DFP 2012 - Equatorial
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DFP 2012 - Equatorial
Demonstra es Financeiras Companhia Energ tica do Maranh o - CEMAR 31 de dezembro de 2012 com Relat rio dos Auditores Independentes Companhia Energ tica do Maranh o - CEMAR Demonstra es financeiras 31 de dezembro de 2012 e 2011 ndice Relat rio dos auditores independentes................................................................................1 Demonstra es Financeiras Balan os Patrimoniais..........................................................................................................3 Demonstra es dos Resultados...........................................................................................5 Demonstra es dos Resultados abrangentes..................................................................... 6 Demonstra es das Muta es do Patrim nio L quido......................................................... 7 Demonstra es dos Fluxos de Caixa...................................................................................8 Demonstra es do valor adicionado.................................................................................... 9 Notas explicativas s demonstra es financeiras............................................................. 10 Relatório da Administração A Administração da Companhia Energética do Maranhão S.A. (CEMAR), em cumprimento às disposições legais e de acordo com a legislação societária vigente, apresenta a seguir o Relatório da Administração, suas demonstrações financeiras, com as respectivas notas explicativas e o parecer dos auditores independentes, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2012. As informações não Social, assim como as referentes às expectativas da administração quanto ao desempenho futuro da Companhia não foram revisadas pelos auditores independentes. 01. Destaques de 2012 O volume de energia faturada no ano cresceu 9,7% em relação a 2011, atingindo 4.796 GWh. A Receita Operacional Líquida (ROL) cresceu 22,8% em 2012, totalizando R$2.348,1 milhões. O EBITDA alcançou R$533,2 milhões no ano de 2012, aumento de 10,6% em relação ao ano anterior. O Lucro Líquido Ajustado atingiu R$307,8 milhões em 2012, crescimento de 9,5% se comparado ao valor verificado em 2011. Os investimentos da CEMAR (excluindo investimentos diretos relacionados ao Programa Luz para Todos - PLPT) somaram R$441,2 milhões no ano de 2012, 36,9% superior aos investimentos realizados em 2011. Em 2012, os índices de DEC e FEC da CEMAR (acumulados dos últimos 12 meses) foram de 21,7 horas, aumento de 1,2%, e 11,0 vezes, redução de 5,4%, quando comparados aos índices observados ao final do ano anterior. As perdas de energia dos últimos 12 meses encerrados no ano de 2012 representaram 20,7% da energia requerida, com redução de 0,3 p.p. em relação aos 21,0% verificados em 2011. 02. Mensagem do Presidente Vendo em retrospecto o ano de 2012, acreditamos que a CEMAR vem consolidando seu excelente desempenho apresentado nos anos recentes. Apesar da economia brasileira ter crescido 0,9% em 2012, a venda de energia elétrica na área de concessão da CEMAR cresceu 9,7%, e reforçou o desempenho que a Companhia vem apresentando nos últimos anos, terminando o ano com bons indicadores operacionais e financeiros. Refletindo o crescimento de mercado, assim como o retorno dos investimentos feitos ao longo dos últimos anos, terminamos o ano de 2012 com um lucro líquido robusto de R$384,9 milhões e uma geração de caixa operacional (EBITDA) de R$533,2 milhões. Nossos investimentos próprios atingiram R$441,2 milhões e focaram na melhoria da rede e expansão do serviço de distribuição de energia. Através do Programa Luz para Todos, investimos mais R$177,5 milhões, conectando mais de 98 mil novos consumidores e beneficiando até o momento aproximadamente 2,0 milhão de pessoas em todo o estado do Maranhão. Neste ano, concluímos a captação de importantes linhas de financiamento para viabilizar nosso programa de investimento. Perante o BNDES, assinamos contrato de financiamento no valor de até R$516 milhões, dos quais R$149 milhões já foram liberados. Como consequência dos investimentos e esforço contínuo de nossa equipe, conseguimos manter a boa qualidade oferecida aos nossos consumidores, através da medição dos indicadores de qualidade DEC e FEC. O DEC encerrou 2012 em aproximadamente 21 horas, enquanto o FEC foi de 11 vezes. Estamos continuamente obtendo também sucesso no combate às perdas e conseguimos reduzi-las de um patamar de 28,9% ao final de 2008 para 20,7% ao final de 2012, queda de 8,2 pontos percentuais. Para 2013, entendemos que teremos grandes desafios a superar. Nosso objetivo é continuar melhorando a qualidade do serviço prestado e buscar sempre a maior eficiência no uso dos recursos da companhia. Nesse sentido, mantemos nosso foco na qualidade do serviço prestado e nos resultados dos nossos mais de 1.180 colaboradores. A eles, dirigimos nossos agradecimentos pelo apoio e confiança, que são estendidos também a todos os nossos acionistas, fornecedores e parceiros. Augusto Miranda Paz Junior Diretor-Presidente 03. Ambiente e Perspectivas no Maranhão Ambiente econômico e perspectivas no estado do Maranhão Maranhão Capital Área (km²) % da área do Brasil Número de municípios População (estimativa IBGE 2010) % População Nacional PIB (IBGE estimativa 2010) % PIB Brasileiro São Luís 331.937 3,9% 217 6.574.789 3,4% R$ 45.256 milhões 1,2% Em 2012, o consumo de energia na região Nordeste cresceu 7,4%, enquanto a média nacional cresceu 4,2%. O estado do Maranhão apresentou queda de 4,1% no consumo de energia devido à queda de 10,9% do consumo industrial advinda do comportamento da indústria do alumínio, que, em função da crise financeira mundial, adequou custos para a produção da commodity. Localizado em uma posição geográfica privilegiada, com fácil acesso aos mercados norte-americano, europeu e, por meio do Canal do Panamá, também ao asiático, o Maranhão possui dois importantes vetores econômicos: o agronegócio e as atividades de mineração e metalurgia. O agronegócio localiza-se na região sul do estado e é caracterizado pelo cultivo de soja e pela pecuária atividades que se beneficiam das facilidades para exportação e das condições climáticas. Já a mineração e metalurgia estão presentes nas partes oeste e norte e giram em torno das produções de alumínio, minério de ferro e ouro. 04. Gestão dos Negócios 4.1 Qualidade DEC e FEC Ao longo dos últimos anos, a CEMAR apresentou melhoras significativas na qualidade técnica do seu serviço, reduzindo expressivamente a duração e a frequência de interrupções no fornecimento de energia. Em 2012, o DEC (Duração Equivalente por Consumidor) da Companhia, que mede a duração média das interrupções, em horas por consumidor por período, aumentou apenas 0,7% em relação ao ano anterior, atingindo 21,7 horas. Em comparação ao índice de 2004, essa melhora foi de 65,8%. Já o FEC (Frequência Equivalente por Consumidor), que mede a frequência das interrupções, em vezes por consumidor por período, diminuiu 5,4% na comparação com o índice de 2011, atingindo 11,0 vezes. Em relação a 2004, tal queda foi de 72,1%. 4.2 Combate às Perdas Em 2008, a reestruturação da Gerência de Combate às Perdas foi essencial para a revisão dos processos, desde a seleção de pessoas, treinamento, adequação dos procedimentos internos (aderentes às normas regulatórias e judiciais), até a padronização de atividades e abordagem ao cliente. Esta transformação e a criação do Comitê de Perdas, onde todos os envolvidos no processo prestavam contas de suas ações em reuniões semanais, refletiram desde o início de 2008, quando deu se o início do projeto de redução das perdas, até Dezembro de 2012, redução de 8,2 p.p. em perdas acumuladas. Em 2012, a estratégia de Combate às Perdas foi mantida, alcançando o índice de 20,7% nas perdas globais que, se comparado a 2011, melhorou 0,3 p.p. Em relação às perdas não-técnicas sobre o mercado de baixa tensão, a CEMAR atingiu o percentual de 14,0% em 2012, apresentando melhora em 0,2 p.p se comparado à 2011. A quantidade de energia elétrica requerida pelo sistema da CEMAR alcançou o patamar de 6.059 GWh e o faturamento ficou em 4.804 GWh, crescimento de 9,4% e 9,7%, respectivamente, em relação a 2011. As perdas de energia registradas pela Companhia em 2012 totalizaram 1.255GWh. No ano de 2012, a CEMAR continuou avançando na implantação da medição fiscal, totalizando 6.909 transformadores e 707.510 unidades consumidoras, o que representa 34,1% do mercado de energia da CEMAR. 4.3 Atendimento ao cliente 2012 foi um ano em que a CEMAR aumentou ainda mais seu foco no atendimento aos clientes, tanto de varejo como corporativos, destacando as seguintes realizações: Automatização de 138 novas agências de atendimento no Estado do Maranhão, cobrindo todos os seus municípios; Redução de 57% no volume de ordens serviços vencidos; Melhoria no Processo de Tratamento de Reclamações Certificação ISO 9001 mantida; Implantação e padronização de um Sistema Automático para geração de relatórios operacionais e Gerenciais Plataforma Sysphera; Realização de reuniões quinzenais do Comitê de Clientes; Monitoria da Qualidade em todos os canais de atendimento da Gerência de Relacionamento com o Cliente Central de Atendimento Este canal realizou praticamente 4,0 milhões de atendimento em 2012, com uma estrutura de aproximadamente 65 posições de atendimento e 156 atendentes. Em 2012, a Central de Atendimento obteve o menor TMA (Tempo Médio de Atendimento) da história da CEMAR, alcançando a marca de 130 segundos no ano de 2012, o que significa 8 segundos a menos comparados com o TMA de 2011. O resultado comprova a evolução constante da Central. 4.4 Compromisso com a excelência A CEMAR tem um compromisso contínuo com a excelência. Em 2007, obteve a primeira Certificação ISO 9001/2000 para os processos de Coleta e Apuração dos Indicadores de Qualidade DEC, FEC, DIC, FIC e DMIC, garantindo a manutenção do seu certificado inclusive no upgrade para a versão ISO 9001/2008. Em 2011 o processo de Tratamento de Reclamações de Clientes também recebeu a certificação ISO 9001/2008 atendendo aos requisitos da NBR ISO 10002, acreditado pelo Bureau Veritas Certification. Estas certificações atestam que a gestão de nossos processos está alinhada às práticas internacionais de conformidade, o que garante uma maior confiabilidade e foco em nossa visão (ser a melhor e mais rentável empresa de distribuição de energia do país) e na satisfação de nossos stakeholders. 05. Programa Luz Para Todos Energia Elétrica - Luz para Todos" (PLPT) tem como objetivo levar energia elétrica para a população do meio rural, de modo a estimular o desenvolvimento sócio-econômico destas regiões que, geralmente, apresentam baixo desempenho no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). A CEMAR desempenha o papel de agente executor do Programa no Maranhão. O Estado está inserido entre os 04 maiores programas do país, representando 10% de todo o volume de ligações executadas pelo Programa Luz para Todos no Brasil. Para atingir suas metas, a Companhia estruturou sólidas parcerias comerciais com contratação de mão-de-obra terceirizada, que envolvem mais de 20 empresas de engenharia e mais de 1.000 pessoas direta e indiretamente. Em 31 de dezembro de 2012, a CEMAR alcançou a marca histórica de 319.970 famílias ligadas à rede de distribuição de energia elétrica através do PLPT, gerando um benefício direto para aproximadamente 1 milhão e 600 mil habitantes. O PLPT já está presente em 100% dos 217 municípios maranhenses, contribuindo para o desenvolvimento de áreas isoladas dos aglomerados rurais e para a geração de renda nestas localidades. Durante o ano de 2012, o investimento direto no PLPT, que inclui gastos contábeis com materiais e serviços de terceiros, foi de R$ 177,5 milhões. 350.000 300.988 300.000 319.970 278.908 250.000 229.817 189.781 200.000 148.326 150.000 103.067 100.000 50.000 40.136 62.931 45.259 41.455 40.036 49.091 22.080 18.982 2011 2012 - 2005 2006 2007 2008 Lig. Anual 2009 Lig. Acum. 2010 06. Assuntos Regulatórios A CEMAR busca constantemente manter um intercâmbio produtivo de experiências com os órgãos reguladores e associações do setor de energia elétrica. Esse foco visa difundir as melhores práticas de atuação, criar sinergia entre as diversas organizações, bem como ampliar sua capacidade de pleitear demandas junto às agências reguladoras. Reajuste Tarifário Anual 2012 - CEMAR A Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL por meio da Resolução Homologatória nº 1.333, de 20 de agosto de 2012 homologou os resultados do Reajuste Tarifário Anual de 2012. Como resultado do processo as tarifas da CEMAR foram em média, reajustadas em 6,24% (seis virgula vinte e quatro resultante da consideração de componentes financeiros no valor de 0,62% (zero virgula sessenta e dois por cento). Ainda, foi fixado o valor anual da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica TFSEE em R$ ) com um efeito médio percebido pelo consumidor de 7,24% (sete vírgula vinte e quatro por cento), R$ 4.222.403,87. 07. Gestão de Pessoas A CEMAR encerrou 2012 com 1.182 colaboradores próprios e mais de 5.000 terceiros. Esta força de trabalho é constituída por colaboradores novos e antigos que vivenciaram todo o processo de mudança de gestão e adaptação à cultura da CEMAR. MERITOCRACIA A Diretoria de Gente e Gestão adota uma política de meritocracia, através do Programa de Remuneração Variável, baseado no alcance de metas para todos os níveis da Companhia. Adicionalmente, como forma de estimular o alcance dos objetivos mais importantes, promovemos Campanhas Motivacionais com premiações aos destaques entre os colaboradores próprios e profissionais terceirizados participantes. CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Na CEMAR, os nossos programas e ações de treinamento e desenvolvimento são orientados para a capacitação de nossos colaboradores nas Competências Organizacionais para que possam viabilizar nossa estratégia. Dessa forma, tanto nossos programas corporativos como aqueles que visam desenvolver competências individuais estão alinhados as nossas metas e objetivos organizacionais. Visando aperfeiçoar seu modelo de educação corporativa desde 2009 realizamos o Programa de Capacitação dos Colaboradores orientado pelos conceitos da Gestão por Competências. Avaliadas as Competências Organizacionais, Comportamentais e Técnicas dos colaboradores, o gestor aponta ações que eliminam gaps de desempenho ou desenvolvem potenciais habilidades dos colaboradores e gestores. São elaborados os Planos de Desenvolvimento Individuais que são utilizados como subsídios para a elaboração da programação anual de treinamento e desenvolvimento. Assim, baseados nestes gaps e na cultura da excelência, tendo como balizador maior o alcance de nossa visão, elaboramos nosso programa anual de treinamento e desenvolvimento. Apresentamos, abaixo, relação de treinamentos realizados em 2012, especificando por tipo: Voltado para capacitação e desenvolvimento de nossos gestores em 2010, lançamos o e, nos anos seguintes demos continuidade nas ações deste programa. O DNA do Líder tem o objetivo de definir de forma estruturada a base para o desenvolvimento da liderança, oferecendo informações úteis para que nossos gestores possam exercer sua função de liderança com agilidade e presteza. O Programa DNA do líder é formado por três grandes cadeias de informação: Cadeia de Políticas Corporativas cujo objetivo é oferecer uma visão ampla das principais Políticas da Companhia e disponibilizar em um mesmo local as informações importantes para o dia a dia do gestor. Cadeia de Processos negócio. que pretende padronizar os processos gerando uniformidade na operação do Cadeia de Desenvolvimento que tem a missão de motivar nossos líderes a internalizarem, aderirem e disseminarem os conceitos e ferramentas do modelo de liderança, composta pelo processo de Gestão por Competências e pela Matriz de Formação do líder, que está dividida em seis pilares que são: Pilar Gente, Gestão, Comunicação, Financeiro, Segurança e Meio Ambiente e Técnico Específico. Cada um destes pilares é composto por um conjunto de treinamentos. Buscando atender cada vez melhor os nossos colaboradores, em 2011 reformamos o nosso Centro de Treinamento, com pintura e plotagem do ambiente através de adesivos relacionados ao tema Educação / Desenvolvimento / Capacitação, dando um ar de modernidade e, ao mesmo tempo, de acolhimento aos nossos colaboradores treinados. Em um fluxo contínuo de aprendizagem, a CEMAR proporcionou ainda a vários grupos de colaboradores programas específicos de formação e desenvolvimento a citar: O programa de MBA CEMAR possibilita aos colaboradores selecionados a oportunidade de se especializarem em suas áreas de atuação e potencializar o desenvolvimento de sua carreira na CEMAR, atendendo-os com incentivo educacional de 60% em cursos de Pós Graduação. Em 2011 tivemos o lançamento da 3ª turma de MBA CEMAR, com a participação de 21 colaboradores contemplados no programa e esta turma concluirá o curso em 2013 quando abriremos uma nova turma. O programa Formação de Eletrotécnicos visa atender os colaboradores com incentivo educacional de 90% do valor da mensalidade em instituições locais. No ano de 2011 lançamos a 2ª turma do programa, ampliando o número de participantes para 76 pessoas, gerando mais desenvolvimento e satisfação para os nossos colaboradores. Assim como no programa MBA, esta turma de Formação de Eletrotécnicos concluirá em 2013 quando abriremos uma nova turma. O Programa Operação EDUCAR possibilita aos colaboradores selecionados a oportunidade de adquirir a certificação como Técnico em Eletrotécnica. Este programa é direcionado para atender a formação dos controladores de operação do sistema elétrico, com incentivo de 90% do valor da mensalidade. Em 2011 tivemos a manutenção da turma de 08 colaboradores contemplados pelo programa. Desde 2007 a Avaliação de Desempenho é utilizada como instrumento de desenvolvimento dos colaboradores. Atualmente, a principal ferramenta para compreender as possibilidades de carreira que cada colaborador possui na CEMAR é no momento da Avaliação por Competências. Neste momento o gestor, além de dar feedback, monta com o colaborador o seu PDI (Plano de Desenvolvimento Individual), possibilitando ao mesmo clara visão de onde precisa se desenvolver para alcançar seus objetivos de carreira, bem como buscar outros conhecimentos através de cursos de formação, objetivando sanar os gaps identificados na avaliação. Visando realizar o alinhamento de todos os colaboradores com o novo formato da Gestão por Competências foi realizado, em 2012, o Workshop de Competências, com objetivo de criar oportunidades para intercambiar conhecimentos, ampliando a visão sobre GESTÃO POR COMPETÊNCIAS na CEMAR, com o intuito de melhorar os resultados no uso dessa ferramenta. Através do workshop, gestores e demais colaboradores puderam desenvolver consciência de suas competências (pontos fortes e a desenvolver), identificar e visualiz disseminar com transparência as políticas de Gestão de Pessoas. Tivemos 186 participações no Workshop, entre gestores e demais colaboradores. Importantes ações também foram realizadas para medir o clima de satisfação dos colaboradores da CEMAR. A principal ferramenta de avaliação dos fatores que afetam o bemestar, a satisfação e a motivação das pessoas na organização é a Pesquisa de Clima, que tem como principal objetivo conhecer a opinião dos colaboradores no que tange às políticas, processos, sistemas de gestão e liderança CEMAR. Desde 2006 a CEMAR realiza a pesquisa de clima interna, e pelo terceiro ano consecutivo adota o mesmo formulário de Pesquisa das Melhores Empresas para Trabalhar da revista Você AS / Exame. Para nos antecipar aos resultados, realizamos anualmente o Diagnóstico de Clima, onde os próprios colaboradores propõem ações para melhoria do clima. Estas ações são validadas pela área de Gente em parceria com o gestor de cada área, além disso, a Diretoria de Gente elabora plano de ação corporativo para atender as demandas dos colaboradores. As ações são implementadas visando melhorar o grau de satisfação dos colaboradores nos itens identificados como de baixo grau de satisfação. A seguir, o histórico da Pesquisa de Clima Interna. Em 2012, continuamos com a pesquisa on line e conseguimos um número recorde de participantes de 91,62% dos colaboradores. Histórico do Resultado das Pesquisas de Clima Pelo segundo ano consecutivo a CEMAR entrou no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar GPTW/Revista Época e pela primeira vez no ranking das Melhores para Trabalhar da Revista Você S/A. OUTRAS FORMAS DE DESENVOLVIMENTO: O Programa (ou benchmarking) tem como principal objetivo identificar as melhores práticas realizadas em outras empresas, com o propósito de aprendizagem e adaptação dos métodos corporativos, compreendendo um processo que deve ser sistematizado para estabelecer comparações entre as práticas de mercado e a Companhia. A metodologia do programa é baseada nos seguintes pilares: Planejamento, Desenvolvimento, Ação e Maturidade. O benchmarking pode ser aplicado em todos os tipos de atividades, projetos, produtos e serviços da Companhia. O intuito do programa é fazer com que todos os envolvidos assumam uma tificar o esforço investido, pois essa busca das melhores práticas é um trabalho intensivo, consumidor de tempo e que requer disciplina. Práticas para Excelên outra empresa, o colaborador deve apresentar para a Diretoria, um relatório cujo modelo deve constar a forma que a CEMAR desenvolve o processo visitado, a forma como a outra empresa realiza o trabalho e de que maneira iremos adaptar as melhorias identificadas à cultura da Companhia. Lançada em 2010, a Biblioteca CEMAR proporciona a todos os colaboradores a possibilidade de adquirir novos conhecimentos e aprimorar o desenvolvimento de suas competências, incentivando a leitura com qualidade e facilidade. O público atendido pela Biblioteca são todos os colaboradores, aprendizes e estagiários da CEMAR. Em 2012, foram feitas ações de desenvolvimento para garantir o envolvimento dos colaboradores com o mundo da leitura. Foi realizada a Semana do Livro na CEMAR, onde foi possível trazer durante a semana os títulos da Biblioteca para a Sede, relacionados às competências da Companhia. Esta ação estimulou que mais de 200 colaboradores fizessem a locação do acervo (entre livros e dvs), ao longo dos meses (outubro, novembro e dezembro/2012). ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS Os programas de talentos da CEMAR estão alinhados ao modelo de gestão de recursos humanos adotado. O Programa Trainee recruta e seleciona, desde 2004, novos talentos para a Companhia. Anualmente, faz-se a seleção no mercado nacional em parceria com consultorias, de jovens talentos, recém-formados, com potencial para exercerem atividades desafiadoras e estratégicas na CEMAR. O programa prevê formação de 09 meses, seguindo as etapas abaixo, até sua lotação definitiva na área: integração, visitas técnicas, rodízio nas áreas, acompanhamento, treinamentos técnicos e comportamentais, e, por último, elaboração de projeto de melhoria, o que lhes proporciona um conhecimento mais holístico da empresa. Dentre os 78 trainees universitários já contratados pela CEMAR, temo uma retenção de 40% e, destes, 52% exercem cargos de gestão (Executivo e Gerente). Três destes ex-trainees foram transferidos para a CELPA ocupando cargos de liderança (Gerente e Executivo). No ano de 2012, o público-alvo do Programa foi graduados de Jan/2009 a Dez/2011 nas formações de Administração, Economia, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Engenharia da Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção. Um grande diferencial no ano de 2012 foi seleção de um trainee através do Recrutamento Interno e já em 2013 esta pessoa saiu da CEMAR para assumir um novo desafio na CELPA como executivo do regulatório. Outro programa que oportuniza a jovens universitários e estudantes de escolas técnicas experiência profissional é o Programa de Estágio. Desde 2004 a CEMAR recebe e prepara estagiários com destacado potencial para ocuparem posições técnicas e/ou de analista, através de um sistema de desenvolvimento e acompanhamento que propicie, de forma estruturada, o amadurecimento profissional, a integração e compreensão da organização. O perfil destes jovens são estudantes de nível superior a dois anos de conclusão do curso, e os cursos podem ser: Administração, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Direito, Comunicação Social, Marketing, Processamento de dados, Ciência da Computação, Análise de Sistemas, Arquitetura, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Biblioteconomia, Serviço Social e Engenharia da Computação. Estudantes de Nível Técnico cursando as disciplinas da escola técnica. E os cursos podem ser: Téc. Eletrotécnica, Téc. Eletromecânica, Téc. Eletroeletrônica, Téc. Eletrônica e Mecatrônica. O resultado de todo esse trabalho em 2011 foi à inscrição de mais de seis mil e quinhentas pessoas no programa em todo o Maranhão. Gerando a contratação de 39 novos Estagiários na empresa com uma retenção de 56% dos captados. Para privilegiar seus talentos o Recrutamento Interno é um dos princípios da CEMAR nos processos de recrutamento e seleção de candidatos. O programa de Recrutamento Interno é oferecido formalmente a todos os colaboradores até o nível de analista, que participam do processo de forma igualitária. Cargos de gestão são tratados através do Mapeamento de Sucessores e recrutamento externo. Para iniciar o processo seletivo na CEMAR, em primeira instância, são valorizados os talentos internos, cujo fluxo passa pela verificação do gestor solicitante da vaga, que verifica se há algum colaborador ou estagiário dentro da sua própria equipe capaz de ocupar a posição. Em caso negativo, a vaga é divulgada em toda a Companhia e feita uma seleção entre os colaboradores que estão no perfil adequado. Em última instância, é aberta externamente. O fluxo do Recrutamento Interno funciona considerando os aspectos a seguir: Divulgação das vagas através de eperfil requerido e, os requisitos a se candidatar. O processo acontece através de sistema disponível na intranet, onde no momento da inscrição de cada colaborador o gestor recebe um e-mail para tomar ciência da inscrição do mesmo na vaga. Toda a seleção é conduzida pela área de Gente, que aplica testes de Português, Raciocínio Lógico, Avaliação Psicológica e Entrevista por Competências. Para finalizar o processo, o gestor da vaga realiza uma entrevista técnica para validar o perfil dos candidatos e assim concluir o processo. Como resultado do Recrutamento Interno em 2012, tivemos um total 69 colaboradores selecionados, possibilitando aos talentos da Companhia mudanças nas suas áreas de atuação, crescimento profissional, oportunidade de encarar novos desafios e satisfação profissional. Nossa política prioriza os talentos internos, sendo que 93% do nosso quadro de Liderança (Diretores, Gerentes, Executivos e Líderes) é constituído de pessoas que foram promovidas internamente. A consolidação da internet como o principal meio de comunicação da atualidade fez com que no ano de 2011, a CEMAR implantasse uma nova ferramenta, o Currículo WEB, visando melhorar ainda mais nosso processo de Recrutamento e Seleção de candidatos. A partir da captação eletrônica de currículos, podemos utilizar a rede como forma de agilizar os processos de recrutamento, não dependendo exclusivamente de currículos impressos ou enviados via e-mail. O Currículo WEB é uma ferramenta que tem como principal objetivo criar um banco de dados com currículos de profissionais interessados em fazer parte do nosso quadro de colaboradores. Com essa ferramenta, poderemos ter acesso rápido ao currículo de diversos profissionais, selecionando candidatos por formação, tempo de experiência, especializações, dentre outros. Tem como público-alvo todas as pessoas que queiram cadastrar seu currículo na empresa. Outro ponto importante a ser mencionado é que o candidato que se cadastrar no Currículo WEB, passará pelo cadastro do seu currículo apenas uma única vez, pois posteriormente, caso seja necessário, só precisará fazer rápidas atualizações. No ano de 2012 tivemos 517 currículos cadastrados na nossa base de dados. nossos talentos. 08. Relatório de Ações Sociais CEMAR Desde 2011, o tema Sustentabilidade começou a ser inserido no processo de gestão da empresa. Priorizamos a transparência com nossos públicos, investimos em ações de transformação social e em projetos inovadores e pioneiros para o Estado. Fortalecemos ainda mais o comitê de responsabilidade social, dando foco e direcionamento às ações. Crescemos significativamente em indicadores de responsabilidade social no setor elétrico, segundo os Indicadores Ethos/ABRADEE e construímos um grande produto em nossa caminhada rumo a uma empresa socialmente responsável: o nosso primeiro relatório de Sustentabilidade com base no padrão Internacional da Global Report Iniciative. Em 2012 a CEMAR adquiriu novo impulso com novos investimentos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e a Cultura e pela parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento Social BNDES. Foram mais de 5 milhões de reais investidos na sociedade maranhense, com mais 200 mil pessoas beneficiadas pelos projetos e programas sociais. Em 2012 a CEMAR realizou ou esteve envolvida nos seguintes programas sociais: Energia Voluntária É o Programa de Voluntariado da CEMAR, que consiste em um conjunto de ações realizadas pela Companhia para incentivar e apoiar o envolvimento dos colaboradores em atividades voluntárias, através da realização de palestras educativas, atividades sociais e lúdicas nas comunidades do Estado. Em 2012 foram mais de 600 horas dedicadas ao trabalho, com 19% dos colaboradores envolvidos. A Companhia incentiva os colaboradores por meio de Campanha Interna de Incentivo, premiando aqueles que mais dedicarem horas ao trabalho voluntário, os colaborador campeão de 2012 doou mais de 90 horas do seu tempo às ações sociais. Outro diferencial das ações voluntárias é a participação em ações sociais como o Ação Global e Cidade Solidária, mutirões de atendimento ao público realizado por instituições locais. Destaque também para o programa Mini empresa do da Associação Junior Achievement, que envolveu 13 colaboradores que participaram durante 6 meses orientando e apoiando alunos do Ensino Médio na introdução ao empreendedorismo. Energia na Comunidade Canal direto de relacionamento com a comunidade, com diversas frentes de atuação, o programa está presente em todo estado, através dos Agentes da Comunidade, oferecendo atendimento de qualidade, promovendo cultura e lazer, realizando atividades culturais e levando informações sobre economia de energia e segurança com energia elétrica. Em 2012 foram 773 ações sociais, tendo impactado diretamente 28.600 pessoas e indiretamente 84.000 pessoas. As ações sociais incluem palestras, programas de visitas, entrevistas em rádios e tv´s, blitz, troca de lâmpadas, carreatas, cadastro tarifa baixa renda, entre outros. Foi por meio do Programa que foi realizado pela primeira vez o Fórum de Liderança Comunitária. O objetivo inicial é criar com lideres comunitários um canal de dialogo direto com os mesmos. Arte com Segurança A Companhia acredita que, para realizar ações educativas para um público adolescente é preciso mergulhar no universo deles. Por isso, a CEMAR desenvolveu o projeto Arte com Segurança, em parceria coma CUFA, ampliando o seu escopo e a quantidade de muros de subestações grafitados. O projeto que tem por objetivo utilizar os espaços públicos para divulgar a arte da grafitagem com uma mensagem informativa e de utilidade para a população, no caso a segurança com a energia elétrica. Realizamos grafitagem nos muros das subestações em Imperatriz, no Muro do Centro de Distrubuição e no muro interno da Subestação do São Franscisco. Programa de Capacitação Profissional O Programa tem como objetivo capacitar pessoas de baixa renda com foco no ingresso do mercado de trabalho. Durante o ano de 2012, foram oferecidos 14 cursos de Capacitação Profissional em parceria com a FIEMA/SENAI. Os cursos foram ofertados para as comunidades por meio do relacionamento dos Agentes de Comunidade com lideranças comunitárias e a Imprensa. Sendo os cursos realizados: Inclusão digital, Eletricistas, Corte e Costura, Classificador de Grãos, Mecânico de Motos e Pedreiros. A CEMAR absorveu para o quadro de leituristas da CEMAR 12 pessoas. No curso, Mecânico de Motos em Bacabal, 70% já trabalha no mercado local e novas contratações serão viabilizadas até Fevereiro de 2013. Projetos Culturais e Esportivos Promover o contato e a prática com o campo cultural, contribuir para a melhoria da qualidade de vida, promover maior acesso à cultura e a prática da cidadania, além de incentivar a prática desportiva como forma de inclusão social, investindo assim a CEMAR dá sua contribuição para a melhoria dos indicadores do nosso Estado. Com o apoio das leis de incentivo a cultura e esporte a CEMAR investiu aproximadamente 5 milhões em projetos de inclusão sociocultural e esportivo. Os projetos apoiados atualmente são caracterizados pela introdução ao esporte para cidadania, escolas de músicas, eventos esportivos e culturais abertos ao grande públicos, representatividade do Maranhão para todo o pais, valorização da cultura local, entre outros. Entre os projetos investidos estão Escola de Futebol Esporte é Cidadania, Judô no Jaracaty, Construção da Quadra Barrigudeira, entre outros. Projetos de Investimento Social Privado com apoio financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Social Uma parceria firmada em 2012 entre a CEMAR e o BNDES, proporcionou um investimento inédito: 1 milhão de reais para construção e reforma de instituições sociais em quatro municípios maranhenses. Dentre os projetos estão: O projeto AMAS (Associação Maranatha de Assistência Social), atende em Imperatriz, cerca de 250 crianças. A Associação funciona desde 2001 e entre as atividades desenvolvidas está o alfabetização de adultos, cursos de artesanato, palestras educativas, projeto sopão, mutirões médicos, jurídicos entre outros. Entre os benefícios, está a construção do campo de futebol gramado, quadra de vôlei de areia, vestiários compra de novo ônibus para os alunos, equipamento esportivos e uniformes. A Associação Carente São Benedito do Bairro de Fátima, inaugurada no dia 18 de janeiro, atende em São Luís, cerca de 300 crianças. É uma instituição sem fins lucrativos que atua como uma Creche-Escola e um espaço de atividades sociais para a comunidade, tendo como missão melhorar a qualidade de vida das pessoas da referida área. Entre os benefícios proporcionados pela CEMAR está a drenagem do sistema de água, construção da quadra de esportes, ampliação do espaço, playground, pintura e mobília adequada. Centro Educacional São Raimundo Nonato que atende cerca de 180 jovens e crianças em Timon, oferecendo atividades esportivas como Badminton, Beach Soccer e atividades educativas. O centro recebeu reforma e construção de quadras, brinquedoteca e playground. Creche Mãe Firmina construção de uma nova crèche para comunidade do Alto Bandeirante em Bacabal, com o terreno doado pela Prefeitura a CEMAR entregou uma escola adequada as crianças e completamente mobiliada. Caravana da Economia A Caravana da Economia faz parte do Programa de Eficiência Energética da CEMAR, regulado pela ANEEL. A Companhia vem trocando geladeiras velhas por geladeiras novas mais eficientes em vários municípios do Maranhão. A CEMAR desde o início do Programa, em 2007, já trocou mais de 30 mil geladeiras em 41 municípios maranhenses. , além de promover ações educativas em vários municípios. Para este programa a CEMAR já disponibilizou aproximadamente R$10 milhões. ECOCEMAR Programa de troca de resíduos recicláveis por bônus na conta de energia. Com isso, a CEMAR além de gerar renda para o pagamento das contas de energia, também incentiva a preservação do meio ambiente por meio da educação e atitude sustentável. Cerca de 2.260 toneladas de resíduos recicláveis foram coletados desde o início do Programa ECOCEMAR até hoje e, aproximadamente R$136.000,00 foram revertidos em bônus para clientes, entre pessoas físicas, instituições de apoio ou filantrópicas. O projeto em São Luis conta com 17 pontos de coleta. Leilão Solidário Todos os anos os brindes recebidos pelos colaboradores no fim de ano, dados por fornecedores, são entregues a Gerencia de Comunicação e Marketing para a realização do Leilão Solidário. O Leilão Solidário 2011 foi feito no período da Páscoa, sendo chamado de Leilão Solidário de Páscoa. Foram 68 brindes leiloados e R$ 5.085 doados para 4 instituições de municípios maranhenses. 9. Desempenho Econômico-Financeiro Receita Líquida Em relação à Receita Líquida, o total registrado no ano foi de R$ 2.348,1 milhões, 22,8% superior à obtida no ano anterior. O crescimento decorre principalmente: a) Do crescimento de volume de energia vendida que, entre 2011 e 2012, cresceu 9,7%; b) Do reajuste tarifário médio percebido pelo consumidor de 1,75%, homologado pelo Reajuste Tarifário Anual ocorrido em agosto de 2012. Custos e Despesas Operacionais No ano de 2012, o total de custos e despesas gerenciáveis e não gerenciáveis, excluindo depreciação e amortização, e desconsiderando o Custo de Construção, foi de R$ 1.833,6 milhões, equivalentes a 78,1% da receita líquida, com aumento de 1,1 p.p. em relação ao percentual verificado em 2011, que era de 77,0%. Custos e Despesas Operacionais Gerenciáveis Em 2012, o total de custos e despesas gerenciáveis da Companhia, representados pelos custos e despesas com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros PMSO, excluindo a PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) e as provisões para contingências, atingiram R$321,3 milhões, com redução de 1,5 p.p. em comparação a 2011, em termos de percentual da receita líquida. Neste ano, PDD e perdas totalizaram R$44,7 milhões, o que representa 1,9% da Receita Bruta (desconsiderando os custos de construção), nível 0,4 p.p. inferior ao observado no ano anterior. Custos e Despesas Operacionais Não Gerenciáveis Da mesma forma, analisando variação anual, observamos um incremento de 30,4% no total de custos e despesas não gerenciáveis (desconsiderando o Custo de Construção), também impactados pelos maiores custos de compra de energia e encargos de uso de rede e conexão. EBITDA Em 2012, o EBITDA atingiu R$533,2 milhões, sendo 10,6% superior aos R$482,2 milhões registrados no ano anterior. A margem EBITDA de 22,7% caiu 2,5 pontos percentuais em relação ao apresentado em 2011. Resultado Financeiro Em 2011, o resultado financeiro líquido foi positivo em R$55,1 milhões, o que representa uma melhora de 218,2% em relação ao registrado no ano anterior. Imposto de Renda e Contribuição Social Na CEMAR, a apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) a pagar é influenciada positivamente pelos seguintes itens: i) incentivo fiscal de redução de 75% do Imposto de Renda decorrente do benefício da ampliação da capacidade instalada, obtido junto à SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) em dezembro/2005, e que em 2007 foi ampliado pelo benefício de modernização de toda a capacidade instalada, válida até 2016; ii) incentivo fiscal relacionado à depreciação acelerada, obtido junto à SUDENE, que permite que os investimentos na ampliação e modernização da rede de distribuição sejam integralmente considerados como despesa dedutível para fins de apuração do Imposto de Renda de forma imediata (válido entre os anos de 2006 a 2013); e, iii) compensação de prejuízos acumulados. Cabe ressaltar que os itens i e ii são aplicáveis apenas ao IRPJ, enquanto que o item iii refere-se tanto ao IRPJ quanto à CSLL. Em 2012, a CEMAR apurou o pagamento de R$31,7 milhões em IRPJ e CSLL, já considerando o uso de créditos e incentivos fiscais, o que representa uma alíquota efetiva no ano de 6,5% sobre o LAIR. Lucro Líquido Em 2012, a CEMAR alcançou Lucro Líquido (LL) de R$384,9 milhões, 55,5% superior ao obtido no ano anterior. O lucro líquido apurado em 2012 equivale a R$2,34 por ação, valor inferior ao R$1,51 registrado no resultado de 2011. Endividamento No fechamento de 2012, o endividamento total consolidado da Companhia, incluindo os encargos, atingiu R$1.611,6 milhões, aumento de 7,8% em relação ao endividamento registrado ao final de 2011. Na nossa visão, as dívidas da CEMAR têm um perfil confortável de vencimentos. 25,9% vencem nos próximos 12 meses e 74,1% vencem após 2014. A dívida líquida, considerando as disponibilidades e os ativos regulatórios líquidos, atingiu o montante de R$1.100,9 milhões em dezembro de 2012, representando 2,0 vezes o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses. 10. Investimentos Investimentos Próprios Em 2012, os investimentos da CEMAR, excluindo os investimentos diretos relacionados ao PLPT, totalizaram R$ 441,2 milhões, direcionados principalmente a manutenção e expansão da rede de distribuição de energia. Investimentos no Programa Luz Para Todos Ao final de 2012, foi alcançada a marca de 320 mil consumidores ligados à rede de distribuição de energia elétrica da CEMAR por meio do Programa Luz Para Todos, o que beneficia diretamente mais de 2,0 milhão de habitantes. O investimento direto no programa, que inclui gastos com materiais, serviços de terceiros e frete de materiais foi de R$ 177,5 milhões, sendo que o investimento acumulado desde o início do programa totaliza R$ 1.413,4 milhões. Relacionamento com auditores externos Em atendimento à instrução CVM 381/03, informamos que a Ernst & Young Terco Auditores Independentes prestou somente serviços de auditoria durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012. Em atendimento ao artigo 25, parágrafo 1º, incisos V e VI, da Instrução CVM nº 480/09, os Diretores da Companhia Srs. Augusto Miranda da Paz Jr., Diretor-Presidente; Eduardo Haiama, Diretor de Relações com Investidores; Humberto Soares Filho, Diretor Administrativo Financeiro; José Jorge Leite Soares, Diretor de Relações Institucionais; Marcos Antônio Souza de Almeida, Diretor Comercial; Carla Ferreira Medrado, Diretora de Gente; Chrysthyan Gonçalves de Almeida, Diretor de Engenharia e Tinn Freire Amado, Diretor de Estratégia e Regulação, declaram que (i) revisaram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2012; e (ii) revisaram, discutiram e concordam, sem quaisquer ressalvas, com as opiniões expressas no parecer emitido em 28 de março de 2012 pela Ernst & Young Terco Auditores Independentes, auditores independentes da Companhia, com relação às demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2012. Diretoria Executiva Nome Cargo Augusto Miranda Paz Jr. Diretor Presidente Eduardo Haiama Diretor de Relações com Investidores Humberto Soares Filho Diretor Administrativo Financeiro José Jorge Leite Soares Diretor de Relações Institucionais Marcos Antônio Souza de Almeida Diretor Comercial Carla Ferreira Medrado Diretora de Gente Chrysthyan Gonçalves de Almeida Diretor de Engenharia Tinn Freire Amado Diretor de Estratégia e Regulação Conselho de Administração Nome Cargo Carlos Augusto Leone Piani Presidente do Conselho Alessandro Monteiro Morgado Horta Conselheiro Ana Marta Horta Veloso Conselheira Eduardo Haiama Conselheiro Firmino Ferreira Sampaio Neto Conselheiro Francisco de Carlos Campos Conselheiro Gilberto Sayão da Silva Conselheiro José Carlos Muniz de Brito Filho Conselheiro Lídce Almeida Silva Conselheira Balanço Social Anual 2012 Empresa: C EM AR (não auditado) 1 - Base de Cálculo Folha de pagamento bruta (FPB) 2 - Indicadores Sociais Internos 2012 Valor (Mil reais) 2011 Valor (Mil reais) Receita líquida (RL) Resultado operacional (RO) 1.416.517 302.426 45.640 Valor (mil) % sobre FPB % s obre RL 1.703.481 399.695 Valor (mil) 49.503 % sobre FPB % sobre RL Alimentação Encargos sociais compulsórios Previdência privada 7.287 18.065 1.994 15,97% 39,58% 4,37% 0,51% 1,28% 0,14% 8.006 19.282 2.261 16,17% 38,95% 4,57% 0,47% 1,13% 0,13% Saúde Segurança e saúde no trabalho Educação Cultura 4.101 506 291 38,83 8,99% 1,11% 0,64% 0,09% 0,29% 0,04% 0,02% 0,00% 5.108 553 0 56,55 10,32% 1,12% 0,00% 0,11% 0,30% 0,03% 0,00% 0,00% 834 99 10.463 1.612 1,83% 0,22% 22,93% 3,53% 0,06% 0,01% 0,74% 0,11% 874 97 15.775 0 1,77% 0,20% 31,87% 0,00% 0,05% 0,01% 0,93% 0,00% Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio-creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total - Indicadores s ociais internos 3 - Indicadores Sociais Externos Educação Cultura Saúde e saneamento Esporte Combate à fome e segurança alimentar Outros Total das contribuições para a sociedade Tributos (excluídos encargos sociais) Total - Indicadores s ociais e xte rnos 4 - Indicadores Ambientais Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa Investimentos em programas e/ou projetos externos Total dos investimentos em m eio ambiente 45.290 99,23% 3,20% Valor (mil) % s obre RO % s obre RL 52.012 105,07% 3,05% Valor (mil) % sobre RO % sobre RL 371 441 0 0 0,12% 0,15% 0,00% 0,00% 0,03% 0,03% 0,00% 0,00% 247,70 3.515,53 142,00 2.007,09 0,06% 0,88% 0,04% 0,50% 0,01% 0,21% 0,01% 0,12% 0 187.536 188.348 0,00% 62,01% 62,28% 0,00% 13,24% 13,30% 0,00 205.544,31 211.456,63 0,00% 51,43% 52,90% 0,00% 12,07% 12,41% 548.030 181,21% 38,69% 736.378 243,49% 51,99% Valor (mil) % s obre RO % s obre RL 35,80 7.570,3 7.606 0,01% 2,50% 2,52% 0,00% 0,53% 0,54% ( X ) não possui metas ( ) cumpre de 51a 75% geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% empresa 5 - Indicadores do Corpo Funcional 614.407 153,72% 36,07% 825.864 206,62% 48,48% Valor (mil) % sobre RO % sobre RL 23.086 8.221 31.307 5,78% 2,06% 7,83% ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% 2011 2012 Nº de empregados(as) ao final do período Nº de admissões durante o período 1.178 113 1.182 126 Nº de empregados(as) terceirizados(as) Nº de estagiários(as) Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.727 44 237 6.271 47 218 343 22,97% 93 4,73% 347 26,00% 95 4,67% 39 2011 33 2012 Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chef ia ocupados por mulheres Nº de negros(as) que trabalham na empresa % de cargos de chef ia ocupados por negros(as) Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 6 - Inform ações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa Número total de acidentes de trabalho 21 Vezes 9 Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa f oram def inidos por: ( ) direção Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho f oram def inidos por: ( ) direção e gerências ( x ) direção e gerências 1,36% 0,48% 1,84% 15 vezes 2 ( ) todos(as) empregado s(as) ( ) to dos(as) ( x ) todos(as) + empregado s(as) C ipa ( ) direção ( ) direção e gerências ( x ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as) ( ) todo s(as) ( x ) todos(as) + empregados(as) Cipa Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: ( x ) não se envo lve ( ) segue as normas da OIT ( ) incentiva e segue a OIT ( x ) não se envolve ( ) segue as norm as da OIT ( ) incentiva e segue a OIT A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( x ) to dos(as) empregado s(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( x ) todos(as) empregados(as) A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( x ) to dos(as) empregado s(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as) ( ) não são considerados ( x ) são sugeridos ( ) são exigidos ( ) não são considerados ( ) são sugeridos ( ) são exigidos ( ) não se envo lve ( ) apóia ( x ) organiza e incentiva ( ) não se envolve ( ) apóia ( ) o rganiza e incentiva na empresa 157687 na empresa 96% no Procon 1.306 no Procon 99,2% na Justiça 15162 na empresa 74.594 na empresa 91% no Pro con 2.114 no Pro con 96% na Justiça 12.760 na Justiça 66,17% Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na Justiça 88 % Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2011: 1.070.861 Em 2012: 1.294.627 Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 61% governo 7% colaboradores(as) 9% acionistas 9% terceiros 14% retido 59% governo 6% colaborado res(as) 5% acio nistas 10% terceiros 21% retido 7 - Outras Inform ações COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO - CEMAR Companhia Aberta – nº 01660-8 CNPJ/MF nº 06.272.793/0001-84 NIRE nº 21300006869 ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO FISCAL REALIZADA EM 22 DE MARÇO DE 2013. 1. DATA, LOCAL E HORA: Em 22 de março de 2013, na filial da Equatorial Energia S.A., localizada na Avenida Borges de Medeiros, nº 633 – Gr. 708 - Leblon, Offices Shopping Leblon, CEP 22.430-041, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, às 15:00 horas. 2. CONVOCAÇÃO Por avisos pessoais através de correio eletrônico. 3. QUÓRUM DE INSTALAÇÃO: Presentes os seguintes membros do Conselho Fiscal da Companhia, a saber: Sérgio Passos Ribeiro, Felipe Sousa Bittencourt, Carlos Eduardo Martins e Silva, Paulo Roberto Miguez Bastos da Silva e Denise da Cunha D'Angelo Palácio; e ainda, como representante da Companhia convidado, o Sr. Humberto Soares Filho, Diretor Administrativo-Financeiro, bem como o representante da Ernest & Young, empresa de auditoria independente, o Sr. Herton Fabrício de Sousa Teles. 4. MESA: Presidente: Felipe Sousa Bittencourt; Secretário: Sérgio Passos Ribeiro. 5. DELIBERAÇÕES: Todas tomadas por unanimidade de votos: (i) Parecer do Conselho Fiscal: O Conselho Fiscal da COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO - CEMAR, no uso de suas atribuições legais, examinou o relatório anual da administração, o Parecer dos Auditores Independentes, a proposta de distribuição dos lucros e as Demonstrações Financeiras, compreendendo o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado, as Notas Explicativas e os Comentários de Desempenho referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. Com base nos exames efetuados, o Conselho Fiscal, por unanimidade, nos termos do artigo 163, incisos II e VII, da Lei 6.404/76, opina favoravelmente à aprovação de referidos documentos pela Assembleia Geral de Acionistas; (ii) conforme previsto na segunda parte do artigo 4º da Instrução CVM nº 371, de 27.06.2002, o Conselho Fiscal examinou e proferiu parecer favorável acerca da revisão do estudo técnico de viabilidade econômico-financeira da manutenção do ativo fiscal diferido (“AFD”) para o período de 2013 a 2022 (anexo I), o qual foi encaminhado para a análise da empresa de auditoria independente conforme artigo Esta página é parte integrante da ata de Reunião do Conselho Fiscal da Companhia Energética do Maranhão – CEMAR, realizada em 22 de março de 2013. Página 1 de 2 5º da mesma instrução normativa; e (iii) a referida revisão do estudo técnico de viabilidade econômico-financeira da manutenção do ADF deve ser apreciada pelo Conselho de Administração da Companhia. 6. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, a Reunião foi suspensa pelo tempo necessário à lavratura da presente ata que, após lida e achada conforme, foi aprovada e assinada. Integrantes da Mesa: _________________________________ Felipe Sousa Bittencourt Presidente ___________________________________ Sérgio Passos Ribeiro Secretário Conselheiros presentes: _________________________________ Sérgio Passos Ribeiro _________________________________ Felipe Sousa Bittencourt _________________________________ Carlos Eduardo Martins e Silva _________________________________ Denise da Cunha D’Angelo Palácio ___________________________________ Paulo Roberto Miguez Bastos da Silva Auditoria Independente: _________________________________ Herton Fabrício de Sousa Teles Representante da Ernest & Young Administradores da Companhia: _____________________________________ Humberto Soares Filho Diretor Administrativo Financeiro Esta página é parte integrante da ata de Reunião do Conselho Fiscal da Companhia Energética do Maranhão – CEMAR, realizada em 22 de março de 2013. Página 2 de 2 Edifício Iguatemi Center Av. Washington Soares, 55, sala 508 Bairro Edson Queiroz, Fortaleza – Ceará, 60811-341, Brasil Tel: (5585) 3392-5600 Fax: (5585) 3392-5659 www.ey.com.br Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Administradores e Acionistas da Companhia Energética do Maranhão - CEMAR São Luis - MA Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia Energética do Maranhão CEMAR (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 1 Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Energética do Maranhão - CEMAR em 31 de dezembro de 2012, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Fortaleza (CE), 28 de março de 2013 ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC - 2SP 015.199/O-6-S-MA Carlos Santos Mota Filho Contador CRC – PE 020.728/O-7-S-MA 2 Companhia Energética do Maranhão - CEMAR Balanços patrimoniais Em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de Reais) Nota Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa Investimentos de curto prazo Contas a receber de clientes Impostos e contribuições a recuperar Tributos sobre o lucro a recuperar Estoques Serviços pedidos Depósitos judiciais Outros créditos a receber Não circulante Contas a receber de clientes Impostos e contribuições a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Depósitos judiciais Ativo financeiro da concessão Outros créditos a receber Investimentos Intangível Total do ativo 5.1 5.2 6 7.1 7.2 16 6 7.1 8 16 10 11 31/12/2012 31/12/2011 59.086 423.551 524.702 37.248 16.767 16.477 42.249 25.677 8.906 1.154.663 234.141 190.322 462.589 37.653 14.607 6.101 29.102 17.943 6.895 999.353 65.870 55.644 11.214 159.970 624.704 7.631 69.980 40.321 75.738 133.319 79.214 8.944 221 1.530.606 2.455.860 221 1.558.250 1.965.987 3.610.523 2.965.340 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 Nota Passivo e patrimônio líquido Circulante Fornecedores Folha de pagamento e provisão de férias Empréstimos e financiamentos Debêntures Taxas regulamentares a pagar Impostos e contribuições a recolher Impostos sobre o lucro a recolher Dividendos Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas Taxa de iluminação publica Pesquisa e desenvolvimento e eficiencia energética Participação nos lucros de empregados Outras contas a pagar Não circulante Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos Debêntures Impostos e contribuições a recolher Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas Pesquisa e desenvolvimento e eficiencia energética Outras contas a pagar Patrimônio líquido Capital social Reservas de capital Reservas de lucros Total do passivo e patrimonio liquido 4 12 31/12/2012 31/12/2011 254.565 8.465 248.610 169.602 5.790 51.014 2.266 76.647 32.384 25.448 20.180 21.421 33.281 949.673 186.188 8.118 214.241 61.590 9.227 51.205 2.880 47.481 35.784 14.534 14.293 16.428 29.010 690.979 13 14 15.1 16 17 910.219 283.210 32.555 183.851 15.575 9.076 1.434.486 928.072 160.380 37.727 146.232 23.305 14.508 1.310.224 18a 18b 18c 618.550 674 607.140 1.226.364 465.531 674 497.932 964.137 3.610.523 2.965.340 13 14 15.1 15.2 19 16 17 20 Companhia Energética do Maranhão - CEMAR Demonstração do resultados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de Reais) Receita operacional líquida Nota 22 31/12/2012 2.348.082 31/12/2011 1.912.105 (1.576.243) (1.250.669) (1.420.942) (672.739) (644.601) (103.602) (1.088.745) (504.517) (495.588) (88.640) (155.301) (23.152) (5.171) (61.701) (63.044) (1.243) (990) (161.924) (24.245) (6.648) (56.448) (75.555) (1.560) 2.532 771.839 661.436 (337.267) (124.803) (89.848) (10.771) (44.665) (23.998) (16.892) (26.290) (312.326) (110.472) (79.824) (3.471) (27.907) (18.533) (14.886) (57.233) 434.572 349.110 55.146 238.601 (183.455) (46.684) 104.392 (151.076) Resultado operacional 489.718 302.426 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 489.718 302.426 (104.771) (54.924) (40.247) (61.967) 61.967 (64.524) (24.119) (47.978) 47.978 (30.805) 384.947 247.502 2,34461 1,50747 164.184 164.184 Custo de energia elétrica e construção 23 Custo da energia elétrica e construção Energia elétrica comprada para revenda Custo de construção Encargo uso do sistema de transmissão e distribuição Custo da operação Pessoal Material Serviços de terceiros Amortização Arrendamentos e aluguéis Outros Lucro operacional bruto Despesas com vendas Despesas administrativas Despesa com pessoal de administradores Provisão para créditos de liquidação duvidosa e perda com créditos incobráveis Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas Amortização Outras despesas operacionais, liquidas 23 23 24 Resultado do serviço Resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras 25 Provisões de impostos sobre lucro Contribuição social Imposto de renda Incentivos fiscais IRPJ e CSLL diferidos 8(c) 8(c) 8(c) 8(c) Lucro líquido do exercício Lucro líquido do exercício básico e diluído por lote de mil ações - R$ Quantidade de ações no final do exercício As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. . 5 26 Companhia Energética do Maranhão - CEMAR Demonstração dos resultados abrangentes Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de Reais) 31/12/2012 Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Resultado abrangente total do exercício Lucro líquido do exercício básico e diluído por lote de mil ações - R$ Quantidade de ações no final do exercício 31/12/2011 384.947 247.502 - - 384.947 247.502 2,3446 1,5075 164.184 164.184 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 Companhia Energética do Maranhão - CEMAR Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de Reais) Reservas de lucros Capital social Saldos em 01 de janeiro de 2011 Opções Outorgadas Benefícios fiscais Legal Capital de Giro 374.346 674 13.930 43.207 - - - - - 331.265 91.185 - 12.375 - Saldo em 31 de dezembro de 2011 465.531 674 26.305 Saldos em 01 de janeiro de 2012 465.531 674 26.305 153.019 - 19.247 - 618.550 674 45.552 Absorção prejuízo acumulado em 2010 Lucro líquido do exercício (Nota 26) Constituição reserva de capital de giro Destinações propostas: Reserva legal (Nota 18c) Reserva de lucros de reforço de capital de giro (Nota 18e) Reserva de incentivos fiscais (Nota 18d) Dividendos a pagar (Nota 19) Dividendos adicionais propostos em 2010 e aprovados em 2011 (Nota 19) Dividendos adicionais propostos (Nota 19) Aumento de capital (Nota 18a) Lucro líquido do exercício (Nota 26) Destinações propostas: Reserva legal (nota 18c) Reserva de lucros de reforço de capital de giro (Nota 18e) Reserva de incentivos fiscais (Nota 18d) Dividendos a pagar (Nota 19) Dividendos adicionais propostos em 2011 e aprovados em 2012 (Nota 19) Dividendos adicionais propostos (Nota 19) Aumento de capital (Nota 18a) Saldo em 31 de dezembro de 2012 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 47.978 (91.185) Lucros a realizar Dividendo adicional proposto Especial 123.694 252.513 (44.942) (78.752) (252.513) Lucros (prejuízos) acumulados 144.630 - Total (44.942) 908.052 44.942 247.502 - 247.502 - (12.375) (93.575) (47.978) (46.787) (46.787) - 93.575 - - - (144.630) 46.787 - - 424.840 - - 46.787 - (46.787) (144.630) 964.137 - 424.840 - - 46.787 - 964.137 227.631 (91.052) - - (46.787) 169 - 561.419 - - 61.967 (61.967) - 169 384.947 (19.247) (227.631) (61.967) (75.933) (169) - 384.947 (75.933) (46.787) 1.226.364 Companhia Energética do Maranhão - CEMAR Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de Reais) 31/12/2012 31/12/2011 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro líquido do exercício 384.947 247.502 79.936 122.479 (104.386) 8.059 33.114 44.665 (22.114) 64.524 40.435 651.659 90.441 114.512 13.005 23.427 27.907 (13.712) 30.805 24.119 558.006 (102.668) (10.376) (14.918) (2.160) (13.147) (224.686) (697) (34.386) (403.038) (80.124) (592) 4.133 39.038 41.424 26.233 (29.291) (1.269) (38.752) (39.200) 68.377 (5.363) (8.130) 11.261 1.105 (3.437) (1.843) 4.993 (105.568) (32.919) (1.162) (72.686) 17.930 (30.318) (57.546) 2.106 1.736 3.793 (6.403) (366) (93.183) (13.085) 17.330 (158.006) 175.935 360.800 (276.769) (291.996) (211.115) (487.884) (151.172) (25.439) (468.607) Atividades de financiamento Captação de empréstimos e financiamentos Amortização de empréstimos e financiamentos Amortização FASCEMAR Debêntures Amortização de debêntures Dividendos pagos Fluxo de caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento 197.887 (194.049) 280.070 (53.460) (93.554) 136.894 285.121 (122.528) (24.071) (53.460) (199.950) (114.888) Redução no caixa e equivalentes de caixa (175.055) (222.695) Demonstração do aumento (redução) no caixa e equivalentes a caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício Redução no caixa e equivalentes de caixa 234.141 59.086 (175.055) 456.836 234.141 (222.695) Despesas (receitas) que não afetam o caixa Amortização Despesas de juros Atualização financeira do ativo financeiro Perda na venda de intangível / Imobilizado Provisão (reversão) para processos cíveis, fiscais e trabalhistas Provisão (reversão) para crédito de liquidação duvidosa e perda com créditos incobráveis Rendimentos de aplicações financeiras Imposto de renda e contribuição social diferidos Imposto de renda e contribuição social correntes Variações nas contas do ativo circulante e não circulante Contas a receber de clientes Estoques Impostos e contribuições a recuperar Impostos sobre o lucro a recuperar Impostos e contribuições diferidos Serviços pedidos e outros Ativo financeiro de concessão Outros créditos a receber Depósitos judiciais Variações nas contas do passivo circulante e não circulante Fornecedores Impostos e contribuições a recolher Tributos sobre o lucro Obrigações estimadas, folhas de pagamento e TIP Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas Taxas regulamentares Pesquisa e desenvolvimento e eficiencia energetica Participação nos lucros Juros pagos Imposto de renda e contribuição social pagos Outras contas a pagar Fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais Atividades de investimentos Aquisições no ativo intangível Obrigações vinculadas líquidas Aplicação em fundo de investimentos Resgates/Aplicações financeiras Fluxo de caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8 Companhia Energética do Maranhão - CEMAR Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de Reais) 31/12/2012 Receitas Vendas de produtos e serviços Outras despesas/receitas operacionais Provisão para créditos de liquidação duvidosa e perda com créditos incobráveis Outras despesas / receitas não recorrentes Provisão (reversão) de processos cíveis, fiscais e trabalhistas Insumos adquiridos de terceiros (inclui ICMS e IPI) Custos dos produtos e dos serviços vendidos Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Despesas comerciais e outras 31/12/2011 2.391.169 (7.622) (44.665) (18.668) (23.998) 2.296.216 2.012.124 (14.618) (27.907) (42.616) (18.533) 1.908.450 (776.341) (225.604) (3.974) (1.005.919) (593.157) (196.673) (4.151) (793.981) Valor adicionado (aplicado) bruto 1.290.297 1.114.469 Amortização Valor adicionado líquido gerado (aplicado) pela Companhia (79.936) 1.210.361 (90.441) 1.024.028 109.195 104.386 (39.293) 174.288 104.262 (57.428) 46.834 Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras Atualização VNR Outras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado Empregados Remuneração direta Benefícios FGTS Outros Tributos Federais Estaduais Municipais Remuneração de capitais de terceiros Juros Aluguéis Remuneração de capitais próprios Lucros retidos do exercício Valor adicionado 1.384.649 75.880 16.587 4.954 (13.622) 83.799 65.856 14.685 4.841 (9.395) 75.987 427.817 363.421 1.220 792.458 336.673 311.971 1.327 649.971 119.141 4.304 123.445 75.933 309.014 384.947 93.517 3.885 97.402 93.574 153.928 247.502 1.384.649 1.070.862 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 9 1.070.862 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1 Informações sobre a Companhia A Companhia Energética do Maranhão - CEMAR (“Companhia”), empresa de economia privada de capital aberto, com sede em São Luís, no Estado do Maranhão, controlada pela Equatorial Energia S.A., é a concessionária do serviço público de distribuição de energia elétrica, e atividades associadas ao serviço de energia elétrica naquele Estado, podendo prestar serviços técnicos de sua especialidade, sendo tais atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. A Companhia possui suas ações negociadas unicamente no Mercado de Balcão Organizado da BM&FBovespa. 2 Contrato de concessão de distribuição de energia elétrica A Companhia detém a concessão para a distribuição de energia elétrica em 217 municípios do estado do Maranhão, abrangendo uma área de concessão de 333 mil Km², regulada pelo Contrato de Concessão nº 060 de 28 de agosto de 2000 celebrado entre a ANEEL, a CEMAR e o acionista controlador, o qual permanece com o seu termo de vigência em agosto de 2030, podendo ser prorrogado por mais um período de 30 anos. 3 Políticas contábeis As demonstrações financeiras foram elaboradas com base em diversas bases de avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo intangível e de sua recuperabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. Os instrumentos financeiros ativos e passivos estão registrados pelos seus valores justos ao resultado financeiro do exercício. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos anualmente. 10 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, que estão em conformidade com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração em 22 de março de 2013. a. Transações em moeda estrangeira As demonstrações financeiras são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia. As transações em moeda estrangeira são contabilizadas utilizando-se a taxa de câmbio vigente na data da respectiva transação. Os ativos e passivos denominados em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de câmbio na data do balanço patrimonial. As variações cambiais são reconhecidas na demonstração do resultado quando incorridas. b. Reconhecimento de receita O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil da competência do período. Prestação de serviços As receitas de todos os serviços prestados são reconhecidas quando auferidas. O faturamento de energia elétrica para todos os consumidores é efetuado mensalmente de acordo com o calendário de leitura. A receita não faturada, correspondente ao período decorrido entre a data da última leitura e o encerramento do mês, é estimada e reconhecida como receita no mês em que a energia foi consumida. Receita de juros Para todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos financeiros que rendem juros, classificados como disponíveis para venda, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva. A receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado. 11 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação b. Reconhecimento de receita--Continuação Receita de construção A ICPC 01 estabelece que a concessionária de energia elétrica deve registrar e mensurar a receita dos serviços que presta de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 17 – Contratos de Construção (serviços de construção ou melhoria) e CPC 30 – Receitas (serviços de operação – fornecimento de energia elétrica), mesmo quando regidos por um único contrato de concessão. A Companhia contabiliza receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica. A margem de construção adotada é estabelecida como sendo igual a zero, considerando que: (i) a atividade fim da Companhia é a distribuição de energia elétrica; (ii) toda receita de construção está relacionada com a construção de infraestrutura para o alcance da sua atividade fim, ou seja, a distribuição de energia elétrica; e (iii) a Companhia terceiriza a construção da infraestrutura com partes não relacionada. Mensalmente, a totalidade das adições efetuadas ao ativo intangível em curso é transferida para o resultado, como custo de construção, após dedução dos recursos provenientes do ingresso de obrigações especiais. c. Impostos Imposto de renda e contribuição social – correntes Ativos e passivos tributários correntes do último exercício e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a pagar para as autoridades fiscais. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante são aqueles que estão em vigor ou substancialmente em vigor na data do balanço. 12 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação c. Impostos--Continuação Impostos diferidos Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias, exceto: · quando o imposto diferido passivo surge do reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transação que não for uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e · sobre as diferenças temporárias tributárias relacionadas com investimentos em controladas, onde o período da reversão das diferenças temporárias pode ser controlado e é provável que as diferenças temporárias não sejam revertidas no futuro próximo. Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados, exceto: · quando o imposto diferido ativo relacionado com a diferença temporária dedutível é gerado no reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que não é uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e · sobre as diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas, impostos diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que for provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro próximo e o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias possam ser utilizadas. O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Impostos diferidos ativos baixados são revisados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se tornam prováveis que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados. 13 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação c. Impostos--Continuação Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados à taxa de imposto que são esperadas a serem aplicáveis no ano em que o ativo será realizado ou o passivo liquidado, baseado nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço. Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeita à mesma autoridade tributária. Imposto sobre vendas Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas, exceto: · quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não for recuperável junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso; e · valores a receber e a pagar apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas. O valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial. d. Subvenções governamentais Subvenções governamentais são reconhecidas quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido e que todas as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando o benefício se refere a um item de despesa, é reconhecido como receita ao longo do período do benefício, de forma sistemática em relação aos custos cujo benefício objetiva compensar. Quando o benefício se referir a um ativo, é reconhecido como receita diferida e lançado no resultado em valores iguais ao longo da vida útil esperada do correspondente ativo. Quando a Companhia receber benefícios não monetários, o bem e o benefício são registrados pelo valor nominal e refletidos na demonstração do resultado ao longo da vida útil esperada do bem, em prestações anuais iguais. 14 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação e. Instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data em que a Companhia se torna parte das disposições contratuais de um instrumento financeiro. Quando reconhecidos, são inicialmente registrados ao seu valor justo acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão, exceto no caso de ativos e passivos financeiros classificados na categoria ao valor justo por meio do resultado, onde tais custos são diretamente lançados no resultado do exercício. Sua mensuração subsequente ocorre a cada data de balanço de acordo com as regras estabelecidas para cada tipo de classificação de ativos e passivos financeiros em: (i) ativos e passivos financeiros mensurado ao valor justo por meio do resultado, (ii) mantido até o vencimento, (iii) empréstimos e recebíveis dedutíveis disponível para venda. Os principais ativos financeiros reconhecidos pela Companhia são: caixa e equivalentes de caixa, investimentos de curto prazo, contas a receber de clientes (consumidores), ativo financeiro da concessão, depósitos judiciais e outras contas a receber. Os principais passivos financeiros reconhecidos pela Companhia são: fornecedores, debêntures, empréstimos e financiamentos. f. Ajuste a valor presente de ativos e passivos Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa da Administração, a Companhia concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto, exceto pelos contas a receber de parcelamentos no ativo não circulante, conforme nota 6. 15 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação g. Caixa e equivalentes de caixa Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins. A Companhia e suas controladas consideram equivalentes de caixa, uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação. h. Contas a receber de clientes Inclui os valores faturados aos consumidores finais, ajustados ao valor presente, quando aplicável, a receita referente à energia consumida e não faturada, uso da rede, serviços prestados, acréscimos moratórios e outros créditos, até o encerramento do período, contabilizados com base no regime de competência (nota 6). Provisão para créditos de liquidação duvidosa É constituída em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas na realização do seu contas a receber (nota 6a). i. Estoques Os materiais em estoque, classificados no ativo circulante, estão registrados ao custo médio de aquisição, ajustado por provisão para perdas, quando necessário, e não excedem o valor de mercado. Já os materiais em estoque destinados aos investimentos estão classificados no ativo intangível e valorizados pelo custo médio de aquisição líquidos do ICMS. 16 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação j. Ativo Indenizável (Concessão) O Contrato de Concessão de Serviços Públicos de Energia Elétrica nº 60, de 28 de agosto de 2000 e aditivos posteriores, celebrados entre a União (poder Concedente – Outorgante) e a Companhia (Concessionária – Operador) regulamentam a exploração dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica pela Companhia, onde: ü O contrato estabelece quais os serviços que o operador deve prestar e para quem (classe de consumidores) os serviços devem ser prestados; ü O contrato estabelece padrões de desempenho para prestação de serviço público, com relação à manutenção e à melhoria da qualidade no atendimento aos consumidores, e o operador tem como obrigação, na entrega da concessão, devolver a infraestrutura nas mesmas condições em que a recebeu na assinatura desses contratos. Para cumprir com essas obrigações, são realizados investimentos constantes durante todo o prazo da concessão. Portanto, os bens vinculados à concessão podem ser repostos, algumas vezes, até o final da concessão; ü Ao final da concessão os ativos vinculados à infraestrutura devem ser revertidos ao poder concedente mediante pagamento de uma indenização; e ü O preço é regulado através de mecanismo de tarifa estabelecido nos contratos de concessão com base em fórmula paramétrica (Parcelas A e B), bem como são definidas as modalidades de revisão tarifária, que deve ser suficiente para cobrir os custos, a amortização dos investimentos e a remuneração pelo capital investido. 17 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação j. Ativo Indenizável (Concessão)--Continuação Com base nas características estabelecidas no contrato de concessão de distribuição de energia elétrica da Companhia, a Administração entende que estão atendidas as condições para a aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 – Contratos de Concessão, a qual fornece orientações sobre a contabilização de concessões de serviços públicos a operadores privados, de forma a refletir o negócio de distribuição elétrica, abrangendo: 1. Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados até o final da concessão apurados com base no Valor novo de reposição (“VNR”) classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder concedente; e 2. Parcela remanescente do ativo financeiro (valor residual) apurada de acordo com o Valor novo de reposição (“VNR”) classificada como um ativo intangível em virtude da sua recuperação estar condicionada à utilização do serviço público, através do consumo de energia pelos consumidores, nota 11. A infraestrutura recebida ou construída da atividade de distribuição que estava originalmente representada pelo ativo imobilizado e intangível da Companhia é recuperada através de dois fluxos de caixa, a saber: (i) parte através do consumo de energia efetuado pelos consumidores (emissão do faturamento mensal da medição de energia consumida/vendida) durante o prazo da concessão; e (ii) parte como indenização dos bens reversíveis no final do prazo da concessão, esta a ser recebida diretamente do Poder Concedente ou para quem ele delegar essa tarefa. Essa indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. De acordo com a Lei 12.783/2013, o cálculo do valor dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados, para fins de indenização, deve utilizar como base a metodologia de valor novo de reposição, conforme critérios estabelecidos em regulamento do poder concedente. Tal normativo só produz efeitos no exercício de 2012, não afetando o resultado de anos anteriores. 18 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação j. Ativo Indenizável (Concessão)--Continuação A Companhia reconhece um ativo financeiro resultante de um contrato de concessão quando tem um direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro equivalente do poder concedente pelos serviços de construção ou melhoria, prestados. Tais ativos financeiros são mensurados pelo seu valor justo quando do reconhecimento inicial, e após o reconhecimento inicial estes ativos financeiros são mensurados pelo seu custo amortizado. Caso a Companhia seja ressarcida pelos serviços de construção parcialmente através de um ativo financeiro e parcialmente por um ativo intangível, então cada componente da remuneração recebida ou a receber é registrado individualmente e é reconhecido inicialmente pelo valor justo da remuneração recebida ou a receber. k. Ativos intangíveis · Contratos de concessão de serviços A Companhia reconhece como um ativo intangível resultante de um contrato de concessão de serviços, quando ela tem um direito de cobrar pelo uso da infraestrutura de tal concessão. Um ativo intangível recebido como remuneração pela prestação de serviços de construção ou melhorias em um contrato de concessão de serviços é mensurado pelo valor justo mediante o seu reconhecimento inicial. Após este reconhecimento tal ativo intangível é mensurado pelo seu custo, deduzidos da amortização acumulada e das perdas por redução do seu valor recuperável. · Outros ativos intangíveis Outros ativos intangíveis que são adquiridos pela Companhia e que têm sua vida útil finita são mensurados pelo seu custo, deduzido da amortização acumulada e das perdas por redução acumulada do seu valor recuperável. 19 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação k. Ativos intangíveis · Amortização A amortização é calculada sobre o custo de aquisição do ativo, ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual apurado. A amortização é reconhecida no resultado com base no método linear com relação à vida útil estimada dos ativos intangíveis, que não ágio, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso. Este método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo. A vida útil de um ativo intangível, em um contrato de concessão de serviço, é o período a partir do qual a Companhia tem a capacidade de cobrar do público pelo uso da infraestrutura até o final do período da concessão. Os métodos de amortização, vidas úteis e valores residuais são revistos caso haja alterações deliberadas pelo órgão regulador. l. Distribuição de dividendos A política de reconhecimento contábil de dividendos está em consonância com as normas previstas no CPC 25 e ICPC 08, as quais determinam que os dividendos propostos a serem pagos e que estejam fundamentados em obrigações estatutárias, devem ser registrados no passivo circulante. O estatuto social da Companhia estabelece que, no mínimo, 25% do lucro líquido anual sejam distribuídos a título de dividendos. Adicionalmente, de acordo com o estatuto social, compete ao Conselho de Administração deliberar sobre o pagamento de juros sobre o capital próprio e de dividendos intermediários. Desse modo, no encerramento do exercício social e após as devidas destinações legais a Companhia registra um passivo equivalente ao dividendo mínimo obrigatório ainda não distribuído no curso do exercício, ao passo que registra os dividendos propostos excedentes ao mínimo obrigatório como “Proposta de distribuição de dividendo adicional” no patrimônio líquido. Dividendo adicional ao mínimo obrigatório por lei, contido em proposta da administração efetuada antes da data do balanço patrimonial deve ser mantido no patrimônio líquido em conta específica chamada de “dividendo adicional proposto”. Caso a proposição seja realizada após a data do balanço e antes da data de emissão das demonstrações financeiras, tal fato deve ser mencionado no tópico de eventos subsequentes. 20 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação m.Benefícios a empregados · Planos de contribuição definida Um plano de contribuição definida é um plano de benefícios pós-emprego sob o qual uma entidade paga contribuições fixas para uma entidade separada (Fundo de previdência) e não terá nenhuma obrigação legal ou construtiva de pagar valores adicionais. As obrigações decorrentes das contribuições ao planos de pensão de contribuição definida são reconhecidas como despesas de benefícios aos empregados durante o período no qual os serviços são prestados pelos empregados. Contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um ativo mediante a condição de que haja o ressarcimento de caixa, ou que esteja disponível a redução em futuros pagamentos. As contribuições para um plano de contribuição definida cujo vencimento é esperado para 12 meses após o final do período no qual o empregado presta o serviço são descontadas ao seu valor presente. · Planos de benefício definido Um plano de benefício definido é um plano de benefício pós-emprego que não o plano de contribuição definida. A obrigação líquida da Companhia quanto aos planos de pensão de benefício definido é calculada individualmente para cada plano através da estimativa do valor do benefício futuro que os empregados auferiram como retorno pelos serviços prestados no período atual e em períodos anteriores; aquele benefício é descontado ao seu valor presente. Quaisquer custos de serviços passados não reconhecidos e os valores justos de quaisquer ativos do plano são deduzidos. A taxa de desconto é o rendimento apresentado na data de apresentação das demonstrações financeiras para os títulos de dívida de primeira linha e cujas datas de vencimento se aproximem das condições das obrigações da Companhia e que sejam denominadas na mesma moeda na qual os benefícios têm expectativa de serem pagos. Ganhos e perdas atuariais são reconhecidos como receita ou despesa quando os ganhos ou perdas atuariais acumulados líquidos não reconhecidos no final do período-base anterior ultrapassem 10% da obrigação por benefícios definidos ou o valor justo dos ativos do plano naquela data, dos dois o maior. Esses ganhos e perdas são reconhecidos ao longo do tempo de serviço médio de trabalho remanescente esperado dos funcionários que participam dos planos. 21 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação n. Benefícios a empregados--Continuação O cálculo é realizado anualmente por um atuário qualificado através do método de crédito unitário projetado. Quando o cálculo resulta em um benefício para a Companhia, o ativo a ser reconhecido é limitado ao total de quaisquer custos de serviços passados não reconhecidos e o valor presente dos benefícios econômicos disponíveis na forma de reembolsos futuros do plano ou redução nas futuras contribuições ao plano. Para calcular o valor presente dos benefícios econômicos, consideração é dada para quaisquer exigências de custeio mínimas que se aplicam a qualquer plano na Companhia. Um benefício econômico está disponível à Companhia se ele for realizável durante a vida do plano, ou na liquidação dos passivos do plano. Quando os benefícios de um plano são incrementados, a porção do benefício aumentado relacionada ao serviço passado dos empregados é reconhecida no resultado pelo método linear ao longo do período médio até que os benefícios se tornem direito adquirido. Na condição em que os benefícios se tornem direito adquirido imediatamente, a despesa é reconhecida imediatamente no resultado. o. Provisões Geral Provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando a Companhia espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, em todo ou em parte, por exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente certo. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso. 22 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação o. Provisões Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas A Companhia é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. p. Resultado por ação O resultado por ação básico é calculado por meio do resultado do exercício atribuível aos acionistas controladores e a média ponderada das ações ordinárias e preferenciais em circulação no respectivo exercício. O resultado por ação diluído é calculado por meio da referida média das ações em circulação, ajustada pelos instrumentos potencialmente conversíveis em ações, com efeito diluidor, nos períodos apresentados. 23 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação q. Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes. O seguinte critério é também aplicado para avaliar perda por redução ao valor recuperável de ativos específicos: Ativos intangíveis Ativos intangíveis com vida útil indefinida são testados em relação à perda por redução ao valor recuperável anualmente em 31 de dezembro, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa, conforme o caso ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil. r. Custos de empréstimos Custos de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de um ativo que necessariamente requer um período de tempo substancial para ser concluído para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo do correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados em despesa no período em que são incorridos. Os custos de empréstimo compreendem juros e outros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo. 24 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação s. Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2012 As políticas contábeis adotadas em 2012 são consistentes com as adotadas nas demonstrações financeiras do ano anterior, exceto pelas seguintes revisões ao IFRS em vigor a partir de 1º de janeiro de 2012: · IAS 12 Impostos de Renda (Revisão) – Impostos Diferidos – Recuperação de Ativos Subjacentes - a revisão esclarece a determinação de cálculo de impostos diferidos sobre propriedade para investimento mensurados a valor justo. Introduz a presunção refutável de que o imposto diferido sobre as propriedades de investimento mensurado pelo modelo de valor justo no IAS 40 (CPC 31) deve ser definido com base no fato de que seu valor contábil será recuperado por meio da venda. Adicionalmente, introduz a exigência de que o imposto diferido sobre ativos não sujeitos à depreciação que são mensurados usando o modelo de reavaliação da IAS 16 (CPC 27) sempre sejam mensurados com base na venda do ativo. Esta revisão vigente para os períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2012. Esta revisão não gerou um impacto sobre a posição financeira, desempenho ou divulgações da Companhia. · IFRS 1 Adoção Inicial das IFRS (Revisão) - Hiperinflação e Remoção de Datas Fixas para Primeira Adoção (Revisão) - o IASB forneceu orientações sobre como uma entidade deve retomar a apresentação de demonstrações financeiras com base nas IFRS quando sua moeda funcional deixa de estar sujeita à hiperinflação. A revisão vigente para períodos anuais iniciados em ou após 1º de julho de 2011. Esta revisão não gerou nenhum impacto sobre a Companhia. · IFRS 7 Instrumentos financeiros - Divulgação — Exigências Maiores para Divulgação de desreconhecimentos - a revisão exige divulgação adicional sobre ativos financeiros que foram transferidos mas não desreconhecidos para permitir que o usuário das demonstrações financeiras da Companhia entenda a relação entre os ativos que não foram desreconhecidos e os passivos correspondentes. Adicionalmente, a revisão exige a divulgação sobre o envolvimento contínuo da entidade com os ativos desreconhecidos, para permitir que os usuários avaliem a natureza do envolvimento e os riscos relacionados. A norma revisada vigente para períodos anuais iniciados em ou após 1º de julho de 2011. não gerou impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. 25 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação t. Pronunciamentos do IFRS ainda não em vigor em 31 de dezembro de 2012 Listamos a seguir as normas emitidas que ainda não haviam entrado em vigor até a data de emissão das demonstrações financeiras da Companhia. Esta listagem de normas e interpretações emitidas contempla aquelas que a Companhia de forma razoável espera que produzam impacto nas divulgações, situação financeira ou desempenho mediante sua aplicação em data futura. A Companhia pretende adotar tais normas quando as mesmas entrarem em vigor. · IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras – Apresentação de Itens de Outros Resultados Abrangentes - As revisões do IAS 1 alteraram o agrupamento dos itens apresentados em outros resultados abrangentes. Itens que poderiam ser reclassificados (ou “reciclados”) ao resultado em certo período no futuro (por exemplo, ganhos líquidos em operações de hedge de investimentos líquidos, diferenças de variação cambial na tradução de operações no exterior, movimentos líquidos de hedge de fluxos de caixa ou ganhos na venda de ativos classificados como disponíveis para venda) deveriam ser apresentados separadamente dos itens que nunca serão reclassificados (por exemplo, ganhos ou perdas atuariais em planos de benefício definido). As revisões afetam somente a apresentação e não há impactos na posição financeira ou de desempenho da Companhia. Estas revisões passam a vigorar para exercícios fiscais iniciados em ou a partir de 1º de janeiro de 2012, e serão aplicadas nas demonstrações financeiras da Companhia quando se tornarem efetivas. · IAS 19 Benefícios aos Empregados (Emenda) - O IASB emitiu várias emendas ao IAS 19. Tais emendas englobam desde alterações fundamentais, como a remoção do mecanismo do corredor e o conceito de retornos esperados sobre ativos do plano, até simples esclarecimentos sobre valorizações e desvalorizações e reformulação. A Companhia está atualmente avaliando o impacto completo das emendas restantes. Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou após 1º de janeiro de 2013. · IAS 28 Contabilização de Investimentos em Associadas e Joint Ventures (revisado em 2011) - Como consequência dos recentes IFRS 11 e IFRS 12, o IAS 28 passa a ser IAS 28 Investimentos em Associadas e Joint Ventures, e descreve a aplicação do método patrimonial para investimentos em joint ventures, além do investimento em associadas. Esta emenda entrará em vigor para os períodos anuais iniciando em ou a partir de 1º de janeiro de 2013 e não produzirão efeitos sobre a posição financeira e desempenho ou divulgações da Companhia. 26 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação t. Pronunciamentos do IFRS ainda não em vigor em 31 de dezembro de 2012-Continuação · IAS 32 Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros – Revisões da IAS 32- Estas revisões explicam o significado de “atualmente tem o direito legal de compensação”. As revisões também esclarecem a adoção dos critérios de compensação da IAS 32 para os sistemas de liquidação (como os sistemas de câmaras de liquidação) que aplicam mecanismos brutos de liquidação que não são simultâneos. Estas revisões não deverão ter um impacto sobre a posição financeira, desempenho ou divulgações da Companhia, com vigência para os períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014. · IFRS 1 – Empréstimos do Governo – Revisões da IFRS 1 - estas revisões estabelecem a primeira aplicação das exigências da IAS 20 Contabilização de Subvenção e Assistências Governamentais, prospectivamente a empréstimos governamentais existentes na data de transição para as IFRS. As entidades podem optar por aplicar as exigências da IFRS 9 (ou IAS 39, conforme o caso) e IAS 20 a empréstimos do governo retrospectivamente, se a informação necessária para isso tinha sido obtida no momento da contabilização inicial desse empréstimo. A exceção dispensaria as entidades que estejam adotando a norma pela primeira vez da mensuração retrospectiva de empréstimos do governo com uma taxa de juros inferior à do mercado. A revisão terá vigência para períodos anuais iniciados em ou após 1º de Janeiro de 2013. · IFRS 7 – Divulgações - Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros – Revisões da IFRS 7 - estas revisões exigem que uma entidade divulgue informações sobre os direitos à compensação e acordos relacionados (por exemplo, acordos de garantia). As divulgações fornecem informações úteis aos usuários para avaliar o efeito de acordos de compensação sobre a posição financeira de uma entidade. As novas divulgações são necessárias para todos os instrumentos financeiros reconhecidos que são compensados de acordo com a IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação. As divulgações também se aplicam a instrumentos financeiros reconhecidos que estão sujeitos a um contrato principal de compensação ou acordo semelhante, independentemente de serem ou não compensados de acordo com a IAS 32. A revisão entrará em vigor para os períodos anuais em ou após 1º de janeiro de 2013. 27 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação t. Pronunciamentos do IFRS ainda não em vigor em 31 de dezembro de 2012-Continuação · IFRS 9 Instrumentos Financeiros: Classificação e Mensuração - a norma IFRS 9, conforme emitida, reflete a primeira fase dos trabalhos do IASB referentes à substituição da norma IAS 39 e aplica-se à classificação e mensuração de ativos financeiros e passivos financeiros, tal como definido na IAS 39. A norma inicialmente vigorou para períodos anuais iniciados a partir de 1º de Janeiro de 2013, contudo, a norma Alterações à IFRS9 - Data Efetiva da IFRS 9 e Divulgações para Transição, emitida em dezembro de 2011, alterou a data efetiva obrigatória para 1º de Janeiro de 2015. Em fases posteriores, o IASB abordará a contabilidade de instrumentos de hedge e a redução ao valor recuperável de ativos financeiros. A adoção da primeira fase da IFRS 9 terá efeito sobre a classificação e mensuração de ativos financeiros da Companhia, mas não causará impacto na classificação e mensuração de passivos financeiros. A Companhia quantificará o efeito em conjunto com as outras fases, quando for emitida a norma final, compreendendo todas as fases. · IFRS 11 Empreendimentos Conjuntos O IFRS 11 substitui o IAS 31, Interesses em Empreendimentos Conjuntos e a SIC-13, Entidades Controladas em Conjunto - Contribuições Não Monetárias por Empreendedores - o IFRS 11 elimina a opção de contabilização de entidades controladas em conjunto (ECC) com base na consolidação proporcional. Em vez disso, as ECC que se enquadrarem na definição de empreendimento conjunto (joint venture) deverão ser contabilizadas com base no método da equivalência patrimonial. · IFRS 12 Divulgação de Participações em Outras Entidades - a IFRS 12 inclui todas as divulgações anteriormente incluídas na IAS 27 relacionadas às demonstrações financeiras consolidadas, bem como todas as divulgações que foram previamente incluídas na IAS 31 e IAS 28. Estas divulgações são relacionadas às participações de uma entidade em controladas, empreendimentos conjuntos, associadas e entidades estruturadas. Esta norma terá vigência para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2013. · IFRS 13 Mensuração do Valor Justo - a IFRS 13 estabelece uma única fonte de orientação nas IFRS para todas as mensurações do valor justo. A IFRS 13 não muda a determinação de quando uma entidade é obrigada a utilizar o valor justo, mas fornece orientação sobre como mensurar o valor justo de acordo com as IFRS, quando o valor justo é exigido ou permitido. Esta norma terá vigência para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2013. 28 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 3 Políticas contábeis--Continuação u. Melhorias Anuais – maio 2012 As melhorias apresentadas abaixo não terão impacto sobre a Companhia: IFRS 1 Adoção Inicial das IFRS - esta melhoria explica que uma entidade que deixou de adotar as IFRS no passado e optou por, ou foi obrigada a adotar as IFRS, poderá re-adotar a IFRS 1. Se a IFRS 1 não for re-adotada, a entidade deverá reapresentar retrospectivamente suas demonstrações financeiras como se nunca tivesse deixado de adotar as IFRS. • IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras - esta melhoria esclarece a diferença entre a informação comparativa adicional voluntária e a informação comparativa mínima necessária. Geralmente, a informação comparativa mínima necessária refere-se ao período anterior. • IAS 16 Imobilizado - esta melhoria explica que as principais peças de reposição e equipamentos de prestação de serviços que satisfazem a definição de imobilizado não fazem parte dos estoques. • IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação - esta melhoria esclarece que os impostos de renda decorrentes de distribuições a acionistas são contabilizados em conformidade com a IAS 12 Impostos de Renda. • IAS 34 Demonstrações Financeiras Intermediárias - a revisão apresenta um alinhamento das exigências de divulgação para ativos totais do segmento com os passivos totais do segmento nas demonstrações financeiras intermediárias. Este esclarecimento também garante que as divulgações intermediárias estejam alinhadas com as divulgações anuais. Estas melhorias terão vigência para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2013. 29 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 4 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativos Julgamentos A preparação das demonstrações financeiras da Companhia requer que a administração faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as divulgações de passivos contingentes, na data-base das demonstrações financeiras. Contudo, a incerteza relativa a essas premissas e estimativas poderia levar a resultados que requeiram um ajuste significativo ao valor contábil do ativo ou passivo afetado em períodos futuros. No processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia, a administração fez os seguintes julgamentos que têm efeito mais significativo sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras: Estimativas e Premissas As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, são discutidas a seguir. Perda por Redução ao Valor Recuperável de Ativos não Financeiros Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior entre o valor justo menos custos de venda e o valorem uso. O cálculo do valor justo menos custos de vendas é baseado em informações disponíveis de transações de venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais para descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é baseado no modelo de fluxo de caixa descontado. Os fluxos de caixa derivam do orçamento para os próximos cinco anos e não incluem atividades de reorganização com as quais a Companhia ainda não tenha se comprometido ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de ativos da unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como aos recebimentos de caixa futuros esperados e à taxa de crescimento utilizada para fins de extrapolação. As principais premissas utilizadas para determinar o valor recuperável das diversas unidades geradoras de caixa, incluindo análise de sensibilidade. 30 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 4 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativos Impostos Existem incertezas com relação à interpretação de regulamentos tributários complexos e ao valor e época de resultados tributáveis futuros. Dado o amplo aspecto de relacionamentos de negócios, bem como a natureza de longo prazo e a complexidade dos instrumentos contratuais existentes, diferenças entre os resultados reais e as premissas adotadas, ou futuras mudanças nessas premissas, poderiam exigir ajustes futuros na receita e despesa de impostos já registrada. A Companhia constitui provisões, com base em estimativas cabíveis, para possíveis consequências de auditorias por parte das autoridades fiscais das respectivas jurisdições em que opera. O valor dessas provisões baseia-se em vários fatores, como experiência de auditorias fiscais anteriores e interpretações divergentes dos regulamentos tributários pela entidade tributável e pela autoridade fiscal responsável. Essas diferenças de interpretação podem surgir numa ampla variedade de assuntos, dependendo das condições vigentes no respectivo domicílio da Companhia. Imposto diferido ativo é reconhecido para todos os prejuízos fiscais não utilizados na extensão em que seja provável que haja lucro tributável disponível para permitir a utilização dos referidos prejuízos. Julgamento significativo da administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras. Benefícios de Aposentadoria O custo de planos de aposentadoria com benefícios definidos e de outros benefícios de assistência médica pós-emprego e o valor presente da obrigação de aposentadoria são determinados utilizando métodos de avaliação atuarial. A avaliação atuarial envolve o uso de premissas sobre as taxas de desconto, taxas de retorno de ativos esperadas, aumentos salariais futuros, taxas de mortalidade e aumentos futuros de benefícios de aposentadorias e pensões. A obrigação de benefício definido é altamente sensível a mudanças nessas premissas. Todas as premissas são revisadas a cada data-base. A taxa de mortalidade se baseia em tábuas de mortalidade disponíveis no país. Aumentos futuros de salários e de benefícios de aposentadoria e de pensão se baseiam nas taxas de inflação futuras esperadas para o país. Para mais detalhes sobre as premissas utilizadas, veja Nota 27. 31 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 4 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativos Amortização do intangível de concessão Os ativos intangíveis são amortizados de forma linear pelo prazo correspondente ao direito de cobrar os consumidores pelo uso do ativo da concessão que o gerou (vida útil regulatória dos ativos) ou pelo prazo do contrato de concessão, dos dois o menor. Conforme descrito na nota 3k. Ativo financeiro de concessão O critério de apuração e atualização do ativo financeiro de concessão está descrito na nota 3j. Valor Justo de Instrumentos Financeiros Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros. Provisões para Riscos Tributários, Cíveis e Trabalhistas A Companhia reconhece provisão para causas cíveis, trabalhistas, tributárias e regulatórias. A avaliação da probabilidade de perda incluía avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. Provisão para créditos de liquidação duvidosa O critério referente a análise do risco de crédito para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa estão descritas na nota 6a. 32 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 5 Caixa e equivalentes de caixa e investimentos de curto prazo 5.1 Caixa e equivalentes de caixa 31/12/2012 Caixas e bancos Equivalentes de caixa Total 31/12/2011 11.372 47.714 59.086 24.584 209.557 234.141 Equivalentes de caixa correspondem às operações realizadas junto às instituições financeiras que operam no mercado financeiro nacional e possuem baixo risco de crédito, são remuneradas pela variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) a percentuais em torno de 102,5% e estão disponíveis para utilização nas operações da Companhia, ou seja, são ativos financeiros com liquidez imediata. Estas operações têm vencimentos inferiores a 3 meses da data de contratação e com compromisso de recompra pelo emissor, e são compostas conforme demonstrado abaixo: 31/12/2012 31/12/2011 CDB Debêntures compromissadas 17.533 30.181 70.750 138.807 Total 47.714 209.557 5.2 Investimentos de curto prazo Modalidade 31/12/2012 31/12/2011 423.421 190.187 Outros 130 135 Total 423.551 190.322 Fundos de investimentos Os fundos de investimentos representam operações de baixo risco com instituições financeiras de primeira linha, lastreados em títulos públicos federais, de acordo com a política de investimento da Companhia. 33 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes 31/12/2012 31/12/2011 Circulante Fornecimento faturado 295.575 273.471 Baixa Renda (1) e Viva Luz (2) 36.008 15.825 Fornecimento não faturado 79.337 60.762 143.041 134.094 553.961 484.152 8.206 4.078 128 126 Parcelamento de débitos Comercialização no âmbito do CCEE PERCEE Concessionárias 730 388 5.119 9.310 15.008 10.292 29.191 24.194 Total 583.152 508.346 (-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (58.450) (45.757) Total circulante 524.702 462.589 8.010 8.010 Parcelamento de débitos 60.354 67.036 Parcelamento de débitos - Ajuste a Valor Presente (a) (2.494) (3.648) 2.186 2.220 Total 68.056 73.618 (-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2.186) (3.638) (2.186) (3.638) 65.870 69.980 Serviços prestados Outras Não circulante Comercialização no âmbito do CCEE Cheques em cobrança Total não circulante 34 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes--Continuação Análise por vencimento 31/12/2012 Vencidos Mais de 90 Até 90 dias dias Vincendos Total Total Líquido PCLD PCLD Fornecimento faturado Residencial 71.394 64.428 15.732 151.554 17.711 133.843 Industrial 14.231 3.861 4.807 22.899 1.187 21.712 Comercial, serviços e outras 35.874 12.487 4.433 52.794 2.524 50.270 4.872 3.598 2.863 11.333 478 10.855 126.371 84.374 27.835 238.580 21.900 216.680 11.998 11.133 2.581 25.712 5.861 19.851 Iluminação pública 9.944 2.654 654 107 13.145 Serviço público 9.034 6.041 2.956 291 17.740 30.976 19.828 6.191 6.259 50.736 79.337 - - - 79.337 128 - - - - 4 152.986 24.284 26.125 (2.494) - - Rural Poder público Fornecimento não faturado PERCEE Encargo de capacidade emergencial Parcelamento Parcelamento - ajuste a valor presente(3) Baixa renda (1) 31.529 - - Viva luz (2) 4.479 - - Outros 5.999 5.718 3.287 271.964 30.002 29.416 429.311 134.204 63.442 8.010 - 8.206 730 - - Cheques em cobrança - - 2.186 Serviços prestados a terceiros - - 5.119 8.740 - 15.511 Total 438.051 134.204 78.953 Ativo circulante 372.181 134.204 76.767 65.870 - 2.186 Subtotal - Consumidores Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Concessionárias Ativo não circulante 35 13.252 18.031 56.995 79.337 - 128 4 - 4 203.395 21.475 128 (2.494) 31.529 181.920 - (2.494) - 31.529 4.479 15.004 - 4.479 7.821 7.183 331.382 29.566 301.816 57.725 569.232 197 16.019 - 730 2.186 - 528 4.591 2.911 21.340 60.636 590.572 583.152 58.450 524.702 68.056 2.186 65.870 626.957 16.216 730 2.186 5.119 24.251 651.208 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes--Continuação 31/12/2011 Vencidos Vincendos Mais de 90 dias Até 90 dias Total Total Líquido PCLD PCLD Fornecimento faturado Residencial 64.493 67.753 14.153 146.399 11.210 135.189 Industrial Comercial, serviços e outras 11.940 3.756 5.592 21.288 2.287 19.001 32.505 13.669 4.652 50.826 2.304 48.552 4.402 2.959 2.524 9.885 500 9.385 113.340 88.137 26.921 228.398 16.301 212.097 Poder público 9.781 8.042 2.946 20.769 178 20.591 Iluminação pública 6.155 1.045 791 7.991 367 7.624 Serviço público 7.883 5.387 3.043 16.313 208 16.105 23.819 14.474 6.780 45.073 753 44.320 60.762 - - 60.762 - 60.762 126 - - 126 - 126 - - 3 3 - 3 161.170 18.673 21.287 201.130 22.825 178.305 Parcelamento - ajuste a valor presente (3.648) - - (3.648) - (3.648) Baixa renda 14.072 - - 14.072 - 14.072 Viva luz 1.753 - - 1.753 - 1.753 Outros 1.236 5.669 3.384 10.289 6.571 3.718 235.471 24.342 24.674 284.487 29.396 270.666 372.630 126.953 58.375 557.958 46.450 511.508 8.010 - 4.078 12.088 197 11.891 388 - - 388 - 388 Cheques em cobrança - - 2.220 2.220 2.220 - Serviços prestados a terceiros - - 9.310 9.310 528 8.782 8.398 - 15.608 24.006 2.945 21.061 Total 381.028 126.953 73.983 581.964 49.395 532.569 Ativo circulante 309.630 126.953 71.763 508.346 45.757 462.589 71.398 - 2.220 73.618 3.638 69.980 Rural Fornecimento não faturado PERCEE Encargo de capacidade emergencial Parcelamento Subtotal - Consumidores Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Concessionárias Ativo não circulante 36 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes--Continuação (1) Por meio da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, foram unificados os critérios para concessão da tarifa social de energia elétrica (TSEE) em todo o Brasil, o que garante um desconto nas tarifas de energia elétrica para as famílias de baixa-renda. A mesma Lei, em seu artigo 13, criou mecanismo para compensar a perda de receita das distribuidoras gerada pelo desconto, por meio de uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, na forma de subvenção econômica. Os procedimentos para a homologação da subvenção econômica para os consumidores integrantes da subclasse residencial de baixa renda foram estabelecidos pela Resolução Normativa nº 089, de 25 de outubro de 2004, e suas alterações. A CEMAR apura, mensalmente, os valores de subvenção a serem recebidos, conforme o rito estabelecido por essa Resolução. Em 2010, os critérios de concessão da tarifa social foram aprimorados por meio da Lei nº 12.212, regulamentada pela ANEEL através da REN 414/2010. Ainda em 13 de outubro de 2011, foi publicado o Decreto nº 7.583, que estabeleceu a concessão da CDE para os novos critérios da TSEE estabelecidos na nova lei. (2) Lançado em novembro de 2009 o programa Viva Luz, criado pelo governo do Estado do Maranhão, tem como objetivo beneficiar os consumidores residenciais pertencentes à subclasse residencial baixa renda, que apresentem consumo mensal de até 50 kWh, através da isenção do pagamento de suas contas de luz, via repasse do governo à controlada CEMAR. (3) A Companhia registrou em 31 de dezembro de 2012, R$2.494 a título de Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre parcelamentos (R$3.648 em 31 de dezembro de 2011), sendo R$1.154 a crédito do resultado financeiro utilizando as taxas de juros (1% a.m.) que refletem a natureza desses ativos no que tange o prazo, risco, moeda, condição de recebimento pré-fixada ou pós-fixada. 37 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes--Continuação a. Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31/12/2011 Provisões Reversões Adições (Baixas) 31/12/2012 Fornecimento faturado Residencial 11.210 17.021 (10.520) 17.711 Industrial 2.287 1.830 (2.930) 1.187 Comercial, serviços e outras 2.304 1.085 (865) 2.524 500 288 (310) 478 16.301 20.224 (14.625) 21.900 Poder público 178 9.690 (4.007) 5.861 Iluminação pública 367 181 (441) 107 Serviço público 208 476 (393) 291 753 10.347 (4.841) 6.259 22.825 284 (1.364) 21.745 6.571 5.573 (4.323) 7.821 29.396 5.857 (5.687) 29.566 46.450 36.428 (25.153) 57.725 197 - - 197 2.220 - (34) 2.186 528 - - 528 2.945 - (34) 2.911 Total 49.395 36.428 (25.187) 60.636 Ativo circulante 45.757 36.428 (23.735) 58.450 3.638 - (1.452) 2.186 Rural Parcelamento Outros Subtotal - Consumidores Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE Cheques em cobrança Serviços prestados a terceiros Ativo não circulante 38 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes--Continuação a. Provisão para créditos de liquidação duvidosa--Continuação 31/12/2010 Provisões Reversões Adições (Baixas) 31/12/2011 Fornecimento faturado Residencial Industrial Comercial, serviços e outras Rural 18.472 670 2.422 397 21.961 Poder público Iluminação pública Serviço público 271 68 387 726 Parcelamento Outros 12.597 8.207 20.804 Subtotal – Consumidores Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE Cheques em cobrança Serviços prestados a terceiros 43.491 197 5.253 528 5.978 Total Ativo circulante Ativo não circulante 39 49.469 45.831 3.638 6.730 11.210 (13.992) 2.535 (918) 2.287 1.053 (1.171) 2.304 493 (390) 500 10.811 (16.471) 16.301 882 (975) 178 679 (380) 367 377 (556) 208 1.938 (1.911) 753 17.939 (7.711) 22.825 6.995 (8.631) 6.571 24.934 (16.342) 29.396 37.683 (34.724) 46.450 - - 197 64 (3.097) 2.220 - - 528 64 (3.097) 2.945 37.747 (37.821) 49.395 37.747 (37.821) 45.757 - - 3.638 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 6 Contas a receber de clientes--Continuação a. Provisão para créditos de liquidação duvidosa--Continuação A constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) está de acordo com os critérios definidos segundo a melhor estimativa da Administração e considerando a Instrução Geral nº 6.3.2 do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, a seguir resumidos: Clientes com débitos relevantes Análise individual do saldo a receber dos consumidores, por classe de consumo, considerado de difícil recebimento. Para os demais casos aplicamos a regra abaixo: · Consumidores residenciais - Vencidos há mais de 90 dias; · Consumidores comerciais - Vencidos há mais de 180 dias; e · Consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação pública, serviços públicos e outros - vencidos há mais 360 dias. 7 Impostos a recuperar Os saldos do circulante e não circulante em decorrência das retenções ou antecipações legais estão demonstrados a seguir: 7.1 Impostos e contribuições a recuperar ICMS a recuperar CIAP (a) Outros Total 3. 40 31/12/2012 Circulante Não circulante 36.568 55.062 680 582 37.248 55.644 31/12/2011 Circulante Não circulante 36.609 39.739 1.044 582 37.653 40.321 A Companhia possui créditos de ICMS baseados na Lei Complementar nº 102, de 11 de julho de 2000, segundo a qual vem registrando ICMS a recuperar CIAP decorrente das aquisições de bens classificados no ativo intangível em atendimento ao ICPC 01 – Contratos de concessão. Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 7 Impostos a recuperar--Continuação 7.2 Tributos sobre o lucro a recuperar Circulante 31/12/2012 IRRF sobre aplicação financeira CSLL a restituir IRPJ a restituir IRPJ e CSLL retido na fonte Total 8 31/12/2011 6.358 2.761 4.812 2.836 16.767 7.456 4.158 2.993 14.607 Imposto de renda e contribuição social diferidos A Companhia reconheceu imposto de renda e contribuição social diferidos sobre diferenças temporárias e, imposto de renda sobre prejuízos fiscais considerando as suas projeções de lucro tributável. Os créditos fiscais diferidos sobre prejuízos fiscais não possuem prazo de prescrição e os seus efeitos financeiros ocorrerão no momento da sua realização. O imposto de renda é calculado à alíquota de 25%, considerando o adicional de 10% e a contribuição social foi constituída à alíquota de 9%. Desta forma, os referidos créditos fiscais estão contabilizados no ativo não circulante, considerando a expectativa de sua realização, sendo observado o limite de 30% para compensação anual com lucros tributáveis, conforme determinação do CPC 26. a. Composição dos impostos de renda e contribuição social diferidos IRPJ prejuízos fiscais IRPJ e CSLL diferenças temporárias (*) Total 31/12/2012 171.496 (160.282) 11.214 31/12/2011 171.496 (95.758) 75.738 (*) As diferenças temporárias são decorrentes de provisões para contingências, provisões para crédito de liquidação duvidosa, depreciação acelerada, pesquisa e eficientização energética entre outros. 41 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 8 Imposto de renda e contribuição social diferidos--Continuação a. Composição dos impostos de renda e contribuição social diferidos-Continuação A composição do IRPJ e CSLL sobre diferenças temporárias é apresentada a seguir: 31/12/2012 31/12/2011 Contingências 20.990 17.588 PCLD 25.619 19.656 Tributos com exigibilidade suspensa 51.531 43.021 Ativos/Passivos Regulatórios 18.273 4.724 (40.508) (4.166) (236.558) (187.952) 371 11.371 (160.282) (95.758) Ajustes RTT (Lei 11.638/2008) Depreciação acelerada (a) Outras despesas não dedutíveis i. O benefício da depreciação acelerada aplica-se a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, destinados à incorporação ao ativo intangível de empreendimento aprovado para instalação, ampliação, modernização ou diversificação de atividade em setores da economia considerados prioritários para o desenvolvimento regional, em microrregiões menos desenvolvidas localizadas nas áreas de atuação da Sudene e da Sudam, conforme a tipologia da Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR de que trata o Anexo II ao Decreto nº 6.047, de 22 de fevereiro de 2007. Abaixo segue a movimentação do imposto de renda e contribuição social diferidos: IRPJ e CSLL diferidos em 31/12/2011 Adições temporárias Exclusões 75.738 171.299 (235.823) IRPJ e CSLL diferidos em 31/12/2012 11.214 IRPJ e CSLL diferidos em 31/12/2010 Utilização do prejuízo fiscal 147.967 Adições temporárias Exclusões IRPJ e CSLL diferidos em 31/12/2011 42 (46.021) 103.679 (129.887) 75.738 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 8 Imposto de renda e contribuição social diferidos--Continuação b. Expectativa de recuperação Com base nos estudos técnicos de viabilidade, a Administração estima que a realização dos créditos fiscais possa ser feita até 2020, conforme demonstrado abaixo: Expectativa de Realização Impostos Diferidos 2013 2014 2015 2016 2017 2018 a 2020 Total 19.199 19.842 29.753 30.951 28.290 43.461 171.496 No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a CEMAR não realizou imposto de renda diferido sobre prejuízos fiscais, pois tem optado pela realização dos benefícios de depreciação acelerada até 2013, incentivo tecnológico e benefício SUDENE até 2021. O estudo técnico de viabilidade, que inclui a recuperação dos impostos diferidos,e é revisado anualmente, foi elaborado pela Companhia, examinado pelo Conselho Fiscal e aprovado pelo Conselho de Administração em 22 de março de 2013. 43 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 8 Imposto de renda e contribuição social diferidos--Continuação c. Conciliação da despesa com imposto de renda e contribuição social: A conciliação da despesa calculada pela aplicação das alíquotas fiscais e da despesa do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) debitada em resultado, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, é demonstrada como segue: 31/12/2012 IRPJ Lucro contábil antes do imposto (IRPJ) de renda e da contribuição social (CSLL) Alíquota fiscal Pela alíquota fiscal Adições : Provisão para contingências Provisão para crédito de liquidação Duvidosa Pesquisa e desenvolvimento e eficiência Energética P&D Ativos e passivos regulatórios Ajustes RTT (Lei 11.638/2008) Tributos com exigibilidade suspensa (depósitos judiciais) Outras despesas não dedutíveis Exclusões: Reversões de provisões, reposicionamento tarifário diferido e ativos Regulatório Depreciação acelerada IRPJ e CSLL Incentivo PAT Despesa IRPJ anos anteriores IRPJ e CSLL no resultado do exercício Alíquota efetiva (excluindo IRPJ/CSLL Diferidos) Ativo Fiscal Diferido (+) IRPJ Subvenção Governamental Total Alíquota efetiva com ativo fiscal Diferido 44 31/12/2011 CSLL IRPJ CSLL 489.718 489.718 302.426 302.426 25% 122.430 9% 44.075 25% 75.607 9% 27.218 52.527 17.863 18.917 6.431 45.504 13.543 16.381 4.875 1.712 616 9.400 13.266 4.775 1.861 3.384 680 1.289 464 1.713 617 37.996 13.679 31.633 11.388 1.297 125.950 467 45.349 1.396 105.050 503 37.828 (136.606) (49.177) (113.685) (40.927) (48.606) (185.212) (49.177) (19.559) (133.244) (40.927) 63.168 (1.201) 61.967 40.247 40.247 47.413 (1.093) 1.658 47.978 24.119 24.119 12,65% 8,22% 15,86% 7,98% 60.310 (61.967) 60.310 12,32% 4.214 44.461 9,08% 27.379 (47.978) 27.379 9,05% 3.426 27.545 9,11% Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 8 Imposto de renda e contribuição social diferidos--Continuação c. Conciliação da despesa com imposto de renda e contribuição social:-Continuação (a) Em 14 de maio de 2007, a Agência para o Desenvolvimento do Nordeste ADENE, atual Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste SUDENE, que pertence ao Ministério de Integração Nacional, emitiu o Laudo Constitutivo nº 0061/2007, que outorga à CEMAR ampliação do percentual de redução do imposto de renda de 25% para 75% sob a justificativa de modernização total das suas instalações elétricas, com prazo de vigência de 2007 até o ano de 2016. Em 28 de março de 2012 foi emitido novo Laudo Constitutivo nº 0037/2012, que outorga à CEMAR ampliação do percentual de redução do imposto de renda de 75% sob a justificativa de modernização total das suas instalações elétricas, com prazo de vigência de 2012 até o ano de 2021. A CVM através da deliberação nº 555 aprovou o pronunciamento técnico CPC 07, que trata de subvenções e assistências governamentais, determinando o reconhecimento contábil das subvenções concedidas em forma de redução ou isenção tributária como receita. 45 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 9 Partes relacionadas Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, assim como as transações que influenciaram o resultado do exercício, relativas a operações com partes relacionadas decorrem de transações da Companhia com sua controladora, acionistas e suas partes relacionadas, profissionais-chaves da Administração (presidente e diretores) e outras partes relacionadas, conforme Deliberação CVM n° 560, de 11 de dezembro de 2008, que aprovou o CPC 05 Divulgações sobre Partes Relacionadas estão demonstradas a seguir: 31/12/2012 Empresas Ativo Passivo Resultado / Despesa Ativo Empréstimo - 477.148 39.942 - 468.853 25.167 Dividendos - 25.476 - - 31.394 - Contrato de confissão de dívida - 16.339 2.191 - 20.956 2.922 Previdência Privada - - 2.333 - - 1.983 134 - - 39 - - Ref. Natureza da operação Eletrobrás (a) FASCEMAR (b) Equatorial Energia (c) 31/12/2011 Contrato de compartilhamento Resultado / Despesa Passivo Dividendos - 49.439 - - 60.926 - GERAMAR (d) Compra de energia elétrica - 430 1.488 - - 818 Equatorial Soluções (e) Contrato de compartilhamento 195 690 - - 702 - Celpa (f) Contrato de compartilhamento 274 - - - - - (a) Os valores com a Eletrobrás são referentes aos dividendos a pagar e a contratos de empréstimos. Os contratos de empréstimos com a Eletrobrás são provenientes de linhas de financiamento específicas para o Setor Elétrico e suas condições são igualmente praticadas com outras distribuidoras de energia elétrica do Brasil (nota 13). (b)Os valores com a FASCEMAR são provenientes das contribuições da patrocinadora CEMAR com sua Fundação de Previdência Complementar. As condições do plano de previdência da CEMAR com a FASCEMAR estão descritas na nota 27. (c) Os valores com a Equatorial Energia S.A. (Controladora da CEMAR) são provenientes do contrato de compartilhamento de recursos humanos, administrativos e rateio proporcional das respectivas despesas incorridas; e de dividendos a pagar. 46 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 9 Partes relacionadas--Continuação (d)O valor com Geradora de Energia do Norte S.A. (“GERAMAR”) é proveniente do contrato de compra de energia elétrica CCEAR Nº 5555/2007 - 29413N 29414N, que é pactuado em condições normais de mercado, com vigência até 2024. (e) Os valores com a Equatorial Soluções são provenientes do contrato de compartilhamento de recursos humanos, administrativos e rateio proporcional das respectivas despesas incorridas, com prazo de duração indeterminado. (f) Os valores com a Celpa são provenientes do contrato de compartilhamento de recursos humanos, administrativos e rateio proporcional das respectivas despesas incorridas, com prazo de duração indeterminado. Remuneração de pessoal-chave da Administração A remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e Diretoria foi fixada em até R$10.500, conforme Assembleia Geral Ordinária realizada em 19 de março de 2012. Proporção de cada elemento na remuneração total, referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012: Conselho de Administração Remuneração fixa: Diretoria Remuneração fixa: Remuneração variável: 47 100% 39% 61% Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 9 Partes relacionadas--Continuação Remuneração do Conselho de Administração e Diretoria paga pela Companhia no período: Conselho de Administração Números de membros Remuneração Fixa Anual Salário ou Pró-labore Benefícios diretos e indiretos Remuneração variável Bônus Benefícios pós emprego Valor total da remuneração por órgão 48 Diretoria Estatutária Total 9 8 17 513 2.928 3.441 513 2.818 3.331 - 110 110 - 4.478 4.478 - 4.478 4.478 - 72 72 513 7.478 7.991 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 9 Partes relacionadas--Continuação A Equatorial Energia S.A., controladora da CEMAR, presta garantia como avalista ou fiadora da Companhia sem ônus nos contratos de financiamentos abaixo listados: VALOR DO FINANCIAMENTO 267.300 % DO AVAL INÍCIO TÉRMINO 100 01/03/2007 01/03/2013 776 100 25/03/2010 15/10/2019 776 665 Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME PSI (Convencional) 24.811 100 17/08/2010 15/04/2020 17.262 15.976 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (10/473589-0) 79.663 100 11/03/2008 15/07/2013 79.751 11.773 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (10.2.1736.1) 100.000 100 22/12/2010 15/12/2013 100.000 55.637 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (11.2.0841.1) 193.023 100 11/11/2011 15/11/2021 175.237 152.404 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (12.2.1211.1) 516.488 100 13/12/2012 15/12/2022 149.000 149.108 Banco do Nordeste do Brasil - BNB 136.076 100 23/11/2005 28/02/2017 136.076 60.952 Banco do Nordeste do Brasil - BNB (193.2008.2808.3018) 144.939 100 05/02/2009 05/02/2021 144.939 147.104 Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP 2.637 100 13/06/2006 30/06/2013 2.637 283 Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP 11.519 100 07/11/2011 15/03/2020 7.956 7.970 135.056 50 01/02/2008 15/01/2016 135.056 75.424 1.215.990 841.437 INSTITUIÇÃO 3ª Emissão Pública de Debêntures Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME PSI (Simplificado) InternationalFinance Corporation – IFC Total 49 1.612.288 VALOR LIBERADO 31/12/2012 267.300 164.141 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 10 Ativo financeiro da concessão Refere-se à parcela dos investimentos realizados e não amortizados até o final da concessão classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder concedente decorrente da aplicação das Interpretações Técnicas ICPC 01 – (R1) Contrato de Concessão e ICPC 17 – Contrato de Concessão: Evidenciação e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contrato de concessão. Essa parcela de infraestrutura classificada como ativo financeiro é remunerada por meio do denominado WACC regulatório, que consiste na remuneração do investimento e que é cobrada mensalmente na tarifa dos clientes, veja Nota 22. A indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. 31/12/2012 Custo Em serviço 744.746 31/12/2011 (-) Obrigações Vinculadas à Concessão (120.042) Valor líquido (-) Obrigações Vinculadas à Concessão Custo 624.704 220.994 Valor líquido (141.780) 79.214 A movimentação dos saldos referentes ao ativo financeiro da concessão está assim apresentada: 31/12/2011 Ativo financeiro Obrigações especiais Ativo financeiro 50 Reclassificação (a) 220.994 216.543 (141.780) - 79.214 216.543 VNR (b) Capitalização Baixas 31/12/2012 129.406 (25.020) 177.928 (125) 744.746 46.758 - (120.042) 104.386 224.686 (125) 624.704 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 10 Ativo financeiro da concessão--Continuação A concessão da Companhia não é onerosa, desta forma, não há obrigações financeiras fixas e pagamentos a serem realizados ao Poder Concedente. (a) A Resolução Normativa da ANEEL Nº 474 de 07 de fevereiro de 2012 estabeleceu novas taxas de depreciação para os ativos em serviço outorgado no setor elétrico, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2012, determinando alteração na vida útil-econômica dos bens integrantes da infraestrutura de distribuição. Anteriormente à edição da Resolução ANEEL Nº 474, a vida útil média do conjunto de ativos da Companhia era em torno de 22 anos, variando entre 21 e 24 anos. Com a implementação desta resolução, a vida útil desses ativos passou a se situar entre 25 e 28 anos, com média de 26 anos, o que corresponde ao acréscimo de 4 anos em relação à vida útil econômica média anterior. Considerando esse aumento da vida útil, houve uma diminuição da amortização e o consequente aumento da parcela residual da infraestrutura que a Companhia espera receber como indenização ao final do período da Concessão. Como consequência, houve uma redistribuição da infraestrutura que é classificada no ativo intangível e no ativo financeiro, em decorrência da adoção do IFRIC 12/OCPC 5 – Contratos de Concessão. A Companhia realizou os cálculos para determinar a nova estimativa de valor da indenização dos bens reversíveis no vencimento do prazo da Concessão e do montante atribuível ao ativo intangível. Considerando os aspectos econômicos, regulatórios e o melhor entendimento técnico-contábil, essa remensuração da infraestrutura resultou na reclassificação de R$216.543 da conta de ativo intangível para o ativo financeiro, sem alterar os demais procedimentos contábeis decorrentes da adoção do IFRIC 12/OCPC 5 – Contratos de Concessão. 51 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 10 Ativo financeiro da concessão--Continuação (b) Lei 12.783/2013 Em 11 de setembro de 2012, foi publicada a Medida Provisória 579, que dispõe sobre a prorrogação e licitação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais, sobre a modicidade tarifária, e dá outras providências. Tal medida provisória foi convertida em 11 de janeiro de 2013 na Lei 12.783. De acordo com este normativo legal, o cálculo do valor dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados, para fins de indenização, deve utilizar como base a metodologia de valor novo de reposição, conforme critérios estabelecidos em regulamento do poder concedente. O valor apurado no exercício encerrado em 2012, de acordo com essa metodologia resultou no montante de R$104.386, registrado no resultado financeiro. Adicionalmente a Lei extingue a arrecadação da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) e RGR (Reserva Global de Reversão), além de reduzir a arrecadação de CDE (Conta de desenvolvimento energético) em 75%. No intuito de comtemplar estas reduções nas tarifas de todas as concessionárias, a ANEEL realizou revisões tarifárias extraordinárias em 24 de janeiro de 2013. A antecipação das prorrogações das concessões afetadas pela Lei 12.783/13 e a redução dos encargos setoriais não causará impactos diretos no resultado ou contrato de concessão da CEMAR, uma vez que este tem vigência até 2030. 52 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 11 Intangível O intangível está constituído da seguinte forma: 31/12/2012 Em serviço Taxas anuais médias ponderadas de depreciação (%) 3,77% Em curso Total Taxas anuais médias ponderadas de depreciação (%) Em serviço Em curso Total 4,52% Custo Amortização (-) Obrigações Vinculadas à Concessão Valor líquido 3.212.788 (1.102.329) (965.800) 1.144.659 455.427 - (69.480) 385.947 3.668.215 (1.102.329) (1.035.280) 1.530.606 Custo 31/12/2011 (-) Obrigações Vinculadas à Amortização Concessão Valor líquido 3.141.793 (992.412) (807.132) 1.342.249 325.489 - (109.488) 216.001 3.467.282 (992.412) (916.620) 1.558.250 O valor dos juros capitalizados no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 é de R$7.615 (R$1.560 em 31 de dezembro de 2011). O ativo intangível é composto pelo direito de uso dos bens vinculados ao contrato de serviço de concessão amortizáveis até agosto de 2030, conforme ICPC01. De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, a infraestrutura utilizada na distribuição de energia elétrica é vinculada a esses serviços, não podendo ser retirada, alienada, cedida ou dada em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização da ANEEL. A Resolução nº 20 da ANEEL, de 3 de fevereiro de 1999, regulamenta a desvinculação dos bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo a autorização prévia para desvinculação da infraestrutura inservível à concessão, quando destinada à alienação, determinando que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na própria concessão. 53 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 11 Intangível--Continuação A mutação do ativo intangível está demonstrada abaixo: 31/12/2011 Reclassificação (a) Capitalização de juros Adições Baixas Capitalização 31/12/2012 Em Serviço 3.141.793 (216.543) - (35.034) 322.572 3.212.788 (-) Amortização (992.412) - (137.017) 27.100 - (1.102.329) Total em serviço 2.149.381 (216.543) (137.017) - (7.934) 322.572 2.110.459 325.489 - 622.823 7.615 - (500.500) 455.427 Total 2.474.870 (216.543) 485.806 7.615 (7.934) (177.928) 2.565.886 Obrigações especiais (b) (916.620) (24.162) (47.740) - - (46.758) (1.035.280) 1.558.250 -240.705 438.066 7.615 (7.934) -224.686 1.530.606 Em curso (a) A Resolução Normativa da ANEEL Nº 474 de 07 de fevereiro de 2012 estabeleceu novas taxas de depreciação para os ativos em serviço outorgado no setor elétrico, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2012, determinando alteração na vida útil-econômica dos bens integrantes da infraestrutura de distribuição. Anteriormente à edição da Resolução ANEEL Nº 474, a vida útil média do conjunto de ativos da Companhia era em torno de 22 anos, variando entre 21 e 24 anos. Com a implementação desta resolução, a vida útil desses ativos passou a se situar entre 25 e 28 anos, com média de 26 anos, o que corresponde ao acréscimo de 4 anos em relação à vida útil econômica média anterior. Considerando esse aumento da vida útil, houve uma diminuição da amortização e o consequente aumento da parcela residual da infraestrutura que a Companhia espera receber como indenização ao final do período da Concessão. Como consequência, houve uma redistribuição da infraestrutura que é classificada no ativo intangível e no ativo financeiro, em decorrência da adoção do IFRIC 12/OCPC 5 – Contratos de Concessão. A Companhia realizou os cálculos para determinar a nova estimativa de valor da indenização dos bens reversíveis no vencimento do prazo da Concessão e do montante atribuível ao ativo intangível. Considerando os aspectos econômicos, regulatórios e o melhor entendimento técnico-contábil, essa remensuração da infraestrutura resultou na reclassificação de R$216.543 da conta de ativo intangível para o ativo financeiro, sem alterar os demais procedimentos contábeis decorrentes da adoção do IFRIC 12/OCPC 5 – Contratos de Concessão. 54 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 11 Intangível--Continuação (b) Obrigações Especiais representam substancialmente recursos da União Federal, dos Estados e dos Municípios e pela participação de consumidores, vinculados à realização de investimentos na concessão do serviço público de energia elétrica. a. Intangível em curso O saldo do intangível em curso está constituído da seguinte forma: Obras em andamento Materiais em depósito Adiantamento a fornecedores 31/12/2012 31/12/2011 379.691 73.048 2.688 264.050 55.189 6.250 455.427 325.489 Do valor total dos materiais em depósito, o montante de R$21.591 (R$40.675 em 31 de dezembro de 2011), representa material em depósito para atender as necessidades do Programa Luz para Todos e se refere principalmente a postes, transformadores, cabos, medidores, conversores de potência, dentre outros, para utilização nas obras em andamento. Foi constituída uma provisão para perdas referente aos itens sem movimentação há mais de 180 dias, cujo saldo em 31 de dezembro de 2012é de R$10.815 (R$8.154 em 31 de dezembro de 2011). O saldo do intangível em curso está apresentado líquido dessa provisão. 31/12/2011 Provisão para perdas 55 (8.154) Adições (2.661) 31/12/2012 (10.815) Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 11 Intangível--Continuação b. Amortização A agência reguladora ANEEL é responsável por estabelecer a vida útileconômica estimada de cada bem integrante da infraestrutura de distribuição, para efeitos de determinação da tarifa, bem como para apuração do valor da indenização no vencimento da concessão. Essa estimativa é revisada periodicamente e aceita pelo mercado como uma estimativa adequada para efeitos contábeis e regulatórios e que representa a melhor estimativa de vida útil dos bens. A Administração entende que a amortização do ativo intangível deve respeitar o retorno esperado de cada bem da infraestrutura, via tarifa. Assim sendo, o intangível é amortizado pelo prazo esperado desse retorno, limitada ao prazo de vencimento da concessão. Como resultado da utilização desse critério de amortização, o total do ativo intangível será sempre amortizado de forma não linear. 12 Fornecedores 31/12/2012 31/12/2011 Suprimento e encargos de conexão (a) Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Furnas Elétricas Companhia Energética de São Paulo - CESP Companhia Paranaense de Energia - COPEL Centrais Eletricas do Norte do Brasil - ELETRONORTE Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG Outros Materiais e Serviços Encargos de uso da rede elétrica Ressarcimento aos geradores - Energia Livre 2.789 293 4.636 1.627 1.410 1.420 834 86.486 135.160 19.580 330 2.608 3.963 1.514 1.833 1.321 735 59.134 96.408 18.427 245 Total 254.565 186.188 56 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 12 Fornecedores--Continuação a. Encargo de uso da rede elétrica Em 1999, as concessionárias distribuidoras de energia elétrica assinaram com as 15 empresas transmissoras de energia e com o Operador Nacional do Sistema - ONS, órgão criado para conduzir o planejamento e a operação do sistema elétrico brasileiro, os Contratos de Uso do Sistema de Transmissão CUST, os quais as obrigam a pagar pelo uso dos ativos de transmissão, devido à interligação de todo o sistema brasileiro de transmissão de energia elétrica. 13 Empréstimos e financiamentos 31/12/2012 Circulante Não circulante Custos Principal e de Subtotal encargos Captaçã o (*) Custos de Captação (*) Subtotal 467 - 467 7.926 - 7.926 8.393 467 - 467 7.926 - 7.926 8.393 93.967 - 93.967 383.181 - 383.181 477.148 23.480 35.930 92.309 886 2.300 (267) (269) (191) (2) - 23.213 35.661 92.118 884 2.300 51.945 172.126 276.613 7.367 14.341 (547) (1.027) (1.706) - 51.398 171.099 274.907 7.367 14.341 74.611 206.760 367.025 8.251 16.641 Total 248.872 (729) 248.143 905.573 (3.280) 902.293 1.150.436 Total de empréstimos e financiamentos 249.339 (729) 248.610 913.499 (3.280) 910.219 1.158.829 Principal e encargos MOEDA ESTRANGEIRA Tesouro nacional MOEDA NACIONAL Eletrobrás IFC BNB BNDES FINEP FINAME 57 Total Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13 Empréstimos e financiamentos--Continuação 31/12/2011 Circulante Custos Principal e de Subtotal encargos Captação (*) MOEDA ESTRANGEIRA Tesouro nacional MOEDA NACIONAL Eletrobrás IFC BNB BNDES FINEP FINAME Total de empréstimos e financiamentos Não circulante Custos Principal e de Subtotal encargos Captação (*) 634 - 634 7.631 634 - 634 7.631 61.221 25.914 23.324 101.687 581 1.429 (267) (274) (3) (5) - 61.221 25.647 23.050 101.684 576 1.429 407.632 72.722 205.682 217.866 4.809 13.845 (814)(1.297) (2) (2) 214.156 (549) 213.607 922.556 214.790 (549) 214.241 930.187 Total 7.631 8.265 7.631 8.265 407.632 71.908 204.385 217.864 4.807 13.845 468.853 97.555 227.435 319.548 5.383 15.274 (2.115) 920.441 1.134.048 (2.115) 928.072 1.142.313 - - (*) Em atendimento a Deliberação nº 556, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o CPC 08, a Companhia apropriou os custos referentes à captação dos empréstimos a partir de 2008, no resultado em função de fluência do prazo, com base no método do custo amortizado. Em 31 de dezembro de 2012 a Companhia registrou o montante de R$1.158.829 referente aos empréstimos e financiamentos, sendo R$248.610 de curto prazo e R$910.219 de longo prazo a um custo médio de 8,93%, equivalente a 106,35% CDI. (8,76%, equivalente a 75,56% CDI, em 31 de dezembro de 2011). 58 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13 Empréstimos e financiamentos--Continuação Os empréstimos e financiamentos foram contratados com as condições abaixo descritas: Contrato ECF ‐ 1473/97 Custo Contratual Taxa efetiva a.a. Custo de captação incorrido Saldo Saldo do custo de captação a apropriar Escalonamento do custo de captação a apropriar CP 2014 2015 2016 Após 2017 2017 RGR + 13,56% a.a. 13,60% - 84 - - - - - - - FINEL + 13,97% a.a. 15,61% - 228 - - - - - - - FINEL + 11,52% a.a. 13,11% - 2.676 - - - - - - - FINEL + 13,64% a.a. 15,21% - 462 - - - - - - - FINEL + 11,02% a.a. 12,61% - 377 - - - - - - - FINEL+ 9,37% a.a. 11,01% - 2.977 - - - - - - - IGP‐M + 4,0% a.a. 12,07% - 175.350 - - - - - - - 6,80% - 1.164 - - - - - - - 11,01% - 21.897 - - - - - - - RGR + 7,0% a.a. 7,00% - 13.943 - - - - - - - RGR + 6,5% a.a. 7,50% - 893 - - - - - - - RGR + 7,0% a.a. 7,00% - 60.518 - - - - - - - RGR + 7,0% a.a. 7,00% - 66.495 - - - - - - - RGR + 6,0% a.a. 6,00% - 4.747 - - - - - - - RGR + 6,0% a.a. 6,00% - 12.179 - - - - - - - RGR + 6,0% a.a. 6,00% - 24.317 - - - - - - - RGR + 6,0% a.a. 6,00% - 33.058 - - - - - - - RGR + 6,0% a.a. 6,00% - 33.746 - - - - - - - RGR + 6,0% a.a. 6,00% - 21.831 - - - - - - - BNB 10% a.a. 8,50% - 60.952 - - - - - - - BNB II 10% a.a. 8,50% (2.174) 145.808 (1.296) (269) (244) (217) (188) (154) (224) BNDES II TJLP + 3,6% a.a. 9,47% (15) 11.771 (2) (2) - - - - - BNDES Direto (sub‐crédito A) TJLP + 2,21% a.a 8,08% - 59.025 - - - - - - - BNDES Direto (sub‐crédito B) TJLP + 3,21% a.a 9,08% - 59.046 - - - - - - - BNDES Direto (sub‐crédito C) 8,7% a.a 8,70% - 33.346 - - - - - - - BNDES Direto (sub‐crédito D) TJLP a.a. 5,50% - 986 - - - - - - - BNDES Direto II (sub‐crédito A) TJLP + 2,06% a.a. 7,56% (1.898) 51.875 (1.895) (189) (189) (190) (190) (190) (947) BNDES Direto II (sub‐crédito B) TJLP + 3,06% a.a. 8,56% - 53.776 - - - - - - - BNDES Direto II (sub‐crédito C) 2,5% a.a. 2,50% - 30.961 - - - - - - - BNDES Direto II (sub‐crédito D) TJLP + 2,06% a.a. 7,56% - 3.683 - - - - - - - BNDES Direto II (sub‐crédito E) TJLP + 3,06% a.a. 8,56% - 3.683 - - - - - - - BNDES Direto II (sub‐crédito F) 2,5% a.a. 2,50% - 3.235 - - - - - - - BNDES PEC TJLP + 4,91% a.a. 10,78% - 55.638 - - - - - - - FINAME CONVENCIONAL 4,50% a.a. 4,50% - 15.976 - - - - - - - FINAME SIMPLIFICADO 4,50% a.a. 4,50% - 665 - - - - - - - FINEP TJLP + 2% a.a. 7,87% (31) 281 (2) (2) - - - - - FINEP 2 4,00% - 7.970 - - - - - - - 10,08% (2.100) 74.611 (814) (267) (268) (268) (11) - - STN 4,0% a.a. 90,9% CDI + 1,5% a.a. US$+(Libor/Sem+jrs) 4,54% - 8.393 - - - - - - - VILA DIGITAL Não possui 0,00% - 206 - - - - - - - (6.218) 1.158.829 (4.009) (729) (701) (675) (389) (344) (1.171) ECF ‐ 1510/97 ECF ‐ 1639/97 ECF ‐ 1645/97 ECF ‐ 1907/99 ECF ‐ 1908/99 ECF ‐ 1960/99 ECF ‐ 2033/00 ECF ‐ 2034/00 ECF ‐ 2522/05 ECF ‐ 2585/06 ECF ‐ 2724/08 ECF ‐ 2890/10 ECFS ‐ 027/04 ECFS ‐ 140/06 ECFS ‐ 176/07 ECFS ‐ 236/08 ECFS ‐ 281/09 ECFS ‐ 322/11 IFC Total 59 RGR + 6,8% a.a. FINEL + 9,36% a.a. Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13 Empréstimos e financiamentos--Continuação a. Escalonamento das parcelas de empréstimos e financiamentos vencíveis, não circulante Em 31 de dezembro de 2012, os empréstimos e financiamentos no longo prazo representam o montante de R$910.219 (R$928.072 em 31 de dezembro de 2011) e os seus vencimentos estão programados conforme descrito abaixo: Vencimento Circulante 2013 2014 2015 2016 Após 2016 Total Custo de Captação (Não circulante) Não Circulante Total 60 31/12/2012 Valor 248.610 165.065 186.683 136.743 425.008 913.499 % 21% 14% 16% 12% 37% 79% (3.280) 910.219 1.158.829 31/12/2011 Valor 214.241 217.807 165.057 146.916 95.928 304.479 930.187 % 19% 19% 14% 13% 8% 27% 81% (2.115) 79% 100% 928.072 1.142.313 81% 100% Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13 Empréstimos e financiamentos--Continuação b. Escalonamento das parcelas de empréstimos e financiamentos vencíveis, não circulante--Continuação Composição por índice e moeda (não inclui custos com captação a apropriar) Indexador R$ mil % de participação Moeda estrangeira Pré-Fixado (USD) 2.546 5.204 62% Libor semestral 1.561 3.189 38% Total em dezembro de 2012 Total em 2011 4.107 4.406 8.393 8.265 100% Indexador Moeda Nacional R$ mil IGP-M 175.350 FINEL 28.617 Pré-fixado - RGR 273.181 % de participação 15% 2% 24% 75.425 7% Pré-fixado: FNE 208.056 18% TJLP 301.663 26% Pré-fixado: (FINAME) 16.641 1% Pré-fixado: (BNDES) 67.542 6% Pré-fixado: (FINEP) 7.970 1% Total em dezembro de 2012 1.154.445 100% Total em 2011 1.136.712 CDI 61 US$ mil Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 13 Empréstimos e financiamentos--Continuação b. Escalonamento das parcelas de empréstimos e financiamentos vencíveis, não circulante--Continuação A mutação de empréstimos e financiamentos - líquido é a seguinte: Moeda Nacional Passivo Passivo Não Circulante Circulante Saldos em 31 de dezembro de 2011 Moeda Estrangeira Passivo Passivo Não Circulante Circulante Total 213.607 920.441 634 7.631 1.142.313 Ingressos - 197.886 - - 197.886 Encargos 80.374 - 390 - 80.764 (2) 13.072 24 662 13.756 228.653 (193.035) (228.653) (453) 367 (560) (367) - (194.049) (81.454) - (388) - (81.841) 248.143 902.293 467 Variação monetária e cambial Transferências Amortizações de principal Pagamentos de juros Saldos em 31 de dezembro de 2012 7.926 1.158.829 Acompanhamento dos covenants dos empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos contratados pela CEMAR possuem covenants financeiros, cujo não cumprimento, durante o período de apuração, poderá acarretar o vencimento antecipado dos contratos. Até 31 de dezembro de 2012, a Companhia manteve-se dentro dos limites estipulados nos contratos. 62 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 14 Debêntures 31/12/2012 31/12/2011 Circulante Não circulante 169.602 283.210 Principal e encargos Total 452.812 Circulante Não circulante 61.590 160.380 Total 221.970 A mutação das debêntures é a seguinte: Passivo circulante Saldos em 31 de dezembro de 2011 Ingressos Custo de captação Encargos Variação Monetária Passivo não circulante Total 61.590 160.380 221.970 (295) 25.107 7 280.070 (1.919) 5.059 280.070 (2.214) 25.107 5.066 Transferências entre curto e longo 160.380 (160.380) - Amortizações de principal (53.460) - (53.460) Pagamentos de juros Saldos em 31 de dezembro de 2012 (23.727) - (23.727) 169.602 283.210 452.812 Passivo circulante Passivo não circulante Saldos em 31 de dezembro de 2010 Total 63.041 213.840 276.881 Ingressos - - - Custo de captação - - - 26.572 - 26.572 - - - 53.460 (53.460) - Amortizações de principal (53.460) - (53.460) Pagamentos de juros (28.023) - (28.023) 61.590 160.380 221.970 Encargos Variação Monetária Transferências entre curto e longo Saldos em 31 de dezembro de 2011 63 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 14 Debêntures--Continuação Quarta emissão debêntures Em 22 de junho de 2012 encerrou-se a distribuição pública da 4ª emissão de debêntures não conversíveis em ações da Companhia. Os recursos captados, no montante de R$280.000, dividido em duas séries de R$101.380 e R$178.620, destinaram-se, prioritariamente para implementação do programa de investimentos da Companhia e aumento do capital de giro. Em 31 de dezembro de 2012, a taxa efetiva dessa operação é de 11% ao ano. Características da quarta emissão das debêntures Número da emissão: Série: Data da emissão: Data de vencimento: Quantidade: Agente Fiduciário Coordenador Banco Mandatário Banco Escriturador Montante da emissão: Espécie: Tipo e forma: Garantia: Conversibilidade: Data de vencimento: Juros: Spread Pagamento: Amortização programada: 4ª emissão 1ª série 21/06/2012 21/06/2018 10.138 debêntures Pentágono S.A - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Banco BTG Pactual S.A. e o Banco Itaú BBA S.A - ITAUCOR Itaú Unibanco S.A. Itaú Corretora de Valores S.A - ITAUCOR R$ 101.380 Quirografária Escritural e nominativa As debêntures não contarão com quaisquer garantias reais ou fidejussórias Não conversíveis em ações 21/06/2018 100% CDI 1,08% a.a. Semestralmente, a partir da data de emissão, no dia 21º dos meses de junho a dezembro de cada ano, sendo o primeiro pagamento em 21º de dezembro de 2012 e o último pagamento em 21º de junho de 2018. As debêntures serão objeto de amortização do principal no final dos seguintes anos: 4º, 5º e 6º; conforme a regra mencionada abaixo: 21/06/2016 - 33,33% do valor nominal 21/06/2017 - 33,33% do valor nominal 21/06/2018 - 33,34% do valor nominal 64 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 14 Debêntures--Continuação Número da emissão: Série: Data da emissão: Data de vencimento: Quantidade: Agente Fiduciário Coordenador Banco Mandatário Banco Escriturador Montante da emissão: Espécie: Tipo e forma: Garantia: Conversibilidade: Data de vencimento: Juros: Spread Pagamento: 4ª emissão 2ª série 21/06/2012 21/06/2020 17.862 debêntures Pentágono S.A - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Banco BTG Pactual S.A. e o Banco Itaú BBA S.A Itaú Unibanco S.A. Itaú Corretora de Valores S.A - ITAUCOR R$178.620 Quirografária Escritural e nominativa As debêntures não contarão com quaisquer garantias reais ou fidejussórias Não conversíveis em ações 21/06/2020 IPCA 5,90% a.a. Anualmente, a partir da data de emissão, no dia 21º do mês de junho de cada ano, sendo o primeiro pagamento em 21º de junho de 2013 e o último pagamento em 21º de junho de 2020. As debêntures serão objeto de amortização do principal no final dos seguintes anos: 6º, 7º e 8º; conforme a regra mencionada abaixo: Amortização programada: 21/06/2018 - 33,33% do valor nominal 21/06/2019 - 33,33% do valor nominal 21/06/2020 - saldo do valor nominal Terceira emissão de debêntures Em 28 de março de 2007, encerrou-se a distribuição pública da 3ª emissão de debêntures não conversíveis em ações da CEMAR. Os recursos captados, no montante de R$267.300, destinaram-se, prioritariamente, para o pré-pagamento das dívidas existentes que apresentavam condições mais onerosas para a Companhia e, os recursos excedentes, para implementação do programa de investimentos da Companhia. Em 31 de dezembro de 2012, a taxa efetiva dessa operação é de 8,88% ao ano (12,14% em 31 de dezembro de 2011). Em março de 2012, foi transferida para o curto prazo a terceira parcela de amortização da 3ª Emissão de debêntures, representando 60% do valor nominal emitido, com amortização prevista para 01 de março de 2013. 65 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 14 Debêntures--Continuação Características da terceira emissão das debêntures Número da emissão: Série: Data da emissão: Data de vencimento: Quantidade: Valor nominal: Montante da emissão: Espécie: Tipo e forma: Garantia: Conversibilidade: Data de vencimento: Juros: Pagamento: Amortização programada: 3ª emissão Única 01/03/2007 01/03/2013 26.730 debêntures R$10 R$267.300 Subordinada Escritural e nominativa Fiança prestada pela Equatorial Energia S.A. - Controladora da Emissora Não conversíveis em ações 01/03/2013 105,8% do CDI Semestralmente, a partir da data de emissão, no dia 1º dos meses de março e setembro de cada ano, sendo o primeiro pagamento em 1º de setembro de 2007 e o último pagamento em 1º de março de 2013 As debêntures serão objeto de amortização do principal no final dos seguintes anos: 4º, 5º e 6º; conforme a regra mencionada abaixo: 01/03/2011 - 20% do valor nominal 01/03/2012 - 20% do valor nominal 01/03/2013 - 60% do valor nominal Em 31 de dezembro de 2012, as debêntures no longo prazo representam o montante de R$283.210 e os seus vencimentos estão programados conforme descrito abaixo: 31/12/2012 31/12/2011 Valor % 169.602 33.793 Após 2016 251.336 56% - - Não circulante 285.129 63% 160.380 72% 100% 221.970 100% Vencimento Circulante 2013 2014 2015 2016 Custo de Captação Não circulante 91.919) Total 452.812 Valor % 37% 61.590 28% 7% 160.380 - 72% - Acompanhamento dos covenants das debêntures As debêntures emitidas pela CEMAR possuem covenants financeiros, cujo não cumprimento, durante o período de apuração, poderá acarretar o vencimento antecipado dos contratos. Até 31 de dezembro de 2012, a Companhia manteve-se dentro dos limites estipulados nos contratos. 66 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 15 Impostos e contribuições a recolher 15.1 Impostos e contribuições a recolher 31/12/2012 Circulante ISS Encargos sociais e outros ICMS PIS e COFINS REFIS (a) Total 1.950 6.170 30.551 11.215 1.128 51.014 31/12/2011 Não circulante 1.113 31.442 32.555 Circulante 2.941 6.547 30.746 9.843 1.128 51.205 Não circulante 946 36.781 37.727 15.2 Tributos sobre o lucro a recolher 31/12/2012 Circulante Provisão de IRPJ/CSLL IRRF Total a. 1.840 426 2.266 31/12/2011 Não circulante Circulante - 2.424 456 2.880 Não circulante - Programa de Recuperação Fiscal - REFIS Parcelamento de impostos - Lei nº 11.941/09 Em 28 de novembro de 2009, a controlada CEMAR aderiu ao parcelamento instituído pelo art. 1º da Lei nº 11.941/2009 importando a desistência compulsória e definitiva do Parcelamento Especial - PAES. Nos termos das normas aplicáveis ao novo parcelamento o saldo remanescente dos débitos consolidados do Parcelamento Especial - PAES foi parcelado em 180 meses. A consolidação de tais débitos foi concluída em 30 de setembro de 2011. Os principais benefícios da adesão ao novo REFIS foram a redução de juros e multas no montante de R$28.098, a possibilidade de saldar a parcela restante de juros e multas com a utilização de prejuízos fiscais, além do próprio desembolso de caixa parcelado. O montante incluído no REFIS foi de R$73.813, sendo que R$41.424 foram compensados com prejuízos fiscais, e o parcelamento efetivo que resultará em desembolsos futuros de caixa é de R$32.570. A referida dívida, no montante de R$40.371 será quitada em até 180 parcelas, deste total foi pago R$7.802 restando um saldo de R$32.570. 67 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16 Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas A Companhia é parte (pólo passivo) em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das suas operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas estimadas com as ações em curso, como se segue: Valor das causas 31/12/2012 Depósitos judiciais Provisão líquida Valor das causas 31/12/2011 Depósitos judiciais Provisão líquida Cíveis Tributárias Trabalhistas Regulatórias 34.635 145.045 34.034 2.521 216.235 27.591 144.885 13.171 185.647 7.044 160 20.863 2.521 30.588 31.147 120.156 27.022 3.691 182.016 25.756 117.273 8.233 151.262 5.391 2.883 18.789 3.691 30.754 Circulante Não circulante 32.384 183.851 216.235 25.677 159.970 185.647 6.707 23.881 30.588 35.784 146.232 182.016 17.943 133.319 151.262 17.841 12.913 30.754 68 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16 Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas--Continuação Movimentação dos processos no período Saldo Inicial em 01/01/2012 Cíveis 31.147 Tributárias 120.156 Trabalhistas 27.022 Regulatórias 3.691 182.016 Cíveis Tributárias Trabalhistas Regulatórias Saldo Inicial em 01/01/2011 31.343 94.242 27.963 3.305 156.853 Adição a provisão Utilização (1) Estornos (2) Atualização (3) (6.256) (2) (3.110) (1.566) (10.934) 2.110 8 2.076 4.194 Saldo Final em 31/12/2012 34.635 145.045 34.034 2.521 216.235 26.122 24.883 13.336 396 64.737 (18.488) (5.290) (23.778) Adição a provisão Utilização (1) Estornos (2) Atualização (3) Saldo Final em 31/12/2011 (21.869) (95) (5.099) (153) (27.216) (4.506) (3.054) (6.282) (5) (13.847) 4.722 111 2.361 7.194 31.147 120.156 27.022 3.691 182.016 21.457 28.952 8.079 544 59.032 (1) Gastos efetivos com contingências judiciais. (2) Reversões realizadas no período. (3) Atualizações monetárias. Trabalhistas Atualmente, o passivo trabalhista é composto por 617 reclamações ajuizadas por exempregados contra a Companhia, com pedidos que variam entre horas extras, periculosidade, equiparação e/ou reenquadramento salarial, doença ocupacional/reintegração, estabilidade CIPA, entre outros, assim como por ações movidas por ex-empregados de empresas terceirizadas (responsabilidade subsidiária), que pleiteiam, em sua maioria, verbas rescisórias. 69 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 16 Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas--Continuação Cíveis A Companhia figura como parte ré em 15.165 processos cíveis, sendo que 11.925 tramitam em Juizados Especiais, os quais, em sua grande maioria, referem-se a pleitos de danos materiais e morais, assim como ressarcimento de valores pagos por consumidores. Os processos cíveis mais significativos envolvem ações indenizatórias questionando acidentes com a rede de distribuição, falha no fornecimento, morte por eletroplessão ou danos decorrentes da rescisão de contratos com fornecedores. As demonstrações financeiras findas em 31 de dezembro de 2012 contemplam provisão de R$ 34.635 (R$31.147 em 31 de dezembro de 2011). Tributárias A Companhia figura como parte ré em 197 processos tributários. Registra-se, ainda, que a Companhia continua monitorando o trâmite das ações de Prestação de Contas e indenizatória ajuizadas pelo município de São Luís contra a CEMAR, ambas decorrentes do convênio para cobrança da antiga Taxa de Iluminação Pública – TIP. Confirma-se a alteração da probabilidade de perda (de provável para possível) de ambas ações em face da procedência, à unanimidade, no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, as quais já transitaram julgado favoravelmente à Companhia. Assim, apenas remanesce litígio em relação ao recurso especial interposto pela CEMAR contra o acórdão do TJMA, no que tange à matéria referente ao valor dos honorários advocatícios fixados a favor do Município de São Luís, relativamente ao indeferimento da inclusão de litisconsortes na ação rescisória. As demonstrações financeiras findas em 31 de dezembro de 2012 contemplam provisão de R$145.045, para as causas tributárias (R$120.156 em 31 de dezembro de 2011). Além das perdas provisionadas acima, existem outras contingências cuja possibilidade de perda é avaliada pela Administração, com base na avaliação a Gerência Jurídica da CEMAR e seus assessores legais externos, como possível e remota, nos montantes de R$107.923 e R$21.642, respectivamente (R$78.965 e R$16.832, respectivamente em 31 de dezembro de 2011) para as quais não foi constituída provisão. 70 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 17 Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas--Continuação Os assuntos discutidos nos processos mais relevantes de diagnóstico possível são Taxa de Iluminação Pública, Portarias DNAEE e Quebra de Contrato, na esfera civil, execução fiscal de COFINS na esfera tributária e, ação cível pública questionando a terceirização de uma das empresas parceiras da CEMAR, reclamações trabalhistas, na esfera trabalhista. A Companhia está sujeita às leis de preservação ambiental e aos respectivos regulamentos nas esferas Federal, Estadual e Municipal. A Companhia considera que a exposição aos riscos ambientais, baseada na avaliação dos dados disponíveis, no atendimento às leis e aos regulamentos aplicáveis, não apresenta impacto relevante em suas demonstrações financeiras ou no resultado de suas operações. Os processos nos quais a Companhia é parte, bem como os depósitos judiciais a eles associados, são classificados em curto e longo prazo, de acordo com o prazo estimado de exigibilidade financeira. Nestes termos, a Gerência Jurídica classifica os processos de acordo com o foro de tramitação e a fase processual em que se encontram. Logo, se a expectativa de deslinde da ação judicial for de 12 (doze) meses ou menos, assim considerados os processos que tramitam nos juizados especiais e todos os demais que já se encontram em fase de liquidação ou execução, o processo será classificado como de “curto prazo”. Já se a expectativa de desenrolar da causa for maior que 12 (doze) meses, o processo será classificado como de “longo prazo”. 71 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 18 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética O contrato de concessão da Companhia estabelece a obrigação de aplicar anualmente o montante de 1% da receita operacional líquida em ações que tenham como objetivo o combate ao desperdício de energia elétrica e o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico. Esse montante destinado aos Programas de Eficiência Energética (PEE) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a ser recolhido ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e ao Ministério de Minas e Energia (MME) são registrados nas deduções à receita operacional bruta. A participação de cada um dos programas está definida pelas Leis nº 10.848 e nº 11.465, de 15/3/2004 e 28/3/2007, respectivamente. Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT Empresa de Pesquisa Energética - EPE Pesquisa e Desenvolvimento - P&D Programa de Eficiência Energética - PEE Total Circulante Não circulante 72 31/12/2012 815 407 12.731 21.802 35.755 31/12/2011 642 320 14.814 21.822 37.598 20.180 15.575 14.293 23.305 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 19 Patrimônio líquido a. Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é de R$618.550 e sua composição por classe de ações e principais acionistas é a seguinte: Acionistas Equatorial Energia Eletrobrás Outros Ações ordinárias Ações preferenciais nominativas Classe A Ações preferenciais nominativas Classe B Total 105.120.627 768.695 1.008.683 106.898.005 54.017.048 459.387 609.069 55.085.504 2.181.264 161.318.939 11.149 1.239.231 7.977 1.625.729 2.200.390 164.183.899 % 65,11% 33,55% 1,34% 100,00% As ações preferenciais, com exceção das emitidas até 31 de dezembro de 1996, são inconversíveis em ações ordinárias, gozando de prioridade de reembolso de capital, pelo valor de patrimônio líquido, no caso de liquidação da Companhia, tendo prioridade no recebimento de dividendos mínimos de 6% (seis por cento) para as de classe “A” e 10% (dez por cento) para as de classe “B”, calculados sobre o seu valor patrimonial antes da apropriação do resultado do período a que se referir o dividendo. Em 22 de março de 2013, foi aprovado aumento de capital da Companhia, sem emissão de novas ações, no montante de R$153.019, mediante capitalização do saldo da reserva de incentivo fiscal da SUDENE (R$61.967) e de parte do saldo da reserva destinada para reforço de capital de giro (R$91.502), com efeitos retroativos a 31 de dezembro de 2012. b. Reserva de capital Em atendimento a deliberação CVM n° 562, de 17 de dezembro de 2008, que aprovou o CPC 10, a Companhia possui registrado na Reserva de Capital o montante total de R$674, referentes a opções outorgadas reconhecidas. c. Reserva de lucros - Reserva legal Constituída à base de 5% do lucro líquido antes das participações e da reversão dos juros sobre o capital próprio, conforme determina a legislação societária, definido pelo Conselho de Administração, e limitada a 20% do capital social. 73 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 19 Patrimônio líquido--Continuação d. Reserva de lucros - Reserva de incentivos fiscais Em 14 de maio de 2007, a Agência para o Desenvolvimento do Nordeste ADENE, atual Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste SUDENE, que pertence ao Ministério de Integração Nacional, emitiu o Laudo Constitutivo nº 0061/2007, que outorga à CEMAR ampliação do percentual de redução do imposto de renda de 25% para 75% sob a justificativa de modernização total das suas instalações elétricas, com prazo de vigência de 2007 até o ano de 2016. Em 28 de março de 2012 foi emitido novo Laudo Constitutivo nº 0037/2012, que outorga à CEMAR ampliação do percentual de redução do imposto de renda de 75% sob a justificativa de modernização total das suas instalações elétricas, com prazo de vigência de 2012 até o ano de 2021. A CVM através da deliberação nº 555 aprovou o pronunciamento técnico CPC 07, que trata de subvenções e assistências governamentais, determinando o reconhecimento contábil das subvenções concedidas em forma de redução ou isenção tributária como receita. O efeito do benefício referente ao incentivo fiscal da SUDENE no período findo em 31 de dezembro de 2012 totaliza R$61.967 (R$47.978 em31 de dezembro de 2011), calculado com base no Lucro da Exploração, aplicando o incentivo de redução de 75% no imposto de renda apurado pelo lucro real. Em 22 de março de 2013 (nota 18a), o saldo da reserva de incentivo fiscal foi totalmente utilizado para aumento do capital da Companhia. e. Reserva Estatutária de Reforço de Capital de Giro Esta reserva destina-se a registrar o saldo do lucro líquido do período, após as deduções previstas em lei, o dividendo prioritário das ações preferenciais e o dividendo mínimo obrigatório previsto. Seu valor total não excederá 100% do capital social da Companhia. Em 22 de março de 2013, R$91.052 desta reserva estatutária foi utilizado para aumento do capital da Companhia (nota 18a), restando um saldo de R$561.588 em 31 de dezembro de 2012 (R$424.840 em 31 de dezembro de 2011). 74 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 20 Dividendos Conforme o estatuto social da Companhia, aos acionistas está assegurado um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação em vigor e deduzido das destinações determinadas pela Assembleia Geral. Os dividendos foram calculados como segue: 31/12/2012 Lucro líquido do exercicio (-) Reserva legal (-) Reserva fiscal - Incentivo SUDENE Lucro dividendo ajustado Dividendos mínimos obrigatórios Dividendos complementares Dividendos propostos Reserva de reforço de capital de giro 31/12/2011 384.947 ( 19.247) ( 61.967) 303.733 247.502 (12.375) (47.978) 187.149 75.933 169 76.102 46.787 46.787 93.574 227.631 93.575 O Conselho de Administração aprovou a declaração de dividendos propostos da seguinte forma: Valor por ação (lote de unidades de reais) Deliberação 31/12/2012 Reunião do Conselho de Administração de 22 de março de 2013 31/12/2011 Reunião do Conselho de Administração de 15 de fevereiro de 2012 75 Proventos Valor ON Dividendos 76.102 0,4600 0,4800 0,800 Dividendos 93.574 PNA PNB 0,5699 0,5699 0,5699 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 21 Dividendos A movimentação dos dividendos a pagar está apresentada como segue: Saldo em 31 de dezembro de 2010 Dividendos adicionais proposto em 2010 Pagamento de dividendos Dividendos mínimos propostos em 2011 56.016 144.630 (199.952) 46.787 Saldo em 31 de dezembro de 2011 47.481 Saldo em 31 de dezembro de 2011 47.481 Dividendos adicionais proposto em 2011 Pagamento de dividendos 46.787 (93.554) Dividendos mínimos propostos em 2012 75.933 Saldo em 31 de dezembro de 2012 76.647 22 Participação nos lucros O programa de participação nos resultados, implantado em 2004, é corporativo e está atrelado ao resultado do EBITDA e diversos outros indicadores operacionais e financeiros da Companhia. O programa é composto por avaliações dos indicadores da presidência, diretorias, gerências, coordenadores e colaboradores e vem evoluindo ao longo dos anos de forma a propiciar um maior engajamento dos colaboradores na melhoria dos resultados operacionais na Companhia. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo provisionado de participação nos lucros era de R$21.421 (R$16.428 em 31 de dezembro de 2011). 76 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 23 Receita operacional bruta Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a composição do fornecimento de energia elétrica pelas classes de consumidores é a seguinte: Residencial Industrial Comercial Rural Poder público Iluminação pública Serviço público Consumo próprio Suprimento CCEE Baixa renda Receita de construção Outras Total (*) 77 31/12/2012 Nº de consumidores MWh (*) (*) 1.811.171 2.257.539 9.194 479.727 129.186 960.422 59.693 176.672 21.485 296.964 855 348.846 5.410 275.872 361 7.981 2.037.355 4.804.023 31/12/2011 1.072.672 181.237 479.128 50.649 146.648 97.107 104.283 41.285 188.816 644.601 29.343 Nº de consumidores (*) 1.712.162 9.586 126.541 64.707 19.889 659 4.854 275 - 2.041.253 442.397 872.763 162.014 265.933 326.144 260.377 7.027 - 915.445 164.475 416.189 44.937 124.364 85.395 94.511 3.035.769 1.938.673 4.377.908 2.507.711 R$ Informações não examinadas pelos auditores independentes. MWh (*) R$ 22.954 96.064 495.587 47.790 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 24 Receita operacional líquida A reconciliação da receita bruta para a receita líquida é como segue: 31/12/2012 31/12/2011 Fornecimento de energia elétrica Remuneração financeira WACC Suprimento de energia elétrica Receita de construção (a) Outras receitas Receita operacional 2.248.034 72.506 41.285 644.601 29.343 3.035.769 1.929.741 11.639 22.954 495.587 47.790 2.507.711 ICMS sobre venda de energia elétrica PIS e COFINS Encargos do consumidor Cota para RGR ISS Encargo de capacidade emergencial Outros Deduções à receita operacional Receita operacional líquida (363.421) (209.331) (70.232) (38.371) (1.220) (5.112) (687.687) 2.348.082 (311.971) (179.809) (74.624) (27.349) (1.327) (69) (457) (595.606) 1.912.105 (a) A ICPC 01 estabelece que a concessionária de energia elétrica deve registrar e mensurar a receita dos serviços que presta de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 17 – Contratos de Construção (serviços de construção ou melhoria) e CPC 30 – Receitas (serviços de operação – fornecimento de energia elétrica), mesmo quando regidos por um único contrato de concessão. A Companhia contabiliza receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica. A margem de construção adotada é estabelecida como sendo igual a zero, considerando que: (i) a atividade fim da Companhia é a distribuição de energia elétrica; (ii) toda receita de construção está relacionada com a construção de infraestrutura para o alcance da sua atividade fim, ou seja, a distribuição de energia elétrica; e (iii) a Companhia terceiriza a construção da infraestrutura com partes não relacionada. Mensalmente, a totalidade das adições efetuadas ao ativo intangível em curso é transferida para o resultado, como custo de construção, após dedução dos recursos provenientes do ingresso de obrigações especiais. 78 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 25 Resultado operacional Os custos e as despesas operacionais têm a seguinte composição por natureza de gasto: 31/12/2012 Custo do Serviço de Energia Elétrica 23.152 5.171 Despesas com vendas 20.034 3.714 Despesas administrativas 29.842 1.147 61.701 93.451 54.485 209.637 - 3.974 - 3.974 672.739 - - 672.739 103.602 - - 103.601 644.601 - - 644.601 63.044 - - 63.044 1.243 2.625 435 4.303 990 1.005 3.939 5.935 1.576.243 124.803 89.848 1.790.894 Pessoal Custo do Serviço de Energia Elétrica 24.245 Despesas com vendas 19.767 Despesas administrativas 28.502 Material 6.648 -986 850 6.512 56.448 83.038 52.619 192.105 - 3.593 - 3.593 Custo de construção 495.588 - - 495.588 Energia elétrica comprada para revenda 504.517 - - 504.517 Encargos de uso do sistema de transmissão 88.640 - - 88.640 Depreciação e amortização 75.555 - 1.560 1.825 500 3.885 (2.532) 3.235 (2.647) (1.944) 1.250.669 110.472 79.824 1.440.965 Custos/Despesas Operacionais Pessoal Material Serviços de terceiros Taxa de fiscalização de serviço de energia elétrica Energia elétrica comprada para revenda Encargos de uso do sistema de transmissão e distribuição Custo de construção Depreciação e amortização Arrendamento e aluguéis Outros Total Total 73.028 10.032 31/12/2011 Custos/despesas operacionais Serviços de terceiros Taxa de fiscalização de serviço de energia elétrica Arrendamento e aluguéis Outros Total 79 Total 72.514 75.555 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 26 Outras despesas operacionais 31/12/2012 31/12/2011 - 2.410 18.450 39.511 764 694 - 2.058 - 4.346 Propaganda e publicidade 3.475 3.266 Outras 3.601 4.948 Total 26.290 57.233 Outras despesas operacionais (líquidas) Perda comercial Alienação/desativação bens Ajustes de Inventário Arrendamento e alugueis Doações, contribuições e subvenções 27 Receitas e despesas financeiras Receita e despesas financeiras Receitas financeiras Acréscimo moratório de energia vendida Atualização financeira sobre o ativo financeiro Variações monetárias e cambiais Juros dos empréstimos e financiamentos Atualização processo REFIS Atualização de eficientização e contingências Infrações operacionais e DIC/FIC AVP Parcelamento Multas/Descontos comerciais Outras Total 80 31/12/2012 31/12/2011 36.442 72.753 104.386 (17.724) (101.417) (10.025) (17.340) (611) (1.445) (9.873) 41.340 62.922 130 (93.647) (3.569) (7.486) (11.783) (1.455) (3.215) (29.921) 55.146 (46.684) Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 28 Lucro por ação Conforme requerido pelo CPC 41 e IAS 33 (Earnings per Share), a tabela a seguir reconcilia o lucro líquido do período com os montantes usados para calcular o lucro por ação básico e diluído. 31/12/2012 Ações ordinárias Ações preferenciais nominativas A Ações preferenciais nominativas B Total Numerador Lucro líquido do exercício 378.230 2.906 3.811 384.947 161.318.939 1.239.231 1.625.729 164.183.899 2,3446 2,3446 2,3446 2,3446 Denominador Média ponderada por classe de ações Lucro básico e diluído por ação 31/12/2011 Ações ordinárias Ações preferenciais nominativas A Ações preferenciais nominativas B Total Numerador Lucro líquido do exercício 243.183 1.868 2.451 247.502 161.318.939 1.239.231 1.625.729 164.183.899 1,5075 1,5075 1,5075 1,5075 Denominador Média ponderada por classe de ações Lucro básico e diluído por ação Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 não há diferenças entre o lucro por ação básico e diluído. 81 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada a. Características do Plano de aposentadoria A CEMAR é patrocinadora da FASCEMAR - Fundação de Assis tência e Seguridade dos Serv idores da CEMAR, Fundação de Previdência Complementar, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, que tem por finalidade, na qualidade de entidade fechada de previdência complementar, a administração e execução dos Planos de Benefícios de natureza previdenciária. A FASCEMAR foi totalmente reestruturada ao longo do ano de 2005, culminando na implantação e operacionalização de um novo plano previdenciário - Plano Misto de Benefícios I, em regime de contribuição definida, a partir de maio de 2006. Desde a sua implementação, verificou-se a adesão de 98% dos participantes ativos do Plano de Benefício Definido I (Plano BD I), assim como dos funcionários da CEMAR que não contavam com este benefício. Atualmente, o Plano BD I atende em sua maioria os participantes aposentados e pensionistas em gozo do benefício em abril de 2006. A CEMAR, na qualidade de patrocinadora, recolhe, mensalmente, para os dois Planos, uma contribuição normal paritária ao total das contribuições recolhidas pelos participantes que pertençam ao seu quadro de pessoal. No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, esse valor corresponde a R$2.333 (R$2.065 em 31 de dezembro de 2011). A Companhia mantém registrado o valor de R$ 16.339(R$20.956 em 31 de dezembro de 2011) na rubrica de “Outras contas a pagar” como suporte ao contrato de dívida com a FASCEMAR, o qual a Administração entende ser suficiente para cobrir o passivo atuarial calculado por seus atuários. 27.1 Hipóteses e premissas adotadas 82 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação HIPÓTESES BIOMÉTRICAS Tábua de Mortalidade Geral Conforme a experiência na utilização da tábua AT-2000 masculina no ano anterior, e a massa de participantes que compõem a carteira, para a avaliação do exercício de 2012, essa foi mantida. Tábua de Entrada em Invalidez Para a avaliação do exercício de 2012, foi utilizada a Tábua de Entrada em Invalidez Light (Média), a fim de manter o Plano em linha com as hipóteses e premissas utilizadas em seu fundo de pensão, a qual está de acordo com as práticas de mercado. Tábua de Mortalidade de Inválidos Conforme a experiência na utilização da tábua AT-83 masculina no ano anterior, e a massa de participantes que compõem a carteira, para a avaliação do exercício de 2012, essa foi mantida. Rotatividade Conforme as práticas do ano anterior e discussão com a Administração, foi considerada rotatividade nula. Composição Familiar Foi mantida a hipótese de 90% casados, com a esposa quatro anos mais jovem para participantes ativos. Para os participantes assistidos considerou-se as informações da família real informada no cadastro. Entrada em Aposentadoria Como hipótese de entrada em aposentadoria, utilizou-se o critério da primeira elegibilidade, ou seja, foi considerado que todos os participantes se aposentam imediatamente ao atingir todas as condições para a concessão do benefício de aposentadoria plena. 83 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação HIPÓTESES FINANCEIRAS Taxa de Desconto A taxa de desconto da obrigação atuarial é utilizada para a determinação, na data-base da avaliação atuarial, do valor presente resultante do fluxo de caixa esperado para a cobertura dos benefícios pós-emprego. As normas contábeis brasileiras e internacionais estabelecem, em geral, que essa taxa deve ser obtida com base nas taxas de juros praticadas pelo mercado para títulos e valores mobiliários de primeira linha. Alternativamente, e na falta dessa categoria de papéis no mercado brasileiro, é indicado o uso das taxas de juros oferecidas pelos títulos do governo. Em ambos os casos, os prazos de resgate dos papéis utilizados devem apresentar condições consistentes com as obrigações dos benefícios pós-emprego sendo avaliados. No Brasil, em decorrência da falta de títulos de primeira linha com as condições previstas pelas normas contábeis, o “benchmark” utilizado para justificar as taxas de desconto utilizadas tem sido os títulos do Governo. Nesse caso, a entidade pode utilizar taxas de mercado atuais para descontar o pagamento de prazo inferior, estimando a taxa de desconto para vencimentos mais longos, extrapolando as taxas de mercado atuais ao longo da curva de rendimento. A taxa real de desconto será de 3,56% ao ano, adotando uma postura conservadora. Com a inflação de 4,50% ao ano, a taxa nominal de desconto é de 8,22% ao ano. Inflação A premissa adotada foi de 4,50% ao ano, que está em linha com a Resolução 4.095, de 28 de Junho de 2012, onde foi fixado meta de inflação de 4,50%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais. Taxa Real de Crescimento Salarial O percentual de crescimento salarial deve estar devidamente fundamentado e deve ser definido, por escrito, pela patrocinadora desde que guarde relação com suas respectivas atividades com base na política de Recursos Humanos. Conforme alinhado com a Patrocinadora, utilizou-se a taxa real de crescimento salarial de 1,00% a.a. 84 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação Capacidade Salarial e de Benefícios O fator utilizado foi de 98,01% para 2012. Como consequência do cenário econômico com taxas de inflação estáveis e baixas, os fatores de capacidade perdem sua justificativa principal, que é antecipar os ganhos e as perdas inflacionários ao longo do ano. Resumidamente, as hipóteses e premissas atuariais utilizadas para a realização da avaliação atuarial, comparadas com as premissas adotadas no exercício de 2011, são as seguintes: Biométricas Tábua de mortalidade geral Tábua de entrada em invalidez Tábua de mortalidade de inválidos Rotatividade Composição familiar Entrada em aposentadoria 2012 2011 AT-2000 Masculina AT-2000 Masculina Light (Média) Light (Média) AT-83M AT-83M Nula 90% casados, sendo que a diferença entre homem e mulher é de 4 anos 100% na 1ª elegibilidade plena Nula - 100% na 1ª elegibilidade As alterações nas premissas de inflação poderiam impactar na despesa projetada para o próximo exercício, aumentando os custos de juros, serviço corrente e rendimento esperado dos ativos. 27.2 Movimentação das obrigações atuariais A seguir demonstramos a movimentação das obrigações atuariais dos planos de benefícios; a. Politica contábil adotada pela entidade no reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais. 85 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação O valor do reconhecimento dos ganhos ou perdas atuariais corresponderá à parcela de ganho ou perda que exceda o maior entre 10% do Valor Presente da Obrigação Atuarial e 10% do Valor Justo dos Ativos do Plano, conforme item 92 do CPC 33. b. Resultados da avaliação atuarial de acordo com a norma CPC33/CVM 600/09 (valores apresentados em reais) A. Conciliação do Passivo / (Ativo) reconhecido 1. Valor presente das obrigações atuariais (VPO) 2. Valor justo dos ativos do plano 3. Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos 4. (Ganhos) / Perdas atuariais não reconhecido 5. Custo de serviço passado não reconhecido 6. Aumento do (Ativo) / Passivo na adoção deste pronunciamento não reconhecido 7. (Passivo) / Ativo Atuarial Líquido total reconhecido 8. Efeito do limite do parágrafo 58(b) (incluindo as recomendações do IFRIC 14) 9. (Passivo) / Ativo Atuarial Líquido 31/12/2012 (147.033.708) 148.711.302 31/12/2011 (103.728.440) 103.502.336 1.677.594 (226.104) (1.511.455) - (4.744.803) - - - 166.139 (4.970.907) (166.139) - - (4.970.907) B. Informações Patrimoniais (Percentual) 1. Renda Variável 2. Renda Fixa 3. Imóveis 4. Outros 5. Total 31/12/2012 1,90% 93,32% 3,60% 1,18% 100,00% 86 31/12/2011 1,93% 92,78% 4,05% 1,24% 100,00% Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação C. Movimentação do Passivo / (Ativo) Atuarial Líquido 1. (Passivo) /Ativo Atuarial Líquido no início do ano 2. Impacto decorrente de implementações no plano de benefícios 3. Contribuições normais do empregador vertidas no ano 4. Impacto decorrente de redução antecipada no plano de benefícios 5. Impacto decorrente de liquidação antecipada no plano de benefícios 6. Outros - transferência de saldos 7. (Passivo)/Ativo Atuarial Líquido ao final do ano 8. Efeito do limite do parágrafo 58(b) (incluindo as recomendações do IFRIC 14) 9. (Passivo)/Ativo Atuarial Líquido D. Movimentação e composição do valor justo dos ativos 1. Valor justo dos ativos no início do ano 2. Benefícios pagos durante o exercício 3. Contribuições de participantes vertidas durante o exercício 4. Contribuições do empregador vertidas durante o exercício 5. Rendimento efetivo dos ativos no ano 6. Impacto decorrente de redução antecipada no plano de benefícios 7. Impacto decorrente de liquidação antecipada no plano de benefícios 8. Impacto decorrente de implementações no plano de benefícios 9. Despesas administrativas pagas durante o exercício 10. Outros - transferência de saldos 11. Valor justo dos ativos no final do ano após o ajuste 87 31/12/2012 31/12/2011 (4.970.907) (8.992.995) 2.530.955 500.340 2.606.091 3.521.748 - - - - 166.139 (4.970.907) (166.139) - - (4.970.907) 31/12/2012 31/12/2011 103.502.336 (9.737.170) 93.598.215 (9.293.000) 38.194 - 2.606.091 52.301.851 3.521.748 15.675.373 - - - - - - 148.711.302 103.502.336 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação E. Movimentação do valor presente das obrigações atuariais 1. Valor das obrigações atuariais no início do ano 2. Custo de serviço corrente 3. Juros sobre a obrigação atuarial 4. Benefícios pagos pelo plano no ano 5. Contribuições de participantes vertidas durante o exercício 5. (Ganho) /Perda sobre as obrigações atuariais 6. Impacto decorrente de redução antecipada no plano de benefícios 7. Impacto decorrente de liquidação antecipada no plano de benefícios 8. Impacto decorrente de implementações no plano de benefícios 9. Despesas administrativas pagas durante o exercício 10. Outros - transferência de saldos 11. Valor presente das obrigações atuariais no final do ano F. Apuração de (ganhos) / perdas atuariais e financeiras 1. (Ganho) / Perda não reconhecido no início do ano 2. Amortização de ganho / (perda) no exercício 3. (Ganho) / Perda sobre as obrigações atuariais 4. (Ganho) / Perda sobre os ativos do plano 5. Impacto decorrente de redução antecipada no plano de benefícios 6. Impacto decorrente de liquidação antecipada no plano de benefícios 7. Outros - transferência de saldos 8. (Ganho) /Perda no final do ano 9. Corredor não sujeito à amortização 10. Parcela sujeita à amortização 11. Valor da amortização para o exercício subsequente 12. Tempo médio futuro dos participantes ativos 88 31/12/2012 31/12/2011 103.728.440 75.383 11.661.235 (9.737.170) 38.194 41.267.625 100.478.410 72.560 12.298.641 (9.293.000) 171.829 - - - - - - - - 147.033.708 103.728.440 31/12/2012 (4.744.803) 41.267.625 (38.034.278) 31/12/2011 (2.112.800) 171.829 (2.803.832) - - - - (1.511.455) 1.511.455 10 (4.744.803) 4.744.803 7 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação G. Encerramento do Ano Fiscal 31/12/2012 31/12/2011 (38.034.278) -25,576% 0,000% Experiência (Ganho)/perda no período (Ganho)/perda em % da obrigação atuarial 7.148.903 -4,862% N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D Alterações de Hipóteses Demográficas (Ganho)/perda no período (Ganho)/perda em % da obrigação atuarial 0 0,000% N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D Alterações de Hipóteses Financeiras (Ganho)/perda no período (Ganho)/perda em % da obrigação atuarial 34.118.722 -23,205% N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D - - - Evolução Patrimonial (Ganho)/perda no período (Ganho)/perda em % do patrimônio Resultado do Plano Obrigação Atuarial Valor justo dos ativos Resultado do plano 89 (147.033.708) (103.728.440) 148.711.302 103.502.336 1.677.594 (226.104) 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação Custo do serviço passado (Ganhos) / Perdas Atuariais 103.502.336 - - - (11.661.235) - 4. Rendimento esperado dos ativos - 5. Amortizações (7.148.903) I. Reconciliação dos Valores Divulgados 1. Valor no início do exercício 2. Custo do serviço corrente da empresa 3. Custo dos juros 6. Ganhos ou perdas atuariais 7. Contribuições pagas pela empresa 8. Contribuições pagas pelos empregados 9. Benefícios pagos pelo plano 10. Benefícios pagos diretamente pela empresa 11. Implementações 12. Mudanças de hipóteses 13. Aquisições 14. Redução antecipada das obrigações 15. Eliminação antecipada de obrigações Valor Presente das Obrigações Atuariais Valor Justo dos Ativos do Plano Limite de Ativo (Passivo) /Ativo líquido total (103.728.440) (75.383) (4.744.803) - - (4.970.907) - (75.383) - - - (11.661.235) 14.267.573 - - - - - - - 14.267.573 - 38.034.278 - - - - - 2.606.091 - (30.885.374) - (38.194) 38.194 - - - 2.606.091 - 9.737.170 (9.737.170) - - - - - - - - - - - - - - - - (34.118.722) - - - - - 34.118.722 - - - - - - - - - - - - - - - 16. Benefícios especiais de desligamento - - - - 17. Outras despesas - - - - - - 18. Outros - transferência de saldos 19. (Ganhos)/perdas com direitos de reembolso 20. Reconhecimento Parágrafo 58A - - - - - - - - - 21. Reconhecimento ORA 22. Mudaça no efeito do limite de ativo 23. Valor no final do exercício 90 - - - - - - - - - - - - - - - - - - (166.139) (166.139) (147.033.708) 148.711.302 - (1.511.455) (166.139) - - Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 29 Entidade de previdência privada--Continuação a. Características do Plano de aposentadoria--Continuação J. Demonstração da despesa / (receita) a reconhecer no próximo ano 1. Custo de serviço corrente 2. Custo de juros sobre as obrigações atuariais 3. Rendimento esperado dos ativos 4. Implementações 5. Custos de amortizações (a) (Ganhos) / Perdas atuariais não reconhecidos (b) Custo de serviço passado não reconhecido (c) Aumento do (Ativo) / Passivo na adoção do pronunciamento não reconhecido 6. Despesa / (Receita) a ser reconhecida no próximo exercício antes do ajuste do limite do Ativo 7. Contribuições normais do empregador vertidas no ano 8. (Ganhos) / Perdas reconhecidos devido ao impacto da redução no plano 9. Efeito do limite do parágrafo 58(b) (incluindo as recomendações do IFRIC 14) 10. Impacto decorrente de redução no plano de benefícios 11. Despesa / (Receita) a ser reconhecida no próximo exercício após o ajuste do limite do Ativo K. Fluxo de Caixa 1. Contribuições da empresa 2. Contribuições dos empregados 3. Benefícios pagos 91 Efetivo 2.606.091 38.194 9.737.170 31/12/2012 31/12/2013 75.383 11.661.235 (14.267.573) - 36.875 11.679.215 (11.819.770) - (2.530.955) - (103.680) - - - - - (2.530.955) (103.680) Esperado 32.281 32.281 9.908.521 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 30 Seguros A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros, de acordo com as apólices de seguros contratadas pela Companhia estão demonstrados a seguir: Riscos Riscos Operacionais Responsabilidade Civil Geral - Operações Vencimento das Apólices 01/01/2014 Importância Segurada 215.480 01/01/2014 7.000 Seguro Garantia Judicial (a) 32.977 Seguro Garantia Leilão de Energia (b) 118 31/01/2013 (c) Automóvel (a) 19 apólices com vencimentos entre fevereiro de 2013 a outubro de 2016. (b) 1 apólice com vencimento em junho de 2013. (c) 69 veículos segurados. A companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos aos riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. Os seguros da Companhia são contratados conforme os preceitos de gerenciamento de riscos e seguros geralmente empregados por empresas de distribuição de energia elétrica. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de um exame de demonstrações financeiras e, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. 92 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros a. Considerações gerais Em atendimento à Deliberação CVM nº 604, de 19 de novembro de 2009, que aprovou o Pronunciamentos Técnicos CPC 38, 39 e 40, a Companhia efetuou análise dos seus instrumentos financeiros, a saber: caixa e equivalentes de caixa, investimentos de curto de prazo, contas a receber de clientes, empréstimos e financiamentos, obrigações com debêntures, fornecedores, ativo de concessão, procedendo as devidas adequações em sua contabilização, quando necessário. A Administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e controles internos visando assegurar liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das condições contratadas versus condições vigentes no mercado. A administração faz uso dos instrumentos financeiros visando remunerar ao máximo suas disponibilidades de caixa, manter a liquidez de seus ativos, proteger-se de variações de taxas de juros ou câmbio e obedecer aos índices financeiros estabelecidos em seus contratos de financiamento (covenants). b. Política de utilização de derivativos A CEMAR não possui operações com derivativos até o momento. A Companhia entende que sua atividade fim não permite a utilização de derivativos com objetivos especulativos sendo possível, no entanto, sua utilização com a finalidade de evitar exposições a riscos, se necessário. 93 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação c. Valor justo dos instrumentos financeiros Em atendimento à Instrução CVM nº 475, os saldos contábeis e os valores de mercado dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 estão identificados a seguir: 31/12/2011 31/12/2012 Ativo Contábil Mercado Contábil Mercado Caixa e equivalentes de caixa 59.086 59.086 234.141 234.141 Investimentos de curto prazo Contas a receber de clientes 423.551 590.572 423.551 590.572 190.322 532.569 190.322 532.569 Ativo financeiro de concessão 624.704 624.704 79.214 79.214 Depósito Judicial 185.647 185.647 151.262 151.262 1.883.560 1.883.560 1.187.508 1.187.508 Total Ativo 31/12/2012 PASSIVO Contábil Fornecedor Empréstimos e financiamentos Debêntures Total Passivo 94 31/12/2011 Mercado Contábil Mercado 254.565 254.565 186.188 186.188 1.158.829 1.158.829 1.142.313 1.142.313 452.812 477.131 221.970 224.476 1.866.206 1.890.525 1.550.471 1.552.977 · Investimentos de curto prazo – são classificados como de valor justo através do resultado. A hierarquia de valor justo dos investimentos de curto prazo é 1. · Contas a receber de clientes – decorrem diretamente das operações da Companhia, são classificados como recebíveis, e estão registrados pelos seus valores originais, sujeitos a provisão para perdas e ajuste a valor presente, quando aplicável. · Ativo Financeiro de Concessão – são classificados como empréstimos e recebíveis, e estão registrados pelos seus valores originais, sujeitos a provisão para perdas e ajuste a valor presente quando aplicável. · Fornecedores – Decorrem diretamente da operação da Companhia e são classificados como passivos financeiros não mensurados ao valor justo. Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação d. Valor justo dos instrumentos financeiros · Empréstimos e financiamentos – os empréstimos e financiamentos têm o propósito de gerar recursos para financiar os programas de investimentos da Companhia e eventualmente gerenciar necessidades de curto prazo. São classificados como passivos financeiros não mensurados ao valor justo e estão contabilizados pelos seus valores amortizados. · Debêntures – são classificadas como passivos financeiros não mensurados ao valor justo, e estão contabilizados pelo seu valor amortizado. Para fins de divulgação, as debêntures tiveram seus valores de mercado calculados com base em taxas de mercado secundário da própria dívida ou dívida equivalente, divulgadas pela ANBIMA. e. Caixa e equivalentes de caixa Os equivalentes de caixa da CEMAR são instrumentos financeiros de alta liquidez e o valor de mercado reflete o valor registrado no balanço patrimonial. São compostos por numerários disponíveis e investimentos financeiros. A Companhia mantém os equivalentes de caixa com a intenção de atender a seus compromissos de caixa de curto prazo. Os investimentos financeiros classificados como equivalentes de caixa são de curto prazo e de alta liquidez. São também conversíveis em um montante conhecido de caixa e são indexadas ao CDI, que é considerada uma taxa livre de risco. 95 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação f. Gestão de risco decorrente de instrumentos financeiros Os fatores de riscos abaixo descritos podem impactar a saúde econômicofinanceira da Companhia ou sua operação. Os riscos descritos a seguir são uma compilação dos riscos apontados pelas diversas áreas da Companhia, em suas áreas de especialidades. A Administração da CEMAR define a forma de tratamento e os responsáveis por acompanhar cada um dos riscos levantados, para sua prevenção e controle. · Risco de crédito - Os saldos elevados, bem como as idades dos recebíveis provenientes de Consumidores constituem um risco para a liquidez e para a estrutura de capital da Companhia. A Administração acompanha as situações em aberto e para mitigar o risco de inadimplência a Companhia utiliza todas as ferramentas de cobrança permitidas pelo órgão regulador, tais como corte por inadimplência, negativação de débitos e negociação das posições em aberto. Para mitigar o risco das instituições financeiras depositárias de recursos ou de investimentos financeiros, a Companhia seleciona apenas instituições com baixo risco, avaliadas por agências de rating. A Companhia preserva seus ativos de concessão de acordo com a legislação vigente e monitora as possíveis definições nas regras de reversão da concessão. · Risco de liquidez - O risco de liquidez evidencia a capacidade da Companhia em liquidar as obrigações assumidas. Para determinar a capacidade financeira da Companhia em cumprir adequadamente os compromissos assumidos, os fluxos de vencimentos dos recursos captados e de outras obrigações fazem parte das divulgações. Informações com maior detalhamento sobre os empréstimos captados pela Companhia são apresentadas nas notas 13 e 14. A Companhia tem obtido recursos a partir da sua atividade comercial e do mercado financeiro, destinando-os principalmente ao seu programa de investimentos e à administração de seu caixa para capital de giro e compromissos financeiros. 96 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação f. Gestão de risco decorrente de instrumentos financeiros--Continuação A gestão dos investimentos financeiros tem foco em instrumentos de curto prazo, de modo a promover máxima liquidez e fazer frente aos desembolsos. A geração de caixa da Companhia e sua pouca volatilidade nos recebimentos e obrigações de pagamentos ao longo dos meses do ano, prestam a Companhia estabilidade nos seus fluxos, reduzindo o seu risco de liquidez. · Riscos de mercado – Os riscos de mercado estão associados a flutuações nas taxas de juros e indexadores de dívidas, taxas de câmbio, compreendendo ainda os limitadores de endividamento definidos em contratos, cujo descumprimento pode implicar em vencimento antecipado, conforme descritos abaixo. · Risco cambial - Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta das flutuações no câmbio. Atualmente a exposição da CEMAR ao câmbio é de 0,52% de sua dívida. A CEMAR monitora continuamente as taxas de câmbio e de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade da contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. A CEMAR possui uma única dívida em moeda estrangeira, com baixa representatividade no endividamento global da Companhia, derivada de seu contrato com a Secretaria do Tesouro Nacional – STN. A sensibilidade desta dívida foi demonstrada em cinco cenários, em conformidade com a Instrução nº 475 da CVM, um cenário com taxas reais verificadas 31 de dezembro de 2012 (Cenário Provável) mais dois cenários com apreciação de 25% (Cenário II) e 50% (Cenário III) da cotação da moeda estrangeira considerada. Incluímos ainda mais dois cenários com o efeito inverso ao determinado na instrução para demonstrar os efeitos com a depreciação de 25% (Cenário IV) e 50% (Cenário V). Risco de Variação Cambial Operação Passivos financeiros STN Referência para passivos financeiros Dólar USD/R$ 97 Risco USD (R$ mil) Cenário provável Cenário II Cenário III Cenário IV Cenário V (686) (2.784) (4.882) 1.412 3.510 Taxa em 31/12/2012 25% 50% -25% -50% 2,04 2,55 3,07 1,53 1,02 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação f. Gestão de risco decorrente de instrumentos financeiros--Continuação · Risco de vencimento antecipado - A CEMAR possui contratos de empréstimos, financiamentos e debêntures com covenants que, em geral, requerem a manutenção de índices econômico-financeiros em determinados níveis. O descumprimento desses índices pode implicar em vencimento antecipado das dívidas. A Administração acompanha suas posições, bem como projeta seu endividamento futuro para atuar preventivamente aos limites de endividamento mencionados nas notas explicativas nº 13 (Empréstimos e financiamentos) e nº 14 (Debêntures). · Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado à taxa de juros - As variações das taxas de juros da economia afetam tanto os ativos quanto os passivos financeiros da Companhia. Abaixo demonstramos os impactos dessas variações na rentabilidade dos investimentos financeiros e no Endividamento em moeda nacional da Companhia. A sensibilidade dos ativos e passivos financeiros da Companhia foi demonstrada em cinco cenários. Apresentamos em conformidade com a Instrução nº 475 da CVM, um cenário com taxas reais verificadas em 31 de dezembro de 2012 (Cenário Provável) mais dois cenários com apreciação de 25% (Cenário II) e 50% (Cenário III) dos indexadores. Incluímos, ainda, mais dois cenários com o efeito inverso ao determinado na instrução para demonstrar os efeitos com a depreciação de 25% (Cenário IV) e 50% (Cenário V) desses indexadores. 98 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação f. Gestão de risco decorrente de instrumentos financeiros--Continuação Risco do Fluxo de Caixa ou Valor Justo associado à Taxa de Juros Operação Risco Cenário Provável R$ Mil Cenário II Cenário III Cenário IV Cenário V ATIVOS FINANCEIROS Aplicações Financeiras CDI 29.856 37.320 44.784 22.392 14.928 PASSIVOS FINANCEIROS Empréstimos, Financiamentos e Debêntures ECF - 2034/00 FINEL (2.111) (2.193) (2.275) (2.030) (1.948) ECF - 1510/97 FINEL (33) (34) (35) (33) (32) ECF - 1639/97 FINEL (327) (337) (347) (317) (307) ECF - 1645/97 (67) (69) (71) (66) (64) ECF -1960/99 FINEL IGPM (12.635) (15.667) (18.699) (9.604) (6.572) ECF - 1908/99 FINEL (293) (304) (315) (281) (270) ECF - 2033/00 FINEL (76) (81) (85) (72) (67) FINEP TJLP (236) (348) (460) (123) (11) BNDES DIRETO ( sub-crédito A) TJLP (5.064) (5.867) (6.669) (4.262) (3.460) BNDES DIRETO ( sub-crédito B) TJLP (5.675) (6.478) (7.281) (4.873) (4.070) BNDES DIRETO ( sub-crédito D) TJLP (1) (14) (27) 13 26 BNDES DIRETO 2012 ( sub-crédito A) TJLP (44) (774) (1.505) 687 1.418 BNDES DIRETO 2012 ( sub-crédito B) TJLP (49) (780) (1.511) 682 1.413 BNDES DIRETO 2012 ( sub-crédito D) TJLP (3) (53) (103) 47 97 BNDES DIRETO 2012 ( sub-crédito E) TJLP (3) (53) (103) 47 97 IFC CDI (5.887) (7.224) (8.562) (4.550) (3.212) BNDES II TJLP (2.000) (2.160) (2.320) (1.840) (1.679) BNDES PEC TJLP (8.631) (9.387) (10.143) (7.874) (7.118) DEBENTURES 3ª EMISSAO CDI (15.030) (18.378) (21.727) (11.682) (8.333) DEBENTURES 4ª EMISSAO - 1° Série CDI (4.484) (6.450) (8.417) (2.517) (551) DEBENTURES 4ª EMISSAO - 2° Série IPCA (10.729) (13.341) (15.952) (8.118) (5.507) Taxa em 31/12/2012 25% 50% -25% -50% Referência para ATIVOS e PASSIVOS FINANCEIROS 99 CDI (% ano) 8,4 10,5 12,6 6,3 4,2 TJLP (% ano) 5,7 7,2 8,6 4,3 2,9 IGP-M (% ano) 7,8 9,8 11,7 5,9 3,9 IPCA (% ano) 5,8 7,3 8,8 4,4 2,9 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação f. Gestão de risco decorrente de instrumentos financeiros--Continuação Impacto da Sensibilidade no Resultado e no Patrimônio Líquido da companhia é demonstrado abaixo: Impacto da Sensibilidade no Resultado e no Patrimônio Líquido Cenários R$ Mil Impacto no Resultado Impacto no Lucro Cenário Provável Cenário II Cenário III (10.236) (20.471) (7.805) (15.609) Cenário IV 10.236 20.471 12.667 25.333 Cenário V · Risco de Escassez de Energia - O Sistema Elétrico Brasileiro é abastecido predominantemente pela geração hidrelétrica. Um período prolongado de escassez de chuva, durante a estação úmida, reduzirá o volume de água nos reservatórios dessas usinas, trazendo como consequência o aumento no custo na aquisição de energia no mercado de curto prazo e na elevação dos valores de Encargos de Sistema em decorrência do despacho das usinas termelétricas. Numa situação extrema poderá ser adotado um programa de racionamento, que implicaria em redução de receita. No entanto, considerando os níveis atuais dos reservatórios e as últimas simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico – ONS não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento. g. Gestão do capital A Companhia administra o seu capital de modo a maximizar o retorno dos investidores por meio da otimização do nível de endividamento e do patrimônio, buscando uma estrutura de capital eficiente e mantendo índices de endividamento e cobertura de dívida em níveis que venham a otimizar o retorno de capital aos seus investidores e garanta a liquidez da Companhia. A Administração da Companhia estabelece e acompanha as diretrizes dos níveis de endividamento e liquidez, assim como as condições de custo e prazo dos financiamentos contratados. 100 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 31 Instrumentos financeiros--Continuação f. Gestão do capital O gerenciamento do capital está baseado no acompanhamento de três indicadores financeiros, estabelecendo os limites máximos que não comprometem as operações da Companhia: · · · Dívida Líquida / EBITDA Dívida Líquida / (Dívida Líquida + Patrimônio Líquido) Dívida de Curto Prazo / Dívida Total No período findo em 31 de dezembro de 2012, a Companhia atingiu níveis esperados dos indicadores mencionados acima. 32 Compromissos Os compromissos relacionados a contratos de longo prazo com a compra de energia são os seguintes: Energia Contratada Vigência 2012 2013 2014 2015 2016 Após 2016 2011 a 2042 621.672 609.232 669.214 733.079 813.310 41.906.046 Os valores relativos aos contratos de compra de energia, cuja vigência variam de 6 a 30 anos, representam o volume total contratado pelo preço atualizado de acordo com a cláusula do CCEAR, e foram homologados pela ANEEL. 101 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 33 Segmento de negócios Segmentos operacionais são definidos como atividades de negócio dos quais pode se obter receitas e incorrer em despesas, cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal gestor das operações da entidade para a tomada de decisões sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu desempenho e para o qual haja informação financeira individualizada disponível. Todas as decisões tomadas pela Companhia são baseadas em relatórios consolidados, os serviços são prestados utilizando-se uma rede integrada de distribuição, e as operações são gerenciadas em bases consolidadas. Consequentemente, a Companhia concluiu que possui apenas um segmento passível de reporte. 34 Questões ambientais A Companhia acredita que a energia elétrica contribui para a melhoria de vida das pessoas e que se trata de um insumo indispensável para o desenvolvimento e crescimento econômico do estado do Maranhão, área de concessão da Companhia. Para cumprir esta missão de maneira responsável, a companhia exerce suas atividades de forma ambientalmente responsável, cumprindo com todas as definições ambientais estabelecidas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), como também opera em conformidade com exigências ambientais das legislações Federal, Estadual e Municipal. Entre os programas sociais em que a CEMAR está envolvida, destacam-se: · 102 Energia Voluntária - É o Programa de Voluntariado da CEMAR, que consiste em um conjunto de ações realizadas pela Companhia para incentivar e apoiar o envolvimento dos colaboradores em atividades voluntárias, através da realização de palestras educativas, atividades sociais e lúdicas nas comunidades do Estado. Em 2012 foram mais de 600 horas dedicadas ao trabalho, com 19% dos colaboradores envolvidos. A Companhia incentiva os colaboradores por meio de Campanha Interna de Incentivo, premiando aqueles que mais dedicarem horas ao trabalho voluntário, os colaborador campeão de 2012 doou mais de 90 horas do seu tempo as ações sociais. Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 34 Questões ambientais--Continuação Outro diferencial das ações voluntárias é a participação em ações sociais como o Ação Global e Cidade Solidária, mutirões de atendimento ao público realizado por instituições locais. Destaque também para o programa Mini empresa do da Associação Junior Achievement, que envolveu 13 colaboradores que participaram durante 6 meses orientando e apoiando alunos do Ensino Médio na introdução ao empreendedorismo. 103 · Energia na Comunidade - Canal direto de relacionamento com a comunidade, com diversas frentes de atuação, o programa está presente em todo estado, através dos Agentes da Comunidade, oferecendo atendimento de qualidade, promovendo cultura e lazer, realizando atividades culturais e levando informações sobre economia de energia e segurança com energia elétrica. Em 2012 foram 773 ações sociais, tendo impactado diretamente 28.600 pessoas e indiretamente 84.000 pessoas. As ações sociais incluem palestras, programas de visitas, entrevistas em rádios e tv´s, blitz, troca de lâmpadas, carreatas, cadastro tarifa baixa renda, entre outros. Foi por meio do Programa que foi realizado pela primeira vez o Fórum de Liderança Comunitária. O objetivo inicial é criar com lideres comunitários um canal de dialogo direto com os mesmos. · Arte com Segurança- Para realizar ações educativas para um público adolescente é preciso mergulhar no universo deles. Por isso, a CEMAR desenvolveu o projeto Arte com Segurança, em parceria coma CUFA, ampliando o seu escopo e a quantidade de muros de subestações grafitados. O projeto que tem por objetivo utilizar os espaços públicos para divulgar a arte da grafitagem com uma mensagem informativa e de utilidade para a população, no caso a segurança com a energia elétrica. Realizamos grafitagem nos muros das subestações em Imperatriz, no Muro do Centro de Distrubuição e no muro interno da Subestação do São Franscisco. · Programa de Capacitação Profissional - O Programa tem como objetivo capacitar pessoas de baixa renda com foco no ingresso do mercado de trabalho. Durante o ano de 2012, foram oferecidos 14 cursos de Capacitação Profissional em parceria com a FIEMA/SENAI. Os cursos foram ofertados para as comunidades por meio do relacionamento dos Agentes de Comunidade com lideranças comunitárias e a Imprensa. Sendo os cursos realizados: Inclusão digital, Eletricistas, Corte e Costura, Classificador de Grãos, Mecânico de Motos e Pedreiros. A CEMAR absorveu para o quadro de leituristas da CEMAR 12 pessoas. No curso, Mecânico de Motos em Bacabal, 70% já trabalha no mercado local e novas contratações serão viabilizadas até Fevereiro de 2013. Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 34 Questões ambientais--Continuação · Projetos Culturais e Esportivos – Promover o contato e a prática com o campo cultural, contribuir para a melhoria da qualidade de vida, promover maior acesso à cultura e a prática da cidadania, além de incentivar a prática desportiva como forma de inclusão social, investindo assim a CEMAR dá sua contribuição para a melhoria dos indicadores do nosso Estado. Com o apoio das leis de incentivo a cultura e esporte a CEMAR investiu aproximadamente 5 milhões em projetos de inclusão sociocultural e esportivo. Os projet os apoiados atualmente são caracterizados pela introdução ao esporte para cidadania, escolas de músicas, eventos esportivos e culturais abertos ao grande públicos, representatividade do Maranhão para todo o pais, valorização da cultura local, entre outros. Entre os projetos investidos estão Escola de Futebol Esporte é Cidadania, Judô no Jaracaty, Construção da Quadra Barrigudeira, entre outros. · Projetos de Investimento Social Privado com apoio financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Social – Uma parceria firmada em 2012 entre a CEMAR e o BNDES, proporcionou um investimento inédito: 1 milhão de reais para construção e reforma de instituições sociais em quatro municípios maranhenses. Dentre os projetos estão: - O projeto AMAS (Associação Maranatha de Assistência Social), atende em Imperatriz, cerca de 250 crianças. A Associação funciona desde 2001 e entre as atividades desenvolvidas está o projeto “Futebol Bola pra Frente”, principal ação da instituição, que também atua na alfabetização de adultos, cursos de artesanato, palestras educativas, projeto sopão, mutirões médicos, jurídicos entre outros. Entre os benefícios, está a construção do campo de futebol gramado, quadra de vôlei de areia, vestiários compra de novo ônibus para os alunos, equipamento esportivos e uniformes. - A Associação Carente São Benedito do Bairro de Fátima, inaugurada no dia 18 de janeiro, atende em São Luís, cerca de 300 crianças. É uma instituição sem fins lucrativos que atua como uma Creche-Escola e um espaço de atividades sociais para a comunidade, tendo como missão melhorar a qualidade de vida das pessoas da referida área. Entre os benefícios proporcionados pela CEMAR está a drenagem do sistema de água, construção da quadra de esportes, ampliação do espaço, playground, pintura e mobília adequada. - Centro Educacional São Raimundo Nonato que atende cerca de 180 jovens e crianças em Timon, oferecendo atividades esportivas como Badminton, Beach Soccer e atividades educativas. O centro recebeu reforma e construção de quadras, brinquedotexa e playground. 104 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 34 Questões ambientais--Continuação - Creche Mãe Firmina construção de uma nova creche para comunidade do Alto Bandeirante em Bacabal, com o terreno doado pela Prefeitura a CEMAR entregou uma escola adequada as crianças e completamente mobiliada. · Com a Caravana da Economia CEMAR, a Companhia vem trocando geladeiras velhas por geladeiras novas mais eficientes em vários municípios do Maranhão. A CEMAR desde o início do Programa, em 2007, já trocou mais de 30 mil geladeiras em 41 municípios maranhenses. , além de promover ações educativas em vários municípios. Para este programa a CEMAR já disponibilizou aproximadamente R$10 milhões. · Com o ECOCEMAR a Companhia deu início a um programa de troca de resíduos recicláveis por bônus na conta de energia. Com isso, a CEMAR além de gerar renda para o pagamento das contas de energia, está também incentivando a preservação do meio ambiente por meio da educação e atitude sustentável. Cerca de 2.260 toneladas de resíduos recicláveis foram coletados desde o início do Programa ECOCEMAR até hoje e, aproximadamente R$136.000,00 foram revertidos em bônus para clientes, entre pessoas físicas, instituições de apoio ou filantrópicas. O projeto em São Luis conta com 17 pontos de coleta. Leilão Solidário – Todos os anos os brindes recebidos pelos colaboradores no fim de ano, dados por fornecedores, são entregues a Gerencia de Comunicação e Marketing para a realização do Leilão Solidário. O Leilão Solidário 2011 foi feito no período da Páscoa, sendo chamado de Leilão Solidário de Páscoa. Foram 68 brindes leiloados e R$ 5.085 doados para 4 instituições de municípios maranhenses. 105 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 35 Ativos e passivos regulatórios Em função da adoção das normas internacionais de contabilidade e as Normas Contábeis adotadas no Brasil, a Companhia reverteu integralmente os saldos dos ativos e passivos regulatórios. Caso os ativos e passivos regulatórios não tivessem sido revertidos, a Companhia teria registrado em suas demonstrações contábeis os seguintes saldos: 31/12/2012 31/12/2011 7.313 28.155 2.888 62.873 TOTAL ATIVO CIRCULANTE 35.468 65.761 TOTAL DO ATIVO 35.468 65.761 31/12/2012 31/12/2011 CIRCULANTE Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Outros componentes finaceiros da tarifa (16.574) (28.880) (22.465) (17.464) TOTAL PASSIVO CIRCULANTE (45.454) (39.929) TOTAL DO PASSIVO (45.454) (39.929) 31/12/2012 31/12/2011 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Energia elétrica comprada para revenda Encargos de uso do sistema de transmissão e distribuição TOTAL DAS DESPESAS OPERACIONAIS RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA Receitas financeiras Despesas financeiras TOTAL RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA (54.475) (3.426) 18.085 (557) 17.528 (6.561) (1.819) (8.380) 1.684 (555) 1.129 996 (2.897) (1.901) RESULTADO (35.818) (13.707) ATIVO CIRCULANTE Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Outros componentes finaceiros da tarifa PASSIVO 106 Companhia Energética do Maranhão – CEMAR Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 36 Eventos subsequentes Em 24 de janeiro de 2013, foi publicado a medida provisória nº605, que altera a Lei nº10.438, de 26 de abril de 2002, na parte em que cria a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Esta medida inclui como objetivos deste encargo o provimento de recursos para compensar descontos aplicados nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de distribuição e nas tarifas de energia elétrica, bem como recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões de geração de energia elétrica, assegurando assim o equilíbrio da redução das tarifas das concessionárias de distribuição, consoante disposto no § 2o do art. 1o da Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013. 107 Conselho de Administração Alessandro Monteiro Morgado Horta Ana Marta Horta Veloso Carlos Augusto Leone Piani Eduardo Haiama Firmino Ferreira Sampaio Neto Francisco Carlos Campos Gilberto Sayão da Silva José Carlos Muniz de Brito Filho Lídce Almeida Silva Conselho Fiscal Efetivos Carlos Eduardo Martins e Silva Denise da Cunha D’Angelo Palácio Felipe Sousa Bittencourt Paulo Roberto Miguez Bastos da Silva Sérgio Passos Ribeiro 108 Diretoria Executiva Augusto Miranda da Paz Júnior Diretor Presidente Eduardo Haiama Diretor de Relações com Investidores Carla Ferreira Medrado Diretora José Jorge Leite Soares Diretor Humberto Soares Filho Diretor Marcos Antônio Souza de Almeida Diretor Chrysthyan Gonçalves de Almeida Diretor Tinn Freire Amado Diretor Geovane Ximenes de Lira Contador CRC PE-012996-O-S-MA 109