reflexões sobre a infografia no jornalismo online

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reflexões sobre a infografia no jornalismo online
Edição 19, volume 1, artigo nº 4, Outubro/Dezembro 2011
D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/1904
REFLEXÕES SOBRE A INFOGRAFIA NO JORNALISMO
ONLINE
Ruana Maciel¹, Tanisse Bóvio², Fernanda Manhães³
¹ Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro-UENF /Programa de Pós-Graduação em
Cognição e Linguagem, Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]
² Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro-UENF /Programa de Pós-Graduação em
Cognição e Linguagem, Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]
³ Faculdade Metropolitana São Carlos - FAMESC/Coordenação Acadêmica, Quissamã, Rio de
Janeiro, Brasil, [email protected]
Resumo - Este artigo propõe uma reflexão sobre a infografia, sua origem e
o seu uso no jornalismo online, a partir das ferramentas tecnológicas
oferecidas pelo ambiente da internet. A infografia digital apresenta estrutura
interativa, multimídia e multilinear que agrega funcionalidades de outros
meios de comunicação, como as da rádio e da TV. Este trabalho busca
ainda refletir sobre a competitividade acirrada existente entre os veículos de
comunicação online e como a notícia apresentada em formato infográfico
pode ser utilizada para atrair a atenção dos leitores usuários.
Palavras Chaves - Infografia; Jornalismo Online; Internet.
Abstract - This article suggests a reflection about infographic, their origin
and use in online journalism, starting from the technological tools offered by
the Internet. Digital infographics present an interactive, multimedia and
multilinear structure that add functionalities of other medias such as radio
and TV. This work also strives to reflect on the competition between the
online medias and how the news presented in an infographic format can be
used to attract the attention of online readers.
Key Words - Infographics; Online Journalism; Internet.
1. Introdução
A imagem se faz cada vez mais presente na comunicação atual, principalmente com
a ajuda e o avanço de tecnologias gráficas. Para Sancho (2001) a necessidade se
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contar histórias através de imagens é cada vez maior em uma época na qual se
pressupõe a introdução de uma nova linguagem jornalística. Ainda considerando o
mesmo autor “[...] em qualquer caso é mais interessante manipular e utilizar uma
imagem para comunicar, ensinar ou descobrir acontecimentos, ações ou coisas”
(SANCHO 2001, p. 18).
Na concepção de Peltzer (1991), a tendência precisamente gráfica, visual
mais do que textual, levam a condição de entender as coisas fácil e rapidamente por
mais complexas que sejam, apenas olhando. Atualmente observa-se uma difusão
muito intensa de informações e dados pelos veículos de comunicação, em especial
por aqueles aportados na internet. Para compilar visualmente as mensagens
contidas nos textos alguns veículos passaram a adotar a infografia, que
diferentemente do outros recursos gráficos como fotografia e ilustração, não apenas
“ilustram” uma página, mas detém em sua estrutura determinada informação
(MACHADO E GOUVÊIA, 2007).
De Pablos (1998) explica que a infografia é “[...] a apresentação impressa (ou
em suporte digital posto na tela dos modernos sistemas online) de um binômio
imagem + texto: bI+T”. Tal recurso é utilizado para a transmissão de mensagens
complexas e/ou técnicas, como mensagens de ciência, política, economia,
estatística, tecnologia, entre outras que o texto só conseguiria detalhar através de
narrativas muito longas que cansam o leitor da internet. MACHADO e GOUVÊIA
(2007) salientam que quando bem utilizado, um infográfico convida para a
reportagem e informa tanto ou mais do que o texto verbal.
Por oferecer uma noção mais rápida e clara dos sujeitos, do tempo e do
espaço da notícia, os infográficos facilitam a compreensão dos textos jornalísticos
(MACHADO E GOUVÊIA, 2007). Além de facilitar, a técnica atende a um novo
público leitor que é predominantemente visual.
Em alguns casos, apenas o
infográfico é capaz de delimitar o teor de uma notícia. A soma de imagem e texto
transforma a complexidade em clareza e os dados abstratos em elementos visuais,
pois a representação gráfica perpassa por todas as áreas do conhecimento e ganha
força devido à tendência humana a informação visual.
Integrando texto e imagem, a mensagem é gerada de forma imediata, nesse
sentido, os infográficos disseminam uma nova concepção de linguagem que permite
aproximar o fato com a realidade. Um grande evento narrado graficamente informa
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melhor do que uma descrição puramente textual, pois implica de forma direta no
raciocínio lógico (DONDIS, 2000).
A trajetória da infografia é longa, Peltzer (1991) acredita que antes mesmo de
existir qualquer representação linguística, os ancestrais do homem já desenhavam
utilizando traços. Este trabalho propõe uma reflexão sobre a origem e evolução da
infografia e, mais atualmente sua utilização no jornalismo online. Dentro desta
perspectiva, levanta-se a seguinte questão problema: Qual a relação existente entre
a infografia e o jornalismo Online?
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise breve das características
históricas da infografia, sua contribuição para a disseminação do conhecimento
humano e seu conceito definido por alguns autores. Pretende-se ainda examinar as
potencialidades da infografia no ambiente de internet e suas propriedades que são
semelhantes
às
do
jornalismo
online
(interatividade,
multimidialidade,
multilinearidade) e que, portanto, se adéquam ao modelo específico de produção de
notícias para este meio.
Acredita-se que uso da infografia na internet, pode se apresentar como
informação complementar de uma notícia (servindo de ilustração para o texto), ou
como a própria notícia, a informação visual. Como todas as coisas ao longo da
contemporaneidade sofrem adventos, o mesmo ocorreu com a infografia que
atualmente, apresentada em suporte digital é capaz de agregar funcionalidades de
outros veículos e permite maior interatividade com o leitor.
2. Conceito e evolução da infografia
Ainda na pré-história, o homem descobriu que ao friccionar um material na superfície
de uma pedra ele tinha o traço, em sequência descobriu o suporte. Ao perceber que
com o traço era possível reproduzir figuras do seu meio, o homem passou a registrar
em grutas do velho mundo as pinturas rupestres. Surgia então, uma forma de
comunicação gráfica primitiva fazendo da pintura nas rochas e nas paredes das
grutas o primeiro veículo de comunicação humana. Segundo Dondis (2000, p. 07),
“[...] a informação visual é o mais antigo registro da história humana. As pinturas das
cavernas representam o relato mais antigo que se preservou sobre o mundo tal
como ele podia ser visto há cerca de trinta mil anos”.
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Sancho (2001) entende que os desenhos encontrados nas cavernas préhistóricas são algo mais do que simples desenhos que perduraram ao longo do
tempo, “[...] são um conjunto de ideias que se comunicaram, entre outros,
provavelmente aos sucessores mais próximos; porém lhes escapou das mãos e tem
transmitido seus conhecimentos a muitas gerações” (SANCHO, 2001, p. 31).
Ainda de acordo com o mesmo autor, a partir de três características, essas
pinturas podem ser consideradas as primeiras lições magistrais que a história nos dá
sobre as infografias atuais, pois:
1º) entendemos suas mensagens universais e, por tanto, seus códigos
pictóricos se parecem bastante com os do presente; 2º) ainda que fossem
meras ilustrações, o contexto no tempo já lhes converte em algo mais, pois
informam do passado remoto; e 3º) as técnicas, os materiais e os suportes
empregados tem resistido ao meio e tem possibilitado sua comunicação no
tempo (SANCHO, 2001, p.31).
Passados os anos o homem foi aprimorando sua forma de comunicar até
chegar à linguagem. Peltzer (1991, p. 99) diz que, “[...] a evolução da linguagem
começou com os desenhos, progrediu com pictogramas, desenhos autosignificantes, unidades fonéticas, e ao final o alfabeto”. Porém, já na era do
desenvolvimento dos primeiros signos da escrita, o homem não desprezou a
representação pictórica. A forma mais avançada de expressão ainda era feita por
suas mãos, através de traços e desenhos.
Como veículo do pensamento, o visual é anterior a qualquer linguagem
(sistemas de signos) na história das comunicações entre os homens. E na
história de cada homem em particular é também anterior aos sistemas
linguísticos [...].
Nos legados egípcios, com as colunas de seus templos e papiros ilustrados é
possível observar uma série de traços informativos integrados por unidades
hieroglíficas1, que mesclavam imagem e texto. A fórmula sempre teve o objetivo de
fazer com as mensagens fossem interpretadas mais facilmente, com clareza, de
modo a evitar interpretações ambíguas (DE PABLOS, 1998).
1 Unidade hieroglífica ou hieróglifo são cada sinal da escrita das antigas civilizações. Constitui o mais
antigo sistema de escrita organizado no mundo. Os termos também se aplicam pejorativamente a
escritas enigmáticas.
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Ao longo da Idade Média a xilogravura2, anterior ao tipo móvel de
Gutenberg3, trazia prevalência da obra gráfica frente ao texto. A representatividade,
segundo De Pablos (1998), fazia surgir “a era da grafia sobre a matéria textual, um
binômio imagem + texto, por uma razão lógica e singela, a dificuldade para gravar
unidades do alfabeto, frente à relativa comodidade de traduzir a mensagem ao modo
gráfico, com palavras adequadas”.
De Pablos (1998) explica que a infografia existe desde a primeira união
comunicativa de um desenho ou pintura sublinhada por um texto alusivo. Tal
aparição representou um fenômeno visual, observados na Babilônia, no Egito e em
outras civilizações, que é encontrado em quadros mesopotâmicos e em pequenas
esculturas. Um exemplo é o Código Hamurabi, que nada mais é do que uma
infografia sobre um suporte rígido, apresentado em formas de figuras esculpidas
com relevos e um texto explicativo do significado da figura.
A trajetória da infografia teve uma presença marcante e evoluiu ao longo da
história. Sua utilização pode ser observada nas pinturas feitas nas igrejas durante o
Renascimento para um público notadamente analfabeto. Dondis (2000) menciona
como exemplo as obras de Michelangelo para o teto da capela Cistina. Segundo a
autora, Michelangelo produziu uma explicação visual da “Criação” para as pessoas
incapazes de ler a história bíblica, mesmo que o público soubesse ler, talvez, não
conseguiria compreender de modo tão palpável toda dramaticidade do relato.
A técnica de transmitir mensagens através de desenhos liga a esfera do início
de nossa história ao nosso tempo atual. Na concepção de De Pablos (1998) “a
infografia veio se constituindo como uma necessidade de sublinhar a mensagem
icônica e dar seu perfeito significado, para que não houvesse dúvida alguma a quem
pudesse interpretar erroneamente o conteúdo de uma comunicação visual não
animada”.
As representações gráficas presentes na história já tinham a finalidade de
combinar desenhos e conceitos e com isso, organizar a informação que se desejava
passar. Desse modo, junção de imagem e texto, mesmo na sua esfera evoluída de
2 Técnica de origem possivelmente chinesa, conhecida desde o século IV. Consiste em gravar na
madeira, através de instrumento cortante a figura ou forma que se deseja imprimir. Em seguida
usa-se um rolo de borracha embebido em tinta para tocar as partes em relevo. É uma pratica
muito parecida com um carimbo.
3 Johannes Gutenberg foi um inventor e gráfico alemão que introduziu a forma moderna de
impressão de livros, possibilitando sua rápida reprodução, bem como a reprodução de jornais, no
período de 1450 a 1460.
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representar uma informação, não deve ser tida como uma nova técnica oriunda de
avanços tecnológicos e sim como uma técnica milenar que se aprimorou e se
manteve fiel a sua função, que é a de facilitar a compreensão dos textos. Logo a
infografia não é produto atual da era da informática e sim da vontade humana de
aprimorar sua comunicação iniciada na era do traço.
(...) o ser humano, ao comunicar-se com os outros através de infografias,
não está fazendo nada de novo que rompa com a condição comunicativa
anterior. Ele está fazendo o de sempre, posto que ao largo de toda história
se comunicou mediante representações visuais mais ou menos complexas
(SANCHO, 2001, p.15).
Em linhas gerais, a infografia pode ser entendida como uma forma de
representar imageticamente a mensagem que se deseja transmitir. É a combinação,
como explica De Pablos (1998), do binômio imagem + texto em qualquer suporte,
usada para explicar com clarividência a informação textual disposta. Para alguns
autores é considerada como um gênero jornalístico, para outros é apenas uma
técnica, uma disciplina, uma linguagem, ilustração ou ferramenta informativa.
Sancho (2001, p.21) nos diz que “[...] a infografia é um conjunto organizado
de linguagens, em colaboração ou em sínteses, que permitem representações
comunicativas mais visuais do que os textos”. Em sua visão, a infografia pode ser
justificada como um tipo de comunicação informativa ou documental que se
apresenta nos meios editoriais impressos como jornais, revistas e livros, que tem
como finalidade acompanhar ou substituir o texto ou a fotografia.
Já Cairo (2008, p.29) entende que a infografia é “[...] uma visualização
estetizante que enfatiza o aspecto da apresentação, o “peso” visual do gráfico, o
poder que tem para fazer com que as páginas fiquem mais atrativas, ligeiras,
dinâmicas”. De acordo com o autor esta corrente estetizante concebe a infografia
como um elemento ornamental e informativo ao mesmo tempo.
Para De Pablos (1998) há um problema em relação à definição do termo
infografia. Em sua concepção a palavra é usada em dois sentidos, o primeiro deles
apresenta a raiz info como originária do vocábulo informática, intitulando-a como
uma técnica de elaboração de imagens mediante um computador. O outro atribui à
mesma raiz o sentido de informação, derivado da locução “information graphics”,
nascida nos Estados Unidos. A flexão dos termos resulta em “infographic”, de onde
surgem as palavras “infográfico”, “infografia”, “info” e “infogramas”.
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Sancho (2001), também entende que a má tradução do termo em inglês
“information graphics”, do qual deriva “infographic”, para o português e para o
espanhol como “infográfico” ou “infografia”, com o sentido de gráfico informativo,
gera um problema conceitual e certa confusão com o uso destes termos em livros e
teses doutorais, pois tais vocábulos são coloquiais e infografia não é o mesmo que
informação gráfica, visto que existem outras formas de noticiar que também podem
ser consideradas tipos de informação gráfica.
Peltzer (1991, p.128) acredita que os vocábulos “infográfico”, “infografismo” e
“infografia” são neologismos, utilizados em algumas situações para designar, em um
tom mais comercial do que acadêmico, toda a informação gráfica. Tal problemática é
proveniente, na opinião do autor, e como diagnosticado por outros já citados, da
tradução literal do termo norte americano “infographics”. Nessa perspectiva, o autor
corrobora que “parece mais adequado utilizar este neologismo para designar formas
concretas e distintas de veicular uma mensagem visual”.
3. A Gênese do Jornalismo Online
O surgimento da televisão, do rádio e por último da internet fez com que o jornalismo
se adaptasse aos novos veículos de comunicação, ajustando suas técnicas
redacionais de acordo com o perfil de cada um deles. Quando o rádio surgiu na
década de 20, sua programação jornalística era basicamente feita por meio das
notícias que se lia do jornal impresso. Tempos depois surge a TV, que inicialmente
tomou emprestado o modelo de programação do rádio, em especial as rádionovelas.
Ambos os veículos foram se aprimorando com o tempo e adquirindo características
próprias de produzir notícias.
Já a internet surge de forma mais dinâmica e diferente dos outros veículos.
Juntamente com a evolução da World Wide Web, a internet permitiu e popularizou a
disseminação da informação ao redor do mundo, sendo capaz de agregar em um só
ambiente tudo que fora explorado pelos outros veículos até então: som, fotografia,
vídeo e texto escrito. Logo não demorou muito para que jornais e revistas se
transportassem para a internet, ainda que adotando a estrutura textual dos veículos
impressos.
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Primeiro os jornais diários e, em seguida, as revistas, correram para a
Internet, tentando, ao mesmo tempo, consolidar-se neste novo mercado e
atrair mais leitores para suas versões impressas. As vantagens destes
jornais sobre os sites de notícia nascidos na rede estavam na experiência,
na infra-estrutura (mão-de-obra e equipamentos) e na credibilidade de quem
já faz jornalismo há muitos anos. (VIANA, 2001, p.25).
Viana (2001) lembra ainda que, a internet nasceu em 1969 e levou cerca de
30 anos para se consolidar. O jornalismo online, de acordo com Rosental Calmon
Alves4, possui mais de 20 anos de existência e, se não está economicamente
resolvido, em termos de aceitação pelo público já é um razoável sucesso.
O ambiente da internet é um espaço favorável para a prática do jornalismo.
As notícias online podem ser transmitidas de forma simultânea: vários jornalistas
podem inserir notícias numa mesma página ao mesmo tempo, além de poder
atualizar constantemente a informação, sem limite de espaço. Porém o ambiente de
internet, por possibilitar maneiras distintas de produzir notícias, informar e interagir
com o leitor demanda que as redações e os jornalistas estejam preparados para
lidar com as novidades da rede e saibam se adequar aos vários tipos de mídia.
Edo (2007, p.11) explica que “[...] escrever textos jornalísticos para a internet
exige uma revisão dinâmica dos modos habituais de apresentar a informação, da
estrutura textual, do estilo e das características dos leitores”, pois, para o autor, os
leitores se tornam atores que interatuam com os veículos e com os jornalistas,
devido à interatividade característica da internet. Canavilhas (2003, p. 65) considera
que a máxima “nós escrevemos, vocês lêem” é coisa do passado, no jornalismo
online a relação entre aquele que lê e aquele que escreve é imediata e contínua e,
portanto, a notícia deve funcionar como ponto de partida para discussão entre os
leitores.
De acordo com um estudo realizado, em maio de 2000, pelo Poynter
Institute5 (FRANCO, 2010) denominado eyetrack (rastro ou caminho do olho), as
pessoas leem com mais profundidade nos web sites de jornais do que nas edições
impressas. O eyetrack consistiu no emprego de duas câmeras, uma que registra os
movimentos dos olhos e a outra que registra o ponto em que observam a tela ou a
edição impressa.
4 “Exploring the Future On-lineJournalism: Mediamorphosis or Mediacide?”, de Rosental Calmo
Alves, criador do Jornal do Brasil Online.
5 Centro de Pesquisa e Educação em Jornalismo, com sede na Flórida, Estados Unidos.
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A pesquisa mostrou que os participantes do eyetrack leram 77% dos textos
escolhidos. O número é alto comparado com o lido pelos participantes do formato
impresso: 62% para o formato standard e 57% para o formato tablóide. A maior
leitura online do que impressa não depende do tamanho do texto. E os leitores
online tendiam a complementar a leitura dos textos selecionados mais do que os
leitores do impresso.
Viana (2001) ratifica que as pessoas não leem as notícias na internet e sim
“varrem o texto”, ou seja, passam os olhos. Geralmente isso ocorre porque os
leitores procuram por informações específicas e a grande quantidade de
informações difundidas na internet exige que a leitura seja feita de forma rápida.
Palácios (2003, p.75-77) estabelece cinco características para a produção de
notícias no ambiente online, são elas: multimidialidade – que se refere à
convergência dos formatos das mídias tradicionais (som, imagem, texto) na narração
do fato jornalístico; interatividade – que acontece a partir da troca de e-mails entre
leitores e jornalistas, através da disponibilização da opinião do leitores, através de
chats com os jornalistas; hipertextualidade – que permite a interconexão de textos,
através de links; customização do conteúdo – que oferece ao leitor opções para
configurar as notícias de acordo com suas opções individuais6; e a instantaneidade
– acesso rápido, combinado com a facilidade de produção e disponibilização da
notícia.
Dentre as características mencionadas por Palácios, convém destacar a
hipertextualidade. Como o ambiente interativo, misturado a múltiplas informações,
acaba por dividir a atenção do leitor, torna-se necessário produzir as notícias de
maneira concisa, sem que deixem de ser atrativas. Desta forma é preciso combinar
títulos objetivos com frases curtas em ordem direta e parágrafos bem encadeados,
isso não significa que o jornalista deve ocultar informações complementares e
publicar somente o que há de mais relevante no fato. É possível que o jornalista
estabeleça links de um texto com outros textos ou com imagens, sons e vídeos.
Essa interconexão de informações feita na internet caracteriza o hipertexto
digital7. Esta forma de escrita, através de ferramentas tecnológicas capazes de
agregar inúmeros recursos que vão além da mera exposição do texto corrido na tela,
6 O autor usa como exemplo o site da CNN (http://www.cnn.com).
7 O conceito de hipertexto não é atual, alguns precedentes já traziam a ideia de escrita não
sequencial e conexões entre diferentes documentos (LABREDA, 2004).
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permite ao leitor formas variadas de entrar, ler e visualizar um texto. Nesse ínterim, o
leitor deixa de ser um mero agente passivo diante da tela e passa interagir com os
temas de forma contígua, sem limites de espaço físico.
Esta nova escrita eletrônica subverte a leitura linear que normalmente se faz
no texto impresso. A navegação pelas páginas da Web é feita de forma
caótica, com idas e vindas. O usuário escolhe a ordem em que prefere
acessar o conteúdo disponível na rede, entrando, saindo e retornando aos
sites quando bem lhe convém (VIANA, 2001, p.44).
Por fim, nota-se que o jornalismo é uma das profissões que mais sofreu
adaptações desde seu aparecimento. Diversas revoluções implicaram que o trabalho
dos comunicadores fosse modificado de acordo as transformações que ocorriam no
mundo.
O jornalismo impresso, principalmente, teve seu fim equivocadamente
anunciado em muitas épocas diferentes, nas quais novas tecnologias (rádio e
televisão) que permitiam a perpetuação da informação iam surgindo. Mas ao
contrário do que se pensava, esse meio se mantém firme até hoje, moldando suas
páginas para alcançar públicos com cada vez mais opções de meios de
comunicação.
O jornalismo é um produto histórico, resultado de influências econômicas,
políticas, tecnológicas e sociais. Sendo assim, tem sido alterado através do
tempo, como produto transversal, adequável às várias mídias, o que o fez
passar do impresso para o rádio, depois para a TV e agora para a internet,
não esquecendo o jornalismo cinematográfico, para não falar em todo o
cinema documentário. (BOLAÑO e BRITTOS, 2006, p.2).
As mudanças não ocorreram somente nas páginas dos jornais. Toda a força
de trabalho de uma redação foi adaptada para manusear as novas ferramentas
tecnológicas que chegavam para agilizar o processo do jornal. Para Cairo (2008, p.
63), independente dos nomes que recebem os jornalistas da internet, a preocupação
em melhorar o intercâmbio de informações entre um indivíduo e um dispositivo ainda
é compartilhada por eles. A internet permite que novos conceitos de dissipação de
informação sejam acoplados aos tradicionais, oferecendo ao leitor, neste meio,
também usuário, um mundo mais amplo de notícias.
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4. A infografia no jornalismo online
A infografia ganhou nova face, a partir do momento que foi instaurada para estampar
notícias em formato informatizado. Mesmo que seu surgimento tenha sido
independente da tecnologia, muitas de suas características atuais só se tornaram
possíveis com a digitalização dos meios de se fazer jornalismo.
Se a Guerra do Golfo Pérsico, em 1991, pode ser considerada como o marco
para a difusão da infografia nos veículos impressos, inclusive para os telejornais, o
11 de Setembro de 2001 é o evento que marca a popularização de infografias na
internet (RIBAS, 2004).
De acordo com Sancho (2001) a infografia digital8 é um produto que existe
há poucos anos e que seu desenvolvimento tem sido potencializado graças à união
sintética do computador e do equipamento de produção audiovisual, em uma direção
que não tem retorno, na qual se podem desenvolver avanços espetaculares.
Se a princípio, a função dos desenhos gráficos era de complementar uma
informação difícil de ser entendida apenas com a descrição textual, hoje uma
infografia por si só pode ser notícia, uma vez que o meio digital permite agregar
diversas funcionalidades a um único desenho, desdobrando-o em vários em questão
de cliques. Como já mencionado anteriormente, De Pablos (1998) diz que a “[...]
infografia é informação gráfica, visual, que existe desde a primeira união
comunicativa entre um desenho ou uma pintura enfatizados por um texto alusivo”.
(A infografia) Nos meios impressos é utilizada desde seus primórdios para
explicar com maior clareza algum aspecto informativo tratado nos textos.
Aparece hoje na Web de duas formas: como informação complementar de
uma notícia, geralmente servindo de ilustração para o texto, ou como a
própria notícia, a informação principal [...] (RIBAS, 2004, p.2).
Sancho (2001) nos explica que o homem moderno entende melhor o que vê
do aquilo que lhe contam, porém é muito difícil ver os acontecimentos, ações e
outras coisas (fatos noticiados pelos veículos de comunicação) no momento em que
acontecem, e consequentemente se torna mais difícil copiar um fato e reproduzi-lo
no meio de comunicação de forma que seja compreendido pela maioria dos leitores
e dos espectadores.
8 Neste artigo será adotada a nomenclatura infografia digital, utilizada por Valero Sancho, para
exprimir o sentido de infografia disposta no ambiente de internet. Em outras obras é possível
encontrar nomenclaturas como: infografia multimídia, infografia interativa e infografia animada.
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Dondis (2000) aponta que há muitas razões para buscarmos reforço visual de
nosso conhecimento, a mais importante delas é o caráter direto da informação, a
proximidade da experiência real. Um grande evento relatado animada ou
graficamente possui maior favoritismo do que uma descrição puramente textual, isso
porque a mensagem transmitida através de imagens representa uma proximidade do
fato com a realidade. Isso ocorre porque o contingente gráfico envolve competências
que estão muito além de uma leitura sequencial, típica da leitura alfabética, pois sua
dinâmica está mais próxima do raciocínio lógico.
Cairo (2008, p.23) complementa a ideia afirmando que “[...] a mente é capaz
de interpretar um diagrama abstrato porque preenche aqueles “espaços vazios”
deixados pelo desenhador, e que a percepção visual é um processo ativo: o cérebro,
de certa forma, cria o que vemos.” Tais afirmações explicam a preferência do
homem pela representação imagética, pois facilita a compreensão do mundo ao
redor, corroborando sua imensa capacidade visual.
Se nos veículos impressos, a palavra é o elemento fundamental e os fatores
visuais, como o cenário físico, o formato a ilustração, são secundários ou utilizados
apenas como apoio, nos novos veículos de comunicação acontece exatamente o
contrário. O visual predomina e o verbal tem a função de acréscimo (DONDIS 2000,
p. 12-13).
No jornalismo online as notícias devem ser dispostas de forma concisa,
precisa e atrativa, então, nada melhor do que um infográfico bem elaborado para
reunir
e
apresentar
as
informações
jornalísticas.
Interatividade,
dinâmica,
flexibilidade e personalização, fazem parte do que é oferecido ao usuário por uma
infografia digital, além de comodidade no entendimento das informações, o que de
certa forma o acostumou a esperar sempre a facilidade na compreensão da notícia.
Segundo Ribas (2004, p.6), “o atrativo da infografia interativa em relação à impressa,
além das características que incorpora do meio, está no que aguça nos usuários”.
Assim como o jornalismo online, a infografia digital carrega consigo a
característica de multimidialidade. Uma infografia multimídia é aquela que combina
diferentes mídias como, texto, diagramas, vídeo, áudio, etc., “todas as ferramentas
comuns nos meios audiovisuais cabem na visualização interativa” (CAIRO, 2008, p.
79). Sancho entende que a infografia de suporte e confecção eletrônica é
desenvolvida com a intenção de ser útil a comunicação, dotada de propriedades e
características visuais. O autor explica que “[...] a infografia digital deve reunir o
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princípio de utilidade (informação, significação e funcionalidade) e o de visualidade
(compreensão, estética, iconicidade, tipografia e proporção como resto da
informação)” (SANCHO, 2001, p.203).
Além da multimidialidade, fala-se constantemente em interação ao se estudar
a infografia digital9, isso porque ela é outro elemento chave desta ferramenta.
Segundo Cairo (2008, p.63), a interação nada mais é do que a relação que se
estabelece entre um usuário e um objeto, físico ou virtual. O objetivo do desenho
interativo é melhorar a experiência do usuário, reduzindo seus esforços e recursos
para entender as funções de um objeto.
Para que o objetivo seja devidamente alcançado, Cairo (2008, p. 64) destaca cinco
princípios que todo objeto a ser manipulado deve cumprir, são eles:
1 – Visibilidade:
Os usuários precisam de ajuda para perceber o que podem obter do objeto,
sendo assim, quanto mais visíveis forem suas funções, mais fácil será para o
usuário operá-lo.
2 – Feedback ou Retroalimentação:
Este princípio consiste em que o objeto manipulado emita uma resposta
indicativa que uma ação foi realizada.
3 – Affordances ou “Habilitações”:
Está diretamente ligado ao princípio da visibilidade. O conceito de affordances
faz referência às “pistas” que um objeto dá sobre seu provável uso.
4 – Restrições
Este princípio deve ser respeitado para que se evitem erros no manuseio de
uma interface, ou seja, deixar transparecer ao usuário só o que for relevante.
5 – Consistência
Determina que objetos de natureza visual similar devam desencadear ações
idênticas.
Por exemplo, botões ou setas para avançar ou voltar, uma vez memorizado o que
este tipo de botão faz, o leitor não precisa parar para identificá-lo novamente.
Ainda para o processo de interação, Cairo (2008, p. 70) criou um esquema
com três classes: Instrução, Manipulação e Exploração, para explicar como se dá
esse processo. O esquema de Cairo é organizado hierarquicamente, no qual a
manipulação se encontra em um nível superior a instrução, e a exploração em um
9 Ver exemplo de infográfico interativo em: http://evolutionofweb.appspot.com/
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nível superior a manipulação. Ele explica que a hierarquia não determina que um
tipo de interação seja melhor que o outro, mas sim que um é dependente do outro.
Dessa forma, a interação por exploração é um tipo de manipulação, nela os leitores
têm liberdade de se mover em um espaço virtual. Um dos exemplos mais
conhecidos de exploração são os jogos em primeira pessoa, que fazem uso da
câmera objetiva para dar ao usuário a impressão de estar se movimentando dentro
do ambiente do jogo.
A manipulação é um tipo de instrução que determina que os usuários podem
transformar características físicas de certos objetos no mundo virtual, como
tamanho, cores, posição, etc. A instrução é o que dá início a todo o processo e o
que permite que aconteça a comunicação entre o usuário e a realidade virtual,
porque é através dele que o sistema recebe a mensagem de que alguma ação deve
ser realizada.
Outra característica observada na infografia digital é a hipertextualidade. Para
Labreda (2004), a infografia considerada individualmente concentra todas as
características de um hipertexto e, portanto, é um hipertexto em si mesmo. O autor
salienta que em um documento de HTML que apresenta uma crônica linear e textual
de uma partida de futebol, com fotos e que inclua conexões internas e externas
como informação de apoio não se caracteriza como hipertexto:
Não se supõe em si mesmo um hipertexto, ainda que muitos o denominem
assim. Poderíamos considerá-lo um nó dentro de uma estrutura
hipertextual, mas não autônoma: fora dessa estrutura perde sua condição
hipertextual. O infográfico multimídia supõe um hipertexto em si mesmo,
independente da estrutura em que apareça. Considerado de forma
individual mantém as características que apresenta um hipertexto.
(LABREDA, 2004, p. 1,2).
Nesse contexto, o autor considera que a infografia digital proporciona
organização e estrutura dos conteúdos e não só o acesso à informação. Assim,
dotada de “autonomia hipertextual” a infografia digital possibilita uma interface
própria para cada notícia, permitindo uma apresentação mais completa dos
conteúdos.
Ainda que o infografia digital apresente características essenciais da infografia
impressa (como por exemplo, responder as perguntas básicas do lead jornalístico: o
que? quem? onde? quando? como? e por quê?), no ambiente da internet ela se
apropria das potencialidades desse meio e estende sua função.
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Se na síntese do jornalismo impresso, o infográfico se limita a apresentar
apenas um plano do objeto, no jornalismo online ele permite analisar os detalhes
desse objeto em seu exterior. Com mais um clique o usuário pode ver o que tem por
dentro, pode aproximar para ver melhor, pode retroceder. Se determinado fato
acontece do outro lado do mundo, basta que seja infografado, mais um clique é para
lá que vamos, nos situando no espaço.
O infográfico digital produz seu próprio sentido, independente da matéria a
qual está acoplado (RIBAS, 2004). Não é redundante em relação ao texto, pois se
enquadra em outra perspectiva: ele mostra, situa e permite a proximidade da
narrativa com o fato, uma vez que trabalha com o caráter direto da informação. Além
de ajudar a compreender o conteúdo da notícia, o infográfico digital é capaz de
situar o leitor no tempo e no espaço daquela notícia.
5. Considerações finais
Como visto no recorte histórico deste trabalho, a representação visual acompanha o
homem desde a pré-história. Tendo sido essa a primeira forma de comunicar, se
apresenta até os dias atuais como a maneira mais eficaz de transmitir ao ser
humano uma informação complexa. Nesta perspectiva podemos entender que o
homem é predominantemente visual e compreende melhor aquilo que vê.
O jornalismo online, por estar inserido em meio a tanta competitividade no
ambiente da internet, necessita passar as informações de uma maneira rápida e que
prenda a atenção do leitor. Além do mais algumas informações sobre ciência,
tecnologia, medicina e economia exigem notícias mais detalhadas sobre os temas e
resultam em textos muito longos, o acaba por tornar a leitura cansativa diante da
tela. Nesse contexto, o infográfico se torna um importante aliado aos leitores por
proporcionar informações mais claras e concisas.
A evolução das tecnologias, bem como o desenvolvimento de eficientes
softwares permitiu o aprimoramento da infografia digital e com isso, proporcionou
aos leitores, agora usuários, experiências de maior interação, dinamicidade,
multimidialidade e multilinearidade.
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A infografia digital se adéqua perfeitamente as demandas do jornalismo
online, e pode ser considerada como um modelo de produção de notícias para a
internet, uma vez que responde a todas as características do meio.
Porém, ainda não é possível desconsiderar o texto como modelo de notícia,
mesmo que os veículos de comunicação tenham dado mais espaço para o
contingente gráfico, mas já é possível se pensar em uma união mais contundente
entre imagem e texto, tornando-o complementar ao modelo infográfico digital. Por
enquanto, imagem e texto se completam sim, mas a imagem ainda é coadjuvante e
o texto continua protagonizando as notícias.
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