PPEETT IIM MAAGGEEM M
Transcrição
PPEETT IIM MAAGGEEM M
Boletim Informativo 3 e 4 -2009 PPEETT IIM MA AG GEEM M –– DDIIA AG GN NÓ ÓSSTTIIC CO OSS V VEETTEERRIIN NÁ ÁRRIIO OSS N NO OV VO OSS HHO ORRÁ ÁRRIIO OSS D DEE BBUUSSC CA AD DEE M MA ATTEERRIIA ALL PPA ARRA AA A RREEG GIIÃ ÃO OM MEETTRRO OPPO OLLIITTA AN NA A Para melhor atendê-los estaremos mudando a partir de 09/03/09 nosso horário de busca de material para a região metropolitana de Curitiba com horário máximo de solicitação até as 16:30 horas para busca ainda no mesmo dia. Neste novo horário as amostras serão coletadas a partir das 14 horas diariamente se segunda a sexta-feira. As demais clínicas na cidade de Curitiba não sofrerão modificações continuando a coleta no período das 11 às 13 horas e a partir das 14 até as 18 horas, com horário máximo de pedido até as 17 horas para busca no mesmo dia. M MA ATTÉÉRRIIA ASS TTÉÉC CN NIIC CA ASS D DO OM MÊÊSS EQUIPE PET IMAGEM A A O D A D U M U D O C N C O D O D A O U A Ç Ã O C A N N A D C U A AO OBBBEEESSSIIID DA AD DEEE EEE U UM M EEESSSTTTU UD DO OC CLLLÍÍÍN NIIIC CO OD DO O PPPEEERRRFFFIIILLL D DA A PPPO OPPPU ULLLA AÇ ÇÃ ÃO OC CA AN NIIIN NA AD DEEE C CU URRRIIITTTIIIBBBA A FFFA A D O O G A M A O O ASSSEEE 111 D DO O PPPRRRO OG GRRRA AM MA A PPPEEETTT O OBBBEEESSSO O A obesidade, segundo LAZZAROTTO (1999), corresponde ao acumulo excessivo de tecido adiposo no corpo, muito superior ao necessário para um ótimo funcionamento orgânico, como conseqüência da alteração na ingestão de nutrientes, de distúrbio dos gastos energéticos, ou ainda, do desequilíbrio interno dos dois processos. Outra definição importante seria que a obesidade é uma condição de balanço energético positivo e uma excessiva formação de tecido adiposo com efeitos adversos na morbidade e mortalidade (COLLIARD et al., 2006). A obesidade é uma condição comum em cães na Europa com prevalência variando de 24 a 44%. Já os EUA apresentam incidência de 22% e na Austrália chega a 41% (GOSSELIN 2007). Muitos pesquisadores concordam que a incidência da obesidade na população de cães está aumentando como acontece na população humana (GERMAN 2006). Considerando a importância da obesidade na saúde e bem-estar de nossos cães, o PETIMAGEM DIAGNÓSTICOS VETERINÁRIOS em parceria com a GUABI realizou um estudo clínico em cães da cidade de Curitiba e região metropolitana, denominado PET OBESO. Este estudo se desenvolveu em duas fases ao longo do ano de 2008. Na Fase 1 foi analisada a população canina PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 3 e 4 -2009 quanto a obesidade e sua relação com a hipertensão arterial e diabetes melittus. Para análise da obesidade foi utilizado o Sistema de Avaliação da Condição Corporal desenvolvido pelo Centro Nestlé Purina de Pesquisa e Desenvolvimento, onde foi considerado o escore ideal (escore 5), escores acima dos padrões do ideal (escores 6,7,8 e 9) e escores abaixo os padrões do ideal (escores 3 a 4). Esta etapa foi realizada no primeiro semestre de 2008 quando foram analisados 115 cães encaminhados por 35 clínicas veterinárias, independente do peso, sexo, raça e idade. Considerando a distribuição por regiões da cidade, participaram desta avaliação cães encaminhados de 36% dos bairros de Curitiba, além de 33% dos municípios da região metropolitana. Avaliando a população de cães usando o Sistema de Avaliação da Condição Corporal (Escore Corporal) observou-se que 75,64% dos cães apresentaram escores acima do ideal; 15,65% estavam com o escore ideal, e 8.68% com escores abaixo do ideal. Baseando-se nas informações dos questionários respondidos na Fase 1 do PET OBESO, observou-se que 51,73% dos proprietários forneciam ração comercial com algum tipo de comida caseira; 47,13% forneciam somente ração comercial e 1,14% forneciam somente comida caseira. Quando questionados sobre a capacidade de reconhecer a condição de obesidade do seu cão classificado como obeso, 76,47% dos proprietários concordaram com a classificação e 22,35% deles não consideravam seus animais obesos. Em 70,58% dos casos, o cão obeso convivia com mais de um cão e 29,42% eram únicos na residência. No quesito da existência de ambiente livre para atividade espontânea dos cães obesos, 75,29% das residências tinham área livre para o animal e somente 24,71% não possuíam livre acesso para qualquer atividade. Estudando a interação proprietário-cão obeso, 62,36% dos proprietários não realizavam nenhum tipo de atividade física com seu cão, contra 37,64% que realizam algum tipo de atividade física. Com relação à saúde e bem-estar do seu animal, 89,41% dos proprietários dos cães obesos disseram estar preocupados com a saúde de seu cão. Somente 10,59% não consideravam importante o fator obesidade na saúde de seu animal. KIENZLE et al. (1998) descreveram que o comportamento do proprietário de cães obesos é diferente do comportamento de proprietários de cães saudáveis. É comum os cães obesos dormirem na cama de seus proprietários, e estes não levam em consideração fatores importantes como exercícios, proteção e trabalho, definindo seus cães como quase-humanos. Alem disso os cães obesos frequentemente estão junto ao proprietário enquanto este prepara ou come sua refeição, e acabam PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 3 e 4 -2009 comendo migalhas e petiscos fornecidos. Este comportamento indica que os proprietários usam a refeição como um momento agradável de comunicação e interação com seu cão. Ainda observaram que muitos proprietários de cães obesos compram rações de baixo custo e normalmente não usam a linha Premium, sem preocupação com a dieta fornecida (comida caseira ou ração). Outra observação importante é a maior prevalência de cães obesos com proprietários que são igualmente obesos ou de meia idade, podendo isto ser resultado da diminuição do nível de atividades e do aumento de ingestão de petiscos, dietas com alta caloria e dieta caseira (GOSSELIN, 2007). Ainda aqui se observou que o estilo de vida do cão que passa a viver dentro de casa reduz a possibilidade de equilíbrio da equação ingesta/gasto, e pode também contribuir para o ganho de peso excessivo (GERMAN, 2006). As raças mais citadas como predispostas à obesidade são Retriever do Labrador, Terriers, Cocker Spaniels, Daschunds, Sheepdogs, Basset Hounds, Cavalier King Charles Spaniels, Beagles, Boxers, Poodle e Spitz (GOSSELIN 2007; LAZZAROTTO 1999). No estudo clínico do PET OBESO a distribuição obtida foi 18,6% de cães sem raça definida (SRD), 16,27% de Poodle, 15,11 % de Cocker Spaniel Inglês, 10% de Retriever do Labrador e 5,81% Daschund. Estudos relatam que a obesidade tende a aumentar com a idade devido à redução da taxa metabólica, sendo que em cães jovens a obesidade é mais comum em fêmeas do que em machos, mas em cães com mais de 12 anos a incidência é igual para ambos os sexos (GOSSELIN, 2007). Também se observa que a obesidade é mais freqüente em cães castrados e isto pode ser explicado pela alteração do comportamento levando a um aumento da ingestão de alimento e a diminuição da atividade sem diminuição de ingestão de energia (GOSSELIN 2007; GERMAN, 2006). No estudo clínico do PET OBESO, 78,75% e 68,5% da população das fêmeas e machos respectivamente estavam com escores corporais acima do ideal. Analisando o status reprodutivo destas fêmeas, das castradas, 91,18% tinham escores acima do ideal, enquanto que do grupo das fêmeas não castradas este percentual atingiu 69,64. No caso dos cães machos castrados e não castrados 66,6% e 75% respectivamente estavam com escores acima do ideal. Com relação à faixa etária das fêmeas com escores corporais acima do ideal, 23,8% tinham até 04 anos de idade; 50,8% estavam entre 05 e 09 anos e 25,40% apresentavam mais de 10 anos. Já para os machos com escores acima do ideal foi encontrado 25% deles com até 04 anos; 62,5% entre 05 a 09 anos, e 12,5% com mais de 10 anos. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 3 e 4 -2009 GOSSELIN (2007) relata que o excesso de peso pode vir a comprometer o sistema músculoesqueletico, causando problemas locomotores, além de desencadear enfermidades como distresse respiratório, hipertensão, doenças cardíacas, diabetes mellitus, distocia, diminuição da tolerância ao calor, problemas dermatológicos e neoplasias, e levar ao aumento do risco cirúrgico e infertilidade. LAFLAME (2006) descreve que os cães obesos têm um risco maior de morbidade e uma sobrevida mais curta. Aproximadamente 31% dos casos de diabetes mellitus e 34% das claudicações poderiam ser eliminados se cães em sobrepeso e obesos estivessem com a condição corporal saudável. Além do diabetes melittus, outras alterações hormonais estão relacionadas com a obesidade como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e o insulinoma, mas estudos relatam que a prevalência do hipotireoidismo em cães é estimada em 0.2%, muito abaixo do numero de cães obesos (GERMAN, 2006; GOSSELIN, 2007). No estudo clínico do PET OBESO o valor médio da glicemia em jejum dos cães com escores corporais acima do ideal foi de 84,69 mg/dL, valor considerado dentro da normalidade ao usar o padrão de 70 – 110 mg/dL de KANEKO et al. (1997). Os valores médios obtidos de medida da pressão arterial sistêmica para cães com escores corporais acima do ideal foram de 146 mmHg para pressão sistólica e 91 mmHg para pressão diastólica, estando ambas as mensurações dentro dos padrões da normalidade de acordo com NELSON et al. (2006). Baseado nos resultados obtidos na Fase 1 do PET OBESO, foram selecionados os cães com escores corporais acima do ideal para participarem da Fase 2. Nesta fase 2 os animais foram submetidos a um programa individual de perda de peso prescrito pelo Médico Veterinário Endocrinologista do PET IMAGEM DIAGNÓSTICOS VETERINÁRIOS, onde se associou a dieta com ração Guabi Natural CÃES OBESOS, atividades físicas e mudança de comportamento dos proprietários. Os resultados obtidos nesta Fase 2 estão sendo analisados para posterior divulgação. COLLIARD, L.; ANCEL, J.; BENET, J.J.; PARAGON, B.M.; BLANCHARD, G. Risk factors of obesity in dogs in France, The Jornal of Nutrition, 136, p.1951S-1954S, 2006. GERMAN, A. J. The growing problem of obesity in dogs and cats. The Jornal of Nutrition, 136, p. 1940S-1946S, 2006. GOSSELIN, J.; WREN, J. A.; SUNDERLAND, S.J. Canine obesity – an overview, Journal of Veterinary Pharmacology Therapy., 30 (Suppl. 1), 1-10, 2007. HOENIG, M. comparative aspects of diabetes mellitus in dogs and cats. Mollecular and Cellular endocrinology, 37, p. 25-29, 2002. KANEKO, J. J.; HARVEY, J. W.; BRUSS, M. L. Clinical biochemistry of domestic animals, 5 ed., New York : academic, 1997. KIENZLE, E., BERGLER, R., MANDERNACH, A. A comparision of feeding behavior and human-animal relationship in owners of normal and obese dogs. The Journal of Nutrition, 128, p. 2779S-2782S, 1998. LAFLAME, D. P. Understanding and managing obesity in dogs and cats. In: KIRK, C. A.; Veterinary Clinics of North America – Small Animal Practice, v.36, n.6, 1283-1295, 2006. LAZZAROTTO, J. J. Relação entre aspectos nutricionais e obesidade em pequenos animais, Revista da Universidade de Alfenas, n. 5, p.33-35, 1999. NELSON, R. W.; COUTO, C., G. Medicina interna de pequenos animais, 3 ed, 2006. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com