programa - Companhia Nacional de Bailado

Transcrição

programa - Companhia Nacional de Bailado
DIREÇÃO ARTÍSTICA
LUÍSA TAVEIRA
ESTREIA ABSOLUTA
PERDA
PRECIOSA
D. SEBASTIÃO MORREU.
Encenação, dramaturgia e cenografia André e. Teodósio
Coreografia Rui Lopes Graça
Concepção musical Massimo Mazzeo
Figurinos Mariana Sá Nogueira
Desenho de luz Daniel Worm D’Assumpção
Vídeo André Godinho e Salomé Lamas
Assistente para a cenografia Bárbara Falcão Fernandes
Ensaiador Fernando Duarte
Interpretação musical
DIVINO SOSPIRO
Direção musical Massimo Mazzeo
TEATRO CAMÕES
19 - 29 ABRIL 2012
dias 19, 20, 21, 27 e 28 às 21h; dias 22 e 29 às 16h (Tardes
­­
Família)
ESCOLAS dia 26 às 15h
AGRADECIMENTOS
Ander Cover, António Lagarto, Bruno Cardoso, Catarina Campino, Cristina Correia, Da Silva Nunes, DuplaCena, Elizabeth Davis,
Escola Superior de Música de Lisboa, Família Costa Graça, Herdeiros de Vera Castro, João Martins, José Maria Vieira Mendes,
Marco Arantes, Museu Nacional do Azulejo, Museu Nacional do Traje, Nuno Carinhas, Pega Monstros, Pedro Penim, Porto Editora,
Restart, Salomé Lamas, São Luiz Teatro Municipal, Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian, Susana Pomba,
Teatro Nacional de São Carlos, Teatro Praga
PERDA
PRECIOSA
ANDRÉ e. TEODÓSIO E RUI LOPES GRAÇA
ANDRÉ e. TEODÓSIO
dirigido por Robert Cohan, Nigel Osborne, Ivan
ENCENAÇÃO, DRAMATURGIA E CENOGRAFIA
Kramar e Gale Law. Desde 1996, tem coreografado
para a Companhia Nacional de Bailado, o Ballet
André e. Teodósio nasceu em Lisboa em 1977 e
Gulbenkian, a Companhia Portuguesa de Bailado
viveu algum tempo nos Estados Unidos da América
Contemporâneo, a Companhia Nacional de Canto
(época Clinton). É membro do Teatro Praga (a
e Dança de Moçambique e a Companhia Rui Lopes
companhia mais megalopsyquica™ de todos os
Graça, entre outras. Coreografou igualmente para
tempos). Frequentou o Conservatório Nacional
a Expo’98, Porto 2001 Capital Europeia da Cultura,
de Música, a Escola Superior de Música e a Escola
Centro Cultural de Belém e festivais internacionais
Superior de Teatro e Cinema, locais onde aprendeu
nos EUA, Holanda, Espanha, Itália, México, Noruega
I.
II.
muito pouco. Foi membro do Coro Gulbenkian
e Turquia. É convidado regularmente a lecionar na
D. Sebastião era um rei e simultaneamente um miúdo
No início há um morto: um super-herói púrpuro que
(onde sofreu durante largos anos), da companhia
Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico de
com a mania das grandezas.
afirma ser Capitão Cristo. Ao batalhar contra tudo e
de teatro Casa Conveniente e colabora assidua-
Lisboa, e na Universidade de Stavanger, na Noruega.
Historicamente a sua perda foi devastadora para a
todos, touros e mouros, fina-se o menino de cabelos
mente com a companhia de teatro Cão Solteiro.
Ainda durante 2012 vai coreografar novas criações
cultura portuguesa pois, para além da identidade, per-
de ouro.
Individualmente encenou os seguintes espetáculos:
para a Companhia de Dança Contemporânea de
deram-se também séculos à espera que uma qualquer
A ordem escondia o desejo de liberdade.
Três mulheres, de Sylvia Plath e Diário de um louco, de
Angola e para o Ballet du Rhin, em França. /
figura surgisse para nos organizar a desordem.
Desse dia nada mais restará que noite. E um areal onde
Nikolai Gogol, Super-Gorila e Supernova co-criados
E se, ao contrário do nosso destino, tivéssemos conse-
o cadáver do rei repousa observando estrelas que envol-
com José Maria Vieira Mendes e André Godinho,
guido capitalizar a sua morte? Se o nosso comporta-
vem naves espaciais.
Gesamtnakchwerk, e as óperas Riders to the Sea de
mento tivesse estado mais próximo da felicidade dos
Do delírio orquestrado surge a nossa contempora-
Vaughan Williams, Metanoite de João Madureira,
MASSIMO MAZZEO
curiosos albinos da Ilha dos Lençóis, que afirmam ser
neidade democrática; mas este mundo tal como o
Outro Fim de António Pinho Vargas e Gianni Schicchi de
CONCEPÇÃO MUSICAL
seus descendentes, do que do atavismo nostálgico que
conhecemos, e que é tão rico em diferenças, por vezes
Puccini. É autor dos textos Shoot the Freak, Cenofobia, e
foi marcante na cultura portuguesa?
homogeniza-se para perpetuar um hábito herdado de
Susana Pomba. /
PERDA PRECIOSA é o início de uma nova História.
D. Joana: celebrar as saudades do seu Sweet 16.
e com os membros dos célebres Quarteto Italiano e
O dia em que uma sociedade lucrou com a morte das
A liberdade esconde o desejo de ordem.
Quarteto Amadeus. De seguida, fez parte de algumas
linguagens que reinavam fazendo daquele momento
Sweet 16 é a festa heterogénea em que, ao contrário
uma folha em branco.
do mundo clássico da primeira parte, todos os des-
RUI LOPES GRAÇA
por ilustres maestros tais como Leonard Bernstein,
Portanto, que ninguém vá ao engano:
cendentes de um morto anseiam pelo seu regresso.
COREOGRAFIA
Zubin Metha, Carlo Maria Giulini, Yuri Temirkanov,
PERDA PRECIOSA é um ballet.
Aperfeiçoou-se com Bruno Giuranna, Wolfram Christ
das mais prestigiadas orquestras do seu país dirigidas
Giuseppe Sinopoli, Georges Prêtre, Lorin Maazel,
E cumprindo à regra a segunda parte de um ballet, o
morto regressa. A sua amante impossível lança-se vio-
Natural de Torres Novas, iniciou os seus estudos de
Valery Gergiev. Na primeira fase da sua carreira, no
lentamente nos seus braços.
dança como bolseiro da Escola do Ballet Gulbenkian
domínio da música contemporânea, colaborou com
Os albinos que sempre estiveram por perto aproveitam
e do Centro de Formação Profissional da Companhia
vários artistas, entre os quais se destacam Luciano
o mo mento de desilusão generalizada para recomeçar
Nacional de Bailado. Em 1985 ingressou no elenco
Berio, Salvatore Sciarrino, Mauricio Kagel, Aldo
do zero (desta vez de uma forma positiva).
desta companhia e, em 1996, tornou-se bailarino
Clementi, Franco Donatoni, e ainda, merecendo feli-
Com os albinos não há narrativa.
solista, onde dançou grande parte do repertório
citações públicas, o compositor Giacomo Manzoni.
Com os albinos há o fecho de um ciclo.
da CNB. Em julho de 1999, participou no Curso
No ano de 2004, funda a orquestra barroca Divino
É como nas terceiras partes dos clássicos!
Internacional para Coreógrafos e Compositores
Sospiro, que se afirma, num curto espaço de tempo,
Porque nunca mentimos: PERDA PRECIOSA é um ballet.
da Universidade de Bretton Hall, em Inglaterra,
como uma das orquestras de referência em Portugal.
Com este grupo, já se apresentou em alguns dos
Teatro Nacional S. João, no Porto e Teatro Camões-
mais prestigiados festivais a nível internacional.
Expo98. Desde 1987 que presta colaboração de
A apresentação, em concerto com o Mahler Ensem-
trabalhos de iluminação com encenadores, coreó-
ble, da Sinfonia n.º 4 de Gustav Mahler, foi um momen-
grafos e compositores como Constança Capdeville,
to de viragem fundamental a nível artístico e pessoal.
João Natividade, Clara Andermatt, Margarida
Dedicou o seu percurso interpretativo à procura de
Bettencourt, Aldara Bizarro, Rui Lopes Graça,
um estilo singular e de um equilíbrio entre uma visão
Duarte Barrilaro Ruas, Ricardo Pais, Luís Miguel
historicamente informada e uma atitude que olha
Cintra, Giorgio Barberio Corsetti, Christine Laurent,
para a essência da música, transcendendo posições
Nuno Carinhas, Fernanda Lapa, Francisco Camacho,
preconcebias. /
Lucia Sigalho, Miguel Loureiro, Carlos Pimenta,
Paula Diogo, Joaquim Horta, Nuno Nunes, Tim
Carroll, Inês de Medeiros, John Romão, Luca Aprea,
Pedro Penim, André e. Teodósio, Tonan Quito, Paulo
MARIANA SÁ NOGUEIRA
Castro, Patrícia Portela, Jorge Andrade entre outros.
FIGURINOS
Atualmente é colaborador regular das companhias
de teatro, Teatro da Cornucópia, Teatro Praga e Truta
Formada em Design de Cena pela Escola Superior
Associação Cultural. Para a CNB colaborou com Rui
de Teatro e Cinema, Lisboa, e Design de Moda pela
Lopes Graça no bailado Savalliana em 2000. /
Central St.Martins College of Art & Design, Londres,
MIEDO ESCÉNICO
JAVIER NÚÑEZ GASCO, 2012
desenha figurinos para teatro, tendo trabalhado
também em cinema, publicidade e moda. Dirige
Miedo Escénico é o título do projeto site e context specific concebido pelo artista plástico Javier Núñez Gasco para ser
DIVINO SOSPIRO
desde 1997, com Paula Sá Nogueira, a companhia de
teatro Cão Solteiro, onde é responsável pela criação
incluído no espetáculo Perda Preciosa. Nessa obra, Núñez Gasco propõe-se a alugar, a quem estiver interessado
e pela quantia de 250€, 4 m2 do palco do Teatro Camões durante os 90 minutos de cada uma das oito apresen-
dos projetos e dos figurinos de todos os espetá-
Divino Sospiro é uma orquestra de câmara especia-
tações que Perda Preciosa terá nesse mesmo palco. Para atrair clientes, e seguindo a estratégia de marketing de
culos. É docente da Escola Superior de Teatro, em
lizada na interpretação de música barroca. Fundada
“andar-modelo” utilizada pelas agências imobiliárias, o artista expôs previamente, numa lógica semelhante à dos
Lisboa, onde leciona a disciplina de Design de Cena/
em 2004 pelo músico Massimo Mazzeo, estreou-se
stands comerciais, o outdoor publicitário acompanhado de uma fotografia em tamanho real do palco a alugar bem
Figurinos. Para a CNB criou os figurinos de Pedro e
na Festa da Música promovida pelo Centro Cultural
como uma série de cinco fotografias do espaço circundante, em três contextos distintos: no stand da Galeria Carlos
Inês na coreografia de Olga Roriz. /
de Belém que a acolhe, desde 2006, como orquestra
Carvalho Arte Contemporânea na Feira de Arte Contemporânea ARCO 2012 (Madrid, fevereiro de 2012), na Casa
em residência. Como consequência de uma constan-
de las Conchas (Salamanca, fevereiro de 2012) e na montra do Espacio Sirvent Mobiliario de Arte Contemporáneo
te pesquisa e de um enfrentar de novos desafios, o
(Vigo, março de 2012). O anúncio do aluguer foi ainda publicado online num site imobiliário (www.idealista.pt) e
seu reportório e composição tem evoluído e coloca-
num blog (www.miedoescenico2012.blogspot.com). As condições de aluguer e usufruto foram meticulosamente
DANIEL WORM D’ASSUMPÇÃO
do o agrupamento na vanguarda da divulgação do
discutidas entre o artista, os autores de Perda Preciosa, os responsáveis pelo Teatro Camões e pela CNB, e, os futu-
DESENHO DE LUZ
património musical português, em atuações inter-
ros locatários, tendo ficado materializadas em contractos juridicamente válidos. O que se apresenta assim em
nacionais nalguns dos mais conceituados festivais
cada uma das representações de Perda Preciosa é da exclusiva responsabilidade de cada um dos locatários. /
Nasceu em Lisboa em 1964. Desenhador de luz inde-
europeus. /
pendente firmado em Lisboa, iniciou a sua carreira
Javier Núñez Gasco, nasceu em Salamanca, em 1971, vive e trabalha entre Espanha e Portugal. Expõe no circuito internacional desde
profissional de técnico de luz em 1984, trabalhando
2000 e está representado em inúmeras coleções públicas e privadas em Portugal e Espanha. Desde 2003 mantém uma colaboração
em instituições como Ballet Gulbenkian, ACARTE,
regular com o Teatro Praga. Dos prémios e bolsas que recebeu destacam-se o primeiro prémio da Bienal de Fotografia Purificación
García, em 2009, e a bolsa de Artes Plásticas da Fundação Marcelino Botín, em 2011. Esta última tem por vista financiar, entre outros,
o projeto Miedo Escénico. É representado em Portugal pela Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. /
UMA MEMÓRIA ERRADA
de outras pessoas. Tal como na história da dança,
pintar os quadros; perde-se um Rubens com o ácido
nenhuma das linguagens terá alguma vez ponto de
gran lago. El Lusitano.
também na nossa cabeça há de todos um pouco.
sulfúrico lançado por Bohlmann; Allen perde os seus
encontro.
Todo lo anda el buen Rey, dando muertes muy
hihihihihi...
segredos no divã do psiquiatra; Breivik perde as es-
Todos se atiram para o enigma aceitando que a sua
gallardo, la espada tinta de sangre, lança rota, sin
Rodamos a cabeça para o outro lado. Rodamos?
tribeiras em Utoya; Armstrong perde a gravidade na
estrutura seja corrigida. E amantes e dissidentes
cavallo. El Lusitano.
Vemos a brancura da farta cabeleira que se avizinha
lua; muita gente perdeu dinheiro no crash da bolsa
sujeitos de sujeição desaparecem, nunca mais
Que el suyo passado el pecho, ya no puede dar un
em passo lento como se se dirigisse para o céu.
de 1929; Kim Jong-Il perde cabelos no cabeleireiro;
ninguém ouve falar deles. Que triste espetáculo!
passo, a Jorge D’Albuquerque pide le dè su rucio
Como é que Platão olhava para o céu? Ou ainda mais
D. Manuel II perde o país ao partir para exílio; Kwan
pausa
rodado. El Lusitano.
para trás na história, como é que olhava Lucy, minha
perde o pé no campeonato americano; Bo Derek per-
De que cor é o medo? De todas as cores segundo o
Daselo de buena gana, y el Rey cavalga de un salto,
mãe? Porque todos o fizeram como agora fazemos,
deu a roupa quando cavalgou nua; Sá Carneiro perde
arco-íris que a sua face reflete.
mirale el Rey como jaze, de espaldas casi espirando.
uma vez que aprendemos com os nossos pais, que
altura no Cessna; Muñoz perde a deixa num espetá-
Miro o seu rosto e dou de caras comigo.
El Lusitano.
por sua vez aprenderam com os seus, e por aí fora.
culo; Padre Frederico perde apoio da Igreja; Camões
Sebastião apreende. Sabe que o morto que regressa
Imagens cavalgam-se umas sobre as outras e essa
perde o ar ao afogar-se; Senna perde o volante no
do reino dos mortos, característica típica da segunda
[Surge um imenso som de vento e tudo decorre ao contrá-
Mas le dize que se salve, pues todo es roto en
[Cortina dourada. Uma palmeira pequena.]
rio do que seria de prever: a música é aquela que antes
pedaços, y el Rey se vá a los moros, a los moros
realidade paralela fortifica a necessidade de se
Grande Prémio de Imola; Rey Colaço perde o teatro
parte de um ballet, sou eu.
ouvimos mas tocada de trás para a frente; a coreografia
Sebastiano, El Lusitano.
visualizar o que se passa in situ.
em 1964; Manuel Subtil perde a cabeça e barrica-
E nervoso, cansado, ansioso, lá se desfaz um ídolo
“ ó mãe, não contes isto a ninguém ”
é aquela que antes vimos mas executada de forma inversa.
Busca la muerte en dar muertes, Sebastiano el
Olhamos = Gleichschaltung
se na RTP; Diana perde um casamento; Rousseau
em mais de uma hora numa tempestade elétrica
© Pega Monstro - Mais rápido
Durante o delírio, a palmeira é puxada para fora de cena
Lusitano, diziendo ahora es la hora, que ‘Un ben
A tal zona escondida está cada vez mais nítida bem
perde-se num bosque; João Paulo II perde a consci-
quando todas as suas imagens se reúnem numa só,
e buracos na cortina dourada vão lentamente revelando
morir, tutta la vita honora.’ ”
como o nosso plural. Plural? Então não éramos livres?!
ência ao desmaiar durante um discurso; Callas perde
constantemente deformada, como que epilética.
a voz; Laika perde a humanidade por perto dentro do
É no movimento involuntário tornado real que:
(ou talvez apenas a palavra Smallbang!). É isso. Só a
X. Fá bemol (que é como quem diz, mi natural)
foguetão; Marie Antoinette perde a cabeça; Bobbit
Sebastião morre tudo.
[Uma orquestra toca peças soltas de música barroca,
palavra Smallbang.]
Apesar de um aparente começo heterogéneo, o
perde um orgão; etc. e tal.
sobreviventes de obras perdidas, em contínuo, como se de
IV.
mundo vai formando um padrão involuntário.
Fora de cena o que não é de cena!
uma única peça se tratasse.]
Ah pois, o delírio.
[A partir deste momento as músicas são tocadas seguindo
Ex.: estudamos a nossa árvore genealógica e
Passemos à frente e deitemos tudo abaixo com a
3ª PARTE
I.
Cai a noite sob a forma de serpentinas pretas que
uma progressão harmónica.]
descobrimos que somos donos do mundo por
força de um bulldozer e o olhar de um bulldog (tem
[Os painéis de azulejos sobem e encontramos as pessoas
Uma criança vestida de rosa (pronto, o mais certo
deslizam do céu.
VII. Dó sustenido
herança, descendentes diretos de Adão e Eva.
de haver sempre um cão nesta narrativa).
encostadas à parede, excepto os albinos que entram a
seria carmesim mas quis a abstração transformar
Aparecem uma Estrela e uma figura Satélite: o
Inaugura-se uma nova lógica no antigo espaço de
Ficamos cada vez mais pálidos com a possibilidade
tudo numa coisa mais pacífica), joelheira de prata
Sol e a Lua. Figuras estas que, para não fugirem
ação, chama-se “felicidade”. Um poeta com colar cer-
de hipotéticos gestos repetidos e decidimos girar o
XIII. Lá natural
XVII.
e estrela na testa, arrasta-se pelo palco até ficar
à característica transversal a todos os nossos
vical, um dos olhos tapado com gaze e o outro am-
olhar para nós próprios, como se nesta altura isto
Tese: Vamo-nos perder, criar impermanência,
“Sã qui turo zente pleta, turo zente de Guine. Tam-
parada por força da exaustão.
momentos históricos fulcrais, desatam a lutar.
pliado por uma câmara de filmar, tenta retirar o pano
ainda fosse possível.
evadirmo-nos para não sermos invadidos de novo.
bor, flauta y cassaeta y carcavé na sua pé. Vamos o
No ballet há sempre um morto!
Já eu não quero o mesmo! Nos cantos encontram-
azul salgado que cobre uma parte da mobília abando-
A: - Porque é que quando conscientes de nós nos
Antítese: Mas vamos para lá naturalmente, como
fazer huns fessa o menino Manué.
-se quatro lábios. E voam pombas. Pronto, está
nada. Pede ajuda a felizes e a infelizes:
tornamos menos nós?
quem num passeio à noite na praia, vero ouro sob
Canta Bacião, canta tu Thomé, canta tu Flansiquia,
[Desce uma nuvem contendo uma barra de led que exibe
feito. Um foguetão assiste à luta. A sua visão é en-
Aboim, Abreu, Aguiar, Albergaria, Albuquerque,
L: - Porque a nossa subjetividade esfuma-se quando
azul, sente água nos pés descalços.
canta tu Caterija, canta tu Flunando, canta tu Res-
alguns cognomes.]
trecortada por um grupo de estrelas que passa.
Almada, Andrade, Arca, Ataíde, Azevedo, Barreto,
o desejo deixa de estar oculto.
Síntese: A rave, esse mundo líquido, fortifica a ideia
nando, oya, turo neglo hare cantá.
II.
A luta continua. Como tal, o foguetão decide separar
Betancourt, Borges, Brito, Cabral, Carvalho, Castelo
Aqui vale um valente crash!
de um local estável, terra ou sofá.
Ha cantamo e bayamo, que forro ficamo, ha tanhemo
Adormecido? Encoberto? Restaurador. Desejado...
o Sol da Lua. Com o esforço começa a lançar fumo,
Branco, Castro, Cerqueira, Cerveira, Coelho, Corte
Deixamos cair um copo por causa do nervoso
Desligamos as máquinas de fumo e acompanhamos
y cantamo, ha frugamo e tanhemo, ha tocamo pan-
Jovem Tresloucado! Novo Temor. Lohengrin do
fumo este que vai enchendo a cena. E volta a passar
Real, Costa, Coutinho, Cunha, D’Eça, Faria, Ferreira,
miudinho e estupefactos olhamos para as manchas
o ofegar com um cigarro.
dero, ha flauta y carcavé, ha dizemo que biba, biba
Ocidente. Sublime Rei? Rei Soldado :s Imperador de
um grupo de estrelas. Os lábios decidem beijar-se ao
Gama, Goios, Gois, Gouveia, Henrique, Lemos, Lima,
resultantes do derrame.
Além-Mar. Rei de Marrocos e Imperador de África.
centro. Voam pombas e D. Sebastião, que durante
Lobato, Lobo, Malafaia, Manoel, Mascarenhas,
Olhamos?
XIV. Si bemol
Belo Adormecido? Piedoso Varão? Varão Passado?
toda esta cena está a ser acordado por um ser aliení-
Meira,
Mas se viemos aqui de livre vontade como é que
Puxemos os cordelinhos e sejamos o nosso próprio
Varão Assinalado. Messias do Reino. Capitão Cristo.
gena, finalmente abre os olhos.
Moniz, Mota, Moura, Nogueira, Noronha, Pacheco,
ainda aqui estamos?
maître à danser.
Cuidando de si, colocam o ídolo morto no seu
Idiota, Mentecapto e Mestre da Paz? Consciência
O Rei levanta-se cambaleante e rodeado de fumo.
Peçanha, Penha Verde, Pereira, Pestana, Pimentel,
Pois se o recôndito expulsou o falso há que encon-
lugar, que é como quem diz, na morte. Desaparece.
uma frase: Smallbang que não durou mais que uma hora
© Anónimo - Puestos estan frente a frente
2ª PARTE
Melo,
Mendonça,
Menezes,
Miranda,
“ os dias passam tão devagar
tu foste embora
e não vais voltar ”
© Pega Monstro
PRÓLOGO
1ª PARTE
EPÍLOGO
Palop (feat. Dreams)
escutar uma música emitida de uma boombox branca.]
mia siola y biba Zuzé.”
© Anónimo - Sã qui turo
© Ricardo Brito
PERDA
PRECIOSA
campo y con sangre de los muertos está echo un
FIM.
Pinto, Queiroz, Ribeiro, Sá, Sampaio, Serpa, Silva,
XI. Sol
trar uma verdade, que é como quem diz o ideal
E com ele os azulejos. Desaparece tudo, como o ouro
Siqueira, Sousa, Soutomaior, Tavares, Távora,
Calma, mais devagar.
tornado real.
desapareceu. Os nomes, os gestos, vai tudo. Mas
Teixeira, Valente, Vasconcelos, Vieira.
Se branco existe, é porque tudo foi ficando mais
Lourenço? Pessoa? Godinho? Agustina? Quadros?
não é o FIM. É uma página em branco. Já só resta
[Ouro sobre azul é... subir a cortina dourada e revelar-se
Juntos encontram no verso do pano a seguinte
claro: a possibilidade de termos estado sempre a
Ferro? Quarteto 1111? Bandarra? Aquilino? Sérgio?
fumo nómada. Já só vemos barrocas que é como
“ - Quem és tu?
um espaço de azulejos em mise-en-abîme.
inscrição: FIM.
reagir à realidade paralela a que chamamos FIM,
Garrett? Vieira? Martins? Ortigão? Natália? Sena?
quem diz pérolas de forma imperfeita (acontece,
DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira
D. Sebastião responde: - Ninguém.”
No fundo do palco, à esquerda, um mupi anuncia: SE
(De facto, isso traz à memória qualquer coisa, o que
que se sintomatiza nas curtas memórias que com
Dresse? Leone? Lobo?
para infortúnio de alguns). Já só vemos como uma
BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral;Peggy
ALQUILA ESPACIO. CONTACTAR: JAVIER NUNEZ
não é nada pacífico para quem quer começar).
frequência pausam o desenrolar do presente,
Não. Camões mesmo, porque basta de bater no
peste grande. É a terceira parte de um ballet: não há
Konik; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Fernando Duarte; Mário Franco; Tomislav Petranovic* BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito;
III.
GASCO +34 605 038 460.
Mas avancemos: se é o FIM de qualquer coisa, o fim
fortifica a necessidade de visualizarmos o que se
ceguinho.
narrativa, não há desenvolvimento, só personagens
Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Leonor Távora; Solange Melo; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; Maxim Clefos; Rui Lopes
O miúdo olha para um lado e para o outro.
No fundo do palco, à direita, um half-pipe museológico
de uma narrativa, o fim da técnica, há que celebrar,
passa. E só com vagar e distância conseguiremos ver
Abrimos o livro, sopramos o pó e as letras voam.
de outra história. Figuras que se protegeram da
Infeliz. Criatura Invisível. Galaaz com Pátria. Rei
Artur Luso. Revelador do Graal. Excalibur do Fim!
TRANSIÇÃO
Príncipe da Ilha do Encoberto? Sweet 16.
Encontra-se sozinho em cena.
coberto por um pano azul e dedicado a D. Sebastião onde
fazer uma visita. E o que é que encontramos? Liber-
o padrão.
Destrói-se o estereograma e a história tal como nos
realidade
- Ninguém?, duvida erguendo-se do chão.
está um SWEET 16 atravessado por uma seta sangrenta,
dade. Parece não haver limites. Tudo é novo e somos
SLOW MOTION porque morrer sim, mas devagar.
é ditada.
com os intrusos dando provas do vigor com que
permanecendo
em
colisão
armada
Erra uma vez...
um cavalo branco a arrastar um caixão “Now Catrineta”
novos. Estamos nos nossos SWEET 16!
Basta uma vista de olhos em redor para com rapidez
E no desvario erra assim:
sabiam defender a sua identidade. Porque na Ilha
... um cisne que ressuscita.
com motor de barco, areal e espuma, um fato de arame,
Somos, ponto.
nos reconhecermos nos gestos dos outros. Que
Regressa ao seu clássico, que é como quem diz,
sete colinas, aquário, uma pilha de Lusíadas, colunas do
A ideia de humanidade fragmenta-se e a impostu-
dança macabra! Nada é nosso, somos contingentes.
XV. Si natural
houve critérios definitivos. Só rendição de bandeira
treina manobras de esgrima autoflagelando-se e:
cais, coroa de flores e uma fotografia.]
ra da linguagem dos príncipes deixa de ser tutelar.
CRASH em SLOW MOTION
Admito que o que estou a compreender não é to-
olhando para o horizonte. Tudo se vai rarefazendo.
dos Lençóis, cama conceptual de repouso, nunca
Graça BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira;
Seongwan Moon; Armando Maciel; Freek Damen; Miguel Ramalho; Pedro Mascarenhas; Tom Colin; Xavier Carmo CORPO DE BAILE
África Sobrino; Anabel Segura; Anna Blackwell; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia
Siciliano; Helena Marques; Henriette Ventura; Inês Moura; Isabel Frederico; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo;
Sílvia Santos; Susana Matos; Victoria Monge; Yurina Miura; Christian Schwarm; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci;
José Carlos Oliveira; Mark Biocca; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Samuel Retortillo BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Maria Betoret;
Diego Borelli de Sousa; Dominic Whitbrook; Gyorgy Baán
V.
Acaba-se a técnica como também se acabarão as
Se conhecimento é contingência, há que aceitá-la
talmente verdade mas sim uma ideia falsa do que
Som, luz, ação. Há que começar. Sem bom nem
MESTRES DE BAILADO Cristina Maciel (coordenadora); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO
[Nas seguintes cenas a roupa do Rei vai revelando
D. Sebastião cambaleante é recolhido por seres
melhores laranjas, as melhores couves.
e balear o território inimigo que festeja o nosso FIM
aconteceu.
mau. Sem certo nem errado. Tirando proveito de
ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola
feridas.]
albinos vestidos de fumo.
Só não se acabam os poetas e os registos melancóli-
e que tende a manter o desejo escondido de forma
Mas tanto faz.
tudo. Aceitando as contingências falsas e reais e
INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeu PIANISTAS CONVIDADOS João Paulo Soares**;
Ninguém olha para trás.
cos que sustêm o seu dó.
a fortificar e naturalizar uma sabedoria que não é a
Pelo menos eu, Rei de Penamacor, tão falso como
transformando o que é “amador na cousa amada /
Jorge Silva**; Viviena Tupikova** PROFESSORA CONVIDADA Irena Milovan**
Real: é só realidade.
todos os monarcas, olho pela janela e constato que
por virtude do muito imaginar.”
o meu olhar crítico contrasta com o olhar dos que
pausa
[g] ... passa um grupo de pessoas vestidas com
roupas tradicionais portuguesas.
[Descem luzes fluorescentes como as dos serviços públicos
VIII. Ré
OPART E.P.E.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vogal César Viana; Vogal João Villa-Lobos DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida
O puto luta para sobreviver entre eles.
quando instalados em palácios.]
Como continuam os copos e bebes façamos FAST
XII. Lá natural
esperam e dos que contestam. Todos eles perma-
Parece difícil mas é esse o poder da arte.
[1] Surge um touro.
VI.
FOWARD SWEET 16.
Feridos, descobrimos que o nosso inconsciente teve
necem em zonas recônditas que decididamente já
Em vez de adoração ou ódio transforma o erro, ou o
E com ele luta.
Bonnes portugaises limpam o espaço. Enquanto
Tudo igual! Tudo igual! Tudo igual!
sempre como impulso a totalidade. A linguagem
foram por mim abandonadas.
que à partida não se vê, em virtude, em discurso.
[4] Surge vento.
limpam, uma delas dança de auscultadores nos
Olhamos para o lado e nada.
estava minada de origem. Fizemos e somos parte
A observação do mundo, toldada pelas cortinas da-
O inconsciente tornado consciente. O invisível torna-
E continuará a lutar.
ouvidos. Os seus movimentos fazem lembrar a
Tudo igual!
de um todo. A história repetiu-se disfarçada de
quele salão da Beira Baixa, faz-me perceber que me
do visível. O ideal tornado real.
[2] Surge uma sereia e seu pai tritão.
mímica do ballet (é a libertação da técnica!). A outra
Torna-se evidente que, embora os atos sejam da or-
outra forma. Basta tirar uma foto de conjunto para
será para sempre impossível ver aquilo que as coisas
Sem forma, sem sentimentos, sem pré-conceitos,
[g] Seguir-se-à um grupo de mouros.
canta ou conta:
dem do insignificante, os nossos nomes, as nossas
o constatarmos.
são: nada.
sem ideias feitas.
do Guarda-Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de Jesus (coordenadora); Laura
feições e aquele gira-discos são ecos de outras canti-
Há que saber perdê-la, como muitos a perderam.
Preenchendo uma página em branco, é isso, e
Pinto (assistente) Canais Internet João Duarte Mendonça; José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João
[1] A que se segue uma fortaleza.
Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente); Lurdes Almeida
(assistente administrativa) ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Glória Bento; Cristina
Fernandes; Conceição Santos DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; João Carlos Andrade (coordenador técnico) Sector
de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe
de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria*; Frederico
Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação
[4] A que se segue fogo.
“ Puestos estan frente a frente los dos valerosos
gas i.e. é no Touro de Osborne encontrado na berma
Lista de perdas preciosas:
[O até então encoberto Rei regressa com uma cara de
transformando o que se perdeu ou que se acha que
Campos** Relações Institucionais Venâncio Gomes Bilheteira Luísa Lourenço; Rita Martins; Mafalda Melo; Ana Rita Ferreira
[2] A que se seguem dois reis.
campos, uno es Del Rey Maluco, otro de Sebastiano,
do caminho que projetamos FIM e com ele as recor-
Chavez perde o pio quando o Rei o manda calar;
espelho.]
vai perder, em valor, numa preciosidade.
CENTRO HISTÓRICO Fernando Carvalho; Maria Luísa Carles; Anabela Pires DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART
[g] A que se segue um grupo de grãos de areia. *
El Lusitano.
dações, essas zonas recônditas em si estão contidas
Salazar perde o equilíbrio quando cai da cadeira;
XVI. Sweet 16
pausa
Diretora Sónia Teixeira; António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC) EXPEDIENTE E ARQUIVO Susana
[1] A que se segue um abutre.
Moço, animoso y valiente, robusto, determinado,
sob a forma de alcunhas ou trejeitos de lábio.
Naomi perde a paciência durante um voo; Dalida
E para quem quer alguma coisa, tanto destruir como
Conselho para o caso de se dar entrada a futuras
Santos; Carlos Pires; Miguel Vilhena; Artur Raposo (motorista) LIMPEZA E ECONOMATO Lurdes Mesquita; Maria Conceição
[4] A que se segue chuva.
aunque de poca experiencia y no bien aconsejado,
Crashamos.
perde o sorriso do público ao cantar “Malade” num
adorar, ele regressa, regressará sempre, vestido com
ditaduras de estilo: nem integrar o regime, nem lutar
[g] A que se segue um grupo de estrelas. **
El Lusitano.
Olhamos para o lado e nada. Olhamos?
concerto; a 11 de setembro alguém numa das torres
uma capa de Capitão Cristo e cara de espelho. Se
contra ele. Observar o que emerge e evidenciá-lo ad
[1] A que se segue um verme.
Brama que envistan los moros y el exército contrário
gémeas perde a distância com o avião; Pedro per-
os odiosos atirarão pedras na esperança que a sua
nauseam até ao ponto do lucro. E aí:
E começa o Delírio.
ya se vá llegando cerca, A ellos (dize) Santiago!
IX. Mi natural
de lágrimas por Inês; Florbela perde o irmão Ape-
face indestrutível se quebre em caso de emergência,
pausa
El Lusitano.
Constrói-se sempre em oposição a qualquer coisa,
les; Lana Del Rey perde a afinação no SNL; Sarah
já os amantes atirar-se-ão aos seus braços incons-
Dispara la artilheria, la nuestra mal disparando,
seja ela a natureza, o Real ou outras metáforas
Bernhardt perde uma perna; YSL perde a vergonha
cientes do que o que se tornaram, por via dos
No silêncio onde já só restam ecos, os albinos
llueven balas, llueve muerte, saetas y mosquetazos.
muit’fora. FIM em relação a quê?
e agradece na passerelle no seu primeiro desfile;
tempos, incompatibilizar-se-á com o que a realeza
revelam um microfone branco com fio branco e
El Lusitano.
Crashamos quando nos vêm à cabeça ideias que
Warhol perde-se a dançar na Factory; Close perde
é. Formalmente, uma vez que conceptualidade
dizem o seguinte texto em playback:
Que por los lados ya todos es vanguardia nuestro
nos parecem novas mas que surgiram da cabeça
o óscar para Streep; Rothko perde muita tinta ao
não houve verdadeiramente nenhuma até agora,
“ *escreveu-se no areal com um osso TORRE DA DERROTA,
SOCORRAM MARROCOS, O MITO ÓTIMO.
** a bandeira azul e branca vai-se tornando aos nossos olhos cada
vez mais branca e menos azul; aos olhos do Rei, o contrário.
Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS
HUMANOS OPART Diretora Sofia Dias; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO
Nuno Cassiano (coordenador); Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues
(coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso**; Sandra Correia Secretária do Conselho de Administração Regina
Sutre PROCEDIMENTOS INSTITUCIONAIS Egídio Heitor**; Raquel Maló CONSULTOR EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Nuno Jorge da Silva Moura OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Helena Carvalho / Fisiogaspar**
.”
SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Infocut
* Licença sem vencimento ** Prestadores de serviço
© António Júlio Duarte
LA VALSE
Curta-metragem
JOÃO BOTELHO ◆ PAULO RIBEIRO ◆ MAURICE RAVEL
A SAGRAÇÃO DA
PRIMAVERA
OLGA RORIZ ◆ IGOR STRAVINSKI
PRÓXIMOS ESPETÁCULOS
TEATRO CAMÕES
24 MAI - 03 JUN
BILHETEIRAS E RESERVAS
TEATRO CAMÕES Quarta a domingo 13h às 18h (01 NOV - 30 ABR); 14h às 19h (01 MAI - 31 OUT)
Dias de espetáculo até meia-hora após o início do espetáculo // Telef. 218 923 4 77
TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Segunda a sexta 13h às 19h // Telef. 213 253 045
TICKETLINE www.ticketline.pt // Telef. 707 234 234; LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C. DOLCE VITA
CONTACTOS
TEATRO CAMÕES Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa // Telef. 218 923 470
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO
É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de
espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 3 anos não poderão assistir ao
espetáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.
Espetáculo M/3
Apoios à divulgação:
xiiistudios.com
Capa © António Júlio Duarte
Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espetáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro);
www.cnb.pt // www.facebook.com/cnbportugal
Patrocínio:

Documentos relacionados