Casa do Ceará entregou o Plano de Ação 2008 ao vice governador

Transcrição

Casa do Ceará entregou o Plano de Ação 2008 ao vice governador
Ceará em Brasília
Jornal da Casa do Ceará
www.casadoceara.org.br
Impresso
Especial
495/2003 - DR/BSB
Casa do Ceará em Brasília
Ano XIX - 188 - Fevereiro de 2008
CORREIOS
DEVOLUÇÃO
GARANTIDA
CORREIOS
Casa do Ceará entregou o Plano de Ação 2008
ao vice governador do DF, Paulo Octávio. Leia mais na pág. 9
Nonato Luiz, um dos maiores violonistas do
Ceará. Um virtuoso, com um carreira de
vencedor, no Ceará e no Brasil. Leia mais na pág. 15
Casa do Ceará atenderá às exigências do Ministério Público e da Vigilância Sanitária. Leia mais na pág. 8
Projeto de Inclusão Digital Informatizará Museu e Biblioteca da Casa do Ceará. Leia mais na pag. 8
Governador Cid Gomes recebeu Plano de Ação 2008 da Casa do Ceará. Leia mais na pág. 16
Leia nesta edição
Editorial, pág 2
Espaço de Luciano Barreira, pág.2
Samburá, pág. 3
Acopiara vista do outro lado do mundo, artigo de JB Serra e Gurgel, pag. 4
Humor Negro & Branco Humor, pág.4
Leituras, pág.5
Noites de Cabíria, de José do Vale Pinheiro Feitosa, Patrícia Poeta,
o poema que voltou, de Ayrton Rocha e Sem diagnóstico, de Wilson
Ibiapina
Anuncio do José Lirio, pag. 6
Os Cearenses Vencedores, pag.7
Artigo: Wilson Ibiapina , pag.7
Sobral que não esqueço: Padre Eufrásio, artigo de Lustosa da Costa
Casa do Ceará faz investida para aumentar quantidade de associados contribuintes, Pag. 8
Número de eleitores superou os 127 milhões em dezembro de 2007,
pag. 10
Anúncio da Marquise, pag. 10
Histórias miúdas, crônica de Rangel Cavalcante, pag. 11
Casa do Ceará entregou ao governador Cid Gomes Manifesto de
Apoio à Transposição do Rio São Francisco, pag. 11.
76(FRQ¿UPDWUDQVIHUrQFLDGH]RQDVHOHLWRUDLVHQWUHPXQLFtSLRVGR
Ceará, pag. 12
Ministro nega liminar para afastar prefeito de Chaval (CE), pag. 12
&RQ¿UPDGDPXOWDDH[SUHIHLWRGH-XD]HLURGR1RUWH&(SRU
propaganda irregular, pag. 12
Anúncio Banco do Nordeste do Brasil
Página da Mulher, pag.13
John William Studart, artigo de Regina Stella Studart (*)
Clube de Leitura: Espaço de Cultura e Amizade, artigo de Beatriz
Teresa R. Maia Pinto (*)
Receitas de Raimunda Serra Azul
Anúncio de Geraldo Vasconcelos, pag. 14
O violonista Nonato Luiz abriu o Festival de Jazz & Blues, de
Guaramiranga.Em 28 anos, 32 discos, pag. 15
Governador Cid Gomes montau versão cearense do PAC, pag. 16
Anúncio Clínica Janice Lamas, pag. 16
O ministro cearense José Coelho lembra os 200 anos da Justiça Militar”.
Leia mais na pag. 7.
Ministro José Coelho e a ministra Maria Elizabeth
Guimarães Teixeira no V Enconagtro dos Magistrados
da Justiça Militar da União.
Ministro José Coelho no VII Seminário do Direito Militar,
ladeado pelo prof. Dr. Francisco Rezek e pelo ministro do STM,
almirante Rayder Alencar da Silveira.
Casa do Ceará convoca contribuintes a deduzir doações no Imposto de Renda. Leia mais na pág. 6
Edi t o r i a l
)RUDPDVIHVWDVGH¿PGHDQRHDJRUD
o Carnaval também passou.
,VWRVLJQL¿FDTXHR%UDVLODEUHRDQRGH
2008.
Um ano de muitas perspectivas para
a maioria do generoso e bravo povo
brasileiro.
Temos os olhos voltados para o Ceará,
com renovadas esperanças de que o
governador Cid Gomes, tendo arrumado a casa e feito economias, começe
mostrar a face de seu governo. Há
PXLWDH[SHFWDWLYDSRLV3HUQDPEXFR
e Bahia estão andando pra trás, com
JRYHUQDGRUHVIUDFRVHVHPH[SHULencia administrativa. Um pouco de
sorte e o Ceará assumirá liderança de
desenvolvimento no Nordeste.
Estamos também focados na Casa do
Ceará em Brasília.
Grandes projetos estão sendo delineados,
para romper com a inércia que nos atingiu
em cheio, menos por deliberação dos que
GHODSDUWLFLSDPPDLVSHODDXVrQFLDGD
comunidade cearense.
É preciso que os cearenses de Brasilia
voltem a frequentar a Casa, aderindo às
suas iniciativas sempre voltadas para o
bem comum.
É preciso que os brasileiros de outros
estados e os brasilienses de coração mergulhem de cabeça nos nossos eventos.
Jb Serra e Gurgel (Acopiara)
Co-editor
Expediente
Fundada em 15 de outubro de 1963
Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins
Diretoria
Pesidente - Fernando César Moreira Mesquita (Fortaleza): Luiz
Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), 1º vice; Nasion de Melo Ferreira
(Fortaleza), 2º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), diretor de
Planejamento e Orçamento; Wanderley Girão (Fortaleza) diretor de Saúde,
Regina Stela Stuart Quintas (Fortaleza), diretora de Educação e Cultura;
Raimundo Nonato Viana (Mundaú), diretor Administrativo Financeiro, JB
Serra e Gurgel (Acopiara), diretor de Comunicação Social, Leimar Leitão
de Assis (Fortaleza), diretor de Obras, Maria de Jesus Monteiro (Boa ViaJHPGLUHWRUDGH3URPRomR6RFLDOH-RmR5RGULJXHV1HWR,QGHSHQGrQFLD
diretor Jurídico.
Conselho Fiscal
Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama),
Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca);
Membros suplentes: Ciro Barreira Furtado (Baturité), José Colombo
GH6RX]D)LOKR)RUWDOH]DH-RVp$OGHPLU+RODQGD%DL[LR
Jornal da Casa do Ceará
)XQGDGRUH(GLWRU(PpULWR/XFLDQR%DUUHLUD4XL[DGi
Conselho Editorial
Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Egidio Serpa
(Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio
GH3DXOD)RUWDOH]D+DUROGR+ROODQGD)RUWDOH]D-RUJH&DUWD[R&UDWR
J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa
da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes
(Fortaleza), Rangel Cavalcante (Crateús), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).
Diretor
Inacio de Almeida (Baturité)
Editores
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Distribuição e Revisão
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2
ESPAÇO LUCIANO BARREIRA (*)
GASTOS DA REAÇÃO
(*) Luciano Barreira
O médico José dos Santos Serra discursava ao lado
de um telheiro, num comício eleitoral lá no Jardim
América. Naquele tempo eram comuns as provocações
de elementos aos serviço da reação. Serra ia mais ou
menos na sua falação quando começou uma miadeira
de todos os diabos. Parecia que todos os gatos do bairro
tinham resolvido miar de uma só vez.
Certo de que aquilo devia ser obra de uma classe de
provocadores, o orador bradou:
0LHPPLHPJDWRVGDUHDomR9RFrVFRPVHXVPLDdos não impedirão jamais o avanço da democracia!
Aí foi que o miau foi mais rasgado...Serra alinhavou
seu discurso terminando-o de qualquer maneira, pois
era impossível continuar.
Quando desceu da improvisada tribuna, voltou-se
para o Antônio Queiroz que estava a seu lado e foi
dizendo:
viu que provocadores sacanas!
Não, meu companheiro. Eram gatos de verdade... Lá
estão eles respondeu Queiroz mostrado a grande farra
de gatos e gatas em cima do telhado.
PRIAPISMO À ESQUERDA
José Marinho estava em Juazeiro do Norte, quando
o Luiz de França vaio lhe comunicar que estava com
uma doença muito estranha.
Mas que doença estranha é essa?
Diz o médico que é um tal de priapismo.
E que diabo é isso?
eXPWHUUtYHOHQGXUHFLPHQWRGRSrQLV2SLRUpTXH
dói demais. Fico horas de cacete armado, Marinho, tão
duro que entorta para um lado.
Prá que lado, prá direita ou prá esquerda?
É prá esquerda companheiro.
Menos mau,...horrível se fosse priapismo de direita!
NÃO DISCUTO...
Naqueles tempos de puritanismo e de falsa moral,
certa vez, o autor dessas estórias foi acusado de andar
envolvido em “casos”. De andar “acintosamente”
namorando as garotas de Jacarecanga... sobretudo da
3UDoDGD/DJRLQKD(YLQKDPDVD¿UPDo}HV³WiTXHp
uma rede de arrasto, não escapa nada!””
Resolveram convocar uma reunião para discutir
³HVSHFL¿FDPHQWH´RPHXFDVR(XVDELDTXHPHLDP
esfolar a pelo, como se faz a cabrito no sertão.
Ia ser uma espinafração dos diabos!
Eu era jovem e, é claro, gostava de mulher, Na medida das minhas forças ainda hoje gosto...
Aníbal Bonavides, meu velho e querido camarada,
foi encarregado de me convocar para a reunião “inquisitorial”.
É para discutir sua conduta pessoal. O “ pessoal” está
sabendo que anda bancando um conquistar danado...
Olha, Bona, não aceito tal convocação!
Mas que é isso! Fugindo à crítica, com medo de
ter que passar por um “ processo autocrítico?”
Não, Bona, considero esse Partido coisa muita
séria. Não vou para uma reunião do meu Partido só
para discutir sacanagem!...
PRESO AO MANISFESTO
Cardoso era um devotado lutador da causa democrática no Ceará Desde muitos anos pertencia
jV¿OHLUDVGR3DUWLGR&RPXQLVWD%UDVLOHLURDTXHP
era muito dedicado. Além dos contatos políticos,
eu e Cardoso desfrutávamos de uma grande amizade, pois éramos colega de trabalho no antigo
DENERu (hoje Sucam). Ele era Guarda Chefe e
eu burocrata.
Certa Vez, Cardoso estava conversando com alguns amigos no Abrigo Central do Ferreira, quando
YHLR DTXHOD YRQWDGH GDQDGD GH ID]HU [L[L &RUUHX
para banheiro público para se desapertar, quando um
garotão com pinta de bichona, agarrou a “manjuba”
do Cardoso dizendo:
É dessas que gosto!
(SD([FODPRXR³JXDUGDFKHIH´HQmRFRQWRX
merenda. Meteu um bruto safanão no podre coitado,
que por um triz não foi jogado ao chão imundo do
mictório.
GENTILHOMEM VERMELHO
(VWDYDHXQRH[HUFtFLRGRPDQGDWRGHYHUHDGRU
eleito que fora pelo voto do eleitorado de Fortaleza
em 1962. Minha conduta na Câmara Municipal
VHPSUH IRL GDV PDLV ¿UPHV HP GHIHVD GDV LGpLDV
PDLVDYDQoDGDV$OLWRGRVPHLGHQWL¿FDYDPFRPR
SDUWLGiULRGDVLGpLDVPDU[LVWDV3URFXUHLHQWUHWDQWR
manter sempre no Legislativo Municipal uma postura
equilibrada e um bom relacionamento pessoal com
a maioria dos vereadores.
Estava na tribuna certo dia, fazendo um discurso,
HPOLQJXDJHP¿UPHSRUpPUHVSHLWRVD(PPHLRD
minha fala o Djalma Eufrásio, pediu um aparte e
observou:
9RVVD ([FHOrQFLD FRPR VH Yr p XP KRPHP
GHLGpLDVGH¿QLGDVPDVWUDWDDVVXQWRVGRPDLVDOWR
conteúdo ideológico com uma linguagem própria de
YHUGDGHLURSDUODPHQWDU9RVVD([FHOrQFLDQHVWDFDVD
comporta-se como um gentilhomem...
Foi o bastante para o Gutemberg Braun, líder da
situação e homem de forte vocação direitista aparteasse:
1mRHVTXHoD9RVVD([FHOrQFLDTXHHOHSRGHVHU
um gentilhomem, porém um gentilhomem vermelho
até a medula.
NA: Djalma Eufrásio sempre aparteava seu colega
Luciano para apoiar. Isso muito irritava Gutemberg
Braum.
(*) Luciano Barreira (Quixadá), jornalista e
escritor
Ceará em Brasília
SAMBURÁ
Dia de lançamentos
Pra lá de concorrido
nos salões do Ideal, em
Fortaleza, os lançamento
de ´Um Brasileiro muito
especial´, coletânea de
depoimentos sobre Lúcio
Brasileiro e ´Lustosa da
&RVWDXPDELRJUD¿DGR
contista Gerlanyio Barros. Entre os presentes, o ministro
Expedito Machado, um dos fundadores da Casa do Ceará
em Brasília. Cada livro vendeu 300 exemplares. Segundo
Augusto Cesar Benevides,o Gutinho,diretor da TV Ceará,
o Ideal parecia estar em noite de reveillon tal o numero de
personalidades que ali compareceram. Na próxima edição,
DPSODPDWHULDVREUHDELRJUD¿DGR/XVWRVD
Dragão do Mar
Livros da Editora Cosac Naify foram entregues a Biblioteca de Artes Visuais Leonilson, do Centro Dragão
do Mar de Arte e Cultura. A “Caixa de Livros Tunga”,
composta por seis livros e um cartaz sobre o trabalho
do artista carioca foi organizada pela editora para
comemorar seus dez anos no mercado. Ainda doados
pela editora, a Biblioteca recebeu “Mário Pedrosa:
itinerário crítico”, de Otilia Beatriz Fiori Arantes,
“Experiência neoconcreta: momento-limite da arte”,
de Ferreira Gullar, e Revoluão do novo cinema”, de
Glauber Rocha.Inaugurada em junho de 2005, a Biblioteca de Artes Visuais Leonilson é a primeira biblioteca
do Ceará especializada em artes.
População
O IBGE informa que entre os municípios brasileiros,
2.601 apresentam população inferior a 10 mil habitantes,
concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Aqueles
com até 20 mil habitantes (4.004) representaram 72,0%
do total de municípios do país. Já os com mais de 100 mil
KDELWDQWHVHUDPH¿QDOPHQWHDSHQDVFRQWDYDP
com mais de um milhão de pessoas.
Parlamento para o NE
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado
Domingos Filho (PMDB), propôs aos demais líderes
de legislativos estaduais do Nordeste a criação de uma
HQWLGDGHXQL¿FDGDSDUDDUHJLmRR3DUODPHQWR1RUGHVWLno. A sugestão foi feita durante reunião do Conselho dos
presidentes das Assembléias nordestinas.
Grupo Vicunha
O Grupo Vicunha, uma dos maiores da América Latina,
projeta investir em usinas eólicas e até em hidrelétricas como
DOWHUQDWLYDVSDUDDOLPHQWDURSDUTXHIDEULOFRQ¿UPDRGLUHWRU
no Ceará, Osmar Gonzaga da Silva. ´Como forma de fazer
frente à invasão dos produtos chineses, O Grupo projeta investir US$ 150 milhões, a partir deste ano, nas 11 unidades fabris
no Brasil. Desse total, 50% serão aplicados no Nordeste, sendo
a maior parte (de 30% a 40%) no Ceará, que concentra quatro
das seis unidade, duas em Maracanaú, uma em Fortaleza e
outra em Pacajus, produzindo índigo, brim e tecidos de malha.
Juntas, empregam cerca de oito mil pessoas.
Turismo
Bismarck Maia, secretário de Turismo do Ceará, esteve em Atlanta, capital da Geórgia (EUA) e sede da Delta
Airlines, com cujos diretores tratou do vôo direto ligando
aquela cidade à Fortaleza. Bismarck de lá foi para Portugal, onde participou da Bolsa de Turismo de Lisboa — um
dos grandes eventos turísticos da Europa. Fortaleza é um
dos principais destinos turísticos dos portugueses.
Ceará em Brasília
Contos de Sobral
“Repórter político. Escritor. Gente. Normalidade na
forma de escrever. Personalístico. Corre célere em busca
do futuro. Vive o ontem como se fora hoje. Atualíssimo
QDVFU{QLFDVGHUHPLQLVFrQFLDVTXH¿FDP8VD6REUDOH
coloca tempero de outros sítios, na ânsia de contar o Ceará,
nesse bairrismo tão seu que esbarra sempre na França ou
em Portugal. Assim o Lustosa da Costa. Cronista daqui,
com sede em Brasília, trazendo novo livro. Agora são
os “Contos de Sobral e de Outros Sítios”. Miscelânea
de assuntos numa distribuição bem urdida dos casos.
Registros poéticos de época. Recheio satírico de um go]DGRUHPpULWRHSDUDGR[DOPHQWHVpULR'LVVHUWDUVHUHQRH
corajoso de atos e fatos que presenciou ou “ouviu dizer”,
com responsabilidade. Curiosidade típica de jornalista.
,QTXLHWDomR EXOLoRVD GR SDVVDGR TXH PH[H FRP WRGR
mundo, por identificar personalidades que a política absolve. Envolve. Perpetua. Deambular político em torno
GHDJHQWHVGRVWUrVSRGHUHVGD5HS~EOLFD&DVRVHFRXVDV
de uma literatura que sempre empolga por “fazer rir em
PHLRGHFHUWDVGHVJUDoDV´UHDOPHQWHSLWRUHVFDV([HPSOR
YLYRGRFURQLVWDSROtWLFRSRUH[FHOrQFLD9HUGDGHVTXH
YRFrWHPYRQWDGHGHHVFUHYHUPDVILFDQDVLPSOHVOHLWXUD
desses heróis do jornalismo. Lustosa cheio de verve e
ironia até com a própria idade. Completo no seu estilo.
“Contos de Sobral e de Outros Sítios” tem enredos, no
plural. Viaja por assuntos diversos, numa coesão própria
do autor. Devaneio humorístico nos dramas da vida.
“Molecagem” em descrição satírica. A literatura com
laivos de religiosidade que privilegia o real. Imaginário
apimentado na relembrança de episódios ditados pela
H[SHULrQFLDTXHQRVDQLPDDHVFUHYHUSDUDDFRPSDUDomR
dos tempos. Roteiro bem delineado e já digitado no modernismo das comunicações atuais. O cronista da coluna
política aqui do Diário do Nordeste fazendo a boa técnica
da ilustração dos seus escritos para todo o sempre. O certo
é que o livro em comento consegue reunir os recortes da
literatura inerente aos jornalistas por vocação. Nunca é
demais tecer loas aos profissionais da notícia como os
eternos amantes do seu ofício. Parabéns Lustosa!PAULO
EDUARDO MENDES- Juiz de Direito e jornalista
Homens e Mulheres
Outra constatação do IBGE: mudança na proporção
de homens e de mulheres no país. E m 20002, ela era
praticamente idêntica, ou seja, 100 mulheres para cada
100 homens. Em 2007, esta proporção cai para 99,6 homens em cada 100 mulheres. Entre os estados, o Pará se
destaca com a maior proporção: 107,3 homens para cada
100 mulheres O contrário ocorreu na Paraíba, com 94,6
homens para 100 mulheres. Ceará, São Paulo e Minas
Gerais são os estados onde a proporção de homens e
mulheres se mostrou mais equilibrada.
Dando uma de povão
O ministro Ubiratan Aguiar, que, em breve assumirá a
presidência do Tribunal de Contas da União, decidiu ir,
anonimamente, a um posto de saúde de Porangabussu, tomar
vacina contra febre amarela. Levou um carão da funcionária,
ao ser informado de que seu domicílio é Brasília: ´Se mora
em Brasília, por que não se vacinou lá e veio dar trabalho a
gente?” Lustosa da Costa, no Diario do Nordeste, de 11.01
Vida de paz
4XDQGRPDUoRFKHJDURHPEDL[DGRU3DHVGH$QGUDGH
ODQoDUiRVGHVXDH[LVWrQFLDFRPRGHSXWDGRSUHVLGHQWHGD
&kPDUDHGR30'%HHPEDL[DGRUHP3RUWXJDO5HYHORX
Lustosa da Costa.
Previdência Social
O prof. Jb Serra e Gurgel (Acopiara) ,
co-editor deste Jornal, lançou dia 23.01,
QR0LQLVWpULRGD3UHYLGrQFLD6RFLDOR
OLYUR (YROXomR GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO
com prefácio do ministro Jarbas Passarinho e apresentação de Paulo César
Régis de Souza, presidente da ANASPS,
e nota de contracapa do ministro Luiz
Marinho. É uma pesquisa que vai de
1821 a 2006, sobre tudo que aconteceu
QD3UHYLGrQFLD6RFLDOEUDVLOHLUDGRSRQWRGHYLVWDOHJDO6HUUD
H*XUJHOSDVVRXDQRVQD3UHYLGrQFLDFRQYLYHXFRPRV
³FDUGHDLV´GD3UHYLGrQFLDTXHIRUDPWUDQVIRUPDGRUHVVRFLDLV
com relevantes serviços prestados à causa abraçada por Eloy
&KDYHV1ROLYURPRVWUDDHYROXomRGRVPRQWHSLRVFDL[DV
LQVWLWXWRVSUHYLGrQFLDFRPSOHPHQWDUDEHUWDHIHFKDGD
Ary
“Ary Albuquerque é um poeta de permanentes surpresas. Via-se bem isto em “Tríade Poética”, seu livro
anterior. E assim se mantém em “Momentos Divididos”
(Topbooks, Editora, Rio, 2007). Ambos definem a linha
estética do autor, que vai dos seus sentimentos íntimos
à visão do mundo que o cerca, embora em “Momentos
Divididos” isto se amplie e melhor se universalize”. Escreveu CAIO PORFÍRIO CARNEIRO, Escritor e crítico
literário, no Diário do Nordeste.
Cid abre licitações para R$ 1 bi de obras
+iXPDJUDQGHH[FLWDomRQDVHPSUHLWHLUDVFHDUHQVHV
que vibram com as dezenas de licitações do Governo do
Ceará, cujos editais ou já foram publicados ou estão em
vias de publicação. ´Até março, teremos licitações quase
diárias´, divugou-se em Fortaleza. ´As licitações, só para
HVWHDQRSUHYrHPLQYHVWLPHQWRGHPDLVGH5ELOKmR
envolvendo todas as secretarias do Governo
Dom Aloísio Lorscheider
Dom Aloísio Lorscheider denominará a Rodovia
CE 085. Projeto de lei neste sentido foi apresentado
na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará pelo
deputado Professor Teodoro (PSDB) e deverá entrar em
tramitação no próximo período legislativo de 2008.
Pavilhão de Feiras
Escreveu Egidio Serpa, do Conselho Editorial deste jornal,
na sua coluna do Diário do Nordeste, de 14.01: “Especialistas
e leigos dizem e repetem que será um erro a construção, na
avenida Washington Soares, do Pavilhão de Feiras de Fortaleza. O jovem governador Cid Gomes e mais alguns que o
assessoram no Palácio Iracema estão decididos a construir
ali esse empreendimento, que é essencial para a consolidação
desta Capital como um polo de atração de grandes exposições
nacionais e internacionais. Mas esta coluna pode revelar que,
na família do próprio governador, há divergências a respeito
da localiação do Pavilhão de Feiras. Uma voz no clã levantouse e tem dito ao governador e aos seus auxiliares que ´será
um erro´ construir aquele equipamento na congestionadíssima Washington Soares. Essa mesma voz dá uma explicação
convincente: por que gastar dinheiro com desapropriações,
se há largos espaços públicos disponíveis para juntar não só
o Pavilhão de Feiras, como também o novo Centro de Convenções de Fortaleza? A mesma voz já sabe que serão gastos,
no mínimo, R$ 50 milhões só para desapropriar imóveis,
HGL¿FDGRVRXQmRQDiUHDDVHURXVHULD"RFXSDGDSHOR
pavilhão. Esse dissidente tem razão: a área da Praia Mansa
pertence à Companhia Docas do Ceará, que poderia cedê-la
para o Governo do Estado — sem ônus.
3
Acopiara vista do outro lado do mundo
JB Serra e Gurgel (*)
Não gosto da situação desconfortável do Brasil, do
Ceará e de Acopiara , em termos comparados. Os dados
nos desnudam e nos mostram incompetentes e subdesenvolvidos, aos olhos das nações do 1º e 2º mundos. Em
relação ao 3º e 4º nos empatamos ou ganhamos.
Na realidade, a nação cresce mais do que o governo
diante de nós. A nação somos nós. Acredito que muitos
de nós já nos convencemos que somos melhores que os
nossos governos. Não merecemos os governos que temos.
Como não há nação sem governo, devemos substituí-los
para que melhorem os indicadores que nos deprimem
como IDM e IDH e PIB.
Os governos nos atrapalham. Principalmente de
noite e na sombra. Com seus aparatos sufocantes e sua
corrupção avassaladora, sua falta de foco e seu elevado
desperdício.
O Brasil do presente, com o neoassistencialismo
,neocoronelismo, neopaternalismo, neopeleguismo,
neobolsismo, das bolsas disso e daquilo,o pro-bosta à
frente, tem o viés de querer nos dividir entre pobres
e ricos, como no passado, muitas civilizações foram
divididas entre escravos e livres, dinastias e camponeses, miseráveis (plebeus) e nobres, proletários e
burgueses, impondo uma luta de classe revolucionária.
O neooportunismo de Lula, Chavez, Morales, Ortega
e Correa prega um pega pra capar, um acerto de contas
entre as classes dominantes e dominadas como no tempo
da guerra fria. Eles querem uma guerra civil, fratricida,
disseminando o ódio e a miséria. O ideário de governos
“democráticos”, populares, revolucionários não sai da
cabeça desta gente que quer impor sua vontade para que
ditadores autoritários cometam atrocidades e arbitrariedades contra os que progrediram na vida, na escala
social, tripudiando sobre valores e direitos humanos
duramente conquistados, desde a Revolução Francesa,
consolidados nas revoluções Comercial, Industrial,
Tecnológica e Tecnotrônica.
Mas não sou ideólogo de nada. Não chego a ser reformador social. Vamos aos fatos:
Recebi o Anuário do Ceará de 2007/2008.
&RQIHVVR TXH ¿TXHL FRQWULVWDGR FRP D SRVLomR GH
Acopiara no:
IDM (2004) 21,79 (106º no Ceará)
IDH (2000) 0,597 (148º no Ceará e 4.707º no Brasil)
PIB (2002) 39º, (2003) 39º e (2004) 59º (2005) no
ranking do Ceará.
A participação do Ceará no PIB do Brasil foi de 1,8%
em 2001, 2002, 2003 e 2004, ocupando um 14º entre os
estados da Federação, desde 2001.
O PIB do Brasil em 2004 foi de R$
1.766,621.034.000,00.
O de Acopiara foi de R$ 66.556.000,00. Em relação ao
GR%UDVLOPXLWRV]HURVODGHLUDDEDL[R6HHXQmRHVWLYHU
errado: 000,376%.
O nosso PIB distribui-se da seguinte forma: 24,9%
da agropecuária, 29,8% da indústria e 45,3% de serviços
(?). Pelo visto já não somos uma comunidade agropecuária. O PIB per capita é de R$ 1.445,00, com péssima
distribuição de renda.
Isto revela nossa imensa e eterna pobreza.
Da vez passada, coloquei que o Índice de Potencial
de Consumo-IPC do Ceará era de 3,13% contra R$
36,24% de São Paulo e o de Acopiara 0,0001%. Isto
mostra que somos um grão de areia no mercado consu-
4
midor do país.
É desconfortável.
Li ainda no citado Anuário que a receita orçamentária arrecadada, de Acopiara, em 2006, foi de R$
37.478,930,27. Só o pagamento de benefícios do INSS
superou a receita orçamentária arrecadada, alcançando
R$ 39,645.497,00. O Bolsa Família injetou outros R$
5,2 milhões.
Na minha visão de mundo, estados e municípios que
QmRDUUHFDGHPSDUDVHPDQWHUGHYHULDPVHUH[WLQWRV6HL
que isto redziria o número de municípios do país a um
WHUoRHYiULRVHVWDGRVVHULDPDQH[DGRVDRXWURV$QmR
ser que se mude o sistema de gestão municipal e estadual
reduzindo-se número de secretarias, vereadores, deputaGRVIXQFLRQiULRVHSULQFLSDOPHQWHDFRUUXSomRHQGrPLFD
HHSLGrPLFDHQUXVWLGDRXHVFUDFKDGD&RPRLVWRQmRHVWi
em discussão, deve permanecer como está.
A receita tributária que é a capacidade da população
residente de pagar impostos (ISS e IPTU) foi de R$
916,545,18, apenas 2,44% da receita orçamentária.
Acopiara sobrevive, portanto, além dos recursos do
,166HGR%ROVD)DPtOLDFRPGHWUDQVIHUrQFLDV
estaduais e federais. Isto é doloroso. É verdade que mais
de 70% municípios do Ceará e do Brasil estão na mesma
situação o que é particularmente ruim.
O Fundo de Participação dos Municípios-FPM contribuiu com de R$ 9,0 milhões (24,32%); o Sistema Único
de Saúde-SUS, R$ 4,2 milhões,(11,22%) o Imposto
de Circulação de Mercadorias-ICMS, R$ 2,0 milhões
(5,34%) , o Fundef, R$ 7,5 milhões (20,67%).
Vendo a despesa orçamentária empenhada, de R$ 30,8
PLOK}HVYHUL¿FDVHTXH5PLOK}HVIRUDP
para pessoal e R$ 5,1 milhões (16,55%) para investimentos. Não está claro para onde foram os outros 44,55%.
Mas nem tudo está perdido. Há outros dados que nos
animam concluir que evolui a qualidade de vida do
nosso povo.
Temos 45,569 habitantes, 11.702 domicílios, 82,80%
com água encanada, 84,04 com energia elétrica, 2.325
linhas telefônicas e 4,99% com esgotos. Temos TV a
cores, DVDs, TVs aberta (parabólica) e fechada, internet.
Estamos conectados com o mundo e com a civilização,
vendo o que acontece conosco e com outros povos e
nações, em tempo real.
A cobertura da saúde da família é de 85% e o índice
de mortalidade infantil é de 26,07%, a cobertura vacinal
pGHDWD[DGHDOIDEHWL]DomRpGHDWD[DGH
escolarização do ensino fundamental é de 89,8% e a de
ensino médio, 22,7%.
Alguns conterrâneos acham que falar dessas questões
é falar mal de Acopiara. Não penso assim.
)DODUPDOGH$FRSLDUDpFRQVHQWLUVHRPLWLUHGHL[DU
que as coisas continuem como estão: muito ruins. Não
por culpa de a, b ou c. Alias, como já escrevi, nossos
políticos locais, prefeitos e vereadores, que estão mais
SUy[LPRV GH QyV ¿]HUDP H ID]HP R TXH SXGHUDP H
podem para remediar a situação. O mesmo não diria
dos nossos deputados estaduais, federais, senadores e
governadores.
O problema é estrutural. Passa pelo Ceará e pelo Brasil. Não temos capacidade de gerar riqueza e ponto.
Cada um de nós tem o dever moral de se indignar
contra a miséria e o atraso e fazer o que estiver ao seu
alcance para mudar o quadro de subdesenvolvimento.
(*) JB Serra e Gurgel, jornalista e escritor (Acopiara)
Humor Negro
Branco Humor
Frases engraçadas
³'HSRLVGRVDQRVD~QLFDFRLVDTXHRPpGLFRGHL[D
um homem comer com gordura, é sua própria mulher!”
“Amigo é igual parafuso, a gente só sabe que é bom na
hora do aperto!”
“O amor é cego, mas o matrimônio devolve a visão”.
“Os seios são iguais a um trenzinho elétrico: é feito para
as crianças, mas quem brinca são os adultos”.
“Casamento é igual a uma piscina gelada. O primeiro
LGLRWDTXHSXOD¿FD¿QJLQGRTXHDiJXDWiERD´
“Os políticos são como as fraldas, devem ser trocados
constantemente. E sempre pelo mesmo motivo.”
“A diferença entre o ladrão e o político é que um eu
escolho, o outro me escolhe.”
“Homem é igual relógio: depois do primeiro defeito,
nunca mais anda direito.
“Quem dá importância às pequenas coisas é mulher de
MDSRQrV´
“Crianças no banco dianteiro podem causar acidentes.
Acidentes no banco traseiro podem causar crianças.”
³9LYDFDGDGLDFRPRVHIRVVHR~OWLPR8PGLDYRFr
acerta.”
“Passado de mulher é igual a cozinha de restaurante:
PHOKRUQmRFRQKHFHUVHQmRYRFrQmRFRPH´
“Mulher bonita é igual ao Tsunami. Quando chega
vem fazendo onda. Quando vai embora, leva; Casa, carro,
terreno, tudo...”
“Os problemas da vida são como um tarado bem dotado:
PHOKRUHQFDUDUGHIUHQWHSRUTXHVHYRFrGHUDVFRVWDV´
“Cabelo ruim é igual a bandido.... ou tá preso ou tá
armado!!!
“Meia Idade: é a altura da vida em que o trabalho já não
dá prazer e o prazer começa a dar trabalho”
“Mulher feia é que nem muro alto, primeiro dá um medo,
mas depois a gente acaba trepando.”
“Marido é igual a menstruaão: quando chega, incomoda;
quando atrasa, preocupa”
“Mulher feia é igual a ventania, só quebra galho.”
“Mulher de amigo meu é igual cebola... Eu choro mas
como. “
³$VYHJHWDULDQDVQmRJULWDPTXDQGRWrPXPRUJDVPR
porque não querem admitir que um pedaço de carne lhes
dá prazer...”.
³0XOKHU p LJXDO SrQDOWL PDO EDWLGR XP FKXWD RXWUR
pega”
“A diferença entre a mulher e o homem????
A mulher está sempre pronta para o que der e vier e o
homem está sempre pronto para quem vier e der.”
“Qual é a principal diferença entre frustração e desespero?
)UXVWUDomRpTXDQGRYRFrSHODSULPHLUDYH]QmRFRQVHgue dar a segunda...
'HVHVSHURpTXDQGRYRFrSHODVHJXQGDYH]QmRFRQVHJXH
dar a primeira...”
“Nunca desista do sonho. Se não encontrar numa padaULDSURFXUHQDSUy[LPD´
“Tudo é relativo. O tempo que dura um minuto depende
GHTXHODGRGDSRUWDGREDQKHLURYRFrHVWi´
“Se emperrar, force. Se quebrar, precisava trocar mesmo...”
³1DYLGDWXGRpUHODWLYR8P¿RGHFDEHORQDFDEHoDp
pouco; na sopa, é muito!”
“Não adianta ser rico e usar roupas caras e de marca se
o melhor da vida a gente faz pelado”.
Colaboração enviada por Sebastião Gurgel Holanda
(Acopiara)
Ceará em Brasília
Leituras
Noites de Cabíria
José do Vale Pinheiro Feitosa (*)
O cinema saiu do cinema e foi para a televisão. A orquestra saiu do clube e foi para o CD. A comida da mesa e
conservou-se congelada. A bebida estocou-se nas prateleiras
entre as quentes e as geladas. O fogo com apenas um botão
é um restaurante. A casa virou a saída para a rua. E todos lá
permanecem. Poucos chegam ao vão da noite.
,VVR p D YLROrQFLD TXH DIXJHQWD DV SHVVRDV GD QRLWH
Reúnem-se em casa que é mais seguro.
- Não acho que seja. Não acho mesmo. A casa se aparelhou. O som, o vídeo, a geladeira, as comidas pré-preparadas, as bebidas em abundância. A festa migrou para dentro
de casa.
$ YHOKD GLVFXVVmR HQWUH D H[SXOVmR H D DWUDomR SDUD
H[SOLFDU DWp RQGH VH FKHJRX 2 PDLV SHVTXLVDGRU IRL DRV
detalhes:
6HHVWDFLRQRXPÀDQHOLQKDYHPDWRUPHQWDU1RVVLQDLV
os assaltantes espreitam. Nos cinemas o cheiro de pipoca
embrulha o estômago e as chupadas nos canudos de refrigerantes clamam um vomitório. Nos restaurantes a espera.
Na boite bate estaca e bate bunda. No retorno para casa o
tiro de uma arma de fogo pode nos acertar. Então entramos
todos num programa de redução de riscos: ninguém mais
sai de casa à noite.
$tDVFRLVDVGDH[SXOVmR2VPRWLYRVSHORVTXDLVIXJLUDP
das ruas para suas casas. Como a discussão era de dois lados,
o outro entra em cena:
3RVVR¿FDUFRQIRUWDYHOPHQWHGRMHLWRTXHTXHURHFRP
a roupa que me convém. Ligo o som, posso viajar do erudito ao popular, do canto ao instrumental, posso ouvir uma
SRHVLD GHOLFLDUPH FRP XP FDQWRU RX PH H[SDQGLU FRP
um coral. Se desejo, tenho o cinema da noite em múltiplos
canais ou então vejo o que quero com apenas um pequena
ERODFKD¿QDHOHYH-DQWRRTXHTXHURFRQYHUVRFRPTXHP
TXHURHEHERDWpROLPLWHTXHDOX]VHGHVOLJD3RUTXrVDLU"
ÊPHOKRU¿FDU
Enquanto este diálogo ocorria, a velha Lapa se entupia de
gente nos bares, no Circo Voador, na Fundição Progresso,
seguia com gente em busca das casas da Rua dos Inválidos
até a Praça Tiradentes. A cidade se enche à noite nos mesmos
lugares como há dezenas de anos. A vida noturna repete-se
como necessidade dos espaços abertos, das calçadas e dos labirintos das ruas qual pautas ricas da lira cultural carioca.
Quando outros vão, tantos chegam. Aos bailes Funk sobre
RV PRUURV HP TXH RV WUD¿FDQWHV GH GURJDV UHFHEHP SRLV
fora não podem se arriscar. Um louco baile de pura energia
VHQVXDOVH[XDOHULWXDOtVWLFD8PDFRUHRJUD¿DTXHH[SORGH
em centenas como as borbulhas de um caldeirão em ebulição.
Repetem-se muitas, inventam-se outras, originam-se algumas. O grande encontro como as noites viradas, reviradas,
atravessadas até se espatifar, desmaiado de tanto sono num
desastre de trânsito ou nos macios dos colchões de dormir.
A festas Rave.
Pois então, a cidade são muitas. Umas que vão e chegam,
outras circulam, outras se escondem, há quem se encontre, a
solidão cercada de edifícios. Apartamentos conjugados que
SDUHFHPXPXQLYHUVRLQWHLURQDFDVFDGHXPRYR7ULSOH[
que imitam as Villas do Lago de Como. Capilares são as
UXDVFRPVXDVYiOYXODVGHFUX]DPHQWRVXDVVHTrQFLDVTXH
seguem e seguem para tão longe que nem se sabe para onde
e por qual motivo.
A urbes é tudo que não é, sendo nada do que poderia
ser.
(*) José do Vale e Silva (Crato), médico e escritor, residente no Rio de Janeiro.
Ceará em Brasília
Patrícia Poeta, o poema que voltou
Ayrton Rocha (*)
Patrícia, Poeta dos meus encantos
Poeta da minha certeza
E do meu sonho de amor
Tu voltaste
Oh, linda Patrícia Poeta
Quanta saudade eu senti de ti!
Quanta falta!
Fostes para United States Of America
Demorastes tanto
Que quase morri de saudade
Ou quem sabe, de amor
Saudade de tua beleza
Enfeitando a natureza
&RPRVHIRVVHXPDÀRU
Beleza de muitos encantos
De um rosto tão lindo
E com este corpo perfeito
Sem nenhum defeito
Um delicado convite ao amor
1XPYDOHFKHLRGHÀRU
Onde a rosa tem ciúme
$RYHUXPDÀRU
6HQGREHLMDGDSRUXPEHLMDÀRU
Oh, minha bela Patrícia
Quanta poesia, minha Patrícia Poeta,
Tu trazes em tua beleza,
Beleza, que vem com aquela certeza
Na hora de quem sabe amar
Beleza cheia de ternura e tristeza
E até parece que a natureza
Vai se desmanchar,
Dentro da minha alma e do meu coração
Patrícia Poeta
Dos meus sonhos e dos meus desejos
Das minhas ilusões
(GDVPLQKDVLQ¿QLWDVFDQo}HV
0XOKHUGHXPDEHOH]DLQ¿QLWD
Deixa eu sentir bem juntinho de mim
A tua beleza
Porque não dá mais pra te ver
Só na televisão.
Quero te ver em pedaços
Dentro do meu quarto
Para que eu possa juntar todos os teus pedaços
Dentro dos meus sonhos
E das minhas ilusões
Quero te ver verdadeiramente nua
Uma mulher toda crua
(¿FDUIHLWRXPFDFKRUURGHUXD
A chorar pelo afago de tuas mãos
Patrícia, Poeta, dos sonhos da minha cama
Numa relva cheia de lama
De um amor sagaz e fugaz
Quero te ver no meu sofá
Na minha cama
Nem que seja só por uma semana
Na minha sala de estar
No meu tapete
Sem o teu Penoir
Patrícia Poeta,
Oh, meu poema de mulher
Que um dia pra te eu já escrevi
Vou escrever tantas vezes
Porque de ti jamais esqueci
És uma beleza sublime
És uma taça de vinho
Que sonho um dia beber
[email protected]
Sem diagnóstico
Wilson Ibiapina (*)
Ser médico hoje, é mais fácil? Os aparelhos são os olhos e a
cabeça dos médicos.
Antigamente, o doutor olhava para o paciente e mandava: malária. Pegava no braço e diagnosticava: leva pro centro cirúrgico, é coração, vou operar.. Tudo no olhômetro.. Mudou a medicina, mudou
o médico. Um amigo médico fez estágio no Canadá. Ele é cirurgião
GHFULDQoD/iWRGRV¿FDYDPLPSUHVVLRQDGRVTXDQGRHOHFRQYHUVDYD
com os pais de uma criança e antecipava o diagnostico.
(...)
8PFLUXUJLmRHP)RUWDOH]D¿FRXIDPRVRSHODFRPSHWrQFLDD
habilidade com que usava o bisturi. Em meio a uma bebedeira, pedia
um maço de papel de seda. Colocava sobre a mesa e, rapidamente
, passava o bisturi. Para surpresa geral, cortava apenas a primeira
IROKDGRSDSHOGHVHGD2QGHYRFrYDLYHUXPFLUXUJLmRFRPD
habilidade de um dr. Bié?
Conta a lenda que, num dia, o dr. Abner Brígido, o dr. Bié, já
GHSRUUHpDFLRQDGRSRUXPFROHJDSDUDVRFRUUHUXPRXWURErEDGR
que está passando mal. Ele vai lá, pega no braço do paciente com
a mão esquerda e, com a direita, segura seu próprio pulso. Diagnóstico fácil e rápido. “O nosso amigo aqui, não tem nada. Ele tá é
ErEDGR(QmRDGLDQWDYDSDVVDUUHPpGLREDUDWRTXHWLQKDXQVTXH
rejeitavam. O Mincharia, caindo pelas tabelas, ainda conseguiu
RXYLUXPDPLJRPpGLFRSHGLUXP6RQULVDO(OHYDL¿FDUERQ]LQKR
disse o doutor. . Num esforço, Mincharia pergunta o preço de um
Sonrisal. Ao saber que não passava de um real protestou: -quero
QmR*DVWHLPDLVGHPLOSDUD¿FDUGHSRUUHFRPRpTXHYRX¿FDU
bom com um efervescente desses?
1mRVHID]PDLVPpGLFRFRPRDQWLJDPHQWH+RMHYRFrFKHJD
DXPKRVSLWDOPHVPRSDUWLFXODUJDVWDXPDQRWDHDLQGD¿FDRGLD
QDV¿ODVHPEXVFDGHDWHQGLPHQWRGHH[DPHVSRUTXHVHPHOHV
não há menor possibilidade de um diagóstico.
2UHSyUWHUIRWRJUi¿FR2UODQGR%ULWRPDUFRXFRQVXOWDFRPXP
oculista. Uma hora e meia depois do horário combinado, a mocinha
atendente se desculpa. Só tem mais quatro na frente, tenha calma.
Orlando, cheio de razão, sobe nas tamancas. Senhorita, Se ele não
respeita o horário que marcou, como vou saber se vai respeitar
meus olhos?
Estou lembrando tudo isso na ante sala de um médico do hospiWDO6DQWD+HOHQDQR¿QDOGD$VD1RUWHGR3ODQR3LORWRHQTXDQWR
aguardo para ser atendido. O pessoal aqui foi mais honesto. O
atendimento é por ordem de chegada. Começa às 8h30, entra quem
for chegando .
Enquanto aguardava minha vez, fui lembrando que essa dor que
me atormenta começou com o ano de 2007. Atacou no joelho esquerGRTXH¿FRXLQÀDPDGRLPSRVVLELOLWDQGRTXDOTXHUPRYLPHQWRFRP
DSHUQDÈFLGR~ULFR0DQGHLEUDVDQR=LORUL['HSRLVGRH[DPH
de sangue constatou-se que não era gota. Podia ser coluna. Depois
GH¿VLRWHUDSLDPXLWRUHPpGLRFDPLQKDGDVQRYDSRVWXUDDRVHQWDU
ao deitar, descobre-se que podia ser reumatismo.
Alguém me mandou procurar um médico de nervos. O cidadão,
me olhou, oscultou, e pediu uma biopse do dedo dormente. O sr. está
com suspeita de lepra, sentenciou o dr. Claro que fugi do consultório
e fui ao bar. Lá todo mundo já sentiu todas as dores do mundo e tem
remédio pra tudo. O brasileiro é pródigo em auto- medicação.
Peter Keler, um europeu que escreveu o livro “Brasil para Principiante”, dizia que nunca viu nada parecido na vida. O cidadão,
VHQWDGRQDDQWHVDODGRFRQVXOWyULRSX[DFRQYHUVDFRPRYL]LQKR
Essa dor, já tive. E, enquanto não é atendido vai passando receitas
TXHDVXDH[SHULrQFLDSHVVRDODXWRUL]DGLDJQRVWLFDU
Continua assim. Toma Benerva, vitamina B-12 própria para
ELULWHLUR1mRpPHOKRU$UFR[LD9RFrSRGHHVWDUFRPRVWHRDUWULWH
doença das articulaões. Não, parece mais uma artrite reumatóide.
Vai ver que é gota mesmo. Passei o Natal e o Ano Novo sem tocar
em álcool. De volta ao hospital, à procura de um remédio para
aliviar as dores , ouço o médico: “ Isso não tem nada a ver com
ácido úrico, pode beber.
4XHUGL]HUSDVVHLDVFRQIUDWHUQL]Do}HVGH¿PGHDQRjVHFR
9HPRFDUQDYDOHDVGRUHVQmRFHVVDP1RYRPpGLFRQRYRVH[DPHVGHVDQJXHUDLR[XOWUDVRPGDPmRHVTXHUGD9RFrQmRWHP
QDGD(VWiVXSHUFRQVHUYDGR3DUHFHPHQLQR9RFrVHLPSUHVVLRQD
fácil. Não pode saber de uma pessoa doente que começa a sentir os
PHVPRVVLQWRPDV7XGRTXHYRFrVHQWHpSVLFROyJLFR7RPDXPD
que passa. Hoje, sem brincadeira, só tenho medo de uma coisa, de
morrer bonzinho.
(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina)
5
Casa do Ceará convoca contribuintes
a deduzir doações no Imposto de Renda
A
Diretoria Jurídica, da Casa do Ceará., por intermédio
do seu Diretor, João Rodrigues Neto, emitiu o Parecer
Jurídico 01/2008, sobre dedutibilidade de doações
feitas à Entidade nas Declarações de Imposto de Renda Pessoa
Jurídica e Pessoa Física.
A decisão se apoiou nas normas que disciplinam o assinto
são a Lei nº 9.249/95, o Decreto nº3.000/99 – Regulamento do
Imposto de Renda – e as Instruções Normativas da Secretaria
de Receita Federal – SRF nº 87 de 31 de dezembro de 19996
e nº 258, de 17 de dezembro de 2002.
O objetivo é fazer com pessoas físicas e jurídicas de
Brasília, do Ceará e de outros estados, possam deduzir do
Imposto de Renda de 2008, ano base de 2007 suas doações
à Casa do Ceará.
Considerações
Dividimos o assunto em dois tópicos: doações efetuadas
por pessoa jurídica e por pessoa física.
Pessoa Jurídica – as doações (dinheiro ou outros bens)
poderão ser deduzidas do Imposto de Renda a pagar.
O limite de dedução é de 2% ( dois por cento) do lucro
operacional da pessoa jurídica antes de computada a sua
dedução.
A doação feita a entidades civis, legalmente constituídas
QR%UDVLOVHP¿QVOXFUDWLYRVTXHSUHVWHPVHUYLoRVJUDWXLWRV
em benefício de empregados da pessoa Jurídica doadora e
UHVSHFWLYRV GHSHQGHQWHV RX HP EHQH¿FLR GD FRPXQLGDGH
onde atuem, deve observar as seguintes regras:
$HQWLGDGHFLYLOEHQH¿FLiULDGHYHUiVHUUHFRQKHFLGDGHXWLlidade pública por ato formal de órgão competente da União,
6
João Rodrigues Neto, Diretor Jurídico
H[FHWRTXDQGRVHWUDWDUGHHQWLGDGHTXHSUHVWHH[FOXVLYDPHQWH
serviços gratuitos e benefício de empregados da pessoa juríGLFDGRDGRUDHUHVSHFWLYRVGHSHQGHQWHVRXHPEHQH¿FLRGD
comunidade onde atuem.
As doações, quando em dinheiro, serão feitas mediante
crédito em conta corrente bancária diretamente em nome da
HQWLGDGHEHQH¿FLiULD
A pessoa jurídica doadora manterá em arquivo, à disposição
GD¿VFDOL]DomRGHFODUDomRVHJXQGRPRGHORDSURYDGRSHOD
Secretaria da Receita Federal, fornecida pela entidade bene¿FLiULDHPTXHHVWDVHFRPSURPHWHDDSOLFDULQWHJUDOPHQWH
os recursos recebidos na realização de seus objetivos sóciais,
FRPLGHQWL¿FDomRGDSHVVRDItVLFDUHVSRQViYHOSHORFXPSUL-
PHQWRHQmRGLVWULEXLUOXFURVERQL¿FDo}HVRXYDQWDJHQVD
dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma
RXSUHWH[WR
Pessoa física – esse tipo de doação não tem amparo legal
para a dedução do Imposto a pagar.
Atualmente a único amparo legal é referente a doações feitas a fundos controlados por Conselhos de Direito da Criança
e do Adolescente.
Esses Conselhos devem emitir um comprovante como
recebido.
As pessoas físicas podem também deduzir do Imposto
de renda devido na Declaração de Ajuste Anual as quantias
efetivamente despedidas no ano-calendário anterior a título
de doações ou patrocínios, tanto mediante contribuições ao
Fundo Nacional de Cultura (FNC), na forma de doações, nos
termos do inciso II do art. 5º da Lei nº 8.313, de 1991. como
em apoio direto a projetos culturais que devem ser previamente
aprovados pelo Ministérios da Cultura (MinC).
Conclusão
A Casa do Ceará preenche todos os requisitos para receber as doações de pessoa jurídica, conforme disciplinada na
legislação pertinente.
Não são dedutíveis do Imposto de Renda as doações de
SHVVRDItVLFDHIHWXDGDDHQWLGDGHV¿ODQWUySLFDVGHHGXFDomRGH
SHVTXLVDVFLHQWt¿FDRXGHFXOWXUDSRUIDOWDGHSUHYLVmROHJDO
As de pessoas físicas se restringem àquelas relacionadas
a projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério
da Cultura, conforme estabelecido na Instrução normativa
nº 258.
Ceará em Brasília
Dossiê
O ministro cearense José Coelho
lembra os 200 anos da Justiça Militar
Lustosa da Costa (*)
Wilson Ibiapina (*)
Pelo Alvará, com força de Lei, de 1º de abril de 1808, D. João,
Príncipe Regente de Portugal, criou, na cidade do Rio de Janeiro,
o Conselho Supremo Militar e de Justiça, que acumulava funções
administrativas e judiciárias.
Notável destacar-se, que desde sua implantação até 1893, a
3UHVLGrQFLDGH+RQUDGR&RQVHOKRIRLH[HUFLGDSHORV*RYHUQDQWHV
– D. João, D. Pedro I, D. Pedro II, Marechal Deodoro e Marechal
Floriano – atentando para a grande importância, tanto consultiva
quanto judiciária, da Justiça Militar.
Com a denominação de Supremo Tribunal Militar pela Constituição de 1891, continuou a prestação jurisdicional até a Constituição de 18 de outubro de 1946, com a qual recebeu o nome atual
– Superior Tribunal Militar.
Mais antiga instância de Justiça do Brasil, o Superior Tribunal
Militar completa neste ano 200 anos. Em todo este período apenas oito cearenses ocuparam uma cadeira no STM. Destes oito
se destaca o atual vice-presidente da instituição, ministro José
Coelho Ferreira.
“Os ministros cearenses não são tantos assim na historia do
7ULEXQDO(XDWpTXDQGRFKHJXHLDTXLSURFXUHLYHUL¿FDUTXDQWRV
ministros cearenses tinha na história do tribunal e descobri que são
poucos. São apenas oito ministros do Ceará em 200 anos. Alguns
PLOLWDUHVFKHJDUDPjSUHVLGrQFLDGR6702VPLQLVWURVFHDUHQVHV
VmRXPDOPLUDQWHWUrVJHQHUDLVHRVRXWURVTXDWURLQFOXVLYHHX
civis. Dois nasceram em Sobral, dois nasceram em Fortaleza, um
nasceu em Novo Oriente, um em São Benedito e o outro eu não
tenho registro, que foi o general Edgard Facó, que eu creio que
nasceu em Fortaleza. Temos o Almirante Raimundo Frederico da
Costa Rubin, o Dr. Paulo Barbosa Lima, o general Francisco da
Silva Jr. O Dr. Adalberto Barreto, que foi auditor de guerra também,
o general Carlos Alberto Cabral Ribeiro, o general Haroldo Ericson
da Fonseca e eu que assumi em 2001. Então o primeiro ministro
cearense que tem na história do tribunal entrou aqui em 1919, mais
de um século depois de criado o Tribunal”
José Coelho Ferreira, nascido em 11 de abril de 1950, em Novo
2ULHQWH&(p¿OKRGH0DQRHO&RrOKR)HUUHLUDH$QW{QLD&RrOKRGD
6LOYDFDVDGRFRP'U*HQRYHYD)UHLUH&RrOKRWHPTXDWUR¿OKRV
José Geraldo, Rafael, Júlia e Raquel.
9HLRSDUD%UDVtOLDQR¿QDOGH³(XHVWRXKiPDLVWHPSRHP
Brasília do que no Ceará. Eu vim com 14 anos para cá e não voltei
mais. Tenho 57 anos, estou com 43 anos de Brasília. No entanto,
a gente nunca esquece a terra onde agente nasceu e nossas raízes
estão lá, plantadas. Isto sempre está na mente e no coração da
JHQWH$TXL¿]PLQKDFDUUHLUDFDVHLPDVHXGLULDTXHPHXFRUDomR
está nos dois, Brasília e Ceará. Eu ainda mantenho ligações com
o Estado. Tenho família lá. Vou de quando em vez ao Ceará e em
fevereiro do ano passado eu estive lá. Tenho irmãos, primos, tios e
amigos. Tenho uma casa da família lá no Ceará e além disto, para
lembrar, ainda tenho um grupo de cearenses aqui que se reúne uma
YH]SRUPrV(XPHUH~QRFRPHVWHSHVVRDOHPDWDVHDRPHQRVD
saudade da terra”.
-RVp&RHOKRUHYHOD³DTXLHVWXGHL¿]XQLYHUVLGDGH¿]FRQFXUsos, fui assistente jurídico do DASP, procurador do Banco Central
durante 25 anos. Cheguei ao cargo maior dentro da carreira de
SURFXUDGRUIXLSURFXUDGRUJHUDOGR%DQFR&HQWUDOGXUDQWHWUrV
anos, até setembro de 2001, quando assumi aqui. O presidente
Fernando Henrique Cardoso indicou meu nome para o Senado, fui
aprovado e assumi. Então esta é a minha carreira dentro do governo.
Na área jurídica dentro do serviço público federal. Basicamente
esta é a minha vida.
Em entrevista para o Diário do Nordeste, José Coelho fez
considerações sobre o papel da Justiça Militar.
“DN – Ministro, em sua opinião, quais foram os momentos mais
GLItFHLVSDUDRH[HUFtFLRGD-XVWLoD0LOLWDUQRSDtV"
José Coelho – Os momentos difíceis, pelo histórico da Justiça
Militar, são sempre quando há uma interrupção da ordem consWLWXFLRQDO ,VWR VH WRUQD GLItFLO SRUTXH DSHVDU GD LQGHSHQGrQFLD
da Justiça, as pessoas procuram às vezes aliar a Justiça Militar a
movimentos militares ou revoluções. São coisas absolutamente
diferentes. Não há nada uma coisa com a outra. Este Tribunal,
durante toda a sua história, foi um Tribunal independente, nunca se
subordinou ao Poder do momento e deu demonstrações claras de
Ceará em Brasília
Sobral que não esqueço:
Padre Eufrásio
Ministro José Coelho, vice, e ministro Henrique Marini,
presidente do STM.
VXDLQGHSHQGrQFLD)RLXPGRVSULPHLURV7ULEXQDLVTXHFRQFHGHX
liminares em hábeas corpus para pessoas que eram contra a situação
política do momento. Foi um Tribunal que manteve sua indepenGrQFLD(QWmRHVWHVPRPHQWRVVmRH[DWDPHQWHHVWHVTXDQGRVH
procura unir a Justiça Militar a movimentos revolucionários ou
PLOLWDUHVGHLQVWDQWH(VWHVVmRRVPRPHQWRVTXHVHPSUH¿FDDOJXPD
G~YLGDWHP¿FDGRPDVDKLVWyULDGR7ULEXQDOWHPGHPRQVWUDGR
TXHWRGRVRVPLQLVWURVWrPXPDFRQVFLrQFLDDEVROXWDPHQWHOLPSD
e tranqüila nestes períodos.
DN – E como foi a atuação do Tribunal em tempos de guerra?
José Coelho – O Tribunal foi acionado. O Brasil participou da
Segunda Guerra Mundial. O Tribunal teve muitos julgamentos, mas
QXQFDKRXYHH[HFXo}HVSRUTXHHPWHPSRGHJXHUUDpSRVVtYHOD
SHQDGHPRUWHPDVQmRVHFKHJRXDLVWR([LVWHXPDOHJLVODomR
HVSHFt¿FDSDUDRVWHPSRVGHJXHUUD$-XVWLoDpPDLViJLO2VSURcessos são julgados mais rápido. São crimes mais graves. Crimes
que em tempos de paz se tem uma preocupação menor, com penas
menores e em tempos de guerra pode levar a penas gravíssimas e
OHYDUDWpjSHQDGHPRUWH3RUH[HPSORRFULPHGHWUDLomRWRPDU
armas contra o país a favor do inimigo.
DN – Ainda há processos do tempo da revolução militar, do
chamado “período da ditadura”, correndo dentro do STM?
José Coelho – Não. Não há. Porque quando teve a anistia estes
processos todos foram resolvidos. Então não há o que se falar mais
em processos daquele tempo.
DN – O que o senhor pensa sobre o sigilo relacionado a documentos políticos da época?
José Coelho – Esta é uma questão que em tese não diz respeito
a nós, à Justiça Militar. Isto está sendo cuidado na Justiça Federal
comum, não na nossa Justiça e opinar sobre um assunto que está
sendo analisado pelos meus colegas da Justiça Federal, este é um
assunto que chegou até o Supremo, poderia ser de uma certa forma
uma intromissão na área deles.
DN – Quais são os tipos de crimes mais comuns hoje dentro
da Justiça Militar?
José Coelho – São os crimes de deserção em geral e abandono
de posto. A força é muito grande. Depois destes crimes teve até
um certo ponto, mas tem diminuído, os crimes relativos à pensões
PLOLWDUHVTXHVmRIUDXGHVFRPHWLGDVSRUSHQVLRQLVWDVRX¿OKRVGH
pensionistas, às vezes até netos de pensionistas que não comunicam
as mortes e se apropriam destes recursos.
DN – Houve muita mudança no papel da Justiça Militar nos
últimos anos?
José Coelho – Sim. Houve com a Constituição de 1988 a Justiça
0LOLWDUGHL[RXGHMXOJDURVFULPHVFKDPDGRVGHVHJXUDQoDQDFLRQDO
Os chamados crimes políticos. Então hoje isto é matéria da Justiça
)HGHUDOFRPXP,VWRWURX[HXPDPXGDQoDQRSDSHOGD-XVWLoD0Llitar. Ao lado disto, outros crimes que eram aqui julgados, ligados
a isto, como crimes de porte de armas que fossem privativas das
Forças Armadas, mesmo que não fossem pertencentes às Forças
Armadas, eram julgados aqui. Hoje nós julgamos somente quem
se apropria de armas das Forças Armadas.
Com apoio de Rose Ane, do Diário do Nordeste, Sucursal
Brasília.
1D LQIkQFLD H DGROHVFrQFLD YL D FDVD VHPSUH FKHLD GH SDGUHV
Meu pai se vangloriava de que, certa noite, contou dezesseis chapéus
eclesiásticos sobre a mesa da sala. Tudo gente que vinha conversar
porque ,de atrativos,só havia café quente e água fresca da moringa.
Era tanto sacerdote que o chefe da UDN,doutor José Saboya,rival do
Bispo,com José Tupinambá da Frota, brincava chamando meu pai de
“Monsenhor Costa”.
$SDUHFLDPSRUpPSDGUHVGHYiULDVWHQGrQFLDVSROtWLFDVLQFOXVLYH
monsenhor Olavo Passos, irmão de dona Dhonorina Passos em cujo
Educandário São José onde cursei o primário,ambos udenistas.Tão
ou mais quanto monsenhor Gonçalo Eufrásio de Oliveira, o único
sacerdote negro da Diocese, vindo de modesta família de Ubajara.
Mulato entroncado, de voz fanhosa, sardônico, aplicava apelidos
grosseiros aos alunos do Colégio Sobralense, principalmente os de cor
escura, que sofriam o diabo em suas mãos.
Um deles não agüentava mais tantas ironias e humilhações. Durante
DDUJLomRQmRDFHUWRXXPD3DUDH[DVSHUiORR3DGUHSHJDQGRQD
própria carapinha,indagou:
³eLVVRDTXL3HORPHQRVLVVRYRFrVDEHRTXHp"´
Desesperado o estudante partiu para a retaliação:
- “É cabuçu.. “
Foi “Velho Cabuçu” o apelido que os estudantes deram ao Padre, pela
semelhança de seu cabelo com o ninho daquelas abelhas silvestres.
Meia vermelhas
Muito pobre, comprou certa vez, na loja do Liberato, umas meias
vermelhas porque eram mais baratas. Foram dedurá-lo ao Bispo
por estar usando meias privativas do Cônego e Monsenhor. Quando
apareceu no Palácio, imprudentemente, Dom José o interpelou. Ele,
erguendo um pouco, a batina, blefou:
“- Dom José, por acaso estou de meias encarnadas?”
9H[DGRR%LVSRDSHQDVS{GHUHVSRQGHUDVVLP
³9RFrQmRVDEHTXHVRXGDOW{QLFR"´
Depois, promovido a Monsenhor, não teve pressa em usar os
botões e meias vermelhas do posto. Dom José perguntou-lhe se não
¿FDUDVDWLVIHLWRFRPDSURPRomRHSRUTXHQmRVHDSUHVHQWDYDYHVWLGR
conforme a investidura.
Resposta:
“- Dom José, já imaginou negro vestido de encarnado?”
De tabela
Quando dormia no Ginásio Sobralense , eram vedadas as idas dos
HVWXGDQWHVLQWHUQRVDREDQKHLUR$QmRVHUHPFDVRGHPXLWDDÀLomR
Para problemas mais simples, de micção,havia uma lata colocada no
centro do pátio, utilizada pelos alunos. O que levava padre Eufrásio,a
SHGLUFRPVXDYR]IDQKRVDQRVLOrQFLRFDYRGDQRLWH
³0LMDGHWDEHOD¿GXPDpJXD0LMDGHWDEHODGHL[DHXGRUPLU´
'XUDQWHDOJXPWHPSRR%LVSRQXWULXDLOXVmRGHH[HUFHUFRQWUROH
magnético sobre o Padre Eufrásio que ria às gargalhadas ou chorava até
DVOiJULPDVFRQIRUPHVXDVRUGHQV'RP-RVpGHL[RXGHGHPRQVWUDUWDO
força, de que se vangloriava ante outros padres, ao saber que o padre
(XIUiVLRROHYDYDQDWURoDHPVXDDXVrQFLD
“ Estou fazendo isso para tomar o lugar do Palhaninho ... “
Ele desferiu outra farpa no favoritismo de que o Padre Palhano de
6DEyLDJR]DYDDQWHR%LVSRTXDQGR3DGUH([SHGLWR/RSHVIRLQRPHDGR
Bispo de Oeiras,no Piauí. Pediu-lhe:
³'RP([SHGLWRPHOHYHSDUD2HLUDV´
'HVFRQ¿DGRRQRYRDQWtVWLWHSHUJXQWRX
³9RFrTXHUPHVPR"´
Resposta brincalhona:
“- Ora, se quero, quero ser o seu Palhano.”
Nem aos mandamentos “
Encontrando o Bispo, depressivo, lastimando a indisciplina do
clero, tentou consolá-lo assim:
“- Dom José, os padres não obedecem nem aos dez mandamentos,
quanto mais às ordens do Bispo...”
Dom José o encarregou de angariar donativos para a construção
da Igreja de S. Pedro do outro lado do rio Acaraú. Como as esmolas
HUDPPRGHVWDVHOHVHGHL[RXGR,ERSHGHVHXSDGURHLUR
4XDQGRR¿FLDYDDPLVVDQD&DSHODGH6mR9LFHQWHGH3DXORYL]LQKR
DRSUpGLRGRV&RUUHLRVLUULWDYDVHSRUTXHRVKRPHQV¿FDYDPGRODGR
de fora, conversando, fumando. Não hesitava, em certas ocasiões, em
aludir aos chifres dos presentes:
“ - Entrem, entrem na casa de Deus. Vão entrando. Quem não puder
entrar de frente, entre de lado...”
1RXWUDRFDVLmR¿FRXSHUWXUEDGRFRPDSUHVHQoDGHFmHVQRLQWHULRU
da Igreja. Durante o sermão dirigiu esse apelo às senhoras presentes:
“- Por favor, não tragam seus cachorros para a Igreja. Tragam os
maridos...”
Era assim o padre Gonçalo Eufrásio.
(*) Lustosa da Costa, jornalista e escritor (Sobral)
7
Casa do Ceará atenderá às exigências do
Ministério Público e da Vigilância Sanitária
8
O Presidente da Casa do Ceará, Fernando Cesar Mesquita, informou, após uma rodada de negociações com o
Ministério Público e Divisa, órgão de vigilância sanitária
GR')TXHWRGDVDVH[LJrQFLDVSDUDDPDQXWHQomRGD3RXsada, que é o centro de todas as ações sociais e assistenciais
desenvolvidas pela Casa, serão prontamente atendidas, pois
“é do nosso interesse oferecer atendimento de qualidade aos
nossos idosos”.
A Diretora de Promoção Social da Casa, Maria de Jesus
Ribeiro, que participou da reunião com as autoridades do
MP e da Divisa, reconheceu que “a Casa está em dívida, no
DWHQGLPHQWRGDVH[LJrQFLDVOHJDLVPDVWHPRVRPDLRUGHVHMR
GHYHUPRVWXGRUHVROYLGRHVSHFLDOPHQWHDVSHQGrQFLDVTXH
datam de 2006, relacionadas com o plano de alimentação e
o plano de saúde de cada um dos idosos que estão abrigados
na Pousada”.
Maria de Jesus Ribeiro reconheceu ainda que há por
parte do MP e da Divisa empenho em contribuir para
D FRUUHomR GDV GL¿FXOGDGHV RSHUDFLRQDLV QD 3RXVDGD
especialmente para o cumprimento das determinações
OHJDLVDVVLQDODQGRTXH³GRMHLWRTXHHVWiQmRSRGH¿FDU
SRLV FRPSURPHWH D SULQFLSDO ¿QDOLGDGH GR SURMHWR DV-
VLVWHQFLDOH¿ODQWUySLFRGD&DVDeSUHFLVRTXHIDoDPRV
este redirecionamento se não quisermos perder o que de
melhor conquistamos na sociedade de Brasília e que deu
credibilidade à Casa do Ceará”.
O diretor de Obras da Casa do Ceará, Leimar Leitão,
por sua vez, informou que “a Casa há algum tempo
tem um novo Projeto arquitetônico e funcional para a
Pousada, e que , por inúmeras vezes, ele e o assessor
técnico, Egomar Dieckel, estiveram na VISA e nos
VHWRUHV GH REUDV GR *') VHQGR TXH WRGDV DV H[LJrQcias técnicas foram atendidas, aguardando-se agora a
HPLVVmRGRDOYDUiSDUDDH[HFXomRGR3URMHWRHLQLFLR
GDVREUDV9iULDVH[LJrQFLDVSUHOLPLQDUHVGHWHUPLQDGDV
pelas autoridades distritais foram satisfeitas, inclusive
as relacionadas com abastecimento d’agua e esgotamento sanitário”.
Acrescentou que a Casa do Ceará já chegou a elaborar
XP FURQRJUDPD ItVLFR ¿QDQFHLUR SDUD D FRQVWUXomR GD
nova Pousada, que terá mais unidades de hospedagem, e
TXHVHHTXLSDUDUmRjVPHOKRUHVGRJrQHURHP%UDVLOLDWDLV
como a São Vicente de Paula, Anchieta e Casa do Vovô.
Quando obtivermos o alvará e dispondo a Casa de recursos, inicialmente estimados em R$ 170mil/200 mil reais,
poderemos em menos de 12 meses concluir a implantação
do projeto.
Projeto de Inclusão Digital
informatizará Museu e
Biblioteca da Casa do Ceará
Casa do Ceará faz investida
para aumentar quantidade
de associados contribuintes
Casa do Ceará terá novo
Projeto de Comunicação Visual
Jangada continua como símbolo
(PUHXQLmRFRPRVHPEDL[DGRUHVFHDUHQVHV-HU{QLPR0RVFDUGRH
José Marcus Vinicius de Souza, o primeiro atual presidente da Fundação
$OH[DQGUHGH*XVPmRGR0LQLVWpULRGDV5HODo}HV([WHULRUHVRSUHVLdente da Casa do Ceará, Fernando César Mesquita, foi informado de que
R,QVWLWXWR%UDVLOHLURGH,QIRUPDomRHP&LrQFLDH7HFQRORJLD,%,&7
yUJmRGR0LQLVWpULRGD&LrQFLDHGD7HFQRORJLDLPSODQWDUiXPSURMHWR
de inclusão digital na Casa do Ceará, oferecendo cursos para jovens da
comunidade de Brasília e informatizando toda Casa.
$PLVVmRGR,%,&7p³SURPRYHUDFRPSHWrQFLDRGHVHQYROYLPHQWR
GHUHFXUVRVHDLQIUDHVWDUXWXUDGHLQIRUPDomRHPFLrQFLDHWHFQRORJLD
SDUDDSURGXomRVRFLDOL]DomRHLQWHJUDomRGRFRQKHFLPHQWRFLHQWt¿FR
tecnológico”.
O IBICT tem acordo com a On-Line Computer Library Center
(OCLC) que disponibiliza o acesso á sua base de dados World Cat,
a qual integra mais de 5 bilhões de registros de cerca de 10 mil bibliotecas e com a Fundação para a Linguagem Digital Universal das
Nações Unidas (UNDL) que permitirá mair visibilidade internacional
GDSURGXomRFLHQWt¿FDEUDVLOHLUD
Dispondo de recursos, a FUNAG está detalhando o projeto a partir
GR,QVWLWXWR%UDVLOHLURGH,QIRUPDomRHP&LrQFLDH7HFQRORJLDGHYHQGR
abranger toda a informatização das bibliotecas Colombo de Souza e
Mauro Benevides, bem como as peças do Museu de Arte, do Museu de
$UWHVDQDWREHPFRPRGDGLVFRJUD¿DPRQWDQGRXPVLVWHPDGHUHGHVH
terminais que possibilitará futuramente o acesso virtual a todo o acervo
da Casa do Ceará, pela internet.
Em reunião na Casa do Ceará, o diretor do IBICT, Emir Suaiden,
detalhou o Programa de Inclusão Social – no qual a Casa será inserido
– compreendendo o Mapa da Inclusão Digital, o Portal de Inclusão
Digital, Aprendizagem Informacional (Corredor Digital), Rede de Tecnoplogia Social (RTS). `Projeto do Livro Didático Eletrônico, Avaliação
GR&LFORGH9LGD([SDQVmRGD%LEEOLRWHFD'LJLWDO%UDVLOHLUD3HVTXLVD
H(QVLQRHP&LrQFLDGD,QIRUPDomR
Em 31.01, foi realizada nova reunião na Casa, com as presenças, pela
Casa, dos diretores. Fernando César Mesquita, Wanderley Girão Maia
Junior, João Rodrigues Neto, José Sampaio de Lacerda Junior, Nasion
de Melo Ferreira, Maria de Jesus, Leimar Leitão de Assis e Algecira
Amaral, pelo IBICT, Ramon Martins da Fonseca. e Carlos Roberto
Meinert , mais Silvio Roberto Sakata – Sub-Secretário da Secretaria da
&LrQFLDH7HFQRORJLD±')+HOLRPDU0HGHLURVGH/LPD±0LQLVWpULR
das Comunicações e Antonio José Torres – colaborado.
A primeira leva de novos associados da Casa começou em
dezembro, quando foram emitidos 197 boletos de cobrança,
através do Banco do Brasil, de apenas R$ 20 reais mensais,
a título doação, aos associados que votaram nas eleições de
outubro de 2006.
Diretoria da
Casa do Ceará
aprovou uma
nova logomarca para a Casa,
atualizando sua
Comunicação
Visual, seguindo
XPD WHQGrQFLD
de renovação de
marca, mantenGR D LGHQWL¿FDção com o que é
PDLVH[SUHVVLYR
entre os cearenses: a jangada.
No caso, sai a
jangada azul e
entra a jangada
amarela.
Neste momento, está se iniciando a aplicação da nova
marca, inclusive na edição deste jornal ela já pode ser
vista no cabeçalho da primeira página.
O Centro Universitário Planalto , através do Departamento de Comunicação, Publicidade e Propaganda, ofereceu inteiramente grátis um novo projeto de Comunicação
*Ui¿FDH9LVXDOSDUDD&DVDGR&HDUiSRUSURSRVWDGR
prof. Ulisses Fontenele.
O projeto foi elaborado sob orientação da profa. Ione
Gomes pelos alunos do curso, Karoline Borba, Marcos
Antonio Caldas Castello Branco, Paulo Vinicius Velasco
Ventura, Rodrigo Nunes, Sandro Augusto Tales e Janair
Barreto Alves.
Submetido à aprovação da Diretoria, o projeto foi
acolhido e deverá ser implantado, renovando a marca
institucional.
Diretores Leimar Leitão e Maria de Jesus Ribeiro envolvidos no atendimento das exigências do Ministério Público e da Vigilancia Sanitária.
A Casa registrou 57 pagamentos, sendo que muitas das
cobranças compreendiam o grupo familiar que se inscrevera
como eleitores.
Até então, a Casa tinha abandonado a solicitação de doação do quadro associativo.
Em janeiro, novos 197 boletos foram emitidos, para que
VHMDFRQ¿UPDGDDGHSXUDomRDVHUIHLWD
A diretoria da Casa do Ceará está determinada a ampliar o
quadro social, como forma de obter recursos para a cobertura
de suas despesas assistenciais e sociais, bem como as de
custeio administrativo.
0DLVUHFHQWHPHQWHQDUHIRUPDHVWDWXWiULDIRLGH¿QLGR
que qualquer brasileiro poderá solicitar sua associação á Casa
do Ceará. Até então essa associação era restrita aos cearenses
QDWRVHDRV¿OKRVHGHVFHQGHQWHVGHFHDUHQVHV
Há muito tempo que não havia uma recomposição do quadro
social, com doadores permanentes, única forma capaz de dar sustentação às atividades da Casa, uma vez que as receitas derivadas
da prestação de serviços estão praticamente comprometidas.
“Precisamos de recursos para pequenos investimentos e
isso deve vir dos cearenses de Brasília, do Ceará e de outros
HVWDGRVHTXHHVWDPRVFRPHoDQGRDH[SHGLUEROHWRV´GLVVH
o presidente da Casa do Ceará, Fernando Cesar Mesquita,
assinalando que os cearenses estão compreendendo e atendendo às nossas solicitações”.
Ceará em Brasília
Casa do Ceará entregou o Plano de Ação 2008
ao vice-governador do DF, Paulo Octávio.
A
Diretoria da Casa do Ceará esteve em 21.01 , no
%XULWLQJDHPDXGLrQFLDFRPRYLFHJRYHUQDGRU
Paulo Octavio quando, na oportunidade, o presidente da Casa, Fernando César Mesquita, agradeceu todo
o apoio que ele, como deputado e como senador sempre
deu à Casa, a sua presença na solenidade de posse da nova
Diretoria, ocorrida em outubro de 2007, e entregou o título
de Sócio Benemérito da Casa e o Plano de Ação para 2008
e solicitou apoio para que o Governo do Distrito Federal
olhe com atenção e carinho para as obras assistenciais
da Casa, especialmente as voltadas para o atendimento
ao idoso.
Acompanharam Fernando César Mesquita, na audirQFLDRVGLUHWRUHV-RVp1DVLRQGH0HOR/HLPDU/HLWmR
de Assis, Maria de Jesus Monteiro, Antonio Viana, José
Sampaio de Lacerda Junior e João Rodrigues Neto, além
do Superintendente, Berilo de Lucena.
Fernando César Mesquita revelou que a Casa quer
continuar prestando todos os serviços assistenciais
e sociais, voltados para a população mais carente,
desempenhando a missão para a qual foi criada e que
VHWRUQRXUHIHUrQFLDHP%UDVtOLDH(QWRUQR'HVWDFRX
que a Casa oferece também atendimento médico e
odontológico, a preço subsidiado, para a população de
FODVVHPpGLDEDL[DDOpPGHRIHUHFHUFXUVRVGHLGLRPDV
LQIRUPiWLFD H SUR¿VVLRQDOL]DQWHV HP GLYHUVDV HVSHcializações. Além disso, a Casa disponibiliza outros
serviços de recreação e lazer.
Mostrou também que a Casa está empenhada em dar
uma virada no seu projeto urbanístico, através de um
projeto preconizado pelo arquiteto cearense, Fausto Nilo,
e que vai inserir a Casa na modernidade paisagística de
%UDVtOLDVHPSUHMXt]RGHVHXFRPSURPLVVR¿QDOtVWLFRGH
HQWLGDGH¿ODQWUySLFD
Ceará em Brasília
Emenda
Na oportunidade, ressurgiu a possibilidade recuperação
pela Casa de recurso de R$ 50,000,00 inicialmente destinado à Casa pelo então senador Paulo Octávio, em 2006,
aos quais deveriam ser acrescentados outros R$ 5.000,00
do GDF, perfazendo R$ 55 mil. Naquela oportunidade, a
Casa apresentou o plano de aplicação aos órgãos do GDF,
sendo que R$ R$ 36 mil se destinariam a recuperação e
reforma do salão de festas e R$ 19 mil para material de
consumo. O plano não foi aceito.
Em meados de 2007, foi solicitado à Casa novo plano
de aplicação, com a orientação de que os R$ 55 mil se
destinassem a material de consumo. O plano foi feito, mas
novamente não foi aceito pela Conselho de Assistencia
Social –CAIS do DF.
Em setembro de 2007, nova solicitação de novo plano
de aplicação foi feita à Casa, na mesma orientação do
anterior, mas acabou novamente brecado.
Deputado Roney Nemer com a Diretoria da Casa do Ceará.
Um apelo foi feito ao vice governador Paulo Octavio
para a dotação fosse recuperada, tendo ele orientado à
6HFUHWiULDGH$VVLVWrQFLD6RFLDOGR*')(OLDQD3HGURVD
SDUDTXHSHVVRDOPHQWHVHHPSHQKDVVHQDLGHQWL¿FDomR
e reaplicação dos R$ 55 mil , o que foi considerada como
XPDKLSyWHVHYLiYHO'HVGHHQWmRDGLUHWRUDGH$VVLVWrQFLD
Social da Casa, Maria de Jesus Monteiro, está empenhada
em apresentar uma proposta negociada com a CAI para
TXH¿QDOPHQWHRVUHFXUVRVVHMDPDSOLFDGRVQD&DVD
Outra emenda
O deputado Roney Nemer esteve em 20.02 na Casa
do Ceará participando de almoço com a Diretoria e
informando sobre a emenda que apresentou na Câmara
'LVWULWDOGHVWLQDQGR5SDUDTXDOL¿FDomRH
SUR¿VVLRQDOL]DomRGHWUDEDOKDGRUHV
Nemer que estava acompanhado de seus assessores,
Arusa Xavier e Marcelo Nemer Xavier, recordou que,
como Secretário de Obras do DF, no Governo Joaquim
5RUL]IH]REUDVTXHEHQH¿FLDUDPD&DVDGR&HDUiTXDQGR
YHUL¿FRXDLPSRUWkQFLDGD&DVDQDFRPXQLGDGHEUDVLOLHQVH
“Por isso, tomei a decisão de fazer mais e mais o farei,
quando possível”, disse.
Recordou que, como engenheiro da Secretaria de Obras
do DF, integrou a equipe que foi enviada a Fernando de
Noronha, ao tempo em que o atual presidente da Casa, Fernando César Mesquita, foi governador do então Território
e que implantou diversas obras de infra-estrutura.
No encontro, Roney Nemer informou que pedirá audirQFLDDRJRYHUQDGRU5REHUWR$UUXGDTXDQGRDFRPSDQKDdo de Fernando César |Mesquita, solicitará o desbloqueio
da emenda, o que permitirá a Casa elaboração do plano
de aplicação a ser apresentado ao GDF.
Assegurou que em 2008 apresentará nova emenda para
EHQH¿FLDQGRD&DVDGR&HDUi
9
Número de eleitores superou os
127 milhões em dezembro de 2007
E
m 2007, o número de eleitores no país subiu de
125.988.820 para 127.464.143, de acordo com
levantamento realizado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Dentre os dados analisados no período de janeiro a dezembro de 2007, constatou-se um
aumento superior a 21% dos eleitores cadastrados no
H[WHULRU(VVHQ~PHURVXELXGHSDUD
(VWHUHVXOWDGRSRGHVHUUHÀH[RGDFDPSDQKDGHUHgularização dos títulos, veiculada pelas emissoras
LQWHUQDFLRQDLVQR¿QDOGRDQRSDVVDGR
De acordo com a pesquisa do TSE, a Região
Sudeste continua com o maior número de eleitores,
55.718.468, representando cerca de 43% do eleitorado
brasileiro. A Região Nordeste vem em seguida, com
34.377.377 eleitores, cerca de 26%, apesar de ter
assinalado o menor crescimento precentual em um
ano, apenas 0,73%, ou 251.461 alistados.
A Região Sul tem 19.253.565 eleitores do país,
cerca de 15%. Depois vem a Região Norte, com
DSUR[LPDGDPHQWH H &HQWUR2HVWH
com 8.974.169, com o percentual também de 7% do
eleitorado.
A Região Norte registrou o maior crescimento em
WHUPRVUHJLRQDLVQDIDL[DGHFRPTXDVHGXzentos mil eleitores em apenas um ano (191.102).
10
Nos estados
&RPSDUDWLYDPHQWHDMDQHLURRPrVGHGH]HPEUR
de 2007 fechou com o estado de São Paulo na frente
do quantitativo de eleitores, com um aumento de certa
de 1,5%. O estado passou de 28.105.240 eleitores
para 28.553.481.
Em Minas Gerais, o aumento foi de 0,6%, de
13.670.781 para 13.762.441. O Rio de Janeiro teve
um aumento de 1,3% no eleitorado, que subiu de
10.886.932 para 11.029.831.
Na Bahia, o número de eleitores caiu de 9.101.209
para 8.945.636, representando –1,7%. Foi o único
estado que registrou queda no número.
O menor eleitorado está localizado em Roraima,
onde o número de eleitores era de 232.762 em janeiro e passou para 233.460 em dezembro de 2007, com
um aumento de 0,3%. No Acre, o número de eleitores
subiu 1,5%, passando de 413.106 para 419.325.
Outros dois estados da Região Norte - Pará e
Amazonas - são os recordistas nacionais em termos
percentuais de crescimento. Aumentaram, respectivamente, 2,94% e 2,54% seus totais de eleitores em
um ano.
6H[RHIDL[DHWiULD
O maior número de eleitores tem de 25 a 34
DQRVVHQGRTXHVmRGRVH[RPDVFXOLQR
H GR VH[R IHPLQLQR FRQWDELOL]DGRV HP
dezembro de 2007. Entre 35 a 44 anos, o número
de eleitores homens é de 12.473.615 e 13.390.402
mulheres.
1DIDL[DGHDQRVRQ~PHURGHHOHLWRUHVPDVFXlinos é de 270.202 e 274.534 femininos. Aos 17 anos,
votam 675.217 homens e 696.924 mulheres. Nessa
IDL[DHWiULDRYRWRpIDFXOWDWLYR
(QWUHRVPDLVYHOKRVWrPPDLVGHDQRV
eleitores masculinos e 1.268.270 femininos, que não
são obrigados a votar. Essa obrigatoriedade vai até
RVDQRV1HVVDIDL[DDWpRVDQRVHVWmRDSWRVD
votar 2.563.740 homens e 3.088.861 mulheres.
O total de eleitores brasileiros pode sofrer ainda
alterações até o dia 7 de maio deste ano, quando serão
contabilizados os números do alistamento eleitoral,
das revisões do eleitorado, realizadas até o dia 31 de
dezembro do ano passado, e das revisões sofridas
pelos municípios de Fátima do Sul (MS), São João
Batista (SC) e Colorado D’Oeste (RO), que participam do projeto-piloto de cadastramento eleitoral por
VLVWHPD ELRPpWULFR QR PrV GH PDUoR 2V Q~PHURV
GH¿QLWLYRVGRVHOHLWRUHVHPWRGRRSDtVGHYHUmRVHU
divulgados pelo TSE em junho.
Ceará em Brasília
Histórias Miúdas
Crônica de Rangel Cavalcante (*)
O locutor
8PD¿JXUDTXHID]QRFHQiULRSROtWLFRQDFLRQDOH2]LULV
Pontes. Pai do atual deputado Luiz Pontes, Oziris era o chefe
de um clã político sem similar, o Parlamento dos Pontes, assim chamado porque era formado por quatro irmãos, todos
deputados pelo Ceara. Ele federal e três estaduais – José Pontes Neto, Aurimar e Wilmar. Espirituoso, leal, bom-carater,
era acostumado ao trato com o homem do interior. Gostava
de percorrer o sertão seco do seu estado, em conversas diretas
com os eleitores. Fazer discurso na Câmara não era o seu
forte. Preferia o trabalho silencioso da busca de recursos
para obras no estado, especialmente aquelas destinadas ao
combate aos efeitos das estiagens freqüentes na região.
Certa feita, numa de suas andanças pelos pagos dos Inhamuns, a zona mais inospita do Ceara, deparou-se com um
matuto, velho conhecido. O país vivia o que se denominou
de a revolução do transistor, quando o radinho de pilha
chegou a todos os recantos e passou a fazer parte até da
mochila do homem da roca No meio da conversa o caipira
perguntou?..
Doutor Oziris, todo dia eu ouço a Hora do Brasil – hoje e
a Voz do Brasil – pelo radio e não escuto nem uma vez falarem no senhor. Falam em tudo quando e deputado, menos
no seu nome.
Rápido, como era do seu estilo, Oziris não titubeou
Olha, meu caro, o problema eh que aquele locutor que
apresenta o programa eh meu inimigo e me sabota, cortando
todas as noticias sobre o meu trabalho na Câmara.
O caboclo franziu o cenho, pensou um pouco, e deu-lhe
um conselho
Doutor Oziris, se eu fosse o senhor fazia logo as pazes com
esse homem. Do contrario o senhor esta eh lascado!
Na eleição seguinte o doutor Oziris não se reelegeu.
Subversivo
Era o governo Medici, o período mais negro da ditadura
militar, os chamados anos de chumbo. As vésperas do primeiro
GHPDLR'LDGR7UDEDOKRRXIDQLVPRR¿FLDORUJDQL]DYDPDnifestações em homenagem aa laboriosa classe trabalhadora,
enquanto os órgãos de segurança caçavam subversivos por
todo o pais. Em Brasília entidades sindicais decidiram incluir
nos festejos uma corrida de pedestres para comemorar a data.
Tudo prontinho e os organizadores foram passar em revista os
preparativos para a grande prova. A saída era no Guará e a
FKHJDGDQDURGRYLiULDGR3ODQR3LORWR$R¿QDOGDUHYLVWDXP
problema. Haviam esquecido de marcar, com tinta branca no
asfalto, a linha de chegada. Rapidamente providenciaram um
operário com pincel e tinta para a tarefa. Já passava da meianoite e o homem estava a escrever a palavra CHEGADA no
chão preto. Pintara as primeiras letras quando um carro preto
parou bruscamente ao seu lado e homens armados ate os dentes
saltaram aos gritos de teje preso. De mãos para cima, assustado,
o pintor cuidou de se explicar?
- Estou apenas pintando a linha de chegada para a corrida
dos trabalhadores, amanha de manha. No chão, bem grandes,
as letras CHE.
Mas não conseguiu convencer os truculentos agentes da repressão?
Não adianta tentar enganar, seu comunista safado. Esta
preso.
No carro, algemado, entre um safanão e outro, o pobre operário
tentava, sem êxito, se explicar?
Mas senhor, estava apenas pintando a palavra CHEGADA.
Pra cima de mim, seu comuna. Não adianta disfarçar. O que
você ia escrever mesmo era CHE GUEVARA.
Só pela manha, depois de apanhar como qualquer subversivo
que se prezava a época, o pintor conseguiu provar a inocência e
foi posto em liberdade. A tempo de assistir a corrida.
Basta um Pai-Nosso
O relato é do Ayrton Rocha, um misto de compositor, cantor,
SXEOLFLWiULRMRUQDOLVWDHHVFULWRUJUDQGHDPLJRGRH[SUHVLGHQWH
José Sarney, garantindo que é verdadeiro.
Num dia de 1985, em São Luís do Maranhão, na casa de
Ceará em Brasília
Aninha, uma das irmãs de Sarney, um pequeno grupo estava
reunido. O papo rolava solto. Um bom uísque, uma boa musica.
La estavam o Ayrton, Estela, mulher dele, o Ronald e o Evandro
Sarney, estes também irmãos do hoje senador pelo Amapá, e,
naturalmente, a dona da casa. Evandro, o irmão mais velho,
contou uma historia imperdivel, dele com sua mãe, a matriarca
dona Kiola. O pais vivia o drama da agonia do presidente eleito,
Tancredo Neves, internado no Hospital do Coração, em São
Paulo, em estado grave. Sarney, o vice, assumira interinamente
DSUHVLGrQFLDGD5HSXEOLFDHRVEUDVLOHLURVDFRPSDQKDYDPRV
EROHWLQV R¿FLDLV HP TXH R UHSyUWHU$QW{QLR %ULWR GDYD LQIRUmações sobre o de saúde de Tancredo, que morreria sem tomar
posse, pelo radio e pela televisão. Evandro chega aa casa da mãe
e a encontra na sala rezando fervorosamente pela recuperação de
Tancredo. Só parava para ouvir o Brito. Ficou por algum tempo
olhando a mãe debulhando o rosário. E não se conteve?
0mHQmRSUHFLVDH[DJHUDU%DVWDXP3DL1RVVRGHYH]HP
quando. Lembre-se de que o José ee o vice!
Dona Kiola continuou rezando. Sarney continuou presidente
e o Brito, depois de um mandato de deputado federal, acabou
ministro e governador do Rio Grande do Sul.
O aparte
Germano Vieira, ex-prefeito de São José e ex-deputado
estadual, faz parte do folclore político catarinense e a ele se
deve um amontoado de historias das quais foi protagonista
principal. Certa feita o debate na Assembléia Legislativa de
Santa Catarina era acirrado, por conta das divergências com
o Paraná no que diz respeito aa exploração de petróleo na
plataforma continental no limite dos dois estados. Disposto
a participar da discussão, Germano encomendou a um
assessor um discurso sobre o assunto. Dias depois recebeu o
trabalho. Era um calhamaço de mais de 20 paginas, contendo
praticamente toda a historia da exploração petrolífera no
Brasil, desde os tempos de Getulio Vargas. O deputado subiu
aa tribuna e começou a ler o robusto improviso. Logo nos
primeiros minutos, um colega interrompeu o orador?
- Vossa Excelência me concede um aparte?
Germano não se fez de rogado.
- Vossa Excelência quer uma parte? Será um prazer concede-la. Estava mesmo muito comprido demais para eu ler.
E entregou metade do discurso ao aparteante atônito.
Gato ou bofe
3LQKHLUR 0DFKDGR LQÀXHQWH SROtWLFR GR 3LDXt GHSXWDGR
por varias legislaturas e que morreu no dia da eleição que o
conduziria a um novo mandato na Câmara, era amigo do velho
0DUF-DFREXPLQJOrVTXHGHVHPEDUFRXHP3DUQDLEDQR¿QDO
do século passado e ali fez fortuna. Jacob tornou-se num dos
maiores capitães do comercio exportador da região e criou uma
rede de lojas que se expandiu por todo o Nordeste. Dos seus armazéns saiam grandes partidas de cera de carnaúba e de outros
produtos nativos rumo aos principais centros importadores da
Europa. Naquela época os comerciante costumavam manter
cobras, jibóias, em seus depósitos, pois elas devoravam os ratos.
Mas nos armazéns de Marc Jacob era o gato o responsável pelo
combate aos roedores. Contava o Pinheiro achado que certo
dia o velho chegou ao armazém e não gostou do que viu. Um
gatinho todo arrepiado, feio, magro, faminto. Chamou o vigia,
entregou-lhe algumas moedas e deu a ordem?
- Pegue esse dinheiro, compre meio quilo de bofe e de para
o gatinho comer.
1R¿QDOGDWDUGHYROWRXDRDUPD]pP/DHVWDYDRJDWLQKRGR
mesmo jeito. Feio, magro, com os olhos pedintes.
- Você deu comida ao gato Perguntou ao vigia,
- Dei sei, seu Marc. Ele acaba de comer meio quilo de bofe.
2YHOKRGHVFRQ¿DGRDEDL[RXVHSHJRXRJDWRHRFRORFRX
sobre a balança. O ponteiro marcou o peso? Exatamente meio
quilo.
Muito bem, seu Nonato. Aqui na balança tem meio quilo.
Quero só que o senhor me diga? se e o gato, cadê o bofe E se
eh o bofe, cadê o gato?
O vigia engasgou. Não perdeu o emprego. Mas desse dia em
diante o gato nunca mais passou fome.
(*)Rangel Cavalcante, jornalista (Crateús)
Casa do Ceará entregou ao governador
Cid Gomes Manifesto de Apoio
à Transposição do Rio São Francisco
No encontro com o Governador Cid Gomes, também presidente
de honra da Casa do Ceará, a Diretoria da Casa do Ceará lhe entregou
um Manifesto de apoio à Transposição do Rio Francisco. Depois de
OrOR&LGDVVLQDORXDYD]mRPtQLPDGR5LR6mR)UDQFLVFRKRMHpGH
1.800 metros cúbicos por segundo. Com a transposição ou integração
das bacias, a perda será de apenas 26 metros cpubicos por segundo,
seja, menos de 2%. A margem de erro é de apenas 5%, o que torna
LQVLJQL¿FDQWHDSHUGD6yPiIpHPiLQIRUPDomRLQVSLUDPRVTXHVmR
contrários”.
Cid Gomes insistiu que a transposição ou integração de bacias se
destina a atender não os ricos e latifundiários como proclamam os
adversários, mas os grandes centros populacionais do Nordeste, como
Mossoró, com 4-00 mil habnitesn, Campina Grande e João |Pessoa,
com 500 mil, cada, Fortaleza, com 4,0 milhões. A alternativa seria a
dessalinização da água do mar qyue custaria R$ 1,10 por metro cúbico,
quando a transposição custará apenas R$ 0,08 centavos, ou seja, 12
vezes menos”.
Cid Gomes considerou legítmas as criticas das popuçações da Bahia,
Sergipe e Alagoas que estão a 15 km do Rio São Francisco e não tem
água. Lembrou porém que o deputado Ciro Gomes, quando Ministro
da Inegração Nacional, propusera a criação de um fundo que disporia
de R$ 300 milhões , em 10 anos, para atender às populações ribeirinhas,
na construção de rede de água e esgoto.
Eis a integra do Manifesto:
l
“A Casa do Ceará em Brasília, por sua Diretoria, manifesta a
9([DLQWHJUDODSRLRDRSURMHWRGH7UDQVSRVLomRGR5LR6mR)UDQFLVFR
patrocinado pelo Governo Federal e incluído no Plano de Ação Continuada-PAC, e que terá inúmeros benefícios ao Nordeste, em geral, e
ao Ceará, em particular.
Historicamente, o Ceará trava uma luta desigual pela água. Apesar
dos esforços empreendidos pelo Departamento Nacional de Obras
Contra as Secas-DNOCS, nos seus 98 anos, nossos grandes reservatórios, Castanhão, Riachão, Orós, Pentecoste, Banabuiú, Lima Campos, armazenam hoje apenas 37% de sua capacidade, continuamos
IRUWHPHQWHGHSHQGHQWHVGHiJXDSDUDVREUHYLYrQFLDGDVSHVVRDVGRV
DQLPDLV H GDV FXOWXUDV DJUtFRODV GH VXEVLVWrQFLD FRP LPSDFWR QRV
setores de comércio, industria e serviços. A densidade pluviométrica
GR(VWDGRpEDL[DRTXHDPSOLDDVH[SHFWDWLYDVGRVFHDUHQVHVSHODV
FKXYDVTXHWDUGDPHUHVXOWDPQDGHFUHWDomRGRHVWDGRGHHPHUJrQFLD
em 115 municípios.
O agravo mais doloroso deste processo é o transporte de água, geralmente de lugares distantes, por carros pipas, para o abastecimento das
comunidades. As cenas mostradas pelas redes de televisão agudizam o
TXDGURGHGLL¿FXOGDGHVHVRIULPHQWRGRVQRVVRVFRQWHUUkQHRV
A transposição do Rio São Francisco, concebida há mais de um
século, ligando-o aos outros rios menores da região semi-árida do
1RUGHVWHLQLFLDQGRVHFRPRLPSHUDGRU'3HGUR,,QR¿QDOGRVpFXOR
;,;WHYHVXDGH¿QLomRQDYLUDGDGRVpFXOR;;SDUDR;;,
O rio São Francisco é um dos maiores e mais importantes do mundo,
HVWHQGHVHSRUTXLO{PHWURVUHFHEHDiJXDGHULRVDÀXHQWHV
dos quais 90 são perenes. No seu curso há cinco hidrelétricas, a de
7UrV0DULDV0*HQR1RUGHVWHDVGH6REUDGLQKR,WDSDULFD3DXOR
Afonso e Xingó.
Atualmente, 95% das águas do rio desembocam no mar e apenas
VmRXVDGDVSHODVSRSXODo}HVEHQH¿FLDGDVHPFLGDGHVRXQDLUULgação.
2SURMHWRSUHYrUHWLUDUiJXDMXVWDPHQWHQDVGXDVUHSUHVDVTXHVHUYHP
às hidrelétricas, transpô-las, através de dois imensos canais, para as
bacias de rios menores: a do rio Paraíba (a leste) e a dos rios Jaguaribe,
Apodi e Piranhas-Açu (ao norte).
Consciente de que o governo do Estado do Ceará aprova a transSRVLomRGR5LR6mR)UDQFLVFRGDTXDOIRLEDOXDUWHRH[PLQLVWURGD
Integração Nacional e deputado federal, Ciro Gomes,com sua visão de
IXWXURD3UHVLGrQFLDGD'LUHWRULDGD&DVDGR&HDUiSRUXQDQLPLGDGH
nesta oportunidade, manifesta integral apoio às ações e intervenções
TXHVHYROWDPSDUDH[SOLFDURVEHQHItFLRVTXHVHUmRJHUDGRVSDUDD
população nordestina, de 51,5 milhões e do Ceará, de 9,0 milhões de
habitantes.
1HVWH VHQWLGR H[SUHVVD D9([D VROLGDULHGDGH QRV HVIRUoRV TXH
venha a empreender para que o Projeto não sofra solução de continuidade.
&HUWDPHQWHDOJXQVVHWRUHVFRQWUiULRV±SRUPRWLYRVDFDGrPLFRV
culturais, sociais, políticos, partidários, ambientais, religiosos - merecem respeito, mas nossa adversidade e nossa necessidade falam mais
alto. Clamam igualmente por respeito para o atendimento da água que
nos falta e gera tantos infortúnios.”
11
12
Ministro nega liminar para afastar
prefeito de Chaval (CE)
Confirmada multa a ex-prefeito
de Juazeiro do Norte (CE)
TSE confirma transferência de zonas
eleitorais entre municípios do Ceará
O ministro José Delgado, do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), negou seguimento a Medida Cautelar (MC 2282) ajuizada pelo presidente da Câmara Municipal de Chaval (CE), João
Batista da Silva (PSDB), com o objetivo de afastar o prefeito
do município, Francisco de Assis Brandão Meireles (PRP), e
tomar posse no cargo. Ao negar seguimento à ação, com base
na ilegitimidade da parte, o ministro-relator julgou prejudicado
o pedido de liminar.
“O requerente não é parte legítima para pleitear, em sede de
processo cautelar, sua assunção ao cargo de prefeito do município
GH&KDYDO&(KDMDYLVWDQmR¿JXUDUFRPRSDUWHQRSURFHVVRSULQcipal, qual seja, o Respe 28.391”, analisa o relator. Acrescenta que
não há, nos autos, nenhum documento “essencial” para comprovar
as alegações do presidente da Câmara Municipal.
O Recurso Especial Eleitoral 28.391, relatado pelo ministro
José Delgado, foi interposto pelo prefeito cassado de Chaval Joércio Almeida Ângelo (PTB) para contestar decisão do Tribunal
Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) que lhe cassou o mandato
por suposto abuso de poder econômico e compra de votos.
Prefeito de Horizonte
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, acompanhou o voto do ministro José Delgado, relator do Recurso
Especial (Respe) 28.039, que deu provimento parcial ao pedido
e determinou que o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRECE) julgue a Representação ajuizada contra Francisco César de
Sousa e Manoel Gomes de Farias Neto, respectivamente prefeito
e vice-prefeito de Horizonte (CE).
A decisão se deu para que o Tribunal regional conheça da
representação unicamente em relação à suposta captação ilícita de
sufrágio que teria sido cometida pelos então candidatos reeleitos
à Prefeitura do município. De acordo com a denúncia, eles teriam
distribuído botijões de gás de cozinha e prometido doação de
material de construção a eleitores durante campanha eleitoral.
O ministro Gerardo Grossi , do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou seguimento ao Recurso Especial Eleitoral
(Respe 27848) interposto pelo candidato derrotado a prefeito
de Juazeiro do Norte (CE), Carlos Alberto da Cruz (DEM).
2H[SUHIHLWRGDFLGDGHTXHVWLRQDYDPXOWDGH5
aplicada contra ele por propaganda irregular durante as eleio}HVGHTXDQGRXPDFRQVWUXWRUDWHULDD¿[DGRIDL[DV
enaltecendo o então candidato.
No recurso impetrado junto ao TSE, Carlos da Cruz nega
a veiculação de propaganda. O que houve, segundo o candiGDWRIRLDPDQXWHQomRGHXPDIDL[DSLQWDGDKiPDLVGHGRLV
anos por uma empresa da construção civil em sinal de agradecimento pelas ruas asfaltadas quando ele foi prefeito.
Ao questionar a condenação do Tribunal Regional EleitoUDOGR&HDUi7(5&(RH[SUHIHLWRGH-XD]HLURDOHJDTXH
IRLVHXDGYRJDGRTXHPUHFHEHXSHVVRDOPHQWHDQRWL¿FDomR
para a retirada da propaganda, embora não tivesse poderes
SDUD UHSUHVHQWiOR 3RU ¿P GHIHQGH TXH FRP R ¿P GDV
eleições, o processo estaria prejudicado, por falta de interesse de agir.
No voto, o ministro Gerardo Grossi refutou os argumentos
de Carlos Araújo e assinalou que a propaganda trazia evidente
benefício ao então candidato, “já que tornava público os feitos da sua anterior administração na prefeitura”. No que se
UHIHUHjQRWL¿FDomRRPLQLVWURGHVWDFRXRIDWRGR7(53%
ter constatado que o candidato foi devidamente avisado por
meio do seu advogado.
4XDQWRjDOHJDomRGHSUHMXGLFDELOLGDGHPLQLVWURH[SOLFRX
TXHRHQWHQGLPHQWR¿UPDGRSHOR76(pRGHTXHDUHSUHVHQtação em que se discute imposição de multa por propaganda
irregular não perde o objeto com o encerramento do processo
eleitoral.
O ministro Ari Pargendler (foto), do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) homologou dois pedidos (PA 19795 e PA
19805) do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) de
WUDQVIHUrQFLDGH]RQDVHOHLWRUDLVYLVDQGRUHGX]LUDVGLVWkQFLDV
entre os municípios afetados e as respectivas sedes das zonas
eleitorais.
275(&(SURS{VDWUDQVIHUrQFLDGDMXULVGLomRGRPXQLcípio de Catarina (19ª Zona Eleitoral) para o município de
Acopiara (60ª Zona Eleitoral) e do município de Arneiroz (19ª
Zona) para o município de Aiuba (101ª Zona) com o intuito
de facilitar a logística das eleições nos municípios envolvidos
EHQH¿FLDQGRRDWHQGLPHQWRjVFRPXQLGDGHVHQYROYLGDV
Conforme o ministro Pargendler observou na decisão, os
casos não se tratam de criação de nova zona eleitoral, mas
GHVLPSOHVWUDQVIHUrQFLDVGHMXULVGLomRHQWUH]RQDVHOHLWRUDLV
VHPPRGL¿FDomRGRHOHLWRUDGR¿QDOSDUDtQGLFHVLQIHULRUHV
aos prescritos na Resolução/TSE 19994/97.Como esse
procedimento não decorre em aumento de despesa para o
município envolvido e, por isso, não depende de pedido para
o poder Legislativo local, o TSE, em diversas resoluções,
tem homologado os mesmos pedidos dos demais tribunais
regionais.
TRE do Ceará empossa juiz do Pleno
O advogado Anastácio Jorge de Sousa Marinho foi empossado como juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
do Ceará na tarde de ontem (7). Ele foi reconduzido para o
segundo mandato, na categoria de jurista, pelo presidente
GD5HS~EOLFD6HXSULPHLURELrQLRWHUPLQRXQRGLDFLQFRGH
maio de 2007, mas a nomeação ocorreu somente no dia 20 de
GH]HPEURVHQGRRDWRSXEOLFDGRQR'LiULR2¿FLDOGD8QLmR
no dia 21 de dezembro do ano passado.
Ceará em Brasília
Página da
Mulher
Clube de Leitura:
Espaço de Cultura e Amizade
Beatriz Teresa R. Maia Pinto (*)
Como atual presidente do Clube do Livro nº1 de Brasília, atendi com
imenso prazer o convite de Regina Stella para participar de uma coluna
deste jornal cearense tão prestigiado por ilustres jornalistas e escritores.
Como sou metade nordestina, por parte de pai, acredito já estar inserida
nesse periódico por razões sanguíneas e sentimentais.
Nossa história começou quando fazíamos um curso de atualizações da
PXOKHU$PDLRULDMiHVWDYDFRPRV¿OKRVFULDGRVHSUHFLVDYDSUHHQFKHU
suas vidas privilegiadas e confortáveis com algo mais. Já éramos um
grupo homogêneo e amigo, e queríamos continuar a caminhada. Algumas
faziam parte de grupos de costura, outras trabalhavam como voluntárias
em obras sociais. Mais ainda era pouco. Ir além seria a meta.
Como e o que fazer? Foi quando uma delas, Amélia de Alencar Couto,
nossa fundadora e até hoje atuante nos disse: “Estou voltando do Peru
e em Lima existem vários Clubes de livro! Por que não começamos um
deles aqui? Seria o nº1 em Brasília”.
A idéia foi imediatamente acatada. Fizemos um miniestatuto e
elegemos nossa primeira diretoria. Isso aconteceu em 1980, com 24
membros.
As reuniões seriam mensais respeitando as férias escolares, obeGHFHQGRjRUGHPDOIDEpWLFDSDUDHVFROKDGDDQ¿WULmHRUJDQL]DGRUD
Mensalmente, todas teríamos de ler um mesmo livro, que seria comentado
por um convidado e pelas sócias. No 1º ano de funcionamento decidimos
prestigiar os escritores nacionais.
O primeiro livro escolhido foi: “O Recado dos Ipês” de Regina Stella.
A autora, com sua competência, sensibilidade e alegria contagiante
nos prestigiou em pessoa, tecendo comentários pertinentes. O primeiro
passo estava dado, e nunca mais paramos desde então. Às Portas do
28º aniversário, podemos nos gabar de nossa pequena biblioteca de 215
YROXPHV2VOLYURVVmRGLYHUVL¿FDGRVMiTXHFDGDVyFLDWHPDOLEHUGDGH
de escolher um a cada dois anos. Os debatedores são convidados, se
possível, de acordo com o tema: psicólogos, advogados, professores,
escritores e até mesmo os próprios autores.
A diretoria é eleita a cada dois anos por votação. As candidatas á
sócias esperam as vagas e são escolhidas por sorteio. A tesoureira resolve a compra mensal e cada uma paga o seu volume. Temos um livro
de presença, um de ata, e até mesmo um registro em cartório. Tudo em
nome de um bom funcionamento. Nas reuniões mensais, estipulamos
XPDSHTXHQDFRQWULEXLomR¿ODQWUySLFDTXHpUHSDVVDGDDXPDREUD
social, idônea e registrada. Nesses anos todos nunca deixou de haver
uma única reunião. Hoje com as renovações temos colegas ilustradas,
com mestrado, até mesmo doutorado. São professoras aposentadas que
se encantaram ao fazer os debates e se incluíram no grupo.
Além da parte que poderíamos chamar de erudita, o clube criou,
entre todas nós, um convívio fraterno e amigo. O calor humano nos
convida e impulsiona para que continuemos. Sentimos orgulho dessa
atividade. Além de ampliar nossos horizontes, estamos valorizando
nossas vidas. Somos mulheres participantes e ativas. Agradecemos á
Deus tanta generosidade.
Somos oriundas de todas as partes do país, formando um todo de
brasilidade. Progredimos muito, aprendemos mais ainda. Já viajamos
por todos os continentes através da leitura. Nosso leque de conhecimento
VHDPSOLRXHVHGLYHUVL¿FRX3XGHPRVVHQWLUDVHPRo}HVGDVGLIHUHQWHV
UDoDVGHQWURGHVXDVUHDOLGDGHVJHRJUi¿FDVVRFLDLVHUHOLJLRVDV
No lanche que encerra as reuniões das tardes da terceira segundafeira de cada mês podemos degustar os quitutes regionais- Com as
mineiras, os pães de queijo; Os beijus e as tapiocas, com as nordestinas; As diferentes tortas, com as sulistas; As famosas fritadas, com
as capixabas; Os bolos e sanduíches, com as cariocas; Os famosos
empadões, com as goianas. Assim é o clube, essa mistura maravilhosa
e cheia de novidade, um prazer muito grande para o espírito e um ótimo
remédio contra a solidão. Imaginem a riqueza que circula nesse nosso
pequeno universo!
Num país infelizmente ainda com tantos analfabetos, somos, é
verdade, como agulhas num palheiro. Gostaríamos de pertencer a um
todo bem maior, e não a uma pequena elite, que pode se dar ao luxo de
comprar os próprios livros. Quem sabe, elevando esse prazer pela leitura,
possamos nos aproximar do nível europeu de nove livros per capita ao
ano, em vez do brasileiro, que é de um só. Mudando uma mentalidade,
estaremos evoluindo e trabalhando por um Brasil mais preparado. A
educação é, sem dúvida, o pilar que faz crescer a pirâmide. Todos nós,
como cidadãos, somos responsáveis. Colhemos o que plantamos. As boas
sementes deverão ser cada vez mais semeadas.
Mãos á obra homens e mulheres desse país Tão grande, carente,
mais muito amado.
Beatriz Teresa R. Maia Pinto
Atual presidente do clube do livro nº1 de Brasília
$VVLVWHQWHVRFLDOPmHGHFLQFR¿OKRVDYyGHQRYHQHWRV
Brasília, janeiro de 2008.
Ceará em Brasília
Receitas nordestinas
testadas e provadas
Raimunda Ceará Serra Azul (*)
PAELLA DE FRUTOS DO MAR
(Para 4 pessoas)
2 kg de camarão médio descascado
1 kg de mexilhão
1 kg de lula em anéis
3 pimentões verdes
3 pimentões amarelos
3 pimentões vermelhos
3 cebolas grandes
4 tomates
6 dentes de alho
1 lata de azeite de oliva extra virgem
1 pacote de páprica doce
1 pacote de açafrão
1 kg de arroz parbolizado
Sal a gosto
Escalde o camarão, o mexilhão e a lula, separadamente, na mesma água, e reserve a água.
Corte a metade de um pimentão de cada cor,
em tiras, e pique os tomates, as cebolas e o resto
dos tomates em cubos pequenos.
Refogue o alho socado com azeite em panela
de ferro própria para paella, em fogo brando.
Juntar o tomate, cebola e pimentões cortados
em cubos e refogar.
Temperar com um pacote de páprica doce e
duas colheres de sopa de açafrão e refogar.
Adicionar o arroz e o sal a gosto e regar aos
poucos, com água em que os frutos do mar foram
escaldados.
Misturar tudo até que o arroz esteja ao pronto
e os frutos do mar cozidos.
Use colher de pau para o preparo da paella e
regue pelo menos três vezes o preparo, para realçar mais o sabor da iguaria.
(*)Raimunda Ceará Serra Azul - advogada, (Uruburetama)
JOHN WILLIAM STUDART
Regina Stella (*)
Espicaça-me a curiosidade saber tão pouco dele em suas
origens. Tentando vizualizá-lo, na imaginaão recomponho
VXD¿VLRQRPLDVHPQRHQWDQWRGH¿QLODFHUFDQGRRGHXPD
aura de mistério, cavaleiro de outras plagas, aqui chegando
em missão de paz.
Nem faz tantos anos, mas é impiedosa a pátina do tempo
HDPHPyULDGRKRPHPIUiJLOYDLGHL[DQGRDSHQDVYHVWtJLRV
dos que passaram,apesar das marcas que ainda persistem.
Deles, como um carimbo, um sinete, o nome que transmitiu,
DFRUGRVROKRVHGRVFDEHORVXPFHUWRGHWDOKHQDH[SUHVVmR
do rosto, um ritus que se repete, uma certa desenvoltura nos
JHVWRV(Q¿PQRJHQHVXPSRQWRGHFRQWDWR0DVDOpPGR
nome, da cor dos olhos e dos cabelos, vejo ainda uma certa
REVWLQDmRXPDRXVDGLDWrPSHUDIRUWHTXHGHL[RXFRPRKHUDQoDFRQ¿UPDGDVQDGHFLVmRGHGHL[DUD9HOKD(XURSDHP
longa travessia.
A imaginaão correndo a sete léguas envolve no devaneio e
na bruma do país de onde veio, o nobre cavaleiro que se avenWXURXSHORVPDUHVHDSRUWRXHPSOHQD7HUUDGD/X]'HL[DQGR
a Inglaterra, trocando a neve e o frio pela clara e iluminada
cidade nordestina, John William chegou à Província com o
intuito de ali se estabelecer, e deitar suas raízes.
2MRYHPLQJOrVDSHQDVYLQWHHTXDWURDQRVGLQkPLFRH
empreendedor, se ligou, tão pronto, às iniciativas que faziam
progredir a pequena cidade, e emprestou ao comércio seu tino
DUJXWRHDVXDLQWHOLJrQFLD+DYLDSRXFR)RUWDOH]DHUDSRXFR
aglomerado de casas, longe das vias por onde circulavam os
produtos da terra e a civilizaão vinda de fora. Morosa, não
DFRPSDQKDYDSHODSUySULDVLWXDmRJHRJUi¿FDRGHVHQYROYLmento das outras vilas, como Aracati, onde as casas de sobrado,
o porto em grande movimento, distinguiam-na das demais.
Firmou seu nome, John William Studart, na terra cearense,
HQWUHRVTXHWUDEDOKDYDPFRPD¿QFRHFRPR9LFH&{QVXOGD
Grã-Bretanha deu começo à família Studart.
&RPSUHVWtJLRQDVRFLHGDGHRJXDSRLQJOrVFDVRXVHFRP
uma jovem cearense de destacada família, neta do Major
Facundo, cujo nome emprestou a uma das principais ruas
de Fortaleza, e por onde passei, anos depois, adolescente,
cantando e rindo, sem nem de longe supor das nossas ligaões.
As águas do rio não retornam à fonte, verdade, e por força da
vida, sempre avante, os jovens vivem intensamente apenas o
presente, presos ao seu instante, ao seu projeto, ao seu verso,
CDVXDFDQmR6HPVHOLJDUjKLVWyULDOLQGDTXH¿FRXSDUDWUD]
escrita com sangue e com o coraão, feita de saudade, de afeião,
de arrojo e obstinaão.
(P PLP SHUGXUD DOJR GHVWH MRYHP LQJOrV TXH GHL[RX D
Velha Albion para chegar às terras douradas do Ceará.. Voltando à Inglaterra, um pouco dele retorna também, às ruas da
Velha Ilha, aos jardins e parques por onde transitou, quem
sabe sonhando, fazendo planos, aguardando a hora de partir
para além-mar.
A longa travessia me levará, seguramente, a locais onde
ele um dia passou, se deteve, trabalhou, viveu, há mais de um
século. Ao olhar o Big-Bem, a Catedral de Westminster, a Torre
de Londres, a sede do Parlamento, impreterivelmente a ele
me ligarei, ao supor que há muitos anos John William Studart
voltou o seu olhar na mesma direão, en tregue às preocupaões
de moço sonhador e aventureiro.
Á hora de voltar à Inglaterra, levantarei um brinde ao meu
jovem ancestral de vinte e quatro anos, que em arriscada viagem chegou às plagas cearenses, atraído por fortes motivos
pessoais, para conquistar espaços próprios no Novo Mundo.
E então, me verei envolvida pelo misterioso sentimento, priYLOpJLRGDDOPDKXPDQDEXVFDQGRUD]}HVTXHLGHQWL¿TXHP
a bisneta e o seu bisavô, num instante qualquer de enlevo,
QXPDPDQKmORQGULQD8PDHIrPHUDWURFDGHFLGDGDQLDXPD
cearense se fazendo de inglesa, à procura das raízes de John
:LOOLDP6WXGDUWRLQJOrVTXHVHIH]FHDUHQVH
(*) Regina Stella, escritora e jornalista (Fortaleza)
13
Lustosa da Costa lançou em Fortaleza Histórias de Lúcio Brasileiro
“Cada um dos meus amigos merece
um livro. Eu acho que a gente deve
SX[DURVDFRGHTXHPDJHQWHJRVWDHQquanto está vivo e não esperar para dar
a eles o nome de uma rua ou fazer uma
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humorada do professor e jornalista Lustosa da Costa para reunir depoimentos
sobre Lúcio Brasileiro não se resume a
essa. Ele reconhece no amigo a representação do colunismo social cearense.
Personagem de Francisco Newton
Quezado Cavalcante, Lúcio completa
53 anos de “batente continuando em jornal, rádio e tv”, como o
SUySULRGH¿QH$KRPHQDJHPYHPDFDOKDU/XVWRVDGD&RVWD
pediu a 52 pessoas, em sua maioria jornalistas e radialistas, que
de algum modo participaram ou conviveram com o colunista que
escrevessem artigos sobre Lúcio. O resultado está no livro Um
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que foi lançado em 24.01, no Ideal Clube, em Fortaleza.
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Reportagem, publicada de segunda a sábado no O POVO, além
do trabalho de colunismo em televisão e rádio. Para contar um
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14
colunista. A idéia foi que, através dos relatos escritos em forma
de narrativas e artigos, seria possível construir um pouco da
história do colunista e do colunismo social do Ceará. O livro
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na escolha dos personalidades, agradaram muito ao colunista.
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satisfação na voz didática e segura.
O livro faz parte de uma trilogia planejada por Lustosa de
publicar livros sobre grandes amigos seus, que também são
personagens importantes do Estado. Amigo do Peito, sobre o
cirurgião cardiovascular Régis Jucá, abriu a coleção, seguido
de TT das Madrugadas , com causos emblemáticos do jornalista
Tarcísio Tavares e Um Brasileiro Muito Especial completa a
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claro, para não ser tornar um livro chato”.
Narraram o périplo de Lúcio Brasileiro: : Adísia Sá, Alan
Neto, Alfredo Couto, Antenor Barros Leal., Arlen Medina, Ayrton Rocha, B. de Paiva, Carlos Alberto Farias, Chagas Vieira,
Fábio Campos, Fernanda Quinderé, Fernando César, Frota Neto,
Giácomo Mastroianni, Guilherme Neto, Guto Benevides, Hélio
Barros, Henrique Carvalho, Inácio de Almeida, J. Ciro Saraiva,
João Bosco Pitombeira, João Soares Neto, Jorge Parente, José
Júlio Cavalcante, José Rangel, Juarez
Leitão, Leda Maria, Leorne Belém,
Lúcio Alcântara, Luís Campos, Montovanni Colaes., Marcos André Borges,
Marcus Lage, Miguel Fenelon, Nadja
Parente, Narcélio Limaverde, Nazareno Albuquerque, Neno Cavalcante,
Newton Pedrosa, Pádua Lopes, Paulo
Aragão, Paulo Elpídio de Menezes
Neto, Paulo Limaverde, Sabino HenULTXH6{QLD3LQKHLUR6WrQLR&DUYDOKR
Lima, Tarcísio Tavares, Wanda Palhano,
Wilson Ibiapina, além, obviamente, de Lustosa da Costa.
Lúcio Brasileiro agradeceu a homenagem. “É uma prova de
afeto do maior amigo que eu tenho na vida, e do maior amigo
que qualquer pessoa possa ter”.
Peço para Lúcio destacar uma das histórias que leu. Ele negase, não quer se comprometer de apontar um nome e outro não.
Mas Lustosa não faz cerimônia. “Eu conto que uma vez tinha
uma moça interessada em casamento com um rapaz da alta
sociedade e o Lúcio se opunha. Mesmo assim, ela foi pedir conselho e ele, argumentando que precisava cuidar do seu futuro. A
UHVSRVWDGHOH"µ0LQKD¿OKDSDUDFXLGDUGRVHXIXWXURYRFrWHP
que ter cuidado com o INSS’”. Lustosa continua. “Tem outra
também. Na entrada da antiga TV Ceará, João Ramos chegou
para ele e perguntou: ‘É verdade que somos tidos como veados
na cidade?’. ‘Tido e havidos’”, respondeu o colunista.
Com o apoio de O POVO, de Fortaleza
Ceará em Brasília
Memória
O violonista Nonato Luiz abriu o Festival de Jazz & Blues,
de Guaramiranga.Em 28 anos, 32 discos.
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GHTXHSURGX]LXRKLW³7DNH¿YH´FRPRTXDUWHWRGH
Brubeck formado ainda por Paul Desmond, Joe Morello e
Gene Wright. “Sempre escuto. É um dos discos jazz que
mais me fascinam”.
A
ndarilho de meio mundo nas cordas de seu violão
de raízes eruditas, cores regionais e estilo pessoaOtVVLPR1RQDWR/XL]¿QDOPHQWHIDUiVXDHVWUpLDQR
Festival Jazz & Blues de Guaramiranga. E com destaque,
na abertura do evento na serra, subindo ao palco do Teatro
Rachel de Queiroz no sábado de carnaval - um dois de
fevereiro acrescido do brilho do bandolinista brasiliense
+DPLOWRQGH+RODQGDVHDSUHVHQWDQGRQDVHTrQFLD&RQvocação que o violonista cearense, nascido em Lavras da
Mangabeira e acostumado ao diálogo universal do violão
em festivais de países como Estados Unidos, França e até
Coréia do Sul, recebe com alegria de estreante.
Quem é
Raimundo Nonato de Oliveira Luiz nasceu no dia 3
de agosto de 1952, na cidade de Lavras da Mangabeira,
&(&RPWUrVDQRVGHLGDGHFRPHoRXDWRFDUFDYDTXLQKR
Estudou no Conservatório de Fortaleza e aos 15 já era
o segundo violinista da Sinfônica de Fortaleza. Depois
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Aos 21 anos foi estudar na Escola de Música Villa-Lobos,
no Rio de Janeiro.
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certa”, desde sua casa em Fortaleza, onde divide o tempo
entre as atenções da esposa, dona Alfonsina, e as tantas
horas dedicadas ao companheiro de sempre, no ritmo de
estudo diário inerente a quem sabe que a consagração
não prescinde de uma paciente, continuada dedicação.
“Estou muito feliz em tocar em Guaramiranga. O público
do festival é muito especial, vai ali mesmo pelo encontro,
pelo desejo de ouvir boa música, de ver grandes shows,
de conhecer novos artistas. Então, tenho que procurar
fazer o melhor, mostrar o meu mundo musical, a minha
história”, promete Nonato.
Para cumprir esse intento, a apresentação deve contemplar um passeio por amostras da musicalidade já
registrada pelo violonista em nada menos que 32 discos
até aqui. Da estréia com o LP “Terra” (1980), em que o
cearense já contava com a participação do bamba João
Donato, passando por álbuns clássicos como “Guitarra
brasileira” (o primeiro gravado na Europa, em 1987),
“Retrato do Brasil” (produzido na Alemanha, em 1991),
“Mosaico” (do mesmo ano, feito lá e lançado cá, pela
Kuarup) e “O Choro da Madeira” (de 1999, entre choros
de Nonato e de nomes como João Pernambuco, Garoto e
Paulinho da Viola).
O choro, a propósito, é uma seara em que o violão de
1RQDWRVHPSUHVHVHQWLXjYRQWDGHHH[WUHPDPHQWHSURGXWLYR9LGHDVYiULDVFRPSRVLo}HVGRP~VLFRQRJrQHUR
que já foi chamado o jazz brasileiro, como as reunidas no
CD “Choro em Sonata”, de 2004, um bom representante
de sua leva de trabalhos mais recentes. Entre eles, obras
aclamadas, como “Nonato Luiz toca Beatles”, “Ceará”
(em que o músico mostra belos arranjos para composições
de cearenses de diferentes gerações), “Canções” (com a
obra de Nonato e de vários letristas parceiros, com diversos intérpretes, inclusive o violonista soltando a voz) e
“Baião Erudito”, destacando a obra de Luiz Gonzaga e,
SDUWLFXODUPHQWHDGRFHDUHQVH+XPEHUWR7HL[HLUD
“´Quero fazer esse apanhado, da minha obra, dos meus
DUUDQMRVHGHLQÀXrQFLDVGH7KHORQLXV0RQND/XL]*RQzaga”, anuncia Nonato, que, especialmente para o festival,
guarda na manga cartas com “Mouro blues”. “É uma composição minha, que raramente toco, e devo fazer lá”, diz
o violonista, que já tem um convidado. “Estou querendo
levar o Anderson Silva, um menino de 10 anos, que toca
pandeiro e já participou de um show meu em 2007. Ele
deve tocar um choro comigo”.
Em fevereiro, após o concerto em Guaramiranga, o con-
Ceará em Brasília
(PJDQKRXR3UrPLRGR&RQFXUVRSDUD9LRORQLVWDVGD797XSLHP6mR3DXOR([FXUVLRQRXSHOR%UDVLO
em 1978, com o concertista Darcy Vila Verde. Nesse
mesmo ano, radicou-se no Rio de Janeiro.
Em 1980 gravou seu primeiro disco, “Terra”, que
contou com a participação de Raimundo Fagner, João
Donato e Bimba. Dois anos mais tarde lançou, com o
JXLWDUULVWDÀDPHQFR3HGUR6ROHUR/3³'LiORJR´JUDYDGR
ao vivo na Sala Cecília Meirelles (RJ). Em 1984 gravou,
com Mercedes Sosa, Paco de Lucia e Rafael Alberti, um
disco em homenagem ao pintor Pablo Picasso, lançado
na Europa.
vidado é Nonato, que participará como jurado e palestrante
do Festival Nacional de Violão de Teresina. Depois, deve
trabalhar em dois novos discos. “Não posso adiantar, mas
são pra este ano”, garante. Assim como as mãos sobre o
braço do violão, Nonato não pára.
Horizontes violonísticos
([SHULHQWHHPHYHQWRVPXVLFDLVQRH[WHULRU1RQDWR
/XL] Yr VHPHOKDQoDV HQWUH R )HVWLYDO -D]] %OXHV GH
Guaramiranga e os muitos eventos que já percorreu.
“Acho muito parecido. A diferença, no meu caso, é que na
Europa a coisa é mais concentrada no violão. Há muitos
festivais voltados para o público que tem uma verdadeira
devoção pelo instrumento. Aqui já engloba várias facetas”,
compara.
4XDQWR DR GHVD¿R GH OHYDU VHX YLROmR D XP IHVWLYDO
de jazz e blues, Nonato, cuja vertente blueseira também
se manifesta em composições como “Pagando pra ver”,
gravada por Belchior no disco de autor do violonista em
parceria com o letrista Abel Silva, se mostra tranqüilo.
“Devo fazer algumas coisas diferentes, mas não quero sair
muito da minha temática, de mostrar os meus arranjos pra
obras de Luiz Gonzaga, Milton Nascimento, dos Beatles,
e minhas composições. Inclusive algumas inéditas”, promete. “Cantar? Não sei... Já cantei em disco, em show.
Dependendo do clima, quem sabe?”.
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que sempre procurou ouvir de tudo. E, apontando o pia-
Ainda na década de 80 lançou os álbuns “Guitarra
Brasileira” (1987), contendo composições próprias, e “Fé
FHJD´FRQWHQGRH[FOXVLYDPHQWHREUDVGH0LOWRQ
Nascimento. Participou de discos e shows com Chico
Buarque, Raimundo Fagner, Nara Leão, Luiz Gonzaga e
Amelinha. Em 1989, realizou nova temporada européia,
apresentando-se na Áustria, Itália, França e Alemanha,
onde gravou o LP “Mosaico”. No ano seguinte gravou,
FRP'MDOPD&RUUrDSHUFXVVmRH/XL]$OYHVEDL[RR
disco “Gosto de Brasil”, lançado nos Estados Unidos e na
(XURSD'XUDQWHDWXUQrHXURSpLDDLQGDHPJUDYRX
o disco “Retrato do Brasil”, distribuído mundialmente
pela Otto.
Em 1991 lançou o álbum “Carioca”, com o tecladista
Túlio Mourão. Gravou um disco totalmente dedicado a
Luiz Gonzaga em 1994, passando a manter estreita parceria com o compositor Billy Blanco, seu conterrâneo.
Após o relançamento de seus trabalhos europeus no
mercado brasileiro gravou, em 2000, o CD Nonato interpreta Beatles (Kuarup), contendo 15 canções do quarteto
com transcrição e arranjos próprios para violão solo. Em
2001, gravou o CD “Nonato Luiz e Abel Silva”, com o
poeta carioca. No ano seguinte, em tributo a seus conterrâneos, gravou o disco “Ceará”, com uma releitura pessoal
da obra de 18 compositores de seu estado de origem.
Em 2003 lançou o CD “Canções” e, com Fernando
Rocha, o CD “Nonato Luiz e Fernando Rocha”, registro
ao vivo da apresentação realizada pelos dois artistas no
Mistura Fina (RJ). Ao longo de sua trajetória artística,
foi contemplado com vários prêmios, com destaque para
o Prêmio Sharp de Música, por sua canção “Baião da
rua” (com Fausto Nilo)
15
Governador Cid Gomes recebeu
Plano de Ação 2008 da Casa do Ceará
E
m reunião realizada no gabinete da senadora Patrícia
Sabóia, no Senado Federal, em Brasília, em 20.02, o
Governador Cid Gomes, também estatutariamente
Presidente de Honra da Casa, recebeu da Diretoria da Casa
do Ceará o Plano de Ação para 2008, um Manifesto de
Apoio à Transposição do Rio São Francisco e solicitação
de participação do Governo do Ceará no Primeiro Festival
da Indústria, Comercio, Turismo e Artesanato do Ceará, nos
dias 7, 8, 9 e 10 de agosto de 2008.
Da reunião, participaram os o presidente Fernando César
Mesquita e os diretores Raimundo Nonato Viana, José
Sampaio de Lacerda Junior , Regina Stella Studart Quintas,
Maria de Jesus Martins Monteiro, João Rodrigues Neto e JB
Serra e Gurgel e o conselheiro Ciro Barreira, do Conselho
Fiscal.
Sobre o Manifesto de Apoio à Transposição do Rio São
Francisco, leia matéria na pag. 14.
Festival do Ceará
A realização do Primeiro Festival da Indústria, Comercio,
Turismo e Cultura do Ceará, nos dias 28, 29, 30 e 31 de agosto
de 2008, em Brasilia, Fernando César Mesquita informou
ao governador que já mantivera conversações preliminares
com o Secretário de Turismo do Estado do Ceará, Bismarck
Maia, e que gostaria de a presença e o envolvimento do
Governo no evento para que haja uma efetiva participação
do empresariado do Ceará.
Esse evento foi concebido como uma oportunidade para
realização de negócios entre a iniciativa privada cearense e
a clientela potencial de Brasília e do Centro-Oeste.
6HUmR FKDPDGRV D H[SRU VHXV SURGXWRV RV HPSUHViULRV
cearenses, e convidados a participar dessa promoção
empresários do Distrito Federal, de Goiás, do Mato
Grosso, do Mato Grosso do Sul e do Tocantins, au-
16
Plano de Ação
toridades dos governos federal e local, além do corpo
diplomático. Tal empreendimento sem dúvida alguma
projetará ainda mais o Estado do Ceará no cenário
nacional e internacional.
No período, a Casa do Ceará programará atividades
culturais com apresentação de quadrilhas, artistas e bandas
representativas da cultura cearense.
Para sua concretização, a Casa proporcionará o espaço
ItVLFRDVXDGLYXOJDomRRSODQHMDPHQWRHVXDH[HFXomR(P
IDFHGRVFXVWRVHQYROYLGRVQHFHVVLWDULDGRDSRLR¿QDQFHLUR
do governo do Ceará e o patrocínio dos interessados na
H[SRVLomRGHVHXVSURGXWRV
Cid Gomes passou a mão no telefone e ligou para BisPDUFN0DLDVROLFLWDQGRTXHHOHGH¿QDFRP)HUQDQGR&pVDU
Mesquita de forma precisa o que caberá à Casa do Ceará
em Brasillia e ao Governo do Estado e que, em seguida, lhe
VXEPHWDRSURMHWR¿QDOjVXDDSURYDomR
Fernando César Mesquita entregou a Cid Gomes um
H[HPSODU GR 3ODQR GH$omR SDUD H LQIRUPRX TXH D
Casa está empenhada em fazer um grande projeto para sua
nova sede, que poderia acolher a representação do Estado do
Ceará, em Brasilia, bem como representações de empresas
HHQWLGDGHVGR&HDUiiUHDSDUDXPDH[SRLomRSHUPDQHQWH
de produtos produzidos no Ceará, um teatro e uma sala de
FRQIHUrQFLDVHHYHQWRVGHSHQGrQFLDVDGPLQLVWUDWLYDVHFXOturais, inclusive a Biblioteca de autores cearenses, a Galeria
de Arte, o Museu de Artes Populares.
1R3ODQRGH$omRIRLDQH[DGDXPDFROHWkQHDGH
documentos segundo os quais pode se perceber os fundamenWRVHVWDWXWiULRVGD&DVDHVHX¿UPHFRPSURPLVVRHPSUHVWDU
serviços dedicados aos mais desfavorecidos socialmente,
manifestando a esperança de “contar .” com o prestimoso
apoio do Governo do Estado do Ceará”
Cid Gomes manifestou inicialmente aprovação à proposta
, indagou se a Casa já dera o ponto de partida. Fernando
Cesar Mesquita informou que a Casa solicitara ao arquiteto
Fausto Nilo, autor do Projeto do Centro Cultural Drgão do
Mar, de Fortaleza, a elaboração de um Projeto Urbanístico
que envolveria todas as unidades da Casa, compreendendo
DViUHDVGHDVVLVWrQFLDVRFLDOIRUPDomRSUR¿VVLRQDOVD~GH
policlínica e odontoclínica, cultura e lazer.
Cid Gomes ´solicitou que a Casa do Ceará solicite
ao arquiteto Fausto Nilo a elaboração de um projeto
H[HFXWLYRSDUDDXQLGDGHGHUHSUHVHQWDomRHFXOWXUDOH
TXH HVWi GLVSRVWR D ¿UPDU FRQYHQLR FRP D &DVD SDUD R
repasse de recursos para a elaboração do projeto. A partir
GDtVHUmRH[DPLQDGDVDVSRVVLELOLGDGHVFRQFUHWDVSDUDVXD
LPSODQWDomRTXHLQVHULUiD&DVDGH¿QLWLYDPHQWHQRSODQR
arquitetônico de Brasilia.
Ceará em Brasília

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