Biodiversidade Botânica e Habitats

Transcrição

Biodiversidade Botânica e Habitats
Julho de 2014
COM ORIENTAÇÃO TÉCNICA POR MARK WOOD, COORDENADOR DA AIA, DA MARK WOOD CONSULTANTS
AIA REALIZADA PELA GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL DO
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO NO
ÂMBITO DO APP E PROJECTO DE GPL
Biodiversidade Botânica e
Habitats
ADENDA
Relatório de Especialista Nº 9
ELABORADO POR
Authors: A de Castro & R Grobler
Submitido a:
SASOL Petroleum Mozambique Limitada & Sasol Petroleum Temane Limitada
Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 21
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Índice
1.0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1 1.1 Antecedentes ................................................................................................................................................ 1 1.2 Âmbito do Estudo ......................................................................................................................................... 1 1.3 Detalhes dos Autores ................................................................................................................................... 1 2.0 ABORDAGEM E METODOLOGIA ............................................................................................................................ 1 2.1 Abordagem ................................................................................................................................................... 1 2.2 Expansão e verificação da lista de espécies e procura de “espécies de interesse para
conservação” ................................................................................................................................................ 2 2.3 Recolha e análise de amostras de turfa ....................................................................................................... 2 2.4 Recolha de dados das colecções de mamíferos do Habitat Crítico identificado ........................................... 3 3.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................................................. 3 3.1 Lista de Espécies.......................................................................................................................................... 3 3.2 Espécies de plantas de interesse para conservação .................................................................................... 3 3.3 Habitat Crítico (sensu IFC) ........................................................................................................................... 4 4.0 CONCLUSÕES .......................................................................................................................................................... 6 5.0 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................... 7 FIGURES
Figura 3-1: Bando de macacos cão fotografados a cerca de 200 m em planícies lodosas nas margens de
mangais perto do local M6. ................................................................................................................................ 6 ANEXOS
ANEXO A Localização de cada um dos 15 locais de estudo da vegetação, e uma breve sinopse das características da vegetação e
habitats ANEXO B Lista preliminar de espécies de plantas indígenas e exóticas invasivas registadas dentro da área de estudo ANEXO C Fotografias dos locais alvo do estudo ANEXO 4 Dados e fotografias das amostras de turfa July 2014
Relatório Nº: 1302793 - 10712 – 21 (Port)
i
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
1.0
1.1
INTRODUÇÃO
Antecedentes
Este relatório consiste numa adenda ao Relatório de Especialistas sobre a Biodiversidade Botânica e
Habitats (De Castro & Grobler, Maio de 2014), que foi compilado com base em trabalho de campo realizado
em Fevereiro de 2014. A adenda actual apresenta os resultados de uma breve (4,5 dias) pesquisa de
campo realizada entre 2 e 6 de Maio de 2014, como exigido pelo Padrão de Desempenho 6 das Directrizes
da IFC. O objectivo desta adenda é descrever e discutir os resultados da pesquisa de campo de Maio, sem
repetir a informação detalhada, sobre os antecedentes, descrição da situação de referência e avaliação dos
impactos providenciados pelo relatório de referência (De Castro & Grobler, Maio de 2014). As informações
aqui fornecidas devem ser lidas em conjunto com o relatório de referência de forma a entender o contexto
necessário desta adenda. (De Castro & Grobler, Maio de 2014).
1.2
Âmbito do Estudo
Os objetivos da pesquisa de campo de Maio foram reunir informações adicionais sobre a flora e os habitats
de partes selecionadas da área mais ampla de estudo, com ênfase na área de Habitat Crítico identificada
durante o estudo de referência e o habitat da floresta em torno do poço T-G8 PX-5 proposto, onde espécies
ameaçadas de plantas de interesse para conservação foram encontradas durante o estudo anterior da
situação de referência (De Castro & Grobler, Maio de 2014). Foram disponibilizados três dias para
identificação de plantas, análise de dados e elaboração de relatórios.
1.3
Detalhes dos Autores
Os autores da presente adenda e do relatório de referência de especialista (De Castro & Brits, Maio de
2014) são António de Castro e Retief Grobler.
O Sr. de Castro possui um B.Sc Hons. em Botânica da Rand Afrikaans University (RAU) e é um cientista
profissional Pr. Sci. Nat. registado, nos campos da Ciência Botânica e Ciências Ecológicas (Reg. n º.
400270/07). Ele tem uma vasta experiência de trabalho em Moçambique, e levou a cabo uma série de
estudos especializados relacionados com taxonomia, florística, utilização de plantas, e espécies ameaçadas
de plantas, assim como descrições e análises de vegetação na província de Inhambane. Ao longo dos
últimos treze anos, ele realizou avaliações ecológicas e botânicas em vários projetos de exploração de
gasodutos e gás natural da Sasol, incluindo o gasoduto de 520 km de extensão que se estende da CPF de
Temane a Ressano Garcia, o Bloco de Pesquisa Sísmica, na margem Norte do rio Save, e o gasoduto de
256 km da Sasol ROMPCO.
O Sr. Grobler possui um B.Sc Hons. em Botânica da Universidade de Pretória (UP) (cum laude) e um M.Sc
(cum laude), do Departamento de Ciências Vegetais (UP) com foco em sistemas de terras húmidas de
turfeiras situadas na planície costeira de Maputaland, no Nordeste da África do Sul. Ele é cientista
profissional Pr. Sci. Nat. Registado, nos campos da ciência botânica e Ciências Ecológicas (Reg. n º.
400097/09), e tem trabalhado como especialista em terras húmidas em toda a África do Sul ao longo dos
últimos nove anos. As suas áreas de especialização incluem terras húmidas e avaliações de cursos de água
relacionados, com um interesse particular em sistemas de turfeiras e cabeceiras fluviais. A sua experiência
relacionada com terras húmidas em condutas inclui avaliações de biomonitorização e reabilitação do
gasoduto de 550 km Transnet NMPP na África do Sul.
2.0
2.1
ABORDAGEM E METODOLOGIA
Abordagem
A altura da pesquisa de campo (02 a 06 de Maio de 2014) foi baseada no requisito do Padrão de
Desempenho 6 da IFC, de uma pesquisa de inverno, quando várias espécies de plantas ainda estão em
fruta e espécies de algumas famílias de plantas (por exemplo, Acanthaceae) estão em floração, e na
necessidade de acomodar as exigências de programação do projecto.
O tempo disponível no campo centrou-se nos seguintes aspectos:
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ƒ
procura de espécies adicionais de plantas, com ênfase para "espécies de interesse para conservação"
(sensu Raimondo et al, 2009.);
ƒ
expansão e verificação da lista preliminar de espécies de plantas incluídas no relatório de referência
por meio de pesquisa em 15 locais seleccionados (ver Anexo A), catorze dos quais estavam situados
dentro da área identificada como Habitat Crítico e Rios Costeiros adjacentes e um dos quais foi
localizado em habitats de Brenhas e Florestas em torno do poço de gás T-G8 PX-5;
ƒ
obtenção de dados sobre a profundidade e teor de matéria orgânica de substratos de turfa em três
locais dentro de turfeiras de Rios Costeiros (Unidade de Vegetação 3.2); e
ƒ
obtenção de informações sobre as colecções de mamíferos (não faz parte dos "Termos de Referência"
originais para este estudo) da área de Habitat Crítico.
Os métodos utilizados durante o levantamento de campo de Maio foram praticamente os mesmos que
aqueles descritos em pormenor no relatório de referência (De Castro & Grobler, Maio de 2014). Um breve
resumo da metodologia utilizada durante o levantamento actual, com ênfase em métodos não utilizados no
estudo de referência, é fornecido abaixo.
2.2
Expansão e verificação da lista de espécies e procura de
“espécies de interesse para conservação”
Os levantamentos florísticos foram efectuados em 15 locais seleccionados (ver Anexo A), localizados da
seguinte forma:
ƒ
Locais dentro de manchas de Floresta Costeira (Unidade de Vegetação 2), Rios Costeiros (Unidade de
Vegetação 3.2) e Mangais (Unidade de Vegetação 3.4) dentro da área identificada como Habitat
Crítico;
ƒ
ƒ
Dois locais no riacho costeiro situado diretamente a Norte da área de Habitat Crítico; e
Um local no habitat de Matas e Brenhas (Unidade de Vegetação 1) em torno do poço de gás T-G8 PX5.
Cada local pesquisado foi georeferenciado utilizando um receptor GPS manual (ver Anexo A), e fotografado
(ver Anexo C). Em cada local pesquisado, o método Pesquisa Cronometrada de Meandros – timed meander
search "(Huebner, 2007) foi usado para compilar uma lista de todas as espécies identificadas e procurar
espécies de plantas de interesse para conservação. Foi dado ênfase à procura e registo de espécies que
ocorrem potencialmente, não antes registadas durante o levantamento de Fevereiro. A pesquisa
cronometrada de meandros foi levada a cabo num mínimo de 45 minutos em cada local.
A determinação se uma espécie constitui um novo registo para Moçambique foi levada a cabo com base
nos tratados regionais e nacionais sobre flora disponíveis [ie Da Silva et al. (2004), Leistner (2005) e os
vários volumes publicados de Flora Zambesiaca].
2.3
Recolha e análise de amostras de turfa
A profundidade da turfa e o carbono orgânico do solo (SOC) foram avaliados em três locais (M2, M3 e
M14b) localizados em turfeiras dentro de Rios Costeiros. Uma sonda russa manual de turfa, com 2,2 m de
punho, foi utilizada para determinar a profundidade da turfa e para recolher amostras do núcleo a uma
profundidade seleccionada. O SOC de duas das amostras de turfa recolhidas foi determinado através da
utilização do método de Walkley-Black (Walkley & Black, 1934), pelo Instituto de Solos Clima e Água
Institute for Soil Climate and Water -ISCW) em Pretória, na África do Sul.
A percentagem de matéria orgânica (MO) foi calculada a partir de valores de SOC através da utilização do
factor de Van Bemmelen convencional de 1.724, bem como um factor revisto de 2, tal como recomendado
por Prybil (2010). Amostras registadas com mais de 30% (massa seca) de SOM morto são consideradas
como turfa de acordo com Joosten & Clark (2002). A localização de cada um dos três locais onde foram
recolhidas amostras de turfa é fornecida no Anexo A, fotografias das amostras de turfa são fornecidas no
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Anexo D e os valores de SOC e SOM obtidos através de análises de laboratório também são fornecidos no
Anexo D.
2.4
Recolha de dados das colecções de mamíferos do Habitat
Crítico identificado
A presença de mamíferos em doze locais selecionados situados dentro da área identificada como Habitat
Crítico (Locais M4 a M14b), foi registada, com base em observações directas, sinais de campo e entrevistas
informais com os habitantes locais. As entrevistas foram realizadas com dois pescadores da aldeia
Nhagonzwene (na foz do Rio Costeiro que forma o núcleo do Habitat Crítico) e com um homem que fazia
colheita de caniço no Local 14, mais a montante ao longo do mesmo curso de água. Aos três homens
entrevistados foram mostradas imagens de mamíferos suspeitos de ocorrer na área, e como controlo
também foram mostradas fotos de mamíferos semelhantes conhecidos como ausentes na área de estudo.
O método de controlo indicou que os três homens entrevistados tinha um excelente conhecimento da fauna
de mamíferos da área e não houve contradições entre os dados recolhidos dos três indivíduos que foram
entrevistados separadamente.
3.0
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Uma lista anotada de todos os 15 locais de pesquisa selecionados está disponível no Anexo A e fotografias
dos locais são fornecidas no Anexo C. Uma lista de espécies actualizada é fornecida no Anexo B. Os
resultados da análise laboratorial de amostras de turfa colhidas, e fotografias de amostras de turfa, são
fornecidos no Anexo D.
3.1
Lista de Espécies
Um total de 389 espécies de plantas indígenas foram registadas na área de estudo durante a pesquisa de
referência realizada em Fevereiro de 2014. Seis das espécies de plantas de interesse para conservação
(www.iucnredlist.org, acesso em Março de 2014 e Izidine e Bandeira, 2002) foram incluídas na lista de
espécies de plantas da situação de referência (De Castro & Grobler, Abril de 2014).
Durante a pesquisa de campo de Maio de 2014 19 espécies adicionais foram registadas, as quais são
indígenas, nenhuma dos quais endémica de Moçambique, e nenhuma das quais actualmente
considerada como "espécie de interesse para conservação" (www.iucnredlist.org, acesso em Março
de 2014, e Izidine e Bandeira, 2002). Portanto, um total de 412 espécies de plantas, 408 das quais são
indígenas e 4 das quais são espécies exóticas (indicadas por um asterisco) que invadem a
vegetação nativa não transformada ou secundária, foram, até agora, registadas na área de estudo de
47 419ha.
A lista de espécies apresentadas no relatório não é totalmente abrangente, uma vez que o estudo foi
realizado dentro dos prazos típicos de avaliações ambientais, que impedem a oportunidade de recolha de
dados sazonais abrangentes durante um período prolongado de tempo. Embora as pesquisas combinadas
de verão (Fevereiro) e inverno (Maio) abranjam duas estações, seria necessária uma pesquisa de campo
mais abrangente a longo prazo para um relato exaustivo de ocorrência das espécies.
A lista de espécies que consiste nas taxa de plantas identificadas durante os dois levantamentos de campo
contém aproximadamente 85% de espécies comuns e características presentes, e fornece uma boa
representação do tipo de flora encontrada na área de estudo.
3.2
Espécies de plantas de interesse para conservação
Não foram registadas espécies adicionais de interesse para conservação durante o levantamento de
campo de inverno em Maio de 2014. No entanto, Croton inhambanesis (VU) e Pavetta gracillima (DD) foram
novamente registadas dentro de vegetação de Brenhas e Florestas Baixas em torno do poço de gás TG8PX-5 no local M1, onde ambas as espécies são comuns dentro de um raio de 100 m do Local (perto do
Local 7 do estudo de Fevereiro). As conclusões do estudo de Maio de 2014, portanto, apoiam as
conclusões do estudo de referência e são repetidas abaixo:
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" Dentro da área de estudo, Croton inhambanesis (VU), e Pavetta gracillima (DD), são espécies de Florestas
e Brenhas Densas Baixas e foram registadas no Local 7 na Secção A do alinhamento da linha de fluxo no
local proposto para o local do poço de gás T-G8PX-5. Ambas as espécies são bastante comuns neste local
e são susceptíveis de ocorrer em outras partes nas Brenhas Curtas e Densas dentro da Unidade de
Vegetação/Habitat 1. Um habitat para esta espécie, aparentemente semelhante de Brenhas Baixas
estende–se ao longo de milhares de hectares em torno do Local 7 e ao longo da Secção A, bem como para
o Norte da área mais ampla de estudo, mas este habitat está sob grave ameaça de desmatamento para o
cultivo.”
3.3
Habitat Crítico (sensu IFC)
As seguintes constatações e observações suportam as conclusões do estudo de referência sobre o valor da
biodiversidade e importância para conservação da área identificada como Habitat Crítico (sensu Padrão de
Desempenho 6 da IFC).
Novos registros para Moçambique dos habitats de turfeiras nos Rios Costeiros
Quatro das espécies registadas na área de estudo de 47 419 ha durante o estudo de referência (De Castro
& Grobler, Abril de 2014), constituem novos registos em Moçambique.
Durante a pesquisa de campo actual (Maio de 2014), foram registadas três espécies adicionais que são
novos registos em Moçambique, nomeadamente, as ciperáceas Eleocharis variegata e Scleria catophylla e
Menyanthaceae thanbergiana e Nymphoides hydrophyte.
Os três novos registos para Moçambique foram registados a partir de turfeiras no Rio Costeiro situado
dentro do Habitat Crítico (Locais M14A e M14b) e no Rio Costeiro situado a Norte do Habitat Crítico (Locais
M2 e M3). Estas três espécies possivelmente representam ecótipos adicionais (Molles, 2005) aos dois
ecótipos prováveis (Trichopteryx dreagena e Chrysopogon serrulatus) identificados na área de estudo
durante o estudo de referência (De Castro & Grobler, Maio de 2014).
Flora da Floresta Costeira
Durante o estudo de referência (De Castro & Grobler, Maio de 2014), apenas dois locais foram pesquisados
dentro das manchas de Floresta Costeira. As árvores emergentes registadas (até 18m de altura) incluíram
Adansonia digitata, Balanites maughamii, Sclerocarya birrea e Albizia adiantifolia. As árvores dominantes
incluem Milletia stuhlmanii e Julbernardia globiflora. Árvores comuns incluem Erythrophleum lasianthum,
spiciformis Brachystegia, Ozoroa obovata, Sclerocarya birrea e Sideroxylon inerme.
Durante o estudo actual, a maior (cerca de 12 ha) mancha de Floresta Costeira identificada a partir de
imagens aéreas dentro do Habitat Crítico e da área de estudo como um todo (local M13) foi brevemente
estudada (Anexo A). Os dados recolhidos confirmam a precisão da descrição geral da Floresta Costeira
fornecida no estudo de referência. As árvores emergentes dominantes no Local M13 incluíram a Adansonia
digitata (até 20 m) e Albizia versicolor (até 16 m). As árvores comuns a dominantes na copa de
aproximadamente 11 m incluem Afzelia quanzensis, Brachystegia spiciformis, Brachystegia torrei e Milletia
stuhlmannii.
A mancha. de 12 ha de floresta no Local M13 está a ser invadida por assentamentos populacionais de baixa
densidade e está sendo desmatada para o cultivo. Além disso, esta mancha de floresta contém alguns dos
maiores exemplares remanescentes de Afzelia quanzensis e Milletia stuhlmannii registados na área de
estudo. Essas árvores serão cada vez mais vulneráveis ao abate uma vez que os recursos locais destas
espécies severamente sobre-exploradas são ainda mais explorados e as serrações regionais aceitam
troncos cada vez menores (De Castro & Grobler, Maio de 2014).
Corte de árvores de mangal
A floresta de mangal do estuário na foz do Rio Costeiro que constitui o núcleo da área identificada como
Habitat Crítico possui cerca de 70 ha de extensão e é contínua com uma área de aproximadamente 25 ha
de floresta de mangal estuarino na foz do rio costeiro imediatamente a Norte . Essas florestas estuarinas de
mangal são os únicos mangais remanescentes ao longo de cerca de 90 km de extensão de costa que se
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estende desde o Rio Govuro a Norte à baía da Ponta Chiuzine no Sul e estão entre os mais ricos em
espécies registados na costa Oriental Africana (http: / / ramsar.wetlands.org). Em 2001, Barbosa (Barbosa
et al., 2001), estimaram que o desmatamento de mangais em Moçambique estava a ocorrer a uma taxa de
1 820 ha por ano e Menomussanga e Balidy (2011) descobriram que o desmatamento descontrolado de
mangais estava a ocorrer no distrito adjacente (para norte) de Govuro.
Em todos os locais seleccionados durante o estudo de Maio de 2014 dentro dos mangais estuarinos na foz
do Rio Costeiro que constitui o núcleo da área identificada como Habitat Crítico (locais M6, M7, M9, M10,
M11 e M12), registaram-se evidências de corte extensivo contínuo histórico e insustentável de árvores de
mangal. O local M6 registrou densidades de tocos cortados de árvores pequenas (diâmetro basal até 10
centímetros) tão elevadas quanto 35 tocos por 100 m2. Os postes altamente duráveis obtidos com estas
árvores de mangal são usados para a construção de casas e armadilhas para peixes, algumas das quais se
estendem por mais de um quilómetro ao longo das planícies tidais na foz do rio costeiro. Embora essas
comunidades de mangal ainda sejam densas, ecologicamente funcionais e susceptíveis de conter a sua
riqueza de espécies pré-perturbação, e, portanto, ainda apresentando grande valor de biodiversidade e
importância para conservação, tal colheita é insustentável e representa uma ameaça grave para essas
comunidades de mangais, caso não for controlada.
Substratos de turfa dos rios costeiros
A profundidade da turfa e o carbono orgânico do solo (SOC) foram avaliados em três locais (M2, M3 e
M14b) localizados em turfeiras dentro de Rios Costeiros. No local M14b, situado numa turfeira do Rio
Costeiro que forma o núcleo da área identificada de Habitat Crítico, a profundidade de turfa foi medida
utilizando uma sonda russa manual de turfa, com 2,2 m de cabo (ver Anexo D). A parte inferior da camada
de turfa não pode ser alcançada, indicando que a turfa possui pelo menos, 2,2 m de profundidade e,
possivelmente, será muito mais profunda. A localização de cada um dos três locais onde foram recolhidas
amostras de turfa é fornecida no Anexo A, as fotografias das amostras de turfa são fornecidas no Anexo D
e os valores do SOC e SOM obtidos através da análise de laboratório também são fornecidos no Anexo D.
A acumulação de turfa pode ser diferente em diferentes climas e configurações da paisagem, de ambientes
alpinos frios a sistemas costeiros tropicais. O acúmulo anual de turfa é lento no entanto em todos os casos,
e turfeiras de vários metros de espessura podem levar milhares de anos para se desenvolver (Rydin &
Jeglum 2006). No contexto da África Austral a taxa de acúmulo de turfa derivada do C14 de nove turfeiras
diferentes em Maputaland, Northern KwaZulu-Natal, varia de 0,28 mm/ano a 6,54 mm/ano, enquanto a taxa
média de acumulação ao longo dos últimos 7 000 anos do Holoceno é em torno de 1,06 mm/ano (Grundling
2004).
Grundling (2004) determinou um alto grau de correlação entre a profundidade de turfa e a idade da turfa em
nove turfeiras da planície costeira de Maputaland (litoral África do Sul), como determinado através de datas
de C14, com um valor de regressão resultante de 0,94. A idade de C14 da turfa em diferentes profundidades
variou de 130 ± 45 anos antes do presente (BP), a uma profundidade de 0,85 m, a 7 000 ± 80 anos BP a
8,58 m.
Suspeita-se que a idade da profundidade de turfa de pelo menos 2,2 m registada dentro da área de Habitat
Crítico identificada seja de séculos, tendendo a ser superior a 1000 anos (Grundling, 2004). Será necessária
perfuração adicional para determinar a profundidade máxima de turfa nas turfeiras da área de Habitat
Crítico e o restante da área de estudo, e a idade correspondente ao seu ponto mais profundo via datação de
C14. O longo período de tempo necessário para a acumulação de turfa em turfeiras mais profundas do que
2 m, destaca a singularidade e impossibilidade de substituição de turfeiras costeiras em grande parte
intocadas dentro da área de Habitat Crítico, apoiando também a afirmação de que essas Turfeiras costeiras
desempenham um papel importante nos processos evolutivos como especiação.
Diversidade de mamíferos na área de habitat crítico
O estudo de referência continha a seguinte declaração:
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' O Habitat Crítico compreende o habitat remanescente mais importante para ungulados e, provavelmente,
outros mamíferos, na área de estudo a leste do Rio Govuro. Isto é refletido pelo fato de que o ‘único bando
de macacos cão restante na área de estudo foi registado dentro deste Habitat Crítico’.
Durante a pesquisa de campo de Maio de 2014, a presença de mamíferos foi registrada com base em
observações directas, sinais de campo e entrevistas informais com os habitantes locais nos doze locais
selecionados situados dentro da área identificada de Habitat Crítico (locais M4 a M14b). Os seguintes
mamíferos de grande e médio porte foram registados por meio de observação directa e sinais de campo
dentro da área de Habitat Crítico: Macaco Cão, Porco do Mato, Cabrito Cinzento, Cabrito Vermelho,
Manguço Listado e Manguço de Água. Um bando de macacos cão de pelo menos 40 indivíduos foi
fotografado no local M6 (Figura 3-1).
As seguintes espécies adicionais de mamíferos foram registadas com base em entrevistas com habitantes
locais: Impala, Inhala e Leopardo. Todos os três entrevistados confirmaram que Impala e Leopardo estavam
presentes dentro do Habitat Crítico, e afirmaram que as Impalas ainda são bastante comuns dentro das
partes relativamente remotas do Habitat Crítico situadas directamente a Norte do Rio Costeiro e na área
entre o dois ramais do Rio Costeiro. Todos os três moradores entrevistados afirmaram que o Leopardo
também ocorre na área acima mencionada e dois dos indivíduos tinham ouvido falar de casos raros de
leopardos levando cabras pertencentes a moradores locais. Dois dos três entrevistados reivindicaram que
as Inhalas estão presentes nas partes do Habitat Crítico acima mencionadas, e ambos afirmaram que os
animais eram raros e raramente avistados.
Embora as colecções de mamíferos da área de
Habitat Crítico estejam depauperadas em
comparação com o seu provável estado de préperturbação, no entanto, compreendem as maiores e
mais diversificadas colecções de mamíferos de
médio e grande porte registadas na área de estudo a
47 490 ha, em particular nas porções no litoral da
área de estudo situadas a Este do Govuro onde
poucos mamíferos de grande porte permanecem. A
fauna de mamíferos do identificado Habitat Crítico
também é muito provável que seja a mais abundante
e diversificada restante ao longo da cerca de 90 km
de extensão de costa que se estende desde os
Figura 3-1: Bando de macacos cão fotografados a cerca
mangais do Rio Govuro a Norte à baía da Ponta
de 200 m em planícies lodosas nas margens de mangais
Chiuzine a Sul. Apesar de ter realizado inúmeros
perto do local M6.
levantamentos ecológicos ao longo dos acima
mencionados 90 km de extensão de costa ao longo dos últimos 14 anos, o autor nunca antes registou
macaco cão, inhala, impala ou leopardo nesta área costeira relativamente densamente povoada.
4.0
CONCLUSÕES
As conclusões da breve pesquisa de campo de Maio de 2014 apoiam as conclusões e recomendações
fornecidas no relatório de referência (De Castro & Grobler, Maio de 2014), particularmente no que diz
respeito aos seguintes aspectos importantes:
ƒ
O poço de gás T-G8PX-5 deve ser transferido para o Este, como recomendado no relatório de
referência, a fim de mitigar os impactos nas comunidades de Brenhas e Florestas baixas e nas
espécies de plantas ameaçadas registadas dentro dessas comunidades, e
ƒ
A área identificada Habitat Crítico (sensu Padrão de Desempenho 6 da IFC) possui um alto valor de
biodiversidade, é de grande importância a conservação e deve formar o foco dos esforços de
conservação na área de estudo.
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5.0
REFERÊNCIAS
Barbosa, F.M.A., Cuambe, C.C. & Bandeira, S.O. (2001). Status and distribution of Mangroves in
Mozambique.South African Journal of Botany 67.
Da Silva, M.C., Izidine, S. and Amude, A.B. (2004). A preliminary checklist of the vascular plants of
Mozambique. Southern African Biodiversity Network Report No. 30. SABINET, Pretoria.
De Castro, A. & Grobler, R. (April 2014). Environmental Impact Assessment for the Sasol PSA and LPG
Project: Botanical Biodiversity and Terrestrial and Wetland Habitat. Specialist report prepared by De Castro
& Brits c.c. for Mark Wood Consultants on behalf of Sasol.
Grundling, P., (2004). The role of sea level rise in the formation of peatlands in Maputaland. In: Momade, F.,
Achimo, M., Haldorsen, S. (eds.), The Impact of Sea-level Change; Past, Present, Future, Vol. 43. Boletim
Geológico, pp. 42–48.
Huebner, C.D. (2007). Detection and Monitoring of Invasive Exotic Plants: a comparison of four sampling
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Izidine, S. and Bandeira, S.O. (2002). Mozambique. In: Golding J. (ed.); Southern African Plant Red Data
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Leistner, O.A. (2005). Seed plants of southern tropical Africa: families and genera. Southern African
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Mackinder, B. (1990). Menyanthaceae (Thunbergia). Flora Zambesiaca 7 (4).
Menomussanga, M. & Balidy, J.H. 2011. Situational Description (State of the Natural Resources and SocioEconomy), Zoning and Management Plan for Natural Resources in Govuro (Nova Mambone Administrative
Post) .MICOA/CDS Zonas Costeiras.Ministry For The Coordination Of Environmental Affairs Centre For
Sustainable Development Of Coastal Zones. Republic of Mozambique.
Molles, M.C. Jr. (2005). Ecology: Concepts and Applications (3rd edition ed.). New York: The McGraw-Hill
Companies, Inc.
Pribyl, D.W. 2010. A critical review of the conventional SOC to SOM conversion factor. Geoderma.
156: 75-83.
Raimondo, D., van Staden, L., Foden, W., Victor, J.E., Helme, N.A., Turner, R.C., Kanundi, D. & Manyana, P.A.
(Eds.) 2009. Red Data Book of South African Plants. Strelitzia.
Rydin, H. & Jeglum, J.K. (2006). The Biology of Peatlands. Oxford University Press, England.
Walkley, A. and I. A. Black. 1934. An examination of Degtjareff method for determining soil organic matter
and a proposed modification of the chromic acid titration method. Soil Sci. 37:29-37.
GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LIMITADA
António de Castro
Retief Grobler
Reg. No. 2002/007104/07
Directores: R A Heath, G Michau e R Hounsome
Golder, Golder Associates and the GA globe design are trademarks of Golder Associates Corporation.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
7
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
ANEXO A
Localização de cada um dos 15 locais de estudo da vegetação,
e uma breve sinopse das características da vegetação e
habitats
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
1
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Localização de cada um dos 15 locais de estudo da vegetação, e uma breve sinopse das características da vegetação e
habitats
(ver a Figura A-1 abaixo)
Local
no.
Coordenadas
Secção da
Linha de Fluxo
local de poço
Tipo de vegetação/habitat e observações
M1
21°40’36.4”S
35°03’02.2”E
A
perto de
T-G8PX-5
Unidade de Vegetação 1. No sub-coberto de Brenhas Densas Baixas,
aproximadamente a 60m a Norte do ponto central do local do poço the
T-G8PX-5.
M2
21°40’01.3”S
35°14’54.8”E
J
Unidade de Vegetação 3.2.Numa grande turfeira que pode ser descrita
como planície de terras húmidas e que é forma a fonte de um Rio
Costeiro.
M3
̓1°40’34.6”S
35°15’25.4”E
J
Unidade de Vegetação 3.2. Numa turfeira na confluência de dois braços
de um riacho costeiro (mesmo sistema fluvial no qual se situa no Local
2).
M4
21°43’23.7”S
35°16’38.9”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangais na praia aproximadamente a 300 a
Norte do povoado de, dentro da área identificada como Habitat Crítico
de acordo com IFC
M5
21°43’30.5”S
35°16’46.2”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangal perto do povoado de Nhagonzwene
na foz do rio costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico
identificado de acordo com IFC
M6
21°43’31.6”S
35°16’40.6”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangrove swamp near Nhagonzwene
village, at the mouth of the coastal stream situated within Habitat Crítico
de acordo com IFC
M7
21°43’30.3”S
35°16’38.0”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangal perto do povoado de Nhagonzwene
na foz do rio costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico
identificado de acordo com IFC
M8
DELETED
DELETED
DELETED
M9
21°43’28.8”S
35°16’37.5”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangal perto do povoado de Nhagonzwene
na foz do rio costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico
identificado de acordo com IFC
M10
21°43’45.6”S
35°16’19.6”E
K
perto de Secção K
Unidades de Vegetação 3.4 e 2. Mangal ao longo da porção inferior do
rio costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico identificado de
acordo com IFC. Local na margem do macro-canal do rio onde foram
registados exemplares maduros de 7m de altura de Afzelia
quanzensis, marginalmente adequados para colheita para madeira.
M11a
21°43’42.5”S
35°16’18.2”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangal ao longo da porção inferior do rio
costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico identificado de acordo
com IFC. Local na margem do canal activo do rio.
M11b
21°43’43.3”S
35°16’13.4”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.4. Mangal ao longo da porção inferior do rio
costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico identificado de acordo
com IFC. Local na margem do canal activo do rio onde começa a zona
de transição entre mangais e terras húmidas de água doce.
M12
21°43’35.7”S
35°16’05.7”E
K
perto de Secção K
Unidades de Vegetação 3.2 e 3.4. perto dos limites a montante do
Mangal ao longo das porções inferiores do rio costeiro situado dentro
da área de Habitat Crítico identificado de acordo com IFC.
M13
21°44’42.0”S
35°15’06.5”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 2.1. Grande mancha de floresta costeira dentro
da área de Habitat Crítico identificado de acordo com IFC, perto do rio
costeiro.
M14a
21°43’53.6”S
35°15’31.2”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.2. Numa turfeira perto da confluência de dois
braços de um riacho costeiro dentro da área de Habitat Crítico
identificado de acordo com IFC.
M14b
21°43’53.4”S
35°15’30.9”E
K
perto de Secção K
Unidade de Vegetação 3.2. Numa turfeira perto da confluência de dois
braços de um riacho costeiro dentro da área de Habitat Crítico
identificado de acordo com IFC
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
2
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura A-1: Localização dos Locais de Monitorização (consultar a tabela acima)
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
3
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
ANEXO B
Lista preliminar de espécies de plantas indígenas e exóticas
invasivas registadas dentro da área de estudo
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
4
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Um total de 393 espécies de plantas, das quais 4 são espécies exóticas (indicados por um asterisco) que
invadem vegetação nativa não transformada ou secundária (ou seja, "as ervas daninhas ambientais”'sensu
Henderson, 2001), foram listadas no relatório de especialista sobre a situação de referência da
biodiversidade botânica (De Castro & Grobler, Abril de 2014). Um total de 389 espécies de plantas
indígenas foram, portanto, registadas na área de estudo durante o estudo de referência. Ervas daninhas
exóticas, ruderais e agrestais (restritas a áreas de perturbação humana grave, como terras cultivadas e
bermas de estrada) não foram incluídas na lista.
As seis espécies de plantas de interesse para conservação (www.iucnredlist.org, acessada em Março de
2014 e Izidine e Bandeira, 2002) incluídas na lista de espécies de plantas da situação de referência (De
Castro & Grobler, Abril de 2014) estão destacadas a vermelho. Quatro das espécies registadas durante o
levantamento de referência são endémicas de Moçambique, e três delas são também endémicas da
província de Inhambane. Durante a pesquisa de campo de Maio de 2014 foram registadas 19 espécies
adicionais, as quais são indígenas e nenhuma das quais é actualmente considerada como espécie
de interesse para conservação '(www.iucnredlist.org, acessada em Março 2014 e Izidine e Bandeira,
2002). Estas 19 espécies adicionais registadas durante o levantamento de Maio estão sombreadas a
cinza. Portanto, um total de 412 espécies de plantas, 408 das quais são espécies indígenas e 4 são
espécies exóticas (indicadas por um asterisco) que invadem vegetação nativa não transformada ou
secundária, foram até agora registadas na área de estudo a 47 419ha.
Os Locais e Secções listados para cada espécie são apenas exemplos e não incluem todos, excepto no
caso de espécies endémicas ou espécies de interesse para conservação. Números de local com o prefixo
"M" correspondem aos locais pesquisados em Maio. Secções dadas para cada espécie não implicam
necessariamente que a espécie foi registada diretamente junto ao alinhamento ou local do poço; em alguns
casos é fornecida a Secção mais próxima do alinhamento para o local onde a espécie foi registada (por
exemplo, no caso de locais ao longo da costa, que não são directamente afetados pelo alinhamento). Como
resultado do grande tamanho da área de estudo, limitações de tempo de campo, a falta de cobertura
abrangente sazonal (lista com base numa pesquisa de Fevereiro e uma breve pesquisa em Maio) e o facto
de que o trabalho de campo foi focado apenas em áreas directamente adjacentes, ou em estreita
proximidade com a infra-estrutura proposta, a lista de espécies fornecida não é abrangente. A lista de
espécies contem, no entanto a grande maioria das espécies comuns e características e fornece uma boa
indicação do tipo de flora encontrada na área de estudo.
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
ADC 1362
1
F
ADC 1359
1
F
ADC s.n.
41
D, E
ADC s.n.
1
E, F
53
I (km 1.2)
15
C
Fetos e semelhantes
(Lycopodiophyta and Pteridophyta)
LINDSAEACEAE
Lindsaea ensifolia
LYCOPODIOPHYTA
Lycopodiella caroliniana
POLYPODIACEAE
Microsorum scolopendria
THELYPTERIDACEAE
Cyclosorus interruptus
Monocotiledóneas
AGAVACEAE
*Agave sisalana
ALOACEAE
Aloe cf. cryptopoda
AMARYLLIDACEAE
Crinum stuhlmannii
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
5
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
ARACEAE
C
Gonatopus angustus
Gonatopus boivinii
C
Stylochiton cf. natalensis
3
Todas as
secções
Hyphaene coriacea
1
Todas as
secções
Phoenix reclinata
34, 27, 57
D, L
51
D, E, K
M1
A
ARECACEAE
ASPARAGACEAE
Asparagus cf. falcatus
Asparagus cf. plumosus
Asparagus sp. 2
[small, linear, densely clustered
cladophylls]
D
COLCHICAEAE
2
Gloriosa superba
A
COMMELINACEAE
Commelina sp.
ADC s.n.
22
D
1
F
Bulbostylis cf. hispidula
22
D
Cladium mariscus
1, 27, 32
F, D
Mariscus congestus
1, 32
F, D
Cyperus crassipes
58
I
1, 59, 60,
65
D, E, F, G, H, I,
J, K, L
Murdannia simplex
CYPERACAEAE
Cyperus natalensis
ADC 1385
D, F, G, H, I, J,
K
Cyperus obtusiflorus
Cyperus prolifer
1
F
Cyperus cf. sphaerospermus
31
D
Cyperus cf. tenax
41
E, F, J, K, L
Cyperus sp.
4
A
Eleocharis acutangula
Eleocharis dulcis
ADC 1386
32
D
32
D
Eleocharis variegata
ADC s.n.
M3
J
Fimbristylis bivalvis
ADC 1391
1
F
Fuirena umbellata
ADC 1387
27
D
22
D
Kyllinga alba
Pycreus nitidus
ADC s.n.
M3
J
Rhynchospora brownii
ADC 1367
1
D
Rhynchospora holoschoenoides
ADC 1390
1
F
Rhynchospora rubra subsp. africana
ADC 1366 &
1389
1, 52
F, K
Scleria catophylla
ADC s.n.
M2
J
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
6
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
Schoenoplectus scirpoides
Schoenus nigricans
ADC 1388
SITE NO.
SECÇÃO
M11
K
27, 52
D, K
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
DIOSCOREACEAE
Dioscorea cf. dregeana
ADC s.n.
A, B, C
DRACAENACEAE
Sansevieria concinna
ADC 1360
Sansevieria hyacinthoides
ADC s.n.
1
D, F, J, K
D, E
ERIOCAULACEAE
Eriocaulon sp.
1
F, J
FLAGELLARIACEAE
D
Flagellaria guineensis
IRIDACEAE
Gladiolus dalenii
15
C
26, 62a,
M2
D, K, J
JUNCACEAE
Juncus kraussii
ORCHIDACEAE
Ansellia africana
7
A
Eulophia angolensis
62b
-
Eulophia speciosa
28
D
Oeceoclades maculata
Near 16
C
Cf. Angraecopsis parviflora
21
Orchid sp. 1 (20cm ephiphyte)
B
E (km5.7)
POACEAE
Andropogon cf. appendiculatus
32
D
Andropogon eucomus
1, 32
D, F
Andropogon schirensis
ADC 1384
Andropogon cf. huillensis
29
D, E, F, I, J, K
1
F
Aristida sp.
12
B
Botriochloa insculpta
20
B
Botriochloa bladhii
Brachiaria arrecta
ADC 1378
32
D
32
D
B
Brachiaria brizantha
10
Brachiaria deflexa
E
*Cenchrus incertus
F
Chloris sp.
D
Chrysopogon serrulatus
ADC 1374
Craspedorhachis africana
27, 29, 32
D
1, 25
D, F
2
A, D
Cynodon dactylon
Dactyloctenium aegyptium
Dactyloctenium geminatum
D
Dactyloctenium giganteum
D
Digitaria diagnonalis
Digitaria milanjiana
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
ADC 1382
7
10
B
3
Todas as
Novo registo na costa de
Moçambique
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
secções
66
G (lago da
barreira
costeira)
Diplachne fusca
32
D
Echinochloa pyramidalis
32
D
Digitaria rukwae
ADC 1373
E
Eragrostis chapelieri
Eragrostis inamoena
25, 27
D
Eragrostis rigidior
20
B
Eragrostis superba
4
A, B
Heteropogon contortus
2, 4, 35
A, B, C, D
Hyparrhenia filipendula var. filipendula.
10
B
Hyperthelia dissoluta
ADC 1383
3
A, B, C, D
Imperata cylindrica
1
F
Ischaemum fasciculatum
1
F
Leersia hexandra
26
D
Melinis repens
2
A
Oplismenus cf. hirtellus
Panicum maximum
Panicum parvifolium
ADC 1376
2, 5
A, B, C
52
K
Panicum cf. repens
57, 66
G,L
Paspalum scrobiculatum
27
D
Perotis patens
6
A
D, E, I, J, K,
Phragmites australis
Pogonarthria squarrosa
Rottboellia cochinchinensis
4
A, B, D
Schizachyrium lopollense
ADC 1380
1
F
Schizachyrium sangineum
ADC 1381
26
D
D (Planície de
Inundação do
Rio Govuro)
Schoenfeldia transiens
Setaria cf. megaphylla
3
A
Sorghum bicolor
4
A
Sporobolus pyramidalis
3
A, B, D
58
I
Tricholaena monachne
ADC 1377
50
E, K
Trichopteryx dregeana
ADC 1375
52
K, I, J
Triraphis schinzii
59
J
Urochloa mosambicensis
2, 5
A, B, C, D
Vetiveria nigritana
32
D
34
D
27
D
Sporobolus virginicus
TACCACEAE
Tacca leotopetaloides
TYPHACEAE
Typha capensis
XYRIDACEAE
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
8
Novo registo em
Moçambique
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
Xyris sp.
ADC 1375
M2
J
Asystasia gangetica
12
B, F, J, I, K, L
Barleria sp.
50
K
Hygrophila cf. auriculata
26
D
6
A
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
Dicotyledons
ACANTHACEAE
AMARANTHACEAE
Kyphocarpha sp.
ANACARDIACEAE
Todas as
secções
*Anacardium occidentale
Lannea cf. discolor
A, B
Lannea schweinfurthii var. stuhlmannii
51
A, B, C, D, E, K,
I
Ozoroa obovata
1
Todas as
secções
Rhus cf. guenzii
14
B
Rhus natalensis
A, D
Sclerocarya birrea
12
Todas as
secções
ANNONACEAE
2
Annona senegalensis
A, B
Artabotrys brachypetalus
Todas as
secções
Cleistochlamys kirkii
A, B, C
Monanthotaxis caffra
7
A, C
Monodora junodii
7
A
A, B
Sphaerocoryne gracilis
Uvaria gracilipes
7
A, B
27
D
APIACEAE
Centella asiatica
APOCYNACEAE
Ancylobotrys kirkii
Todas as
secções
Callichilia orientalis
A, B
Carissa praterissima
2, 6, 7, 8,
9, 12, 13,
16, 56,
A, B, C, D, I
Carissa tetramera
M1
A
A, B
Landolphia petersiana
Sarcostemma viminale
22
D
Strophanthes cf. luteolus
12
A, B
Tabernaemontana elegans
5, 23
A, D
32
D
ARALIACEAE
Hydrocotyle bonariensis
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
9
Insuficiência de
Dados((Izidine &
Bandeira, 2002);
Endémica da Prov. de
Inhambane
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
21
B
22
D
31, 66
D, G
ASTERACEAE
Brachylaena discolor
Helichrysum kraussii
Helichrysopsis septenrionale
ADC 1394
Litogyne gariepina
[Epaltes alata]
D, E
Mikania cf. natalensis
2, M1
A
Nidorella sp.
27
D
D
Pluchea dioscorides
Vernonia colorata
2
A
58
I
45, 46, 51
E, K, IMS
AVICENNIACEAE
Avicennia marina
BALANITACEAE
Balanites maughamii
BIGNONIACEAE
Kigelia africana
4, 13
A, B, D
Markhamia zanzibarica
M1
A
Tecomaria capensis
M1
A, IPF
2, 54
A, B, I
Cordia goetzii
16
C
Ehretia amoena
2
A, B
Heliotropium sp.
4
A
BOMBACACEAE
Adansonia digitata
BORAGINACEAE
BURSERACEAE
Commiphora africana
A, B
Commiphora edulis
A, B
Commiphora schlechteri
D
CAPPARACEAE
14
Capparis erythrocarpos
B
Cladostemon kirkii
Maerua angolensis
B
Maerua kirkii
A, B
Maerua cf. triphylla
14, 51
Thilachium africanum
A, B, K
CELASTRACEAE
Elaeodendron transvaalense
ADC s.n.
56
E, L, IMS
Gymnosporia mossambicensis
ADC s.n.
M1
A
Gymnosporia senegalensis
B, D, E
Hippocratea cf. pallens
B
Hippocratea sp.
9
A
Salacia leptoclada
56
I
26
D, F
CHRYSOBALANACEAE
Parinari curatellifolia
CLUSIACEAE
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
10
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
Cf. Porospermum sp.
48, 55
L
Garcinia livingstonei
1
F
6, 14
A, B
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
COMBRETACEAE
Combretum apiculatum
Combretum cf. bracteosum
13
B
3
A, B, IPF
Combretum imberbe
5, 12
A, B, C
Combretum molle
4
Combretum hereroense
ADC s.n.
A, B
D
Combretum microphyllum
Combretum cf. pisoniiflorum
D (E do Govuro)
Lumnitzera racemosa
58
I
Pteleopsis myrtifolia
6
A
Terminalia sericea
36
B, IPF
22
D
M3
J
58
I
M1
A
19
B
CONVOLVULACEAE
Convolvulus cf. sagittatus
Cuscuta campestris
ADC s.n.
Ipomoea pes-caprae
Paralepistemon shirensis
ADC s.n.
Seddera suffruticosa var. suffruticosa
CUCURBITACEAE
C
Citrullus lanatus
DROSERACEAE
Drosera sp.
1
F
Diospyros loureiriana
[D. usumbarensis subsp.
usumbarensis]
3
A, B, C
Diospyros mespiliformis
3
A, B, C
22
D (E do
Govuro), J, I, K
55, 58
IMS, E, I, K
EBENACEAE
Diospyros natalensis
Diospyros rotundifolia
ADC s.n.
2
Euclea divinorum
A
Todas as
secções
Euclea natalensis
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum emarginatum
ADC s.n.
20
B
EUPHORBIACEAE
Alchornea laxiflora
7
A
Antidesma venosum
4
A, B
Bridelia cathartica
50, 54, 59
K, I, J
12
Cleisanthus schlechteri
Croton cf. gratissimus
ADC s.n.
Croton inhambanensis
ADC s.n. & ADC
s.n.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
B, C
C
7, M1
11
A
Vulnerável D2
(Izidine & Bandeira,
2002);
Endémica da Prov. de
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
SITE NO.
SECÇÃO
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
Inhambane
21
B, C
Drypetes natalensis
2
A, B
Flueggea virosa
[Securinega virosa]
15
C
Croton madandensis
ADC s.n.
Dalechampia sp.
2
A, C
Margaritaria discoidea
5
A
Phyllanthus reticulatus
4
A
Pseudolachnostylis maprouneifolia
1
F
Sclerocroton integerrinum
[Sapium integerrinum]
5, 54
A, I
Spirostachys africana
2, 4, 14, 15
Hymenocardia ulmoides
ADC s.n.
A, B, C
Todas as
secções
Suregada zanzibariensis
FABACEAE
CAESALPINIOIDEAE
Afzelia quanzensis
2, 9, 12
A, B
Brachystegia spiciformis
43, 64
C, D, E, F, G, H,
I, J. K, L
Brachystegia torrei
56
I
Cassia afrofistula
3, 4
A, B, C, D
-
Caesalpinia bonduc
Caesalpinia sp.
ADC s.n.
Chamaecrista biensis
ADC s.n.
21
B
A, B
Chamaecrista mimosoides
4, 20, 57
A, B, C, D, K, I
Chamaecrista paralias
ADC 1361
1, 38, 39,
40, 41, 42,
43, 48, 61,
63, 64, 65,
66, 68
D (Este do
Govuro), E, F,
G, H, I, J, K,
L (km 1.8)
Dialium schlechteri
ADC s.n.
A
59, 60, 61
J
Julbernardia globiflora
42
D, E, F, G, H, I,
J, K, L
Piliostigma thonningii
3
A, B, C
2, 16
A, B, C
Erythrophleum lasianthum
Senna petersiana
Tamarindus indica
Tylosemma fassoglense
ADC s.n.
B
MIMOSOIDEAE
Acacia grandicornuta
Acacia kraussiana
ADC s.n.
2, 4
A, B, C.
6, 40
A, E, IPF
Acacia cf. natalitia
58
I
Acacia nigrescens
12
B
B
Acacia nilotica
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
Menor risco - quase
ameaçada (Izidine &
Bandeira, 2002)
12
Endémica da Prov. de
to Inhambane
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
VOUCHER NO.
Acacia robusta subsp. clavigera
SITE NO.
SECÇÃO
6, 32
A, D
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
Acacia senegal var. rostrata
Albizia adianthifolia
22, 37
D, E
Albizia forbesii
2, 9
A
Albizia versicolor
3, 6, 32
Todas as
secções
Todas as
secções
Dichrostachys cinerea
Elephantorrhiza goetzii subsp. goetzii
68
F
Mimosa pigra
27
D
Xylia mendoncae
23, 26, 44,
45, 46, 47
D, E
2, 7, 8
Todas as
secções
Insuficiência de Dados
(Lista Vermelha da
UICN);
Vulnerável D2 (Izidine &
Bandeira, 2002);
Endémica da Prov. de
Inhambane
PAPILIONOIDEAE
Abrus precatorius
Alysicarpus cf. ovalifolius
3
A
Baphia massaiensis
ADC s.n.
M1
A
Bolusanthus speciosus
9, 12
A, B
Canavalia maritima
58
I
Cordyla africana
12
B, C
Craibia zimmermannii
57
I
Crotalaria monteiroi
D, F, G, H, I, K
Crotalaria sp.
[50cm, corky bark]
D, L
Dalbergia melanoxylon
Dalbergia cf. nitidula
Dialium schlechterii
12, 13, 19,
20
B
6
A
ADC s.n.
C
Erythrina humeana
22, 23
A, B, D
4
A
Milletia stuhlmannii
5, 28, 54
A, D, I
Philenoptera violacea
[Lonchocarpus capassa]
12
B, D
Rhynchosia sp.
2
A
Indigofera podophylla
Indigofera sp.
ADC s.n.
D
Sesbania sesban
Sophora inhambanensis
ADC s.n.
58
Sophora tomentosa
ADC s.n.
58
I
Tephrosia sp. 1
2
A
Tephrosia sp. 2
[perennial herb]
4
A
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
13
I
Menor risco - quase
ameaçada
(Lista Vermelha da
UICN)
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
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SITE NO.
Vigna cf. reticulata
ADC s.n.
4
A
Vigna sp.
ADC s.n.
37
E
12
B
Xeroderris stuhlmannii
SECÇÃO
FLACOURTIACEAE
58
Dovyalis longispina
Flacourtia indica
ADC s.n.
I
D, IPF
Xylotheca kraussiana
9
B
52
F, I, J, K
52, M2
F, I, J, K
58
I
34, 35
D, F, I, J
GENTIANACEAE
Swertia cf. lastii
Neurotheca congolana
ADC s.n.
GOODENIACEAE
Scaevola plumieri
HALORAGACEAE
Laurembergia tetrandra
ICACINACEAE
A
Pyrenacantha kaurabassana
KIRKIACEAE
Kirkia acuminata
LAMIACEAE
Hoslundia opposita
7
A, B
Leonotis sp.
32
D
Ocimum americanum var. americanum
B
Vitex buchananii
ADC s.n.
20
B
Vitex doniana
ADC s.n.
32
D
Vitex ferruginea
ADC s.n.
2, 3, 7
A, B, C
3
A, B, C, D
Vitex payos
LENTIBULARIACEAE
Utricularia scandens subsp. scandens
ADC 1393
1
F
Utricularia firmula
ADC 1392
1, M2
K
2
A, B, C, H, I, K
23
D
18
B
LINACEAE
Hugonia orientalis
LORANTHACEAE
Erianthemum dregei
ADC s.n.
Tapinanthus dependens
ADC s.n.
Tapinanthus forbesii
ADC s.n.
LYTHRACEAE
Galpinia transvaalica
ADC s.n.
MALVACEAE
B
Azanza garckeana
Hibiscus tiliaceus
58 (perto
do local)
I
Pavonia sp.
5
A
1
F
MELASTOMATACEAE
Antherotoma phaeotricha
MELIACEAE
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
14
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
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SECÇÃO
Trichelia emetica
28, 32
D
Turraea nilotica
12
A, B, C
Xylocarpus granatum
58
I (mangal)
1
A, B, F
26, 27, 32
D
M2
J
MENISPERMACEAE
Cissampleos torulosa
MENYANTHACEAE
Nymphoides forbesiana
Nymphoides thunbergiana
ADC s.n.
MOLLUGINACEAE
B
Hypertelis bowkeriana
MORACEAE
B (km10.9)
Ficus bussei
32, 34
Ficus exasperata
Ficus stuhlmannii
Ficus trichopoda
ADC s.n.
Maclura africana
[Cardiogyne africana]
D
4
A, B, C, D
60
J
6
A
MYRTACEAE
Eugenia capensis
ADC s.n.
Syzigium guineense subsp. guineense
ADC s.n.
D, E, F, G, H, I,
J, K, L, IMS
Syzigium cordatum
1, 25
D, F
1, 25
D, F
1, 52
F, K
MYRSINACEAE
Myrsine serrata
ADC s.n.
NYMPHAEACEAE
Nymphaea nouchali var. zanzibariensis
D
OCHNACEAE
Ochna cf. barbosae
A, B
OLACACEAE
Olax dissitiflora
Todas as
secções
Ximenia caffra
D, J
OLEACEAE
IPF
Jasminum fluminense
OROBANCHACEAE
Cycnium tubulosum var. tubulosum
J
Striga sp.
B
PASSIFLORACEAE
Adenia digitata
9
B
Adenia gummifera
9
B
Dicerocaryum senecioides
22
D, E, F, G, H, I,
J, K, L
Sesamum alatum
22
D
PEDALIACEAE
PLUMBIGNACEAE
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
15
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
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SECÇÃO
23
D
Polygala sp.
23
D
(higrófita,
Planície de
Inundação do
Rio Govuro)
Polygala capillaris subsp. capillaris
M2
J
Securidaca longipedunculata
12
B
22
D
Plumbago zeylanica
POLYGALACEAE
POLYGONACEAE
Oxygonum delagoense
Persicaria sp.
D
PTAEROXYLACEAE
M1
A
16
C
Scutia myrtina
51
E, I, K
Ziziphus mucronata
9
A, B
Ceriops tagal
58
I
Bruguiera gymnorrhiza
58
I
Rhizophora mucronata
58
I
15
C, D, E, F, G, H,
I, J, K, L
Ptaeroxylon obliquum
RHAMNACEAE
Berchemia discolor
Rhamnus cf. stado
RHIZOPHORACEAE
RUBIACEAE
Agathisanthemum bojeri
Canthium setiflorum subsp. setiflorum
21
B
Catunaregam obovata
ADC s.n.
55
I, K
Catunaregam taylorii
ADC s.n.
9
B
D, E, F, G, H, I,
J, K, L
Coddia rudis
Tarenna junodii
55
I
Coptosperma littorale
[Tarenna littoralis]
55, 56
I
16
C
Coptosperma supra-axillare
[Tarenna supra-axillaris]
ADC s.n.
B
Crossopteryx febrifuga
A, B
Gardenia ternifolia
7
Heinsia crinita
Hyperacanthus cf. microphyllus
A
Kohautia sp.
4
ADC s.n.
55
I
ADC s.n.
M14b
K
B
Lagynias dryadum
Oldenlandia cephalotes
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
A
A
Kraussia floribunda
Leptactina delagoensis
A
B
Hyperacanthus amoenus
16
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
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SITE NO.
Oldenlandia sp.
50
Oxyanthus latifolius
ADC s.n.
Pavetta gracillima
ADC s.n.
SECÇÃO
D
D, K, I, J
Pentas sp.
7
A
8
A
D
Pentodon pentandrus
Psychotria pumila
ADC s.n.
50
D, I, J, K
Pyrostria bibracteata
ADC s.n.
9
B
58
I
Tricalysia sonderiana
B
Vangueria madagascariensis
RUTACEAE
Teclea myrei
16, 21
B, C
Vepris carringtoniana
[Teclea pillosa]
55
I
Zanthoxylum cf. leprieurii
M1
A
SALVADORACEAE
Azima tetracantha
B
Salvadora persica
B
SAPINDACEAE
Deinbollia xanthocarpa
2
A
Lecaniodiscus fraxinifolius
7, 50
A, K
Pappea capensis
3
A, B, C
Inhambanella henriquesii
26
D
Manilkara concolor
56
I
Manilkara mochisia
21
B
Mimusops caffra
58
SAPOTACEAE
I
Mimusops obtusifolia
D, E, F, G, I, J,
K, L
Sideroxylon inerme
Todas as
secções
SONNERATIACEAE
58
(perto do
local), M4
I, K
Hermannia sp.
50
K
Heritiera littoralis
58
(perto do
local)
I
Melhania cf. forbesii
2
A
Sterculia rogersii
9, 15
B, C
Waltheria indica
39
E, F, G
Sonneratia alba
ADC s.n.
STERCULIACEAE
STRYCHNACEAE
B
Strychnos henningsii
2, 42
Strychnos madagascariensis
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
17
Todas as
Insuficiência de
Dados(Izidine &
Bandeira, 2002)
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
FAMÍLIA E ESPÉCIE
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SECÇÃO
secções
2
Strychnos potatorum
Strychnos spinosa
Strychnos xantha
A
A, B, C, D, E, F,
H, I
ADC s.n.
2
D
THYMELAEACEAE
Todas as
secções
Synaptolepis kirkii
TILIACEAE
Grewia bicolor
15
C
Grewia gracillima
2
A
Grewia inaequilatera
14
B
B
Grewia occidentalis
Grewia sulcata
5
A, B
Triumfetta sp.
2
A, B
Chascanum sp.
18
B
*Lantana camara
16
VERBENACEAE
A, B, D, IPF
A, B
Lantana rugosa
Lippia javanica
4
A, B, C
*Phyla nodiflora
35
D
VITACEAE
Cissus cornifolia
3
A, B, C
Cissus quadrangularis
6
A
2, 5
A
Cissus rotundifolia
Clerodendrum glabrum
Cyphostemma sp.
20
B
Rhoicissus revoilii
3
A, B, C, D, I, J
Rhoicissus tomentosa
7
A
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
ADC s.n.
18
ENDEMICIDADE E
ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
ANEXO C
Fotografias dos locais alvo do estudo
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
19
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 1: Brenhas baixas no Local 1.
Figura 2: Turfa num rio costeiro no Local 2.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
20
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 3: Turfa num rio costeiro no Local 3.
Figura 4: Comunidade de mangal na praia no Local 4 na foz do rio costeiro dentro do Habitat Crítico identificado.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
21
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 5: Mangais ao longo do canal na foz do rio costeiro no Local 5 dentro do Habitat Crítico.
Figura 6: Local 6. Comunidade de mangal em brenhas baixas na foz do rio costeiro dentro do Habitat Crítico.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
22
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 7: Comunidade de Mangal no Local 7 na foz do Rio Costeiro dentro do Habitat Crítico
Figura 8: Comunidade de Mangal no Local 9 perto da foz do Rio Costeiro dentro do Habitat Crítico.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
23
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 9: Afzelia quanzensis na margem de um macro-canal da porção inferior do rio costeiro com comunidade de
Mangais. Local 10.
Figura 10: Mangal longo das porções inferiores do rio costeiro situado no Habitat Crítico identificado. Local 11a.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
24
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 11: Mangal longo das porções inferiores do rio costeiro situado no Habitat Crítico identificado. Local 11a.
Figura 12: zona de transição entre Mangal e pântano de água doce de turfeiras ao longo das porções inferiores do rio
costeiro situado no Habitat Crítico identificado, Local 11b. Juncos emergent es - Schoenoplectus scirpoides
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
25
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura13: ‘Floresta Costeira’ no Local 13, dentro do Habitat Crítico identificado.
Figura 14: Turfeira num riacho costeiro situado dentro da área de Habitat Crítico no Local 14.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
26
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
ANEXO 4
Dados e fotografias das amostras de turfa
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
27
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Tabela 1: Percentagens de Carbono Orgânico do Solo (SOC) baseadas no método de Walkley-Black
(Walkley & Black 1934) para pontos de amostragem seleccionados, situados em terras húmidas
identificadas e suspeitas; os valores de matéria orgânica do solo (SOM) foram calculadas por meio da
utilização do factor convencional de Van Bemmelen de 1.724, bem como um factor actualizado de 2
conforme recomendado por Prybil (2010). Amostras registadas com mais de 30% (massa seca) de SOM
mortos são consideradas como turfa de acordo com Joosten & Clark (2002).
Local
no.
Coordenadas
2
3
Secção da
Linha de
Fluxo
Carbono Orgânico
do Solo (SOC) %
(Método de
Walkley-Black)
18.50
20.89
Matéria Orgânica
do Solo (SOM) %
- Factor de
conversão de
1.724
Matéria Orgânica
do Solo (SOM) %
- Factor de
conversão de 2
31.89
36.01
37
41.78
Figura 1: Amostra de turfa retirada uma profundidade de 2m numa turfeira num Rio Costeiro no Local 3.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
28
BIODIVERSIDADE BOTÂNICA E HABITATS (ADENDA)
Figura 2: Amostra de turfa retirada uma profundidade de 2m na turfeira no Rio Costeiro situado no local de Habitat
Crítico Identificado da IFC no Local 14b.
July 2014
Report No. 1302793 - 10712 - 9
29
Golder Associados Moçambique Limitada
Avenida Patrice Lumumba Nº 577
Maputo City
Moçambique
T: [+258] (21) 301 292