Shabbat Table Talk ~~1983-2011

Transcrição

Shabbat Table Talk ~~1983-2011
Shabbat Table Talk
Parashat Va'etchanan — Erev Shabbat, 12 de agosto de 2011
Semana de 7-13 Agosto de 2011
Porçã da Torah: Dt. 3:23-7:11
Haftarah: Is. 40:1-26
Quando Deus revelou-se a Moisés dizendo, “Eu sou quem sou” (Ex. 3:14) Deus falou revelando-se como o Deus quem foi, é,
e será. Nisto, Deus revelou-se como o único Deus (Dt 4:39) para todo o povo (Dt 5:2-3), para todas as nações e por todo o
tempo: para todas as futuras gerações (Dt 29:14). Deus revelou-se por um meio particular de amor: sua aliança composta
de estatutos e decretos (Dt 4:1), através de seu povo escolhido Israel (Dt 4:20; 7:6; 29:13).
A parashah desta semana nos dá uma percepção do raciocínio por trás da obediência desta aliança, que pode ser
frequentemente mal interpretada como simplesmente “judaísmo legalista”. O Deuteronômio 4:5-6 estabelece uma janela
fundacional através da qual podemos ver estas leis e decretos que culminam no grande ápice do Shema como caminho de
observar fielmente a manutenção da justiça. Em última instância, ele revela não apenas um Deus de justiça, mas também
de amor (Dt 4:37) e misericórdia. Porque este Deus, o Deus de Abraão, Isaac, e Jacó (Dt 6:10; 29:13) não apenas fez a
aliança com os presentes no Monte Sinai, mas com os futuros judeus, para serem um sinal para as outras nações de como
tentar viver e manter um relacionamento reto com Adonai o Senhor, como o Deuteronômio 29: 13-15 testemunha.
Que relevância tem isso em nossas vidas hoje? Que Deus nos criou a sua imagem e semelhança (Gn 1:27), e que Deus
nos amou tão abundantemente que Ele separou Israel, a quem pudesse dar suas leis e preceitos (sua aliança) para mostrar
às outras nações, aos outros seres humanos como seguir o caminho, em outras palavras, “caminhar” nossas vidas em amor
para que nós também pudéssemos amar Adonai, nosso Deus (Dt 6:4-5) e amar um ao outro (Lv 19:18). Este amor não é
restrito apenas aos nossos amigos mais próximos, ele é estendido para que possamos considerar até mesmo nossos inimigos
como nossos próximos e assim dar necessariamente a cada um o que lhe é devido, nomeadamente o amor justo e reto por
nós mesmos, colocando em prática o “dom da misericórdia”. Além disto, Deus quis que tudo isso se estendesse pelas
gerações, com cada ser humano buscando-o com todo o coração e alma (Dt 6:5), para que pudesse vir a conhecê-lo (Dt 4:2529) e cada vez mais conhecer a justiça, amor e misericórdia de Deus. Portanto, com este conhecimento de Deus, cada um
de nós pode estar apto a viver corretamente e ocupar a terra, que Deus deu a cada um de nós, para que pudéssemos
também ser exemplos para outros povos que não o conheceram. Isto é feito através da observação diligente dos
mandamentos de Adonai (Dt 6:17), que é conseguido por um amor de Deus, a cada dia de nossas vida e por todos os dias
de nossa vida. Isto é por que o amor e o desejo de Deus para que nós o busquemos e o encontremos continua mesmo
quando nos afastamos dele e cometemos idolatria (em todas as suas formas) porque Deus está desejando que tenhamos
uma mudança real de coração e que exercitemos nosso livre arbítrio (Dt 5:26), para que possamos uma vez mais desejar
conhecê-lo de todo coração e de toda alma. O fator importante aqui é garantir a segurança de o buscarmos, de
permanecermos fiel a ele.
Desde que “o amor de Deus não é um mandamento separado mas um princípio subjacente a todos os mandamentos”
(65), não é suficiente declarar “Eu faço x, y, e z de leis e preceitos e portanto estou salva, vou desfrutar da vida eterna com
Deus,” mas ao fazer x, y, e z destas leis e preceitos devemos lembrar diariamente que não podemos ser complacentes
sobre a livre observância (Dt 5:26) do modo que é certo e bom para viver nossas vidas e tratar outros seres humanos a
quem encontrarmos. Ao encontrar os outros somos lembrados que o amor de Deus realmente encontra o amor ao próximo
e o amor próprio entrelaçados, por que o próprio Deus declarou “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança” (Gn
1:27). Deus nos dá a maior das ferramentas para exercitar aquela vida de justiça ao dar os mandamentos, as leis e os
preceitos. O Senhor Deus será ainda fiel a humanidade como sempre, mas seremos fiéis na resposta.
Para Reflexão e Discussão: [1] Estamos “abertos” às provações da vida, ou apenas queremos enfrentar nossa fé no tempo
bom da vida? [2] Estamos realmente abertos a voz de Deus que nos fala hoje ou apenas ouvimos quando ela é algo que
queremos concordar ao invés de ouvir aquilo que precisamos ouvir e que nos parece ser desagradável?
Bibliografia: The Commentary of Abraham Ibn Ezra on the Pentateuch: Vol. 5, Deuteronomy. (New Jersey: KTAV Publishing
House, 2003); Torah, Biblia Hebraica Stuttgartensia (Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 1968); Leibowitz, Studies in Devarim
(Israel 1982); Miller, Deuteronomy. Interpretation: A Commentary for Teaching and Preaching (Westminster John Knox Press,
1990); The IVP Bible Background Commentary: Genesis-Deuteronomy (Illinois: Intervarsity Press, 1997).
Este comentário foi escrito por
Catherine Punch, B.Th, M.Th, LSS (in progress) Bat Kol alumna 2010
[email protected]
[Copyright © 2011]
e traduzido por
Maria Cecília Piccoli, Colégio Nossa Senhora de Sion – Curitiba, Brasil Bat Kol Alumna, 2006, 2007
Estes ensinamentos da parashah, como todas as outras matérias publicadas no web site do Bat Kol , são direitos autorais dos escritores, estão disponíveis somente para estudo pessoal ou em
grupo, e também para objetivos da igreja ou congregação local. Reimpressões requerem permissão antecipada do Bat Kol.
~~1983-2011~~
Instituto Bat Kol, Jerusalém
“Cristãos estudando a Bíblia dentro do meio judeu, usando fontes judaicas.”
Website: www.batkol.info; Cometário: [email protected]

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