Rejeitos radioativos
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Rejeitos radioativos
II Workshop Internacional ENUMAS 2010 Oportunidades em Atividades Nucleares no Brasil: Medicina, Agricultura e Indústria Minicurso: Há solução para o problema dos rejeitos radioativos? Roberto Vicente Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares Unicamp – Campinas – SP 20/08/2010 Atenção Muitas das imagens exibidas nesta apresentação foram copiadas, e algumas foram adaptadas, de sítios da internet, mas estão protegidas por leis de direitos autorais. Quando disponíveis, os créditos foram dados ao lado das imagens. Esta apresentação destinou-se somente a ilustrar a palestra sobre rejeitos radioativos proferida pelo autor no ENUMAS, não podendo ser utilizada para outras finalidades, inclusive comerciais. Há solução para o problema dos rejeitos radioativos? Uma parcela da população, em particular certas Organizações Não Governamentais, têm uma visão muito negativa e estereotipada do assunto. A energia nuclear é vista como insegura, suja e cara e, Atualmente, a questão dos rejeitos radioativos é central. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA LICENÇA PRÉVIA Nº 279/2008 CONDICIONANTES DA LICENÇA PRÉVIA (ANGRA 3) ..... 2.17. Dar início ao processo de licenciamento ambiental do repositório nuclear da CNAAA, dentro do âmbito do convênio da ELETRONUCLEAR e CNEN, antes do início da operação da Unidade 3; 2.18. Apresentar proposta e iniciar a execução do projeto aprovado pelo órgão ambiental para disposição final dos rejeitos radioativos de alta atividade antes do inicio da operação da Unidade 3. http://www.ibama.gov.br/wp-content/files/LP279-2008-Angra 3.pdf O QUE SÃO REJEITOS RADIOATIVOS? Segundo a definição da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), são necessárias três condições para um material ser considerado rejeito radioativo: "O material ... 1. deve ser resultante de atividades humanas; 2. deve conter radioisótopos em concentração superior aos limites de isenção da norma CNEN-NE-6.02; 3. para o qual a utilização é imprópria ou não prevista". Independentemente da origem, nuclear ou não. Rejeitos radioativos são gerados em várias atividades humanas: instalações do ciclo do combustível nuclear, medicina, indústria, pesquisa, agricultura, minerações descarte de alguns produtos de consumo É justificada essa preocupação com os rejeitos? A maioria desses rejeitos pode representar ameaça à saúde humana e ao meio ambiente, por longos períodos de tempo, se não forem tratados adequadamente. Objetivo Fundamental da Gestão de Rejeitos Radioativos Proteger o Homem e o meio ambiente (outras espécies e recursos naturais) de efeitos prejudiciais dos rejeitos gerados em práticas passadas e para que as aplicações das substâncias radioativas possam continuar a ser usufruídas pela Humanidade. O que proteger? •Homem •Meio ambiente •Recursos naturais Irradiação direta Indivíduo do público Gases e aerossóis Instalação nuclear ou radioativa Efluentes líquidos trabalhador Resíduos sólidos 9 Para se fazer a adequada GESTÃO DE REJEITOS RADIOATIVOS são necessários: PRINCÍPIOS ÉTICOS LEIS E REGULAMENTOS PADRÕES DE SEGURANÇA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Um problema transdisciplinar PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Filosofia Direito Sociologia Engenharias Física Química Gestão de rejeitos radioativos Matemática Ecologia Meteorologia Biologia Fisiologia Geociências Geografia áreas ainda não identificadas Os Nove Princípios Fundamentais para a Gestão dos Rejeitos Radioativos, estabelecidos pela Agência Internacional de Energia Atômica, em 1995, estão detalhados no documento ao lado. São declarações sobre aspectos éticos que devem fundamentar os objetivos da Gestão dos Rejeitos. http://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/Pub989e_scr.pdf PRINCÍPIOS 1o. Princípio - Proteção à saúde humana Os rejeitos radioativos devem ser gerenciados de forma a se assegurar um nível adequado de proteção à saúde humana. 2o. Princípio - Proteção ao meio ambiente Os rejeitos radioativos devem ser gerenciados de forma a se assegurar um nível adequado de proteção ao ambiente natural. 3o. Princípio - Proteção além fronteiras Deve-se assegurar um nível adequado de proteção à saúde das pessoas e ao meio ambiente além das fronteiras do país 4o. Princípio - Proteção às futuras gerações Deve-se assegurar às futuras gerações que os impactos previstos sejam no máximo iguais aos que são considerados aceitáveis hoje. 5o. Princípio - Sem encargos às futuras gerações Os rejeitos radioativos devem ser gerenciados de forma a não se deixar encargos indevidos de proteção às futuras gerações. 6o. Princípio - Base legal apropriada Os rejeitos devem ser gerenciados sob base legal apropriada, que indique as responsabilidades e a função reguladora independente. 7o. Princípio - Limitação da geração de rejeitos A geração de rejeitos radioativos deve ser mantida no nível mais baixo que seja praticável, em volume e em atividade. 8o. Princípio - Interdependência da geração e gestão A interdependência entre todas as etapas de geração de gestão dos rejeitos radioativos deve ser considerada adequadamente. 9o. Princípio - Segurança das instalações A segurança das instalações para a gestão dos rejeitos radioativos deve ser assegurada apropriadamente durante toda sua vida útil O apêndice 5 – Princípios do documento ao lado, estabelece os Princípios de Desenvolvimento Sustentável e descreve como eles devem ser aplicados para o desenvolvimento das políticas públicas da gestão dos rejeitos radioativos no Reino Unido. ‘Princípios’ da DEFRA – Grã-Bretanha 1o. Princípio – Desenvolvimento sustentável 2o. Princípio – O ser humano no centro das atenções 3o. Princípio – Respeito aos limites do ambiente 4o. Princípio – Transparência, informação, participação 5o. Princípio – Ação com precaução 6o. Princípio – Ação com base na melhor ciência 7o. Princípio – Princípio do poluidor pagador 8o. Princípio – Visão de longo prazo 9o. Princípio – Balanço entre custos e benefícios 10o. Princípio – Sistema transparente e solidário Organization for the Economic Co-operation and Developement O documento discute uma estratégia para a deposição final de rejeitos radioativos de meia-vida longa, desde uma perspectiva ambiental e ética, incluindo considerações sobre eqüidade e justiça à presente e às futuras gerações. O documento apresenta os requisitos para a gestão dos rejeitos radioativos, de acordo com a visão de uma organização anti-nuclear, na forma de ‘princípios ambientais’. Amplitude da questão dos rejeitos radioativos Filosofia Direito Sociologia Engenharias Física Gestão de Exemplos de problemas: rejeitos Química radioativos •Análises probabilísticas de Ecologia Eventos e Processos que possam levar à ruptura do Matemática isolamento dos rejeitos em longo Meteorologia prazo •Modelagem do Transporte e Difusão dos Biologia radionuclídeos em meios porosos e Fisiologia fraturados do ambiente dos repositórios. Geociências Geografia Amplitude da questão dos rejeitos radioativos Filosofia Direito Física Química Matemática Biologia Sociologia Engenharias A base legal do país precisa ser desenvolvida de acordo com a magnitude e abrangência do Gestão de país. problema de cada Ecologia rejeitos Algumas referências do Brasil: radioativos • Artigos 21 e 22 da Constituição • Lei Federal No. 10308 de 20/11/01 Meteorologia • Regulamentos CNEN, p.exemplo: Gerência de rejeitos radioativos em instalações radiativas • Decreto nº 5935 de 19 de novembro de 2006 Promulga a Fisiologia Seguro do Convenção Conjunta para o Gerenciamento Combustível Nuclear Usado e dos Rejeitos Radioativos. Geociências Geografia • Ninon Guerra Machado Faria, Aspectos jurídicos e institucionais dos rejeitos radioativos. Tese de doutorado Amplitude da questão dos rejeitos radioativos Filosofia Direito Sociologia Alguns aspectos dessa área: • • Engenharias Física aceitação pública da tecnologia nuclear; de radioativos; aceitação das instalaçõesGestão de rejeitos rejeitos Química • comunicação com o público e meios de participação radioativos Ecologia da sociedade nas decisões; • identificação dos valores, crenças, aspirações, Matemática preferências e opiniões do público; • Meteorologia comunicação intergeracional. Biologia Fisiologia Geociências Geografia ESTRATÉGIA GERAL DA GESTÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS 1. Minimizar a geração dos rejeitos radioativos; 2. Manter controle sobre os rejeitos em todas as etapas da gestão; 3. Minimizar as doses de radiação e, ao mesmo tempo, Minimizar os custos da gestão, aplicando o princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable); 4. Diluir e Dispersar (D&D) os rejeitos 5. Reter e Retardar (R&R) a liberação 6. Concentrar e Confinar (C&C) FLUXOGRAMA GERAL DA GESTÃO DE REJEITOS RADIOATIVOS AUTORIZAÇÃO DA PRÁTICA LICENCIAMENTO justificação, otimização limitação de dose exclusão ou isenção das fontes de radiação CARACTERIZAÇÃO GERAÇÃO DE REJEITOS física, química e radiológica minimização e segregação radioativo DESCARTE liberação não TRATAMENTO condicionamento/redução de volume ARMAZENAMENTO INTERMEDIÁRIO guarda, registro, rastreabilidade sim DEPOSIÇÃO FINAL MEIO AMBIENTE critérios aceitação, estudo de local, avaliação de segurança cenários, avaliação de dose, autorização não radioativo não tóxico O que são rejeitos radioativos? a) b) c) d) e) como são, de onde vêm, como são tratados, qual o destino final, qual o perigo Como são os rejeitos radioativos? MATERIAL DE LABORATÓRIO Frascos, vidraria, luvas, papel, algodão SÓLIDOS COMPACTÁVEIS Recolhidos em tambores metálicos e sacos plásticos 3H 14C 32P 35S 99Mo 131I MATERIAL DE FILTRAGEM Filtros de ar 90Sr 99Tc Resina de troca iônica 129I 137Cs LÍQUIDOS E SÓLIDOS ÚMIDOS Soluções aquosas ou orgânicas, lamas e tortas 90Sr 137Cs 226Ra 228Ra 239Pu 241Am FONTES SELADAS 60Co 90Sr 137Cs 226Ra 238Pu 241Am ELEMENTOS COMBUSTÍVEIS QUEIMADOS 90Sr 99Tc 129I 137Cs 239Pu 241Am + ~500 outros radioisótopos RESÍDUOS DA MINERAÇÃO 210Pb 222Rn 226Ra 228Ra 230Th 232Th 238U REJEITOS DO DESCOMISSIONAMENTO 60Co 90Sr 99Tc 129I 137Cs 239Pu 241Am Como são os rejeitos radioativos? Critérios de classificação • • • • • Estado físico (sólido, líquido e gasoso) Atividade (alta ou baixa) Meia-vida (curta, média ou longa) Tipo de emissores (beta/gama ou alfa) Origem (ciclo do combustível, aplicações na medicina, indústria etc., minerações, desmontagem de instalações) • Tipo de tratamento (compactável, incinerável, descontaminável etc.) Classes de meia-vida e atividade Escala de confinamento De onde vêm os rejeitos? 1. Aplicações da tecnologia nuclear na medicina: • Radioterapia com fonte selada teleterapia, braquiterapia (60Co,137Cs,192Ir,...) • Medicina nuclear radioterapia com radioisótopo (131I,153Sm, ...) radiodiagnóstico por cintilografia (99mTc,131I, ...) radiodiagnóstico por PET e SPECT (18F,133Xe, ...) • Diagnóstico in vitro – radioimunoensaio (3H,14C,...) • Outras aplicações densitometria óssea (137Cs, 241Am,...) irradiação de sangue e tecidos (60Co,137Cs,...) marcapasso nuclear (238Pu) BNCT (reator nuclear) Teleterapia – modalidade ‘bisturi gama’, com fontes de 60Co, aplicada em malformações arteriovenosas, metástases cerebrais, meningeomas, tumores de hipófise e patologias funcionais como epilepsia e Mal de Parkinson. rejeitos radioativos: as próprias fontes, após fim da vida útil, e rejeitos contaminados, gerados nos processos de fabricação. Braquiterapia: modalidade aplicação manual: irradiação com fontes seladas – agulhas, placas, fios e sementes, em contacto direto com o tecido a tratar. Fontes utilizadas: 226Ra, 198Au, 192Ir, 125I rejeitos radioativos: as próprias fontes, após fim da vida útil, e rejeitos contaminados, gerados nos processos de fabricação. Radioterapia com radioisótopos: administração, ao paciente, de radiofármaco que tem afinidade com o órgão ou tecido a ser irradiado. 32P, 89Sr, 131I, 153Sm, 169Er, 191Au Exemplo: 131I-metaiodobezilguanidina, injetado no paciente, concentra-se em tecidos e órgãos específicos. O ponto de concentração intensa (seta à direita) indica um feocromocitoma da glândula adrenal esquerda. Os outros sítios de ‘uptake’ visíveis são glândulas salivares, fígado e trato urinário. Rejeitos: gases, líquidos e sólidos contaminados durante a fabricação, materiais de uso médico e excreta do paciente. Diagnóstico por cintilografia: administração, ao paciente, de radiofármaco que tem afinidade com o órgão ou tecido a ser visualisado.Câmara gama ‘vê’ a radiação emitida pelo isótopo. 51Cr,57Co,59Fe,67Ga,75Se,81mKr,99mTc,125I,133Xe,169Er,198Au,201Tl A gama-câmera faz um mapa da concentração do radioisótopo no corpo do paciente, evidenciando os sítios alvo. A imagem do centro mostra metástase óssea num homem e a da direita um câncer de tireóide e as metástases no pulmão de um cão. Rejeitos: gases, líquidos e sólidos contaminados durante a fabricação, materiais de uso médico e excreta do paciente. Radiodiagnóstico por PET*: Cortes tomográficos a partir da detecção de radiação gama de aniquilamento de pósitrons. 11C, 15O, 18F, 68Ga *PET = positron emmission tomography Radiodiagnóstico SPECT*: É a tomografia computadorizada por emissão de fóton único, que permite a obtenção de imagens tomográficas. 99mTc, 111In, 123I, 133Xe O tomógrafo SPECT permite obter, por exemplo, imagens tomográficas do músculo cardíaco (centro) e do cérebro durante um ataque (direita). SPECT = Single Photon Emmission Computed Tomography IRRADIAÇÃO DE PRODUTOS DE SANGUE PARA TRANSFUSÃO: sangue, hemácias, plaquetas e granulócitos são irradiados com radiação gama para evitar que os linfócitos do doador ataquem órgãos do receptor (TA-GVHD*). Cs137 *Transfusion Associated Graft Versus Host Disease IRRADIAÇÃO DE TECIDOS PARA TRANSPLANTE: pele, osso, cartilagem, âmnion são irradiados para esterilização antes de serem armazenados em bancos de tecidos, que ficam a disposição para enxerto ou transplante. 60Co rejeitos radioativos: as fontes radioativas utilizadas para irradiar, após fim da vida útil, e rejeitos contaminados, gerados nos processos de fabricação das fontes. BATERIA NUCLEAR PARA MARCA-PASSO: baterias de longa duração foram fabricadas no passado usando radioisótopos como fonte de energia, para alimentar marca-passos cardíacos que dispensavam troca freqüente. BNCT: Boron Neutron Capture Therapy : pacientes de vários tipos de câncer no cérebro (p.ex.: glioblastoma ou melanoma) recebem uma dose de substância contendo boro na sua molécula (p.ex.: Borofenilalanina) a qual é absorvida preferencialmente pelas células tumorais. A irradiação do paciente com nêutrons provoca a fissão do isótopo 10 do boro. rejeitos radioativos: as fontes de nêutrons, após fim da vida útil, ou rejeitos da operação dos reatores nucleares utilizados. 2. Aplicações da tecnologia nuclear na indústria: • Radiografia industrial gamagrafia, neutrongrafia • Medidores nucleares medidores de nível, densidade, espessura, fluxo • Esterilização alimentos, produtos farmacêuticos, turfa, esgoto • Processos de fabricação por irradiação membrana hidrogel, silício, polímeros, gemas • Instrumentos analíticos fluorescência de raios-X, captura eletrônica, perfilagem gama • Geradores termoelétricos radioisotópicos baterias nucleares • Traçadores radioisotópicos Medidores nucleares: A transmissão/atenuação de radiações pelos materiais é utilizada em diversos transdutores de uso industrial no controle de processos, controle de qualidade e segurança. 22Na, 55Fe, 60Co, 85Kr, 90Sr, 109Cd, 134Cs, 137Cs, 147Pm, 241Am–Be, 238Pu, 252Cf Medidores de Nível Esterilização: A radiação gama de fontes de 60Co é utilizada para eliminar microorganismos em diversos produtos.. Madeira para exportação, cosméticos, alimentos e produtos de uso médico e farmacêutico Processos de fabricação com radiação: A radiação gama de fontes de 60Co ou nêutrons de reatores nucleares são utilizadas para induzir reações química durante a produção de diversos artigos. Alteração de cor em gemas, fabricação de membranas hidrogel, polimerização sem solventes, dopagem de tarugos de silício para fabricação de semicondutores. Instrumentos analíticos: Detetor de fluorescência de raios-X 55Fe, 109Cd, 241Am e Detetor de captura eletrônica 63Ni Análise de halogênios, nitrila, compostos organometálicos e nitro compostos em concentrações de parte por trilhão. Equipamentos de segurança Aplicações da tecnologia nuclear na agricultura • Desinfestação de alimentos frutas, temperos • Esterilização de turfa • Controle de pragas Técnica do inseto estéril • Traçadores radioisotópicos • Irradiação para aumento da variabilidade genética • Controle de umidade Desinfestação de alimentos: A irradiação de frutas, temperos e produtos fitoterápicos, com radiação gama, é necessária para eliminação de ovos e larvas de insetos, protozoários, fungos e bactérias. A irradiação de sementes (alimento para pássaros) é necessária para evitar brotamento. rejeitos radioativos: as próprias fontes, após fim da vida útil, e rejeitos contaminados, gerados nos processos de fabricação. Rhizobium-legume symbiosis model Irradiação de turfa com 60Co para a fabricação de inoculantes, principalmente para plantio da soja, objetiva apresentar uma contaminação microbiana baixa. O microorganismo produtor de nitrogênio, Bradyrhizobium japônica, a ser inoculado, tem resistência baixa e, se tiver que competir com uma grande população microbiana, não se desenvolverá adequadamente. Controle de pragas: A Técnica do Inseto Estéril (SIT*) consiste na irradiação dos insetos, em alguma etapa do seu desenvolvimento (ovo, larva, pupa, adulto), com radiação gama do 60Co, para provocar a esterilidade reprodutiva em machos da espécie, os quais competem com machos selvagens pelas fêmeas e reduzem sua população no ambiente infestado. SIT = sterile insect technique mosca da fruta pupas antes da irradiação machos sendo liberados http://www.moscamed.org.br/ Aplicações da tecnologia nuclear na pesquisa e controle ambiental • Traçadores radioativos • Melhoramento genético de espécies • Detecção de contaminação ambiental • Análise isotópica Análise dos elementos indicados em vermelho em concentrações de até ppb H Li Na K Rb Cs Fr Be Mg Ca Sr Ba Ra B Al Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Ac C Si Ge Sn Pb N P As Sb Bi O S Se Te Po Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lw F Cl Br I At He Ne Ar Kr Xe Rn 60 Taxa de recarga de aqüíferos Caracterização de estações de tratamento de esgotos Mapeamento de fluxo em canais Mapeamento de contaminação ambiental por pesticidas Aplicações na pesquisa • Análises químicas elementares em materiais • Estudos de rastreamento de substâncias em processos industriais • Uso de feixes de nêutrons e raios gama em pesquisa http://www.ipen.br/crpq/lan.htm http://www.ipen.br/ctr/index.html Traçadores radioisotópicos: Radioisótopos de elementos essenciais a plantas são usados para determinar a química do sistema solo/planta; radioisótopos diluídos em águas de superfície indicam a direção e a taxa de infiltração no solo; radioisótopos diluídos em açudes indicam taxa de escape para o subsolo; ração contendo radioisótopos indicam a química de elementos essenciais na relação parasita/hospedeiro no gado. 3H, 32P, 45Ca, 55Fe, 65Zn, 86Rb. microorganismos rejeitos radioativos: materiais contaminados gerados nos processos de fabricação dos radioisótopos. fotossíntese Indução de variabilidade genética: A irradiação de sementes para induzir variabilidade genética tem sido utilizada há décadas para melhoramento genético de plantas. Aplicações da tecnologia nuclear na produção de Energia • Usinas nucleo-elétricas • Usinas de dessalinização de água • Usinas de aquecimento de água • Reatores nucleares de propulsão • Baterias nucleares Aplicações da tecnologia nuclear na produção de Energia Angra I e II 2.000 MWe Angra III 1.350 MW Produção (2006) 13 TW·h Média annual 12 TW·h REATORES DE POTÊNCIA NO MUNDO usa frança eslovênia hungria lituânia suíça eslováquia japão coréia armênia rússia holanda finlândia argentina bélgica rep.checa bulgária brasil suécia alemanha canadá inglaterra méxico irã ucrânia taiwan itália áfrica do sul china índia em operação espanha em construção romênia cazaquistão paquistão desligado Energia nuclear para produção de água potável Kazaquistão: reator de Aktau produz 135 MWe de eletricidade, aquecimento e 80,000 m³/dia de água potável, há 27 anos. Japão: dez reatores produzem entre 1000 e 3000 m³/dia cada uma de água potável, com 100 reatores-ano de experiência acumulada. Índia: unidade experimental produz 170 MWe, 1800 m³/dia de água industrial e 4500 m³/dia de água potável, desde 2002. Usina de Aktau, às margens do mar Cáspio Aplicações da tecnologia nuclear na produção de calor para aquecimento (District Heating) Alguns exemplos: • Ågesta Nuclear Power Plant, na Suécia • Beznau Nuclear Power Plant, na Suíça, para 20.000 pessoas • Rússia, várias usinas de co-geração (eletricidade e calor) produziram 11,4 PJ de água quente em 2005 e novos projetos vão triplicar a capacidade em uma década. Aplicações da tecnologia nuclear na produção de energia para propulsão Submarinos, navios quebra-gelo, porta-aviões + 4 navios mercantes: EUA, Alemanha, Japão, Russia* * Севморпуть (Северный морской путь) o único em operação. Baterias radioisotópicas: Radioisotope thermoelectric Generator (RTG) usa o calor liberado pelo decaimento radioativo para gerar eletricidade em sondas espaciais e em estações meteorológicas em locais remotos. 90Sr, 238Pu, 241Am RTG da sonda Cassini sendo inspecionado (238Pu). RTG’s da antiga URSS, usados no Ártico, sucateados (238Pu) 90Sr Como são tratados os rejeitos radioativos? http://www.worth1000.com/search/radioactive%20ooze Compactação no tambor - Processo mecânico em que se utilizam prensas hidráulicas (dezenas de toneladas) para diminuir o volume dos rejeitos, reduzindo os espaços vazios existentes. Compactação do tambor - Processo mecânico em que se utiliza prensas hidráulicas (centenas de toneladas) para diminuir o volume de tambores contendo rejeitos. INCINERAÇÃO Combustão dos resíduos em fornos que operam a temperaturas elevadas. Tratamento dos gases (filtros e lavadores de gases) Alimentação Queima Recolhimento das cinzas Kernforschungzentrum Karlsruhe - Alemanha Corte e fragmentação Kernforschungzentrum Karlsruhe - Alemanha Kernforschungzentrum Karlsruhe - Alemanha Kernforschungzentrum Karlsruhe - Alemanha Encapsulamento/imobilização É a incorporação do rejeito em uma matriz sólida, geralmente, cimento ou concreto. Utilizada para rejeitos sólidos secos não compactáveis. Rejeitos líquidos e lamas são imobilizados em matriz sólida, freqüentemente, cimento Portland. TRATAMENTO DE REJEITOS GASOSOS O tratamento é, quase todo, in situ. 85 TRATAMENTO DE REJEITOS GASOSOS O tratamento consiste na descontaminação de efluentes radioativos gasosos por filtração 86 TRATAMENTO DAS FONTES RADIOATIVAS SELADAS 87 TRATAMENTO DE FONTES RADIOATIVAS SELADAS O tratamento proposto pelo GRR é a colocação das fontes em cápsulas de chumbo e armazenamento com blindagem adicional 88 TNA5787 Visão Panorâmica do Sistema de Deposição Sistema de deposição no Repositório DETALHES DO MÉTODO DE DEPÓSIÇÃO DAS FONTES Para onde vão os rejeitos? Conceito Geral de Deposição Confinar os rejeitos durante o tempo necessário ao decaimento, prevenindo a migração de radionuclídeos para a biosfera e minimizando o risco de intrusão no repositório antes que os rejeitos tenham se tornado inócuos. Destinação dos rejeitos • Armazenamento Intermediário • Deposição Final Armazenamento Intermediário • Decair até atingir o nível permitido para descarte, • Esfriar e aguardar deposição final, • Aguardar deposição final Deposição Final A percepção negativa sobre a deposição faz com que apareça a síndrome de NIMBY em qualquer comunidade candidata a hospedar um depósito final. TNA5787 NIMBY = not in my backyard 98 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 VÁRIAS ALTERNATIVAS FORAM SUGERIDAS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS PARA A DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS, SEJAM IDÉIAS EXTRAVAGANTES OU PROPOSTAS SÉRIAS. 99 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 1. SOB O MANTO DE GELO DAS CALOTAS POLARES Alternativa já investigada pelos EUA Objeções: Custo elevado devido à distância e às condições ambientais; incerteza sobre segurança de longo prazo por causa do risco de degelo; rejeitada por países comprometidos com soluções dentro de suas próprias fronteiras; Tratado da Antártica proibe. http://www.ats.aq/index_e.htm 100 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS 2. LANÇAR NO ESPAÇO, ENVIAR AO SOL Alternativa já investigada pelos EUA. Objeções: Custos proibitivos; riscos de acidente inaceitáveis durante lançamento. Não obstante, vários quilogramas de Pu-238 foram lançados a bordo de sondas espaciais, dentro das baterias nucleares. 101 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 3. LEVAR PARA PAÍSES COM MAIS TECNOLOGIA OU MAIS ‘ESPAÇO’ Alternativa já praticada por vários países, no passado. Objeções: Resistência das populações nos países adiantados em recebê-los; 102 proibido pela Convenção de Basiléia sobre Exportação de Resíduos. http://www.basel.int/ ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 4. DEIXAR COMO ESTÁ PARA QUE AS FUTURAS GERAÇÕES, DE POSSE DE TECNOLOGIAS MAIS AVANÇADAS, RESOLVAM Alternativa ainda proposta, frequentemente, por ONG’s anti-nucleares. Objeções: Não há quaisquer garantias de que as futuras populações serão aptas a gerenciá-los adequadamente; a sociedade que usufruiu os benefícios da prática que gerou os rejeitos tem a obrigação moral de resolver o problema. 103 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 5. DEPOSITAR EM MINAS ABANDONADAS Alternativa utilizada por vários países, no passado. Ex.: Espanha, Alemanha, República Tcheca. Objeções: a segurança dos repositórios, em longo prazo, é fundamentada no conceito de múltiplas barreiras naturais e artificiais; esses locais, dificilmente 104 atenderiam aos modernos requisitos de segurança. ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 6. DEPOSITAR NAS PLACAS TECTÔNICAS EM SUBDUCÇÃO Alternativa investigada pelos EUA Objeções: indisponibilidade de locais na maioria dos países; risco de acidentes; rejeitada por acordo internacional. 105 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 7. LANÇAR NO MAR Alternativa já utilizada no passado por Bélgica, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Rússia, República da Coréia, Suíça, Reino Unido e EUA. www.londonconvention.org Objeções: Proibido pela Convenção de Londres. 106 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 8. DEPOSITAR SOB O LEITO OCEÂNICO Alternativa investigada pela Suécia e pelo Reino Unido. Objeções: Custos; risco de acidentes; tecnologia ainda não comprovada; rejeitado por acordo internacional . 107 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 9. RECICLAR/REAPROVEITAR Alternativa já implementada por vários países. Ex.: França, Reino Unido, Japão, EUA, Rússia, Alemanha, Índia, China, para elemento combustível. Objeções: Aplicabilidade para apenas uma parte dos rejeitos; oposição de parte da sociedade (partidos verdes, ONG’s) por causa da percepção de ligação da reciclagem com a proliferação nuclear. 108 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 10. ARMAZENAMENTO DE LONGO PRAZO NA SUPERFÍCIE Alternativa já investigada por França, Reino Unido, Suíça, EUA e Holanda Objeções: Impossibilidade de garantir monitoramento em longo prazo; dúvidas sobre a estabilidade e capacidade das futuras gerações em manter controle; incertezas sobre se as informações passadas às futuras gerações serão compreendidas adequadamente. 109 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 11. POÇOS TUBULARES PROFUNDOS Alternativa já investigada por Reino Unido, Suíça, EUA, Suécia, Rússia, Itália, Dinamarca e outros. Objeções: O custo é elevado para grandes volumes de rejeitos. 110 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 12. FUSÃO DE ROCHA EM POÇOS TUBULARES PROFUNDOS Alternativa já investigada por Reino Unido, EUA e Rússia. Objeções: Aplicabilidade somente para poucos rejeitos; tecnologia não comprovada. 111 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 13. BARREIRAS ARTIFICIAIS NA SUPERFÍCIE Alternativa já implantada por França, Reino Unido, EUA Espanha, Japão, Brasil, Canadá e outros. Objeções: Não aplicável para rejeitos de atividade alta e parte das fontes radioativas seladas. 112 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 14. ESTRUTURAS ARTIFICIAIS NA SUB-SUPERFÍCIE Alternativa já implantada por Suécia e Finlândia Objeções: Não aplicável para rejeitos de atividade alta. 113 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS TNA5787 15. GALERIAS EM GRANDE PROFUNDIDADE Alternativa já implantada por EUA e investigada por Bélgica, Reino Unido, Espanha, Suécia, Holanda, Suíça, Reino Unido, Finlândia, Japão e outros Objeções: Custo elevado; ainda é rejeitada por ONG’s anti-nucleares e partidos verdes. 114 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS 16. INJEÇÃO DIRETA Alternativa utilizada no passado por EUA e Rússia para rejeitos da indústria nuclear. Atualmente utilizada para os rejeitos radioativos da extração de petróleo e gás em vários países. TNA5787 Objeções: somente para rejeitos líquidos ou que possam ser convertidos em lamas; dúvidas quanto à segurança em longo prazo (migração). 115 ALTERNATIVAS DE DEPOSIÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS PRÁTICAS DO PASSADO TNA5787 DEPOSIÇÃO DIRETAMENTE NO SOLO OAK RIDGE, TENNESSEE, DÉCADAS DE 50 A 70 116 DEPOSIÇÃO NO SOLO, COM ALGUM CONFINAMENTO EUA TNA5787 OAK RIDGE, TENNESSEE, E HANFORD, WASHINGTON 117 DESPEJO EM LAGOAS DE SEDIMENTAÇÃO TNA5787 EUA OAK RIDGE, TENNESSEE, DÉCADAS DE 50 A 70 118 DESPEJO DIRETO EM RIOS E LAGOAS DÉCADAS DE 50 A 70 TNA5787 EUA (OAK RIDGE) RÚSSIA (CHELYABINSK) 119 HANFORD, WASHINGTON– DEPOSIÇÃO DIRETAMENTE NO SOLO TNA5787 EUA 120 Parque de tanques de Hanford durante a construção na década de 40 TNA5787 LANÇAMENTO NO MAR – ATÉ 1972 Bélgica, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Rússia, República da Coréia, Suíça, Reino Unido, Suécia, Nova Zelândia e EUA 122 Lançamento no mar ? TNA5787 ? IAEA. Inventory of radioactive waste disposals at sea. IAEA, VIENNA, 1999. (IAEA-TECDOC-1105) 123 Repositórios de superfície em operação TNA5787 1. - Câmaras de concreto - 124 DEPÓSITOS NA, OU PRÓXIMA DA, SUPERFÍCIE PARA REJEITOS DE ATIVIDADE BAIXA. TEMPO DE ISOLAMENTO NECESSÁRIO: POUCOS SÉCULOS França TNA5787 Centro de l’Aube 126 Espanha TNA5787 Centro de El Cabril (mesma tecnologia de l’Aube) 127 TNA5787 Depósito de Goiânia - Brasil 128 TNA5787 Japão Depósito de Rokkasho 129 Inglaterra TNA5787 Depósito de Drigg - Sellafield 130 EUA TNA5787 Depósito de Idaho 131 República Tcheca TNA5787 Dukovany 132 Exemplos de repositórios de superfície em operação TNA5787 2. - Trincheiras - 133 EUA TNA5787 Richland, Washington Beaty, Nevada 134 África do Sul Vaalputs Exemplo de depósito final de rejeitos da mineração TNA5787 3. - terraço elevado - 136 Espanha Depósito da ex-mina de urânio de Andujar, TNA5787 1959 - 1981 137 Exemplos de repositórios de sub-superfície em operação TNA5787 4. - Minas abandonadas 138 Alemanha TNA5787 Repositórios de Konrad e Morsleben 139 República Tcheca TNA5787 Richard (Litomerice) e Bratrstvi (Jachymov) 140 Exemplos de repositórios de sub-superfície em operação TNA5787 5. - Câmara de concreto - 141 Finlândia TNA5787 Depósito de Olkiluoto 142 Suécia TNA5787 Depósitos de Forsmark 143 República da Coréia zWolsong LILW Disposal Center - Site: Gyeongju - 2,096,491 m2 zCapacity: 100,000 drums (Phase I), 800,000 drums (Final) z Disposal Type: Silo - Project Duration: 2006 ~ 2010 zLicense Construction & Operation by MEST on July 2008 zConstruction: Started on August 2008 Surface facilities Vertical shaft C/T O/T Entrance portal of C/O tunnels 6 Silos for phase 1 144 Conceito de deposição http://article.nuclear.or.kr/jknsfile/v41/JK0410477.pdf KHNP-NETEC 145 Exemplos de repositórios profundos em operação TNA5787 6. - Galerias em lentes de sal - 146 TNA5787 Carlsbad, Novo México 147 EUA TNA5787 Repositório WIPP, Carlsbad, Novo México 148 Exemplo de repositório profundo para rejeitos de atividade alta em construção TNA5787 7. - galeria de mina 149 Japão: Rejeito de alta atividade (HLW) e Rejeitos transurânicos (TRU) 150 Bélgica – Argila de Boom USA – Yucca Mountain TNA5787 Suíça Conceito de repositório profundo do NAGRA 1. Túnel de acesso 2. Túneis de deposição 3. Laboratório 4. Unidade piloto 5. Túneis de deposição 6. Elevador 152 USA Yucca Mountain, Nevada 153 Estamos fazendo uma gestão segura dos rejeitos? TNA5787 Muita gente acha que não! TNA5787 Uma coisa é certa! Um dia, os rejeitos escaparão para o ambiente. A interação dos rejeitos e suas embalagens com os elementos naturais, as fraturas no solo e as infiltrações de água resultarão na degradação dos materiais ao longo do tempo. É só uma questão de tempo, para que todos os materiais do repositório sejam alterados. Para dar garantias razoáveis que nada escape antes do tempo, 1. adotamos o conceito de Múltiplas Barreiras, матрёшка Um exemplo do conceito de múltiplas barreiras TNA5787 2. Fazemos modelagens da migração dos radionuclídeos nos meios porosos e fraturados do entorno do depósito; 3. Fazemos ensaios acelerados em laboratório da durabilidade dos materiais em condições semelhantes às do depósito; 4. Analisamos análogos naturais e artificiais; 5. Utilizamos fatores de segurança UM ANÁLOGO NATURAL Em Cigar Lake, Canada, apesar do alto teor de urânio na formação a 430 metros de profundidade, não há qualquer sinal de sua presença na superfície. O minério foi preservado desde sua formação. A durabilidade de metais e cimentos pode ser avaliada a partir de peças e obras antigas Taxa de dose em um repositório para rejeitos nucleares (Iodo-129 e C-14 são os dominantes) 164 Em alguns milênios, a radioatividade total dos rejeitos nucleares terá decaído para um valor inferior à radioatividade natural presente no minério original do urânio. A radiotoxicidade total terá passado a linha original antes disso. 165 Fim Obrigado pela atenção. TNA5787
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