inversions obligatòries)
In a session held on 30 June 2994 the Principality of Andorra’s
General Council passed a Law regulating mandatory
investment ratios. The Regulations pursuant to this law
exclusively concern banking institutions and oblige them
to maintain a certain investment ratio of assets in Andorran
public funds.
On 31 December 2005 the Government enacted a Decree for
public debt issue to which the Bank subscribed in an amount
of Euros 55,766 thousand, with maturity on 31 December
2009 and accruing interest at the official one-year rate of the
European Central Bank. At 31 December 2009 this public
debt was renewed by an amount of Euros 55,506 thousand
maturing on 31 December 2013 (see note 7). Upon maturity
at 31 December 2013, this issue was renewed and the new
maturity date established at 31 December 2015.
On 3 March 2010 the Government issued a decree classified
as of national and social interest under the program to
provide privileged financing for start-up companies and
businesses, innovation, conversion and entrepreneurial
ventures. Basically, the decree is aimed at promoting and
supporting the new ideas of those who, in difficult times and
changing environments, see opportunities and challenges
which, though not without risk, have the potential to assist
the country’s economic development. This is to be done
by granting loans, subject to a prior assessment and overall
approval of proposals by a joint committee made up of
representatives of the Chamber of Commerce, Industry and
Services of Andorra, the development company Andorra
Desenvolupament i Inversió, SAU, the Association of
Andorran Banks (ABA) and the Government of Andorra.
Loans granted by the banks within a program classified
as being of national and social interest, which is aimed
specifically at privileged financing of housing, are now also
considered to be public funds, as approved by the Andorran
Government on 26 April 1995. At 31 December 2013 the
loans extended by the Bank in this regard amounted to
Euros 125 thousand (Euros 190 thousand at 31 December
2012). They are recognised under Loans and receivables /
Loans and advances to customers on the accompanying
consolidated balance sheet. These loans accrue interest at a
annual fixed market rate of 6%.
The amount outstanding at 31 December 2013 is Euros 498
thousand (Euros 301 thousand in 2012), recognised under
loans and advances to customers in the balance sheet.
Law regulating capital adequacy and liquidity criteria
of financial institutions (Llei de regulació dels criteris de
solvència i de liquiditat de les entitats financeres)
In a session held on 11 May 1995 the Principality of
Andorra’s General Council, passed a Law regulating deposit
guarantee reserves and other operational obligations,
which are to be held and deposited by entities operating
in the financial system This law obliges the banks forming
part of the Andorran financial system to maintain in their
permanent funds various minimum reserves of equity to
In a session held on 29 February 1996, the Principality of
Andorra’s General Council approved the Law regulating
capital adequacy and liquidity criteria of financial institutions.
89
This law obliges banks to maintain a minimum capital
adequacy ratio of 10%, based on the recommendation of the
Basel Committee on Banking Regulations and Supervisory
Practices, calculated on the basis of a ratio that relates the
qualifying equity to the weighted risk assets as per the degree
of risk of such assets. Banks are also obliged to maintain a
liquidity ratio of at least 40%.
In accordance with this law, the Group has set up proper
and sufficient control and internal communications
procedures to protect banking secrecy and prevent and
impede operations related to money laundering generated
by criminal activities. Specific personnel training programs
have been carried out to this effect.
Law on the legal regime governing entities operating
in the Andorran financial system and other provisions
regulating financial activities in the Principality of Andorra
(Llei sobre el règim jurídic de les entitats operatives del
sistema financer andorrà i altres disposicions que regulen
l’exercici de les activitats financeres al Principat d’Andorra)
The capital adequacy and liquidity ratios of the consolidated
financial statements, determined in accordance with this law,
were 19.94% and 67.33%, respectively, at 31 December 2013
(21.39% and 65.99% at 31 December 2012).
The Law regulating capital adequacy and liquidity criteria of
financial institutions also restricts the concentration of risks in
a single beneficiary up to a maximum of 20% of the equity
of the bank. The law also stipulates that the accumulation
of risks that by themselves exceed 5% of the equity cannot
exceed the limit of 400% of the above-mentioned equity. The
risk maintained with the members of the board of directors
cannot exceed 15% of the equity. These risks are weighted in
accordance with the aforementioned law.
In its session held on 9 May 2013 the Principality of Andorra’s
General Council approved Law 7/2013 on the legal regime
governing banks operating in the Andorran financial system
and other provisions regulating financial activities in the the
Principality of Andorra.
The purpose of this law is to unify the legislation governing
banks operating in the financial system contained in Laws
24/2008, 13/2010, 14/2010 and the 1996 Law regulating the
operational functions of the different components of the
financial system into one single text. For this reason, although
this Law does not introduce any significant amendments
to the existing regulations, it does act to reinforce and
restructure the prevailing laws to provide increased legal
security to the legislative framework governing the Andorran
financial system.
During the year the Group has complied with the requirements
of this law. The maximum risk concentration of risk in favour
of a single beneficiary was 16.23% of equity (15.93% in 2012).
Loans or other operations involving risk in a single beneficiary
that exceed 5% of equity have not exceeded an accumulation
of risks of 99.96% in the aggregate (116.40% in 2012).
Law for international cooperation on criminal matters and
the combat against the laundering of money or securities
arising from international crime (Llei de cooperació penal
internacional i de lluita contra el blanqueig de diners o valors
producte de la delinqüència internacional)
Approval of Law 7/2013 implies repealing the following
laws: 1996 Law regulating the operational functions of the
different components of the financial system; Law 24/2008
regulating the regime of specialised non-banking credit
institutions; Law 13/2010 regulating the legal regime of
investment entities and collective investment undertaking
management companies; and articles 8 to 17 of Law
14/2010 regulating the legal regime of banking entities and
the basic administrative regime of entities operating in the
financial system.
In its session held on 29 December 2000, the Principality of
Andorra’s General Council approved the Law for international
cooperation on criminal matters and the combat against the
laundering of money or securities arising from international
crime.
90
Law on organisational requirements and operating
conditions of the operating entities of the financial system,
investor protection, market abuse and financial collateral
arrangements (Llei sobre els requisits organitzatius i les
condicions de funcionament de les entitats operatives del
sistema financer, la protecció de l’inversor, l’abús de mercat i
els acords de garantia financera)
Law regulating the Andorran National Institute of Finance
(Llei de l’Institut Nacional Andorrà de Finances)
In its session held on 23 May 2013, the General Council
approved Law 10/2013 regulating the Andorran National
Institute of Finance (INAF).
The purpose of this law is to provide the INAF with the
necessary resources to meet its objectives whilst, taking
into consideration the INAF’s global scope of operations
in a context of international expansion of the Andorran
financial system, increasing these resources in line with
the global growth of financial markets and pursuant to
the commitments Andorra has acquired from signing the
Monetary Agreement with the European Union.
In its session held on 9 May 2013, the General Council
approved Law 8/2013 on organisational requirements
and operating conditions of the operating entities of the
financial system, investor protection, market abuse and
financial collateral arrangements.
The purpose of this law is to maintain a structurally and
functionally sound financial system, aiming at clarifying the
legal framework regulating the financial system prevailing
in Andorra. As a result, the provisions of Law 14/2010 and
the prevailing provisions of the Law regulating the Andorran
financial system dated 27 November 1993 are unified into
a single text which incorporates commitments acquired
regarding privileged information and market manipulation
and abuse into Andorran legislation with the signing of the
Monetary Agreement with the European Union.
The approval of Law 10/2013 implies repealing the following
laws: Law 14/2003 regulating the Andorran INAF; article 45 of
Law 14/2010 regulating the legal regime of banking entities
and the basic administrative regime of entities operating in
the financial system; and article 22 of the Law regulating the
capital adequacy and liquidity criteria of financial institutions
of 29 February 1996, amongst other regulations.
Law governing indirect general taxation (Llei de l’Impost
General Indirecte)
This law includes the principles set out in Directive 2004/39/
EC of the European Parliament and of the Council of 21 April
2004, known as MiFID (Markets in Financial Instruments
Directive), relating to the rules regarding ethics and conduct
to be complied with by investment entities.
In its session held on 21 June 2012 the General Council of
the Principality of Andorra approved the Law governing
indirect general taxation (IGI) which entered into force on 1
January 2013. This law was subsequently amended by Law
29/2012 of 18 October 2012 and by Law 11/2013 of 23 May
2013, amending Law 11/2012.
The approval of Law 8/2013 implies the repeal of articles 1
to 7, 18 to 44 and 46 to 55 of Law 14/2010 regulating the
legal regime of banking entities and the basic administrative
regime of entities operating in the financial system; and the
repeal of the Law regulating the Andorran financial system
of 27 November 1993.
This indirect general tax is levied on goods delivered, service
rendered and imports made by onerous contract in Andorra
by business people or professionals usually or occasionally
as part of their economic activity, irrespective of the purpose
or the results achieved in the economic activity or in each
particular transaction, including the condition of importer.
The general tax rate is 4.5%, with a reduced rate of 1% and
91
an increased rate of 9.5%, which is only applied to banking
and financial services rendered.
Law governing non-resident income tax (Llei de l’Impost
sobre la Renda de No Residents Fiscals)
The settlement period depends on the annual net turnover
for all of the activities carried out by the tax payer in the
immediately previous year. Payments can be made halfyearly, quarterly or monthly. Tax payers have to determine
the tax debt in each settlement period, reducing the general
indirect tax payable during the period by the general indirect
tax installments receivable, which are deductible in nature.
The payable to or receivable from the Andorran Government
deriving from the declaration of the aforementioned tax
is recognised under Loans and receivables and Current
receivables.
In its session held on 29 December 2010 the General Council
of the Principality of Andorra approved the Law governing
non-resident income tax. This direct tax is levied on income
obtained in the Principality of Andorra by individuals or
entities which are non-resident for tax purposes.
The net tax payable is calculated by deducting the deduction
for double taxation from the taxable income, determined in
accordance with the Law governing non-resident income
tax.
Pursuant to Law 18/2011 of 1 December 2011 amending
Law 14/2010 of 29 December 2010 governing non-resident
income tax, the tax rate applicable in 2013 stands at 10%
for general purposes, 1.5% when income derives from
reinsurance operations and 5% when income is received in
the form of royalties.
The entry into force of Law 11/2012 of 21 June 2012
governing indirect general tax repeals the Law governing
indirect taxation on the rendering of banking and financial
services of 14 May 2002.
Law applying the agreement between the Principality
of Andorra and the European Community on taxation
of savings income in the form of interest payments
(Llei d’aplicació de l’Acord entre el Principat d’Andorra i la
Comunitat Europea en matèria de fiscalitat dels rendiments
de l’estalvi en forma de pagament d’interessos)
Payments on account of non-resident income tax made by
the Bank during 2013 and 2012 are recognised under Other
assets - Taxes on the accompanying balance sheet (see note
13).
23. Corporate Citizenship or Similar Activities
On 21 February 2005 the General Council of the Principality
of Andorra ratified the Agreement between the Principality
of Andorra and the European Community in relation to the
establishment of measures equivalent to those provided
for in Council Directive 2003/48/EC on taxation of savings
income in the form of interest payments. The General
Council passed the law implementing this Agreement on
13 June 2005.
The Group does not have any legal or statutory obligations
relating to corporate citizenship. However, the Group has
always been characterised by a strong social commitment
and a strong desire to work towards the general interest to
improve the country’s economic and social progress.
During the year the Bank, in its capacity as paying agent, has
complied with the obligations stipulated in the Agreement
and the applicable Law and has settled the withholding
amount in accordance with the aforementioned legislation.
92
24. Events After the Reporting Period
No significant events have taken place after the 2013 close
which could have an impact on the financial statements for
2013.
25. Additional Explanation for the English Translation
These consolidated financial statements are presented
in conformity with the financial reporting framework
applicable to the Group (see note 2). Certain accounting
practices applied by the Group that conform with the
aforementioned regulatory framework may not conform
with generally accepted accounting principles or other
criteria.
Andbank’s Note: On the 30th of April 2014, the General
Shareholders Meeting approved the following Net Profit
distribution:
In thousands of Euros
INDIVIDUAL
Legal Reserve
Voluntary Reserves
Interim Dividend
Complementary Dividend
TOTAL
156
33,896
18,044
9,816
61,912
93
A gestão e o controlo do risco é um aspeto primordial na
gestão do Grupo Andbank. Os principais riscos a que o
Grupo está exposto no exercício da sua atividade são os
seguintes:
•
Risco de taxas de juros
•
Risco de taxas de câmbio
•
Risco de mercado
•
Risco de crédito
•
Risco de liquidez
•
Risco operacional
•
Risco reputacional
Adicionalmente, o Departamento de Auditoria Interna assume
um papel de controlo pontual dos mencionados riscos,
que revelaria o incumprimento ou a assunção de riscos não
autorizados e proporia as medidas corretoras, se estas situações
não tivessem sido detetadas e comunicadas pelos diversos
responsáveis de controlo permanente.
O enquadramento de controlo de risco está formado por um
componente qualitativo, associado à definição de políticas
e responsáveis, e um componente quantitativo, baseado no
estabelecimento de limites. O posicionamento do Grupo em
termos de gestão do risco está fundamentado na manutenção
de uma política prudente, em que a assunção de riscos está
ligada ao exercício das atividades de negócio em banca
comercial, banca privada e gestão de patrimónios. Os princípios
em que a gestão e o controlo dos riscos do Grupo se baseiam
são os seguintes:
A função de seguimento e controlo permanente do risco
à escala global é atribuída ao Chief Risk Officer (CRO), do
qual dependem os departamentos de Risco de Crédito, que
administra e segue o risco de crédito com os clientes; Middle
Office, que supervisiona os riscos de taxas de juros, de taxas
de câmbio, de mercado, de contraparte, de país e de liquidez;
Controller Europa e Controller LatAm, que controlam a atividade
das filiais internacionais para garantir que esta é realizada
dentro do enquadramento regulatório estabelecido e que os
requerimentos do supervisor de cada jurisdição são cumpridos;
e Risco Operativo, que supervisiona os riscos operacionais da
entidade. Adicionalmente, como a função global que é, os
responsáveis de controlo de risco de cada uma das entidades
que fazem parte do Grupo dependem funcionalmente do
CRO, que supervisiona a sua atividade e garante, mais além dos
requerimentos locais, a aplicação de uns standards de controlo
homogéneos no Grupo.
•
Definição clara de responsabilidades das unidades
implicadas no controlo do risco.
•
Dotação dos recursos humanos e técnicos adequados
para uma execução efetiva das funções.
•
Sistemas de controlo interno adequados.
•
Transparência na informação relativa aos riscos assumidos.
A definição das políticas, a especificação dos limites e a
supervisão dos riscos é responsabilidade do Comité de Ativos,
Passivos e Riscos (COAP), no qual o Conselho de Administração
delega esta função. No entanto, as políticas e os limites definidos
pelo COAP são apresentados ao Conselho de Administração
para a sua ratificação. Além disso, os limites de risco são revistos
periodicamente para a sua adaptação à conjuntura económica
e dos mercados e, em qualquer caso, são apresentados pelo
menos uma vez por ano ao Conselho de Administração para
a sua aprovação. Durante o ano de 2013, o enquadramento
94
2013: o fim da crise financeira e da dívida soberana
europeia?
de limites de risco de país e de contraparte foi apresentado
em duas ocasiões ao Conselho de Administração para a
correspondente aprovação.
Durante o último ano, foram desaparecendo as incertezas
que tinham surgido em relação à possível quebra do euro
por causa da crise da dívida soberana periférica, com uma
redução significativa dos prémios de risco destes países,
acompanhada pela recuperação do crescimento económico
na zona euro, paralela a uma ligeira expansão da economia
global. Apesar destas melhorias, as medidas de austeridade
tomadas nos últimos anos não tiveram impacto na criação
de ocupação, com a manutenção das taxas de desemprego
em níveis elevados.
Quanto à metodologia de atribuição de limites de risco de
país, são considerados fatores relativamente estáticos, como
a pertença a organismos internacionais (UE, OCDE) ou o
rating, e fatores dinâmicos (variáveis de mercado), como o
nível a que está cotado o credit default swap do país. Quanto
aos limites de risco atribuídos a instituições financeiras, são
tidos em consideração fatores como o rating e o capital Tier I,
bem como indicadores de mercado, mais concretamente o
nível a que está cotado o credit default swap. Esta metodologia
permite manter umas exposições ao risco estáveis em países
e contrapartes com uma boa qualidade creditícia, bem como
reajustar rapidamente a exposição nos países e contrapartes
que apresentem uma deterioração da sua capacidade creditícia.
Assim, os prémios de risco dos países que tinham sofrido
tensões mais profundas (principalmente, Grécia, Portugal,
Espanha e Itália) diminuíram ao longo do ano, registando-se
a redução mais pronunciada no prémio de risco grego, que é
o que tinha atingido os níveis mais altos. No caso de Portugal,
a redução não esteve livre de tensões, especialmente a
que ocorreu no mês de julho com a crise do governo por
discrepâncias na aplicação de medidas fiscais. Pela sua
parte, depois de um ano de 2012 com fortes tensões no
rendimento da dívida soberana e de ter pedido uma ajuda
para sanear o seu sistema financeiro, a Espanha viu como
durante o terceiro trimestre a sua economia saiu da recessão,
embora com uns níveis de crescimento mínimos, e como
antes de acabar o ano se considerou finalizado o plano de
ajuda para o saneamento do setor financeiro, depois de o
governo espanhol ter utilizado 41.300 milhões de euros
dos 100.000 milhões que o Eurogrupo tinha aprovado.
Neste caso, o prémio de risco espanhol acabou o ano no
nível mais baixo desde meados de 2011. O prémio de risco
italiano também caiu em relação ao ano anterior, apesar da
crise política do mês de setembro pela demissão de cinco
ministros do partido de Berlusconi e da moção de confiança
ao primeiro-ministro, Enrico Letta.
Como responsável pela gestão do risco de taxas de juros, de
taxas de câmbio, de país e de contraparte, de liquidez e de
mercado, o COAP reúne-se com uma periodicidade mensal.
Adicionalmente, é responsabilidade deste comité a gestão do
balanço e a gestão do capital, com o objetivo de manter um
alto nível de solvência do Grupo. Pela sua parte, o COAP delega
a supervisão destes riscos no Departamento de Middle Office.
A responsabilidade de garantir que a atividade de gestão de
patrimónios é realizada de acordo com o enquadramento legal
e regulamentar estabelecido, e de avaliar os seus resultados e
riscos, está atribuída ao Comité de Seguimento de Gestão, que
se reúne com uma periodicidade mensal. Este comité delega
o seguimento da gestão de patrimónios no Departamento de
Middle Office. Além do controlo da sujeição dos organismos
e modelos de investimento ao enquadramento regulatório, o
Middle Office avalia o cumprimento da política de investimento
estabelecida e faz um seguimento periódico das medidas de
rendibilidade e das medidas de risco.
95
No mês de outubro, os ministros de Economia da União
Europeia aprovaram o enquadramento legal para converter
o Banco Central Europeu (BCE) no supervisor bancário
único, a partir do mês de novembro de 2014. Assim, o BCE
exercerá a supervisão direta dos principais bancos da zona
euro, como primeiro passo prévio para a criação de uma união
bancária europeia.
Na conjuntura de taxas de juros historicamente baixas dos
últimos anos, o Grupo mantém uma exposição positiva
a deslocamentos da curva das taxas de juros, ou seja, a
margem financeira do Grupo aumentaria em caso de uma
subida das taxas de juros e, inversamente, seria reduzida em
caso de uma diminuição das taxas de juros, apesar de que
nos níveis de taxas atuais esta sensibilidade é assimétrica,
dado a sensibilidade positiva ter um valor muito superior
à negativa. Assim, o gap de revalorizações dos ativos e
passivos sensíveis às taxas de juros do balanço é positivo,
ou seja, globalmente a revalorização dos ativos é anterior
no tempo à dos passivos. Este posicionamento reflete-se
na cessão de depósitos à taxa interbancária a prazos muito
curtos e na detenção de uma carteira de investimento de
renda fixa composta principalmente por obrigações com a
rendibilidade ligada à EURIBOR a 3 ou 6 meses, ou obrigações
a taxa fixa com vencimentos a curto e médio prazo, apesar
de uma parte da carteira estar constituída por obrigações a
taxa fixa de vencimento a longo prazo que permitem gerar
uma margem adicional e aumentam a duração do ativo do
balanço. Boa parte destas obrigações são financiadas no
mercado com operações repo a taxa fixa, que permitem
cobrir o seu risco de duração.
Durante os últimos anos, o Grupo Andbank tem adaptado a
gestão de riscos aos acontecimentos ligados à crise financeira
europeia, em especial, às tensões ocasionadas pela dívida
soberana periférica, com revisões periódicas dos limites de
risco que tinham como objetivo reduzir a exposição nos
países e contrapartes que tinham sofrido reduções no rating
e aumentos do diferencial de crédito da sua dívida. Esta gestão
dinâmica do risco de contraparte e uma abordagem prudente
na assunção de riscos permitiram manter um nível de risco
moderado ao longo da crise financeira, de acordo com a
política do Grupo.
Os objetivos do Grupo em termos de gestão do risco para o ano
de 2014 concentram-se na consolidação dos novos sistemas
implementados para a monitorização dos riscos, especialmente
dos riscos de mercado associados às operações realizadas
nos mercados financeiros, bem como na manutenção da
flexibilidade para enfrentar os desafios derivados das novas
atividades empreendidas e para implementar em tempo e
forma as medidas adequadas para manter o perfil de risco
desejado.
Durante o ano de 2013, também se contrataram futuros
com a finalidade de cobrir temporariamente o risco de
taxas de juros de obrigações a taxa fixa da carteira de
negociação, bem como interest rate swaps para cobrir o risco
de duração das obrigações a médio e longo prazo da carteira
de investimento ordinário ou mantido até ao vencimento.
Risco de taxas de juros
O risco de taxas de juros define-se como o impacto no valor de
mercado dos ativos e passivos do Grupo como consequência
dos movimentos nas taxas de juros. As medidas que o Grupo
utiliza para avaliar este impacto são a sensibilidade da margem
financeira para um período de um ano a deslocamentos
paralelos da curva das taxas de juros de 100 pontos base para
as principais divisas do balanço, e a sensibilidade do valor de
mercado dos recursos próprios a deslocamentos paralelos da
curva das taxas de juros de 100 pontos base.
96
Risco de taxas de câmbio
Sensibilidade da margem financeira
20%
O Grupo entende o risco de taxas de câmbio como o impacto
dos movimentos nas taxas de câmbio no valor de mercado dos
ativos e passivos do Grupo denominados em divisas diferentes
do euro. Efetua-se um seguimento diário das operações de
câmbio a pronto e a prazo para que a posição aberta de divisa
se mantenha dentro dos limites autorizados. No final do ano, a
posição aberta global era de -1,67 milhões de euros, quando o
limite global de posição líquida aberta em divisas é de 6 milhões
de euros. Ao longo do ano, a posição líquida curta máxima foi
de -1,67 milhões de euros e a posição líquida longa máxima foi
de 2,39 milhões de euros.
Sensibilidade à subida das taxas
Sensibilidade à descida das taxas
15%
10%
5%
0%
Dez 12
Fev 13
Abr 13
Jun 13
Ago 13
Out 13
Dez 13
-5%
O limite de sensibilidade dos recursos próprios como
consequência de um deslocamento paralelo da curva de
taxas de juros de 100 pontos base foi aprovado pelo Conselho
de Administração num nível de 5%. Ao longo do ano de
2013, a sensibilidade dos recursos próprios foi positiva, como
consequência da estratégia de taxas de juros adotada e do
posicionamento do balanço, mas manteve-se sempre em
valores inferiores a este limite.
Risco de mercado
O risco de mercado é entendido como a potencial perda a
que está exposta a carteira de valores como consequência
de alterações nas condições de mercado, como os preços
dos ativos, as taxas de juros, a volatilidade e a liquidez do
mercado. A medida que utiliza o Grupo para gerir o risco de
mercado da carteira própria é a metodologia do valor em
risco (value at risk ou VaR) como standard geral do mercado,
bem como as provas de stress (stress testing) da carteira de
investimento mantido até ao vencimento.
Sensibilidade dos recursos próprios
6%
Limite de sensibilidade dos recursos próprios
Sensibilidade real dos recursos próprios
5%
O método de cálculo do VaR utilizado é o método histórico.
O cálculo obtido corresponde à perda máxima esperada
num horizonte temporário determinado e com um nível de
confiança definido. O Grupo calcula o VaR para um horizonte
temporário de uma semana e com um nível de confiança
de 99%, e o período histórico considerado para o cálculo
da matriz de correlações e das volatilidades é de 3 anos. O
Conselho de Administração tem aprovado um limite de VaR
anual de 10 milhões de euros para a carteira de investimento
ordinário e de negociação, que equivale a um limite de
VaR a uma semana de 1,4 milhões de euros. Durante o ano
de 2013, este limite de VaR não foi superado em nenhum
momento. Assim, o VaR médio calculado para a carteira de
investimento ordinário e para a carteira de negociação foi
de 0,60 milhões de euros, com um máximo de 0,89 milhões
4%
3%
2%
1%
0%
Dez 12
Fev 13
Abr 13
Jun 13
Ago 13
Out 13
Dez 13
97
Risco de crédito
de euros e um mínimo de 0,36 milhões de euros, enquanto
a posição média da carteira de investimento ordinário e de
negociação foi de 447 milhões de euros. Globalmente, a
posição líquida média da carteira de valores do Grupo (que
inclui 155 milhões de euros em derivados de cobertura) foi
de 1052 milhões de euros, e o VaR médio foi de 0,34% da
posição média investida.
O risco de crédito consiste na perda potencial proveniente
do facto de uma contraparte não cumprir as obrigações que
assumiu com o Grupo. A exposição do Grupo ao risco de
crédito compreende:
VaR carteira de investimento ordinário e de negociação
600
1,5
300
1,0
0,5
100
Fev 13
O risco de incumprimento dos emissores de obrigações
em carteira própria.
O Grupo aplica uma política prudente na atribuição de
limites, e autoriza a exposição ao risco em países com
boa classificação creditícia e, dentro desses países, às
entidades financeiras que apresentem um risco de crédito
moderado. A aprovação dos limites de risco pelo Conselho
de Administração é anual, embora em 2013 estes tenham
sido apresentados ao Conselho em duas ocasiões para a sua
aprovação.
200
Dez 12
•
2,0
400
0
O risco de incumprimento derivado das operações
habituais de tesouraria, que inclui, basicamente,
empréstimos ao mercado interbancário, empréstimos
e endividamento com valores, operações repo e
transações com derivados OTC.
2,5
Investimentos
Limite de VaR semanal
VaR
500
•
Abr 13
Jun 13
Ago 13
Out 13
Dez 13
0,0
O Grupo aplica as provas de stress à carteira de investimento
mantido até ao vencimento para avaliar qual seria a perda
de valor que experimentaria esta carteira se se dessem
situações extremas de aumentos da curva das taxas de juros
ou de ampliação dos diferenciais de crédito. Estas provas
são aplicadas mediante simulações de alterações no valor
de mercado dos ativos que compõem a carteira perante
diferentes cenários. São analisados sete cenários, quatro dos
quais são históricos (crise grega de 2010, falência da Lehman
Brothers de 2008, ataques terroristas às Torres Gémeas de
2001 e crise da dívida russa de 1998) e três hipotéticos
(endireitamento da curva de taxas, ampliação geral dos
diferenciais de crédito e endireitamento da curva de taxas
correlacionado com uma ampliação dos diferenciais de
crédito). Seleciona-se o cenário mais adverso e avalia-se o
impacto que teria nos fundos próprios do banco.
A concessão de limites é mais estrita para as exposições a
contrapartes em que não há uma garantia. Nestes casos,
requer-se que a contraparte tenha um rating de alta
qualidade creditícia baseado na avaliação das principais
agências (Moody’s, Fitch e S&P) e que o mercado lhe atribua
um risco de crédito moderado em termos relativos, refletido
no nível a que está cotado o CDS a 5 anos em relação a
um índice. A observação da variável de mercado permite
incorporar com mais imediatez no modelo qualquer
alteração na qualidade creditícia da contraparte.
Com a finalidade de reduzir a exposição ao risco, o Grupo
utiliza valores como garantia em diversas operações,
basicamente, transações com derivados OTC, operações
repo e empréstimo e endividamento de valores. Para
as contrapartes com as quais se assinou um contrato
98
global ISDA com aceitação de netting, é efetuada uma
compensação da exposição em derivados entre ambas as
entidades. Durante o ano de 2013, o Andbank celebrou
contratos ISDA, CSA e GMRA com novas contrapartes, o que
permite diversificar as contrapartes disponíveis com as quais
efetuar transações com derivados e, ao mesmo tempo,
limitar a exposição ao risco de contraparte. Paralelamente,
está a ser realizada uma gestão de garantias muito ativa,
que compreende uma monitorização diária das exposições
abrangidas pelos contratos mencionados e a emissão de
pedidos de garantia adicional às contrapartes nas quais há
uma exposição ao risco que é necessário mitigar.
Em relação à exposição ao risco de crédito por operações
com clientes, o investimento creditício do Grupo está
situado em 1768 milhões de euros, principalmente em
contratos de crédito e empréstimos, destacando-se as
operações com garantia hipotecária (923 milhões de euros)
e garantia pignoratícia (476 milhões de euros).
Os principais elementos na gestão do risco de crédito são
as políticas de concessão e faculdades, a monitorização da
evolução da exposição e o estabelecimento de comités
periódicos (Risco Irregular e Comissão Delegada). As
concentrações em risco de crédito são revistas com uma
periodicidade semanal, com um seguimento para que
estejam dentro dos parâmetros marcados pelo supervisor
e estabelecendo níveis de endividamento máximo em
determinados coletivos. A responsabilidade da gestão e do
controlo do risco de crédito com clientes corresponde ao
Departamento de Risco de Crédito.
Na parte final do ano, a carteira de renda fixa do Grupo viuse afetada positivamente pela redução dos diferenciais de
crédito dos emissores soberanos e financeiros europeus.
Assim, as posições com uma duração mais longa da
carteira de investimento mantido até ao vencimento
experimentaram aumentos de valor destacáveis, enquanto
uma parte das emissões da carteira de investimento
ordinário e de negociação foi vendida no mercado com
a realização de mais-valias. Quanto ao risco creditício, a
carteira de renda fixa está composta por emissões nas quais
o Grupo mantém uma exposição direta ao risco do emissor
e/ou garante, que na sua grande maioria têm rating de grau
de investimento, bem como por obrigações de cobertura de
depósitos estruturados de clientes, que o Grupo mantém no
balanço mas cujo risco foi transferido para os seus clientes.
A classificação da carteira de renda fixa segundo o rating do
emissor é a seguinte (em milhares de euros):
Paralelamente, é realizado um controlo dos níveis de
morosidade por produto para ajustar as políticas de
concessão e as faculdades. As decisões de concessão são
determinadas em função da operação. O seguimento da
evolução do risco é efetuado a partir da análise de variáveis
qualitativas e quantitativas, adaptadas aos requerimentos
do supervisor. A taxa de morosidade do Grupo é de 3,87%,
estando situada em níveis inferiores à média das instituições
financeiras dos países vizinhos. Durante o ano de 2013, o
Grupo manteve uma política de dotações conservadora, e a
taxa de cobertura aumentou de 49,02% para 58,38%. Além
disso, durante o ano foi efetuada a regularização de saldos
antigos e que se encontravam totalmente dotados por um
montante de 4,2 milhões de euros.
Carteira de renda fixa
Rating
AAA
De AA+ até AADe A+ até ADe BBB+ até BBBGrau de investimento
BB+
B+
Grau especulativo
Total
Com exposição ao risco
do emissor e/ou garante
56.911
252.607
253.056
514.710
1.077.284
50.443
50.443
1.127.726
Com transferência do
risco para os clientes
7.790
7.790
960
2.600
3.560
11.350
Total
56.911
252.607
253.056
522.500
1.085.073
51.403
2.600
54.003
1.139.076
99
Risco de liquidez
Rácio de liquidez
100%
O risco de liquidez é definido como o risco que o Grupo não
possa enfrentar os seus compromissos de pagamento num
momento determinado, incluindo os ocasionados pelo
vencimento de depósitos, a disposição de linhas de crédito
concedidas ou a execução de garantias, entre outros. A
maior parte do financiamento provém dos depósitos de
clientes, apesar de o mercado interbancário, principalmente
mediante operações repo, ser uma fonte de financiamento
relevante. Nos últimos anos, o aumento de recursos próprios,
procedentes de um aumento de capital e da retenção de
lucros, também tem sido uma fonte de fundos adicional.
Rácio de liquidez
Mínimo de liquidez do INAF
80%
60%
40%
20%
0%
Dez 12
Fev 13
Abr 13
Jun 13
Ago 13
Out 13
Dez 13
Desde o início da crise financeira internacional que
se elabora com periodicidade mensal um plano de
contingência da liquidez do Grupo, em que se avalia
qual é a liquidez contingente em função de diferentes
níveis de mobilização dos ativos líquidos e das fontes de
financiamento disponíveis, considerando qual é o custo a
que se poderia gerar essa liquidez. Assim, efetua-se uma
classificação dos ativos mobilizáveis e das fontes de liquidez
geríveis, dando prioridade à utilização de fontes de liquidez
com um impacto baixo na conta de resultados e evitando o
uso de fontes de liquidez com um elevado impacto negativo
na conta de resultados. Também se identificam as situações
potenciais de saída de liquidez, tanto derivadas da atividade
dos clientes como da atividade dos mercados financeiros,
classificando-as em dois grupos, em função do grau de
probabilidade que ocorram, como prováveis e improváveis.
No final, contrasta-se a liquidez que se poderia gerar em
relação às saídas potenciais e comprova-se que o excedente
é superior ao nível mínimo de liquidez aprovado.
Uma das medidas de gestão da liquidez a curto e médio
prazo é o vencimento residual dos ativos e passivos do
balanço do Grupo. O Departamento de Middle Office
controla diariamente a posição de liquidez, verificando que
se mantém por cima do mínimo de liquidez estabelecido
pelo COAP. Este mínimo está situado em 100 milhões de
euros de cash num dia e 100 milhões de euros adicionais
entre cash e posições altamente líquidas numa semana. Este
controlo inclui o seguimento diário das posições financiáveis
com repo.
O rácio de liquidez estabelecido pelo INAF, o organismo
supervisor do sistema financeiro andorrano, é calculado
mensalmente. Este rácio compara os ativos líquidos e
facilmente mobilizáveis com os passivos exigíveis, e é fixado
num mínimo de 40%, ou seja, exige-se que a entidade
disponha como mínimo de 40% de liquidez ou ativos
facilmente conversíveis em liquidez com disponibilidade
imediata ou num curto período de tempo para enfrentar a
totalidade do financiamento recebido. O rácio de liquidez
médio do Grupo durante o ano de 2013 foi de 66,41%, e no
fim do ano situou-se nos 67,33%.
100
Risco operacional
Risco reputacional
Entende-se por risco operacional o risco de perdas derivadas
da insuficiência ou dos erros dos processos internos, da atuação
das pessoas, dos sistemas internos ou dos acontecimentos
externos.
O Grupo Andbank define o risco reputacional como o
relacionado com a perceção que têm do Banco os diferentes
grupos de interesse com os quais este se relaciona no exercício
da sua atividade, e que pode ter um impacto adverso nos
resultados ou nas expectativas de desenvolvimento dos seus
negócios. Este risco inclui, entre outros, aspetos jurídicos,
económicos, financeiros, éticos, sociais e ambientais.
O Grupo considera o risco operacional como uma categoria de
risco que requer uma gestão integral, como a aplicada a outras
categorias de riscos bancários, como o risco de crédito ou o
risco de mercado. Assim, o Grupo estabeleceu um processo
contínuo de gestão do risco operacional executado em quatro
etapas:
•
Identificação dos riscos operacionais a que está exposta
cada entidade do Grupo e registo dos acontecimentos
operativos que tenham ocasionado perdas ou lucros
imprevistos.
•
Avaliação e medição do impacto potencial e real dos riscos
identificados, bem como da probabilidade de ocorrência
futura.
•
Seguimento da evolução dos riscos identificados
previamente.
•
Controlo e mitigação dos riscos através do estabelecimento
de planos de ação de melhoria sobre os processos e
controlos relacionados.
Na gestão do risco reputacional participam diferentes
departamentos do Grupo, entre os quais se destacam:
Cumprimento Regulamentar, Departamento Jurídico, Auditoria
Interna, Qualidade e Middle Office.
Prevenção do branqueamento de capitais e do
financiamento do terrorismo
Para o Banco, constitui um objetivo estratégico dispor de um
sistema de prevenção tanto do branqueamento de capitais
como do financiamento do terrorismo, bem como de uma
política sólida para a adoção de clientes com base no risco.
O Banco dispõe de um modelo permanentemente adaptado às
últimas regulações locais e internacionais, articulado através de
três figuras: o Departamento de Compliance, os representantes
perante a Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e o Comité
de Compliance.
Durante o ano de 2013, o Departamento de Compliance tomou
as medidas necessárias para garantir a completa adaptação das
unidades à Lei 20/2013, de 10 de outubro, sobre prevenção do
branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
A Área de Controlo e Seguimento do Risco é responsável pela
gestão deste risco, e mantém uma base de dados de incidências
operacionais para análise, apresentando as respetivas medidas
corretivas à Direção Geral.
Adicionalmente, o Banco dispõe de sistemas informatizados
para a deteção de operações suspeitas, e compara a base
de dados de clientes, ordenantes e beneficiários com listas
internacionais de pessoas suspeitas de branqueamento de
capitais e/ou terrorismo.
O eficiente funcionamento do sistema de controlo interno gera
um valor acrescentado ao Grupo na medida em que permite
melhorar a sua gestão e, desta forma, garantir a eficácia dos
processos de negócio e facilitar o cumprimento das normas
legais em vigor em cada país em que o Grupo está presente.
101
Proteção do investidor
Princípios éticos e normas de conduta
O compromisso do Banco com os seus clientes tem dois
eixos fundamentais: a criação de valor a longo prazo e a
máxima transparência informativa. Para estes efeitos, o
Banco dispõe de procedimentos adequados para garantir
o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela Lei
8/2013, de 9 de maio, sobre os requisitos organizativos e
as condições de funcionamento das entidades operativas
do sistema financeiro, a proteção do investidor, o abuso de
mercado e os acordos de garantia financeira.
O Banco incorpora a ética como parte da sua cultura e valores
corporativos. Para estes efeitos, dispõe de um código de ética
corporativo, comunicado a todos os profissionais e disponível
na intranet da entidade.
Gestão do capital
A gestão do capital está baseada não só na preservação de um
rácio mínimo de capital suficiente para suportar as atividades
de negócio atuais e futuras, e que cumpra os requisitos do
supervisor, mas também na manutenção de um nível de
capital que posicione o Andbank no grupo de entidades
financeiras com altos níveis de solvência. A elevada solvência
do Grupo transmite um alto nível de confiança e de segurança
aos clientes, às entidades financeiras com as quais o Andbank
mantém relações e, em geral, a todos os grupos de interesse.
Estes procedimentos permitem ao Departamento de
Compliance uma gestão eficaz de possíveis situações de
conflito de interesses e um tratamento adequado da política
de incentivos, garantem melhores condições de execução e
a salvaguarda de ativos, e permitem estabelecer controlos
contra o abuso de mercado, etc.
Gestão do conhecimento e formação
No final do ano o rácio de solvência do Grupo estava situado
nos 20,69%, quase o dobro do nível mínimo exigido pelo
supervisor, de 10%, e superior ao rácio comparável, que é a
média das instituições financeiras europeias. Assim, os recursos
próprios ajustados atingiam os 424,69 milhões de euros e o
Grupo mantinha um excedente de recursos próprios de 219,44
milhões de euros. O rácio de core equity situava-se nos 17,61%,
e o montante do core capital líquido de ativos intangíveis era de
361,52 milhões de euros.
Uma das atuações prioritárias do Banco nesta matéria é a
tomada das medidas necessárias, como ações formativas,
para que todos os funcionários conheçam as exigências
derivadas da regulamentação em vigor e os procedimentos
implantados pelo Banco.
Incidências e reclamações
Nível de recursos próprios ajustados e rácio de solvência
O Banco dispõe de um modelo avançado de gestão de
incidências, através do qual o Departamento de Qualidade
canaliza todas as desconformidades que o cliente transmite
ao Banco pelos diferentes canais de relação. O objetivo
deste departamento é conseguir uma resolução ágil das
incidências.
Recursos próprios
Nível mínimo exigido
Rácio de solvência
450
400
30%
25%
350
20%
300
250
15%
200
10%
150
100
5%
50
0
102
Dez 12
Fev 13
Abr 13
Jun 13
Ago 13
Out 13
Dez 13
0%
Conforme os requisitos de capital acordados pelo Comité
de Supervisão Bancária de Basileia no ano de 2010, no dia 1
de janeiro de 2013 começou a aplicação das novas normas
de capital. No dia 1 de janeiro de 2014 passou a exigir-se
aos bancos que mantenham um nível mínimo de capital
(core equity) de 4,0%, que aumentará no dia 1 de janeiro de
2015 para 4,5%. Além disso, o rácio Tier I mínimo ficou fixado
no dia 1 de janeiro de 2014 em 5,5% e aumentará até aos
6,0% a partir do dia 1 de janeiro de 2015. Adicionalmente, as
entidades terão de manter uma provisão de conservação do
capital de 2,5% adicionais e, em função das circunstâncias,
uma provisão anticíclica adicional de até 2,5% do capital.
Como consequência do anterior, o rácio mínimo de capital
total não poderá ser inferior a 10,5% a partir de 1 de janeiro
de 2019. Neste enquadramento regulador mais exigente
quanto a requisitos mínimos de capital, o Grupo Andbank
encontra-se numa posição de solvência relevante.
103
Presidência
Òscar Ribas
Presidente Honorário
Manel Cerqueda
Presidente
Oriol Ribas
Vice-presidente
Conselho de Administração
Germán Castejón
Conselheiro em representação da Reig Finances, S.A.
Manel Ros
Conselheiro
Jordi Comas
Conselheiro Delegado
Xavier Santamaria
Conselheiro
Pere Grau
Conselheiro em representação da CEDO, S.A.
Josep Sansa
Secretário (Não Conselheiro)
Jaume Serra
Conselheiro
Josep Vicens
Conselheiro em representação da IGESA
104
Direção Geral
Jordi Comas
Conselheiro Delegado
Ricard Tubau
Diretor-Geral
José Luis Muñoz
Diretor Geral Adjunto
Serviços Corporativos
Estrutura Organizativa
Carlos Aso
Subdiretor Geral
Banca Privada e Marketing
Àlex Fusté
Economista-Chefe
Josep Ma. Cabanes
Subdiretor Geral
Banca País
Josep García
Subdiretor Geral
Planificação Patrimonial
Josep X. Casanovas
Subdiretor Geral
Controlo de Risco e Finanças
Ángel Martínez
Subdiretor Geral
Organização e Sistemas
Jordi Checa
Subdiretor Geral
Recursos Humanos e Meios
Santiago Mora
Subdiretor Geral
Investimentos
Víctor Dorado
Diretor de Área
Serviços Jurídicos
Galo Juan Sastre
Diretor de Área
Cumprimento Regulamentar
105
SUÍÇA
Oceano
Ártico
LUXEMBURGO
EUA
ANDORRA
Oceano
Pacífico
Oceano
Atlântico
BAHAMAS
Oceano
Pacífico
ESPANHA
MÉXICO
PANAMÁ
Oceano
Atlântico
Oceano
Índico
BRASIL
Oceano
Pacífico
Oceano
Pacífico
MÓNACO
URUGUAI
Oceano
Antártico
106
ANDORRA
ESPANHA
Andorra Banc Agrícol Reig, S. A.
Andbank España, S.A.U.
Licença Bancária
C/Manuel Cerqueda i Escaler, 6
AD700 Escaldes-Engordany. Andorra
Tel. +376. 873. 333
[email protected]
Andorra Gestió Agrícol Reig, S. A.
Gestora de Fundos de Andorra
C/Manuel Cerqueda i Escaler, 3-5
AD700 Escaldes-Engordany. Andorra
Tel. +376. 873. 333
[email protected]
BAHAMAS
Andbank (Bahamas) Limited
Licença Bancária
2nd floor, One Montague Place
East Bay Street
P.O. Box AP 59223, Slot 417
Nassau. The Bahamas
T. +1. 242. 394. 70. 90
[email protected]
BRASIL
LLA Participações, Ltda.
Holding de Gestão de Fundos
Av. Brigadeiro Faria Lima,
2179 - 8 andar Jd. Paulistano
CEP 01452-000
São Paulo - SP. Brasil
T. +55. 113. 095. 70. 70
[email protected]
Agência Valencia
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Agência Alicante
Paseo de la Explanada, 2
Entresuelo izda.
03002 Alicante. España
T. +34. 96. 506. 48. 92
[email protected]
Agência Barcelona
Passeig de Gràcia, 85, 2n
08008 Barcelona. España
T. + 34. 93. 154. 09. 99
[email protected]
Agência Barcelona 2
C/ Ganduxer 29, baixos
08021 Barcelona, España
T. +34. 93. 154. 09. 85
[email protected]
Agência de La Coruña
C/ Betanzos 1, 1º izda.
15004 La Coruña. España
T. +34. 98. 122. 29. 71
[email protected]
C/ Doctor Romagosa 1, 4ª W
46002 Valencia. España
T. +34. 96. 303. 09. 70
[email protected]
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C/ Urzaiz, 5, 1ª
36001 Vigo. España
T. +34. 98. 622. 93. 90
[email protected]
Andbank Wealth Management
España SGIIC, S.A.U.
Sociedade Gestora de Instituições
de Investimento Coletivo
Paseo de la Castellana, 55, 3º
28046 Madrid. España
T. + 34. 91. 206. 28. 50
[email protected]
Medipatrimonia Invest, S. L.
Assessor Financeiro Independente
Passeig de la Bonanova, 47, 2n
08017 Barcelona. España
T. + 34. 93. 567. 88. 51
[email protected]
EUA
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Agência Madrid
Paseo de la Castellana, 55, 3º
28046 Madrid. España
T. + 34. 91. 206. 28. 50
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107
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1221 Brickell Avenue, Suite 1550
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MÓNACO
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de Investimentos
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Miami, FL 33131. USA
T. +1. 305. 702. 06. 00
[email protected]
PANAMÁ
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Licença Bancária Internacional e
Corretora de Valores
Torre Generali (piso 26)
Samuel Lewis Avenue, Street 54
East, Obarrio Area. Panamá
T. +507. 297. 58. 00
[email protected]
LUXEMBURGO
Andbank Luxembourg, S.A.
Licença Bancária
7A Rue Robert Stümper
L-2557 Luxembourg
T. +352. 274. 97. 61
[email protected]
SUÍÇA
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Andbank Asset Management
Luxembourg, S. A.
Gestora de Patrimónios
Place du Molard, 3
1204 Genève. Suisse
T. +41. 228. 183. 940
[email protected]
Gestora de Fundos do Luxemburgo
7A Rue Robert Stümper
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