reunião Expocomfort

Transcrição

reunião Expocomfort
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PRIMEIRA PARTE
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1. A situação económica de Portugal olhando para 2012
Para Portugal, para a sua economia, 2011 foi o ano em que a comunidade
de países na qual está integrado lhe apresentou “a factura” dos erros de
governação (e não só) acumulados ao longo de muitos anos.
Se no meio dos destinatários destes modestos relatórios que produzimos
anualmente houvesse – mas não deve haver – um ou outro leitor que tivesse
dado atenção aos avisos que, ano após ano, deixávamos bem claros, extraía a
conclusão que fomos “profetas de desgraças”.
O ponto que – na aludida modéstia do nosso “observatório” – constituiu
sempre o “leit-motiv” das perorações, foi o sistemático adiamento das reformas
estruturais, reformas estas que, sendo cartaz de todos os governos, de todos
os programas eleitorais, ficaram sistematicamente “na gaveta”.
E sem distinções de cores partidárias, achamos que esta responsabilidade
possa ser imputável a todos os governos que se sucederam nos últimos vinte
anos. Em primeiro lugar, aos dos anos noventa, que actuaram dentro de um
contexto excepcionalmente favorável, no qual a uma conjuntura económica
mundial em nítida expansão se juntou o proveito dos fundos comunitários,
que chegaram a representar, num ano ou noutro, 3 pontos ou mais do PIB.
Não menos responsáveis foram – a nosso ver – os governos da primeira década
deste século, por quanto o facto de todos os indicadores económicos terem
começado a divergir dos parâmetros europeus devia ter avivado a urgência de
encetar as apregoadas reformas (justiça, saúde e segurança social, fisco,
ensino, administração publica, só para citar os mais relevantes).
Outro dos maiores problemas sistematicamente apontado era – e continua
a ser – o da produtividade, atendendo às suas implicações. Uma produtividade
que não consegue descolar de uma média que representa pouco mais que 2/3
daquela europeia (oscila entre 72 e 75%) tem obviamente repercussões de
várias ordens: no custo do trabalho, na competitividade (onerada também pela
elevada carga fiscal), nas exportações.
E com um PIB per-capita (expresso em paridade de poder de compra) que
equivale a 80% da média europeia (só Eslováquia e Estónia ficam atrás),
mesmo assim o país, os consumidores, continuaram a gastar, comprando
bens de consumo distintivos das sociedades opulentas, e sobretudo
continuaram a endividar-se. Endividaram-se os privados, endividou-se o
estado, cada vez mais, cada vez mais afoitamente, a ponto que a amarga
conclusão a que, a meio do ano findo, se chegou (uma espécie de rendição),
pode ser vista como um evento consequente e inelutável de um estilo de vida
inteiramente desenquadrado da realidade.
A este respeito, um olhar pela configuração do mercado automóvel permite
averiguar o desvario a que chegara uma sociedade de consumidores em total
3
descontrolo. De facto, através de uma estatística comunitária (referida aos
últimos 5 anos) viemos a saber que a venda de carros classificados como
“upper medium” e “executive” teve, em Portugal, uma incidência sobre o total,
alinhada ou pouco inferior à média da UE/15 (13-14% no segmento médioalto, face aos 14-15% da Europa e 9-10% na classe “top”, quando a da UE se
colocava nos 10-11%). Ter ficado aos níveis da média europeia em consumos
de luxo já dispensa comentários; mas não se pode encobrir um detalhe não
propriamente de somenos: estas médias de Portugal deixam atrás (as vezes
muito atrás) países como a França e a Itália, para não falar de outros, como
Dinamarca, Holanda, Irlanda, Espanha!
Sendo estes, em nosso entender, as conclusões a retirar de tudo o que,
nestes anos todos, se fez (ou se deixou de fazer), resta dizer que o actual
governo está, com louvável e corajoso empenho, a procurar pôr em prática as
amargas, difíceis medidas que o país se vê obrigado a tomar. E não é
consolatório concluir que nada e ninguém está na condição de poder prever se
este esforço irá resultar, dependente – como ele está – de uma série de
condicionamentos e de imprevistos internos e externos.
Olhando agora para os principais indicadores macro-económicos, é preciso
realçar que as aludidas medidas governamentais exigidas pela apelidada
“troika” (BCE, FMI e Comissão Europeia) como contrapartida ao plano de
resgate da dívida, permitiram entrever alguns resultados no sentido de
inverter a tendência negativa da primeira parte do ano: e se o PIB diminuiu (1,6%, como era de prever) o défice orçamental sobre o produto reduziu
significativamente, passando de -7,8% de 2010 para 5 e qualquer coisa por
cento, aventados pelas mais recentes projecções de fecho do ano (-5,9% ?).
Os outros dados apresentaram resultados negativos, (nem era de esperar
outra coisa), com a única excepção das exportações, que averbaram uma
performance de outros tempos, ou até inédita (mas sobre o comércio externo
falaremos mais adiante em termos alargados).
A procura interna baixou 5,2% em relação ao ano anterior, os consumos
(públicos e privados) sofreram uma contracção de 3,2% os primeiros e 3,6% os
segundos e os investimentos acusaram uma queda de 11,2% (trata-se sempre
de dados provisórios, sujeitos a pequenos ajustes). A inflação subiu 3,6% e o
desemprego sofreu um acentuado agravamento em relação ao ano anterior
(12,9% contra 10,9 de 2010). O mesmo se deve dizer no que respeita à dívida
pública, que passou de 82% do PIB em 2010 para 107,2% (este salto define –
melhor que qualquer outro dado – o grau de deterioração a que chegara a
economia do país).
Debruçar-nos agora a comentar mais em profundidade estes resultados,
ou a compará-los com as médias europeias, parece-nos uma dissertação algo
académica, uma vez que foi por causa de uma situação económica que estes
dados estatísticos comprovam de forma eloquente, que Portugal se viu
confrontado com a necessidade de dever acometer nas mãos das entidades
comunitárias, a possível saída deste estado de incumprimento (tal como nada
adiantaria lembrar que as razões que tornavam inelutável este pedido de ajuda
eram de toda evidência muito antes da altura em que foi invocado).
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2.
A balança comercial e as trocas com Itália
O comércio externo português, em 2011, conseguiu inverter a tendência
que o caracterizara ao longo de décadas, seja nas entradas como nas saídas:
de facto, enquanto as primeiras ficaram quase ao mesmo nível do ano anterior
(averbando um modesto +2,7 % - dados até Novembro), as exportações
cresceram a um ritmo que permitiu ultrapassar o incremento de 2010, que já
por si representara uma “performance” invulgar (+16,1% face ao +15,7% do
ano anterior).
Estes dados encontram, no entanto, uma explicação que nos parece
linear, por se enquadrar dentro do andamento que conotou a área geoeconómica na qual o país está incluído. Por outras palavras, o sustentado
crescimento das exportações resultou do afincado e bem sucedido esforço no
sentido de orientar a produção cada vez mais para o estrangeiro, ao passo que
a estagnação das importações foi o reflexo da redução de actividade económica
em geral, com maior acentuação no que diz respeito aos consumos.
E em virtude destes resultados também a taxa de cobertura (das
importações por meio das exportações) averbou um resultado de todo
desusado, ao ultrapassar a fasquia de 70% (73,3% em face de 64,8% de 2010).
Sendo estas as notas positivas, num ano cheio de dificuldades que não
pouparam também os outros países da união europeia, seria parcial e
incompleto sonegar as consequências que, mesmo num exercício positivo,
acarreta o acentuado, crónico desequilíbrio das trocas, em desfavor das
saídas; e apesar do montante do défice ter ficado muito abaixo de 2010 (-4 mil
milhões de euros) não é menos verdade que este défice (14,2 mil milhões de
euros) continua a ser um pesado fardo que cai em cima das enfraquecidas
contas públicas portuguesas.
E as perspectivas para 2012, como reflexo de uma situação
consensualmente ainda em sofrimento, não se apresentam difíceis de antever,
pelo menos no que diz respeito às importações. Com o auspício que a crise não
faça “estragos maiores”, seria fruto de um optimismo sem fundamento prever
uma reanimação da procura interna e dos consumos, e por conseguinte um
aumento das importações. Portanto, ao prognosticar uma estagnação, ou até
uma ulterior redução destas, resta saber se, e em que medida, será possível
conseguir um aumento das exportações.
Trata-se, a nosso ver, de uma tarefa nada fácil, tendo em conta a
peculiaridade da balança comercial portuguesa, orientada preponderantemente – como é notório – para dentro do espaço comunitário (estas trocas
representam aproximadamente 75% do total nas saídas e pouco menos nas
entradas). E se, em princípio, seria desejável uma atenuação desse
desequilíbrio, ainda mais o é numa conjuntura em que este espaço, quase
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doméstico, apresenta aqui e ali problemas semelhantes aos que tem de
enfrentar Portugal.
Vender fora de Europa, sobretudo nas regiões do globo menos atingidas
por esta crise, requer provavelmente uma atitude diferente, uma aproximação
mais estruturada e um empenho mais duradouro, mas é nessa direcção que
devem ser encaminhadas as energias exportadoras (e de resto, é nesse sentido
que as entidades públicas de apoio e de orientação estão a envidar esforços e
fornecer suportes). E com uma advertência: a competitividade dos produtos
joga-se também no terreno da tecnologia e da inovação, e Portugal deve
aumentar a percentagem de produtos que incorporam novas tecnologias mais
do que – de algum tempo para cá – está a fazer.
Ao introduzir agora uma sintética referência aos dados estatísticos do
ano (distribuição territorial e tipologia dos produtos) é de realçar, sob o
primeiro aspecto, que Espanha confirma-se, com cada vez maior
preponderância, como o principal parceiro: o país vizinho compra uma fatia
equivalente a uma quarta parte do que Portugal coloca no estrangeiro e vendelhe quase um terço do que vem de fora (estas percentagens, limitadamente ao
comércio intra-UE, sobem até 34% no caso das exportações portuguesas e
43% nas importações).
Posições estáveis nos lugares seguintes: Alemanha, França e Angola nas
saídas, ao passo que nas entradas Itália mantém estável o quarto lugar. E com
alusão ao que dissemos a respeito da excessiva predominância do comércio
intra-UE, a situação torna-se ainda mais sensível (e vulnerável) ao ter em
conta que a proporção preenchida pelos três primeiros parceiros representa
mais de 50% de todo o comércio externo português, em ambas as direcções (a
nível comunitário essas percentagens sobem para perto de 70% deste subtotal).
E antes de acabar com a panorâmica geográfica, não se pode omitir
uma referência às desequilibradas relações comerciais luso-brasileiras, cuja
explicação nos escapa: as mercadorias exportadas para a ex-colónia (542
milhões de euros) representam apenas 40% das que entram (1.345 milhões de
euros).
No que respeita a tipologia de produtos, não houve alterações de vulto a
um quadro desde há muito consolidado: nas exportações veículos automóveis
e outro material de transporte, juntamente com equipamentos, máquinas e
suas partes preenchem quase metade do total e cresceram mais que a média
geral, ao passo que nas importações as variações merecedoras de realce se
verificaram, em diminuição, nos veículos (-8% frente a 2010) e, em aumento,
nos combustíveis e lubrificantes (+23,6%). Sempre deficitária a balança agroalimentar, com exportações pouco acima de metade (54,4 %) do que se
importa.
Por fim, uma referência específica às relações comerciais entre Portugal
e Itália que, mantendo-se estáveis e consolidadas, não sugerem todavia
comentários de especial realce. Olhando em detalhe os dados, verifica-se que
neste caso o andamento das trocas não respeitou a tendência geral, isto é, as
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exportações para Itália aumentaram mas ficando abaixo da média geral
(+11,7%, quase 5 pontos a menos do incremento global), enquanto as
mercadorias procedentes de Itália até diminuíram, contrariando a tendência
global (-4,1% em face do referido +2,7% geral). A conjugação destes resultados
fez com que a taxa de cobertura tivesse conseguido uma ligeira melhoria,
mantendo-se todavia ainda muito desequilibrada, com pendor favorável a
Itália (em percentagem a taxa subiu de 43% de 2010 para 50,5%, isto é, o
valor das exportações compensa apenas a metade do que se importa).
Em números, estes valores somaram, em saída, 1.426 milhões de
euros, com uma incidência sobre o total igual a 3,6% (a mesma percentagem
de 2010), ao passo que o montante em entrada foi de 2.849 milhões de euros e
se traduziu numa quota de mercado de 5,3% (com uma redução, em
comparação com o exercício anterior, de 0,3% pontos percentuais).
Sendo este intercâmbio, na óptica de Itália, bastante satisfatório, é-o
menos, evidentemente, na de Portugal; só que a alteração desta tendência
exigiria imprimir às exportações dirigidas para Itália um impulso, uma
dinâmica mais agressiva e descomplexada (este termo é uma transparente
alusão a uma nossa opinião, várias vezes referida e difusamente comentada
em anteriores relatórios e que achamos agora preferível omitir). Mas é notório
que, neste momento, o mercado italiano não se encontra na lista dos países
seleccionados (com inevitável parcimónia) como prioritários, alvo de uma
conjugação de esforços por parte das estruturas públicas e privadas “export
oriented”.
E para concluir, uma citação pormenorizada que diga respeito à
tipologia de produtos não representa uma omissão involuntária, mas obedece
apenas à oportunidade de não bisar dados e informações que não diferem em
nada daqueles dos anos mais recentes.
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SEGUNDA PARTE
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1.
A Balança comercial portuguesa
Período: Janeiro/Dezembro 2011 (dados provisórios).
Valores: 106 €uro, CIF para as importações e FOB para as exportações.
Fonte: I.N.E. – Instituto Nacional de Estatística – Portugal.
TOTAL PAÍS
Total
Importações C.I.F.
2010
Janeiro-Dezembro
57.053
2011
Janeiro-Dezembro
57.616
Diferença
%
1,0
Exportações F.O.B.
36.762
42.367
15,2
Saldo
Taxa de cobertura (%)
-20.291
64,4
-15.249
73,5
24,85
A balança intracomunitária
Importações
C.I.F.
Total
dos quais de:
Espanha
Alemanha
França
Itália
Holanda
Reino Unido
Bélgica
Suécia
Irlanda
Polónia
Rep. Checa
Dinamarca
Áustria
Hungria
Finlândia
Grécia
Roménia
Eslováquia
Bulgária
Luxemburgo
Lituânia
Eslovênia
Malta
Estónia
Chipre
Letónia
2010
Jan-Dez
%
43.205 100,00
17.809
7.913
4.138
3.245
2.932
2.153
1.626
589
548
353
356
315
292
267
159
108
121
108
26
50
27
35
23
9
1
3
41,22
18,06
9,58
7,51
6,79
4,98
3,76
1,36
1,27
0,82
0,82
0,73
0,68
0,62
0,37
0,25
0,28
0,25
0,06
0,12
0,06
0,08
0,05
0,02
0,002
0,007
2011
Jan-Dez
%
42.039 100,00
18.209
7.123
3.960
3.082
2.756
1.922
1.512
603
603
388
347
301
286
228
134
124
118
114
79
60
56
38
19
10
4
3
43,31
16,94
9,42
7,33
6,56
4,57
3,60
1,43
1,43
0,92
0,83
0,72
0,68
0,54
0,32
0,29
0,28
0,27
0,19
0,14
0,13
0,09
0,05
0,02
0,01
0,007
Diferença
%
-2,70
2,25
-9,98
-4,30
-5,02
-6,00
-10,73
-7,01
2,38
10,03
9,92
-2,53
-4,44
-2,05
-14,61
-15,72
14,81
-2,48
5,56
203,8
20,00
107,41
8,57
-17,39
11,11
300,00
0,0
9
Exportações
F.O.B.
Total
dos quais para:
Espanha
Alemanha
França
Reino Unido
Holanda
Itália
Bélgica
Suécia
Polónia
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
Roménia
Áustria
Grécia
Irlanda
Hungria
Eslováquia
Luxemburgo
Bulgária
Chipre
Eslovénia
Malta
Lituânia
Estónia
Letónia
2010
Jan-Dez
%
27.573 100,00
9.761
4.785
4.338
2.014
1.404
1.394
1.056
374
317
243
259
241
198
206
108
106
106
74
53
63
48
22
17
20
15
9
35,40
17,35
15,73
7,30
5,09
5,06
3,83
1,36
1,15
0,88
0,94
0,87
0,72
0,75
0,39
0,38
0,38
0,27
0,19
0,23
0,17
0,08
0,06
0,07
0,05
0,03
2011
Jan-Dez
%
31.379 100,00
10.492
5.757
5.092
2.151
1.664
1.547
1.334
434
404
278
264
245
234
230
132
124
121
84
58
54
35
25
24
22
14
11
33,44
18,35
16,23
6,85
5,30
4,93
4,25
1,38
1,28
0,89
0,84
0,78
0,75
0,73
0,42
0,40
0,39
0,27
0,18
0,17
0,11
0,08
0,08
0,07
0,04
0,03
Diferença
%
13,8
7,49
20,31
17,38
6,80
18,52
10,98
26,33
16,04
27,44
14,40
1,93
1,66
18,18
11,65
22,22
16,98
14,15
13,51
9,43
-14,29
-27,08
13,63
41,18
10,00
-6,67
22,22
A balança com os países extra-comunitários
Importações
C.I.F.
Total
dos quais de:
Nigéria
China
Brasil
Angola
Estados Unidos
Arábia Saudita
Cazaquistão
Algéria
Rússia
Índia
Noruega
Suíça
Japão
Azerbaijão
Coreia
(os primeiros 15 em milhões de Euro)
2010
2011
Jan-Dez
%
Jan-Dez
%
13.849 100,00
15.577 100,00
1.377
1.576
1.046
563
843
527
640
269
413
411
529
370
362
251
247
9,9
11,4
7,6
4,1
6,1
3,8
4,6
1,9
3,0
3,0
3,8
2,7
2,6
1,8
1,8
1.528
1.499
1.459
1.177
1.098
914
853
776
562
467
416
365
340
290
278
9,8
9,6
9,4
7,6
7,1
5,9
5,5
5,0
3,6
3,0
2,7
2,3
2,2
1,9
1,8
Diferença
%
12,5
10,97
-4,89
39,48
100,91
30,25
73,43
33,28
188,48
36,08
13,63
-21,36
-1,35
-6,08
15,53
12,55
10
A balança com os países extra-comunitários
Exportações
F.O.B.
Total
dos quais para:
Angola
Estados Unidos
Brasil
México
China
Marrocos
Suíça
Argélia
Turquia
Cabo Verde
Gibraltar
Moçambique
Canadá
Japão
Venezuela
2.
(os primeiros 15 em milhões de Euro)
2010
2011
Jan-Dez
%
Jan-Dez
%
9.189 100.00
10.988 100.00
1.914
1.326
440
405
235
302
333
214
267
263
206
151
178
127
160
20,8
14,4
4,8
4,4
2,6
3,3
3,6
2,3
2,9
2,9
2,2
1,6
1,9
1,4
1,7
2.336
1.502
585
462
394
387
372
358
306
255
247
217
205
191
152
Diferença
%
19,60
21,3
13,7
5,3
4,2
3,6
3,5
3,4
3,3
2,8
2,3
2,3
2,0
1,9
1,7
1,4
22,05
13,27
32,95
14,07
67,66
28,15
11,71
67,29
14,60
-3,04
19,90
43,71
15,17
50,39
-5,00
Intercâmbio comercial Portugal – Itália
Período: Janeiro/Dezembro 2011 (dados provisórios).
Valores: €uro
Fonte: I.N.E. – Instituto Nacional de Estatística – Portugal.
Principais produtos italianos importados por Portugal
Cap.
84
87
85
72
39
41
30
61
73
62
90
Descrição
Reactores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos
e
instrumentos mecânicos e suas partes.
Veículos automóveis, tractores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.
Máquinas, aparelhos e material eléctrico e suas partes; aparelhos para a gravação do som ou para a reprodução de
imagens e do som em televisão, incluíndo as suas partes e
acessórios.
Ferro fundido, ferro e aço.
Plásticos e sua obras.
Peles (excepto as peles com pelos) e couros.
Produtos farmacêuticos.
Vestuário e seus acessórios, de malha.
Manufactos de ferro fundido, ferro e aço.
Vestuário e acessórios excepto de malha.
Instrumentos de óptica, para fotografia e para cinematografia,
de medida, de controlo ou de precisão; instrumentos e
Valores
467.691.842
275.391.827
180.018.449
170.493.033
155.280.807
134.839.274
124.842.122
107.506.483
104.796.276
80.649.846
11
94
48
29
64
51
74
83
76
32
52
55
54
19
93
42
18
40
71
38
34
33
60
21
27
09
22
02
70
59
56
aparelhos médico-cirúrgicos; partes e acessórios destes
instrumentos.
Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e
similares; aparelhos para iluminação não especificados nem
incluídos noutros capítulos; anúncios, cartazes ou tabuletas e
placas indicadoras, anúncios luminosos, e objectos similares;
construções pré-fabricadas.
Papel e cartão; manufactos de pasta de celulose, de papel ou
de cartão.
Produtos químicos orgânicos.
Calçado, polainas e artefactos semelhantes; suas partes.
Lã, pelos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina.
Cobre e suas obras.
Obras diversas de metais comuns.
Alumínio e suas obras.
Extractos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados;
pigmentos e outras matérias colorantes; tintas e vernizes;
mastiques; tintas de escrever.
Algodão.
Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas.
Filamentos sintéticos ou artificiais.
Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou de
leite; produtos de pastelaria.
Armas, munições, suas partes e acessórios.
Artefactos de couro ou de pele; artigos de correeiro ou de
seleiro; artigos de viagens, malas, bolsas e artefactos
semelhantes; obras de tripas.
Cacau e suas preparações.
Borracha e sua obras.
Pérolas naturais ou cultivadas; pedras preciosas ou
semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais
folheados ou laminados por metais preciosos suas obras;
bijutaria; moedas.
Produtos diversos da indústria química.
Sabões, agentes orgânicos para superfícies, preparações para
lavagens, preparados lubrificantes, ceras artificiais, ceras
preparadas, produtos de manutenção e limpeza, velas e artigos
semelhantes, massas ou pastas para modelar, “ceras” e
composições para dentistas à base de gesso.
Óleos essenciais e de resina; produtos de perfumeria e toilette;
produtos cosméticos.
Tecidos de malha.
Preparações alimentícias diversas..
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua
destilação; matérias betuminosas; lubrificantes minerais.
Café, chá, mate e outras especiarias.
Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres.
Carnes e miudezas comestíveis.
Vidro e seus manufactos.
Tecidos impregnados, espalmados, recobertos ou estratificados; artigos de matérias têxteis para uso técnico.
Pastas (ouates), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis,
cordas e cabos; artigos de cordoaria.
75.086.384
74.060.730
69.754.261
66.359.545
64.761.547
51.500.749
39.543.728
39.009.518
38.548.716
38.194.187
36.944.573
36.927.211
35.665.844
35.055.826
29.966.012
28.534.209
28.248.122
28.192.872
27.168.941
27.042.821
24.832.041
23.151.478
20.621.149
18.963.816
18.721.591
17.934.717
17.367.561
15.375.176
15.042.531
14.409.651
12.894.325
12
53
82
50
89
68
95
96
03
45
08
28
69
44
58
23
49
63
04
79
20
06
35
16
65
43
10
25
88
37
15
12
24
91
57
86
Outras fibras naturais; fios de papel e tecidos de fios de papel
Ferramentas, artefactos de cutelaria e talheres e suas partes
de metais comuns.
Seda.
Embarcações e estruturas flutuantes.
Obras em pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias
semelhantes.
Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou desporto; suas
partes e acessórios.
Obras diversas.
Peixes e crustáceos; moluscos e outros invertebrados aquáticos
Cortiça e artefactos de cortiça.
Fruta; cascas de citrinos ou de melões.
Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou
orgânicos de metais preciosos, de elementos radioactivos, de
metais das terras raras ou de isótopos.
Produtos cerâmicos.
Madeira, carvão de madeira e obras em madeira.
Tecidos especiais.
Resíduos das indústrias alimentares; alimentos preparados
para animais.
Livros, jornais, produtos das indústrias gráficas, textos
manuscritos ou dactilografados, planos e plantas.
Outros artefactos têxteis confeccionados; sortidos; artefactos
de matérias têxteis, calçado, chapéus e artefactos para uso
semelhantes, usados; trapos.
Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos
comestíveis de origem animal não especificados nem incluídos
noutros capítulos.
Zinco e sua obras
Preparações de produtos hortícolas ou de legumes, de fruta ou
de outras partes de plantas.
Plantas vivas e produtos de floricultura.
Matérias albuminóides; produtos à base de âmidos ou de
féculas modificados; colas; enzimas.
Preparações de carnes, de peixes ou de crustáceos, de
moluscos ou de outros invertebrados aquáticos.
Chapéus e artefactos semelhantes; sua partes.
Peles com pelo e suas partes; peles com pelos artificiais.
Cereais.
Sal; enxofre; gesso; cal; cimento.
Aeronaves e outros aparelhos aéreos ou espaciais e sua partes.
Produtos para fotografia ou para cinematografia.
Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua
dissociação; gorduras alimentares elaboradas, ceras de origem
animal ou vegetal.
Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos
diversos; plantas industriais ou medicinais; palha e forragem.
Tabaco e seus sucedâneos manufacturados.
Artigos de relojaria.
Tapetes e outros revestimentos para pavimentos de matérias
têxteis.
Veículos e material para vias férreas ou semelhantes e suas
11.662.038
11.161.923
11.108.339
10.699.231
9.687.061
9.364.583
9.359.670
9.075.720
8.616.123
8.427.861
8.048.524
7.994.058
7.489.754
7.408.554
6.311.449
5.483.155
5.152.300
5.102.797
4.489.763
4.348.716
4.207.564
4.046.169
3.906.195
3.079.339
3.056.258
2.510.770
2.369.902
2.311.079
2.117.486
2.093.243
1.915.311
1.864.754
1.692.882
1.640.876
13
17
31
75
07
67
92
05
11
66
13
81
26
47
97
36
partes; aparelhos mecânicos (incluíndo os electromecânicos) de
sinalização para vias de comunicação.
Açucar e produtos à base de açucar.
Adubos.
Níquel e sua obras.
Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos comestíveis.
Penas e penugens preparadas e suas obras; flores artificiais;
obras de cabelos.
Instrumentos musicais; partes e acessórios.
Outros produtos de origem animal, não especificados nem
incluídos noutros capítulos.
Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas;
inulina; gluten de trigo.
Guarda-chuvas, sombrinhas, guarda-sóis, bengalas, bengalasassentos, chicotes e suas partes.
Gomas, resinas e outros sucos e extractos vegetais.
Outros metais comuns e suas obras.
Minerais, escórias e cinzas.
Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas;
papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas).
Objectos de arte, para colecção ou de antiquidade.
Pólvora e explosivos; artigos pirotécnicos; fósforos; substâncias
inflamáveis.
1.606.313
1.313.706
1.309.389
1.155.537
1.039.128
893.772
780.605
655.692
609.263
369.143
220.930
175.975
161.381
112.079
111.805
68.857
Principais produtos portugueses exportados para Itália
Cap.
87
85
48
84
61
71
45
39
24
55
64
08
03
47
40
Descrizione
Veículos automóveis, tractores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.
Máquinas, aparelhos e materiais eléctricos e suas partes;
aparelhos de gravação ou de reprodução do som, aparelhos de
gravação ou de reprodução de imagens e de som em TV e as
suas partes e acessórios.
Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de
cartão.
Reactores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes.
Vestuário e seus acessórios, de malha.
Pérolas naturais ou cultivadas; pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou
chapeados de metais preciosos, e suas obras; bijutaria;
moedas.
Cortiça e artefactos de cortiça.
Plásticos e artefactos de plástico.
Tabaco.
Fibras artificiais ou sintéticas descontínuas.
Calçado, polainas e artefactos semelhantes, e suas partes.
Fruta; cascas de citrinos e de melões.
Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos
Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas de celulose;
papel ou cartão para reciclagem.
Borracha e suas obras.
Valore
154.209.351
146.758.040
120.117.299
103.302.251
101.365.290
85.188.427
76.472.281
68.232.581
55.053.838
53.176.835
49.496.095
34.956.747
34.844.228
29.934.643
29.526.871
14
38
62
63
52
69
44
94
16
73
70
30
90
25
04
74
72
29
21
60
15
32
22
68
06
89
43
56
19
41
05
51
82
54
Produtos diversos da indústria química.
Vestuário e acessórios excepto os de malha.
Outros artefactos têxteis confeccionados; sortidos; artefactos
de matérias têxteis; calçado, chapéus e artefactos de uso semelhante, usados; trapos.
Algodão.
Produtos cerâmicos.
Madeira, carvão de vegetal e obras em madeira.
Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e
similares; aparelhos de iluminação não especificados nem
compreendidos noutros capítulos; anúncios, cartazes ou
tabuletas e placas indicadoras, luminosas e artigos semelhantes; construções pré-fabricadas.
Preparações de carnes, peixes ou crustáceos, de moluscos e de
outros invertebradps aquáticos.
Artefactos de ferro fundido, ferro e aço.
Vidro e obras em vidro.
Produtos farmacêuticos.
Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, medida, controlo ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios.
Sal; enxofre; gesso; cal; cimento.
Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem compreendidos
noutros capítulos.
Cobre e suas obras.
Ferro fundido, ferro e aço.
Produtos químicos orgânicos.
Preparações alimentícias diversas.
Tecidos de malha.
Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua
dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem
animal ou vegetal.
Extractos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes; tintas e vernizes; mástiques; tintas de escrever.
Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres.
Obras em pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de outros
materiais semelhantes.
Plantas vivas e produtos de floricultura.
Embarcações e estruturas flutuantes.
Peles de abafo e suas obras; peles de pelos artificiais.
Ouates, feltros e tecidos não tecidos; fios especiais; cordeis,
cordas e cabos; artefactos de cordoaria.
Preparações à base de cereais, farinhas, âmidos, féculas ou de
leite; produtos de pastelaria.
Peles (diversas daquelas para peles de abafo) e couro.
Outros produtos de origem animal, não especificados nem
incluídos noutros capítulos
Lã, pelos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina
Utensílios, artefactos de cutelaria e talheres e suas partes, em
metais comuns.
Fios artificiais ou sintéticos.
28.095.563
26.844.071
20.978.146
20.374.494
19.748.767
17.929.929
17.880.085
17.467.104
16.612.438
13.753.033
11.459.132
10.679.788
10.405.593
9.876.257
8.767.417
7.376.131
7.218.334
7.057.593
6.997.065
6.969.245
6.922.713
6.681.121
6.532.771
6.509.673
6.194.512
6.069.268
5.622.884
5.225.573
4.782.018
4.549.654
4.214.694
4.132.916
3.754.083
15
96
58
17
33
57
76
07
12
83
35
20
23
31
65
34
80
59
42
89
95
02
91
27
18
49
53
10
26
14
67
36
Obras diversas.
Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias;
passamanarias; bordados.
Açucar e produtos à base de açucar.
Óleos essenciais e de resina; produtos de perfumaria e toilette;
preparados cosméticos.
Tapetes e outros revestimentos de pavimento, de matérias
têxteis.
Alumínio e artefactos de alumínio.
Produtos horticolas ou legumes, plantas, raízes e tubérculos,
comestíveis.
Sementes e frutos oleaginosos; trigo, sementes e frutos
diversos; plantas industriais ou medicinais; palha e forragem.
Obras diversas em metais comuns.
Substâncias albuminóides; produtos à base de âmidos ou di
féculas modificados; colas; enzimas.
Preparações de produtos horticolas ou de legumes, de fruta ou
de outras partes de plantas.
Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos
preparados para animais.
Adubos.
Chapéus e artefactos de uso semelhante e suas partes.
Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações para
lavagem, reparações lubrificantes, ceras artificiais, ceras
preparadas, produtos de conservação e limpeza, velas e artigos
semelhantes, massas ou pastas para modelar, "ceras" para
dentistas e composições para dentistas à base de gesso.
Estanho e suas obras.
Tecidos impregnados, espalmados, revestidos, ou estratificados; artigos de matérias têxteis para uso técnico.
Artefactos de couro ou de pele; objectos de correeiro ou de
seleiro; artigos de viagem, malas, bolsas e artigos semelhantes;
obras de tripa.
Embarcações e estruturas flutuantes.
Brinquedos, jogos, objectos para divertimento ou desporto;
suas partes e acessórios.
Carnes e miudezas comestíveis.
Artigos de relojaria.
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua
destilação; matérias bituminosas; ceras minerais.
Cacau e suas preparações.
Produtos da editoria, tipográficos ou das outras indústrias
gráficas; têxtos manuscriptos ou dactilografados e mapas.
Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e tecidos de fios de
papel.
Cereais.
Minerais, escórias e cinzas.
Matérias para entrancar e outros produtos de origem vegetal,
não especificados nem incluídos noutros capítulos.
Plumas e plumagens preparadas e objectos de plumas ou de
plumagem; flores artificiais; obras em cabelos.
Pólvora e explosivos; artigos pirotécnicos; fosforos; ligas
piroforicas; subsâncias inflamáveis.
3.394.029
3.229.324
3.092.727
2.576.932
2.425.865
2.134.237
2.095.215
2.004.983
1.895.163
1.731.464
1.527.937
1.447.770
1.275.759
1.123.573
1.094.965
923.399
882.326
839.586
790.076
711.655
707.113
691.513
400.127
364.053
352.221
348.383
328.268
296.862
195.429
177.564
174.274
16
01
92
66
28
09
13
Animais vivos.
Instrumentos musicais; sua partes e acessórios.
Guardachuvas (de ou de sol), guarda-sois, bengalas, bengalasassentos, chicotes e suas partes.
Produtos químicos inorgánicos; composições inorgánicas ou
orgánicas de metais preciosos, de elementos radioactivos, de
metais das terras raras ou dei isotopos.
Cafè, chã, mate e especiarias.
Borrachas, resinas e outros sumos e extractos vegetais.
143.247
123.756
107.969
86.039
58.865
41.712
17
TERCEIRA PARTE
18
Actividade da Câmara
Comentário ao balanço do exercício de 2011
O balanço do exercício de 2011 encerrou com um saldo activo de Euros
590,07, que consideramos bastante positivo, tendo em conta a ulterior
diminuição do co-financiamento ministerial, que passou de Euros 45.108,24,
concedido em 2010, para Euros 35.759,78, com uma diminuição de mais de
20%, e ao menor montante das quotas associativas: Euros 53.975,00 contra
Euros 58.525,85, cobrados no ano anterior.
O equilíbrio das contas foi conseguido – no capítulo das receitas – em virtude
do financiamento que a UNIONCAMERE nos atribuiu para o projecto “Os
Restaurantes Italianos no Mundo”, do extraordinário aumento da receita
obtida pelos serviços prestados no sector das feiras (de € 4.039,23 em 2010
para € 27.076,46 em 2011, com um aumento de quase 700%) e pelo maior
volume da Formação Profissional, que registou um aumento de mais de 35%
(€ 308.215,63 contra € 221.269,09). Estas receitas compensaram o menor
montante dos cursos de língua italiana devido à diminuição das inscrições por
causa da crise que o país atravessa, e ao fecho do escritório do ICE em Lisboa,
que contribuía ao pagamento do aluguer dos locais situados no sexto andar.
No capítulo das despesas, registamos uma diminuição dos encargos
respeitantes ao pessoal (€ 185.882,51 contra € 210.796,33) consequente à
eliminação, no âmbito da legislação portuguesa em vigor, do fundo de
liquidação do pessoal, e a um menor montante das despesas gerais na ordem
de quase 20%, em virtude da redução das despesas telefónicas, conseguida
mediante a estipulação de contratos mais favoráveis e à denúncia do contrato
de aluguer do 6º andar da sede de Lisboa.
No âmbito da situação patrimonial, assinalamos a cessão de créditos litigiosos,
efectuada sem qualquer perda de valor, bem como a liquidação do fundo para
a liquidação do pessoal, que permitiram reduzir o passivo acumulado de €
300.229,12 para € 116,216,16. Informamos também que no intuito de se
reduzir progressivamente o débito bancário, a Direcção da Câmara elaborou
um plano que deverá levar à sua total extinção no prazo de 6 anos.
Movimento associativo
Em 2011, sempre por causa da crise, registámos mais uma diminuição do
número dos sócios em regra com o pagamento das quotas, que passou de 298
em 2010 para 280 em 2011. Por outro lado, a situação económica do país não
permite prever – pelo menos nos próximos 2/3 anos – uma recuperação
significativa do número de sócios.
Assistência às empresas
Este capítulo é dedicado à generalidade dos serviços de assistência e
consultoria que a Câmara põe ao dispor das empresas, quer italianas, quer
19
portuguesas, sócias e não sócias, para promover, manter e incrementar
relações de negócios e de investimentos em ambos os países, bem como para
intermediar eventuais litígios. Sendo a Câmara certificada com o ISO
9001:2008, todos os serviços oferecidos às empresas são estruturados de
acordo com os procedimentos indicados no Manual da Qualidade. Os serviços
são geridos por quatro funcionários responsáveis: três junto da sede em
Lisboa e um junto da Delegação no Porto, com o suporte, em conformidade às
exigências de trabalho, do restante pessoal da Câmara. Ao Secretário Geral
compete a coordenação e a supervisão da generalidade dos serviços,
assumindo directamente a consultadoria jurídica e fiscal. Em 2011, assistimos
cerca de 300 operadores italianos e 180 portugueses, conforme resulta da
correspondência trocada, em 90% através de e-mails. Os serviços são
classificados em duas categorias:
Assistência e consultadoria de base à PME, que inclui:
Identificação de possíveis partners: apesar das facilidades de acesso às
informações fruíveis através da consulta dos vários sitos presentes no mundo
INTERNET, continuam a chegar à Câmara pedidos de indicação de produtores,
importadores, exportadores e distribuidores de ambos os países: 112 pedidos
no total. Cumprindo os procedimentos previstos no já referido Manual da
Qualidade, cada pedido foi previamente analisado para se identificar com a
maior precisão os objectivos do interessado. As selecções dos nominativos
fornecidos foram efectuadas mediante o recurso às fontes mais qualificadas e
fiáveis no âmbito dos sectores merceológicos envolvidos, utilizando data base
quer internos quer externos. Os indicadores médios de medição da costumer
satisfaction situaram-se entre o 4 e o 5 (bom, óptimo).
Informações de natureza fiscal, legal/contratual e administrativa: em
2011 respondemos a 31 pedidos de informações comerciais, das quais 27
vindos de Itália e respeitantes a empresas portuguesas e 4 de Portugal,
respeitantes a empresas italianas. As informações fornecidas incluem as
certidões extraídas dos registos das empresas mantidos junto das Câmara de
Comércio, Indústria, Artesanato e Agricultura em Itália, conseguidas via
INFOCAMERE em tempo real, e as certidões equivalentes obtidas junto das
Conservatórias do Registo Comercial existentes em Portugal, bem como os
balanços e contas e a indicação de eventuais processos judiciais referentes às
empresas em causa.
Traduções, interpretação e outros serviços de secretaria: os pedidos de
traduções a pagamento de italiano para português e de português para
italiano, registaram uma diminuição, conforme é possível verificar pelas
respectivas receitas: € 9.262,63 contra € 14.381,43 em 2010. Tal deve-se à
existência no mercado de tradutores não qualificados que, praticando custos
mínimos, constituem uma concorrência desleal que tira partido da crise.
Relativamente aos outros serviços, não se verificaram diferenças que mereçam
destaque em relação ao ano anterior.
Aluguer de espaços: o montante inscrito no balanço corresponde à
contribuição do escritório do ICE em Lisboa, para a cedência de 3 salas junto
da nossa sede, além de uma domiciliação adquirida no decorrer do ano. O
fecho do escritório do ICE, que se verificou no terceiro trimestre do ano,
20
provocou, naturalmente, uma diminuição da referida receita que nos levou a
denunciar o contrato de aluguer dos locais situados no sexto andar da nossa
sede, com efeitos a partir do mês de Outubro de 2011.
Assistência e consultadoria avançada às PME:
Recuperação de créditos: os serviços prestados pela Câmara neste sector
consistem nas intervenções para recuperação de créditos por parte de
empresas dos dois países. No âmbito dos créditos em contencioso, recebemos
8 pedidos de intervenção, dos quais um ainda em fase de tentativa de
composição amigável e 5 concluídos positivamente;
relativamente às
restantes, considerando o êxito negativo dos nossos contactos, foram
indicados os nominativos de escritórios de advogados de confiança, quer na
Itália quer em Portugal. No âmbito das recuperações do IVA, este serviço
cessou de existir a partir de 1 de Janeiro de 2010, data a partir da qual as
empresas europeias devem dirigir-se às suas próprias autoridades fiscais para
obter o reembolso do IVA pago no estrangeiro; o montante em balanço referese à conclusão de um processo iniciado no fim do ano de 2009.
Consultadorias jurídica e fiscal: em 2011 tratámos de 60 pedidos vindo da
Itália de informações para iniciar actividades comerciais, industriais e de
restauração em Portugal e dois pedidos portugueses para a abertura de uma
representação estável na Itália.
GLOBUS: em 2011 recebemos mais de 1300 e-mail, também por causa do
encerramento do escritório do ICE. Relativamente à maior percentagem dos
pedidos, de natureza mais simples (endereços de empresas, instituições,
telefones, sitos web, nominativos de representantes de marcas, etc.) foi
possível responder em termos de replay do sender: os outros foram satisfeitos
no âmbito dos serviço acima descritos.
EX-TENDER: no mês de Maio de 2008, na sequência de um pedido chegado à
Embaixada da Itália por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi
implementado um serviço de indicação diária dos concursos públicos que se
realizam em Portugal, inserindo os relativos anúncios no Banco Dados EXTENDER. Este serviço é efectuado pelos Serviços Comerciais da Embaixada
da Itália, pelo escritório do ICE em Madrid e pela nossa Câmara de Comércio
em regime de alternância semanal. No ano de 2011 da nossa parte foram
publicados 58 anúncios de concursos e empreitadas.
Publicações da Câmera e web-site
Em 2011 editámos as seguintes publicações:
“A Câmara ... informa”: trata-se de uma news letter em língua portuguesa
com frequência trimestral. Os conteúdos variam desde comentários sobre a
conjuntura à análise de acontecimentos com reflexos importantes na
economia quer dos dois países quer a nível mundial, desde as estatísticas do
comércio externo da Itália e de Portugal àquelas respeitante às trocas
bilaterais, assinalando também as iniciativas dignas de relevo respeitantes a
empresas quer italianas quer portuguesas, além da divulgação da actividade
21
da Câmara e das iniciativas a realizar. As últimas páginas são dedicadas à
transcrição das Oportunidades de Negócios com validade prolongada no
tempo. A news letter tem uma tiragem de 600 exemplares dos quais 400
destinados aos sócios e suas representações e 200 às principais associações
empresariais , a entidades públicas e privadas e à imprensa especializada. No
intuito de se limitarem as despesas de impressão e distribuição, foi decidido
que a partir de 2012 a news letter tornar-se-á electrónica e será distribuída via
e-mail, imprimindo-se só algumas cópias colocadas ao dispor do público e dos
poucos sócios que ainda não dispõem de ligação de correio electrónico.
“Opportunità d’Affari “ e “Oportunidades de Negócios”: consistem em
duas circulares bimestrais, a primeira em língua italiana e a segunda em
língua portuguesa, distribuídas respectivamente em Itália e em Portugal.
Estas circulares reportam os pedidos e as ofertas de bens e serviços, de
colaboração industrial, de joint ventures, de franchising, venda ou procura de
imóveis industriais, e outros, recebidos de empresas dos dois países. As
tiragens são de 400 exemplares para a circular destinada à Itália, dos quais 80
para os sócios italianos e suas representações, 140 para as CCIAA e suas
Agências Especiais e 180 para os Consórcios Export e principais associações
empresariais. A circular destinada a Portugal é difundida via e-mail aos
associados e às principais associações empresariais portuguesas (mais de 500
endereços electrónicos) e reproduzida no web site da Câmara.
“Relatório anual do Presidente sobre a actividade desenvolvida pela
Câmara em 2010”: o Relatório do Presidente sobre a actividade desenvolvida
pela Câmara em 2010, redigido quer em língua italiana quer em língua
portuguesa, subdivide-se, de forma habitual, em três partes: a primeira é
constituída por uma análise da situação económica de Portugal e dos dados
macro-económicos disponíveis, seguido por comentários sobre as relações e
as trocas com a Itália. A segunda parte concerne os dados sobre a balança
comercial portuguesa, com a indicação dos principais produtos do import e do
export, bem como as trocas com a Itália. A terceira parte é constituída pelo
relatório da actividade que a Câmara desenvolveu durante o ano em causa. As
páginas dedicadas à análise da situação económica portuguesa e as relações
com a Itália, mereceram sempre a atenção de personalidades do mundo
económico, social e político e da imprensa especializada por meio de citações
e reproduções de enxertos. A tiragem do Relatório é de 1000 exemplares, dos
quais 600 em língua portuguesa (300 para os sócios, 100 para a imprensa
diária e revistas especializadas, 100 para personalidades do mundo político e
económico e 100 para as associações empresariais) e 400 em língua italiana
(80 para as empresas associadas e suas representações, 140 para as CCIAA e
suas Agências Especiais, 50 para os Consórcios Export, 75 para as Câmaras
de Comércio Italianas no Estrangeiro e os restantes para entidades e
instituições italianas).
Website www.ccitalia.pt: trata-se do web site da Câmara que exige uma
actualização constante, efectuada por pessoal da Câmara, ao passo que o
alojamento e o registo do domínio (renovado anualmente) é confiado a uma
sociedade independente. No âmbito do projecto “Restaurantes Italianos no
Mundo” foi inserida no sito uma nova rubrica destinada a fornecer
22
informações sobre produtos eno-alimentares italianos DOC, dirigida quee ao
grande público quer ao sector HORECA (Hoteis, Restaurantes, Cafés).
Formação
Ensino da língua italiana: os cursos de língua italiana que a Câmara realiza
junto da Delegação no Porto, destinam-se a transmitir um bom conhecimento
da língua falada e escrita, utilizando metodologias actualizadas e suportes
didácticos funcionais. 40% dos inscritos nos cursos é constituído por
funcionários de empresas que mantêm relações com a Itália e de agências de
viagem, 20% por técnicos e pesquisadores para fins profissionais, 30% por
estudantes para a preparação a cursos de estudo a frequentar na Itália –
nomeadamente os incluídos nos programas ERASMUS – e o restante para fins
fundamentalmente culturais.
O programa didáctico prevê nove níveis
progressivos, com a duração de três meses cada, que se realizam em três
períodos do ano: Janeiro/Março, Abril/Junho e Outubro/Dezembro. O horário
é post laboral no intuito de permitir a frequência de estudantes e
trabalhadores e subdivide-se em dois turnos o primeiro das 17:30h à 19:00h e
o segundo das 19:00h às 20:30h, todos os dias da semana exceptuando a
quarta-feira e os festivos. Em 2011 realizámos três cursos intensivos, de um
mês cada: 2 no mês de Julho e 1 no mês de Setembro. O ex-leitor de língua e
literatura italiana junto da Faculdade de Letras da Universidade Estatal de
Porto assegura a orientação didáctica. A todos os inscritos é entregue um
certificado de frequência, ao passo que a partir da passagem do terceiro nível é
atribuído um Diploma, reconhecido nos ambientes locais como título de
qualificação no curriculum dos candidatos a um emprego junto de empresas
que mantêm relações com a Itália e como guias turísticos. Em 2011
registámos 204 inscrições, com uma diminuição relativamente ao ano anterior
por causa da grave crise que o país atravessa.
Certificação ISO 9001:2008: a Câmara possui a Certificação ISO 9001:2008
e em cada ano é sujeita a uma visita inspectiva por parte da entidade
certificadora, a SGS – Société Generale de Sourveillance. Em 2011 a visita foi
particularmente rigorosa por causa da renovação para o triénio 14 de Abril de
2011/13 de Abril de 2013 e envolveu todo o pessoal da Câmara. O resultado
foi amplamente positivo, tendo sido denunciadas somente três “não
conformidades” leves que foram ultrapassadas aplicando as correspondentes
acções correctivas no espaço de uma semana. Consequentemente, a SGS
renovou a nossa certificação para o triénio em causa.
Formação do pessoal: durante todo o ano prosseguiu a formação interna que
incidiu principalmente no âmbito dos serviços de maior valor acrescentado,
quais a assistência para o arranque de empresas e o início de actividades
comerciais neste país por parte de operadores italianos.
Formação profissional: no âmbito da formação profissional financiada pelo
Fundo Social Europeu e pelo Governo português, no ano de 2011 realizámos
cursos dedicados ao turismo e à organização de eventos em Lisboa, Porto,
Viseu e Montemor-o-Novo. Ao mesmo tempo, prosseguimos junto da Delegação
no Porto o curso de Ensino em Alternância iniciado em 2010 (estes cursos
23
correspondem aos 3 últimos anos do liceu e o diploma permite o acesso ao
ensino superior).
Promoção feiras
Nos comentários ao balanço, referimos o extraordinário aumento (cerca de
700%) da nossa actividade no sector das feiras. O sucesso deve-se a três
factores: em primeiro lugar, à conclusão do contracto de representação de
Fiera Verona para Portugal, com a atribuição de um fee anual fixo, além das
comissões para a venda de espaços expositivos e às retribuições para a
organização e acompanhamento de grupos de buyers; em segundo lugar è
intensificação das relações com Fiera Milano e, finalmente, ao início de uma
estreita colaboração com a REED EXHIBITIONS (a maior organização mundial
no sector das feiras) que ampliou a nossa acçaõ a feiras que se realizam em
países diferentes da Itália, como a China, a Russia, etc.
Neste contexto, em 2011 realizamos as seguintes actividades:
FIERA MILANO
MACEF PRIMAVERA: 27-30 de Janeiro. A Secretaria Operativa da feira
encarregou-nos de convidar 14 buyers portugueses (representantes,
importadores, distribuidores) que foram assistidos in loco pelo nosso pessoal
durante os encontros havidos com as empresas italianas presentes como
expositores. Foram realizados cerca de 80 encontros, sem contar com aqueles
realizados fora do âmbito da feira, mediante convites ao operadores
portugueses em visitar as sede de empresas italianas.
TUTTOFOOD: 8-11 de Maio. Organizámos um grupo de 3 importadores/
/distribuidores portugueses do sector agro-alimentar, que realizaram 26
encontros com produtores italianos.
HOST 2011: 21-25 de Outubro. Para esta feira – uma das mais importantes
que se realizam na Europa para o sector dos equipamentos para a
hospitalidade (hotéis, restaurantes, catering, comunidades, refeitórios,
pastelarias, cafés, etc.) – organizámos um grupo de 7 buyers que tiveram mais
de 30 encontros com empresas italianas. A feira renovou o contrato para a
próxima edição, prevendo um maior número de convidados.
FIERA DI VERONA
VINITALY: 8-12 de Abril. Fomos incumbidos de seleccionar e convidar 4
buyers qualificados como importadores e distribuidores de vinhos italianos,
acompanhados e assistidos nos encontros pela nossa responsável da
actividade das feiras. Lembramos que, apesar de Portugal ser produtor e
exportador de vinhos de qualidade, as importações de vinhos italianos nos
últimos anos registaram aumentos sensíveis graças, acima de tudo, às
iniciativas de alguns importadores.
MARMOMACCHINE: 21 – 24 de Setembro. O nosso compromisso consistia
na selecção de 2 buyers portugueses interessados em se encontrarem com
produtores de máquinas e equipamento para a extração e laboração de
24
mármore e granito, bem como na venda de espaço a expositores portugueses
que ultrapassou todas as expectativas, totalizando 851 metros quadrados.
REED EXHIBITIONS
Moscovo (Rússia) – AQUATHERM: 8-11 de Fevereiro. Fomos incumbidos
da venda de espaços expositivos e, apesar dos prazos reduzidos decorrentes da
conclusão do contrato, conseguimos individuar um expositor que adquiriu um
espaço de 24 metros quadrados.
Milão – EXPOCOMFORT: 27-30 de Março. Esta feira, apesar de se realizar
nos recintos da Feira de Milão, é organizada pela REED. Registámos um
expositor com um stand de 16 metros quadrados.
Guangzhou (China) - ASIA GOLF SHOW 2011: 20-22 de Outubro.
Também para esta feira conseguimos um expositor português que adquiriu
um espaço de 9 metros quadrados.
Participação em feiras portuguesas.
Lisboa – SEGUREX: 16-19 de Março. Esta feira, que se realiza no recinto da
Feira Internacional de Lisboa, tem como tema os equipamentos e os materiais
para a segurança, cobrindo todos os sectores conexos, incluindo a protecção
civil. A Câmara esteve presente com duas finalidades: uma que é aquela de
prestar assistência aos expositores italianos presentes quer directamente quer
através de representantes locais, e a outra que consiste em divulgar junto dos
expositores portugueses as manifestações análogas que se realizam na Itália.
A feira realizou-se com uma participação de expositores levemente inferior à
prevista, por causa da crise. De qualquer modo, realizamos 31 contactos com
empresas portuguesas interessadas no mercado italiano quer como fornecedores quer como compradores.
Lisboa – TEKTONICA: 3-7 de Maio. Esta feira representa o evento mais
importante para todos os sectores que envolvem a construção civil e as obras
públicas: máquinas, equipamento e materiais. Estivemos presentes com um
stand de 9 metros quadrados com as mesmas finalidades referidas a respeito
da feira SEGUREX: assistir as empresas italianas presentes e promover junto
dos expositores portugueses as manifestação análogas que se realizam na
Itália. Assistimos 41 empresas portuguesas fornecendo informações e
indicações a respeito de produtos e tecnologias italianas principalmente no
âmbito da política ambiental e da poupança de energia em edifícios,
desfrutando dos conhecimentos que adquirimos com a actividade desenvolvida
nos projectos de rede realizados nos anos anteriores.
Projecto “Restaurantes Italianos no Mundo”
Desde finais do mês de Março de 2011, altura em que a Câmara entrou como
partner no projecto “Restaurantes Italianos no Mundo”, organizado e
financiado pela UNIONCAMERE, encontra-se activo o desk informativo
dedicado não só à divulgação e ao suporte necessário ao desenvolvimento do
projecto, mas também à promoção da cultura gastronómica italiana e dos seus
produtos.
25
As primeiras actividades desenvolvidas pelo desk, respeitaram essencialmente
à recolha e organização das informações que deveriam ser transmitidas aos
destinatários desta iniciativa, os restaurantes italianos em Portugal,
interessados a ser reconhecidos como tais pelas instituições italianas
promotoras do projecto.
Sucessivamente, foi elaborado um data base de restaurantes italianos e com
denominação italiana presentes nas zonas Norte (Porto), Centro (Lisboa) e Sul
(Faro e Região Algarve). A todos foi enviada uma comunicação via e-mail
contendo um questionário, no intuito de se elaborar uma short-list de
restaurantes passíveis de ser candidatos. Ao envio do questionário, seguiu-se
um recall telefónico.
Na área de Lisboa, junto dos restaurantes considerados “chaves”, a entrega
dos questionários foi efectuada pessoalmente, com a finalidade de salientar a
importância e qualidade do projecto, mas também se poder avaliar
preventivamente a qualidade das estruturas.
A reacção foi positiva: só na área de Lisboa as fichas recolhidas e consideradas
adequadas ao projecto, foram 13; da Região do Algarve chegaram 6 fichas e da
cidade do Porto 5.
Contemporaneamente, foi elaborado um data base e uma relativa short list de
importadores/distribuidores de produtos italianos, que foram sucessivamente
contactados no intuito de se verificarem os pontos de força e as criticidades
dos produtos alimentares italianos no mercado português. Dos contactos
havidos, resultou que os produtos alimentares e o vinho italianos gozam de
uma óptima imagem e de uma boa distribuição junto dos restaurantes
italianos, embora em medida menor para o que diz respeito aos queijos e ao
azeite, devido à forte concorrência dos produtos locais além disso, não são
considerados elementos essenciais para os restaurantes italianos.
Mailing e difusão de iniciativas no âmbito do projecto:
- Abril 2011: publicação no sito da Câmara (www.ccitalia.pt) da notícia
respeitante à adesão à iniciativa e criação do desk informativo;
- Abril 2011: envio da notícia de adesão ao projecto a operadores do sector,
restaurantes, imprensa em geral e especializada em gastronomia, grande
distribuição e turismo;
- Abril 2011: envio do questionário aos restaurantes italianos;
- Junho 2011: difusão do vídeo institucional aos contactos do data base antes
referido e publicação no sito da Câmara;
- Setembro 2011: difusão junto dos contactos do data base antes referido da
realização do evento promocional junto da Embaixada de Itália em Lisboa.
Apresentação do projecto junto da Embaixada de Itália em Lisboa
No dia 27 de Outubro de 2011, realizou-se, junto da Embaixada de Itália em
Lisboa uma apresentação do projecto “Restaurantes Italianos no Mundo”, com
a presença de titulares de restaurantes, importadores e distribuidores,
imprensa do sector agro-alimentar e geral.
A apresentação do projecto foi introduzida pelo novo Embaixador, Dr. Renato
Varriale, que se demonstrou, desde o início, muito sensível à iniciativa, e pelo
Presidente da nossa Câmara, Dr. Filippo Montera. Os conteúdos da iniciativa
foram divulgados mediante a projecção de um power point, seguido pelo spot
“Qualidade Italiana - R.I.M.”. O evento concluiu-se com algumas declarações
do Embaixador a suporte do projecto, e de um cocktail inspirado na
gastronomia italiana.
26
Actividades previstas em 2012 no âmbito do projecto
Prevê-se no mês de Janeiro o início da fase de controlo dos requisitos dos
restaurantes que compilaram a ficha de adesão.
Prevê-se também, para o mês de Abril, a realização de uma cerimónia junto da
Embaixada de Itália em Lisboa, no decorrer da qual serão entregues os
certificados e as placas aos restaurantes que obtiveram a certificação de
qualidade. Na cerimónia participarão, além dos titulares dos restaurantes
premiados, opinion leaders, a imprensa generalista, aquela dos sectores agroalimentar e turísticas, além de personalidades portuguesas do mundo da
gastronomia. Antes do buffet serão dedicados alguns momentos à imprensa a
fim de se garantir uma adequada visibilidade ao projecto e aos restaurantes
certificados.
Actividade do Observatório para a promoção do turismo com destino a
Itália
A Itália continua a gozar de uma boa imagem junto da imprensa em geral e
aquela do sector turístico, apesar de no decorrer de 2011 tenha sido realizada
uma ampla cobertura mediática a respeito do caso “Rubygate”, com a
publicação – sobretudo nos meses de Fevereiro a Abril – de numerosos artigos,
quer em matéria de política externa quer em matéria de gossip.
Regista-se no entanto, por parte da imprensa sectorial, a divulgação pontual
de todas as notícias respeitantes à abertura de novas estruturas hoteleiras na
Itália (Meliá Genova, Kalidria&Talasso SPA Resort, etc.), as numerosas e
recentes aberturas de novas rotas de e para a Itália (Bologna, Torino, Venezia
e Roma), a entrada em vigor de taxas turísticas (Florença, Veneza) e outras
mais genéricas como a cessão de Alpitur. Foi dada também ampla cobertura
ao sector dos cruzeiros, com numerosas referências à Itália e à sua posição de
leadership neste campo (1º International Cruise Summit).
À semelhença dos anos anteriores, nota-se uma sempre maior presença da
Itália em revistas de viagens destinadas ao grande público, com um aumento
de interesse para alguns produtos que no mercado português podem ser
considerados como de “nicho”, como o produto “neve”, e para as numerosas
pequenas cidades de arte, também graças à constante actividade de
divulgação deste Observatório e aos suportes redacionais fornecidos.
Apesar do crescente interesse para produtos de “nicho” e localidades
“menores”, a imprensa em geral continua a associar a Itália ao seu património
artístico e às principais cidades de arte.
São também pontualmente referidos os resultados de numerosos prémios
internacionais do sector, bem como os resultados de importantes estudos e
inquéritos, que colcoam Itália em lugar destacado. Entre estes, referimos:
Globe Shopper City Index; Great Hotels of the World; Ucityguides; Lonely
Planet’s Top 10 City Breacks With Kids.
No mês de Julho, a imprensa especializada publicou os resultados de um
inquérito de Hotels.com que conclui classificando a Itália como o destino
preferido para as férias dos portugueses.
Assinala-se também a divulgação, junto da imprensa do sector, dos World
Travel Awards que distinguiram a Itália como top em diversas categorias.
27
Breve descrição das principais actividades
Actividades dirigidas ao grande público
Contactos com o público (junto do escritório, nas
manifestações, através do web e das campanhas
publicitárias, através de direct mailing)
Material informativo distribuído
Posters, foto e audiovisuais distribuídos
Montras decoradas
Comunicação e P.R.
Conferências de imprensa
Entrevistas
Press release redigidos
Newsletter redigidas
P.R. (jornalistas, operadores e opinion leader
encontrados)
Jornalistas estrangeiros assistidos
Fam trip realizados
Suporte à comercialização
Seminários e workshop (na Itália e no estrangeiro)
Operadores envolvidos em seminários e workshop
Iniciativas ad hoc (apresentações, eventos, soirées,
festivais, outras)
Operadores envolvidos em acções de co-marketing
Educational tour para T.O. e AdV
Estudos e pesquisas
Análises de mercado
Catálogos Itália analisados
23.500
16.110
2.397
18
0
3
6
3
998
102
4
5
5
18
0
1
11
19
As acções desenvolvidas no mercado português para a promoção do destino
Itália foram numerosas e em níveis diferentes, partindo da assistência directa
nos nossos locais para o grande público, até à quotidiana assistência a tour
operators, agentes de viagem e imprensa, bem como a divulgação, através de
news letter e comunicados, de tudo o que se considerou relevante para uma
eficaz promoção do país. Entre as actividades que tiveram mair relevo,
assinalamos a assistência, organizacional e redaccional, prestada nos meses
de Julho e Agosto à redação de “UP”, a revista de bordo da Companhia de
bandeira TAP – Air Portugal, para a realização de um dossier inteiramente
dedicado à Toscana, distribuído gratuitamente a todos os passageiros da TAP
no mês de Outubro de 2011. “UP” tem uma tiragem de 60.000 exemplares e é
ditada em duas línguas: português e inglês. Os leitores são principalmente
portugueses e brasileiros, sendo a TAP a companhia aérea com o maior
número de ligações entre a Europa e o Brasil. Salienta-se que quer a revista
UP quer a TAP receberam importantes reconhecimentos, como o de “melhor
revista in-flight em 2009”, conferido pela UCITYGUIDES e o de “melhor
companhia aérea europeia”, conferido pela revista GLOBAL TRAVELER em
2011.
28
Assinala-se também o prosseguimento no mês de Janeiro da campanha
promocional realizada junto da mais importante cadeia de cinemas, Zon
Lusomundo, que efectuou a projecção em 213 écrans do país do spot “Itália
Much More”, da duração de 30 segundos.
Salienta-se enfim a participação deste Observatório nas acções de formação
realizadas pelo operador Club1840/Abreu para os responsáveis da sua rede de
agências de viagem, sublinhando a importância de que se reveste quer o
operador quer a sua rede de agências no mercado português.
Descrição Actividade/Iniciativa
Fam trip para a revista Fugas para a realização de um artigo sobre Grosseto
Fam trip para a revista UP para a realização de um dossier sobre a Toscana
Fam trip para a revista Fugas para a realização de um artigo sobre Orvieto e
Viterbo
Fam trip para a revista Visão Vida e Viagens para um artigo sobre Florença
Educational tour por ocasião do Workshop BITM
Acções de formação para agentes de viagem em colaboração com o T.O.
Abreu em Lisboa e Porto
Acções de formação para agentes de viagem em colaboração com o T.O. ACP
Viagens
Assistência a 3 operadores para a participação a "Bit - Buy Italy" e relativo
workshop
Assistência para a participação do operador Sporski na feira BITM de Trento
e relativo workshop
Assistência a 2 operadores para a participação à manifestação “Cem Cidades
de Arte" e relativo workshop
Assistência ao operador GSVT para a participação na feira virtual VTM
Assistência ao grupo ES Viagens (operadores "Mundovip", "TopAtlantico, "Net
Viagens") para a realização de catálogos
Assistência ao operador GSVT para a participação ao evento "Open Opera"
em Roma
Assistência redaccional a 6 jornalistas para a realização de artigos/dossier e
(Roma gastronómica, dossier sobre a Toscana, etc.)
Assistência para a realização e divulgação do evento "Magic Italy in Tour"
Apresentação sobre a Itália durante acções de formação de Fiat Portugal
Participação com desk informativo no jantar de apresentação do operador
Lusanova
Assistência ao Município de Vila Nova de Famalicão para a semana sobre
Itália
Participação com desk informativo durante o ciclo de conferências
organizadas pelo Consulado Italiano no Porto
Assistência ao grupo Auchan para a realização da feira gastronómica italiana
junto de 25 pontos de venda
29
Apresentação junto do operador ACP Viagens
Assistência à unidade hoteleira Meliá Porto para a realização da semana
gastronómica sobre a Italia
Assistência para a realização da exposição sobre a Europa junto do Centro
Europeo Jean Monnet
Assistência para a realização da manifestação promocional realizada junto do
Centro Comercial Colombo pela Embaixada de Italia
Apresentação junto do operador Club 1840/ Abreu
Actividade da rede das Câmaras de Comércio italianas no estrangeiro
Referimos agora as actividades organizadas pela nossa associação, a
ASSOCAMERESTERO, e que envolvem todas as CCIEE quer globalmente quer
pela sua pertença a uma determinada área geográfica.
- “Business Atlas”: anualmente a nossa Associação solicita à CCIE a
actualização da ficha respeitante ao país de referência para a publicação
BUSINESS ATLAS. A actualização é efectuada através a consulta da
documentação mais recente sector dos dados macro económicos, dos
acontecimentos que têm relevância na estrutura produtiva, comercial e
financeira do país, dos dados sobre o custo dos serviços essenciais e do
trabalho dependente, daqueles sobre as trocas comerciais e de qualquer outra
notícia útil. Também em 2011 efectuámos a actualização e enviámos a ficha
país à Assocamerestero respeitando os prazos previstos.
- “Reuniões de área”: o Presidente participou à reunião das CCIE da área
Europa, realizada em Monza de 7 a 10 de Abril e, conjuntamente com o
Secretário Geral, àquela realizada no mês de Outubro por ocasião da
Convention mundial.
- “Convention anual das CCIE ”: o Presidente e o Secretário Geral
participaram na Convention anual das Câmaras de Comércio italianas no
estrangeiro, realizada em Nápoles, de 21 a 26 de Outubro de 2011.
- “Meeting dos Secretários Gerais”: o Secretário Geral participou a todas
as sessões do meeting organizado pela ASSOCAMERESTERO, que teve lugar
em Roma, de 3 a 7 de Julho de 2011.
*****
Ao terminar este relatório, desejo expressar, em nome pessoal, do Conselho
Directivo e de todos os associados, os mais vivos agradecimentos ao
Embaixador de Itália, Dr. Luca del Balzo di Presenzano, e ao responsável dos
Serviços Comerciais junto da Embaixada da Itália, Dr. Giovanni Brignone, pela
colaboração prestada à nossa Câmara até ao fim dos seus mandatos, e ao
Embaixador, Dr. Renato Varriale e ao 1º Secretário para os Assuntos
30
Consulares e Comerciais, pela imediata disponibilidade manifestada em
colaborar com a nossa Câmara. Agradeço também o Dr. Emilio Sessa pela
presença constante às nossas reuniões e a colaboração prestada às nossas
iniciativas.
Um agradecimento final aos membros do Conselho, ao Secretário Geral e ao
pessoal da Câmara pela sua colaboração que tornou possível a realização da
nossa actividade.
Lisboa, 31 de Dezembro de 2011.
O Presidente
(Dr. Filippo Montera)
31

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