Exercício user
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Exercício user
Exercício user-friendly! por Cris Parente http://koatchcris.blogspot.com.br/2016/05/novo-metodo-8-segundos-de-sofrimento.html Começo esse artigo com essa “pegadinha” do novo método para chamar a atenção e colocarmos a sociedade para pensar no que quer para si. Um minuto de exercício, vale? Uma vez por semana vale? 3 vezes ao dia? 3 vezes por semana? 15 minutos por dia? 30 segundos? 1 minuto? Quanto tempo de exercício fazer? Sempre se discutiu qual era a real necessidade que temos de exercício/atividade física: duração, frequência, intensidade, formato, etc. A busca por minutos preciosos no dia a dia ultra acelerado dos dias atuais, somados à falta de capacidade de pensarmos modelos de atividades físicas que não fossem tão chatos, tornaram essa necessidade de encurtar ou diminuir o tempo, quase uma obsessão. Se formos pensar fora da caixinha, estamos tentando empurrar o exercício goela abaixo da sociedade, num formato chato, que dói, que faz as pessoas suarem, que não é agradável, que não entendem e que não conseguem permanecer o tempo suficiente para obterem resultado. E então ficamos buscando soluções para que a atividade física não dure muito, ou que possamos nos livrar dela rapidamente. Quando me perguntam quanto tempo de exercício eu preciso fazer, eu respondo: mais ou menos o tempo de sua vida. Sim. Temos que fazer exercício a vida toda. E quando penso em exercícios, penso em movimentos, que não necessariamente precisam ser dentro da academia ou com roupa de ginástica. Pode ser no trabalho quando existe alguma demanda física acima da sua média normal de vida, pode ser nos seus deslocamentos, e pode ser também na academia, clube, parque, etc. Pensa comigo: quando você está fazendo algo que te agrada, que te diverte, que te gera uma sensação boa, como por exemplo, sair para namorar, para se divertir som seus filhos, para viajar, para fazer um churrasco com os amigos, você está preocupado em que esse tempo seja o mais curto e rápido possível? Ou você gostaria de poder fazer as coisas que são bacanas para você, por mais tempo, mais vezes e com mais calma? E quando vai para o exercício, já reparou que você quer fazer o oposto? Então vou te tranquilizar: o problema não está em você, pode ter certeza disso. O problema está em quererem te empurrar atividades que você não entende, e que, quando não entendemos bem sobre algo que precisamos fazer, e ainda, com alguém mandando você fazer aquilo, a atividade fica chata, cansativa, desmotivante, e te dou toda razão de você preferir não fazer e ser sedentário, porque aquilo que tentam te empurrar goela abaixo, dói, cansa, te faz suar, é chato, é repetitivo, te deixa dolorido e não traz resultado se não tiver muitas "doses" do mesmo. Fazer atividade física pode ser a diferença entre você ter que passar algum tempo de sua vida no hospital, ou se divertindo. Pode fazer a diferença entre você assistir uma Copa do mundo a mais em sua vida, ou não. Pode ser a diferença entre você conhecer seu netinho, ou não o conhecer. O tanto que a atividade física pode mudar sua vida tem um valor imensurável. Mas para que essa atividade física possa gerar todo esse valor, você precisa ser regular, ao longo de toda sua vida. E o grande segredo para fazer algo de maneira regular ao longo de tanto tempo, é tornar a atividade física agradável, e não menos pior. É pensar em transformar a experiência do exercício em compreensível e prazerosa. Como fazer isso? Os profissionais de ponta do mercado de atividade física estão fazendo isso de maneira inteligentíssima. Tornado o exercício amigável (em inglês temos uma expressão que resume isso: user-friendly ou simples e agradável para o usuário), com conteúdo, psicologia, comunicação, marketing, gestão inteligente, e principalmente, pensando em pessoas antes de técnicas. Questione-se: você sente dificuldade em começar em um programa de atividade física e aí manter-se? Você que já faz: sua atividade é prazerosa e você tem vontade de fazer durante um tempão, ou você tem quer acabar logo para se livrar rápido? Então eu te digo: é possível fazer com que TODAS as pessoas sintam vontade de fazer exercício adaptando a atividade para as pessoas e não as pessoas para a atividade. O que não é possível é querer que façam algo que não gostem de maneira obrigada e que está provado cientificamente que não gera resultado consistente. Falo isso pois é minha área de estudo e atuação e onde sou totalmente especialista. Quando os profissionais são especialistas em pessoas, principalmente as que têm dificuldade de começar e continuar no exercício (que representam mais de 90% da população mundial), os resultados conseguidos em termos de conversão em definitivamente ativas, são absolutamente incríveis. Já enquanto seguirmos estudando apenas a técnica de treinamento pensando em efetividade numérica pura e simplesmente pela fisiologia que seria a ideal do corpo, como se as pessoas fossem máquinas, nada se conseguirá. Cris Parente