é a empresa do ano A Elucid

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é a empresa do ano A Elucid
EMPRESA DO ANO
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A Elucid
é a empresa do ano
UMA SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL FECHADO, QUE
TRABALHA COM PEQUENO NÚMERO DE PROJETOS DE ALTAS MARGENS, A ELUCID REPETE, ANO APÓS ANO, UM DESEMPENHO INVEJÁVEL. TRÊS EXERCÍCIOS CONSECUTIVOS
COMO DESTAQUE NO SEGMENTO DE PRESTADORES DE
SERVIÇOS DE GRANDE PORTE, DESTA VEZ CONQUISTA O
PRÊMIO DE EMPRESA DO ANO DO ANUÁRIO INFORMÁTICA
HOJE 2011. ESSA TRAJETÓRIA, DIZ O PRESIDENTE MICHAEL
C. WIMERT JR., DEVE-SE, EM PRIMEIRO LUGAR, AO TIME DA
COMPANHIA: “SOMOS UMA EMPRESA DE PESSOAS MUITO
DEDICADAS E MOTIVADAS”. A CARTEIRA DA ELUCID É FORMADA POR NÃO MAIS DO QUE 30 CLIENTES, 17 DOS QUAIS
REPRESENTAM GRANDES PROJETOS E CONTRATOS DE, NO
MÍNIMO, CINCO ANOS. “NOSSA BASE INSTALADA É RELATIVAMENTE REDUZIDA, MAS IMPLICA CONTRATOS LONGOS,
DE VALORES ELEVADOS”, DIZ MICHAEL.
TAMBÉM POR ISSO E DEVIDO À ESPECIFICIDADE DE SUA
ÁREA DE ATUAÇÃO – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A EMPRESAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, AS UTILITIES –, A ELUCID COSTUMA ACOMPANHAR O CLIENTE DO INÍCIO AO FIM DOS
PROJETOS. OU SEJA, COMEÇA COM A RFP (REQUEST FOR
PROPOSALS, SOLICITAÇÃO DE PROPOSTAS AOS FORNECEDORES), SEGUE PELO DESENHO E PELA IMPLEMENTAÇÃO
DO PROJETO, ESCOLHA E INTEGRAÇÃO DO HARDWARE E
SOFTWARE ENVOLVIDOS (SISTEMAS LEGADOS, INCLUSIVE),
E
m toda essa diversidade, a especialidade
da empresa é a fabricação e integração
de software próprios, e a implantação de
software de terceiros (IBM, Oracle, SAP). Nesse quesito, a Elucid é a integradora número 1 da SAP nas
empresas de energia elétrica brasileiras. Dos equipamentos utilizados, 90% são IBM. “Levamos vantagem porque operamos em sistema de turn key”,
ensina Michael.
Tudo com “estreito controle de custos”, ressalta
o executivo, que acumula as funções de presidente,
diretor financeiro, de RH e jurídico: “Qualquer compra, seja a de um pacote de sabão em pó, ou a de um
gerador para o datacenter, qualquer centavo que a
empresa gasta, passa por mim. Temos foco absoluto
naquilo em que vamos investir nosso tempo”.
A companhia se organiza em três divisões estratégicas, que se complementam: iTerna, Elucid TI
Services e Elucid Consulting. Da primeira, faz parte
a ES (Enterprise Solution), módulo de software que
permite ao cliente ter a empresa inteira em seu campo de visão, isto é, um sistema que dá conta da complexidade de um ambiente em constante mudança.
Aqui, usuários dispõem de profissionais capacitados
na implantação de software e processos de gestão
empresarial para diferentes segmentos verticais. A
iTerna abrange quatro grandes áreas de produtos.
A CS (Commercial Systems) tem flexibilidade para
atender à demanda das concessionárias de serviços
públicos. Como um Customer Information System
(CIS), processa informações de cadastro, medição,
faturamento, arrecadação, cobrança, atendimento e
gestão de serviços. Faturamento e arrecadação são
TREINAMENTO DE USUÁRIOS, PROVISÃO DE SERVIÇOS DE
OPERAÇÃO ASSISTIDA LOCAL OU REMOTA, E DE SUPORTE.
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“Temos foco absoluto naquilo em que
vamos investir nosso tempo.”
elementos críticos para as concessionárias, segundo
o presidente da empresa. O sistema permite à empresa usuária acompanhar de perto o que planeja faturar e arrecadar a curto e longo prazos. Na TS (Technical Systems), os software se destinam à operação e
gerência de redes e ativos. Com esses sistemas, a Elucid provê serviços de georreferenciamento (GIS) da
rede por computador, além de operação, monitoramento e reparação de toda a rede de distribuição de
energia. Nesse caso, por exemplo, quando a queda
de uma árvore provoca falta de luz, o consumidor é
avisado por SMS de que a operadora já está ciente da
ocorrência e está tomando as devidas providências.
Para complementar a TS, a Elucid também dispõe
de consultores para implantar sistemas GE e IBM.
No segmento MS (Mobile Systems), com o recurso a
tecnologias móveis, os software Elucid possibilitam
o controle da execução e do gerenciamento de serviços de campo por meio de um portal mna Internet,
ou pela rede da própria empresa cliente. Na área MS,
há duas modalidades de serviços. O Platinum oferece
despacho unificado: um tablet robusto instalado na
viatura da concessionária dispara ordens de serviço,
além de definir prioridades por próximidade e/ou por
urgência, o que conta com a ajuda do Google Maps. O
equipamento funciona via rádio, em UHF, satélite ou
GPRS, e tem capacidade para enviar mais de 100 diferentes ordens de serviços. Segundo Michael Wimert,
essa modalidade é a mais adequada para atender à
realidade brasileira. O MS Diamond, instalado em um
PDA, roda em 14 elétricas, e faz leitura, entrega e impressão simultâneas da conta. Copel e Copel Telecom
são algumas das usuárias CS e MS Diamond.
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hamilton penna
Michael Wimert Jr., presidente:
Michael diz que os nomes das áreas são em inglês
têm a ver com a intenção da empresa de se internacionalizar. Em 18 meses, a ideia é expandir a oferta de serviços
para a América Latina, em dois a três anos, para os Estados Unidos e Europa. “Estamos em conversas com grupos europeus e norte-americanos, para abrir parte do
capital da empresa para acelerar a internacionalização e,
eventualmente, fazer um lançamento de ações (IPO) na
Nasdaq. Mas sem abrir mão do controle”, explica.
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EMPRESA DO ANO
OS NÚMEROS DA ELUCID
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O presidente da Elucid antecipa a próxima onda
de ofertas da empresa, a multiutilities: num único
PDA acoplado a duas impressoras, será possível, em
rota e frota únicas, atender, por exemplo. elétricas e
concessionárias de água e saneamento. O produto
está em testes em empresas do Sudeste e do Sul.
Por fim, a ES (Enterprise Systems) provê plugins
para ERP (enterprise resources planning) SAP, destinados a clientes para uso em manutenção e obras
na rede elétrica.
A Elucid conta com uma equipe de 373 funcionários,
80% dos quais na área de tecnologia, distribuídos entre
a fábrica de software e o setor de produtos (seniors e
designers), e o de consultoria (há consultores em oito
capitais do país). Os 20% restantes estão na divisão de
eficiência energética (E2), que faz auditoria de análise
de fotos. Isto é: sempre que a Aneel (Agência Nacional
de Energia Elétrica, órgão regulador setorial) faz um ciclo de revisão tarifária, é necessário verificar se o físico
bate com o contábil, ou seja, se a rede tem mesmo o
número de postos e cabos instalados. Isso é feito em
campo, fotografando os postes do país, atividade acoplada ao georreferenciamento (localização). Esse pessoal atende concessionárias de energia elétrica (geração,
distribuição e transmissão), de água e saneamento e de
gás. Quanto à formação de pessoal, a empresa costuma
arrebanhar quintanistas de Engenharia e Tecnologia da
Informação, que vão formar a base da pirâmide da companhia, e cuja capacitação é completada na Elucid Academy. Essa universidade corporativa também oferece
cursos no formato de e-learning, para clientes e parceiros. Além disso, a empresa desenvolve projetos de P&D
com universidades e institutos de pesquisa.
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Receita Líquida Total (US$ mil)
77.393,64
Receita Líquida Prop. Informática (US$mil)
77.393,64
Patrimônio Líquido (US$ mil)
11.851
Ativo Permanente (US$ mil)
1.984
Lucro Bruto (US$ mil)
44.825
Lucro Operacional (US$ mil)
34.070
Lucro Líquido (US$ mil)
22.119
Crescimento Receita Líquida (%)
51,63
Rentabilidade s/ Patrimônio (%)
186,64
Rentabilidade s/ Vendas (%)
Liquidez Corrente
Endiv. s/ Patrimônio (%)
Endiv. s/ Ativo (%)
Desp. Financeiras s/ Vendas (%)
Retorno s/ Investimento (%)
Giro dos Ativos
Lucro Líq. p/ Funcionário (US$ mil)
28,58
2,83
52,98
0,99
(1,24)
122,01
4,27
73,49
O presidente da Elucid considera que 2011 tem
sido um ano dificil, especialmente se comparado com
o ano anterior, quando um só cliente fez uma compra
de R$ 40 milhões e a E2 faturou R$ 50 milhões. “Em
2011, temos novos governos federal e estaduais, e
os projetos foram todos congelados. Tudo ficou para
2012”, avalia o executivo. Portanto, “teremos um ano
flat, semelhante a 2010”, acrescenta. Mas, em 2012,
a previsão é crescer 20%, “no mínimo”. Para isso, ele
conta com a evolução das compras de outras utilities:
“Os serviços de água e saneamento e gás estão parados há décadas”. Porém, com vistas à Copa do Mundo, devem entrar recursos do BID, do Japão, do PAC.
As obras na área de saneamento, segundo Michael,
devem “estourar” na Bahia, em Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina e São Paulo – são mais de R$ 100 milhões em projetos previstos para o ano que vem.
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