Prof. Diogo Mayer Fernandes Técnica Cirúrgica – Medicina

Transcrição

Prof. Diogo Mayer Fernandes Técnica Cirúrgica – Medicina
Prof. Diogo Mayer Fernandes
Técnica Cirúrgica – Medicina Veterinária
Faculdades Anhanguera Dourados
DEFINIÇÃO
Retira cirúrgica da língua, parcial ou total
INDICAÇÕES
Necrose tecidual
Acometimento neoplásico
Perda tecidual (Glossorafia)
FISIOPATOLOGIA
Traumas acidentais, brigas
Intoxicações
Neoplasias normalmente ocorrem na margem ou na base da língua
Mais comumente encontrado = carcinoma de células escamosas
Melanomas, mieloblastomas de células glandulares e mastocitomas
Resseccionar 40 a 60% porção rostral da língua
Pode ser realizada totalmente (adaptação à sucção ou base da língua)
Quando preservado, facilmente reparado com uma ou duas camadas de
sutura
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Antibioticoterapia controverso (saliva atua como antimicrobiano)
Antibioticoterapia em pacientes debilitados e profilático na indução
anestésica
Amoxicilina 22mg/kg
Ampicilina 20mg/kg
BID ou TID
Metronidazol 10mg/kg
Cefazolina 20mg/kg
Antiinflamatórios
Meloxicam 0.1mg/k
SID
Cetoprofeno 1.1mg/kg
Flunixim Meglumine 1.1mg/kg
Analgésicos????
Terapia de Suporte
ANESTESIA
Proceder à entubação endotraqueal ou aspirador cirúrgico
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Ressecção de pelo menos 2cm de tecido viável
Utilizar uma pinça não esmagadora na base da língua
Resseccionar em cunha
Hemostasia por ligadura, compressão, eletrocirurgia
Contínuo simples
Fio monofilamentar absorvível 3-0 a 4-0
Cuidado com Aspiração sanguínea (falsa via!!!)
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO
Antibioticoterapia?????
Controle da Dor
Alimentação pastosa ou por sonda (esofágica, gástrica ou oral)
Até quando?????
http://www.editoraguara.com.br/cv/ano13/cv74/cv74.htm#glosse
DEFINIÇÃO
Esofagotomia = Abertura e fechamento do esôfago
Esofagectomia = Ressecção de uma porção esofágica
Esofagostomia = Abertura permanente do esôfago
Acesso Cervical, Torácico e Abdominal
INDICAÇÕES
Esofagotomia = corpos estranhos, obstruções, perfurações, biópsias
Esofagectomia = desvitalização do tecido esofágico, neoplasias, estenoses,
perfurações (necrose)
Esofagostomia = manutenção via de alimentação
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO
Jejum alimentar 12 horas
Antibioticoterapia (seguir orientações glossectomia)
Tricotomia ampla, não utilizar drogas eméticas
Protetores de mucosa (ranitidina, cimetidina, omeprazol, sucralfato)
Esofagotomia torácica
Esofagotomia cervical
Esofagotomia abdominal
ESOFAGO CERVICAL
ANATOMIA CIRÚRGICA
Situa-se à esquerda na região cervical e desloca-se à direita na bifurcação
traqueal
Músculo Esternoióideo e esternocefálico
Jugulas, Carótida, Tireóide (cuidado!!!)
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Decúbito Dorsal sob repouso cervical em toalha
Incisão desde a laringe ao manúbrio
Divulsionar esternoióideo, esternotireóideo e esternocefálico
Deslocar traquéia lateralmente juntamente com a vascularização
Pode-se inserir uma sonda ou esteto esofágico para facilitar identificação
Realizar procedimento esofagotomia, esofagostomia ou esofagectomia
Sutura em padrão isolado simples inabsorvível
Realizar lavagem com solução salina estéril aquecida
Miorrafia contínuo simples fia absorvível
Obliteração subcutâneo
Dermorrafia usual
ESÔFAGO TORÁCICO
ANATOMIA CIRÚRGICA
Desloca-se à direita a partir da bifurcação da traquéia
Acesso ao esôfago em base cardíaca = lateral direita
Caudal e Cranial do esôfago = lateral esquerda
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Acesso a base cardíaca = quarto/quinto espaço intercostal
Acesso caudal ou torácico dependerá da localização da patologia
Acesso intercostal
m. grande dorsal
m. serrátil ventral
m. escaleno
m. obliquo abdominal externo
m. intercostal
Utilizar afastadores (autoestáticos)
Dissecar a pleura mediastinal para expor o esôfago
Uma sonda pode auxiliar na localização
Cuidado com vascularização cardíaca e adjacentes
Realizar procedimento de toracorrafia
ANESTESIA
Cervical = protocolo de acordo com as condições clínicas
Torácica = protocolo para cirurgias torácicas, entubação e ventilação
ESOFAGOTOMIA
Mucosa, submucosa, muscular e adventícia
Isolar esôfago com tampões de laparotomia umedecida
Incisão longitudinal sob o corpo estranho ou caudalmente quando houver
lesões
Realizar suturas de ancoragem para facilitar manuseio e evitar traumatismos
Proceder à aspiração de conteúdo esofágico com agulha e seringa
Realizar compressão digital ou com pinça esmagadora
Retirar o material com auxílio de pinças
Verificar viabilidade tecidual (ressecção e anastomose)
Suturas interrompidas simples
Uma ou duas camadas de sutura (swift)
Lavagem da incisão cirúrgica
Injetar solução salina para verificar vazamentos
Rafia habitual
ESOFAGECTOMIA
Proceder aos procedimentos de esofagotomia
Ressecção circular
Evitar tensões excessivas (deiscências)
Suturar em duas camadas
Adventícia e muscular
Submucosa e mucosa
ESOFAGOSTOMIA
Realizar secção longitudinal
Fixar sonda
Cicatrização por segunda intenção
Realizar esofagorrafia
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Jejum 24 a 48 horas pós-cirúrgicos
Introduzir água após 24 horas
Continuar alimentação líquida até 7 dias pós-operatório
Poderá manter sonda para facilitar e evitar complicações
Manter animal internalizado
Antibioticoterapia
Antiinflamatórios
Analgesia (esofagotomia torácica)
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS
Não suporta movimentações excessivas
Trações longitudinais
Podem ocorrer deiscências pós-operatórias
Estenoses
Esofagites e Pneumonias secundárias
DEFINIÇÃO
Gastrotomia = abertura e fechamento do estômago
Gatrectomia parcial = ressecção parcial do estômago
INDICAÇÕES
Retirada de corpos estranhos
Desvitalização e acometimento tecidual
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO
Jejum alimentar 12 horas
Não utilizar drogas eméticas (corpos estranhos e obstrução luminal)
Estabilização do quadro clínico (desidratação, vômito, dor...)
Em casos de obstrução pilórica (sondagem para esvaziamento gástrico)
Utilizar drogas anticolinérgicas para evitar secreção das mucosas
ANESTESIA
Geral ou Dissociativa
Cuidado com Pneumonia Aspirativa
Entubar?????
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Laparotomia em linha média ventral cranial
Utilizar afastador para melhorar visualização
Isolar o estômago com tampões umedecidos
Cuidado com a vascularização gastroesplênica
Incisar estômago na curvatura maior, procurar região hipovascularizada
Pode-se utilizar aspirador para retirar o conteúdo gástrico
Suturar com fio absorvível 2-0 ou 3-0
Duas camadas contínuo invaginantes
Verificar todo o trato gastrointestinal em busca de corpos estranhos
Laparorrafia habitual
Gastrectomia resseccionar tecido inviável, suturar em dois padrões de
suturas invaginantes, proceder a ligadura de vasos
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO
Antibioticoterapia
Jejum Alimentar e Hídrico
Filhotes
Analgesia
Terapia de suporte
COMPLICAÇÕES
Deiscência
Prof. Diogo Mayer Fernandes
Técnica Cirúrgica – Medicina Veterinária
Faculdades Anhanguera Dourados
DEFINIÇÃO
Abertura e fechamento cirúrgico do Rúmen
INDICAÇÕES
Retirada de corpos estranhos esofágicos, rumenal e reticular
Pregos, plásticos, fibras
Reticuloperitonite traumática
Retículopericardite traumática
Sobrecarga rumenal
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Jejum alimentar e hídrico 24 a 48 horas
Tricotomia ampla flando esquerdo
Em estação ou em decúbito lateral direito
ANESTESIA
Bloqueio local
L invertido
Paravertebral
Incisional
Retangular
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Laparotomia pelo flanco
Fixação do rúmen sob a pele com sutura invaginante
Realizar incisão por punção com a ponta do bisturi
Realizar exploração rumenal, explorar retículo
Pode-se colocar um ímã para atrair os metais
Sutura invaginante em dois planos
Lavagem da incisão
Retirada dos pontos de fixação
Laparorrafia habitual
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO
Antibióticos
Antiinflamatórios
Curativo tópico
Jejum hídrico e alimentar 24 horas
Fluido intravenoso
DEFINIÇÃO
Abertura permanente do rúmen
Fistulização do rúmen
INDICAÇÃO
Utilizado experimentalmente
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Jejum alimentar e hídrico 24 a 48 horas
Tricotomia ampla flando esquerdo
Em estação ou em decúbito lateral direito
ANESTESIA
Bloqueio local
L invertido
Incisional
Paravertebral
Retangular
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Laparotomia pelo flanco, incisão elíptica
Divulsionamento da musculatura abdominal lateral
Fixação do rúmen sob a pele com sutura invaginante
Realizar incisão por punção com a ponta do bisturi, ampliar em formato
circular com tesoura de metzembaum
Colocar cânula de rumenostomia ou sutura sob a pele
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO
Antibiótico
Antiinflamatório
Curativo
Manter tampado
COMPLICAÇÕES
Deiscência, peritonite

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