Programa PrÁTICaS E IDEIaS QUE TraNSFormam

Transcrição

Programa PrÁTICaS E IDEIaS QUE TraNSFormam
Pública
Programa
PRÁTICAS E IDEIAS
QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
APRESENTAÇÃO
Uma boa ideia pode nos ocorrer em um instante inusitado, num momento cotidiano ou inesperado,
mas quase nunca ao acaso. O acaso é fruto da sorte, do acontecimento incerto para quem não faz
acontecer. Diferente daquele clique, daquela luz que parece acender de repente em nossa mente. Essa
luz, chamada inspiração, surge da vontade, da curiosidade, do olhar apurado para observar o cotidiano
de forma peculiar e ainda criar novas possibilidades.
Na Fundação São Francisco Xavier
não é diferente. A cada dia encontramos colaboradores que lidam com
processos que necessitam de aperfeiçoamento, determinados a fazer a
diferença, em um ambiente propício
à disseminação e aplicação de ideias
eficazes para os processos organizacionais. O programa Práticas que
Transformam ilustra bem essa iniciativa. Sua essência está na valorização
da criatividade e inventividade dos
colaboradores que lidam diretamente
com processos, que promovem ações
com resultados comprovados e que
trazem melhorias para a instituição.
4
O objetivo é estimular a produtividade e disseminar conhecimentos em
equipe, sempre apostando nas competências e habilidades individuais
dos colaboradores. Por meio desse
trabalho, é possível demonstrar que
nem sempre o aprimoramento das
atividades depende de altos investimentos e que a simplicidade pode
ser a chave de grandes resultados.
Em três anos de programa, as ações
inscritas foram avaliadas por segmentos e em momentos distintos.
A cada trimestre foram escolhidos
os destaques nas categorias “Saúde
e Segurança”, “Educação” e “Administrativa”. E, ao final de cada ano,
a premiação para as práticas reconhecidas pelos melhores resultados. Neste caderno você conhecerá
algumas dessas iniciativas e os benefícios gerados aos colaboradores,
clientes e à instituição. Nosso desejo é que o programa Práticas que
Transformam continue sendo fonte
para se compartilhar oportunidades
grandiosas – dentro e fora da Fundação São Francisco Xavier –, fazendo
do conhecimento uma ferramenta
institucional permanente. Mais do
que boas soluções, aqui está uma
amostra de ideias inovadoras aplicáveis, capazes de continuar a inspirar
outras e outras práticas que transformam nossa realidade.
Um forte abraço,
Luís Márcio Araújo Ramos
Diretor-Executivo da FSFX e Usisaúde
5
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ÍNDICE
8
HISTÓRICO DE BONS RESULTADOS
14
16
20
23
PRÁTICAS DA SAÚDE E SEGURANÇA
FISGA CAIXA
CARRINHO MULTIUSO NO CTRS
PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS CUIDADOS E PREVENÇÕES NO
TRATAMENTO DO CÂNCER
DILUIDOR DE ÁCIDO PERACÉTICO
USO DO MEDICAMENTO SILDENAFIL NO TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDO (HPPRN)
INDICADORES DE PROCESSOS: BUNDLES
MANEJO PRECOCE DO PACIENTE EM UTI
GERENCIAMENTO DE RISCOS ASSISTENCIAIS E TRATAMENTO PRECOCE
DA SEPSE GRAVE EM ADULTO
SIMULADO PRÉ-PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA
26
28
32
35
38
40
42 PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS
44 ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA TIPO D
(SUPORTE AVANÇADO)
46 RETROFIT E AUTOMAÇÃO DAS LAVADORAS DO HOSPITAL MÁRCIO
CUNHA
49 MELHORIA DA EFICIÊNCIA COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE DAS
SECADORAS DE ROUPAS
52 IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISOS DOS APARTAMENTOS DA UNIDADE II
DO HMC
56 IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA METODOLOGIA ORÇAMENTÁRIA
61 QUEBRA DE PARADIGMAS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DA FSFX
66 REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS ANÁLISE DO CONTRATO PARA COLETA,
TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D
66 MENSURAÇÃO DE RESULTADOS DE CAMPANHA
78 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO CORPO CLÍNICO DO HMC
82 SOROTECA INFORMATIZADA
86 PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO
88 PROJETO CUIDAR
92 SARAU LITERÁRIO
96 PROJETO GAIA
100 ENEM 1500
106DIVERCREIO
114 SATISFAÇÃO DO CLIENTE
116 CONFIRMAÇÃO DE ATENDIMENTO ATRAVÉS DE SMS
120 ENVIO POR EMAIL DO PREPARO E COMPROVANTE DE AGENDAMENTO
DE EXAMES PARA O CLIENTE
122 IDEIAS QUE TRANSFORMAM
6
7
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
HISTÓRICO DE
BONS RESULTADOS
Tatiane Weitzel Gomes Serafim Professora de Educação Infantil e Ensino Fund. I - Colégio São Francisco Xavier - Kátia Regina Campos Venâncio Auxiliar Administrativa - Usisaúde - Thamila Drumond de
Alvarenga Lima - Cirurgiã-dentista - Centro de Odontologia Integrada - Rodrigo Antônio Francisco Martins - Técnico de Segurança do Trabalho - Superintendência de Segurança do Trabalho, Saúde
Ocupacional e Meio Ambiente
O programa Práticas que Transformam foi criado em 2010, e já acumula resultados suficientes para demonstrar que sua implantação tem
valido a pena. Nesse período, foram
inscritas 106 práticas, que seguem
aplicadas e em pleno desenvolvimento por diversos colaboradores no dia
a dia da instituição.
nageados com troféus e medalhas e, ao final de cada ano, a melhor prática
entre as finalistas recebe premiação em dinheiro. Mais que uma recompensa, o
prêmio valoriza a inovação e o trabalho em equipe aplicados em uma solução,
que poderá ser incorporada por outros setores, outras unidades de negócio da
FSFX e até mesmo outras instituições públicas ou privadas.
Práticas são ações simples, criativas,
inovadoras e com resultados comprovados. São criadas e executadas
por nossos colaboradores, estagiários, profissionais pró-labore e equipes de trabalho, com o objetivo de
melhorar continuamente os processos, fortalecer os resultados e gerar
aprendizado coletivo.
• Motivar o benchmarking interno e externo, a fim de estimular
a adaptação de novos conceitos à realidade e à cultura das
unidades.
• Contribuir com o desempenho das equipes e otimizar o uso
de recursos institucionais e públicos.
• Reconhecer seus colaboradores, inclusive estagiários, prólabore e equipes de trabalho.
• Estimular a melhoria contínua de seus processos.
• Promover o aprendizado organizacional.
• Fortalecer resultados.
E todo esse esforço é reconhecido. A
cada período1, os autores dos trabalhos finalistas de cada uma das três
categorias - administrativa, saúde e
segurança, e educação - são home8
OBJETIVOS DO PRÁTICAS
1 O ciclo do programa é anual, com pré-seleções períodicas (trimestrais ou semestrais, variando com as regras
do regulamento) que concorrem ao reconhecimento final. Exclusivamente em 2010, por ter iniciado o programa em
agosto, apenas uma prática foi reconhecida.
2 É a busca das melhores práticas de mercado que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo
positivo e proativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica, a fim de melhor
realizar a mesma função ou outra semelhante. A esse processo de comparação de desempenho dá-se o nome de
benchmarking.
FLUXO DE AVALIAÇÃO E
PREMIAÇÃO
FOCO DO
PROGRAMA
produtividade, sem, contudo, perder
em qualidade nos serviços realizados/prestados.
Aberto a inscrições de todos os colaboradores, inclusive estagiários,
profissionais pró-labore ou equipes
de trabalho, e sem limite de práticas com resultados comprovados
enviadas por participante, de 2010 a
2012 o programa reconheceu e premiou práticas que geraram resultados em três diferentes áreas:
As práticas são focadas em mudanças que geraram resultados na estrutura da organização, nos processos ou para os clientes.
Clientes: Práticas que trazem consigo um conjunto de resultados que
se traduz no maior bem-estar dos
clientes da FSFX e Usisaúde. Dizem
respeito à humanização do tratamento, qualidade de vida e satisfação nas relações entre a instituição
e seus clientes.
• Práticas da Saúde e Segurança,
abrangendo ações com foco na assistência
ao paciente ou ao colaborador, seja
na área Hospitalar, Saúde Suplementar, Odontológica ou Ocupacional.
• Práticas da Educação,
compreendendo
ações voltadas para os processos do
ensino regular ou de educação corporativa.
Práticas Administrativas, incluindo
ações relacionadas à organização e
otimização das rotinas de trabalho.
•
Estrutura organizacional: Práticas relacionadas à melhoria do ambiente
organizacional por meio da intervenção e modificação na organização do
trabalho e do próprio ambiente, conforto, segurança, saúde ocupacional
e bem-estar, trazendo consigo, como
efeito secundário, a melhoria da segurança, a diminuição do retrabalho
e a otimização de custos.
Processos principais: Práticas relacionadas à melhoria das operações. Dizem
respeito à otimização e melhoria do
trabalho, com o desenvolvimento e
incorporação de novas e melhores
“formas de fazer”, visando a resolução de lacunas (problemas), a otimização de custos e a ampliação da
As práticas são
focadas em
mudanças que
geraram resultados
na estrutura da
organização, nos
processos ou para os
clientes.
9
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
1a ETAPA
Avaliação pelo
Comitê Externo
(Pré-Seleção)
2a ETAPA
Definição do
finalista do
período avaliado
pelo Comitê
Interno
3a ETAPA
Definição do
ganhador
do ano pelo
Comitê Interno
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
•Avaliação de todas as práticas inscritas seguindo os
critérios do GUTIB(1) e análise do conteúdo registrado no
formulário de inscrição, por um Comitê Externo(2), composto
por 3 profissionais.
•Discrepâncias significativas(3) entre as pontuações
atribuídas à mesma prática pelos avaliadores e
participantes tem o veredicto final pelo Comitê Interno(4).
•A coordenação do programa calcula a pontuação total do
GUTIB (do inscrito e dos integrantes do Comitê Externo).
•A coordenação encaminha ao Comitê Interno as 3
práticas melhor(es) de cada segmento para definição do
finalista do período avaliado.
•Os finalistas apresentam suas práticas durante a Oficina
de Líderes(5).
•O Comitê Interno analisa as práticas finalistas dos
períodos de avaliação, por segmento, e define
o ganhador do ano. Este ganhador receberá em
definitivo o troféu do Ciclo e a premiação.
(1) Ver significado da sigla na página 11.
(2) O Comitê Externo é formado por convidados, preferencialmente profissionais do segmento de instituições regionais.
(3) Neste programa, entende-se como discrepância significativa o desvio padrão maior ou igual a 3.
(4) O Comitê Interno será formado por colaboradores da FSFX e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva.
(5) As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração
das Unidades de Negócio e no aprendizado organizacional.
10
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO (GUTIB)
O programa Práticas que Transformam conta com um Comitê Interno,
formado por colaboradores da FSFX
e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva, e um Comitê Externo,
composto por profissionais externos
convidados. São eles os responsáveis
por avaliar todas as práticas inscritas, seguindo critérios baseados na
Gravidade, Urgência, Tendência, Impacto e Benchmarking (GUTIB).
Gravidade: A prática é avaliada pela
gravidade do impacto na segurança
dos processos (técnicos ou administrativos), na imagem institucional,
no cumprimento da legislação e dos
compromissos estratégicos firmados
pela FSFX e Usisaúde. As notas variam de 1 a 3, em que a gravidade
em 1 é Baixa, em 2 é Grave e em 3
é Muito Grave.
Urgência: A prática é avaliada em relação ao grau de urgência com que
precisam ser enfrentadas as situações. As notas variam de 1 a 3, em
que a urgência em 1 é Pouca, em 2
é Urgente e em 3 é Muito Urgente.
ao seu impacto positivo e à extensão desse impacto na imagem institucional, na qualidade do serviço, na
humanização do atendimento, na racionalização de recursos, no cumprimento dos compromissos firmados,
entre outros. As notas variam de 1
a 3, em que o impacto em 1 é Baixo,
em 2 é Médio e em 3 é Alto.
Benchmarking: Avalia a prática quanto à facilidade com que ela pode ser
replicada e quanto à sua aplicabilidade em outras unidades. As notas
variam de 1 a 5, em que 1 é Baixo, 3
é Médio e 5 é Alto.
Os comitês são
responsáveis por avaliar
todas as práticas
inscritas, seguindo
critérios baseados na
Gravidade, Urgência,
Tendência, Impacto e
Benchmarking (GUTIB).
Ao final, as notas atribuídas ao GUTIB
são somadas e as práticas são classificadas, conforme abaixo:
PONTUAÇÃO (SOMATÓRIO)
CLASSIFICAÇÃO
Maior ou igual a 48
A - Melhores Práticas
Menor ou igual a 47
B - Boas Práticas
Ideias, dúvidas e reclamações
C - Desclassificadas
Tendência: A prática é avaliada em
relação à tendência de crescimento
das situações. As notas variam de
1 a 3, em que a tendência em 1 é
Baixa, em 2 é Média e em 3 é Alta.
Impacto: A prática é avaliada quanto
11
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
COMITÊ EXTERNO - INTEGRANTES
Marcus Vinícius Cotrim Árabe
Paulo Rogério C. de Oliveira
Márcia Rodrigues Moreira
Silvio Custódio de Souza Júnior
Antônio Lourenço
Lêudson Lopes da Silveira
Engenheiro Metalúrgico e Mestre em
Metalurgia Física pela UFMG. Engenheiro de Qualidade (CQE) certificado pela American Society for Quality
(ASQ) desde 1988. Atua com assessoria/aconselhamento a empresas
em prêmios de Qualidade (nacional,
mineiro e regional) e como avaliador
no prêmio ABRADEE/ETHOS – Responsabilidade Social em 2009-2010.
Trabalhou como Especialista Técnico
na Acesita/ArcelorMittal Inox Brasil
(1985-2008), tendo como principais
realizações: coordenação do Sistema
de Gestão da Qualidade e Projetos
de Melhoria Contínua, além de programas (implantação de políticas,
redução de custos, TPM, TCO, benchmarking e outros); liderança da Equipe de BW - Coordenação de Gestão
da Informação na implementação de
3 / SAP-R; liderança de planejamento
estratégico e investimentos industriais; coordenação do Controle Estatístico de Processo e Certificação ISO,
além de pesquisa operacional.
Engenheiro Mecânico pela PUC-MG, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Especialista de
Qualidade Pleno na Usiminas,
professor do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Pitágoras/Ipatinga. Certified
Reliability Engineer (CRE), Certified Quality Engineer (CQE) e
Certified Quality Auditor (CQA)
pela American Society for Quality. É certificado e atua como
auditor líder em Sistema de
Gestão Integrada (Qualidade,
Meio Ambiente e Segurança).
Participou do desenvolvimento
de diversos projetos de melhoria da qualidade em processos
e produtos, assistência técnica nas áreas de sistemas de
medição, indicadores de desempenho e manutenção na
Siderúrgica del Orinoco (SIDOR)
– Venezuela. Autor dos módulos “Coletar e Sumarizar Dados,
Capabilidade e Desempenho do
Processo” do livro “Certificação
em Engenharia da Qualidade,
Curso Completo - Preparação para o exame ASQ/CQE" Fundac/Q&G Editora - BH 2011.
Licenciada em História e Geografia. Pós-graduada em História do Brasil, Pedagogia Empresarial, Tecnologia da Educação
e Didática do Ensino Superior.
Na Rede Pitágoras, acumula
funções de coordenadora do
curso de Pedagogia, campus
Ipatinga, instrutora das equipes de Lideranças e palestrante. Assessora pedagógica do
Colégio Notre Dame de Lourdes
– Cuiabá/Mato Grosso. Professora universitária. É também
palestrante do Sesi Nacional e
da Coach Brasil.
Psicólogo Organizacional e do
Trabalho, formado pela UFMG.
Pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e especialista em Didática do Ensino
Superior. Coaching, membro
fundador da ICF (International
Coach Federation) capítulo São
Paulo. Professor universitário.
Consultor do Sebrae-MG. Sócio
e consultor da Coach – gestão
de talentos, com mais de 10
anos de experiência em consultorias e treinamentos nas
áreas de Gestão de Pessoas e
Gestão da Qualidade.
Maria do Carmo Paixão Rausch
Hernani Victor
Engenheiro Civil pela UFMG, MBA
em Marketing pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), Mestre
em Administração pela FUMEC.
Trabalhou na Vale na área de
Planejamento de Mina; foi consultor e instrutor na Fundação Christiano Ottoni (FCO) e
Fundação de Desenvolvimento
Gerencial (FDG – atual INDG).
Conduz a Tecsystem: gestão
empresarial - especializada em
assessorar grandes grupos
empresariais em Estratégia,
Cenários de Negócios, Balanced
Scorecard e projetos especiais
para otimização de resultados.
Tem em sua formação acadêmica o
curso MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação João
Pinheiro e Licenciatura em Letras.
Atuou na área de Recursos Humanos da Usiminas por 34 anos, como
instrutor na formação de menores
aprendizes, instrutor de treinamento comportamental, Analista de planejamento de Recursos Humanos e
Planejamento de Desenvolvimento
de Pessoal. Atualmente atua como
Coordenador Administrativo da Conveniada da Fundação Getulio Vargas
para Ipatinga e região desde junho
de 2009.
Médica pela UFMG, especialista em
Pediatria e Epidemiologia. Conduziu
a implantação da Programação Pactuada e Integrada Assistencial de
2003 a 2006 e coordenou a Central
de Regulação Assistencial de Leitos
de Minas Gerais de 2005 a 2011.
Atualmente, é membro e diretora do
Grupo Brasileiro de Acolhimento com
Classificação de Risco.
Eduardo Ramos Ferraz
Graduada em Administração pela
UFLA. Pós-graduada em Gestão e Tecnologia da Qualidade pelo CEFET-MG.
Atualmente atua como auditora líder
das normas ISO 9001 e ONA na DNV
e como instrutora do curso de Formação de Avaliadores ONA. Também
presta consultoria para implantação
de sistemas de gestão da qualidade baseados nas normas ISO, ONA e
Boas Práticas de Fabricação. É professora de cursos de pós-graduação
de disciplinas da área da Qualidade.
Engenheiro de Produção. Especialista em Gestão da Qualidade, atua há dez anos com
implementação de Sistemas de
Gestão de Qualidade, MASP, 5S
e CCQ. Possui certificados como
Auditor Líder ISO 9001 e ISO
14001 e é capacitado nos métodos de Gestão da Excelência,
tendo atuado como avaliador
no Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), avaliador sênior
no Prêmio Mineiro da Qualidade (PMQ), avaliador sênior e
instrutor das bancas examinadoras do Prêmio Regional de
Qualidade Vale do Aço (PRQ VA),
examinador líder da estadual e
líder da etapa Brasil do MPE Micro e Pequenas Empresas, além
de avaliador de congressos estaduais de CCQ pela União Brasileira para a Qualidade (UBQ).
Márcia Barroso
Psicóloga Clínica e Organizacional pela PUC-MG. MBA em
Gestão Empresarial pela FGV.
Especialização em Psicologia
Organizacional e do Trabalho.
Mais de 25 anos de experiência
como psicóloga organizacional,
professora e coordenadora de
cursos acadêmicos e de especialização. Consultora empresarial, instrutora e palestrante
na área comportamental. Sócia-proprietária da Podium Consultoria em Recursos Humanos.
12
Farmacêutico-bioquímico, consultor Anvisa na RDC 302:2005,
auditor da Det Norske Veritas
(DNV) ISO, ONA e NIAHO e especialista em Gestão de Riscos.
Márcio Wagner V. de Souza
Engenheiro. Atua na Garantia da
Qualidade da Usiminas.
Célia Naves
Anatércia Muniz M. Hoffmann
Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFMG. Especialista em
Gestão e Tecnologia da Qualidade
pelo CEFETE-MG e em Epidemiologia
e Controle de Infecção Hospitalar
pela PUC/MG. Mestre em Enfermagem
pela Escola de Enfermagem da UFMG
(Epidemiologia do uso do cateter venoso central em unidade de terapia
intensiva neonatal). Doutorado em
Ciências da Saúde, Infectologia e Medicina Tropical pela Faculdade de Medicina da UFMG (Linha de pesquisa:
“Controle Epidemiológico e Gestão de
Qualidade Hospitalar”). Auditora da
Det Norske Veritas (DNV) ISO 9000
e ONA.
Julio César Alvin
Engenheiro, professor, especialista em gestão, auditor da qualidade
pela ABCQ e ASQ. Diretor acadêmico
da UNIPAC, Consultor da META CONSULTORIA S/C e conferencista. Participou da realização de mais de 30
auditorias em sistemas de gestão da
qualidade, coordenou o MBA nas áreas de educação e saúde e o núcleo
de Pós-graduação da UNIPAC, atuou
como assessor de desenvolvimento
da Fundação São Francisco Xavier e
participou da implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade nas
áreas de saúde e educação.
Raquel Hatem
Enfermeira chefe do Serviço de
Diálise do Hospital Felício Rocho,
de Belo Horizonte, e auditora
externa pela DNV no processo
de Acreditação Hospitalar.
13
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PRÁTICAS
DA Saúde e
Segurança
14
15
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FATOR
PESSOAL
OUTROS
9%
4%
BATIDA CONTRA
OBSTÁCULOS
13%
FISGA CAIXA
CICLO 2010
O dispositivo evita que o colaborador tenha contato direto com a caixa
coletora de material perfurocortante, reduzindo o risco de acidentes e
doenças ocupacionais.
Redução do
risco de acidentes
e doenças
ocupacionais
Em ambientes hospitalares, a utilização, o manuseio e o descarte de agulhas e outros materiais classificados
como perfurocortantes são frequentes pelas equipes de assistência. E
tão importante quanto a correta utilização desse material é o seu transporte nas caixas coletoras, a fim de
preservar a segurança de quem as
recolhe. Contudo, a possibilidade e até
mesmo a ocorrência de acidentes com
colaboradores encarregados por esta
função alertaram uma equipe de colaboradores sobre o perigo. E ainda os
inspiraram para a criação de uma nova
prática a ser utilizada no dia a dia.
O “Fisga Caixa” é um suporte metálico
feito de material reaproveitado, com
função semelhante a uma espécie de
extensão do braço humano, que serve para pegar as caixas coletoras de
materiais perfurocortantes do carro de
transporte e colocá-las dentro do Abrigo de Resíduos Grupos A e E.
Cleonice Mendes Medeiros Souza
Auxiliar de Conservação e Limpeza
16
A partir da curiosidade, do olhar apurado e da capacidade criativa dos co-
laboradores Flávio Rodrigues da Silva
(Segurança do Trabalho), Thiago de
Souza Pereira (Higienização Hospitalar), Gilberto Leôncio Berbet Neto (Higienização Hospitalar), Paulo Roberto
Moreira (Manutenção e Reparos) e
Wanderson Alves de Oliveira (Manutenção e Reparos), o dispositivo elimina o contato direto do colaborador
com o material a ser carregado, além
de evitar que este tenha que abaixar
dentro do carro para pegar as caixas
no fundo. Assim, com uma engrenagem mecânica, regulável, basta “fisgar as caixas” com as hastes, uma
medida que gera mais conforto e segurança, além de prevenir acidentes
e doenças ocupacionais.
QUEDA
17%
Causas
Acidentes
Higienização
2010
39%
PERFUROCORTANTES
9%
9%
TORÇÃO
PRENSAMENTO
Atualizado em 17/12/2010
Total de Acidentes FSFX: 117
Total de Acidentes Higienização: 23
(representa 20% dos acidentes da FSFX)
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Análise do acidente.
Confecção do material.
Treinamento prático (DDS - Diálogo
Diário de Segurança) com os colaboradores da Higienização Hospitalar.
• Implantação do Fisga Caixa na
Unidade I do Hospital Márcio Cunha.
• Aprimoramento e implantação do
Fisga Caixa na Unidade II do Hospital
Márcio Cunha.
Prevenção de acidentes e doenças
osteomusculares.
• Redução do risco de acidentes
com materiais perfurocortantes para
esta atividade.
• Melhor conforto para o colaborador
na execução da atividade.
• Criação de dispositivo com reaproveitamento de materiais (baixo
custo).
• “Informar os trabalhadores sobre
os meios para prevenir e limitar
tais riscos e as medidas adotadas
pela empresa” (NR1 – Ministério do
Trabalho, item 1.7, alínea c, inciso II).
Solução de melhoria da qualidade
e segurança dos colaboradores sem
aumento de custos e alinhada ao
programa Otimizar para Sustentar3,
cumprindo as recomendações de segurança das análises de acidentes e
com apoio da gerência.
• É possível apreender desta prática,
aparentemente simples, a importância de buscarmos a cada dia formas
de aprimorarmos não só nas práticas de trabalho, mas também nas
práticas de vida e no trato com as
pessoas.
•
•
•
•
•
O Otimizar para Sustentar é um programa da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde que envolve todos os
colaboradores e profissionais parceiros. Seus objetivos são evitar desperdícios, otimizar custos e despesas, contribuir
com a preservação ambiental e melhorar os resultados institucionais.
3
17
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
“A empatia com os colegas de trabalho,
principalmente nas horas mais difíceis, nos
permite fazer grandes coisas. Nossa lição
aprendida é que pequenas atitudes podem fazer
uma grande diferença.”
Thiago de Souza Pereira
Supervisor de Conservação e Limpeza
PRÊMIO PROTEÇÃO BRASIL 2011
O projeto Fisga Caixa, eleito pelo Práticas que Transformam como o ganhador entre os
apresentados em 2010, foi escolhido pelo Prêmio Proteção Brasil 2011 como o melhor case
brasileiro na categoria Ações Corretivas em Saúde e Segurança no Trabalho. Os autores da
ideia foram convidados a apresentar o trabalho no 7º Seminário Proteção Brasil - Aprenda
Com as Empresas Que Fazem Melhor, nos dias 10 e 11 de agosto de 2011, no Expo Center
Norte, em São Paulo, paralelamente à Feira Expo Proteção 2011. Além do troféu recebido pela
conquista durante o evento, o projeto foi publicado na Revista Proteção.
O Prêmio Proteção Brasil de Saúde e Segurança do Trabalho visa reconhecer o esforço de
empresas, instituições e profissionais na melhoria do ambiente de trabalho dos brasileiros,
além de divulgar à sociedade as ações bem-sucedidas de melhoria nas condições de saúde
e segurança do trabalho.
Gilberto Leôncio Berbet Neto
Instrumentista de Manutenção
Thiago de Souza Pereira
Supervisor de Conservação e Limpeza
18
Wanderson Alves de Oliveira
Eletricista de Manutenção
19
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
“A prática fortalece na equipe maior senso de organização e disposição de materiais
em um mesmo local, melhorando a qualidade da assistência ao paciente. Atendimento
rápido, seguro e humanizado, com redução do risco de acidente."
CARRINHO MULTIUSO
NO CTRS (CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA)
Parte do esforço desse trabalho era
gasto no deslocamento frequente
do colaborador para buscar os materiais necessários à assistência aos
pacientes nos armários dos Postos
de Enfermagem, gerando maior trabalho, tempo e mobilização de outros profissionais. Havia ainda outro
20
impacto negativo: o grande consumo de luvas descartáveis. Durante
o atendimento, por exemplo, para
evitar contaminação nos Postos de
Enfermagem, era preciso que o colaborador descartasse suas luvas para
buscar algum material nos armários
e, em seguida, vestir novas luvas
para dar continuidade aos trabalhos
com o paciente.
Pensando em reverter esse quadro,
as colaboradoras Leyse Cristina Oliveira, Renata Alves Madeira, Sandra
Felipa Souza, Marceli Marques Santos e Edna Pedroso Rocha de Pádua
criaram um carrinho multiuso como
instrumento de trabalho adaptado,
capaz de transportar tais materiais e
de fácil movimentação entre as poltronas que acomodam os pacientes
durante as sessões de diálise.
GASTO TOTAL COM LUVAS
R$
8.000,00
7.000,00
6.000,00
CICLO 2011
5.000,00
CICLO 2011
3.000,00
2.000,00
1.000,00
Instrumento de trabalho adaptado e com quatro rodas, capaz de
transportar os materiais necessários à assistência dos pacientes
submetidos ao tratamento por hemodiálise.
A assistência aos pacientes submetidos ao tratamento por hemodiálise
exige diversos cuidados realizados a
todo momento pelas equipes de Enfermagem. Em se tratando do Centro
de Terapia Renal Substitutiva (CTRS)
do Hospital Márcio Cunha, referência
para toda a região Leste de Minas
Gerais e por onde passam por semana 250 pacientes, em média, para
realizar sessões de até quatro horas, o trabalho desses profissionais
exige uma preocupação ainda maior
quanto a agilidade e ergonomia.
Edna Pedroso Rocha de Pádua
Gerente do Centro de Terapia Renal Substitutiva
4.000,00
31,13%
JAN
FEV
MAR
ABR
2010
7.257,36
6.745,20
7.151,75
7.056,72
2011
Redução
4.920,96
2.336,40
4.405,28
2.339,92
5.051,20
2.100,56
5.049,44
2.007,28
NÚMERO DE SESSÕES
Aumento de
3,5% no número
de atendimentos
na unidade
Empurrados por essa boa ideia vieram também os resultados positivos, como disponibilização de maior
tempo do colaborador para a assistência, atendimento mais ágil e humanizado e um ambiente mais harmônico. Além disso, houve também a
redução nos gastos com materiais,
como luvas descartáveis, mesmo
com o aumento de 3,5% no número
de atendimentos na unidade.
ANO
JAN
FEV
MAR
ABR
2010
2.749
2.555
2.709
2.673
2011
2.796
2.503
2.870
2.869
3,3%
Sandra Felipa G. Souza
Técnica de Enfermagem
Renata Alves R. Madeira
Técnica de Enfermagem
Edna Pedroso Rocha de Pádua
Gerente do CTRS
Leyse Cristina S. Oliveira
Auxiliar de Enfermagem
Marceli Marques S. Santos
Técnica de Enfermagem
21
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PALESTRAS DE
ORIENTAÇÃO SOBRE OS
CUIDADOS E PREVENÇÕES
NO TRATAMENTO DO
CÂNCER
CICLO 2011
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Aquisição de 12 carrinhos, sendo
01 carrinho para atender 04 pacientes por turno.
• Adaptação do suporte de descarpack no carrinho.
• Redução de 40 para 12 bandejas
utilizadas no auxílio ao procedimento.
• Padronização dos materiais por número de sessões programadas no dia.
• Apresentação e orientação da utilização do carrinho aos colaboradores.
•
Otimização dos processos dialíticos, com a centralização dos materiais necessários aos procedimentos
por sessão de diálise.
• Maior segurança aos pacientes,
considerando que os colaboradores
estão disponíveis para assistência
em tempo integral.
• Maior segurança aos colaboradores,
com fácil acesso ao descarte de perfurocortante.
• Controle de custos.
•
•
Elevar a praticidade e a segurança
nas atividades garante à equipe do
CTRS uma assistência mais presente
e de maior qualidade ao paciente.
• A prática fortalece na equipe maior
senso de organização e disposição
dos materiais em um mesmo local.
• O carrinho possibilita que o suporte de descarpack esteja perto do
profissional, o que reduz consideravelmente o risco de acidente com
perfurocortante.
“Foi uma maravilha! O serviço está mais organizado e as meninas não precisam ficar
pedindo ajuda para a colega quando o material acaba. Eu me sinto mais assistido.
Parabéns para quem colocou esta ideia em prática.”
Rui Barbosa
64 anos, paciente que faz hemodiálise há dois anos e meio
22
Abordando temas relevantes sobre a doença, as palestras são
destindas a pacientes e acompanhantes da Unidade de Oncologia
do HMC
Os mitos e os medos de uma doença temida e inesperada assusta
muitas pessoas quando ouvem falar
sobre câncer. Além de estar entre
as principais causas de morte da
humanidade, a doença ainda traz à
lembrança de muitos a representação de diagnóstico difícil, sofrimento
e morte do paciente. Opinião esta
compartilhada, principalmente, devido à falta de informações corretas
sobre o assunto.
Na tentativa de reverter esse quadro,
a Unidade de Oncologia do Hospital
Márcio Cunha investe na orientação
e na desmistificação sobre o câncer.
Em uma de suas práticas, uma equi-
pe multidisciplinar formada pela assistente social Alcione Cruz Camilo e
a farmacêutica Nelma Lagares Pinto,
em toda última sexta-feira de cada
mês, realiza palestras de orientação
sobre os cuidados e prevenções no
tratamento do câncer. A prática já
acontece há três anos.
O trabalho é direcionado a pacientes
que estejam iniciando os procedimentos de quimioterapia ou radioterapia, aos familiares e aos acompanhantes, a fim de que recebam
explicações sobre a doença, tirem
suas dúvidas e sintam-se acolhidos
pela instituição durante o tratamento. Isso é fundamental para elevar a
autoestima dos participantes em um
momento difícil, evidenciando que,
em sua maioria, os casos de câncer
podem ser curados e tratados adequadamente em sua fase inicial. É
importante ressaltar que prevenção
em câncer é reduzir a possibilidade
do aparecimento de qualquer tipo da
doença.
Para tanto, as abordagens de temas
como definição da doença, os cuidados com a medicação, tabagismo,
alcoolismo, entre outros assuntos,
são sugeridas pelos próprios participantes. Os encontros duram cerca
de uma hora, com participação média
de 30 pessoas por apresentação.
23
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
2% 2%
9%
19%
Avaliação
das
Palestras
ÓTIMO
Neste período, cerca de 150 pessoas participaram das palestras.
24
72%
NÃO SOUBERAM
RESPONDER
SIM
NÃO
96%
NÃO SOUBERAM
RESPONDER
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Programação.
Desenvolvimento da temática conforme sinalizações percebidas em
relatos de pacientes, familiares e
acompanhantes.
• Pacientes, familiares e acompanhantes na Unidade de Oncologia
são convidados a participar das palestras, que acontecem em toda última sexta-feira de cada mês.
• A duração de cada encontro é de
uma hora, e dele participam assistente social e farmacêutica. Outros
profissionais podem ser convidados.
• Após a apresentação, é repassado um questionário de avaliação aos
participantes, no qual eles avaliam a
palestra, o palestrante e ainda dão
sugestões de outros temas.
• Maior conscientização sobre assuntos relativos à doença.
• Incentivo ao processo de acolhimento e humanização dos pacientes,
o que beneficia os trabalhos e a relação assistência x pacientes.
• Por meio das palestras, foram
identificados dois casos de acompanhantes que perceberam alguns
nódulos e procuraram médicos para
fazer acompanhamento e iniciar tratamento.
• Mesmo não sendo inovadora, a prática não deixa de ser fundamental.
Tem impacto alto na saúde dos pacientes, auxilia a medicina de prevenção (os acompanhantes podem
participar) e é fácil a implantação em
outras áreas.
• O que fazemos hoje para os nossos
pacientes é muito pouco, diante do
muito que temos. Sempre aprendemos com eles a lutar, a sorrir, mesmo com tanta coisa modificando seu
dia a dia.
•
•
Nelma Lagares Pinto – Farmacêutica
BOM
Você indicaria
a palestra a
um amigo ou
familiar?
“A prática das palestras deve fazer parte das
ações assistenciais. A melhora dos pacientes, o
controle dos efeitos colaterais, a humanização do
atendimento são parte integrante do planejamento
da assistência.”
Alcione Cruz Camilo
Assistente Social
25
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DILUIDOR
DE ÁCIDO PERACÉTICO
CICLO 2011
Marcilene Werly Amorim Técnica de Enfermagem - Simone Francisco Silva Sena Técnica de Enfermagem
Cássia Maria de Araújo Gerente Métodos Gráficos - Meirilaine Andrade Silva Enfermeira Hemoterapia
Paulo Roberto Moreira Mecânico de Refrigeração
Utilizando materiais recicláveis, a equipe desenvolveu
um balde com tampa adaptada de espátula de aço
e acoplada a um cabo externo. O novo equipamento
permite uma fácil movimentação do ácido peracético,
solução tóxica utilizada na desinfecção do aparelho
endoscópico, evitando contato direto do colaborador
com o produto químico.
O problema estava no contato direto
e tempo de exposição com a solução durante o processo. Primeiro, o
preparo por aproximadamente 15
minutos até a sua homogeneização e, depois, devido à quantidade
de produto químico necessário para
preenchimento dos tubos onde os
aparelhos endoscópicos são imersos.
Menor contato
direto e tempo de
exposição com a
solução durante o
processo
26
Para a realização de exames de endoscopia, broncoscopia e colonoscopia, é necessário realizar a desinfecção de alto nível do aparelho
endoscópico. O equipamento é então
imerso em uma solução de ácido peracético 2% durante 20 minutos. O
ácido peracético é um esterilizante
químico de alta eficácia antimicrobiana e de ação rápida, composto por
ácido peracético gerado a partir de
perborato de sódio monoidratado 50
gramas e atividador TAED (Tetracetil
Etileno Diamina) 25 gramas. Para
cada 10 litros da solução recomendada para desinfecção dos aparelhos,
utiliza-se ácido peracético diluído na
concentração de 2% (20 g para cada
litro de água).
Jaqueline Lopes Carvalho Técnica de Enfermagem
RESULTADOS OBTIDOS
Melhor homogeneização do produto.
Segurança para a equipe profissional, diminuindo os riscos de acidente
de trabalho.
• Erradicação dos transtornos ocorridos pela inalação do produto durante
a preparação do ácido peracético.
• Satisfação dos colaboradores/pacientes que transitam próximo ao
setor de exames endoscópicos.
•
•
LIÇÕES APRENDIDAS
Reaproveitamento de materiais recicláveis, com isenção de custos para a
empresa.
• Fortalecimento do trabalho em equipe.
• Capacidade para desenvolver ferramentas para aperfeiçoamento de nossas atividades.
• Valorização de ideias.
•
Por se tratar de um produto tóxico,
o trabalho exige dos colaboradores
o uso de equipamentos de proteção
individual, como máscara, capote, luvas e óculos para manipulá-lo. Mesmo assim, por ser preparada em um
balde aberto com uma espátula de
fina espessura, a solução demonstrou alguns transtornos e riscos
para a enfermagem durante sua diluição, como cefaleia e irritação nos
olhos.
A máscara foi então substituída por
outros tipos de EPIs, porém isso não
foi suficiente para evitar a inalação
do produto. As pessoas que passavam próximo ao setor também se
queixavam do cheiro forte e pediam
solução para o problema.
A resposta das colaboradoras Cássia Maria de Araújo, Marcilene Werly
Amorim, Meirilaine Andrade Silva e Simone Francisco Silva (HMC - Métodos
Gráficos), juntamente com o colaborador Paulo Roberto Moreira (Manutenção e Reparos), veio de forma
simples e dinâmica. Utilizando materiais recicláveis, eles aproveitaram
baldes que acondicionavam sabão e
eram desprezados para desenvolver
um recipiente com uma espátula feita de uma chapa de aço, adaptada à
tampa. Acoplada a um cabo externo,
a espátula permite fácil movimentação e agitação da solução, sem que
haja exalação do produto. Com isso,
os colaboradores não tiveram mais
contato direto e exposição ao produto químico, eliminando as reações
adversas como irritação nos olhos,
cefaleia e mal-estar, além do odor
característico da solução que pairava
sobre a sala.
27
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
USO DO MEDICAMENTO
SILDENAFIL NO TRATAMENTO
DA HIPERTENSÃO PULMONAR
PERSISTENTE DO RECÉMNASCIDO (HPPRN)
CICLO 2011
CICLO 2012
A mudança de atitude com adoção de recursos de baixo custo e fácil execução
resultou em um aumento de 75% da sobrevida de bebês com hipertensão pulmonar
na UTI Neonatal e Pediátrica do HMC
Fazer mais, melhor e gastando menos. Na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, a evolução dos
trabalhos medida nos últimos anos
não se baseia na compra de novos
equipamentos ou na aquisição de
tecnologias de alto custo, e sim na
mudança de atitude para adoção de
práticas simples. Uma delas foi a
atuação da equipe, liderada pelo médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira
e pela enfermeira Jussara Cesária
Rosa Batista, sobre a Hipertensão
Pulmonar Persistente no Recém-Nascido (HPPRN), uma patologia grave
28
em bebês a termo (nascidos com 40
semanas de gestação) e que atrapalha a chegada de sangue no pulmão.
A HPPRN decorre do aumento relativo da pressão na artéria pulmonar
em relação à sistêmica e é uma das
principais causas de óbito entre os
recém-nascidos submetidos à ventilação mecânica. Sua incidência é variável, sendo a média estimada entre
um e dois casos para cada mil neonatos. Até 2008, todas as crianças
portadoras da HPPRN eram submetidas apenas à ventilação mecânica e
aminas vasoativas.
Melhoria na
assistência e
queda da taxa de
mortalidade
Com o custo elevado da substância mais utilizada no mercado para
tratar esses casos, o Óxido Nítrico
Inalatório1 (R$ 547 por dia), que necessitava ainda de controle ambiental e equipamento especial para sua
administração e monitorização laboratorial, os profissionais pesquisa-
Os trabalhos da equipe da UTI Neonatal e Pediátrica do HMC abrem espaço para aplicação de novas posturas e adoção de práticas simples que tragam bons resultados
29
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ram por outro produto com a mesma
eficácia e menor custo. Além disso, o
Óxido Nítrico Inalatório não é coberto
pelo Sistema Único de Saúde e em
um terço dos casos de uso do medicamento, segundo pesquisas monitoradas pelo Ministério da Saúde,
não foram observadas melhoras clínicas (Guia para os profissionais de
saúde - Atenção à saúde do Recém-Nascido. vol.3, pág. 76. Ministério da
Saúde, 2011).
uso do Sildenafil (medicamento vasodilatador) mostrou-se o mais adequado. Na forma de cápsulas manipuladas de 1 mg, seu custo unitário
é de R$ 0,50, equivalente a R$ 4 por
dia. Sua administração passou a ser
feita por meio de sonda orogástrica
por seringa de 1 ml, com custo unitário de R$ 0,38, utilizado na dose
de 0,5 mg/kg de peso a cada 6 horas
após o diagnóstico ecocardiográfico
da doença.
A partir dessas análises e de outras
opções terapêuticas disponíveis, o
A UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha foi uma das primei-
Economia de
R$ 220 mil no
tratamento para
100 pacientes
ras no Brasil a aderir ao tratamento
com Sildenafil, quando trabalhos iniciais com o medicamento começaram
a ser publicados em revistas científicas especializadas, como o Journal
Pediatrics e o Pediatrics Critical Care,
apresentando resultados positivos.
“O nosso objetivo não é simplesmente salvar vidas, mas salvar vidas com qualidade
para integrar a criança à sua família em boas condições de convívio na sociedade.”
A enfermeira Jussara Cesária Rosa Batista e o médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira coordenam as ações da UTI Neonatal e Pediátrica
Marcus Vinícius Alvim de Oliveira
Pediatra e especialista em UTI
COMPARATIVOS REFERENTES À HIPERTENSÃO PULMONAR
25
DESENVOLVIMENTO
24
Mesmo com o receio advindo das
primeiras utilizações e as poucas
evidências científicas para embasar
a conduta na época, a equipe médica se reuniu para dar continuidade à ação, buscando, na prática, as
melhores evidências para reduzir o
índice de mortalidade por HPPRN.
•
20
15
10
6
5
4
1
0
0
10 SEM.
2008
CASOS
3
1
20 SEM.
2008
ÓBITOS
3
1
10 SEM.
2009
1
20 SEM.
2009
2
4
0
10 SEM.
2010
4
1
20 SEM.
2010
2
10 SEM.
2011
2
Profissionais da UTI Neonatal e da
Cardiologia Pediátrica ampliaram a
discussão dos casos e a análise do
método, formulando novo consenso
de iniciar a medicação da patologia
a partir do diagnóstico mais precoce
possível.
•
0
20 SEM.
2011
1
0
10 SEM.
2012
TOTAL
A mortalidade devido à HPPRN mantém-se em 25%, desde o início do uso do Sildenafil.
O referencial histórico antes do uso do Sildenafil é de 100%.
Com a reavaliação do processo, foi
possível observar ganhos na mortalidade por HPPRN na Unidade.
•
• Implantação da prática do uso de
Sildenafil em pacientes HPPRN a partir do diagnóstico da doença.
RESULTADOS OBTIDOS
Prática de baixo custo e fácil execução, com resultados satisfatórios.
•
Promoção da assistência de qualidade em todas as situações, mesmo
com recursos limitados.
•
De 2008 ao primeiro semestre de
2012, ocorreram 24 casos de HPPRN
no Hospital Márcio Cunha, dos quais
18 sobreviveram. Um aumento de
75% de sobrevida dos pacientes.
•
LIÇÕES APRENDIDAS
A prática nos traz a conclusão de
que a busca por melhoria contínua, a
implementação de recursos de baixo
custo, de fácil execução e com resultados satisfatórios permitem promover uma assistência de qualidade,
dentro da nossa realidade.
O Óxido Nítrico (NO) pode produzir diversas substâncias tóxicas. Na presença de oxigênio (O2) é oxidado em dióxido de nitrogênio (NO2), um gás altamente
citotóxico que em solução aquosa é convertido em ácido nítrico e nitroso. O Instituto de Segurança Ocupacional e Administração de Saúde dos EUA fixa o limite de
5 ppm de exposição ao NO2 para os trabalhadores.
1
30
31
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Indicadores de Processos:
Bundles
CICLO 2013
Instrumento de avaliações periódicas na UTI Adulto e Coronariana do HMC I, os
chamados Bundles são os conjuntos de práticas para prevenção e controle de
infecções relacionadas a procedimentos invasivos, que incluem avaliação de itens
como a higienização correta das mãos, adesão aos protocolos, técnica de aspiração
traqueal e utilização de EPI, entre outros.
Diversos estudos apontam as infecções hospitalares como as mais frequentes complicações do tratamento em Unidades de Terapia Intensiva
(UTI) em hospitais. A infecção hospitalar é aquela adquirida no hospital
e que não estava presente ou em
incubação quando da admissão do
paciente. Pode manifestar-se durante a internação ou mesmo após a
alta e é causada por microrganismos
ou micróbios existentes no ambiente hospitalar, em outros ambientes e
mesmo no próprio organismo.
A infecção depende da quantidade
de microrganismos que atinge o indivíduo, da capacidade deste germe
em causar infecção, do seu modo de
32
transmissão e da resistência imunológica do indivíduo (como ele responderá a esta agressão). Os microrganismos podem ser transmitidos de
pessoa para pessoa, especialmente
pelas mãos. Há também outras maneiras de transmissão, relacionadas, por exemplo, a procedimentos
invasivos (por exemplo, intubação
para auxiliar a respiração, passagem
de cateteres venosos, cateteres no
sistema urinário, cirurgias etc.). Em
algumas situações essas infecções,
especialmente as que ocorrem após
cirurgias, podem ser prevenida com
o uso de antibióticos. Pode-se ter
sua transmissão relacionada à sistemas de ventilação de ar e de água,
disponibilidade de profissionais (por
exemplo, a relação entre número de
enfermeiras dedicadas a atender
um determinado número de leitos),
e estrutura física (mais de um leito
no mesmo quarto, a distância entre
estes leitos, presença de pias, papel
toalha, gel alcoólico para higiene das
mãos etc.).
No Hospital Márcio Cunha, a equipe
de Controle e Infecção Hospitalar elaborou e implantou o instrumento de
avaliações periódicas na UTI Adulto
e Coronariana da Unidade I, chamado de Bundles. Os bundles são conjuntos de práticas para prevenção e
controle de infecções relacionadas a
procedimentos invasivos.
Integrantes: Arilma Contarini Soares, Aline Salgueiro Campos Coelho e Adir de Paula Lima
Criado em julho de 2012 e aprovado
pelo gerente assistencial como forma de prevenção às infecções relacionadas a procedimentos invasivos,
os bundles passaram a ser incorporados nos treinamentos das equipes de enfermagem do setor dois
meses depois, com foco na prevenção e no controle de infecções. Sua
aplicação passou ainda a ser mensurada com avaliações periódicas
duas vezes por semana, em média.
Em dezembro, novamente a equipe
recebeu treinamento como forma de
aprimorar os conhecimentos e apresentar os resultados coletados até
este período. Destaque para o Bundle
de Pneumonia Associada à Ventilação
Mecânica Invasiva (PAV). O resultado,
quando comparado ao mesmo período
de 2011/2012, foi extremamente favorável, com a redução de 55,62% da
Densidade de Incidência (DI) de pneumonia em pacientes que respiravam
com o auxílio de aparelhos na UTI.
Redução de 55,62% da
densidade de incidência
de pneumonia em
pacientes que utilizam
Ventilação Mecânica
(PAV)
33
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
Os itens avaliados consistem em:
Circuitos secos sem acúmulos de
condensados;
• Troca de filtros e circuitos apenas
quando estiverem sujos ou em mal
funcionamento;
• Higienização das mãos;
• Realização de higienização oral
com anti-séptico;
• Não compartilhamento de circuitos e acessórios de ventilação
entre pacientes distintos, sem seu
reprocessamento adequado - passar
álcool em micronebulizador, antes
do uso no mesmo paciente;
• Paciente sem evidências de acúmulo de secreção traqueal;
• Técnica de aspiração traqueal de
acordo com padronização;
• Utilização de água estéril para
preencher os umidificadores;
•
34
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Temperatura adequada do umidificador;
• Utilização de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) para pacientes com precaução de isolamento, em manipulação de secreções;
• Paciente mantido em decúbito
adequado (45);
• Realização de exames microbiológicos apenas por indicação clínica;
• Pressão de Cuff adequada
(25mmHg);
• Swab de vigilância após 15 dias de
internação (perianal/inguinal);
• Adesão ao protocolo de despertar
diário;
• Profilaxia de Ulcera Péptica/Tromboembolismo Pulmonar.
•
Resultados
A análise estatística dos resultados
comprovou uma redução significativa na Densidade de Incidência – que
é o cálculo do número de infecção
sobre o número de dias de pacientes em ventilação mecânica dividido
por 1000 dias de procedimento
invasivo – no período comparativo
entre setembro de 2011 à outubro de 2012 e entre setembro de
2012 à outubro de 2013. Os valores respectivos de média e desvio
padrão encontrados foram de 21,07
e 9,65; e 11,72 e 7,73; (p = 0,03),
respectivamente
Lições aprendidas
O trabalho e o empenho da equipe
com a atividade conjunta das ações
foram primordiais para que se
alcançasse este resultado. Compreende-se que a conscientização dos
colaboradores em proporcionar uma
assistência segura e de qualidade
para o paciente tornou-se fundamental para prevenção de infecção
relacionada à assistência a saúde.
Manejo precoce do
paciente em UTI
CICLO 2013
Com o apoio de toda a equipe multiprofissional, o Manejo Precoce do paciente
internado é o conjunto de boas práticas aplicadas em pacientes críticos para melhorar
a funcionalidade do paciente, acelerar seu processo de alta do leito da UTI e melhorar
sua qualidade de vida.
35
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
Quando se ouve falar de paciente em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é
sinal de que seu estado de saúde,
além de grave, requer assistência
especial e o impossibilitará de se
movimentar durante o período de
internação, certo? Nem sempre…
As equipes multiprofissionais das
UTIs do Hospital Márcio Cunha vêm
mudando essa percepção em diversos casos, a partir de um trabalho
conjunto para aplicar, na prática,
técnicas da Fisioterapia, como a mobilização precoce (cinesioterapia) e a
retirada de pacientes críticos do leito
mais rapidamente.
Desde a inauguração, no primeiro semestre de 2013, a nova UTI da Unidade II já adota essa postura, que é
feita em hospitais de referência no
país. O paciente, logo quando internado, passa por avaliação do fisioterapeuta, que mede seus níveis de
força, consciência e independência.
Tendo condições clínicas favoráveis e
liberação médica, são iniciados exercícios de movimentação de membros
superiores e inferiores (braços e
pernas) feitos pelo profissional no
paciente, ainda no leito, chamada de
mobilização precoce.
Redução de complicações
e do tempo de permanência
do paciente, diminuindo
custos e aumentando o
número de atendimentos
do hospital
A Mobilização Precoce do paciente internado é a proatividade de
realizar o processo de retirada do
paciente do leito, que consiste em
sentá-lo na poltrona ou cama, depois colocá-lo de pé e, até mesmo,
andar, o que auxilia na recuperação
mais rápida e redução no tempo de
permanência do mesmo. Outro fator
que auxilia nesta prática é a utilização de elevadores móveis versáteis,
que facilita na transferência do
paciente do leito para a poltrona.
A equipe de Fisioterapia não realiza
isso com todos os pacientes, mas
com aqueles que possuem um
quadro cardiopulmonar e motor que
permitem tal prática. O uso de tubo
orotraqueal, ventilação mecânica,
bombas de infusão e sondas era
visto como um grande limitador
para mobilização e deambulação
(caminhada). Hoje, pode-se dizer
que este limitador foi superado.
A prática contribui para aprimorar
nossa assistência e ajudando o paciente a sair mais rápido da unidade
de internação, reduzindo o risco de
complicações e eventos adversos
que possam ocorrem e almejando
uma assistência de qualidade e
segurança aos pacientes.
Um dos primeiros exemplos desse
trabalho é o paciente Fernando de
Carvalho Nazareth, de 52 anos, que
recebeu alta em setembro de 2013.
Durante sua internação no HMC,
por conta de uma lesão na perna,
seu quadro agravou e chegou a
ficar internado na UTI por 11 dias
respirando com ajuda de aparelhos,
a chamada ventilação mecânica.
Porém, nada disso impediu que
a mobilização feita pela equipe
auxiliasse Fernando a levantar da
cama e, até mesmo, a andar pelos
corredores da UTI, mesmo estando
ainda em ventilação mecânica, numa
recuperação mais rápida.
Resultados
A cada dia que o paciente fica
restrito a um leito, ele diminui fibras
musculares e, com isso, perde capacidade de se movimentar, aumenta
a fraqueza, podendo até não conseguir se mexer. Por isso, a prática de
mobilização precoce pode apresentar benefícios notáveis, como:
• possibilidade de redução de tempo
de ventilação mecânica;
• em pacientes traqueostomizados,
há a possibilidade de se retirar a
cânula para ventilação mecânica
mais rapidamente;
• melhora da capacidade pulmonar;
• auxilia na profilaxia de complicações circulatórias, como a trombose;
• auxilia na profilaxia de úlcera
de pressão, que são lesões que
aparecem nas costas, decorrente do
longo tempo em que o paciente fica
acamado;
• redução do tempo de permanência
do paciente, diminuindo custos e
aumentando o número de atendimentos do HMC.
Lições aprendidas
O resultado positivo desse trabalho
só é possível graças ao empenho
em conjunto de toda a equipe
multiprofissional, que conta com
médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, profissionais de higienização e limpeza, fonoaudiólogos,
nutricionistas e fisioterapeutas. “Se
não tivéssemos a vontade de todos,
este trabalho não seria possível. Felizmente, toda a equipe entende os
benefícios e hoje auxilia com muita
disposição”, afirma o fisioterapeuta
Allan Patryck Bassotto Lino.
“A equipe me colocou pra dar umas voltas e foi bom ter caminhado.
Eu senti que dali pra frente, peguei mais confiança. Ficar só deitado,
ligado com vários aparelhos não é legal. O sentimento foi de vitória
e alívio, principalmente, por saber que, apesar daquele sufoco, tinha
uma equipe de retaguarda muito boa. Se não fosse por eles, eu já
era”, brinca ele. “Fiquei literalmente nas mãos deles. O agradecimento
é tão grande que nem tenho como expressar.”
Fernando de Carvalho Nazareth
paciente
36
37
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Gerenciamento de riscos
assistenciais e tratamento
precoce da sepse grave em
adulto
Equipe da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar
do Hospital Márcio Cunha
DESENVOLVIMENTO
Ciclo 2014/2015
A prática possibilitou aprimorar a assistência ao paciente e contribuir para a
melhora na média de permanência, no controle da infecção hospitalar e na queda da
mortalidade.
A prática, realizada pelos colaboradores Vívian Ribeiro Miranda, Adir
de Paula Lima, Mariana Vasconcelos
Costa Araújo, Aline Salgueiro e Pedro
Gonçalves da Silva, tem o objetivo de
orientar a equipe multiprofissional no
diagnóstico e no tratamento precoce
do paciente com suspeita de sepse,
reduzindo a mortalidade associada a
essa grave síndrome.
A sepse é uma condição com risco de vida, que ocorre quando um
agente infeccioso – tais como bactérias, vírus ou fungo – entra na
corrente sanguínea de uma pessoa.
Caracteriza-se por um conjunto de
manifestações em todo o organismo, tendo como causa, uma infec38
ção. Dessa forma, algumas medidas
precisam ser tomadas rapidamente,
principalmente no início, com o antimicrobiano (ATM).
O medicamento é eficaz na primeira
hora após o reconhecimento de um
quadro de sepse grave, caracterizado como um quadro infeccioso em
que aparecem sinais de disfunção
orgânica aguda, como aumento dos
batimentos cardíacos acima de 90
vezes por minuto; temperatura acima de 380C; queda da temperatura
abaixo de 360C; calafrios, dentre outros sinais identificados. Além disso,
por meio de exames laboratoriais,
pode-se observar ainda o aumento
ou redução de leucócitos, bem como,
o acúmulo de ácido lático no organismo, que, quando não tratados em
tempo, evoluem invariavelmente para
a morte.
Queda de 19,54% na
taxa de mortalidade
nos primeiros meses
da prática, que pôde
salvar vidas
O Núcleo de Segurança do Paciente,
visando o objetivo maior que é a
redução da mortalidade associada
a sepse, elaborou e implementou o
Protocolo de Diagnóstico e Tratamento Precoce de Sepse Grave em
Adulto no Hospital Márcio Cunha, em
agosto de 2014. A média de adesão
ao protocolo no período entre o mês
de lançamento e dezembro, com
início precoce da antibioticoterapia
(antibiótico administrado em até 1h
após diagnóstico de sepse), foi de
79,48%.
A relevância desse índice conquistado está na superioridade
à média mundial, que é de 68%
segundo dados obtidos do relatório
do Instituto Latino Americano de
Sepse (ILAS), no trabalho Campanha
sobrevivendo a sepse, de fevereiro
de 2014.
Resultados
• No período de mensuração da
prática, 122 pacientes foram submetidos ao protocolo. Desse total,
pode-se observar que, durante o
mês de agosto, a taxa de óbitos
dos pacientes inseridos no trabalho
com o “Protocolo de Diagnóstico
e Tratamento Precoce de Sepse
Grave em Adulto” foi de 47,82%.
Já nos quatro meses seguintes,
esse número baixou ainda mais,
indo a óbito 28,28% dos pacientes
avaliados. Uma redução significativa
da mortalidade associada à sepse
de 19,54%.
• Se fosse mantido o resultado de
início do protocolo como base, nos
quatro meses seguintes seriam 48
óbitos em um total de 99 pacientes.
Entretanto, com a evolução da prática, o resultado foi de 28 óbitos em
um total de 99 pacientes. Ou seja,
20 vidas de pacientes puderam ser
salvas, reduzindo em 41,66% a
mortalidade de pacientes diagnosticados com sepse.
“A instituição do Núcleo de Segurança do Paciente e as melhorias
implementadas na Gestão do Risco Assistencial têm como objetivo a
identificação e a minimização da ocorrência de incidentes, buscando
sempre a qualidade e a segurança na assistência ao paciente do HMC.”
Vívian Ribeiro Mirandapaciente
Coordenadora de Segurança Assistencial, Ensino e Pesquisa
39
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Simulado pré-plano de
resposta a emergência
Desenvolvimento e
resultados
Ciclo 2014/2015
A prática visa treinar as pessoas sobre como agir diante de uma situação de incêndio
e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se
seguros, fortalecendo as ações de segurança em situações que se aproximam da
realidade.
As preparações para o processo de
certificação internacional do Hospital
Márcio Cunha pela DIAS (Det Norske
Veritas International Accreditation
Standard), a norma de acreditação
hospitalar internacional desenvolvida
a partir de padrões americanos de
segurança assistencial e de infraestrutura, exigiu o engajamento de
grande parte do efetivo da instituição, dos mais diferentes setores. A
atuação do Serviço de Segurança do
Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio
Ambiente foi decisiva para a realização de uma série de ações que
culminaram com a recomendação do
HMC pela DNV-GL para mais essa conquista.
Nesse trabalho, a instalação do de
um Plano de Resposta à Emergência,
uma das exigências da norma, alinhada também à instrução técnica
do Corpo de Bombeiros e à Norma
Brasileira ABNT NBR 15219, demandou esforços, planejamento, ade-
quações e intervenções estruturais
nas dependências do Hospital. Nesse contexto, uma das atividades
de maior impacto conduzidas pelo
Serviço foi a realização do Simulado de Incêndio e Evacuação nas
unidades do Hospital Márcio Cunha.
A proposta dos simulados é treinar
as pessoas sobre como agir diante de uma situação de incêndio
e assegurar que pacientes, seus
acompanhantes e colaboradores
mantenham-se seguros.
O Plano de Resposta à Emergência foi
elaborado com base nos requisitos
legais aplicáveis e nas particularidades de cada unidade. O trabalho foi
realizado ao longo do ano, contando
com discussões com profissionais
técnicos e com conhecimento no objeto de estudo. Técnicos de segurança com formação em bombeiro civil,
gestores e engenheiros contribuíram
para definir as alternativas mais viáveis para a FSFX naquele momento.
Após o levantamento das necessidades de adequação na infraestrutura,
foram disponibilizados os recursos
materiais (sinalização fotoluminescente, iluminação de emergência,
portas corta fogo, kits de emergência) e os recursos humanos (treinamento e capacitação de brigadistas
nos setores e para todos os colaboradores e terceiros dentro das unidades) necessários para viabilização
do plano e do simulado. Com a conclusão do plano, foram definidos os
dias para realização dos simulados
nas unidades do HMC.
Unidade I: foi a primeira a passar pelo
simulado, sem interromper as atividades do hospital. Cerca de 120 pessoas, entre colaboradores da FSFX,
equipes de enfermagem, integrantes
do Corpo de Bombeiros Militar e do
Corpo de Bombeiros Civil da Usiminas estiveram envolvidas no evento.
O exercício simulou um incêndio em
um apartamento do 40 andar e o seu
devido combate, bem como o resgate
de eventuais vítimas e a evacuação
de todos os demais para um local
seguro pela equipe de colaboradores
do setor e brigadistas de incêndio.
Na simulação, colaboradores fizeram
o papel de acompanhantes e clientes.
Em nenhum momento, os pacientes
foram envolvidos. Toda a ação foi
cronometrada e acompanhada por
observadores, que verificaram a maneira de proceder dos envolvidos durante as atividades e se a evacuação
atendia aos requisitos legais.
• Combate ao incêndio, resgate das
vítimas e evacuação para local seguro realizado em 11 minutos
• Fim da emergência declarado em 25
minutos
• Retirados do andar 24 pacientes,
24 acompanhantes e oito colaboradores
Unidade II: passou por simulado sem
interromper as atividades do hospital. O exercício simulou um incêndio
na sala de reuniões, localizada na Ala
D da unidade de internação. O combate ao incêndio e a evacuação para
um lugar seguro foram realizados
em seis minutos e o fim da emergência declarado pelo Bombeiro Militar, após varredura do local, dentro
Os simulados trouxeram ganhos positivos
para a instituição,
como o fortalecimento
da segurança de pacientes, acompanhantes e colaboradores
de 24 minutos. Retirados do andar:
nove pacientes, nove acompanhantes
e seis colaboradores.
Unidade de Oncologia: O exercício simulou um princípio de incêndio na copa
de distribuição da nutrição, localizada no primeiro pavimento, no corredor dos consultórios da Oncologia. O
combate ao incêndio e a evacuação
para um lugar seguro duraram 2
minutos e o fim da emergência foi
declarado pelo Bombeiro Militar dentro de 6 minutos. Removidos: 11
pacientes, quatro acompanhantes e
três colaboradores.
Unidade de Medicina Diagnóstica: A simulação de princípio de incêndio
na sala de Ultrassom 2, localizada
no final do corredor, em virtude do
superaquecimento de uma fiação
elétrica, teve combate e evacuação
cronometrados em dois minutos e
o fim da emergência declarado pela
Chefe da Brigada, após varredura do
local, dentro de 4 minutos. Evacuados todas as pessoas presentes,
em um total de sete colaboradores
e oito pacientes.
“O objetivo do simulado foi treinar as equipes sobre como agir diante de uma situação de incêndio e assegurar que
pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros. O desafio foi realizar tudo isso dentro do
menor tempo possível, com o mínimo de interferência no atendimento aos clientes.”
Colaboradores, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e do Corpo de Bombeiros Civil da Usiminas durante o simulado de incêndio e evacuação no HMC
40
Elaine Sanches
Engenheira de Segurança do Trabalho
41
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PRÁTICAS
ADMINISTRATIVAS
42
43
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Maior segurança
para o paciente e
redução de custo com
aquisição de uma
nova UTI Móvel
ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA
TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA
TIPO D (SUPORTE AVANÇADO)
ANTES
CICLO 2010
Instalação de painel elétrico e de bancada na ambulância de suporte
básico para adaptação de equipamentos, possibilitando a transformação
do veículo numa ambulância de suporte avançado. (Unidade de Terapia
Intensiva - UTI)
Em 2010, a Gerência de Logística do
Hospital Márcio Cunha enfrentava um
constante desafio. A alta demanda
de viagens do veículo de suporte
avançado - a chamada UTI móvel
- entre Ipatinga e Belo Horizonte
comprometia a Gerência de Logística
frente ao atendimento às demandas
locais das Unidades I e II do Hospital
Márcio Cunha. Na ausência dessa ambulância, que conta com equipamentos que permitem cuidados médicos
intensivos durante o transporte do
paciente, a Logística contava apenas
com veículos de suporte básico, que
não possuem a estrutura necessária
para a intervenção médica.
44
A fim de reverter esse quadro e
garantir assistência de qualidade a
um maior número de pacientes, um
grupo de colaboradores composto
por Gustavo Cristiano Soares Pontes
(Logística), Bruno Régis Oliveira Queiroz (Logística), Elaine Cristina Ferreira Silva (Logística), Renato Mateus de
Souza (Logística), Raimundo Aparecido da Silva (Manutenção), Márcio
Bragança de Souza (Manutenção),
Luiz Cláudio Benedito Júnior (Manutenção) e Nilvon Alves Nogueira
(Manutenção) vislumbrou uma oportunidade de melhoria de trabalho e
benefício aos clientes.
Everton Domingues Neto
Técnico de Enfermagem
DEPOIS
A equipe realizou um estudo prévio
e adaptou nesses veículos equipamentos como painel elétrico e uma
bancada, sem deixar de preservar o
espaço interno. A medida possibilitou
a transformação das ambulâncias
de suporte básico em ambulâncias
de suporte avançado (UTI), propor-
cionando grandes vantagens. Entre
elas, a ampliação dos atendimentos
a um maior número de pessoas,
maior segurança para o paciente e a
redução de custo com aquisição de
uma nova UTI Móvel (em torno de R$
100 mil).
“Incentivo à criatividade
dos colaboradores para a
solução de problemas dos
processos internos.”
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Identificação do problema x Análise
de oportunidades / viabilidade.
• Benchmarking com empresas de
adaptação de ambulâncias.
• Elaboração do projeto.
• Instalação do painel elétrico com
seis tomadas (12/110 volts e 3/110
volts); inversor de voltagem de
1.000 watts; bateria auxiliar de 100
amperes e sistema de inversão de
carga para as baterias.
• Desenvolvimento do dispositivo
pela Gerência de Manutenção.
• Validação pelos usuários.
Ampliação do escopo de atendimentos para situações que necessitem de mais de uma unidade de
suporte avançado (UTI Móvel).
• Redução do custo com aquisição de
ambulância (R$ 100 mil).
• Satisfação e segurança do cliente
interno, quanto à disponibilidade de
atendimento.
• Redução da variabilidade no processo.
• Mais segurança para o paciente
internado que necessita do recurso.
Capacidade de adequação dos veículos e de adaptação a situações
adversas.
• Aprendizado com a própria prática.
• Oportunidade de aplicação das
ideias propostas por colaboradores.
• Desenvolvimento das habilidades
técnicas dos profissionais envolvidos.
• Estímulo ao trabalho em equipe,
aplicando conhecimento multidisciplinar.
•
•
Gustavo Cristiano Soares Pontes
Gerente Comercial
•
45
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
RETROFIT E AUTOMAÇÃO
DAS LAVADORAS DO
HOSPITAL MÁRCIO CUNHA
CICLO 2010
A prática padronizou e deixou o processamento
de roupas do Hospital Márcio Cunha ainda melhor,
além de contribuir para a redução dos custos de
manutenção e aquisição de novos equipamentos.
Thiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção
Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção
46
Em um hospital de grande porte com
mais de 500 leitos, como o Hospital
Márcio Cunha, os trabalhos de processamento de roupas atingem marcas expressivas. Só em 2011, foram
1.800.714 kg de roupas, uma média
de 5.000 kg lavados e 15.000 peças
de roupas distribuídas por dia.
Todo esse processo é realizado por
enormes e potentes máquinas lavadoras, e é justamente aí que entra a
importância da prática desenvolvida
pelos colaboradores Francisco Afonso
Linhares, João Dimas Gonçalves, Júlio
César Gomes Lima, Jésus Pascoal da
Silva, Thiago Júnior Lopes, Sadraque
Emeriando Silva Santos e José Vicente de Almeida, todos da Gerência de
Manutenção e Reparos. O trabalho
dos colaboradores da FSFX foi realizado em parceria com outra equipe
de profissionais de uma empresa de
automação prestadora de serviços.
Reforma e
Modernização
Sobrevida do
Equipamento
Custo x
Benefício
Aumento de
Produtividade
O retrofit* e automação das lavadoras são fundamentais para garantir
a potência e o bom estado de conservação desses equipamentos.
Foram realizados o retrofit e automação da lavadora nO 04, marca/modelo
Sitec, com capacidade para processar
100 kg de roupa. E ainda, efetuada
a automação da lavadora nO 02, mar-
ca/modelo Yamato, com capacidade
para processar 200 kg de roupa.
A prática permitiu a padronização
de atividades e deixou o processo
mais confiável, contribuindo para a
redução dos custos de manutenção
e aquisição de novos equipamentos.
A economia gerada foi de R$ 300 mil.
*O termo “retrofit” significa reforma, mas com algumas particularidades. Tratam-se de mudanças num equipamento
que, após avaliação de custos da modernização, da relação custo x benefício, da sobrevida do equipamento e do
aumento de produtividade, são implementadas somente se forem mais vantajosas que os benefícios da aquisição
de um novo.
Economia
gerada com o
processo foi de
R$ 300 mil
Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção
Marcelo Bouissou de Sousa Gerente de Logística
João Dimas Gonçalves Supervisor de Manutenção Eletromecânica
47
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
• Custo
SITEC 100 KG
• Como a estrutura básica principal
(carcaça e cesto) estava íntegra na
máquina, foi viável reformá-la em vez
de adquirir uma nova.
• Opção pelo retrofit e automação
desta máquina realizada pela equipe
de colaboradores da FSFX, em parceria com a equipe da empresa de
automação local.
•
do retrofit da lavadora Sitec
100 kg: abaixo de 30% do valor de
uma nova Sitec 100 kg e abaixo de
35% do valor de uma nova Yamato
200 kg.
• Uso de eletrônica para implantação
das receitas de operação a partir do
controlador principal, com algoritmos
(softwares), residentes em PLC e inversor de frequência (Sitec 100 kg).
• Utilização de comunicação via rede
(RTU MODBUS) para implantação da
nova tecnologia (Sitec 100 kg).
• Acionamento por inversor de frequência (Yaskawa) e uso de três polias (Sitec 100 kg).
• Painel principal dotado de inversor
de frequência e dois PLCs, do fabricante Panasonic, de maior capacidade computacional, programados em
linguagem “Ladder” (Yamato 200 kg).
• Rede de comunicação RTU Modbus,
montada do lado limpo do processo
(Yamato 200 kg).
• Recuperação da carcaça com jateamento de areia e pintura eletrostática (Yamato 200 kg).
• Balanceamento dinâmico do cesto
(800 kg) e polia principal (70 kg)
(Yamato 200 kg).
• Substituição da saboneteira original
por nova, fabricada de aço inoxidável,
com dimensões maiores, dotada de
cassetes para implementação de dosagem automática (Yamato 200 kg).
48
YAMATO 200 KG
Repetição da experiência anterior
em outro equipamento.
• Procedimento agregou mais valor
ao processo de lavagem, preparando
o equipamento para entrada de água
quente a partir da recuperação de
energia do condensado de vapor.
• Ganho ambiental, de produtividade
e redução da dependência energética
da Usiminas.
•
Desenvolvimento da capacidade
criativa da equipe diante de um desafio técnico e financeiro.
• Desenvolvimento dos conhecimentos acadêmicos e das habilidades
dos profissionais, capacitando-os
para tarefas mais elaboradas e fornecendo conhecimentos técnicos, até
então, restritos aos fabricantes dessa categoria de máquinas.
• Satisfação pelos resultados obtidos
e preocupação com a constante manutenção e melhoria dos processos.
• Aquisição de capacidade para enfrentar os momentos críticos mantendo sempre o espírito de equipe
(corresponsabilidade).
• Sentimento de agradecimento à
Unidade de Lavanderia pela confiança
depositada, reforçando os compromissos com ela.
“Para nós, ficou um sentimento sadio de orgulho,
típico dos vencedores que, diante dos desafios e
problemas técnicos encontrados durante a realização
destes trabalhos, os resolveram com sucesso.”
Francisco Afonso Linhares
Gerente de Manutenção e Equipamentos
MELHORIA DA EFICIÊNCIA
COM GANHOS DE
PRODUTIVIDADE DAS
SECADORAS DE ROUPAS
CICLO 2011
A medida implantada
consistiu na troca dos
motores de exaustão das
três secadoras de roupas
da lavanderia. A alteração
proporcionou um ganho
de dez minutos por ciclo
de secagem.
Ganho de
10 minutos por
ciclo de secagem
para roupas
100% algodão
A Unidade de Processamento de Roupas da Unidade I do Hospital Márcio
Cunha adquiriu mais agilidade e eficiência, com ganhos de produtividade,
a partir de uma sugestão apresentada pelos colaboradores Marcelo
Bouissou de Sousa, Francisco Afonso
Linhares, Jésus Pascoal da Silva, João
Dimas Gonçalves e Júlio César Gomes
Lima, das Gerências de Manutenção e
Processamento de Roupas.
No processo de lavanderia, o cliente
é, ao mesmo tempo, início e fim do
processo, que inclui ainda o recebimento e a classificação das roupas
sujas; lavagem, extração, secagem,
acabamento, armazenagem e, por
fim, distribuição da roupa limpa e
pronta para uso. Daí a importância de
garantir a funcionalidade dos equipamentos de cada fase, por meio de
ações constantes e coordenadas de
manutenção preventiva e corretiva.
Além disso, outra medida relevante é
a atualização da capacidade de produção de cada componente da linha,
de forma a absorver eventuais picos
ou aumento de demanda, sempre
com foco na melhor relação custo x
benefício.
Seguindo esta linha, a prática da
equipe da Manutenção consistiu na
modificação técnica dos motores
de exaustão das secadoras nOs 1,
2 e 3, marca Suzuki, modelo 350V.
Os antigos motores de um cavalo
e 1.750 RPM (Rotações Por Minuto)
foram substituídos por outros mais
potentes, com três cavalos e 3.500
RPM. Com isso, aumentou-se o fluxo
de ar de secagem que passa pela
serpentina a vapor, uma vez que
os motores mais potentes possibilitaram puxar mais ar quente para
as secadoras e eliminar a umidade com maior rapidez. Isso trouxe
49
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
vantagens em produtividade para a
área operacional, reduzindo gargalos
oriundos do aumento crescente de
demanda dos clientes pelos serviços
de lavanderia e eventuais paradas de
manutenção que reduzem momentaneamente a capacidade instalada.
Como resultado concreto, a alteração
proporcionou um ganho de 10 minutos por ciclo de secagem para roupas 100% algodão, o que represen-
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Ganhos de conhecimentos técnicos
nas áreas de processo e manutenção.
• Aumento da capacidade de inovação e trabalho em equipe das duas
unidades envolvidas.
• Superação de desafios, buscando
garantir o fornecimento de serviços
de lavanderia (rouparia hospitalar)
com foco nos clientes.
• Com este projeto, podemos afirmar
que houve o ganho (virtual) de uma
máquina secadora nova funcionando
12 horas por dia, a um custo equivalente a 2% em relação a uma nova
aquisição.
• Resposta rápida ao cenário de crescente aumento de demanda, sem
previsão, à época, de investimentos
na Unidade de Processamento de
Roupas, o que levaria certamente a
impactos negativos na área assistencial.
• Aplicações
•
Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção
Thiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção
50
ta, aproximadamente, um aumento
de 14 kg de roupa seca por hora.
A melhoria da eficiência com ganhos
de produtividade das secadoras de
roupas demandou investimentos
de R$ 2.190,00, valor bem inferior
ao custo de um novo equipamento
adquirido trabalhando 12 horas por
dia, o equivalente a R$ 25 mil.
diretas de conhecimentos adquiridos ao longo da vida laboral no ambiente hospitalar.
• Desenvolvimento da capacidade
criativa diante de um desafio técnico
e financeiro.
• Desenvolvimento das habilidades
dos profissionais de ambas as unidades, fugindo das tarefas rotineiras
e buscando melhoria contínua de
processo.
• Satisfação pelos resultados obtidos
e preocupação com a constante manutenção e melhoria dos processos
(foco no cliente).
• Agradecimento à instituição pela
confiança depositada e oportunidade de ampliar e desenvolver novas
habilidades.
Aumento de
14 kg de roupa seca
por hora
“A certeza de que
podemos fazer
mais e melhor,
correndo riscos com
responsabilidade,
desafiando nossos
limites.”
Marcelo Bouissou de
Sousa
Gerente de Logística
51
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
IMPERMEABILIZAÇÃO
DE PISOS DOS
APARTAMENTOS DA
UNIDADE II DO HMC
Em setembro de 2010, quando a
Unidade II do hospital passou a contar com 10 novos apartamentos, o
grupo se deparou com uma grande
tarefa: realizar as limpezas terminais desses apartamentos sem aumento de efetivo e dentro do prazo
estipulado. Na ocasião, o setor havia
pactuado como metas 16,33 minutos, para que o apartamento ficasse
disponível, aguardando o início da
limpeza, e 55 minutos, para a realização da limpeza, totalizando 71,33
minutos.
CICLO 2011
Implantada na área
de Higienização
Hospitalar, essa
técnica, além
de agilizar a
higienização dos
leitos, reduziu
os custos com a
limpeza e minimizou
o esforço dos
colaboradores
no exercício da
atividade.
52
Em toda grande empresa, o momento de crescer chega sempre acompanhado de um desafio: expandir os
serviços prestados mantendo a mesma qualidade e sem elevar custos.
No Hospital Márcio Cunha, a equipe
de Conservação e Limpeza já provou
que, no que depender dos colaboradores Ceninha de Jesus, Cleidiane
Lima, Crislan Oliveira Miranda, Danúbia Reis da Silva, Edmar de Paula Gomes, Kênia Regina dos Santos, Maria
Auxiliadora Bragança, Maria Barbosa Duarte, Rosineide Soares, Thiago
de Souza Pereira e Zeni Ferreira de
Amorim, essa máxima já faz parte
do dia a dia de bons resultados da
instituição.
Cleidiane Lima de Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza - Ceninha de Jesus Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza
Maria Barbosa Duarte Auxiliar de Conservação e Limpeza - Zeni Ferreria de Amorim Auxiliar de Conservação e Limpeza
Rosineide Soares (com o troféu) Auxiliar de Conservação e Limpeza - Kênia Regina dos Santos Maria Auxiliar de Conservação e Limpeza
Danúbia Reis da Silva Supervisora de Conservação e Limpeza - Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza
Crislan de Oliveira Miranda Supervisor de Conservação e Limpeza
O primeiro passo foi a incorporação
de rotinas já estabelecidas na Unidade I do HMC, como a utilização da ferramenta bloqueio de leitos do sistema hospitalar Hosix, e a mensuração
dos tempos gastos na Unidade II. Os
resultados obtidos a partir dessas
ações comprovaram que era preciso
fazer algo diferente. Os tempos estavam bem acima do pactuado, motivando a adoção de uma nova prática
que impactasse de forma corretiva
e direta a qualidade e o tempo das
atividades executadas.
A solução encontrada foi a impermeabilização de pisos dos apartamentos da Unidade II, uma ação bemsucedida já implantada em alguns
apartamentos da Unidade I do Hospital Márcio Cunha. A impermeabilização é um processo de tratamento do
piso com impermeabilizante acrílico,
que envolve remoção, aplique e queima do produto aplicado. Um processo demorado, que exigiu a interdição
do ambiente por no mínimo 24 horas. Em contrapartida, é duradouro,
sendo a manutenção do tratamento
do piso impermeabilizado mais fácil
e mais rápida, necessitando agora
apenas de água e detergente. Antes, no tratamento convencional com
cera de carnaúba, o procedimento
de remoção, aplique e lustro da cera
era preciso ser feito a cada alta de
paciente.
Os tempos obtidos mostram a diferença. Enquanto no período de
janeiro a maio foram feitas, em média, 844 limpezas terminais/mês nos
139 apartamentos da Unidade I (o
que representa 6,07 limpezas por
apartamento/mês), na Unidade II foram feitas, em média, 54 limpezas
terminais para 10 apartamentos,
dando uma média de 5,4 limpezas
por apartamento/mês. Vale lembrar
ainda que, como o bloco cirúrgico
do Hospital Márcio Cunha funciona
de segunda a sexta para realização
de cirurgias eletivas, a taxa de ocupação das unidades de internação é
maior durante a semana, o que gera
em certas ocasiões demanda reprimida por leitos em apartamentos.
A otimização dos
processos possibilitou o
aumento do número de
limpeza dos apartamentos
por mês
Rosemar Maria Martins Santos Auxiliar de Conservação e Limpeza
53
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Tempo / em minutos
DISPONÍVEL PARA
LIMPEZA
MÊS
Outubro/2010
LIMPEZA EM
ANDAMENTO
19
TOTAL
70
89
Novembro/2010
18
76
94
Dezembro/2010
13
70
83
Janeiro/2011
9
76
85
Em média, o tempo
para disponibilizar o
apartamento baixou de
19 para 13 minutos, e o
tempo de limpeza passou
de 70 para 60 minutos.
Número de limpezas/mês - 2010 - 2011
70
64
58
60
50
40
41
30
Fevereiro/2011
10
75
85
Março/2011
5
48
53
10
Abril/2011
10
46
56
0
Maio/2011
13
43
56
Junho/2011
8
38
46
55
54
52
36
34
20
26
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
Taxa de frequência ao trabalho - 2010 - 2011
Unidade de Higienização
Danúbia Reis da Silva
Supervisora de Conservação e
Limpeza
NÚMERO DE ALTAS - HMC II
99,00
80
58
60
40
98,00
84
100
26
34
36
41
64
52
54
55
64
71
97,00
96,00
95,02
94,00
0
93,00
FEV
2011
MAR ABR MAI JUN
2011 2011 2011 2011
JUL AGO SET
2011 2011 2011
93,70
92,00
91,00
OUT
Os trabalhos foram iniciados em fevereiro de 2011, com a compra de
uma enceradeira de alta velocidade
e o treinamento de técnicas corretas
na aplicação e uso do equipamento,
ministrado por dois supervisores
do próprio hospital. A impermeabilização foi concluída três meses
depois e, embora pareça um longo
tempo, diversos contratempos surgiram nesse período e exigiram grande esforço da equipe para cumprir
o prazo. Entre eles, o aumento na
demanda por apartamentos e o au54
97,30
96,87
97,72
97,16
95,00
20
OUT NOV DEZ JAN
2010 2010 2010 2011
97,76
97,63
mento no absenteísmo da equipe de
Higienização e Limpeza, provocado
por um surto de conjuntivite entre
os colaboradores.
Ao relacionarmos os dois gráficos a
seguir, observamos que mesmo com
o aumento no número de limpezas/
mês e com o alto absenteísmo, a
equipe conseguiu reduzir os tempos
gastos nas limpezas terminais. O valor atingido a partir do mês de março foi menor que o pactuado para o
ano de 2011, que é de 50 minutos
"Com esta prática,
aprendemos que a
discussão em equipe, a
busca por alternativas e
os acordos com nossos
clientes e fornecedores
internos podem permitir
melhorias importantes
nos nossos processos,
sem aumento de custos.”
para limpeza em andamento, possibilitando valores ainda menores para
os próximos anos. O tempo em que
o apartamento ficou disponível para
limpeza teve um discreto aumento
em maio, atingindo 13 minutos, acima dos 10 minutos pactuados. Contudo, quando somados os tempos
disponíveis para limpeza e limpeza
em andamento, chegou-se ao cumprimento da meta pactuada de 60
minutos no total, como mostram a
tabela e o gráfico acima.
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
RESULTADOS OBTIDOS
•
•
•
•
•
Redução do tempo gasto nas limpezas dos apartamentos.
Maior otimização e praticidade no trabalho das equipes.
Eliminação da necessidade de remover, aplicar e lustrar a cera a cada limpeza terminal.
Economia de água, energia elétrica e produtos de limpeza.
Diminuição do esforço físico das colaboradoras, minimizando fadiga.
55
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
TABELA 1
PROCESSO ANTERIOR A 2010
RESPONSÁVEIS
1a etapa
Elaboração das peças orçamentárias
Responsáveis pelos centros de custos
2 etapa
Revisão das peças recebidas
Planejamento e controle
3a etapa
Discussão com os responsáveis
Planejamento e controle / Áreas responsáveis
4 etapa
Análise para aprovação
5a etapa
Retorno das peças orçamentárias com sugestões
e determinações
Planejamento e controle
6a etapa
Ajuste das sugestões
Planejamento e controle / Áreas responsáveis
7 etapa
Análise final para aprovação
8a etapa
Conclusão das peças orçamentárias
9a etapa
Elaboração do orçamento geral e projeção dos
demonstrativos contábeis
10a etapa
Controles orçamentários
11 etapa
Reporte das variações
a
IMPLEMENTAÇÃO DE
NOVA METODOLOGIA
ORÇAMENTÁRIA
a
a
a
CICLO 2011
Implantada na área Administrativa, a prática tem como
principal objetivo alinhar o orçamento à estratégia
da organização, além de centralizar, na Unidade de
Planejamento e Controle, a estimativa de contas
matriciais. A iniciativa ampliou a margem de acerto
entre o que foi orçado e o que foi realizado.
Eudes Marcone Marçal Mariano Assistente de Planejamento e Controle - Carolina Cirele Vieira da Cunha Gerente de Planejamento e Controle - André
Luiz Nani Ribeiro Gerente de Negócios e Resultados - José Márcio Araújo Analista Financeiro de Planejamento e Controle - Michele Aparecida
Campos de Paula Assistente de Planejamento e Controle – Thiago Lucas Novais Caldeira Analista Financeiro de Planejamento e Controle
56
Planejamento e controle
Em 2010, com as diretrizes estratégicas da nova Diretoria Executiva e investimentos em otimização de processos e
capacitação de pessoas, a equipe participou de treinamento com o prof. Dr. Clóvis Luís Padoveze, especialista em Orçamento Empresarial, cujo tema foi “Novas técnicas de Planejamento Orçamentário”. A partir desse pontapé inicial, a nova
metodologia foi implantada e adequada à situação atual da FSFX, seguindo as seguintes etapas:
O trabalho aplicado pela Gerência de
Planejamento e Controle mostrou
sua capacidade de transformar a
disseminação de conhecimentos em
equipe e a aposta nas competências
individuais em uma cultura de bons
resultados. Comandado pelos colaboradores André Luiz Nani Ribeiro,
Carolina Cirele Vieira da Cunha, Eudes
Marcone, José Márcio Araújo, Michele Aparecida Campos e Thiago Lucas
Novais Caldeira, as diversas ações
implantadas para a melhor elaboração, acompanhamento e controle do
Planejamento Financeiro Plurianual
da FSFX aplicaram à realidade da
instituição o que há de melhor no
mercado.
TABELA 2
Até o início da década, o processo de
Planejamento Financeiro da FSFX era
realizado seguindo o cronograma da
tabela abaixo, sem nenhuma vinculação com o Planejamento Estratégico
ocorrido anualmente.
PROCESSO POSTERIOR A 2010
RESPONSÁVEIS
1a etapa
Estabelecimento da missão e objetivos corporativos
Diretoria
2a etapa
Análise do ambiente
3 etapa
Construção dos cenários
4 etapa
Estabelecimento do fator limitante (volume de
vendas/produção)
5a etapa
Definição das premissas orçamentárias gerais
6a etapa
Definição das premissas específicas
(despesas, etc.)
7a etapa
Preparação das peças orçamentárias
8 etapa
Aprovação inicial
a
a
a
9 etapa
Remessa aos responsáveis
10a etapa
Retorno das peças orçamentárias com as
sugestões dos responsáveis
11a etapa
Revisão dos orçamentos recebidos
12a etapa
Ajuste das sugestões
13a etapa
Conclusão das peças orçamentárias
14 etapa
Elaboração do orçamento geral e projeção dos
demonstrativos contábeis
15a etapa
Controles orçamentários
16a etapa
Reporte das variações
a
a
Grupo corporativo (cenários)
Grupo corporativo / Planejamento e controle
Planejamento e controle
Áreas responsáveis pelos centros de custos
Planejamento e controle
Planejamento e controle / Áreas responsáveis
57
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
• REDUÇÃO NO TEMPO GASTO
PELOS GESTORES DE CENTROS
DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO E
VALIDAÇÃO DO ORÇAMENTO
A preparação das peças orçamentárias, que antes eram feitas pelos
gestores dos centros de custos (vide
tabela 1 – 1a à 8a etapa), passa a
ser realizada pela equipe da Unidade
de Planejamento e Controle (tabela 2
– etapas 7, 8 e 9). Com a alteração,
os gestores de centros de custos
ficaram responsáveis apenas pela
validação do orçamento, e não mais
por toda a elaboração, sem deixar
de sugerir alterações necessárias,
posteriormente avaliadas e aplicadas
pelo Planejamento e Controle.
Com a implantação da nova metodologia orçamentária, foram alcançadas
diversas melhorias, tais como:
• ALINHAMENTO DO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DA FSFX COM O PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
(1a à 4a etapa – Tabela 2)
Possibilitou que todo o processo de
Planejamento Financeiro tivesse o
mesmo objetivo final predefinido no
58
Planejamento Estratégico. A proposta
preparada pela Unidade de Planejamento e Controle consistiu na criação
de um Formulário de Investimentos e
Ações Essenciais, cujo intuito principal é proporcionar à FSFX a mensuração e a análise prévia dos objetivos e estratégias priorizados pelos
gestores. Cada gestor, por sua vez,
elaborou junto a sua equipe diversos
formulários, alinhando os seguintes
planos aos objetivos da instituição:
• Plano Diretor de Obras (PDO).
• Plano de Melhorias de Instalações.
• Plano de Máquinas e Equipamentos.
• Plano de Móveis e Utensílios.
• Plano de Informática.
• Plano de Marketing e Comunicação Social.
• Plano de Viagens e Treinamentos.
• Plano de RH.
• Plano de Novas Atividades e/ou Serviços.
Obs.: Para o Planejamento Orçamentário 2011-2015, foram elaborados
ao todo, pelos gestores da FSFX,
aproximadamente 900 formulários.
Numa situação hipotética, por exemplo, em que o gestor avalia um custo
novo e não previsto no orçamento
para o próximo ano, cabe à equipe
especializada avaliar a implantação
desse contrato, o período de vigência, seus impactos e, assim, aplicar o
reajuste no orçamento.
A alteração gerou redução em torno
de 70% no tempo gasto na elaboração e validação do orçamento, permitindo aos gestores utilizarem suas
horas de trabalho na execução de
atividades específicas de suas áreas.
• MAIOR ÍNDICE DE
ASSERTIVIDADE DO ORÇAMENTO
• REDUÇÃO NO CUSTO COM
MANUTENÇÃO DE SISTEMA
Capacitada com maior conhecimento
didático e prático de elaboração de
planejamentos financeiros, a equipe
de Planejamento e Controle passou a
utilizar parâmetros assertivos baseados em premissas financeiras institucionais e de mercado (Premissas
Macroeconômicas Usiminas e Indicadores Produtivos Setoriais), aumentando o índice de assertividade.
Com a implantação da nova metodologia, foi preciso criar um módulo
sistematizado de orçamento, dentro
do sistema próprio (Sistema de Custos), com intuito de atender às especificidades da FSFX. Dessa forma,
o módulo orçamentário do sistema
MXM – que servia de base para alimentação dos dados do orçamento
anterior a 2010 – foi cancelado, gerando redução de custo anual de R$
4.581,00.
As variações orçamentárias nos últimos anos, de todas as contas de
despesas da FSFX, na imagem abaixo
mostram os gastos excedentes em
relação aos valores orçados entre
2007 e 2009. Já em 2010, a variação
foi positiva (gasto menor que o orçado), em razão das fortes ações para
redução de custos propostas pela
Diretoria Executiva. Em 2011, após
a implantação da nova metodologia
e mesmo considerando algumas reduções de custos já realizadas em
2010, o orçamento também fechou
de forma positiva.
ÍNDICE DE ASSERTIVIDADE
VARIAÇÃO ORÇAMENTO X
CUSTO TOTAL
2007
-5,95%
2008
-9,00%
2009
-6,95%
2010
5,58%
2011
(acumulado/
até agosto)
3,18%
• MELHOR ACOMPANHAMENTO E
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES
A facilidade no acesso aos diversos
relatórios no sistema implantado foi
outro importante diferencial para
melhoria no acompanhamento e análise das variações, feito em conjunto
entre a Gerência de Planejamento e
Controle e as diversas áreas da instituição. Com a melhoria foi possível
dar subsídio para pactuação de indicadores junto às superintendências.
Entre eles, indicadores de custos
das diversas áreas produtivas x indicador de orçamento, indicador de
resultado orçado x realizado, resultado operacional das unidades e o
seu desdobramento entre as outras
unidades produtivas.
59
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
• MAIOR SATISFAÇÃO DOS
GESTORES NA MELHORIA DO
PROCESSO
Ao consolidar as melhorias citadas
anteriormente, a alteração no processo trouxe também alto nível de
satisfação dos gestores. Isso por
conta da redução do tempo gasto na
elaboração do orçamento, do maior
índice de assertividade das contas
orçadas, da melhoria no sistema de
orçamento com a implantação do
módulo próprio, da maior facilidade
no acesso ao histórico das informações. Tais benefícios promovem ainda
o entendimento e envolvimento dos
gestores no processo de Planejamento Estratégico e Financeiro como
um todo.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
A comprovação de todos esses resultados veio da pesquisa de satisfação realizada em todas as unidades de negócio e gerências da FSFX, com participação
de representantes de 39% dos centros de custos ativos.
4%
45%
% de Satisfação
Consolidado
N0 de questionários
enviados
Menor Índice de
Assertividade
Insatisfação
dos Gestores
60
SATISFEITO
N0 de questionários
respondidos
62
29
LIÇÕES APRENDIDAS
DEPOIS
Morosidade
do Processo
51%
CICLO 2011
MUITO
SATISFEITO
RESULTADOS OBTIDOS
ANTES
NEM SATISFEITO
NEM INSATISFEITO
QUEBRA DE PARADIGMAS
NA CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS DA FSFX
Integração
Maior Índice de
Assertividade
Padronização
Controle
Nem sempre a descentralização
dos processos de gestão financeira
é o melhor caminho.
• Devemos tomar como hábito a
revisão contínua dos processos de
nossas unidades, com o intuito de
otimizar custos e tempo.
• É possível quebrar paradigmas.
•
O trabalho demonstrou a
efetivação da quebra de
paradigmas na contratação
de serviços da FSFX, por
meio da ruptura dos
modelos de contratação
até então realizados,
possibilitando maximizar
recursos da instituição
e otimizar resultados
com racionalização dos
custos e aumento da
competitividade.
“O todo só é perfeito se as partes
o forem.” A frase de autor desconhecido tornou-se para a equipe de
Gerência de Contratos a maior motivação e, ao mesmo tempo, o maior
desafio frente a esse trabalho. Conquistar resultados inéditos com a
aplicação de uma nova metodologia a
partir da adesão de todas as unidades da FSFX. Uma tarefa que as colaboradoras do setor encararam com
a certeza de resultados promissores.
Até o início desta década, as diretrizes de compras de serviços da FSFX
eram de contratações pelo processo de negociação direta, realizadas
pelas próprias unidades usuárias. A
formalização do contrato, na maioria
dos casos, era realizada simplesmente para regularização, pois muitas vezes os serviços já haviam sido
iniciados ou concluídos. Em 2010,
devido ao grande volume de compra
de serviços de obras na FSFX, a Gerência de Contratos, com o apoio da
Gerência de Infraestrutura, passou a
realizar os processos dessas contratações pela modalidade de licitação.
Logo no primeiro processo realizado
nesta modalidade, os primeiros resultados. Percebeu-se que o valor da
maior proposta obtida estava 32%
superior à menor proposta. E que as
negociações realizadas com o fornecedor que apresentou a menor proposta resultaram em um ganho de
5% (saving).
A partir dessa experiência, a Gerência
de Contratos passou a acompanhar
sistematicamente os resultados das
negociações realizadas pelo processo
de licitação. Com um novo saving de
3% obtido no 1o trimestre, a equipe
definiu este valor como meta a ser
alcançada neste indicador. As apresentações dos indicadores ganharam
61
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ainda destaque na Oficina de Líderes4, sensibilizando outras unidades
de negócio da instituição quanto à
importância da realização de licitação
nos processos de compra de serviços para a sustentabilidade da FSFX.
Nesse período, vale ressaltar outro
fator fundamental para a constante
evolução dos resultados a cada trimestre: a capacitação da equipe de
contratos. As colaboradoras realizaram cursos de capacitação em negociação e autodesenvolvimento em
formatação de preços, composição
dos custos com encargos sociais e
trabalhistas, MBA em Gestão Financeira/Controladoria e Gerenciamento
de Projetos Industriais.
Com o desafio de aliar custos a benefícios, ou seja, garantir menor
preço sem comprometer a qualidade
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
dos serviços, foram realizadas as seguintes ações preventivas:
Divisão da carteira de contratos
dos colaboradores com agrupamento por categoria de serviços,
proporcionando a sua especialização e a visualização de oportunidades de redução de custos.
•
Realização da análise individualizada das propostas apresentadas pelas empresas licitantes,
sendo primeiramente realizada a
análise das propostas técnicas
pelo responsável técnico e, posteriormente, a análise das propostas comerciais das empresas
consideradas qualificadas para
os serviços em questão.
•
Desenvolvimento de fornecedores, com regras claras para que
•
eles tenham melhores condições
de atender aos níveis de serviços esperados e, posteriormente, a realização da avaliação do
desempenho dos serviços prestados.
Mudança das diretrizes de
apresentação de propostas estabelecidas na carta-convite, com
exigência da abertura dos itens
considerados no preço proposto
e seus respectivos custos, inclusive da composição do BDI (Bônus e Dispêndios Indiretos) e dos
percentuais de encargos sociais
e trabalhistas envolvidos, propiciando assim uma análise mais
aprofundada dos custos reais
dos serviços, a minimização do
risco de superfaturamento por
parte do fornecedor e as oportunidades para a redução do preço
final.
•
Patrícia Gomes Miranda Analista de Contratos
Aline Vieira Gonçalves Badaró Moreira Analista de Contratos
As ações realizadas possibilitaram à FSFX os seguintes resultados de contratação em 2010:
VARIAÇÃO
MAIOR
PROPOSTA X
VALOR
NEGOCIADO
(%)
MAIOR
PROPOSTA
MENOR
PROPOSTA
VALOR
NEGOCIADO
MAIOR
VARIAÇÃO
RESULTADO
PROPOSTA
NEGOCIAÇÃO
NEGOCIAÇÃO
(-) VALOR
(%)
NEGOCIADO
10 TRIMESTRE
785.933,42
345.718,14
335.495,17
10.222,97
3%
450.438,25
57%
20 TRIMESTRE
2.424.112,90
1.964.736,98 1.870.772,75
93.964,23
5%
553.340,15
23%
30 TRIMESTRE
1.383.872,89
1.081.069,76 1.052.221,32
28.848,44
3%
331.651,57
24%
40 TRIMESTRE
8.730,16
5.169,08
288,98
3%
8.730,16
39%
ANO
4.602.649,37
3.397.143,96 3.263.819,34
133.324,62
4%
1.344.160,13
29%
Em 2011, com a nova formulação do
Planejamento Estratégico da FSFX e
o estabelecimento do Pacto de Resultados, a Gerência de Contratos
pactuou com a Diretoria Executiva
da FSFX a meta mínima de 4% para
os resultados de saving nas contratações realizadas pelos processos
de licitação. O índice, com base no
resultado alcançado no ano anterior,
considera a variação entre o valor
negociado e o valor da menor proposta obtida das empresas participantes do processo.
A Gerência de Contratos passou também a mensurar os ganhos de negociação nas contratações realizadas
na modalidade de negociação direta,
reduzindo custos das contratações
de serviços essenciais à sua operacionalização, e a negociar os custos
5.330,10
dos contratos continuados em vigor,
no ato da sua repactuação, evitando
assim que os índices de inflação os
alcançassem.
Os resultados alcançados com as
práticas citadas, aos poucos, direcionavam a empresa para uma
mudança radical das diretrizes de
contratação, com critérios para as
modalidades de contratação por licitação e negociação direta, além
de centralizar os processos de negociações na Gerência de Contratos.
Um caminho com sinal verde, dado
o apoio imprescindível da Diretoria
Executiva, de outras gerências e das
unidades de compras de materiais
da FSFX, baseado nas diretrizes da
Usiminas. O trabalho gerou a elaboração da Norma Administrativa
- 03/2011, que visa estabelecer as
novas diretrizes de suprimentos da
FSFX, aprovada, implantada e divulgada em 14/07/2011.
O quadro a seguir demonstra as
mudanças ocorridas nos processos
de contratação de serviços da FSFX,
com a implantação das novas diretrizes estabelecidas:
As negociações
realizadas com
fornecedores
resultaram em um
ganho de até 5%
4 As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração das unidades de negócio e no aprendizado organizacional.
62
63
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DIRETRIZES ANTERIORES
DIRETRIZES ATUAIS
Seleção e pré-qualificação do fornecedor,
realizadas pela unidade usuária
Seleção e pré-qualificação do fornecedor, realizadas pela Gerência
de Contratos com base em aspectos legais, técnicos e financeiros,
com exigência de documentos comprobatórios, observada a sua
validade
Processos de aquisição de serviços realizados diretamente pela unidade usuária,
sem critérios estabelecidos, com envio de
solicitação para formalização do contrato à
Gerência de Contratos
Processos de aquisição de serviços são realizados pela Gerência de
Contratos. As contratações de serviços de manutenção predial com
valor previamente limitado, credenciamento e compras com fundo
rotativo podem ser realizadas pela unidade usuária, mediante as
diretrizes da Norma Administrativa - 03/2011
Aquisição sem formalização de contratos
ou autorização do usuário para início dos
serviços antes da formalização do contrato
Serviços adquiridos somente por documento contratual com vigência no período de sua execução, exceto nos casos em que o serviço
adquirido possa causar prejuízo para o processo produtivo na unidade usuária, mediante autorização da Diretoria Executiva
Definição da modalidade de contratação
realizada pela unidade usuária (licitação/
negociação direta)
Obrigatoriedade de realização do processo de concorrência/
licitação para compras de serviços, com estabelecimento de
critérios para sua dispensa
Estabelecimento de quantidade mínima de propostas em função do
valor total da aquisição ou valor estimado
Estabelecimento de critérios para realização de mais 1 (uma) compra
com base em concorrências anteriores
Solicitação de contratação realizada somente pela unidade usuária
Criação de unidades centralizadoras para solicitação e gestão de
contratos, conforme a categoria de serviços
Previsão orçamentária facultativa para
aquisição de serviços
Aquisição de serviços com limitações orçamentárias da unidade
usuária
Hierarquia de aprovações de documentos
de compras engessada
Estabelecimento de hierarquia de aprovações de compra
favorecendo a agilidade dos processos e o fortalecimento das
autonomias gerenciais
Falta de padronização das consultas realizadas pelos usuários aos fornecedores
Formalização e padronização de consultas aos fornecedores, pela
Gerência de Contratos
Propostas técnicas e comerciais solicitadas, recebidas e negociadas diretamente
pelas unidades usuárias
As propostas técnicas e comerciais são recebidas pela Gerência
de Contratos, devidamente formalizadas, por meios físicos ou
eletrônicos
Avaliação e negociação das propostas comerciais realizadas pela
Gerência de Contratos, com apoio da unidade gestora
Indicadores de desempenho dos fornecedores não estabelecidos em contratos
(SLA)
Indicadores de desempenho dos fornecedores (SLA) estabelecidos
em contrato, com previsão de penalidades para o não cumprimento
Contratos continuados com prazos indeterminados ou renovação automática ou por
meio de aditamento anual
Contratos continuados com vigência máxima de 2 (dois) anos, exceto
nos casos de ocorrência de investimento específico para os serviços
por parte do fornecedor
Estes contratos são licitados 90 (noventa) dias antes do seu encerramento, exceto nos casos de dispensa previstos na Norma Administrativa - 03/2011
Alteração das condições contratuais negociadas e autorizadas pela unidade usuária,
inclusive condições comerciais, sem a
formalização de aditivos contratuais
Alterações comerciais negociadas pela Gerência de Contratos
Alterações das condições contratuais autorizadas somente após a
formalização de aditivos
Tanto para os contratos continuados quanto para os não continuados, não é permitido o aditamento visando a alteração do objeto
Para os contratos não continuados, obra certa ou serviços que não
são considerados de natureza continuada, somente é permitida a
emissão de 1 (um) único aditamento, referente à prorrogação de
prazo de vigência, exceto nos casos de reajuste previsto no próprio
contrato
Para os casos de exceções aos
princípios e critérios da Norma Administrativa - 03/2011, principalmente aqueles que possam trazer
prejuízo ou comprometer a eficiência
64
da operacionalização dos processos
da unidade usuária, a Gerência de
Contratos implantou o formulário
“Justificativa de Contratação/Pedido
de Exceção à Norma Administrativa
– 03/2011”. Por meio dele, a unidade
solicitante poderá justificar a necessidade da exceção e submetê-la à
aprovação da Diretoria Executiva.
RESULTADOS OBTIDOS
• Capacitação e motivação da equipe.
• Otimização e padronização dos
processos de contratação (Norma
Administrativa - 03).
• Maior interação entre a Gerência de
Contratos e as demais unidades da
FSFX.
• Transparência dos processos de
contratação, com tratamento de
igualdade a todas as empresas participantes.
• Melhoria do nível de serviços contratados, com a pré-qualificação e
desenvolvimento dos fornecedores.
• Melhoria da imagem da instituição
perante os fornecedores.
• Aporte nos resultados financeiros
da FSFX, permitindo uma alavancagem dos seus negócios e favorecendo o aumento da sua competitividade.
• Contribuição com o fluxo de caixa
da FSFX.
• Aderência dos processos de contratação ao Planejamento Estratégico
da FSFX.
• Redução dos custos de contratação/saving.
LIÇÕES APRENDIDAS
Maior conhecimento dos custos
envolvidos na prestação de serviços.
• Conciliação entre condições técnicas e oportunidades de redução dos
preços contratados.
• Desenvolvimento das técnicas de
negociação.
• Capacitação da equipe.
• Satisfação em realizar um trabalho que trouxe benefícios a todos os
envolvidos e à instituição como um
todo.
• Reconhecimento de que as metas e
objetivos são fatores essenciais para
o sucesso da unidade.
• A quebra de paradigmas não deve
ser imposta e sim construída com a
participação de todos os envolvidos.
• Percepção de que o trabalho executado na unidade contribui para os
resultados da FSFX.
•
A resistência natural das unidades
às mudanças propostas.
• Dificuldades em realizar a mudança
da cultura e dos valores consolidados com as diretrizes anteriores.
• Insegurança das unidades envolvidas em transferir as atividades, antes realizadas por elas, para outra
unidade.
• A dificuldade de conscientização/
sensibilização das demais unidades
da FSFX quanto aos ganhos na mudança dos processos.
•
Meta
12,0%
11,04%
10,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
DIFICULDADES
ENCONTRADAS
DURANTE A
MUDANÇA DOS
PROCESSOS
9,63%
7,85%
9,71%
Resultado
7,65%
4,0%
4,0%
4,0%
10 trimestre
20 trimestre
30 trimestre
4,0%
4,0%
0,0%
40 trimestre
Acumulado
Saving 2011 (acumulado)
%
Em R$
Menor Proposta X Valor Negociado
9,71%
1.384.751,57
Valor Orçado X Valor Negociado
13,49%
2.006.652,21
65
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS
ANÁLISE DO CONTRATO
PARA COLETA, TRANSPORTE
E DESTINAÇÃO FINAL DE
RESÍDUOS DO GRUPO D
do Hospital Márcio Cunha1. Para isso,
contudo, foi preciso executar um
estudo sobre as partes integrantes
do contrato – aluguel de caçambas
compactadoras; preço por tonelada
de resíduo destinado ao aterro; e
preço por viagem – levantando possíveis pontos de melhoria e redução
de custos.
O primeiro percalço estava no monopólio existente no mercado regional,
com a impossibilidade de substituição do fornecedor. Mensalmente, o
HMC encaminha cerca de 70 toneladas à Central de Resíduos do Vale do
Aço, administrada pela única empresa autorizada a recolher esse tipo de
resíduo em um raio de aproximada-
mente 200 km. Situação que torna
a negociação de preços praticamente
impossível.
A aquisição de caçambas compactadoras, em substituição ao aluguel,
também foi cogitada, porém logo
descartada devido ao alto custo de
manutenção e reposição de peças
– hoje de responsabilidade da contratada – e à inviabilidade econômica. Reduzir o volume de resíduos
(ver gráfico e tabela 2), outro ponto
de melhoria levantado, já é realizado pela FSFX, por meio do trabalho
de coleta seletiva. Só em 2011, 75
toneladas de plásticos e papel deixaram de ir para o aterro sanitário,
seguindo o caminho da reciclagem.
transporte de materiais entre o HMC
e a Central de Resíduos, que correspondia a aproximadamente 54% do
preço da fatura. Para isso, a ação
prática foi o aluguel de mais uma caçamba de lixo para o hospital. Assim,
em vez de o caminhão de transporte
de resíduos realizar quatro viagens,
entre recolher a caçamba cheia,
descarregar na Central, devolver a
caçamba e retornar à empresa, com
a prática, agora são realizadas apenas duas. Isso porque não há mais
a necessidade imediata de trazer a
caçamba vazia ao HMC, e sim no dia
seguinte, trocando-a pela caçamba
cheia e retomando toda a logística
novamente.
Apesar do gasto a mais de R$ 1.092,70
com o aluguel, a diminuição do número de viagens reduziu o gasto
com transporte pela metade. O custo
total mensal de coleta, transporte e
destinação final de resíduos passou
de R$ 6.695,00 para R$ 3.347,50,
uma redução de 50%. Mesmo com
o aluguel da caçamba, a economia
chegou a 20%, com cerca de R$
27.000,00 por ano.
Com a mudança na
logística, foi possível
uma economia anual
de R$ 27 mil
CICLO 2012
A diminuição do número
de viagens do transporte
de materiais entre o HMC
e a Central de Resíduos
foi possível com o aluguel
de mais uma caçamba
de lixo para o hospital
e, em especial, a revisão
de rotas para coleta
do resíduo. A prática
possibilitou a redução
de 20% no custo final
de coleta, transporte e
destinação de resíduos
hospitalares.
Colaboradores da Gerência de Higienização e Transporte: trabalho coletivo com foco em resultados
Desenvolvida pelos colaboradores Thiago de Souza Pereira, Alan Lage da Silveira,
Inês Alves dos Santos, Crislan Oliveira Miranda, Sebastião Menezes Teixeira, Danúbia Reis da Silva, Renata Angélica Vaz Batista Ramos e Renata Pereira Guerra,
da Gerência de Higienização e Transporte, a prática alcançou grande resultado
nos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares
A oportunidade vislumbrada estava
em reduzir o percurso e, consequentemente, o custo de viagens no
Com a disponibilização da nova caçamba, a partir de janeiro de 2012,
os valores cobrados foram revistos
no contrato em vigor, demonstrados
no gráfico e na tabela 1.
A coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares, mesmo para aqueles considerados como do grupo D (Domiciliares), seguem exigências legais,
conforme RDC 306/2004 da ANVISA e CONAMA 358/2005.
1
66
67
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
GRÁFICO E TABELA 1 – CUSTO EM REAL COM COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
DO GRUPO D – HMC I E II.
GRÁFICO E TABELA 2 - VOLUME DE RESÍDUOS DO GRUPO D ENCAMINHADOS AO ATERRO SANITÁRIO, EM
TONELADAS (t).
R$
TONELADAS
16.000,00
90,0
14.000,00
80,0
12.000,00
70,0
10.000,00
60,0
8.000,00
50,0
6.000,00
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
2012
Valor R$
Tendência
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
2012
2012
Volume em t
Tendência
2012
MÊS
TONELADAS
MÊS
R$
SET/11
61,2
SET/11
12.294,24
OUT/11
64,6
OUT/11
12.741,45
NOV/11
62,0
NOV/11
8.865,98
DEZ/11
64,7
DEZ/11
9.528,28
JAN/12
62,1
JAN/12
10.831,50
FEV/12
55,2
FEV/12
10.186,19
MAR/12
67,7
MAR/12
11.321,12
ABR/12
60,6
ABR/12
10.627,83
MAI/12
65,9
MAI/12
11.074,80
JUN/12
63,2
JUN/12
10.915,41
JUL/12
68,9
JUL/12
11.251,36
Obs.: Houve reajuste anual de 6,17% a partir de jan/12, conforme contrato. Em novembro
e dezembro não foi cobrado o aluguel da terceira caçamba.
LIÇÕES APRENDIDAS
A prática ressaltou a importância da análise detalhada de dados, da discussão em grupo e da disponibilidade para
revisão constante dos processos, levando a ganhos sem perda de qualidade dos serviços, mesmo em situações
adversas.
68
69
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Mensuração de
Resultados de Campanhas
A Comunicação hoje desempenha um papel de grande
importância na Fundação São Francisco Xavier. Ela está
conectada com os diferentes setores e negócios da instituição, desempenhando um papel estratégico em cada
um, apoiando diretamente na conquista de indicadores e
resultados. A partir da reflexão dos profissionais Érica Pascoal Fernandes, Cintia Caroline dos Santos Oliveira Cupelo,
Marcos Rodrigues da Silva, Érika Silva Alvarenga Brito e
Fernando França Mendanha, a Assessoria de Comunicação
buscou ir além, ao avaliar formas possíveis de mensurar e
mostrar os resultados tangíveis das campanhas de comunicação que realiza.
Questão muito abordada nos dias atuais por profissionais
da área de diversas empresas, não somente da área da
saúde e educação, a proposta da prática Mensuração de
Resultados das Campanhas de Comunicação é avaliar os
retornos obtidos por meio das ações voltadas ao público
externo, no intuito de alcançar uma gestão completa da
Comunicação, que envolve planejamento, execução e controle de resultados.
Permite ainda a busca contínua de melhorias dos processos e a possibilidade de rever e corrigir ações, gerar conhecimento e permitir que as atividades da Assessoria
sejam cada vez mais estratégicas. A partir dessa prática,
é possível construir um planejamento de campanha de Comunicação mais embasado, sabendo a eficácia do caminho
traçado e sendo possível avaliar se os caminhos estão
corretos ou não.
CICLO 2013/2014
Ao avaliar os retornos obtidos para a Fundação por meio das campanhas publicitárias,
é possível colocar em prática uma gestão completa da Comunicação, que envolve
planejamento, execução e controle de resultados. Isso possibilita medir o aumento da
procura pelos serviços da instituição e verificar quais as mídias mais eficazes.
Permite que a mensuração
torne-se uma ferramenta
estratégica de Comunicação,
prevenindo erros e gerando
conhecimento e resultados
efetivos
Metodologia
Esta prática consiste em algumas etapas:
• Primeiro é identificada a necessidade de um setor/negócio específico da Fundação São Francisco Xavier.
• Depois é feita a integração deste setor com a
Assessoria de Comunicação para dar início ao
Planejamento Estratégico de Comunicação, com
o intuito de atender a demanda apresentada.
• Com foco no planejamento e nas metas estipuladas, é feita a execução do projeto de Comunicação e a estruturação da campanha.
• Durante e após a execução, é realizada a Mensuração de Resultados, que é a medida de controle posta em prática para verificar a frequência e a consistência das ações executadas.
Integrantes: Marcos Rodrigues,
Érika Silva Alvarenga Brito, Érica
Pascoal Fernandes, Cintia Caroline
dos Santos Oliveira Cupello e
Fernando França Mendanha
70
• Com os resultados em mãos após a mensuração, é reavaliada a ação para perceber a eficácia
da ação, como transcorreu o processo e quais
pontos que devem ser corrigidos.
Assim que o planejamento da campanha é finalizado,
com a definição do período em que ela irá acontecer e
das ações que serão realizadas, a equipe da Assessoria de Comunicação entra em contato com o setor responsável pela campanha, para indicar as datas em que
o levantamento de dados deverá ser feito. No caso da
Usisaúde, por exemplo, o SOC (Serviço de Orientação ao
Cliente) encaminha ao setor Comercial todos os contatos recebidos pela área e a partir daí são contabilizados
os quantitativos de cada mês. Para o Colégio, a equipe
da secretaria realiza uma mini-pesquisa orientada pela
equipe de Comunicação, aplicada em todos os contatos
recebidos por telefone ou presencialmente no CSFX.
Além desse valor quantitativo, também é avaliado por
qual meio a pessoa ficou sabendo sobre o plano de
saúde, sobre o colégio ou o período de matrículas etc
(ex.: outdoor, comercial de rádio, panfleto, internet...).
Dessa forma, é possível avaliar quais veículos foram
mais impactantes e trouxeram maior resultado.
71
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
RESULTADOS OBTIDOS
Campanha Institucional Usisaúde
Campanha Usisaúde PME
Objetivo: Agregar valor à imagem da instituição e atrelar o nome da Usisaúde ao HMC, em especial às novas instalações
do local
Objetivo: Apresentar ao mercado as novas configurações de planos de saúde empresariais comercializadas
pela Usisaúde
Objetivo Secundário: Se o objetivo geral for atingido, espera-se aumentar o número de vidas da carteira Usisaúde
Objetivo Secundário: Se o objetivo geral for atingido, espera-se aumentar o número de vidas da carteira Usisaúde
Ações utilizadas: Veiculação em rádio e outdoor, distribuição de folders e anúncios em jornais e revistas
Período: 25/3/13 a 25/4/13
Resultados: Percebeu-se o aumento significativo de contatos recebidos no período da campanha e o retorno
ainda nos meses seguintes
72
Ações utilizadas: Veiculação em rádio, outdoor e TV, anúncio em revista
Período: 12/8/13 a 25/8/13
Resultados:
• Em junho e julho existe um histórico de números altos de contatos, devido à Pesquisa de Satisfação Usisaúde, que é
realizada nesse período e aos reajustes dos planos, que geram muitas dúvidas e contatos diretos dos beneficiários
• Percebeu-se que a campanha de agosto, mesmo não tendo o objetivo direto de vendas, conseguiu manter um número
considerável de contatos nos meses de agosto a outubro (os meses de setembro e outubro ainda refletem o impacto
da campanha)
73
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Campanha de Matrículas CSFX
Objetivo: Captação de alunos para o CSFX
Campanha Institucional Usisaúde
Objetivo Secundário: Fortalecer a imagem do CSFX na região do Vale do Aço
Ações utilizadas: Veiculação em rádio, outdoor e TV, anúncio em revista, folder
Período: 25/8/13 a 25/9/13
Resultados:
•A Campanha conseguiu envolver um número considerável de contatos recebidos para matrículas, sendo o Outdoor o
meio que gerou maior impacto na campanha
•O vídeo desenvolvido para a Campanha gerou um resultado muito positivo, alcançando 195 visualizações espontâneas
(sem divulgação direta) no Youtube
•Nesta pesquisa foi utilizada a seguinte pergunta:
Como tomou conhecimento da Campanha de Matrícula / CSFX?
- Outdoor
- TV
- Indicação
- Site
- Rádio
- Outros. Qual:
•Nesta etapa da pesquisa, além da mensuração do número de contatos recebidos, foi utilizada a seguinte pergunta:
Através de qual meio de comunicação, você ficou sabendo sobre
este plano ou sobre a Usisaúde?
• Televisão
• Rádio
• Outdoor
• Jornais/Revistas
• Outros. Qual:
•Através do processo de mensuração, foi possível perceber que a ação que gerou maior impacto na campanha foi o Outdoor, pois foi o meio mais citado no contato dos clientes, que o apontaram como veículo responsável pelo conhecimento
do plano Usisaúde
•Já a TV não foi citada em nenhum contato
74
75
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Campanha de Saúde Ocupacional
Objetivo: Captação de novos clientes
Objetivo Secundário: Agregar valor à imagem da instituição e atrelar o nome da Usisaúde ao serviço de Saúde Ocupacional
Ações utilizadas: Veiculação em folder, outdoor, e-mail marketing, anúncio e rádio
Período: 23/09/13 a 25/10/13
Resultados: A Campanha de Saúde Ocupacional tem como objetivo comercializar os serviços de saúde ocupacional e meio
ambiente para empresas do mercado Vale do Aço. No período da campanha e pós-campanha, 20 empresas realizaram
contato e estão em processo de negociação ou já fecharam negócio, conforme status abaixo:
Conclusões
•A Campanha Usisaúde PME teve grande eficácia, aumentando consideravelmente o número de contatos recebidos pela Usisaúde no período da campanha. Havia uma média de 36 contatos por mês, de Janeiro a Março
e em Abril, mês de maior veiculação da campanha, foram constatados 279 contatos.
•A Campanha Institucional Usisaúde não tinha como objetivo maior a venda de planos, mas sim agregar
valor à marca Usisaúde. Mesmo assim, conseguimos perceber que as duas campanhas mantiveram um bom
número de contatos nos meses de veiculação, contando a partir de Abril, mês da primeira campanha.
•Na Campanha Institucional Usisaúde também foi possível perceber quais veículos foram mais eficazes. O
outdoor foi o mais indicado na pesquisa, sendo o veículo que levou uma maior quantidade de pessoas a
conhecerem e se interessarem pelo plano.
•Na Campanha de Matrículas do CSFX percebeu-se uma grande mobilização dos alunos e do público jovem em
relação ao vídeo desenvolvido para a Campanha. Como o vídeo apresentou uma linguagem jovem, utilizando
alunos do próprio Colégio como personagens, ele foi muito bem aceito por este público, gerando repercussão nas mídias sociais e em grupos de alunos dentro do Colégio. Este tipo de movimentação contribui
diretamente no fortalecimento da imagem da instituição.
•Na Campanha de Saúde Ocupacional percebeu-se o quanto a Campanha contribui para o fechamento de contratos na instituição. Foram recebidos 20 contatos de empresas, entre eles já são nove contratos fechados
e mais sete que ainda podem ser feitos.
•A prática passou a ser realizada em todas as campanhas externas realizadas pela Assessoria de Comunicação, pensando em avanços aplicáveis à sua metodologia e em mensurações específicas com cada público,
em níveis quantitativos e qualitativos, o que traz uma melhoria contínua dos processos e resultados.
76
77
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Avaliação de Desempenho
do Corpo Clínico do HMC
Integrantes: Renato Prado Santos, Juliana Lana Miranda, Georgia Havena de Souza Gonçalves Alves, Maria Lúcia ferreira, Glaucia Barbosa, Adriana Wandekoken, Emmanuel Gomes,
Pollyana Almeida, Kenia coeli, Jussara cesárea, Natália Peixoto, Meirilaine Andrade, Tatiane de Almeida, Karolina Nascimben, Maiara Fagundes
CICLO 2014/2015
Na prática, o software permite à instituição mensurar indicadores de qualidade
e de produtividade de cada uma das clínicas e de cada médico, contemplando
uma avaliação abrangente dos profissionais, baseada em quatro perspectivas:
pessoas, clientes e parceiros, processos internos e resultados.
O ano de 2014 foi decisivo para o Hospital Márcio Cunha
aprimorar processos operacionais e de gestão, ao tomar como meta a conquista da certificação internacional DNV International Accreditation Standard (DIAS).
Desenvolvida a partir dos padrões norte-americanos
de segurança assistencial e de infraestrutura, a DIAS
é a norma de acreditação hospitalar baseada na National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (NIAHO), que é formalmente reconhecida pelo
Departamento de Saúde dos Estados Unidos. E uma
das demandas traçadas pela Fundação para que esse
objetivo fosse alcançado foi instituir no ambiente hospitalar uma avaliação que pudesse demonstrar todo o
desempenho dos profissionais médicos na assistência
ao paciente.
Para isso, Diretorias da FSFX e do HMC, Gerência de Assistência e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico
e Qualidade uniram forças. Buscaram no mercado uma
78
empresa que tivesse o mesmo perfil do HMC, o Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte, para realizar visitas
de benchmarking e, assim, consolidar as métricas para
medição do desempenho médico. O próximo passo foi
decidir entre o desenvolvimento de uma metodologia
única da FSFX ou adquirir o software do hospital visitado para mensuração dos resultados almejados.
Apesar de conhecer o software externo, uma grande dificuldade percebida para efetuar sua compra era o tempo necessário para implantação: prazo de 12 meses, o
que comprometeria o projeto de certificação DIAS/NIAHO
no Hospital Márcio Cunha. Desse modo, decidiu-se pelo
desenvolvimento interno de um sistema de suporte,
com metodologia e métricas próprias utilizadas. Após
avaliações criteriosas, o desafio estava lançado: estruturar e implantar uma Avaliação de Desempenho do
Corpo Clínico em poucos meses, antes da auditoria externa para certificação, em outubro de 2014.
O modelo foi apresentado e
elogiado no Encontro Federassantas
2014, em Belo Horizonte
Desenvolvimento
Daí em diante, discussões sobre a metodologia, rol de
indicadores destinados aos médicos (tanto indicadores
comuns a todos quanto também aos considerados de
cunho específico das clínicas), critérios de cálculos, entre outros tópicos, avançaram nas discussões do novo
sistema. A partir de reuniões entre as áreas, surgiu o
projeto piloto, que contempla o software desenvolvido
pela Gerência de Tecnologia da Informação e o critério de
cálculo desenvolvido pela Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade. Nesse período, as clínicas
participantes foram Pediatria e Ginecologia, por conta do
grande volume de serviços e atendimentos realizados
no hospital.
Do projeto piloto, ficou a experiência de unificar em um
único ambiente os dados consolidados sobre o desempenho dos profissionais médicos e, consequentemente,
mapear os principais responsáveis pela coleta de dados
e validação dos mesmos. O critério desenvolvido para
cálculo do desempenho não foi aprovado em primeiro
momento pela Diretoria Executiva. O fracasso deve-se à
complexidade de leitura, que não permitia uma análise
concreta dos dados ali apresentados. Neste momento
surgiu uma nova demanda: unificar os dados que demonstrariam os resultados do corpo clínico de forma
clara e consistente, para que os gestores visualizassem
os desempenhos específicos de cada médico, bem como
o desempenho de cada clínica e, consequentemente, o
desempenho global.
Após o segundo teste piloto, os parâmetros foram
validados e o sistema não precisava mais de grandes
ajustes de rotinas e critérios para cálculo. Assim, foram
entregues os primeiros resultados do Desempenho do
Corpo Clínico para a Diretoria Executiva, que os utilizou
para apresentar a ferramenta de medição de desempenhos tanto aos líderes da FSFX quanto à gestores e
profissionais da saúde de todo o estado no Encontro
Federassantas 2014. Na ocasião, o trabalho e o sistema
de Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico do HMC foi
explando pelo superintendente do HMC.
79
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Vale ressaltar
Vale ressaltar que cada clínica médica possui um rol de
indicadores específicos que melhor representa o serviço
desempenhado por este grupo de médicos.
Objetivos
• Fortalecer a atuação das clínicas médicas
• Possibilitar análises comparativas e evolutivas do
desempenho
• Envolver e alinhar a atuação do Corpo Clínico ao
sistema de gestão do HMC
A rotina de compilação consiste no envio mensal de dados
pelas áreas do HMC para o analista de suporte da Assessoria de
Desenvolvimento Estratégico e Qualidade, que fica responsável
por alimentar o software e gerar os dados mensais globais,
por clínica, por profissional médico e até mesmo por paciente
em alguns casos, como por exemplo, no indicador Média de
Permanência:
• Dados globais: clínica médica
• Dados específicos: clínica médica, por médico e por paciente
• Fortalecer as parcerias internas com foco na
segurança e efetividade assistencial
• Dar visibilidade ao desempenho individual do
profissional (autocrítica)
Lições aprendidas
A avaliação tem como base um rol de indicadores
comuns, em que cada meta atingida representa um %
de desempenho médio, conforme matriz abaixo:
•Os resultados alcançados pela Avaliação de Desempenho
do Corpo Clínico foram de tamanha repercussão que outras
unidades da Fundação, como o Colégio São Francisco
Xavier (CSFX) e o Centro de Odontologia Integrada (COI),
demonstraram interesse em utilizar a ferramenta como fonte
de mensuração de desempenho de profissionais educadores e
dentistas. Atualmente, um protótipo do sistema já foi entregue
ao Colégio e outros dois estão em desenvolvimento, um para
o COI e um Dashbord para a Diretoria Executiva acompanhar
todos os resultados da FSFX desdobrados por unidade de
negócio.
•Na intranet da FSFX, foram divulgados ainda depoimentos
de coordenadores das clínicas médicas que utilizaram e
aprovaram a utilização da Avaliação de Desempenho do Corpo
Clínico.
•Em outubro de 2014, o analista Renato Prado representou o
HMC na Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAPH), no
evento “União do grupo de estudos tecnologia da informação
para apresentar as funcionalidades desenvolvidas no software
de suporte e painel de resultados da Avaliação de Desempenho
do Corpo Clínico”, em que a prática foi bastante elogiada.
•Atualmente a Avaliação de Desempenho permanece como
ferramenta chave para a gestão hospitalar e de grande
respaldo para decisões institucionais, tais como alterações
em fluxos de trabalho, revisão de indicadores, diretrizes em
relação à conduta do profissional médico e outras definições
que afetam diretamente o desempenho institucional.
80
81
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Integrantes: Carlos Souza Lima, Meila Catia de Castro, Renato Peres Miranda, Mislene Franco dos Reis e Tatiane Lopes Ferreira Madalena
Soroteca informatizada
CICLO 2014
Cenário Anterior
Com a reorganização dos tubos produzidos como amostras para exames
nos setores de Bioquímica e Imunologia do HMC, a partir da instalação
de um software e da utilização de bandejas de isopor identificadas com
letras e números e um leitor de código de barras, foi possível promover a
rastreabilidade dos materiais e otimizar os serviços.
A guarda de amostras (soroteca) é fundamental
em qualquer laboratório clínico para a rastreabilidade e o armazenamento dos materiais colhidos e
processados. No Hospital Márcio Cunha, sempre em
que há a necessidade de reteste ou inclusão de
exames em pedidos, o laboratório poderá utilizar
amostras da soroteca, evitando assim, uma nova
coleta de amostras. As amostras de soro, utilizadas
no setor de Bioquímica e Imunologia, são mantidas
refrigeradas entre 2oC e 8oC por dois dias. Posteriormente, são congeladas por mais cinco dias, exceto
as amostras positivas de HIV, que são armazenadas
por dois anos, conforme a Portaria 151 do Ministério
da Saúde.
82
Atualmente, o Setor de Bioquímica e Imunologia do
HMC processa cerca de 600 tubos/ dia para exames
de rotina externos e internados. Conforme os prazos
de estabilidade das amostras, o setor trabalha com
uma soroteca de 4500 tubos. O desafio do serviço
era garantir a adequada guarda das amostras na soroteca e, ainda, encontrá-las em menor tempo possível, diante de qualquer necessidade do serviço e ou
assistencial. Para os colaboradores Carlos Souza Lima,
Meila Catia de Castro, Renato Peres Miranda, Mislene
Franco dos Reis e Tatiane Lopes Ferreira Madalena,
a grande dificuldade era a falta de padronização e
sistematização da guarda das amostras, que poderia
gerar solicitações desnecessárias de recoleta.
Todas as amostras coletadas e processadas no setor eram dispostas em bandejas de isopor (reaproveitadas das
embalagens de tubos novos). A disposição dos tubos nas grades era de forma aleatória, conforme tempo de liberação dos testes nos equipamentos, identificadas com a data da coleta e posteriormente armazenadas em geladeira.
Após o fechamento dos relatórios de rotina, as amostras eram tampadas, ensacadas e congeladas em freezers
onde permaneceriam até seu descarte.
Diante da necessidade de localização das amostras na soroteca, a busca era aleatória e ineficiente. Se as amostras
estivessem congeladas, os tubos deveriam ser buscados nos sacos do freezer para serem localizadas um a um
da mesma forma.
Diante da necessidade de reestruturar esse processo e otimizar todas as atividades da soroteca, buscando melhores práticas e pouco investimento, foi instituído um Sistema de Gestão da Soroteca. Esse sistema foi obtido em
parceria com o Laboratório Álvaro - software gratuito.
Como recurso técnico, utilizamos um leitor de códigos de barras disponível no setor e bandejas de isopor, identificadas com letras (A - J) e números (1 a 10).
83
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Novo cenário
No Software, cadastramos o modelo da estante a ser utilizada para determinar
o formato do “tabuleiro” e damos uma identificação para rack (nome da estante)
padronizada com uma sequência numérica, acrescida da data da amostra de maneira
que facilite sua identificação.
Resultados
Menos de 1 minuto para
localizar as amostras.
Após o cadastro da estante, executamos o cadastro das amostras na rack lendo o código de barras de
cada amostra e posicionando o tubo na estante exatamente na mesma posição (endereço) que o tubo
aparece virtualmente na tela.Ao final do cadastro a bandeja está pronta para ser armazenada em geladeira
ou freezer de forma organizada por data de coleta.
Diante da necessidade de localização de amostras de soro no setor, basta digitar o número do registro no
módulo de busca do sistema da soroteca. O resultado da busca é a localização exata da amostra, conforme
rack e posição do tubo. Menos de um minuto para localizar a amostra.
Redução em 85% das ocorrências
relacionadas a amostras extraviadas
no setor; e diminuição do tempo para
montagem dos racks com 100 tubos
inseridos nas geladeiras, de 25 para
10 minutos, em média.
• Os testes aconteceram no final do mês de fevereiro
de 2014. Após a aprovação do novo sistema,
estabeleceu-se um procedimento operacional. A
equipe do setor foi capacitada e a nova prática entrou
em pleno funcionamento no início do mês de março de
2014. Já no primeiro mês, obteve-se redução superior a 85%
de ocorrências relacionadas a amostras extraviadas no setor de bioquímicaimunologia, conforme o gráfico 1. A satisfação dos colaboradores com a ferramenta foi total.
• O tempo para montagem das racks, que no início era de 25 minutos para 100 tubos, passou
com a prática para apenas 10 minutos, em média. A tarefa pode ser realizada por estagiários do
curso técnico de Patologia Clínica durante o treinamento no setor. O tempo investido na montagem
das estantes é um verdadeiro ganho em relação ao tempo destinado à localização de amostras no
modelo anterior.
• O maior aprendizado desta prática foi o desenvolvimento de todas as novas etapas do sistema de
soroteca, como resultado do trabalho de uma equipe focada em melhoria contínua e otimização de
recursos.
Em agosto, o laboratório adquiriu novas estantes plásticas (numeradas de 1 a 15 e com sequência de A-E), laváveis e mais
resistentes para substituir as bandejas de isopor em adequação aos requisitos NIAHO/DIAS (figura abaixo).
84
85
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PRÁTICAS DA
EDUCAÇÃO
86
87
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PROJETO
CUIDAR
Adotado no Colégio São Francisco Xavier, o projeto estabelece um paralelo entre
os cuidados com uma planta e o relacionamento e rendimento das turmas
do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano), por meio de ações de conservação,
respeito e solidariedade. A prática traz reflexos diretos no patrimônio escolar e
no índice de aprovação dos alunos.
Dessa forma, a Coordenação Geral
do Ensino Fundamental II (6o ao 9o
ano) e a equipe de pedagogas, re88
DESENVOLVIMENTO
Relacionar cuidados concedidos às
plantas com cuidados tomados por
todos da turma, na formação de laços de amizade que contribuam para
o estabelecimento de um ambiente
de respeito e de compromisso com
as atividades escolares.
• Conhecer e compreender, de modo
integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente.
• Respeitar e cuidar do ambiente,
modificando atitudes e práticas pessoais.
• Adotar posturas na escola, em casa
e em sua comunidade que levem a
interações construtivas, justas e
ambientalmente sustentáveis.
• Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental de
modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar
de modo reativo e propositivo para
garantir um meio ambiente saudável
e a boa qualidade de vida.
Em aula cedida ao Serviço de Orientação Educacional, as pedagogas levaram aos alunos reflexões sobre o
tema “Preservação e conservação do
ambiente e das relações pessoais e
sociais”, subdivididas nos seguintes
tópicos:
•
CICLO 2011
A questão ambiental vem sendo considerada cada vez mais importante
e urgente para a sociedade. Nas
escolas essa consciência já chegou,
ao abordarem o meio ambiente como
tema transversal dos currículos escolares, permeando toda a prática
educacional. Ciente do seu papel de
relevância na educação de crianças,
adolescentes e jovens, o Colégio São
Francisco Xavier (CSFX) se preocupa
em contribuir com a formação de
cidadãos conscientes, aptos para
decidir e atuar na realidade socioambiental de modo comprometido com
a vida e com o bem-estar de todos.
OBJETIVOS DAS AÇÕES
DO PROJETO
presentadas pelas colaboradoras
Adriana Soares Souza, Fabiane Costa
de Araújo Porto, Maria das Graças
Pessoa, Mary de Assis Silva Franco
e Simone Dutra Machado de Oliveira,
desenvolveram e lançaram em março
de 2010 o Projeto Cuidar. Um plano
que visa educar os futuros cidadãos
brasileiros com valores que propiciem cuidados nos âmbitos pessoal,
ambiental e social, de modo a agirem
com respeito e sensibilidade frente
ao ambiente em que vivem, conservando-o no presente e para as próximas gerações.
A ideia da implantação do Projeto Cuidar surgiu como uma ação corretiva
ao aumento do número de carteiras
escolares danificadas, de paredes
sujas, de objetos escolares perdidos
na escola, de papéis e embalagens
de merenda jogados no chão, entre
outros. Respeito, solidariedade, amizade, conservação, cuidado com os
objetos e com a própria escola foram
alguns dos temas tratados durante
a realização do projeto, de forma a
ampliar o olhar cuidadoso do aluno
para o ambiente escolar como um
todo, desde o mobiliário, a estrutura física, passando pelos jardins
até as pessoas. O que era apenas
uma ideia, cresceu, tomou corpo e
tornou-se uma prática dividida em
etapas, aplicadas no decorrer de oito
meses.
1a ETAPA – REFLEXÕES
Reflexão 1 – O que é meio
ambiente? Que elementos compõem
o nosso ambiente aqui na escola?
Reflexão 2 – O ambiente da nossa
escola e o da nossa sala de aula
poderiam ser melhorados em algum
aspecto?
Reflexão 3 – Que ações podem
ser realizadas para contribuir com
a preservação e a conservação do
nosso ambiente escolar, tanto na
parte física quanto na parte social?
Reflexão 4 – Na última reflexão,
o objetivo foi levar o aluno a
reconhecer e valorizar a instituição
em que estuda, a qualidade de
ensino, os professores capacitados
e seus materiais, uniformes e
lanches. Tudo isso contribuiu para
um ambiente escolar acompanhado
de carinho, atenção e compromisso
com o bem-estar de todos.
2a ETAPA – DESENHOS E
MONTAGEM DE MURAL
Após o momento de reflexões, cada
aluno confeccionou dois desenhos,
um retratando o ambiente escolar
degradado e outro o ambiente escolar limpo, preservado e conservado.
Depois de prontos, os desenhos foram expostos em um mural, com o
título: “Quem ama, cuida!”
3a ETAPA – OS DIVERSOS
SENTIDOS DA PALAVRA CUIDAR
A partir de discussões em sala, foi
realizada a montagem de um acróstico pelos alunos, com as letras da
palavra CUIDAR, ressaltando atitudes
e valores que revelam cuidados com
o ambiente físico, com as relações
sociais e com a vida acadêmica.
Arthur Pessoa Morais, Adriele Debortoli da Silva, Daniel Stoller Souza - 9° ano/ T.91
89
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
4a ETAPA – TABELA DE LIMPEZA
E ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE
DA SALA
tuação no final do mês recebeu um
prêmio.
Divulgada pelas pedagogas, a tabela
é composta pelo calendário (dia do
mês/dia da semana) e as opções
de classificação da qualidade do
ambiente físico da sala em cada dia
de aula como ótimo, bom, regular
ou ruim. A tabela foi colada atrás
da porta e preenchida diariamente
pelo(a) auxiliar de limpeza. Sua tarefa foi observar em que estado a
turma deixou a sala após as aulas,
e marcar a opção que melhor retrate
a qualidade do ambiente, observando
sala limpa, lixo na lixeira, carteiras
organizadas, entre outros itens. A
turma que obteve a melhor concei-
AMBIENTE DA TURMA
5a ETAPA – RETRATANDO O
Aqui, cada turma recebeu um vaso
de planta representando o ambiente
dos alunos. Os alunos deveriam dedicar à planta o mesmo cuidado que
dedicaram ao ambiente, ao patrimônio físico e às relações pessoais, fazendo da planta “retrato da turma”.
Para isso, ao longo do ano, os estudantes receberam como objetivos:
• Identificar o vaso com o nome cien-
tífico dessa planta, com o nome popular pelo qual é conhecida e com
o “nome fantasia” (nome carinhoso)
pelo qual a chamarão.
• Pesquisar os cuidados necessários à planta: recomendações sobre
quantas vezes aguar, quantidade de
luz solar que deve receber e cuidados com a terra. Tais informações
obtidas foram expostas em cartazes
na sala.
• Escolher um local adequado para
o vaso com a planta, dentro da sala
de aula.
• Organizar uma escala de alunos
responsáveis por cuidar da planta
na sala de aula (sugerir rodízio de
pessoas).
Na última semana do ano letivo, o
vaso com a planta foi sorteado entre
os alunos da turma.
CONCLUSÕES
Sempre que foi necessário intervir
em algum problema de comportamento no cumprimento das regras,
na organização, nas relações interpessoais, no compromisso com as
tarefas ou no rendimento escolar,
o ponto de partida foi o vaso com
a planta, relacionando-o aos fatos
ocorridos na turma. Assim, assuntos
como amizade, respeito, compromisso com os estudos e com as tarefas,
união, colaboração, solidariedade,
preservação do patrimônio escolar
e conservação do ambiente físico
passaram a ser tratados com os
alunos de maneira simples e prática,
trazendo mudanças no seu comportamento. De forma concreta, os alunos visualizaram soluções para os
problemas enfrentados, baseando-se nos cuidados que dispensam ao
vaso com a planta.
LIÇÕES APRENDIDAS
“Em setembro de 2010, a turma 63
me chamou a atenção, por reunir um
número significativo de alunos que
apresentavam baixo rendimento e
descompromisso com as tarefas de
sala e de casa. Numa ação corretiva, a conversa que tivemos com os
alunos partiu dos cuidados que eles
dispensavam ao vaso com a planta
da turma, que, para nossa surpresa
e até mesmo dos próprios alunos,
Adriane Soares Souza
Orientadora Pedagógica do 7° ao 9° ano
90
não estava nem dentro da sala. Um
aluno buscou o vaso, sujo, com a
planta seca e descuidada. Esse era o
'retrato da turma 63'. Os alunos perceberam como estavam descuidados. A partir daí, ajudamos a turma a
listar os compromissos para o último
trimestre, com foco em novas posturas. Motivados, eles limparam o vaso,
renovaram a identificação que havia
nele, aguaram a planta e a deixaram
em um lugar de destaque, na sala.
O vaso voltou a receber atenção e,
a partir daí, percebemos um número
bem menor de ocorrências por falta
de tarefas e a melhoria no rendimento escolar dos alunos. Foi uma forma
prática de provocar mudanças.”
O Projeto Cuidar
tornou-se um
projeto institucional,
sendo implantado
novamente em 2012
junto aos alunos do
6o ao 9o ano.
Mary de Assis Silva Franco
Supervisora Pedagógica
“A limpeza geral das salas do Ensino Fundamental
II, no final de 2010, foi muito mais fácil. Houve uma
melhora muito grande. Encontramos um número
bem menor de carteiras riscadas ou danificadas e
as paredes estavam mais limpas. Com o incentivo
das plantas no vasinho, os alunos cuidaram mais da
sala.”
Maura Soares Ferreira
Auxiliar de Higienização e Limpeza
91
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
SARAU
LITERÁRIO
CICLO 2011
Projeto pedagógico educacional que visa
resgatar e desenvolver nos alunos de ensino
infantil, fundamental, integral e médio o hábito
de leitura de literatura, poesias, contos, causos,
crônicas, lendas folclóricas e despertá-los para
manifestações artísticas, tais como música,
dança e teatro.
Kênia Rodrigues Auxiliar de Biblioteca - Paulo Vitor Biblioteconomista
92
A biblioteca escolar é um centro de
pesquisa e ação cultural que objetiva o desenvolvimento da leitura e
da cidadania na escola. Definida em
diversos países latinos como "centro
ativo de aprendizagem" e de atividades culturais para a comunidade,
um dos principais papéis da biblioteca escolar é desenvolver projetos
e atividades integradas, evitando o
fracionamento entre as áreas científicas, técnicas e artísticas, salientando suas funções intelectuais, ativas
e criativas.
Daí a abertura para consagrar esse
espaço como palco democrático de
atividades de discussões em grupo,
pesquisas escolares, de poesias,
contos, saraus, exposições e leitura
em geral, uma vez que seus usuários – alunos, professores, colaboradores, pais e pessoas da comunidade
– buscam nela os mais diversificados
tipos de informação, lazer e recreação. Buscam motivações para o
aprendizado e o gosto pela leitura.
Segundo Caldeira (2003, p. 47), a
biblioteca escolar visa “[...] proporcionar aos alunos oportunidades de
Matheus Henrique Dutra Oliveira 2° ano/ T.201 - Ana Carolina Maia Batista 2° ano/ T. 201 - Mariana Plácida de Faria Costa 1° ano/ T. 101
leitura intensa e autônoma, além de
incentivar a busca de informação
para responder a questionamentos e
solucionar problemas [...].”
desenvolvimento das atividades de
ensino, pesquisa e extensão propostas pelo Colégio São Francisco Xavier.
Ler, refletir, pensar, estar a favor ou
contra, comentar, trocar opiniões,
posicionar-se, enfim, exercer desde
cedo a cidadania. É dessa percepção
pelo papel da leitura na formação escolar que nasceu o projeto Sarau Literário, envolvendo alunos de Ensino
Infantil, Fundamental I, Fundamental
II, Integral e Médio. Um trabalho dos
colaboradores Paulo Vítor Oliveira e
Kênia Rodrigues Vieira, da Biblioteca
José Amilar da Silveira, com o apoio
da Coordenação Geral de Desenvolvimento e Promoção da Educação, no
O Sarau Literário tem como objetivo
proporcionar momentos de prazer e
alegria aos alunos e a toda comunidade do CSFX, resgatando e desenvolvendo o hábito de leitura por
meio de literatura, poesias, contos,
causos, crônicas, lendas folclóricas,
música, dança e teatro. Além disso,
os trabalhos visam valorizar as relações interpessoais e o espírito de
cooperação e respeito entre os alunos, integrar disciplinas, aprimorar a
capacidade linguística dos alunos e
valorizar a biblioteca e o acervo literário do CSFX.
“Desejamos mostrar para
os alunos que a biblioteca
é lugar da literatura,
dos livros e da pesquisa.
Ficamos satisfeitos com
a grande participação
dos estudantes. Acredito
que foi o começo para
despertar a vontade
de todos de visitarem
mais esse espaço do
conhecimento.”
Nancy Nogueira – Professora de
Português e Teatro
93
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
(1997, p.49), a dança instituída no ambiente escolar
proporciona ao aluno:
• Compreender a estrutura e o funcionamento do corpo
e os elementos que compõem o seu movimento.
• Interessar-se pela dança como atividade coletiva.
• Compreender e apreciar as diversas danças como
manifestações culturais.
São benefícios da prática musical ao aluno:
• Interpretar, improvisar e compor, demonstrando alguma
capacidade ou habilidade.
• Reconhecer e apreciar os seus trabalhos musicais, de
colegas e de músicos por meio das próprias reflexões,
emoções e conhecimentos, sem preconceitos estéticos,
artísticos, étnicos e de gênero.
• Compreender a música como produto cultural histórico
em evolução, sua articulação com as histórias do mundo
e as funções, valores e finalidades que foram atribuídas
a ela por diferentes povos e épocas.
• Reconhecer e valorizar o desenvolvimento pessoal em
música nas atividades de produção e apreciação, assim
como na elaboração de conhecimentos sobre a música
como produto cultural e histórico.
O teatro aplicado no cotidiano escolar
possibilita ao aluno:
• Compreender e estar habilitado para se expressar na
linguagem dramática.
• Compreender o teatro como ação coletiva.
• Compreender e apreciar as diversas formas de teatro
produzidas nas culturas.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
1a ETAPA
ELABORAÇÃO DO PROJETO
2a ETAPA
INSCRIÇÕES
Os alunos optaram pela temática de
sua escolha de acordo com os temas
abordados: Poesias; Causo; Contos;
Crônicas; Lendas folclóricas; Músicas
poéticas; Literatura; Teatro; Dança.
3a ETAPA
CRONOGRAMA
Filtragem das inscrições e
preparação do cronograma, dividindo
as apresentações por turma e
alunos.
4a ETAPA
SELEÇÃO DE OBRAS E TEXTOS
Cada professor ficou responsável
pela sua respectiva série, pela escolha das obras e indicação delas aos
alunos. Os professores selecionaram
textos adequados às habilidades de
leitura e ao repertório dos alunos. A
escolha foi feita pensando nas possibilidades de adaptação desse texto
para as apresentações. E, para tanto,
foi de fundamental importância observar se a história escolhida tinha
condições de envolver o espectador.
5a ETAPA
APRESENTAÇÃO DO SARAU
Exposição “O Leitor Indica”: Durante
o evento do Sarau Literário, a Biblioteca José Amilar da Silveira realizou
uma exposição de livros, revistas e
gibis para divulgação do seu acervo.
Ao lado dos livros expostos, havia
um comentário ou uma dica dos alunos dando vários motivos para que
as pessoas visitantes pudessem ler
o livro recomendado. Foi exposto um
cavalete com vários papéis presos e
um pincel, onde o aluno pôde deixar
seu recado como leitor, indicando
uma obra, um autor, ou até mesmo
relatando a sinopse do livro indicado.
Para atender a necessidades e interesses educacionais e culturais
das pessoas com deficiência visual,
a Biblioteca José Amilar da Silveira,
em parceria com a Fundação Dorina
Nowill, oferece um acervo variado de
títulos em audiolivro e braile, entre
clássicos da literatura nacional e
estrangeira, obras de leitura obrigatória para vestibulares e os mais
recentes best-sellers.
RESULTADOS
dariedade e, principalmente, o contato e uma melhor convivência entre
alunos, professores, funcionários e
comunidade.
O Sarau Literário mostrou-se uma
prática transformadora ao contribuir
para a superação da timidez para
muitos alunos. Além disso, o projeto estimulou a revelação de novos
autores, proporcionou expansão do
conhecimento e mentalidade crítica,
valorizou o ser humano e o conhecimento do patrimônio cultural. No dia
a dia em sala de aula, percebeu-se
ainda um impulso ao desenvolvimento do vocabulário, da concentração,
da disciplina, do respeito e da soli-
Tendo em vista o grande número de
participantes no Sarau Literário, observou-se que é muito importante o
desenvolvimento de ações culturais
envolvendo todos os segmentos da
escola e da comunidade, expandindo o acesso à cultura, à educação, à
cidadania e à construção do conhecimento de cada pessoa que interage
com o Colégio São Francisco Xavier.
RELAÇÃO DO AUMENTO DO VOLUME
DE EMPRÉSTIMOS NA BIBLIOTECA
704
433
261
JUNHO
JULHO
AGOSTO
Nota: a queda no mês de julho deve-se às férias escolares.
“Ler vai muito além de decodificar códigos linguísticos, ler é ver com a
alma. Ler é entender, sentir e viver o que está implícito nas entrelinhas.
Essa leitura plena só acontece a partir do momento em que o leitor é
envolvido em situações criativas e envolventes como foi o Sarau Literário.
Parabéns à equipe, e venham outros eventos!”
Cláudia Vargas
Professora do Ensino Fundamental I
94
95
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PROJETO
GAIA
cimento adquirido, os alunos receberam a visita da diretora da Recóleo,
uma empresa de coleta e reciclagem
de óleo vegetal para a produção de
biodiesel, e participaram de um debate para esclarecer dúvidas, mitos e
soluções para a poluição.
Durante o encontro, os alunos realizaram ainda a leitura da música
“Sal da Terra”, explicando-se aos estudantes o nome do projeto. Gaia,
representação do planeta Terra na
mitologia grega, ressaltou a responsabilidade de todos com as atitudes
no dia a dia que podem contribuir
para uma sociedade mais justa e
ética.
CICLO 2012
A partir da conscientização ambiental em sala de
aula, alunos do 5o ano do CSFX trabalharam questões
referentes à sustentabilidade e à poluição e mobilizaram
a comunidade por meio de uma gincana. O óleo saturado
recolhido na ação foi ainda trocado por materiais de
limpeza, o que beneficiou instituições carentes da região.
No Colégio São Francisco Xavier, zelar
pelo meio ambiente é coisa que se
aprende desde cedo, como demonstrou o Projeto Gaia junto aos alunos
de cinco turmas do 5o ano do Ensino
Fundamental. Realizada pelos colaboradores Weber Campos de Souza,
Delme Araújo Castro Garcia, Gabriela
Bicalho Barros, Kelly Cristina Leite e
Luciene Nascimento Cardoso, a prática abordou questões referentes a
sustentabilidade, poluição ambiental
e reciclagem, levando os alunos a
refletir, analisar e praticar os conhecimentos sobre a questão do óleo
saturado dentro e fora da sala de
aula.
Partindo da disciplina Ciências, a
1a etapa do projeto levou informação
sobre os impactos do descarte incorreto do óleo saturado na natureza, a
contextualização desse cenário nas
cidades e a importância da reciclagem. Dados que, utilizados na aula
de Filosofia, ressaltaram a importância de um “novo” pensar filosófico na
área ambiental, justificando como o
pensamento está ligado diretamente
às ações. Para potencializar o conhe-
96
Na etapa seguinte, o Projeto Gaia envolveu os pais, por meio da agenda
eletrônica semanal1 e das reuniões
de pais, multiplicando dicas e in1
formações sobre a importância da
reciclagem do óleo. Ao levar as discussões sobre o assunto também
para a casa dos estudantes, houve
ainda um maior interesse dos alunos
sobre o tema, percebido não apenas
em sala, mas ainda por ligações de
pais elogiando o projeto e solicitando
novos dados sobre o assunto.
Após todas essas reflexões, as cinco
turmas do 5o ano do Ensino Fundamental, divididas em grupos de seis
alunos, começaram uma gincana,
com as tarefas de criarem cartazes,
músicas, desenhos, slogans sobre o
tema e um desafio: arrecadar o maior
número de óleo usado para reciclagem. Ao todo, foram arrecadados
640 litros do produto em oito dias,
entregues no posto de coleta montado nas dependências do Colégio. A
união entre pais e filhos para ir às
ruas e conscientizar ainda mais pessoas sobre questão da sustentabilidade
ressalta o valor da escola como um
espaço privilegiado para a formação de
cidadãos e desenvolvimento de valores
e atitudes sustentáveis.
A iniciativa não parou por aí. Todo o
resíduo obtido foi trocado pela Recóleo
por materiais de limpeza. Com isso, os
alunos do CSFX puderam ainda beneficiar as entidades Casa da Esperança e
Creche Lar Escola da Caridade.
Foram arrecadados
640 litros de óleo
saturado para
reciclagem
Ferramenta de comunicação entre a escola e a família do aluno sobre os compromissos do período
Alunos do 50 ano durante a entrega das
arrecadações no Shopping do Vale
97
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
GRÁFICOS DA ARRECADAÇÃO DO ÓLEO SATURADO – SHOPPING DO VALE DO AÇO
ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2011
ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2012
800
800
600
600
400
530
482
400
420
415
340
200
Litros
MAIO
DESENVOLVIMENTO
1a etapa – Abordagem do tema
sustentabilidade e poluição ambiental em sala de aula nas disciplinas
Ciências e Filosofia;
• 2a etapa – Visita ao Colégio da diretora da Recóleo, empresa de coleta e
reciclagem de óleo vegetal;
• 3a etapa – Reflexões e debate dos
conhecimentos adquiridos durante a
visita;
• 4a etapa – Divulgação das informações para os pais de alunos;
• 5a etapa – Gincana: pequenos com
grandes responsabilidades.
•
RESULTADOS OBTIDOS
Destacar a importância da filosofia
inserida na educação dos primeiros
anos do Ensino Fundamental I, com o
objetivo principal de estimular o pleno desenvolvimento social, afetivo e
cognitivo dos alunos;
• Aumento de postos de coleta de
óleos utilizados na cidade de Ipatinga;
•
98
JUNHO
JULHO
Maior interação dos pais a respeito
de projetos desenvolvidos no CSFX;
• Foram arrecadados 640 litros de
óleo durante oito dias de coleta;
• A partir da gincana, novos restaurantes passaram a destinar cerca de
80 litros de óleo vegetal usado por
semana;
• Participação dos alunos para a
continuidade do projeto por meio de
conscientização;
• Famílias de 32 alunos também passaram a entregar nos postos de coleta o óleo utilizado em suas casas.
•
LIÇÕES APRENDIDAS
“Nossa como foi boa! Aprendemos
muito, desde o processo de reciclagem até as consequências que ela
pode trazer para nós. A turma ficou
empolgada e conseguimos aumentar
ainda mais o gosto pela disciplina de
Filosofia.”
Entrevistada: Júlia Lima
Aluna da turma 54
512
556
530
518
200
0
ABRIL
684
AGOSTO
“Achei muito boa a iniciativa da escola
de mostrar aos pais e alunos como
somente 1 litro de óleo polui tanto.
Isso dá consciência a todos nós de
que o futuro do meio ambiente depende de cada um. Tive a oportunidade de ir à casa de muitos vizinhos
e parentes para ajudar a minha filha
na gincana; com isso, todos ganhamos mais conhecimentos, entretenimento com as pessoas envolvidas,
sem falar do gostinho de poder ajudar minha filha durante o meu dia
de folga, conseguimos arrecadar 46
litros em uma tarde. Valeu a pena!”
0
Litros
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
Filosofia ministradas pelo professor
Weber foram organizadas de maneira
que pudessem promover uma grande variedade de atividades envolvendo os alunos do 5o ano na atuação
cidadã em relação à coleta de óleo
para reutilização, promovendo não
só a conscientização como também a
prática dos alunos e comunidade escolar, mobilizando outras disciplinas
para que os alunos, assim, tivessem
oportunidade de construir significado e dar vida ao aprendizado.”
Entrevistada: Kelly Cristina Leite
Supervisora do Ensino Fundamental I
Entrevistada: Micheline Barros
Mãe da aluna Stéphanie, da turma 51
“Na atualidade, a convivência em
sociedade exige que o aluno compartilhe seu raciocínio com clareza e
que ele seja capaz de compreender
e atuar nas demandas socioculturais
e ambientais em que está inserido.
Baseado nesse princípio, as aulas de
“Inserir a Filosofia na educação dos
primeiros anos é estimular o pleno
desenvolvimento social, afetivo e
cognitivo dos alunos.”
A professora Delme Garcia (à esquerda), a supervisora Kelly Leite, a coordenadora Gabriela Barros, o
professor Weber Campos e a orientadora Luciene Nascimento integram a equipe do Projeto Gaia
Weber Campos
Professor de Filosofia do Ensino Fundamental I
99
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ENEM
1500
CICLO 2013/2014
A prática consiste em um treino para intensificar a preparação dos alunos do Colégio
São Francisco Xavier (CSFX) por meio da resolução de 1.500 questões reais já
aplicadas em provas de anos anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM),
com objetivo de conquistar maior êxito nas provas e, consequentemente, passar no
Vestibular, em especial, numa Universidade Pública.
O principal objetivo do Curso Preparatório para o Exame
Nacional do Ensino Médio – o ENEM1500 – é a aprovação
dos alunos no vestibular de escolas públicas. A preparação dos alunos tem duração de três meses de intenso
estudo, com a aquisição de competências e habilidades
para fazer uma prova com características específicas e
conhecidas. As 1500 questões estão divididas em aulas
das diversas disciplinas que compõem o Exame Nacional
do Ensino Médio, e são mais uma oportunidade de se
trabalhar o conhecimento instruído e aprendido ao longo
dos anos de formação escolar.
O Exame Nacional do Ensino Médio é usado por instituições públicas de Ensino Superior como critério de seleção
em substituição aos vestibulares tradicionais. A participação no exame também é pré-requisito para quem
quer participar de programas de financiamento e de acesso ao Ensino Superior, como o Fundo de Financiamento
Estudantil (FIES), o Programa Universidade para Todos
100
(ProUni) - bolsas de estudo parciais e integrais em instituições privadas - e o Ciência sem Fronteiras - bolsas de
intercâmbio no exterior.
Ciente da importância do sucesso dos alunos nesse exame de avaliação externa, o CSFX criou, em 2012 e 2013,
ações para incentivar os alunos a participarem do ENEM
Nacional e uma delas foi Curso ENEM1500 - um curso
preparatório para os alunos da 3a Série do Ensino Médio,
com a participação dos melhores professores da região.
O Curso ENEM1500 foi apresentado aos alunos como mais
um diferencial do Ensino Médio do CSFX, com o objetivo de
proporcionar aos alunos uma “bagagem” de conhecimentos que possa fazer a diferença no momento de entrada
na Educação Superior.
O lançamento do Curso ENEM1500 foi realizado no Teatro
Zélia Olguin (Cariru/Ipatinga), para os alunos da 3a Série.
101
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Funcionamento do Curso ENEM 1500
O ENEM1500 é um curso que propõe aos alunos o estudo e a resolução de 1500 questões no formato ENEM, divididas
da seguinte maneira:
• Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Português, Artes, Inglês) – 267 questões
• Matemática e suas Tecnologias – 270 questões
• Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia, Sociologia) – 438 questões
• Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física, Biologia) – 525 questões
• 11 Temas de Redação
Durante o curso preparatório, é oferecida aos alunos a oportunidade de realizarem Simulados, para testarem os seus
conhecimentos. O curso é oferecido nos meses de agosto, setembro e outubro, no turno vespertino. Conta com 18 aulas
distribuídas de 2a a 5a feira, da seguinte forma:
DISCIPLINA
CARGA HORÁRIA
Matemática
Português
Literatura
Redação
Biologia
Química
Física
Geografia
História
Filosofia/Sociologia
Inglês ou Espanhol/Artes
3 aulas
1 aula
1 aula
1 aula
2 aulas
2 aulas
2 aulas
2 aulas
2 aulas
1 aula
1 aula (de 15 em 15 dias)
Para o ano de 2013, a Apostila proposta para
o ENEM1500 foi atualizada, recebendo as
questões da última edição do Exame Nacional
do Ensino Médio, realizada em 2012, e tornou-se um material mais “robusto”, pois, além
das 1500 questões no formato ENEM, foram
acrescentadas as questões das duas últimas
provas dos vestibulares da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e da FUVEST
(responsável pelo vestibular da USP – Universidade de São Paulo) e a última prova da UERJ
(Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
Dessa forma, o curso espera melhorar o
resultado dos alunos do CSFX na edição do
ENEM/2013, potencializando a entrada dos
nossos alunos nas universidades públicas, e
também nos vestibulares convencionais das
melhores universidades estaduais do país
(que até a presente data não têm o Exame
Nacional do Ensino Médio como porta de entrada para os cursos da Educação Superior).
O ENEM1500 registrou, em 2012, a participação de 237
alunos do total de 241 alunos da 3ª Série, perfazendo
98,34% de adesão. Esse foi um fato muito comemorado
pela escola, pois o Curso ENEM1500 contribuiu para a fidelização do nosso aluno, que demonstrou o reconhecimento
da qualidade do ensino oferecido pela nossa instituição,
quando escolheu o nosso curso preparatório para o ENEM,
em meio a tantos outros ofertados na região.
Já no ano de 2013, o ENEM1500 contou com a participação de 203 alunos do total de 229 alunos da 3ª Série,
perfazendo 88,65% de adesão. Foram formadas 4 turmas
de alunos/CSFX, com cerca de 50 participantes em cada
uma. Mais uma vez, destacamos a fidelização dos nossos
alunos à nossa instituição.
Por causa do trabalho realizado junto aos seus alunos em
2012, o CSFX foi procurado por alunos de outras instituições, com o desejo de também participarem do curso.
Assim, em 2013, houve a abertura de uma turma para
alunos da comunidade, que não estudam no CSFX. Essa
turma contou com 68 alunos.
Resultados do ENEM1500
O Curso ENEM1500 foi criado com os seguintes objetivos:
• Melhorar o resultado dos alunos do CSFX nas edições
do Exame Nacional do Ensino Médio;
• Potencializar o resultado dos nossos alunos nas seleções para entrada nas universidades públicas;
• Fidelizar os nossos alunos, na nossa instituição de ensino, em todas as etapas necessárias para a entrada
na Educação Superior.
• Fortalecer a marca e a imagem do CSFX, junto à comunidade do Vale do Aço.
Como já demonstrado na explanação realizada até aqui,
esses dois últimos objetivos descritos acima foram plenamente alcançados:
• Em 2013 – 88,65% de adesão dos alunos da 3a Série
do CSFX (203 alunos do total de 229 alunos). Diferencial: Formação da Turma da Comunidade Externa (captação de 68 alunos de outras instituições da região).
• Em 2012 – 98,34% de adesão dos alunos da 3a Série
do CSFX (237 alunos, do total de 241 alunos).
Quanto ao alcance do 1o objetivo listado: “Melhorar o resultado dos alunos do CSFX nas edições do Exame Nacional
do Ensino Médio”, aguardamos a divulgação do resultado
da proficiência das escolas no Exame Nacional do Ensino
Médio/2012, que acontece ao final do ano subsequente 2013 (a data e o formato da divulgação fica a critério do
Governo Federal).
Mas um fato nos evidencia a contribuição do Curso
ENEM1500 na melhoria dos resultados alcançados pelos
alunos do CSFX: o resultado dos nossos alunos nas seleções para entrada nas universidades públicas, no ano
de 2013, utilizando o desempenho individual no Exame
Nacional do Ensino Médio/2012.
Em 2012 foram formadas 5 turmas, com cerca de 48 alunos do CSFX, em cada uma. As
turmas foram identificadas com as cores dos
cadernos do ENEM. No primeiro dia do curso,
cada aluno recebeu a Apostila do ENEM1500
e a camisa da sua turma.
Campanha aprovados/2013
102
103
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Aprovações do CSFX em universidades públicas
No gráfico da página anterior observa-se que o número
de aprovações em universidades públicas pelos alunos a
3a Série do Ensino Médio do CSFX seguia uma tendência
de crescimento entre os anos de 2007 a 2010. Houve
uma redução no número de aprovações no ano de 2011.
No gráfico acima, a tendência de crescimento no número
de aprovações por aluno da 3ª Série do Ensino Médio do
CSFX é interrompida no ano de 2011.
A partir da implantação do ENEM1500, em 2012, o CSFX
retoma sua curva de crescimento.
Idealizado e realizado por uma equipe com foco na
qualidade e na melhoria dos serviços oferecidos pelo
CSFX – instituição que representa a Fundação São
Francisco Xavier no Setor da Educação Básica - apesar de pouco tempo de existência (2012/2013), o
Curso ENEM1500 vem fortalecendo a imagem do grupo, na comunidade do Vale do Aço.
Por ter se revelado uma ação que contribuiu para a melhoria dos
resultados do CSFX, na entrada na Educação Superior, nas universidades públicas, no ano de 2012/2013, o Curso ENEM1500
tem se mostrado uma “Prática Que Transforma” e, pela seriedade e pelo empenho da equipe envolvida, merece ser a prática
ganhadora do prêmio, em 2013 - um diferencial que confirma e
eleva a qualidade dos serviços prestados pelo CSFX/FSFX.
Com a implantação do ENEM1500, no ano de 2012, o
CSFX retoma o crescimento no número de aprovações
com uma taxa de variação bem superior ao que vinha
acontecendo nos anos anteriores.
Depoimentos
“Foi opção do André terminar o Ensino Médio no
CSFX e sei que o formato de estudos enquadra-se
muito bem ao que é exigido, hoje, nos vestibulares.
Por isso, estou seguro em saber que o CSFX está
preparando o meu filho, com bases firmes, para o
seu futuro acadêmico.”
Ainda analisando os resultados gerados pela implantação do Curso ENEM1500, apontamos a geração de uma nova receita,
que vem agregar valor ao resultado financeiro do segmento do Ensino Médio, junto ao resultado do CSFX.
RESULTADO FINANCEIRO ENEM1500/2012
Geração de Receita de
Alunos do CSFX
104
R$ 21.870,00
RESULTADO FINANCEIRO ENEM1500/2013
Geração de Receita de
Alunos do CSFX + Alunos
da Comunidade Externa
Marcos Antônio Costa
Pai do aluno André Figueiredo Costa – 3a Série/CSFX
“Amigas minhas, de outras escolas, não conseguiram terminar de resolver a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, porque não estavam familiarizadas com a resolução de 90 questões em tempo
hábil. Eu não tive esse problema! Esse foi mais um
grande ganho que nós, alunos do CSFX tivemos,
tanto pelo Sistema de Avaliação da 3a Série quanto
pela resolução de Simulados no Curso ENEM1500.”
Larissa Souza Oliveira
Aluna 3a Série/Turma 305
R$ 81.630,00
105
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Introdução: o que e como foi feito
A recreação compreende todas as atividades espontâneas, prazerosas e criadoras, que o ser humano
busca para melhor ocupar seu tempo livre. Deve
principalmente atender aos diferentes interesses
das diversas faixas etárias.
Divercreio
CICLO 2014/2015
A prática consistiu em reorganizar o recreio escolar dos alunos,
principalmente com o objetivo de reduzir o número de acidentes que
aconteciam nesse período. Entre as mudanças propostas, foram incluídas
atividades que despertassem o senso de responsabilidade, colaboração,
confiança, educação e respeito. E ainda com o desenvolvimento do
raciocínio lógico e concentração.
A escola tem vivenciado um aumento de ansiedade
nas crianças o que gera comportamento hiperativo
em diversos locais, momentos, especialmente nos
períodos de intervalos entre atividades formais. Entendemos que estas situações estejam diretamente
relacionadas à ausência de ações significativas nestes momentos de intervalos ou mesmo, pela falta de
experiência com atividades que envolvam o espírito
de colaboração e o respeito pela opinião do outro.
O recreio, por representar um intervalo maior entre
as atividades previstas, torna-se um momento passível de aumento da incidência de atos impulsivos
tornando as brincadeiras perigosas e ocasionando
acidentes dentro da escola, uma vez que a falta
de opções, de estímulos positivos e de desconhecimento sobre o universo lúdico, podem ser elementos capazes de influenciar atitudes de rebeldia.
Além disso, existem as “competições” entre grupos
existentes dentro da escola, que também utilizam
da impulsividade para resolver desavenças.
De acordo com Lucon e Schwartz (2007) é por meio
das situações de brincadeira que se pode desenvolver os vínculos afetivos e sociais positivos para,
assim, poder viver em grupo e encontrar uma forma
única ou principal de instrumentalizar a educação
para a vida.
A finalidade do CSFX, ao desenvolver o Projeto DIVERCREIO, é
“instrumentalizar todo processo de ensino/educação como meio
de preparar os alunos para o exercício consciente da cidadania - formando o sentido de responsabilidade nas situações
em que a participação, a criatividade o senso empreendedor, a
cooperação, a disciplina, a ordem, o respeito, o caráter e o bom
senso lhes forem exigidos como atitude de vida.”
Este projeto iniciou com a preocupação do Serviço de Orientação
Educacional (SOE), juntamente com a Coordenação de Ensino
Fundamental I com registros de diversos acidentes envolvendo
alunos ocorridos no período do intervalo de recreio. A partir
desta constatação o SOE iniciou em fevereiro de 2014 uma reorganização das atividades durante o recreio com continuidade
até dezembro do ano de 2014, envolvendo os alunos do Ensino
Fundamental I – do 1º ao 5º ano.
Inovar, organizar, vivenciar, respeitar, participar, divertir foram
algumas das palavras chaves que envolveram os alunos e monitores durante todo o ano de 2014 no período de recreio com
estratégias de envolvimento para alunos. Foram realizadas reuniões com monitores, coordenação, professores e alunos, para
que todos tomassem consciência da importância da nova organização do recreio. A partir daí, o recreio foi reorganizado com
quatro setores em diferentes espaços, sendo dois horários de
recreio: o primeiro para as turmas do 1º ao 3º anos e o segundo
recreio para o 4º e 5º anos. Nos diferentes setores, brincadeiras
e brinquedos ou jogos foram disponibilizados aos alunos.
Ao final de cada etapa letiva, o índice de acidentes e conflitos
era analisado pelos monitores, Coordenação e SOE. Concluiu-se
que o projeto aplicado conseguiu diminuir acidentes com alunos
assim como evitar muitos conflitos gerados pelos mesmos no
período fora da sala de aula.
Integrantes: Luciene Nascimento Cardoso, Kelly Cristina Leite, Marcia Bonicenha e Simone Brandão Almeida Barroso
106
107
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
REFLEXÕES - Salas de aula. Sensibilização e conscientização
A Orientadora Educacional, Luciene Nascimento fez um levantamento do conceito do recreio junto aos alunos.
Os mesmos puderam colocar suas opiniões e sugestões sobre como brincar e do que brincar durante o recreio
para evitar acidentes e ainda manter um clima sempre harmonioso nas relações. As sugestões dos alunos
foram ouvidas e foram registradas para, mais tarde, serem selecionadas. Uma das sugestões dadas pelos
alunos foi a montagem de cantos de leitura pelos corredores da escola, sala de informática com jogos livres
por turma e retomadas das brincadeiras com brinquedos antigos, como, por exemplo: pé de lata, dança das
cadeiras, pula corda e xadrez.
ESCOLHA DO NOME DO PROJETO
Os alunos fizeram a escolha do nome do projeto através de votação por turma. A seleção foi feita por uma
banca avaliadora composta pela Coordenação/Supervisão e Orientação. Os finalistas foram: RECREAR RECRIANDO
O RECREIO, PROJETO RECREIO, DIVERCREIO. Dentre os três selecionados o DIVERCREIO foi o vencedor.
OBJETIVOS PROPOSTOS PARA OS ALUNOS
OBJETIVOS GERAIS
• Diminuir acidentes com alunos no período de recreio escolar;
• Desenvolver atitudes de educação e respeito;
• Despertar senso de responsabilidade;
• Estimular atitudes de colaboração e confiança entre monitores e demais alunos;
• Proporcionar condições para que o aluno sinta a importância de sua participação em atividades escolares;
• Desenvolver o raciocínio lógico, a concentração e a capacidade de obedecer às regras de cada jogo proposto;
OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Promover durante o recreio um ambiente fortalecedor das relações sociais e minimizar comportamentos
impulsivos, proporcionando aos alunos momentos de interação lúdica onde a expressão espontânea e
organizadora capacidade relacional, se estruturem de maneira equilibrada de autônoma;
• Resgatar o recreio como um espaço relevante para o desenvolvimento biopsicossocial;
• Integrar os alunos das diversas turmas um momento de lazer, oportunizando ou desenvolvendo postura
mais solidária e harmoniosa;
• Contribuir para tornar a escola um espaço prazeroso;
• Distribuir turmas envolvidas em dois recreios distintos.
MATERIAIS UTILIZADOS
• Jogos tabuleiros: Damas, Uno,xadrez, Pictchureka, Lince, Torre e Copos e outros sugeridos pelos alunos
• Jogo de ping pong
• Bolas/cordas
• Parquinho
• Computador (sala de informática)
• Livros
• Aparelho de som
108
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Nesta etapa aconteceu a reunião com monitoras envolvidas no projeto junto ao SOE e Coordenação. Foi montada
a escala de setores de brincadeiras. Os responsáveis por cada setor providenciaram caixas plásticas de fácil
manuseio e transporte para armazenar materiais do recreio. As caixas ficaram armazenadas no próprio setor.
Esta fase do projeto foi avaliada pelos alunos envolvidos e coordenadores.
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Nesta etapa aconteceu a reunião com monitoras envolvidas no projeto junto ao SOE e Coordenação. Foi montada
a escala de setores de brincadeiras. Os responsáveis por cada setor providenciaram caixas plásticas de fácil
manuseio e transporte para armazenar materiais do recreio. As caixas ficaram armazenadas no próprio setor.
Esta fase do projeto foi avaliada pelos alunos envolvidos e coordenadores.
Logo criada pela equipe
109
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Ensino Fundamental I – 9h às 9h15min – 4o e 5o ano (MANHÃ)
Locais
Área sala dos
professores
Parquinho
Pátio em frente à
cantina
Lab. Informática
MONITORES - MATUTINO
Segunda
40
Terça
41
Quarta
42
Quinta
50
Sexta
51/52
51/52
50
40
51/52
41
40
42
41
50
42
42
50
51/52
40
41
Ensino Fundamental I – 9h15min às 9h 30min – 1o / 2o e 3o ano (MANHÃ)
Locais
Área sala dos
professores
Parquinho
Pátio em frente à
cantina
Lab. Informática
Segunda
10
Terça
11
Quarta
20
Quinta
30
Sexta
31
31
30
10
31
11
10
20
11
30
20
20
30
31
10
11
110
Terça
JANE
Quarta
JANE
Quinta
JANE
Sexta
JANE
MAYNARA
SUELEN
MAYNARA
SUELEN
MAYNARA
SUELEN
MAYNARA
SUELEN
MAYNARA
SUELEN
MONITOR
MONITOR
MONITOR
MONITOR
MONITOR
Locais
Área sala dos
professores
Parquinho
Pátio em frente à
cantina
Lab. Informática
Segunda
MAYNARA
Terça
MAYNARA
Quarta
MAYNARA
Quinta
MAYNARA
Sexta
MAYNARA
SUELLEN
EUNICE
SUELLEN
EUNICE
SUELLEN
EUNICE
SUELLEN
EUNICE
SUELLEN
EUNICE
MONITOR
MONITOR
MONITOR
MONITOR
MONITOR
Escala de Brincadeira por setor
Segunda
43
Terça
44
Quarta
53
Quinta
54
Sexta
55
55
54
43
55
44
43
53
44
54
53
53
54
55
43
44
Ensino Fundamental I – 15h às 15h15min – 1o/ 2o e 3o ano (TARDE)
Locais
Área sala dos
professores
Parquinho
Pátio em frente à
cantina
Lab. Informática
Segunda
JANE
TARDE - VESPERTINO
Ensino Fundamental I – 14h45min às 15h – 4o e 5o ano (TARDE)
Locais
Área sala dos
professores
Parquinho
Pátio em frente à
cantina
Lab. Informática
Locais
Área sala dos
professores
Parquinho
Pátio em frente à
cantina
Lab. Informática
Segunda
12/13
Terça
21
Quarta
22
Quinta
32
Sexta
33
33
32
12/13
33
21
12/13
22
21
32
22
22
32
33
12/13
21
RESPONSÁVEL
Monitor lab
Jane
LOCAL
LAB
Área sala dos
professores
Parquinho
Segunda
Cinema
Trava de
futebol
Brinquedos do
parquinho
Suelen
Pátio frente a
cantina
Ping pong
Pé de lata
Eunice
Quadras de Ed. Futebol
Física
Queimada
Vôlei
Maynara
Terça
jogos
jogos
Quarta
cinema
cinema
Quinta
jogos
jogos
Sexta
cinema
cinema
Brinquedos do Dominó
Pula elástico
Brinquedos do
parquinho
Brinquedos do Brinquedos do parquinho
Quebra cabeça parquinho
parquinho
Jogos da
memória
Dança das
Tapete de
Xadrez gigante Livros
cadeiras
dança
Revistinhas
Futebol
Queimada
Vôlei
Futebol
Queimada
Vôlei
Futebol
Queimada
Vôlei
Futebol
Queimada
Vôlei
111
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA OS PAIS DOS ALUNOS
Durante a implementação do projeto, a Coordenação, juntamente com a Orientação Educacional e Supervisão Pedagógica
enviou fotos dos alunos e informações sobre os objetivos do projeto às famílias por meio da agenda eletrônica semanal,
como também em reuniões com pais. Durante as reuniões os pais verbalizavam a satisfação pela preocupação da escola
com os alunos.
O PROJETO DIVERCREIO alcançou resultados muito positivos, superando nossas expectativas:
• Senso de pertencimento e valorização das sugestões dadas pelos alunos para definição da proposta do projeto;
• Satisfação do aluno em poder participar de diferentes atividades programadas no momento do recreio;
• Diminuição dos acidentes ocorridos com os alunos durante o recreio;
• Organização das brincadeiras durante o recreio;
• Diminuição de conflitos a serem resolvidos após o recreio pelo professor regente;
• Menor procura dos alunos pela orientadora na resolução de conflitos;
• Desenvolvimento de habilidades como concentração, obediência a regras e raciocínio lógico;
• Manutenção de um ambiente harmonioso e propício à educação, a partir da convivência saudável dos alunos;
CONCLUSÃO – RESULTADOS OBTIDOS
O projeto Divercreio ofereceu atividades lúdicas mais adequadas para o espaço da escola. Essa proposta pode transformar o período do recreio com mais organização, proporcionando interação e integração entre alunos, construindo
situações socioafetivas.
O projeto oportunizou aos alunos diferentes meios de adquirir conhecimentos, convivência saudável em grupos maiores,
respeito aos colegas e às regras de cada jogo, respeito pelos
funcionários da escola, interesse pela escola e habilidades
fora da sala de aula, seu próprio valor e importância, dando
uma nova visão de interação aos alunos.
“Durante o recreio antes do projeto,
os alunos ficavam sem saber o que
fazer. Era um corre corre e após o
recreio eram muitos conflitos para
resolver. Agora, os alunos querem ir
para o recreio e já sabem em que
setor a turma irá ficar. Voltam mais
tranqüilos para a sala de aula.”
Delme, professora do Ensino
Fundamental I
No início da aplicação do projeto, observou-se que os alunos
saiam para o recreio de forma desordenada, pois os mesmos
ainda não tinham conhecimento do trabalho que seria desenvolvido Nos primeiros dias houve pouca participação dos
alunos, alguns, talvez por timidez, outros por desinteresse.
Os que participavam agiam de forma desorganizada.
Agenda eletrônica enviada aos familiares sobre o projeto
No decorrer da aplicação do projeto observou-se uma procura maior por parte dos alunos com relação ao material
e às atividades propostas, demonstrando preferência por
um ou outro material/setor. Alguns dias depois os alunos
já estavam habituados com a presença dos monitores e a
organização das brincadeiras por setor.
No ano de 2014, o Ensino Fundamental I registrou, junto ao setor de atendimento, apenas 05 (cinco) ocorrências para
acidentes com alunos durante o recreio, considerando 630 alunos no pátio: Um aluno do 2º ano foi picado por uma
abelha; outro aluno, também do 2º ano, torceu o pé ao correr; uma aluna do 4º ano pisou na mão da outra colega; outra
ao brincar de pique torceu o pé e quebrou o tornozelo, e por fim, uma aluna do 5º ano, torceu o dedo.
112
“Ao acessar a agenda eletrônica do CSFX
em minha casa, fiquei muito satisfeita
com a escola. Pude observar que tem
uma preocupação com meu filho durante o recreio, existe um cuidar. Ao mesmo tempo em que ele brinca se diverti
alguém está junto, há uma organização
para que tudo aconteça em segurança.
Tenho confiança em deixar meu filho em
uma escola grande como o CSFX porque
sei que existe organização e controle
nas atividades propostas como exemplo, o projeto Divercreio. Meu filho até a
presente data não esteve envolvido em
acidentes dentro da escola.”
Herondina Carla Maia Sales
Mãe do Filipe Maia Sales da turma 43
“O recreio ficou muito mais divertido.
A cada dia da semana a turma tinha
um lugar na escola que era só dela!
Brincávamos com vários brinquedos
colocados a nossa disposição. E se
tivesse algum problema para resolver, a monitora do recreio sempre estava por perto. Na minha turma não
teve nenhum um aluno que sofreu
acidentes durante o ano. O projeto é
muito bacana!”
Lélia Bacha
Aluna da turma 43
Lições Aprendidas:
Ao criar estratégias e organizar o espaço no momento do recreio, percebemos que instigamos o exercício da autonomia e
integração dos alunos, por meio da decisão, participação e efetivação das atividades propostas, apresentando mudanças
de atitude de comportamento tanto em sala de aula como durante o recreio.
Durante a operacionalização do Projeto levamos em consideração por muitas vezes a opinião dos alunos e respeito
das atividades que os mesmos tinham interesse em desenvolver no recreio; isso nos permitiu uma maior aproximação,
confiança e respeito por parte dos mesmos. Percebemos que quando os alunos decidem coletivamente as atividades a
serem realizadas, identificam e fazem parte integrante do processo, dessa forma respeitam e cuidam para que todos
vivenciem da melhor maneira possível as atividades propostas.
Os participantes do projeto tiveram a oportunidade de dialogar e se expressar, seja por meio de atividades, reuniões em
grupo quanto com alunos, criando e recriando ou até mesmo modificando estratégias a partir das sugestões dos alunos.
Pudemos viabilizar oportunidades de cooperação, respeito e momentos de crescimento dos alunos no comportamento
ou mesmo na organização de registro em sala de aula após o recreio, relativizando o conceito de intervenção no recreio
como mais uma ferramenta de controle da disciplina na escola, organização em sala de aula como também uma forma
de evitar acidentes graves não deixando de evidenciar a autonomia dos alunos, pois sem eles nada do que realizamos
seria possível ou teria importância.
113
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Satisfação
do Cliente
114
115
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Pensando em uma prática simples, em um canal rápido de comunicação com o cliente e em proporcionar uma
economia para a instituição, a equipe de marcação de atendimentos por telefone iniciou em julho de 2013 o
envio de mensagens para confirmação do atendimento de consultas e revisões através de mensagens de texto
de celular (SMS). A ferramenta é uma conexão de resultado comprovado, que possui os seguintes benefícios:
Confirmação
de Atendimento
através de SMS
Satisfação do Cliente:
• Fortalecimento da imagem com clientes e colaboradores;
• Avanço em Tecnologias
• Comunicação rápida e eficaz com o cliente.
Economia:
CICLO 2013/2014
A equipe de marcação
de atendimentos por
telefone implantou o
envio de mensagens
de texto por celular
(SMS) para confirmar
os atendimentos de
consultas e revisões
agendados. Com essa
prática simples, foi
possível agilizar e
reforçar a comunicação
com o cliente e
proporcionar economia
para a instituição.
• Custo único para envio em todo o país, através de qualquer operadora;
• Custo zero para setup e implantação;
• Custo zero para manutenção, suporte, integração e treinamento.
As mensagens são enviadas com o seguinte cronograma:
Segunda-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que
serão realizados na Terça e Quarta - feira.
Quarta-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que
serão realizados na Quinta e Sexta - feira.
Sexta-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que
serão realizados no Sábado e Segunda - Feira.
No período de 08/07 julho a outubro/2013 foram enviadas
61.332 mensagens, sendo o custo de cada SMS R$ 0,10 centavos.
Segurança da Informação:
• Respeito à privacidade de quem recebe as mensagens, com informação apenas do número de IH –
Identidade Hospitalar;
• Validação dos números de celulares destinatários antes do envio às operadoras;
• Acesso aos relatórios de entrega de SMS.
Desenvolvimento
A prática é extensiva a todos os usuários das Unidades I e II do Hospital Márcio Cunha, sejam eles por meio de convênios,
pelo Sistema Único de Saúde ou particular. As mensagens são enviadas no padrão SMS através do site www.zenvia360.
com.br nas opções de SMS rápido (apenas uma
mensagem), SMS para Grupo (no caso de criação de grupo específico de clientes) e SMS por arquivo (compilação de dados
em um único arquivo), sendo este o utilizado no momento.
As assistentes ou supervisora da área de marcação por telefone retiram o relatório de consultas e revisões marcados
no Hosix, que gera um arquivo salvo em diretório específico na rede FSFX. Depois, basta acessar o site www.zenvia360.
com.br com login e senha específicos, escolher a opção de envio por arquivo e disparar o envio das mensagens.
A mensagem chega no celular do cliente no seguinte formato:
“Favor não responder. Confirmação IH: 4119983. Consulta HMC 2 / SALA104 dia 25/11/2013 às 15:30 hs. Cancelamento
até 6 horas antes da consulta”.
116
117
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Resultados
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
A prática de envio de mensagem foi bem aceita pelos beneficiários, tivemos a oportunidade de aferir
estes dados devido a prática ter sido divulgada na Intranet da empresa recebendo 130 curtidas e
alguns comentários como os que seguem:
Lições aprendidas
• Aprendemos que a prática poderá ser de grande utilidade nas demais áreas da empresa, tanto que a Gerência de
Consultórios implantou o aviso de SMS para cancelamento de consultas por afastamento médico.
• Outras áreas e serviços também podem se beneficiar pela prática como, por exemplo, Financeiro; Aviso de parcelas a
vencer ou vencidas; Solicitação de contato com a Operadora/ Hospital; Código de barras para pagamento de faturas;
campanhas de marketing e ações para fidelização do cliente.
118
119
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Envio por email do
preparo e comprovante
de agendamento de
exames para o cliente
Desenvolvimento
Buscando uma forma de minimizar os transtornos causados ao cliente e a perda financeira das áreas, foram iniciados
testes com o sistema de gestão hospitalar para verificar a melhor forma para envio do comprovante de atendimento
e o preparo do exame ao cliente através de e-mail. Foi criado ainda uma caixa postal FSFX – HMC – Marcação Telefone
para ser o e-mail remetente das mensagens, bem como elaborado texto e assinatura padrões encaminhados ao cliente,
conforme imagem abaixo.
CICLO 2014/2015
A prática surgiu em função de reclamações de clientes quanto à falha na
comunicação, sendo os principais motivos: comparecimento em unidade, dia ou
horário diferente do marcado e o desconhecimento do cliente quanto ao preparo.
Decidiu-se enviar ao cliente, por email, o preparo necessário para realização do
exame, bem como o comprovante de agendamento do atendimento. Como resultado, a
prática trouxe queda expressiva nas reclamações relacionadas à comunicação.
A Marcação de Atendimento por telefone
iniciou em 30/06/2014 o envio do preparo
de exames da Medicina Diagnóstica aos
clientes que realizam os agendamentos
destes exames através do telefone 3829
9600. No período de Janeiro/2013 a Junho/2014, registrou-se 15 ocorrências
registradas devido à falha de comunicação sendo os principais motivos:
• O cliente comparecia em unidade, dia
ou horário diferente do marcado;
• O cliente informava não saber que o
exame necessitava de preparo;
• O cliente não anotava o preparo corretamente ou por completo;
• O atendente não informava o preparo
completo.
Também foi alterado o script de atendimento. Dessa forma, no momento do agendamento as atendentes passaram a
perguntar ao cliente se o mesmo possui e-mail para recebimento do comprovante de agendamento e preparo. Assim, o
cadastro no sistema de gestão hospitalar foi atualizado com este dado, acrescentando que se não ocorrer o recebimento
no mesmo dia, é preciso que o cliente entre em contato com a Fundação para verificação.
No sistema foram salvos o comprovante e o preparo em formato PDF, que seguem em anexo no Outlook para envio ao
cliente. A mensagem enviada é direcionada aos itens enviados da Caixa Postal FSFX – HMC – Marcação Telefone e estas
mensagens posteriormente são salvas pela assistente por um período de três meses no diretório G:\SPRC\Gestão\Marcação por telefone e Central telefônica\Supervisão\Confidencial\E-mail confirmação e preparo.
Resultados
A partir de sua implantação 30/06/2014 a 31/12/2014 a equipe teve apenas nove ocorrências registradas, referente a
falhas na comunicação. Contudo, apenas uma referente ao envio do e-mail com o comprovante de agendamento e preparo
(Ocorrência nº 64319 – Módulo de ocorrências/CSPS).
A equipe concluiu que com pequenas práticas e utilizando a tecnologia ao nosso favor, é possível fortalecer o relacionamento com o cliente, garantindo o seu atendimento e a sua satisfação. Com o envio do e-mail, ele está de posse das
informações necessárias para não se esquecer do dia, hora, unidade do atendimento e principalmente realizar o preparo
de forma correta e assim evitar perda financeira para a instituição.
Equipe: Claudinária Cristina Soares Paiva e Vanise Melo de Carvalho do Carmo
120
121
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Ideias que
Transformam
122
123
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Bolsa para transporte de lâmpadas
fluorescentes
Utilização de um braço artificial
nas orientações de auto cuidado
com Fístula Arteriovenosa
Ciclo 2013/2014
Autores
Geraldo do Carmo Costa, Marco Antônio Coura Bueno, José Maria Alvarenga,
Jaqueline Rola, e Walassy Silvério
Problema
O Colégio São Francisco Xavier possui, aproximadamente, 60 salas de aula, com
30 lâmpadas fluorescentes cada sala, além das salas administrativas. Em média, são trocadas 125 lâmpadas por mês. O período para trocar as lâmpadas é
restrito ao intervalo das 12h às 13h. Com isso, a movimentação das lâmpadas
e escadas deve ser feita com muito cuidado e agilidade. Atualmente, as lâmpadas são transportadas em suas caixas originais de embalagem que, muitas
vezes, se desfazem e não resistem aos impactos, exigindo um maior tempo
para o processo de transporte e, às vezes, quebra das lâmpadas. É importante
salientar que o processo atual apresenta risco de acidente para o colaborador e alunos. Em média são trocadas 800 lâmpadas/mês em toda a Fundação São
Francisco Xavier.
Solução / Ideia
Confeccionar bolsas em lona para abrigar as lâmpadas fluorescentes no momento da troca nas diversas unidades da Fundação São Francisco Xavier.
Recursos Necessários
60 cm de lona para a bolsa e velcro para fechamento.
Ciclo 2014/2015
Autora
Patriciane Bastos Guimarães
Problema
A Fístula Arteriovenosa (FAV) é um acesso vascular definitivo confeccionado por meio de cirurgia de pequeno porte nos
membros superiores realizada para o tratamento dialítico. Depois de realizada a cirurgia, os pacientes e familiares precisam ser orientados pelos profissionais da assistência sobre alguns cuidados. Percebe-se que, durante as orientações,
há dificuldade por parte dos ouvintes em assimilar o que realmente representa a cirurgia.
Solução / Ideia
A idéia utilizar um braço artificial para ilustrar as orientações e, proporcionar ao paciente e ao familiar, o entendimento
necessário sobre os cuidados com a FAV. Ao utilizar o braço artificial, as pessoas conseguem entender, por meio da
demonstração, o processo que expõe a área interna onde ocorre a anastomose.
Recursos Necessários
Um braço artificial, confeccionado de tecido, contendo área interna lavável com os vasos sanguíneos e anastomose.
Benefícios esperados
- Otimizar as orientações ofertadas para o paciente no período pré e pós confecção da FAV, conscientizando o paciente
e familiar sobre a necessidade do auto cuidado no membro que apresenta a FAV, facilitando a compreensão do paciente
e família, através da dinâmica e visibilidade de como é feita.
Previsão de Custo
Fornecedor: Capotaria Brandão - R$ 40,00 (Quarenta reais)
Durabilidade: pelo material utilizado (lona), em média 2 anos.
Benefícios esperados
- Melhorar o processo de troca de lâmpadas, reduzindo o tempo gasto;
- Reduzir os riscos de acidentes com o colaborador e alunos durante o transporte e troca das lâmpadas;
- Reduzir custo com quebras de lâmpadas durante o transporte e troca.
124
125
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Venoscópio
Padronização de cores para
troca de equipos
Ciclo 2013/2014
Ciclo 2014/2015
Autores
Danyel Erich Duarte Dias e Carmem Lúcia Soares e Santos
Problema
Devido ao número repetitivo de punções em pacientes de difícil acesso venoso, muitas vezes, o procedimento acarreta
em ansiedade, dor e hematoma. Há ainda um maior número de materiais gastos com o procedimento e abertura de sítio
de possíveis infecções. Outro fator identificado é a necessidade de interconsulta com Cirurgião Geral para punção de
Cateter Venoso Central (CVC) por dificuldade de acesso periférico, o que gera, consequentemente, o aumento do número
de infecção hospitalar por CVC; aumento do número de Flebite (Inflamação da rede venosa) e dificuldade de visualização
/ palpação da rede venosa.
Solução / Ideia
Aquisição/implantação de um novo método tecnológico denominado Venoscópio, equipamento este que por uma simples
projeção de luz é capaz de permear o tecido subcutâneo e permite a visualização de uma veia específica antes de
puncioná-la, minimizando a dor e ansiedade dos pacientes submetidos a este processo na instituição.
Recursos Necessários
• Aquisição do material em parceria com as empresas já cadastradas (B.Braun) • Compra do aparelho • Treinamento de
pessoal para manipulação do equipamento • Comodato • Valor de mercado com valor entre R$ 700,00 a R$ 1.000,00 •
Profissionais com conhecimento sobre o instrumento / representante do fornecedor.
Benefícios esperados
Redução de custos, devido a quantidade de materiais utilizados relacionados a maior eficácia do processo, com o auxílio
do produto • Maior segurança e bem estar do paciente e funcionário • Visualização da rede venosa de forma rápida e
precisa, com avaliação do calibre, trajeto e permeabilidade do acesso • Efetivo auxílio na punção do acesso em pacientes
críticos, obesos, pele negra, crianças, recém nascidos • Otimização da punção/coleta • Redução de flebite • Redução
de Infecção hospitalar • Redução da necessidade de avaliação com Cirurgião Geral para punção de acesso venoso central • Aumento do índice de satisfação do cliente • Redução de dor, hematoma e insatisfação do cliente • Redução da
necessidade de garroteamento que interrompe de forma temporária o fluxo sanguíneo alterando possíveis parâmetros
bioquímicos / hematológicos • Reduz necessidade da segunda punção • Inovação.
126
Autoras
Matilde Oliveira e Bruna Maria de Oliveira
Problema
A identificação atualmente é realizada por fita adesiva e a data escrita a caneta. A codificação por cores estabelece uma
melhor identificação na visualização diferenciada por cores.
Solução / Ideia
A ideia consiste em identificar os equipos (um tubo de material flexível que conecta o frasco de soro com a dieta à sonda
do paciente) nos setores de internações do HMC, com o objetivo de garantir a troca correta a cada 72 horas e minimizar
riscos de infecção, conforme preconização da ANVISA (www.anvisa.gov.br/servicosaude).
Recursos Necessários
• Fitas adesivas coloridas
• Tabela com definição/padronização de cores
Benefícios esperados
•Troca correta de equipos a cada 72 horas diminuindo as possibilidades de infecção hospitalar por bacteremia, septicemia,
choque pirogênico e flebites.
• Redução de permanência hospitalar, gastos com antibióticos.
DIA
DA
SEMANA
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA
SÁBADO
DOMINGO
COR
DO
DIA
VERDE
AMARELO
AZUL
LARANJA
PRETO
VERMELHO
BRANCO
COR
DA
TROCA
PRETO
VERMELHO
BRANCO
VERDE
AMARELO
AZUL
LARANJA
127
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Reaproveitamento
de água potável
Ciclo 2014/2015
Autores
Ines Alves dos Santos, Charlene Keika Lomar Araujo Nascente, Danubia Reis e Karylle Rayane de Souza
Problema
Ao realizar a limpeza das caixas d’água, é desprezado grande volume de água potável (estima-se
220mil litro de água a cada seis meses).
Solução / Ideia
A ideia seria a construção de um reservatório (subterrâneo) pressurizado para reutilizar esta água.
O reaproveitamento dessa água servirá para irrigar jardins, realizar limpezas externas entre outros.
Recebendo o tratamento adequado, poderá ser reaproveitada no próprio ambiente hospitalar.
Recursos Necessários
• Materiais de construção
• Mão de obra
• Espaço já disponível
Benefícios esperados
Os benefícios são de impacto ambiental, com a redução de custo com caminhão pipa para irrigação de
jardins e a redução do custo com água potável.
128
129
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
EXPEDIENTE
Luís Márcio Araújo Ramos
Diretor-Executivo da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde
Adriana Leite Chaves Quintela
Superintendente de Gestão
Mauro Oscar Soares de Souza Lima
Superintendente do Hospital Márcio Cunha
Adseu Álvares de Andrade
Superintendente de Planos de Saúde
Solange Liége dos Santos Prado
Superintendente do Colégio São Francisco Xavier
Carlos Antônio de Souza
Superintendente do Centro de Odontologia Integrada
Amália Regina Lage Leão
Superintendente de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente
José Carlos de Carvalho Gallinari
Assessor Especial de Relações Institucionais
Alessandra Pinto Simões
Assessora de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade
Alexandre Albuquerque Guimarães
Assessor da Auditoria Corporativa
Felipe Lannes de Aguiar Pacheco
Assessor Jurídico
Érica Pascoal Fernandes
Assessora de Comunicação
FICHA TÉCNICA
Produção | Assessoria de Comunicação
Textos | Assessoria de Comunicação e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade
Design e diagramação | Café c/ Design
Fotografia | Arquivo FSFX, Nilmar Lage, João Rabelo e Gustavo Jácome
130

Documentos relacionados