A baratinha, o ratinho e o caldo de feijão

Transcrição

A baratinha, o ratinho e o caldo de feijão
PÁGINA 12
ABRIL / 2014
A RAZÃO CRIANÇA
Espaço infantil
THARSILA PRATES
Jornalista, frequentadora da Filial
São Paulo (SP)
ei de presente o livro Dona Baratinha, mas houve grita sobre o final da história.
Era uma baratinha que
vivia solitária e que adorava
arrumar a sua casa. Numa
dessas faxinas, encontrou
uma moeda de ouro e, com
ela, resolveu procurar um
noivo para se casar.
Vai vendo.
A baratinha colocou
uma fita no cabelo e foi
para a janela cantar:
“Quem quer se casar
com a dona Baratinha, que
tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”. Primeiro, apareceu um elegante cavalo, mas, como relinchava alto na hora de
dormir, foi recusado pela
nossa amiga. Depois, veio
um cachorro alegre e forte,
que também latia alto para
dormir e, assim, dona Baratinha não queria. Até que
apareceu um ratinho de pelo cinza e brilhante.
Vai vendo.
D
A baratinha, o ratinho
e o caldo de feijão
Biologia
moderna
Dona Baratinha gostou
dele e fez a mesma pergunta que havia feito aos demais: “Que barulho você
faz quando dorme?”. O ratinho ergueu a cabeça, estendeu o rabinho e o som
veio suave: “qui, qui, qui”.
Dona Baratinha se assanhou, e os dois marcaram
a data do casamento. Para
comemorar, dona Baratinha, que era uma excelente cozinheira, fez um
banquete, com direito a um
caldinho de feijão daqueles!
O ratinho, guloso que era,
Questão
de lógica
ficou doidinho para experimentar o caldo, mas teve
vergonha de pedir. A caminho da igreja, não se
aguentou e voltou para casa, para tomar um golinho
do caldo.
Vai vendo.
O ratinho subiu na panela, mas escorregou e
caiu, morrendo afogado no
caldo. Na igreja, todos esperaram o noivo, que não
apareceu.
Viu?
Que final é esse? Diz o
livro que a dona Baratinha,
apesar de chateada, resolveu ir à luta novamente.
Colocou a fita no cabelo e
foi para a janela cantar em
busca de outro noivo,
porque a vida continua.
Isso aí tudo bem, não é?
Todos nós concordamos. A
vida continua, mas, aqui,
faremos outro final, menos
trágico.
Vai vendo.
A caminho da igreja, o
ratinho não se aguentou e
voltou para casa, para
tomar um golinho do caldo
de feijão. Subiu na panela,
já fria, e se agarrou na
beirada, tomando os goles
do caldo, que vinha até a
borda. Ainda estava meio
quentinho e, antes que ele
se queimasse ou se afogasse, deu-se por satisfeito.
A peripécia, contudo, fez
com que ele se atrasasse
para a cerimônia. Na igreja,
dona Baratinha dava berros
de tão nervosa.
Quando o ratinho apareceu, passou a maior vergonha, porque teve de explicar o motivo do atraso:
a gula. Dona Baratinha,
exigente, pensou: “Esse aí
não faz barulho na hora de
dormir, mas vai me dar o
maior trabalho na cozinha.
Guloso! Não quero mais”.
Piadas
Na aula de Biologia, a
professora pergunta:
– Zezinho, onde po demos encontrar baleias?
Ele respondeu:
– São bichos tão grandes que é impossível perdê-los, professora!
Dona Baratinha foi
consolada por um hamster,
parente do esquilo, e o nosso ratinho deu em cima de
uma ratinha charmosa – e
solteira – que tinha ido ao
casamento.
O caldo de feijão, coitado, teve de ser jogado no
lixo, porque foi contaminado pelo ratinho, que o experimentou direto da panela. Mas caldos de feijão
podem ser feitos novamente, não é? Agora, se o
hamster se casou com a
dona Baratinha e se os ratinhos foram felizes para
sempre já não dá para dizer. Isso fica para outra
história...
Maria Cottas
Por que...
...elefantes têm boa memória?
No vídeo Turma da
Mônica, em Boas Manei ras, Mônica chega em casa toda ralada depois de
correr atrás de Cebolinha,
para lhe dar uma surra.
Cebolinha, por sua
vez, assusta os pais por
não se comportar durante
o almoço e ainda falar de
boca cheia e arrotar.
A providência dos pais
é ma tricular os dois na
Escola de Boas Maneiras
da senhorita Biju. Isso
porque andaram faltando
(e faltam por aí) as tais
boas maneiras.
Esses bons hábitos se
aprendem em casa, com o
exemplo dos adultos, e
também na escola.
Veja, a seguir, alguns
exemplos e os ponha em
prática. Ou vai todo mundo para a Escola de Boas
Maneiras da senhorita
Biju.
Falar sem gritar.
Dar bom dia, boa tarde e boa noite.
Dizer obrigado e com licença.
Pedir por favor.
Comer de boca fechada sem cuspir comida.
Não sair correndo e esbarrando nos outros.
Não chamar os colegas de apelidos como
“golducha, baixinha e dentuça”.
Não bater nos amiguinhos.
Dar lugar aos mais velhos.
Não jogar lixo no chão.
Não dizer palavrões.
Dividir os brinquedos.
Devolver o que pegou emprestado.
haverá água e comida
disponível? Aí, eles andam
muito, mas sabem para
onde podem voltar para
buscar alimento.
Resumindo: as con dições de vida dos elefantes fizeram com que
eles desenvolvessem a memória. Entenderam?
Como anda sua memória?
Você tem memória de
elefante? O livro Deu
branco, da pesquisadora e
fonoaudióloga Ana Alva rez, editado pela Record,
traz um teste para avaliar
a nossa memória (a dos
adultos).
Entre as perguntas
feitas, há algumas bem
interessantes, como: você
se esquece de onde deixa
as suas coisas? Esquece
de dar recados? De se
lem brar dos nomes de
pessoas e ruas? Esquece
do que comeu no café da
manhã?
O resultado do teste
informa que esquecer
“uma coisa ou outra em
meio a tantas tarefas não
é grave”, mas responder
que se esquece “sempre”
da maioria das coisas é
sinal de que algo não anda bem.
Nesse caso, é neces sário buscar a ajuda de
especialistas.
Vamos colorir este elefantinho?
Boas maneiras não
fazem mal a ninguém
lembrar os locais onde podem encontrar água e comida. É assim: eles andam, andam e andam,
mas conseguem lembrarse de onde podem comer.
Vejam bem: se um animal
se desloca muito e a toda
hora, como garantir que,
no lugar aonde ele chega,
Acertando
por acaso
A professora de Ju quinha mandou que ele
falasse dois pronomes:
– Quem, eu? – perguntou o aluno.
– Acertou, pode sentar.
Ensinando
ortografia
A criança bem educada de hoje torna-se
o homem leal e a mulher sincera de amanhã.
Para pessoas que se
lembram de tudo, costumamos dizer: “Esse tem
memória de elefante!”.
Por quê? Biólogos explicam que o modo de vida
desses animais, que percorrem grandes distâncias,
permitiu que eles desenvolvessem a capacidade de
A professora pergunta
aos alunos:
– Se eu for à feira e
comer três peras, sete bananas, 15 laranjas e uma
melancia, qual será o resultado?
Do fundo da sala, alguém grita:
– Uma dor de barriga!
A professora disse:
– Joãozinho, fale uma
palavra com "c".
Joãozinho respondeu:
– Vassoura.
– Onde está o "c"? –
perguntou a professora.
– No cabo! – respondeu Joãozinho.
Escolhendo
o melhor
A mãe do Joãozinho
estava grávida e perguntou a ele o que preferia
ganhar: um irmãozinho
ou uma irmãzinha.
Joãozinho respondeu:
– Mamãe, posso mesmo escolher um presen te? Então eu quero é
uma bicicleta.
Mãe especial
Andando na rua, um
homem se irrita e fala:
– Minha senhora, quer
me fazer o favor de pedir
ao seu filho que pare de
me imitar?
A mulher fala para o
filho:
– Joãozinho, eu já
disse pra você parar de
bancar o bobo!
Descobridor
– Jorge, onde fica a
América?
Jorge responde, apontando no mapa.
A professora, então,
pergunta ao Pedrinho:
– Quem descobriu a
América?
E Pedrinho responde:
– Jorge, professora!

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