6º ano - Revisão para o teste

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6º ano - Revisão para o teste
Natal, RN
___/___/2014
ALUNO:
Nº
SÉRIE/ANO:
TURMA:
6º
DISCIPLINA:
HISTÓRIA
TIPO DE ATIVIDADE:
Resumo do conteúdo(Teste)
TURNO:
M
PROFESSOR(A):
1º Trimestre
TATIANE
Cap. 1 O céu, a Terra, o homem e o seu passado – páginas 10 a 21 do Livro Didático.
O homem sempre tentou explicar o seu mundo, e sempre de acordo com o conhecimento que teve à
sua disposição. No período em que o homem não tinha tecnologia para explicar a vida e o surgimento do
Universo, o homem utilizava mitos* na tentativa de entender seu mundo. Todas as sociedades antigas
elaboraram histórias sobre o surgimento do mundo, da vida humana e das transformações pelas quais o
planeta passou. Exemplos: Cristianismo e judaísmo – texto chamado Gênesis/ Antigos babilônicos – poema Gilgamesh/
Japoneses antigos – Kojiki/Chineses da antiguidade - textos sagrados como a Grande Enchente/Índios Guarani do Brasil e
Paraguai – homens e mulheres modelados por Tupã/ Índios Arara do Vale do Xingu – “casca do céu”, etc. O mito não explica
tudo: com o passar do tempo a humanidade passou a observar a natureza a fim de alcançar explicações mais
precisas e com o passar do tempo desenvolveu teorias mais elaboradas sobre os fenômenos e
acontecimentos.
A teoria do Big Bang** é a mais aceita entre os cientistas, para explicar o surgimento do Universo.
Os cientistas que desenvolveram essa teoria acreditavam que o Universo se alarga e cresce em todas as
direções e não é estático como já se imaginou. E se o Universo se expande, deve ter iniciado num ponto
único, que esteve comprimido.
A observação da Terra
Pesquisas apontam que a vida no planeta Terra começou nos lagos e oceanos, onde compostos
químicos se juntaram e organizaram e deram origem a bactérias, plantas e organismos pluricelulares. Em
milhares de anos esses organismos tornaram-se mais complexos, desenvolvendo esqueletos. Da água, muitos
começaram a se dirigir a terra firma e se adaptar ao novo meio ambiente, desenvolvendo patas e seu sistema
respiratório foi ficando mais eficiente. Essas primeiras criaturas que foram se adaptando à terra, deram
origem às aves, aos dinossauros e aos mamíferos. Pequenos, os mamíferos viveram protegidos sob a terra ou
em árvores. Os dinossauros que eram mais fortes e maiores dominaram o planeta por cerca de 165 milhões
de anos, porém esses animais não existem mais. Estudiosos acreditam que um grande asteroide teria atingido
a Terra em grande velocidade, provocando terremotos e tsunamis, além de chuva incessante de meteoritos,
que incendiaram as plantas. Cinza e fumaça bloquearam a luz do Sol por meses. O planeta se modificou
rapidamente e os dinossauros não conseguiram se adaptar a essas transformações. Foi a vez então dos
mamíferos se desenvolverem, aprimorando seus organismos, particularmente olhos e cérebros, durante
muito tempo. Esses mamíferos mais desenvolvidos e adaptados deram origem aos primeiros primatas –
macacos e homens. As condições do planeta forçavam esses mamíferos a percorrerem distâncias cada vez
maiores para sobreviverem, passando a andar sobre duas patas para alcançar maior velocidade e enxergar
melhor o que estava ao redor. Com cérebro, olhos e membros inferiores mais desenvolvidos, o homem
começou a ocupar mais e mais espaços sobre o espaço.
O estudo de outras épocas
História é ciência que estuda o homem no espaço e no tempo. Tudo o que surge, desenvolve-se no
tempo, transforma-se, termina ou permanece, possui uma história. O profissional de História é o historiador
que realiza seus estudos a partir das fontes históricas que evidências que sustentam as ideias afirmadas por
esses estudiosos. As fontes podem ser de natureza material (arquitetura, quadros, fotografias, monumentos,
desenhos, vestuário, esculturas, filmes, gravações, ferramentas, utensílios de trabalho e tudo o que as
pessoas criaram em seus cotidianos em diferentes épocas.); podem ser escritas (documentos, cartas,
registros, códigos de leis, livros, folhetos, publicidade, jornais, entre outros) e ainda podem ser fonte orais
(que são informações obtidas através de entrevistas, e depoimentos de pessoas que contam suas memórias
sobre determinada época, algum evento, lugar e outras pessoas.
*Mitos: são relatos de natureza simbólica e fantástica, transmitidos pela tradição oral, de geração em geração. Eles relatam tempos heroicos e mitológicos de uma
determinada cultura ou sociedade.
**Big Bang - o “grande bang”, muitas vezes traduzido como “grande explosão” , o que não é muito preciso, já que a teoria fala em expansão.
A comunicação
Para entender, adaptar-se e mesmo modificar o mundo em que viviam, o homens e mulheres
precisavam se organizar, comunicar-se, criar uma linguagem para exprimir o que sentiam, o que pensavam e
o que planejavam fazer. Aos poucos, foram utilizando a fala para se referir a cada coisa que havia no mundo.
Isso era feito coletivamente, pois num grupo todos precisavam entender a que se referia cada som. Juntos,
criavam, utilizavam e ensinavam os mesmos sons para indicar determinado objeto, fenômeno da natureza ou
pessoa. Homens e mulheres começaram a dar nome a todas as coisas do mundo ao seu redor, através dos
sons que criavam com a fala, composta de sílabas e palavras. Essa linguagem não era escrita. Tudo o que as
pessoas conheciam e as experiências que viviam transmitiam-se oralmente. Ouvir era muito importante para
aprender. Mesmo que não houvesse uma linguagem escrita completa, os primeiros seres humanos criaram
símbolos para expressar sua ideias e representar o mundo em que viviam.
A história da História
A História começou a ser organizada como ciência na Europa do século XIX. Os homens daquele período
acreditavam que a sociedade em que viviam – a sociedade europeia – era mais desenvolvida, pois era
industrial e dominava outras regiões do planeta, mantidas como colônias. Esses estudiosos europeus do
século XIX entendiam que a história existia somente quando havia linguagem escrita – por exemplo, os
hieróglifos dos egípcios ou a escrita cuneiforme dos babilônicos. Eles usavam a expressão “pré-história”
para se referir ao período anterior à escrita. Mas nem todos os povos desenvolveram a escrita. Esses povos
são chamados de povos ágrafos e possuem história como todos os outros. Eles transmitiam suas histórias
de geração em geração por meio da tradição oral, perpetuando mitos, relatos, canções, poemas, memórias,
lendas e símbolos, que sintetizam e comunicam ideias ricas e elaboradas. Ex. Griot - contadores de
histórias, poetas, músicos e historiadores na África.
Trabalhos de historiadores mostram que a História pode ser interpretada de diversas formas, por
diferentes pontos de vista. Por exemplo, os registros históricos mais numerosos e antigos vêm da Europa,
mas não quer dizer que foram ou são a parte mais importante do mundo, apenas eram o centro de suas
histórias, narrativas. Se estudarmos a tradição de outros povos como os africanos, perceberemos que são o
centro do mundo em suas histórias, o mesmo ocorre com povos como os chineses: suas histórias têm o
desenvolvimento do seu povo como o eixo principal.
Além dos historiadores, existem outros profissionais que estudam a História de outras ciências, como
a Antropologia, a Arqueologia, a Paleontologia, a Sociologia, a Geologia, entre outras, que fornecem dados
para que os historiadores possam fundamentar suas teorias e pesquisas. Todas essas ciências se cruzam e se
completam. Com a tecnologia atual, cada vez mais os historiadores fazem uso de outras ciências como é o
caso da Climatologia, que permite a pesquisa do clima em outras épocas.
Patrimônio histórico cultural é o conjunto de bens materiais e imateriais que são transmitidos de uma
geração a outra. O patrimônio possui significado e importância artística, cultural, estética, religiosa e
documental para as sociedades. Os objetos e monumentos permanecem materialmente. Já os saberes são
preservados graças à transmissão oral, quer dizer, por meio de relatos, coisas que se contam, que se ensinam.
Exemplos de bens materiais: prédios, fotografias, pinturas, objetos, documentos, etc. Bens imateriais: lendas, histórias, festas,
técnicas, saberes, linguagens, etc.
No Brasil o órgão responsável pela preservação e proteção dos bens históricos é o IPHAN (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O IPHAN realiza seus trabalhos a partir da prática de
tombamento. Esse tombamento vem da palavra tombo que nesse caso quer dizer registro, ou descrição
detalhada. Tudo o que é tombado é importante para a memória coletiva*** e não pode ser destruído ou
modificado. Mas não somente prédios, monumentos, objetos, filmes são tombados. Músicas, festas,
artesanato, conhecimentos também podem compor o patrimônio cultural de uma sociedade.
Da mesma forma, existe o patrimônio ambiental, ou seja, elementos do ambiente natural preservados
por seu valor, por sua biodiversidade e pelo benefício social que proporcionam (rios, ilhas, ecossistemas
como o cerrado, o pantanal, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, são considerados patrimônio
ambiental do Brasil e do mundo).
O tempo
Quando os homens organizaram os primeiros grupos sociais, começaram a caçar juntos, criar instrumentos
mais elaborados (para caçar, construir, vestir-se, plantar cozinhar), sentiram a necessidade de medir o tempo.
***Memória coletiva: assim como nós, as sociedades, as cidades e países também possuem uma memória, que é constituída por monumentos, casas, fábricas,
teatros, igrejas, escolas, comércios e demais locais como ruas, praças e parques.
Faziam isso observação a repetição dos fenômenos naturais, como a posição das estrelas, as fases da Lua, o
nascer e o pôr do Sol, as marés, as cheias e as vazantes dos rios, os períodos de gestação e a germinação das
plantas e outros eventos naturais. Todos esses fenômenos serviam para dar noções de tempo e organizar a
pesca, a caça, o plantio, o estoque de alimentos e abrigos durante o inverno. Mais tarde, criaram
instrumentos para medir o tempo com mais precisão, como o relógio de sol, a clesidra (relógio de água), a
ampulheta e também o calendário, no qual eram fixados os períodos de plantio e colheita, as estações do
ano, as fases da Lua, marés e comemorações. Há vários calendários muito antigos, como o hebreu, o
egípcio, o babilônico, o chinês, o inca, o maia, entre outros. Os antigos romanos também organizaram
calendários e devemos a eles os nomes dos meses que utilizamos até hoje. No caso do calendário maia, era
complexo e preciso com divisão por meses e anos, porém tinham uma ideia de tempo cíclica, ou seja,
circular e repetitiva. Já o nosso calendário possui uma estrutura linear, como uma linha reta, com ponto de
partida, sem fim.
A divisão da História
Os historiadores mais antigos dividiram a História em vários períodos, para facilitar seus estudos
(ajudava a ordenar os dados que iam encontrando e produzindo). Essa divisão ainda permanece em livros
didáticos e é usada por muitos historiadores, mas serve apenas para ajudar a compreender os diferentes
períodos. As pessoas que viveram em épocas passadas não se sentiam vivendo na Antiguidade ou na Idade
Média. Viveram seus dias como nós vivemos atualmente, em nosso presente.
A divisão da História por períodos chama-se periodização. Os períodos são marcados por
acontecimentos importantes que caracterizam uma época, como a queda do Império Romano ou a chegada
dos europeus à América, por exemplo.
Século 1
Nascimento de Jesus Cristo
a. C - antes de Cristo
d. C - depois de Cristo
Anno Domini ou Era Cristã
A abreviatura “a.C” é utilizada geralmente após a indicação de um ano e significa antes de Cristo.
Essa forma de datar é utilizada nas sociedades ocidentais que seguem o calendário cristão. O evento que
marca esse calendário é o nascimento de Jesus Cristo, que corresponde ao ano 1. Tudo o que ocorreu antes
desse ano recebe a designação a.C.. A partir do ano 1 não é necessária nenhuma abreviatura. Porém, nem
todas as sociedades dividem o tempo da mesma forma. No calendário dos chineses, o nosso ano 2000
correspondeu ao ano 4698 para eles. Essa diferença de anos ocorre porque o calendário chinês é mais antigo
que o nosso, ou seja, existe há muito mais tempo. Já o calendário judaico marcou o ano 5761 para o nosso
ano 2000. No calendário islâmico ou hegírico, o nosso ano 2000 correspondeu ao ano 1421 para eles, uma
vez que a contagem de tempo para eles se iniciou depois da nossa. Isso não significa dizer que as sociedades
vivem tempos diferentes. Elas coexistem e apenas contam seu tempo de formas diferentes.
Dica para montagem de uma linha do tempo (calendário cristão):
1 – Desenhe a linha com uma seta no final
2 – Localize o tempo presente (ano que você está)
3 – Marque o ano/século 1 – nascimento de Jesus Cristo
4 – Localize os anos conforme solicitado

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