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MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE MANUAL Brasília, DF 25 a 28 de julho de 2004 1 © 2004 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,desde que citada a fonte. Série D. Reuniões e Conferências Tiragem: 1a edição – 2004 – 400 exemplares Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Conselho Nacional de Saúde Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Anexo, ala B, 1.º andar, sala 109 B CEP: 70058-900, Brasília – DF Tels.:(61) 315 2151 / 315 2560 / 315 2150 Faxes:(61) 315 2414 / 315 2472 E-mail:[email protected] Home page: http://www.conselho.saude.gov.br Organizadores: Comissão Organizadora da 2a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Projeto gráfico e capa: João Del Negro Revisão: Pablo de Oliveira Vieira Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (2. : 2004 : Brasília,DF) 2.ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Brasília,25 a 28 de julho de 2004 / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 164 p.:il.– (Série D. Reuniões e Conferências) ISBN 85-334-0796-3 1. Política de saúde. 2. Pesquisa. 3. Tecnologia em saúde I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. III.Título. IV. Série. NLM W 82 Catalogação na fonte – Editora MS 2 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE SUMÁRIO 1. Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2. Programação preliminar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 3. Documento Base para a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 3.2 Situação Atual de Ciência e Tecnologia no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 3.2.1 Histórico do Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no Brasil,a partir da Década de 50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 3.2.2 Formação de Recursos Humanos em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . .20 3.2.3 Complexo Produtivo em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 3.2.4 Fomento a Pesquisa em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 3.3 Princípios da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . .24 3.4 Eixos Condutores da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 3.5 Estratégias da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . .27 3.5.1 Sustentação e Fortalecimento do Esforço Nacional em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27 3.5.2 Criação do Sistema Nacional de Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27 3.5.3 Construção da Agenda de Prioridades para Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 3.5.4 Superação das Desigualdades Regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 3.5.5 Aprimoramento da Capacidade Regulatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 3.5.6 Difusão dos Avanços Científicos e Tecnológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 3.5.7 Formação e Capacitação de Recursos Humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 3.6 Modelo de Gestão da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 4. Portaria Interministerial nº 453 - Convocação da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 5. Regimento – 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . .45 6. Proposta de Regulamento - 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 7. Comissão Organizadora, Comissão Executiva, Coordenação de Relatoria e Comissões Especiais da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde . . . . . . . . .71 Anexo: Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81 3 4 1.Apresentação 5 6 I N T RO D U Ç Ã O Passados dez anos da realização da 1a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, na qual foi proposta uma agenda ampla e em muitos aspectos ainda atual sobre desenvolvimento científico e tecnológico para o setor saúde, os Ministérios da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia, o Conselho Nacional de Saúde e a plenária da 12ª Conferência Nacional de Saúde deliberaram pela realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (2ª CNCTIS). Nesse ínterim, foram registrados avanços no campo da pesquisa e desenvolvimento (P&D) em saúde no País, entretanto, ainda há muito o que se fazer. A proposta de realização da 2ª CNCTIS foi motivada pela necessidade de reorientar os rumos da Política Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde (PNCTI/S), no sentido de reforçar o papel do Ministério da Saúde em sua construção e condução. Além disso, dentre as recomendações da 12ª CNS destaca-se a necessidade de se aprofundar as propostas e discussões desencadeadas naquela conferência sobre o eixo de ciência e tecnologia em saúde. A 2ª CNCTIS é convocada pelos setores de saúde, de ciência e tecnologia e de educação, tendo em vista a necessidade de se aprofundar os mecanismos de cooperação e coordenação intragovernamental nesse campo. A parceria entre estes é fundamental para o aumento da eficiência das ações de ciência, tecnologia e inovação em saúde.A ênfase no caráter intersetorial da 2ª CNCTIS deve-se também ao reconhecimento por parte do setor saúde da experiência e credibilidade acumulada pelos dois outros setores nas atividades de fomento à pesquisa no País. As discussões da 2ª CNCTIS, em sua etapa municipal, estadual e nacional, serão orientadas por dois eixos temáticos: 1) Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; e 2) Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Para subsidiar o debate, apresenta-se nesta publicação o Documento Base da Conferência e a Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. O Documento Base representa a síntese atual das discussões realizadas no Ministério da Saúde, na Comissão Intersetorial de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Saúde (CICT/CNS) e na comunidade científica e tecnológica. Este documento identifica lacunas e desafios a ser enfrentados e propõe diretrizes no sentido de fomentar o avanço do conhecimento científico no setor saúde; de orientar o desenvolvimento tecnológico e de inovação da indústria de equipamentos, medicamentos, imunobiológicos e outros insumos básicos à saúde; e de promover maior convergência entre a PNCTI/S e as necessidades de saúde da população brasileira. Esta publicação apresenta ainda a Portaria Interministerial nº 453, de 17 de março de 2004, de convocação, o Regimento Interno e o Regulamento da 2ª 7 CNCTIS, a programação preliminar da etapa nacional e a composição das Comissões Organizadora, Executiva e Especiais. É importante ressaltar que cada conferência municipal tem caráter deliberativo no âmbito da política local e, ao mesmo tempo, deve contribuir para a formulação das políticas estaduais e nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Isso deve estar refletido na forma em que as propostas serão levadas à etapa nacional. O compromisso político do Ministério da Saúde é acatar as orientações que expressem a vontade e o desejo da maioria dos delegados, descritas no Relatório Final. Estas orientações definirão as políticas e as prioridades neste campo nos próximos anos. A 2ª CNCTIS deverá ser um foro privilegiado para a discussão das ações de P&D em saúde no Brasil, na perspectiva de construção dos marcos norteadores de um novo momento para a ciência, tecnologia e inovação em saúde, consoante com o tema central desta conferência: Produzir e aplicar conhecimento na busca da universalidade e eqüidade, com qualidade da assistência à saúde da população. A COMISSÃO ORGANIZADORA 8 2.Programação Preliminar 9 10 P RO G RAMAÇÃO PRELIMINAR Domingo - 25/7 Manhã Segunda-Feira - 26/7 Terça-Feira - 27/7 Quarta-Feira -28/7 Painel sobre o Eixo Plenária Plenária Final Temático: Temática 9h às 12h A Política Nacional de 9h às 12h Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 9h às 13h Tarde Almoço Almoço Almoço 13h às 15h 12h às 14h 12h às 14h Painel sobre o Eixo Plenária Plenária Final Temático: Temática 14h às 19h A Agenda Nacional 14h às 18h de Prioridades de Pesquisa em Saúde 15h às 19h Lanche Noite Jantar Jantar Jantar 19h às 21h 18h30 às 20h 19h às 20h30 Abertura da 2ª Confraternização Conferência 21h Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 18h Aprovação do Regulamento da 2ª CNCTIS 20h 11 12 3. Documento Base para a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 13 D O C U M E N TO BA S E L I S TA DE SIGLA S BIREME C&T CAPES CEP CNCTIS CNPq CNS CONEP CT&I/S EMBRAER EMBRAPA FAPESP FINEP GATT ITA MCT MEC OMS P&D PASNI PIBIC PNCT/S PNCT&I PNCTI/S SUS Biblioteca Virtual do Centro Latino-Americano e do Caribe de Ciências da Saúde Ciência e Tecnologia Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Comitê de Ética em Pesquisa Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Conselho Nacional de Saúde Comissão Nacional de Ética em Pesquisa Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Empresa Brasileira de Aeronáutica Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Financiadora de Estudos e Projetos Acordo Geral de Comércio e Tarifas Instituto Tecnológico da Aeronáutica Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Educação Organização Mundial da Saúde Pesquisa e Desenvolvimento Programa de Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Política Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Sistema Único de Saúde 14 D O C U M E N TO BA S E 3.1 INTRO D U Ç Ã O “A elaboração da Política Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde (PNC&T/S) – vista como um dos componentes da Política Nacional de Saúde – exigirá uma interação estreita entre o Sistema Único de Saúde, os componentes de C&T e a política de formação de recursos humanos em saúde (....) A orientação lógica dessa política deve estar fortemente marcada por um claro compromisso ético e social de melhoria – a curto, médio e longo prazo – das condições de saúde da população brasileira,considerando particularmente as diferenciações regionais e buscando a eqüidade.” (documento final da 1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, Brasília,1994.) 1. A Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTI/S), de acordo com as recomendações da 1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, é parte integrante da Política Nacional de Saúde, formulada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O art. 200, inciso V, da Constituição Federal estabelece as competências do SUS e entre elas inclui o incremento do desenvolvimento científico e tecnológico em sua área de atuação. 2. O SUS pauta-se por três princípios constitucionais: universalidade, integralidade e eqüidade. Todos eles se aplicam também à PNCTI/S. Do ponto de vista da ciência e da tecnologia, a aplicação desses princípios deve corresponder ao compromisso político e ético com a produção e apropriação de conhecimentos e tecnologias que co nt ribuam para redução das desigualdades sociais em saúde. 3. A produção de conhecimentos científicos e tecnológicos reveste-se de características que são diferentes daquelas da produção de serviços e ações de saúde. Por este motivo, os princípios organizacionais que regem o SUS – municipalização, regionalização e hierarquização – nem sempre poderão ser adotados mecanicamente no desenho do sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CT&I/S). 4. A PNCTI/S é também um componente da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PNCT&I) e, como tal, subordina-se aos mesmos princípios que a regem,a saber, o mérito técnico-científico e a relevância social. 15 D O C U M E N TO BA S E 5. O objetivo maior da PNCTI/S, assim como da PNCT&I, é contribuir para que o desenvolvimento nacional se faça de modo sustentável e com apoio na produção de conhecimentos técnicos e científicos ajustados às necessidades econômicas, sociais, culturais e políticas do País. 6. Para os objetivos deste documento, a orientação adotada para delimitar o campo da pesquisa em saúde foi a sua finalidade, ou seja, compõem o campo da pesquisa em saúde os conhecimentos, tecnologias e inovações de cuja aplicação resultem melhorias na saúde da população. 7. Parcela significativa dos levantamentos de dados sobre o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil adota a regra de só considerar como pesquisa em saúde a soma das atividades de pesquisa clínica, biomédica e de saúde pública. Essa forma tradicional de conceituar pesquisa em saúde, baseada em áreas do conhecimento e não em setores de aplicação, deixa de lado pesquisas realizadas nas áreas associadas às ciências humanas, sociais aplicadas, exatas e da terra, agrárias e engenharias. Além disso, essa abordagem inclui pesquisas cujas áreas de conhecimento são as ciências biológicas, as quais, nem sempre, dizem respeito diretamente à saúde humana. 8. Uma PNCTI/S, voltada para as necessidades de saúde da população, terá como objetivos principais desenvolver e otimizar os processos de produção e absorção de conhecimento científico e tecnológico pelos sistemas, serviços e instituições de saúde, centros de formação de recursos humanos, empresas do setor produtivo e demais segmentos da sociedade. Assim, a PNCTI/S deve ser vista também como um componente da política industrial, de educação e demais políticas sociais (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 9. Outra questão a ser considerada na PNCTI/S é a utilização da pesquisa científica e tecnológica como importante subsídio para a elaboração de instrumentos regulatórios pelo Estado. Pelas suas competências legais e poder de compra, cabe ao Estado a produção de leis e normas que, apoiadas em conhecimentos, permitam garantir, de forma ampliada, a adequada promoção, proteção e recuperação da saúde dos cidadãos. 3 . 2 . S I T UAÇÃO AT UAL DE CIÊNCIA E T E C N O LOGIA NO BRA S I L 3.2.1. Histórico do Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no Brasil, a partir da Década de 50 10. A partir do início da década de 50, e em particular nos três decênios seguintes, o Brasil, em comparação com outros países de industrialização recente, 16 D O C U M E N TO BA S E 11. 12. 13. 14. construiu um expressivo parque de pesquisa. O modo como ele se construiu acompanhou, em vários aspectos, o modelo de industrialização em sua etapa de substituição de importações. Algumas das características básicas da pesquisa e desenvolvimento (P&D) naquele momento – horizontalidade e pouca seletividade – estavam vinculadas ao modelo então predominante na produção científica, que buscava, prioritariamente, criar uma massa crítica de recursos humanos qualificados. A imaturidade do componente tecnológico devia-se em grande parte também ao modelo de industrialização, que não estimulava o desenvolvimento e a capacitação científica, tecnológica e de inovação. Entretanto, o predomínio do modelo nacional-desenvolvimentista gerou a necessidade de buscar alguma articulação entre a produção técnico-científica e a produção agrícola e industrial. São exemplos dessa articulação para o desenvolvimento tecnológico a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e dos departamentos de P&D de empresas estatais, como a Petrobras, bem como a articulação entre o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e a Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER). No campo dos mecanismos de fomento, devem ser lembrados o Fundo de Tecnologia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (FUNTEC/BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), esta existente até hoje. Porém,praticamente não se verificou extensão deste modelo para o campo das políticas sociais, a não ser em raras exceções como o Programa de Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos (PASNI). A organização do parque científico e tecnológico, além de submeter-se mais diretamente à política econômica, sofre a influência da concepção de desenvolvimento científico e tecnológico dominante em cada momento. Até recentemente, a concepção predominante pressupunha que o processo de inovação seria conseqüência natural de um acúmulo contínuo de conhecimentos, que se inicia com a pesquisa básica e, necessariamente, ao final de um percurso linear de acréscimos sucessivos, culminava na produção de uma inovação tecnológica. Hoje essa concepção linear está sendo questionada. Da mesma forma, a idéia da existência de fronteiras rígidas e tensões estruturais entre pesquisa básica e pesquisa aplicada vem sendo objeto de intenso debate e crítica. A PNCTI/S deve considerar todos os tipos de pesquisas, da pesquisa básica até a operacional. É necessário também inserir nesta política uma visão ampliada dos campos de saber científico e tecnológico aplicados à saúde, como, por exemplo, pesquisas em epidemiologia, serviços de saúde, clínica, demografia, ciências sociais, 17 D O C U M E N TO BA S E 15. 16. 17. 18. engenharias, ciências agrárias, entre outras. Tal ampliação permite incluir outras tipologias de pesquisa, como as que fazem referência ao contexto de sua realização, como a pesquisa operacional voltada para a solução de problemas na implantação de programas de provisão de bens, serviços e ações de saúde. Desde a década de 80, vem se fortalecendo a articulação entre países em torno da idéia de que a pesquisa em saúde é uma ferramenta importante para a melhoria da situação de saúde das populações, bem como para a tomada de decisões na definição de políticas e no planejamento em saúde. Isso tem contribuído para a melhoria das ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde e a diminuição das desigualdades sociais. Organizações internacionais na área de saúde, com destaque para a Organização Mundial da Saúde (OMS), vêm desempenhando papel importante nesse movimento, no qual o Brasil deve buscar maior participação. Apesar de ocupar posição ainda modesta no panorama internacional da produção científica, o Brasil conseguiu construir uma tradição que se caracteriza pela capacidade de: a) gerar internamente a imensa maioria dos recursos financeiros utilizados para o funcionamento da capacidade instalada de pesquisa; b) formar a quase totalidade dos recursos humanos para a pesquisa, de técnicos a doutores, dentro de suas fronteiras. Esses dois fatos distanciam claramente o País do panorama de pesquisa em saúde existente na maioria dos países em desenvolvimento. No Brasil, como ocorre em vários países, o setor saúde também representa o maior componente de toda a produção científica e tecnológica. Quanto à sua distribuição no território, a produção científica em saúde está mais concentrada na região Sudeste. Quanto aos pesquisadores do setor, sua qualificação é similar à encontrada no conjunto das atividades de pesquisa, possuindo a maioria deles o grau de doutor. Dos 10.938 doutores que atuam em diversas áreas de conhecimento relacionadas ao setor, 53,8% pertencem à grande área da saúde. Os dados do Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) mostram que os grupos que realizam pesquisas em saúde apresentam volume apreciável de produção, de caráter predominantemente bibliográfico-acadêmico. Para cada dez trabalhos publicados encontra-se uma pesquisa de natureza técnica que resultou em algum tipo de registro. Não existe suporte adequado para as atividades de proteção à propriedade intelectual e de reconhecimento de patentes. A pequena tradição de indução no fomento às ações de CT&I e a baixa capacidade de transferência de conhecimentos gerados nas universidades 18 D O C U M E N TO BA S E para os setores da indústria e de serviços também são aspectos relacionados à predominância de produção de tipo bibliográfico. 19. As atividades de CT&I estão relativamente concentradas em instituições universitárias e em algumas instituições de pesquisa com missão específica. O desenvolvimento dessas atividades nas empresas privadas do setor produtivo é incipiente ainda que existam esforços para incrementá-las. 20. 21. 22. 23. 24. 3.2.2. Formação de Recursos Humanos em Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde Entre os fatos mais promissores ocorridos no panorama da formação de recursos humanos para a pesquisa no País, na última década, destacam-se a implantação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e a desce nt ralização geográfica dos programas de doutorado. Esta descentralização, se for acompanhada de fluxo sustentado de recursos para a região Nordeste, Norte e Centro-Oeste, como está previsto na operação dos fundos setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT ), poderá contribuir para a correção de uma das sérias distorções na distribuição de recursos humanos em pesquisa, que é sua intensa concentração geográfica. Ainda há carências importantes no que se refere ao desenvolvimento tecnológico no Brasil, sobretudo as relacionadas com a escassez de centros de excelência, profissionais e instituições capacitados para a gestão de processos de inovação que se ajustem às exigências de qualidade e segurança dos órgãos reguladores. O setor de pesquisa em saúde em geral não difere dos outros setores quanto à distribuição dos recursos humanos, porém apresenta alguns componentes mais concentrados que a média,como a pesquisa médica e odontológica em São Paulo, e outros menos concentrados, como a saúde coletiva, em que a presença da região Nordeste situa-se acima da média da participação desta região para todas as áreas do conhecimento. Apesar de algumas iniciativas de fixação de doutores em universidades, ocorreu, na década de 90, intenso contingenciamento de postos de trabalho, que se mantiveram vagos, em universidades e institutos de pesquisa. Este fato, de um lado, impediu a reposição de quadros qualificados e, do outro, levou ao surgimento de uma população de docentes, denominados substitutos, com pouca ou nenhuma formação para a pesquisa e com relação de trabalho bastante precária com a instituição. Observa-se número insuficiente de bolsas concedidas pelas agências de fomento para formação e fixação institucional de novos pesquisadores, em particular para alunos de mestrado. Se persistir a tendência à diminuição do número de bolsas, poderá haver um impacto negativo na oferta de jovens 19 D O C U M E N TO BA S E pesquisadores. Há de se destacar ainda a carência de profissionais especializados em áreas importantes, tais como: pesquisa clínica, avaliativa, ambiental, toxicológica,gestão de projetos e propriedade intelectual. 25. Em relação à formação científica e profissionalizante dos trabalhadores do SUS, são poucas as oportunidades disponíveis de capacitação para formular demandas de CT&I/S a partir das necessidades e dos problemas do sistema e dos serviços de saúde e de utilização da produção científica e tecnológica no aprimoramento de programas e ações de saúde. 26. Ao mesmo tempo, existem lacunas quanto à disseminação e difusão de informações científicas e tecnológicas de interesse para a gestão do SUS. Apesar de várias iniciativas bem-sucedidas, como as dos bancos de dados do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT ) e as Bibliotecas Virtuais do Centro Latino-Americano e do Caribe de Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (BIREME),ainda persistem insuficiências na introdução de formas de comunicação acessíveis e compreensíveis para o público leigo e profissionais de saúde. Esse aspecto dificulta a participação social e socialização da produção científica e tecnológica em prol da eqüidade. 3.2.3.Complexo Produtivo em Saúde 27. O complexo produtivo da saúde é formado por três grandes componentes: as indústrias químicas e de biotecnologia (fármacos, testes diagnósticos, vacinas e hemoderivados), as indústrias mecânicas, eletrônicas e de materiais (equipamentos, órteses e próteses e materiais de consumo) e as organizações de prestação de serviços. Nos últimos anos, os segmentos dos dois primeiros componentes apresentaram déficit comercial significativo, atingindo cerca de US$3,5 bilhões em 2001. Deste déficit na balança comercial, 70% decorreram de relações com países desenvolvidos e 30% de relações com países que apresentam nível de desenvolvimento compatível com o brasileiro. 28. As limitações nacionais no âmbito da indústria farmacêutica decorrem de um desequilíbrio entre as competências para atividades de P&D na cadeia produtiva farmacêutica, na medida em que há competência nacional equivalente àquela dos países desenvolvidos na área de farmacologia, farmacodinâmica e pesquisa básica, e competências pouco expressivas na área de farmacologia clínica e farmacocinética; orientação difusa dos investimentos com pouca ou nenhuma seletividade; incipiente gestão da propriedade intelectual;desarticulação entre o SUS e o sistema de inovações; e dificuldades na transferência do conhecimento científico para o setor produtivo. 20 D O C U M E N TO BA S E 29. O setor de produção de vacinas requer base científica e tecnológica intensa, tem alto custo fixo de produção, ciclo produtivo longo, concentração de produtores, ampliação constante do leque de produtos, exigências regulatórias fortes e o setor público como principal comprador. No Brasil, o mercado de vacinas é um dos maiores do mundo e os produtores nacionais são todos públicos. Embora já se produza no País parcela considerável das vacinas necessárias para consumo interno, a balança comercial é negativa também nesse item,apontando a necessidade de investimentos em P&D que garantam a autonomia e a auto-suficiência nesse setor. 30. Não é fácil quantificar os esforços de CT&I/S no País. Para as atividades de P&D em empresas, os dados são bastante precários, havendo pouca informação sobre o setor saúde. Calcula-se que no Brasil,em 2000, foram investidos cerca de US$13 bilhões em P&D, recursos estes majoritariamente do governo, aplicados em atividades desenvolvidas por instituições de ensino superior. O baixo investimento por parte do setor privado é atribuído ao caráter fortemente internacionalizado do complexo produtivo da saúde. Esta característica levou as empresas que vieram se instalar no País a optar pela realização de atividades de P&D em suas matrizes no exterior. 31. Além disso, cabe mencionar que a ausência de uma política industrial no País acrescida de ambiente econômico e financeiro desfavoráveis aos investimentos privados de risco em P&D e os escassos recursos públicos têm dificultado uma evolução desejável das atividades de P&D do setor privado, apesar de a ciência e tecnologia em saúde representarem segmento estratégico para busca da soberania do Brasil. 32. Pode-se adicionar a esses fatores o processo oneroso e demorado de obtenção de patentes ou copyright e o reduzido valor social da propriedade intelectual, como pode ser visto pela ampla aceitação à pirataria. O sistema patentário, de processos e de produtos, no Brasil, foi modificado com a Lei nº 9.279/96, incluindo novos setores como da química fina, de fármacos, de produtos farmacêuticos e biotecnológicos. Na aprovação dessa lei o governo deixou de aplicar alguns mecanismos previstos no Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT ) aos países em desenvolvimento, permitindo ampliação de prazo para os setores novos. Esse prazo seria um período de transição, para adequação do uso do conhecimento da ciência,da tecnologia e de desenvolvimento de processos e de produtos, sobretudo para promover mudança cultural, de modo a integrar a iniciativa privada, os órgãos de governo, como universidades e institutos de pesquisa, ao novo ordenamento jurídico. 33. Vale notar também que a abertura comercial descontrolada que se observou na década de 90 no Brasil agravou o panorama dos investimentos em P&D no 21 D O C U M E N TO BA S E complexo produtivo da saúde. Na medida em que não se preocupou em defender setores industriais estratégicos, foi observada nesse período, para alguns insumos fundamentais, como a dos farmoquímicos, uma regressão na capacidade produtiva originária do País. Na década de 80, a indústria brasileira chegou a ser responsável por cerca de 15% da demanda nacional de farmoquímicos. Hoje, a cifra correspondente não chega a 3%. Fenômeno similar foi também observado em outros produtos, como por exemplo os antibióticos e os vários tipos de equipamentos médicos. 34. Especificamente no setor farmacêutico, os investimentos em P&D feitos no Brasil pelas indústrias do setor privado somam apenas 0,32% do faturamento. Estes recursos são utilizados geralmente para o financiamento de estudos clínicos, mais como estratégia de marketing do que para o desenvolvimento ou transferência de tecnologia. São pouquíssimas as patentes registradas no País (Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva Farmacêutica). Segundo dados do Fórum Global de Pesquisa em Saúde (Global Forum for Health Research), nos países desenvolvidos a indústria farmacêutica aplica de 10% a 20% de seu faturamento em P&D. 35. No que se refere ao papel de regulação do Estado, os padrões atuais de intervenção estão muito aquém das necessidades e possibilidades colocadas pela capacidade instalada de pesquisa e desenvolvimento. A incorporação tecnológica sem julgamento adequado pressiona o sistema de saúde. As inovações nem sempre são adequadamente avaliadas quanto a sua eficácia, efetividade e custos antes da sua incor poração pelos serviços. Esse fato gera, muitas vezes, malefícios para a saúde da população e ineficiência no uso de recursos financeiros no sistema de saúde. 3.2.4.Fomento a Pesquisa em Saúde 36. O esforço governamental para fomentar a pesquisa em saúde é bastante significativo, mas insuficiente. No plano federal destacam-se as atuações do MCT por meio das suas agências de fomento (CNPq e Finep),do Ministério da Saúde por meio de suas instituições (Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Câncer, Instituto Evandro Chagas) e da contratação de projetos com grupos de pesquisa em diversos centros do País. Cabe ainda mencionar a atuação do Ministério da Educação, especialmente na formação de recursos humanos e na disseminação de informações científicas por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). No âmbito estadual destacam-se o papel dos institutos de pesquisa vinculados às secretarias de saúde e algumas agências de fomento, em particular a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que, a 22 D O C U M E N TO BA S E 37. 38. 39. 40. a) b) c) partir da última década, vem desenvolvendo programas de apoio à pesquisa estratégica,de alto impacto nacional e internacional, em saúde. O Ministério da Saúde participa com cerca de 20% do total de desembolso público na pesquisa em saúde, enquanto o Ministério da Agricultura, por meio da Embrapa, comparece com quase o dobro (39%). Esse quadro mostra a necessidade de um deslocamento do papel do Ministério da Saúde para uma posição central na estruturação do fomento à pesquisa em saúde. Isso significa aumentar a capacidade indutora em P&D em Saúde, aproximando-a às necessidades da política de saúde. No que se refere ao gasto em ações de CT&I/S, não há informações consolidadas principalmente devido à fragilidade das bases de dados setoriais relativas aos gastos nas empresas. Sobre a pesquisa acadêmica existem algumas estimativas que, no entanto, não fornecem um retrato preciso. Saúde é o setor de pesquisa no qual são colocados mais recursos em todo o mundo. Estima-se que, em 1998, nele tenham sido investidos US$73,5 bilhões, dos quais apenas US$2,5 bilhões corresponderam aos investimentos em P&D realizados pelo mundo em desenvolvimento, que inclui o Brasil (Global Forum for Health Research, 2001). Ao mesmo tempo é incipiente o conhecimento sobre o impacto gerado pelo financiamento em P&D na saúde da população. Em relação à infra-estrutura de pesquisa, a escassez de recursos para investimento tem sido um constante obstáculo. Além da insuficiência de instalações para P&D em áreas essenciais, vale destacar a precariedade em que se encontram os hospitais de ensino. As dificuldades de custeio das ações assistenciais aliadas a mecanismos incipientes de gerenciamento institucional de pesquisa e a ausência de recursos para investimento tornam extremamente difícil a condução de ações de CT&I nesses hospitais. As difíceis condições de muitos deles contribuem, assim,para ampliar a defasagem entre o tempo e a velocidade de produção de novos procedimentos diagnósticos, prognósticos e terapêuticos para o benefício da população. Uma análise das ações de fomento realizadas pelos órgãos governamentais revela: A qualidade, competitividade e transparência nas ações de fomento, em particular as realizadas pelas agências do MCT e pela CAPES, bem como pela maioria das agências estaduais. Essas características decorrem da experiência brasileira com práticas de fomento em bases relativamente competitivas. A existência da baixa capacidade de indução para definir prioridades de pesquisa, em especial nas agências do MCT, na CAPES e em algumas agências estaduais. A presença de tradição importante de pesquisa nos institutos federais e estaduais dedicados especificamente à saúde, embora muitas delas encontrem-se em situação crítica. 23 D O C U M E N TO BA S E d) O modelo de fomento com fontes múltiplas de financiamento, que, historicamente, tem sido instrumento de proteção dos executores de pesquisa. e) A escassez de mecanismos de coordenação adequados entre as múltiplas instâncias de fomento, na esfera estadual e, em especial, entre os dois atores federais, o MCT e o Ministério da Saúde. f ) A incipiente articulação entre as ações de fomento em CT&I e a política de saúde. Entre outras conseqüências, isso contribui para a baixa capacidade de transferência de conhecimento novo para as indústrias, sistemas e serviços de saúde e para a sociedade em geral. g) A extensa e generalizada carência de atividades de P&D realizadas nas empresas do setor produtivo privado. h) As ações de fomento do Ministério da Saúde possuem caráter indutivo e se caracterizam pelo vínculo constante com as prioridades de saúde, mas são incipientes os mecanismos de competitividade e de visibilidade no financiamento de projetos de pesquisa. 41. Estas características indicam o ponto de partida para a PNCTI/S no que se refere à gestão das atividades de P&D. Além disso, revelam a existência de um patrimônio institucional de execução e fomento muito importante e apontam os principais empecilhos – a dificuldade de coordenação e a pouca articulação – para o aproveitamento integral de suas capacidades. 42. Um dos principais objetivos da PNCTI/S é superar essas dificuldades de coordenação, extraindo das duas tradições – a capacidade de induzir, por parte do Ministério da Saúde, e a capacidade de mobilização da comunidade científica, por parte do MCT – o que têm de melhor. Este é um aspecto importante da complementaridade e da busca de sinergia entre as ações. 3.3 PRINCÍPIOS DA POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, T E C N O LOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE 43. A PNCTI/S deve pautar-se pelo “compromisso ético e social de melhoria – a curto, médio e longo prazo – das condições de saúde da população brasileira, considerando particularmente as diferenciações regionais, buscando a eqüidade” (1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, 1994). Os três princípios básicos são: • Busca da eqüidade em saúde. • Respeito à vida e à dignidade das pessoas. • Pluralidade metodológica. 24 D O C U M E N TO BA S E 44. O compromisso de combater a desigualdade no campo da saúde é um dos princípios básicos da PNCTI/S e deve orientar todos os aspectos, todas as suas escolhas, em todos os momentos. 45. O respeito à vida e à dignidade das pessoas é o fundamento ético básico da PNCTI/S. Toda atenção deve ser dada à questão da ética na pesquisa em saúde, devendo ser registrados os avanços alcançados no âmbito da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em conjunto com os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPS). A obediência a esse princípio depende também da adequada capacitação de recursos humanos. 46. É compromisso primordial da PNCTI/S assegurar o desenvolvimento e implementação de padrões elevados de ética na pesquisa em saúde. A PNCTI/S deve instituir mecanismos que assegurem o cumprimento desses padrões éticos no território nacional, para empresas públicas e privadas, nacionais e internacionais, na perspectiva da segurança e dignidade dos sujeitos de pesquisa, de acordo com a resolução CNS nº 196/96 e normas complementares. Deve-se ainda estimular a criação e o fortalecimento dos comitês locais de ética em pesquisa e aprimorar o sistema de revisão e aprovação ética de pesquisas envolvendo seres humanos. A responsabilidade quanto a qualquer dano à saúde dos indivíduos envolvidos deve ser exigida, assim como o fortalecimento do controle social nos comitês de ética em pesquisa (12ª Conferência Nacional de Saúde). 47. O princípio da pluralidade refere-se à abertura da PNCTI/S a todas as abordagens metodológicas disponíveis e adequadas ao avanço do conhecimento e solução dos problemas científicos e tecnológicos pertinentes. Isso implica igualmente a valorização das diferentes áreas do conhecimento em saúde, respeitando-se suas respectivas definições de validade e rigor metodológico. 3.4 E I XOS CO N D U TORES DA POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, T E C N O LOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE 48. Para que a PNCTI/S esteja em consonância com seus princípios, ela deverá pautar-se pela:1) extensividade – capacidade de intervir nos vários pontos da cadeia do conhecimento; 2) inclusividade – inserção dos produtores, financiadores e usuários da produção técnico-científica; 3) seletividade – capacidade de indução; 4) complementaridade entre as lógicas da indução e espontaneidade;5) competitividade – forma de seleção dos projetos técnicos e científicos; 6) mérito relativo à qualidade dos projetos; e 7) relevância social e econômica – caráter de utilidade dos conhecimentos produzidos. 25 D O C U M E N TO BA S E 49. A extensividade inclui todos os tipos de pesquisas: a pesquisa básica, que visa ao avanço do conhecimento, e a ligada a aplicação, que alia a produção de conhecimentos novos à utilização na solução de problemas; a pesquisa aplicada ou tecnológica, que produz novos modos de fazer e novos produtos; e a pesquisa operacional, voltada para a solução de problemas na operação de programas de provisão de bens, serviços e ações de saúde. Estas categorias aplicam-se aos campos científicos da saúde pública, da clínica e das biociências (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 50. A inclusividade refere-se à inserção de instituições e de atores envolvidos nas ações de CT&I/S. A PNCTI/S deve induzir, apoiar e promover a produção desenvolvida pelas universidades, institutos de pesquisa, serviços de saúde, empresas do setor produtivo e organizações não-governamentais. Além de considerar os produtores de conhecimentos técnico-científicos, a PNCTI/S deve incluir as instituições envolvidas no financiamento, na distribuição e no uso das informações técnico-científicas, a saber: os gestores públicos da pesquisa científica e da política de saúde e das demais políticas públicas, os empresários do setor produtivo e representantes da sociedade civil organizada, responsáveis pelo controle social. 51. A seletividade diz respeito à necessidade de aumentar a capacidade indutora do sistema de fomento científico e tecnológico. Ou seja, busca direcionar o fomento com base numa escolha de prioridades, por meio da construção de uma agenda, coerente com a Política Nacional de Saúde. 52. A complementaridade considera a necessidade de sustentar a pesquisa em saúde como exercício de lógicas complementares, combinando capacidade indutiva e atendimento à demanda espontânea. Dessa forma, preserva-se a criatividade, inerente à atividade científica, sem perder de vista as necessidades de pesquisa e desenvolvimento próprias do País. 53. A competitividade deve orientar as ações de fomento no âmbito da PNCTI/S. A competição entre diferentes projetos deve ser o requisito básico que garanta a transparência nos critérios de financiamento e a racionalidade das escolhas em relação às prioridades definidas. 54. O mérito científico, tecnológico e ético são requisitos fundamentais para garantir a alta qualidade das ações de P&D financiadas pela sociedade (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 55. A relevância social e econômica, seja no sentido do avanço do conhecimento como da aplicação dos resultados à solução de problemas, deve ser o alvo principal das atividades científicas e tecnológicas (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 26 D O C U M E N TO BA S E 3.5 E S T RATÉGIAS DA POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, T E C N O LOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE 56. As estratégias da PNCTI/S são: a) sustentação e fortalecimento do esforço nacional em ciência, tecnologia e inovação; b) criação do sistema nacional de inovação em saúde; c) construção da agenda de prioridades para pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde; d) superação das desigualdades regionais; e) aprimoramento da capacidade regulatória do Estado; f ) difusão dos avanços científicos e tecnológicos; e g) formação e capacitação de recursos humanos. 3.5.1. A Sustentação e o Fortalecimento do Esforço Nacional em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 57. Esta estratégia, como condição de desenvolvimento sustentável e bem-estar, demanda conscientização e mobilização política, visão de futuro e construção da capacitação nacional em ciência, tecnologia e inovação, para responder e se antecipar às necessidades do País. A intersetorialidade e a cooperação internacional, pautadas pelos valores da solidariedade entre os povos e respeito à soberania nacional, são componentes importantes dessa mobilização. 58. Como parte dessa estratégia, deve-se incluir: a articulação com os órgãos responsáveis pela formação de novos pesquisadores e apoio às iniciativas de iniciação científica nos cursos de graduação profissional, pós-graduação acadêmica e profissionalizante; o investimento na melhoria da infra-estrutura de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde com especial atenção para os hospitais de ensino, institutos de pesquisa e universidades públicas; a ampliação, diversificação e garantia de continuidade de fontes de financiamento para ações de P&D em saúde nas empresas; a articulação permanente com as políticas públicas; e o desenvolvimento da capacidade de gestão e realização das ações de CT&I nas três esferas de governo. 59. É necessário ainda estimular a cooperação técnica horizontal entre países, no que se refere ao intercâmbio de tecnologias para produção de medicamentos, preservativos e outros produtos para prevenção, capacitação dos trabalhadores da saúde, logística,operacionalização e outros conhecimentos necessários ao controle adequado dos principais problemas de saúde da população (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 3.5.2.Criação do Sistema Nacional de Inovação em Saúde 60. A criação desse sistema é importante para garantir a autonomia nacional e a superação do atraso tecnológico. Requer a mobilização da totalidade da 27 D O C U M E N TO BA S E capacidade instalada de pesquisa,desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde, incluindo outros órgãos numa perspectiva intersetorial. Os conselhos de saúde, nas três esferas de governo, devem incentivar e promover discussões sobre as demandas em tecnologia para a saúde (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). “Para fortalecer as interações hoje deficientes, uma política de C&T em saúde deve contemplar atividades que realizem a interface entre a pesquisa estratégica e o desenvolvimento tecnológico, pólo do ciclo de C&T. A outra interface fundamental é aquela que deve existir entre as atividades de avaliação/regulação tecnológica e assistência à saúde. Com relação à interface entre P&D, a grande e séria defasagem entre a pesquisa e a produção (no caso da saúde, também entre pesquisa e as atividades de controle de doenças, agravos e riscos) é fruto da inexistência de uma política industrial orgânica e prioritária e da incipiente inserção das atividades de C&T na cultura empresarial” (1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, 1994). 61. A articulação intersetorial é necessária à integração da produção científica e tecnológica com o setor produtivo, público e privado. Entre as ações destacam-se a implementação de projetos cooperativos e multiinstitucionais e o fortalecimento da capacidade de gestão tecnológica. 62. É essencial consolidar o papel do Ministério da Saúde na implementação de políticas de desenvolvimento do complexo produtivo da saúde, integrando centros de pesquisa, laboratórios oficiais, universidades públicas e empresas nacionais. Assim, busca-se diminuir a dependência nacional no campo tecnológico e produtivo, bem como garantir auto-suficiência nos itens estratégicos para o País (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 63. Dado o alto dinamismo, elevado grau de inovação e interesse social marcante do setor saúde, ele se constitui em campo privilegiado para a elaboração e implementação de políticas industriais e de inovação articuladas à política de saúde. Os nichos com potencial elevado de sucesso são: a produção de vacinas, reagentes para diagnóstico, fitomedicamentos, fármacos e medicamentos, equipamentos e materiais. O Estado deve ter papel destacado na promoção e regulação desse complexo industrial, por meio de ações convergentes para apoio à competitividade, financiamento e incentivo à P&D nas empresas, política de compras, defesa da propriedade intelectual, estímulo às parcerias e investimentos em infra-estrutura. A política de estímulo à inovação deve ser pautada pela seletividade, maior grau de confiança na 28 D O C U M E N TO BA S E 64. 65. 66. 67. 68. parceria com as indústrias e maior interação entre serviços de saúde e complexo produtivo. Os principais instrumentos da política de inovação são: o fortalecimento dos mecanismos de apoio dos fundos setoriais à P&D; a formação e capacitação de recursos humanos para as atividades de P&D; o fortalecimento do conhecimento tradicional e do potencial para gerar inovações; os programas de “incubação” para novas empresas; e os incentivos fiscais, o cancelamento contábil das despesas correntes em P&D, crédito fiscal e deduções especiais. Para o setor da indústria farmacêutica as estratégias propostas são: a) em curto prazo: a definição de medicamentos-alvo com ênfase em farmoquímicos, o cadastramento das competências e disponibilidades nacionais em P&D,a criação de programa de bolsas para desenvolvimento tecnológico, o fortalecimento da capacidade de realização de ensaios clínicos de fitoterápicos; b) em médio prazo: identificação de nichos tecnológicos com potencial de sucesso, estabelecimentos de linhas de crédito para investimento em P&D; e c) em longo prazo: invenção de novas moléculas (Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva Farmacêutica). É necessário ainda priorizar o investimento em desenvolvimento e produção de medicamentos, que atendam às doenças e problemas de saúde prevalentes, privilegiando a produção de caráter nacional, utilizando, respeitando e valorizando a biodiversidade nacional e subsidiando a produção e distribuição de medicamentos essenciais (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). Para o setor de produção de vacinas as estratégias propostas são:a criação do programa nacional de competitividade em vacinas, visando não apenas à produção de vacinas conhecidas mas ao desenvolvimento de novas vacinas; a elaboração e implantação de uma política de exportação para a produção nacional; o estímulo à criação de empresas nacionais de biotecnologia; o estímulo aos investimentos em P&D no País pelos produtores nacionais e internacionais de vacinas; e o estímulo a mecanismos eficientes de transferência de tecnologias para vacinas tecnologicamente avançadas. Como passos para a realização dessas estratégias são fundamentais: a aliança entre os laboratórios públicos produtores de vacinas, com a definição de nichos de especialização entre eles; a modernização organizacional, gerencial e da estrutura jurídico-institucional desses laboratórios; a capacitação de pessoal estratégico; a certificação nacional e internacional das fábricas segundo os princípios de biossegurança exigidos; o apoio à indústria nacional do complexo produtivo da saúde, inclusive o financiamento de projetos de P&D; a garantia de compra e outros incentivos e o fortalecimento da capacidade de realização de ensaios clínicos (plataforma brasileira para 29 D O C U M E N TO BA S E ensaios clínicos), da capacidade produtiva e da capacidade regulatória do Estado e da proteção à propriedade intelectual. 69. No setor de equipamentos e materiais de consumo, deve-se: incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de equipamentos para o setor saúde com patente nacional, enfatizando os estudos sobre equipamentos e tecnologias destinados aos hospitais e laboratórios do SUS; criar parques tecnológicos regionais para P&D e formação de profissionais especializados em equipamentos de saúde; e desenvolver equipamentos, insumos e outros meios auxiliares para assegurar a acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 70. Ainda com relação ao sistema nacional de inovação é necessário buscar parcerias com outras nações a fim de revisar o acordo internacional sobre patentes de insumos, equipamentos e medicamentos, para garantir que os avanços tecnológicos que favoreçam a vida sejam considerados como de propriedade e utilidade pública (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 3.5.3. Construção da Agenda de Prioridades para Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Saúde 71. É um processo técnico e político que envolve o conjunto dos atores sociais comprometidos com a PNCTI/S – gestores da política de saúde, agências de fomento, pesquisadores, setor produtivo, sociedade civil organizada (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). Deve considerar as necessidades nacionais e regionais de saúde e ser capaz de aumentar a indução seletiva para a produção de conhecimentos e bens materiais e processuais nas áreas prioritárias para o desenvolvimento das políticas sociais. 72. A construção da agenda deve estar voltada para o esforço de prospecção, no sentido de adiantar-se às necessidades de novos conhecimentos exigidos pela transformação rápida e permanente do mundo moderno. Assim, essa agenda, ainda que baseada nas necessidades de saúde da população, não será idêntica a esta. Por um lado, o atendimento às necessidades de saúde nem sempre depende da pesquisa em saúde e, por outro, nem sempre há, no campo do saber e das práticas científicas e tecnológicas, conceitos, métodos ou ferramentas adequadas para o atendimento das necessidades por meio da pesquisa. 73. A agenda deve estar baseada nos conhecimentos científicos e tecnológicos mais atuais. A base técnica deve incorporar as melhores ferramentas e as evidências atuais, sendo necessários sistemas de informações técnico-científicas e de saúde acessíveis, atualizados, válidos e confiáveis. Deve ainda coadunar-se com os princípios e eixos condutores da PNCTI/S. 30 D O C U M E N TO BA S E 74. Em qualquer país ou região podem ser identificados quatro grandes grupos de problemas prioritários em saúde: 1) aqueles que podem ser enfrentados com uma combinação de intervenções disponíveis e aumento da cobertura da população que os utiliza; 2) aqueles que podem ser enfrentados com a melhoria da eficiência das intervenções disponíveis; 3) aqueles que podem ser enfrentados com a melhoria do custo-efetividade das intervenções disponíveis; e 4) aqueles que não são enfrentáveis com as intervenções disponíveis. Para lidar com os três últimos grupos de problemas será necessária a contribuição da pesquisa científica e tecnológica de diversa natureza. Portanto, a agenda de prioridades deverá contemplar desde a pesquisa básica até a operacional, ter um escopo abrangente e pluralista de abordagens teórico-conceituais e metodológicas. 75. Deve incorporar pesquisas em biociências, epidemiologia,serviços de saúde, clínica, demografia, ciências sociais, ciências humanas, química, engenharias, ciências agrárias, dentre outras, com o objetivo, em especial, de produzir novos conhecimentos e práticas voltados para a promoção da saúde, com estímulo a estudos integrados de caráter multiprofissional e interdisciplinar. 76. A agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde, além de orientar o fomento no âmbito do SUS, deverá ser levada em consideração pelas agências de fomento científico e tecnológico, constituindo-se em um dos critérios para aprovação de projetos, tendo em vista sua relevância para os problemas de saúde pública (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 77. O Ministério da Saúde vem trabalhando no processo de construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Essa agenda é um dos alvos estratégicos da reformulação do papel deste ministério no ordenamento do esforço nacional de pesquisa em saúde. Foi definido um conjunto de subagendas que contemplam temas prioritários de pesquisa. Esses temas foram escolhidos por pesquisadores e gestores da área de saúde que participaram de um grande seminário com essa finalidade. Foi, então, realizada uma consulta pública sobre a agenda, com o objetivo de ouvir a voz, principalmente, dos usuários dos serviços e dos trabalhadores do setor saúde para o aprimoramento e ampliação das prioridades. Dessa forma, as contribuições de todos os segmentos sociais envolvidos no processo de consolidação do Sistema Único de Saúde foram contempladas na construção da agenda. 3.5.4. Superação das Desigualdades Regionais 78. A articulação entre ações do Governo Federal, dos estados e dos municípios é fundamental para redução dessas desigualdades. As iniciativas, em 31 D O C U M E N TO BA S E implementação pelo MCT, Ministério da Saúde e secretarias de saúde, em parceria com as fundações estaduais de amparo à pesquisa, na formação de redes de pesquisa ou na elaboração das demandas para o sistema de CT&I/S, são exemplos de programas mobilizadores importantes. O fomento à pesquisa respeitando as vocações regionais e a elaboração de editais de apoio a pesquisa que associem o fortalecimento da infra-estrutura de pesquisa e a formação de recursos humanos são outras estratégias a ser implementadas. 3.5.5. Aprimoramento da Capacidade Regulatória 79. Pode ser realizado por meio da formação de redes com a participação de órgãos executivos e legislativos regulatórios, dos centros de investigação científica e de desenvolvimento tecnológico e de organizações voltadas para o controle social. Tal estratégia visa a ampliar a capacidade de produzir conhecimentos para qualificar as decisões no âmbito da gestão pública. Desta forma, será possível suprir uma das maiores necessidades nas sociedades modernas, que é dispor de informações técnicas e científicas indispensáveis para fundamentar o processo de tomada de decisão, que têm forte impacto sobre diversos campos científicos e contribuem para o estabelecimento de um novo patamar nas relações entre ciência, Estado e sociedade. 80. A 12ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 2003, propõe as seguintes ações para aprimoramento da capacidade regulatória do Estado: a) Estruturar uma política de avaliação de tecnologias em saúde, envolvendo as três esferas de governo, para subsidiar a tomada de decisão acerca da incorporação crítica e independente de produtos e processos. Esta política deve envolver pesquisadores, gestores, prestadores de serviços, usuários e profissionais de saúde, buscando a melhor relação custo/efetividade, definindo mecanismos intersetoriais que avaliem a eficácia, segurança e eficiência no uso de novos processos e produtos. b) Avaliar em todos os âmbitos do sistema de saúde a necessidade de aquisição e incorporação de tecnologias e equipamentos para facilitar o desempenho no trabalho e aumentar a confiança de gestores, trabalhadores e usuários nos resultados das ações e serviços de saúde, conforme critérios estabelecidos na Lei nº 8.080/90 e nº 8.142/90. Com base nas necessidades identificadas, elaborar um plano de incorporação de tecnologias e de pesquisas regionais para avaliação do impacto social,ambiental e sobre a saúde decorrente de seu uso. c) Incorporar, após avaliação cri te ri o s a , novas tecnologias na melhoria, implementação e modernização do sistema de saúde, buscando maior eqüidade regional, de gênero, de raça/etnia e de orientação sexual, com garantia de acesso e amplo controle social. 32 D O C U M E N TO BA S E d) Definir, avaliar, incorporar e utilizar os avanços biotecnológicos em saúde, com ênfase na análise, monitoramento e gerenciamento da biossegurança, bem como das implicações e repercussões no campo da bioética. e) Criar mecanismos e critérios rigorosos de regulação e regulamentação do uso dos transgênicos, divulgados com clareza para a sociedade, mediante amplo debate com a participação das três esferas de governo, das empresas que desenvolvem pesquisas com transgenia, da comunidade científica, do Ministério do Meio Ambiente e Agricultura entre outros. f ) Opor-se à clonagem de seres humanos, sob qualquer circunstância,admitindo somente as pesquisas com clonagem de células ou tecidos humanos com finalidades terapêuticas. 3.5.6. Difusão dos Avanços Científicos e Tecnológicos 81. Busca apoiar as iniciativas que facilitam a divulgação científica para pesquisadores, empresários, gestores, profissionais de saúde e sociedade civil. A finalidade é garantir a apropriação social ampla dos benefícios da ciência e da tecnologia em saúde. Ambas são estratégias impo rt a ntes para o cumprimento do compromisso ético e social que norteia essa política. 82. Ampliar os canais de divulgação dos resultados das pesquisas nacionais por intermédio da imprensa escrita, televisiva e mídia eletrônica, voltados para a sociedade civil e para o controle social, independentemente de terem sido publicados pelos veículos tradicionais de divulgação científica,assegurando a linguagem adequada aos po rt a d o res de necessidades especiais (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 83. Assegurar apoio às revistas científicas editadas em língua portuguesa no Brasil, desde que sejam de relevância para a saúde pública e o SUS, valorizando os artigos nelas publicados (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 84. Eleger indicadores de avaliação e formas de difusão da produção científica valorizando as publicações nacionais e outras formas de disseminação dos resultados de pesquisa buscando favorecer a disseminação das informações científicas para a sociedade (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 3.5.7. Formação e Capacitação de Recursos Humanos 85. A formação e capacitação de recursos humanos, por meio de cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, visam a aprimorar a capacidade regulatória das instituições; implementar a avaliação de tecnologias em saúde; desenvolver a produção e o uso do conhecimento científico e tecnológico nos programas, ações e serviços de saúde; aperfeiçoar a gestão de CT&I/S e outras demandas decorrentes do encaminhamento desta política. 33 D O C U M E N TO BA S E 86. A 12ª Conferência Nacional de Saúde apontou a necessidade de criar incentivos à iniciação em pesquisa científica e tecnológica na área de saúde no âmbito municipal, estadual e federal; e formar e capacitar os profissionais em ciência e tecnologia (C&T), levando em conta a Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde e as necessidades regionais. 3.6. M O D E LO DE GESTÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, T E C N O LOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE 87. A participação do Estado na condução da PNCTI/S é fundamental, uma vez que os mecanismos de mercado não são suficientes nem para identificar as necessidades nem para gerar os recursos indispensáveis à manutenção desta atividade essencial. 88. O Estado deve ter atuação destacada como regulador dos fluxos de produção e incorporação de tecnologias, incentivador do processo de inovação e orientador e financiador das atividades de P&D. Dentre as ações dessa política estão: a manutenção e a ampliação da infra-estrutura de P&D; a formação de recursos humanos qualificados; a produção de P&D; a difusão dos produtos científicos e tecnológicos; a avaliação de tecnologias e a aplicação dos conhecimentos técnicos produzidos;a garantia de aplicação dos mecanismos de propriedade intelectual; o estímulo à participação das empresas nas atividades de P&D; e a institucionalização do controle social sobre as atividades de pesquisa e desenvolvimento. Em cada uma destas ações o papel do Estado é primordial. 89. No campo da política tecnológica,dentre as ações nas quais a participação do Estado é também imprescindível, destacam-se: a modernização industrial, a difusão do progresso técnico e o apoio à inovação. No que se refere a esta última, vale mencionar o papel importante da utilização da capacidade de compra do Estado, como ferramenta indutora do desenvolvimento tecnológico. 90. No âmbito do Ministério da Saúde, deve ser criada uma agência de apoio à pesquisa que tenha como ca ra cterísticas organizacionais flexibilidade administrativa e estabilidade gerencial e financeira e, como características funcionais, a capacidade de articulação com outras agências de fomento da área de CT&I. O fomento deve estar pautado nos princípios e nos eixos condutores explicitados nessa política e a coordenação das atividades de P&D, no âmbito do SUS, deve estar em consonância com as estratégias da PNCTI/S. Para garantir a democratização do processo de tomada de decisão, deve haver um conselho formado por atores sociais envolvidos na PNCTI/S, vinculado a essa agência. 34 D O C U M E N TO BA S E 91. Cabe ressaltar a importância de se efetivar o controle social nas instâncias de fomento à pesquisa em saúde, incluindo a análise anual dos orçamentos previstos e executados pelos conselhos de saúde e a criação de Comissões Temáticas de C&T em Saúde no âmbito dos Conselhos Estaduais de Saúde (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). 92. Outro aspecto do modelo de gestão da PNCTI/S refere-se aos recursos financeiros destinados ao fomento de P&D em saúde. Além das medidas destinadas a otimizar os recursos existentes será necessário buscar novas fontes de receita. A meta recomendada pelo Global Forum for Health Research é que os países em desenvolvimento destinem 2,0% dos gastos em saúde com P&D no setor. 93. Para aumentar a eficiência no uso dos recursos já existentes no Ministério da Saúde, reitera-se a necessidade de canalizar para a agência de apoio a pesquisa em saúde os recursos do Tesouro, aqueles provenientes de alíquotas de empréstimos e convênios internacionais destinadas a despesas com P&D e das parcelas de recursos financeiros das agências reguladoras vinculadas ao Ministério da Saúde, alocadas para ações de CT&I/S. 94. No que se refere a novos recursos, além daqueles contidos nos fundos setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia, é necessário identificar novas fontes, como a taxação de atividades econômicas geradoras de danos sanitários e ambientais. A identificação dessas fontes deverá ser inserida na discussão do financiamento da saúde, tomando por referência as bases do financiamento da seguridade social (12ª Conferência Nacional de Saúde, 2003). Com isso, propõe-se imprimir uma lógica de interesse social à atual concepção dos fundos, que até o momento foram pautados pela lógica estritamente econômica. Há ainda de se considerar o potencial de recursos financeiros que pode ser gerado pela transferência de tecnologias para o setor privado. 95. Além de novos recursos financeiros para o custeio das atividades de P&D, é necessário ainda ampliar os recursos destinados à infra-estrutura,em especial, à recuperação e modernização da capacidade de pesquisa dos hospitais de ensino e instituições de pesquisa em saúde. Para garantir eficiência na aplicação desses recursos, eles devem ser aplicados mediante estratégias de editais de concorrência entre projetos. 96. O modelo de gestão da PNCTI/S deve contemplar um sistema de informação técnico-científico, atualizado e dinâmico de informações gerenciais que permita aprimorar as atividades de fomento e avaliação, à semelhança dos sistemas hoje existentes no MCT, tais como a plataforma Lattes. 97. Deve incluir ainda um sistema adequado de comunicação e informação científica, em articulação com iniciativas existentes, tais como o portal de 35 D O C U M E N TO BA S E periódicos científicos da CAPES e a biblioteca virtual em saúde pública da Bireme e Ministério da Saúde. Além disso são necessários mecanismos de comunicação social voltados à divulgação de conhecimentos técnicos e científicos para a sociedade em geral. 98. A efetividade do modelo de gestão proposto pressupõe a definição do sistema de CT&I/S como um todo, com a clara definição de atribuições dos diversos órgãos federais e estaduais, dos sistemas de saúde e C&T, envolvidos na formulação e implementação desta PNCTI/S. G LO S S Á R I O Agência de fomento. Órgão ou instituição de natureza pública ou privada que tenha entre seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e promover a ciência, a tecnologia e a inovação. No Brasil, as principais agências de fomento são públicas. No plano federal, o CNPq, a Finep, vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a CAPES ao MEC e a Embrapa ao Ministério da Agricultura. No plano estadual, quase todos os estados criaram Fundações de Amparo à Pesquisa, a maioria deles após a Constituição de 1988. Atividades científicas e tecnológicas. Atividades de investigação científica, ensino e formação científica e técnica, assim como serviços científicos e técnicos relacionados com a produção, promoção, difusão e aplicação dos conhecimentos científicos e técnicos em todos os campos da ciência e tecnologia (Organization for Economic Co-operation and Development, 1994). Avaliação de tecnologias em saúde. Exercício complexo de pesquisa e produção de informações com base em critérios de efetividade, custo, risco ou impacto do seu uso e critérios éticos e de segurança, visando à seleção, aquisição, distribuição ou uso apropriado de tecnologias, inclusive a avaliação de sua necessidade (Brasil. Ministério da Saúde, 2002). Bioética. Ramo da filosofia que estuda os avanços das ciências da vida e da saúde, com ênfase nas implicações éticas das pesquisas científicas e das ações de saúde (Unesco, 2001). Biossegurança. Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o meio ambiente (Brasil. Ministério da Saúde, 2002). Biotecnologia. Qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica (Brasil. Ministério do Meio Ambiente, 2002). 36 D O C U M E N TO BA S E Ciência. Processo organizado de geração de conhecimentos relativos ao universo e seus fenômenos naturais, ambientais e comportamentais concebidos por meio da pesquisa científica, seguindo as etapas da metodologia científica (Adaptado de Organization for Economic Co-operation and Development, 1994; Longo, 1996 e Pinto, 2001). Ciência e tecnologia. Conceito amplo que compreende ações conexas de geração, difusão e aplicação de conhecimentos em todos os campos do saber, inclusive educação, gestão, informação, normalização, patentes, estudos e outras atividades ligadas à inovação e difusão tecnológica (Adaptado de Organization for Economic Co-operation and Development, 1993). Desenvolvimento tecnológico. Desenvolvimento de produtos e processos por intermédio de processo autônomo ou pela efetiva absorção de tecnologias desenvolvidas em outros países (Finep, 1998). Fomento. Linha de trabalho voltada para incentivar a produção de conhecimentos de tecnologias e de inovações e para apoiar a formação científica e técnica de recursos humanos (Adaptado. Disponível em: http://www.cnpq.br/bolsas_auxilios/index_novo.htm. Acesso em 18/3/2004). Fomento à pesquisa em saúde. Conjunto de ações que busca fortalecer, tanto em termos de recursos como da qualidade de gestão, a pesquisa em saúde no País (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2000; Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 2000). Fundos setoriais. São instrumentos de financiamento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no País. Eles foram criados em 1999 e atendem a 14 áreas (saúde, petróleo e gás natural, infra-estrutura, energia, recursos hídricos, transportes terrestres, mineral, verde-amarelo, espacial, tecnologia da informação, aeronáutico, agronegócio, biotecnologia, Amazônia).Os recursos são oriundos de co nt ribuições incidentes sobre o faturamento de empresas ou sobre o resultado da exploração de recursos naturais pertencentes à União (Disponível em http://www.cnpq.br/areas/fundossetoriais/index.htm. Acesso em 18/3/2004). Incorporação tecnológica. Processo de introdução sistematizada de novas tecnologias e procedimentos na prática clínica ou orientação sobre o uso apropriado caso sejam tecnologias ou procedimentos não consagrados (Adaptado de Chile. Ministerio de Salud, 2002). Inovação. Introdução no mercado de produtos, processos, métodos ou sistemas não existentes anteriormente ou com alguma característica nova e diferente daquelas em vigor (Finep, 2000). Nichos de pesquisa. Segmento restrito do mercado, não atendido pelas ações tradicionais de P&D que se constituem em oportunidades para o sistema nacional de inovação (Adaptado de Dicionário Aurélio e Carlos Gadelha, 2003). 37 D O C U M E N TO BA S E Patente. Título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação (Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, 2002). Pesquisa aplicada. Investigação original que visa a adquirir novos conhecimentos dirigidos a um objetivo prático e específico. Os resultados são válidos para um limitado número de produtos, operações, métodos ou sistemas e podem ser patenteados (Adaptado de Organization for Economic Co-operation and Development, 1994). Pesquisa avaliativa. Tipo de pesquisa que aplica métodos científicos para analisar a pertinência, os fundamentos teóricos, a produtividade, a eficiência e os efeitos de uma intervenção, assim como as relações existentes entre as intervenções e o contexto em que elas se situam, com o objetivo de ajudar a tomada de decisão (Contrandriopoulos et al., 1997). Pesquisa básica. Tipo de pesquisa, teórica ou experimental, que visa a contribuir, de forma original ou incremental, para a compreensão dos fatos e fenômenos observáveis e teorias, sem ter em vista o uso ou a aplicação imediata. (Adaptado de Organization for Economic Co-operation and Development, 1994). Pesquisa clínica. Tipo de pesquisa que segue métodos científicos aplicáveis aos seres humanos – denominados voluntários ou “sujeitos da pesquisa” –, sadios ou enfermos, de acordo com o objetivo da pesquisa. Quando realizada com medicamentos, tem como objetivo básico verificar efeitos, segurança e tolerância, relacionar efeitos adversos, além de analisar a absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos princípios ativos (Adaptado de Lousana, 2002). Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Conjunto de ações que envolvem a geração de conhecimentos, a transformação dos conhecimentos em tecnologias e a adaptação de tecnologias existentes em novas tecnologias, na forma de produtos e processos acabados que atendem às necessidades do mercado. Pesquisa em saúde. Pesquisas cujos resultados são aplicados no setor saúde, voltados, em última instância, para a melhoria da saúde de indivíduos ou grupos populacionais. Podem ser categorizadas por níveis de atuação científica e compreendem os tipos de pesquisa básica, clínica, epidemiológica e avaliativa, além de pesquisas em outras áreas como economia, sociologia, antropologia, ecologia, demografia e ciência política (Adaptado de Organização Mundial da Saúde, 1996). Pesquisa operacional. Pesquisas voltadas para a resolução de problemas reais, tendo como foco a tomada de decisão. Aplicam conceitos e métodos de outras áreas científicas para concepção, planejamento ou operação de sistemas, ações e serviços (Disponível em: http://www.sobrapo.org.br/index_sobrapo.htm. Acesso em 18/3/2004). 38 D O C U M E N TO BA S E Propriedade intelectual. Direito sobre bens imateriais resultantes da manifestação intelectual, invenções, obras literárias e artísticas, símbolos, marcas, imagens e desenhos utilizados comercialmente. A propriedade intelectual divide-se em duas categorias: propriedade industrial e direito autoral. (Adaptado de Di Blasi, 1982 e de World Intellectual Property Organization, 2002). 39 40 4. Portaria Interministerial nº 453, de 17 de março de 2004 41 42 P O RTARIA INTERMINISTERIAL Diário Oficial da União – Seção 1 no.54, 19/03/2004, página 40 MINISTÉRIO DA SAÚDE GABINETE DO MINISTRO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 453, DE 17 DE MARÇO DE 2004 OS MINISTROS DE ESTADO DA SAÚDE, DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA E DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, e considerando a necessidade de direcionar a Política Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, resolvem: Art. 1º Convocar a 2ª Conferência Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde - CNCTIS, a realizar-se no período de 1º a 4 de julho de 2004. § 1º A Conferência terá como tema central “Produzir e aplicar conhecimento na busca da universalidade e equidade, com qualidade da assistência à saúde da população”. § 2º A 2ª CNCTIS será presidida pelo Ministro da Saúde e, na sua ausência ou impedimento eventual, pelo Secretário-Executivo do Ministério da Saúde. Art.2º O Plenário do Conselho Nacional de Saúde terá como atribuições principais: I - deliberar sobre questões pertinentes à realização da 2ª CNCTIS; II - promover, coordenar e supervisionar a realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, em todas as etapas de realização, observando os aspectos técnicos, políticos, administrativos e financeiros; III - indicar a Comissão Organizadora; IV - indicar a Coordenação de Relatoria, incluindo Relator Geral e Relator Adjunto; e V - Indicar as seguintes Comissões Especiais: a) Comissão de Articulação e Mobilização; b) Comissão de Comunicação; e c) Comissão de Infra-Estrutura. Art. 3º A Comissão Organizadora será indicada pelo Plenário do Conselho Nacional Saúde e composta por 16 (dezesseis) representantes de forma paritária. Art. 4º Os Ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Educação deverão constituir, no âmbito dos referidos Ministérios, a Comissão Executiva da 2ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde, que será composta por: I - Coordenador-Geral - Representante do Ministério da Saúde; II - Coordenador-Adjunto - Representante do Ministério da Ciência e Tecnologia; III - Coordenador-Adjunto - Representante do Ministério da Educação; IV - Secretário-Geral; e 43 P O RTARIA INTERMINISTERIAL V - Secretário-Adjunto. Art. 5º A Comissão Executiva contará com suporte técnico e administrativo dos Ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Educação para a realização da 2ª CNCTIS. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. HUMBERTO COSTA Ministro de Estado da Saúde EDUARDO CAMPOS Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia TARSO GENRO Ministro de Estado da Educação 44 5. Regimento 45 46 R E G I M E N TO 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE REGIMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADE Art. 1º A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, convocada pela Portaria Interministerial nº 453, de 17 de março de 2004 e da Resolução nº 334 de 04 de novembro de 2003 do Conselho Nacional de Saúde, e de acordo com as Recomendações n° 002, de 07 de março de 2002 e nº 010, de 03 de julho de 2003 do Conselho Nacional de Saúde, tem como objetivos: a) formular a Política Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde, que seja pautada na esfera de soberania nacional e na autonomia técnico-científica do Brasil; b) propor estratégias para que o Ministério da Saúde assuma seu papel no cenário nacional, como articulador do fomento científico, tecnológico e de inovação em saúde;e c) formular as estratégias para propiciar o controle social da Política de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde. CAPÍTULO II DA REALIZAÇÃO Art. 2º A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde terá abrangência nacional, mediante a realização das Etapas Municipal, Estadual e Nacional,observando o seguinte cronograma: I – Etapa Municipal – até 10 de maio de 2004; II - Etapa Estadual – até 10 de junho de 2004; III - Etapa Nacional - de 01 a 04 de julho de 2004. * § 1° O não cumprimento do prazo previsto neste artigo, por um ou mais Municípios e Estados, não constituirá impedimento à realização da Etapa Nacional. § 2º A Etapa Municipal terá por objetivo analisar o Documento Base e elaborar propostas para o Município, Estado e União. O Relatório da Etapa Municipal será apresentado junto com a lista dos Delegados Municipais eleitos à Etapa Estadual, conforme prazo estabelecido no Regimento da Conferência Estadual,sendo que: I – os Municípios, ao realizarem as suas respectivas Conferências Municipais, terão suas representações de Delegados eleitos conforme estabelecido no Anexo I; II - a não realização da Etapa Municipal, por um ou mais municípios, não inviabilizará a realização das Etapas Estadual e Nacional. * Calendário aprovado em 14 de abril de 2004 pelo conselho Nacional de Saúde:etapa municipal até 10 de maio de 2004; etapa estadual até 10 de junho de 2004;e etapa nacional de 25 a 28 de julho de 2004. 47 R E G I M E N TO § 3º Os Municípios que não realizarem as suas respectivas Conferências Municipais poderão, em caráter extraordinário, realizarem Conferências Regionais de Saúde. Esses municípios serão agrupados segundo os Planos Diretores de Regionalização de seus Estados ou outra forma proposta pelo Conselho Estadual de Saúde correspondente, desde que oficializada junto a Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde, sendo que: I - a Conferência Regional de Saúde terá por objetivos analisar o Documento Base, elaborando propostas para o Estado e União e eleger Delegados para a Etapa Estadual, conforme descrito no Art. 2º, § 3º, Inciso III, alínea b do Regimento da 2ªConferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde; II - o Conselho Estadual de Saúde coordenará a(s) Conferência(s) Regional(s) de Saúde, podendo solicitar o acompanhamento da Comissão de Articulação e Mobilização da 2º CNCTIS; III - a Conferência Regional de Saúde deverá considerar que: a) o Município só poderá participar da Conferência Regional de Saúde, se credenciar Delegados, que representem o conjunto das entidades e órgãos de sua abrangência, totalizando, no mínimo, 2 (duas) vezes o número de conselheiros municipais titulares do seu respectivo Conselho Municipal de Saúde, definidos paritariamente; b) o total de Delegados eleitos, na Conferência Regional de Saúde, para a Etapa Estadual, corresponderá à 50% (cinqüenta por cento) do número de delegados a que o município credenciado teria direito se realizasse a Conferência Municipal; (Anexo II) c) o conjunto dos Delegados eleitos na Conferência Regional de Saúde à Etapa Estadual garantirá, em sua totalidade, a paridade prevista na Resolução nº 333/2003 do Conselho Nacional de Saúde; d) outros critérios poderão ser estabelecidos, desde que estejam de acordo com os itens anteriores, deliberados pelo Conselho Nacional de Saúde. IV - a não realização da Etapa Regional, pelos municípios, não inviabilizará a realização das Etapas Estadual e Nacional. § 4º A Etapa Estadual terá por objetivo analisar o Documento Base e os Relatórios das Conferências Municipais e elaborar propostas para Estado e União, produzindo um relatório que será encaminhado à Comissão Organizadora Nacional até o dia 20 de junho de 2004, sendo que: I - na Etapa Estadual só poderão participar os Delegados eleitos nas Conferências Municipais e os Delegados indicados pelos Conselhos Estaduais, considerando que: a) os Conselhos Estaduais publicarão a lista dos segmentos que poderão indicar os delegados, respeitando a paridade da Resolução n.º 333/03 do Conselho Nacional de Saúde; 48 R E G I M E N TO b) os Delegados indicados não poderão ultrapassar o percentual de 20 % (vinte por cento) do total de Delegados credenciados pelos Municípios, no prazo em que se encerrar a inscrição de Delegados à Etapa Estadual; II - a não realização da Etapa Estadual, por um ou mais Estados, não inviabilizará a realização da Etapa Nacional. § 5º A Etapa Nacional terá por objetivo analisar o Documento Base acrescido das propostas aprovadas nas Conferências Estaduais e elaborar propostas nacionais, produzindo um Relatório que será votado na 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde. § 6° Na Etapa Nacional só poderão participar os Delegados eleitos nas Conferências Estaduais, os Delegados Indicados pelo Conselho Nacional de Saúde, os Representantes Titulares ou os respectivos Suplentes do Conselho Nacional de Saúde, que são membros natos, sendo que: I - o Conselho Nacional definirá os segmentos que poderão indicar os Delegados, respeitando a paridade da Resolução n.º 333/2003, do Conselho Nacional de Saúde; II - os Delegados Indicados não poderão ultrapassar o percentual de 20% (vinte por cento) do total de Delegados credenciados a que os Estados terão direito, no prazo em que se encerrar a inscrição de Delegados à Etapa Nacional, conforme Art. 2º, Inciso III,deste Regimento. § 7° A 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde será realizada em Brasília, DF. Art. 3º O tema central da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e inovação em Saúde, que deverá orientar as discussões nas distintas etapas da sua realização, será: “Produzir e aplicar conhecimento na busca da universalidade e equidade, com qualidade da assistência à saúde da população”. CAPÍTULO III DO TEMÁRIO Art. 4º A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde debaterá dois Eixos Temáticos: I - A Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; II - A Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. § 1° O tema central “Produzir e aplicar conhecimento na busca da universalidade e equidade, com qualidade da assistência à saúde da população” deverá permear as discussões dos temas. § 2° Cada Eixo Temático será discutido em Painéis, Plenárias Temáticas e Plenária Final. § 3° Um Documento Base, com caráter propositivo, será elaborado pela Comissão Organizadora e deverá conter o Histórico da Política Nacional de Ciência e 49 R E G I M E N TO Tecnologia em Saúde, as Deliberações da 1a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde, as Deliberações das Conferências Nacionais de Saúde, a Conjuntura Política, considerando o Programa e as propostas do atual governo, e outras propostas relativas ao tema. CAPÍTULO IV DO FUNCIONAMENTO Art 5º O Documento Base, acrescido do consolidado das propostas aprovadas nas Conferências Estaduais, será o documento-referência nas discussões das Plenárias Temáticas durante a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Art 6º Os Relatórios das Conferências Municipais deverão ser apresentados à Comissão Organizadora Estadual até o dia 20 de maio de 2004 e os relatórios das Conferências Estaduais deverão ser apresentados à Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, até o dia 20 de junho de 2004, em versão resumida de, no máximo 20 (vinte) laudas, quando serão consolidados, publicados e distribuídos para subsidiar a Etapa Nacional da Conferência. Parágrafo único. O Relatório Final da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde deverá contemplar o conjunto das propostas e Moções, aprovadas na Plenária Final da Etapa Nacional. CAPÍTULO V DA ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ORGANIZADORA Art 7º A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde será presidida pelo Ministro de Estado da Saúde e, na sua ausência ou impedimento eventual, pelo Secretário Executivo do Ministério da Saúde. Art 8º A Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde será indicada pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde e composta por 16 (dezesseis) representantes de forma paritária. Parágrafo único. O Plenário do Conselho Nacional de Saúde indicará a Coordenação de Relatoria, incluindo Relator-Geral e Relator-Adjunto, totalizando 10 (dez) integrantes, e as seguintes Comissões Especiais para a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, de forma paritária, podendo ou não ser Conselheiro: I - Comissão de Comunicação, composta por 04 integrantes; II - Comissão de Articulação e Mobilização, integrada por Conselheiros do Conselho Nacional de Saúde, Coordenadores Regionais Titulares da Plenária 50 R E G I M E N TO Nacional de Conselhos de Saúde e Secretaria Executiva do CNS; III – Comissão de Infra-estrutura, composta por 04 integrantes. Art 9º Será constituída uma Comissão Executiva, nomeada pelo Ministro da Saúde, por meio de Portaria Interministerial, com a seguinte composição: I – Coordenador-Geral – Representante do Ministério da Saúde; II – Coordenador-Adjunto – Representante do Ministério da Ciência e Tecnologia; III - Coordenador-Adjunto – Representante do Ministério da Educação; IV – Secretário-Geral; e V – Secretário-Adjunto. CAPÍTULO VI DAS ATRIBUIÇÕES DAS COMISSÕES Art 10 À Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde compete: I - promover, coordenar e supervisionar a realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, atendendo aos aspectos técnicos, políticos, administrativos e financeiros, e apresentando as propostas para deliberação do Conselho Nacional de Saúde; II – elaborar e propor: a) a Portaria de Convocação da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; b) o Regimento e o Regulamento da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; c) o temário da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; d) os critérios para participação e definição de Convidados Nacionais e Internacionais; e) o quantitativo e distribuição de percentual de Delegados por Estado e Nacional, bem como de Entidades Nacionais e de Convidados; f ) apreciar a prestação de contas realizada pela Comissão Executiva; g) resolver as questões julgadas pertinentes não previstas nos itens anteriores. III - definir e acompanhar a disponibilidade, organização da infra-estrutura e orçamento para a Etapa Nacional; IV - mobilizar e estimular a participação de todos os segmentos pertinentes, nas etapas de realização; V - elaborar, em articulação com a Comissão Executiva, o Documento Base para os Eixos Temáticos da Conferência, visando subsidiar as Conferências Municipais e Estaduais, bem como a apresentação dos expositores dos Painéis; VI - propor Eixos Temáticos e composição dos Painéis; 51 R E G I M E N TO VII – propor os roteiros para as Plenárias Temáticas; VIII - propor estratégias de divulgação do evento na mídia falada, escrita e na Internet; IX - propor os expositores para os Painéis; X - propor a lista dos convidados. Art 11 À Comissão Executiva compete: I - implementar as deliberações da Comissão Organizadora; II - subsidiar e apoiar a realização das atividades das Comissões Especiais; III - propor os critérios de credenciamento dos Delegados das Etapas Municipal, Estadual e Nacional, assim como acompanhar a sua aplicação; IV - viabilizar as condições de infra-estrutura necessárias à realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; V - propor e viabilizar a execução do orçamento e providenciar as suplementações orçamentárias; VI - prestar contas à Comissão Organizadora dos Recursos destinados à realização da Conferência; VII - providenciar e acompanhar a celebração de contratos e convênios necessários à realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; VIII - estimular e apoiar a realização das Conferências Municipais e Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; IX - monitorar e apoiar o andamento das Conferências Municipais e Estaduais; X - estimular e acompanhar o encaminhamento, em tempo hábil, dos Relatórios das Conferências Estaduais à Comissão de Relatoria da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Art 12 À Coordenação de Relatoria compete: I - propor nomes para compor equipe de Relatores das Plenárias Temáticas e de Relatores de Síntese; II - elaborar e propor a metodologia para consolidação dos Relatórios das Plenárias Temáticas; III - consolidar os Relatórios da Etapa Estadual; IV - consolidar os Relatórios produzidos nas Plenárias Temáticas da Etapa Nacional; V - elaborar o Relatório Final da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Art. 13 À Comissão de Comunicação compete: I - definir instrumentos e mecanismos de divulgação da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; II - promover a divulgação do Regimento e Regulamento da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; 52 R E G I M E N TO III - orientar as atividades de comunicação social da Conferência; IV - apresentar relatórios periódicos das ações de comunicação e divulgação, incluindo uma análise da repercussão na mídia; V - divulgar a produção de materiais, inclusive, o Relatório Final da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Art. 14 À Comissão de Articulação e Mobilização compete: I - estimular a organização e realização das Conferências Municipais e Estaduais, como etapas importantes para a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, em conjunto com a Comissão Executiva; II - participar das Etapas Municipais e Estaduais da 2a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; III - apresentar e debater a proposta de Regulamento da Etapa Nacional nas Conferências Municipais e Estaduais, quando solicitada; IV – estar à disposição das Comissões Organizadoras das Etapas Municipais e Estaduais para esclarecimento do Regimento da Etapa Nacional; V – fortalecer e facilitar o intercâmbio Município-Estado, visando à troca de experiências positivas no que se refere aos temários das Conferências Municipais e Estaduais da 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde; VI – estimular o encaminhamento dos Relatórios das Conferências Estaduais à Comissão Organizadora 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde. Art 15 À Comissão de Infra-Estrutura compete: I - propor condições de infra-estrutura necessárias à realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, referentes ao local, equipamentos e instalações, audiovisuais, de reprografia, comunicações, hospedagem, transporte, alimentação e outras; e II - avaliar, juntamente com a Comissão Executiva,a prestação de contas de todos os recursos destinados à realização da Conferência. CAPÍTULO VII DOS PARTICIPANTES Art. 16 A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde contará a distribuição dos participantes, tendo como base o número de 600 delegados. (Anexo III) § 1º Os membros da Etapa Nacional da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde serão distribuídos em três categorias: I - Delegados com direito a voz e voto; II - Convidados com direito a voz; III - Observadores com direito a voz. 53 R E G I M E N TO Art. 17 Serão delegados na 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde: I - os Representantes Titulares ou respectivos Suplentes do Conselho Nacional de Saúde, que serão membros natos; II - os Delegados eleitos na Etapa Estadual da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, de acordo com parâmetros previamente definidos pelo Conselho Nacional de Saúde; (Anexo II) III - os Delegados das Entidades Nacionais indicados pelo Conselho Nacional de Saúde; IV - os Delegados indicados pelos setores de ciência, tecnologia e educação, incidindo indicações sobre, pelo menos: a) entidades representativas dos docentes do nível superior; b) entidades representativas dos pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa; c) entidades representativas das indústrias do complexo produtivo da saúde; d) entidades representativas dos pesquisadores de centros de pesquisa e desenvolvimento; e) entidades representativas dos gestores de pesquisa do ensino superior e técnico; f ) fórum de secretários estaduais de ciência e tecnologia; g) fórum de secretários estaduais de educação; h) fórum das fundações estaduais de amparo à pesquisa; i) entidades representativas dos sujeitos da pesquisa; j) entidades representativas de discentes da área de saúde. Parágrafo único. No processo eleitoral para a escolha de delegados, deverão ser eleitos Delegados Suplentes no total de 30% (trinta por cento) das vagas de cada segmento, devendo ser encaminhada a ficha de inscrição do Delegado Suplente, assim caracterizada no conjunto dos delegados inscri to s, à Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, nos prazos determinados no Regimento da Etapa Nacional. Art.18 Serão convidados para a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde representantes de Órgãos, Entidades, Instituições Nacionais e Internacionais e Personalidades Nacionais e Internacionais, com atuação de relevância nos Setores de Saúde, de Ciência e Tecnologia em Saúde, de Educação em Saúde e setores afins, num percentual máximo de 10% (dez por cento) do total de Delegados da Conferência,indicados pela Comissão Organizadora e pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde. Parágrafo único. A lista de Convidados será concluída até dez dias antes da realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, será dada publicidade à mesma e não serão permitidas substituições no credenciamento. 54 R E G I M E N TO Art. 19 Os Delegados, nas Conferências Estaduais, elegerão os Observadores, podendo se candidatar Delegados não eleitos e Observadores para a Etapa Nacional,num percentual máximo de 5% (cinco) por cento do total de Delegados Estaduais, garantindo 1 (um) obser vador, no mínimo, por Estado. Parágrafo único. A lista de Observadores será encaminhada junto com a lista de Delegados Estaduais à Comissão Executiva até o dia 20 de junho de 2004 e no credenciamento não serão permitidas substituições. Art. 20 As inscrições dos Delegados da Etapa Estadual à 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde deverão ser feitos nos Estados, pelas Comissões Organizadoras Estaduais da Conferência. Art. 21 As inscrições dos Delegados à 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde deverão ser feitas junto à Comissão Executiva da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, até o dia 20 de junho de 2004. § 1° O credenciamento dos Delegados Titulares deverá ser realizado no dia 01 de julho de 2004, das 14 às 22 horas e no dia 02 de julho de 2004, das 8 às 18 horas. § 2° O credenciamento dos Delegados Suplentes em substituição aos Delegados Titulares deverá ser realizado no dia 02 de julho de 2004, das 18 às 22 horas. § 3° Os Delegados Suplentes dos Usuários e Trabalhadores de Saúde somente terão direito à hospedagem e à alimentação pagas pelo Ministério da Saúde, quando configurado o seu credenciamento enquanto Delegado. CAPÍTULO VIII DOS RECURSOS FINANCEIROS Art. 22 As despesas com a organização geral para a realização da Etapa Nacional da 2ª Conferência Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde correrão à conta da dotação orçamentária consignada ao Ministério da Saúde. § 1° O Ministério da Saúde arcará com as despesas referentes à hospedagem e à alimentação dos Delegados representantes dos Usuários e dos Trabalhadores de Saúde e com as despesas de alimentação de todos os Delegados. § 2° As despesas com o deslocamento dos Delegados Estaduais do setor saúde dos seus estados de origem até Brasília serão de responsabilidade da respectiva unidade federada. § 3º As despesas com o deslocamento dos Delegados Indicados serão de responsabilidade das Entidades que os elegerem. § 4° A hospedagem e o deslocamento dos Delegados do setor da educação e da ciência e tecnologia até Brasília serão de responsabilidade das entidades que os mesmos representem. 55 R E G I M E N TO CAPÍTULO IX DA PLENÁRIA FINAL Art. 23 Na Plenária Final, a Coordenação dos Trabalhos colocará em apreciação o Relatório Síntese das Plenárias Temáticas, conforme o Regulamento. § 1° O Relatório Síntese contemplará todas as propostas discutidas nas Plenárias Temáticas. § 2° Será feita a votação contra,a favor e abstenções, com direito à defesa,a favor e contra, das propostas sobre as quais não tenha sido possível construir consenso, destacadas no Relatório Síntese. CAPÍTULO X DA PROGRAMAÇÃO Art. 24 A Programação da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde seguirá o formato da grade no Anexo IV. CAPÍTULO XI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 25 O Regimento da Etapa Estadual terá como referência o Regimento da Etapa Nacional. Art. 26 Os Municípios e Estados devem respeitar os critérios populacionais no Anexo I e Anexo II. Art. 27 Os casos omissos neste Regimento serão resolvidos pela Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. 56 R E G I M E N TO A N E XO I MUNICÍPIOS/Nº DE HABITANTES DELEGADOS ELEITOS Menos de 200.000 4 200.001 a 800.000 8 800.001 a 2.000.000 16 2.000.001 a 5.000.000 32 Mais de 5.000.000 64 Obs.: Número de delegados que os municípios elegerão para a Etapa Estadual, como forma de equilíbrio entre critério populacional e paridade da Resolução n.º 333/03 do Conselho Nacional de Saúde. 57 R E G I M E N TO A N E XO II Distribuição de Delegados Estaduais por Unidade Federada,segundo critério populacional e paridade da Resolução nº 333/03 do CNS Regiões/Estados TOTAL BRASIL Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins NORTE Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia NORDESTE Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo SUDESTE Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul SUL Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal CENTRO-OESTE População Distribuição % da Total de população por estado Delegados 169.799.170 100 Usuár. Trab. Ges./Pres. Total 1.379.787 557.526 2.812.557 324.397 6.192.307 477.032 1.157.098 0,81 0,33 1,66 0,19 3,65 0,28 0,68 12.900.704 7,6 5.651.475 2.843.278 7.430.661 2.776.782 3.443.825 7.918.344 2.822.621 1.784.475 13.070.250 3,33 1,67 4,38 1,64 2,03 4,66 1,66 1,05 7,7 47.741.711 28,12 17.891.494 3.097.232 14.391.282 37.032.403 10,54 1,82 8,48 21,81 72.412.411 42,65 9.563.458 5.356.360 10.187.798 25.107.616 5,63 3,16 6 2 2 2 2 4 2 2 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 1 1 32 4 2 6 2 2 6 2 2 10 2 1 3 1 1 3 1 1 5 2 1 3 1 1 3 1 1 5 1,22 1,47 2,95 1,21 11.636.728 6,85 8 4 12 4 4 12 4 4 20 72 14 2 12 30 7 1 6 15 7 1 6 15 28 4 24 60 116 8 4 8 4 2 4 4 2 4 14,79 2.078.001 2.504.353 5.003.228 2.051.146 4 4 4 4 8 4 4 16 8 16 40 2 2 4 2 1 1 2 1 1 1 2 1 4 4 8 4 20 Fonte:IBGE. Censo Demográfico 2000. Para os estados que apresentaram um número de delegados abaixo de quatro na aplicação do critério populacional,utilizouse o ajuste para garantir o número mínimo de quatro delegados por estado. 58 R E G I M E N TO A N E XO III SEGMENTOS ELEITOS INDICADOS TOTAL 80% 20% Usuários 144 16 160 Trabalhadores 72 8 80 Gestores 50 5 55 Prestadores 22 3 25 1 Total de Delegados – SAÚDE 288 32 320 2 Total de Delegados – EDUC. 120 3 Total de Delegados – CIÊNC. 120 Total Geral 560 São destinadas 40 (quarenta) vagas para os Conselheiros Nacionais de Saúde do percentual de 20% (vinte por cento) dos indicados. 59 R E G I M E N TO A N E XO IV Domingo - 25/7 Manhã Segunda-Feira - 26/7 Terça-Feira - 27/7 Quarta-Feira -28/7 Painel sobre o Eixo Plenária Plenária Final Temático: Temática 9h às 12h A Política Nacional de 9h às 12h Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 9h às 13h Tarde Almoço Almoço Almoço 13h às 15h 12h às 14h 12h às 14h Painel sobre o Eixo Plenária Plenária Final Temático: Temática 14h às 19h A Agenda Nacional 14h às 18h de Prioridades de Pesquisa em Saúde 15h às 19h Lanche Noite Jantar Jantar Jantar 19h às 21h 18h30 às 20h 19h às 20h30 Abertura da 2ª Confraternização Conferência 21h Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 18h Aprovação do Regulamento da 2ª CNCTIS 20h Nota: Calendário aprovado em 14 de abril de 2004 pelo conselho Nacional de Saúde:etapa municipal até 10 de maio de 2004;etapa estadual até 10 de junho de 2004;e etapa nacional de 25 a 28 de julho de 2004. 60 R E G I M E N TO MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE CONFERÊNCIAS REGIONAIS DE SAÚDE Os municípios que não realizarem as suas respectivas Conferências Municipais poderão, em caráter extraordinário, realizar Conferências Regionais de Saúde. Esses municípios serão agrupados segundo os Planos Diretores de Regionalização (PDR) de seus estados ou outra forma proposta pelo Conselho Estadual de Saúde (CES) correspondente, desde que oficializada junto à Comissão Organizadora da 2ª CNCTIS. a) A Conferência Regional de Saúde terá por objetivos analisar o Documento Base, elaborando propostas para o Estado e União e eleger Delegados para a Etapa Estadual, conforme descrito no art. 2º, § 2º, Inciso II, letra c do Regimento da 2ª CNCTIS; b) O Conselho Estadual de Saúde (CES) coordenará a(s) Conferência(s) Regional(is) de Saúde, podendo solicitar o acompanhamento da Comissão de Articulação e Mobilização da 2ª CNCTIS; c) A Conferência Regional de Saúde deverá considerar que: 1. O município só poderá participar da Conferência Regional de Saúde se credenciar Delegados que representem o conjunto das entidades e órgãos de sua abrangência, totalizando, no mínimo, 2 (duas) vezes o número de conselheiros municipais titulares do seu respectivo Conselho Municipal de Saúde, definidos paritariamente. 2. O total de Delegados eleitos na Conferência Regional de Saúde para a Etapa Estadual corresponderá a 50% (cinqüenta por cento) do número de Delegados a que o município credenciado teria direito se realizasse a Conferência Municipal (Anexo II). 3. O conjunto dos Delegados eleitos na Conferência Regional de Saúde à Etapa Estadual garantirá, em sua totalidade, a paridade prevista na Resolução CNS nº 333/03. 4. Outros critérios poderão ser estabelecidos, desde que estejam de acordo com os itens anteriores, deliberados pelo Conselho Nacional de Saúde. 61 62 6. Proposta de Regulamento 63 64 P RO P O S TA DE REGULA M E N TO 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE PROPOSTA DE REGULAMENTO CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1º Este Regulamento tem por finalidade a definição de regras de funcionamento para a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, convocada por Portaria Interministerial nº 453, de 17 de março de 2004 e da Resolução nº 334 de 04 de novembro de 2003 do Conselho Nacional de Saúde e de acordo com as Recomendações nº 002, de 07 de março de 2002 e nº 010, de 03 de julho de 2003 do Conselho Nacional de Saúde, com Regimento, aprovado pela 139ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, em 06 de fevereiro de 2004. CAPÍTULO II DO TEMÁRIO Art. 2º Nos termos do seu Regimento, a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde abordará: I - o tema central:“Produzir e aplicar conhecimento na busca da universalidade e equidade, com qualidade da assistência à saúde da população”. II - os eixos temáticos: a) A Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; b) A Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Parágrafo único. Todos os eixos temáticos devem observar os seguintes documentos referência: I - Documento Base, acrescido do consolidado das propostas aprovadas nas Conferências Estaduais; II - Relatórios das Conferências Nacionais de Saúde; III - Relatório da 1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde. SEÇÃO I DOS PAINÉIS Art. 3º A abordagem de cada tema que compõe a 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde será feita mediante apresentações de até 04 (quatro) expositores. § 1º Os Painéis serão coordenados por um Coordenador indicado pela Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde. § 2° Os expositores serão escolhidos entre Gestores, Prestadores de Serviços, 65 P RO P O S TA DE REGULA M E N TO Trabalhadores de Saúde, Usuários, membros do Ministério Público, especialistas e estudiosos da área de Ciência e Tecnologia em Saúde. § 3° Os expositores deverão enviar textos completos de suas intervenções, com, no máximo, 12 (doze) laudas, até 30 (trinta) dias antes da realização da 2ª Conferência Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde, à Comissão de Comunicação, para que possam ser divulgados na página da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e na página do Conselho Nacional de Saúde, na internet. Art. 4° Os expositores disporão de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 5 (cinco) minutos, para exporem sua idéias, baseadas no Documento Base, acrescido do consolidado das propostas aprovadas nas Conferências Estaduais. Art. 5° Após as exposições, o Coordenador do Painel abrirá a palavra ao Plenário para debate, durante 60 (sessenta) minutos improrrogáveis. § 1° Os Delegados, os Convidados e os Observadores poderão manifestar-se por escrito ou verbalmente, durante o período dos debates, mediante perguntas ou observações pertinentes ao tema, garantindo-se, prioritariamente, a ampla oportunidade de manifestação de todos, evitando-se as múltiplas manifestações de uma mesma pessoa. § 2° O tempo máximo para cada intervenção será de 03 (três) minutos improrrogáveis. Art. 6° As exposições e debates serão registrados em fita magnética, com vistas a sua divulgação nos Anais da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. SEÇÃO II DA PLENÁRIA DA 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA e Inovação em Saúde Art. 7° A Plenária da 2ª Conferência Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde terá como função aprovar o Regulamento da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, resolver os casos omissos no Regimento, e votar o Relatório Final e as Moções apresentadas. SEÇÃO III DAS PLENÁRIAS TEMÁTICAS Art. 8° As Plenárias Temáticas serão realizadas da seguinte forma: I - a composição das Plenárias Temáticas será de Delegados, de Convidados e de Observadores, conforme distribuição realizada pela Comissão Organizadora com base nas listas de preferências encaminhadas pelos Delegados, obedecendo à paridade entre os segmentos. 66 P RO P O S TA DE REGULA M E N TO II - as Plenárias Temáticas serão coordenadas por uma Mesa Diretora, composta por Usuários, Trabalhadores, Gestores e Prestadores, indicados pelo Conselho Nacional de Saúde. III - o Coordenador será indicado entre os membros da Mesa Diretora, com as funções de conduzir as discussões, controlar o tempo e estimular a participação, de acordo com roteiro previamente descrito no Art. 2°, inciso II, deste Regulamento; IV – A Coordenação de Relatoria será composta por 10 (dez) pessoas, sendo 2 (dois) Relatores (um Geral e um Adjunto) e 8 (oito) Relatores para a Mesa de Apoio ao Plenário, distribuídos igualmente em cada Mesa das Plenárias Temáticas. Art. 9° As intervenções dos participantes das Plenárias Temáticas terão como base os debates ocorridos durante os Painéis e os re s pe ct i vos DocumentosReferência: I – Relatório Final da 12ª Conferência Nacional de Saúde; II – Documento Base, acrescido do consolidado das propostas aprovadas nas Conferências Estaduais; III - Relatório da 1ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde. Art. 10 A Mesa Diretora fará a leitura do Documento Base, acrescido do consolidado das propostas aprovadas nas Conferências Estaduais. Art. 11 A cada tópico, a Mesa Diretora consultará o Plenário se haverá destaques. Art. 12 Quando houver destaques, os mesmos deverão ser entregues, por escrito, à Mesa de Apoio ao Plenário durante a leitura do Relatório Síntese. Parágrafo único. Os destaques deverão contemplar supressão total ou parcial, modificação ou adendos pertinente ao tema. Art. 13 Quando da apresentação dos destaques à Mesa de Apoio do Plenário, a mesma deverá: I - buscar consensos entre as propostas apresentadas; II - encaminhar à Coordenação da Mesa Diretora sobre as propostas consensuadas e as propostas não consensuadas. Art. 14 A apreciação dos destaques, para discussão e aprovação, será retomada após 30 (trinta) minutos do final da leitura de cada eixo temático. Art. 15 Para que uma proposta seja levada para apreciação da Plenária Final, ela deverá obter pelo menos 30 % (trinta por cento) dos votos dos Delegados que estiverem compondo as Plenárias Temáticas. Nesse caso, a proposta não será considerada de consenso e será levada para deliberação da Plenária Final. Art. 16 Quando a proposta obtiver mais de 70% (setenta por cento) dos votos dos presentes nas Plenárias Temáticas, será considerada aprovada pela Conferência e será levada para conhecimento da Plenária Final. 67 P RO P O S TA DE REGULA M E N TO SEÇÃO IV DA PLENÁRIA FINAL Art. 17 Participarão na Plenária Final: I - os Delegados, com direito a voz e voto; II - os Convidados com direito a voz; III - os Obser vadores com direito a voz. Parágrafo único. A Comissão Organizadora destinará locais de permanência específicos para os Delegados, os Convidados e os Observadores. Art. 18 As sessões da Plenária Final da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde serão coordenadas por Mesas Indicadas pelo Conselho Nacional de Saúde, representando os segmentos (Usuários, Trabalhadores de Saúde, Gestores e Prestadores), de acordo com a Resolução nº 333/2003 do Conselho Nacional de Saúde. Parágrafo único. As sessões da Plenária Final serão secretariadas por membros da Coordenação de Relatoria, coordenados pelo Relator Geral da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Art. 19 A votação do Relatório Final da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e inovação em Saúde será encaminhada na forma que se segue: I - proceder-se-á, com antecedência, a distribuição do Relatório das Plenárias Temáticas para leitura; II - de acordo com o Art. 16, o Coordenador procederá a leitura das propostas aprovadas nos relatórios das Plenárias Temáticas; III - na seqüência, o Coordenador da Mesa lerá, uma a uma, as propostas que não obtiveram consenso nos Relatórios das Plenárias Temáticas, indicando o percentual de votos que obtiveram; IV - não será admitida a apresentação de novos destaques e/ou propostas ao conjunto de propostas que será votado. V - o Coordenador da Mesa concederá a palavra, por igual tempo, ao Delegado que se apresentar para defender a proposta que obtiver menos votos nas Plenárias Temáticas e ao Delegado que se apresentar para defender a proposta que obtiver mais votos nas Plenárias Temáticas, sempre nessa ordem; VI - será permitida mais de uma defesa, a favor ou contra, se a Plenária não se sentir devidamente esclarecida para votação; VII - a(s) proposta(s) apresentada(s) será(ão) colocada(s) em votação em relação à proposta que obtiver mais votos nas Plenárias Temáticas versus à proposta que obtiver menos votos nas Plenárias Temáticas, sempre nessa ordem; VIII - as propostas apresentadas serão aprovadas por maioria simples dos Delegados presentes. 68 P RO P O S TA DE REGULA M E N TO Art. 20 A Mesa Diretora da Plenária assegurará o direito à manifestação, aos Delegados, pela ordem, sempre que qualquer um dos dispositivos deste Regulamento não estiver sendo observado. Parágrafo único. As questões de ordem não serão permitidas durante o regime de votação. Art. 21 As questões de encaminhamento somente serão acatadas quando se referirem às propostas de encaminhamento sob o processo de votação feito pelo Coordenador da Mesa e que não estejam previstas neste Regulamento. Art. 22 A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde será considerada habilitada a aprovar propostas, com quorum mínimo de 1/3 (um terço) dos Delegados credenciados presentes em Plenário. SEÇÃO V DAS MOÇÕES Art. 23 As Moções encaminhadas, exclusivamente, por Delegados, que não estejam contempladas pelas Conferências Estaduais, deverão ser, necessariamente, de âmbito ou repercussão nacional ou internacional e devem ser apresentadas em formulário próprio à Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, até o dia 03 de julho de 2004, às 18h, redigidas em, no máximo, 1 (uma) lauda, fonte 12,espaço simples. § 1° Cada Moção deverá ser assinada por, pelo menos, 10% dos Delegados da Conferência. § 2° A Coordenação de Relatoria organizará as Moções recebidas, classificando-as e agrupando-as por tema, dando ciência aos propositores para que organizem a apresentação na Plenária Final, facilitando o andamento dos trabalhos. § 3° Encerrada a fase de apreciação do Relatório Final da Conferência, o Coordenador da Mesa Diretora procederá à leitura das Moções por tema e submeterá sua aprovação à Plenária. § 4° A aprovação das Moções será por maioria simples dos Delegados presentes, considerando-se o quorum previsto no Art. 22 deste Regulamento. Art. 24 Concluídas as apreciações das Moções, será encerrada a sessão da Plenária Final da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. CAPÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO Art. 25 A organização da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde terá a seguinte metodologia: I - Painéis; II - Plenárias: 69 P RO P O S TA DE REGULA M E N TO a) Plenária da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, de aprovação do Regulamento; b) Plenárias Temáticas; c) Plenária Final. CAPÍTULO IV DO CREDENCIAMENTO Art. 26 O credenciamento dos Delegados Titulares será realizado no dia 01 de julho de 2004,das 14 às 22 horas, e no dia 02 de julho de 2004, das 08 às 18 horas. Art. 27 O credenciamento dos Delegados Suplentes será realizado no dia 02 de julho de 2004, das 18 às 22 horas. § 1º Fica sob responsabilidade do Coordenador Estadual, que recebeu a ficha de inscrição dos Delegados, acompanhar a substituição de Delegados Titulares pelos Suplentes de seu respectivo Estado. § 2º Fica sob responsabilidade das Entidades Nacionais acompanhar a substituição de Delegados Titulares por Suplentes em seu âmbito de representação. Art. 28 O credenciamento dos Convidados será realizado no dia 01 de julho de 2004, das 14 às 22 horas, e no dia 02 de julho de 2004,das 08 às 18 horas. Art. 29 O credenciamento dos Observadores será realizado no dia 01 de julho de 2004, das 14 às 22 horas, e no dia 02 de julho de 2004, das 08 às 18 horas. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS E COMUNS Art. 30 Serão conferidos certificados de participação na 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde aos membros da Comissão Organizadora, das Comissões Especiais e da Comissão Executiva, aos Delegados, aos Convidados, aos Observadores, aos Expositores e aos Relatores, especificando a condição da participação na Conferência. Art. 31 Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora, ad referendum, quando a Plenária não estiver reunida. 70 7. Comissão Organizadora, Comissão Executiva,Coordenação de Relatoria e Comissões Especiais 71 72 CO M I S S Õ E S 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE COMISSÃO ORGANIZADORA Moisés Goldbaum Walter Araújo Zin William Saad Hossne Renato S. B. Cordeiro Lílian Alicke André Luiz de Oliveira Neide Regina C. Barriguelli Oraida Maria Abreu Gomes dos Santos Eni Carajá Filho Fernando Luiz Eliotério Paulo Ernani Gadelha Vieira Noemy Yamaguishi Tomita Francisca Walda da Silva Gilda Almeida de Souza Mário Toscano de Brito Filho Reinaldo Guimarães José da Rocha Carvalheiro Flávio Andrade Goulart Ciro Mortella COMISSÃO EXECUTIVA Coordenador-Geral: Dr. José Alberto Hermógenes de Souza Coordenador –Adjunto - Representante do Ministério da Ciência e Tecnologia: Ana Lúcia Assad Coordenador-Adjunto – Representante do Ministério da Educação Secretária-Geral: Antonia Angulo Tuesta Secretário-Adjunto: Nelson Rodrigues dos Santos 73 CO M I S S Õ E S COORDENAÇÃO DE RELATORIA Relatoria Geral Suzanne Jacob Serruya Relatoria Adjunta Rita Barradas Barata Carlos Alberto dos Santos Margarida Maria Santana da Silva José Cláudio dos Santos Gerson Oliveira Penna Célia Machado Gervasio Chaves Fidelarina T. do Carmo Márcia Luz da Motta Regina Célia Borges de Lucena COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO Walmer José da Trindade Urtiga Luiz Alberto Silva Herbert Otto Schubart Maria Cristina Costa de Arrochela Lobo COMISSÃO DE INFRA-ESTRUTURA Volmir Raimondi Luiz Gonzaga Araújo Sonia Machado de Campos Dietrich Margarete Martins de Oliveira COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Saúde Eliane Aparecida da Cruz Alessandra Ximenes da Silva Lucia Maria Costa Figueiredo Adalgiza Balsemão Araújo 74 CO M I S S Õ E S CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE Adelmir Araújo Santana Augusto Alves do Amorim Alexandre de Oliveira Fraga Carlos Alberto Ebeling Duarte Crescêncio Antunes da Silveira Neto Diógenes Sandim Martins Eni Carajá Filho Francisco Batista Júnior Francisco das Chagas Dias Monteiro Gastão Wagner de Sousa Campos Gianni Franco Samaja Gilca Ribeiro Starling Diniz Gilson Cantarino O’dwyer Graciara Matos de Azevedo Gysélle Saddi Tannous Humberto Sérgio Costa Lima Jesus Francisco Garcia João Alceu Amoroso Lima Jorge Nascimento Pereira José Luiz Spigolon José Souza da Silva Luiz Odorico M. de Andrade Maria Eugênia C. Cury Maria Helena Baumgarten Maria Leda de R. Dantas Maria Natividade G.S.T.Santana Moisés Goldbaum Nildes de Oliveira Andrade Paulo César Augusto de Souza Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira Rosane Maria Nascimento da Silva Rui Barbosa da Silva Silvia Marques Dantas de Oliveira Virgílio César Romeiro Alves Volmir Raimondi Walmer José da Trindade Urtiga Wander Geraldo da Silva William Saad Hossne Zilda Arns Neumann 75 CO M I S S Õ E S PLENÁRIA NACIONAL DE CONSELHOS DE SAÚDE Lourenço Fernandes de Almeida Júlio César das Neves José Teófilo Cavalcante Benedito Alexandre de Lisboa Maria do Espírito Santo Tavares dos Santos Paulo Roberto V. de Carvalho Andreia de Oliveira Wanderli Machado Pedro Gonçalves Oliveira Raimundo Nonato Soares CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE Adelmir Araújo Santana Alcides dos Santos Ribeiro Alexandre de Oliveira Fraga Almir Adir Gentil André Luiz de Oliveira Antônio Alves de Souza Ary Paliano Augusto Alves do Amorim Carlos Alberto Ebeling Duarte Cássia Regina Zappellini de Souza Ciro Mortella Cleuza de Carvalho Miguel Clóvis A . Boufleur Crescêncio Antunes da Silveira Neto Cristiano Cláudio Torres Daniel Klüppel Carrara Diógenes Sandim Martins Edmundo Ferreira Fontes Eleuses Vieira de Paiva Eni Carajá Filho Etelvina C. Santana Fernando Luiz Eliotério Fernando Passos C.de Barros Francisca Valda da Silva Francisco Batista Júnior Francisco das Chagas Dias Monteiro 76 CO M I S S Õ E S Gastão Wagner de Sousa Campos Georgimar Martiniano de Sousa Geraldo Adão Santos Gerônimo Paludo Geusa Dantas Lelis Gianni Franco Samaja Gilca Ribeiro Starling Diniz Gilson Cantarino O’dwyer Gislei Knierim Graciara Matos de Azevedo Gysélle Saddi Tannous Heder Murari Borba Humberto Sérgio Costa Lima Irineu Messias Araújo Jacqueline Pitanguy Jesus Francisco Garcia João Alceu Amoroso Lima João Donizeti Scaboli Jorge José Santos Pereira Solla Jorge Nascimento Pereira José Carlos Bezerra Passos José Carrijo Brom José Cláudio dos Santos José Luiz Spigolon José Oscar Miranda Pacheco José Souza da Silva Jouglas de Abreu Bezerra Júlia Maria dos Santos Roland Júlio Strubing Muller Neto Lílian Alicke Lino Castellani Filho Luiz Alberto Silva Luiz Fernando Correa Silva Luiz Gonzaga Araújo Luiz Odorico M. de Andrade Manoel Renato Machado Filho Márcia Patrícia Araújo Marco Segre Maria de Fátima Rodrigues Silva 77 CO M I S S Õ E S Maria Eugênia C. Cury Maria Grícia de Lourdes Grossi Maria Helena Baumgarten Maria Inês Barbosa Maria Irene M. Magalhães Maria Júlia Reis Nogueira Maria Leda de R. Dantas Maria Luiza Jaeger Maria Natividade G.S.T.Santana Maria Thereza Mendonça de Carneiro Rezende Mário César Scheffer Marisa Furia Marlene Terezinha Didonet Miriam Regina Fagundes Salomão Moisés Goldbaum Neide Regina C. Barriguelli Neimy Batista da Silva Nildes de Oliveira Andrade Noemy Yamaguishi Tomita Núncio Manalla Olympio Távora Derze Correa Oraida Maria de Abreu Gomes dos Santos Oséas Florêncio Moura Filho Paulo César Augusto de Souza Paulo Ernani Gadelha Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira Rebeca Litvin Renata Ramos Ribeiro Rogério Carvalho Santos Rogério Tokarski Rosana Alcântara da Silva Rosane Lowenthal Rosane Maria Nascimento da Silva Rozângela Fernandes Camapum Rui Barbosa da Silva Sérgio Ricardo Góes Mena Barreto Silvia Marques Dantas de Oliveira Silvio Mendes de Oliveira Filho Solange Gonçalves Belchior 78 CO M I S S Õ E S Soraya Maria Vargas Cortes Suely de Oliveira Tito Oliani Vera Lúcia Marques Vita Virgílio César Romeiro Alves Volmir Raimondi Walmer José da Trindade Urtiga Wander Geraldo da Silva William Saad Hossne Zilda Arns Neumann COLABORADORES Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Saúde Eliane Aparecida da Cruz Alessandra Ximenes da Silva Lucia Maria Costa Figueiredo Assessoria Técnica do Conselho Nacional de Saúde Ana Gabriela Nascimento Sena Silvia Maria Alves DECIT/SCTIE/MS Caco Xavier Flávia Tavares Silva Elias Jacqueline Gagliardi João Carlos Saraiva Pinheiro Juliana Pinheiro Maria Beatriz Amaro Patrícia Melo dos Santos Ronise Guerra de Sousa ASCOM/MS Marylene Rocha Giselle Chassot 79 80 Anexo: Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde 81 82 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia AGENDA NACIONAL DE PRIORIDADES DE PESQUISA EM SAÚDE RELATÓRIO DE PROGRESSO BRASÍLIA, DF MARÇO – 2004 83 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE © 2004 – Ministério da Saúde É permitida a reprodução parcial ou total deste relatório, desde que citada a fonte. Humberto Costa Ministro da Saúde José Alberto Hermógenes de Souza Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Reinaldo Guimarães Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Assessoria de Políticas em Ciência e Tecnologia Antonia Angulo Tuesta Coordenadora Equipe Técnica Flávia Tavares Silva Elias Lílian Rose Peters Márcia Luz da Motta Margarete Martins de Oliveira Maria Cristina Costa de Arrochola Lobo Patrícia Melo dos Santos 84 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE SUMÁRIO Pág. Lista de Siglas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86 I. Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .91 II. Descrição Metodológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93 III. Prioridades de Pesquisa por Subagenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97 1 Doenças Transmissíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97 2 Doenças Não-Transmissíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .105 3 Saúde Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .107 4 Violência, Acidentes e Trauma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .108 5 Saúde da Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109 6 Saúde da Criança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 7 Saúde do Idoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 8 Saúde dos Povos Indígenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115 9 Fatores de Risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 10 Epidemiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 11 Demografia e Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .120 12 Sistemas e Políticas de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121 13 Gestão do Trabalho e Educação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122 14 Saúde, Ambiente, Trabalho e Biossegurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 15 Avaliação Tecnológica e Economia da Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127 16 Alimentação e Nutrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .130 17 Comunicação e Informação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132 18 Bioética e Ética na Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .135 19 Pesquisa Clínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .137 20 Complexo Produtivo da Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .137 IV. Recomendações dos Grupos de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .142 V. Participantes dos Grupos de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .145 VI. Tabelas Demonstrativas da Distribuição dos Participantes do Seminário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .161 85 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE L I S TA DE SIGLA S AIDS ALFOB ANIS ANS ANVISA ARV ATS BIREME CAPES CEFET CEPEM CEP CGEE CNPq CNS CONASEMS CONEP CTA DAF DALY DECIT DES DNT DST EC EFEI ES FAMEMA FAMERP FAP FAPEMIG FAPEPI FAPESB FAPESQ FCM-MG FGV Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero Agência Nacional de Saúde Suplementar Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anti-retroviral Avaliação Tecnológica em Saúde Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Centro Federal de Educação Tecnológica Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher Comitê de Ética em Pesquisa Centro de Gestão de Estudos Estratégicos Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Conselho Nacional de Saúde Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde Comitê Nacional de Ética em Pesquisa Comitê Técnico Assessor Departamento de Assistência Farmacêutica Desability Adjusted Life Years – Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade Departamento de Ciência e Tecnologia Departamento de Economia da Saúde Doenças Não-Transmissíveis Doenças Sexualmente Transmissíveis Emenda Constitucional Escola Federal de Engenharia de Itajubá Economia da Saúde Faculdade de Medicina do Maranhão Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Fundação de Apoio à Pesquisa Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Fundação Getúlio Vargas 86 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE FINEP FIOCRUZ FMABC FMRP/USP FMTM FUNAI FUNASA HIV HPV HTLV IAL IBAMA IBGE IBMP IC-RS IDS IEC IMIP INCA INMETRO INPA IPARDES IPEA IPEM IPEPATRO IS MCT MS NB OGM OMS OPAS PNSI PROCEP PUC SAS Financiadora de Estudos e Projetos Fundação Oswaldo Cruz Faculdade de Medicina do ABC Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro Fundação Nacional do Índio Fundação Nacional de Saúde Vírus da Imunodeficiência Humana Papilomavírus Humano Vírus T-Linfotrópicos Humanos Instituto Adolf Lutz Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto de Biologia Molecular do Paraná Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul Índice de Desenvolvimento em Saúde Instituto Evandro Chagas Instituto Materno Infantil de Pernambuco Instituto Nacional do Câncer Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada Instituto de Pesos e Medidas Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia Instituto de Saúde Ministério de Ciência e Tecnologia Ministério da Saúde Nível de Biossegurança Organismo Geneticamente Modificado Organização Mundial de Saúde Organização Pan-Americana de Saúde Política Nacional de Saúde do Idoso Centro de Ensino e Pesquisas do Pró-Cardíac o Pontifícia Universidade Católica Secretaria de Atenção à Saúde 87 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE SBC SBGG SBMA SCT-MG SCTIE SEADE SEGETES SES SESU/MEC SMS SUS SVS UA UCB UECE UEFS UEL UERJ UFAC UFAM UFBA UFC UFES UFF UFG UFMA UFMG UFMS UFPA UFPB UFPE UFPEL UFPI UFRGS UFRJ UFRN UFS UFSC UFV Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Médicos Antroposóficos Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Secretaria de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde Secretaria Estadual de Saúde Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação Secretaria Municipal de Saúde Sistema Único de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Universidade Federal do Amazonas Universidade Católica de Brasília Universidade Estadual do Ceará Universidade Estadual de Feira de Santana Universidade Estadual de Londrina Universidade do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal do Acre Universidade Federal da Amazônia Universidade Federal da Bahia Universidade Federal do Ceará Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal Fluminense Universidade Federal do Goiás Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Universidade Federal do Pará Universidade Federal da Paraíba Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pelotas Universidade Federal do Piauí Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Federal de Sergipe Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal de Viçosa 88 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE UnB UNICAMP UNICAP UNIFESP UNIFOR UNILUS UNIR UNIRIO UNISINOS UPE USP Universidade de Brasília Universidade de Campinas Universidade Católica de Pernambuco Universidade Federal de São Paulo Universidade de Fortaleza Fundação Lusíada Universidade Federal de Rondônia Universidade do Rio de Janeiro Universidade do Vale do Rio dos Sinos Universidade do Estado de Pernambuco Universidade de São Paulo 89 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 90 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE I . A P R E S E N TA Ç Ã O O leitor encontrará a seguir o relatório de progresso do processo de construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Essa Agenda é um dos alvos estratégicos da reformulação do papel do Ministério da Saúde no ordenamento do esforço nacional de pesquisa em saúde. Este alvo foi definido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, criada pelo Ministro Humberto Costa e implementada ao longo de 2003.A Agenda é uma tarefa que está sob a responsabilidade do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), um dos três integrantes da Secretaria. A pesquisa em saúde é o principal componente setorial de pesquisa no Brasil e, diferentemente do que ocorre na maioria dos países do mundo com tradição de pesquisa nesse campo, a participação do Ministério da Saúde é historicamente bastante pequena, em particular no que diz respeito ao fomento desta atividade. Da mesma forma, essa participação é pequena quando comparada, por exemplo, com a do Ministério da Agricultura na estruturação da pesquisa agropecuária no País. O crescimento do papel do Ministério da Saúde no terreno da pesquisa científica e tecnológica implica algumas qualificações, entre as quais ressalta-se a necessidade de foco e compromisso com a conquista de melhores níveis de saúde para a população. Daí a importância do estabelecimento de prioridades capazes de expressar de modo racional aquele foco e compromisso. Naturalmente, a necessidade de estabelecer prioridades de pesquisa para atender às prioridades da política nacional de saúde não implica uma visão reducionista quanto ao escopo, à profundidade e ao tipo de pesquisa em saúde. Pelo contrário, haverá pesquisa prioritária em toda a extensão da cadeia do conhecimento relacionada à saúde, da pesquisa básica até a operacional, capaz de avaliar procedimentos, equipamentos, serviços, programas e políticas. Com base na experiência internacional acumulada na década passada, o Decit desenvolveu uma metodologia de construção da Agenda. Essa metodologia procurou simplificar as etapas e ações a ser implementadas, porém, sem comprometer a complexidade atual do campo da pesquisa em saúde. Partindo da análise de situação de saúde, o Decit definiu um conjunto de subagendas que contempla amplas áreas de pesquisa e diversos campos disciplinares. Esse conjunto de subagendas foi debatido e aprovado por um Comitê Técnico Assessor (CTA). Na seqüência, foi realizado, em novembro de 2003, em Brasília, um grande seminário, com a participação de número significativo de pesquisadores e gestores de saúde, para identificação de temas prioritários de pesquisa em cada subagenda. 91 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE Este relatório apresenta a consolidação das prioridades de pesquisa elencadas no seminário. Uma primeira visão dessas prioridades pode dar a impressão de que “tudo é prioridade”. Vale ponderar, no entanto, que este nível de detalhamento aliado à complexidade do campo de pesquisa em saúde são os fatores responsáveis por essa primeira impressão. Porém, o Decit considera mais adequado partir de uma visão abrangente, deixando a ordem de implementação das prioridades ao gestor, de acordo com as estratégias que emanam da política de saúde, do que ser restritivo desde o início. Os temas de pesquisa apontados serão submetidos a consulta pública, com o objetivo de ouvir a voz, principalmente, dos usuários dos serviços e dos trabalhadores do setor saúde. Dessa forma, as contribuições de todos os segmentos sociais envolvidos no processo de consolidação do Sistema Único de Saúde terão sido contempladas na construção da Agenda. Após a consulta, a versão final da Agenda será objeto de publicação e ampla divulgação. Esta será submetida à 2a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, a realizar-se no período de 25 a 28 de julho de 2004, para debate e aprovação. Espera-se que o esforço empreendido com este trabalho contribua para que a pesquisa em saúde no Brasil auxilie na otimização dos recursos destinados às atividades de fomento a pesquisa e na melhoria dos serviços e ações de saúde prestados no âmbito do SUS e, conseqüentemente, na elevação dos níveis de saúde da população brasileira. Reinaldo Guimarães Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT ) 92 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE I I . DESCRIÇÃO METO D O L Ó G I CA A metodologia adotada para construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde prevê o percurso de diferentes etapas, descritas na seqüência com o propósito de favorecer a compreensão integral do processo. Etapa I: Situação de Saúde e Condições de Vida Esta etapa busca mostrar a situação de saúde e condições de vida da população, baseada no estado da arte do conhecimento disponível. A avaliação da situação de saúde é um processo de análise e síntese para caracterizar, medir e explicar os perfis de necessidades e problemas de saúde-doença da população e conhecer as respostas sociais organizadas frente a eles (Castellanos, 1997 ). Esses processos permitem:a) identificar necessidades, prioridades e políticas em saúde, bem como avaliar o impacto das intervenções; b) formular estratégias de promoção, prevenção e controle de danos à saúde e avaliação da implementação; c) construir cenários prospectivos de saúde (OPS, 1999 ). Etapa II: Definição de Subagendas de Pesquisa As subagendas definem amplas áreas de pesquisa,envolvendo vários campos disciplinares. Cada subagenda permitirá a conformação de diversos temas prioritários de pesquisa. A partir de experiências nacionais e internacionais, o Decit apresentou um conjunto de subagendas de pesquisa que foram referendadas pelo Comitê Técnico Assessor (CTA). A criação desse Comitê, pelo Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, deve-se ao entendimento de que a construção da Agenda é um processo no qual devem intervir instâncias técnicas e políticas na busca de consenso na definição dessas prioridades. O CTA é composto por vinte membros, entre pesquisadores e gestores de saúde e ciência e tecnologia: Amélia Cohn USP Luiz Odorico M.de Andrade Conasems Célia Machado Gervásio Chaves UFRGS Marco Antônio Zago USP Cristóvão Picanço Diniz UFPA Maria Helena Machado MS Francisco de Assis Machado Reis Unicamp Maura Pacheco Finep Flávio Alberto de Andrade Goulart Conasems Naomar Almeida Filho UFBA Isaias Raw Instituto Butantan Norberto Rech MS José Carvalho Noronha Uerj Paulo Gadelha Fiocruz João Batista Calixto UFSC Maria Regina F. de Oliveira MS Jorge Antônio Zepeda Bermudez Fiocruz Reinaldo Guimarães MS Jorge Guimarães CAPES Ricardo Oliva MS Luiz Hildebrando P. da Silva Ipepatro 93 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE Com o propósito de contemplar as diversas áreas do campo da pesquisa em saúde, o Decit definiu 20 subagendas de pesquisa, a saber: 01. Doenças Transmissíveis 02. Doenças Não-Transmissíveis 03. Violência, Acidentes e Trauma 04. Saúde Mental 05. Saúde da Mulher 06. Saúde da Criança 07. Saúde do Idoso 08. Saúde dos Povos Indígenas 09. Fatores de Risco 10. Epidemiologia 11. Demografia e Saúde 12. Sistemas e Políticas de Saúde 13. Gestão do Trabalho e Educação em Saúde 14. Saúde, Ambiente, Trabalho e Biossegurança 15. Avaliação Tecnológica e Economia da Saúde 16. Alimentação e Nutrição 17. Comunicação e Informação em Saúde 18. Bioética e Ética na Pesquisa 19. Pesquisa Clínica 20. Complexo Produtivo da Saúde Etapa III: Definição de Temas de Pesquisa Os temas de pesquisa compreendem tópicos mais específicos e agregados em cada subagenda. Esses podem contemplar qualquer etapa da cadeia do conhecimento, da pesquisa básica até a operacional, sem restrições quanto às áreas do conhecimento envolvidas. Em muitos casos, os temas prioritários estão associados a prioridades de saúde. Porém, vale ressaltar que a resolução dos problemas de saúde nem sempre é uma variável dependente da pesquisa em saúde e nem sempre há, no campo do saber e das práticas científicas e tecnológicas, conceitos, metodologia ou ferramentas adequadas para a produção de soluções por meio da pesquisa. A definição de temas de pesquisa ocorreu no Seminário para Construção da Agenda, realizado no dia 6 e 7 de novembro de 2003, em Brasília. O Decit, com base em diversas experiências internacionais, apresentou aos participantes alguns critérios para a definição de prioridades de pesquisa, com o objetivo de auxiliá-los na sua identificação, quais sejam: a) Carga de doença, medida por DALY (Disability Adjusted Life Years – Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade) ou outros indicadores; 94 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE b) Análise dos determinantes da carga de doenças segundo os diferentes níveis de intervenção: individual, familiar, comunitário; ministério, sistema e serviços de saúde; instituições de pesquisa; políticas governamentais e outros setores com impacto na saúde; c) Estado da arte do conhecimento científico e tecnológico disponível; d) Custo-efetividade das possíveis intervenções e a possibilidade de sucesso; e) Efeito na eqüidade e justiça social; f ) Aceitabilidade ética, política, social e cultural; g) Possibilidade de encontrar soluções; h) Qualidade científica das pesquisas propostas; i) Factibilidade de recursos humanos e financeiros. A metodologia utilizada no seminário envolveu a realização de apresentações orais, trabalhos de grupo e reuniões plenárias para debate. Constituíram-se 18 grupos de trabalho para discussão de cada subagenda, compostos por pesquisadores vinculados a instituições de ensino e pesquisa e gestores das três esferas políticoadministrativas do SUS.A convocação de pesquisadores considerou os seguintes critérios:especialidade, região, interdisciplinaridade (ciências sociais, biológicas),gênero, experiência em serviços. A relação nominal de participantes por subagenda encontra-se disponível no Anexo 1 deste relatório. Não foram constituídos grupos de trabalho para discussão da subagenda de Violência, Acidentes e Trauma e do Complexo Produtivo da Saúde. No primeiro caso, as prioridades de pesquisa foram debatidas em oficina organizada pelo Decit em parceria com o CNPq, em 13 e 14 de outubro de 2003. No segundo, os temas de pesquisa estão sendo definidos no Projeto Inovação e Desenvolvimento Industrial em Saúde: Prospecção Tecnológica para a Ação 2002-2015 – Inovação em Saúde conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Neste relatório apresentam-se as conclusões do componente de vacinas. Participaram do seminário 408 pessoas, sendo 278 pesquisadores (68,1%) e 130 gestores (31,9%). A composição dos grupos variou entre 12 e 39 pessoas, sendo que a subagenda de Doenças Transmissíveis (39) e de Avaliação Tecnológica e Economia da Saúde (33) tiveram o maior número de participantes, conforme demonstrado na Tabela 1, Anexo 2 deste documento. A Tabela 2 e 3 descrevem a distribuição dos participantes por unidade federada e por região, respectivamente. Destacaram-se a região Sudeste (45,6%) e Centro-Oeste (27,2%) e, entre os estados, Rio de Janeiro (22,8 %) e São Paulo (17,2%), bem como o Distrito Federal (26,5%), representando 66,4% do total. No caso do Distrito Federal, essa expressiva participação se justifica pela presença de 84% de gestores federais de saúde. Conforme se pode observar na Tabela 4, em geral, houve participação expressiva de mulheres (53,9%) nos grupos de trabalho, registrando-se maior 95 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE participação na subagenda da Saúde da Mulher (80,8%), Saúde dos Povos Indígenas (77,8%) e Saúde da Criança (76,2%). As tabelas citadas encontram-se disponíveis no Anexo 2 deste documento. Cada grupo de trabalho foi composto por um coordenador e dois relatores. Coube aos coordenadores a responsabilidade pela condução da dinâmica do trabalho e a elaboração posterior dos relatórios. Alguns grupos, além de propor prioridades relativas à sua subagenda, consideraram pertinente traçar recomendações, que foram integralmente mantidas neste relatório. Após o seminário, como desdobramento das atividades inerentes à construção da Agenda, coube ao Decit consolidar e formatar o relatório final, resultando nesta publicação. No trabalho de edição das prioridades de pesquisa foram feitos alguns ajustes no texto original para torná-lo mais compreensível. Um dos ajustes efetuados foi no sentido de eliminar repetições e deslocar propostas de uma subagenda para outra, sempre que necessário. Existem subagendas que denominamos “verticais” (Doenças Transmissíveis, por exemplo) e “horizontais” (como Epidemiologia ou Informação e Comunicação em Saúde). Em virtude dessas subagendas horizontais, muitas propostas de prioridades a pareceram em duas ou mais subagendas. Foram particularmente freqüentes situações em que propostas de prioridades como ética na pesquisa ou a realização de estudos socioeconômicos aparecessem em várias subagendas, muito embora existissem subagendas específicas para tratar desses assuntos (Subagenda de Bioética e Ética na Pesquisa e de Avaliação Tecnológica e Economia da Saúde, respectivamente). Cabe destacar que o grupo de especialistas da subagenda de Doenças Transmissíveis optou por dividir-se em dois subgrupos. Cada um deles adotou uma metodologia própria para a definição de prioridades. O primeiro grupo especificou as prioridades de pesquisa para um conjunto de doenças. O segundo trabalhou grandes temas de pesquisa sem vinculação a qualquer doença específica, considerando sua aplicabilidade ao maior número possível de agravos. Este relatório apresenta as prioridades de pesquisa dos dois grupos. Etapa IV: Realização de Consulta Pública Atualmente, existe um movimento internacional que almeja conhecer a perspectiva dos usuários dos serviços e dos trabalhadores do setor saúde na definição de prioridades de pesquisa. Este movimento torna-se cada vez mais importante na medida em que aumenta a intensidade da utilização de modelos humanos em projetos de investigação. Nessa perspectiva, será realizada consulta pública para ampliação e aprimoramento dos temas de pesquisa definidos no seminário, buscando ouvir a voz, principalmente, desses atores sociais. 96 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE Etapa V: Discussão e aprovação da Agenda na 2ª Conferência Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde Ao final do processo de construção, o relatório geral da Agenda,incorporadas as contribuições da consulta pública, será submetido ao plenário da 2a Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, a ser realizada em julho de 2004, para debate e aprovação. I I I . PRIORIDADES DE PESQUISA POR SUBAG E N D A 1. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Coordenador: Naftale Katz (Fapemig) Relatores: Maria Fernanda Alvim e Mauro Sanchez (SVS/MS) Oficina de dengue: Coordenadora geral: Vanize de Oliveira Macedo (UnB) Coordenadores de grupos de trabalho: Maria da Glória Lima Cruz Teixeira (UFBA), Almério de Castro Gomes (USP), Hermann Schatzmayr (Fiocruz-RJ) e Ricardo Galler (Fiocruz-RJ). RESULTADOS DO PRIMEIRO GRUPO: 1.1. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) 1.1.1. História natural das doenças sexualmente transmissíveis relacionadas ao câncer 1.1.2. Incidência e prevalência nos diferentes grupos etários e populações vulneráveis – estudos sentinelas 1.1.3. Modelos preditivos para epidemias 1.1.4. Desenvolvimento e validação de novos testes diagnósticos, drogas e vacinas 1.1.5. Resistência microbiana nas doenças sexualmente transmissíveis 1.1.6. Estudos etnográficos e sociais 1.1.7. Fatores de transmissão em populações de risco 1.1.8. Condições de acesso, aceitação e uso de preservativos 1.1.9. Sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis 1.1.10. Estudos de relacionamento de bancos de dados 1.1.11. Vigilância da transmissão vertical da sífilis congênita 1.2. HIV E AIDS 1.2.1. Novas drogas anti-retrovirais (ARV), vacinas e testes diagnósticos 1.2.2. Testagem da eficácia de novas formulações, esquemas e estratégias terapêuticas 97 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.2.3. Resistência aos anti-retrovirais 1.2.4. Estudos em epidemiologia clínica, molecular e social em HIV-Aids 1.2.4.1. Incidência, prevalência, mortalidade e sobrevida em grupos etários e populações vulneráveis – estudos sentinela 1.2.4.2. Co-infecções 1.2.4.3. Marcadores imunológicos 1.2.4.4. Variabilidade genética do HIV: genotipagem, sorotipagem 1.2.4.5. Vigilância da transmissão vertical do HIV e dos anti-retrovirais 1.2.5. Adesão e impacto da terapia anti-retroviral 1.2.6. Qualidade, impacto e resolutividade da assistência médica 1.2.7. Estudos de relacionamento de bancos de dados dos sistemas nacionais de informação 1.2.8. Modelos preditivos para construção de cenários futuros 1.3.CHAGAS 1.3.1. Patogênese e interação parasita-hospedeiro 1.3.2. Resistência do parasito e hospedeiro a quimioterápicos 1.3.3. Genética do parasita e vetores, avaliação da capacidade vetorial em áreas de baixa transmissão: controle de vetores não domiciliares 1.3.4. Identificação de novos alvos para drogas e antígenos diagnósticos 1.3.5. Descoberta e desenvolvimento de novas drogas, métodos diagnósticos e indicadores para programas de controle 1.3.6. Marcadores de prognóstico 1.3.7. Impacto do tratamento e do controle na morbidade 1.3.8. Monitoramento da efetividade de inseticidas e emergência de resistência 1.3.9. Estratégias de controle e vigilância de triatomíneos não domiciliados e em áreas de transmissão residual 1.3.10. Estudos sobre a doença de chagas na região amazônica 1.4.ESQUISTOSSOMOSE 1.4.1. Análise genômica e proteômica como alvos terapêuticos, diagnósticos e de vacina 1.4.2. Desenvolvimento de teste para diagnosticar casos com pequena carga parasitária 1.4.3. Diagnóstico da neuroesquistossomose 1.4.4. Marcadores de morbidade 1.4.5. Modelos para controle em área de baixa transmissão 1.4.6. Inquérito nacional de prevalência da infecção e das formas clínicas 98 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.4.7. Controle químico e biológico dos moluscos 1.4.8. Estudo de novas drogas e do Praziquantel (solução para uso infantil e uso da droga na gravidez) 1.5.HEPATITES 1.5.1. Prevalência das hepatites e suas complicações 1.5.2. Cinética viral, resistência medicamentosa, interações vírus-hospedeiro, novos vírus, modelos experimentais 1.5.3. Co-infecção com HIV/HTLV e polimorfismo genético 1.5.4. Transmissão das hepatites virais na região amazônica e em situações específicas 1.5.5. Estratégias custo/efetivas para a prevenção, diagnóstico e permanência das hepatites 1.5.6. Modelos de busca ativa de casos e sistema de informação 1.5.7. Transporte e armazenamento de imunobiológicos 1.5.8. Novas vacinas, esquema de vacinação em populações especiais 1.5.9. Novos fármacos: estudos clínicos e pré-clínicos, antivirais, antifibróticos, imunomoduladores e bioequivalência 1.5.10. Desenvolvimento e validação de novos testes: screening para hepatites virais, testes para quantificar fibrose e atividade inflamatória hepática 1.5.11. Fatores que influenciam na resposta terapêutica, qualidade de vida, tratamento em populações especiais 1.6.LEPTOSPIROSES 1.6.1. Fatores de risco para transmissão peridomiciliar 1.6.2. Fatores do parasito e do hospedeiro associados ao desenvolvimento de formas graves, especialmente os relacionados ao desenvolvimento de formas pulmonares hemorrágicas e do sistema nervoso central 1.6.3. Papel de diferentes hospedeiros na transmissão da leptospirose urbana 1.6.4. Antígenos recombinantes: diagnóstico na fase inicial da infecção, uso na imunovigilância e no desenvolvimento de vacinas 1.6.5. Desenvolvimento de testes rápidos para diagnóstico na fase inicial 1.6.6. Desenvolvimento e validação do método de Elisa para imunovigilância 1.6.7. Avaliação do tratamento de curta duração 1.7.HANSENÍASE 1.7.1. Identificação de alvos para diagnóstico e tratamento utilizando genômica e bioinformática 1.7.2. Estudos de patogênese incluindo reações adversas ao tratamento 1.7.3. Desenvolvimento de drogas para tratamento mais curto da hanseníase 99 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.7.4. Reavaliação da necessidade de biópsia para confirmação diagnóstica 1.7.5. Desenvolvimento de modelos para avaliar a capacidade de transmissão dos portadores 1.8.ARBOVIROSES E ROBOVIROSES 1.8.1. Pesquisas de vetores: animais-reservatório e controle vetorial 1.8.2. Estudos sobre os ecossistemas ligados a arboviroses e roboviroses 1.8.3. Quadro clínico e prognóstico das arboviroses e roboviroses 1.8.4. Infecção, tipificação, quantificação e transformação de mosquitos em laboratório 1.8.5. Modelos experimentais de transmissão 1.8.6. Identificação viral e desenvolvimento de métodos rápidos para diagnóstico 1.8.7. Novos vírus causadores de doença 1.8.8. Epidemiologia molecular dos vírus 1.8.9. Determinação de populações de risco 1.8.10. Fatores prognósticos de gravidade em hantavirose 1.8.11. Patologia de viroses na vigilância epidemiológica 1.8.12. Desenvolvimento de métodos diagnósticos 1.8.13. Desenvolvimento de métodos de bioinformática para identificação de sítios-alvo de drogas, vacinas e testes diagnósticos 1.8.14. Produção de vacinas e anti-soros contra os vírus 1.8.15. Complicações secundárias ao uso da vacina 1.8.16. Estudos sobre vigilância epidemiológica: níveis de anticorpos populacionais, controle de roedores 1.9.TUBERCULOSE 1.9.1. Relação patógeno-hospedeiro em tuberculose 1.9.2. Marcadores microbiológicos e imunológicos de cura ou recidiva: avaliação precoce da resposta terapêutica de novos esquemas terapêuticos antituberculose 1.9.3. Esquemas terapêuticos para casos de tuberculose resistente às drogas e tratamento das formas latentes 1.9.4. Causas de abandono do tratamento antituberculose 1.9.5. Atividade bactericida precoce “EBA” de novas drogas no tratamento da tuberculose, resistente ou não: implementação e validação interlaboratorial 1.9.6. Alvos moleculares específicos para desenvolvimento de fármacos antituberculose 1.9.7. Novas estratégias de controle para melhoria do diagnóstico e identificação precoce 100 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.9.8. Distribuição e prevalência da doença: fatores sociodemográficos e população genotípica do patógeno 1.9.9. Bioequivalência e biodisponibilidade das drogas antituberculose produzidas no Brasil 1.9.10. Pesquisas operacionais em tuberculose nos serviços básicos de saúde do SUS: estratégia de Pesquisa em Sistemas de Saúde – Organização Mundial da Saúde (OMS) 1.10.MALÁRIA 1.10.1. Seqüenciamento do genoma do Anopheles e manipulação genética para controle do vetor 1.10.2. Bioinformática e genômica aplicada para identificação de alvos para drogas, vacinas e diagnóstico 1.10.3. Descoberta e desenvolvimento de novas drogas, incluindo aquelas para uso na gravidez 1.10.4. Desenvolvimento e avaliação de combinação de drogas 1.10.5. Descoberta de antígenos candidatos para vacina 1.10.6. Tratamento e métodos de prevenção para crianças e gestantes 1.10.7. Estratégias para ampliação de acesso a métodos efetivos de tratamento e prevenção 1.10.8. Desenvolvimento de indicadores para avaliar o impacto do controle da doença 1.10.9. Desenvolvimento de métodos de controle para a região amazônica 1.11.DENGUE 1.11.1. Epidemiologia e clínica 1.11.1.1. Modelos preditivos do risco de transmissão da infecção pelo vírus da dengue para epidemias, manutenção de circulação endêmica e evolução clínica grave 1.11.1.2. Perfis sorológicos para arbovírus (infecções primárias e secundárias) das populações com diferentes coberturas vacinais para febre amarela 1.11.1.3. Novos métodos para construção de indica d o re s entomológicos/risco epidemiológico 1.11.1.4. Validação dos critérios OMS para definição de caso de dengue hemorrágica/Síndrome de Choque de Dengue utilizados na vigilância epidemiológica 1.11.1.5. Novos marcadores/instrumentos para prognóstico e diagnóstico precoce do processo de aumento da permeabilidade vascular 101 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.11.1.6. Novas metodologias de monitoramento das populações de vetores: subsidiar o processo de decisão-ação mediante indicadores de risco de transmissão 1.11.1.7. Novas estratégias de monitoramento rápido para análises integradas de dados clínico-epidemiológicos, entomológicos e virológicos:observatórios de alerta de dengue 1.11.1.8. Novas metodologias de controle das populações de vetores: impedir a circulação viral 1.11.1.9. Estudos de eficiência e impacto das ações que são desenvolvidas pelo Programa Nacional de Controle de Dengue 1.11.1.10. Avaliação da carga de morbidade e impacto econômico social da dengue em diferentes grupos populacionais e regiões do País 1.11.1.11. Identificação de áreas potenciais para teste de vacinas contra dengue, mediante diagnóstico da situação de imunidade de grupo (inquéritos sorológicos), incidência de casos e vírus circulantes 1.11.1.12. Manifestações não usuais da dengue nos seus diferentes aspectos: freqüência, gravidade, fatores de risco individuais 1.11.1.13. Aspectos fisiopatológicos e resposta imune (citosinas e outros mediadores) associados à gravidade clínica da dengue 1.11.1.14. Desenvolvimento de modelo animal para dengue hemorrágica/ Síndrome do Choque da Dengue: avanço nos estudos da fisiopatogenia, tratamento, prevenção, testagem de imunobiológicos. 1.11.2. Controle de vetores 1.11.2.1. Estudos de competência e capacidade vetorial (Aedes aegypti e Aedes albopictus): genética, interação vírus-vetor, bioecologia do ve to r, circulação de vírus em ve to re s (transmissão horizontal e vertical) 1.11.2.2. Novas formulações e produtos químicos (sintéticos e naturais) e biológicos (semioquímicos, inibidores de crescimento, metabolismo de vetores, transgênicos) 1.11.2.3. Avaliação da resistência e seus mecanismos 1.11.2.4. Avaliação de impacto do manejo ambiental no controle da dengue e vigilância entomológica 1.11.2.5. Metodologias para medidas da infestação vetorial 1.11.2.6. Elaboração de indicadores do risco de transmissão 1.11.2.7. Avaliação da produtividade de criadouros 102 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.11.2.8. Desenvolvimento e validação de novas metodologias 1.11.2.9. Desenvolvimento e avaliação das estratégias de educação e comunicação no controle da dengue 1.11.2.10. Estudos socioculturais: aspectos sociais da transmissão da dengue; papel da educação no co nt role da infecção; populações humanas e controle de vetores; papel dos agentes de saúde no controle da infecção 1.11.3. Diagnóstico 1.11.3.1. Nacionalização de kits de diagnósticos Elisa IgM e IgG, incluindo o preparo de antígenos recombinantes 1.11.3.2. Diferenciação de infecções primárias e secundárias 1.11.3.3. Testes rápidos como a imunocromatografia e a reação de aglutinação de látex, tanto para IgM quanto para IgG 1.11.3.4. Expressão de proteínas virais recombinantes em sistemas heterólogos como leveduras, baculovírus e possivelmente células vegetais, dentre outros, para utilização nos kits de diagnóstico 1.11.3.5. Antigenicidade de proteínas de vírus brasileiros 1.11.3.6. Antígeno do vírus da dengue, como um possível instrumental de diagnóstico 1.11.3.7. Ap ri m o ra m e nto das técnicas de imunohistoquímica aplicáveis na vigilância de casos fatais 1.11.3.8. Anticorpos monoclonais no País, inclusive a partir de peptídeos sintéticos obtidos por análise das amostras circulantes 1.11.3.9. Epidemiologia molecular a partir de casos humanos, bem como a partir de amostras obtidas de vetores 1.11.3.10. Protocolos de metodologias de diferenciação de sorotipos e genótipos, como o teste de Reação da Cadeia de Polimerase (Polimerase Chain Reaction – PCR) e suas variantes 1.11.3.11. Métodos quantitativos para determinação de carga viral em pacientes 1.11.3.12. Métodos de identificação viral dentro do gênero Flavivirus, incluindo iniciadores de grupo e específicos 1.12.OUTRAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS PRIORITÁRIAS 1.12.1. Leishmaniose tegumentar americana 1.12.2. Leishmaniose visceral (calazar) 103 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1.12.3. Febre amarela 1.12.4. Doenças gastrintestinais virais e bacterianas 1.12.5. Doenças respiratórias virais e bacterianas 1.12.6. Meningites virais e bacterianas RESULTADOS DO SEGUNDO GRUPO: 1.13.NOVOS CONHECIMENTOS 1.13.1. Identificação de novos alvos para diagnóstico 1.13.2. Identificação de novos alvos para tratamento 1.13.3. Identificação de alvos para vacina 1.13.4. Desenvolvimento pré-clínico e clínico de novas drogas incluindo fitoterápicos e vacinas 1.13.5. Elucidação de mecanismos de resistência às drogas e inseticidas 1.13.6. Identificação de marcadores genéticos, imunológicos e teciduais 1.13.7. Mecanismos de imunidade e imunopatogênese das infecções e coinfecções 1.13.8. Eficiência e competência vetorial e de reservatórios 1.13.9. Estudos do risco ambiental (incluindo análise espacial), biológico e comportamental em doenças transmissíveis 1.14.NOVOS INSTRUMENTOS 1.14.1. Novos métodos de diagnóstico para as doenças transmissíveis 1.14.2. Métodos de identificação e tipagem de patógenos 1.14.3. Desenvolvimento de instrumentos de bioinformática para análise de genomas 1.14.4. Sistema de informação e modelos de predição de epidemias 1.14.5. Desenvolvimento de regras de diagnóstico e prognóstico 1.14.6. Estabelecimento de plataformas tecnológicas para desenvolvimento de vacinas, medicamentos e teste diagnóstico 1.15.AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES E ESTRATÉGIAS EM POLÍTICAS DE SAÚDE 1.15.1. Impacto de tecnologias e políticas de prevenção, vigilância e controle 1.15.2. Custo-efetividade e custo-benefício das intervenções 1.15.3. Novos métodos e estratégias de controle vetorial 104 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 2 . DOENÇAS NÃO-TRA N S M I S S Í V E I S Coordenador: Carlos Alberto Machado (SBC e SES-SP) Relatores: Sérgio Sampaio e Sônia Dantas (SAS/MS) 2.1.HIPERTENSÃO ARTERIAL,DIABETES MELLITUS E OBESIDADE 2.1.1. Morbimortalidade, custo socioeconômico e adesão ao tratamento 2.1.2. Fatores de risco 2.1.3. Mecanismos fisiopatológicos 2.1.4. Desenvolvimento de métodos precoces de diagnóstico e tratamento, com ênfase nas técnicas de terapia celular 2.2. ATEROTROMBOSE – doenças cerebrovasculares, doença arterial coronariana e doença arterial periférica 2.2.1. Morbimortalidade e custo socioeconômico 2.2.2. Fatores de risco 2.2.3. Mecanismos fisiopatológicos 2.2.4. Desenvolvimento de métodos precoces de diagnóstico e tratamento, com ênfase nas técnicas de terapia celular 2.3. DOENÇAS RESPIRATÓRIAS – asma e doença pulmonar obstrutiva crônica 2.3.1. Impacto das doenças respiratórias nos serviços de emergência do SUS 2.3.2. Prevalência segundo faixa etária 2.3.3. Doenças respiratórias e comprometimento da qualidade de vida, absenteísmo no trabalho e na escola 2.3.4. Desafios no conhecimento da etiopatogenia e tratamento 2.4. OSTEOARTICULAR – artrites (artroses) não especificadas e doenças da coluna (especificamente lombar e cervical) 2.4.1. Prevalência em adultos 2.4.2. Impacto da doença osteoarticular nos serviços de atendimento ambulatorial 2.4.3. Episódios recorrentes de incapacitação temporária 2.4.4. Causa de aposentadoria precoce 2.4.5. Efetividade das terapias disponíveis 2.4.6. Desafios da fisiopatologia e tratamento 105 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 2.5.NEOPLASIAS 2.5.1. Morbimortalidade e custo socioeconômico 2.5.2. Letalidade 2.5.3. Diferenças regionais 2.5.4. Fatores de risco 2.5.5. Mecanismos fisiopatológicos 2.5.6. Desenvolvimento de métodos precoces de diagnóstico e tratamento, com ênfase nas técnicas de terapia celular 2.5.7. Detecção precoce e a evolução da doença 2.6.NEFROPATIAS 2.6.1. Morbimortalidade e custo socioeconômico 2.6.2. Diagnóstico precoce e tratamento adequado e potencial de modificação da evolução da doença 2.6.3. Estudos sobre o mecanismo da doença 2.7. PRIORIDADES COMUNS AO CONJUNTO DAS DOENÇAS NÃOTRANSMISSÍVEIS 2.7.1. Estudos de tendência temporal das doenças não-transmissíveis nas diversas regiões do País 2.7.2. Estudos de coorte e, em situações específicas, caso controle das doenças não-transmissíveis 2.7.3. Estudos de intervenção, nas diversas regiões do País, para avaliação do impacto das ações de controle 2.7.4. Construção e seleção de indicadores epidemiológicos para monitoramento e vigilância dos fatores de risco, morbidade e mortalidade por doenças crônicas não-transmissíveis 2.7.5. Desenvolvimento e teste de modelos para estudos de adesão aos tratamentos e de redes de apoio social aos portadores de doenças não-transmissíveis 2.7.6. Mecanismos fisiopatológicos, celulares e moleculares 2.7.7. Desenvolvimento de novos diagnósticos, terapêuticos e de reabilitação (bioengenharia, terapia celular e gênica,transplantes, medicinas naturais e terapias complementares) 2.7.8. Desenvolvimento de novos medicamentos, compostos e formulações, visando à melhoria do tratamento, à redução do alto custo e à dependência externa 2.7.9. Polimorfismos genéticos e fatores ambientais associados a maior risco 2.7.10. Estudos de custo-efetividade dos métodos diagnósticos e intervenções terapêuticas 106 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 2.7.11. Avaliação de políticas, programas e serviços 2.7.12. Identificação de polimorfismos genéticos e suas interações com fatores ambientais que possam estar associados a um maior risco 2.7.13. Estudos para identificação de grupos populacionais mais vulneráveis 3 . SAÚDE MENTA L Coordenador: José Jackson Coelho Sampaio (UECE) Relatores: Maria Cristina Costa de Arrochela Lobo (SCTIE/MS) e Eduardo Henrique Passos Pereira (UFF) 3.1. ENFOQUE TEÓRICO-METODOLÓGICO 3.1.1. Cultura e sociedade 3.1.1.1. Representação social 3.1.1.2. Preconceito, estigma, cidadania e direitos de pessoas com transtorno mental 3.1.1.3. Saúde mental e gênero 3.1.1.4. Violência e implicações psicossociais 3.1.1.5. Ecologia social, qualidade de vida e saúde mental 3.1.1.6. Ecologia social e urbana 3.2.MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DOS AGRAVOS EM SAÚDE MENTAL 3.2.1. Indicadores de saúde mental 3.2.2. Estudos sobre carga global da doença mental na população brasileira 3.2.3. Fatores de risco e de proteção, vulnerabilidade e prognóstico de problemas de saúde mental em grupos específicos da população 3.3.ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 3.3.1. Estudos sobre as políticas públicas de saúde mental 3.3.2. Reabilitação psicossocial 3.3.3. Clínica psicossocial e de inclusão social na rede de atenção 3.3.4. Dispositivos terapêuticos para transtornos mentais severos e persistentes 3.3.5. Articulação entre modelos de atenção e de gestão em saúde mental 3.3.6. Ações de promoção da saúde e prevenção dos transtornos 3.3.7. Eficácia da atenção em saúde mental por equipes disciplinares 3.3.8. Saúde mental e atenção básica 3.3.9. Descentralização e regionalização para a atenção básica 3.3.10. Urgência e regulação da porta de entrada 107 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 3.3.11. Saúde mental e trabalho 3.3.12. Iatrogenia, eficácia,eficiência da assistência psicofarmacológica 3.3.13. Reforma psiquiátrica: novos atores, suas metodologias e estratégias de participação 3.3.14. Projetos terapêuticos, estratégias de prevenção e redução de danos para uso abusivo de álcool e outras drogas 3.3.15. Qualidade de vida e humanização da atenção 3.3.16. Medicalização do sofrimento psíquico 3.3.17. Impacto social das doenças e das intervenções 3.4. AVALIAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS 3.4.1. Desenvolvimento e avanços de novas tecnologias 3.4.2. Novos métodos e técnicas de investigação 4 . V I O L Ê N C I A , ACIDENTES E T RAU M A S Coordenadores: Simone de Assis (Fiocruz-RJ), Itajaí de Albuquerque (MS) e Maria Cecília de Souza Minayo (Fiocruz-RJ) Relatores: Leonor Pacheco (SCTIE/MS), Érika Barbosa Camargo (SCTIE/MS) e Maria Helena P. de Mello Jorge (USP) 4.1. ESTUDOS SOBRE A ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E SERVIÇOS 4.1.1. Políticas de atenção à violência, acidentes e trauma 4.1.2. Sistemas e serviços de urgência e emergência: gestão, modelos e qualidade, regulação de fluxo e triagem na etapa pré-hospitalar, intrahospitalar e pós-hospitalar 4.1.3. Organização e avaliação de políticas, programas, projetos e intervenções relacionadas à prevenção da violência, acidentes e traumas, com ênfase na violência familiar, homicídios entre adolescentes e jovens, acidentes de trânsito, violência sexual, consumo de substâncias psicoativas e álcool 4.1.4. Elaboração e organização de sistemas de informações epidemiológicas em violência, acidentes e trauma para urgência, emergência e atenção básica 4.2. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR,INTRA-HOSPITALAR E PÓS-HOSPITALAR: ENSAIOS CLÍNICOS E ESTUDOS EXPERIMENTAIS 4.2.1. Conhecimento das bases científicas aplicáveis ao manejo das condições 108 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE traumáticas, com ênfase na: assistência respiratória, reposição volêmica, proteção cerebral,trauma raquimedular, resposta metabólica ao trauma, desnutrição e infecção no trauma, resposta imunológica, resposta inflamatória sistêmica, insuficiências de múltiplos órgãos e sistemas, protocolos de tratamento não-operatório, protocolos de tratamento operatório, trauma nas gestantes, idosos e crianças e toxicologia 4.2.2. Efetividade do diagnóstico, terapêutica e prognóstico, com ênfase no diagnóstico por imagem – radiologia intervencionista 4.3. MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DA VIOLÊNCIA, ACIDENTES E TRAUMA: ESTUDOS QUANTITATIVOS DE BASE POPULACIONAL E ESTUDOS QUALITATIVOS 4.3.1. Magnitude e tipos de violência: doméstica, sexual, comunitária, institucional,auto-infligida, no trabalho, no trânsito, nos diferentes grupos populacionais, étnicos e segmentos sociais 4.3.2. Incidência e prevalência de comportamento violento e vitimização 4.3.3. Efeitos da violência no processo de adoecimento 4.3.4. Etiologia da morbimortalidade relativa aos principais tipos de violência (no trabalho, no trânsito, doméstica, sexual, comunitária, institucional, auto-infligida, nos diferentes grupos populacionais, étnicos e segmentos sociais) 4.3.5. Determinantes, fatores e áreas de risco, com ênfase no consumo de álcool 4.3.6. Adaptação no Brasil dos instrumentos de aferição existentes em outros países 4.3.7. Formas de comunicação e educação em saúde para a prevenção de violência, acidentes e trauma 5 . SAÚDE DA MULHER Coordenadora: Wilza Villela (SES-SP) Relatores: Suzanne Jacob Serruya (SCTIE/MS) e Marcos Leite dos Santos (UFSC) 5.1. MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE DA MULHER 5.1.1. Aborto 5.1.1.1. Estudos sobre os determinantes biológicos e socioculturais do aborto, aborto recorrente e violência 5.1.1.2. Relação entre morbimortalidade e o aborto 5.1.1.3. Adolescência e juventude 109 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 5.1.1.4. Riscos associados às mulheres adolescentes e jovens: uso de drogas, doenças sexualmente transmissíveis/HIV e violência 5.1.1.5. Determinantes, repercussões e riscos da maternidade e paternidade na adolescência 5.1.2. Atenção e cuidado à saúde 5.1.2.1. Medicalização do corpo feminino nas diferentes fases da vida 5.1.2.2. Transtornos alimentares 5.1.2.3. Desigualdades socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero 5.1.2.4. Determinantes biológicos e socioculturais dos problemas de saúde associados ao climatério 5.1.2.5. Práticas de cuidado à saúde no climatério 5.1.3. Contracepção e concepção 5.1.3.1. Infertilidade 5.1.4. DST/Aids em mulheres 5.1.4.1. HIV e adolescência 5.1.4.2. Reprodução e HIV 5.1.4.3. HIV em mulheres maiores de 50 anos 5.1.4.4. Prevalência de chlamydia, gonorréia, HPV e câncer de colo uterino 5.1.4.5. Determinantes da prática do sexo desprotegido 5.1.5. Envelhecimento 5.1.5.1. Qualidade de vida 5.1.5.2. Determinantes biológicos e socioculturais das doenças crônico degenerativas e incapacidades 5.1.5.3. Sexualidade 5.1.6. Gravidez, parto e puerpério 5.1.6.1. Morbidade obstétrica severa 5.1.6.2. Suicídio na gravidez 5.1.6.3. Mortalidade materna e seus fatores de vulnerabilidade 5.1.6.4. Implicações do processo de amamentação na qualidade de vida da mulher, com ênfase na saúde mental, no trabalho e na sexualidade 5.1.6.5. Determinantes e morbimortalidade associados à utilização de tecnologias de parto 5.1.7. Raça, etnia e saúde 5.1.7.1. Prevalência de problemas de saúde e mortalidade em diferentes grupos raciais e étnicos 5.1.7.2. Prevalência da anemia falciforme 110 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 5.1.8. Saúde mental 5.1.8.1. Prevalência do consumo de drogas lícitas e ilícitas 5.1.8.2. Prevalência de depressão, suicídio e violências contra a mulher 5.1.8.3. Gênero na determinação do sofrimento psíquico e no uso e abuso de substância psicoativas 5.1.9. Sexualidade 5.1.9.1. Diversidade de orientações sexuais 5.1.9.2. Mulheres com deficiências 5.1.9.3. Mulheres HIV positivo 5.1.9.4. Mulheres na adolescência 5.1.10. Trabalho e saúde 5.1.10.1. Relações entre trabalho sexual,infantil, rural, doméstico e a saúde 5.1.10.2. Agrotóxicos e agravos à saúde reprodutiva 5.1.10.3. Poluentes ambientais e câncer de mama 5.1.10.4. Fatores ergonômicos e problemas ocupacionais 5.1.11. Violência 5.1.11.1. Mortalidade 5.1.11.2. Relações de gênero, raça e etnia 5.1.11.3. Sexual, doméstica, institucional, na gravidez e relacionada a DST/Aids 5.2. AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 5.2.1. Atenção ao aborto ilegal, incompleto e por malformação fetal 5.2.2. Atenção à saúde do adolescente 5.2.3. Programas de educação sexual e prevenção da gravidez 5.2.4. Programas de prevenção e atenção na violência sexual na adolescência 5.2.5. Avaliação das ações de saúde da mulher na atenção básica 5.2.6. Acesso e qualidade da atenção à saúde das mulheres com deficiência 5.2.7. Acesso e qualidade da atenção à saúde das mulheres no sistema prisional 5.2.8. Ações de prevenção e controle do câncer de mama e de colo uterino 5.2.9. Impacto das tecnologias conceptivas e contraceptivas nas mulheres 5.2.10. Acesso e qualidade das tecnologias de reprodução assistida 5.2.11. Avaliação das ações de redução da sífilis congênita 5.2.12. Efetividade das ações de controle das DST 5.2.13. Efeitos adversos da terapia de reposição hormonal e outras formas terapêuticas 5.2.14. Acesso e qualidade da atenção e cuidado à saúde da mulher idosa 5.2.15. Modelos de atenção ao pré-parto, parto e pós-parto exercido por obstetras, enfermeiras obstetras, parteiras tradicionais 111 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 5.2.16. Satisfação do usuário na atenção à gravidez,parto e puerpério 5.2.17. Morbidades relacionadas ao uso e não uso de tecnologias no parto 5.2.18. Sistema de referência e contra-referência na gravidez, parto e puerpério 5.2.19. Atenção à gestação de alto risco e às emergências obstétricas 5.2.20. Qualidade da assistência às urgências e emergências obstétricas 5.2.21. Políticas e ações para redução da mortalidade materna 5.2.22. Acesso e qualidade na atenção a saúde aos diferentes grupos raciais e étnicos 5.2.23. Impacto das políticas de desinstitucionalização em saúde mental nas mulheres 5.2.24. Atenção à saúde mental das mulheres em situação de exclusão social 5.2.25. Acesso e qualidade da atenção às mulheres que fazem sexo com mulheres e lésbicas 5.2.26. Impactos diferenciados das ações de saúde do trabalhador nas mulheres e homens 5.2.27. Implantação da notificação dos casos de violência contra a mulher 5.2.28. Efetividade da rede intersetorial que atende a mulheres em situação de violência 6 . SAÚDE DA CRIANÇA Coordenadora: Maria do Carmo Leal (Fiocruz) Relatores: Érika Camargo (SCTIE/MS) e Maria Helena Ruzany (Uerj) 6.1.MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE DA CRIANÇA 6.1.1. Período perinatal e primeiro ano de vida 6.1.1.1. Determinantes sociais, acesso e qualidade da assistência e magnitude da prematuridade e do baixo peso ao nascer 6.1.1.2. Determinantes e magnitude da morbimortalidade fetal, perinatal, neonatal e anomalias congênitas, com ênfase em estudos multicêntricos 6.1.1.3. Transmissão vertical de doenças como sífilis, hepatites, infecção pelo HIV e outras retroviroses 6.1.2. Infância 6.1.2.1. Estado nutricional: desnutrição, obesidade, deficiência de micronutrientes 6.1.2.2. Mecanismos básicos, clínica e epidemiologia relacionadas a 112 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE hipertensão arterial, h i pe rcolesterolemia, asma brônquica, neoplasias, saúde mental 6.1.2.3. Deficiência, violência e acidentes, com ênfase nos decorrentes do trabalho infantil 6.1.3. Adolescência 6.1.3.1. Determinantes da adesão a práticas sexuais seguras e inseguras 6.1.3.2. Uso de drogas lícitas e ilícitas 6.1.3.3. Violência, criminalidade, acesso, uso e manipulação de armas, mecanismos de recuperação de adolescentes em conflito com a lei 6.1.3.4. Determinantes da anorexia,bulimia e obesidade 6.2. AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 6.2.1. Período perinatal e infância 6.2.1.1. Qualidade e efetividade da atenção pré-natal e ao recém-nascido de alto risco 6.2.1.2. Promoção do aleitamento materno 6.2.1.3. Registro de eventos vitais 6.2.1.4. Prevenção primária e secundária da diarréia, infecções respiratórias agudas e desnutrição 6.2.1.5. Promoção da saúde nas escolas, família e comunidade 6.2.1.6. Modelos assistenciais do infante e da criança 6.2.2. Adolescência 6.2.2.1. Impacto das campanhas de prevenção de condutas de risco e mudanças de co m po rt a m e nto individual em projetos comunitários 6.2.2.2. Avaliação dos serviços de saúde quanto às oportunidades perdidas de orientação, informação e prevenção de fatores de risco na adolescência 6.2.2.3. Determinantes do acesso precário dos adolescentes do sexo masculino aos serviços de saúde 6.3. AVALIAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS 6.3.1. Período perinatal e primeiro ano de vida 6.3.1.1. Efetividade de novas tecnologias para atendimento a recémnascidos de alto risco 6.3.1.2. Desenvolvimento de tecnologias em banco de leite humano para garantir a qualidade dos produtos e processos 6.3.1.3. Elaboração de curva de crescimento para prematuros e cartão da criança prematura 113 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 6.3.1.4. Desenvolvimento de instrumentos antropométricos para uso domiciliar 6.3.1.5. Desenvolvimento tecnológico para produção de imunobiológicos contra doenças da infância 7 . SAÚDE DO IDOSO Coordenador: Renato Veras (Uerj) Relatores: Andrea Fujichima (SCTIE/MS) e Célia Pereira Caldas (Uerj) 7.1.MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE DO IDOSO 7.1.1. Impacto do envelhecimento no sistema de saúde 7.1.2. Organização da família brasileira frente ao envelhecimento 7.1.3. Determinantes das condições de vida do idoso, com ênfase nos aspectos ambientais e familiares 7.1.4. Identificação, distribuição e vulnerabilidade da população idosa 7.1.5. Desenvolvimento de indicadores para acompanhamento 7.2. COMPREENSÃO DOS MECANISMOS DAS DOENÇAS ASSOCIADAS AO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 7.2.1. Interação genético-ambiental na predição e prevenção das doenças crônico-degenerativas associadas ao envelhecimento 7.2.2. Marcadores preditores genético-moleculares de fragilidade (demência, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, osteoporose) 7.2.3. Mecanismos etiopatogênicos de doenças associadas ao envelhecimento 7.2.4. Mecanismos da imunidade no idoso 7.3.ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 7.3.1. Avaliação da implementação da Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI) e do cuidado ao idoso 7.3.1.1. Identificação de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos 7.3.1.2. Avaliação do impacto de modelos especificados de atenção e utilização dos serviços de saúde: Programa de Saúde da Família e de Agentes Comunitário de Saúde 7.3.1.3. Desenvolvimento de indicadores para monitoramento de políticas públicas 7.3.2. Avaliação da qualidade da atenção ao idoso no sistema hospitalar e asilar do SUS e da saúde suplementar 114 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 7.3.3. Avaliação dos programas e estratégias de orientação às famílias e aos cuidadores responsáveis por idosos dependentes 7.3.4. Avaliação das práticas e políticas de prescrição, obtenção e utilização de fármacos por idosos 7.3.5. Desenvolvimento e avaliação de mecanismos de vigilância à saúde da população idosa 7.3.6. Desenvolvimento de estratégias para o cuidado do idoso no que se refere a: fragilidade, imobilidade, instabilidade, iatrogenia, incontinências, disfunção cognitiva, infecções, desnutrição, edentulismo e outros agravos da saúde bucal 7.3.7. Desenvolvimento e avaliação de estratégias de reabilitação: gerotecnologia assistiva, acessibilidade universal, reabilitação funcional 7.4. AVALIAÇÃO,DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS 7.4.1. Desenvolvimento e validação de instrumentos de aferição de saúde e qualidade de vida dos idosos 8 . SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS Coordenadora: Ana Lucia Escobar (Unir) Relatores: Helena Behrens (SCTIE/MS) e Carlos Coimbra Júnior (Fiocruz-RJ) 8.1. MAGNITUDE E DINÂMICA DOS PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE INDÍGENA 8.1.1. Pesquisas sobre transição epidemiológica demográfica e nutricional 8.1.1.1. Inquéritos nutricionais e alimentares para diagnóstico da desnutrição, obesidade e principais doenças carenciais (anemia e hipovitaminose A) 8.1.1.2. Inquéritos sobre as principais doenças crônicas não-transmissíveis 8.1.1.3. Estudos interdisciplinares sobre alcoolismo, outras dependências químicas, violência, suicídio e sofrimento psíquico 8.1.1.4. Estudos sobre morbimortalidade e fecundidade 8.1.2. Estudos epidemiológicos sobre os principais grupos de doenças infecciosas e parasitárias endêmicas nas populações indígenas 8.1.2.1. Padrões de saúde e doença de etnias em territórios de fronteira 8.1.3. Impactos de mudanças ambientais nas condições sociossanitárias dos povos indígenas 115 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 8.1.3.1. Estudos sobre os agravos decorrentes da contaminação ambiental por metais pesados e agrotóxicos, emergência de doenças parasitárias, comprometimento da segurança alimentar e desnutrição 8.1.3.2. Estudos sobre o desenvolvimento de estratégias e tecnologias de saneamento básico e habitações adequadas a contextos socioculturais diferenciados 8.1.4. Investigação das práticas socioculturais relacionadas a auto-atenção em saúde no sentido lato (reprodução social e física da comunidade) e, no sentido estrito, das práticas relacionadas ao processo saúde-doença 8.1.4.1. Estudos sobre formas de organização sociopolítica dos povos indígenas e suas interfaces com a saúde 8.1.4.2. Investigação sobre sistemas de saúde indígenas, práticas de autocuidado e de cura indígena, com ênfase no contexto da transição epidemiológica 8.1.4.3. Estudos que enfoquem a interface gênero e saúde indígena, contemplando saúde reprodutiva e sexual 8.1.5. Estudos sobre demografia e saúde 8.1.5.1. Determinantes dos padrões de mortalidade, fecundidade e migração diretamente e indiretamente relacionadas à saúde 8.1.5.2. Estudos voltados à compreensão dos fatores demográficos relacionados ao crescimento e recuperação populacional verificado em parcela substancial dos povos indígenas 8.1.5.3. Estudos sobre os padrões de saúde-doença de etnias de territórios contíguos nas fronteiras, incluindo o padrão de utilização dos serviços de saúde 8.1.5.4. Estudos sobre os processos de urbanização da população indígena, incluindo interfaces com a transição epidemiológica, nutricional e demográfica e utilização dos serviços de saúde. 8.2.ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 8.2.1. Avaliação do modelo de gestão, planejamento, funcionamento e impactos do subsistema de saúde indígena 8.2.1.1. Avaliação do processo de distritalização envolvendo Funasa, organizações conveniadas e rede de referência 8.2.1.2. Avaliação do controle social e da participação comunitária indígena em saúde 8.2.1.3. Estudos sobre formação e recrutamento de recursos humanos para saúde indígena 116 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 8.2.1.4. Avaliação do sistema de informações, objetivando sua articulação às grandes bases de dados nacionais, visando a incorporar os componentes geográficos e especificidades étnicas 8.2.1.5. Avaliação dos serviços de saúde focalizando a perspectiva do usuário indígena e abordando os itinerários terapêuticos 8.2.2. Avaliação de programas e projetos de alimentação e nutrição desenvolvidos em áreas indígenas 9 . FATORES DE RISCO Coordenadora: Carmen Fontes de Souza Teixeira (UFBA) Relatores: Margarete Martins de Oliveira (SCTIE/MS) e Juliana Braga de Paula (Conasems) 9.1. MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DOS AGRAVOS E EVENTOS 9.1.1. Estudos sobre conceito de saúde, qualidade de vida, políticas e práticas de promoção da saúde e fatores de proteção e de risco 9.1.2. Estudos sobre determinantes biopsicossociais dos problemas de saúde e da distribuição dos riscos. Ênfase em enfoques de redes sociais, suporte social, desigualdade relacional, discriminação e estudos longitudinais sobre curso de vida 9.1.3. Estudos de validação e síntese sobre conhecimentos produzidos no País e no exterior 9.1.4. Estudos sobre exposição diferenciada a situações de risco, conforme condições e modos de vida de grupos populacionais específicos 9.2. ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E SERVIÇOS 9.2.1. Estudos sobre os efeitos adversos das práticas de prevenção e controle de riscos desenvolvidos pelo sistema de saúde (iatrogenias) 9.2.2. Estudos sobre novas formas de gestão do Estado e políticas públicas, intersetorialidade e a redefinição do papel do estado e sociedade na promoção da saúde e da qualidade de vida 9.2.3. Estudos sobre políticas públicas, melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde 9.2.4. Estudos sobre políticas de regulação da produção, promoção e consumo de alimentos, medicamentos e outros produtos e tecnologias com efeitos na saúde 9.2.5. Avaliação de práticas de promoção da saúde e prevenção de riscos em programas de saúde 117 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 9.2.6. Avaliação do papel do Agente Comunitário de Saúde no desenvolvimento da autonomia dos sujeitos coletivos 9.2.7. Estudos sobre a inter-relação das políticas de promoção de saúde com outras políticas que estão sendo colocadas no âmbito nacional e internacional para melhoria da qualidade de vida 9.3. AVALIAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS 9.3.1. Avaliação de desenvolvimento de tecnologias usadas nas práticas de educação e saúde 9.4.INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE/SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 9.4.1. Avaliação de informações disponibilizadas para a população em promoção da saúde 9.4.2. Desenvolvimento de metodologias de comunicação social para difusão de informações e conhecimentos sobre promoção da saúde na mídia 1 0 . E P I D E M I O LO G I A Coordenadora: Rita Barata Barradas (Santa Casa/SP) Relatores: Leonor Maria Pacheco Santos (SCTIE/MS) e Eliseu Alves Waldman (USP) 10.1.DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL E METODOLÓGICO DA EPIDEMIOLOGIA 10.1.1. Estudos sobre modelos de determinação do processo saúde-doença que incorporem novas técnicas de análise e interpretação 10.1.2. Novos modelos e abordagens da vigilância de eventos adversos à saúde e doenças emergentes: desenvolvimento de novas tecnologias para a vigilância epidemiológica de problemas de saúde, tais como:vigilância sindrômica, formas específicas de monitoramento, estudos de cenários, entre outros 10.1.3. Utilização das bases de dados secundários na análise e monitoramento da situação de saúde: elaboração ou seleção de indicadores, técnicas de análise e processos de monitoramento para a análise de situação de saúde e avaliação de sensibilidade, especificidade e valor preditivo dos processos selecionados 10.1.4. Validação, consistência e integração de bases de dados secundários: validação e análise da consistência dos dados em cada e entre as diferentes bases, desenvolvimento de formas de integração destas com as pesquisas nacionais realizadas periodicamente 118 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 10.1.5. Avaliação das estratégias de produção de dados primários sobre situação de saúde: inquéritos e estudos de coorte 10.1.6. Estudos para desenvolvimento de novos instrumentos de aferição, técnicas de análise de dados, conceitos e teorias, envolvendo a interface metodológica da epidemiologia com a biologia molecular, ciências sociais, estatística, matemática e ciências da computação, com ênfase na avaliação de impacto desses conhecimentos e das tecnologias deles derivados sobre a saúde humana 10.2. ESTUDOS SOBRE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA 10.2.1. Estudos de morbidade e mortalidade, não restritas a determinadas doenças 10.2.2. Estudos sobre a ocorrência, condicionantes e respostas sociais necessárias ao enfrentamento das incapacidades, sobrevida e funcionalidade 10.2.3. Desenvolvimento e validação de instrumentos e métodos para mensuração da situação, autopercepção e representações sociais sobre saúde em diferentes grupos populacionais 10.2.4. Avaliação dos indicadores compostos, tais como carga da doença, ín-dices de vulnerabilidade, paulista de responsabilidade social, de Desenvolvimento Humano municipal, de exclusão social, de condições de vida, entre outros e desenvolvimento de novos indicadores 10.2.5. Estudos sobre saúde global e aspectos de regulação internacional de corrente de deslocamentos internacionais 10.2.6. Doenças novas com potencial pandêmico e situações semelhantes que exigem regulação internacional 10.2.7. Estudos sobre migrações decorrentes de desemprego e da reestruturação do trabalho 10.2.8. Pesquisas de novas metodologias e técnicas para a prospecção do comportamento epidemiológico de problemas de saúde já existentes e das probabilidades de surgimento de novos problemas 10.3.AVALIAÇÃO DO IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE 10.3.1. Estudos dos impactos no perfil epidemiológico das populações decorrente de intervenções (promoção, prevenção e controle de doenças, diagnóstico precoce e tratamento, redução de danos, saneamento básico, bolsa alimentação e campanhas de imunização) 10.3.2. Estudos comparativos do impacto epidemiológico resultante da adoção de diferentes modelos de atenção à saúde 119 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 10.3.3. Estudos de eficácia, efetividade e eficiência de tecnologias em saúde levando em conta os impactos dessas tecnologias sobre o perfil de saúde e doença 10.3.4. Avaliação de riscos associados ao uso de tecnologias em saúde 10.4.DESIGUALDADES EM SAÚDE 10.4.1. Estudos para mensuração das desigualdades sociais, econômicas, de etnia e de gênero 10.4.2. Desenvolvimento te ó ri co - co n ceitual sobre os processos de determinação e elaboração de indicadores para mensuração de desigualdades sociais 10.4.3. Estudos longitudinais sobre trajetórias de vida e desigualdade em saúde (posição de classe da geração parental, mobilidade social intergeracional e situação atual) 10.4.4. Avaliação dos efeitos das políticas sociais sobre as desigualdades em saúde 1 1 . D E M O G RAFIA E SAÚDE Coordenador: Roberto Nascimento (UFMG) Relatores: Regina Célia de Lucena (SCTIE/MS) e Iúri da Costa Leite (Fiocruz-RJ) 11.1. MAGNITUDE E COMPREENSÃO DA DINÂMICA POPULACIONAL EM SUAS RELAÇÕES COM A SAÚDE 11.1.1. Pesquisa sobre os efeitos na saúde decorrentes do desequilíbrio entre população e meio ambiente, resultante do desenvolvimento não-sustentável 11.1.2. Inquéritos periódicos de demografia e saúde 11.1.3. Estudo sobre os padrões migratórios e seu impacto na saúde 11.1.4. Estudos longitudinais de morbidade e incapacidade 11.1.5. Estudos de padrões de mortalidade 11.1.6. Inquéritos sobre a prevalência das perdas fetais e condicionantes 11.1.7. Estudos sobre demografia do envelhecimento 11.1.8. Avaliação de indicadores de mortalidade e morbidade 11.1.9. Estudos de modelos demográficos para estimar probabilidades de transição, utilizando modelos de riscos competitivos e de multiestado, levando em conta vulnerabilidade e eqüidade 120 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 11.2.ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 11.2.1. Desenvolvimento de sistemas de indicadores sociodemográficos de base municipal 11.2.1.1. Estimativas da população por idades individuais e sexo 11.2.1.2. Avaliação da cobertura e qualidade das bases de dados 11.2.1.3. Desenvolvimento de metodologias para estimativa de parâmetros demográficos de pequenas áreas 11.2.2. Estudos de cenários demográficos pro s pe ct i vos que apontem tendências no comportamento de segmentos populacionais, com repercussões para o planejamento em saúde 11.2.3. Estudo sobre a demografia da família e sua relação com a estratégia de atenção à saúde da família 11.2.4. Estudos para melhoria da qualidade dos sistemas de informações demográficos 1 2 . SISTEMAS E POLÍTICAS DE SAÚDE Coordenador: Luis Cordoni Jr. (UEL) e José Car valho de Noronha (Uerj) Relatoras: Adriana Mitsue Ivama (Opas/OMS), Angélica Rogério de Miranda Pontes (SCTIE/MS) e Isabel Cristina Guimarães P. dos Santos (SCTIE/MS) 12.1. ESTUDOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E SOCIEDADE 12.1.1. Federalismo brasileiro 12.1.2. Globalização, integração regional, acordos multilaterais 12.1.3. Reforma do Estado 12.1.4. Relações entre o sistema de saúde e a seguridade social 12.1.5. Estrutura de financiamento das políticas sociais 12.2. DINÂMICA E COMPREENSÃO DOS SISTEMAS E POLÍTICAS DE SAÚDE 12.2.1. Estudos sobre organização básica do sistema, com ênfase na integralidade, descentralização, regionalização, intersetorialidade, cobertura,acesso e continuidade, qualidade e efetividade 12.2.2. Estudos sobre diferentes aspectos do sistema de saúde, tais como: modalidades de gestão e relações público x privado; regulação; normatização e regulamentação; assistência e vigilância farmacêutica; vigilância sanitária 121 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 12.2.3. Estudos sobre a formulação, implementação e avaliação das políticas de saúde 12.2.4. Estudos sobre a incorporação do planejamento nas políticas de saúde. Tecnologias de gestão em saúde 12.2.5. Avaliação tecnológica em saúde e a incorporação de tecnologias 12.2.6. Avaliação do sistema de ciência, tecnologia e inovação em saúde 12.3. ESTUDOS SOBRE CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE 12.3.1. Conselhos de saúde: estrutura, representatividade, legitimidade, impacto na prática e na gestão e dinâmica de funcionamento do sistema 12.3.2. Conferências de saúde: caráter e impactos 12.3.3. Comunicação e mídia: dimensão e papel no controle social da saúde 12.3.4. Poder Legislativo e Judiciário na construção do SUS 12.3.5. Informação para o controle social 12.3.6. Inovação nos mecanismos participativos 12.3.7. Satisfação do usuário 1 3 . GESTÃO DO T RA BALHO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE Coordenadora: Célia Pierantoni (Uerj) Relator: Roberto Passos Nogueira (Segetes/MS) 13.1. ENFOQUE TEÓRICO-METODOLÓGICO 13.1.1. Estudos sobre os referenciais teóricos e metodológicos da educação em saúde 13.1.2. Estudos sobre as lógicas e processos da formação de pessoal, em todos os níveis 13.1.3. Estudos sobre a contribuição das racionalidades médicas alternativas na formação dos profissionais e na estruturação do processo de trabalho 13.2. MAGNITUDE, DINÂMICA E COMPREENSÃO DA GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE 13.2.1. Estudo para construção de metodologias e parâmetros para mensurar necessidades de profissionais e especialistas do sistema de saúde 13.3.ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS,PROGRAMAS E SERVIÇOS 13.3.1. Estudos sobre as formas de gestão do trabalho e do conhecimento, do ponto de vista organizacional e institucional 122 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 13.3.2. Estudos sobre os fatores de oferta e de demanda de formação e de postos de trabalho 13.3.3. Estudos sobre os processos de trabalho em saúde, suas especificidades relativas ao conjunto de profissões frente à incorporação de novas tecnologias, saberes, práticas e formas de inserção profissional, considerando a atenção básica, a média e a alta complexidade 13.3.4. Estudos sobre o uso da política de humanização do trabalho nos serviços de saúde 13.3.5. Estudos sobre as características do vínculo trabalhista, considerando seu caráter formal ou informal (precariedade do trabalho) 13.3.6. Estudo sobre o processo de regulação do trabalho e das profissões específicas da saúde 13.3.7. Estudo sobre conformação dos mercados de trabalho de fronteiras e integrados em nível internacional 13.3.8. Estudo sobre a adequação de metodologias educacionais às exigências sociais e técnicas 13.3.9. Estudo sobre as experiências educacionais em saúde em face da estrutura,legislação pertinente e articulação com o setor educacional 13.3.10. Estudo sobre a constituição e desempenho dos novos arranjos institucionais relacionados às iniciativas de educação permanente (com destaque para os Pólos de Educação Permanente) 13.3.11. Estudo sobre a abordagem da educação popular em saúde na formação e educação permanente em todos os níveis 13.3.12. Estudo sobre dos processos de regulação da formação e da educação permanente 13.3.13. Estudo sobre o processo de trabalho, gestão de pessoas e formação de pessoal em saúde mental 13.3.14. Estudo sobre os processos curriculares e conteúdos de promoção da saúde 13.3.15. Estudo para identificação das necessidades de recursos humanos para a atenção à saúde do idoso 13.3.16. Estudos sobre gestão do trabalho e educação profissional, relacionados às violências, acidentes e traumas, com ênfase na atenção básica, urgências e emergências 13.4. AVALIAÇÃO,DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS 13.4.1. Desenvolvimento de tecnologias para qualificação de pessoal, na definição de políticas e na organização dos serviços de saúde 13.4.2. Desenvolvimento de metodologia de capacitação de pessoal em 123 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE saúde, com ênfase na dimensão ética e valores morais relacionados à superação dos efeitos perversos dos determinantes sociais na saúde 13.4.3. Desenvolvimento e avaliação de métodos e estratégias educacionais em saúde do idoso 1 4 . S A Ú D E, A M B I E N T E, T RA BALHO E BIOSSEGURA N Ç A Coordenadora: Lia Giraldo (Fiocruz-RJ) Relatores: Daniela Buosi (SCTIE/MS) e Fernando Carneiro (SVS/MS) 14.1. IMPACTO DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA SOBRE A SAÚDE E AMBIENTE 14.1.1. Monitoramento e avaliação dos grandes projetos de desenvolvimento para a Amazônia, semi-árido, cerrado e Pantanal, no contexto da prevenção de danos à saúde e ao ambiente 14.1.2. Estudo sobre as modalidades de produção arcaica na transferência de tecnologia e na precarização do trabalho 14.1.3. Estudos sobre a substituição de processos produtivos rurais e urbanos por modelos de produção mais limpos e menos perigosos 14.1.4. Estudos sobre a exclusão social e os ambientes vulneráveis 14.1.5. Estudos sobre os efeitos e enfrentamento das desigualdades de poder nos problemas ambientais (confronto entre Estado, empresas e trabalhadores) 14.1.6. Estudos sobre riscos transnacionais e exposição populacional 14.1.7. Estudos sobre as grandes endemias e a relação com os fatores ambientais de risco 14.1.8. Estudos sobre mudanças ambientais globais e impactos na saúde (desertificação, perda da biodiversidade, mudança na temperatura) 14.1.9. Estudos sobre as doenças emergentes e reemergentes no contexto da saúde, trabalho, ambiente e biossegurança 14.1.10. Estudos de percepção social do risco 14.1.11. Estudos relativos a trabalho em risco elevado. Condições de trabalho dos trabalhadores da saúde (biossegurança, ergonomia, etc). Avaliação de programas de prevenção em saúde do trabalhador na construção civil, trabalho informal, infantil, escravo e violência no trabalho 14.1.12. Estudos sobre os riscos do trabalho em saúde, oriundos do próprio setor saúde (iatrogenias) 124 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 14.1.13. Inquérito Nacional relativo à exposição de população a substâncias químicas 14.1.14. Estudos relacionados a agravos e doenças decorrentes da sobrecarga de trabalho e da baixa exposição a fatores de risco; transtornos neurocomportamentais, endócrinos, imunológicos, mentais, câncer, distúrbios decorrentes de produção imaterial; dor crônica; doenças respiratórias (asma); malformação congênita 14.2. AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS REGULATÓRIAS DO ESTADO E IMPLICAÇÕES DO CONTROLE SOCIAL NOS TRÊS NÍVEIS DE GOVERNO 14.2.1. Estudos de modelagem para pesquisa de problemas socioambientais, ecossociossanitários complexos que impactam a saúde 14.2.2. Estudos de variáveis socioambientais que utilizem o território (bacias hidrográficas) e ecossistemas como unidade de análise 14.2.3. Avaliação das intervenções e da gestão em vigilância sanitária 14.3. DESENVOLVIMENTO DE MODELOS,METODOLOGIAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 14.3.1. Desenvolvimento de modelos de monitoramento de risco no âmbito nacional 14.3.2. Desenvolvimento de modalidades de aplicação de medidas de precaução 14.3.3. Estudos de revisão do modelo de controle de endemias atual na perspectiva do manejo ambiental integrado, vigilância ambiental, saneamento e promoção da saúde 14.3.4. Desenvolvimento de modelos de gestão dos serviços de saúde na perspectiva de integração das vigilâncias 14.3.5. Desenvolvimento e avaliação de modelos de gestão em ambiente, saneamento e recursos hídricos na perspectiva da saúde 14.3.6. Desenvolvimento de modelos de incorporação da assistência à saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde 14.3.7. Estudos para aprimoramento, análise e diálogo entre sistemas de informações 14.3.8. Estudos sobre a difusão de informação e comunicação de riscos 14.3.9. Produção de tecnologias para a intervenção e remediação em áreas contaminadas (passivo ambiental) 14.3.10. Desenvolvimento de matrizes de exposição para áreas agrícolas, industriais e de passivo ambiental e de impactos na saúde 14.3.11. Desenvolvimento de marcadores/indicadores que levem em consideração o princípio da precaução, relacionados à vigilância 125 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE sanitária, ambiental e de saúde do trabalhador, aplicados à água de consumo humano 14.3.12. Desenvolvimento de sistemas sentinelas para prevenção de danos à saúde e ambiente 14.3.13. Desenvolvimento de protocolos clínico-assistenciais para investigação em saúde ambiental e do trabalhador 14.3.14. Desenvolvimento de metodologias de avaliação e gerenciamento de riscos dos processos produtivos, de consumo (antrópicos) e geogênicos 14.3.15. Desenvolvimento de metodologias para diagnóstico e avaliação de impacto ambiental sobre a saúde: agrotóxicos, domissanitários, produtos veterinários e descarte de produtos farmacêuticos, resíduos dos serviços de saúde, substâncias tóxicas persistentes, biotoxinas, poluentes orgânicos e solventes metais pesados, radioatividade, depósitos de rejeitos industriais, campos eletromagnéticos, avaliação da relação saneamento e saúde, poluição sonora, avaliar os impactos e implicações da legislação relacionada à qualidade da água para consumo humano, água de lastro, poluição atmosférica e saúde nas grandes metrópoles, qualidade do ar e saúde 14.3.16. Desenvolvimento de metodologias de avaliação de impacto na saúde (populacional e do trabalhador) no processo de licenciamento ambiental 14.3.17. Desenvolvimento de procedimentos de biossegurança com ensaios pré-clínicos e clínicos, envolvendo os organismos geneticamente modificados (OGMs) e seus derivados 14.3.18. Desenvolvimento de procedimentos laboratoriais, envolvendo o diagnóstico de organismos geneticamente modificados e seus derivados, para permitir efetiva rotulagem e a implantação de um programa de controle pós-comercialização dos produtos alimentícios 14.3.19. Desenvolvimento de sistemas integrados de segurança biológica envolvendo os microrganismos emergentes, os reemergentes e os de introdução intencional, incluindo os processos de trabalho em hospitais, laboratórios e biotérios 14.3.20. Estudos para melhoria da qualidade de mensuração da variável ocupação 14.3.21. Produção de metodologias de diagnósticos laboratoriais de campo e para diagnóstico rápido/varredura em biossegurança 14.3.22. Avaliação das intervenções e da gestão em vigilância sanitária 126 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 14.3.23. Diagnóstico e avaliação da situação de saúde relacionados a produtos, serviços e tecnologias: risco, eficácia, segurança e qualidade 14.3.24. Desenvolvimento de metodologias para associação entre exposição, risco e agravos que levem em consideração o conjunto de evidências clínicas, epidemiológicas, laborato ri a i s, estudos experimentais animais e a percepção social do agravo 1 5 . AVALIAÇÃO DE T E C N O LOGIAS E ECONOMIA EM SAÚDE Coordenador: Marcelo Teixeira (SES-MG) Relatores: Elisa Cazue Sudo (SCTIE/MS) e Rafael Barreto (DES/MS) 15.1. CICLO DE VIDA DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE (INOVAÇÃO,INCORPORAÇÃO, USO E OBSOLESCÊNCIA) 15.1.1. Papel do Estado na regulação de produtos e serviços de saúde, com ênfase na: avaliação tecnológica pré-comercialização e pós-registro nos serviços universitários; interação entre o processo regulatório e as necessidades do sistema de saúde; análise do papel das instituições (Inmetro, Ipem, Anvisa, etc.) 15.1.2. Desenvolvimento de modelos de incorporação tecnológica (especificações e homologações) 15.1.3. Estudos sobre transferibilidade de Avaliação Tecnológica em Saúde (ATS) realizada em outros países 15.1.4. Estudos sobre transferência tecnológica 15.1.5. Mapeamento das tecnologias no âmbito do SUS e no contexto internacional 15.1.6. Estudos sobre a capacidade de produção de tecnologias, competitividade e auto-sustentabilidade, de prospecção de inovações tecnológicas segundo as necessidades do SUS e sobre o sistema nacional de inovação em saúde 15.1.7. Conformidade e qualidade das tecnologias em saúde pré-comercialização e pós-comercialização, com ênfase na: análise e desenvolvimento de metodologias para certificação de conformidade – qualidade; metrologia e defesa do consumidor; avaliação de materiais referenciados; aferição e calibração dos equipamentos de saúde; avaliação de qualidade de procedimentos, serviços e produtos; iatrogenia do uso das tecnologias 127 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 15.2. AVALIAÇÃO ECONÔMICA E ANÁLISE DE CUSTOS EM SAÚDE 15.2.1. Análise e desenvolvimento de metodologias para apuração de custos por procedimento, por tipo de paciente, por centro de responsabilidade, por nível de complexidade da atenção e por atividade 15.2.2. Estudos de custos de doenças 15.2.3. Estudos de formação e análise de variação de preços 15.2.4. Estudos de custo-efetividade dos procedimentos terapêuticos em saúde mental 15.2.5. Estudos sobre financiamento de práticas coletivas em saúde mental 15.2.6. Estudos sobre investimentos no complexo produtivo da saúde 15.2.7. Estudos de custo-efetividade da atenção à saúde do idoso e das ações de promoção de saúde 15.2.8. Validação de tecnologias e avaliação do custo-efetividade da triagem neonatal 15.2.9. Estudo do custo das terapias anti-retrovirais 15.2.10. Estudos de performance de impacto e econômicos do programa de controle do HIV/Aids 15.2.11. Estudos sobre vigilância epidemiológica e de custo-benefício relacionados às arboviroses e roboviroses 15.2.12. Estudos de custo-benefício das ações que são desenvolvidas pelo Programa Nacional de Controle da Dengue 15.2.13. Estudos de impacto econômico social da dengue em diferentes grupos populacionais e regiões do País 15.2.14. Avaliação de custo-efetividade e custo-benefício das doenças transmissíveis 15.2.15. Estudos de custo-efetividade dos métodos diagnósticos e intervenções terapêuticas e custo socioeconômico das doenças não-transmissíveis 15.2.16. Estudos de custos com informação em saúde 15.2.17. Produção de informação para os estudos de custo-efetividade das tecnologias de saúde 15.2.18. Relação de elasticidade, renda, preço e consumo de alimentos básicos na segurança alimentar 15.2.19. Avaliação econométrica das práticas de amamentação e alimentação complementar da criança 15.2.20. Custo-efetividade de práticas clínicas na atenção perinatal e no primeiro ano de vida 15.2.21. Custo-efetividade de ações de prevenção e tratamento da obesidade 15.2.22. Análise de custos econômicos e sociais da violência no Brasil 15.2.23. Estudos sobre o financiamento da atenção à violência, aos acidentes 128 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE e ao trauma no Sistema Único de Saúde (relação custo-efetividade social, análise comparativa de custos diretos e indiretos na atenção) 15.2.24. Avaliação da efetividade e custo-benefício de ações de precaução e biossegurança 15.3. ANÁLISE ECONÔMICA DO FINANCIAMENTO DO SETOR SAÚDE 15.3.1. Análise das fontes de financiamento em saúde e economia do setor público, com ênfase em: avaliação da justiça na captação de recursos;alternativas de fontes de financiamento e estratégias para maximização dos recursos disponíveis;efeitos oriundos da Emenda Constitucional nº 29 15.3.2. Critérios de alocação de recursos, com ênfase na articulação entre custeio e investimento e na alocação geográfica, entre ações, serviços e projetos e de recursos de investimento 15.3.3. Estudos de formas de remuneração para as diferentes modalidades de atenção à saúde 15.3.4. Diagnóstico e estudos prospectivos de gastos em saúde 15.4.ECONOMIA POLÍTICA DA SAÚDE 15.4.1. Análise comparativa dos sistemas de saúde: fundamentos, estrutura, funcionamento e financiamento 15.4.2. Estudos de desigualdades 15.4.3. Análise do SUS como fator de desenvolvimento econômico e social – o significado econômico dos serviços e benefícios 15.4.4. Estudos sobre o efeito multiplicador do investimento em saúde 15.4.5. Estudos sobre a relação público-privado (estimativa dos gastos públicos envolvidos com financiamento dos seguros e planos de saúde, incentivos e renúncia fiscal) 15.4.6. Estudos sobre financiamento e alocação de recursos no sistema de saúde 15.5. ESTUDOS DE AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE E ECONOMIA DA SAÚDE APLICADOS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE 15.5.1. Análise do uso da Avaliação Tecnológica em Saúde (ATS) e da Economia da Saúde (ES) na incorporação de tecnologias (custo individual e coletivo, em uso/substitutivas e novas) 15.5.2. Análise do impacto das pesquisas de avaliação tecnológica e economia da saúde na formulação de diretrizes, na tomada de decisão e nos resultados do sistema de saúde 15.5.3. Análise de impacto dos instrumentos de gestão do SUS 15.5.4. Avaliação de sistemas, serviços e programas de saúde 129 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 15.5.5. Avaliação de necessidades de serviços de saúde 15.5.6. Elaboração de modelos explicativos da demanda por ações e serviços de saúde 15.5.7. Avaliação tecnológica em saúde e economia da saúde como subsídio para elaboração das diretrizes clínicas 15.6. ESTRATÉGIAS DE ESTRUTURAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DA AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE E ECONOMIA DA SAÚDE 15.6.1. Avaliação das estratégias de formação e capacitação de recursos humanos em avaliação tecnológica em saúde e economia da saúde 15.6.2. Inventário da capacidade de produção de pesquisa em avaliação tecnológica em saúde e economia da saúde, no Brasil 15.6.3. Sistematização do processo de obtenção de dados primários e secundários, e recuperação/aproveitamento de estudos já realizados 15.6.4. Desenvolvimento de metodologias em avaliação tecnológica em saúde e economia da saúde 15.7. FARMACOECONOMIA 15.7.1. Análise de mercado, com ênfase em: estudo de viabilidade econômica de medicamentos (alto custo individual e coletivo); produção, distribuição e consumo; laboratórios oficiais; medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais 15.7.2. Estudos de prospecção tecnológica em fármacos segundo as necessidades do Sistema Único de Saúde 15.7.3. Avaliações econômicas de medicamentos:genéricos, para doenças crônicas, quimioterápicos 15.7.4. Estudos do uso racional dos medicamentos 15.7.5. Avaliação da política nacional de assistência farmacêutica 1 6 . A L I M E N TAÇÃO E NUTRIÇÃO Coordenador: Malaquias Batista Filho (UFPE) Relatora: Maisa Cruz Martins (SCTIE/MS) 16.1.SEGURANÇA ALIMENTAR 16.1.1. Estudos sobre a regionalização e atualização da cesta básica de alimentos 16.1.2. Desenvolvimento de métodos e indicadores de avaliação no contexto familiar 130 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 16.1.3. Estudos sobre a produção familiar de alimentos para autoconsumo 16.1.4. Desenvolvimento de métodos e técnicas de avaliação de consumo alimentar 16.1.5. Estudos sobre consumo alimentar e valor nutricional da dieta de famílias em linha de pobreza 16.1.6. Estudos sobre o impacto de políticas públicas na segurança alimentar de famílias socialmente vulneráveis 16.1.7. Estudos em grupos étnicos e em populações específicas 16.1.8. Desenvolvimento de tabela nacional de composição de alimentos 16.1.9. Estudos sobre alimentação institucional em creches, escolas, abrigos e presídios 16.1.10. Estudos sobre tecnologia de alimentos: controle de qualidade, aspectos nutricionais, mercadológicos e de biossegurança 16.2.AMAMENTAÇÃO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR DA CRIANÇA 16.2.1. Estudos sobre amamentação: tipologias, duração e fatores condicionantes, avaliação das atividades de promoção nos serviços de saúde 16.2.2. Estudos sobre condicionantes sociais e biológicos na alimentação complementar do desmame 16.2.3. Estudos sobre a situação de saúde e nutrição da criança na amamentação e na complementação alimentar do desmame 16.2.4. Estudos etnográficos sobre ideologias e condutas relacionadas com a amamentação e alimentação da criança 16.3. DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA 16.3.1. Distribuição e análise cartográficas, determinantes e fatores de risco; modelos preditivos; sistemas de informações e avaliação de políticas e programas do setor saúde 16.4. CARÊNCIAS NUTRICIONAIS POR MICRONUTRIENTES (FERRO,VITAMINA A, ÁCIDO FÓLICO,IODO E OUTROS) 16.4.1. Distribuição e análise cartográficas, determinantes e fatores de risco; modelos preditivos; sistemas de informações e avaliação de políticas e programas no setor saúde 16.5. SOBREPESO E OBESIDADE 16.5.1. Distribuição e análise cartográficas, determinantes e fatores de risco; distribuição de espaço temporal do consumo alimentar e atividade física; modelos preditivos; sistemas de informações; avaliação de 131 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE políticas e programas no setor saúde, complicações metabólicas e sistêmicas 16.6.DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIAS 16.6.1. Instrumentos, métodos e indicadores de vigilância nutricional 16.6.2. Métodos de informação, comunicação e educação 16.6.3. Métodos para avaliação de ações, programas e políticas públicas 16.6.4. Avaliação de gasto energético 16.6.5. Manejo clínico dos problemas nutricionais 1 7 . CO M U N I C AÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE Coordenador: Eduardo Mota (UFBA) Relatoras: Lilian Peters (SCTIE/MS) e Maria Alice Fernandes Branco (Fiocruz-RJ) 17.1. INFORMAÇÃO EM SAÚDE 17.1.1. Avaliação da informação em saúde, com ênfase na: qualidade, consistência, fidedignidade, validade, completude, padrões de representação da informação das bases de dados, co be rt u ra , aspectos tecnológicos, fluxos, trocas eletrônicas entre sistemas 17.1.2. Estudos sobre o uso da informação nos processos decisórios do Sistema Único de Saúde 17.1.2.1. Desenvolvimento de indicadores:Índice de Desenvolvimento em Saúde – IDS (qualificação de dados); desenvolvimento de conjunto mínimo de indicadores para gestão de sistemas e serviços da saúde; indicadores de avaliação; uso e impacto das revistas científicas brasileiras em saúde; indicadores para carga de doença;e indicadores de qualidade de vida 17.1.2.2. Estudos sobre sensibilização do profissional de saúde quanto à finalidade e importância da informação em saúde 17.1.2.3. Desenvolvimento de metodologias para definir parâmetros de uso e análise das informações 17.1.2.4. Desenvolvimento de metodologias para identificação unívoca do usuário 17.1.2.5. Desenvolvimento de metodologias para integração operacional de sistemas de informação em saúde 17.1.2.6. Desenvolvimento de metodologias para regionalização e hierarquização de sistemas e serviços de saúde 132 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 17.1.2.7. Avaliação do impacto do uso da informação e de tecnologias na gestão em saúde 17.1.3. Estudos voltados à gestão de informação 17.1.3.1. Gestão de informação e conhecimento no SUS 17.1.3.2. Necessidades e demandas de informação 17.1.3.3. Organização do processo de trabalho com a informação 17.1.3.4. Identificação de competências na área de informação e informática em saúde 17.1.4. Estudos sobre inquéritos populacionais 17.1.4.1. Avaliação das experiências nacionais e internacionais sobre metodologia de inquéritos populacionais 17.1.4.2. Identificação de necessidade de informações complementares 17.2. ESTUDOS PARA O PREENCHIMENTO DE LACUNAS NA ÁREA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 17.2.1. Produção de informação para os estudos de custo-efetividade das tecnologias de saúde 17.2.2. Produção de informações voltadas para a intersetorialidade (ambiente, educação, previdências, etc.) 17.2.3. Perfil epidemiológico e de utilização de serviços e custos do setor de saúde suplementar 17.2.4. Identificação unívoca do usuário no setor de saúde suplementar 17.2.5. Integração de informações do setor de saúde suplementar com as informações dos demais sistemas do SUS 17.3. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO COM BASE EM COMPONENTES, PADRÕES ABERTOS E SOFTWARES LIVRES,VOLTADOS PARA: 17.3.1. Apoio à decisão em sistemas e serviços de saúde 17.3.2. Modelagem de processos de trabalho em saúde 17.3.3. Estatísticas vitais 17.3.4. Prontuário do paciente 17.3.5. Análises estatísticas de dados de interesse para a saúde 17.3.6. Diagnóstico da infra-estrutura de tecnologias de informação na área da saúde no Brasil, dos sistemas de informação e sites existentes 17.3.7. Redes de cooperação 17.3.8. Indexador, classificador, recuperador automático e genérico de conteúdos em saúde 133 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 17.4. INFORMAÇÃO PARA CONTROLE SOCIAL 17.5. INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA EM SAÚDE 17.5.1. Desenvolvimento de metodologias para interação do sistema de ciência e tecnologia em saúde, sistemas de informação científica em saúde e os sistemas de informação em saúde 17.5.2. Desenvolvimento de indicadores de avaliação, uso e impacto da produção científica em saúde 17.5.3. Desenvolvimento de metodologia de linguagem para possibilitar interação entre gestores e pesquisadores do sistema de saúde 17.5.4. Desenvolvimento de metodologia para apropriação pelos gestores e serviços de saúde dos resultados das pesquisas em saúde 17.6.DESENVOLVIMENTO DE MODELOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS EM COMUNICAÇÃO EM SAÚDE 17.6.1. Incorporação pela comunicação em saúde de novos aportes de conhecimento provenientes das ciências sociais e humanas 17.7.DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS PARA ANÁLISE, GESTÃO E AVALIAÇÃO DE PRODUTOS; PROCESSOS; PRÁTICAS; ESTRATÉGIAS; LINGUAGENS; E POLÍTICAS 17.8.ECONOMIA POLÍTICA DA COMUNICAÇÃO 17.9. COMUNICAÇÃO, MÍDIAS E SAÚDE 17.9.1. Desenvolvimento e incorporação de tecnologias de comunicação na saúde 17.9.2. Desenvolvimento da dimensão tecnológica, estética e política da linguagem 17.10.COMUNICAÇÃO E SERVIÇOS DE SAÚDE 17.10.1. Estudos sobre a comunicação no cotidiano dos serviços de saúde 17.10.2. Estudos sobre comunicação e conflito de lógicas: lógica sanitária e lógica da população 17.10.3. Estudos sobre formas de expressão de demandas da população 17.10.4. Desenvolvimento de redes sociotécnicas em saúde – subjetividades e sociabilidades 134 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1 8 . B I O É T I CA E ÉTICA EM PESQUISA Coordenador: Marina Rea (SES-SP) Relatores: César Pinheiro Jacoby (SCTIE/MS) e Maria Claudia Brauner (Unisinos) 18.1.ASPECTOS TEÓRICO-PRÁTICOS DA BIOÉTICA NO CONTEXTO CIENTÍFICOTECNOLÓGICO E SANITÁRIO BRASILEIRO (EPISTEMOLÓGICO, METODOLÓGICO E NORMATIVO) 18.1.1. Estudos sobre o exercício da cidadania e direitos fundamentais 18.1.2. Estudos sobre os benefícios e malefícios dos processos de saúde 18.1.3. Estudos sobre o sentido de eqüidade, universalidade e gratuidade no Sistema Único de Saúde 18.1.4. Estudos sobre os desafios da bioética no mundo globalizado – aplicação do conhecimento ao contexto brasileiro 18.2. FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO EM BIOÉTICA: CONTEÚDOS E MÉTODOS 18.2.1. Estudos sobre a incorporação da bioética no ensino médio, técnico, graduação, pós-graduação e educação continuada dos profissionais de saúde 18.3. QUESTÕES MORAIS DO MARCO LEGAL JURÍDICO-ADMINISTRATIVO DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE 18.3.1. Estudos sobre o acesso e utilização das informações 18.4.ASPECTOS BIOÉTICOS EM PROBLEMAS PERSISTENTES 18.4.1. Estudos sobre diversidade social, regional, econômica, de gênero, raça, etnia,geracional e demais condicionantes de qualidade de vida que possam implicar diferença no acesso, cuidado e tratamento aos diversos níveis das ações e serviços de saúde 18.4.2. Estudos sobre os dilemas éticos relacionados ao abortamento, direitos reprodutivos e sexuais, mortalidade infantil, mortalidade materna, terminalidade da vida – cuidados paliativos, transplantes, violência, nas intervenções e na pesquisa em doenças sexualmente transmissíveis e no contexto de relações interétnicas 18.4.3. Estudos para identificação dos dilemas morais na assistência à saúde 18.4.3.1. Critérios para definição de prioridades na alocação de recursos em saúde 18.4.3.2. Dicotomia entre programas e estratégias de atenção básica 135 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 18.4.3.3. Acesso, operacionalização e resolutividade dos serviços por parte dos profissionais de saúde e grupos populacionais 18.4.4. Estudos prospectivos sobre a bioética nas temáticas: atenção à saúde no Brasil,gestão do SUS,vigilância epidemiológica,vigilância sanitária, vigilância ambiental, assistência farmacêutica, nutrição e segurança alimentar, complexo produtivo em saúde, avaliação de tecnologias em saúde e auditorias 18.5. ESTUDOS DOS ASPECTOS BIOÉTICOS EM QUESTÕES EMERGENTES 18.5.1. Biotecnologias 18.5.2. Biossegurança 18.5.3. Saúde e meio ambiente 18.6.ESTUDOS SOBRE FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL NAS PESQUISAS 18.6.1. Comitê de Ética em Pesquisa e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Sistema Ceps-Conep) 18.6.2. Relação profissional de saúde-pesquisador; usuário-sujeito de pesquisa; vulnerabilidade; exclusão e cidadania 18.7.ESTUDOS SOBRE QUESTÕES ÉTICAS NA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE 18.7.1. Ética e privacidade da informação 18.7.2. Direito do cidadão sobre a inserção de seus dados nos sistemas de informações 18.7.3. Direito de acesso à informação 18.7.4. Direito individual e direito coletivo 18.8. ESTUDOS SOBRE QUESTÕES ÉTICAS RELACIONADAS À SAÚDE DO IDOSO 18.8.1. Processo de morte e morrer 18.8.2. Uso intensivo de tecnologia médica (obstinação terapêutica) 18.8.3. Preconceitos relativos ao envelhecimento 18.8.4. Cidadania da pessoa idosa 136 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 1 9 . PESQUISA CLÍNICA Coordenador: Sérgio Bydlowski (USP) Relatores: Itajaí Albuquerque (SCTIE/MS) e José Roberto Lapa e Silva (UFRJ) 19.1.TEMAS GERAIS 19.1.1. Estudos de freqüência de agravos (aprimoramento do atual sistema de informações) 19.1.2. Estudos de riscos e causas de enfermidades 19.1.3. Estudos de avaliação de desempenho de métodos diagnósticos em todas as suas fases 19.1.4. Estudos de avaliação de intervenções terapêuticas em todas as suas fases 19.1.5. Estudos de avaliação de novas tecnologias e sua aplicabilidade 19.1.6. Desenvolvimento de testes clínicos de procedimentos diagnósticos e terapêuticos com ênfase nos produtos oriundos da pesquisa nacional 19.1.7. Estudos para elaboração e validação de protocolos clínicos 19.1.8. Modelagem de sistemas de informação em pesquisa 19.2.TEMAS ESPECÍFICOS 19.2.1. Estudos sobre as intervenções avançadas: terapia celular, aplicações da biotecnologia na prática clínica,farmacogenética 19.2.2. Estudo das doenças e agravos de alta prevalência com impacto econômico: afecções do período pe ri n at a l , da mulher, infectocontagiosas, doenças crônico-degenerativas 19.2.3. Avaliação clínica dos medicamentos genéricos 19.2.4. Estudos das doenças com alto custo de tratamento, dependente de insumos importados, visando a sua substituição 2 0 . CO M P L E XO PRO D U T I VO DA SAÚDE - COMPONENTE VAC I N A S Introdução O componente Vacinas da subagenda do Complexo Produtivo da Saúde foi extraído das conclusões do Projeto “Inovação e Desenvolvimento Industrial em Saúde: Prospecção Tecnológica para a Ação 2002-2015” (Inovação em Saúde), liderado pela Fiocruz. Ele foi desenvolvido utilizando como metodologia a contratação de consultores especializados nacionais e internacionais que 137 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE realizaram estudos diagnóstico-propositivos de acordo com os termos de referência elaborados pela coordenação do projeto. Para cada estudo finalizado, procedeu-se a sua discussão em Oficinas com Grupos Técnicos, contando com a participação de diversos setores: a) principais produtores públicos de vacinas – Biomanguinhos/Fiocruz, Instituto Butantan, Tecpar, Fundação Ataulpho de Paiva; b) diversas instâncias do Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância à Saúde (SVS), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); c) entidades do Ministério da Ciência e Tecnologia – Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); d) Ministério da Integração Social (MI); e) Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e f) institutos de pesquisa e universidades. Neste processo, estiveram envolvidos cerca de 200 participantes entre gestores, pesquisadores e tecnólogos. Durante o ciclo de Oficinas de Vacinas foi colocada em foco a importância de se definir uma política voltada para os produtores oficiais e a urgência de se estabelecer prioridades nacionais na área de produção e desenvolvimento tecnológico de vacinas, buscando adquirir capacidade tecnológica e produtiva para atender às necessidades do País na área. A partir das prioridades estabelecidas para vacinas, os laboratórios oficiais deverão buscar a definição de rotas tecnológicas, a coordenação das atividades do ciclo de desenvolvimento dos produtos, além de inovações que passam pela modernização da estrutura produtiva e pelo ganho de competitividade. PRIORIDADES DE PESQUISA E DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO 20.1. AVALIAÇÃO E REGULAÇÃO 20.1.1.Ensaios Clínicos • Iniciativas para fortalecimento das atividades de ensaios clínicos (Fase I, I I ,I I I e IV) em instituições públicas • Organização de infra-estrutura nacional (redes) para ensaios clínicos de acordo com Boas Práticas de Pesquisas Clínicas • Envolvimento da Anvisa, Decit e academia para a montagem de uma Plataforma Brasileira de Ensaios Clínicos, à semelhança da européia • Definição de fontes de financiamento específicas • Realização de seminário sobre o tema 138 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 20.1.2.Propriedade Intelectual • Incorporar o tema da Propriedade Intelectual nas estratégias de desenvolvimento, gestão e produção de vacinas, envolvendo a preocupação em infringir direitos de terceiros e a introdução da rotina de quem produz e desenvolve tecnologias de consultar os bancos de patentes e realizar novos desenvolvimentos • Realizar levantamento sobre as patentes que vencem nos próximos 2 a 3 anos (geralmente biofármacos),para não perder esta janela de oportunidade • Utilizar a propriedade intelectual como um indicador efetivo para avaliar se os objetivos estão sendo atingidos pela infra-estrutura de P&D e para avaliar a eficiência do gerenciamento da produção • Trabalhar com vacinas patenteadas a partir de acordo comercial ou licença • Treinamento sobre propriedade intelectual para o pessoal, desde a investigação até a comercialização 20.1.3.Regulação • Discussão da adaptação da regulamentação da Anvisa e das comissões de ética em relação a estudos clínicos, pré-clínicos e registro de novas vacinas à realidade nacional • Reforçar o papel regulador e orientador da Anvisa e não apenas sua função fiscalizadora, tornando mais viável o aumento da competitividade dos produtores públicos a partir do cumprimento das normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF), o que exige atualmente altos investimentos 20.2.INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO • Utilização das vacinas atuais como plataforma para desenvolvimento de novas vacinas • Priorização da pesquisa em decorrência de prioridades públicas explícitas da política nacional de saúde • Transferência de Tecnologia como plataforma de desenvolvimento e para a busca da auto-sustentabilidade • P&D de vacinas veterinárias como plataforma tecnológica e fonte de novas receitas • Pesquisa de novos adjuvantes e formas de aplicação • Apoio ao programa de desenvolvimento tecnológico para os laboratórios oficiais, criando uma forma de assegurar orçamento mínimo de P&D para estes laboratórios • Definição das vacinas prioritárias para desenvolvimento tecnológico e inovação em curto, médio e longo prazo 139 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE • Investimento nos mecanismos de coordenação e de rede interinstitucionais e intra-institucionais para integrar as diversas etapas do processo de desenvolvimento dos projetos de vacinas • Realização de evento de integração dos pesquisadores de vacinas • Promover o desenvolvimento das etapas de seleção de adjuvantes e estudos de formulação nos estudos pré-clínicos • Criação de alíquota de inovação, que seria a inclusão de um percentual de inovação no preço vendido ao Ministério da Saúde 140 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE VACINAS PRIORITÁRIAS VACINA JUSTIFICATIVA Febre Amarela Inativada* RA Influenza (gripe)* Novas tecnologias de produção DTPa* RA Tríplice Viral (caxumba-Jeryl Lynn) RA Pneumococos, conjugada,7 valente IE Meningite C conjugada IE DTP/HBV+Hib* Nova combinação Raiva (cultura de células) Diminuir n° de doses e RA Meningite B/C conjugada IE e alto valor agregado Hepatite A IE IPV* IE e RA Hib* Diminuir n° de doses Meningite B/C conj. + Hib Nova combinação DTPa/HVB + Hib Nova combinação HBV/HAV Nova combinação Tríplice viral + varicela Nova combinação Rotavírus IE Meningite A conjugada IE Malária* IE Dengue* IE Leishmaniose* IE HIV* IE TBC* IE Leptospirose IE regional HPV IE Hepatite C IE Esquistossomose IE Varíola Biodefesa RA = reação adversa; IE = interesse epidemiológico; * definidas como prioritárias pela autoridade sanitária nacional. 141 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE I V. R E COMENDAÇÕES DOS GRUPOS DE T RA BA L H O DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS O grupo de doenças transmissíveis não incluiu recomendações no seu relatório final. Oficina de dengue Os participantes desta oficina apresentaram as seguintes recomendações: • A necessidade de avaliar e melhorar as metodologias de coleta de material e de transporte para o laboratório, a partir de casos clínicos e vetores. • A necessidade de contínua formação de recursos humanos para o diagnóstico de dengue no País, capaz de absorver novas tecnologias e validá-las adequadamente. • A necessidade do envio ao laboratório de fichas clínico-epidemiológicas completas e uniformizadas para o País que permitam uma avaliação correta dos resultados, bem como das tecnologias a ser aplicadas nos diagnósticos. • Estabelecer um sistema de resposta rápida à notificação de casos de dengue por meio de investigação epidemiológica, coleta de material para o laboratório e medidas de controle do vetor. O grupo julga essencial a formação de grupos multidisciplinares (clínicos, epidemiologistas, laboratoristas, entomologistas) que participem desta investigação tão logo surja o risco de aumento do número de casos numa região. • A necessidade de incorporar os aspectos éticos relacionados à coleta de material e ao diagnóstico laboratorial. • Discutiu-se a eventual formação de uma Rede de Pesquisa em Dengue. Considera essencial que, em uma etapa inicial, seja feito o levantamento das competências por meio de cartas de intenções. Após a avaliação destas cartas, seriam então estabelecidos os projetos dentro do sistema de redes. Vacina • Desenvolvimento de vacinas candidatas tetravalentes. • Mecanismos para implementação da rede dengue e distribuição dos recursos. • Projetos temáticos “sênior” (40% no 1º ano e 70% nos seguintes) propostos por grupos estabelecidos, envolvendo parcerias com outros grupos emergentes. • Projetos para novos grupos (10%) propostos por pequenos grupos independentes, novos na área e liderados por jovens pesquisadores. • Equipamentos e instalações de interesse estratégico (50% no 1º ano e 20% nos seguintes). Demanda induzida • Soroteca. • Infectório de segurança (NB 2). 142 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE • Banco de vírus. • Banco de dados (aproveitar o banco do MS e incorporar administrador permanente). Demanda espontânea • Projeto breve justificando o interesse estratégico e adicionar lista de projetos temáticos beneficiados. SAÚDE DA MULHER • A perspectiva de gênero e raça/etnia deve permear toda atividade de pesquisa no campo da saúde. Esta perspectiva não significa apenas a desagregação de dados empíricos por sexo e cor, e m bo ra este seja um procedimento importante, mas implica o reconhecimento de que homens e mulheres, negros e brancos, pobres e ricos são categorias sociais que expressam relações de poder e desigualdade e marcam diferentemente os corpos e as subjetividades, estando intrinsecamente vinculados à dinâmica do processo saúde-doença. • Temas de pesquisas sobre homens e cuidados à sua saúde e a participação e influência dos homens na saúde das mulheres devem estar também contemplados nesta subagenda. SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS • Formação e recrutamento de recursos humanos para a saúde indígena. FATORES DE RISCO • As propostas apresentadas no relatório da subagenda de Fatores de Risco constituem uma primeira aproximação ao tema,merecendo aperfeiçoamento, tanto no sentido de se “cruzar”as linhas de pesquisa sugeridas com outras linhas definidas por grupos que abordaram aspectos semelhantes. • Cabe enfatizar a possibilidade de se agregar às propostas de investigações sobre problemas de saúde – conjugando a perspectiva clínica com a epidemiológica e social –, essa última prioritária na ótica da promoção da saúde, bem como articular as propostas na área de formação de pessoal e informação e comunicação em saúde com as propostas dos grupos que abordaram especificamente esses temas. SISTEMAS E POLÍTICAS DE SAÚDE • A Agenda proposta deve ser referência para articular os esforços das diferentes instâncias de fomento em pesquisa na área da saúde. • Devem-se buscar alternativas para responder aos problemas identificados pelos gestores que não sejam necessariamente problemas de pesquisa, tais 143 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE como: realização de conferências de consenso entre especialistas; síntese de pesquisas pré-existentes, metanálises, observatórios e outras. • Podem-se adotar estratégias combinadas de intervenção e pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a mudança do modelo assistencial, como projetos-piloto e outras. SAÚDE,AMBIENTE,TRABALHO E BIOSSEGURANÇA • Constituição de rede de laboratórios para as ações de ambiente, trabalho, biossegurança e vigilância sanitária. • Incentivo a formação de quadros acadêmicos e de serviços qualificados. • A vigilância à saúde deve ser entendida como a integralidade das práticas de saúde entre a assistência e as vigilâncias. • Os critérios de priorização das pesquisas deverão ser explicitados na Agenda Nacional. • Os conceitos socioambientais e ecossociossanitários são intercambiáveis. • Devem ser consideradas as questões relacionadas às diferenças regionais (capacidade instalada de pesquisa, entre outros) na alocação dos recursos no sentido de sua redução. • No caso das situações em que existem diagnósticos, as pesquisas de intervenção deverão ser priorizadas. • Implementar rede de laboratórios (com equipamento e recursos humanos) para o efetivo processo de diagnóstico dos OGMs e derivados. AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS E ECONOMIA DA SAÚDE • Estruturação de núcleos estaduais ou regionais de economia da saúde, avaliação de tecnologias e farmacoeconomia. • Criação do centro nacional de informação em economia da saúde e avaliação de tecnologias. • Fomento à pesquisa em rede, em economia da saúde e avaliação de tecnologias. PESQUISA CLÍNICA • Otimizar a articulação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos/Decit com outros setores do próprio Ministério da Saúde (Anvisa, SAS, SVS), Conep e laboratórios farmacêuticos estatais – Alfob. • Promover debate na comunidade para a agilização dos procedimentos da Conep e eventual revisão das resoluções vigentes. • Condicionar à aprovação da CEP/Conep apenas a liberação dos recursos e não a aceitação e julgamento dos projetos. 144 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE • Promover maior interação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde com o Ministério da Indústria e Comércio, com o objetivo de promover a pesquisa clínica no País. • Estabelecer contatos com o Ministério da Educação, especialmente com o Sesu e CAPES, visando a recuperar e ampliar a infra-estrutura de pesquisa nos Hospitais Universitários e a formação de pessoal qualificado. • Estreitar o relacionamento com o Ministério da Ciência e Tecnologia, especialmente com o CNPq, Finep e institutos de pesquisa, para uniformizar as ações de fomento na área de pesquisa clínica. • Maior relacionamento com as FAPs para apoiar e estimular a pesquisa clínica nas várias regiões do Brasil. • Os recursos concedidos devem ter como resultante produtos ou processos: patentes, recomendações e protocolos operacionais e publicações em periódicos indexados. • A distribuição de recursos de investimento em pesquisa deverá estar de acordo com critérios técnico-científicos de avaliação por pares. V. PA RT I C I PANTES DOS GRUPOS DE T RA BA L H O DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 01. Aldina Maria Prado Barral – Fiocruz-BA 02. Aluízio Prata – FMTM 03.Álvaro José Romanha – Fiocruz-MG 04. André Freire Furtado – Fiocruz-PE 05. Antônio Teixeira – UnB 06. Carlos Henrique Nery Costa – UFPI 07. Carmen Lucia Muricy – MS 08.Célio Lopes Silva – USP 09. Cristina de Albuquerque Possas – MS 10. Denise Doneda – MS 11. Eduardo Massad – USP 12. Evaldo Stanislau Afonso de Araújo – MS 13. Fernando Barros – MS 14. Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos – Fiocruz-RJ 15. Gerson Fernando Mendes Pereira – MS 16. Gustavo Adolfo Sierra Romero – UnB 17. Heliana Macedo – MS 145 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 18. João Eduardo Pereira – MS 19. Joseney Santos – MS 20. Karol Maia Soares – CNPq 21. Leonardo José de Moura Carvalho – Fiocruz-DF 22. Luiz Hildebrando P. da Silva – Ipepatro 23. Luiz Tadeu Moraes Figueiredo – USP 24. Marcelo Urbano Ferreira – USP 25. Maria Fernanda Alvim – MS 26. Marinete Marins Povoa – IEC 27. Mauro Niskier Sanchez – MS 28. Mitermayer Galvão dos Reis – Fiocruz-BA 29. Naftale Katz – Fapemig 30. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos – IEC 31. Raymundo Paraná – UFBA 32. Reinaldo Dietze – Ufes 33. Renato Cordeiro – Fiocruz-RJ 34. Ricardo Galler – Fiocruz-RJ 35. Ricardo Ishak – UFPA 36. Rui Moreira Brás – MS 37. Sonia Gumes Andrade – Fiocruz-BA 38. Waneska Alves – MS 39. Zilton de Araújo Andrade – Fiocruz-BA OFICINA DE DENGUE 01. Aldina Maria Prado Barral – UFBA 02. Ana Cristina Simplício – MS 03. Andréa Queiroz Maranhão – UnB 04. Alfredo Martins de Oliveira Filho – UFRJ 05. Almério de Castro Gomes – USP 06.Álvaro Eduardo Eiras – UFMG 07. Benedito Antonio Lopes da Fonseca – USP 08. Belmiro Salles – MCT 09. Carlos Roberto Felix – UnB 10. Cecília Luiza Simões dos Santos – IAL 11. Celina Maria Turchi Matelli – UFG 12. Christiane da Silva Costa – UnB 13. Cláudio da Silva Valério – CNPq 14. Denise Valle – Fiocruz-RJ 15. Gilberto Ferreira de Souza – CNPq 146 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 16. Guilherme da Silva Tabosa – CNPq 17. Helena Luna Ferreira – CNPq 18. Hermann Schatzmayr – Fiocruz-RJ 19. Ionizete Garcia da Silva – UFG 20. Jaime Martins de Santana – UnB 21. Josenilda Aquino – CNPq 22. Karol Maia Soares – CNPq 23. Leonor Maria Pacheco Santos – MS 24. Luís Tadeu Figueiredo – USP 25. Maisa Cruz Martins – MS 26. Marcos Henrique Ferreira Sorgine – UFRJ 27. Maria da Glória Lima Cruz Teixeira – UFBA 28. Marisa Cassim – CGEE 29.Nicolas Degallier – SES-DF 30. Paula Mendes Werneck – Funasa 31. Pedro Lagerblad de Oliveira – UFRJ 32. Raquel de Andrade Lima Coelho – CNPq 33. Ricardo Galler – Fiocruz-RJ 34. Ricardo Lourenço de Oliveira – Fiocruz-RJ 35. Rita Maria Ribeiro Nogueira – Fiocruz-RJ 36. Rodeluzi Lucas de Andrade – CNPq 37. Sofia Daher – CNPq 38. Samuel Goldenberg – IBMP 39. Sonia Nair Bao – UnB 40. Tatsuya Nagata – UCB 41. Vanize de Oliveira Macedo – UnB 42. Zilda Gertrudes – CNPq 43. Wanderli Pedro Tadei – Inpa 44. Weber Cheli – Cepem DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS 01. Adriana Costa Forti – UFC 02. Antonio Carlos Camargo de Carvalho – Unifesp 03. Antônio Carlos Campos de Carvalho – UFRJ 04. Carlos Alberto Machado – SES-SP 05. Cláudio Elias Kater – Unifesp 06. Dora Chor – Fiocruz-RJ 07. Emílio Antônio Francischetti – Uerj 08. Gulnar Azevedo e Silva Mendonça – Uerj 147 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 09.Inês Lessa – UFBA 10. Laércio Joel Franco – USP 11. Laurenice Pereira Lima – MS 12. Márcia M. Fontão Zago – USP 13. Paulo Antonio de Souza Mourão – UFRJ 14. Roberto Ceratti Manfro – UFRGS 15. Robson Augusto Souza dos Santos – UFMG 16. Romero Bezerra Barbosa – SES-DF 17.Sérgio Koifman – Fiocruz-RS 18. Sérgio Sampaio – MS 19. Sônia Dantas – MS 20. Valeska Carvalho Figueiredo – Inca SAÚDE MENTAL 01. Adalberto de Paula Barreto – UFC 02. Alfredo Schechtman – MS 03. Ana Maria Pitta Fernandes – UFBA 04. Eduardo Henrique Passos Pereira – UFF 05. Eduardo Mourão Vasconcellos – UFRJ 06. Erotildes Leal – UFRJ 07. Evandro da Silva Freire Coutinho – Fiocruz-RJ 08. Glacy Gonzales Goriski – Fapesq 09. João Ferreira da Silva Filho – UFRJ 10. José Jackson Coelho Sampaio – UECE 11. Karime Porto Fonseca – MS 12. Maria Cristina Carvalho da Silva – SMS-RS 13. Maria Cristina Costa de Arrochela Lobo – MS 14. Maria Cristina Hoffmann – MS 15. Maria Fernanda de Silvio Nicácio – USP 16. Mauricio Macedo – UFRN 17. Paulo Amarante – Fiocruz-RJ 18. Paulo Rossi Menezes – USP 19. Regina Benevides – MS 20. Rosana Teresa Onocko Campos – Unicamp 21.Sônia Barros – USP 22. Sueli Moreira Rodrigues – MS 23. Walter Oliveira – UFSC 148 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE VIOLÊNCIA, ACIDENTES E TRAUMA 01. Ana Luíza Villas Boas – UFBA 02. Antônia de Jesus Tuesra – MS 03. Armando de Negri – SMS-Porto Alegre 04. Belmiro Freitas de Salles Filho – CNPq 05. Carlos Minayo Gómez – Fiocruz-RJ 06. Cecília Minayo – Fiocruz-RJ 07. Cláudia Araújo – MS 08. Claudia Castro – MS 09. Claudia Leite Moraes – Uerj 10. Cláudio da Silva Valério – CNPq 11. Daniel Romero Muñoz – USP 12. Dario Birolini – USP 13. David Duarte Lima – UnB 14. Edinilsa Ramos de Souza – Fiocruz-RJ 15. Eloir de Oliveira Faria – Secretaria Municipal de Transportes-RJ 16. Erika Camargo – MS 17. Fermin Rolan – Fiocruz-RJ 18. Flávio Neves Bittencourt de Sá – CNPq 19. Helena Luna Ferreira – CNPq 20. Iane Maria de Almeida – CNPq 21. Iolanda Vaz Guimarães – MS 22. Irineu Tadeu Velasco – USP 23. Jacques Pincovisk de O. Lima – CNS 24. Jairnilson Paim – UFBA 25. Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher – Unifor 26. Leonor Pacheco Santos – MS 27. Luciana Phebo – CNS 28. Luiz Carlos Sobania – UFPR 29. Manoel Barral Netto – CNPq 30. Marcos Vinicio Borges Mota – CNPq 31. Marge Tenório – CNPq 32. Maria Helena de Mello Jorge – USP 33. Maria Helena Palucci Marziale -USP 34. Maria Sumie Koizumi – USP 35. Michael Reichenheim – Uerj 36. Miguel Malo – Opas/OMS 37. Paulo Andrade Lotufo – USP 38. Raquel de Andrade Lima Coelho – CNPq 149 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 39. Reinaldo Guimarães – MS 40. Renata Waksman – Hospital Albert Einstein 41. Renato Camargo Viscardi – CNS 42. Roberto Salvador Scariengella – CNS 43. Simone de Assis – Fiocruz-RJ 44. Suely Deslandes – Fiocruz-RJ 45. Suzanne Jacob – MS 46. Tarsila Crusius – MS 47.Márcio Rojas – MCT SAÚDE DA MULHER 01. Ana Cristina Tanaka – USP 02. Ana Flávia Pires Lucas d’Oliveira – USP 03. Antônio Vieira Machado – FCM-MG 04. Cynthia Magluta – Fiocruz-RJ 05.Débora Diniz – Anis 06. Elisabeth Meloni Vieira – USP 07. Estela Aquino – UFBA 08. George Dantas de Azevedo – UFRN 09. Isília Aparecida Silva – USP 10. Janine Schirmer – Unifesp 11. Leila Adesse – Ipas-Brasil* 12. Lourdes Bandeira – UnB 13. Luciana Chagas – Opas/OMS 14. Marcos Augusto Bastos Dias – SMS-RJ 15. Marcos Leite dos Santos – UFSC 16. Maria Antonieta Tyrrel – UFRJ 17. Maria José de Oliveira Araújo – MS 18. Marta de Oliveira da Silva – SES-RJ 19. Marta Roberta Santana Coelho – MS 20. Raimunda Magalhães da Silva – UFC 21. Regina Helena Simões Barbosa – UFRJ 22. Regina Maria Barbosa – Unicamp 23. Rivaldo Mendes de Albuquerque – UPE 24. Rosângela da Silva Santos – UFRJ 25. Suzanne Jacob Serruya – MS 26. Wilza Vieira Villela – SES-SP * Organização Não-Governamental voltada para a melhoria das condições de assistência à saúde reprodutiva da mulher. 150 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE SAÚDE DA CRIANÇA 01. Alexia Luciana Ferreira – MS 02.Álvaro Jorge Madeiro Leite – UFC 03. Celia Landmann Szwarcwald – Fiocruz-RJ 04. César Coelho Xavier – UFMG 05. Cora Araújo – UFPEL 06. Débora Malta – UFMG 07. Elsa Regina Justo Giugliani – UFRGS 08. Érika Barbosa Camargo – MS 09. Fernando Lamy – UFMA 10. Franz Reis Novak – Fiocruz-RJ 11. Geisy Lima – Imip 12. Graciete Oliveira – UEFS/BA 13. João Aprígio Guerra de Almeida – Fiocruz-RJ 14. Keiko Teruyas – Unilus 15. Márcia Maria Tavares Machado – UFC 16. Maria do Carmo Leal – Fiocruz-RJ 17. Maria Elisabeth Lopes Moreira – Fiocruz-RJ 18. Maria Helena Ruzany – Uerj 19. Sônia Lansky – MS 20. Sônia Maria Salviano Matos de Alencar – MS 21. Vilneide Braga Serva – Imip SAÚDE DO IDOSO 01. Ana Amélia Camarano – Ipea 02. Andréa Fujichima – MS 03.Célia Pereira Caldas – Uerj 04. Cristóvão Picanço Diniz – UFPA 05. Emílio H. Moriguchi – PUC/RS 06. João Macedo Coelho – UFC 07. Karla Giacomin – SBGG 08. Kátia Magdala Lima Barreto – UFPE 09.Lúcia H. Takase Gonçalves – UFSC 10. Maria Lúcia Lebrão – USP 11. Neidil Espínola da Costa – MS 12. Paulo Sávio de Angeiras Góes – UPE 13. Renato Peixoto Veras – Uerj 14. Roberto Alves Lourenço – Uerj 15. Ursula M. Karsch – PUC/SP 151 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 16. Vilma Duarte Câmara – UFF 17. Yeda Duarte – USP SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS 01. Alba Figueroa – MS 02. Aline Diniz Rodrigues Caldas – Funasa 03. Ana Lucia Escobar – Unir 04. Ana Maria Costa – Funai 05. Carlos E. A.Coimbra Jr. – Fiocruz-RJ 06. Cibele Verani – Fiocruz-RJ 07. Dulce Lopes Barboza Ribas – UFMS 08. Edgard Dias Magalhães – Funasa 09. Esther Jean Langdon – UFSC 10. Helena Behrens – MS 11. Lucia Ferraz – Banco Mundial em Saúde da Criança e Saúde Reprodutiva-RJ 12. Maria de Jesus Mendes – Funasa 13. Maria Inês Smiljanic Borges – UFS 14. Marlene de Oliveira – SMS-PR 15. Moab Duarte Acioli – Unicap 16. Regina Maria de Carvalho Erthal – UA 17. Renato Athias – UFPE 18. Susan Martins Pereira – UFBA FATORES DE RISCO 01. Ana Maria Esperandio – Unicamp 02. Armando de Negri – SMS-Porto Alegre 03. Armênio C. Guimarães – Fapesb 04. Carmen Fontes de Souza Teixeira – UFBA 05. Dina Czeresnia – Fiocruz-RJ 06. José da Silva Guedes – Stª Casa-SP 07. Juliana Braga de Paula – Conasems 08. Márcia Cristina Krempel – SES-PR 09. Marco Ackerman – FMABC 10. Margarete Martins de Oliveira – MS 11. Maura Pacheco – Finep 12. Mauricio Barreto – UFBA 13. Ronice Franco de Sá – UFPE 14. Sérgio Carvalho – Unicamp 15. Simone Moisés – PUC-PR 152 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 16.Tânia Cavalcante – Inca 17. Wildo Navegantes de Araújo – MS EPIDEMIOLOGIA 01. Antonio Levino da Silva Neto – Fiocruz-AM 02. Cláudio José Struchiner – Fiocruz-RJ 03. Constancia Clara Gayoso Simões Barbosa – Fiocruz-PE 04. Eduardo Faerstein – Uerj 05. Eliseu Alves Waldman – USP 06. Glauco Oliveira – MS 07. Isabela Samico – MS 08. João Bosco Siqueira – MS 09. José da Rocha Carvalheiro – SES-SP 10. Leonor Maria Pacheco Santos – MS 11. Ligia Regina Sansigolo Kerr-Pontes – UFC 12. Linamara Rizzo Battistella – USP 13. Margarita Urdaneta Gutierrez – MS 14. Maria de Fátima Pessoa Militão de Albuquerque – Fiocruz-PE 15. Maria Inês Costa Dourado – UFBA 16. Marília Sá Carvalho – Fiocruz-RJ 17. Marilisa Berti de Azevedo Barros – Unicamp 18. Moisés Goldbaum – USP 19. Naomar Monteiro de Almeida Filho – UFBA 20. Raimunda Nonata Ribeiro – UnB 21. Rita de Cássia Barradas Barata – Stª Casa-SP 22. Rômulo Paes de Sousa – PUC-MG DEMOGRAFIA E SAÚDE 01. Antonio Benedito Marangoni Camargo – Fundação Seade 02. Beatriz Figueiredo Dobashi – SMS de Campo Grande-MS 03. Celso Cardoso Simões – IBGE 04. Diana Oya Sawyer – UFMG 05. Elza Salvatori Berquó – Unicamp 06. Estela Maria Garcia Pinto da Cunha – Unicamp 07. Iuri da Costa Leite – Fiocruz-RJ 08. Jair Lício Ferreira Santos – USP 09. Luis Patrício Ortiz – Fundação Seade 10. Regina Célia de Lucena – MS 11. Roberto do Nascimento Rodrigues – UFMG 12.Tânia Lago – Stª Casa-SP 153 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE SISTEMAS E POLÍTICAS DE SAÚDE 01. Adriana Mitsue Ivama – Opas/OMS 02. Alcides S. Miranda – Conasems 03. Amélia Cohn – USP 04. Ana Costa – MS 05. André Vinicius Pires Guerrero – MS 06. Angélica Rogério de Miranda Pontes – MS 07. Aristela M. Lins – MS 08.Célia Maria de Almeida – Fiocruz-RJ 09. Cinthia Lociks de Araújo – MS 10. Flávio Goulardt – Conasems 11. Francisco Reis – Unicamp 12. Isabel Cristina Guimarães P. dos Santos – MS 13. Jonice M. Ledra Vasconcellos – MS 14. José Carvalho de Noronha – Fiocruz-RJ 15. José Leôncio de Andrade Feitosa – ANS 16. Laís Costa – MS 17. Lígia Maria Vieira da Silva – UFBA 18. Luis Cordoni Jr. – UEL 19. Luiza Sterman Heimann – SES-SP 20. Otávio Azevedo Mercadante – Instituto Butantã 21. Paulo Eduardo Mangeon Elias – USP 22. Regina Coeli Pimenta de Mello – MS 23. Rosilda Mendes – SMS-SP 24. Sarah Escorel – Fiocruz-RJ 25. Silvio Fernandes da Silva – Conasems 26. Suzana Cristina S. Ribeiro – SMS de Vitória da Conquista-BA 27.Vânia Barbosa do Nascimento – MS GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE 01. Antenor Amâncio Filho – Fiocruz-RJ 02. Célia Pierantoni – Uerj 03. Claudia Meneses Santos – SMS de Aracaju-SE 04. Elizabeth de Leone Monteiro Smeke – Unicamp 05. Eluiza Helena Leite Arias – UFPA 06. Eymard Vasconcelos – UFPB 07. Francisco Eduardo Campos – UFMG 08. Ianni Régia Scarselli – SMS-SP 09. Iracema Almeida Benevides – SBMA-SP 154 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 10. José Ivo Pedrosa – MS 11. José Paranaguá de Santana – Opas/OMS 12. Julio Alberto Wong Un – Inca 13. Karen Mary Giffin – Fiocruz-RJ 14.Márcia de Oliveira Teixeira – Fiocruz-RJ 15. Maria Alice Pessanha Carvalho – Fiocruz-RJ 16. Maria do Socorro M. Oliveira – MS 17. Maria Helena Machado – MS 18. Oviromar Flores – UnB 19. Pedro Miguel dos Santos – MS 20. Renata Pekelman – Grupo Hospitalar Conceição-RS 21. Roberto Passos Nogueira – MS 22. Russel Parry Scott – UFPE 23.Tânia Celeste Nunes – Fiocruz-RJ 24. Valquíria Linck Bassani – UFRGS SAÚDE, AMBIENTE,TRABALHO E BIOSSEGURANÇA 01. Adélia Aparecida Marçal dos Santos – Anvisa 02. Ary Carvalho de Miranda – Fiocruz-RJ 03. Cândida Dantas – MS 04. Carlos Minayo – Fiocruz-RJ 05. Celina Roitman – Ibama 06. Damásio Macedo Trindade – UFRGS 07. Daniela Buosi – MS 08. Ediná Costa – UFBA 09. Elizabeth Costa Dias – UFMG 10. Fernando Carneiro – MS 11. Helena Beatriz Silveira Cunha – SES-RS 12. Heleno Rodrigues Corrêa Filho – Unicamp 13. Jandira Maciel da Silva – SES-MG 14. José Garrofe Dórea – UnB 15. Leo Heller – UFMG 16. Lia Giraldo – Fiocruz-PE 17. Manuel João Cesário de Mello Paiva Ferreira – Ufac 18. Márcio Rojas – MCT 19. Maria da Graça Luderitz Hoefel – MS 20. Maria do Carmo Galvão Oliveira – SES-BA 21. Marta Dantas – MS 22. Olaf Malm – UFRJ 155 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 23. Raylene Logrado Barreto – SES-BA 24. Silvio Valle – Fiocruz-RJ 25. Vilma Santana – UFBA AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS E ECONOMIA DA SAÚDE 01. Acácio Salvador Veras e Silva – Fapepi 02. Alexandre Mont’Alverne – SES-CE 03. Antônio Fernando Catelli Infantosi – UFRJ 04. Antônio Orlando Macedo Ferreira – SCT-MG 05. Armando Raggio – Ipea 06. Carlos Octavio Ocké Reis – Ipea 07. Cid Manso de Mello Vianna – Uerj 08. Clélia Maria Nolasco Lopes – SES-CE 09. Eli Iola Gurgel Andrade – UFMG 10. Elias Jorge – MS 11. Elisa Cazue Sudo – MS 12. Evelinda Trindade – MS 13. Flávia Fernandes Amberget – MS 14. Hillegonda Maria Dutilh Novaes – USP 15. Hugo Vocurca Teixeira – SMS-MG 16. José Alberto Ferreira Filho – Efei 17. Letícia Krauss Silva – Fiocruz-RJ 18. Lígia Bahia – UFRJ 19. Mara Clécia Dantas Souza – Cefet 20. Marcelo Gouveia Teixeira – SES-MG 21. Marcos Bosi Ferraz – Unifesp 22. Maria Alícia Dominguez Ugá – Fiocruz-RJ 23. Maria Helena Lima Sousa – SES-CE 24. Marina Ferreira de Noronha – Fiocruz-RJ 25. Nadia Zaiczuk Raggio – Ipardes 26. Rafael Siqueira Barreto – MS 27. Regina Célia de Alencar Ribeiro – SES-CE 28. Rosângela Caetano – Uerj 29. Rosimary Terezinha de Almeida – UFRJ 30. Ruterson Vieira Teixeira de Freitas – MS 31. Sebastião Loureiro – UFBA 32. Silvia Marta Porto – Fiocruz-RJ 33.Vânia Lacerda Macedo – MS 156 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 01. Ana Felisa Hurtado Guerrero – Fiocruz-AM 02. Ana Maria Segall Corrêa – Unicamp 03. Denise Oliveira e Silva – Fiocruz-DF 04. Eduardo Augusto Fernandes Nilson – MS 05. José Maria Pacheco Souza – USP 06. Josefina Bressan – UFV 07. Lana Magaly Pires – MCT 08. Leila Maria Batista Araújo – UFBA 09. Maísa Cruz Martins – MS 10. Malaquias Batista Filho – UFPE 11. Maria de Fátima Cruz Carvalho de Correia – MS 12. Nadia Maria Frizzo Trugo – UFRJ 13. Nadir do N. Nogueira – UFPI 14. Pascoal Torres Muniz – Ufac 15. Pedro Israel Cabral de Lira – UFPE 16. Rosely Sichieri – Uerj 17. Sandra Maria Chaves dos Santos – UFBA 18. Zuleica Portela Albuquerque – Opas/OMS COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE 01. Álvaro Escrivão Junior – FGV 02. Ana Amélia Pedrosa – MS 03. Ceres Albuquerque – ANS 04. Eduardo Luiz Andrade Mota – UFBA 05. Eduardo Vieira Martins – Fiocruz-RJ 06. Fernando Lefevre – USP 07. Flavio Magajewski – SES-SC 08. Francisco Viacava – Fiocruz-RJ 09. Ilma Horsth Noronha – Fiocruz-RJ 10. Inesita Soares de Araújo – Fiocruz-RJ 11. Jacqueline Leta – UFRJ 12. Janine Miranda Cardoso – Fiocruz-RJ 13. Keila Rejane Oliveira Gomes – UFPI 14. Lilian Rose Peters – MS 15. Marcia Furquim de Almeida – USP 16. Maria Alice Fernandes Branco – Fiocruz-RJ 17. Mauricio Gomes Pereira – MS 18. Miguel Murat Vasconcellos – Fiocruz-RJ 157 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 19. Nilo Brêtas Junior – MS 20. Nilson Alves de Moraes – Unirio 21. Regina Célia Figueiredo Castro – Bireme 22. Rejane Sobrino Pinheiro – UFRJ 23. Ricardo Rodrigues Teixeira – USP 24. Sibele Maria Gonçalvez Ferreira – MS BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA 01. Cesar Pinheiro Jacoby – MS 02. Corina Bontempo Duca de Freitas – MS 03. David Lopes Neto – Ufam 04. Dora Porto – UnB 05. Ednilza Pereira de Farias Dias – UFPB 06. Euclides Ayres Castilho – USP 07. Fermin Roland Schramm – Fiocruz-RJ 08. Jorge Alberto Cordón Portillo – UnB 09. José Eduardo de Siqueira – UEL 10. Marco Segre – USP 11. Maria Clara Feitosa de Albuquerque – UFPE 12. Maria Claudia Brauner – Unisinos 13. Marina Rea – SES-SP 14. Mauro Machado Prado – UFG 15. Oscar José Hue de Carvalho – Procep 16. Rubens Augusto Brasil Silvado – Famema 17. William Saad Hossne – MS PESQUISA CLÍNICA 01. Afrânio Lineu Kritski – UFRJ 02. Belmiro F. de Salles Filho – CNPq 03. Carlos Teixeira Brandt – UFPE 04. Eloísa Silva Dutra de Oliveira Bonfá – USP 05. Emmanuel de Almeida Burdmann – Famerp 06.Fábio Morato de Castro – USP 07. Flavio Danni Fuchs – UFRGS 08. Gilliatt Hanois – Imip 09. Guilherme Suarez Kurtz – Inca 10. Helena Luna Ferreira – CNPq 11. Iane Maria de Almeida – CNPq 12. Itajaí Albuquerque – MS 158 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 13. Jaderson Costa da Costa – PUC-RS 14. João Batista Calixto – UFSC 15. José Alberto de Souza Freitas – USP 16. José Roberto Lapa e Silva – UFRJ 17. Marcelo Barcinski – USP 18. Maria Clara Gutierrez Galhardo – Fiocruz-RJ 19. Maria Gorette H. Santana – CNPq 20. Maria José de Andrea da Serpa – Fiocruz-RJ 21. Paulo Zielinsky – IC-RS 22. Raul Cavalcante Maranhão – USP 23. Ricardo B. de Oliveira – USP 24. Ricardo Ribeiro dos Santos – Fiocruz-AM 25. Sérgio Paulo Bydlowski – USP COMPLEXO PRODUTIVO DA SAÚDE – COMPONENTE VACINAS 01. Ada Maria de Barcelos Alves – Fiocruz-RJ 02. Akira Homma – Fiocruz-RJ 03. Ana Paula Brum Pizarro – Fiocruz-RJ 04. Antonia Angulo Tuesta – MS 05. Belmiro Salles – CNPq 06. Carlos Gadelha – MI/Fiocruz 07. Carmen Romero – Fiocruz 08. Cláudia Canongia – UFRJ 09. Cláudia Parente – Fiocruz 10. Cláudio Henriques – Anvisa 11. Dario Pinto Miranda – Anvisa 12. Eduardo C. Leal – INCQS/Fiocruz 13. Elena Caride – Fiocruz 14. Elizete Lampe – Fiocruz 15. Euzenir Nunes Sarno – Fiocruz-RJ 16. Expedito Luna – MS 17. Fernando Lopes – URBI 18. Flávia Neves – Fiocruz-RJ 19. Francisco Barone – FGV 20. Germano Gerhardt Filho – Fundação Ataulpho de Paiva 21. Gilberto Soares – Finep 22. Gustavo Guedes Furtado – Fiocruz-RJ 23. Hisako Gondo Higashi – Instituto Butantan 24.Humberto Salomão – Fiocruz-RJ 159 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE 25. Isaías Raw – Instituto Butantan 26. Iuri da Costa Leite – Fiocruz 27. Januza Zaposk – BNDES 28. José Castanhar – FGV 29. José da Rocha Carvalheiro – Fiocruz-RJ 30. José Eduardo Pessoa de Andrade – BNDES 31. José Vítor Bomtempo – UFRJ 32. Jussara Nascimento – Fiocruz-RJ 33. Luís Brigido – MS 34. Luis Camacho – Fiocruz-RJ 35. Luís Eduardo Cunha – IVB 36. Luiz Caldeira – Fundação Ataulpho de Paiva 37. Luiz Guilherme Heneine – FUNED 38. Luiz Roberto Castello Branco – FAP 39. Marco Antônio El-Corab – Instituto Butantan 40. Marcos Mandelli – Fiocruz-RJ 41. Marcus da Silva Freire – Fiocruz-RJ 42. Maria Alzira Montes – Fiocruz-RJ 43. Maria da Luz Leal – Fiocruz-RJ 44. Mariano Mattos Macedo – TECPAR 45. Maurício Zuma – Fiocruz-RJ 46. Mitermayer G. dos Reis – CPQGM/Fiocruz 47. Norma Labarthe – Fiocruz-RJ 48. Odilon do Canto – Finep 49. Otávio Azevedo Mercadante – Instituto Butantan 50. Péricles da Costa – Fiocruz-RJ 51. Reinaldo Menezes Martins – Fiocruz-RJ 52. Renato Rau – TECPAR 53. Rosiceli Baetas – Biomanguinhos/Fiocruz 54. Rubens Gusso – CPPI/PR 55. Rugimar Marcovista – Fiocruz-RJ 56. Suzanila Sanches – Anvisa 57. Vera Lúcia Pepe – Fiocruz-RJ 160 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE V I . TA B E LAS DE MO NS TRAT I VA S DA DI STR IB UIÇÃO DO S PA RT I C I PANTES DO SEMINÁRIO TABELA 1: DISTRIBUIÇÃO DOS PARTICIPANTES SEGUNDO SUBAGENDA E CATEGORIA 2003 SUBAGENDA PESQUISADOR GESTOR TOTAL N% N% N% Doenças Transmissíveis 26 66,7 13 33,3 39 9,56 Doenças Não-Transmissíveis 14 70,0 6 30,0 20 4,90 Saúde Mental 16 69,6 7 30,4 23 5,64 Saúde da Mulher 20 76,9 6 23,1 26 6,37 Saúde da Criança 18 85,7 3 14,3 21 5,15 Saúde do Idoso 15 88,2 2 11,8 17 4,17 Saúde dos Povos Indígenas 11 61,1 7 38,9 18 4,41 Fatores de Risco 10 58,8 7 41,2 17 4,17 Epidemiologia 16 72,7 6 27,3 22 5,39 Demografia 10 83,3 2 16,7 12 2,94 Sistemas e Políticas 10 37,0 17 63,0 27 6,62 Gestão do Trabalho e Educação em Saúde 16 66,7 8 33,3 24 5,88 Saúde, Ambiente, Trabalho e Biossegurança 14 56,0 11 44,0 25 6,13 Avaliação Tecnológica e Economia da Saúde 18 54,5 15 45,5 33 8,09 Alimentação e Nutrição 13 72,2 5 27,8 18 4,41 Comunicação e Informação 18 75,0 6 25,0 24 5,88 Bioética e Ética na Pesquisa 14 82,4 3 17,6 17 4,17 Pesquisa Clínica 19 76,0 6 24,0 25 6,13 278 68,1 Total 130 31,9 408 100,00 Fonte: Decit/SCTIE/MS – Seminário para Construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Brasília – Novembro, 2003. 161 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE TABELA 2: DISTRIBUIÇÃO DOS PARTICIPANTES SEGUNDO UF DE ORIGEM E CATEGORIA 2003 UF PESQUISADOR GESTOR TOTAL Nº % Nº % Nº % Distrito Federal 17 15,7 91 84,3 108 26,47 Rio de Janeiro 83 89,2 10 10,8 93 22,79 São Paulo 65 92,9 5 7,1 70 17,16 Bahia 23 85,2 4 14,8 27 6,62 Minas Gerais 18 81,8 4 18,2 22 5,39 Pernambuco 18 100,0 0 0,0 18 4,41 Rio Grande do Sul 11 73,3 4 26,7 15 3,68 Ceará 8 61,5 5 38,5 13 3,19 Paraná 4 50,0 4 50,0 8 1,96 Santa Catarina 5 83,3 1 16,7 6 1,47 Pará 5 100,0 0 0,0 5 1,23 Amazonas 4 100,0 0 0,0 4 0,98 Piauí 4 100,0 0 0,0 4 0,98 Paraíba 3 100,0 0 0,0 3 0,74 Acre 2 100,0 0 0,0 2 0,49 Mato Grosso do Sul 1 50,0 1 50,0 2 0,49 Rio Grande do Norte 2 100,0 0 0,0 2 0,49 Rondônia 2 100,0 0 0,0 2 0,49 Espírito Santo 1 100,0 0 0,0 1 0,25 Goiás 1 100,0 0 0,0 1 0,25 Maranhão 1 100,0 0 0,0 1 0,25 Sergipe 0 0,0 1 100,0 1 0,25 278 68,1 Total 130 31,9 408 100,00 Fonte: Decit/SCTIE/MS – Seminário para Construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Brasília – Novembro, 2003. 162 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE TABELA 3: DISTRIBUIÇÃO DOS PARTICIPANTES SEGUNDO REGIÃO DE ORIGEM E CATEGORIA – 2003 REGIÕES PESQUISADOR GESTOR TOTAL Nº % Nº % Nº % Norte 13 100,0 0 0,0 13 3,19 Nordeste 59 85,5 10 14,5 69 16,91 Centro-Oeste 19 17,1 92 82,9 111 27,21 Sudeste 167 89,8 19 10,2 186 45,59 Sul 20 69,0 9 31,0 29 7,11 278 68,1 130 31,9 408 100,00 Total Fonte: Decit/SCTIE/MS – Seminário para Construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Novembro, Brasília,2003. 163 AGENDA DE PESQUISA EM SAÚDE TABELA 4: D I S T R I BUIÇÃO DOS PA RT I C I PANTES SEGUNDO SUBAGENDA E SEXO 2003 SUBAGENDA Doenças Transmissíveis MASCULINO FEMININO TOTAL Nº % Nº % Nº % 29 74,4 10 25,6 39 9,56 Saúde 16 48,5 17 51,5 33 8,09 Sistemas e Políticas 10 37,0 17 63,0 27 6,62 Saúde da Mulher 5 19,2 21 80,8 26 6,37 Biossegurança 10 40,0 15 60,0 25 6,13 Pesquisa Clínica 19 76,0 6 24,0 25 6,13 Saúde 10 41,7 14 58,3 24 5,88 Comunicação e Informação 11 45,8 13 54,2 24 5,88 Saúde Mental 11 47,8 12 52,2 23 5,64 Epidemiologia 10 45,5 12 54,5 22 5,39 Saúde da Criança 5 23,8 16 76,2 21 5,15 Doenças Não-Transmissíveis 13 65,0 7 35,0 20 4,90 Saúde dos Povos Indígenas 4 22,2 14 77,8 18 4,41 Alimentação e Nutrição 5 27,8 13 72,2 18 4,41 Saúde do Idoso 6 35,3 11 64,7 17 4,17 Fatores de Risco 7 41,2 10 58,8 17 4,17 Bioética e Ética na Pesquisa 11 64,7 6 35,3 17 4,17 Demografia 6 50,0 6 50,0 12 2,94 188 46,1 220 53,9 408 100,0 Avaliação Tecnológica e Economia da Saúde, Ambiente,Trabalho e Gestão do Trabalho e Educação em Total Fonte: Decit/SCTIE/MS – Seminário para Construção da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. Brasília – Novembro, 2003. 164 A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada gratuitamente na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado gratuitamente na página: http://www.saude.gov.br/editora EDITORA MS Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE MINISTÉRIO DA SAÚDE (Reprodução fiel do original, impressão, acabamento e expedição) SIA, Trecho 4, Lotes 540/610 – CEP: 71200-040 Telefone: (61) 233-2020 Fax: (61) 233-9558 E-mail: [email protected] Home page: http://www.saude.gov.br/editora Brasília – DF, abril de 2004 OS 0537/2004