Programa PrÁTICaS E IDEIaS QUE TraNSFormam
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Programa PrÁTICaS E IDEIaS QUE TraNSFormam
Pública Programa PRÁTICAS E IDEIAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM APRESENTAÇÃO Uma boa ideia pode nos ocorrer em um instante inusitado, num momento cotidiano ou inesperado, mas quase nunca ao acaso. O acaso é fruto da sorte, do acontecimento incerto para quem não faz acontecer. Diferente daquele clique, daquela luz que parece acender de repente em nossa mente. Essa luz, chamada inspiração, surge da vontade, da curiosidade, do olhar apurado para observar o cotidiano de forma peculiar e ainda criar novas possibilidades. Na Fundação São Francisco Xavier não é diferente. A cada dia encontramos colaboradores que lidam com processos que necessitam de aperfeiçoamento, determinados a fazer a diferença, em um ambiente propício à disseminação e aplicação de ideias eficazes para os processos organizacionais. O programa Práticas que Transformam ilustra bem essa iniciativa. Sua essência está na valorização da criatividade e inventividade dos colaboradores que lidam diretamente com processos, que promovem ações com resultados comprovados e que trazem melhorias para a instituição. 4 O objetivo é estimular a produtividade e disseminar conhecimentos em equipe, sempre apostando nas competências e habilidades individuais dos colaboradores. Por meio desse trabalho, é possível demonstrar que nem sempre o aprimoramento das atividades depende de altos investimentos e que a simplicidade pode ser a chave de grandes resultados. Em três anos de programa, as ações inscritas foram avaliadas por segmentos e em momentos distintos. A cada trimestre foram escolhidos os destaques nas categorias “Saúde e Segurança”, “Educação” e “Administrativa”. E, ao final de cada ano, a premiação para as práticas reconhecidas pelos melhores resultados. Neste caderno você conhecerá algumas dessas iniciativas e os benefícios gerados aos colaboradores, clientes e à instituição. Nosso desejo é que o programa Práticas que Transformam continue sendo fonte para se compartilhar oportunidades grandiosas – dentro e fora da Fundação São Francisco Xavier –, fazendo do conhecimento uma ferramenta institucional permanente. Mais do que boas soluções, aqui está uma amostra de ideias inovadoras aplicáveis, capazes de continuar a inspirar outras e outras práticas que transformam nossa realidade. Um forte abraço, Luís Márcio Araújo Ramos Diretor-Executivo da FSFX e Usisaúde 5 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM ÍNDICE 8 HISTÓRICO DE BONS RESULTADOS 14 16 20 23 PRÁTICAS DA SAÚDE E SEGURANÇA FISGA CAIXA CARRINHO MULTIUSO NO CTRS PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS CUIDADOS E PREVENÇÕES NO TRATAMENTO DO CÂNCER DILUIDOR DE ÁCIDO PERACÉTICO USO DO MEDICAMENTO SILDENAFIL NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDO (HPPRN) INDICADORES DE PROCESSOS: BUNDLES MANEJO PRECOCE DO PACIENTE EM UTI GERENCIAMENTO DE RISCOS ASSISTENCIAIS E TRATAMENTO PRECOCE DA SEPSE GRAVE EM ADULTO SIMULADO PRÉ-PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA 26 28 32 35 38 40 42 PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS 44 ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA TIPO D (SUPORTE AVANÇADO) 46 RETROFIT E AUTOMAÇÃO DAS LAVADORAS DO HOSPITAL MÁRCIO CUNHA 49 MELHORIA DA EFICIÊNCIA COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE DAS SECADORAS DE ROUPAS 52 IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISOS DOS APARTAMENTOS DA UNIDADE II DO HMC 56 IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA METODOLOGIA ORÇAMENTÁRIA 61 QUEBRA DE PARADIGMAS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DA FSFX 66 REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS ANÁLISE DO CONTRATO PARA COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D 66 MENSURAÇÃO DE RESULTADOS DE CAMPANHA 78 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO CORPO CLÍNICO DO HMC 82 SOROTECA INFORMATIZADA 86 PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO 88 PROJETO CUIDAR 92 SARAU LITERÁRIO 96 PROJETO GAIA 100 ENEM 1500 106DIVERCREIO 114 SATISFAÇÃO DO CLIENTE 116 CONFIRMAÇÃO DE ATENDIMENTO ATRAVÉS DE SMS 120 ENVIO POR EMAIL DO PREPARO E COMPROVANTE DE AGENDAMENTO DE EXAMES PARA O CLIENTE 122 IDEIAS QUE TRANSFORMAM 6 7 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM HISTÓRICO DE BONS RESULTADOS Tatiane Weitzel Gomes Serafim Professora de Educação Infantil e Ensino Fund. I - Colégio São Francisco Xavier - Kátia Regina Campos Venâncio Auxiliar Administrativa - Usisaúde - Thamila Drumond de Alvarenga Lima - Cirurgiã-dentista - Centro de Odontologia Integrada - Rodrigo Antônio Francisco Martins - Técnico de Segurança do Trabalho - Superintendência de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente O programa Práticas que Transformam foi criado em 2010, e já acumula resultados suficientes para demonstrar que sua implantação tem valido a pena. Nesse período, foram inscritas 106 práticas, que seguem aplicadas e em pleno desenvolvimento por diversos colaboradores no dia a dia da instituição. nageados com troféus e medalhas e, ao final de cada ano, a melhor prática entre as finalistas recebe premiação em dinheiro. Mais que uma recompensa, o prêmio valoriza a inovação e o trabalho em equipe aplicados em uma solução, que poderá ser incorporada por outros setores, outras unidades de negócio da FSFX e até mesmo outras instituições públicas ou privadas. Práticas são ações simples, criativas, inovadoras e com resultados comprovados. São criadas e executadas por nossos colaboradores, estagiários, profissionais pró-labore e equipes de trabalho, com o objetivo de melhorar continuamente os processos, fortalecer os resultados e gerar aprendizado coletivo. • Motivar o benchmarking interno e externo, a fim de estimular a adaptação de novos conceitos à realidade e à cultura das unidades. • Contribuir com o desempenho das equipes e otimizar o uso de recursos institucionais e públicos. • Reconhecer seus colaboradores, inclusive estagiários, prólabore e equipes de trabalho. • Estimular a melhoria contínua de seus processos. • Promover o aprendizado organizacional. • Fortalecer resultados. E todo esse esforço é reconhecido. A cada período1, os autores dos trabalhos finalistas de cada uma das três categorias - administrativa, saúde e segurança, e educação - são home8 OBJETIVOS DO PRÁTICAS 1 O ciclo do programa é anual, com pré-seleções períodicas (trimestrais ou semestrais, variando com as regras do regulamento) que concorrem ao reconhecimento final. Exclusivamente em 2010, por ter iniciado o programa em agosto, apenas uma prática foi reconhecida. 2 É a busca das melhores práticas de mercado que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e proativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica, a fim de melhor realizar a mesma função ou outra semelhante. A esse processo de comparação de desempenho dá-se o nome de benchmarking. FLUXO DE AVALIAÇÃO E PREMIAÇÃO FOCO DO PROGRAMA produtividade, sem, contudo, perder em qualidade nos serviços realizados/prestados. Aberto a inscrições de todos os colaboradores, inclusive estagiários, profissionais pró-labore ou equipes de trabalho, e sem limite de práticas com resultados comprovados enviadas por participante, de 2010 a 2012 o programa reconheceu e premiou práticas que geraram resultados em três diferentes áreas: As práticas são focadas em mudanças que geraram resultados na estrutura da organização, nos processos ou para os clientes. Clientes: Práticas que trazem consigo um conjunto de resultados que se traduz no maior bem-estar dos clientes da FSFX e Usisaúde. Dizem respeito à humanização do tratamento, qualidade de vida e satisfação nas relações entre a instituição e seus clientes. • Práticas da Saúde e Segurança, abrangendo ações com foco na assistência ao paciente ou ao colaborador, seja na área Hospitalar, Saúde Suplementar, Odontológica ou Ocupacional. • Práticas da Educação, compreendendo ações voltadas para os processos do ensino regular ou de educação corporativa. Práticas Administrativas, incluindo ações relacionadas à organização e otimização das rotinas de trabalho. • Estrutura organizacional: Práticas relacionadas à melhoria do ambiente organizacional por meio da intervenção e modificação na organização do trabalho e do próprio ambiente, conforto, segurança, saúde ocupacional e bem-estar, trazendo consigo, como efeito secundário, a melhoria da segurança, a diminuição do retrabalho e a otimização de custos. Processos principais: Práticas relacionadas à melhoria das operações. Dizem respeito à otimização e melhoria do trabalho, com o desenvolvimento e incorporação de novas e melhores “formas de fazer”, visando a resolução de lacunas (problemas), a otimização de custos e a ampliação da As práticas são focadas em mudanças que geraram resultados na estrutura da organização, nos processos ou para os clientes. 9 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM 1a ETAPA Avaliação pelo Comitê Externo (Pré-Seleção) 2a ETAPA Definição do finalista do período avaliado pelo Comitê Interno 3a ETAPA Definição do ganhador do ano pelo Comitê Interno FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM •Avaliação de todas as práticas inscritas seguindo os critérios do GUTIB(1) e análise do conteúdo registrado no formulário de inscrição, por um Comitê Externo(2), composto por 3 profissionais. •Discrepâncias significativas(3) entre as pontuações atribuídas à mesma prática pelos avaliadores e participantes tem o veredicto final pelo Comitê Interno(4). •A coordenação do programa calcula a pontuação total do GUTIB (do inscrito e dos integrantes do Comitê Externo). •A coordenação encaminha ao Comitê Interno as 3 práticas melhor(es) de cada segmento para definição do finalista do período avaliado. •Os finalistas apresentam suas práticas durante a Oficina de Líderes(5). •O Comitê Interno analisa as práticas finalistas dos períodos de avaliação, por segmento, e define o ganhador do ano. Este ganhador receberá em definitivo o troféu do Ciclo e a premiação. (1) Ver significado da sigla na página 11. (2) O Comitê Externo é formado por convidados, preferencialmente profissionais do segmento de instituições regionais. (3) Neste programa, entende-se como discrepância significativa o desvio padrão maior ou igual a 3. (4) O Comitê Interno será formado por colaboradores da FSFX e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva. (5) As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração das Unidades de Negócio e no aprendizado organizacional. 10 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO (GUTIB) O programa Práticas que Transformam conta com um Comitê Interno, formado por colaboradores da FSFX e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva, e um Comitê Externo, composto por profissionais externos convidados. São eles os responsáveis por avaliar todas as práticas inscritas, seguindo critérios baseados na Gravidade, Urgência, Tendência, Impacto e Benchmarking (GUTIB). Gravidade: A prática é avaliada pela gravidade do impacto na segurança dos processos (técnicos ou administrativos), na imagem institucional, no cumprimento da legislação e dos compromissos estratégicos firmados pela FSFX e Usisaúde. As notas variam de 1 a 3, em que a gravidade em 1 é Baixa, em 2 é Grave e em 3 é Muito Grave. Urgência: A prática é avaliada em relação ao grau de urgência com que precisam ser enfrentadas as situações. As notas variam de 1 a 3, em que a urgência em 1 é Pouca, em 2 é Urgente e em 3 é Muito Urgente. ao seu impacto positivo e à extensão desse impacto na imagem institucional, na qualidade do serviço, na humanização do atendimento, na racionalização de recursos, no cumprimento dos compromissos firmados, entre outros. As notas variam de 1 a 3, em que o impacto em 1 é Baixo, em 2 é Médio e em 3 é Alto. Benchmarking: Avalia a prática quanto à facilidade com que ela pode ser replicada e quanto à sua aplicabilidade em outras unidades. As notas variam de 1 a 5, em que 1 é Baixo, 3 é Médio e 5 é Alto. Os comitês são responsáveis por avaliar todas as práticas inscritas, seguindo critérios baseados na Gravidade, Urgência, Tendência, Impacto e Benchmarking (GUTIB). Ao final, as notas atribuídas ao GUTIB são somadas e as práticas são classificadas, conforme abaixo: PONTUAÇÃO (SOMATÓRIO) CLASSIFICAÇÃO Maior ou igual a 48 A - Melhores Práticas Menor ou igual a 47 B - Boas Práticas Ideias, dúvidas e reclamações C - Desclassificadas Tendência: A prática é avaliada em relação à tendência de crescimento das situações. As notas variam de 1 a 3, em que a tendência em 1 é Baixa, em 2 é Média e em 3 é Alta. Impacto: A prática é avaliada quanto 11 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM COMITÊ EXTERNO - INTEGRANTES Marcus Vinícius Cotrim Árabe Paulo Rogério C. de Oliveira Márcia Rodrigues Moreira Silvio Custódio de Souza Júnior Antônio Lourenço Lêudson Lopes da Silveira Engenheiro Metalúrgico e Mestre em Metalurgia Física pela UFMG. Engenheiro de Qualidade (CQE) certificado pela American Society for Quality (ASQ) desde 1988. Atua com assessoria/aconselhamento a empresas em prêmios de Qualidade (nacional, mineiro e regional) e como avaliador no prêmio ABRADEE/ETHOS – Responsabilidade Social em 2009-2010. Trabalhou como Especialista Técnico na Acesita/ArcelorMittal Inox Brasil (1985-2008), tendo como principais realizações: coordenação do Sistema de Gestão da Qualidade e Projetos de Melhoria Contínua, além de programas (implantação de políticas, redução de custos, TPM, TCO, benchmarking e outros); liderança da Equipe de BW - Coordenação de Gestão da Informação na implementação de 3 / SAP-R; liderança de planejamento estratégico e investimentos industriais; coordenação do Controle Estatístico de Processo e Certificação ISO, além de pesquisa operacional. Engenheiro Mecânico pela PUC-MG, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Especialista de Qualidade Pleno na Usiminas, professor do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Pitágoras/Ipatinga. Certified Reliability Engineer (CRE), Certified Quality Engineer (CQE) e Certified Quality Auditor (CQA) pela American Society for Quality. É certificado e atua como auditor líder em Sistema de Gestão Integrada (Qualidade, Meio Ambiente e Segurança). Participou do desenvolvimento de diversos projetos de melhoria da qualidade em processos e produtos, assistência técnica nas áreas de sistemas de medição, indicadores de desempenho e manutenção na Siderúrgica del Orinoco (SIDOR) – Venezuela. Autor dos módulos “Coletar e Sumarizar Dados, Capabilidade e Desempenho do Processo” do livro “Certificação em Engenharia da Qualidade, Curso Completo - Preparação para o exame ASQ/CQE" Fundac/Q&G Editora - BH 2011. Licenciada em História e Geografia. Pós-graduada em História do Brasil, Pedagogia Empresarial, Tecnologia da Educação e Didática do Ensino Superior. Na Rede Pitágoras, acumula funções de coordenadora do curso de Pedagogia, campus Ipatinga, instrutora das equipes de Lideranças e palestrante. Assessora pedagógica do Colégio Notre Dame de Lourdes – Cuiabá/Mato Grosso. Professora universitária. É também palestrante do Sesi Nacional e da Coach Brasil. Psicólogo Organizacional e do Trabalho, formado pela UFMG. Pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e especialista em Didática do Ensino Superior. Coaching, membro fundador da ICF (International Coach Federation) capítulo São Paulo. Professor universitário. Consultor do Sebrae-MG. Sócio e consultor da Coach – gestão de talentos, com mais de 10 anos de experiência em consultorias e treinamentos nas áreas de Gestão de Pessoas e Gestão da Qualidade. Maria do Carmo Paixão Rausch Hernani Victor Engenheiro Civil pela UFMG, MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mestre em Administração pela FUMEC. Trabalhou na Vale na área de Planejamento de Mina; foi consultor e instrutor na Fundação Christiano Ottoni (FCO) e Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG – atual INDG). Conduz a Tecsystem: gestão empresarial - especializada em assessorar grandes grupos empresariais em Estratégia, Cenários de Negócios, Balanced Scorecard e projetos especiais para otimização de resultados. Tem em sua formação acadêmica o curso MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação João Pinheiro e Licenciatura em Letras. Atuou na área de Recursos Humanos da Usiminas por 34 anos, como instrutor na formação de menores aprendizes, instrutor de treinamento comportamental, Analista de planejamento de Recursos Humanos e Planejamento de Desenvolvimento de Pessoal. Atualmente atua como Coordenador Administrativo da Conveniada da Fundação Getulio Vargas para Ipatinga e região desde junho de 2009. Médica pela UFMG, especialista em Pediatria e Epidemiologia. Conduziu a implantação da Programação Pactuada e Integrada Assistencial de 2003 a 2006 e coordenou a Central de Regulação Assistencial de Leitos de Minas Gerais de 2005 a 2011. Atualmente, é membro e diretora do Grupo Brasileiro de Acolhimento com Classificação de Risco. Eduardo Ramos Ferraz Graduada em Administração pela UFLA. Pós-graduada em Gestão e Tecnologia da Qualidade pelo CEFET-MG. Atualmente atua como auditora líder das normas ISO 9001 e ONA na DNV e como instrutora do curso de Formação de Avaliadores ONA. Também presta consultoria para implantação de sistemas de gestão da qualidade baseados nas normas ISO, ONA e Boas Práticas de Fabricação. É professora de cursos de pós-graduação de disciplinas da área da Qualidade. Engenheiro de Produção. Especialista em Gestão da Qualidade, atua há dez anos com implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade, MASP, 5S e CCQ. Possui certificados como Auditor Líder ISO 9001 e ISO 14001 e é capacitado nos métodos de Gestão da Excelência, tendo atuado como avaliador no Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), avaliador sênior no Prêmio Mineiro da Qualidade (PMQ), avaliador sênior e instrutor das bancas examinadoras do Prêmio Regional de Qualidade Vale do Aço (PRQ VA), examinador líder da estadual e líder da etapa Brasil do MPE Micro e Pequenas Empresas, além de avaliador de congressos estaduais de CCQ pela União Brasileira para a Qualidade (UBQ). Márcia Barroso Psicóloga Clínica e Organizacional pela PUC-MG. MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Mais de 25 anos de experiência como psicóloga organizacional, professora e coordenadora de cursos acadêmicos e de especialização. Consultora empresarial, instrutora e palestrante na área comportamental. Sócia-proprietária da Podium Consultoria em Recursos Humanos. 12 Farmacêutico-bioquímico, consultor Anvisa na RDC 302:2005, auditor da Det Norske Veritas (DNV) ISO, ONA e NIAHO e especialista em Gestão de Riscos. Márcio Wagner V. de Souza Engenheiro. Atua na Garantia da Qualidade da Usiminas. Célia Naves Anatércia Muniz M. Hoffmann Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFMG. Especialista em Gestão e Tecnologia da Qualidade pelo CEFETE-MG e em Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar pela PUC/MG. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFMG (Epidemiologia do uso do cateter venoso central em unidade de terapia intensiva neonatal). Doutorado em Ciências da Saúde, Infectologia e Medicina Tropical pela Faculdade de Medicina da UFMG (Linha de pesquisa: “Controle Epidemiológico e Gestão de Qualidade Hospitalar”). Auditora da Det Norske Veritas (DNV) ISO 9000 e ONA. Julio César Alvin Engenheiro, professor, especialista em gestão, auditor da qualidade pela ABCQ e ASQ. Diretor acadêmico da UNIPAC, Consultor da META CONSULTORIA S/C e conferencista. Participou da realização de mais de 30 auditorias em sistemas de gestão da qualidade, coordenou o MBA nas áreas de educação e saúde e o núcleo de Pós-graduação da UNIPAC, atuou como assessor de desenvolvimento da Fundação São Francisco Xavier e participou da implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade nas áreas de saúde e educação. Raquel Hatem Enfermeira chefe do Serviço de Diálise do Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte, e auditora externa pela DNV no processo de Acreditação Hospitalar. 13 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM PRÁTICAS DA Saúde e Segurança 14 15 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FATOR PESSOAL OUTROS 9% 4% BATIDA CONTRA OBSTÁCULOS 13% FISGA CAIXA CICLO 2010 O dispositivo evita que o colaborador tenha contato direto com a caixa coletora de material perfurocortante, reduzindo o risco de acidentes e doenças ocupacionais. Redução do risco de acidentes e doenças ocupacionais Em ambientes hospitalares, a utilização, o manuseio e o descarte de agulhas e outros materiais classificados como perfurocortantes são frequentes pelas equipes de assistência. E tão importante quanto a correta utilização desse material é o seu transporte nas caixas coletoras, a fim de preservar a segurança de quem as recolhe. Contudo, a possibilidade e até mesmo a ocorrência de acidentes com colaboradores encarregados por esta função alertaram uma equipe de colaboradores sobre o perigo. E ainda os inspiraram para a criação de uma nova prática a ser utilizada no dia a dia. O “Fisga Caixa” é um suporte metálico feito de material reaproveitado, com função semelhante a uma espécie de extensão do braço humano, que serve para pegar as caixas coletoras de materiais perfurocortantes do carro de transporte e colocá-las dentro do Abrigo de Resíduos Grupos A e E. Cleonice Mendes Medeiros Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza 16 A partir da curiosidade, do olhar apurado e da capacidade criativa dos co- laboradores Flávio Rodrigues da Silva (Segurança do Trabalho), Thiago de Souza Pereira (Higienização Hospitalar), Gilberto Leôncio Berbet Neto (Higienização Hospitalar), Paulo Roberto Moreira (Manutenção e Reparos) e Wanderson Alves de Oliveira (Manutenção e Reparos), o dispositivo elimina o contato direto do colaborador com o material a ser carregado, além de evitar que este tenha que abaixar dentro do carro para pegar as caixas no fundo. Assim, com uma engrenagem mecânica, regulável, basta “fisgar as caixas” com as hastes, uma medida que gera mais conforto e segurança, além de prevenir acidentes e doenças ocupacionais. QUEDA 17% Causas Acidentes Higienização 2010 39% PERFUROCORTANTES 9% 9% TORÇÃO PRENSAMENTO Atualizado em 17/12/2010 Total de Acidentes FSFX: 117 Total de Acidentes Higienização: 23 (representa 20% dos acidentes da FSFX) DESENVOLVIMENTO RESULTADOS OBTIDOS LIÇÕES APRENDIDAS Análise do acidente. Confecção do material. Treinamento prático (DDS - Diálogo Diário de Segurança) com os colaboradores da Higienização Hospitalar. • Implantação do Fisga Caixa na Unidade I do Hospital Márcio Cunha. • Aprimoramento e implantação do Fisga Caixa na Unidade II do Hospital Márcio Cunha. Prevenção de acidentes e doenças osteomusculares. • Redução do risco de acidentes com materiais perfurocortantes para esta atividade. • Melhor conforto para o colaborador na execução da atividade. • Criação de dispositivo com reaproveitamento de materiais (baixo custo). • “Informar os trabalhadores sobre os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa” (NR1 – Ministério do Trabalho, item 1.7, alínea c, inciso II). Solução de melhoria da qualidade e segurança dos colaboradores sem aumento de custos e alinhada ao programa Otimizar para Sustentar3, cumprindo as recomendações de segurança das análises de acidentes e com apoio da gerência. • É possível apreender desta prática, aparentemente simples, a importância de buscarmos a cada dia formas de aprimorarmos não só nas práticas de trabalho, mas também nas práticas de vida e no trato com as pessoas. • • • • • O Otimizar para Sustentar é um programa da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde que envolve todos os colaboradores e profissionais parceiros. Seus objetivos são evitar desperdícios, otimizar custos e despesas, contribuir com a preservação ambiental e melhorar os resultados institucionais. 3 17 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM “A empatia com os colegas de trabalho, principalmente nas horas mais difíceis, nos permite fazer grandes coisas. Nossa lição aprendida é que pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença.” Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza PRÊMIO PROTEÇÃO BRASIL 2011 O projeto Fisga Caixa, eleito pelo Práticas que Transformam como o ganhador entre os apresentados em 2010, foi escolhido pelo Prêmio Proteção Brasil 2011 como o melhor case brasileiro na categoria Ações Corretivas em Saúde e Segurança no Trabalho. Os autores da ideia foram convidados a apresentar o trabalho no 7º Seminário Proteção Brasil - Aprenda Com as Empresas Que Fazem Melhor, nos dias 10 e 11 de agosto de 2011, no Expo Center Norte, em São Paulo, paralelamente à Feira Expo Proteção 2011. Além do troféu recebido pela conquista durante o evento, o projeto foi publicado na Revista Proteção. O Prêmio Proteção Brasil de Saúde e Segurança do Trabalho visa reconhecer o esforço de empresas, instituições e profissionais na melhoria do ambiente de trabalho dos brasileiros, além de divulgar à sociedade as ações bem-sucedidas de melhoria nas condições de saúde e segurança do trabalho. Gilberto Leôncio Berbet Neto Instrumentista de Manutenção Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza 18 Wanderson Alves de Oliveira Eletricista de Manutenção 19 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM “A prática fortalece na equipe maior senso de organização e disposição de materiais em um mesmo local, melhorando a qualidade da assistência ao paciente. Atendimento rápido, seguro e humanizado, com redução do risco de acidente." CARRINHO MULTIUSO NO CTRS (CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA) Parte do esforço desse trabalho era gasto no deslocamento frequente do colaborador para buscar os materiais necessários à assistência aos pacientes nos armários dos Postos de Enfermagem, gerando maior trabalho, tempo e mobilização de outros profissionais. Havia ainda outro 20 impacto negativo: o grande consumo de luvas descartáveis. Durante o atendimento, por exemplo, para evitar contaminação nos Postos de Enfermagem, era preciso que o colaborador descartasse suas luvas para buscar algum material nos armários e, em seguida, vestir novas luvas para dar continuidade aos trabalhos com o paciente. Pensando em reverter esse quadro, as colaboradoras Leyse Cristina Oliveira, Renata Alves Madeira, Sandra Felipa Souza, Marceli Marques Santos e Edna Pedroso Rocha de Pádua criaram um carrinho multiuso como instrumento de trabalho adaptado, capaz de transportar tais materiais e de fácil movimentação entre as poltronas que acomodam os pacientes durante as sessões de diálise. GASTO TOTAL COM LUVAS R$ 8.000,00 7.000,00 6.000,00 CICLO 2011 5.000,00 CICLO 2011 3.000,00 2.000,00 1.000,00 Instrumento de trabalho adaptado e com quatro rodas, capaz de transportar os materiais necessários à assistência dos pacientes submetidos ao tratamento por hemodiálise. A assistência aos pacientes submetidos ao tratamento por hemodiálise exige diversos cuidados realizados a todo momento pelas equipes de Enfermagem. Em se tratando do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do Hospital Márcio Cunha, referência para toda a região Leste de Minas Gerais e por onde passam por semana 250 pacientes, em média, para realizar sessões de até quatro horas, o trabalho desses profissionais exige uma preocupação ainda maior quanto a agilidade e ergonomia. Edna Pedroso Rocha de Pádua Gerente do Centro de Terapia Renal Substitutiva 4.000,00 31,13% JAN FEV MAR ABR 2010 7.257,36 6.745,20 7.151,75 7.056,72 2011 Redução 4.920,96 2.336,40 4.405,28 2.339,92 5.051,20 2.100,56 5.049,44 2.007,28 NÚMERO DE SESSÕES Aumento de 3,5% no número de atendimentos na unidade Empurrados por essa boa ideia vieram também os resultados positivos, como disponibilização de maior tempo do colaborador para a assistência, atendimento mais ágil e humanizado e um ambiente mais harmônico. Além disso, houve também a redução nos gastos com materiais, como luvas descartáveis, mesmo com o aumento de 3,5% no número de atendimentos na unidade. ANO JAN FEV MAR ABR 2010 2.749 2.555 2.709 2.673 2011 2.796 2.503 2.870 2.869 3,3% Sandra Felipa G. Souza Técnica de Enfermagem Renata Alves R. Madeira Técnica de Enfermagem Edna Pedroso Rocha de Pádua Gerente do CTRS Leyse Cristina S. Oliveira Auxiliar de Enfermagem Marceli Marques S. Santos Técnica de Enfermagem 21 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS CUIDADOS E PREVENÇÕES NO TRATAMENTO DO CÂNCER CICLO 2011 DESENVOLVIMENTO RESULTADOS OBTIDOS LIÇÕES APRENDIDAS Aquisição de 12 carrinhos, sendo 01 carrinho para atender 04 pacientes por turno. • Adaptação do suporte de descarpack no carrinho. • Redução de 40 para 12 bandejas utilizadas no auxílio ao procedimento. • Padronização dos materiais por número de sessões programadas no dia. • Apresentação e orientação da utilização do carrinho aos colaboradores. • Otimização dos processos dialíticos, com a centralização dos materiais necessários aos procedimentos por sessão de diálise. • Maior segurança aos pacientes, considerando que os colaboradores estão disponíveis para assistência em tempo integral. • Maior segurança aos colaboradores, com fácil acesso ao descarte de perfurocortante. • Controle de custos. • • Elevar a praticidade e a segurança nas atividades garante à equipe do CTRS uma assistência mais presente e de maior qualidade ao paciente. • A prática fortalece na equipe maior senso de organização e disposição dos materiais em um mesmo local. • O carrinho possibilita que o suporte de descarpack esteja perto do profissional, o que reduz consideravelmente o risco de acidente com perfurocortante. “Foi uma maravilha! O serviço está mais organizado e as meninas não precisam ficar pedindo ajuda para a colega quando o material acaba. Eu me sinto mais assistido. Parabéns para quem colocou esta ideia em prática.” Rui Barbosa 64 anos, paciente que faz hemodiálise há dois anos e meio 22 Abordando temas relevantes sobre a doença, as palestras são destindas a pacientes e acompanhantes da Unidade de Oncologia do HMC Os mitos e os medos de uma doença temida e inesperada assusta muitas pessoas quando ouvem falar sobre câncer. Além de estar entre as principais causas de morte da humanidade, a doença ainda traz à lembrança de muitos a representação de diagnóstico difícil, sofrimento e morte do paciente. Opinião esta compartilhada, principalmente, devido à falta de informações corretas sobre o assunto. Na tentativa de reverter esse quadro, a Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha investe na orientação e na desmistificação sobre o câncer. Em uma de suas práticas, uma equi- pe multidisciplinar formada pela assistente social Alcione Cruz Camilo e a farmacêutica Nelma Lagares Pinto, em toda última sexta-feira de cada mês, realiza palestras de orientação sobre os cuidados e prevenções no tratamento do câncer. A prática já acontece há três anos. O trabalho é direcionado a pacientes que estejam iniciando os procedimentos de quimioterapia ou radioterapia, aos familiares e aos acompanhantes, a fim de que recebam explicações sobre a doença, tirem suas dúvidas e sintam-se acolhidos pela instituição durante o tratamento. Isso é fundamental para elevar a autoestima dos participantes em um momento difícil, evidenciando que, em sua maioria, os casos de câncer podem ser curados e tratados adequadamente em sua fase inicial. É importante ressaltar que prevenção em câncer é reduzir a possibilidade do aparecimento de qualquer tipo da doença. Para tanto, as abordagens de temas como definição da doença, os cuidados com a medicação, tabagismo, alcoolismo, entre outros assuntos, são sugeridas pelos próprios participantes. Os encontros duram cerca de uma hora, com participação média de 30 pessoas por apresentação. 23 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM 2% 2% 9% 19% Avaliação das Palestras ÓTIMO Neste período, cerca de 150 pessoas participaram das palestras. 24 72% NÃO SOUBERAM RESPONDER SIM NÃO 96% NÃO SOUBERAM RESPONDER DESENVOLVIMENTO RESULTADOS OBTIDOS LIÇÕES APRENDIDAS Programação. Desenvolvimento da temática conforme sinalizações percebidas em relatos de pacientes, familiares e acompanhantes. • Pacientes, familiares e acompanhantes na Unidade de Oncologia são convidados a participar das palestras, que acontecem em toda última sexta-feira de cada mês. • A duração de cada encontro é de uma hora, e dele participam assistente social e farmacêutica. Outros profissionais podem ser convidados. • Após a apresentação, é repassado um questionário de avaliação aos participantes, no qual eles avaliam a palestra, o palestrante e ainda dão sugestões de outros temas. • Maior conscientização sobre assuntos relativos à doença. • Incentivo ao processo de acolhimento e humanização dos pacientes, o que beneficia os trabalhos e a relação assistência x pacientes. • Por meio das palestras, foram identificados dois casos de acompanhantes que perceberam alguns nódulos e procuraram médicos para fazer acompanhamento e iniciar tratamento. • Mesmo não sendo inovadora, a prática não deixa de ser fundamental. Tem impacto alto na saúde dos pacientes, auxilia a medicina de prevenção (os acompanhantes podem participar) e é fácil a implantação em outras áreas. • O que fazemos hoje para os nossos pacientes é muito pouco, diante do muito que temos. Sempre aprendemos com eles a lutar, a sorrir, mesmo com tanta coisa modificando seu dia a dia. • • Nelma Lagares Pinto – Farmacêutica BOM Você indicaria a palestra a um amigo ou familiar? “A prática das palestras deve fazer parte das ações assistenciais. A melhora dos pacientes, o controle dos efeitos colaterais, a humanização do atendimento são parte integrante do planejamento da assistência.” Alcione Cruz Camilo Assistente Social 25 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DILUIDOR DE ÁCIDO PERACÉTICO CICLO 2011 Marcilene Werly Amorim Técnica de Enfermagem - Simone Francisco Silva Sena Técnica de Enfermagem Cássia Maria de Araújo Gerente Métodos Gráficos - Meirilaine Andrade Silva Enfermeira Hemoterapia Paulo Roberto Moreira Mecânico de Refrigeração Utilizando materiais recicláveis, a equipe desenvolveu um balde com tampa adaptada de espátula de aço e acoplada a um cabo externo. O novo equipamento permite uma fácil movimentação do ácido peracético, solução tóxica utilizada na desinfecção do aparelho endoscópico, evitando contato direto do colaborador com o produto químico. O problema estava no contato direto e tempo de exposição com a solução durante o processo. Primeiro, o preparo por aproximadamente 15 minutos até a sua homogeneização e, depois, devido à quantidade de produto químico necessário para preenchimento dos tubos onde os aparelhos endoscópicos são imersos. Menor contato direto e tempo de exposição com a solução durante o processo 26 Para a realização de exames de endoscopia, broncoscopia e colonoscopia, é necessário realizar a desinfecção de alto nível do aparelho endoscópico. O equipamento é então imerso em uma solução de ácido peracético 2% durante 20 minutos. O ácido peracético é um esterilizante químico de alta eficácia antimicrobiana e de ação rápida, composto por ácido peracético gerado a partir de perborato de sódio monoidratado 50 gramas e atividador TAED (Tetracetil Etileno Diamina) 25 gramas. Para cada 10 litros da solução recomendada para desinfecção dos aparelhos, utiliza-se ácido peracético diluído na concentração de 2% (20 g para cada litro de água). Jaqueline Lopes Carvalho Técnica de Enfermagem RESULTADOS OBTIDOS Melhor homogeneização do produto. Segurança para a equipe profissional, diminuindo os riscos de acidente de trabalho. • Erradicação dos transtornos ocorridos pela inalação do produto durante a preparação do ácido peracético. • Satisfação dos colaboradores/pacientes que transitam próximo ao setor de exames endoscópicos. • • LIÇÕES APRENDIDAS Reaproveitamento de materiais recicláveis, com isenção de custos para a empresa. • Fortalecimento do trabalho em equipe. • Capacidade para desenvolver ferramentas para aperfeiçoamento de nossas atividades. • Valorização de ideias. • Por se tratar de um produto tóxico, o trabalho exige dos colaboradores o uso de equipamentos de proteção individual, como máscara, capote, luvas e óculos para manipulá-lo. Mesmo assim, por ser preparada em um balde aberto com uma espátula de fina espessura, a solução demonstrou alguns transtornos e riscos para a enfermagem durante sua diluição, como cefaleia e irritação nos olhos. A máscara foi então substituída por outros tipos de EPIs, porém isso não foi suficiente para evitar a inalação do produto. As pessoas que passavam próximo ao setor também se queixavam do cheiro forte e pediam solução para o problema. A resposta das colaboradoras Cássia Maria de Araújo, Marcilene Werly Amorim, Meirilaine Andrade Silva e Simone Francisco Silva (HMC - Métodos Gráficos), juntamente com o colaborador Paulo Roberto Moreira (Manutenção e Reparos), veio de forma simples e dinâmica. Utilizando materiais recicláveis, eles aproveitaram baldes que acondicionavam sabão e eram desprezados para desenvolver um recipiente com uma espátula feita de uma chapa de aço, adaptada à tampa. Acoplada a um cabo externo, a espátula permite fácil movimentação e agitação da solução, sem que haja exalação do produto. Com isso, os colaboradores não tiveram mais contato direto e exposição ao produto químico, eliminando as reações adversas como irritação nos olhos, cefaleia e mal-estar, além do odor característico da solução que pairava sobre a sala. 27 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM USO DO MEDICAMENTO SILDENAFIL NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉMNASCIDO (HPPRN) CICLO 2011 CICLO 2012 A mudança de atitude com adoção de recursos de baixo custo e fácil execução resultou em um aumento de 75% da sobrevida de bebês com hipertensão pulmonar na UTI Neonatal e Pediátrica do HMC Fazer mais, melhor e gastando menos. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, a evolução dos trabalhos medida nos últimos anos não se baseia na compra de novos equipamentos ou na aquisição de tecnologias de alto custo, e sim na mudança de atitude para adoção de práticas simples. Uma delas foi a atuação da equipe, liderada pelo médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira e pela enfermeira Jussara Cesária Rosa Batista, sobre a Hipertensão Pulmonar Persistente no Recém-Nascido (HPPRN), uma patologia grave 28 em bebês a termo (nascidos com 40 semanas de gestação) e que atrapalha a chegada de sangue no pulmão. A HPPRN decorre do aumento relativo da pressão na artéria pulmonar em relação à sistêmica e é uma das principais causas de óbito entre os recém-nascidos submetidos à ventilação mecânica. Sua incidência é variável, sendo a média estimada entre um e dois casos para cada mil neonatos. Até 2008, todas as crianças portadoras da HPPRN eram submetidas apenas à ventilação mecânica e aminas vasoativas. Melhoria na assistência e queda da taxa de mortalidade Com o custo elevado da substância mais utilizada no mercado para tratar esses casos, o Óxido Nítrico Inalatório1 (R$ 547 por dia), que necessitava ainda de controle ambiental e equipamento especial para sua administração e monitorização laboratorial, os profissionais pesquisa- Os trabalhos da equipe da UTI Neonatal e Pediátrica do HMC abrem espaço para aplicação de novas posturas e adoção de práticas simples que tragam bons resultados 29 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM ram por outro produto com a mesma eficácia e menor custo. Além disso, o Óxido Nítrico Inalatório não é coberto pelo Sistema Único de Saúde e em um terço dos casos de uso do medicamento, segundo pesquisas monitoradas pelo Ministério da Saúde, não foram observadas melhoras clínicas (Guia para os profissionais de saúde - Atenção à saúde do Recém-Nascido. vol.3, pág. 76. Ministério da Saúde, 2011). uso do Sildenafil (medicamento vasodilatador) mostrou-se o mais adequado. Na forma de cápsulas manipuladas de 1 mg, seu custo unitário é de R$ 0,50, equivalente a R$ 4 por dia. Sua administração passou a ser feita por meio de sonda orogástrica por seringa de 1 ml, com custo unitário de R$ 0,38, utilizado na dose de 0,5 mg/kg de peso a cada 6 horas após o diagnóstico ecocardiográfico da doença. A partir dessas análises e de outras opções terapêuticas disponíveis, o A UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha foi uma das primei- Economia de R$ 220 mil no tratamento para 100 pacientes ras no Brasil a aderir ao tratamento com Sildenafil, quando trabalhos iniciais com o medicamento começaram a ser publicados em revistas científicas especializadas, como o Journal Pediatrics e o Pediatrics Critical Care, apresentando resultados positivos. “O nosso objetivo não é simplesmente salvar vidas, mas salvar vidas com qualidade para integrar a criança à sua família em boas condições de convívio na sociedade.” A enfermeira Jussara Cesária Rosa Batista e o médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira coordenam as ações da UTI Neonatal e Pediátrica Marcus Vinícius Alvim de Oliveira Pediatra e especialista em UTI COMPARATIVOS REFERENTES À HIPERTENSÃO PULMONAR 25 DESENVOLVIMENTO 24 Mesmo com o receio advindo das primeiras utilizações e as poucas evidências científicas para embasar a conduta na época, a equipe médica se reuniu para dar continuidade à ação, buscando, na prática, as melhores evidências para reduzir o índice de mortalidade por HPPRN. • 20 15 10 6 5 4 1 0 0 10 SEM. 2008 CASOS 3 1 20 SEM. 2008 ÓBITOS 3 1 10 SEM. 2009 1 20 SEM. 2009 2 4 0 10 SEM. 2010 4 1 20 SEM. 2010 2 10 SEM. 2011 2 Profissionais da UTI Neonatal e da Cardiologia Pediátrica ampliaram a discussão dos casos e a análise do método, formulando novo consenso de iniciar a medicação da patologia a partir do diagnóstico mais precoce possível. • 0 20 SEM. 2011 1 0 10 SEM. 2012 TOTAL A mortalidade devido à HPPRN mantém-se em 25%, desde o início do uso do Sildenafil. O referencial histórico antes do uso do Sildenafil é de 100%. Com a reavaliação do processo, foi possível observar ganhos na mortalidade por HPPRN na Unidade. • • Implantação da prática do uso de Sildenafil em pacientes HPPRN a partir do diagnóstico da doença. RESULTADOS OBTIDOS Prática de baixo custo e fácil execução, com resultados satisfatórios. • Promoção da assistência de qualidade em todas as situações, mesmo com recursos limitados. • De 2008 ao primeiro semestre de 2012, ocorreram 24 casos de HPPRN no Hospital Márcio Cunha, dos quais 18 sobreviveram. Um aumento de 75% de sobrevida dos pacientes. • LIÇÕES APRENDIDAS A prática nos traz a conclusão de que a busca por melhoria contínua, a implementação de recursos de baixo custo, de fácil execução e com resultados satisfatórios permitem promover uma assistência de qualidade, dentro da nossa realidade. O Óxido Nítrico (NO) pode produzir diversas substâncias tóxicas. Na presença de oxigênio (O2) é oxidado em dióxido de nitrogênio (NO2), um gás altamente citotóxico que em solução aquosa é convertido em ácido nítrico e nitroso. O Instituto de Segurança Ocupacional e Administração de Saúde dos EUA fixa o limite de 5 ppm de exposição ao NO2 para os trabalhadores. 1 30 31 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Indicadores de Processos: Bundles CICLO 2013 Instrumento de avaliações periódicas na UTI Adulto e Coronariana do HMC I, os chamados Bundles são os conjuntos de práticas para prevenção e controle de infecções relacionadas a procedimentos invasivos, que incluem avaliação de itens como a higienização correta das mãos, adesão aos protocolos, técnica de aspiração traqueal e utilização de EPI, entre outros. Diversos estudos apontam as infecções hospitalares como as mais frequentes complicações do tratamento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais. A infecção hospitalar é aquela adquirida no hospital e que não estava presente ou em incubação quando da admissão do paciente. Pode manifestar-se durante a internação ou mesmo após a alta e é causada por microrganismos ou micróbios existentes no ambiente hospitalar, em outros ambientes e mesmo no próprio organismo. A infecção depende da quantidade de microrganismos que atinge o indivíduo, da capacidade deste germe em causar infecção, do seu modo de 32 transmissão e da resistência imunológica do indivíduo (como ele responderá a esta agressão). Os microrganismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos. Há também outras maneiras de transmissão, relacionadas, por exemplo, a procedimentos invasivos (por exemplo, intubação para auxiliar a respiração, passagem de cateteres venosos, cateteres no sistema urinário, cirurgias etc.). Em algumas situações essas infecções, especialmente as que ocorrem após cirurgias, podem ser prevenida com o uso de antibióticos. Pode-se ter sua transmissão relacionada à sistemas de ventilação de ar e de água, disponibilidade de profissionais (por exemplo, a relação entre número de enfermeiras dedicadas a atender um determinado número de leitos), e estrutura física (mais de um leito no mesmo quarto, a distância entre estes leitos, presença de pias, papel toalha, gel alcoólico para higiene das mãos etc.). No Hospital Márcio Cunha, a equipe de Controle e Infecção Hospitalar elaborou e implantou o instrumento de avaliações periódicas na UTI Adulto e Coronariana da Unidade I, chamado de Bundles. Os bundles são conjuntos de práticas para prevenção e controle de infecções relacionadas a procedimentos invasivos. Integrantes: Arilma Contarini Soares, Aline Salgueiro Campos Coelho e Adir de Paula Lima Criado em julho de 2012 e aprovado pelo gerente assistencial como forma de prevenção às infecções relacionadas a procedimentos invasivos, os bundles passaram a ser incorporados nos treinamentos das equipes de enfermagem do setor dois meses depois, com foco na prevenção e no controle de infecções. Sua aplicação passou ainda a ser mensurada com avaliações periódicas duas vezes por semana, em média. Em dezembro, novamente a equipe recebeu treinamento como forma de aprimorar os conhecimentos e apresentar os resultados coletados até este período. Destaque para o Bundle de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica Invasiva (PAV). O resultado, quando comparado ao mesmo período de 2011/2012, foi extremamente favorável, com a redução de 55,62% da Densidade de Incidência (DI) de pneumonia em pacientes que respiravam com o auxílio de aparelhos na UTI. Redução de 55,62% da densidade de incidência de pneumonia em pacientes que utilizam Ventilação Mecânica (PAV) 33 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DESENVOLVIMENTO Os itens avaliados consistem em: Circuitos secos sem acúmulos de condensados; • Troca de filtros e circuitos apenas quando estiverem sujos ou em mal funcionamento; • Higienização das mãos; • Realização de higienização oral com anti-séptico; • Não compartilhamento de circuitos e acessórios de ventilação entre pacientes distintos, sem seu reprocessamento adequado - passar álcool em micronebulizador, antes do uso no mesmo paciente; • Paciente sem evidências de acúmulo de secreção traqueal; • Técnica de aspiração traqueal de acordo com padronização; • Utilização de água estéril para preencher os umidificadores; • 34 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Temperatura adequada do umidificador; • Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para pacientes com precaução de isolamento, em manipulação de secreções; • Paciente mantido em decúbito adequado (45); • Realização de exames microbiológicos apenas por indicação clínica; • Pressão de Cuff adequada (25mmHg); • Swab de vigilância após 15 dias de internação (perianal/inguinal); • Adesão ao protocolo de despertar diário; • Profilaxia de Ulcera Péptica/Tromboembolismo Pulmonar. • Resultados A análise estatística dos resultados comprovou uma redução significativa na Densidade de Incidência – que é o cálculo do número de infecção sobre o número de dias de pacientes em ventilação mecânica dividido por 1000 dias de procedimento invasivo – no período comparativo entre setembro de 2011 à outubro de 2012 e entre setembro de 2012 à outubro de 2013. Os valores respectivos de média e desvio padrão encontrados foram de 21,07 e 9,65; e 11,72 e 7,73; (p = 0,03), respectivamente Lições aprendidas O trabalho e o empenho da equipe com a atividade conjunta das ações foram primordiais para que se alcançasse este resultado. Compreende-se que a conscientização dos colaboradores em proporcionar uma assistência segura e de qualidade para o paciente tornou-se fundamental para prevenção de infecção relacionada à assistência a saúde. Manejo precoce do paciente em UTI CICLO 2013 Com o apoio de toda a equipe multiprofissional, o Manejo Precoce do paciente internado é o conjunto de boas práticas aplicadas em pacientes críticos para melhorar a funcionalidade do paciente, acelerar seu processo de alta do leito da UTI e melhorar sua qualidade de vida. 35 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DESENVOLVIMENTO Quando se ouve falar de paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é sinal de que seu estado de saúde, além de grave, requer assistência especial e o impossibilitará de se movimentar durante o período de internação, certo? Nem sempre… As equipes multiprofissionais das UTIs do Hospital Márcio Cunha vêm mudando essa percepção em diversos casos, a partir de um trabalho conjunto para aplicar, na prática, técnicas da Fisioterapia, como a mobilização precoce (cinesioterapia) e a retirada de pacientes críticos do leito mais rapidamente. Desde a inauguração, no primeiro semestre de 2013, a nova UTI da Unidade II já adota essa postura, que é feita em hospitais de referência no país. O paciente, logo quando internado, passa por avaliação do fisioterapeuta, que mede seus níveis de força, consciência e independência. Tendo condições clínicas favoráveis e liberação médica, são iniciados exercícios de movimentação de membros superiores e inferiores (braços e pernas) feitos pelo profissional no paciente, ainda no leito, chamada de mobilização precoce. Redução de complicações e do tempo de permanência do paciente, diminuindo custos e aumentando o número de atendimentos do hospital A Mobilização Precoce do paciente internado é a proatividade de realizar o processo de retirada do paciente do leito, que consiste em sentá-lo na poltrona ou cama, depois colocá-lo de pé e, até mesmo, andar, o que auxilia na recuperação mais rápida e redução no tempo de permanência do mesmo. Outro fator que auxilia nesta prática é a utilização de elevadores móveis versáteis, que facilita na transferência do paciente do leito para a poltrona. A equipe de Fisioterapia não realiza isso com todos os pacientes, mas com aqueles que possuem um quadro cardiopulmonar e motor que permitem tal prática. O uso de tubo orotraqueal, ventilação mecânica, bombas de infusão e sondas era visto como um grande limitador para mobilização e deambulação (caminhada). Hoje, pode-se dizer que este limitador foi superado. A prática contribui para aprimorar nossa assistência e ajudando o paciente a sair mais rápido da unidade de internação, reduzindo o risco de complicações e eventos adversos que possam ocorrem e almejando uma assistência de qualidade e segurança aos pacientes. Um dos primeiros exemplos desse trabalho é o paciente Fernando de Carvalho Nazareth, de 52 anos, que recebeu alta em setembro de 2013. Durante sua internação no HMC, por conta de uma lesão na perna, seu quadro agravou e chegou a ficar internado na UTI por 11 dias respirando com ajuda de aparelhos, a chamada ventilação mecânica. Porém, nada disso impediu que a mobilização feita pela equipe auxiliasse Fernando a levantar da cama e, até mesmo, a andar pelos corredores da UTI, mesmo estando ainda em ventilação mecânica, numa recuperação mais rápida. Resultados A cada dia que o paciente fica restrito a um leito, ele diminui fibras musculares e, com isso, perde capacidade de se movimentar, aumenta a fraqueza, podendo até não conseguir se mexer. Por isso, a prática de mobilização precoce pode apresentar benefícios notáveis, como: • possibilidade de redução de tempo de ventilação mecânica; • em pacientes traqueostomizados, há a possibilidade de se retirar a cânula para ventilação mecânica mais rapidamente; • melhora da capacidade pulmonar; • auxilia na profilaxia de complicações circulatórias, como a trombose; • auxilia na profilaxia de úlcera de pressão, que são lesões que aparecem nas costas, decorrente do longo tempo em que o paciente fica acamado; • redução do tempo de permanência do paciente, diminuindo custos e aumentando o número de atendimentos do HMC. Lições aprendidas O resultado positivo desse trabalho só é possível graças ao empenho em conjunto de toda a equipe multiprofissional, que conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, profissionais de higienização e limpeza, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. “Se não tivéssemos a vontade de todos, este trabalho não seria possível. Felizmente, toda a equipe entende os benefícios e hoje auxilia com muita disposição”, afirma o fisioterapeuta Allan Patryck Bassotto Lino. “A equipe me colocou pra dar umas voltas e foi bom ter caminhado. Eu senti que dali pra frente, peguei mais confiança. Ficar só deitado, ligado com vários aparelhos não é legal. O sentimento foi de vitória e alívio, principalmente, por saber que, apesar daquele sufoco, tinha uma equipe de retaguarda muito boa. Se não fosse por eles, eu já era”, brinca ele. “Fiquei literalmente nas mãos deles. O agradecimento é tão grande que nem tenho como expressar.” Fernando de Carvalho Nazareth paciente 36 37 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Gerenciamento de riscos assistenciais e tratamento precoce da sepse grave em adulto Equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Márcio Cunha DESENVOLVIMENTO Ciclo 2014/2015 A prática possibilitou aprimorar a assistência ao paciente e contribuir para a melhora na média de permanência, no controle da infecção hospitalar e na queda da mortalidade. A prática, realizada pelos colaboradores Vívian Ribeiro Miranda, Adir de Paula Lima, Mariana Vasconcelos Costa Araújo, Aline Salgueiro e Pedro Gonçalves da Silva, tem o objetivo de orientar a equipe multiprofissional no diagnóstico e no tratamento precoce do paciente com suspeita de sepse, reduzindo a mortalidade associada a essa grave síndrome. A sepse é uma condição com risco de vida, que ocorre quando um agente infeccioso – tais como bactérias, vírus ou fungo – entra na corrente sanguínea de uma pessoa. Caracteriza-se por um conjunto de manifestações em todo o organismo, tendo como causa, uma infec38 ção. Dessa forma, algumas medidas precisam ser tomadas rapidamente, principalmente no início, com o antimicrobiano (ATM). O medicamento é eficaz na primeira hora após o reconhecimento de um quadro de sepse grave, caracterizado como um quadro infeccioso em que aparecem sinais de disfunção orgânica aguda, como aumento dos batimentos cardíacos acima de 90 vezes por minuto; temperatura acima de 380C; queda da temperatura abaixo de 360C; calafrios, dentre outros sinais identificados. Além disso, por meio de exames laboratoriais, pode-se observar ainda o aumento ou redução de leucócitos, bem como, o acúmulo de ácido lático no organismo, que, quando não tratados em tempo, evoluem invariavelmente para a morte. Queda de 19,54% na taxa de mortalidade nos primeiros meses da prática, que pôde salvar vidas O Núcleo de Segurança do Paciente, visando o objetivo maior que é a redução da mortalidade associada a sepse, elaborou e implementou o Protocolo de Diagnóstico e Tratamento Precoce de Sepse Grave em Adulto no Hospital Márcio Cunha, em agosto de 2014. A média de adesão ao protocolo no período entre o mês de lançamento e dezembro, com início precoce da antibioticoterapia (antibiótico administrado em até 1h após diagnóstico de sepse), foi de 79,48%. A relevância desse índice conquistado está na superioridade à média mundial, que é de 68% segundo dados obtidos do relatório do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), no trabalho Campanha sobrevivendo a sepse, de fevereiro de 2014. Resultados • No período de mensuração da prática, 122 pacientes foram submetidos ao protocolo. Desse total, pode-se observar que, durante o mês de agosto, a taxa de óbitos dos pacientes inseridos no trabalho com o “Protocolo de Diagnóstico e Tratamento Precoce de Sepse Grave em Adulto” foi de 47,82%. Já nos quatro meses seguintes, esse número baixou ainda mais, indo a óbito 28,28% dos pacientes avaliados. Uma redução significativa da mortalidade associada à sepse de 19,54%. • Se fosse mantido o resultado de início do protocolo como base, nos quatro meses seguintes seriam 48 óbitos em um total de 99 pacientes. Entretanto, com a evolução da prática, o resultado foi de 28 óbitos em um total de 99 pacientes. Ou seja, 20 vidas de pacientes puderam ser salvas, reduzindo em 41,66% a mortalidade de pacientes diagnosticados com sepse. “A instituição do Núcleo de Segurança do Paciente e as melhorias implementadas na Gestão do Risco Assistencial têm como objetivo a identificação e a minimização da ocorrência de incidentes, buscando sempre a qualidade e a segurança na assistência ao paciente do HMC.” Vívian Ribeiro Mirandapaciente Coordenadora de Segurança Assistencial, Ensino e Pesquisa 39 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Simulado pré-plano de resposta a emergência Desenvolvimento e resultados Ciclo 2014/2015 A prática visa treinar as pessoas sobre como agir diante de uma situação de incêndio e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros, fortalecendo as ações de segurança em situações que se aproximam da realidade. As preparações para o processo de certificação internacional do Hospital Márcio Cunha pela DIAS (Det Norske Veritas International Accreditation Standard), a norma de acreditação hospitalar internacional desenvolvida a partir de padrões americanos de segurança assistencial e de infraestrutura, exigiu o engajamento de grande parte do efetivo da instituição, dos mais diferentes setores. A atuação do Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente foi decisiva para a realização de uma série de ações que culminaram com a recomendação do HMC pela DNV-GL para mais essa conquista. Nesse trabalho, a instalação do de um Plano de Resposta à Emergência, uma das exigências da norma, alinhada também à instrução técnica do Corpo de Bombeiros e à Norma Brasileira ABNT NBR 15219, demandou esforços, planejamento, ade- quações e intervenções estruturais nas dependências do Hospital. Nesse contexto, uma das atividades de maior impacto conduzidas pelo Serviço foi a realização do Simulado de Incêndio e Evacuação nas unidades do Hospital Márcio Cunha. A proposta dos simulados é treinar as pessoas sobre como agir diante de uma situação de incêndio e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros. O Plano de Resposta à Emergência foi elaborado com base nos requisitos legais aplicáveis e nas particularidades de cada unidade. O trabalho foi realizado ao longo do ano, contando com discussões com profissionais técnicos e com conhecimento no objeto de estudo. Técnicos de segurança com formação em bombeiro civil, gestores e engenheiros contribuíram para definir as alternativas mais viáveis para a FSFX naquele momento. Após o levantamento das necessidades de adequação na infraestrutura, foram disponibilizados os recursos materiais (sinalização fotoluminescente, iluminação de emergência, portas corta fogo, kits de emergência) e os recursos humanos (treinamento e capacitação de brigadistas nos setores e para todos os colaboradores e terceiros dentro das unidades) necessários para viabilização do plano e do simulado. Com a conclusão do plano, foram definidos os dias para realização dos simulados nas unidades do HMC. Unidade I: foi a primeira a passar pelo simulado, sem interromper as atividades do hospital. Cerca de 120 pessoas, entre colaboradores da FSFX, equipes de enfermagem, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e do Corpo de Bombeiros Civil da Usiminas estiveram envolvidas no evento. O exercício simulou um incêndio em um apartamento do 40 andar e o seu devido combate, bem como o resgate de eventuais vítimas e a evacuação de todos os demais para um local seguro pela equipe de colaboradores do setor e brigadistas de incêndio. Na simulação, colaboradores fizeram o papel de acompanhantes e clientes. Em nenhum momento, os pacientes foram envolvidos. Toda a ação foi cronometrada e acompanhada por observadores, que verificaram a maneira de proceder dos envolvidos durante as atividades e se a evacuação atendia aos requisitos legais. • Combate ao incêndio, resgate das vítimas e evacuação para local seguro realizado em 11 minutos • Fim da emergência declarado em 25 minutos • Retirados do andar 24 pacientes, 24 acompanhantes e oito colaboradores Unidade II: passou por simulado sem interromper as atividades do hospital. O exercício simulou um incêndio na sala de reuniões, localizada na Ala D da unidade de internação. O combate ao incêndio e a evacuação para um lugar seguro foram realizados em seis minutos e o fim da emergência declarado pelo Bombeiro Militar, após varredura do local, dentro Os simulados trouxeram ganhos positivos para a instituição, como o fortalecimento da segurança de pacientes, acompanhantes e colaboradores de 24 minutos. Retirados do andar: nove pacientes, nove acompanhantes e seis colaboradores. Unidade de Oncologia: O exercício simulou um princípio de incêndio na copa de distribuição da nutrição, localizada no primeiro pavimento, no corredor dos consultórios da Oncologia. O combate ao incêndio e a evacuação para um lugar seguro duraram 2 minutos e o fim da emergência foi declarado pelo Bombeiro Militar dentro de 6 minutos. Removidos: 11 pacientes, quatro acompanhantes e três colaboradores. Unidade de Medicina Diagnóstica: A simulação de princípio de incêndio na sala de Ultrassom 2, localizada no final do corredor, em virtude do superaquecimento de uma fiação elétrica, teve combate e evacuação cronometrados em dois minutos e o fim da emergência declarado pela Chefe da Brigada, após varredura do local, dentro de 4 minutos. Evacuados todas as pessoas presentes, em um total de sete colaboradores e oito pacientes. “O objetivo do simulado foi treinar as equipes sobre como agir diante de uma situação de incêndio e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros. O desafio foi realizar tudo isso dentro do menor tempo possível, com o mínimo de interferência no atendimento aos clientes.” Colaboradores, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e do Corpo de Bombeiros Civil da Usiminas durante o simulado de incêndio e evacuação no HMC 40 Elaine Sanches Engenheira de Segurança do Trabalho 41 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS 42 43 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Maior segurança para o paciente e redução de custo com aquisição de uma nova UTI Móvel ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA TIPO D (SUPORTE AVANÇADO) ANTES CICLO 2010 Instalação de painel elétrico e de bancada na ambulância de suporte básico para adaptação de equipamentos, possibilitando a transformação do veículo numa ambulância de suporte avançado. (Unidade de Terapia Intensiva - UTI) Em 2010, a Gerência de Logística do Hospital Márcio Cunha enfrentava um constante desafio. A alta demanda de viagens do veículo de suporte avançado - a chamada UTI móvel - entre Ipatinga e Belo Horizonte comprometia a Gerência de Logística frente ao atendimento às demandas locais das Unidades I e II do Hospital Márcio Cunha. Na ausência dessa ambulância, que conta com equipamentos que permitem cuidados médicos intensivos durante o transporte do paciente, a Logística contava apenas com veículos de suporte básico, que não possuem a estrutura necessária para a intervenção médica. 44 A fim de reverter esse quadro e garantir assistência de qualidade a um maior número de pacientes, um grupo de colaboradores composto por Gustavo Cristiano Soares Pontes (Logística), Bruno Régis Oliveira Queiroz (Logística), Elaine Cristina Ferreira Silva (Logística), Renato Mateus de Souza (Logística), Raimundo Aparecido da Silva (Manutenção), Márcio Bragança de Souza (Manutenção), Luiz Cláudio Benedito Júnior (Manutenção) e Nilvon Alves Nogueira (Manutenção) vislumbrou uma oportunidade de melhoria de trabalho e benefício aos clientes. Everton Domingues Neto Técnico de Enfermagem DEPOIS A equipe realizou um estudo prévio e adaptou nesses veículos equipamentos como painel elétrico e uma bancada, sem deixar de preservar o espaço interno. A medida possibilitou a transformação das ambulâncias de suporte básico em ambulâncias de suporte avançado (UTI), propor- cionando grandes vantagens. Entre elas, a ampliação dos atendimentos a um maior número de pessoas, maior segurança para o paciente e a redução de custo com aquisição de uma nova UTI Móvel (em torno de R$ 100 mil). “Incentivo à criatividade dos colaboradores para a solução de problemas dos processos internos.” DESENVOLVIMENTO RESULTADOS OBTIDOS LIÇÕES APRENDIDAS Identificação do problema x Análise de oportunidades / viabilidade. • Benchmarking com empresas de adaptação de ambulâncias. • Elaboração do projeto. • Instalação do painel elétrico com seis tomadas (12/110 volts e 3/110 volts); inversor de voltagem de 1.000 watts; bateria auxiliar de 100 amperes e sistema de inversão de carga para as baterias. • Desenvolvimento do dispositivo pela Gerência de Manutenção. • Validação pelos usuários. Ampliação do escopo de atendimentos para situações que necessitem de mais de uma unidade de suporte avançado (UTI Móvel). • Redução do custo com aquisição de ambulância (R$ 100 mil). • Satisfação e segurança do cliente interno, quanto à disponibilidade de atendimento. • Redução da variabilidade no processo. • Mais segurança para o paciente internado que necessita do recurso. Capacidade de adequação dos veículos e de adaptação a situações adversas. • Aprendizado com a própria prática. • Oportunidade de aplicação das ideias propostas por colaboradores. • Desenvolvimento das habilidades técnicas dos profissionais envolvidos. • Estímulo ao trabalho em equipe, aplicando conhecimento multidisciplinar. • • Gustavo Cristiano Soares Pontes Gerente Comercial • 45 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM RETROFIT E AUTOMAÇÃO DAS LAVADORAS DO HOSPITAL MÁRCIO CUNHA CICLO 2010 A prática padronizou e deixou o processamento de roupas do Hospital Márcio Cunha ainda melhor, além de contribuir para a redução dos custos de manutenção e aquisição de novos equipamentos. Thiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção 46 Em um hospital de grande porte com mais de 500 leitos, como o Hospital Márcio Cunha, os trabalhos de processamento de roupas atingem marcas expressivas. Só em 2011, foram 1.800.714 kg de roupas, uma média de 5.000 kg lavados e 15.000 peças de roupas distribuídas por dia. Todo esse processo é realizado por enormes e potentes máquinas lavadoras, e é justamente aí que entra a importância da prática desenvolvida pelos colaboradores Francisco Afonso Linhares, João Dimas Gonçalves, Júlio César Gomes Lima, Jésus Pascoal da Silva, Thiago Júnior Lopes, Sadraque Emeriando Silva Santos e José Vicente de Almeida, todos da Gerência de Manutenção e Reparos. O trabalho dos colaboradores da FSFX foi realizado em parceria com outra equipe de profissionais de uma empresa de automação prestadora de serviços. Reforma e Modernização Sobrevida do Equipamento Custo x Benefício Aumento de Produtividade O retrofit* e automação das lavadoras são fundamentais para garantir a potência e o bom estado de conservação desses equipamentos. Foram realizados o retrofit e automação da lavadora nO 04, marca/modelo Sitec, com capacidade para processar 100 kg de roupa. E ainda, efetuada a automação da lavadora nO 02, mar- ca/modelo Yamato, com capacidade para processar 200 kg de roupa. A prática permitiu a padronização de atividades e deixou o processo mais confiável, contribuindo para a redução dos custos de manutenção e aquisição de novos equipamentos. A economia gerada foi de R$ 300 mil. *O termo “retrofit” significa reforma, mas com algumas particularidades. Tratam-se de mudanças num equipamento que, após avaliação de custos da modernização, da relação custo x benefício, da sobrevida do equipamento e do aumento de produtividade, são implementadas somente se forem mais vantajosas que os benefícios da aquisição de um novo. Economia gerada com o processo foi de R$ 300 mil Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção Marcelo Bouissou de Sousa Gerente de Logística João Dimas Gonçalves Supervisor de Manutenção Eletromecânica 47 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DESENVOLVIMENTO RESULTADOS OBTIDOS LIÇÕES APRENDIDAS • Custo SITEC 100 KG • Como a estrutura básica principal (carcaça e cesto) estava íntegra na máquina, foi viável reformá-la em vez de adquirir uma nova. • Opção pelo retrofit e automação desta máquina realizada pela equipe de colaboradores da FSFX, em parceria com a equipe da empresa de automação local. • do retrofit da lavadora Sitec 100 kg: abaixo de 30% do valor de uma nova Sitec 100 kg e abaixo de 35% do valor de uma nova Yamato 200 kg. • Uso de eletrônica para implantação das receitas de operação a partir do controlador principal, com algoritmos (softwares), residentes em PLC e inversor de frequência (Sitec 100 kg). • Utilização de comunicação via rede (RTU MODBUS) para implantação da nova tecnologia (Sitec 100 kg). • Acionamento por inversor de frequência (Yaskawa) e uso de três polias (Sitec 100 kg). • Painel principal dotado de inversor de frequência e dois PLCs, do fabricante Panasonic, de maior capacidade computacional, programados em linguagem “Ladder” (Yamato 200 kg). • Rede de comunicação RTU Modbus, montada do lado limpo do processo (Yamato 200 kg). • Recuperação da carcaça com jateamento de areia e pintura eletrostática (Yamato 200 kg). • Balanceamento dinâmico do cesto (800 kg) e polia principal (70 kg) (Yamato 200 kg). • Substituição da saboneteira original por nova, fabricada de aço inoxidável, com dimensões maiores, dotada de cassetes para implementação de dosagem automática (Yamato 200 kg). 48 YAMATO 200 KG Repetição da experiência anterior em outro equipamento. • Procedimento agregou mais valor ao processo de lavagem, preparando o equipamento para entrada de água quente a partir da recuperação de energia do condensado de vapor. • Ganho ambiental, de produtividade e redução da dependência energética da Usiminas. • Desenvolvimento da capacidade criativa da equipe diante de um desafio técnico e financeiro. • Desenvolvimento dos conhecimentos acadêmicos e das habilidades dos profissionais, capacitando-os para tarefas mais elaboradas e fornecendo conhecimentos técnicos, até então, restritos aos fabricantes dessa categoria de máquinas. • Satisfação pelos resultados obtidos e preocupação com a constante manutenção e melhoria dos processos. • Aquisição de capacidade para enfrentar os momentos críticos mantendo sempre o espírito de equipe (corresponsabilidade). • Sentimento de agradecimento à Unidade de Lavanderia pela confiança depositada, reforçando os compromissos com ela. “Para nós, ficou um sentimento sadio de orgulho, típico dos vencedores que, diante dos desafios e problemas técnicos encontrados durante a realização destes trabalhos, os resolveram com sucesso.” Francisco Afonso Linhares Gerente de Manutenção e Equipamentos MELHORIA DA EFICIÊNCIA COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE DAS SECADORAS DE ROUPAS CICLO 2011 A medida implantada consistiu na troca dos motores de exaustão das três secadoras de roupas da lavanderia. A alteração proporcionou um ganho de dez minutos por ciclo de secagem. Ganho de 10 minutos por ciclo de secagem para roupas 100% algodão A Unidade de Processamento de Roupas da Unidade I do Hospital Márcio Cunha adquiriu mais agilidade e eficiência, com ganhos de produtividade, a partir de uma sugestão apresentada pelos colaboradores Marcelo Bouissou de Sousa, Francisco Afonso Linhares, Jésus Pascoal da Silva, João Dimas Gonçalves e Júlio César Gomes Lima, das Gerências de Manutenção e Processamento de Roupas. No processo de lavanderia, o cliente é, ao mesmo tempo, início e fim do processo, que inclui ainda o recebimento e a classificação das roupas sujas; lavagem, extração, secagem, acabamento, armazenagem e, por fim, distribuição da roupa limpa e pronta para uso. Daí a importância de garantir a funcionalidade dos equipamentos de cada fase, por meio de ações constantes e coordenadas de manutenção preventiva e corretiva. Além disso, outra medida relevante é a atualização da capacidade de produção de cada componente da linha, de forma a absorver eventuais picos ou aumento de demanda, sempre com foco na melhor relação custo x benefício. Seguindo esta linha, a prática da equipe da Manutenção consistiu na modificação técnica dos motores de exaustão das secadoras nOs 1, 2 e 3, marca Suzuki, modelo 350V. Os antigos motores de um cavalo e 1.750 RPM (Rotações Por Minuto) foram substituídos por outros mais potentes, com três cavalos e 3.500 RPM. Com isso, aumentou-se o fluxo de ar de secagem que passa pela serpentina a vapor, uma vez que os motores mais potentes possibilitaram puxar mais ar quente para as secadoras e eliminar a umidade com maior rapidez. Isso trouxe 49 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM vantagens em produtividade para a área operacional, reduzindo gargalos oriundos do aumento crescente de demanda dos clientes pelos serviços de lavanderia e eventuais paradas de manutenção que reduzem momentaneamente a capacidade instalada. Como resultado concreto, a alteração proporcionou um ganho de 10 minutos por ciclo de secagem para roupas 100% algodão, o que represen- RESULTADOS OBTIDOS LIÇÕES APRENDIDAS Ganhos de conhecimentos técnicos nas áreas de processo e manutenção. • Aumento da capacidade de inovação e trabalho em equipe das duas unidades envolvidas. • Superação de desafios, buscando garantir o fornecimento de serviços de lavanderia (rouparia hospitalar) com foco nos clientes. • Com este projeto, podemos afirmar que houve o ganho (virtual) de uma máquina secadora nova funcionando 12 horas por dia, a um custo equivalente a 2% em relação a uma nova aquisição. • Resposta rápida ao cenário de crescente aumento de demanda, sem previsão, à época, de investimentos na Unidade de Processamento de Roupas, o que levaria certamente a impactos negativos na área assistencial. • Aplicações • Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção Thiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção 50 ta, aproximadamente, um aumento de 14 kg de roupa seca por hora. A melhoria da eficiência com ganhos de produtividade das secadoras de roupas demandou investimentos de R$ 2.190,00, valor bem inferior ao custo de um novo equipamento adquirido trabalhando 12 horas por dia, o equivalente a R$ 25 mil. diretas de conhecimentos adquiridos ao longo da vida laboral no ambiente hospitalar. • Desenvolvimento da capacidade criativa diante de um desafio técnico e financeiro. • Desenvolvimento das habilidades dos profissionais de ambas as unidades, fugindo das tarefas rotineiras e buscando melhoria contínua de processo. • Satisfação pelos resultados obtidos e preocupação com a constante manutenção e melhoria dos processos (foco no cliente). • Agradecimento à instituição pela confiança depositada e oportunidade de ampliar e desenvolver novas habilidades. Aumento de 14 kg de roupa seca por hora “A certeza de que podemos fazer mais e melhor, correndo riscos com responsabilidade, desafiando nossos limites.” Marcelo Bouissou de Sousa Gerente de Logística 51 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISOS DOS APARTAMENTOS DA UNIDADE II DO HMC Em setembro de 2010, quando a Unidade II do hospital passou a contar com 10 novos apartamentos, o grupo se deparou com uma grande tarefa: realizar as limpezas terminais desses apartamentos sem aumento de efetivo e dentro do prazo estipulado. Na ocasião, o setor havia pactuado como metas 16,33 minutos, para que o apartamento ficasse disponível, aguardando o início da limpeza, e 55 minutos, para a realização da limpeza, totalizando 71,33 minutos. CICLO 2011 Implantada na área de Higienização Hospitalar, essa técnica, além de agilizar a higienização dos leitos, reduziu os custos com a limpeza e minimizou o esforço dos colaboradores no exercício da atividade. 52 Em toda grande empresa, o momento de crescer chega sempre acompanhado de um desafio: expandir os serviços prestados mantendo a mesma qualidade e sem elevar custos. No Hospital Márcio Cunha, a equipe de Conservação e Limpeza já provou que, no que depender dos colaboradores Ceninha de Jesus, Cleidiane Lima, Crislan Oliveira Miranda, Danúbia Reis da Silva, Edmar de Paula Gomes, Kênia Regina dos Santos, Maria Auxiliadora Bragança, Maria Barbosa Duarte, Rosineide Soares, Thiago de Souza Pereira e Zeni Ferreira de Amorim, essa máxima já faz parte do dia a dia de bons resultados da instituição. Cleidiane Lima de Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza - Ceninha de Jesus Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza Maria Barbosa Duarte Auxiliar de Conservação e Limpeza - Zeni Ferreria de Amorim Auxiliar de Conservação e Limpeza Rosineide Soares (com o troféu) Auxiliar de Conservação e Limpeza - Kênia Regina dos Santos Maria Auxiliar de Conservação e Limpeza Danúbia Reis da Silva Supervisora de Conservação e Limpeza - Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza Crislan de Oliveira Miranda Supervisor de Conservação e Limpeza O primeiro passo foi a incorporação de rotinas já estabelecidas na Unidade I do HMC, como a utilização da ferramenta bloqueio de leitos do sistema hospitalar Hosix, e a mensuração dos tempos gastos na Unidade II. Os resultados obtidos a partir dessas ações comprovaram que era preciso fazer algo diferente. Os tempos estavam bem acima do pactuado, motivando a adoção de uma nova prática que impactasse de forma corretiva e direta a qualidade e o tempo das atividades executadas. A solução encontrada foi a impermeabilização de pisos dos apartamentos da Unidade II, uma ação bemsucedida já implantada em alguns apartamentos da Unidade I do Hospital Márcio Cunha. A impermeabilização é um processo de tratamento do piso com impermeabilizante acrílico, que envolve remoção, aplique e queima do produto aplicado. Um processo demorado, que exigiu a interdição do ambiente por no mínimo 24 horas. Em contrapartida, é duradouro, sendo a manutenção do tratamento do piso impermeabilizado mais fácil e mais rápida, necessitando agora apenas de água e detergente. Antes, no tratamento convencional com cera de carnaúba, o procedimento de remoção, aplique e lustro da cera era preciso ser feito a cada alta de paciente. Os tempos obtidos mostram a diferença. Enquanto no período de janeiro a maio foram feitas, em média, 844 limpezas terminais/mês nos 139 apartamentos da Unidade I (o que representa 6,07 limpezas por apartamento/mês), na Unidade II foram feitas, em média, 54 limpezas terminais para 10 apartamentos, dando uma média de 5,4 limpezas por apartamento/mês. Vale lembrar ainda que, como o bloco cirúrgico do Hospital Márcio Cunha funciona de segunda a sexta para realização de cirurgias eletivas, a taxa de ocupação das unidades de internação é maior durante a semana, o que gera em certas ocasiões demanda reprimida por leitos em apartamentos. A otimização dos processos possibilitou o aumento do número de limpeza dos apartamentos por mês Rosemar Maria Martins Santos Auxiliar de Conservação e Limpeza 53 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Tempo / em minutos DISPONÍVEL PARA LIMPEZA MÊS Outubro/2010 LIMPEZA EM ANDAMENTO 19 TOTAL 70 89 Novembro/2010 18 76 94 Dezembro/2010 13 70 83 Janeiro/2011 9 76 85 Em média, o tempo para disponibilizar o apartamento baixou de 19 para 13 minutos, e o tempo de limpeza passou de 70 para 60 minutos. Número de limpezas/mês - 2010 - 2011 70 64 58 60 50 40 41 30 Fevereiro/2011 10 75 85 Março/2011 5 48 53 10 Abril/2011 10 46 56 0 Maio/2011 13 43 56 Junho/2011 8 38 46 55 54 52 36 34 20 26 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN Taxa de frequência ao trabalho - 2010 - 2011 Unidade de Higienização Danúbia Reis da Silva Supervisora de Conservação e Limpeza NÚMERO DE ALTAS - HMC II 99,00 80 58 60 40 98,00 84 100 26 34 36 41 64 52 54 55 64 71 97,00 96,00 95,02 94,00 0 93,00 FEV 2011 MAR ABR MAI JUN 2011 2011 2011 2011 JUL AGO SET 2011 2011 2011 93,70 92,00 91,00 OUT Os trabalhos foram iniciados em fevereiro de 2011, com a compra de uma enceradeira de alta velocidade e o treinamento de técnicas corretas na aplicação e uso do equipamento, ministrado por dois supervisores do próprio hospital. A impermeabilização foi concluída três meses depois e, embora pareça um longo tempo, diversos contratempos surgiram nesse período e exigiram grande esforço da equipe para cumprir o prazo. Entre eles, o aumento na demanda por apartamentos e o au54 97,30 96,87 97,72 97,16 95,00 20 OUT NOV DEZ JAN 2010 2010 2010 2011 97,76 97,63 mento no absenteísmo da equipe de Higienização e Limpeza, provocado por um surto de conjuntivite entre os colaboradores. Ao relacionarmos os dois gráficos a seguir, observamos que mesmo com o aumento no número de limpezas/ mês e com o alto absenteísmo, a equipe conseguiu reduzir os tempos gastos nas limpezas terminais. O valor atingido a partir do mês de março foi menor que o pactuado para o ano de 2011, que é de 50 minutos "Com esta prática, aprendemos que a discussão em equipe, a busca por alternativas e os acordos com nossos clientes e fornecedores internos podem permitir melhorias importantes nos nossos processos, sem aumento de custos.” para limpeza em andamento, possibilitando valores ainda menores para os próximos anos. O tempo em que o apartamento ficou disponível para limpeza teve um discreto aumento em maio, atingindo 13 minutos, acima dos 10 minutos pactuados. Contudo, quando somados os tempos disponíveis para limpeza e limpeza em andamento, chegou-se ao cumprimento da meta pactuada de 60 minutos no total, como mostram a tabela e o gráfico acima. NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN RESULTADOS OBTIDOS • • • • • Redução do tempo gasto nas limpezas dos apartamentos. Maior otimização e praticidade no trabalho das equipes. Eliminação da necessidade de remover, aplicar e lustrar a cera a cada limpeza terminal. Economia de água, energia elétrica e produtos de limpeza. Diminuição do esforço físico das colaboradoras, minimizando fadiga. 55 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM TABELA 1 PROCESSO ANTERIOR A 2010 RESPONSÁVEIS 1a etapa Elaboração das peças orçamentárias Responsáveis pelos centros de custos 2 etapa Revisão das peças recebidas Planejamento e controle 3a etapa Discussão com os responsáveis Planejamento e controle / Áreas responsáveis 4 etapa Análise para aprovação 5a etapa Retorno das peças orçamentárias com sugestões e determinações Planejamento e controle 6a etapa Ajuste das sugestões Planejamento e controle / Áreas responsáveis 7 etapa Análise final para aprovação 8a etapa Conclusão das peças orçamentárias 9a etapa Elaboração do orçamento geral e projeção dos demonstrativos contábeis 10a etapa Controles orçamentários 11 etapa Reporte das variações a IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA METODOLOGIA ORÇAMENTÁRIA a a a CICLO 2011 Implantada na área Administrativa, a prática tem como principal objetivo alinhar o orçamento à estratégia da organização, além de centralizar, na Unidade de Planejamento e Controle, a estimativa de contas matriciais. A iniciativa ampliou a margem de acerto entre o que foi orçado e o que foi realizado. Eudes Marcone Marçal Mariano Assistente de Planejamento e Controle - Carolina Cirele Vieira da Cunha Gerente de Planejamento e Controle - André Luiz Nani Ribeiro Gerente de Negócios e Resultados - José Márcio Araújo Analista Financeiro de Planejamento e Controle - Michele Aparecida Campos de Paula Assistente de Planejamento e Controle – Thiago Lucas Novais Caldeira Analista Financeiro de Planejamento e Controle 56 Planejamento e controle Em 2010, com as diretrizes estratégicas da nova Diretoria Executiva e investimentos em otimização de processos e capacitação de pessoas, a equipe participou de treinamento com o prof. Dr. Clóvis Luís Padoveze, especialista em Orçamento Empresarial, cujo tema foi “Novas técnicas de Planejamento Orçamentário”. A partir desse pontapé inicial, a nova metodologia foi implantada e adequada à situação atual da FSFX, seguindo as seguintes etapas: O trabalho aplicado pela Gerência de Planejamento e Controle mostrou sua capacidade de transformar a disseminação de conhecimentos em equipe e a aposta nas competências individuais em uma cultura de bons resultados. Comandado pelos colaboradores André Luiz Nani Ribeiro, Carolina Cirele Vieira da Cunha, Eudes Marcone, José Márcio Araújo, Michele Aparecida Campos e Thiago Lucas Novais Caldeira, as diversas ações implantadas para a melhor elaboração, acompanhamento e controle do Planejamento Financeiro Plurianual da FSFX aplicaram à realidade da instituição o que há de melhor no mercado. TABELA 2 Até o início da década, o processo de Planejamento Financeiro da FSFX era realizado seguindo o cronograma da tabela abaixo, sem nenhuma vinculação com o Planejamento Estratégico ocorrido anualmente. PROCESSO POSTERIOR A 2010 RESPONSÁVEIS 1a etapa Estabelecimento da missão e objetivos corporativos Diretoria 2a etapa Análise do ambiente 3 etapa Construção dos cenários 4 etapa Estabelecimento do fator limitante (volume de vendas/produção) 5a etapa Definição das premissas orçamentárias gerais 6a etapa Definição das premissas específicas (despesas, etc.) 7a etapa Preparação das peças orçamentárias 8 etapa Aprovação inicial a a a 9 etapa Remessa aos responsáveis 10a etapa Retorno das peças orçamentárias com as sugestões dos responsáveis 11a etapa Revisão dos orçamentos recebidos 12a etapa Ajuste das sugestões 13a etapa Conclusão das peças orçamentárias 14 etapa Elaboração do orçamento geral e projeção dos demonstrativos contábeis 15a etapa Controles orçamentários 16a etapa Reporte das variações a a Grupo corporativo (cenários) Grupo corporativo / Planejamento e controle Planejamento e controle Áreas responsáveis pelos centros de custos Planejamento e controle Planejamento e controle / Áreas responsáveis 57 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM • REDUÇÃO NO TEMPO GASTO PELOS GESTORES DE CENTROS DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DO ORÇAMENTO A preparação das peças orçamentárias, que antes eram feitas pelos gestores dos centros de custos (vide tabela 1 – 1a à 8a etapa), passa a ser realizada pela equipe da Unidade de Planejamento e Controle (tabela 2 – etapas 7, 8 e 9). Com a alteração, os gestores de centros de custos ficaram responsáveis apenas pela validação do orçamento, e não mais por toda a elaboração, sem deixar de sugerir alterações necessárias, posteriormente avaliadas e aplicadas pelo Planejamento e Controle. Com a implantação da nova metodologia orçamentária, foram alcançadas diversas melhorias, tais como: • ALINHAMENTO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA FSFX COM O PLANEJAMENTO FINANCEIRO (1a à 4a etapa – Tabela 2) Possibilitou que todo o processo de Planejamento Financeiro tivesse o mesmo objetivo final predefinido no 58 Planejamento Estratégico. A proposta preparada pela Unidade de Planejamento e Controle consistiu na criação de um Formulário de Investimentos e Ações Essenciais, cujo intuito principal é proporcionar à FSFX a mensuração e a análise prévia dos objetivos e estratégias priorizados pelos gestores. Cada gestor, por sua vez, elaborou junto a sua equipe diversos formulários, alinhando os seguintes planos aos objetivos da instituição: • Plano Diretor de Obras (PDO). • Plano de Melhorias de Instalações. • Plano de Máquinas e Equipamentos. • Plano de Móveis e Utensílios. • Plano de Informática. • Plano de Marketing e Comunicação Social. • Plano de Viagens e Treinamentos. • Plano de RH. • Plano de Novas Atividades e/ou Serviços. Obs.: Para o Planejamento Orçamentário 2011-2015, foram elaborados ao todo, pelos gestores da FSFX, aproximadamente 900 formulários. Numa situação hipotética, por exemplo, em que o gestor avalia um custo novo e não previsto no orçamento para o próximo ano, cabe à equipe especializada avaliar a implantação desse contrato, o período de vigência, seus impactos e, assim, aplicar o reajuste no orçamento. A alteração gerou redução em torno de 70% no tempo gasto na elaboração e validação do orçamento, permitindo aos gestores utilizarem suas horas de trabalho na execução de atividades específicas de suas áreas. • MAIOR ÍNDICE DE ASSERTIVIDADE DO ORÇAMENTO • REDUÇÃO NO CUSTO COM MANUTENÇÃO DE SISTEMA Capacitada com maior conhecimento didático e prático de elaboração de planejamentos financeiros, a equipe de Planejamento e Controle passou a utilizar parâmetros assertivos baseados em premissas financeiras institucionais e de mercado (Premissas Macroeconômicas Usiminas e Indicadores Produtivos Setoriais), aumentando o índice de assertividade. Com a implantação da nova metodologia, foi preciso criar um módulo sistematizado de orçamento, dentro do sistema próprio (Sistema de Custos), com intuito de atender às especificidades da FSFX. Dessa forma, o módulo orçamentário do sistema MXM – que servia de base para alimentação dos dados do orçamento anterior a 2010 – foi cancelado, gerando redução de custo anual de R$ 4.581,00. As variações orçamentárias nos últimos anos, de todas as contas de despesas da FSFX, na imagem abaixo mostram os gastos excedentes em relação aos valores orçados entre 2007 e 2009. Já em 2010, a variação foi positiva (gasto menor que o orçado), em razão das fortes ações para redução de custos propostas pela Diretoria Executiva. Em 2011, após a implantação da nova metodologia e mesmo considerando algumas reduções de custos já realizadas em 2010, o orçamento também fechou de forma positiva. ÍNDICE DE ASSERTIVIDADE VARIAÇÃO ORÇAMENTO X CUSTO TOTAL 2007 -5,95% 2008 -9,00% 2009 -6,95% 2010 5,58% 2011 (acumulado/ até agosto) 3,18% • MELHOR ACOMPANHAMENTO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES A facilidade no acesso aos diversos relatórios no sistema implantado foi outro importante diferencial para melhoria no acompanhamento e análise das variações, feito em conjunto entre a Gerência de Planejamento e Controle e as diversas áreas da instituição. Com a melhoria foi possível dar subsídio para pactuação de indicadores junto às superintendências. Entre eles, indicadores de custos das diversas áreas produtivas x indicador de orçamento, indicador de resultado orçado x realizado, resultado operacional das unidades e o seu desdobramento entre as outras unidades produtivas. 59 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM • MAIOR SATISFAÇÃO DOS GESTORES NA MELHORIA DO PROCESSO Ao consolidar as melhorias citadas anteriormente, a alteração no processo trouxe também alto nível de satisfação dos gestores. Isso por conta da redução do tempo gasto na elaboração do orçamento, do maior índice de assertividade das contas orçadas, da melhoria no sistema de orçamento com a implantação do módulo próprio, da maior facilidade no acesso ao histórico das informações. Tais benefícios promovem ainda o entendimento e envolvimento dos gestores no processo de Planejamento Estratégico e Financeiro como um todo. FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM A comprovação de todos esses resultados veio da pesquisa de satisfação realizada em todas as unidades de negócio e gerências da FSFX, com participação de representantes de 39% dos centros de custos ativos. 4% 45% % de Satisfação Consolidado N0 de questionários enviados Menor Índice de Assertividade Insatisfação dos Gestores 60 SATISFEITO N0 de questionários respondidos 62 29 LIÇÕES APRENDIDAS DEPOIS Morosidade do Processo 51% CICLO 2011 MUITO SATISFEITO RESULTADOS OBTIDOS ANTES NEM SATISFEITO NEM INSATISFEITO QUEBRA DE PARADIGMAS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DA FSFX Integração Maior Índice de Assertividade Padronização Controle Nem sempre a descentralização dos processos de gestão financeira é o melhor caminho. • Devemos tomar como hábito a revisão contínua dos processos de nossas unidades, com o intuito de otimizar custos e tempo. • É possível quebrar paradigmas. • O trabalho demonstrou a efetivação da quebra de paradigmas na contratação de serviços da FSFX, por meio da ruptura dos modelos de contratação até então realizados, possibilitando maximizar recursos da instituição e otimizar resultados com racionalização dos custos e aumento da competitividade. “O todo só é perfeito se as partes o forem.” A frase de autor desconhecido tornou-se para a equipe de Gerência de Contratos a maior motivação e, ao mesmo tempo, o maior desafio frente a esse trabalho. Conquistar resultados inéditos com a aplicação de uma nova metodologia a partir da adesão de todas as unidades da FSFX. Uma tarefa que as colaboradoras do setor encararam com a certeza de resultados promissores. Até o início desta década, as diretrizes de compras de serviços da FSFX eram de contratações pelo processo de negociação direta, realizadas pelas próprias unidades usuárias. A formalização do contrato, na maioria dos casos, era realizada simplesmente para regularização, pois muitas vezes os serviços já haviam sido iniciados ou concluídos. Em 2010, devido ao grande volume de compra de serviços de obras na FSFX, a Gerência de Contratos, com o apoio da Gerência de Infraestrutura, passou a realizar os processos dessas contratações pela modalidade de licitação. Logo no primeiro processo realizado nesta modalidade, os primeiros resultados. Percebeu-se que o valor da maior proposta obtida estava 32% superior à menor proposta. E que as negociações realizadas com o fornecedor que apresentou a menor proposta resultaram em um ganho de 5% (saving). A partir dessa experiência, a Gerência de Contratos passou a acompanhar sistematicamente os resultados das negociações realizadas pelo processo de licitação. Com um novo saving de 3% obtido no 1o trimestre, a equipe definiu este valor como meta a ser alcançada neste indicador. As apresentações dos indicadores ganharam 61 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM ainda destaque na Oficina de Líderes4, sensibilizando outras unidades de negócio da instituição quanto à importância da realização de licitação nos processos de compra de serviços para a sustentabilidade da FSFX. Nesse período, vale ressaltar outro fator fundamental para a constante evolução dos resultados a cada trimestre: a capacitação da equipe de contratos. As colaboradoras realizaram cursos de capacitação em negociação e autodesenvolvimento em formatação de preços, composição dos custos com encargos sociais e trabalhistas, MBA em Gestão Financeira/Controladoria e Gerenciamento de Projetos Industriais. Com o desafio de aliar custos a benefícios, ou seja, garantir menor preço sem comprometer a qualidade FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM dos serviços, foram realizadas as seguintes ações preventivas: Divisão da carteira de contratos dos colaboradores com agrupamento por categoria de serviços, proporcionando a sua especialização e a visualização de oportunidades de redução de custos. • Realização da análise individualizada das propostas apresentadas pelas empresas licitantes, sendo primeiramente realizada a análise das propostas técnicas pelo responsável técnico e, posteriormente, a análise das propostas comerciais das empresas consideradas qualificadas para os serviços em questão. • Desenvolvimento de fornecedores, com regras claras para que • eles tenham melhores condições de atender aos níveis de serviços esperados e, posteriormente, a realização da avaliação do desempenho dos serviços prestados. Mudança das diretrizes de apresentação de propostas estabelecidas na carta-convite, com exigência da abertura dos itens considerados no preço proposto e seus respectivos custos, inclusive da composição do BDI (Bônus e Dispêndios Indiretos) e dos percentuais de encargos sociais e trabalhistas envolvidos, propiciando assim uma análise mais aprofundada dos custos reais dos serviços, a minimização do risco de superfaturamento por parte do fornecedor e as oportunidades para a redução do preço final. • Patrícia Gomes Miranda Analista de Contratos Aline Vieira Gonçalves Badaró Moreira Analista de Contratos As ações realizadas possibilitaram à FSFX os seguintes resultados de contratação em 2010: VARIAÇÃO MAIOR PROPOSTA X VALOR NEGOCIADO (%) MAIOR PROPOSTA MENOR PROPOSTA VALOR NEGOCIADO MAIOR VARIAÇÃO RESULTADO PROPOSTA NEGOCIAÇÃO NEGOCIAÇÃO (-) VALOR (%) NEGOCIADO 10 TRIMESTRE 785.933,42 345.718,14 335.495,17 10.222,97 3% 450.438,25 57% 20 TRIMESTRE 2.424.112,90 1.964.736,98 1.870.772,75 93.964,23 5% 553.340,15 23% 30 TRIMESTRE 1.383.872,89 1.081.069,76 1.052.221,32 28.848,44 3% 331.651,57 24% 40 TRIMESTRE 8.730,16 5.169,08 288,98 3% 8.730,16 39% ANO 4.602.649,37 3.397.143,96 3.263.819,34 133.324,62 4% 1.344.160,13 29% Em 2011, com a nova formulação do Planejamento Estratégico da FSFX e o estabelecimento do Pacto de Resultados, a Gerência de Contratos pactuou com a Diretoria Executiva da FSFX a meta mínima de 4% para os resultados de saving nas contratações realizadas pelos processos de licitação. O índice, com base no resultado alcançado no ano anterior, considera a variação entre o valor negociado e o valor da menor proposta obtida das empresas participantes do processo. A Gerência de Contratos passou também a mensurar os ganhos de negociação nas contratações realizadas na modalidade de negociação direta, reduzindo custos das contratações de serviços essenciais à sua operacionalização, e a negociar os custos 5.330,10 dos contratos continuados em vigor, no ato da sua repactuação, evitando assim que os índices de inflação os alcançassem. Os resultados alcançados com as práticas citadas, aos poucos, direcionavam a empresa para uma mudança radical das diretrizes de contratação, com critérios para as modalidades de contratação por licitação e negociação direta, além de centralizar os processos de negociações na Gerência de Contratos. Um caminho com sinal verde, dado o apoio imprescindível da Diretoria Executiva, de outras gerências e das unidades de compras de materiais da FSFX, baseado nas diretrizes da Usiminas. O trabalho gerou a elaboração da Norma Administrativa - 03/2011, que visa estabelecer as novas diretrizes de suprimentos da FSFX, aprovada, implantada e divulgada em 14/07/2011. O quadro a seguir demonstra as mudanças ocorridas nos processos de contratação de serviços da FSFX, com a implantação das novas diretrizes estabelecidas: As negociações realizadas com fornecedores resultaram em um ganho de até 5% 4 As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração das unidades de negócio e no aprendizado organizacional. 62 63 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DIRETRIZES ANTERIORES DIRETRIZES ATUAIS Seleção e pré-qualificação do fornecedor, realizadas pela unidade usuária Seleção e pré-qualificação do fornecedor, realizadas pela Gerência de Contratos com base em aspectos legais, técnicos e financeiros, com exigência de documentos comprobatórios, observada a sua validade Processos de aquisição de serviços realizados diretamente pela unidade usuária, sem critérios estabelecidos, com envio de solicitação para formalização do contrato à Gerência de Contratos Processos de aquisição de serviços são realizados pela Gerência de Contratos. As contratações de serviços de manutenção predial com valor previamente limitado, credenciamento e compras com fundo rotativo podem ser realizadas pela unidade usuária, mediante as diretrizes da Norma Administrativa - 03/2011 Aquisição sem formalização de contratos ou autorização do usuário para início dos serviços antes da formalização do contrato Serviços adquiridos somente por documento contratual com vigência no período de sua execução, exceto nos casos em que o serviço adquirido possa causar prejuízo para o processo produtivo na unidade usuária, mediante autorização da Diretoria Executiva Definição da modalidade de contratação realizada pela unidade usuária (licitação/ negociação direta) Obrigatoriedade de realização do processo de concorrência/ licitação para compras de serviços, com estabelecimento de critérios para sua dispensa Estabelecimento de quantidade mínima de propostas em função do valor total da aquisição ou valor estimado Estabelecimento de critérios para realização de mais 1 (uma) compra com base em concorrências anteriores Solicitação de contratação realizada somente pela unidade usuária Criação de unidades centralizadoras para solicitação e gestão de contratos, conforme a categoria de serviços Previsão orçamentária facultativa para aquisição de serviços Aquisição de serviços com limitações orçamentárias da unidade usuária Hierarquia de aprovações de documentos de compras engessada Estabelecimento de hierarquia de aprovações de compra favorecendo a agilidade dos processos e o fortalecimento das autonomias gerenciais Falta de padronização das consultas realizadas pelos usuários aos fornecedores Formalização e padronização de consultas aos fornecedores, pela Gerência de Contratos Propostas técnicas e comerciais solicitadas, recebidas e negociadas diretamente pelas unidades usuárias As propostas técnicas e comerciais são recebidas pela Gerência de Contratos, devidamente formalizadas, por meios físicos ou eletrônicos Avaliação e negociação das propostas comerciais realizadas pela Gerência de Contratos, com apoio da unidade gestora Indicadores de desempenho dos fornecedores não estabelecidos em contratos (SLA) Indicadores de desempenho dos fornecedores (SLA) estabelecidos em contrato, com previsão de penalidades para o não cumprimento Contratos continuados com prazos indeterminados ou renovação automática ou por meio de aditamento anual Contratos continuados com vigência máxima de 2 (dois) anos, exceto nos casos de ocorrência de investimento específico para os serviços por parte do fornecedor Estes contratos são licitados 90 (noventa) dias antes do seu encerramento, exceto nos casos de dispensa previstos na Norma Administrativa - 03/2011 Alteração das condições contratuais negociadas e autorizadas pela unidade usuária, inclusive condições comerciais, sem a formalização de aditivos contratuais Alterações comerciais negociadas pela Gerência de Contratos Alterações das condições contratuais autorizadas somente após a formalização de aditivos Tanto para os contratos continuados quanto para os não continuados, não é permitido o aditamento visando a alteração do objeto Para os contratos não continuados, obra certa ou serviços que não são considerados de natureza continuada, somente é permitida a emissão de 1 (um) único aditamento, referente à prorrogação de prazo de vigência, exceto nos casos de reajuste previsto no próprio contrato Para os casos de exceções aos princípios e critérios da Norma Administrativa - 03/2011, principalmente aqueles que possam trazer prejuízo ou comprometer a eficiência 64 da operacionalização dos processos da unidade usuária, a Gerência de Contratos implantou o formulário “Justificativa de Contratação/Pedido de Exceção à Norma Administrativa – 03/2011”. Por meio dele, a unidade solicitante poderá justificar a necessidade da exceção e submetê-la à aprovação da Diretoria Executiva. RESULTADOS OBTIDOS • Capacitação e motivação da equipe. • Otimização e padronização dos processos de contratação (Norma Administrativa - 03). • Maior interação entre a Gerência de Contratos e as demais unidades da FSFX. • Transparência dos processos de contratação, com tratamento de igualdade a todas as empresas participantes. • Melhoria do nível de serviços contratados, com a pré-qualificação e desenvolvimento dos fornecedores. • Melhoria da imagem da instituição perante os fornecedores. • Aporte nos resultados financeiros da FSFX, permitindo uma alavancagem dos seus negócios e favorecendo o aumento da sua competitividade. • Contribuição com o fluxo de caixa da FSFX. • Aderência dos processos de contratação ao Planejamento Estratégico da FSFX. • Redução dos custos de contratação/saving. LIÇÕES APRENDIDAS Maior conhecimento dos custos envolvidos na prestação de serviços. • Conciliação entre condições técnicas e oportunidades de redução dos preços contratados. • Desenvolvimento das técnicas de negociação. • Capacitação da equipe. • Satisfação em realizar um trabalho que trouxe benefícios a todos os envolvidos e à instituição como um todo. • Reconhecimento de que as metas e objetivos são fatores essenciais para o sucesso da unidade. • A quebra de paradigmas não deve ser imposta e sim construída com a participação de todos os envolvidos. • Percepção de que o trabalho executado na unidade contribui para os resultados da FSFX. • A resistência natural das unidades às mudanças propostas. • Dificuldades em realizar a mudança da cultura e dos valores consolidados com as diretrizes anteriores. • Insegurança das unidades envolvidas em transferir as atividades, antes realizadas por elas, para outra unidade. • A dificuldade de conscientização/ sensibilização das demais unidades da FSFX quanto aos ganhos na mudança dos processos. • Meta 12,0% 11,04% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% DIFICULDADES ENCONTRADAS DURANTE A MUDANÇA DOS PROCESSOS 9,63% 7,85% 9,71% Resultado 7,65% 4,0% 4,0% 4,0% 10 trimestre 20 trimestre 30 trimestre 4,0% 4,0% 0,0% 40 trimestre Acumulado Saving 2011 (acumulado) % Em R$ Menor Proposta X Valor Negociado 9,71% 1.384.751,57 Valor Orçado X Valor Negociado 13,49% 2.006.652,21 65 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS ANÁLISE DO CONTRATO PARA COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D do Hospital Márcio Cunha1. Para isso, contudo, foi preciso executar um estudo sobre as partes integrantes do contrato – aluguel de caçambas compactadoras; preço por tonelada de resíduo destinado ao aterro; e preço por viagem – levantando possíveis pontos de melhoria e redução de custos. O primeiro percalço estava no monopólio existente no mercado regional, com a impossibilidade de substituição do fornecedor. Mensalmente, o HMC encaminha cerca de 70 toneladas à Central de Resíduos do Vale do Aço, administrada pela única empresa autorizada a recolher esse tipo de resíduo em um raio de aproximada- mente 200 km. Situação que torna a negociação de preços praticamente impossível. A aquisição de caçambas compactadoras, em substituição ao aluguel, também foi cogitada, porém logo descartada devido ao alto custo de manutenção e reposição de peças – hoje de responsabilidade da contratada – e à inviabilidade econômica. Reduzir o volume de resíduos (ver gráfico e tabela 2), outro ponto de melhoria levantado, já é realizado pela FSFX, por meio do trabalho de coleta seletiva. Só em 2011, 75 toneladas de plásticos e papel deixaram de ir para o aterro sanitário, seguindo o caminho da reciclagem. transporte de materiais entre o HMC e a Central de Resíduos, que correspondia a aproximadamente 54% do preço da fatura. Para isso, a ação prática foi o aluguel de mais uma caçamba de lixo para o hospital. Assim, em vez de o caminhão de transporte de resíduos realizar quatro viagens, entre recolher a caçamba cheia, descarregar na Central, devolver a caçamba e retornar à empresa, com a prática, agora são realizadas apenas duas. Isso porque não há mais a necessidade imediata de trazer a caçamba vazia ao HMC, e sim no dia seguinte, trocando-a pela caçamba cheia e retomando toda a logística novamente. Apesar do gasto a mais de R$ 1.092,70 com o aluguel, a diminuição do número de viagens reduziu o gasto com transporte pela metade. O custo total mensal de coleta, transporte e destinação final de resíduos passou de R$ 6.695,00 para R$ 3.347,50, uma redução de 50%. Mesmo com o aluguel da caçamba, a economia chegou a 20%, com cerca de R$ 27.000,00 por ano. Com a mudança na logística, foi possível uma economia anual de R$ 27 mil CICLO 2012 A diminuição do número de viagens do transporte de materiais entre o HMC e a Central de Resíduos foi possível com o aluguel de mais uma caçamba de lixo para o hospital e, em especial, a revisão de rotas para coleta do resíduo. A prática possibilitou a redução de 20% no custo final de coleta, transporte e destinação de resíduos hospitalares. Colaboradores da Gerência de Higienização e Transporte: trabalho coletivo com foco em resultados Desenvolvida pelos colaboradores Thiago de Souza Pereira, Alan Lage da Silveira, Inês Alves dos Santos, Crislan Oliveira Miranda, Sebastião Menezes Teixeira, Danúbia Reis da Silva, Renata Angélica Vaz Batista Ramos e Renata Pereira Guerra, da Gerência de Higienização e Transporte, a prática alcançou grande resultado nos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares A oportunidade vislumbrada estava em reduzir o percurso e, consequentemente, o custo de viagens no Com a disponibilização da nova caçamba, a partir de janeiro de 2012, os valores cobrados foram revistos no contrato em vigor, demonstrados no gráfico e na tabela 1. A coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares, mesmo para aqueles considerados como do grupo D (Domiciliares), seguem exigências legais, conforme RDC 306/2004 da ANVISA e CONAMA 358/2005. 1 66 67 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM GRÁFICO E TABELA 1 – CUSTO EM REAL COM COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D – HMC I E II. GRÁFICO E TABELA 2 - VOLUME DE RESÍDUOS DO GRUPO D ENCAMINHADOS AO ATERRO SANITÁRIO, EM TONELADAS (t). R$ TONELADAS 16.000,00 90,0 14.000,00 80,0 12.000,00 70,0 10.000,00 60,0 8.000,00 50,0 6.000,00 SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL 2011 2011 2011 2011 2012 2012 2012 2012 2012 2012 Valor R$ Tendência SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL 2011 2011 2011 2011 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 Volume em t Tendência 2012 MÊS TONELADAS MÊS R$ SET/11 61,2 SET/11 12.294,24 OUT/11 64,6 OUT/11 12.741,45 NOV/11 62,0 NOV/11 8.865,98 DEZ/11 64,7 DEZ/11 9.528,28 JAN/12 62,1 JAN/12 10.831,50 FEV/12 55,2 FEV/12 10.186,19 MAR/12 67,7 MAR/12 11.321,12 ABR/12 60,6 ABR/12 10.627,83 MAI/12 65,9 MAI/12 11.074,80 JUN/12 63,2 JUN/12 10.915,41 JUL/12 68,9 JUL/12 11.251,36 Obs.: Houve reajuste anual de 6,17% a partir de jan/12, conforme contrato. Em novembro e dezembro não foi cobrado o aluguel da terceira caçamba. LIÇÕES APRENDIDAS A prática ressaltou a importância da análise detalhada de dados, da discussão em grupo e da disponibilidade para revisão constante dos processos, levando a ganhos sem perda de qualidade dos serviços, mesmo em situações adversas. 68 69 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Mensuração de Resultados de Campanhas A Comunicação hoje desempenha um papel de grande importância na Fundação São Francisco Xavier. Ela está conectada com os diferentes setores e negócios da instituição, desempenhando um papel estratégico em cada um, apoiando diretamente na conquista de indicadores e resultados. A partir da reflexão dos profissionais Érica Pascoal Fernandes, Cintia Caroline dos Santos Oliveira Cupelo, Marcos Rodrigues da Silva, Érika Silva Alvarenga Brito e Fernando França Mendanha, a Assessoria de Comunicação buscou ir além, ao avaliar formas possíveis de mensurar e mostrar os resultados tangíveis das campanhas de comunicação que realiza. Questão muito abordada nos dias atuais por profissionais da área de diversas empresas, não somente da área da saúde e educação, a proposta da prática Mensuração de Resultados das Campanhas de Comunicação é avaliar os retornos obtidos por meio das ações voltadas ao público externo, no intuito de alcançar uma gestão completa da Comunicação, que envolve planejamento, execução e controle de resultados. Permite ainda a busca contínua de melhorias dos processos e a possibilidade de rever e corrigir ações, gerar conhecimento e permitir que as atividades da Assessoria sejam cada vez mais estratégicas. A partir dessa prática, é possível construir um planejamento de campanha de Comunicação mais embasado, sabendo a eficácia do caminho traçado e sendo possível avaliar se os caminhos estão corretos ou não. CICLO 2013/2014 Ao avaliar os retornos obtidos para a Fundação por meio das campanhas publicitárias, é possível colocar em prática uma gestão completa da Comunicação, que envolve planejamento, execução e controle de resultados. Isso possibilita medir o aumento da procura pelos serviços da instituição e verificar quais as mídias mais eficazes. Permite que a mensuração torne-se uma ferramenta estratégica de Comunicação, prevenindo erros e gerando conhecimento e resultados efetivos Metodologia Esta prática consiste em algumas etapas: • Primeiro é identificada a necessidade de um setor/negócio específico da Fundação São Francisco Xavier. • Depois é feita a integração deste setor com a Assessoria de Comunicação para dar início ao Planejamento Estratégico de Comunicação, com o intuito de atender a demanda apresentada. • Com foco no planejamento e nas metas estipuladas, é feita a execução do projeto de Comunicação e a estruturação da campanha. • Durante e após a execução, é realizada a Mensuração de Resultados, que é a medida de controle posta em prática para verificar a frequência e a consistência das ações executadas. Integrantes: Marcos Rodrigues, Érika Silva Alvarenga Brito, Érica Pascoal Fernandes, Cintia Caroline dos Santos Oliveira Cupello e Fernando França Mendanha 70 • Com os resultados em mãos após a mensuração, é reavaliada a ação para perceber a eficácia da ação, como transcorreu o processo e quais pontos que devem ser corrigidos. Assim que o planejamento da campanha é finalizado, com a definição do período em que ela irá acontecer e das ações que serão realizadas, a equipe da Assessoria de Comunicação entra em contato com o setor responsável pela campanha, para indicar as datas em que o levantamento de dados deverá ser feito. No caso da Usisaúde, por exemplo, o SOC (Serviço de Orientação ao Cliente) encaminha ao setor Comercial todos os contatos recebidos pela área e a partir daí são contabilizados os quantitativos de cada mês. Para o Colégio, a equipe da secretaria realiza uma mini-pesquisa orientada pela equipe de Comunicação, aplicada em todos os contatos recebidos por telefone ou presencialmente no CSFX. Além desse valor quantitativo, também é avaliado por qual meio a pessoa ficou sabendo sobre o plano de saúde, sobre o colégio ou o período de matrículas etc (ex.: outdoor, comercial de rádio, panfleto, internet...). Dessa forma, é possível avaliar quais veículos foram mais impactantes e trouxeram maior resultado. 71 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM RESULTADOS OBTIDOS Campanha Institucional Usisaúde Campanha Usisaúde PME Objetivo: Agregar valor à imagem da instituição e atrelar o nome da Usisaúde ao HMC, em especial às novas instalações do local Objetivo: Apresentar ao mercado as novas configurações de planos de saúde empresariais comercializadas pela Usisaúde Objetivo Secundário: Se o objetivo geral for atingido, espera-se aumentar o número de vidas da carteira Usisaúde Objetivo Secundário: Se o objetivo geral for atingido, espera-se aumentar o número de vidas da carteira Usisaúde Ações utilizadas: Veiculação em rádio e outdoor, distribuição de folders e anúncios em jornais e revistas Período: 25/3/13 a 25/4/13 Resultados: Percebeu-se o aumento significativo de contatos recebidos no período da campanha e o retorno ainda nos meses seguintes 72 Ações utilizadas: Veiculação em rádio, outdoor e TV, anúncio em revista Período: 12/8/13 a 25/8/13 Resultados: • Em junho e julho existe um histórico de números altos de contatos, devido à Pesquisa de Satisfação Usisaúde, que é realizada nesse período e aos reajustes dos planos, que geram muitas dúvidas e contatos diretos dos beneficiários • Percebeu-se que a campanha de agosto, mesmo não tendo o objetivo direto de vendas, conseguiu manter um número considerável de contatos nos meses de agosto a outubro (os meses de setembro e outubro ainda refletem o impacto da campanha) 73 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Campanha de Matrículas CSFX Objetivo: Captação de alunos para o CSFX Campanha Institucional Usisaúde Objetivo Secundário: Fortalecer a imagem do CSFX na região do Vale do Aço Ações utilizadas: Veiculação em rádio, outdoor e TV, anúncio em revista, folder Período: 25/8/13 a 25/9/13 Resultados: •A Campanha conseguiu envolver um número considerável de contatos recebidos para matrículas, sendo o Outdoor o meio que gerou maior impacto na campanha •O vídeo desenvolvido para a Campanha gerou um resultado muito positivo, alcançando 195 visualizações espontâneas (sem divulgação direta) no Youtube •Nesta pesquisa foi utilizada a seguinte pergunta: Como tomou conhecimento da Campanha de Matrícula / CSFX? - Outdoor - TV - Indicação - Site - Rádio - Outros. Qual: •Nesta etapa da pesquisa, além da mensuração do número de contatos recebidos, foi utilizada a seguinte pergunta: Através de qual meio de comunicação, você ficou sabendo sobre este plano ou sobre a Usisaúde? • Televisão • Rádio • Outdoor • Jornais/Revistas • Outros. Qual: •Através do processo de mensuração, foi possível perceber que a ação que gerou maior impacto na campanha foi o Outdoor, pois foi o meio mais citado no contato dos clientes, que o apontaram como veículo responsável pelo conhecimento do plano Usisaúde •Já a TV não foi citada em nenhum contato 74 75 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Campanha de Saúde Ocupacional Objetivo: Captação de novos clientes Objetivo Secundário: Agregar valor à imagem da instituição e atrelar o nome da Usisaúde ao serviço de Saúde Ocupacional Ações utilizadas: Veiculação em folder, outdoor, e-mail marketing, anúncio e rádio Período: 23/09/13 a 25/10/13 Resultados: A Campanha de Saúde Ocupacional tem como objetivo comercializar os serviços de saúde ocupacional e meio ambiente para empresas do mercado Vale do Aço. No período da campanha e pós-campanha, 20 empresas realizaram contato e estão em processo de negociação ou já fecharam negócio, conforme status abaixo: Conclusões •A Campanha Usisaúde PME teve grande eficácia, aumentando consideravelmente o número de contatos recebidos pela Usisaúde no período da campanha. Havia uma média de 36 contatos por mês, de Janeiro a Março e em Abril, mês de maior veiculação da campanha, foram constatados 279 contatos. •A Campanha Institucional Usisaúde não tinha como objetivo maior a venda de planos, mas sim agregar valor à marca Usisaúde. Mesmo assim, conseguimos perceber que as duas campanhas mantiveram um bom número de contatos nos meses de veiculação, contando a partir de Abril, mês da primeira campanha. •Na Campanha Institucional Usisaúde também foi possível perceber quais veículos foram mais eficazes. O outdoor foi o mais indicado na pesquisa, sendo o veículo que levou uma maior quantidade de pessoas a conhecerem e se interessarem pelo plano. •Na Campanha de Matrículas do CSFX percebeu-se uma grande mobilização dos alunos e do público jovem em relação ao vídeo desenvolvido para a Campanha. Como o vídeo apresentou uma linguagem jovem, utilizando alunos do próprio Colégio como personagens, ele foi muito bem aceito por este público, gerando repercussão nas mídias sociais e em grupos de alunos dentro do Colégio. Este tipo de movimentação contribui diretamente no fortalecimento da imagem da instituição. •Na Campanha de Saúde Ocupacional percebeu-se o quanto a Campanha contribui para o fechamento de contratos na instituição. Foram recebidos 20 contatos de empresas, entre eles já são nove contratos fechados e mais sete que ainda podem ser feitos. •A prática passou a ser realizada em todas as campanhas externas realizadas pela Assessoria de Comunicação, pensando em avanços aplicáveis à sua metodologia e em mensurações específicas com cada público, em níveis quantitativos e qualitativos, o que traz uma melhoria contínua dos processos e resultados. 76 77 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico do HMC Integrantes: Renato Prado Santos, Juliana Lana Miranda, Georgia Havena de Souza Gonçalves Alves, Maria Lúcia ferreira, Glaucia Barbosa, Adriana Wandekoken, Emmanuel Gomes, Pollyana Almeida, Kenia coeli, Jussara cesárea, Natália Peixoto, Meirilaine Andrade, Tatiane de Almeida, Karolina Nascimben, Maiara Fagundes CICLO 2014/2015 Na prática, o software permite à instituição mensurar indicadores de qualidade e de produtividade de cada uma das clínicas e de cada médico, contemplando uma avaliação abrangente dos profissionais, baseada em quatro perspectivas: pessoas, clientes e parceiros, processos internos e resultados. O ano de 2014 foi decisivo para o Hospital Márcio Cunha aprimorar processos operacionais e de gestão, ao tomar como meta a conquista da certificação internacional DNV International Accreditation Standard (DIAS). Desenvolvida a partir dos padrões norte-americanos de segurança assistencial e de infraestrutura, a DIAS é a norma de acreditação hospitalar baseada na National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (NIAHO), que é formalmente reconhecida pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos. E uma das demandas traçadas pela Fundação para que esse objetivo fosse alcançado foi instituir no ambiente hospitalar uma avaliação que pudesse demonstrar todo o desempenho dos profissionais médicos na assistência ao paciente. Para isso, Diretorias da FSFX e do HMC, Gerência de Assistência e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade uniram forças. Buscaram no mercado uma 78 empresa que tivesse o mesmo perfil do HMC, o Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte, para realizar visitas de benchmarking e, assim, consolidar as métricas para medição do desempenho médico. O próximo passo foi decidir entre o desenvolvimento de uma metodologia única da FSFX ou adquirir o software do hospital visitado para mensuração dos resultados almejados. Apesar de conhecer o software externo, uma grande dificuldade percebida para efetuar sua compra era o tempo necessário para implantação: prazo de 12 meses, o que comprometeria o projeto de certificação DIAS/NIAHO no Hospital Márcio Cunha. Desse modo, decidiu-se pelo desenvolvimento interno de um sistema de suporte, com metodologia e métricas próprias utilizadas. Após avaliações criteriosas, o desafio estava lançado: estruturar e implantar uma Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico em poucos meses, antes da auditoria externa para certificação, em outubro de 2014. O modelo foi apresentado e elogiado no Encontro Federassantas 2014, em Belo Horizonte Desenvolvimento Daí em diante, discussões sobre a metodologia, rol de indicadores destinados aos médicos (tanto indicadores comuns a todos quanto também aos considerados de cunho específico das clínicas), critérios de cálculos, entre outros tópicos, avançaram nas discussões do novo sistema. A partir de reuniões entre as áreas, surgiu o projeto piloto, que contempla o software desenvolvido pela Gerência de Tecnologia da Informação e o critério de cálculo desenvolvido pela Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade. Nesse período, as clínicas participantes foram Pediatria e Ginecologia, por conta do grande volume de serviços e atendimentos realizados no hospital. Do projeto piloto, ficou a experiência de unificar em um único ambiente os dados consolidados sobre o desempenho dos profissionais médicos e, consequentemente, mapear os principais responsáveis pela coleta de dados e validação dos mesmos. O critério desenvolvido para cálculo do desempenho não foi aprovado em primeiro momento pela Diretoria Executiva. O fracasso deve-se à complexidade de leitura, que não permitia uma análise concreta dos dados ali apresentados. Neste momento surgiu uma nova demanda: unificar os dados que demonstrariam os resultados do corpo clínico de forma clara e consistente, para que os gestores visualizassem os desempenhos específicos de cada médico, bem como o desempenho de cada clínica e, consequentemente, o desempenho global. Após o segundo teste piloto, os parâmetros foram validados e o sistema não precisava mais de grandes ajustes de rotinas e critérios para cálculo. Assim, foram entregues os primeiros resultados do Desempenho do Corpo Clínico para a Diretoria Executiva, que os utilizou para apresentar a ferramenta de medição de desempenhos tanto aos líderes da FSFX quanto à gestores e profissionais da saúde de todo o estado no Encontro Federassantas 2014. Na ocasião, o trabalho e o sistema de Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico do HMC foi explando pelo superintendente do HMC. 79 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Vale ressaltar Vale ressaltar que cada clínica médica possui um rol de indicadores específicos que melhor representa o serviço desempenhado por este grupo de médicos. Objetivos • Fortalecer a atuação das clínicas médicas • Possibilitar análises comparativas e evolutivas do desempenho • Envolver e alinhar a atuação do Corpo Clínico ao sistema de gestão do HMC A rotina de compilação consiste no envio mensal de dados pelas áreas do HMC para o analista de suporte da Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade, que fica responsável por alimentar o software e gerar os dados mensais globais, por clínica, por profissional médico e até mesmo por paciente em alguns casos, como por exemplo, no indicador Média de Permanência: • Dados globais: clínica médica • Dados específicos: clínica médica, por médico e por paciente • Fortalecer as parcerias internas com foco na segurança e efetividade assistencial • Dar visibilidade ao desempenho individual do profissional (autocrítica) Lições aprendidas A avaliação tem como base um rol de indicadores comuns, em que cada meta atingida representa um % de desempenho médio, conforme matriz abaixo: •Os resultados alcançados pela Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico foram de tamanha repercussão que outras unidades da Fundação, como o Colégio São Francisco Xavier (CSFX) e o Centro de Odontologia Integrada (COI), demonstraram interesse em utilizar a ferramenta como fonte de mensuração de desempenho de profissionais educadores e dentistas. Atualmente, um protótipo do sistema já foi entregue ao Colégio e outros dois estão em desenvolvimento, um para o COI e um Dashbord para a Diretoria Executiva acompanhar todos os resultados da FSFX desdobrados por unidade de negócio. •Na intranet da FSFX, foram divulgados ainda depoimentos de coordenadores das clínicas médicas que utilizaram e aprovaram a utilização da Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico. •Em outubro de 2014, o analista Renato Prado representou o HMC na Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAPH), no evento “União do grupo de estudos tecnologia da informação para apresentar as funcionalidades desenvolvidas no software de suporte e painel de resultados da Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico”, em que a prática foi bastante elogiada. •Atualmente a Avaliação de Desempenho permanece como ferramenta chave para a gestão hospitalar e de grande respaldo para decisões institucionais, tais como alterações em fluxos de trabalho, revisão de indicadores, diretrizes em relação à conduta do profissional médico e outras definições que afetam diretamente o desempenho institucional. 80 81 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Integrantes: Carlos Souza Lima, Meila Catia de Castro, Renato Peres Miranda, Mislene Franco dos Reis e Tatiane Lopes Ferreira Madalena Soroteca informatizada CICLO 2014 Cenário Anterior Com a reorganização dos tubos produzidos como amostras para exames nos setores de Bioquímica e Imunologia do HMC, a partir da instalação de um software e da utilização de bandejas de isopor identificadas com letras e números e um leitor de código de barras, foi possível promover a rastreabilidade dos materiais e otimizar os serviços. A guarda de amostras (soroteca) é fundamental em qualquer laboratório clínico para a rastreabilidade e o armazenamento dos materiais colhidos e processados. No Hospital Márcio Cunha, sempre em que há a necessidade de reteste ou inclusão de exames em pedidos, o laboratório poderá utilizar amostras da soroteca, evitando assim, uma nova coleta de amostras. As amostras de soro, utilizadas no setor de Bioquímica e Imunologia, são mantidas refrigeradas entre 2oC e 8oC por dois dias. Posteriormente, são congeladas por mais cinco dias, exceto as amostras positivas de HIV, que são armazenadas por dois anos, conforme a Portaria 151 do Ministério da Saúde. 82 Atualmente, o Setor de Bioquímica e Imunologia do HMC processa cerca de 600 tubos/ dia para exames de rotina externos e internados. Conforme os prazos de estabilidade das amostras, o setor trabalha com uma soroteca de 4500 tubos. O desafio do serviço era garantir a adequada guarda das amostras na soroteca e, ainda, encontrá-las em menor tempo possível, diante de qualquer necessidade do serviço e ou assistencial. Para os colaboradores Carlos Souza Lima, Meila Catia de Castro, Renato Peres Miranda, Mislene Franco dos Reis e Tatiane Lopes Ferreira Madalena, a grande dificuldade era a falta de padronização e sistematização da guarda das amostras, que poderia gerar solicitações desnecessárias de recoleta. Todas as amostras coletadas e processadas no setor eram dispostas em bandejas de isopor (reaproveitadas das embalagens de tubos novos). A disposição dos tubos nas grades era de forma aleatória, conforme tempo de liberação dos testes nos equipamentos, identificadas com a data da coleta e posteriormente armazenadas em geladeira. Após o fechamento dos relatórios de rotina, as amostras eram tampadas, ensacadas e congeladas em freezers onde permaneceriam até seu descarte. Diante da necessidade de localização das amostras na soroteca, a busca era aleatória e ineficiente. Se as amostras estivessem congeladas, os tubos deveriam ser buscados nos sacos do freezer para serem localizadas um a um da mesma forma. Diante da necessidade de reestruturar esse processo e otimizar todas as atividades da soroteca, buscando melhores práticas e pouco investimento, foi instituído um Sistema de Gestão da Soroteca. Esse sistema foi obtido em parceria com o Laboratório Álvaro - software gratuito. Como recurso técnico, utilizamos um leitor de códigos de barras disponível no setor e bandejas de isopor, identificadas com letras (A - J) e números (1 a 10). 83 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Novo cenário No Software, cadastramos o modelo da estante a ser utilizada para determinar o formato do “tabuleiro” e damos uma identificação para rack (nome da estante) padronizada com uma sequência numérica, acrescida da data da amostra de maneira que facilite sua identificação. Resultados Menos de 1 minuto para localizar as amostras. Após o cadastro da estante, executamos o cadastro das amostras na rack lendo o código de barras de cada amostra e posicionando o tubo na estante exatamente na mesma posição (endereço) que o tubo aparece virtualmente na tela.Ao final do cadastro a bandeja está pronta para ser armazenada em geladeira ou freezer de forma organizada por data de coleta. Diante da necessidade de localização de amostras de soro no setor, basta digitar o número do registro no módulo de busca do sistema da soroteca. O resultado da busca é a localização exata da amostra, conforme rack e posição do tubo. Menos de um minuto para localizar a amostra. Redução em 85% das ocorrências relacionadas a amostras extraviadas no setor; e diminuição do tempo para montagem dos racks com 100 tubos inseridos nas geladeiras, de 25 para 10 minutos, em média. • Os testes aconteceram no final do mês de fevereiro de 2014. Após a aprovação do novo sistema, estabeleceu-se um procedimento operacional. A equipe do setor foi capacitada e a nova prática entrou em pleno funcionamento no início do mês de março de 2014. Já no primeiro mês, obteve-se redução superior a 85% de ocorrências relacionadas a amostras extraviadas no setor de bioquímicaimunologia, conforme o gráfico 1. A satisfação dos colaboradores com a ferramenta foi total. • O tempo para montagem das racks, que no início era de 25 minutos para 100 tubos, passou com a prática para apenas 10 minutos, em média. A tarefa pode ser realizada por estagiários do curso técnico de Patologia Clínica durante o treinamento no setor. O tempo investido na montagem das estantes é um verdadeiro ganho em relação ao tempo destinado à localização de amostras no modelo anterior. • O maior aprendizado desta prática foi o desenvolvimento de todas as novas etapas do sistema de soroteca, como resultado do trabalho de uma equipe focada em melhoria contínua e otimização de recursos. Em agosto, o laboratório adquiriu novas estantes plásticas (numeradas de 1 a 15 e com sequência de A-E), laváveis e mais resistentes para substituir as bandejas de isopor em adequação aos requisitos NIAHO/DIAS (figura abaixo). 84 85 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO 86 87 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM PROJETO CUIDAR Adotado no Colégio São Francisco Xavier, o projeto estabelece um paralelo entre os cuidados com uma planta e o relacionamento e rendimento das turmas do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano), por meio de ações de conservação, respeito e solidariedade. A prática traz reflexos diretos no patrimônio escolar e no índice de aprovação dos alunos. Dessa forma, a Coordenação Geral do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano) e a equipe de pedagogas, re88 DESENVOLVIMENTO Relacionar cuidados concedidos às plantas com cuidados tomados por todos da turma, na formação de laços de amizade que contribuam para o estabelecimento de um ambiente de respeito e de compromisso com as atividades escolares. • Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente. • Respeitar e cuidar do ambiente, modificando atitudes e práticas pessoais. • Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis. • Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida. Em aula cedida ao Serviço de Orientação Educacional, as pedagogas levaram aos alunos reflexões sobre o tema “Preservação e conservação do ambiente e das relações pessoais e sociais”, subdivididas nos seguintes tópicos: • CICLO 2011 A questão ambiental vem sendo considerada cada vez mais importante e urgente para a sociedade. Nas escolas essa consciência já chegou, ao abordarem o meio ambiente como tema transversal dos currículos escolares, permeando toda a prática educacional. Ciente do seu papel de relevância na educação de crianças, adolescentes e jovens, o Colégio São Francisco Xavier (CSFX) se preocupa em contribuir com a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidir e atuar na realidade socioambiental de modo comprometido com a vida e com o bem-estar de todos. OBJETIVOS DAS AÇÕES DO PROJETO presentadas pelas colaboradoras Adriana Soares Souza, Fabiane Costa de Araújo Porto, Maria das Graças Pessoa, Mary de Assis Silva Franco e Simone Dutra Machado de Oliveira, desenvolveram e lançaram em março de 2010 o Projeto Cuidar. Um plano que visa educar os futuros cidadãos brasileiros com valores que propiciem cuidados nos âmbitos pessoal, ambiental e social, de modo a agirem com respeito e sensibilidade frente ao ambiente em que vivem, conservando-o no presente e para as próximas gerações. A ideia da implantação do Projeto Cuidar surgiu como uma ação corretiva ao aumento do número de carteiras escolares danificadas, de paredes sujas, de objetos escolares perdidos na escola, de papéis e embalagens de merenda jogados no chão, entre outros. Respeito, solidariedade, amizade, conservação, cuidado com os objetos e com a própria escola foram alguns dos temas tratados durante a realização do projeto, de forma a ampliar o olhar cuidadoso do aluno para o ambiente escolar como um todo, desde o mobiliário, a estrutura física, passando pelos jardins até as pessoas. O que era apenas uma ideia, cresceu, tomou corpo e tornou-se uma prática dividida em etapas, aplicadas no decorrer de oito meses. 1a ETAPA – REFLEXÕES Reflexão 1 – O que é meio ambiente? Que elementos compõem o nosso ambiente aqui na escola? Reflexão 2 – O ambiente da nossa escola e o da nossa sala de aula poderiam ser melhorados em algum aspecto? Reflexão 3 – Que ações podem ser realizadas para contribuir com a preservação e a conservação do nosso ambiente escolar, tanto na parte física quanto na parte social? Reflexão 4 – Na última reflexão, o objetivo foi levar o aluno a reconhecer e valorizar a instituição em que estuda, a qualidade de ensino, os professores capacitados e seus materiais, uniformes e lanches. Tudo isso contribuiu para um ambiente escolar acompanhado de carinho, atenção e compromisso com o bem-estar de todos. 2a ETAPA – DESENHOS E MONTAGEM DE MURAL Após o momento de reflexões, cada aluno confeccionou dois desenhos, um retratando o ambiente escolar degradado e outro o ambiente escolar limpo, preservado e conservado. Depois de prontos, os desenhos foram expostos em um mural, com o título: “Quem ama, cuida!” 3a ETAPA – OS DIVERSOS SENTIDOS DA PALAVRA CUIDAR A partir de discussões em sala, foi realizada a montagem de um acróstico pelos alunos, com as letras da palavra CUIDAR, ressaltando atitudes e valores que revelam cuidados com o ambiente físico, com as relações sociais e com a vida acadêmica. Arthur Pessoa Morais, Adriele Debortoli da Silva, Daniel Stoller Souza - 9° ano/ T.91 89 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM 4a ETAPA – TABELA DE LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE DA SALA tuação no final do mês recebeu um prêmio. Divulgada pelas pedagogas, a tabela é composta pelo calendário (dia do mês/dia da semana) e as opções de classificação da qualidade do ambiente físico da sala em cada dia de aula como ótimo, bom, regular ou ruim. A tabela foi colada atrás da porta e preenchida diariamente pelo(a) auxiliar de limpeza. Sua tarefa foi observar em que estado a turma deixou a sala após as aulas, e marcar a opção que melhor retrate a qualidade do ambiente, observando sala limpa, lixo na lixeira, carteiras organizadas, entre outros itens. A turma que obteve a melhor concei- AMBIENTE DA TURMA 5a ETAPA – RETRATANDO O Aqui, cada turma recebeu um vaso de planta representando o ambiente dos alunos. Os alunos deveriam dedicar à planta o mesmo cuidado que dedicaram ao ambiente, ao patrimônio físico e às relações pessoais, fazendo da planta “retrato da turma”. Para isso, ao longo do ano, os estudantes receberam como objetivos: • Identificar o vaso com o nome cien- tífico dessa planta, com o nome popular pelo qual é conhecida e com o “nome fantasia” (nome carinhoso) pelo qual a chamarão. • Pesquisar os cuidados necessários à planta: recomendações sobre quantas vezes aguar, quantidade de luz solar que deve receber e cuidados com a terra. Tais informações obtidas foram expostas em cartazes na sala. • Escolher um local adequado para o vaso com a planta, dentro da sala de aula. • Organizar uma escala de alunos responsáveis por cuidar da planta na sala de aula (sugerir rodízio de pessoas). Na última semana do ano letivo, o vaso com a planta foi sorteado entre os alunos da turma. CONCLUSÕES Sempre que foi necessário intervir em algum problema de comportamento no cumprimento das regras, na organização, nas relações interpessoais, no compromisso com as tarefas ou no rendimento escolar, o ponto de partida foi o vaso com a planta, relacionando-o aos fatos ocorridos na turma. Assim, assuntos como amizade, respeito, compromisso com os estudos e com as tarefas, união, colaboração, solidariedade, preservação do patrimônio escolar e conservação do ambiente físico passaram a ser tratados com os alunos de maneira simples e prática, trazendo mudanças no seu comportamento. De forma concreta, os alunos visualizaram soluções para os problemas enfrentados, baseando-se nos cuidados que dispensam ao vaso com a planta. LIÇÕES APRENDIDAS “Em setembro de 2010, a turma 63 me chamou a atenção, por reunir um número significativo de alunos que apresentavam baixo rendimento e descompromisso com as tarefas de sala e de casa. Numa ação corretiva, a conversa que tivemos com os alunos partiu dos cuidados que eles dispensavam ao vaso com a planta da turma, que, para nossa surpresa e até mesmo dos próprios alunos, Adriane Soares Souza Orientadora Pedagógica do 7° ao 9° ano 90 não estava nem dentro da sala. Um aluno buscou o vaso, sujo, com a planta seca e descuidada. Esse era o 'retrato da turma 63'. Os alunos perceberam como estavam descuidados. A partir daí, ajudamos a turma a listar os compromissos para o último trimestre, com foco em novas posturas. Motivados, eles limparam o vaso, renovaram a identificação que havia nele, aguaram a planta e a deixaram em um lugar de destaque, na sala. O vaso voltou a receber atenção e, a partir daí, percebemos um número bem menor de ocorrências por falta de tarefas e a melhoria no rendimento escolar dos alunos. Foi uma forma prática de provocar mudanças.” O Projeto Cuidar tornou-se um projeto institucional, sendo implantado novamente em 2012 junto aos alunos do 6o ao 9o ano. Mary de Assis Silva Franco Supervisora Pedagógica “A limpeza geral das salas do Ensino Fundamental II, no final de 2010, foi muito mais fácil. Houve uma melhora muito grande. Encontramos um número bem menor de carteiras riscadas ou danificadas e as paredes estavam mais limpas. Com o incentivo das plantas no vasinho, os alunos cuidaram mais da sala.” Maura Soares Ferreira Auxiliar de Higienização e Limpeza 91 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM SARAU LITERÁRIO CICLO 2011 Projeto pedagógico educacional que visa resgatar e desenvolver nos alunos de ensino infantil, fundamental, integral e médio o hábito de leitura de literatura, poesias, contos, causos, crônicas, lendas folclóricas e despertá-los para manifestações artísticas, tais como música, dança e teatro. Kênia Rodrigues Auxiliar de Biblioteca - Paulo Vitor Biblioteconomista 92 A biblioteca escolar é um centro de pesquisa e ação cultural que objetiva o desenvolvimento da leitura e da cidadania na escola. Definida em diversos países latinos como "centro ativo de aprendizagem" e de atividades culturais para a comunidade, um dos principais papéis da biblioteca escolar é desenvolver projetos e atividades integradas, evitando o fracionamento entre as áreas científicas, técnicas e artísticas, salientando suas funções intelectuais, ativas e criativas. Daí a abertura para consagrar esse espaço como palco democrático de atividades de discussões em grupo, pesquisas escolares, de poesias, contos, saraus, exposições e leitura em geral, uma vez que seus usuários – alunos, professores, colaboradores, pais e pessoas da comunidade – buscam nela os mais diversificados tipos de informação, lazer e recreação. Buscam motivações para o aprendizado e o gosto pela leitura. Segundo Caldeira (2003, p. 47), a biblioteca escolar visa “[...] proporcionar aos alunos oportunidades de Matheus Henrique Dutra Oliveira 2° ano/ T.201 - Ana Carolina Maia Batista 2° ano/ T. 201 - Mariana Plácida de Faria Costa 1° ano/ T. 101 leitura intensa e autônoma, além de incentivar a busca de informação para responder a questionamentos e solucionar problemas [...].” desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão propostas pelo Colégio São Francisco Xavier. Ler, refletir, pensar, estar a favor ou contra, comentar, trocar opiniões, posicionar-se, enfim, exercer desde cedo a cidadania. É dessa percepção pelo papel da leitura na formação escolar que nasceu o projeto Sarau Literário, envolvendo alunos de Ensino Infantil, Fundamental I, Fundamental II, Integral e Médio. Um trabalho dos colaboradores Paulo Vítor Oliveira e Kênia Rodrigues Vieira, da Biblioteca José Amilar da Silveira, com o apoio da Coordenação Geral de Desenvolvimento e Promoção da Educação, no O Sarau Literário tem como objetivo proporcionar momentos de prazer e alegria aos alunos e a toda comunidade do CSFX, resgatando e desenvolvendo o hábito de leitura por meio de literatura, poesias, contos, causos, crônicas, lendas folclóricas, música, dança e teatro. Além disso, os trabalhos visam valorizar as relações interpessoais e o espírito de cooperação e respeito entre os alunos, integrar disciplinas, aprimorar a capacidade linguística dos alunos e valorizar a biblioteca e o acervo literário do CSFX. “Desejamos mostrar para os alunos que a biblioteca é lugar da literatura, dos livros e da pesquisa. Ficamos satisfeitos com a grande participação dos estudantes. Acredito que foi o começo para despertar a vontade de todos de visitarem mais esse espaço do conhecimento.” Nancy Nogueira – Professora de Português e Teatro 93 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.49), a dança instituída no ambiente escolar proporciona ao aluno: • Compreender a estrutura e o funcionamento do corpo e os elementos que compõem o seu movimento. • Interessar-se pela dança como atividade coletiva. • Compreender e apreciar as diversas danças como manifestações culturais. São benefícios da prática musical ao aluno: • Interpretar, improvisar e compor, demonstrando alguma capacidade ou habilidade. • Reconhecer e apreciar os seus trabalhos musicais, de colegas e de músicos por meio das próprias reflexões, emoções e conhecimentos, sem preconceitos estéticos, artísticos, étnicos e de gênero. • Compreender a música como produto cultural histórico em evolução, sua articulação com as histórias do mundo e as funções, valores e finalidades que foram atribuídas a ela por diferentes povos e épocas. • Reconhecer e valorizar o desenvolvimento pessoal em música nas atividades de produção e apreciação, assim como na elaboração de conhecimentos sobre a música como produto cultural e histórico. O teatro aplicado no cotidiano escolar possibilita ao aluno: • Compreender e estar habilitado para se expressar na linguagem dramática. • Compreender o teatro como ação coletiva. • Compreender e apreciar as diversas formas de teatro produzidas nas culturas. FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DESENVOLVIMENTO 1a ETAPA ELABORAÇÃO DO PROJETO 2a ETAPA INSCRIÇÕES Os alunos optaram pela temática de sua escolha de acordo com os temas abordados: Poesias; Causo; Contos; Crônicas; Lendas folclóricas; Músicas poéticas; Literatura; Teatro; Dança. 3a ETAPA CRONOGRAMA Filtragem das inscrições e preparação do cronograma, dividindo as apresentações por turma e alunos. 4a ETAPA SELEÇÃO DE OBRAS E TEXTOS Cada professor ficou responsável pela sua respectiva série, pela escolha das obras e indicação delas aos alunos. Os professores selecionaram textos adequados às habilidades de leitura e ao repertório dos alunos. A escolha foi feita pensando nas possibilidades de adaptação desse texto para as apresentações. E, para tanto, foi de fundamental importância observar se a história escolhida tinha condições de envolver o espectador. 5a ETAPA APRESENTAÇÃO DO SARAU Exposição “O Leitor Indica”: Durante o evento do Sarau Literário, a Biblioteca José Amilar da Silveira realizou uma exposição de livros, revistas e gibis para divulgação do seu acervo. Ao lado dos livros expostos, havia um comentário ou uma dica dos alunos dando vários motivos para que as pessoas visitantes pudessem ler o livro recomendado. Foi exposto um cavalete com vários papéis presos e um pincel, onde o aluno pôde deixar seu recado como leitor, indicando uma obra, um autor, ou até mesmo relatando a sinopse do livro indicado. Para atender a necessidades e interesses educacionais e culturais das pessoas com deficiência visual, a Biblioteca José Amilar da Silveira, em parceria com a Fundação Dorina Nowill, oferece um acervo variado de títulos em audiolivro e braile, entre clássicos da literatura nacional e estrangeira, obras de leitura obrigatória para vestibulares e os mais recentes best-sellers. RESULTADOS dariedade e, principalmente, o contato e uma melhor convivência entre alunos, professores, funcionários e comunidade. O Sarau Literário mostrou-se uma prática transformadora ao contribuir para a superação da timidez para muitos alunos. Além disso, o projeto estimulou a revelação de novos autores, proporcionou expansão do conhecimento e mentalidade crítica, valorizou o ser humano e o conhecimento do patrimônio cultural. No dia a dia em sala de aula, percebeu-se ainda um impulso ao desenvolvimento do vocabulário, da concentração, da disciplina, do respeito e da soli- Tendo em vista o grande número de participantes no Sarau Literário, observou-se que é muito importante o desenvolvimento de ações culturais envolvendo todos os segmentos da escola e da comunidade, expandindo o acesso à cultura, à educação, à cidadania e à construção do conhecimento de cada pessoa que interage com o Colégio São Francisco Xavier. RELAÇÃO DO AUMENTO DO VOLUME DE EMPRÉSTIMOS NA BIBLIOTECA 704 433 261 JUNHO JULHO AGOSTO Nota: a queda no mês de julho deve-se às férias escolares. “Ler vai muito além de decodificar códigos linguísticos, ler é ver com a alma. Ler é entender, sentir e viver o que está implícito nas entrelinhas. Essa leitura plena só acontece a partir do momento em que o leitor é envolvido em situações criativas e envolventes como foi o Sarau Literário. Parabéns à equipe, e venham outros eventos!” Cláudia Vargas Professora do Ensino Fundamental I 94 95 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM PROJETO GAIA cimento adquirido, os alunos receberam a visita da diretora da Recóleo, uma empresa de coleta e reciclagem de óleo vegetal para a produção de biodiesel, e participaram de um debate para esclarecer dúvidas, mitos e soluções para a poluição. Durante o encontro, os alunos realizaram ainda a leitura da música “Sal da Terra”, explicando-se aos estudantes o nome do projeto. Gaia, representação do planeta Terra na mitologia grega, ressaltou a responsabilidade de todos com as atitudes no dia a dia que podem contribuir para uma sociedade mais justa e ética. CICLO 2012 A partir da conscientização ambiental em sala de aula, alunos do 5o ano do CSFX trabalharam questões referentes à sustentabilidade e à poluição e mobilizaram a comunidade por meio de uma gincana. O óleo saturado recolhido na ação foi ainda trocado por materiais de limpeza, o que beneficiou instituições carentes da região. No Colégio São Francisco Xavier, zelar pelo meio ambiente é coisa que se aprende desde cedo, como demonstrou o Projeto Gaia junto aos alunos de cinco turmas do 5o ano do Ensino Fundamental. Realizada pelos colaboradores Weber Campos de Souza, Delme Araújo Castro Garcia, Gabriela Bicalho Barros, Kelly Cristina Leite e Luciene Nascimento Cardoso, a prática abordou questões referentes a sustentabilidade, poluição ambiental e reciclagem, levando os alunos a refletir, analisar e praticar os conhecimentos sobre a questão do óleo saturado dentro e fora da sala de aula. Partindo da disciplina Ciências, a 1a etapa do projeto levou informação sobre os impactos do descarte incorreto do óleo saturado na natureza, a contextualização desse cenário nas cidades e a importância da reciclagem. Dados que, utilizados na aula de Filosofia, ressaltaram a importância de um “novo” pensar filosófico na área ambiental, justificando como o pensamento está ligado diretamente às ações. Para potencializar o conhe- 96 Na etapa seguinte, o Projeto Gaia envolveu os pais, por meio da agenda eletrônica semanal1 e das reuniões de pais, multiplicando dicas e in1 formações sobre a importância da reciclagem do óleo. Ao levar as discussões sobre o assunto também para a casa dos estudantes, houve ainda um maior interesse dos alunos sobre o tema, percebido não apenas em sala, mas ainda por ligações de pais elogiando o projeto e solicitando novos dados sobre o assunto. Após todas essas reflexões, as cinco turmas do 5o ano do Ensino Fundamental, divididas em grupos de seis alunos, começaram uma gincana, com as tarefas de criarem cartazes, músicas, desenhos, slogans sobre o tema e um desafio: arrecadar o maior número de óleo usado para reciclagem. Ao todo, foram arrecadados 640 litros do produto em oito dias, entregues no posto de coleta montado nas dependências do Colégio. A união entre pais e filhos para ir às ruas e conscientizar ainda mais pessoas sobre questão da sustentabilidade ressalta o valor da escola como um espaço privilegiado para a formação de cidadãos e desenvolvimento de valores e atitudes sustentáveis. A iniciativa não parou por aí. Todo o resíduo obtido foi trocado pela Recóleo por materiais de limpeza. Com isso, os alunos do CSFX puderam ainda beneficiar as entidades Casa da Esperança e Creche Lar Escola da Caridade. Foram arrecadados 640 litros de óleo saturado para reciclagem Ferramenta de comunicação entre a escola e a família do aluno sobre os compromissos do período Alunos do 50 ano durante a entrega das arrecadações no Shopping do Vale 97 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM GRÁFICOS DA ARRECADAÇÃO DO ÓLEO SATURADO – SHOPPING DO VALE DO AÇO ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2011 ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2012 800 800 600 600 400 530 482 400 420 415 340 200 Litros MAIO DESENVOLVIMENTO 1a etapa – Abordagem do tema sustentabilidade e poluição ambiental em sala de aula nas disciplinas Ciências e Filosofia; • 2a etapa – Visita ao Colégio da diretora da Recóleo, empresa de coleta e reciclagem de óleo vegetal; • 3a etapa – Reflexões e debate dos conhecimentos adquiridos durante a visita; • 4a etapa – Divulgação das informações para os pais de alunos; • 5a etapa – Gincana: pequenos com grandes responsabilidades. • RESULTADOS OBTIDOS Destacar a importância da filosofia inserida na educação dos primeiros anos do Ensino Fundamental I, com o objetivo principal de estimular o pleno desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dos alunos; • Aumento de postos de coleta de óleos utilizados na cidade de Ipatinga; • 98 JUNHO JULHO Maior interação dos pais a respeito de projetos desenvolvidos no CSFX; • Foram arrecadados 640 litros de óleo durante oito dias de coleta; • A partir da gincana, novos restaurantes passaram a destinar cerca de 80 litros de óleo vegetal usado por semana; • Participação dos alunos para a continuidade do projeto por meio de conscientização; • Famílias de 32 alunos também passaram a entregar nos postos de coleta o óleo utilizado em suas casas. • LIÇÕES APRENDIDAS “Nossa como foi boa! Aprendemos muito, desde o processo de reciclagem até as consequências que ela pode trazer para nós. A turma ficou empolgada e conseguimos aumentar ainda mais o gosto pela disciplina de Filosofia.” Entrevistada: Júlia Lima Aluna da turma 54 512 556 530 518 200 0 ABRIL 684 AGOSTO “Achei muito boa a iniciativa da escola de mostrar aos pais e alunos como somente 1 litro de óleo polui tanto. Isso dá consciência a todos nós de que o futuro do meio ambiente depende de cada um. Tive a oportunidade de ir à casa de muitos vizinhos e parentes para ajudar a minha filha na gincana; com isso, todos ganhamos mais conhecimentos, entretenimento com as pessoas envolvidas, sem falar do gostinho de poder ajudar minha filha durante o meu dia de folga, conseguimos arrecadar 46 litros em uma tarde. Valeu a pena!” 0 Litros ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO Filosofia ministradas pelo professor Weber foram organizadas de maneira que pudessem promover uma grande variedade de atividades envolvendo os alunos do 5o ano na atuação cidadã em relação à coleta de óleo para reutilização, promovendo não só a conscientização como também a prática dos alunos e comunidade escolar, mobilizando outras disciplinas para que os alunos, assim, tivessem oportunidade de construir significado e dar vida ao aprendizado.” Entrevistada: Kelly Cristina Leite Supervisora do Ensino Fundamental I Entrevistada: Micheline Barros Mãe da aluna Stéphanie, da turma 51 “Na atualidade, a convivência em sociedade exige que o aluno compartilhe seu raciocínio com clareza e que ele seja capaz de compreender e atuar nas demandas socioculturais e ambientais em que está inserido. Baseado nesse princípio, as aulas de “Inserir a Filosofia na educação dos primeiros anos é estimular o pleno desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dos alunos.” A professora Delme Garcia (à esquerda), a supervisora Kelly Leite, a coordenadora Gabriela Barros, o professor Weber Campos e a orientadora Luciene Nascimento integram a equipe do Projeto Gaia Weber Campos Professor de Filosofia do Ensino Fundamental I 99 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM ENEM 1500 CICLO 2013/2014 A prática consiste em um treino para intensificar a preparação dos alunos do Colégio São Francisco Xavier (CSFX) por meio da resolução de 1.500 questões reais já aplicadas em provas de anos anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), com objetivo de conquistar maior êxito nas provas e, consequentemente, passar no Vestibular, em especial, numa Universidade Pública. O principal objetivo do Curso Preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio – o ENEM1500 – é a aprovação dos alunos no vestibular de escolas públicas. A preparação dos alunos tem duração de três meses de intenso estudo, com a aquisição de competências e habilidades para fazer uma prova com características específicas e conhecidas. As 1500 questões estão divididas em aulas das diversas disciplinas que compõem o Exame Nacional do Ensino Médio, e são mais uma oportunidade de se trabalhar o conhecimento instruído e aprendido ao longo dos anos de formação escolar. O Exame Nacional do Ensino Médio é usado por instituições públicas de Ensino Superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. A participação no exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao Ensino Superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), o Programa Universidade para Todos 100 (ProUni) - bolsas de estudo parciais e integrais em instituições privadas - e o Ciência sem Fronteiras - bolsas de intercâmbio no exterior. Ciente da importância do sucesso dos alunos nesse exame de avaliação externa, o CSFX criou, em 2012 e 2013, ações para incentivar os alunos a participarem do ENEM Nacional e uma delas foi Curso ENEM1500 - um curso preparatório para os alunos da 3a Série do Ensino Médio, com a participação dos melhores professores da região. O Curso ENEM1500 foi apresentado aos alunos como mais um diferencial do Ensino Médio do CSFX, com o objetivo de proporcionar aos alunos uma “bagagem” de conhecimentos que possa fazer a diferença no momento de entrada na Educação Superior. O lançamento do Curso ENEM1500 foi realizado no Teatro Zélia Olguin (Cariru/Ipatinga), para os alunos da 3a Série. 101 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Funcionamento do Curso ENEM 1500 O ENEM1500 é um curso que propõe aos alunos o estudo e a resolução de 1500 questões no formato ENEM, divididas da seguinte maneira: • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Português, Artes, Inglês) – 267 questões • Matemática e suas Tecnologias – 270 questões • Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia, Sociologia) – 438 questões • Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física, Biologia) – 525 questões • 11 Temas de Redação Durante o curso preparatório, é oferecida aos alunos a oportunidade de realizarem Simulados, para testarem os seus conhecimentos. O curso é oferecido nos meses de agosto, setembro e outubro, no turno vespertino. Conta com 18 aulas distribuídas de 2a a 5a feira, da seguinte forma: DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Matemática Português Literatura Redação Biologia Química Física Geografia História Filosofia/Sociologia Inglês ou Espanhol/Artes 3 aulas 1 aula 1 aula 1 aula 2 aulas 2 aulas 2 aulas 2 aulas 2 aulas 1 aula 1 aula (de 15 em 15 dias) Para o ano de 2013, a Apostila proposta para o ENEM1500 foi atualizada, recebendo as questões da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio, realizada em 2012, e tornou-se um material mais “robusto”, pois, além das 1500 questões no formato ENEM, foram acrescentadas as questões das duas últimas provas dos vestibulares da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e da FUVEST (responsável pelo vestibular da USP – Universidade de São Paulo) e a última prova da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Dessa forma, o curso espera melhorar o resultado dos alunos do CSFX na edição do ENEM/2013, potencializando a entrada dos nossos alunos nas universidades públicas, e também nos vestibulares convencionais das melhores universidades estaduais do país (que até a presente data não têm o Exame Nacional do Ensino Médio como porta de entrada para os cursos da Educação Superior). O ENEM1500 registrou, em 2012, a participação de 237 alunos do total de 241 alunos da 3ª Série, perfazendo 98,34% de adesão. Esse foi um fato muito comemorado pela escola, pois o Curso ENEM1500 contribuiu para a fidelização do nosso aluno, que demonstrou o reconhecimento da qualidade do ensino oferecido pela nossa instituição, quando escolheu o nosso curso preparatório para o ENEM, em meio a tantos outros ofertados na região. Já no ano de 2013, o ENEM1500 contou com a participação de 203 alunos do total de 229 alunos da 3ª Série, perfazendo 88,65% de adesão. Foram formadas 4 turmas de alunos/CSFX, com cerca de 50 participantes em cada uma. Mais uma vez, destacamos a fidelização dos nossos alunos à nossa instituição. Por causa do trabalho realizado junto aos seus alunos em 2012, o CSFX foi procurado por alunos de outras instituições, com o desejo de também participarem do curso. Assim, em 2013, houve a abertura de uma turma para alunos da comunidade, que não estudam no CSFX. Essa turma contou com 68 alunos. Resultados do ENEM1500 O Curso ENEM1500 foi criado com os seguintes objetivos: • Melhorar o resultado dos alunos do CSFX nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio; • Potencializar o resultado dos nossos alunos nas seleções para entrada nas universidades públicas; • Fidelizar os nossos alunos, na nossa instituição de ensino, em todas as etapas necessárias para a entrada na Educação Superior. • Fortalecer a marca e a imagem do CSFX, junto à comunidade do Vale do Aço. Como já demonstrado na explanação realizada até aqui, esses dois últimos objetivos descritos acima foram plenamente alcançados: • Em 2013 – 88,65% de adesão dos alunos da 3a Série do CSFX (203 alunos do total de 229 alunos). Diferencial: Formação da Turma da Comunidade Externa (captação de 68 alunos de outras instituições da região). • Em 2012 – 98,34% de adesão dos alunos da 3a Série do CSFX (237 alunos, do total de 241 alunos). Quanto ao alcance do 1o objetivo listado: “Melhorar o resultado dos alunos do CSFX nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio”, aguardamos a divulgação do resultado da proficiência das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio/2012, que acontece ao final do ano subsequente 2013 (a data e o formato da divulgação fica a critério do Governo Federal). Mas um fato nos evidencia a contribuição do Curso ENEM1500 na melhoria dos resultados alcançados pelos alunos do CSFX: o resultado dos nossos alunos nas seleções para entrada nas universidades públicas, no ano de 2013, utilizando o desempenho individual no Exame Nacional do Ensino Médio/2012. Em 2012 foram formadas 5 turmas, com cerca de 48 alunos do CSFX, em cada uma. As turmas foram identificadas com as cores dos cadernos do ENEM. No primeiro dia do curso, cada aluno recebeu a Apostila do ENEM1500 e a camisa da sua turma. Campanha aprovados/2013 102 103 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Aprovações do CSFX em universidades públicas No gráfico da página anterior observa-se que o número de aprovações em universidades públicas pelos alunos a 3a Série do Ensino Médio do CSFX seguia uma tendência de crescimento entre os anos de 2007 a 2010. Houve uma redução no número de aprovações no ano de 2011. No gráfico acima, a tendência de crescimento no número de aprovações por aluno da 3ª Série do Ensino Médio do CSFX é interrompida no ano de 2011. A partir da implantação do ENEM1500, em 2012, o CSFX retoma sua curva de crescimento. Idealizado e realizado por uma equipe com foco na qualidade e na melhoria dos serviços oferecidos pelo CSFX – instituição que representa a Fundação São Francisco Xavier no Setor da Educação Básica - apesar de pouco tempo de existência (2012/2013), o Curso ENEM1500 vem fortalecendo a imagem do grupo, na comunidade do Vale do Aço. Por ter se revelado uma ação que contribuiu para a melhoria dos resultados do CSFX, na entrada na Educação Superior, nas universidades públicas, no ano de 2012/2013, o Curso ENEM1500 tem se mostrado uma “Prática Que Transforma” e, pela seriedade e pelo empenho da equipe envolvida, merece ser a prática ganhadora do prêmio, em 2013 - um diferencial que confirma e eleva a qualidade dos serviços prestados pelo CSFX/FSFX. Com a implantação do ENEM1500, no ano de 2012, o CSFX retoma o crescimento no número de aprovações com uma taxa de variação bem superior ao que vinha acontecendo nos anos anteriores. Depoimentos “Foi opção do André terminar o Ensino Médio no CSFX e sei que o formato de estudos enquadra-se muito bem ao que é exigido, hoje, nos vestibulares. Por isso, estou seguro em saber que o CSFX está preparando o meu filho, com bases firmes, para o seu futuro acadêmico.” Ainda analisando os resultados gerados pela implantação do Curso ENEM1500, apontamos a geração de uma nova receita, que vem agregar valor ao resultado financeiro do segmento do Ensino Médio, junto ao resultado do CSFX. RESULTADO FINANCEIRO ENEM1500/2012 Geração de Receita de Alunos do CSFX 104 R$ 21.870,00 RESULTADO FINANCEIRO ENEM1500/2013 Geração de Receita de Alunos do CSFX + Alunos da Comunidade Externa Marcos Antônio Costa Pai do aluno André Figueiredo Costa – 3a Série/CSFX “Amigas minhas, de outras escolas, não conseguiram terminar de resolver a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, porque não estavam familiarizadas com a resolução de 90 questões em tempo hábil. Eu não tive esse problema! Esse foi mais um grande ganho que nós, alunos do CSFX tivemos, tanto pelo Sistema de Avaliação da 3a Série quanto pela resolução de Simulados no Curso ENEM1500.” Larissa Souza Oliveira Aluna 3a Série/Turma 305 R$ 81.630,00 105 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Introdução: o que e como foi feito A recreação compreende todas as atividades espontâneas, prazerosas e criadoras, que o ser humano busca para melhor ocupar seu tempo livre. Deve principalmente atender aos diferentes interesses das diversas faixas etárias. Divercreio CICLO 2014/2015 A prática consistiu em reorganizar o recreio escolar dos alunos, principalmente com o objetivo de reduzir o número de acidentes que aconteciam nesse período. Entre as mudanças propostas, foram incluídas atividades que despertassem o senso de responsabilidade, colaboração, confiança, educação e respeito. E ainda com o desenvolvimento do raciocínio lógico e concentração. A escola tem vivenciado um aumento de ansiedade nas crianças o que gera comportamento hiperativo em diversos locais, momentos, especialmente nos períodos de intervalos entre atividades formais. Entendemos que estas situações estejam diretamente relacionadas à ausência de ações significativas nestes momentos de intervalos ou mesmo, pela falta de experiência com atividades que envolvam o espírito de colaboração e o respeito pela opinião do outro. O recreio, por representar um intervalo maior entre as atividades previstas, torna-se um momento passível de aumento da incidência de atos impulsivos tornando as brincadeiras perigosas e ocasionando acidentes dentro da escola, uma vez que a falta de opções, de estímulos positivos e de desconhecimento sobre o universo lúdico, podem ser elementos capazes de influenciar atitudes de rebeldia. Além disso, existem as “competições” entre grupos existentes dentro da escola, que também utilizam da impulsividade para resolver desavenças. De acordo com Lucon e Schwartz (2007) é por meio das situações de brincadeira que se pode desenvolver os vínculos afetivos e sociais positivos para, assim, poder viver em grupo e encontrar uma forma única ou principal de instrumentalizar a educação para a vida. A finalidade do CSFX, ao desenvolver o Projeto DIVERCREIO, é “instrumentalizar todo processo de ensino/educação como meio de preparar os alunos para o exercício consciente da cidadania - formando o sentido de responsabilidade nas situações em que a participação, a criatividade o senso empreendedor, a cooperação, a disciplina, a ordem, o respeito, o caráter e o bom senso lhes forem exigidos como atitude de vida.” Este projeto iniciou com a preocupação do Serviço de Orientação Educacional (SOE), juntamente com a Coordenação de Ensino Fundamental I com registros de diversos acidentes envolvendo alunos ocorridos no período do intervalo de recreio. A partir desta constatação o SOE iniciou em fevereiro de 2014 uma reorganização das atividades durante o recreio com continuidade até dezembro do ano de 2014, envolvendo os alunos do Ensino Fundamental I – do 1º ao 5º ano. Inovar, organizar, vivenciar, respeitar, participar, divertir foram algumas das palavras chaves que envolveram os alunos e monitores durante todo o ano de 2014 no período de recreio com estratégias de envolvimento para alunos. Foram realizadas reuniões com monitores, coordenação, professores e alunos, para que todos tomassem consciência da importância da nova organização do recreio. A partir daí, o recreio foi reorganizado com quatro setores em diferentes espaços, sendo dois horários de recreio: o primeiro para as turmas do 1º ao 3º anos e o segundo recreio para o 4º e 5º anos. Nos diferentes setores, brincadeiras e brinquedos ou jogos foram disponibilizados aos alunos. Ao final de cada etapa letiva, o índice de acidentes e conflitos era analisado pelos monitores, Coordenação e SOE. Concluiu-se que o projeto aplicado conseguiu diminuir acidentes com alunos assim como evitar muitos conflitos gerados pelos mesmos no período fora da sala de aula. Integrantes: Luciene Nascimento Cardoso, Kelly Cristina Leite, Marcia Bonicenha e Simone Brandão Almeida Barroso 106 107 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DESENVOLVIMENTO REFLEXÕES - Salas de aula. Sensibilização e conscientização A Orientadora Educacional, Luciene Nascimento fez um levantamento do conceito do recreio junto aos alunos. Os mesmos puderam colocar suas opiniões e sugestões sobre como brincar e do que brincar durante o recreio para evitar acidentes e ainda manter um clima sempre harmonioso nas relações. As sugestões dos alunos foram ouvidas e foram registradas para, mais tarde, serem selecionadas. Uma das sugestões dadas pelos alunos foi a montagem de cantos de leitura pelos corredores da escola, sala de informática com jogos livres por turma e retomadas das brincadeiras com brinquedos antigos, como, por exemplo: pé de lata, dança das cadeiras, pula corda e xadrez. ESCOLHA DO NOME DO PROJETO Os alunos fizeram a escolha do nome do projeto através de votação por turma. A seleção foi feita por uma banca avaliadora composta pela Coordenação/Supervisão e Orientação. Os finalistas foram: RECREAR RECRIANDO O RECREIO, PROJETO RECREIO, DIVERCREIO. Dentre os três selecionados o DIVERCREIO foi o vencedor. OBJETIVOS PROPOSTOS PARA OS ALUNOS OBJETIVOS GERAIS • Diminuir acidentes com alunos no período de recreio escolar; • Desenvolver atitudes de educação e respeito; • Despertar senso de responsabilidade; • Estimular atitudes de colaboração e confiança entre monitores e demais alunos; • Proporcionar condições para que o aluno sinta a importância de sua participação em atividades escolares; • Desenvolver o raciocínio lógico, a concentração e a capacidade de obedecer às regras de cada jogo proposto; OBJETIVOS ESPECIFICOS • Promover durante o recreio um ambiente fortalecedor das relações sociais e minimizar comportamentos impulsivos, proporcionando aos alunos momentos de interação lúdica onde a expressão espontânea e organizadora capacidade relacional, se estruturem de maneira equilibrada de autônoma; • Resgatar o recreio como um espaço relevante para o desenvolvimento biopsicossocial; • Integrar os alunos das diversas turmas um momento de lazer, oportunizando ou desenvolvendo postura mais solidária e harmoniosa; • Contribuir para tornar a escola um espaço prazeroso; • Distribuir turmas envolvidas em dois recreios distintos. MATERIAIS UTILIZADOS • Jogos tabuleiros: Damas, Uno,xadrez, Pictchureka, Lince, Torre e Copos e outros sugeridos pelos alunos • Jogo de ping pong • Bolas/cordas • Parquinho • Computador (sala de informática) • Livros • Aparelho de som 108 IMPLANTAÇÃO DO PROJETO Nesta etapa aconteceu a reunião com monitoras envolvidas no projeto junto ao SOE e Coordenação. Foi montada a escala de setores de brincadeiras. Os responsáveis por cada setor providenciaram caixas plásticas de fácil manuseio e transporte para armazenar materiais do recreio. As caixas ficaram armazenadas no próprio setor. Esta fase do projeto foi avaliada pelos alunos envolvidos e coordenadores. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO Nesta etapa aconteceu a reunião com monitoras envolvidas no projeto junto ao SOE e Coordenação. Foi montada a escala de setores de brincadeiras. Os responsáveis por cada setor providenciaram caixas plásticas de fácil manuseio e transporte para armazenar materiais do recreio. As caixas ficaram armazenadas no próprio setor. Esta fase do projeto foi avaliada pelos alunos envolvidos e coordenadores. Logo criada pela equipe 109 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Ensino Fundamental I – 9h às 9h15min – 4o e 5o ano (MANHÃ) Locais Área sala dos professores Parquinho Pátio em frente à cantina Lab. Informática MONITORES - MATUTINO Segunda 40 Terça 41 Quarta 42 Quinta 50 Sexta 51/52 51/52 50 40 51/52 41 40 42 41 50 42 42 50 51/52 40 41 Ensino Fundamental I – 9h15min às 9h 30min – 1o / 2o e 3o ano (MANHÃ) Locais Área sala dos professores Parquinho Pátio em frente à cantina Lab. Informática Segunda 10 Terça 11 Quarta 20 Quinta 30 Sexta 31 31 30 10 31 11 10 20 11 30 20 20 30 31 10 11 110 Terça JANE Quarta JANE Quinta JANE Sexta JANE MAYNARA SUELEN MAYNARA SUELEN MAYNARA SUELEN MAYNARA SUELEN MAYNARA SUELEN MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR Locais Área sala dos professores Parquinho Pátio em frente à cantina Lab. Informática Segunda MAYNARA Terça MAYNARA Quarta MAYNARA Quinta MAYNARA Sexta MAYNARA SUELLEN EUNICE SUELLEN EUNICE SUELLEN EUNICE SUELLEN EUNICE SUELLEN EUNICE MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR Escala de Brincadeira por setor Segunda 43 Terça 44 Quarta 53 Quinta 54 Sexta 55 55 54 43 55 44 43 53 44 54 53 53 54 55 43 44 Ensino Fundamental I – 15h às 15h15min – 1o/ 2o e 3o ano (TARDE) Locais Área sala dos professores Parquinho Pátio em frente à cantina Lab. Informática Segunda JANE TARDE - VESPERTINO Ensino Fundamental I – 14h45min às 15h – 4o e 5o ano (TARDE) Locais Área sala dos professores Parquinho Pátio em frente à cantina Lab. Informática Locais Área sala dos professores Parquinho Pátio em frente à cantina Lab. Informática Segunda 12/13 Terça 21 Quarta 22 Quinta 32 Sexta 33 33 32 12/13 33 21 12/13 22 21 32 22 22 32 33 12/13 21 RESPONSÁVEL Monitor lab Jane LOCAL LAB Área sala dos professores Parquinho Segunda Cinema Trava de futebol Brinquedos do parquinho Suelen Pátio frente a cantina Ping pong Pé de lata Eunice Quadras de Ed. Futebol Física Queimada Vôlei Maynara Terça jogos jogos Quarta cinema cinema Quinta jogos jogos Sexta cinema cinema Brinquedos do Dominó Pula elástico Brinquedos do parquinho Brinquedos do Brinquedos do parquinho Quebra cabeça parquinho parquinho Jogos da memória Dança das Tapete de Xadrez gigante Livros cadeiras dança Revistinhas Futebol Queimada Vôlei Futebol Queimada Vôlei Futebol Queimada Vôlei Futebol Queimada Vôlei 111 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA OS PAIS DOS ALUNOS Durante a implementação do projeto, a Coordenação, juntamente com a Orientação Educacional e Supervisão Pedagógica enviou fotos dos alunos e informações sobre os objetivos do projeto às famílias por meio da agenda eletrônica semanal, como também em reuniões com pais. Durante as reuniões os pais verbalizavam a satisfação pela preocupação da escola com os alunos. O PROJETO DIVERCREIO alcançou resultados muito positivos, superando nossas expectativas: • Senso de pertencimento e valorização das sugestões dadas pelos alunos para definição da proposta do projeto; • Satisfação do aluno em poder participar de diferentes atividades programadas no momento do recreio; • Diminuição dos acidentes ocorridos com os alunos durante o recreio; • Organização das brincadeiras durante o recreio; • Diminuição de conflitos a serem resolvidos após o recreio pelo professor regente; • Menor procura dos alunos pela orientadora na resolução de conflitos; • Desenvolvimento de habilidades como concentração, obediência a regras e raciocínio lógico; • Manutenção de um ambiente harmonioso e propício à educação, a partir da convivência saudável dos alunos; CONCLUSÃO – RESULTADOS OBTIDOS O projeto Divercreio ofereceu atividades lúdicas mais adequadas para o espaço da escola. Essa proposta pode transformar o período do recreio com mais organização, proporcionando interação e integração entre alunos, construindo situações socioafetivas. O projeto oportunizou aos alunos diferentes meios de adquirir conhecimentos, convivência saudável em grupos maiores, respeito aos colegas e às regras de cada jogo, respeito pelos funcionários da escola, interesse pela escola e habilidades fora da sala de aula, seu próprio valor e importância, dando uma nova visão de interação aos alunos. “Durante o recreio antes do projeto, os alunos ficavam sem saber o que fazer. Era um corre corre e após o recreio eram muitos conflitos para resolver. Agora, os alunos querem ir para o recreio e já sabem em que setor a turma irá ficar. Voltam mais tranqüilos para a sala de aula.” Delme, professora do Ensino Fundamental I No início da aplicação do projeto, observou-se que os alunos saiam para o recreio de forma desordenada, pois os mesmos ainda não tinham conhecimento do trabalho que seria desenvolvido Nos primeiros dias houve pouca participação dos alunos, alguns, talvez por timidez, outros por desinteresse. Os que participavam agiam de forma desorganizada. Agenda eletrônica enviada aos familiares sobre o projeto No decorrer da aplicação do projeto observou-se uma procura maior por parte dos alunos com relação ao material e às atividades propostas, demonstrando preferência por um ou outro material/setor. Alguns dias depois os alunos já estavam habituados com a presença dos monitores e a organização das brincadeiras por setor. No ano de 2014, o Ensino Fundamental I registrou, junto ao setor de atendimento, apenas 05 (cinco) ocorrências para acidentes com alunos durante o recreio, considerando 630 alunos no pátio: Um aluno do 2º ano foi picado por uma abelha; outro aluno, também do 2º ano, torceu o pé ao correr; uma aluna do 4º ano pisou na mão da outra colega; outra ao brincar de pique torceu o pé e quebrou o tornozelo, e por fim, uma aluna do 5º ano, torceu o dedo. 112 “Ao acessar a agenda eletrônica do CSFX em minha casa, fiquei muito satisfeita com a escola. Pude observar que tem uma preocupação com meu filho durante o recreio, existe um cuidar. Ao mesmo tempo em que ele brinca se diverti alguém está junto, há uma organização para que tudo aconteça em segurança. Tenho confiança em deixar meu filho em uma escola grande como o CSFX porque sei que existe organização e controle nas atividades propostas como exemplo, o projeto Divercreio. Meu filho até a presente data não esteve envolvido em acidentes dentro da escola.” Herondina Carla Maia Sales Mãe do Filipe Maia Sales da turma 43 “O recreio ficou muito mais divertido. A cada dia da semana a turma tinha um lugar na escola que era só dela! Brincávamos com vários brinquedos colocados a nossa disposição. E se tivesse algum problema para resolver, a monitora do recreio sempre estava por perto. Na minha turma não teve nenhum um aluno que sofreu acidentes durante o ano. O projeto é muito bacana!” Lélia Bacha Aluna da turma 43 Lições Aprendidas: Ao criar estratégias e organizar o espaço no momento do recreio, percebemos que instigamos o exercício da autonomia e integração dos alunos, por meio da decisão, participação e efetivação das atividades propostas, apresentando mudanças de atitude de comportamento tanto em sala de aula como durante o recreio. Durante a operacionalização do Projeto levamos em consideração por muitas vezes a opinião dos alunos e respeito das atividades que os mesmos tinham interesse em desenvolver no recreio; isso nos permitiu uma maior aproximação, confiança e respeito por parte dos mesmos. Percebemos que quando os alunos decidem coletivamente as atividades a serem realizadas, identificam e fazem parte integrante do processo, dessa forma respeitam e cuidam para que todos vivenciem da melhor maneira possível as atividades propostas. Os participantes do projeto tiveram a oportunidade de dialogar e se expressar, seja por meio de atividades, reuniões em grupo quanto com alunos, criando e recriando ou até mesmo modificando estratégias a partir das sugestões dos alunos. Pudemos viabilizar oportunidades de cooperação, respeito e momentos de crescimento dos alunos no comportamento ou mesmo na organização de registro em sala de aula após o recreio, relativizando o conceito de intervenção no recreio como mais uma ferramenta de controle da disciplina na escola, organização em sala de aula como também uma forma de evitar acidentes graves não deixando de evidenciar a autonomia dos alunos, pois sem eles nada do que realizamos seria possível ou teria importância. 113 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Satisfação do Cliente 114 115 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Pensando em uma prática simples, em um canal rápido de comunicação com o cliente e em proporcionar uma economia para a instituição, a equipe de marcação de atendimentos por telefone iniciou em julho de 2013 o envio de mensagens para confirmação do atendimento de consultas e revisões através de mensagens de texto de celular (SMS). A ferramenta é uma conexão de resultado comprovado, que possui os seguintes benefícios: Confirmação de Atendimento através de SMS Satisfação do Cliente: • Fortalecimento da imagem com clientes e colaboradores; • Avanço em Tecnologias • Comunicação rápida e eficaz com o cliente. Economia: CICLO 2013/2014 A equipe de marcação de atendimentos por telefone implantou o envio de mensagens de texto por celular (SMS) para confirmar os atendimentos de consultas e revisões agendados. Com essa prática simples, foi possível agilizar e reforçar a comunicação com o cliente e proporcionar economia para a instituição. • Custo único para envio em todo o país, através de qualquer operadora; • Custo zero para setup e implantação; • Custo zero para manutenção, suporte, integração e treinamento. As mensagens são enviadas com o seguinte cronograma: Segunda-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que serão realizados na Terça e Quarta - feira. Quarta-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que serão realizados na Quinta e Sexta - feira. Sexta-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que serão realizados no Sábado e Segunda - Feira. No período de 08/07 julho a outubro/2013 foram enviadas 61.332 mensagens, sendo o custo de cada SMS R$ 0,10 centavos. Segurança da Informação: • Respeito à privacidade de quem recebe as mensagens, com informação apenas do número de IH – Identidade Hospitalar; • Validação dos números de celulares destinatários antes do envio às operadoras; • Acesso aos relatórios de entrega de SMS. Desenvolvimento A prática é extensiva a todos os usuários das Unidades I e II do Hospital Márcio Cunha, sejam eles por meio de convênios, pelo Sistema Único de Saúde ou particular. As mensagens são enviadas no padrão SMS através do site www.zenvia360. com.br nas opções de SMS rápido (apenas uma mensagem), SMS para Grupo (no caso de criação de grupo específico de clientes) e SMS por arquivo (compilação de dados em um único arquivo), sendo este o utilizado no momento. As assistentes ou supervisora da área de marcação por telefone retiram o relatório de consultas e revisões marcados no Hosix, que gera um arquivo salvo em diretório específico na rede FSFX. Depois, basta acessar o site www.zenvia360. com.br com login e senha específicos, escolher a opção de envio por arquivo e disparar o envio das mensagens. A mensagem chega no celular do cliente no seguinte formato: “Favor não responder. Confirmação IH: 4119983. Consulta HMC 2 / SALA104 dia 25/11/2013 às 15:30 hs. Cancelamento até 6 horas antes da consulta”. 116 117 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Resultados FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM A prática de envio de mensagem foi bem aceita pelos beneficiários, tivemos a oportunidade de aferir estes dados devido a prática ter sido divulgada na Intranet da empresa recebendo 130 curtidas e alguns comentários como os que seguem: Lições aprendidas • Aprendemos que a prática poderá ser de grande utilidade nas demais áreas da empresa, tanto que a Gerência de Consultórios implantou o aviso de SMS para cancelamento de consultas por afastamento médico. • Outras áreas e serviços também podem se beneficiar pela prática como, por exemplo, Financeiro; Aviso de parcelas a vencer ou vencidas; Solicitação de contato com a Operadora/ Hospital; Código de barras para pagamento de faturas; campanhas de marketing e ações para fidelização do cliente. 118 119 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Envio por email do preparo e comprovante de agendamento de exames para o cliente Desenvolvimento Buscando uma forma de minimizar os transtornos causados ao cliente e a perda financeira das áreas, foram iniciados testes com o sistema de gestão hospitalar para verificar a melhor forma para envio do comprovante de atendimento e o preparo do exame ao cliente através de e-mail. Foi criado ainda uma caixa postal FSFX – HMC – Marcação Telefone para ser o e-mail remetente das mensagens, bem como elaborado texto e assinatura padrões encaminhados ao cliente, conforme imagem abaixo. CICLO 2014/2015 A prática surgiu em função de reclamações de clientes quanto à falha na comunicação, sendo os principais motivos: comparecimento em unidade, dia ou horário diferente do marcado e o desconhecimento do cliente quanto ao preparo. Decidiu-se enviar ao cliente, por email, o preparo necessário para realização do exame, bem como o comprovante de agendamento do atendimento. Como resultado, a prática trouxe queda expressiva nas reclamações relacionadas à comunicação. A Marcação de Atendimento por telefone iniciou em 30/06/2014 o envio do preparo de exames da Medicina Diagnóstica aos clientes que realizam os agendamentos destes exames através do telefone 3829 9600. No período de Janeiro/2013 a Junho/2014, registrou-se 15 ocorrências registradas devido à falha de comunicação sendo os principais motivos: • O cliente comparecia em unidade, dia ou horário diferente do marcado; • O cliente informava não saber que o exame necessitava de preparo; • O cliente não anotava o preparo corretamente ou por completo; • O atendente não informava o preparo completo. Também foi alterado o script de atendimento. Dessa forma, no momento do agendamento as atendentes passaram a perguntar ao cliente se o mesmo possui e-mail para recebimento do comprovante de agendamento e preparo. Assim, o cadastro no sistema de gestão hospitalar foi atualizado com este dado, acrescentando que se não ocorrer o recebimento no mesmo dia, é preciso que o cliente entre em contato com a Fundação para verificação. No sistema foram salvos o comprovante e o preparo em formato PDF, que seguem em anexo no Outlook para envio ao cliente. A mensagem enviada é direcionada aos itens enviados da Caixa Postal FSFX – HMC – Marcação Telefone e estas mensagens posteriormente são salvas pela assistente por um período de três meses no diretório G:\SPRC\Gestão\Marcação por telefone e Central telefônica\Supervisão\Confidencial\E-mail confirmação e preparo. Resultados A partir de sua implantação 30/06/2014 a 31/12/2014 a equipe teve apenas nove ocorrências registradas, referente a falhas na comunicação. Contudo, apenas uma referente ao envio do e-mail com o comprovante de agendamento e preparo (Ocorrência nº 64319 – Módulo de ocorrências/CSPS). A equipe concluiu que com pequenas práticas e utilizando a tecnologia ao nosso favor, é possível fortalecer o relacionamento com o cliente, garantindo o seu atendimento e a sua satisfação. Com o envio do e-mail, ele está de posse das informações necessárias para não se esquecer do dia, hora, unidade do atendimento e principalmente realizar o preparo de forma correta e assim evitar perda financeira para a instituição. Equipe: Claudinária Cristina Soares Paiva e Vanise Melo de Carvalho do Carmo 120 121 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Ideias que Transformam 122 123 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Bolsa para transporte de lâmpadas fluorescentes Utilização de um braço artificial nas orientações de auto cuidado com Fístula Arteriovenosa Ciclo 2013/2014 Autores Geraldo do Carmo Costa, Marco Antônio Coura Bueno, José Maria Alvarenga, Jaqueline Rola, e Walassy Silvério Problema O Colégio São Francisco Xavier possui, aproximadamente, 60 salas de aula, com 30 lâmpadas fluorescentes cada sala, além das salas administrativas. Em média, são trocadas 125 lâmpadas por mês. O período para trocar as lâmpadas é restrito ao intervalo das 12h às 13h. Com isso, a movimentação das lâmpadas e escadas deve ser feita com muito cuidado e agilidade. Atualmente, as lâmpadas são transportadas em suas caixas originais de embalagem que, muitas vezes, se desfazem e não resistem aos impactos, exigindo um maior tempo para o processo de transporte e, às vezes, quebra das lâmpadas. É importante salientar que o processo atual apresenta risco de acidente para o colaborador e alunos. Em média são trocadas 800 lâmpadas/mês em toda a Fundação São Francisco Xavier. Solução / Ideia Confeccionar bolsas em lona para abrigar as lâmpadas fluorescentes no momento da troca nas diversas unidades da Fundação São Francisco Xavier. Recursos Necessários 60 cm de lona para a bolsa e velcro para fechamento. Ciclo 2014/2015 Autora Patriciane Bastos Guimarães Problema A Fístula Arteriovenosa (FAV) é um acesso vascular definitivo confeccionado por meio de cirurgia de pequeno porte nos membros superiores realizada para o tratamento dialítico. Depois de realizada a cirurgia, os pacientes e familiares precisam ser orientados pelos profissionais da assistência sobre alguns cuidados. Percebe-se que, durante as orientações, há dificuldade por parte dos ouvintes em assimilar o que realmente representa a cirurgia. Solução / Ideia A idéia utilizar um braço artificial para ilustrar as orientações e, proporcionar ao paciente e ao familiar, o entendimento necessário sobre os cuidados com a FAV. Ao utilizar o braço artificial, as pessoas conseguem entender, por meio da demonstração, o processo que expõe a área interna onde ocorre a anastomose. Recursos Necessários Um braço artificial, confeccionado de tecido, contendo área interna lavável com os vasos sanguíneos e anastomose. Benefícios esperados - Otimizar as orientações ofertadas para o paciente no período pré e pós confecção da FAV, conscientizando o paciente e familiar sobre a necessidade do auto cuidado no membro que apresenta a FAV, facilitando a compreensão do paciente e família, através da dinâmica e visibilidade de como é feita. Previsão de Custo Fornecedor: Capotaria Brandão - R$ 40,00 (Quarenta reais) Durabilidade: pelo material utilizado (lona), em média 2 anos. Benefícios esperados - Melhorar o processo de troca de lâmpadas, reduzindo o tempo gasto; - Reduzir os riscos de acidentes com o colaborador e alunos durante o transporte e troca das lâmpadas; - Reduzir custo com quebras de lâmpadas durante o transporte e troca. 124 125 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Venoscópio Padronização de cores para troca de equipos Ciclo 2013/2014 Ciclo 2014/2015 Autores Danyel Erich Duarte Dias e Carmem Lúcia Soares e Santos Problema Devido ao número repetitivo de punções em pacientes de difícil acesso venoso, muitas vezes, o procedimento acarreta em ansiedade, dor e hematoma. Há ainda um maior número de materiais gastos com o procedimento e abertura de sítio de possíveis infecções. Outro fator identificado é a necessidade de interconsulta com Cirurgião Geral para punção de Cateter Venoso Central (CVC) por dificuldade de acesso periférico, o que gera, consequentemente, o aumento do número de infecção hospitalar por CVC; aumento do número de Flebite (Inflamação da rede venosa) e dificuldade de visualização / palpação da rede venosa. Solução / Ideia Aquisição/implantação de um novo método tecnológico denominado Venoscópio, equipamento este que por uma simples projeção de luz é capaz de permear o tecido subcutâneo e permite a visualização de uma veia específica antes de puncioná-la, minimizando a dor e ansiedade dos pacientes submetidos a este processo na instituição. Recursos Necessários • Aquisição do material em parceria com as empresas já cadastradas (B.Braun) • Compra do aparelho • Treinamento de pessoal para manipulação do equipamento • Comodato • Valor de mercado com valor entre R$ 700,00 a R$ 1.000,00 • Profissionais com conhecimento sobre o instrumento / representante do fornecedor. Benefícios esperados Redução de custos, devido a quantidade de materiais utilizados relacionados a maior eficácia do processo, com o auxílio do produto • Maior segurança e bem estar do paciente e funcionário • Visualização da rede venosa de forma rápida e precisa, com avaliação do calibre, trajeto e permeabilidade do acesso • Efetivo auxílio na punção do acesso em pacientes críticos, obesos, pele negra, crianças, recém nascidos • Otimização da punção/coleta • Redução de flebite • Redução de Infecção hospitalar • Redução da necessidade de avaliação com Cirurgião Geral para punção de acesso venoso central • Aumento do índice de satisfação do cliente • Redução de dor, hematoma e insatisfação do cliente • Redução da necessidade de garroteamento que interrompe de forma temporária o fluxo sanguíneo alterando possíveis parâmetros bioquímicos / hematológicos • Reduz necessidade da segunda punção • Inovação. 126 Autoras Matilde Oliveira e Bruna Maria de Oliveira Problema A identificação atualmente é realizada por fita adesiva e a data escrita a caneta. A codificação por cores estabelece uma melhor identificação na visualização diferenciada por cores. Solução / Ideia A ideia consiste em identificar os equipos (um tubo de material flexível que conecta o frasco de soro com a dieta à sonda do paciente) nos setores de internações do HMC, com o objetivo de garantir a troca correta a cada 72 horas e minimizar riscos de infecção, conforme preconização da ANVISA (www.anvisa.gov.br/servicosaude). Recursos Necessários • Fitas adesivas coloridas • Tabela com definição/padronização de cores Benefícios esperados •Troca correta de equipos a cada 72 horas diminuindo as possibilidades de infecção hospitalar por bacteremia, septicemia, choque pirogênico e flebites. • Redução de permanência hospitalar, gastos com antibióticos. DIA DA SEMANA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGO COR DO DIA VERDE AMARELO AZUL LARANJA PRETO VERMELHO BRANCO COR DA TROCA PRETO VERMELHO BRANCO VERDE AMARELO AZUL LARANJA 127 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM Reaproveitamento de água potável Ciclo 2014/2015 Autores Ines Alves dos Santos, Charlene Keika Lomar Araujo Nascente, Danubia Reis e Karylle Rayane de Souza Problema Ao realizar a limpeza das caixas d’água, é desprezado grande volume de água potável (estima-se 220mil litro de água a cada seis meses). Solução / Ideia A ideia seria a construção de um reservatório (subterrâneo) pressurizado para reutilizar esta água. O reaproveitamento dessa água servirá para irrigar jardins, realizar limpezas externas entre outros. Recebendo o tratamento adequado, poderá ser reaproveitada no próprio ambiente hospitalar. Recursos Necessários • Materiais de construção • Mão de obra • Espaço já disponível Benefícios esperados Os benefícios são de impacto ambiental, com a redução de custo com caminhão pipa para irrigação de jardins e a redução do custo com água potável. 128 129 FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM EXPEDIENTE Luís Márcio Araújo Ramos Diretor-Executivo da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde Adriana Leite Chaves Quintela Superintendente de Gestão Mauro Oscar Soares de Souza Lima Superintendente do Hospital Márcio Cunha Adseu Álvares de Andrade Superintendente de Planos de Saúde Solange Liége dos Santos Prado Superintendente do Colégio São Francisco Xavier Carlos Antônio de Souza Superintendente do Centro de Odontologia Integrada Amália Regina Lage Leão Superintendente de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente José Carlos de Carvalho Gallinari Assessor Especial de Relações Institucionais Alessandra Pinto Simões Assessora de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade Alexandre Albuquerque Guimarães Assessor da Auditoria Corporativa Felipe Lannes de Aguiar Pacheco Assessor Jurídico Érica Pascoal Fernandes Assessora de Comunicação FICHA TÉCNICA Produção | Assessoria de Comunicação Textos | Assessoria de Comunicação e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade Design e diagramação | Café c/ Design Fotografia | Arquivo FSFX, Nilmar Lage, João Rabelo e Gustavo Jácome 130