Paris a pé - Brasileiros em Paris.com
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Paris a pé A partir da Catedral Notre-Dame até Place des Vosges Catedral Notre Dame de Paris O mercado das flores La Sainte Chapelle, Palácio da Justiça e o Conciergerie A Place du Châtelet e seus dois teatros. Tour Saint Jacques A Igreja Saint-Merri O centro Beaubourg Rua de Sainte-Croix-de-la-Bretonnerie O Claustro des Billettes A Igreja de Blancs-Manteaux O Travessa dos Arqueiros. Rua des Rosiers Hotel de Lamoignon / Biblioteca da cidade de Paris O Hotel Carnavalet A Place des Vosges Introdução Paris é uma cidade relativamente pequena, 105 quilômetros quadrados. Caminhar por algumas regiões é essencial para admirar alguns lugares turísticos e descobrir de perto as particularidades de cada bairro: livrarias, brechós, moda prêt à porter, docerias. O parisiense vive em seu bairro e o molda a sua maneira. Dividido por números entre 1 e 20, o «caracol» cortado ao meio pelo rio Sena é composto de bairros populares e revolucionários como Republique e Bastille, ricos e conservadores como 7,8 e 16, multiétnicos e cosmopolitas como o 10, 13 e 18. Áreas que abrigam e escondem atrás de cada muro, escultura, praças ou cafés um número infinito de histórias. O mais antigo monumento de Paris, o obelisco da Praça da Concórdia, tem quase 5000 anos. Passendo pelas ruas encontramos vestígios do império romano, do período medieval, do renascimento até chegarmos à modernidade. Paris foi palco de movimentos que mudaram o mundo e suas lembranças estão em todos os lados A intenção de nosso pequeno guia é apenas orientar os seus primeiros passos a pé, mas temos consciência que para dados mais detalhados você pode utilizar outros guias de Paris. No que diz respeito à compra de um guia, as editoras como Michelin, Hachette e mesmo a Folha oferecem ótimos guias de Paris, editados, revisados e com ilustrações maravilhosas. Eu recomendo pessoalmente o guia da Folha de São Paulo ou ainda o, Guia Turismo 10+. Evite comprar ou pagar por informações que você mesmo acharia no NET, compiladas e nem sempre verificadas quanto à autenticidade. Admiro as pessoas que viajam com um guia Michelin, Hachette ou outro na mão. Pessoas que tem desejo de aprender, se informar e que, sobretudo, conseguem fazer tudo ao mesmo tempo: se direcionar, olhar, ler, admirar, ocupar-se de seus pertences, tirar fotos e ainda sentir prazer e descontração. Como profissional do turismo instalada em Paris, não posso parar de ler e 1 aprender, mas raramente consigo fazer isso enquanto estou vivenciando Paris como turista. Acabo lendo meus maravilhosos guias em casa ou ainda sentados em um jardim da cidade, na frente ou não dos monumentos. Outras pessoas muito competentes para falar de Paris são os guias formados e concursados pela cidade. Uma visita acompanhada por um profissional faz com que a gente « tire » o máximo de história, conhecimento e magia de cada lugar. É um momento de grande privilégio, pois agrega cultura, dicas importantes e muitas sensações de maneira descontraída e simpática. Vocês encontrarão nas páginas a seguir informações gratuitas, frutos de nossas experiências e pesquisas que eu e minha equipe, compartilhamos com muito prazer. Para muito mais informações, sensações, charme e conforto conte com um guia da cidade de Paris para passear com você e seus amigos. 2 Notre Dame de Paris Este passeio começa no pátio de Notre Dame de Paris, onde se encontra o quilômetro zero da cidade, que é o ponto do qual são calculadas as distâncias da capital. Para localizar o km 0, ponha-se no meio da fachada da Catedral a cerca de 30 metros dela. Ele é representado por um medalhão no terreno do qual se tem uma posição muito boa para admirar a fachada da catedral gótica construída entre 1163 e 1250. Antes de entrar na Catedral não deixe de admirar os 3 portais da fachada: um dedicado a Virgem Maria (à esquerda), O Juízo Final (ao centro) e à Santa Ana, mãe de Maria (à direita). No interior, note os diferentes tipos de vitrais: *os originais, *os que foram substituídos após serem destruídos pela revolução, *e um terceiro tipo monocromo escolhido por eclesiásticos por razões como luminosidade e preço. Uma observação cuidadosa no leva a descobrir que os mais antigos têm mais contraste, cores vibrantes e o branco como destaque. Olhando para cima veremos que os vitrais modernos se harmonizam inteiramente com os antigos. No conjunto dos vitrais o ponto alto é sem dúvida as “rosáceas” de l2 m de diâmetro em cada parede lateral. Ao centro, o magnífico alto-relevo em madeira conta a história de Jesus, note que as tábuas não estão na ordem correta. A seguir algumas datas importantes da vida deste marco da cidade: 1239 Saint Louis, descalço, deposita a coroa de espinhos de Cristo, enquanto aguarda a conclusão da construção da Santa Capela. 1302 Felipe o Belo abre os primeiros Estados Gerais do Reino da França. 1431 Coroação do Rei Henrique VI de Inglaterra, aos dez anos de idade, no final da guerra dos cem anos (1337-1453). Coroação que nunca foi reconhecida, pois Carlos VII já tinha sido coroado rei da França em 1429 em Reims. 1447 Carlos VII comemora Paris retomada com um Te Deum (Missa em Ação de Graça) 1456 Abertura do processo de reabilitação de Joana d’Arc. 1572 Casamento de Marguerite de Valois e Henrique de Navarre, o futuro Henrique IV. 1590 os líderes da Liga juram nunca reconhecer o huguenote Henrique, futuro Henrique IV. 1594 (22 de Março) Henrique IV triunfa na Paris reconquistada. 1660: Te Deum celebrado por ocasião do casamento de Luís XIV. Durante a revolução, Notre Dame é transformada em um templo da razão 1804 (2 de dezembro) Napoleão Bonaparte é sagrado Imperador da França, na presença do Papa Pio VII. 1853 Casamento de Napoleão III em 30 de Janeiro. 1944 (abril) Recepção solene do marechal Pétain por Emmanuel Suhard, Arcebispo de Paris. 1945 (9 de maio) Te Deum, pelo final da Segunda Guerra Mundial. 2009 (3 de junho) Cerimônia ecumênica para as vítimas do vôo 447 Air France Rio-Paris 3 O mercado das flores Está instalado a dois séculos neste mesmo lugar. Aberto de segunda a domingo, das 08h00min às 19h30min horas, ele oferece aos nossos olhos todos os tipos de plantas, desde as mais simples as mais exóticas (incluindo famosas plantas carnívoras). Aos domingos ele atende também como mercado de aves. No mesmo mercado, continuando a caminhar pela Rua Letícia, do lado sul, você encontra a famosa Avenida do Palácio e pode ver a seta da Santa Capela. La Sainte Chapelle, Palácio da Justiça e o Conciergerie Agora você está no coração da île de la Cité onde os reis de França estabeleceram seu primeiro palácio real, que mais tarde tornou-se a Conciergerie porque ali habitava o "Concierge" (equivalente ao atual prefeito de Paris). Hoje se ergue ali a Santa Capela, muitas vezes considerada como a joia da arte gótica flamejante. (A visita vale a pena, mas adicione pelo menos mais uma hora ao seu percurso, porque o tempo que você vai gastar depende do tamanho da fila). Atualmente o prédio abriga um museu. A Place du Châtelet e seus dois teatros. A Place du Châtelet deve seu nome a um pequeno castelo que manteve esta parte do Sena inaccessível aos ataques que poderiam vir pelo rio. A praça original não resistiu à grande restauração de Paris efetuada por Napoleão Bonaparte em 1802. Em seu lugar existe hoje, no centro um chafariz e nos lados dois teatros construídos por Davioud entre 1860 e 1862 sob ordens do Barão Hausmann. O Théâtre de la Ville é o ex-Théâtre Sarah Bernhard onde a artista conheceu o triunfo e onde hoje você pode visitar o camarim da artista. Continue caminhando para o Norte, tomando a Avenida de Sebastopol. À sua direita está a enorme Torre Saint-Jacques. Tour Saint Jacques Esta torre pouco comum está sozinha no meio de um parque, mas nem sempre foi assim, no mesmo lugar havia o campanário da Igreja Saint-Jacques-de- la- Boucherie construído no início do século XV e destruído após a revolução. A Torre teve uma estranha utilidade no início do século XIX quando um forjador fabricava balas deixando cair de seu topo chumbo derretido em uma banheira de água colocada na sua base. 4 Em frente da torre para o Norte, siga a rua Nicolas Flamel (do nome do alquimista), atravesse a rua Pernelle (esposa de Nicolas Flamel!), em seguida, à direita na rua des Lombards e imediatamente à esquerda rua Saint-Martin. Você pode ver a Igreja Saint-Merri. A Igreja Saint-Merri Durante a restauração, esta Igreja foi denominada Mérédicus, Abade de Saint-Martin, o escolhido como patrono da margem direita do Sena em 884. O atual edifício foi construído durante a primeira metade do século XVI em estilo gótico no modelo de Notre Dame. Hoje, Saint-Merri é uma paróquia musical e apresenta regularmente concertos gratuitos. Seguindo seu caminho na rua Saint-Martin (eixo Norte-Sul de Paris datado da época romana), você chega ao “Beaubourg”. O Centro Beaubourg Depois de Paris antiga, você deve visitar uma das obras mais conhecidas de Paris do final do século XX. Construído por iniciativa do Presidente Georges Pompidou, este enorme edifício é o Templo da arte contemporânea. Através da vista panorâmica do terraço do restaurante é surpreendente descobrir Sul, Oeste e Norte da capital parisiense. Rua de Sainte-Croix-de-la-Bretonnerie Esta rua, cuja existência é documentada desde 1232, deve seu nome ao Convento dos Irmãos de Santa Cruz, localizado precisamente no local da atual Praça Santo Bretonnerie. Foi destruído após a decadência moral dos seus monges no século XVIII. Hoje é o reduto da comunidade homossexual de Paris. A poucos metros, pegue a rue des Archives e descubra o claustro des Billettes. O Claustro des Billettes É um dos poucos monastérios preservados em boas condições no centro de Paris. Através do tour, você vai descobrir lajes de cores diferentes umas das outras. Não se surpreenda, cada uma representa o túmulo de um de seus monges. 5 A Igreja de Blancs-Manteaux A Igreja de Blancs-Manteaux (monges vestindo um casaco branco) instalou-se aqui em 1258 graças a St. Louis. A Igreja oferece aos visitantes um oásis de paz e refúgio bem-vindo após a excitação das compras nas proximidades. Continue na rua de Blancs-Manteaux à sua direita até a Rua Vieille-du-Temple, caminhando até o Norte e depois vire imediatamente à direita Rua Francs-Bourgeois. À sua esquerda um pequeno impasse: é o impasse do Crossbowmen. O Travessa dos Arqueiros. Assim chamada porque era ali o campo de treinamento para os arqueiros. Deve sua originalidade a uma bem preservada aparência medieval. Com pequeno esforço podese imaginar o aspecto que a travessa tinha quando Jean- sem -medo assassinou seu primo e rival Louis de Orléans, irmão do rei e reiniciou com esse gesto a Guerra dos Cem Anos. Continue poucos metros pela Rua Francs-Bourgeois e, em seguida, vire à direita na Rua de Hospitalières-Saint-Gervais para chegar a Rua des Rosiers. Rua des Rosiers É a rua judaica mais conhecida da cidade. Você pode descobrir ali toda a especificidade da cultura judaica: sinagoga, livrarias especializadas, as empresas, e especialmente alimentos com o famoso "Chez Marianne" ou "Goldenberg". É aqui que você encontrará judeus em trajes tradicionais e kippa. Muitas placas comemorativas lembram a perseguição sofrida pelos judeus durante a década de 1940. Continuando pela Rua Rosiers depois tomando a Rua Pavée do lado esquerdo você deve ir para o número 17, onde vai descobrir um livro enorme no que parece ser um velho celeiro. Esquina Rua Francs-Bourgeois e Rua Pavée _Biblioteca da Cidade de Paris. Hotel de Lamoignon*/ biblioteca da cidade de Paris Hôtel de Lamoignon, hoje a histórica biblioteca da cidade de Paris, foi um dos hotéis mais antigos no Marais. Foi construído para Diane de France em 1584. Ela morreu lá aos 81 anos depois de conhecer sete Reis de França. Seguindo a Rua Francs-Bourgeois, você vai descobrir uma enorme mansão: É o hotel Carnavalet. *Hotel –antigas mansões particulares 6 O Hotel Carnavalet Este hotel de estilo renascentista foi construído entre 1548 e 1560 por Pierre Lescot e foi adquirido em 1880 pela cidade de Paris para instalar seu museu histórico. Abriga uma coleção excepcional de esculturas, pinturas e mobiliário e conta a história de Paris desde sua origem até os dias atuais. No centro do jardim ergue-se uma estátua do famoso de Luís XIV. Se você continuar na Rua Francs-Bourgeois vai chegar à entrada da Place des Vosges. A Place des Vosges A construção deste lugar, no local de um antigo Palácio de Catarina de Medici, iniciada durante o reinado de Henrique IV em 1605, foi concluída em 1612. A Place de Voges é famosa pela simetria e ordem das fachadas, que são todas idênticas, ao contrário dos interiores que se escondem atrás de tanta simetria. Você pode até sonhar em visitar uma delas, pois isso é possível. Por exemplo, o canto sudoeste era habitado por Victor Hugo e é hoje um museu a ele dedicado. 7 SUGESTÕES HOLA VISITA DE PARIS CAT. 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