hicredetribuna - Ulisses Tavares

Transcrição

hicredetribuna - Ulisses Tavares
Queridinha de
Caetano lança
novo CD
5
Para dar um
xeque-mate
na moda
6
email: [email protected]
A TRIBUNA - VITÓRIA-ES - DOMINGO - 12/04/2009
Porres mudaram a história
No livro “Hic!stórias – Os
Maiores Porres da História da
Humanidade”, escritor relata
como bebedeira alterou os fatos
KENNEDY, VÍTIMA DA GANDAIA
John Kennedy, então presidente dos Estados Unidos, foi morto ou não por imprudência? Kennedy bebia demais, transava demais,
era imprudente demais, segundo o escritor
Ulisses Tavares no livro “Hic!stórias - Os
Maiores Porres da História da Humanidade”.
Como eram parceiros de devassidão do
chefe, os homens do Serviço Secreto volta e
meia descuidavam da segurança presidencial. Bebedeiras, festas e sexo faziam parte
das viagens, e não parece ter sido diferente
naquela manhã que abalou o mundo.
Guarda-costas confessaram ter passado
a noite anterior ao assassinato na gandaia,
até as 5 horas. Mas Kennedy ajudou: mesmo ameaçado de morte, proibiu que os
agentes ficassem perto e pediu que retirassem a capota do carro em que desfilaria pelas ruas de Dallas. Suas últimas palavras ao
chefe de segurança teriam sido: “Quero que
todos esses babacas do Texas vejam como
Jackie é linda”.
JOANNA FERR ARI
O
lhe em volta e veja quanta gente tem histórias de
bebedeiras que, de alguma forma, mudaram
suas vidas: pessoas que
se conheceram bêbadas, se apaixonaram e se casaram; pessoas
que se casaram bêbadas e se separaram depois que a ressaca passou; ex-namorados que tomaram
coragem de ligar e reataram o romance...
Isso acontece com mais frequência do que se imagina, e em
todas as esferas – do seu vizinho
“simples mortal” até general de
Roma, passando por presidentes,
grandes empresários e artistas.
Dependendo da proporção do
porre e de quem bebeu os goles a
mais, a ressaca pode significar
mais que dor de cabeça, física ou
moral. Ela pode mudar a história
da humanidade.
É o que conta o escritor Ulisses
Tavares no livro “Hic!stórias – Os
Maiores Porres da História da Humanidade” (Editora Panda Books,
272 páginas).
“Estava assistindo a uma palestra quando a professora citou, sem
dar muita importância, a história
de Marco Antônio, general romano que passou três anos em orgias
e bebedeiras. Isso ficou na minha
cabeça. Achei que esses porres
poderiam ter sido determinantes
para a derrota na guerra. Comecei
a pesquisar e realmente foram”,
contou.
Tavares encontrou, em dois
anos e meio de pesquisa, mais de
300 casos, que serão divididos em
outras duas publicações. As histórias vão do cômico ao trágico.
O piloto finlandês de Fórmula-1 Kimi Raikkonen, atualmente na Ferrari, já foi flagrado dormindo na calçada de Cancun
abraçado a um golfinho inflável
cor-de-rosa. E Alexandre, O
Grande, perdeu a guerra para o
vinho, morrendo provavelmente
de cirrose.
“Besteira por bebedeira de cidadão comum é uma coisa (como
bater o carro e perder a carteira);
besteira de imperador do mundo
é outra. Alexandre, para seu mal,
no auge de seus porres, atentava
contra si mesmo. Começou matando com uma lança no coração
seu único amigo fiel, Clito”, lembrou Tavares, contando que ele
mesmo já foi vítima dos próprios
porres, ao se casar bêbado por
duas vezes.
“Toda história de bêbado é sempre divertida, menos para o bêbado. Nós, que vemos de fora, conseguimos rir das situações”.
MARCO ANTÔNIO E
CLEÓPATRA DERROTADOS
PELO VINHO
Marco Antônio, general romano, e Cleópatra, rainha do Egito, se casaram, mas
Otávio, que também era responsável pelo
império romano, se sentiu ameaçado e
cercou o Egito.
Cleópatra construiu 500 barcos, de 100 a
120 metros, com mais de mil remadores em
cada – que equivalia a 4 navios romanos.
Mas, segundo o livro “Hic!stórias”, por
causa das bebedeiras, Marco Antônio esqueceu o plano que traçara com Cleópatra,
simples e genial: ela sairia rumo ao alto-mar
com uma flotilha de 30 barcos leves. Otávio,
achando que ela estava fugindo, iria a toda
em sua captura. Daí, Marco Antônio avançaria com os 500 barcões recém-construídos, cercaria os barquinhos de Otávio e ganharia a guerra.
Cleópatra fez sua parte, Otávio a dele e
Marco Antônio... Bem, esse foi o problema.
Ele simplesmente estava bêbado demais para lembrar do plano e acreditou mesmo que
sua amada estava fugindo... dele! Resultado: lançou-se atrás de Cleópatra, chorando,
e seus homens desistiram do ataque.
PRESIDENTES E SEUS GOLES A MAIS
“Política é como uma boa cachaça: você toma a primeira dose e não tem mais
como parar, só quando termina a garrafa”. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente
do Brasil, para a autora do livro “Lula, o
filho do Brasil”, Denise Paraná.
Juscelino Kubitschek bebia e ficava
alegre em recepções e longas viagens. Nem por isso deixou de construir Brasília.
Ulisses Grant, general americano, só
tomava as decisões bêbado e foi o
grande vencedor da guerra civil dos Estados Unidos.
Winston Churchill bebia champanhe de
manhã, uísque no almoço e conhaque
no jantar, e foi o superestadista inglês e
vencedor da Segunda Guerra Mundial.
Boris Yeltsin, inveterado consumidor
de vodca, como a maioria dos russos,
chegava a rebolar em público, de porre, mas, ao que se saiba, nunca foi corrupto e preparou a guinada da Rússia
para ser democrática.
Jânio Quadros abriu caminho à ditadura
dos militares brasileiros ao renunciar.
Segundo vários de seus assessores diretos, bastava tê-lo colocado debaixo do
chuveiro de água fria e esperado passar
seu porre para ele mudar de ideia.
Fonte: “Hic!stórias – Os Maiores Porres
da História da Humanidade”,
de Ulisses Tavares.
BEBEDEIRA DE WALT DISNEY
“CRIA” DISNEY WORLD
Walt Disney tinha o princípio de zelar por
uma fachada que, pessoalmente, fazia tudo
para zerar. De acordo com o livro “Hic!stórias”, nos bastidores, ele ingeria remédios
pesados com litros de uísque e fumava mais
de três maços diários de cigarros. Seu café
da manhã predileto eram rosquinhas frescas com uísque escocês.
Quando já era famoso por seus desenhos
animados, construiu um trem em miniatura
na sua propriedade, onde brincava vestido
de maquinista. Só que, certa manhã, já bêbado, perdeu o controle e a locomotiva entrou na sala de sua casa.
Rendeu um escarcéu e uma ideia: se ele
gostava de pilotar trem de mentirinha, outros
também gostariam. Nascia o projeto para
construir o parque de diversões Disney World.