Consulado do México responde entidades sobre - ADCEFET-RJ

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Consulado do México responde entidades sobre - ADCEFET-RJ
Consulado do México responde entidades sobre Massacre de
Iguala
O cônsul do México em São Paulo, José Gerardo Traslosheros Hernández,
respondeu, por meio de uma carta, às entidades sindicais e estudantis que foram ao
consulado na última semana cobrar explicação sobre o desaparecimento de 43
estudantes na cidade de Iguala, estado de Guerrero. O cônsul declarou que o estado
mexicano lamenta o ocorrido e que não há “a menor brecha de impunidade” possível
contra esses atos.
No dia 26 de setembro, 80 estudantes rurais sofreram um ataque de policiais e
paramilitares, resultando em mortos, feridos, detidos e 43 desaparecidos. O
desaparecimento dos jovens culminou em uma onda de protesto no país e se espalhou
por países latino-americanos e até mesmo na Europa. As mães dos estudantes
desaparecidos exigem que “se foram pegos vivos, que o Estado os devolvam vivos”. A
ação é creditada pelos manifestantes às milícias e ao governo do estado de Guerrero
Na quinta-feira (16), a CSP-Conlutas e a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre
(Anel) estiveram no consulado para cobrar um posicionamento da representação
diplomática mexicana sobre o caso de repressão que assombra o mundo.
Confira aqui a resposta do cônsul.
Sacerdote afirma que os 43 foram queimados vivos
No último dia 17 de outubro, o sacerdote mexicano Alejandro Solalinde, ativista na
causa dos imigrantes e defensor dos direitos humanos no país, afirmou à imprensa que
os normalistas foram queimados ainda vivos.
Para tal declaração, ele se utiliza de afirmações de testemunhas do caso, que preferem
não se identificar nem denunciar formalmente o ocorrido por temor de represálias.
"Eu disse porque as pessoas que estão buscando seus filhos merecem a verdade,
porque essa é uma forma de pressionar o governo. Se digo isso, eles estão
obrigadíssimos a demonstrar para mim que sou um mentiroso”, declarou Solalinde
aos jornalistas.
O padre afirmou que desconhece o local do suposto massacre, que teria vitimado os
normalistas desaparecidos e disse que suas fontes estariam aterrorizadas com a
possibilidade de serem as próximas vítimas no caso. "Para mim não disseram como
havia sido. Simplesmente, foram pessoas que viram, de última hora, como eles foram
queimados”, contou o clérigo.
Com informações de CSP-Conlutas e Adital e imagem de Desinformemonos.
Fonte: ANDES-SN