20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

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20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul
20, 21 e 22 de maio de 2016
Centro Sul
“ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM ONCOLOGIA:
ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?”
ANAIS DO CONGRESSO
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
02
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 001
problemas foram classificados como potenciais e 46 problemas
manifestados. Os PRMs mais freqüentemente identificados foram
aqueles relacionados à efetividade do tratamento (n=60), seguido dos
efeitos adversos dos medicamentos (n= 46) e outros tipos (n=5). As
causas de PRMs mais comuns foram incompatibilidades em Y (n=25),
interações medicamentosas (n= 17) e necessidade de medicamentos
profiláticos (n=5). A reação adversa mais comum foi a ocorrência de
náuseas e vômitos (n=12), seguida de neutropenia (n=8), insuficiência
renal aguda (n=6), rush cutâneo (n=3) e diarreia (n=3). A detecção
destes problemas gerou 63 intervenções farmacêuticas, com resolução
do PRM em 84% dos casos. Conclusão: Os dados identificados
reforçam o benefício da avaliação, detecção e proposta de
intervenções para resolução de PRMs, sendo que as atividades da
farmácia clínica contribuíram para a segurança na utilização de
medicamentos dos pacientes hematológicos.
CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA NA ADMISSÃO HOSPITALAR DE
PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE ONCOHEMATOLOGIA
EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO SUL DO BRASIL
Autores: Luciane Pereira Lindenmeyer, [email protected], Porto Alegre/RS.
Hospital Nossa Senhora da Conceição/ Grupo Hospitalar Conceição.
Denise Bueno, [email protected], Porto Alegre/RS. Curso de PósGraduação em Assistência Farmacêutica / Universidade Federal do Rio Grande
do Sul.
Resumo: Diversas estratégias têm sido adotadas para reduzir o risco de eventos
adversos relacionados à assistência à saúde como a conciliação medicamentosa,
empregada para minimizar erros de transcrição, omissão, duplicidade
terapêutica e para manter uma lista de medicamentos adequada ao paciente.
Estudo transversal, com pacientes que internaram na unidade de
oncohematologia de um hospital de ensino, público, localizado no Sul do Brasil
que incluiu pacientes acima de 16 anos, admitidos na unidade. Os pacientes
foram entrevistados utilizando instrumento de coleta de dados. As informações
obtidas foram comparadas com as prescrições na admissão hospitalar e as
discrepâncias identificadas classificadas em intencionais ou não intencionais. No
período do estudo foram realizadas 192 entrevistas, sendo que a média de idade
dos participantes foi de 52,4 anos e 118 são do gênero masculino. O número total
de medicamentos utilizados antes da admissão hospitalar foi de 602. Em
aproximadamente 70% das entrevistas foi identificada aos menos uma
discrepância entre os medicamentos em uso nos últimos sete dias e aqueles
prescritos na admissão hospitalar. Não foi identificada associação significativa
entre a idade dos pacientes, gênero, motivo da internação, fonte de informação
sobre os medicamentos utilizados e comorbidades prévias e a presença de
discrepâncias. Entre os medicamentos conciliados foram encontradas 308
discrepâncias. Destas, 85,06% eram discrepâncias intencionais, justificadas pela
situação clínica atual e 14,94% não intencionais. Os medicamentos mais
frequentemente relacionados às discrepâncias não intencionais foram
sinvastatina, omeprazol e metformina. Os resultados encontrados indicam que o
processo de conciliação de medicamentos proporciona a identificação e
correção de discrepâncias não intencionais, porém há a necessidade de uma
abordagem sistemática dos pacientes de modo a obter o melhor histórico do
uso de medicamentos e assim propor medidas de prevenção de erros de
medicação envolvendo as discrepâncias medicamentosas.
ID 004
A N Á L I S E DA A D E S Ã O À T E R A P I A A N T I N E O P L Á S I C A O U
HORMONIOTERAPIA ORAL EM PACIENTES ATENDIDOS EM
AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE
SALVADOR-BA
Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] Salvador/BA - Hospital Português da Bahia
Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital
Português da Bahia
Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA Hospital Português da Bahia
Resumo: Introdução: Adesão terapêutica pode ser definida pelo grau de
seguimento das instruções médicas pelo paciente, sendo um dos principais
problemas relacionados a medicamentos, visto que a não adesão é uma barreira
reconhecida para um tratamento eficaz. Objetivo: Objetiva-se obter e
acompanhar a adesão da quimioterapia ou hormonioterapia oral em pacientes
ambulatoriais, como estratégia para garantir a continuidade do uso do
medicamento em domicílio, além do manejo dos efeitos adversos, e assegurar a
eficácia da terapia. Método: Estudo de coorte retrospectivo, no Centro de
Oncologia de um Hospital Filantrópico de Salvador-BA, entre outubro/2015 a
janeiro/2016. Obtiveram-se os dados através de entrevistas durante a
dispensação do medicamento oral. Durante abordagem, verificava-se o saldo
de comprimidos na caixa dispensada no ciclo anterior e checava-se a data de
início do próximo ciclo, como método de avaliar a adesão. Se divergência,
questionava-se a forma de uso do medicamento, se houve esquecimento,
internação hospitalar e ocorrência de reações ou se foi erro no agendamento.
Realizava-se reorientação quando não se constatava erro no agendamento do
ciclo e avaliava-se o retorno em consultas médicas. Resultados: Foram
atendidos 263 pacientes em tratamento oral, sendo 259 (98%) entrevistados
quanto ao uso do medicamento e ocorrência de reações adversas. Deste total,
203 (78%) aderiram à terapia, 50 (19%) sem adesão e 6 (2%) os portadores não
souberam responder às perguntas. Dos pacientes sem adesão, identificou-se 17
(34%) erros de agendamento, 2 (4%) usos incorretos, 8 (16%) suspensões devido
internação, 4 (8%) esquecimentos e 19 (38%) devido outras causas, sendo
maioria suspensão por conta própria devido ocorrência de reações e dificuldade
de manejo. Conclusão: Ensinar o paciente a reconhecer a importância da
adesão e o manejo das reações é função da equipe multidisciplinar, sendo papel
fundamental na terapia oral, pois são tratamentos longos podendo desencadear
desânimo pelo paciente e falhas de continuidade.
ID 002
DETECÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS A
MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE HEMATOLOGIA DE UM
HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO BRASIL
Autores: Luciane Pereira Lindenmeyer, [email protected], Porto Alegre/RS.
Farmacêutica Unidade Oncohematologia, Hospital Nossa Senhora da
Conceição/ Grupo Hospitalar Conceição.
Resumo: Introdução: A polifarmácia é um fator comum em pacientes
hematológicos, pois estes geralmente apresentam comorbidades, além de
utilizarem medicamentos de suporte no tratamento do câncer, gerando a
ocorrência de problemas relacionados a medicamentos (PRMs). Para reduzir os
PRMs e aumentar a segurança na utilização dos medicamentos, emprega-se a
farmácia clínica. Objetivos: Identificar os principais PRMs que ocorrem na
assistência aos pacientes hematológicos de modo a propor ações de melhoria
que aumentem a segurança dos pacientes. Metodologia: Estudo transversal
descritivo em que a detecção de PRMs foi realizada pela avaliação das
prescrições dos pacientes internados entre dezembro de 2015 a janeiro de 2016
em uma unidade de Hematologia de um hospital público do Sul do Brasil. Os
PRMs foram classificados de acordo com a PCNE e armazenados em banco de
dados próprio. Resultados: As prescrições de 52 pacientes foram analisadas
(média de idade 51,37 anos e 52% gênero feminino) pela farmacêutica clínica,
identificando-se um total de 111 PRMs (média de 2,13 PRMs/paciente). Destes, 65
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ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 005
segundo Algoritmo de Naranjo e OMS. Pela linha temporal e relato prévio de
reações para ambas as drogas, torna-se inviável inferir causalidade para os
medicamentos isoladamente, validando-se a hipótese para a associação
Oxaliplatina + Capecitabina. Entretanto, devido curto período de tratamento
com Capecitabina e severa progressão do quadro clínico, levanta-se hipótese do
paciente apresentar rara condição: mutação no gene di-hidropirimidina
desidrogenase (DPD), enzima responsável pela etapa limitante da velocidade de
biotransformação da capecitabina. Um estudo de 2012 elucida relato de uma
mulher, 63 anos, com Adenocarcinoma de Cólon sendo indicado XELOX. Após
20 dias do primeiro ciclo, deu entrada na emergência com choque séptico, de
possível origem abdominal, astenia, hiponatremia secundária a desidratação
por vômitos e diarreia grau 3, neutropenia febril grau 4. Solicitou-se estudo
farmacogenético do gene DPYD que codifica a enzima DPD, evidenciando-se
mutação (um alelo DPYD*2A e outro DPYD normal). Conclusão: Mesmo bem
relatado em literatura a relação entre atividade da DPD e resposta a derivados
fluorpirimidina e entre deficiência parcial ou total desta enzima com toxicidade
severa, alguns casos letais, a confirmação da hipótese de deficiência genética
neste paciente, só poderia ser verificada com estudo farmacogenético.
RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA REALIZADA EM PACIENTES
TRATADOS COM QUIMIOTERAPIA VENOSA EM AMBULATÓRIO DE
ONCOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE SALVADOR-BA, COMO
ESTRATÉGIA PARA SEGURANÇA E EFETIVIDADE NO TRATAMENTO
Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] Salvador/BA - Hospital Português da Bahia
Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital
Português da Bahia
Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA Hospital Português da Bahia
Resumo: Introdução: A reconciliação medicamentosa consiste em identificar e
corrigir falhas, inconsistências e problemas no sistema de medicação,
prevenindo erros e eventos adversos, mas também colaborando para a adesão
do paciente. No âmbito do paciente oncológico ambulatorial, isso ganha
importância diante do quadro clínico do mesmo, que em geral apresenta outras
comorbidades e maior risco de ocorrência de reações adversas. Objetivo:
Objetiva-se avaliar a adesão dos medicamentos de uso domiciliar pelos
pacientes ambulatoriais em terapia antineoplásica venosa, como estratégia para
garantir continuidade de seu uso no hospital, aumentando a segurança e
reduzindo erros de medicação. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo,
conduzido no Centro de Oncologia de um Hospital Filantrópico, em SalvadorBA, entre junho de 2015 e janeiro de 2016. O processo foi dividido em Verificação,
Confirmação, Reconciliação e Orientação. As listas completas e atualizadas com
os medicamentos domiciliares em uso foram coletadas através de entrevistas
com os pacientes e acompanhantes, evoluções clínicas e receitas médicas e
armazenadas em banco de dados próprio. O farmacêutico, a cada sessão de
quimioterapia, confirmou e avaliou os medicamentos dessa lista, levando em
consideração sua frequência e horário adequados do uso durante a
permanência no ambulatório. A identificação de não adesão à terapia foi
sinalizada em evolução e compartilhada com a equipe multidisciplinar.
Intervenções farmacêuticas foram realizadas, quando necessárias, e fornecidas
orientações aos pacientes garantindo o manejo adequado do problema.
Resultados: Foram atendidos 565 pacientes, dos quais 548 (97%) foram
reconciliados. Do total de pacientes reconciliados, 497 (91%) pacientes tinham
aderido à terapia medicamentosa de uso domiciliar e 51 (9%) pacientes tiveram
problema relacionado a não adesão, sendo 100% desses pacientes orientados
quanto ao problema identificado. Conclusão: A estratégia proposta identificou
problemas de adesão em 51 pacientes com tratamento medicamentoso
domiciliar, reforçando a importância da implantação dessa rotina na instituição e
aproximando o farmacêutico da equipe.
ID 008
ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS UTILIZADOS NA
ONCOHEMATOLOGIA EM SERINGA DE POLIPROPILENO: REVISÃO DE
LITERATURA.
Autores: Gilberto Barcelos Souza - [email protected]
Amanda Castro Domingues Da Silva - [email protected]
Rachel Nunes Ornellas - [email protected]
Gabriel dos santos da cunha - [email protected]
Fernando Sérgio Da Silva Ferreiro - [email protected]
Serviço de Farmácia. Hospital Universitário Antonio Pedro. Universidade Federal
Fluminense. Niterói. RJ
Resumo: Introdução: A integridade da embalagem e o controle adequado das
condições ambientais durante o armazenamento e uso são essenciais para a
qualidade de um medicamento na clínica de um hospital. A abertura do frasco,
forma de estocagem, tipo de recipiente interfere no prazo de validade dos
medicamentos injetáveis, uma vez que sua estabilidade é influenciada por uma
série de fatores. Objetivo: Estabelecer, através de revisão de literatura, um
protocolo de procedimentos para a respectiva estocagem e estabilidade em
seringa de polipropileno. Metodologia: Realizou-se a busca ativa nas bases de
dados MICROMEDEX, e de consultas em publicações internacionais: European
Society of Oncology Pharmacists (ESOP), BC Cancer Agency (Canadá), French
Society of Hospital Pharmacists (França), Cancer Care Nova Scotia (Canadá).
Resultados: Foi elaborada uma lista de 43 medicamentos: Actinomicina D (2
dias); Alemtozumabe (8 horas); Alfa-interferona 2b (2 dias); Amsacrina (15
minutos); Asparaginase (3 horas); Azacitidina (7 dias); Bevacizumabe (180 dias);
Bleomicina (43 dias); Bortezomibe (3 dias); Carboplatino (91 dias); Carfilzomibe (1
dia); Cetuximabe (8 horas); Ciclofosfamida (28 dias); Citarabina (14 dias);
Cladribina (2 dias); Daunorrubicina (90 dias); Dexametasona (55 dias);
Doxorrubicina (124 dias); Epirrubicina (180 dias); Estreptozocina (2 dias);
Etoposido (31 dias); Floxuridina (21 dias); Fluorouracila (21 dias); Folinato de cálcio
(7 dias); Gencitabina (35 dias); Idarrubicina (7 dias); Ifosfamida (1 dia); Interleucina
(14 dias); Mecloretamina (4 horas); Mesna (9 dias); Metotrexato (7 dias);
Mitomicina (2 dias); Mitoxantrona (28 dias); OncoBCG (6 horas); PEG
Asparaginase (4 horas); Porfimer (4 horas); Tiotepa (4 horas); Tirotropina alfa (1
dia); Valrrubicina (12 horas); Vimblastina (30 dias); Vincristina (84 dias); Vindesina
(21 dias); Vinorelbina (1 dia). Conclusão: Visando a segurança do paciente e a
melhoria da segurança na manipulação e na administração de medicamentos,
existe a necessidade da implantação de um protocolo para a definição do tempo
útil após a estocagem em seringa.
ID 006
PROVÁVEL REAÇÃO ADVERSA GRAU 5, INDUZIDA PELA CAPECITABINA –
UM RELATO DE CASO DE FARMACOVIGILÂNCIA
Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] Salvador/BA - Hospital Português da Bahia
Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital
Português da Bahia
Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA Hospital Português da Bahia
Resumo: Introdução: Capecitabina é um antineoplásico oral, citotóxico, para
tratamento de cânceres de mama, colorretal e estômago. Relato: Paciente
P.C.B., 74 anos, sexo masculino, portador de Adenocarcinoma Gástrico, iniciou
tratamento com XELOX a cada 21 dias (oxaliplatina 130mg/m2 e capecitabina
1000mg/m2 12/12h por 14 dias). Após 11 dias, foi admitido na emergência devido
mucosite grau 3, síndrome mão-pé grau 1, neutropenia grau 2, diarréia grau 2 e
queda do estado geral. Evoluiu durante internamento para mucosite grau 4,
diarreia sanguinolenta grau 3, vômitos e neutropenia grau 4, sendo transferido
para UTI, onde foi a óbito por PCR, devido possível sepse induzida por
broncoaspiração após episódios de vômito. A causalidade foi PROVÁVEL
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ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 009
medicamentos tem sido recomendada pela legislação vigente (NR32 do MT de
16/11/2005) e por diversos órgãos internacionais de boas práticas no manuseio
de medicamentos citotóxicos. Objetivo: Comparar, através da técnica de
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector Ultravioleta (CLAE-UV), as
taxas de contaminação de superfícies durante a manipulação de Gencitabina,
utilizando Dispositivos de Segurança em Sistema Fechado em relação à técnica
de preparo padrão com agulha. Métodos: A coleta de amostras em luvas,
frascos manipulados, seringa e campo de trabalho foi realizada na Central de
Misturas Intravenosas – HCPA, pela técnica de wipe test e posterior extração. As
amostras foram analisadas com CLAE-UV, com leitura de detecção de 268 nm.
Resultados: De um total de 303 amostras coletadas para análise da Gencitabina,
272 compararam a técnica com DSSF com a técnica padrão, apresentando
percentuais de resíduos de contaminação em quase 50% dos frascos coletados
em cada técnica. Os resultados encontrados nos frascos manipulados, campo de
preparo e seringas apresentaram média de quantidade de resíduos inferiores na
técnica com dispositivos de segurança. Em 31 frascos intactos retirados da caixa
original de Gencitabina, foram encontrados resíduos em 16,1%. Conclusões: A
técnica utilizada demonstrou a presença de Gencitabina em materiais e
Equipamentos de Proteção Individual – EPI, demonstrando dessa forma o risco
de exposição aos profissionais e a importância do uso dos DSSF para diminuir os
aerossóis e quantidades de resíduos eliminados durante a manipulação. Dessa
forma, mostrou que a quantidade total de resíduos com DSSF é muito menor,
justificando o custo e a importância de sua utilização na gestão da farmácia.
PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS PELO AMBULATÓRIO DE
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Autores: Yara Cardoso Coletto - [email protected]
Beatriz Maria Rosin - [email protected]
Caroline Rocha Paes Landim Silva - [email protected]
Fernanda Schindler - [email protected]
Gabrielle Borducchi - [email protected]
Julia de Mergulhão Epíscopo - jumergulhã[email protected]
Jairo Cartum - [email protected]
Fernando Luiz Affonso Fonseca - [email protected]
Resumo: O câncer infantil é a principal causa de morte entre as doenças
pediátricas, sendo considerado um importante problema de saúde pública. O
diagnóstico precoce é fundamental pois permite que o tratamento seja feito em
tempo adequado determinando melhor prognóstico, aumentando as chances
de cura e diminuindo complicações e sequelas tardias. Objetivo: Estabelecer o
perfil de crianças e adolescentes acompanhadas pelo Ambulatório de Faculdade
de Medicina do ABC, bem como o processo de diagnóstico, tratamento e como
ocorre sua evolução. Metodologia: O estudo teve como amostra 60 prontuários
de pacientes que tiveram diagnóstico de câncer e que foram atendidos no ano
de 2010 em tratamento ou acompanhamento. Os dados foram coletados e
registrados em uma ficha preparada especificamente para esse fim, sendo
digitados utilizando-se o programa Excel® (Microsoft). Resultados: 61,7% dos
pacientes eram do sexo masculino e a média de idade ao diagnóstico foi de 6
anos. Os principais sinais e sintomas clínicos que motivaram a procura pelo
serviços de saúde foram dor (30%), febre inexplicável (28,3%) e emagrecimento
(16,7%). A maioria dos pacientes (80%) foi encaminhada ao ambulatório pelo
setor terciário. O tempo médio decorrido entre o surgimento dos primeiros
sintomas e o diagnóstico foi de 2,8 meses, sendo que em 18,2% dos casos o
diagnóstico foi realizado após 6 meses. O tipo de tumor mais prevalente
correspondeu às leucemias (40%) e o tratamento eleito com maior frequência
(50%) foi a quimioterapia. As principais complicações ocorridas no decorrer do
tratamento foram neutropenia febril, infecções diversas e dores. Do total de
pacientes, 28,3% foram a óbito. Conclusão: A partir das informações obtidas,
verifica-se a importância do acompanhamento e evolução dos casos, definindo
um perfil dos pacientes atendidos, contribuindo para melhoria constante do
serviço de saúde, além de enfatizar a necessidade do diagnóstico precoce nos
diversos níveis de atenção à saúde.
ID 011
UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA GTT (GLOBAL TRIGGER TOO) do IHI
(INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT) NA BUSCA DE EVENTOS
ADVERSOS NO INSTITUTO DE ONCOLGIA DO VALE DE SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS (IOV SJC)
Autores: Daniel Oliveira de Souza - [email protected] - São José dos
Campos/SP - Instituto de Oncologia do Vale
Edwiges de Lima Santos - [email protected] - Taubaté/SP - Instituto de
Oncologia do Vale
Henrique Zanoni Fernandes - [email protected] - São José dos
Campos/SP - Instituto de Oncologia do Vale
Tatiana Camargo Castilho - [email protected] - Taubaté/SP - Instituto
de Oncologia do Vale
ID 010
NÍVEIS DE CONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE COM GENCITABINA
UTILIZANDO DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM SISTEMA FECHADO
VERSUS A TÉCNICA DE PREPARO PADRÃO
Autores: Farm. Ms. Sandro Ness *(1); Farm. Drª. Carmen Pilla (2); Profª. Drª
Helena Von Eye Corleta (3); Prof. Dr. Edison Capp (4)
1 – Farm. Ms. Sandro Luis R, Ness –[email protected] – Porto Alegre/RS –
Central de Misturas Intravenosas – Serviço de Farmácia - Hospital de Clínicas de
Porto Alegre
2 - Farm. Dra. Carmen Pilla – [email protected] - Porto Alegre/RS - Serviço
de Patologia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
3 - Prof. Dr. Edison Capp - [email protected] - Porto Alegre/RS – Departamento de
Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Faculdade de
Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
4 - Profª. Drª Helena Von Eye Corleta - [email protected] - Porto Alegre/RS –
Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo: Introdução: A manipulação de medicamentos antineoplásicos em
Serviços de Saúde expõem os profissionais aos riscos químicos desses agentes,
assim é fundamental monitorar e prevenir a exposição ocupacional. A utilização
de Dispositivos de Segurança em Sistema Fechado (DSSF) no preparo de
05
Resumo: Introdução: O GTT do IHI é uma ferramenta de análise da segurança
do paciente para identificar e mensurar as taxas de Eventos Adversos (EA),
evidenciando áreas de melhorias. Objetivos: Padronizar no IOV, o processo de
coleta de dados baseado na metodologia GTT do IHI. Material e métodos:
Coleta de dados: randomização mensal de vinte prontuários entre outubro/2010
e março/2015. Critério de inclusão: Correto preenchimento do prontuário
(estadiamento da doença, anamnese e evolução médica) de pacientes que
passaram em consulta há mais de 30 dias no IOV. Pontos chaves da pesquisa:
relatórios de alta, registros de administração de medicações, resultados de
exames laboratoriais, anotações da enfermagem e evoluções médicas. Os
dados foram organizados na planilha de trabalho, na sequencia reunidos na
folha de resumo da revisão, ambos os formulários desenvolvidos e adaptados
do IHI. Os dados foram discutidos entre os revisores para um resultado
consensual e em seguida, abastecido o banco de dados, criando gráficos de
tendência: Eventos adversos/1000 procedimentos; Eventos adversos/1000
consultas: Eventos adversos/100 admissões hospitalares. Resultados: Dos
eventos encontrados, destacaram-se: 26 casos de neutropenia febril; 5 casos de
trombose de cateter; 8 casos de Mucosite; 4 casos de transfusão de
sangue/hemoderivados; 5 casos de pneumonia e 3 casos de infecção de port-acath. A partir da análise dos dados foram desenvolvidas ações para minimizar
riscos críticos para o paciente: Desenvolvimento de uma política de cateteres
venosos profundos (prevenindo trocas de cateteres do paciente, redução dos
riscos de infecção e manutenção do tratamento sem interrupções); Criação de
protocolos de profilaxia antibiótica para neutropenia febril pós-quimioterapia
(Levando à redução da exposição do paciente a serviços emergências);
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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
Desenvolvimento do SBAR de internação e de alta ( As constantes melhorias
promoveram um fluxo continuo da informação e tratamento racional e efetivo).
cuja literatura é escassa devido a conflitos éticos e financeiros. No Brasil, devido
ao seu custo, o aprepitanto é muitas vezes gerido por uma Comissão de
Farmácia e Terapêutica, cuja qual necessita de pareceres baseados na melhor
evidência científica disponível para melhor alocar os recursos da instituição.
Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar o risco de NF associado ao
aprepitanto em crianças e adolescentes, de forma a gerar um parecer técnico ao
CFT. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de ensaios
clínicos controlados, onde dois revisores avaliaram de forma independente
títulos, resumos e leram na íntegra artigos relacionados aos objetivos deste
estudo. Um terceiro revisor foi responsável por sanar eventuais discrepâncias na
seleção de artigos e coleta de dados. As bases de dados pesquisadas foram:
Medline, Embase, Lilacs, Scielo, DOAJ, CENTRAL (Cochrane) e resumos de
congressos da área de oncologia. O desfecho principal foi o risco relativo de NF.
A medida sumarizada foi calculada por meio de modelo de efeitos randômicos,
estatística de Mantel-Haenszel e a heterogeneidade foi calculada por meio do
método I2. Resultados: Revisaram-se 861 resumos, 4 artigos foram lidos na
íntegra e três ensaios clínicos foram incluídos. O risco relativo de neutropenia
febril foi de 1,02 (0,66~1,58 IC95%) e a heterogeneidade foi zero (Chi2=1,99 e
p=0,37). Conclusão: Até o presente momento, não há evidências concretas de
que o aprepitanto aumente o risco de neutropenia febril.
ID 012
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
ORAIS, NA AUSÊNCIA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, EM UMA CLÍNICA
ONCOLÓGICA PRIVADA
Autores: Edwiges de Lima Santos – [email protected] – Taubaté/SP Instituto de Oncologia do Vale
Daniel Oliveira de Souza - [email protected] – São José dos Campos/SP
– Instituto de Oncologia do Vale
Resumo: Introdução: Diversos fatores são impactantes na adesão do paciente
ao tratamento com medicamentos de uso oral, ocasionando muitas vezes uma
piora do quadro do paciente ao invés da cura da doença ou melhora da
qualidade de vida. A atenção farmacêutica leva a uma farmacoterapia racional,
minimizando o problema relacionado com medicamento e sua interferência nos
resultados terapêuticos. Objetivo: Identificar riscos da ausência de atenção
farmacêutica aos pacientes em tratamento domiciliar que recebem a medicação
oral diretamente pelo convênio, em comparação com os que retiram na clínica e
receberam atenção farmacêutica. Metodologia: Foi realizado levantamento
dos pacientes em tratamento via oral, e dos 13% que recebem a medicação pelo
convênio, foi aplicado questionário no mês de julho de 2015 por telefone.
Levantaram-se as informações que foram comparadas com os pacientes que
retiram a medicação na clínica do período de janeiro a junho de 2015.
Resultados: 93,3% dos pacientes não tiveram oferta de atenção farmacêutica
pelo serviço que entrega a medicação e consideram importante essa atenção.
66,7% são polimedicamentosos e 26,7% já tiveram dúvidas de interação
medicamentosa. Dos pacientes que retiram medicação na clínica, 100% tiveram
seus medicamentos reconciliados quando iniciaram, mudaram ou reiniciaram o
tratamento, destes 74% são polimedicamentosos. 22% precisaram de algum
tipo de intervenção e/ou orientação farmacêutica. Conclusão: A atenção
farmacêutica beneficia o paciente em uso de medicação oral por meio da
reconciliação medicamentosa proporcionando intervenções farmacêuticas
vitais para a promoção da saúde. Os pacientes que não recebem esse serviço
acabam expostos a riscos impactantes em seu tratamento.
ID 014
TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA O TRATAMENTO DA CANDIDIASE
ORAL NO PACIENTE COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
Autores: Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro(1); Marcela Rosado Drumond
Taimo(1); Lucio Flavio Braga Da Silva(2); Renata Rosado Drumond(3); Josehane
Rosa Da Costa Martin (1); Anderson Frazão Ramos(1); Paulo Leal Pereira(1); Sérgio
Prado Veloso Araújo Júnior (2).
(1)Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí
(2)Faculdade AESPI -FAPI
(3)Secretaria de Saúde do Estado do Piauí.
Teresina - PI
Email: [email protected]
Resumo: Introdução: O câncer de cabeça e pescoço representa, em nível
mundial, 10% dos tumores malignos, sendo cerca de 40% na cavidade oral, 25%
na laringe, 15% na faringe, 7% nas glândulas salivares e 13% nos demais locais.
Durante radioterapia e quimioterapia, as células basais do epitélio tornam-se
incapazes de substituir adequadamente as células perdidas pela esfoliação,
resultando em atrofia epitelial e consequente colapso mucoso. A candidíase
constitui uma infecção oportunista frequente em pacientes oncológicos,
causada por diferentes espécies de Candida. Estas fazem parte da microbiota
oral, porém sob fatores de desequilíbrio, podem penetrar e inflamar os tecidos.
Objetivos: Estabelecer as principais terapias antifúngicas na candidíase no
paciente com câncer de cabeça e pescoço. Material E Método: Trata-se de uma
revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e SCIELO.
Resultados: O tratamento de infecções fúngicas inclui agentes antifúngicos
tópicos e sistêmicos, sendo os principais mencionados na literatura fluconazol e
anfotericina B, encontrando-se, ainda, nistatina, cetoconazol, itraconazol e
clotrimazol. Fluconazol, itraconazol e voriconazol são agentes anti-fúngicos da
classe dos triazóis com mecanismos de ação semelhantes, agindo
especialmente no citocromo P450 da parede celular do fungo. O fluconazol foi o
medicamento mais citado para tratamento de infecções fúngicas oportunistas
em pacientes oncológicos na região de cabeça e pescoço, apresentando
melhores resultados e mostrando-se eficaz em debelar tais infecções. Neste
sentido, deve-se atentar para a questão da resistência de determinadas
linhagens de cândida ao fluconazol, devendo o profissional escolher o
medicamento de melhor efeito para cada caso, podendo utilizar como segunda
opção o voriconazol e o itraconazol. Conclusão: A mucosite bucal limita o
tratamento do câncer e interfere no prognóstico de cura. Por isso, seu
tratamento é indispensável para o sucesso da terapia oncológica.Faz-se
necessária a realização de mais estudos clínicos envolvendo medicamentos com
menor resistência à mucosite.
ID 013
APREPITANTO ESTÁ ASSOCIADO A UM MAIOR RISCO DE NEUTROPENIA
FEBRIL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES? UM PARECER TÉCNICO A UMA
COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO
UNIVERSITÁRIO
Autores: 1 - Lucas Miyake Okumura,[email protected],Porto Alegre/RS,
Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
2 - Fernanda D’Athayde Rodrigues, [email protected], Porto Alegre/RS,
Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
3 - Maria Angélica Pires Ferreira, [email protected], Porto Alegre/RS,
Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
4 - Leila Moreira Beltrami, [email protected], Porto Alegre/RS, Comissão
de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
5 - Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de
Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Resumo: Introdução: O uso de aprepitanto em associação com ondansetron e
dexametasona é recomendado pela American Society of Clinical Oncologists
para profilaxia de náuseas e vômitos induzidas por quimioterápicos (NVIQ) em
pacientes em uso de quimioterapia altamente emetogênica. Aprepitanto é um
inibidor do CYP4503A, o qual pode aumentar os níveis séricos de
quimioterápicos substratos desta enzima, acarretando em maior risco de
neutropenia febril (NF), especialmente em crianças e adolescentes, população
06
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 015
Resumo: Introdução: Farmacovigilância segundo a OMS é a ciência relativa à
detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou
quaisquer problemas relacionados ao medicamento. A notificação das reações
adversas imediatas e/ou tardias a infusão de quimioterápicos, o conhecimento
da gravidade e das alternativas para o controle e prevenção também são alvos
de estudo da farmacovigilância e fazem parte das medidas de segurança do
paciente. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento das
fichas de Notificações de Suspeita de Reações Adversas ao Medicamento (RAM),
observando quais as incidências dos medicamentos e quais os órgãos/ sistemas
acometidos por essas reações adversas. Metodologia: Foi realizado um
levantamento das fichas de Notificações de Suspeita de RAM's do Centro de
Quimioterapia Ambulatorial Unimed Campinas do período de Junho de 2014 à
Dezembro de 2015, identificando os medicamentos envolvidos e os sintomas
apresentados. Resultados: Neste estudo, foram avaliadas 143 Notificações de
Suspeita de RAM que envolveram 16 medicamentos, os quais foram: Oxaliplatina
(20,98%), Rituximabe (18,18%), Docetaxel (15,38%), Carboplatina (14,69%),
Paclitaxel (10,49%), Cetuximabe (5,59%), Cisplatina (3,5%), Irinotecano (3,5%),
Omalizumabe (2,8%) e outros (4,9%). E a incidência de 226 sintomas
apresentados: Rubor Facial (40,27%), Dispneia (22,12%), Prurido (15,04%), Rash
Cutanêo (4,42%), Mal estar geral (3,9%) e outros (14,14%). Conclusão: o estudo
evidenciou que os análagos da platina, taxanos e os anticorpos monoclonais
foram os medicamentos com maior incidência em causar reações adversas; o
sistema tegumentar e o respiratório foram os mais acometidos pelas reações,
sendo o Rubor Facial e Dispnéia os sintomas com maior evidência. Conclui-se
também que é necessário maior atenção da equipe de farmácia e enfermagem
no processo de conferência das prescrições, avaliando se há préquimioterápicos necessários para evitar possíveis RAM's, garantindo mais uma
etapa da segurança do paciente e deixando clara a importância da realização de
notificações também em unidades de saúde oncológica.
PERFIL ANTIMICROBIANO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS AO PACIENTE
ONCOLÓGICO
Autores: Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro (1); Lucio Flavio Braga Da Silva (2);
Marcela Rosado Drumond Taimo (3); Renata Rosado Drumond (1); Josehane
Rosa Da Costa Martins (3); Anderson Frazão Ramos (3); Elizângela Sousa Veras
(4); Paulo Leal Pereira (3).
(1)Secretaria de Saúde do Estado do Piauí
(2)Faculdade AESPI -FAPI
(3)Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí
(4)Oncoclínica-Oncologistas Associados Ltda
Teresina - PI
Email: [email protected]
Resumo: Introdução: Devido à agranulocitose, a infecção no paciente
oncológico pode estabelecer-se sem formação de foco aparente, como as
pneumonias sem tradução radiológica ou os abcessos sem sinais flogísticos.
Também, o leucograma é pouco específico, devido às alterações decorrentes da
doença e da quimioterapia. A presença de febre pode ser o único indicativo de
infecção, então, a realização de culturas é de fundamental importância para
estabelecimento do agente etiológico. Objetivos: Determinar os
microorganismos mais presentes nas infecções associadas ao paciente
oncológico. Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio
das bases de dados Lilacs e SCIELO. Resultados: A aquisição de infecções é
influenciada por fatores como o status imunológico, idade, uso abusivo de
antibióticos, procedimentos invasivos, imunossupressão e falhas nos
procedimentos de controle. Na primeira semana de agranulocitose, são mais
comuns as bactérias aeróbicas gram-positivas e negativas (Staphylococcus
aureus e S. epidermidis, Streptococcus, Enterococcus, enterobactérias e
Pseudomonas aeruginosa). A partir da segunda e terceira semana, tornam-se
mais frequentes os fungos, principalmente as espécies de Candida (albicans,
tropicalis, parapsilosis, kruseii) e os parasitas como o Pneumocystis Carinii. As
infecções por vírus (herpes, citomegalovírus, sincicial respiratório, adenovírus
varicela-zoster) estão relacionados com a queda da imunidade celular e a
transfusão de hemoderivados. A antibioticoterapia de largo espectro deve ser
prontamente iniciada e novos esquemas antimicrobianos foram recentemente
propostos para o tratamento do paciente neutropênico febril. 10% a 20% dos
pacientes com febre podem apresentar bacteremia, causadas principalmente
por gram-positivos (S. epidermidis, Streptococcus, Enterococcus) e aeróbios
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumonie, Escherichia
coli). Conclusão: Diferentes bactérias, fungos, vírus e parasitas são responsáveis
pelos quadros infecciosos. Mesmo quando o prognóstico está definido, a terapia
antimicrobiana pode ser direcionada ao alívio do sofrimento e à melhora da
qualidade de vida. A integração multidisciplinar na oncologia tem possibilitado
resolução de situações de enorme risco de vida.
ID 018
A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES
EM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL
Autores: Morgana Boff Bonfante, [email protected], Novo
Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos
Thaís Viviane Schmidt Gallas, [email protected], Novo
Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos
Tatiana da Rocha Taschetto, [email protected], Novo
Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos
Bianca Diehl, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital
Unimed Vale do Sinos
Danielle Besutti Biehl, [email protected], Novo Hamburgo - RS,
Hospital Unimed Vale do Sinos
Francioli Tonin, [email protected], Novo Hamburgo - RS,
Hospital Unimed Vale do Sinos
Neide Lunkes, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital
Unimed Vale do Sinos
ID 017
AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO E
OS SINTOMAS ACOME TIDOS IMEDIATOS À INFUSÃO DE
QUIMIOTERÁPICOS NO CENTRO DE QUIMIOTERÁPIA AMBULATORIAL
UNIMED CAMPINAS
Autores: Ivo Catarin Neto, [email protected], Campinas-SP, Unimed
Campinas, Dayane Mara de Souza, [email protected],
Campinas-SP, Unimed Campinas, Barbara de Campos, barbarac@
unimedcampinas.com.br, Campinas-SP, Unimed Campinas , Bartira Guicardi
Vercelino, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas,
Luiz Guilherme Michelini Bueno, [email protected],
Campinas-SP, Unimed Campinas, Marina Mosca Pedroso, marinap@
unimedcampinas.com.br, Campinas-SP, Unimed Campinas, Roberta Marilia Baia,
[email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Natalia Sueli
dos Santos, [email protected], Campinas-SP, Unimed
Campinas
07
Resumo: Introdução: O crescente aumento do uso de antineoplásicos orais
tem levantado preocupações sobre o potencial problema da não adesão. A
administração realizada em domicílio requer o esclarecimento do medicamento
ao paciente. Quando o paciente faz uso de medicamentos em seu domicílio ele
se torna responsável pelo uso correto e adequado acondicionamento dos
mesmos, contribuindo para a eficácia do processo farmacoterapêutico. É
importante que o profissional farmacêutico ao dispensar um medicamento,
oriente o paciente quanto à forma de administração e armazenamento. O
Serviço de Oncologia do Hospital Unimed Vale do Sinos realiza a dispensação,
orientação e acompanhamento domiciliar de pacientes onco-hematológicos.
Objetivo: avaliar o perfil de uso da terapia antineoplásica oral e dos pacientes
onco-hematológicos atendidos no serviço. Analisar a importância da orientação
farmacêutica e do acompanhamento domiciliar na adesão ao tratamento.
Método: estudo observacional descritivo retrospectivo de pacientes que
utilizaram medicamentos quimioterápicos orais no período de janeiro a
dezembro de 2015 dispensados pelo Serviço de Oncologia do Hospital Unimed
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
Vale do Sinos. Resultados: Durante este período 177 pacientes estavam em
tratamento com antineoplásicos orais, sendo os mais utilizados tamoxifeno
(51,97%), anastrozol (16,94%) e capecitabina (7,34%). Outros medicamentos
dispensados foram: ciclofosfamida, sorafenibe, temozolomida, erlotinibe,
hidroxiuréia, entre outros que representaram 23,75%. As neoplasias de maior
incidência foram de mama (67,79%) e reto (4,51%). Do total de pacientes
acompanhados, 85% considerou-se totalmente aderente. Entretanto 15% dos
pacientes apresentaram algum tipo de não adesão, sendo o atraso para retirada
do medicamento o principal motivo. Conclusão: Este estudo confirmou a
necessidade de monitoramento da adesão nesta modalidade de tratamento,
demonstrando a importância e o diferencial que a orientação farmacêutica e o
acompanhamento domiciliar agregam ao tratamento.
ID 020
ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS EM UMA
UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NO ANO DE 2015
Autores: 1 - Gabriela Fumegalli, [email protected], Porto Alegre/RS,
Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, Hospital de Clínicas de Porto
Alegre
2 - Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de
Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
3 - Jacqueline Kohut Martinbiancho, [email protected], Porto
Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
4 - Lauro Jose Gregianin, [email protected], Porto Alegre/RS, Unidade de
Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
ID 019
Resumo: Introdução: Indicadores de saúde são ferramentas importantes para
qualificar o desempenho dos serviços prestados em determinados setores e
instituições. A intervenção farmacêutica visa prevenir ou resolver problemas
relacionados à farmacoterapia, sendo parte fundamental no processo de
acompanhamento farmacoterapêutico, realizado pelo farmacêutico clínico.
Objetivo: Analisar as intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico da
unidade de oncologia pediátrica de um hospital universitário de Porto
Alegre/RS. Método: Estudo transversal retrospectivo, através da análise das
intervenções farmacêuticas realizadas durante o ano de 2015 na unidade de
oncologia pediátrica. As prescrições foram avaliadas e as intervenções
necessárias foram realizadas junto à equipe e classificadas de acordo com
formulário próprio que contempla 15 categorias. Os resultados das intervenções
foram classificados em aceitas, não aceitas ou sem seguimento por motivo de
alta ou óbito do paciente. Os dados coletados foram tabulados e codificados no
programa SPSS para análise. Projeto 07-222 aprovado pelo CEP/HCPA.
Resultado: Em um total de 4161 prescrições avaliadas, foram realizadas 299
(7,20%) intervenções. Dentre estas 131 (43,81%) foram relacionadas à não
adesão ao protocolo institucional sobre parametrização de dor e em 45 (15%)
foram encontradas discrepâncias entre medicamentos de uso prévio e
prescrições da internação hospitalar. Quanto aos medicamentos prescritos com
dose inadequada, foram realizadas 31 (10,36%) intervenções, enquanto que
para formas farmacêuticas inadequadas foram realizadas 12 (4%). A adesão às
intervenções por parte da equipe ocorreu em 209 (69,89%) episódios, enquanto
que 38 (12,71%) não houve seguimento devido a alta hospitalar precoce ou óbito
do paciente. Conclusão: O farmacêutico clínico é o profissional que, inserido na
equipe multidisciplinar, auxilia no manejo e prevenção dos efeitos adversos
relacionados a medicamentos. A intervenção farmacêutica mostra-se como
importante ferramenta no cuidado ao paciente pediátrico oncológico
hospitalizado, e quando realizada, registrada e documentada adequadamente,
contribui para melhora da qualidade da assistência prestada pelo serviço.
ORDEM DE INFUSÃO DE ANTINEOPLÁSICOS E MINIMIZAÇÃO DE
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: UMA REVISÃO
Autores: Rebeca Oliveira Leite Silva Furquim, [email protected],
Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Adriano Brigatti Jarmelo, [email protected], São Paulo-SP, AC
Camargo Cancer Center
Resumo: Introdução: Interações medicamentosas são definidas como eventos
farmacológicos que ocorrem quando efeitos de um determinado fármaco são
afetados pela administração concomitante de outra substância. Os esquemas
terapêuticos utilizados nos tratamentos do câncer envolvem, geralmente, mais
de um fármaco injetável que deve ser infundido no paciente, possibilitando o
aparecimento destas interações. Assim, a ordem de infusão de fármacos
injetáveis torna-se essencial para redução de toxicidade, aumento da eficácia do
tratamento e redução de riscos ao paciente. Objetivo: O objetivo deste trabalho
foi realizar um levantamento bibliográfico que apontasse as principais
interações medicamentosas decorrentes da ordem de infusão dos protocolos
quimioterápicos, determinando assim a melhor sequência de infusão para
minimização de efeitos adversos. Método: A metodologia utilizada foi baseada
no levantamento de dados bibliográficos relacionados à ordem de infusão e
interações medicamentosas em Oncologia. Foram consultadas as bases de
dados: Scielo, Pubmed e LILACS a fim de se obter artigos científicos que
discutissem a ordem de infusão mais indicada dos protocolos quimioterápicos a
fim de se minimizar efeitos tóxicos ou potencializar efeitos terapêuticos.
Resultados: Foram estudados 29 protocolos quimioterápicos, os quais
possuíam evidências e orientações de uma determinada sequência de infusão
para otimização do tratamento. As interações encontradas tiveram origem
farmacocinéntica, farmacodinâmica ou estavam relacionadas com
características físico-químicas do fármaco. Após análise, foi desenvolvida uma
tabela-resumo com a sequência recomendada para cada protocolo.
Conclusão: A infusão de quimioterápicos em ordem específica auxilia, em
muitos casos, na resposta terapêutica, fazendo diferença nas curvas de
sobrevida global e sobrevida livre de progressão. Muitas sequências de infusão
estão bem definidas na literatura e podem ser usadas com segurança em
Oncologia. Caso não existam dados comparativos de sequências infusionais, é
importante seguir o protocolo original descrito, considerando as características
e peculiaridades dos medicamentos.
ID 021
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS OCORRIDAS EM UMA UNIDADE
DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NO ANO DE 2015
Autores: 1 – Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS,
Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
2 - Fernanda Rossato Machado, [email protected], Porto Alegre/RS,
Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
3 - Gabriela Fumegalli, [email protected], Porto Alegre/RS, Residência
Integrada Multiprofissional em Saúde, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
4 – Ricardo Moresco Zucco, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de
Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
5 - Marina Delani Vitória, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de
Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
6 - Jacqueline Kohut Martinbiancho, [email protected], Porto
Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
7 - Lauro Jose Gregianin, [email protected], Porto Alegre/RS, Unidade de
Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
08
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
Resumo: Introdução: Reações adversas a medicamentos (RAM) são descritas
como qualquer resposta prejudicial e não intencional que ocorre com
medicamentos em doses usualmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico e
tratamento de doença. Em pacientes pediátricos é necessário maior cautela na
administração de medicamentos, pois muitos dos fármacos não possuem testes
de segurança para a população desta faixa etária. Objetivo: Realizar análise das
RAMs ocorridas na unidade de oncologia pediátrica de um hospital universitário
de Porto Alegre/RS. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo com
pacientes internados em unidade de oncologia pediátrica no ano de 2015. As
reações foram identificadas pelo farmacêutico clínico da unidade através de
busca ativa em prontuário e relatos da equipe. As RAMs foram classificadas
conforme causalidade do algoritmo de Naranjo, bem como previsibilidade e
gravidade. Os dados coletados foram tabulados e codificados no programa
SPSS para análise. Projeto 07-222 aprovado pelo CEP/HCPA. Resultados: Foram
acompanhados 555 pacientes durante o período e notificadas 68 RAMs. Os
antineoplásicos foram a classe terapêutica com mais notificações, sendo
registrados 22 (25,9%) episódios, seguido dos antibacterianos 21 (24,7%) e
antimicóticos 11 (12,9%). A RAM foi considerada grave em 35,3 % dos casos,
moderada em 50,6% e leve em 14,1%. A reação foi classificada como provável em
70,6% e possível em 20% das ocasiões. A previsibilidade foi considerada de tipo
A em 82,4% dos eventos. Conclusão: Os dados encontrados estão de acordo
com o esperado e já relatados na literatura, demonstrando alta incidência de
RAMs apresentadas pelos pacientes em uso de antineoplásicos. Considerando o
exposto, o farmacêutico clínico tem papel importante na notificação,
acompanhamento e seguimento das reações adversas. Cabe a este profissional
estar capacitado e compartilhar seu conhecimento no sentido de promover
ações de prevenção e detecção precoce de RAM junto à equipe multiprofissional
e aperfeiçoar as ações de uso seguro e racional dos medicamentos.
com dose fixa combinada, na fase intensiva do tratamento, com o objetivo de
reduzir a resistência primária à associação de isoniazida e rifampicina e de
melhorar a adesão ao tratamento. Foi possível avaliar que existe associação
significativa entre RAM e idade, sexo, esquema de tratamento, alcoolismo,
coinfecção pelo HIV, fatores genéticos e deficiências nutricionais. Fatores
individuais tais como a presença do fenótipo acetilador rápido/intermediário de
NAT2, idade maior ou igual a 35 anos e sexo masculino são fatores de proteção
contra RAM hepáticas nos pacientes em tratamento antituberculose.
Conclusão: É elevada ocorrência de reações adversas a estes medicamentos.
Várias medidas podem ser tomadas para diminuição desses valores, como a
conscientização dos pacientes e dos profissionais, visando difundir
conhecimento técnico e criando mecanismos para desencadear ações de
registro.
ID 023
PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES EM PRÉ-QUIMIOTERAPIA
EM UMA CLÍNICA PARTICULAR DE TERESINA
Autores: Marcela Rosado Drumond Taimo, [email protected],
Teresina-PI, HU-UFPI
Renata Rosado Drumond, [email protected], Teresina-PI, Secretaria de
Saúde do Estado do Piauí
Josehane Rosa da Costa Martins, [email protected], Teresina-PI, HUUFPI
Roberta Canuto do Rêgo Monteiro, [email protected], Teresina-PI, Secretaria
de Saúde do Estado do Piauí
Lucio Flavio Braga da Silva, [email protected], Teresina - PI, Faculdade AESPI
ID 022
Resumo: Introdução: A vigilância de câncer destina-se, como em qualquer
sistema de vigilância, a produzir informações para a tomada de decisões. Essas
informações provêm dos registros de câncer, dos sistemas de informação em
saúde, de análises e estimativas, bem como, de pesquisas e estudos
epidemiológicos. Objetivos: Traçar o perfil social e farmacoterapêutico dos
pacientes atendidos em uma clínica particular de Teresina. Metodologia: A
amostra consistiu de 70 pacientes, escolhidos aleatoriamente, de ambos os
sexos, adultos, portadores de tumores malignos com indicação de tratamento
quimioterápico. As entrevistas foram realizadas pelas farmacêuticas da clínica,
antes do início do tratamento, em consultório de ambiente limpo, organizado,
iluminado e privativo. As informações foram coletadas e registradas em ficha
previamente elaborada. Resultados: Observou-se que 62,9% dos pacientes são
do sexo feminino e 37,1% do sexo masculino. Quanto à faixa etária, 7,1% tem
entre 20 e 40 anos de idade, 35,7% tem entre 41 e 60 anos e 57,2% tem 60 anos
ou mais. 30% afirmaram ser fumante ou ex-fumante. Os tipos de câncer mais
citados foram mama (34,3%), pulmão (12,8%), próstata (11,4%) e cólon (10%).
75,7% afirmaram ter alguma comorbidade e 85,7% fazem uso de medicamento
(20% usam cinco ou mais medicamentos). As comorbidades mais relatadas
foram: hipertensão (44,3%) e diabetes (18,6%). Os medicamentos mais usados
foram os antihipertensivos losartana (15,7%) e hidroclorotiazida (12,9%), o
hipoglicemiante oral metformina (10%), o hipocolesterolemiante sinvastatina
(10%) e o antiagregante plaquetário ácido acetilsalicílico (8,5%). Ainda, 14,3%
admitiram usar algum inibidor da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol
ou esomeprazol) e 21,4% fazem uso de ansiolítico e/ou antidepressivo.
Conclusão: A maioria dos pacientes foram mulheres com 60 anos ou mais. Os
tipos de câncer mais atendidos foram mama, próstata, pulmão e cólon. Muitos
pacientes fazem uso de medicamentos de uso contínuo, como antihipertensivo,
hipoglicemiante oral, hipocolesterolemiante, antiagregante plaquetário,
antiulceroso, ansiolítico e antidepressivo.
REAÇÕES ADVERSAS AO USO DE DROGAS ANTITUBERCULOSE
Autores: Lucio Flávio Braga Da Silva, [email protected], Teresina - PI,
Faculdade AESPI
Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI
Marcela Rosado Drumond Taimo, [email protected], Teresina PI, HU-UFPI
Ana Luisa Eulálio Dantas Aragão, [email protected], Teresina - PI,
HU-UFPI
Maria Deusa De Sousa Neta, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI
Letícia Ximenes Furtado Marques, [email protected], Teresina - PI,
HU-UFPI
Roberta Mayara De Moura Rocha, [email protected], Teresina - PI,
HU-UFPI
Salomão Mascarenhas Cavalcante Júnior, [email protected],
Teresina - PI, HU-UFPI
Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define reação
adversa a medicamento (RAM) como “qualquer resposta prejudicial ou
indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos em doses
normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de
doença ou para modificação de funções fisiológicas”. Não são consideradas
reações adversas os efeitos que ocorrem após o uso acidental ou intencional de
doses maiores que as habituais (toxicidade absoluta). A identificação de reação
adversa permite prever riscos de futura administração, assegurar a prevenção e
tratamento específico, bem como determinar alteração da dosagem ou
cessação do tratamento. Objetivo: Caracterizar as reações adversas aos
medicamentos antituberculose, estimando a frequência. Metodologia: Trata-se
de uma revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e
SCIELO. Resultados: O tratamento medicamentoso de primeira linha
(rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol — RHZE) é a principal
estratégia terapêutica para o controle da doença, pois apresenta eficácia
superior a 95% em doentes suscetíveis aos medicamentos. Esta associação de
quatro medicamentos (RHZE), está disponível na apresentação de comprimido
09
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 024
ID 025
INTERAÇÕES MEDICAMENTO-ALIMENTO NA PRÁTICA ONCOLÓGICA
AMBULATORIAL: ELABORAÇÃO DE GUIA DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
DESTINADO AOS PACIENTES
ADESÃO À HORMONIOTERAPIA ORAL COM TAMOXIFENO: DESAFIOS E
ESTRATÉGIAS
Autores: João Raphael Leite Castello Branco Maia/ joaoraphaelmaia@
gmail.com/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca
Gambôa/[email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI,
Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/ [email protected]/ Rio
de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/
[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima Sales/
[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI
Autores: Nathalia Fonseca Gambôa/[email protected]/Rio de
Janeiro - RJ/Grupo COI,
Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI
Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI
João Raphael Leite Castello Branco Maia/[email protected]/Rio de
Janeiro - RJ/Grupo COI
Paula Christina Fernandes da Silva/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI
Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI
Monica de Oliveira Benarroz/[email protected]/Rio de Janeiro
- RJ/Grupo COI
Patricia Albuquerque Pereira/[email protected]/Rio de
Janeiro - RJ/Grupo COI
Resumo: Introdução: O câncer de mama é uma patologia altamente incidente
e a mais comum entre as mulheres. O uso da hormonioterapia baseada na
expressão de receptores hormonais das células do tumor tem desempenhado
importante papel no manejo clínico dos pacientes. Dentre as terapias
hormonais, o tamoxifeno ainda é o mais utilizado na prática clínica e a avaliação
da adesão deste medicamento torna-se fundamental para o sucesso do
tratamento. Objetivo: Avaliar a adesão ao tratamento com Tamoxifeno e
identificar pontos críticos e estratégias para ampliar a alta adesão. Metódo:
Análise de dados coletados no segundo semestre de 2015 de pacientes em uso
de Tamoxifeno em clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro,
utilizando como instrumento de avaliação de Adesão o questionário proposto
no método de Morisky, Green & Levine com adaptação de Sewitch, que classifica
a baixa adesão em intencional ou não intencional. Resultados: No presente
estudo, a frequência de adesão ao tratamento está disposta da seguinte forma:
(alta adesão; baixa adesão, respectivamente). Desse modo, temos: julho
(53%;47%), agosto (76%;24%), setembro (68%;32%), outubro (55%;45%),
novembro (77%;23%) e dezembro (81%;19%). O comportamento de baixa
adesão intencional não foi observado no período analisado. Conclusão:
Fatores como o longo tempo de tratamento, efeitos adversos e dificuldade de
acesso ao medicamento interferem na adesão. Para mitigar este problema
preconiza-se a dispensação feita diretamente pelo farmacêutico ao próprio
paciente, o que não ocorre quando um acompanhante/familiar retira ou a
dispensação é realizada diretamente via convênio. Nesses casos pretende-se
criar formulários baseados no questionário de adesão do método de Morisky,
Green & Levine para contato telefônico. Dessa forma, obtém-se o estreitamento
da relação farmacêutico-paciente, intimamente associada à adesão ao
tratamento, evidenciando a contribuição efetiva da Atenção Farmacêutica.
Resumo: Introdução: É inquestionável a importância da observação de
interações entre medicamentos e alimentos. Quando utilizados
concomitantemente, as interações entre eles podem alterar as características
cinéticas ou dinâmicas dos medicamentos ou nutrientes. Estas alterações podem
expor os pacientes à reações adversas, comprometer seu estado nutricional
e/ou diminuir a eficácia dos medicamentos. A polifarmácia é uma prática
comum em pacientes oncológicos, em virtude do suporte medicamentoso que
as neoplasias demandam e tratamento de comorbidades, o que aumenta o risco
de ocorrência de interações medicamentosas e interações medicamentoalimento. Assim, faz-se necessária a análise criteriosa das prescrições pelos
Farmacêuticos Clínicos em conjunto com a Equipe de Nutrição, garantindo
segurança e orientação aos pacientes. Objetivos: Analisar as principais
interações Medicamento-Alimento para elaborar guia de orientações aos
pacientes. Método: A coleta de dados deu-se pela compilação das possíveis
interações observadas nas prescrições dos pacientes ambulatoriais de uma
clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro, entre março e dezembro
de 2015, utilizando a ferramenta Micromedex 2.0. Após analise da relevância
clínica pelo Farmacêutico estas foram enviadas à Equipe de Nutrição para
elaboração do Guia de Orientação Nutricional aos pacientes. Resultados: No
período, verificou-se que 30% dos pacientes apresentaram risco de interação
Medicamento-Alimento. Quanto à graduação, verificou-se 15% de risco para
interações importantes e 15% para interações moderadas. As interações
importantes mais frequentemente observadas envolviam medicamentos
comumente utilizados para comorbidades de pacientes oncológicos, como
Alprazolam, Sinvastatina e Varfarina. Dentre as interações com quimioterápicos,
destacam-se o Irinotecano, Metotrexato, Docetaxel e Etoposido. Nos alimentos,
destacam-se com maior frequência sucos de Grapefruit e Cranberry.
Conclusão: Os dados observados subsidiam a necessidade de criação de um
Guia de Orientações Nutricionais destinados aos pacientes e confirmam a
importância do farmacêutico na Equipe Multiprofissional, propiciando
segurança e eficácia ao tratamento ao reduzir o risco de Interações
Medicamentosas e consequentes efeitos adversos.
ID 026
RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA DE PACIENTES AMBULATORIAIS
SUBMETIDOS A TRATAMENTO ONCOLÓGICO ORAL NO ANO DE 2015:
INTERAÇÕES ENCONTRADAS, SEUS DESFECHOS E DESAFIOS FUTUROS
Autores: Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro R J / G r u p o CO I , J o ã o R a p h a e l L e i t e C a s t e l l o B r a n c o M a i a /
[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca
Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI,
Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de
Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/
[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI
10
Resumo: Introdução: A polifarmácia é uma prática habitual entre os pacientes
em uso de tratamento oncológico oral, devido aos protocolos quimioterápicos,
medicamentos de suporte e comorbidades. Neste cenário, a reconciliação
medicamentosa, que consiste na coleta de dados e obtenção da lista dos
medicamentos utilizados pelo paciente ambulatorial no momento da
dispensação pelo farmacêutico clínico, atua como instrumento para
monitorização da farmacoterapia e prevenção de danos. Durante esse processo,
interações medicamentosas e possíveis riscos de interações medicamento/
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
alimento são avaliadas, tornando-se uma ferramenta na promoção da
segurança do paciente. Objetivo: Avaliar Interações Medicamentosas e riscos
de Interação Medicamento/Alimento em pacientes submetidos a tratamento
oncológico oral. Elucidar desfechos e expor desafios futuros. Método: Análises
de Interações Medicamentosas e Medicamento-Alimento compiladas no ano de
2015 pela Atenção Farmacêutica de uma clínica de oncologia privada no estado
do Rio de Janeiro, através da utilização da ferramenta Micromedex 2.0. As
possíveis interações encontradas foram enviadas ao médico assistente do
paciente e/ou para a equipe de Nutrição para avaliação e decisão da conduta
terapêutica. Resultados: No período, foram realizadas 1918 Reconciliações
Medicamentosas com 14,44% destas referentes a tratamento contendo
medicamento oral. 46,57% das reconciliações medicamentosas continham
interações relevantes, sendo 46,51% Interações Medicamentosas e 53,49%
riscos de Interações Medicamento/Alimento.
Conclusão:
Os dados
observados reforçam a necessidade de um cuidado individualizado dos
pacientes submetidos a protocolos de terapia antineoplásica oral e demonstram
a importância do profissional farmacêutico capacitado atuando de forma
coordenada com a equipe multiprofissional e promovendo orientação aos
pacientes. A redução do risco de Interações Medicamentosas e Interações
Medicamento-Alimento e seus consequentes efeitos adversos auxilia na
segurança e eficácia do tratamento.
ID 028
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
DETECTADAS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM INÍCIO OU MUDANÇA
DE TRATAMENTO EM UMA CLÍNICA DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL
Autores: Rebeca Oliveira Leite Silva Furquim, [email protected],
Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Daniela Adelise Maia Beluti, [email protected], Ribeirão Preto-SP,
Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Poliana Carina Paolini, [email protected],br, Ribeirão Preto-SP,
Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Carla Libralli Tostes dos Santos, [email protected], Ribeirão
Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Flávia Alves de Toledo Branquinho, [email protected], Ribeirão
Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Rita de Cássia Lima, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto
Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Evelin Bueno, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto
Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
Caroline Tavares Balatori Leite, [email protected], Ribeirão
ID 027
Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)
EFEITOS ADVERSOS TARDIOS RELACIONADOS AO TRATAMENTO
ANTINEOPLÁSICO: ESTUDO DE CASO CONTROLE
Resumo: Introdução: O tratamento do paciente com câncer envolve uma
variedade de medicamentos, incluindo quimioterápicos e medicação suporte.
Autores: 1- Annemeri Livinalli, [email protected], Jundiaí, SP,
Universidade de Sorocaba
2 - Luciane Cruz Lopes, [email protected], Sorocaba, SP, Universidade de
Sorocaba
3 - Marcus Tolentino Silva, [email protected], Sorocaba, SP, Universidade de
Sorocaba
Além disso, a maioria dos pacientes apresenta comorbidades associadas que
exigem medicamentos de uso contínuo. Isto pode favorecer o aparecimento de
interações medicamentosas, que podem reduzir os efeitos terapêuticos ou
aumentar o índice de reações adversas. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi
avaliar os principais medicamentos envolvidos em interações em pacientes que
iniciam tratamento antineoplásico ou que tem seu protocolo terapêutico
Resumo: Introdução: Crianças e adolescentes sobreviventes de câncer
apresentam efeitos adversos tardios relacionados ao tratamento. Estudos que
possam produzir dados de seguimento em longo prazo, de populações de
elevado risco, são essenciais para a construção de evidência de recomendação.
Objetivo: Identificar e caracterizar efeitos adversos tardios em sobreviventes de
câncer na infância e adolescência submetidos a terapia antineoplásica
(quimioterapia e/ou radioterapia) e determinar os fatores preditivos associados.
Método: estudo caso-controle com pacientes recrutados no período de 2010 a
2014. Os casos foram definidos como sendo aqueles em que foi detectado o
efeito adverso tardio na consulta ou nos resultados de exames solicitados.
Controles, foram pacientes consecutivos que aderiram ao seguimento anual,
recrutados pelo mesmo método, da mesma população onde se identificaram os
casos. Todos os possíveis efeitos adversos tardios identificados foram
classificados em diferentes graus utilizando o Common Terminology Criteria for
Adverse Events versão 4.0. Para análise estatatística utilizou-se como medida de
associação a razão de prevalência ajustada por sexo e idade no início do
seguimento por regressão logística e nível de significância de p<0,05.
Resultados: De 111 participantes potencialmente elegíveis, 62 sobreviventes
atenderam os critérios de inclusão, sendo 17 (27,4%) deles com alterações em
exames que podem representar algum efeito tardio adverso. Destes casos, oito
(47%) apresentaram alteração no sistema endocrinometabólico, sete (41,2%) no
sistema cardiovascular, cinco (29,4%) no sistema musculoesquelético, um (5,9%)
nos sistemas auditivo e renal, concomitantemente. Alteração em dois sistemas
foi observado em quatro (23,5%) participantes. A gravidade variou entre o grau 1
e 2. A razão de prevalência para os fatores preditivos testados (sexo, idade, etnia
e terapia empregada) não foi significativa. Conclusão: Nesta amostra, a
frequência e gravidade dos efeitos adversos não são diferentes entre os
tratamentos empregados e nenhum fator preditivo esteve associado ao risco de
aparecimento de efeitos adverso.
alterado, assim como descrever as intervenções farmacêuticas realizadas.
Método: Foram levantadas as evoluções farmacêuticas registradas em
prontuário eletrônico referentes a orientações pré-quimioterápicas de pacientes
que iniciaram ou mudaram de tratamento em um período de um ano. As
evoluções foram analisadas para contabilizar o total de interações significantes e
sérias detectadas em cada uma delas. As interações são analisadas e
classificadas de acordo com a ferramenta de acesso livre Medscape. As
interações foram organizadas em duas classes: 1) entre medicamentos de uso
domiciliar, e 2) que envolvem pelo menos um quimioterápico. Resultados:
Foram avaliadas 71 evoluções, das quais foram encontradas 62 interações
medicamentosas. 70,9% foram interações entre os medicamentos de uso
domiciliar do paciente, enquanto 29,1% envolveram pelo menos um dos
medicamentos antineoplásicos do tratamento proposto. O principal
quimioterápico envolvido foi o paclitaxel, enquanto os medicamentos de outras
classes incluíram a losartana, seguida da dexametasona e amitriptilina. As
principais intervenções realizadas envolveram o monitoramento de reações
adversas, o acompanhamento com exames e a substituição de medicamentos.
Conclusão: Diversos medicamentos que fazem parte da rotina do paciente com
câncer podem estar envolvido em interações. A detecção e o manejo das
mesmas deve ser acompanhado de perto pela equipe de saúde a fim de
proporcionar o tratamento mais efetivo e seguro ao paciente.
11
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 029
temperatura entre 38 e 38,3ºC por mais de uma hora. Além de uma contagem
de neutrófilos <500/mm³ ou entre 500 e 1000/mm³ e com tendência à queda.
Sua ocorrência associada à quimioterapia pode interferir negativamente na
continuidade do tratamento e na qualidade de vida do paciente, em virtude de
internações prolongadas, complicações, e atraso na aplicação do ciclo de
quimioterapia subseqüente. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo
quantificar os registros de internação em virtude de Neutropenia Febril no ano
de 2015 e correlacioná-los com os subgrupos de diagnósticos. Além de elucidar
os principais desfechos após diagnóstico. Método: Trata-se de um estudo
descritivo, onde a coleta de dados realizou-se por busca ativa nos relatórios de
internação por Neutropenia Febril durante o ano de 2015 em uma clínica
oncológica privada no estado do Rio de Janeiro. Resultados: No período
analisado foram registradas 65 internações em decorrência de Neutropenia
Febril. Observou-se 34% de casos para câncer de mama, 14% para câncer de
brônquios e pulmões, 18% para tumores gastrointestinais, 9% para neoplasias
hematológicas e 25% para outras neoplasias. Com relação aos desfechos,
observou-se que 43% retornaram ao tratamento, 37% suspenderam e 20% dos
pacientes em análise foram à óbito. Conclusão: A internação por Neutropenia
Febril é uma realidade frequente no tratamento oncológico. Os resultados
apresentados comprovam a necessidade constante de vigilância e a relevância
das atividades de Farmácia Clínica e Farmacovigilância, sinalizando a
importância de acompanhamento dos tratamentos, uma vez que as toxicidades
hematológicas possuem forte impacto no sucesso da terapêutica.
JUSTIFICATIVA DE CRIAÇÃO DE PROTOCOLO DE IMPLANTAÇÃO DE
CATÉTER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA APLICADO À PACIENTES
COM CÂNCER DE MAMA SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA
AMBULATORIAL SEMANAL COM PACLITAXEL.
Autores: João Raphael Leite Castello Branco Maia/ joaoraphaelmaia@
gmail.com/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Flavia Pessoa/flaviapessoa@
grupocoi.com.br/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca
Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI,
Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio
de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/
[email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima
Sales/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI
Resumo: Introdução: O uso do cateter central de inserção periférica (CCIP)
proporciona melhor gerenciamento dos riscos, com maior segurança e conforto
para o paciente, principalmente quando estes necessitam de tratamento com
soluções de citostáticos vesicantes ou irritantes como o paclitaxel. As principais
vantagens desse cateter são: praticidade da implantação, menor complexidade
na inserção, baixo custo e reduzido índice de complicações. Objetivo:
Fundamentar a necessidade de criação de protocolo de indicação de
implantação de CCIP para pacientes com câncer de mama submetidos a
tratamento com paclitaxel semanal. Método: Estudo transversal, retrospectivo e
quantitativo. A coleta de dados deu-se por busca ativa nos relatórios de rotina,
intercorrência e farmacovigilância de uma clínica de oncologia privada no
estado do Rio de Janeiro, no período de 01/06/2015 a 01/12/2015, no
atendimento de pacientes ambulatoriais em tratamento para câncer de mama
com Paclitaxel semanal. Resultados: De 98 pacientes em análise, 75,5%
apresentavam acesso venoso periférico (AVP) e 24,5% acesso venoso central
(AVC). Dos pacientes com AVP, 47,3% apresentavam exclusividade de membro
para punção. Deste grupo, 21,6% dos pacientes obtiveram êxito na primeira
punção em todas as infusões realizadas no período e 78,4% necessitaram de
mais de uma punção para administração de paclitaxel em pelos menos uma
infusão. No período, foram realizadas 182 notificações de Farmacovigilância de
paciente com câncer de mama, sendo 38,5% referentes à sintomas de
flebogênicidade após uso de paclitaxel. Conclusão: O estudo evidencia a
relação entre o acesso venoso seguro e o sucesso da terapia antineoplásica
ambulatorial. Os dados observados no período analisado substanciam a criação
de protocolo de implantação de CCIP para pacientes com câncer de mama em
tratamento com Paclitaxel. Espera-se com este protocolo maior comodidade e
segurança para o paciente, garantindo rápido início da terapia infusional, com
baixos índices de intercorrências para o paciente e menos custos institucionais.
ID 031
UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA KANBAN NO CUIDADO COORDENADO
DOS PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER NO INSTITUTO DE
ONCOLOGIA DO VALE (IOV) SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP
Autores: Daniel Oliveira de Souza – [email protected] – IOV/SJC
Amanda Isaura da Silva – [email protected] – IOV/ SJC
Elisangela Keli Romano – [email protected] – IOV/SJC
Stela Maris Coelho – [email protected] – IOV/SJC
Carlos Frederico Pinto – [email protected] – IOV/SJC
ID 030
INTERNAÇÃO POR NEUTROPENIA FEBRIL EM PACIENTES EM
T R ATA M E N TO O N C O L Ó G I C O : U M A A B O R D A G E M D E
FARMACOVIGILÂNCIA.
Autores: Paula Christina Fernandes da Silva/[email protected]/Rio de
Janeiro - RJ/Grupo COI. Nathalia Fonseca Gambôa/
[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana
Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI , Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio
de Janeiro - RJ/Grupo COI, João Raphael Leite Castello Branco Maia /
[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima
Sales/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI
Resumo: Introdução: A neutropenia febril (NF) é uma importante complicação
do tratamento quimioterápico e é uma das principais causas de morbidade e
mortalidade. A NF é definida pela presença de febre, com temperatura oral
>38,3ºC (ou temperatura axilar maior que 37,8ºC), ou persistência de
12
Resumo: Introdução: O cuidado coordenado surgiu da necessidade de triar e
acompanhar o paciente em trajetória durante o tratamento oncológico
ambulatorial no Instituto de Oncologia do Vale, evidenciando e corrigindo
atrasos, conflitos/problemas na transição de etapas e sequência ideal dos
protocolos assistenciais. Objetivos: Acompanhar o tratamento dos pacientes
para que todas as etapas do cuidado sejam realizadas precisamente. O padrão
esperado está exposto no mapa do plano terapêutico definido a partir do
workflow (fluxo de trabalho) identificando/acompanhando as etapas críticas do
tratamento no IOV. Método: É realizado um gerenciamento dos pacientes
através do workflow das patologias de maior incidência de acordo com dados
epidemiológicos (INCA 2016): câncer de mama, próstata e colorretal,
monitorando as transferências críticas do cuidado. O processo acontece através
de instruções de trabalho no formato de SBARs (SITUATION, BACKGROUND,
ASSESSMENT, RECOMMENDATION) adaptados a cada protocolo assistencial.
Resultados: Estão sendo acompanhados aproximadamente 500 pacientes: 299
com câncer de mama, 133 de próstata e 68 colorretal, de outubro/2015 a
fevereiro/2016 (corte para publicação). Detectamos 6,2% de falhas nas
transições críticas do cuidado que poderiam ocasionar não conformidades na
conduta clínica: 1% pacientes que teriam indicação para radioterapia e não
foram encaminhados ou encaminhados sem registro e 0,2% paciente com
indicação, mas que recusou o tratamento, e sem esse registro. 1,2% pacientes
submetidos a esvaziamento axilar sem encaminhamento para reabilitação. 1,2%
pacientes com cateter sem evidência no prontuário. 0,2% Indicação
desnecessária para hormonioterapia. 1,6% falha na conduta de monitoração do
paciente ou informações incompletas ou ainda prontuário arquivado antes da
conclusão dos demais processos. 0,8% falhas dos serviços externos de saúde
que impactariam no tratamento do paciente, caso não fossem detectados pelo
trabalho coordenado. Conclusão: A implementação do trabalho coordenado
através do Kanban para gerenciar as transições e etapas críticas do cuidado
mostrou efetividade em mitigar falhas na atenção ao paciente, promovendo
segurança/sucesso no tratamento.
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 032
Resumo: Introdução: Náuseas e vômitos podem ser classificados como
agudos, tardios ou antecipatórios. Os agudos e tardios, são determinados pelo
caráter emetogênico dos quimioterápicos e são sensíveis ao tratamento com
fármacos antieméticos. A severidade dessas reações pode comprometer o
tratamento, ocasionando até o abandono do mesmo. Neste aspecto, avaliamos
as prescrições quanto aos protocolos estabelecidos a fim de garantir boa
resposta à terapêutica antiemética. Objetivo: O trabalho consiste em avaliar os
esquemas antieméticos prescritos para protocolos altamente e moderadamente
emetogênicos frente às novas diretrizes do National Comprehensive Cancer
Network (NCCN), segundo as quais, a combinação de um antagonista de
neurokinina 1, associado à um antagonista de 5-HT3 e dexametasona, é o
esquema de eleição contra náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia
(NVIQ) altamente emetogênica; e um antagonista de 5-HT3 associado à
dexametasona com ou sem o antagonista de neurokinina 1, para terapias
moderadamente emetogênicas. Metodologia: Foram selecionadas 878
prescrições cujos protocolos eram de alto poder emetogênico
(Cisplatina49mg/m²; ciclofosfamida1500mg/m²; AC; FAC; citarabina1000mg/m²)
e moderado (FOLFOX; FOLFIRI; carboplatina+paclitaxel; CMF). Avaliou-se o
esquema de agentes antieméticos adotados e comparou-se com as novas
diretrizes do NCCN. Resultados: Não foram adotados antagonistas de
neurokinina 1 para os esquemas de alto potencial emetogênico; somente
antagonista de 5-HT3 associado à dexametasona; o mesmo aplicado para
esquemas de moderado potencial emetogênico. Em 73% das prescrições
observou-se que as dosagens estavam de acordo com as diretrizes do NCCN.
Não foram avaliadas as possíveis reações adversas ocasionadas pela ausência
do antagonista de neurokinina 1. Conclusão: As revisões dos esquemas
antieméticos são importantes como medida de adesão ao tratamento,
proporcionando mais qualidade de vida ao paciente e assegurando uma terapia
antineoplásica mais eficiente.
IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO DE ORIENTAÇÃO DE ALTA
HOSPITALAR AOS PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE
CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS.
Autores: Ito, Fumiko Takahashi(1); Sabino, Larissa Zuppardo Lacerda(2) ;
Oliveira, Daniella Cristina de(3); Silva, Mariana Perez Esteves(4); Santos, Valéria
Armentano dos(5)
(1) Farmacêutico Sênior do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]
(2) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]
(3) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]
(4) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein –São Paulo – SP – [email protected]
(5) Farmacêutico Coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia DayanDaycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo – SP – [email protected]
Resumo: Introdução: É um desafio oferecer informações claras e adequadas
no momento de ansiedade e estresse, onde pacientes recebem muitas
informações de toda equipe multiprofissional. A orientação de alta hospitalar é
fundamental para o sucesso na continuidade do tratamento e o conhecimento
insuficiente sobre medicamentos pode ser causas da falta de adesão ao seu
seguimento. A orientação farmacêutica ideal inicia no momento da internação
através da visita inicial farmacêutica, possibilitando estabelecer um vinculo de
confiança e conhecer as necessidades específicas do paciente. As informações
de medicamentos para alta hospitalar pode ser em forma escrita contendo
nome, indicação, apresentação farmacêutica, dose, frequência, via de
administração, cuidados de administração e sugestão de horários de
administração. Objetivo: Criar um modelo de orientação de alta para garantir a
continuidade do tratamento e reduzir o risco de erro de medicamento.
Metodologia: Criado uma planilha com informações de medicamentos e
orientado paciente e/ou familiares, com a planilha impressa, no momento da
alta hospitalar na unidade de TCTH. Resultado: Foram realizados 50
Transplantes de Células Tronco Hematopoéticas entre novembro de 2014 e
novembro de 2015. Desses, 45 receberam alta hospitalar e foi possível aplicar o
modelo de alta e fazer a orientação em 38 pacientes. Conclusão: O modelo de
alta foi criado e pode auxiliar de forma ativa, sanando as dificuldades dos
pacientes e familiares na interpretação das receitas manuscritas. A Orientação de
medicamentos com a sua indicação mostrou a importância da adesão à
terapêutica. A compreensão completa da terapêutica garantiu a continuidade
do tratamento pelos pacientes. A dificuldade encontrada foi o mau
planejamento para alta pela equipe e consequente tempo disponível curto para
o preparo do material individualizado. A ampliação do serviço a demais
pacientes críticos depende da disponibilidade do Farmacêutico, um desafio para
maioria das instituições onde o Farmacêutico acumula funções fora das
atividades clinicas.
ID 034
USO DE MESNA EM ASSOCIAÇÃO COM AGENTES ALQUILANTES NA
PREVENÇÃO DE CISTITE HEMORRÁGICA: UMA OPORTUNIDADE DE
REVISÃO DAS PRESCRIÇÕES.
Autores: Fabiana Araújo – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Luisa Beltrami – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Magda França – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Renata Xavier da Costa – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Ana Carolina Silveira - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Ana Clara Erthal – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Renan Luiz Pinto – [email protected] – Rio de janeiro/RJ – HFSE;
Ana Paula Antunes - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE.
ID 033
ANÁLISE DE ESQUEMAS ANTIEMÉTICOS UTILIZADOS EM UM HOSPITAL
PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO PARA PROTOCOLOS DE ALTO E MODERADO
POTENCIAL EMETOGÊNICO, FRENTE ÀS NOVAS DIRETRIZES
INTERNACIONAIS.
Autores: Fabiana Araújo – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Luisa Beltrami – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Magda França – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Renata Xavier da Costa – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Ana Clara Erthal – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;
Renan Luiz Pinto – [email protected] – Rio de janeiro/RJ – HFSE;
Silvana Araújo Capitanio - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ –
HFSE;
Michele Firmino Ramos – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE.
13
Resumo: Introdução: A cistite hemorrágica severa é uma complicação
associada a diversas formas de tratamento oncológico. Está relacionada com
frequência ao uso de ciclofosfamida e ifosfamida. A mesna, uma substância
uroprotetora em associação com estas drogas reduz a 7% os casos desse evento
nos pacientes submetidos ao tratamento com os referidos alquilantes. Objetivo:
Analisar as doses de mesna prescritas aos pacientes adultos submetidos à
terapia com ciclofosfamida e ifosfamida em um Hospital Federal do Rio de
Janeiro, considerando que a literatura preconiza como dose correta 20% do total
da dose de ciclofosfamida ou ifosfamida. Metodologia: Realizou-se um estudo
retrospectivo analisando as prescrições de pacientes adultos submetidos a
vários esquemas de tratamento com altas doses de ifosfamida e ciclofosfamida
nos meses de junho, julho e agosto de 2015. A análise considerou se houve
prescrição de mesna associada e se a dose de mesna prescrita estava de acordo
com a preconizada pela literatura. Observou-se também se a orientação de
hidratação prévia e durante a infusão foi adotada como manejo a esses
pacientes. Resultados: Foram analisadas 115 prescrições das quais 9,4% eram
de ifosfamida e 90,6% de ciclofosfamida. 72% do total das prescrições não
apresentaram mesna e 62% eram de ciclofosfamida. Nas demais, as doses de
mesna estavam de acordo com a literatura. 6% das prescrições sugeriam a
hidratação prévia como manejo. Conclusão: Sabendo que o êxito terapêutico
está intimamente ligado à redução da toxicidade e à capacidade de controle dos
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
seus efeitos adversos; e tendo em vista os dados apresentados, concluímos que
a análise das prescrições e a intervenção farmacêutica são de extrema
importância na tentativa de prevenir ou minimizar efeitos adversos no
tratamento oncológico.
ID 036
APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE DESSENSIBILIZAÇÃO PARA
HIPERSENSIBILIDADE COM O CONJUGADO ANTICORPO-FÁRMACO
BRENTUXIMAB VEDOTIN: RELATO DE CASO
Autores: Thomaz Massao Hissatomi – [email protected] – São
Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Luiz Ivan Henrique da Silva – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto
do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Priscila Siedshlag Ise Guimarães – [email protected] – São Paulo –
SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1).
ID 035
SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO PARA PACIENTES SUBMETIDOS
AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS ENTRE
DIFERENTES NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA.
Autores: Ito, Fumiko Takahashi(1); Sabino, Larissa Zuppardo Lacerda(2) ; Oliveira,
Daniella Cristina de(3); Silva, Mariana Perez Esteves(4); Santos, Valéria
Armentano dos Santos(5)
(1) Farmacêutico Sênior do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]
(2) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]
(3) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]
(4) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval
- Hospital Albert Einstein –São Paulo – SP – [email protected]
(5) Farmacêutico Coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia DayanDaycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo – SP – [email protected]
Resumo: Introdução: A Dessensibilização é um procedimento para pacientes
com hipersensibilidade a um determinado fármaco, inibindo a resposta dos
mastócitos e/ou basófilos, sendo uma medida profilática contra anafilaxia(1).
Brentuximab Vedotin é um conjugado anticorpo-fármaco composto pelo
anticorpo monoclonal quimérico anti-CD30, ligado a um agente anti-mitótico
monometil auristatina E (MMAE). Indicado para tratamento de pacientes com
Linfoma de Hodgkin e Linfoma Anaplásico de Grandes Células, refratário a pelo
menos dois protocolos com poliquimioterapia ou após Transplante Autólogo de
Medula Óssea sem remissão(2). Objetivo: Demonstrar a eficácia e segurança
do Protocolo de Dessensibilização para pacientes com hipersensibilidade a
Brentuximab Vedotin, evitando a suspensão do tratamento. Metodologia:
Estudo retrospectivo de revisão de prontuário. Paciente G.L.D, masculino, 21
anos, estudante, procedente de São Paulo. Após sintomas, resultados de exames
laboratoriais e biópsia de linfonodo cervical, diagnosticado Linfoma de Hodgkin
Clássico. Proposta inicial de tratamento: 4 ciclos de Doxorrubicina, Bleomicina,
Vimblastina e Dacarbazina (ABVD), 4 ciclos de Gencitabina, Ifosfamida e
Vinorelbina (GIV), 1 ciclo de Carboplatina, Etoposideo (ICE) sem Ifosfamida, mais
5 ciclos de GIV, 2 últimos ciclos sem Ifosfamida, submetido a Transplante
Autólogo de Medula Óssea com remissão parcial. Posteriormente indicado nova
proposta com Brentuximab Vedontin, realizou 4 ciclos, no 2º ciclo paciente
evolui com choque anafilático. Considerando a importância da continuidade do
tratamento, foi aplicado Protocolo de Dessensibilização de 12 etapas, são
manipuladas 3 bolsas da droga (Tabela 1)(3). Resultado: O procedimento foi
realizado na UTI, utilizado anti-histamínico como pré-medicação e aplicado
Protocolo de Dessensibilização, nenhuma reação de hipersensibilidade foi
apresentada, os ciclos subsequentes foram administrados com o mesmo
protocolo sem intercorrências. Conclusão: Este caso demonstra eficácia e
segurança do Protocolo de Dessensibilização em pacientes que apresentam
reação de hipersensibilidade a Brentuximab Vedotin. Infelizmente o protocolo
não conduz a tolerância a longo prazo, sendo necessário aplicação a cada ciclo
subsequente(4).
Resumo: Introdução: Os pacientes submetidos ao Transplante de Células
Tronco Hematopoéticas (TCTH) necessitam de conhecimentos claros sobre
medicamentos em uso para a adesão à terapia medicamentosa devido à
complexidade da terapêutica. O farmacêutico clínico, através do
acompanhamento farmacoterapêutico, tem como desafio garantir a segurança
do tratamento, uma vez que, um erro de medicamento nestes pacientes pode
levar a um dano grave. Os acompanhamentos de exames para níveis de
medicamentos são imprescindíveis para ajustes de doses, evitando falha
terapêutica ou intoxicação. Objetivo: Avaliar a adesão e garantir a continuidade
do tratamento aos pacientes que realizaram TCTH. Metodologia: Foi utilizada
ferramenta PDCA, elaborado e implementado um modelo de orientação de
seguimento e comunicação entre os diferentes níveis assistenciais para os
pacientes pós TCTH, que transitam entre domicílio, ambulatório e internação. A
passagem de plantão entre Farmacêuticos Clínicos do ambulatório e unidade de
internação foi formalizada em prontuário eletrônico e em drive comum. Os
pacientes foram avaliados a cada retorno ambulatorial e internação para
reconciliação dos medicamentos, orientações e ajustes de dose quando
necessários. Resultado: Iniciado em novembro de 2014 e avaliado pelo período
de um ano. Foram realizados 50 Transplantes de células Tronco Hematopoética.
Desses, 5 pacientes evoluíram ao óbito e 45 receberam alta hospitalar. Entre
todos os pacientes de alta, 70% receberam a orientação farmacêutica e 69%
foram acompanhados no ambulatório. Foi possível fazer a passagem de
plantão, para o ambulatório de quimioterapia, em 100% dos pacientes que
receberam orientação de alta. Dos pacientes acompanhados, 86% aderiram ao
modelo de orientação. Conclusão: A implementação desse projeto garantiu a
continuidade da assistência, no ambulatório, pós-alta hospitalar reduzindo os
riscos de erro de medicamentos com a formalização da passagem de plantão. As
doses dos medicamentos foram ajustadas conforme parâmetros laboratoriais e
continuaram sendo acompanhadas no ambulatório e na unidade de internação.
ID 037
CUSTO OPORTUNIDADE DO AGENDAMENTO INTELIGENTE EM UM
CENTRO DE ONCOLOGIA
Autores: Rafael Duarte Paes, [email protected], São Paulo - SP,
Hospital São José - Beneficência Portuguesa de São Paulo
14
Resumo: Introdução: Os recursos voltados para a área da saúde tem se
tornado cada vez mais escassos, sendo assim, medidas de gestão hospitalar que
visem maximização dos lucros e/ou minimização das perdas, otimizam os
recursos destinados às áreas de interesse, melhorando a qualidade do serviço
prestado sendo como maior beneficiário o paciente. Objetivo: Avaliar o
impacto da ferramenta econômica custo oportunidade do agendamento
inteligente em um centro de oncologia. Metodologia: Realizou-se uma busca
em prontuário eletrônico dos pacientes que realizaram atendimento no centro
de oncologia do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo no período
entre janeiro a junho de 2015 de uma operadora de saúde que realiza o
reembolso por miligrama de medicamento, analisou-se as doses prescritas de
cada medicamento para cada paciente, foram excluídas as duplicatas, lançado
em planilha Excel para tratamento dos dados, analisou-se as doses prescritas ao
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
longo do mês e as perdas por estabilidade de cada medicamento. Resultados:
Na situação hipotética em que todos os pacientes agendados viessem em um
mesmo dia, encontramos uma economia média 10,8% do orçamento (variando
de 7% a 21%), ao analisarmos as perdas por estabilidade dos medicamentos ao
longo do dia, encontramos que este representa em média 2,8% do orçamento
(variando de 2 a 4%). Conclusão: O agendamento inteligente é uma realidade
de alguns centros oncológicos e sua adoção conforme os resultados
encontrados, quando o reembolso é realizado pela totalidade do frasco do
medicamento, traz benefício orçamentário para a instituição que pode ser
revertido em melhorias de processo e gestão, aumentando a qualidade do
serviço prestado.
ID 039
TOXICIDADE PULMONAR INDUZIDA POR QUIMIOTERAPIA
Autores: CARLA CAROLINE SILVA: [email protected], São Paulo - SP
(Universidade Federal de São Paulo)
RODRIGO SPINELI MACEDO: rsmacedo2002
Resumo: Introdução: O presente trabalho aborda os efeitos que os agentes
antineoplásicos podem ocasionar nos pulmões, complicações que podem afetar
irreversivelmente a função respiratória. A quimioterapia, um dos tipos de
tratamento do câncer, utiliza drogas potentes com o objetivo de controlar,
destruir ou inibir a proliferação de células. Contudo, há o ataque a todos os tipos
de células, inclusive das saudáveis ocasionando efeitos que em sua maioria, são
negativos. Assim sendo, o trabalho propõe-se a realizar uma revisão narrativa da
literatura científica sobre a toxicidade pulmonar ocasionada por quimioterapia.
Objetivos: listar os principais agentes antineoplásicos já descritos na lesão
pulmonar, descrever as temáticas dos trabalhos sobre a patologia, identificar o
manejo da toxicidade encontrado nas publicações. Método: O estudo
caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa de revisão narrativa da literatura.
O caminho metodológico constituiu-se na definição das bases de dados,
bibliografias e posterior busca nas fontes eleitas, Literatura Latino Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Sistema Online de Busca e Análise de
Literatura Médica (MedLine) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo), através
dos descritores: toxicidade pulmonar por quimioterapia, doença pulmonar
intersticial no tratamento do câncer e injúria pulmonar ocasionada por agentes
antineoplásicos no nome de cada agente descrito. Foi utilizado também o site
pneumotox.com que correlaciona às drogas que ocasionam toxicidade
pulmonar com o tipo de lesão para localizar as drogas já descritas Resultados:
Foram identificados mais de 25 agentes antineoplásicos responsáveis por lesões
pulmonares e com casos publicados na literatura científica. Conclusão: Com
este trabalho entende-se a importância de elucidar como diagnóstico
diferencial a toxicidade de antineoplásicos ao pulmão, seus principais efeitos
colaterais e como deve ser realizado o manejo clínico. Múltiplas são as drogas
que exercem um efeito adverso ao pulmão e mais estudos ainda são necessários
para identificá-las.
ID 038
RELATO DE CASO: ACOMPANHAMENTO E MANEJO DE REAÇÕES
ADVERSAS NEUROLÓGICAS IMUNORRELACIONADAS AO USO DE
IPILIMUMABE EM PACIENTE COM MELANOMA AVANÇADO.
Autores: 1 - Jessica Amália Peretta Cardoso - [email protected] Guarulhos/SP - Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de
Beneficência).
2 - Camila Rodrigues Lopes - [email protected] - São Paulo/SP Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência).
3 - Amanda Nascimento dos Reis - [email protected] - São Paulo/SP Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência).
Resumo: Introdução: Reações adversas relacionadas ao sistema imunológico
potencialmente letais foram relatadas no tratamento com Ipilimumabe. As
reações adversas imunorrelacionadas (irRAs) ocorrem em função da atividade
imunitária aumentada ou excessiva e atingem principalmente as áreas com
populações significativas de linfócitos T residentes (trato gastrointestinal e pele).
Reações neurológicas são menos frequentes. O uso de corticosteróides
sistêmicos em doses elevadas com ou sem terapia imunossupressora adicional
pode ser necessário na gestão das irRAs graves. Objetivo: Relatar o
acompanhamento e manejo de reações neurológicas imunitárias devido à
terapia com Ipilimumabe. Metodologia: Estudo de caso de um paciente com
melanoma avançado, através de revisão de prontuário entre março/2015 e
fevereiro/2016, que teve a terapia com Ipilimumabe interrompida
permanentemente em decorrência de irRAs. Relato De Caso: PPOC, 66 anos,
sexo masculino, realizou tratamento com Ipilimumabe por 2 ciclos, o último em
abril/2015, apresentou alteração neurológica (irRA grau 3 - liquor inflamatório),
foi tratado com corticoterapia em altas doses (metilprednisolona 80mg/dia EV)
com início de recuperação clínica após 48 horas e praticamente completa em 4
semanas. As doses de esteróides foram reduzidas progressivamente e o uso de
Ipilimumabe foi descontinuado permanentemente. Desenvolveu refratariedade
ao tratamento com corticóide. Usou Infliximabe, mas apresentou importante
reação alérgica, necessitando internação para controle de sintomas em
janeiro/2016. Solicitado novo anti TNF (Etarnecept), pois o paciente persiste com
sintomas neurológicos. Conclusão: Este relato de caso mostrou que as reações
adversas ao Ipilimumabe devem ser reconhecidas e tratadas precocemente, de
forma a minimizar várias complicações, inclusive o risco de morte. O
monitoramento e a educação destes pacientes em relação à nova terapia e às
possíveis reações adversas devem ser realizados, bem como o conhecimento
das mesmas por toda a equipe multiprofissional. Devido à importância do
reconhecimento precoce das irRAs para a minimização de sua severidade, o
paciente deve ser um parceiro neste processo.
ID 040
NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE – ESTRUTURAÇÃO,
DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DAS NOTIFICAÇÕES DE
EVENTOS OCORRIDOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ONCOLÓGICO
Autores: Andrezza Viviany Lourenço; Ana Lúcia Stobbe; Erica Martins Pio; Eloise
Cristina Goeden; Fabiana Bierhals Munsberg; Morgana Koppen; Patricia Aiko
Sakamoto; Rafaela Pina Rizental - Complexo Ispon - Ponta Grossa - PR
15
Resumo: Introdução: O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP),
instituído pelo Ministério da Saúde – Portaria 529/2013 – visa, com enfoque
multiprofissional, a criação de diretrizes voltadas à cultura da segurança,
estruturação do gerenciamento de riscos e integração dos processos
organizacionais de serviços de saúde. O desenvolvimento de estratégias e ações
por meio do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) contribui para qualificação
do cuidado ao paciente. Objetivo: Promover, através do NSP, formado por
profissionais de Farmácia, de Enfermagem e de Atendimento do Complexo
ISPON, a cultura da segurança entre gestores, colaboradores e cuidadores
envolvidos na assistência ao paciente oncológico. E, gerenciar as notificações e
criar ações para minimizar riscos que causem danos aos pacientes. Método:
Foram mapeados os riscos internos, elaborados e divulgados os Protocolos de:
1) Identificação do paciente; 2) Higienização das mãos; 3) Prevenção de quedas;
4) Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. Os
colaboradores de todas as áreas foram capacitados e incentivados a notificar
incidentes ou riscos que poderiam ocasionar danos aos pacientes em
atendimento no Complexo ISPON durante o ano de 2015, no formulário
“Notificação e Análise de Incidentes e Evento Sentinela”. Resultados: Em 2015, o
Complexo ISPON apresentou 42 notificações classificadas como: 11 Quase
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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
eventos; 30 Incidentes sem danos, 1 incidente com danos e 0 Evento sentinela.
Os danos ou riscos foram relacionados a falhas em: identificação do paciente,
riscos de queda, comunicação interna, derramamento de quimioterápicos,
extravasamento e análise incompleta de prescrição médica. Conclusão: Para
cada evento analisado, foram elaborados planos de ação para que o risco ou
dano fosse eliminado. O NSP tornou-se fundamental na melhoria contínua dos
processos internos de assistência ao paciente oncológico. A constituição de
profissionais de diversas áreas e funções no NPS possibilitou mais agilidade e
melhor análise crítica nas ações propostas para prevenção de incidentes.
ID 043
INCIDÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS AO PACLITAXEL EM UMA CLÍNICA
DE ONCOLOGIA EM RECIFE-PE
Autores: Mayara Sibelle de Oliveira, [email protected],
Ipojuca, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;
Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected],
Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;
Tábata Fernanda Lopes de Souza, [email protected],
Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;
Jéssica Priscila Avelino Silva de Albuquerque, jessica.albuquerque
@multihemo.com.br, Recife, Pernambuco, Multihemo Oncologia e
Hematologia;
Douglas Tavares Albuquerque, [email protected], Recife,
Pernambuco, Hospital das clinicas -UFRPE;
João Acilon Rangel Arruda Junior, [email protected], Recife,
Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;
Genilda Barbosa de Medeiros, [email protected], Recife,
Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;
Noberto de Oliveira Gonzaga, [email protected], Recife,
Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;
ID 042
CUSTOS DAS NEOPLASIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UM
PANORAMA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE 2010 A 2015.
Autores: Orenito Simão Borges Júnior, e-mail: [email protected], São
Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.
Caroline Gonçalves Benvenutti, e-mail: [email protected], São
Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.
Resumo: Taxanos (TXN) são drogas utilizadas para tratar vários tipos de
cânceres, como os de mama, ovário, bexiga, pulmão entre outros. O paclitaxel,
um dos principais representantes da classe dos agentes estabilizadores de
microtúbulo apresenta baixa solubilidade em água e em sua formulação
utilizasse 50% de Cremophor EL (CrEL) e 50% de etanol hidratado. As reações
adversas mais conhecidas do paclitaxel são de hipersensibilidade do tipo
anafilática, caracterizada por dispneia, rubor, erupção cutânea, dor no peito,
taquicardia, hipotensão, angioderma e urticária generalizada, devido a presença
do CrEl em sua formulação. Este trabalho teve como objetivo identificar e
quantificar as reações adversas (RAM’s) no período de um ano, que ocorreram
com 27 pacientes em uma clínica de oncologia em Recife-PE, e com isso
minimizar ou evitar essas RAM’s em questão. Foi feito um estudo quantitativo
descritivo, retrospectivo, com dados obtidos da análise dos prontuários de
pacientes em uso de paclitaxel, no período de janeiro de 2015 a dezembro de
2015. Foram identificados 147 pacientes que fizeram uso do paclitaxel, destes, 74
pacientes fizeram uso do medicamento genérico e 73 pacientes fizeram uso do
medicamento de referência. Do total de pacientes em uso do medicamento
genérico 31% apresentaram reação adversa enquanto que para os pacientes em
uso do medicamento de referência, esse percentual foi de apenas 5,5%. O
trabalho permitiu identificar discrepâncias entre o número de RAM’s do
medicamento de referência e o genérico, logo, partindo do princípio que as
formulações são iguais, corrobora a importância da farmacovigilância e atuação
do farmacêutico junto a identificação e acompanhamento de tais reações e
notificação do laboratório produtor. Embora as RAM’s sejam esperadas, a
incidência foi maior com o genérico e precisa-se maior investigação quanto à
qualidade do produto, visando o uso racional do medicamento e segurança do
paciente.
Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo as
neoplasias, assumiram ônus crescente e preocupante nas últimas décadas.
Objetivo: Descrever os custos referentes às internações por neoplasias
financiadas pelo SUS e seus desdobramentos. Método: Estudo retrospectivo
transversal, com análise estatística descritiva de dados secundários oriundos de
internações registradas via SIH/SUS, no período de 2010 a 2015. Resultados:
Neste período, foram registradas no Brasil 67.507.793 hospitalizações, sendo
que 4.058.951 (6,01%) associaram a neoplasia (CID10: C00-D48) como causa
primária da internação, e custearam R$6.846.683.090,30 para o setor público,
cerca de 9,32% do total. A análise das variáveis, número e valor das internações
em decorrência do tempo, demostraram que enquanto as hospitalizações
aumentaram linearmente, com acréscimo de 24,52%, os custos aumentaram
exponencialmente, apesentando elevação de 96,91%, entre os anos analisados.
Tais variáveis apresentaram ainda correlação positiva ao teste de regressão linear
(r2=0,96; P=0,001). Em análise da procedência dos casos, verificou-se que
2.638.974 (65,02%) ocorreram em unidades particulares conveniadas ao SUS,
enquanto que 1.419.977 (34,98%) aconteceram em unidades públicas, sendo os
gastos calculados na proporção 69,50% e 30,50%, respectivamente. Tal
disparidade de custo pode ser reflexo da diferença do valor médio de
internação, na qual foi estimado R$1.470,42 no setor público e R$1.803,24 no
privado. Situação a qual pode ser justificada pelos maiores custos dos serviços
hospitalares (+124,71%) e profissionais (+138,14%) no âmbito particular, que
pode ser contrabalanceado pelo maior tempo de permanência dos pacientes
nas instituições públicas (+45,83%). As taxas de mortalidade, por sua vez,
demonstraram-se preocupantes com comportamento crescente durante os
anos pesquisados, de 7,76% em 2010 para 8,23% em 2015. Conclusão: Apesar
da situação demonstrar um aparente investimento nas internações por
neoplasias, verificou-se que os custos se dão em função do quantitativo de
internações, demonstrando ser necessário ainda uma melhor gestão para se
reduzir o número de óbitos.
ID 044
A IMPLANTAÇÃO DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO
DE AGENTES CITOTÓXICOS EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE SÃO
PAULO – CUSTO X BENEFÍCIO.
Autores: 1 – Suzy Kaori Abe Shirassu – [email protected] – São Paulo/SP –
Sociedade Beneficente Isreaelita Brasileira Albert Eintein.
2 – Valeria Armentano dos Santos – [email protected] – São Paulo/SP Sociedade Beneficente Isreaelita Brasileira Albert Eintein.
16
Resumo: Introdução: O risco ocupacional relacionado à manipulação de
agentes citotóxicos é conhecido há muito tempo, porém, apesar de serem
utilizadas técnicas específicas para minimizar a exposição a esses agentes, há
estudos que relatam a presença destes em fluidos biológicos de profissionais
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
que os manipulam. Objetivo: O objetivo deste trabalho é fazer uma análise de
custo x benefício da implantação do uso de dispositivos de segurança na
Farmácia da Oncologia de uma instituição privada de São Paulo. Metodologia:
A implantação dos dispositivos de segurança iniciou em Novembro de 2015 e
foram inseridos quatro dispositivos de segurança: dois dispositivos para frascos
de medicamentos, um dispositivo para seringa e um dispositivo de transferência
para a bolsa de soro; o período de adaptação dos manipuladores aos novos
materiais foi de um mês, a implantação completa se deu em Dezembro de 2015;
o critério de utilização desses dispositivos foi a característica citotóxica do
medicamento, sendo a Lista de Antineoplásicos e Outras Drogas Perigosas nos
Serviços de Saúde do NIOSH (The National Institute for Occupational Safety and
Health) a referência bibliográfica utilizada. Resultados: As principais vantagens
encontradas durante a implantação desses dispositivos foram: redução da
formação de aerossóis durante a manipulação, redução do risco de
contaminação cruzada, redução do risco de contaminação microbiológica,
redução do risco de acidentes com perfuro-cortantes, estabilidade estendida
para as sobras de medicamentos. As principais desvantagens encontradas
foram: alto custo do material, existir poucos medicamentos com apresentação
de frascos de multidose no mercado nacional, aumento de etapas na
manipulação. Conclusão: Ao analisarmos os resultados qualitativos desses
dispositivos, verificamos que as vantagens superam as desvantagens na nossa
experiência, os resultados quantitativos estão em análise e serão finalizados até
Abril/2016.
qualidade, otimizando limitados recursos financeiros disponíveis, através de
atividades do âmbito da sua profissão e contribuindo para melhorar a assistência
farmacêutica. Quando inserido ativamente em uma equipe multidisciplinar,
pode-se potencializar tais resultados através de reorganização inteligente da
agenda de pacientes de acordo com os seus ciclos e com a estabilidade dos
medicamentos.
ID 046
S U S P E I TA D E R E A Ç Õ E S A D V E R S A S A M E D I C A M E N T O S
ANTINEOPLÁSICOS EM PEDIATRIA: UM ESTUDO DOS ÓRGÃOS/
SISTEMAS MAIS AFETADOS
Autores: Maria Raquel Pinto Moreira, [email protected], Fortaleza,
Ceará, Hospital Infantil Albert Sabin
Breno Magalhães Gomes, [email protected], Fortaleza, Ceará,
Hospital Infantil Albert Sabin
Bruno Jucá Rodrigues, [email protected], Fortaleza, Ceará, Hospital
Infantil Albert Sabin
Resumo: Os medicamentos antineoplásicos são amplamente utilizados no
tratamento contra o câncer, porém os estudos dessas substâncias em pediatria
ainda são escassos fazendo com que na maioria das vezes o seu uso seja
diferente da forma preconizada, expondo a população infantil a reações
adversas que podem levá-los a internação hospitalar ou até mesmo ao óbito.
Quantificar e identificar os medicamentos que mais causaram reações adversas
e classificar os órgãos/sistemas mais afetados de acordo com o código ATC,
decorrentes das reações adversas a medicamentos antineoplásicos utilizados na
prática clínica de um ambulatório de onco-hematologia pediátrica. Trata-se de
um estudo analítico, transversal, observacional e retrospectivo com abordagem
quantitativa. Realizado no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, em
um Hospital de referência em pediatria no estado do Ceará. Os dados foram
obtidos a partir de uma pesquisa nos Formulários de Notificação de Reações
Adversas e Queixa Técnica a Medicamentos, preconizado pela ANVISA. Foram
notificadas espontaneamente 24 suspeitas de reações adversas, sendo o
etoposídeo o principal medicamento citado 54, 16% (13/24), seguido por LAsparaginase 20,83% (5/24). Os segmentos orgânicos mais comprometidos
foram musculocutâneo 22/53 (42%) e respiratório 18/53 (33,96%). A
identificação e a classificação das RAM a antineoplásicos a partir do código ATC é
de extrema significância para o estudo de utilização de medicamentos. O estudo
identificou uma baixa adesão à farmacovigilância, considerando como sendo
uma preocupação no que diz respeito à capacitação multiprofissional para a
identificação e manejo das RAM.
ID 045
ANÁLISE ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE SOBRAS DE
ANTINEOPLÁSICOS MANIPULADOS PELA FARMÁCIA DE UM HOSPITAL
PÚBLICO DE ALTA COMPLEXIDADE DO RIO DE JANEIRO
Autores: Ana Carolina Fernandes Bandeira da Silveira¹, [email protected]
– Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Anna Clara Erthal Leite¹, [email protected] – Rio de
Janeiro/RJ - HFSE, Renan Luiz Pinto¹, [email protected] – Rio de Janeiro/RJ
- HFSE, Fabiana Paula Araújo de Almeida¹, [email protected], Rio de
Janeiro/RJ - HFSE, Luisa Beltrami de Faria Benedicto¹, [email protected]
– Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Magda Mattos da França¹, magdamfranca@
yahoo.com.br – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Renata Xavier Costa¹, renatapichara@
gmail.com – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Ana Paula Antunes¹, anapaula_a@
yahoo.com – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, ¹Hospital Federal dos Servidores do
Estado do Rio de Janeiro – HFSE
Resumo: A despesa com terapias antineoplásicas na compra hospitalar de
medicamentos tem aumentado de modo preocupante nos últimos anos, sendo
essencial otimizar a eficiência dos recursos disponíveis. Para que antineoplásicos
injetáveis sejam infundidos nas doses ideais prescritas, os conteúdos das
apresentações comercializadas nem sempre são 100% administrados,
resultando em perdas significativas de recursos. A ANVISA exige padrões de
qualidade durante o processo de manipulação que, quando obedecidos,
culminam na manutenção do tempo de estabilidade até aquela informada pelo
fabricante. Assim, e considerando métodos de otimização do agendamento de
pacientes conforme os ciclos e estabilidade dos medicamentos, é possível o
armazenamento e utilização das sobras de antineoplásicos para uso posterior.
Objetivo: Identificar os fármacos com maior frequência de sobras, quantificálas, estimar os seus valores totais e a economia obtida com o aproveitamento das
mesmas. Método: Uma tabela para acompanhamento semanal foi preenchida
diariamente, identificando nomes e quantidades dos medicamentos
armazenados, informando ainda se a sobra foi aproveitada ou não. Verificou-se
o preço das apresentações utilizadas e calculou-se o custo por miligrama de
cada ativo, organizando todos os dados em planilha Excel® 2013. Resultados:
Em três meses, Ciclofosfamida e Gencitabina (11,4% cada), Oxaliplatina e
Paclitaxel (10,8% cada) foram as mais frequentes dentre 15 medicamentos com
sobras observadas. R$3029,88 foi o valor agregado das 176 sobras de
antineoplásicos, dos quais R$2592,06 (85,5%) foram poupados com a utilização
das sobras. Conclusão: O farmacêutico detém o conhecimento para garantir
que medicamentos antineoplásicos sejam manipulados com segurança e
ID 047
INTERVENÇOES FARMACÊUTICAS EDUCATIVAS EM PACIENTES QUE
FAZEM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL
Autores: Fausi Padilha Gonçalves, [email protected], Dourados-MS Centro de Tratamento de Câncer de Dourados
Rogério Dias Renovato, [email protected], Dourados-MS - Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul
17
Resumo: Introdução: Intervenção farmacêutica (IF) é o termo usado para
denominar todas as ações em que o farmacêutico participa ativamente na
terapia dos pacientes, nas tomadas de decisões e na avaliação dos resultados.
Objetivo: elaborar, implantar e avaliar intervenções farmacêuticas educativas
durante o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos que
fazem uso de terapia antineoplásica oral. Método: Para realização da pesquisa
foi utilizado dois delineamentos: 1º- estudo do tipo intervenção, prospectivo,
longitudinal e não-controlado em uma amostra não-probabilística por
conveniência constituída por pacientes oncológicos que fazem quimioterapia
via oral; 2º- pesquisa qualitativa para conhecer e compreender a experiência dos
sujeitos sobre o adoecimento e a terapia oral, tendo como aporte teórico a
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
fenomenologia social de Alfred Schutz. A pesquisa foi realizada no Centro de
Tratamento de Câncer de Dourados-MS, no período de abril a dezembro de
2015. Foi realizado o acompanhamento pelo Método de Pharmacotherapy
Workup de 10 pacientes, sendo 9 mulheres e 1 homem durante 6 meses
individualmente. Resultados: foram encontrados 19 PRM´s relacionados à
segurança e 1 à adesão. As IF foram realizadas imediatamente quando possível,
com a disponibilização de um cartão de medicação, folder educativo e
orientações verbais aos pacientes. As interações medicamentosas foram
avaliadas através da ferramenta Micromedex®. A adesão ao tratamento foi
mensurada utilizando o teste Morisky-Green com pacientes que faziam uso de
tamoxifeno, anastrozol, capecitabina e bicalutamida. Apenas 1 paciente foi
considerado não aderente. Fatores como crenças, cultura, espaço social,
experiências e falta de informações demonstraram ser um grande potencial
relacionado à adesão. Para avaliação das IF foi aplicado no último encontro um
instrumento para avaliação do nível de conhecimento sobre medicamentos, e
novamente o teste de adesão. Conclusão: O paciente precisa estar bem
orientado, e o farmacêutico deve garantir a qualidade da farmacoterapia com
orientações e ações que não se restrinjam apenas a informações.
ID 049
AVALIAÇÃO DO USO DE INFUSORES ELASTOMÉRICOS DOMICILIAR E A
A D E S Ã O A O S T R ATA M E N T O S Q U I M I OT E R Á P I C O S E M
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NO AMBULATORIO DE
ONCOLOGIA DE DETERMINADO HOSPITAL DE BELO HORIZONTE
Autores: 1- Cássia Aparecida de OLIVEIRA, [email protected], Belo
Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.
2- Pedro Henrique GUIMARÃES, [email protected], Belo Horizonte, MG,
Universidade Federal de Minas Gerais.
3 - Alexandre Pieri CHIARI, [email protected], Belo Horizonte, MG,
Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.
Resumo: Introdução: O tratamento oncológico apresenta vários avanços, os
quais priorizam uma melhor qualidade de vida ao paciente acometido. Uma
alternativa para facilitar o tratamento quimioterápico, proporcionar maior
qualidade de vida ao paciente, aumentar a aceitação e adesão ao tratamento, é
a utilização dos sistemas infusores, principalmente o modelo elastomérico, esses
permitem que o paciente receba a administração dos medicamentos
continuamente em domicílio, sem a necessidade de permanecer hospitalizado,
alcançando assim os objetivos anteriores. Dentre algumas desvantagens à
utilização dos infusores elastoméricos, tem-se: dificuldade de abranger todos os
pacientes (portadores de incapacidade física ou mental), contraindicação para
infusões rápida de medicamentos, alguns dispositivos apresentam pouca
precisão e/ou falta de consistência do tempo total de infusão. Logo, é necessário
monitorar os pacientes incluídos em protocolos com infusão domiciliar de
medicamentos. Objetivos: Verificar o desempenho e segurança de infusores
elastoméricos através de análise dos desvios no tempo de infusão e relatos de
eventos adversos. Método: A avaliação foi realizada através da análise de
questionários preenchidos por pacientes, em acompanhamento
farmacoterapêutico no ambulatório de oncologia do HPM/MG, que realizam
tratamento quimioterápico utilizando infusores elastoméricos. Foram analisados
os dados de previsão do término da infusão e o horário final da infusão,
determinando-se os respectivos desvios. Coletaram-se também os relatos de
eventos adversos, tanto nos questionários quanto nos acompanhamentos
farmacoterapêutico presenciais. Resultados: Observaram-se tanto desvios
positivos quanto negativos em relação ao tempo total de infusão. Os desvios
foram observados aleatoriamente nos infusores elastoméricos de todas as
marcas utilizadas. Os eventos adversos relatados pelos pacientes relacionam-se
ao medicamento utilizado (Fluorouracil) nessas infusões, mas não podem ser
excluídas as hipóteses dos desvios do tempo de infusão estar relacionado a
problemas técnicos com os dispositivos avaliados. Conclusão - Essa análise
demonstrou a necessidade da inclusão de medidas adicionais que contribuem
para a segurança dos pacientes em tratamento quimioterápico com
usodeinfusoreselastoméricos.
ID 048
ANÁLISE FARMACOECONÔMICA DO RITUXIMABE SOBRE LINFOMA
DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B EM ADULTO
Autores: Sueldo Fernandes de Queiroz Júnior, [email protected],
Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar
Marília Juliana Carlos Rêgo, [email protected], Natal, Rio Grande do
Norte e Universidade Potiguar
Amanda Karine da Silva Alves, [email protected], Natal, Rio
Grande do Norte e Universidade Potiguar
Wendel Izac Souza da Silva, [email protected], Natal, Natal, Rio Grande
do Norte e Universidade Potiguar
André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, [email protected], Natal,
Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar
Veríssimo de Melo Neto, [email protected], Natal, Rio Grande do
Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Resumo: Os Linfomas não Hodgkin (LNH) agressivos compreendem um grupo
biológico e clinicamente heterogêneo de hemopatias malignas. Destes, o
Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGC B) é o mais comum,
correspondendo a cerca de 40% dos novos casos diagnosticados e a cerca de
30% de todos os casos de LNH. A disseminação de práticas que não objetivam
desfechos relevantes (mortalidade e qualidade de vida) trouxe o consequente
conceito de otimização de recursos mesmo que, em se tratando de saúde
humana, a ética norteia primordialmente as decisões. Em função disto, a
chamada farmacoeconômia e as análises econômicas aplicadas à saúde nada
mais são do que a aplicação dos princípios da economia ao estudo dos
medicamentos e às práticas de saúde, preconizando a otimização na utilização
de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade e aos desfechos de tratamento.
O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma análise farmacoeconômia do tipo
custo-efetividade envolvendo a variável índice de cura e os custos dos
medicamentos envolvidos no tratamento do LDGC B. A metodologia envolvida
trata-se de um estudo bibliográfico, onde foi estabelecida uma análise
comparativa envolvendo os protocolos CHOP e R-CHOP, com seus índices de
cura de doentes adultos e seus custos diretos. Como resultados, foi identificado
que o índice de cura de doentes adultos relacionados ao CHOP é 35% e R-CHOP
com 42%. Os custos diretos do tratamento farmacológico dos dois protocolos
foram R$ 629,54 e R$ 7.379,04. A relação custo-efetividade para as duas opções
respectivamente foram R$ 17,99 e R$ 175,69. Por fim, pode-se concluir que a
relação custo-efetividade aponta favorecimento para o CHOP por ter um custo
significativamente menor em relação ao índice de cura, um cenário lógico para
um ambiente com recursos financeiros limitados.
ID 050
ESTUDO FARMACOECONÔMICO DO TRASTUZUMABE UTILIZADO EM
CARCINOMA DE MAMA
Autores: Marília Juliana Carlos Rêgo, [email protected], Natal, Rio
Grande do Norte e Universidade Potiguar
Sueldo Fernandes de Queiroz Júnior, [email protected], Natal, Rio
Grande do Norte e Universidade Potiguar
Amanda Karine da Silva Alves, [email protected], Natal, Rio
Grande do Norte e Universidade Potiguar
Wendel Izac Souza da Silva, [email protected], Natal, Natal, Rio Grande
do Norte e Universidade Potiguar
André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, [email protected], Natal,
Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar
Veríssimo de Melo Neto, [email protected], Natal, Rio Grande do
Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
18
Resumo: O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
em todo o mundo. Dados revelam, ainda, que é a principal causa de morte por
câncer em mulheres. A quimioterapia antineoplásica e o emprego de
substancias químicas, isoladas ou combinadas, utilizadas no tratamento de
tumores malignos vem se mostrando promissora no seu propósito. A
abordagem de custo interferindo nas decisões clinicas ainda permanece um
tabu. O equilíbrio entre princípios éticos, qualidade de vida e custo ainda
apresenta grandes desafios. Diante disso, a farmacoeconômia aplica conceitos e
técnicas da economia ao estudo dos medicamentos com finalidade de otimizar
os recursos financeiros sem prejuízo ao tratamento terapêutico do paciente. A
importância dos estudos provém da preocupação dos governos e da sociedade
com os crescentes gastos em saúde no âmbito mundial. O trabalho teve como
objetivo, fazer um estudo farmacoeconômico do tipo custo-efetividade
abrangendo a variável de resposta patológica completa e os custos diretos dos
medicamentos envolvidos no tratamento do carcinoma de mama. A
metodologia envolvida trata de um estudo bibliográfico, no qual dois protocolos
o DCEP e T-DCEP, com os índices relacionados a resposta patológica completa e
seus custos diretos são comparados. Os resultados apresentaram uma resposta
patológica completa para o DCEP de 20% e T-DCEP com 43%. Os dois
protocolos apresentaram custos diretos no valor de R$310,42 e R$6.692,23,
respectivamente. A relação custo-efetividade do tratamento farmacológico dos
mesmos foram de R$ 15,52 e R$ 155,53, respectivamente. Em função do exposto,
pode-se concluir que diante da lógica econômica e com recursos financeiros
limitados, essa relação de custo-efetividade indica um favorecimento para o
protocolo DCEP por apresentar um custo expressivamente menor quando
relacionado a resposta patológica completa.
ID 052
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR NA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Autores: Paulo Henrique Carvalho Modesto, [email protected], Recife –
PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or;
Natalya Maia de Souza, [email protected], Recife – PE, Residente da
Multiprofissional Integrada em Saúde da Família – RMISF/ Faculdade de Ciências
Médicas – UPE;
Mônica Maria Henrique dos Santos, [email protected], Recife –
PE, Farmacêutica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco;
Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Recife – PE,
Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or
Resumo: Introdução: O profissional farmacêutico se apresenta como
elemento essencial ao tratamento farmacoterapêutico em oncologia. Sua
atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica, devendo
participar das reuniões da Equipe Multidisciplinar em Terapia Antineoplásica EMTA, auxiliando na padronização de medicamentos e esquemas terapêuticos
tanto para medidas de suporte quanto para o tratamento das doenças
antineoplásicas. Método: trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma
abordagem quantitativa, que se utilizou da ferramenta de um questionário
estruturado. Objetivo: Avaliar a atuação do farmacêutico na Equipe
Multidisciplinar em Terapia Antineoplásica nos hospitais oncológicos cidade do
Recife. Resultados: aborda-se a participação dos farmacêuticos nas EMTAs,
onde 100% dos entrevistados estão presentes nas mesmas. No entanto apenas
27,27% participam das reuniões, discussões de casos clínicos e atividades
didáticas e científicas da equipe multidisciplinar; onde, 18.18% realizam visitas
aos pacientes internados. A portaria nº 288/04, determina que os farmacêuticos
componham a equipe multidisciplinar nas visitas aos pacientes e devem
participar das reuniões e casos clínicos para que assim, os pacientes, possam ter
melhor adesão de tratamento. Conclusão: O número de profissionais
farmacêuticos está bastante reduzido acarretando muitas vezes em sobrecarga
de tarefas, refletindo em sua ausência junto a EMTA. O farmacêutico é o único
profissional da área da saúde com competência e formação para prestar a
devida atenção farmacêutica, que neste caso consiste basicamente em
acompanhar o tratamento farmacológico dos pacientes, garantindo uma
terapia efetiva e segura através do desenvolvimento de ações voltadas para
promoção da saúde do paciente. Em 1993, o farmacêutico teve seus serviços
reconhecidos pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) consolidando seu
papel junto à equipe multiprofissional de saúde.
ID 051
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE BIOSSEGURANÇA DOS HOSPITAIS COM
SERVIÇOS DE ONCOLOGIA EM RECIFE-PE
Autores: Paulo Henrique Carvalho Modesto, [email protected], Recife –
PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or;
Natalya Maia de Souza, [email protected], Recife – PE, Residente da
Multiprofissional Integrada em Saúde da Família – RMISF/ Faculdade de Ciências
Médicas – UPE;
Mônica Maria Henrique dos Santos, [email protected], Recife –
PE, Farmacêutica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco;
Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Recife – PE,
Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or
Resumo: A biossegurança é definida como o conjunto de ações voltadas para a
prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, a
preservação do ambiente e a qualidade dos resultados, agindo como um guia
para a adequação de normas que visem à proteção dos trabalhadores de saúde.
Tão importante quanto à biossegurança é o controle de qualidade que deve ser
contínuo e diário numa central de manipulação de quimioterapia. Método:
trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma abordagem quantitativa, que
se utilizou da ferramenta de um questionário estruturado. Objetivo: Avaliar as
medidas preventivas recomendadas e o controle de qualidade realizada pelos
profissionais farmacêuticos nos hospitais que possuem uma central de
quimioterapia, localizadas na cidade do Recife. Resultados: O estudo foi
realizado em 11 hospitais que prestam serviço de oncologia. Diante os resultados
foi analisando que 100% dos farmacêuticos manipuladores faz o uso de EPIs, já
em relação EPCs 10% relatou não ter todas as proteções necessárias; quanto ao
descarte, 90% das instituições procedem à atividade conforme legislação
vigente. No que diz a respeito ao controle de qualidade, observou-se que 100%
dos profissionais fazem a inspeção visual. Destes, 81,82% determinam o prazo de
validade para cada unidade de antineoplásico de acordo com as condições de
preparo e características da substância. Conclusão: Os resultados se mostraram
bastantes satisfatórios. É muito importante assegurar o controle de qualidade
dos antineoplásicos, nesta etapa podem ser identificadas não conformidades no
preparo dos medicamentos, sendo indicativo de necessidade de notificação de
queixa técnica ou desvio de qualidade. Atender aos requisitos mínimos exigidos
para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica, no que diz
respeito aos aspectos de segurança, deve ser uma das prioridades dos gestores
das instituições públicas ou privadas de saúde e dos profissionais envolvidos.
ID 053
UMA NOVA PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA HEPARINIZAÇÃO DE
CATETERES TOTALMENTE IMPLANTADOS
Autores: 1- Cássia Aparecida de OLIVEIRA, [email protected], Belo
Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.
2- Luciene Leonel da Silva COSTA, [email protected], Belo Horizonte, MG,
Centro Universitário Newton Paiva.
3 - Alexandre Pieri CHIARI, [email protected], Belo Horizonte, MG,
Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.
19
Resumo: Introdução: A solução diluída de heparina é utilizada em
procedimentos de heparinização para manutenção da permeabilidade do
Cateter Totalmente Implantado em pacientes, que necessitam frequentemente
de infusões prolongadas (pacientes da oncologia). A concentração de heparina
preconizada na literatura é de 100UI/mL, utilizando-se 0,2mL de Heparina
5.000U.I./mL (frasco-ampola de 5,0mL), diluído em 10mL de ABD. Objetivo:
Avaliar a precisão das medidas de Heparina em seringa descartável de 5mL e
10mL e registros de queixas técnicas/eventos adversos da solução de heparina
preparada no LME/HPM. Método: A solução de heparina dispensada no
LME/HPM é preparada com 0,2mL de heparina 5.000U.I./mL (frasco-ampola de
5,0mL) diluído para 5mL de ABD, manipulada em seringa descartável de 5mL. Foi
realizado um teste com medidas de volume por cinco técnicos manipuladores
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
da seção, que realizaram a medição do volume de 0,2mL (padrão) de ABD em
seringas descartáveis de 10mL e de 5mL, da mesma marca, em quadruplicata.
Em seguida as respectivas amostras foram aspiradas em seringa de 1mL, para
avaliação da reprodutibilidade de medida. Também foram avaliados os registros
de dispensação, queixas técnicas/notificação de eventos adversos de 2 anos.
Resultados: A comparação do volume mensurado em seringas de 10mL e 5mL
demonstrou variação significativa no volume padrão (0,2mL) apenas quando a
medição foi realizada com seringa de 10mL. Para cada técnico verificou-se
variações de 0,02mL a 0,06mL abaixo do volume padrão (0,2mL) nas medições
realizadas. Não houve variação no volume padrão (0,2mL) mensurado com
seringa de 5mL. Em levantamento nos registros (queixa técnica/notificação
evento adverso) não foi identificado suspeita de não efetividade, e/ou evento
adverso relacionado a solução dispensada nos últimos 02 anos. Conclusão: A
solução contendo 0,2mL da solução de heparina 5.000 UI/mL com 4,8mL ABD,
em seringa de 5mL, oferece maior precisão, consequentemente maior
segurança e eficácia para procedimentos de heparinização de cateteres
totalmente implantado.
importante ao longo do tratamento. Neste contexto, algumas práticas são
imperativas para garantir o uso seguro de medicamentos, tais como
reconciliação medicamentosa, avaliação de prescrição de quimioterápicos,
medicamentos gerais e acompanhamento de protocolos clínicos. Objetivo:
Descrever as atividades do farmacêutico clínico no ambulatório de oncohematologia pediátrica numa instituição privada no período de abril a setembro
de 2015. Método: O trabalho baseia-se em pesquisa quantitativa descritiva
através de coleta diária de informações das atividades do farmacêutico clínico
ambulatorial em onco-hematologia. Resultados: No período citado, o
percentual de reconciliação medicamentosa foi de 75% (742) e as intervenções
decorrentes de reconciliações representaram 18%. O farmacêutico avaliou 77%
das prescrições realizadas no ambulatório e interviu em 6% destas. Houve 409
orientações farmacêuticas relacionadas a medicamentos, destinadas a pacientes
e familiares. As intervenções realizadas pelo farmacêutico na avaliação de
prescrição foram, em sua maioria, relacionadas com dose imprópria,
medicamentos necessários não prescritos, duplicidade de prescrição e via de
administração inadequada. Conclusão: Para oferecer atenção farmacêutica
ambulatorial e intervir, caso necessário, o farmacêutico clínico precisa avaliar os
hábitos de utilização dos medicamentos de cada paciente, levando em
consideração a aceitação de determinadas formas farmacêuticas, entendimento
do cuidador sobre medicamentos, entre outros cuidados. O acompanhamento
farmacêutico ambulatorial na onco-hematologia pediátrica através de
atividades como reconciliação medicamentosa, análise de prescrições e
educação ao paciente, familiares e equipe mostra sua importância na redução
de erros de medicação e no tratamento, uma vez que os protocolos clínicos são
extensos em sua maioria e com diversas particularidades.
ID 054
QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES EM UM HOSPITAL
Autores: Christine Berny Völz - [email protected] - Pelotas/RS Universidade Federal de Pelotas
Miriam Moreira Mussi - [email protected] - Pelotas/RS - Hospital Clinicanp
Rejane Giacomelli Tavares - [email protected] - Pelotas/RS Universidade Federal de Pelotas
ID 056
Resumo: Introdução: devido à grande diversidade de fornecedores, faz-se
necessária a busca pelas melhores opções. A qualificação de fornecedores é um
processo de eleição dos que apresentam as melhores condições de fornecer os
insumos necessários, nas corretas especificações, com menores preços, nas
melhores condições de pagamento, e dentro das quantidades e prazos préestabelecidos. Tal procedimento é importante para a qualidade dos serviços
oferecidos, e benéfico tanto para a instituição, quanto para o fornecedor, uma
vez que possibilita o aprimoramento dos serviços prestados pelo mesmo.
Objetivo: avaliar fornecedores de insumos. Metodologia: estudo realizado em
um hospital de Pelotas/RS, onde avaliou-se 19 fornecedores, no período de
27/10/15 a 23/02/16. Para isso, foram utilizados três indicadores: participação,
qualidade e prazo de entrega; para estatística foi utilizado o Excel. Resultados:
foram comprados 920 itens, em 52 cotações. A maioria dos fornecedores (9)
obteve índices de participação entre 80,0 a 99,9%, sendo que 4 obtiveram
100,0%. Foram encontradas 5,5% (51) não conformidades: 27,5% (14) de
quantidade, 7,8% (4) de qualidade, 25,5% (13) de prazo de entrega, 35,3% (18) de
atendimento e 3,9% (2) de custo. E 1,4% (13) dos itens foram entregues fora do
prazo. Conclusão: através do estudo, foi possível avaliar os principais
fornecedores de insumos, observando que a maioria deles atingiu índices
satisfatórios nos indicadores utilizados, garantindo assim a aquisição de
produtos que atendem às normas vigentes.
A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO DA RESIDÊNCIA
INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO SERVIÇO DE
QUIMIOTERAPIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
Autores: - Ana Maria Della Rocca (1) - [email protected] - Florianópolis
(SC) - Universidade Federal de Santa Catarina
- Danielle Siegel (1) - [email protected] - Florianópolis (SC) Universidade Federal de Santa Catarina
- Patrick B. Gaspareto (2) - [email protected] - Florianópolis (SC) Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago
- Sara Ribeiro Motter (2) - [email protected] - Florianópolis (SC) Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago
ID 055
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO AMBULATÓRIO DE ONCOHEMATOLOGIA PEDIÁTRICA NUMA INSTITUIÇÃO PRIVADA
Autores: Mariana Perez Esteves Silva, [email protected], São Paulo SP, Hospital Israelita Albert Einstein, Larissa Sabino Zuppardo Lacerda,
[email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein,
Fumiko Takahashi Ito, [email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita
Albert Einstein, Valéria Armentano dos Santos, [email protected], São
Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein
Resumo: Introdução: O câncer em crianças e adolescentes no Brasil é
considerado raro quando comparado aos adultos, e com características
peculiares. Esse grupo de pacientes necessita de cuidados especiais quanto à
terapia medicamentosa e a atuação do farmacêutico clínico torna-se
20
Resumo: Introdução: O número de casos atendidos pelo Hospital Universitário
Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa
Catarina (HU/UFSC) aumentou desde que o HU/UFSC se tornou referência
Estadual para o diagnóstico e tratamento de neoplasias hematológicas. Para o
serviço desempenhar suas atividades, é necessário um trabalho multidisciplinar
com interface administrativa e clínica. Após a inserção do programa da
Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS), esse quadro ficou mais
evidente. Objetivo: Produzir e aplicar ferramentas que auxiliem na gestão,
assistência e atenção farmacêutica oncológica, contando com o auxílio da RIMS.
Método: Utilizou-se a base de dados MICROMEDEX Healthcare Series®, o site
http://www.drugs.com, livros e bulas para a pesquisa de medicamentos.
Resultados: Foram desenvolvidos Termos de Esclarecimento e
Responsabilidade, de acordo com o protocolo quimioterápico ao qual o
paciente é submetido; Declarações de Recebimento de Medicamentos
Quimioterápicos; tabelas denominadas “Alta Farmacêutica” e planilhas no
Microsoft Excel para realizar a rastreabilidade das bolsas quimioterápicas
manipuladas. Tais medidas têm o intuito de aprimorar a gestão (estoque e
controle dos gastos) e a administração farmacêutica; garantir o acesso à
informação para o paciente e sua adesão ao tratamento, elucidando as possíveis
reações adversas e informando, no geral, sobre a terapia medicamentosa;
auxiliar diretamente na farmacovigilância, ao identificar reações adversas, seus
fatores de riscos e medidas de intervenção e prevenção; e, principalmente,
garantir a qualidade e segurança do tratamento para o paciente. Conclusão:
Com estas ações construídas junto à RIMS, foi observada uma melhora na
gestão farmacêutica, garantindo o abastecimento, dispensação, rastreabilidade,
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
melhor gerenciamento dos gastos e uso seguro do medicamento. Enfim, tais
medidas possibilitam uma atenção integral à saúde, à humanização do cuidado
e à efetividade da intervenção terapêutica e asseguram o desenvolvimento de
práticas clínico-assistenciais.
Pubmed/Medline. Relato: homem, 60 anos, com LLC Rai IV/Binet C, Hb inicial de
14,7 iniciou Fludarabina (25mg/m2) e Ciclofosfamida (250mg/m2) 03 dias, sem
Rituximabe (solicitado via judicial). Hb do nadir: 8,3 g/dL, com neutropenia febril
tratada. Quarenta e cinco dias após o primeiro ciclo, retornou com astenia
intensa, vertigem, hipotensão postural, palpitações e dispneia; hipocorado 3+ e
ictérico 2+. Hb 5,8 g/dL; Ht 17; DHL 1.101 U/L; reticulócitos 20.000/mm3;
bilirrubina indireta 1,3 mg/dL; haptoglobina não disponível, TAD positivo em gel
LISS/Coombs monoespecífico. Iniciada Metilprednisolona 1g IV 3 dias. No
terceiro dia Hb caiu para 3,9 g/dL. Realizado Rituximabe dose única e fixa de
100mg, seguida de Prednisona 1,0 mg/Kg com melhora gradual (Hb 4,1; 5,0; 7,5;
10,5 g/dL); Hb 13,4 g/dL em 30 dias. Discussão: AHAI relacionada à Fludarabina
(4,5 a 11%) tem sido equivalente à frequência com Ciclofosfamida ou Clorambucil
isolado. Rituximabe é empregado no tratamento da LLC, em doses de
375mg/m2 a 500mg/m2 a depender do esquema quimioterápico. Doses fixas
de 100mg foram descritas para o tratamento de AHAI idiopática (01ciclo/semana
x4; resposta global de 82,6%) mas não para AHAI secundária à LLC. Com
Rituximabe 100mg dose única, cessamos a hemólise com êxito. Conclusão:
Apesar de baixas doses de Rituximabe terem sido descritas somente para
tratamento de AHAI idiopática, obtivemos sucesso neste paciente com AHAI
secundária à LLC.
ID 057
INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS NÃO QUIMIOTERÁPICOS EM UM
HOSPITAL ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO
Autores: Priscila Rego Torres, [email protected], SÃO PAULO - SP IOP/GRAACC/UNIFESP
Larissa Maria Hilsdorf Bernardi Barreto, [email protected] - SÃO PAULO SP - IOP/GRAACC/UNIFESP
Paula Figueiredo De Carvalho Pinto, [email protected] - SÃO PAULO - SP
- IOP/GRAACC/UNIFESP
Marília Pinto Federico, [email protected] - SÃO PAULO - SP - UNIFESP
Resumo: Introdução: A administração simultânea de dois ou mais
medicamentos pode resultar em interações medicamentosas (IM) com
respostas farmacológicas ou clínicas diferentes das apresentadas quando esses
medicamentos são administrados separadamente. Uma proporção considerável
das reações adversas são causadas pela interação entre medicamentos. A IM é
uma das variáveis que afeta o resultado terapêutico e conhecendo-as
previamente é possível prevení-las. Objetivo: No estudo foram verificadas e
classificadas as potenciais IM entre fármacos prescritos a pacientes de um
hospital oncológico pediátrico e secundariamente classificadas de acordo com
sua potencial gravidade. Métodos: Foram analisados os relatórios de consumo
de medicamentos gerados pelo sistema informatizado do nosocômio, cuja
forma farmacêutica fosse para administração via parenteral (injetável) ou via
oral, padronizados ou não, mais utilizados nas unidades de internação.
Resultados: Após análise dos relatórios de consumo nas unidades selecionadas
para o estudo, entre março/2014 e fevereiro/2015, foram identificados 19
medicamentos de maior consumo e selecionados apenas as interações não
desejáveis, dos quais os medicamentos envolvidos em maior número de
interações graves foram os analgésicos opióides: Fentanil, Morfina e Tramadol,
estando seus efeitos relacionados principalmente ao aumento do risco de
depressão do sistema nervoso central e a Furosemida apresentou o segundo
maior número de interações moderadas. Conclusão: Para evitar conseqüências
graves é importante que os profissionais de saúde como médicos, farmacêuticos
e enfermeiros conheçam os tipos de interações que podem ocorrer entre os
medicamentos.
ID 059
AVALIAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES NA ONCOMED
Autores: Rafael Ertel de Andrade - [email protected] – Niterói – RJ (Oncomed Oncologia)
Resumo: Introdução: A avaliação e qualificação de fornecedores é um
processo da assistência farmacêutica imprescindível para garantia da qualidade
dos medicamentos. A qualidade do fornecedor impacta, diretamente, no
desempenho da empresa. Avaliar o fornecedor desde da documentação legal
até visita às instalações físicas são pontos importantes que devem ser
considerados na qualificação de fornecedores. Objetivo: Estabelecer processos
eficazes para avaliação e qualificação de fornecedores de correlatos e
medicamentos em oncologia. Método: A qualificação de fornecedores na
Oncomed é realizada através dos seguintes aspectos: análise regulatória, visita
técnica e avaliação de desempenho. O primeiro consiste na verificação da
atualização de todos os documentos legais necessários para o licenciamento de
uma distribuidora. A visita técnica é realizada através de um relatório contendo
tópicos como observação das instalações físicas, presença de responsável
técnico, avaliação da conservação, limpeza e organização das áreas de
armazenamento e transporte, documentos de registro da qualidade. Após visita
técnica, é enviado relatório de feedback ao fornecedor com o nosso parecer. A
avaliação de desempenho é praticada a cada recebimento do produto, no qual
avaliamos destinatário, laudo de análise, descrição do produto, condições de
armazenamento, prazo de entrega, volumes violados, conferência do valor,
quantidade, lote e validade do produto físico versus descrita em nota fiscal. Após
um ano, é enviado relatório de feedback para fornecedor relatando as não
conformidades detectadas e status de qualificação. Resultado: Garantia da
qualidade do fornecedor através de visita técnica, contribuição para
padronização de medicamentos e minimização das não conformidades através
de relatórios de feedback. Conclusão: O processo de qualificação de
fornecedores é fundamental para padronização de medicamentos e correlatos
seguros e de qualidade, além de estabelecer eficácia nos processos e
estreitamento da relação entre comprador e fornecedor.
ID 058
SUCESSO NO TRATAMENTO DE ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE
SECUNDÁRIA À LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA (LLC) COM BAIXA
DOSE DE RITUXIMABE
Autores: 1. Solange de Castro Nascimento - [email protected],Poços
de Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas
2. Iara Baldim Rabelo - [email protected], Poços de Caldas/MGAlfenas/MG Santa Casa de Poços de Caldas/ UNIFENAS
3. Fabiana Fontes de Oliveira - [email protected], Poços de
Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas
4. Carlos Eduardo Velano - [email protected], Poços de Caldas/MGAlfenas/MG Santa Casa de Poços de Caldas/ UNIFENAS
5. Cibele Martins Tavares - [email protected], Poços de Caldas/MG
Santa Casa de Poços de Caldas
6. Iara Ricardo Soares - [email protected], Alfenas/MG UNIFENAS
Resumo: Introdução: Leucemia linfocítica crônica (LLC) é doença
linfoproliferativa crônica associada à anemia hemolítica autoimune (AHAI) em
até 10% dos casos. O anticorpo monoclonal anti-CD20 – Rituximabe – é utilizado
no tratamento de LLC e de AHAI, geralmente na dose de 375mg/m2 com altas
taxas de sucesso. Objetivo: descrever o tratamento de AHAI por LLC com 100mg
de Rituximabe. Métodos: Consulta de prontuário médico e base de dados
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ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 060
no 2º ciclo e após,suspeita de irPD. Em (09/2011)foi classificada com PD e
prescrito quimioterapia (QT) com CDDP, Vinorelbina e DTIC. Após 1º ciclo, foi
suspensa pois observou-se resposta pré QT com redução e degeneração das
lesões (10/2011). Paciente encontra-se em seguimento há 4 anos com resposta
completa, sem uso de outra terapia. Conclusão: A irPD no uso de Ipilimumabe
não é o padrão de reposta mais comum entre os pacientes com melanoma,
porém, nos casos em que ela está presente, os profissionais de saúde devem
estar atentos na identificação deste tipo de resposta clínica.
ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO EM PACIENTES USUÁRIOS DE
CAPECITABINA ORAL
Autores: Caroline Reis de Siqueira ([email protected]) - Niterói/RJ – Oncomed
Clínica Oncológica
Resumo: Introdução: O câncer é uma doença grave que tem aumentado o
número de casos de forma considerável nos últimos anos, caracterizando-se
como um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial. De
acordo com pesquisas epidemiológicas, uma das neoplasias malignas de maior
incidência em homens e mulheres é a de colorretal. O tratamento para este tipo
de câncer é realizado através de protocolos bem estabelecidos e administrados
por diversas vias. A capecitabina é um medicamento administrado por via oral,
pertencente à classe dos agentes antimetabólitos que atua como uma pródroga efetiva em pacientes com tumor de cólon e reto. Objetivo: Este estudo
tem como objetivo estruturar a atuação clínica do farmacêutico como
ferramenta fundamental para melhorar a qualidade de vida e adesão dos
pacientes com neoplasia colorretal em tratamento com capecitabina oral.
Método: A metodologia empregada nesse trabalho é uma revisão bibliográfica
dos processos descritos em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, baseada
no método Dáder. Através deste método será elaborado um programa de
acompanhamento clínico individualizado para pacientes em uso de
capecitabina, visando orientar os pacientes por meio de formulários contendo
informações importantes sobre o tratamento e os cuidados na administração,
coletar dados do paciente por meio da ficha farmacoterapêutica, avaliar
possíveis interações medicamentosas, possibilitando a elaboração de um
relatório sobre o estado situacional do paciente. Resultado: O resultado
esperado com a implantação da atenção farmacêutica é aumentar a adesão ao
tratamento, identificação, prevenção e resolução dos problemas relacionados
com medicamentos e melhoria da qualidade de vida e segurança do paciente.
Conclusão: O seguimento farmacoterapêutico é peça essencial para a
promoção da saúde, pois estabelece uma relação de aproximação e confiança
do farmacêutico com o paciente e estimula a adesão à terapia medicamentosa.
ID 062
ANÁLISE DA ELABORAÇÃO DO PLANO OPERATIVO PARA O
DESABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS EM UMA FARMÁCIA
HOSPITALAR SATÉLITE DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
NA REGIÃO NORTE
Autores: 1 - Joana Darc da Costa Cardoso - [email protected] – Belém /
PA – Hospital Ophir Loyola.
Resumo: Introdução: Este estudo trata o planejamento no processo de
desabastecimento de medicamentos como um problema que transcende o
aspecto logístico da saúde. Objetivo: Descrever o processo de elaboração da
construção de um Plano Operativo (P.O) para o conhecimento técnico dos
gestores públicos e usuários do serviço, tendo como finalidade o abastecimento
necessário em uma farmácia hospitalar de referência oncológica. Metodologia:
De natureza qualitativa com elaboração do P.O e aplicada o relato de experiência
para o enfrentamento de um problema priorizado através do método do
Planejamento Estratégico Situacional (PES) que serviu como parâmetro para o
trabalho. A construção do PO foi realizado em 4 momentos: Explicativo,
Normativo, Estratégico e Tático operacional. Resultados: O problema
priorizado foi a Falta de Medicamentos considerando as seguintes evidências:
Ausência de medicamentos de escolha para a terapia, a falta de cobertura
contratual para o fornecimento de fármacos e a carência de recursos financeiros
suficientes para o atendimento necessário, possibilitando a construção do
Diagrama de Ishikawa resultando como causa convergente o
“Desconhecimento Técnico da Assistência Farmacêutica” e consequência
convergente o “Aumento do custo operacional” A partir das causas e
consequências secundárias foram definidos os objetivos específicos para os
quais se estabeleceram as operações que representam propostas de
intervenção sobre o problema priorizado para alcançar o objetivo geral
“Promover o abastecimento compatível com a necessidade do hospital”, Para
finalizar o PO, foi estabelecido indicadores de monitoramento e avaliação para o
acompanhamento de sua execução. Conclusão: Diante dos resultados é
possível perceber a complexidade organizacional envolvida na implantação das
atividades e os desafios que devem ser enfrentados para que esse processo seja
exitoso. O PES demonstra ser uma ferramenta aplicável à correta identificação
dos problemas locais no planejamento adequado das etapas de seleção, e
previsão das dificuldades de implantação no acompanhamento e avaliação
política de medicamentos.
ID 061
PSEUDO PROGRESSÃO NO USO DE IPILIMUMABE: RELATO DE CASO
CLÍNICO (AUTORIZAÇÃO CEP HC/UFPR Nº 066/2016)
Autores: Marianne Ferreira Marinho, [email protected], Curitiba, PR, IOP
- Instituto de Oncologia do Paraná
Michelle Collodel de Souza, [email protected], Curitiba, PR, IOP Instituto de Oncologia do Paraná
Resumo: Introdução: A imunoterapia está cada vez mais disponível para os
pacientes portadores de melanoma. A Organização Mundial de Saúde e o
RECIST fornecem diretrizes para definição da resposta da terapia
antitumoral(1,2)determinando a progressão da doença (PD)(3). O aumento do
tamanho e desenvolvimento de novas lesões, são consideradas PD(4). Pacientes
que responderam à imunoterapia com redução do tumor ou estabilidade, se
enquadram nestes critérios, entretanto, padrões de resposta diferentes foram
observados. Em pacientes tratados com Ipilimumabe foram observados
aumento de tamanho inicial das lesões e, após biópsia, foi verificado infiltrados
de células inflamatórias ou necrose, com subsequente diminuição do tumor(6).
Padrões de resposta imunorelacionadas foram observadas em ensaios clínicos
de Ipilimumabe, incluindo desenvolvimento de novas lesões e aumento
transitório das lesões iniciais. Respostas clínicas (RC) tardias também foram
observadas, com aumento no total de lesões seguido por regressão do tumor,
caracterizando pseudoprogressão (irPD)(4). Objetivo:Relatar caso clínico do uso
de Ipilimumabe com RC-irPD. Relato de Caso:
•LCS,mulher,68
anos,branca,portadora de melanoma cutâneo de membro inferior(2008), EC IV,
fez esvaziamento ganglionar e perfusão de membro com metástases em
trânsito.Realizou tratamento com Interferon (2009),Ciclofosfamida e vacina
células dendríticas (2010), com resposta parcial. Progrediu em 2011. Iniciou
Ipilimumabe em 06/2011, completou 4 ciclos sem toxicidade (08/2011)com RC no
ID 063
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) APLICADO NA
GESTÃO EM UMA FARMÁCIA HOSPITALAR DE REFERENCIA ONCOLÓGICA
DO MUNICÍPIO DE BELÉM.
Autores: 1.Márcia Moraes Paulino da Silva – [email protected] –
Belém / PA - Hospital Ophir Loyola; 2.Joana Darc da Costa Cardoso [email protected] – Belém / PA - Hospital Ophir Loyola; 3.Renata Moraes
e Silva - [email protected]– Belém / PA – Farmácia Therapêutica;
4.Marcelo Moraes do Nascimento – [email protected] - Belém / PA Hospital Ophir Loyola; 5.Annie de Elisandra Mesquita de Oliveira [email protected] - Belém / PA - Hospital Ophir Loyola.
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Resumo: Introdução: Este estudo trata da necessidade de melhorias no serviço
para o paciente, cuidador e colaboradores da farmácia considerando a realidade
e as opiniões dos funcionários envolvidos de forma direta ou indireta com o
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
setor. Objetivo: Descrever o processo de elaboração de um Plano Operativo
(PO) para o conhecimento técnico dos gestores públicos e usuários do serviço,
tendo como finalidade apresentar os resultados obtidos através da utilização do
método de Planejamento Estratégico Situacional. Metodologia: De natureza
qualitativa com elaboração do PO e aplicada o relato de experiência para o
enfrentamento de um problema priorizado através do método do Planejamento
Estratégico Situacional (PES) que serviu como parâmetro para o trabalho. A
construção do PO foi realizado em 4 momentos: Explicativo, Normativo,
Estratégico e Tático operacional. Resultados: No Momento Explicativo realizado
em uma oficina foi eleito o problema priorizado “Duas especialidades atendidas
na mesma estrutura física na Farmácia com fluxos distintos”, no Momento
Normativo destacou-se a definição da situação ideal para alcançar o objetivo
final baseado na causa convergente “Falta de Planejamento Estrutural da
Farmácia” e na consequência convergente “Serviços Farmacêuticos com
qualidade comprometida”. Operações que resultaram em 17 ações necessárias
para o alcance do objetivo geral “Prestar serviços farmacêuticos adequados aos
pacientes e cuidadores”. No Momento Estratégico ocorreu a análise da
viabilidade e factibilidade. Por fim, no Momento Tático Operacional, criaram-se
indicadores de avaliação para cada operação, recursos e os atores responsáveis,
definindo o Plano Operacional. Conclusão: O estudo revelou uma realidade
insatisfatória e a sensibilização da Direção do Hospital para o problema
priorizado. O PES mostrou-se adequado por ampliar o conhecimento e a
capacidade de gestão contribuindo para a organização e estruturação dos
serviços de saúde e de Assistência Farmacêutica em nível local. A execução do
Plano Operativo mostrou-se eficaz e eficiente em relação a governabilidade.
ID 065
ATENÇÃO FARMACÊUTICA A PACIENTES EM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
ORAL
Autores: Camila Lunardi, [email protected], Joinville, Santa
Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Aline Mariah Strapasson, [email protected], Joinville, Santa
Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Amanda Machado Ruiz, [email protected], Joinville, Santa
Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Andréia Gutberlet, [email protected], Joinville, Santa
Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Bruna Silva de Oliveira, [email protected], Joinville, Santa
Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Karilene Dalposso, [email protected], Joinville, Santa Catarina,
Centro Hospitalar Unimed Joinville
Silvia Cristina Soares Molina, [email protected], Joinville,
Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Suélen K.Mazera Altmann, [email protected], Joinville, Santa
Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville
Resumo: Introdução: O uso de antineoplásicos orais mesmo conveniente para
o paciente, aumenta sua responsabilidade com o tratamento e oferece riscos,
sendo essencial a orientação e o acompanhamento farmacêutico. Objetivo:
Implantar o acompanhamento farmacoterapêutico a pacientes em terapia
antineoplásica oral. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo realizado de
janeiro de 2014 a dezembro de 2015 no Centro Hospitalar Unimed (CHU),
hospital particular geral localizado em Joinville, Santa Catarina, com 159 leitos,
acreditado em excelência pela ONA e com Accreditation Canada International.
Realizou-se atenção farmacêutica a todos os pacientes e orientações a familiares
e cuidadores, disponibilizando os medicamentos e materiais informativos, com
aplicação do Termo de Esclarecimento e Responsabilidade. Em casos de
suspensões ou substituições do tratamento o paciente ou familiar foi orientado a
realizar a devolução de quantidades remanescentes. Todas as informações
captadas foram registradas em sistema informatizado (Sistema de Gestão em
Saúde - Tasy), gerando evolução farmacêutica em prontuário eletrônico. O
processo é mapeado e quantificado em relação a custos, através de indicadores
de processos e financeiros. Resultados: No período de Janeiro de 2014 a
Dezembro de 2015 foram acompanhados 227 pacientes, sendo realizados 2373
atendimentos. Foram realizadas 15.667 intervenções e orientações
farmacêuticas referentes a doses, sequência dos ciclos, interações
(medicamentos, alimentos, plantas medicinais), forma de administração,
armazenamento, manuseio, descarte e devoluções. Acompanharam-se as
reações adversas, o uso de medicamentos suportivos, realizadas orientações
não-farmacológicas, direcionamento para outros profissionais da equipe
multidisciplinar, acompanhamento de adesão ao tratamento, dos exames
laboratoriais e de imagem e da função intestinal, bem como alterações de
tratamento. Conclusão: Com as orientações e acompanhamento farmacêutico
os pacientes compreendem melhor o tratamento, há um uso racional dos
medicamentos, aumentando a segurança do paciente. Percebe-se que com a
sequência dos atendimentos, cria-se um vínculo entre paciente e farmacêutico,
tornando o cuidado mais humanizado.
ID 064
COACHING DE SAÚDE: COMO ESTE MÉTODO CONTRIBUI PARA O BEM
ESTAR DE PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS?
Autores: Michelle Collodel de Souza, [email protected],
Curitiba/PR, IOP-Instituto de Oncologia do Paraná.
Resumo: Introdução: O coaching é uma metodologia que busca o
desenvolvimento pessoal e contribui para gerar autorreflexão e
autoconhecimento, visando desenvolver novos potenciais e competências e
criar novas possibilidades para substituir comportamentos não efetivos. Para
isso, o coaching lança mão de diversas ferramentas que irão auxiliar seu cliente a
traçar metas específicas, utilizando a escuta ativa e perguntas poderosas, que
tem como principal objetivo gerar reflexão e conduzir o cliente à ação. Quem
realiza o coaching se denomina coach (neste caso é um profissional da saúde) e
quem o recebe (paciente), é denominado coachee. O coach de saúde é um
profissional treinado em promover mudança comportamental que aperfeiçoe a
saúde e bem-estar do seu coachee. Objetivo: Reunir informações sobre como o
coaching pode ajudar pacientes com doenças crônicas em sua relação com sua
patologia, seja emocional, física ou comportamental, e como este processo
pode auxilia-los na mudança de seus hábitos para um estilo de vida mais
saudável. Método: Análise de artigos entre 2002 a 2014 utilizando a plataforma
PubMed. Resultados: A falta de aderência aos planos de tratamento tem
fundamento em comportamentos não saudáveis, sendo necessário
conscientizar o paciente para que tome decisões responsáveis, ajudando-o a
encontrar suas motivações internas, construindo confiança e
comprometimento. O papel do coach em saúde é auxiliar o paciente em sua
mudança de comportamento e estabilização emocional, fazendo com que ele
veja possibilidades diante de uma condição crônica, reinventando a própria vida,
revendo seus hábitos e comportamentos. Conclusão: O coaching em saúde
emerge como um diferencial no sucesso do tratamento de doentes crônicos e
contribui significativamente para que ocorram mudanças comportamentais
para hábitos mais saudáveis, que é um fator chave na prevenção e controle de
patologias crônicas.
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ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 066
inferir indicadores econômico-financeiros, como por exemplo, a taxa de
consumo de quimioterapia do setor de oncologia ambulatorial, que consome
cerca de 50% da meta pré-estabelecida para a área. Conclusão: Este estudo
permitiu a análise de dados complexos a partir de uma ferramenta simples
(matriz de custeio), que propiciou a obtenção de um referencial (custo por
protocolos e por ciclos/mês) para análise dos custos reais incorridos, a
identificação os protocolos que consomem a maior parte dos recursos,
possibilitando a gestão mais detalhada quanto aos custos associados e a
identificação de potenciais pontos de melhoria.
GESTÃO DE SÁUDE E DA SEGURANÇA AO PACIENTE ONCOLÓGICO – O
DESAFIO DE SUBSTITUIR A CULPA E A PUNIÇÃO PELO APRENDIZADO
COM AS FALHAS E PELO DESENVOLVIMENTO DE MELHORIAS NA
ATENÇÃO À SAÚDE
Autores: Andrezza Viviany Lourenço; Ana Lúcia Stobbe; Eloise Cristina Goeden;
Erica Martins Pio; Patricia A. Sakamoto; Rafaela Pina Rizental
Resumo: Introdução: As boas práticas de funcionamento dos serviços de
saúde englobam padrões de qualidade adequados à gestão da saúde e da
segurança a fim de serem reduzidos a um mínimo aceitável os riscos de danos
desnecessários ao paciente. O Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) –
Resolução RDC 36/2013 – visa melhoria contínua dos processos, disseminação
da cultura de segurança, promoção de ações para integração multiprofissional,
elaboração de mecanismos para identificar e avaliar não conformidades e,
estabelecer barreiras para prevenção de incidentes ao paciente. Objetivo:
Analisar as notificações de eventos referentes ao 2º semestre de 2014 e de 2015 e
avaliar o comprometimento das equipes de assistência ao paciente após a
criação do NSP. Método: A equipe do NSP realizou integração e capacitação
inicial a todos os colaboradores do Complexo ISPON sobre: Mapas de risco,
Protocolos de: 1) Identificação do paciente; 2) Higienização das mãos; 3)
Prevenção de quedas; 4) Segurança na Prescrição, Uso e Administração de
Medicamentos e Fluxo de notificação de eventos inseguros que poderiam
causar danos aos pacientes. O NSP analisou os eventos identificados em 2014 e
2015 e elaborou planos de ação para o desenvolvimento contínuo de melhorias
na assistência ao paciente. Resultados: No 2º semestre de 2014, foram
registradas 12 notificações das quais 1 foi classificada como incidente com dano e
11 como incidente sem dano. Já no 2º semestre de 2015 foram registradas 26
notificações sendo 1 incidente com dano, 16 incidentes sem danos e 9 quase
eventos. Conclusão: Houve aumento significativo das notificações quando
comparados os anos de 2014 e 2015. O alinhamento de todas as etapas dos
processos, planejamento das ações desenvolvidas e monitoramento dos
eventos através do NSP, associados à capacitação inicial e contínua dos
profissionais, promovem maior comprometimento, conscientização e
principalmente sensibilização para garantia de segurança na assistência ao
paciente oncológico.
ID 068
PROPOSTA DE MODELO DE CUSTEIO PARA AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DE
TRATAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS AMBULATORIAIS: O CASO DE UM
HOSPITAL PÚBLICO UNIVERSITÁRIO
Autores: Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Porto Alegre – RS – [email protected]
Fabiana Souza Olaves, Administradora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Porto Alegre – RS – [email protected]
Resumo: Introdução: As instituições de saúde são consideradas complexas
devido aos aspectos relacionados ao manejo clínico dos pacientes, custo dos
tratamentos e necessidade de profissionais especializados. Na área da
oncologia, as despesas com os protocolos de tratamento vêm crescendo de
modo preocupante, representando gastos elevados para os sistemas de saúde.
A aplicação de um sistema de custeio, que forneça informações para avaliação
dos custos torna-se indispensável para a gestão financeira. Objetivo: Propor um
modelo de custeio para avaliação dos custos de tratamentos quimioterápicos
ambulatoriais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Método: Trata-se
de um trabalho quantitativo, exploratório, descritivo, do tipo estudo de caso,
realizado no ambulatório do Serviço de Oncologia do HCPA. Através de
observação, in loco, dos fluxos de trabalho, foram mapeados os processos,
identificados os materiais, as atividades, os profissionais e os tempos envolvidos
no tratamento quimioterápico. Foi elaborada uma matriz de custeio, que
identifica os itens de custo por protocolo. O armazenamento e análise dos dados
foram realizados através do software Excel. Resultados: A partir da análise dos
resultados obtidos foi possível identificar os custos dos tratamentos, os valores
associados à matéria prima e mão de obra, o custo total dos protocolos, dos
ciclos e o custo mensal. Conclusão: O sistema de custeio proposto gera
informações importantes para os gestores do serviço de oncologia, através da
compreensão econômica dos tratamentos é possível realizar o planejamento
das atividades e obter subsídios para a tomada de decisão.
ID 067
AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE TRATAMENTOS
QUIMIOTERÁPICOS AMBULATORIAIS A PARTIR DA PROPOSTA DE
MODELO DE CUSTEIO: O CASO DE UM HOSPITAL PÚBLICO
UNIVERSITÁRIO
ID 069
Autores: Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Porto Alegre – RS – [email protected]);
Fabiana Souza Olaves, Administradora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Porto Alegre – RS – [email protected]
Resumo: Introdução: A gestão das instituições hospitalares no Brasil e no
mundo é desafiadora para os seus gestores. A complexidade associada aos
serviços hospitalares demanda a implantação de um sistema de gestão
econômico-financeira que tem como base a explicitação e otimização dos
processos e atividades envolvidas. Objetivo: Avaliar o impacto econômicofinanceiro de tratamentos quimioterápicos ambulatoriais, a partir da proposta e
análise de um modelo de custeio. Método: O estudo teve uma abordagem
quantitativa e qualitativa. Os procedimentos metodológicos constituem-se em
quatro fases principais: (i) pesquisa documental, (ii) observação in loco, (iii)
construção da matriz de custeio e (iv) construção de indicadores econômicofinanceiros. O armazenamento e análise dos dados foram realizados através do
software Excel. Resultados: A partir da análise dos custos obtidos foi possível
extrair índices que relacionam o consumo de matéria-prima e mão-de-obra por
tratamento. Além disso, é possível obter uma visão global dos tratamentos que
consomem mais recursos dentro do setor de oncologia ambulatorial. Dentre
eles, tem-se que o tratamento de Linfoma Folicular e Cabeça e Pescoço são os
que consomem a maior parte dos recursos do setor. Além disso, é possível
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM CARCINOMA
DE COLO DE ÚTERO EM TRATAMENTO PALIATIVO COM CARBOPLATINA E
PACLITAXEL
Autores: Andressa Domingues Lofrano, [email protected], Rio de
Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA.
Carla Patrícia de Morais e Coura, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA.
Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA.
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Resumo: Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente
entre as mulheres brasileiras. A terapia paliativa pode aumentar o intervalo livre
de doença, corroborando não apenas no aumento da sobrevida, mas também
na melhora da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Objetivo: Avaliar
a qualidade de vida de mulheres com câncer de colo de útero submetidas ao
tratamento quimioterápico paliativo baseado em carboplatina e paclitaxel
Metodologia: Trata-se de uma coorte prospectiva realizada em um hospital
público oncológico na cidade do Rio de Janeiro. Foram recrutadas as pacientes
com câncer de colo uterino que iniciaram tratamento quimioterápico paliativo
baseado em carboplatina e paclitaxel no período de 01/abr a 30/jul de 2015. Os
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
dados sociodemográficos foram coletados do prontuário e a QVRS foi
mensurada através dos questionários EORTC QLQ C30 e CX-24 no 1º, 2º, 4º e 6º
ciclos do protocolo quimioterápico. Para a análise estatística foi utilizado o teste
de Wilcoxon calculado pelo programa Statistical Package for Social Sciences –
SPSS, versão 20.0. Resultados: Foram monitoradas 20 pacientes, com idade
média de 49,3 anos. Foi observado um impacto negativo nos sintomas da
diarreia e neuropatia periférica, bem como, melhora da capacidade emocional,
física, funcional e social, além da minimização de sintomas como a fadiga, dor,
falta apetite, náusea e vômito e constipação. Contudo, a alteração global da
QVRS ao longo do tratamento não foi estatisticamente significativa. Conclusão:
As alterações percebidas pelas pacientes foram pouco significantes, não
influenciando sobremaneira a percepção destas mulheres a cerca da sua
qualidade de vida ao longo da terapia. Entretanto, tais achados devem ser alvo
de observações mais acuradas e intervenções mais eficazes devem ser
empregadas, buscando estabelecer melhor bem-estar as pacientes ao longo do
tratamento quimioterápico.
ID 071
CARDIOTOXICIDADE INDUZIDA PELA DOXORRUBICINA E UTILIZAÇÃO
DO DEXRAZOXANO COMO CARDIOPROTETOR
Autores: 1 - Debora Sanches Comar – [email protected] – São José do
Rio Preto/SP – Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio
Preto/ Instituto Racine
2 - Ana Alice Dias de Castro Luz – [email protected] – São Paulo/SP –
Instituto Racine
Resumo: Introdução: A doxorrubicina é utilizada no tratamento de neoplasias
malignas em adultos e crianças. Contudo, sua capacidade de causar
cardiotoxicidade limita seu uso, pois pode levar à insuficiência cardíaca
irreversível. Respeitar a dose máxima cumulativa deste fármaco é uma das
estratégias para prevenção da toxicidade, como também o uso do dexrazoxano,
medicamento que inibe a formação do complexo ferro-doxorrubicina,
responsável pela geração de radicais livres envolvidos na lesão oxidativa dos
cardiomiócitos. Objetivo: Compreender os mecanismos de toxicidade cardíaca
relacionados ao uso de doxorrubicina e discutir o uso do dexrazoxano como
cardioprotetor. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases
de dados virtuais, os estudos utilizados foram publicados entre os anos de 2006
e 2014. Resultados: O mecanismo de cardiotoxicidade da doxorrubicina é
multifatorial, sendo a formação de radicais livres que levam ao estresse oxidativo
e peroxidação lipídica dos cardiomióticos, o mais aceito. Além de haver
complexação com ferro, alterar a função adrenérgica, a função do cálcio e a
contração muscular, função das mitocôndrias, danos a proteínas, acúmulo de
metabólitos tóxicos e apoptose dos cardiomiócitos. Ocorre o remodelamento
do músculo cardíaco que leva à insuficiência cardíaca. O dexrazoxano reduz a
incidência de danos cardíacos e de insuficiência cardíaca, sem interferir na
terapia antineoplásica ou aumentar o aparecimento de neoplasias secundárias.
Seu uso é recomendado no início do tratamento e à pacientes adultos com
câncer de mama metastático que obtiveram benefícios com a doxorrubicina em
doses superiores a 300mg/m2. Conclusão: O tratamento de rotina com
dexrazoxano deveria ser considerado, pelo evidente benefício, porém seu uso
em crianças ainda não é recomendado, são necessários mais estudos para
conhecer seus efeitos a longo prazo. A detecção de alterações cardiovasculares
precoce pode melhorar o prognóstico dos pacientes em tratamento
quimioterápico com a doxorrubicina.
ID 070
UTILIZAÇÃO DO OVERFILL: UMA EVIDÊNCIA DE ECONOMIA PARA AS
INSTITUIÇÕES
Autores: Luiz Ivan Henrique da Silva – [email protected] – São Paulo – SP –
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Priscila Siedshlag Ise Guimarães – priscila@[email protected] – São
Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Priscila Mitiko Higashibara Yamada – [email protected] - São Paulo
– SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Roberta Andriani de Oliveira – [email protected] - São Paulo – SP –
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Thomaz Massao Hissatomi – [email protected] – São Paulo – SP –
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Jennifer Dalcin – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do
Câncer do Estado de São Paulo (1);
Mirian Garcia Marras – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto
do Câncer do Estado de São Paulo (1);
Maira Takahashi Frantzen – [email protected] - São Paulo – SP –
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1).
Resumo: Introdução: A maioria dos frascos de medicamentos possui um
volume residual a mais, essa sobra é chamada overfill. A farmacoeconomia é a
aplicação da economia ao estudo dos medicamentos com a otimização da
utilização de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade do tratamento.
Sendo um importante trabalho desenvolvido pelo profissional Farmacêutico
envolvido no gerenciamento dos medicamentos, dentro deste estudo a
oncologia se mostra um ambiente favorável, devido a gama de medicamentos e
por consequência o custo que estes medicamentos representam para as
instituições de saúde. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo
demonstrar a importância da utilização do Overfill e sua economia gerada.
Metodologia: Foi realizado um levantamento retrospectivo das quantidades de
frascos gerados com a utilização do overfill no período de Março de 2012 até
Fevereiro de 2016. A quantificação foi possível devido ao número elevado de
preparações, permitindo a utilização das sobras de uma preparação para as
seguintes, assim no final de cada dia de trabalho foi gerado uma quantidade
equivalente a um frasco, sendo identificado pelo farmacêutico como economia
gerada por meio de utilização do Overfill. Discussão e Resultados: A
famacoecomia gerada neste período de Março de 2012 a Fevereiro de 2016 foi
de R$ 703.896,17, com este valor foi possível identificar a viabilidade da utilização
do Overfill, sem prejuízos para a qualidade no tratamento dos pacientes da
instituição. Foi observado que após consolidação do projeto empenho da
equipe envolvida e aumento da quantidade de preparações, foi possível
apresentar este valor expressivo de economia. Conclusão: O presente estudo
demonstrou a possibilidade de estabelecer rotinas para a utilização do overfill e
mostrar a importância do estudo farmacoeconômico dentro do Sistema Único
de Saúde, pois os recursos gerados para o sistema público nem sempre são os
adequados, gerando uma limitação na instituição.
ID 072
M A N UA L D E O R D E M D E I N F U S Ã O N O S P R OTO C O LO S
QUIMIOTERÁPICOS UTILIZADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Autores: 1 - Jéssica Helena de Mora Marques - jessica.helena.mora@
hotmail.com - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de
Medicina de São José do Rio Preto/SP, 2 - Ana Claudia de Almeida [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade
Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 3 - Debora Sanches Comar [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade
Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 4 - Jaqueline Correa de
Souza - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação
Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 5 - Julia Florêncio
Mega - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação
Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP , 6 - Regina Maura
Oliveira Mazetto - [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação
Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP
25
Resumo: Introdução: Antineoplásicos são medicamentos utilizados para o
tratamento do câncer. A quimioterapia consiste no emprego de substâncias
químicas, isoladas ou em combinação, com o objetivo de eliminar neoplasias
malignas. O manual baseado em literaturas específicas servirá como fonte de
informações, podendo garantir segurança ao paciente e padronização de
tratamento. Objetivo: Elaborar um Manual de Ordem de Infusão de
Quimioterápicos para a equipe multidisciplinar. Compreender protocolos que
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
são utilizados pela Instituição para que a equipe possa esclarecer dúvidas e assim
garantir um serviço de segurança e qualidade para o paciente. Discutir outros
temas relacionados aos antineoplásicos, como toxicidade e a importância do
uso do ácido folínico como medicamento de resgate do Metotrexato.
Metodologia: Realizada revisão bibliográfica através da busca de dados, sites e
bulas. As informações foram coletadas a fim de conhecer a ordem de infusão
dos protocolos quimioterápicos que são utilizados na Instituição. Resultados: O
manual apresenta os 19 protocolos mais utilizados na Instituição, com ordem de
infusão e informações dos medicamentos. Conclusão: A pesquisa realizada
elucidou muitas ordens de infusão de protocolos utilizados, descritas em
literaturas, porém alguns com fundamentos não esclarecidos. Ocorreram
dificuldades em localizar alguns protocolos, devido à falta de informações na
literatura.
ID 074
PADRONIZAÇÃO DE TEMPOS DE DESINTEGRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PARA MINIMIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À CITOTÓXICOS
Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto
Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, 4 - Thalita Jacoby - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Juliana Didonet - [email protected]
- Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 6 - Edlus Silva [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
7 - Daniel Fasolo - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas
de Porto Alegre, 8 - Renato Ribeiro - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre
ID 073
AMPLIAÇÃO DO ACESSO AO MEDICAMENTO TRASTUZUMABE E
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS GERADOS PELO COMPARTILHAMENTO DE
DOSES.
Resumo: Introdução: A falta de apresentações líquidas de medicamentos
antineoplásicos para administração enteral representa um grande desafio para
os profissionais de saúde. Atender às prescrições médicas com derivações
farmacêuticas de medicamentos desenvolvidos na apresentação oral para
adequação da dose ou para administração via sonda apresenta um grave
problema de biossegurança que advém da potencial contaminação citotóxica
inerente a esses medicamentos. Embora a preparação extemporânea de
medicamentos auxilie na administração das doses fracionadas ao paciente e na
adequação à sonda para aqueles que possuem dificuldades de deglutição, o
risco de exposição de profissionais ao medicamento citotóxico deve ser evitado.
Objetivo: avaliar os tempos de desintegração, em sistema fechado, dos
medicamentos que não possuem formulação extemporânea estabelecida de
forma a possibilitar o fracionamento seguro de doses. Metodologia:
comprimidos/drágeas foram colocados em seringas contendo água destilada à
temperatura ambiente dentro de cabine de segurança biológica e submetidos a
duas velocidades de agitação, 50 RPM ou 100 RPM. A manipulação ocorreu em
sala classificada, conforme RDC 220/04. Os tempos para a completa
desintegração foram medidos, considerando aceitáveis aqueles menores do
que 15 minutos. Resultados: os medicamentos que apresentaram menor tempo
de desintegração a 50 RPM foram: letrozol (30s), bicalutamida e exemestano
(1min20s). Desintegraram-se em tempos intermediários (6-8 min): tioguanina,
flutamida, mitotano, melfalano e nilotinibe. Imatinibe (13min) e anastrozol
(11min) apresentaram maior tempo de desintegração. No entanto, imatinibe
quando quebrado dentro da seringa reduziu seu tempo de desintegração para
1min 30s. Conclusão: o estabelecimento de tempos de desintegração de
medicamentos sem formulação extemporânea descrita pode auxiliar quanto à
derivação, de forma a minimizar a exposição a citotóxicos: os
comprimidos/drágeas são dispensados dentro da seringa cujo rótulo consta o
veículo e o tempo de desintegração para cada medicamento. A formulação
extemporânea fornece uma alternativa para adequação do tratamento de
pacientes pediátricos ou com dificuldades de deglutição.
Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto
Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, 4 - Thalita Jacoby - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Juliana Didonet - [email protected]
- Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,6 - Edlus Silva [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
7 - Daniel Fasolo - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas
de Porto Alegre, 8 - Sandro Ness - – [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Resumo: Introdução: O anticorpo monoclonal trastuzumabe, medicamento
utilizado para o tratamento de pacientes com câncer de mama com expressão
HER 2+, teve recentemente sua incorporação como nova tecnologia pelo
Sistema Publico de Saúde. Tendo-se em vista os aspectos farmacoeconômicos,
essa medida traz vantagens para o SUS e para os hospitais habilitados em
oncologia, pois centraliza a compra e distribuição por meio do Ministério da
Saúde (MS). Em contrapartida, os hospitais têm a responsabilidade de realizar o
uso racional desse medicamento, reduzindo os custos e possibilitando que mais
pacientes sejam contemplados com o tratamento. Objetivo: Avaliar a economia
de recursos proporcionada pela otimização do uso do trastuzumabe no período
de setembro a dezembro de 2015 numa Central de Misturas Intravenosas (CMIV)
de hospital público. Metodologia: realizaram-se compartilhamentos de doses
dos frascos de trastuzumabe considerando o tempo de estabilidade da sobra
(48 h sob refrigeração) entre os pacientes. O número de frascos intactos por mês
foi contabilizado e relacionado ao custo do medicamento para o Estado (R$ 6,80
por mg de medicamento). Resultados: Através do compartilhamento das doses
pelos pacientes, foi possível evitar que frascos fossem desnecessariamente
abertos e não utilizados por perda da estabilidade. Nos meses de setembro,
outubro, novembro e dezembro, foram reaproveitados 14, 19, 13, e 19 frascos de
150 mg de trastuzumabe, respectivamente. Em termos financeiros, o uso
racional do trastuzumabe gerou uma economia de R$ 14.280,00 em setembro,
R$ 19.380,00 em outubro, R$ 13.260,00 em novembro e R$ 19.380,00 em
dezembro. O total economizado no período avaliado foi de R$ 66.300,00.
Conclusão: O farmacêutico é o profissional responsável pelo uso seguro e
racional do medicamento e a otimização de doses traz benefícios
farmacoeconômicos para o Sistema Público de Saúde. Desta forma, evitam-se
desabastecimentos e consequentemente mais pacientes podem ter seu direito
ao tratamento resguardado.
ID 075
RDC CFF n° 486/2008 - ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA ÁREA DE
RADIOFARMÁCIA
Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto
Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, 4 - Jéssica Nascimento - [email protected] - Porto
Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Thalita Jacoby [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre
26
Resumo: Introdução: A radiofarmácia é definida pela Americam
Pharmaceutical Association como uma especialidade farmacêutica orientada
para o paciente, que engloba conhecimentos científicos e julgamento
profissional necessários para melhorar e promover a saúde, através do uso
seguro e eficaz dos radiofármacos empregados para diagnóstico e tratamento.
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
Em 2008, Conselho Federal de Farmácia (CFF) criou a Resolução nº 486, onde
dispõe as atribuições do farmacêutico e legaliza sua atuação na radiofarmácia.
Objetivo: Revisar as atribuições do farmacêutico conforme a RDC do CFF nº
486/2008 numa radiofarmácia hospitalar de um hospital universitário. Método:
Realizou-se revisão das atribuições dos farmacêuticos de uma radiofarmácia
hospitalar conforme as descritas pelo CFF. Revisaram-se a atuação dos
farmacêuticos nos protocolos da radiofarmácia em relação ao preparo e
fracionamento de radiofármacos, aquisição e armazenamento de produtos
radiofarmacêuticos, controle de qualidade dos insumos e radiofármacos,
rastreabilidade dos preparos, identificação dos preparos em dose unitária,
presença de farmacêutico na radiofarmácia entre outros. A radiofarmácia dispõe
de 2 farmacêuticos com atuação de 6 horas cada. Resultados: Entre as
atribuições descritas, há controle de estoque dos radiofármacos e insumos,
farmacêuticos manipulam diariamente as preparações contendo radiofármacos
com rastreabilidade dos preparos em dose unitária e realizam controle de
qualidade dos kits quentes e do gerador; há monitoramento de microrganismos
no ambiente, superfície, mãos e luvas; há controle da dispensação e distribuição
de radiofarmácos com identificação do radiofármaco, dados do paciente e dose;
há participação nos protocolos de pesquisa clínica com radiofármacos e
resíduos. Não se atende itens relacionados à realização de ensaios de
equivalência farmacêutica e bioequivalência, desenvolvimento de novos
radiofármacos, controle farmacocinético e farmacodinâmico de formas de
liberação de radiofármacos e nem à monitorização terapêutica de pacientes em
uso de radiofármacos. Conclusão: Conforme a Resolução do CFF nº 486/2008 e
as atribuições do farmacêutico descritas, a radiofarmácia do hospital
universitário atende a maioria das especificações descritas.
ID 077
ERROS DE MEDICAÇÃO ENVOLVENDO MANIPUL AÇÃO DE
MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS E ADJUVANTES NUMA CENTRAL
DE MISTURAS INTRAVENOSAS DE HOSPITAL PÚBLICO
Autores: Edlus Silva, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto
Alegre – RS –[email protected], Luciana dos Santos, Farmacêutica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS –[email protected]
Michele Gai, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre
– RS – [email protected], Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas
de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Gerson
Guerra,Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS –
[email protected], Genaro Azambuja Athaydes, Farmacêutico do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Renato
Chagas Ribeiro, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto
Alegre – RS – [email protected], Daniel Fasolo, Farmacêutico do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected]
Resumo: Introdução: Segundo o Instituto para Práticas Seguras no Uso de
Medicamentos, antineoplásicos são medicamentos potencialmente perigosos e
apresentam riscos aumentados de promover danos aos pacientes em
decorrência de falha no processo de utilização; desta forma, há recomendações
de segurança para prevenção de erros envolvendo estes medicamentos, como
dupla checagem (DC) dos processos e barreiras para redução dos erros.
Objetivo: Descrever erros de medicação identificados, através de DC, no
processo de manipulação de medicamentos antineoplásicos/adjuvantes numa
central de misturas intravenosas (CMIV) de hospital público. Método: Realizouse estudo descritivo retrospectivo baseado nos registros de erros envolvendo
processo de manipulação de medicamentos no período de 2013/2014. Nesse
período implantou-se a DC no processo, após a manipulação dos
medicamentos. DC é um check-list para comparação do produto acabado,
rótulo e prescrição, entre si e com a tabela de compatibilidade físico-quimica da
instituição. Os medicamentos foram categorizados e os erros classificados nas
etapas de prescrição (duplicidade terapêutica), confecção de rótulo (dose
incorreta, diluição inadequada, validade, condições de armazenamento
inadequadas, data, hora, leito, via de administração, tempo de infusão) e
manipulação (tipo e material do equipo e bolsa de infusão). Resultados:
Analisou-se um total de 36.392 prescrições, com 46.484 preparos A taxa de
preparos por prescrição foi 1,28. Identificaram-se 923 erros de 59 diferentes
medicamentos, correspondendo a 1,99% dos preparos e 2,5% das prescrições.
Fluoruracila está relacionada com 116 casos (12,57%), ganciclovir com 75 (8,13%),
doxorrubucina, 60 (6,5%) e citarabina, 48 (5,2%). Entre os tipos de erros,
condições de armazenamento inadequadas corresponderam 28,3%, validade
incorreta, 23,5%, volume final do preparo 14,7%, data incorreta 9,86% e dose
incorreta 6,39%. Em 6% dos casos, houve novo preparo do medicamento.
Conclusão: Verificou-se a importância da DC no processo de manipulação, uma
vez que 923 situações de erro e possível risco ao paciente foram identificadas e
corrigidas antes da dispensação.
ID 076
ANÁLISE DOS FLUXOS ASSISTENCIAIS PARA O TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO DO CÂNCER DE MAMA E POSSÍVEIS DESAFIOS PARA A
ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Autores: Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de
Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, [email protected], Rio de
Janeiro, RJ, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz)
Resumo: Introdução: No contexto da atenção oncológica, a assistência
farmacêutica (AF) deve estar organizada para atender as necessidades do
tratamento. Os longos trajetos entre a residência e o centro de cuidado para
pacientes oncológicos tem sido apontado como um dos fatores que
compromete o acesso e a continuidade do tratamento do câncer de mama.
Objetivo: Mapear e analisar os fluxos percorridos por pacientes em uso de
quimioterapia para o tratamento do câncer de mama, de forma a identificar
possíveis desafios para organização da AF. Metodologia: Foi realizado um
estudo ecológico, buscando correlacionar os locais de residência e de
atendimento das pacientes com câncer de mama. Foram incluídos todos os
procedimentos de quimioterapia financiados pelo SUS, realizados entre janeiro e
dezembro de 2013 em todo o Brasil. A tabulação dos dados foi realizada no
programa TabWin e o mapeamento dos fluxos no programa TerraView. Todas as
informações e programas utilizados no estudo são de acesso público.
Resultados: Foram realizados 1.347.803 procedimentos ambulatoriais de
quimioterapia em 243 unidades habilitadas pelo SUS, sediadas em 156 (2,8%)
dos 5.570 municípios brasileiros. Pacientes oriundas de 4.023 municípios
precisaram transitar mais de 50 km em busca de atendimento, configurando
tratamento fora do domicílio. Em 498 municípios não houve registros de
realização de quimioterapia, sendo 68,3% destes localizados no Norte e
Nordeste do país. O mapeamento dos fluxos permitiu identificar a grande
variabilidade assistencial existente no Brasil, considerando as diferenças
regionais. Essas variações podem determinar problemas na organização da
linha de cuidado para o câncer de mama e comprometer os resultados das
pacientes atendidas. Conclusões: Ao observar os fluxos de origem-destino
algumas questões parecem desafiar a organização da AF, tais como: as
desigualdades de acesso à quimioterapia, as dificuldades no planejamento de
ações e serviços farmacêuticos e o potencial comprometimento da adesão e
continuidade do tratamento.
ID 078
NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE – O PAPEL DO FARMACÊUTICO
NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE ONCOLÓGICO
Autores: Andrezza Viviany Lourenço Marques; Fabiana Bierhals Munsberg;
Morgana Koppen, COMPLEXO ISPON - PONTA GROSSA - PR
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Resumo: Introdução: O papel do farmacêutico na oncologia envolve a
promoção de práticas seguras no uso de medicamentos, elaboração de
protocolos clínicos e de farmacovigilância, detecção, tratamento e notificação
de reações adversas medicamentosas. Objetivo: Reduzir o risco de danos ao
paciente associado à prescrição, uso e administração de medicamentos, através
de ações sistemáticas e monitoramento dos indicadores. Método: Foram
mapeados os riscos internos relacionados aos medicamentos e elaborado e
divulgado o Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de
Medicamentos. Na farmácia do ISPON foram implantadas ações sistemáticas
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
visando contribuir com práticas seguras na manipulação, administração e
dispensação de medicamentos: 1) medicamentos com grafia ou sonoridade
semelhantes tiveram alteração na parte que os diferenciam, estando em negrito
e caixa alta nas fichas de manipulação e nos rótulos de identificação dos
medicamentos; 2) as classes de medicamentos foram identificadas por cores
conforme os grupos de risco; 3) foi inserida no sistema informatizado a
ferramenta de Intervenção Farmacêutica em prescrições, se identificadas não
conformidades relacionadas ao tratamento; 4) criado protocolo de não
conformidades nos processos de manipulação, fracionamento e dispensação de
medicamentos. Resultados: Em 2015 foram realizadas 17 intervenções
farmacêuticas em prescrições médicas relacionadas à: medicamento (8);
atualização de protocolo terapêutico (7), material médico-hospitalar (1) e ajuste
nas datas de tratamento (1). Foram identificadas 19 não conformidades na
manipulação de quimioterápicos, nas categorias: prescrição (4); etiqueta de
identificação (5); ficha de preparo (2); técnica de preparo (5) e medicamento
preparado (3). Na dispensação de medicamento oral foram registradas 5 não
conformidades relacionadas à: dispensação (4) e prescrição (1). Conclusão: As
mudanças nos processos assistenciais farmacêuticos possibilitaram o
desenvolvimento de ações a fim de identificar e prevenir a ocorrência de falhas
que possam causar danos aos pacientes e com isso garantir maior segurança e
melhoria da qualidade no serviço prestado.
ID 080
AVALIAÇÃO DO CUSTO RELATIVO DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
NOS PREPAROS DE ANTINEOPLÁSICOS EM UM HOSPITAL DE GRANDE
PORTE DA REGIÃO SUL.
Autores: Edlus Silva , [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de
Clínicas de Porto Alegre; Thalita Jacoby , [email protected], Porto Alegre –
RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sandro Ness, [email protected],
Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Luciana dos Santos,
[email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Juliana Didonet, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas
de Porto Alegre; Genaro Azambuja Athaydes, [email protected], Porto
Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Resumo: Introdução: A utilização de dispositivos de segurança em sistema
fechado (DSSF) minimiza a geração de aerossóis e ocorrência de acidentes
durante a manipulação de antineoplásicos. Está prevista na NR32 do MT de
16/11/2005, em concordância com as recomendações dos órgãos internacionais
de boas práticas de manuseio de antineoplásicos. No Hospital em estudo, o uso
destes dispositivos vem sendo implementado desde 2012, contudo, o valor
elevado e alta demanda colocam alguns deles na curva A de custo. A legislação
que trouxe benefício e segurança ao manipulador não previu origem necessária
ao financiamento desta nova tecnologia, de forma que instituições restringem
parcial ou completamente seu uso por falta de recursos. Objetivo: Evidenciar o
custo relativo dos DSSF no valor total dos preparos de antineoplásicos.
Metodologia: Foram contabilizados todos os medicamentos utilizados no
preparo de antineoplásicos injetáveis no ano de 2015 através do sistema
informatizado do Hospital, além do consumo e custo dos DSSF. Por fim,
calculou-se o custo relativo dos DSSF sobre o valor total dos preparos.
Resultado: O custo dos dispositivos (R$ 830.990,11) representou 10,89% do valor
total dos preparos (R$ 7.628.377,66), que incluiu medicamentos judiciais e do
componente estratégico. Considerando-se apenas os medicamentos
antineoplásicos comprados pelo hospital (R$ 2.417.245,78), o custo representou
25,58 %. Esse custo relativo está vinculado, também, ao perfil de utilização dos
dispositivos no Hospital, uma vez que ainda não são utilizados para todos os
antineoplásicos. Conclusão: Os DSSF são tecnologias em saúde que envolvem
alto nível de pesquisa e desenvolvimento e, consequentemente, possuem valor
elevado. O investimento em segurança através da utilização de DSSF representa
um importante benefício ao trabalhador, mas alto custo para as instituições.
Deveria, portanto, ser avaliado pelas fontes de financiamento públicas e pelas
operadoras de planos de saúde como parte das terapias antineoplásicas.
ID 079
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO PARENTERAL EM
PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS E SUAS INTERFACES COM A
SEGURANÇA DO PACIENTE
Autores: Jayda Eiras Ramim, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
Maria Inês Nogueira de Souza Benfenatti, [email protected], Rio de
Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)
Resumo: Introdução: A Nutrição Parenteral (NP) é considerada medicamento
de alta vigilância. Em pacientes oncológicos seu uso pode minimizar os impactos
das reações adversas relacionadas a radio e quimioterapia, aumentar a
expectativa de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes. Contudo a sua
utilização não está isenta de riscos, demandando a adoção de estratégias que
minimizem erros e garantam a segurança do paciente. Objetivo: Analisar as
complicações relacionadas ao uso da NP em pacientes oncológicos pediátricos,
visando identificar aspectos relacionados à segurança do paciente. Métodos:
Estudo de coorte retrospectivo, envolvendo pacientes oncológicos pediátricos
de um hospital do Rio de Janeiro, que fizeram uso de NP durante a internação
hospitalar por período ≥ 7 dias. Todos os pacientes do período de janeiro a
dezembro de 2014 foram incluídos no estudo. Foram coletados dados sobre:
perfil dos pacientes e das formulações de NP, exames laboratoriais e relatos de
complicações da NP. Foi utilizada a estatística descritiva e os achados foram
correlacionados com aspectos da segurança do paciente, nas categorias:
prescrição, manipulação e administração. Resultados: Foram analisados dados
de 29 pacientes com média de idade de 8,7 anos. A maioria era do sexo
masculino (65,5%) e estavam internados na unidade de transplante de células
tronco-hematopoéticas. A média do tempo de uso foi de 14 dias. Apenas dois
pacientes atingiram a oferta de energia recomendada. Todos os pacientes
apresentaram complicações metabólicas, principalmente relacionadas aos
níveis de glicose, triglicerídeos e eletrólitos. Foram identificados sete potenciais
problemas relacionados à prescrição, cinco à manipulação e dois à
administração da NP. Conclusão: A ocorrência das diversas complicações
encontradas demonstra a importância da adoção de estratégias de
gerenciamento de risco, de forma a garantir a segurança dos pacientes
pediátricos oncológicos em uso de NP, visto que tais complicações são
consideradas evitáveis.
ID 081
AVALIAÇÃO DOS MOTIVOS E CUSTOS DAS DEMANDAS JUDICIAIS DE
TRASTUZUMABE EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Autores: Edlus Silva, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de
Clínicas de Porto Alegre; Juliana Didonet, [email protected], Porto Alegre –
RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Genaro Azambuja Athaydes,
[email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Gerson Guerra, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de
Porto Alegre; Renato Chagas Ribeiro, [email protected], Porto Alegre – RS,
Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Thalita Jacoby, [email protected], Porto
Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sandro Ness,
[email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Daniel Fasolo, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de
Porto Alegre.
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Resumo: Introdução: O trastuzumabe (Herceptin®) é um anticorpo
monoclonal de alto custo indicado como adjuvante no tratamento do câncer de
mama. O Ministério da Saúde (MS) publicou a Portaria nº 73/2013
estabelecendo diretrizes diagnósticas e terapêuticas para uso do trastuzumabe
na quimioterapia do câncer de mama HER-2 positivo inicial e localmente
avançado (estágios I a III) e iniciou o fornecimento do medicamento no sistema
público de saúde, uma vez que as vias de tratamento existentes anteriormente
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
eram a saúde suplementar ou a demanda judicial. No entanto, observou-se que
no Hospital em estudo as demandas judiciais aumentaram após publicação da
Portaria. Objetivo: Identificar o motivo das demandas judiciais de trastuzumabe
em um Hospital público e os respectivos custos do tratamento. Metodologia:
Revisão dos motivos das prescrições médicas e quantificação dos custos do
tratamento com trastuzumabe via demanda judicial de janeiro de 2015 a
fevereiro de 2016. Resultados: Nos 18 casos avaliados, o trastuzumabe foi
prescrito para tratamento paliativo (Estágio IV), diretriz terapêutica que não
consta na Portaria. Dessa forma, a viabilidade do tratamento ocorreu pela via
judicial e, no período estudado, o custo total dos casos para o Estado do RS com
a judicialização foi de R$ 1.407.980,07. Caso estes tratamentos fossem
subsidiados pela aquisição centralizada do MS, o custo total seria 517.134,56.
Observou-se uma possível economia de 890.845,51 no período. Conclusão:
Identificou-se que a aquisição centralizada de medicamentos de alto custo pelo
MS é mais vantajosa economicamente que a aquisição via judicial realizada pelo
Estado do RS. Ainda, que o trastuzumabe é, na prática, uma opção terapêutica
no tratamento paliativo. Portanto, para otimizar os gastos pela judicialização,
sugere-se considerar a possibilidade de ampliação do acesso das pacientes no
estágio IV ao tratamento com trastuzumabe. A economia gerada pode ser
revertida em ações de prevenção e diagnóstico precoce.
ID 083
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA:
ANÁLISE DO PERFIL DOS PACIENTES E DOS MEDICAMENTOS DE USO
OFF-LABEL.
Autores: Luísa Tostes Oliveira./ [email protected] / Rio de JaneiroRJ / INCA
Erika da Silva Magliano / [email protected] / Rio de Janeiro - RJ /
INCA
Resumo: Introdução: A utilização do medicamento de maneira distinta
daquela autorizada pelo órgão regulatório de medicamentos em um país é
definida como uso off-label, podendo referir-se a indicação, faixa etária/peso,
posologia, apresentação ou via de administração. Em oncologia pediátrica, há
poucas informações sobre a extensão do uso off-label. O uso de medicamentos
em crianças é menos seguro e com resultados menos previsíveis quando
comparados àqueles obtidos em adultos. Assim, mais estudos e pesquisas são
necessários para orientar e subsidiar a tomada de decisão clínica nessa
população. Estudos apontam para a necessidade de realização de pesquisas
que objetivem detectar o uso de medicamentos de uso off-label em pediatria.
Objetivo: Analisar a extensão do uso off-label, definindo o perfil dos pacientes
pediátricos e dos antineoplásicos prescritos em um centro oncológico de
referência. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte de caráter
quantitativo e seguimento retrospectivo em que foram avaliadas os prontuários
médicos e as prescrições dos protocolos de quimioterapia de crianças e
adolescentes 0 a 18 anos. Resultados: Foram incluídos 39 pacientes, sendo
61,5% do sexo masculino, e 38,5% da faixa etária pré-escolar. Foram registradas
10 patologias, entre outras, retinoblastoma (25,6%). Aproximadamente 31% dos
pacientes possuíam metástase ao diagnóstico, e 25,6% foram a óbito. Foram
analisadas 351 prescrições, que continham cinco medicamentos de suporte,
resgate, ou citoprotetores, e onze antineoplásicos, dos quais vincristina foi o
mais prevalente. Em 85,5% das prescrições havia pelo menos um medicamento
prescrito de forma off-label, sendo os principais motivos: posologia e indicação.
Foram descritas 242 RAM, relatadas em aproximadamente 90% dos pacientes.
As reações mais prevalentes foram náuseas, vômitos, mucosite e neutropenia
febril. Conclusão: O presente estudo corrobora os dados de alta frequência de
uso off-label em oncologia pediátrica, atentando para necessidade de
discussões multiprofissionais relacionadas ao mesmo, assim como o
monitoramento desse uso através de ações de farmacovigilância.
ID 082
ATENÇÃO FARMACÊUTICA: ESTRATÉGIA PARA OTIMIZAÇÃO DA PRÁTICA
Autores: 1- Patrícia Kaiser Pedroso Cava - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ
- Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
2- Isabella Moraes Pimentel - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
3- Carolina Pereira Castro - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
4- Jayda Eiras Ramin - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
5- Vanessa Índio do Brasil da Costa - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
6- Andrea Almeida Tofani - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
7- Dulce Helena Nunes Couto - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
Resumo: Introdução: Na atualidade, frente à escassez de recursos, a
otimização do processo é condição "sine qua non" para a realização da prática
da Atenção Farmacêutica e a obtenção de resultados mais efetivos. Objetivo:
Analisar o perfil dos pacientes submetidos a intervenções farmacêuticas (IF)
realizadas no Programa de Atenção Farmacêutica (PAF) do HCI/INCA com
intuito de otimizar o atendimento aos pacientes oncológicos deste programa.
Metodologia: Estudo transversal com o levantamento de informações
referentes aos pacientes e das intervenções farmacêuticas realizadas no PAF
(julho/2009 a janeiro/2016). Para fins de comparação, foi realizado o Teste quiquadrado de Pearson e de Fisher (nível de significância de 5%), no programa
Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Resultados: Foram
identificadas 287 IF, em 166 pacientes atendidos no PAF, 58,2%
farmacoterapêuticas e 41,8% não farmacoterapêuticas. As principais IF
farmacoterapêuticas foram: melhorar a adesão do paciente (51; 30,5%); educar
em medidas não farmacológicas (29; 17,4%); incluir medicamento (24; 14,4%);
intervir no uso e na forma de administração do medicamento (23; 13,8%). Em
relação ao perfil dos pacientes submetidos a estas intervenções, a maior
frequência foi dos diagnosticados com Leucemia Mieloide Crônica (64; 66,7%),
idade superior a 60 anos (51; 53,1%), sexo masculino (49; 51%) e baixo nível de
escolaridade (38; 39,5%). Em comparação aos pacientes que não tiveram
intervenções farmacoterapêuticas, houve diferença estatisticamente
significativa para aqueles que tinham maior número de comorbidades ( 2) (sim:
46; 47,9%; não: 20; 28,6% p = 0,039) e que utilizavam mais de 4 medicamentos
(sim: 48; 50,0%; não: 18; 25,7%, p = 0,002). Conclusão: Para fins de otimização
da prática de Atenção Farmacêutica, os idosos, os pacientes com baixo nível de
escolaridade e principalmente aqueles que possuem maior número de
comorbidades e que utilizam mais medicamentos, devem ser priorizados,
destacando a promoção da adesão ao tratamento.
ID 084
IMPACTO DAS SUGESTÕES DE CONDUTAS FARMACÊUTICAS
RELACIONADAS A EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES SUBMETIDOS À
QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA.
Autores: 1 - Júllia Duarte Bezerra - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte;
2 - Simone Vieira Pereira - [email protected] - Natal/RN - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte;
3 - Lourena Laise Mafra Silva - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte;
4 - Ronario Danilo da Silva Barbosa - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte;
5 - Marcos Dias Leão - leã[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos;
6 - Daniela Gonçalves Braz de Albuquerque - [email protected] Natal/RN - Oncoclínica São Marcos;
7 - Eduardo Cavalcanti Cunha Lima - [email protected] Natal/RN - Oncoclínica São Marcos;
8 - Ney Moura Lemos Pereira - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
29
Resumo: Introdução: Os eventos adversos à quimioterapia estão relacionados
ao indivíduo, ao tipo de medicamento antineoplásico, dose administrada e
tempo de tratamento. A contribuição farmacêutica nas sugestões de condutas
trata-se de uma importante iniciativa para o sucesso da terapêutica
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
antineoplásica. Objetivo: Avaliar o impacto das sugestões de condutas
farmacêuticas relacionadas aos eventos adversos em pacientes submetidos ao
tratamento quimioterápico. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo,
exploratório e descritivo baseada na metodologia Dáder, o local de estudo foi
uma unidade hospitalar de administração privada localizada em Natal/RN, entre
o período de fevereiro a dezembro/2015. As anamneses foram realizadas e as
reações foram classificadas quanto o grau, de acordo com o guia de notificação
da SOBRAFO de 2011. Este estudo foi submetido ao CEP N°094/11, UFRN.
Resultados: Foram entrevistados 76 pacientes durante o período de fevereiro a
dezembro/2015, as entrevistas foram realizadas no mínimo uma vez a cada ciclo,
totalizando 97 entrevistas. Dentre os tipos de câncer destacaram-se: mieloma
múltiplo (18%), neoplasia maligna do ovário (10%), neoplasia maligna da mama
(10%). Os principais medicamentos utilizados nos protocolos foram:
ciclofosfamida (17%), paclitaxel (15%), fluorouracil (14%), carboplatina (12%),
doxorrubicina (11%) e dexametasona (11%). Verificou-se 45 tipos diferentes de
eventos adversos, os mais citados foram: náusea (27%), vômito (16%),
neuropatia periférica (15%). Dentre as principais sugestões de condutas estavam
à necessidade de antiemético (58%), estimulante do apetite (16%), protetor
gástrico (14%). Das 97 sugestões de condutas, 29 (30%) foram acatadas, 41 (43%)
não foram acatadas e 26 (27%) não tiveram consulta posterior à sugestão. Desse
total 31 (56%) apresentou melhora do quadro, 21 (38%) houve permanência da
queixa e em 3 (6%) observou-se uma piora do quadro. Conclusão: A atuação
do farmacêutico foi primordial na minimização dos eventos adversos,
otimizando a terapêutica instituída, bem como reduzindo o desconforto diante
do quadro clinico.
(ciclofosfamida+bortezomibe+dexametasona), neuropatia periférica
(ciclofosfamida+bortezomibe+dexametasona), neuropatia periférica
(ciclofosfamida+bortezomibe+doxorrubicina+pamidronato). Conclusão:
Dentre os protocolos avaliados neste grupo de pacientes, o protocolo que
apresentou reações mais graves foi ciclofosfamida+bortezomibe+
dexametasona, sendo neuropatia periférica a reação que ocorreu com maior
gravidade segundo a classificação.
ID 086
ANÁLISE DE SOLICITAÇÕES DE INFORMAÇÕES ENVOLVENDO
ANTINEOPLÁSICOS EM UM CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE
MEDICAMENTOS
Autores: 1 – Bruno Simas da Rocha – [email protected] – Porto Alegre/RS –
Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
2 – Ricardo Moresco Zucco – [email protected] - Porto Alegre/RS –
Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
3 – Tatiana Von Diemen – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de
Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre.
4 – Fernanda Rossatto Machado – [email protected] - Porto Alegre/RS –
Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
5 – Jacqueline Kohut Martinbiancho – [email protected] - Porto
Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia
Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
ID 085
CORRELAÇÃO ENTRE AS REAÇÕES ADVERSAS E OS PROTOCOLOS
TERAPÊUTICOS DE PACIENTES PORTADORES DE MIELOMA MÚLTIPLO.
Resumo: Introdução: O Centro de Informações sobre medicamentos (CIM)
auxilia os profissionais de saúde em questões referentes aos medicamentos,
entre eles, os antineoplásicos, classe terapêutica com alta prevalência de uso em
hospitais de alta complexidade. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar o
perfil das solicitações de informações sobre antineoplásicos a um CIM de
Hospital Terciário Universitário. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em
que foram avaliadas as solicitações de informações envolvendo antineoplásicos
atendidas em um CIM de Hospital Terciário Universitário, no período de
janeiro/2014 a dezembro/ 2015. As características das solicitações avaliadas
foram: tema da solicitação, profissão do solicitante, unidade de trabalho do
solicitante, presença de erro de medicação e a freqüência de cada
antineoplásico. Resultados: Foram atendidas 4111 solicitações no período do
estudo, e destas, 384 (9,3%) envolviam antineoplásicos. Quanto ao perfil do
solicitante, 60,4% eram farmacêuticos e 20,7% eram enfermeiros. As unidades
mais frequentes dos solicitantes eram do serviço de farmácia (53,6%), internação
oncológica (16,3%) e convênios (6,7%). Os temas mais frequentes envolvidos nas
solicitações foram: administração do medicamento (25,1%), incompatibilidades
medicamentosas (23,1%), estabilidade (14,0%) e preparo (13,7%). Os
antineoplásicos mais prevalentes foram: rituximab (6,8%), asparaginase (3,9%),
etoposido (3,7%) e cisplatina (3,7%). As classes mais prevalentes foram dos
antimetabólitos (11%), agentes alquilantes (10%) e anticorpos monoclonais
(8,7%). Conclusão: Uma elevada proporção de solicitações atendidas pelo CIM
envolvia antineoplásicos injetáveis, provavelmente devido à complexidade nas
etapas de preparo e administração desta classe de medicamentos. Sendo assim,
os temas mais frequentemente questionados envolviam incompatibilidades
medicamentosas, quando administrado concomitantemente com mais de um
fármaco endovenoso; modo de preparo; e administração dos mesmos. Por fim,
os dados reforçam a importância do suporte de informações baseadas em
literatura e referências atualizadas na segurança do uso dos antineoplásicos
pelos centros de informações de medicamentos.
Autores: 1 - Lourena Laise Mafra Silva - [email protected] - Natal/RN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2 - Júllia Duarte Bezerra [email protected] - Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do
Norte; 3 - Ronário Danilo da Silva - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 4 - Rodrigo Villar de Freitas [email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 5 - Marcos Dias
Leão - leã[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 6 - Lavoisier da Silva
Campos - [email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 7 - Eduardo
Cavalcanti Cunha Lima - [email protected] - Natal/RN Oncoclínica São Marcos; 8 - Ney Moura Lemos Pereira - [email protected]
- Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Resumo: Introdução: Para o Brasil, no ano de 2016, estima-se 10.070 casos
novos de leucemias dentre elas o mieloma múltiplo, um tipo de câncer que se dá
na medula óssea e afeta o sistema imunológico, isso acontece por uma falha em
um dos componentes do sangue que produz anticorpos. Objetivo: Avaliar a
correlação entre as reações adversas e os protocolos terapêuticos de pacientes
portadores de mieloma múltiplo. Metodologia: Trata-se de um estudo
prospectivo e descritivo baseado na metodologia Dáder, o local de estudo foi
uma unidade hospitalar de administração privada localizada em Natal/RN, entre
o período de junho/2013 a julho/2015. Foram realizadas anamneses
farmacêuticas de 30 pacientes portadores de mieloma múltiplo, onde as reações
foram classificadas quanto o grau, de acordo com o guia de notificação da
SOBRAFO de 2011. Este estudo foi submetido ao CEP N°094/11, UFRN.
Resultados: Das 30 anamneses analisadas observou-se dados de esquema
terapêutico, reações adversas graves, sexo, e idade dos pacientes. A incidência
do mieloma múltiplo relacionada ao sexo foi de 53% do sexo masculino e 47%
do sexo feminino, a incidência relacionada a idade foi de 27% na faixa etária
entre 71 à 80 anos de idade. Dentre os tipos de protocolos destacaram-se: ácido
zoledrônico+bor tezomibe (25%), pamidronato (20%),
v i n c r i s t i n a + d o x o r r u b i c i n a + d e x a m e t a s o n a - VA D ( 1 5 % ) ,
bortezomibe+ciclofosfamida+melfalano (15%), pamidronato+melfalano (15%).
Verificou-se um total de 245 reações adversas a medicamentos, onde as que
mais apareceram foram náusea 37 (15%), diarreia 24 (10%), neuropatia periférica
22 (9%), sendo 4 (2%) classificadas como grau GIII. As reações GIII associadas ao
protocolo foram: diarreia (VAD+pamidronato), tremor nas pernas
30
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 087
informações relevantes contribui para o uso seguro dos medicamentos e para a
eficácia do tratamento. Objetivo: Inclusão de prescrição padrão baseada nos
protocolos de quimioterapia em sistema informatizado em ambulatório de
Oncologia de hospital privado, localizado na cidade de Porto Alegre/RS.
Metodologia: Para a elaboração das prescrições, considerou-se guidelines
internacionais e os sítios de localização do tumor. A prescrição-padrão está
dividida nos seguintes esquemas: protocolos antineoplásicos (nome do
protocolo, medicamentos com a dose por m², via de administração e a
freqüência do ciclo); parâmetros laboratoriais para administração do
tratamento, ciclos de tratamento (peso; altura; superfície corporal; sítio primário;
estadiamento clínico) e registro de alteração do protocolo (para informações de
redução de doses e suspensão de medicamentos); esquema de medicamentos
pré administração de quimioterapia (antieméticos, corticóides e antihistamínicos); terapia antineoplásica (medicamentos antineoplásicos, dose
(exclusivamente em mg), diluição, via de administração e tempo de infusão) e
soluções (hidratação e demais soluções para manter acesso). Resultados:
Foram elaboradas 200 prescrições padrão envolvendo as seguintes áreas:
ginecologia, sistema nervoso central, melanoma, urologia, sistema
gastrointestinal, tórax e mama. Conclusão: A padronização das prescrições é
um fator chave na prevenção de erros envolvendo antineoplásicos,
principalmente por serem medicamentos de estreita janela terapêutica. Com a
inclusão de prescrições padrão baseadas nos protocolos de quimioterapia
obtêm-se ganho em segurança para a equipe multiprofissional, por disporem de
todas as informações necessárias ao cuidado do paciente, orienta a
administração e a infusão correta dos medicamentos, garantindo a efetividade
do tratamento.
APLICAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTENDIDA NA REUTILIZAÇÃO DE
SOBRAS DE MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS INJETÁVEIS APÓS
VALIDAÇÃO DO PROCESSO
Autores: Rodrigo Marangoni Fernandes, [email protected], Ribeirão
Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Aila Mabla Azarias Castro, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo,
Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Gustavo Marin Arado, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo,
Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Fernanda Dos Santos Fernandes Andrucioli, [email protected],
Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Kellyane P. Fonseca, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital
Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Verônica L. Festuccia, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital
Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Laura Valdevite, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo,
Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.
Resumo: A validação do processo de reutilização das sobras de medicamentos
antineoplásicos injetáveis, realizada ano de 2014 (validação do processo de
reutilização de sobras de medicamentos antineoplásicos injetáveis em um
hospital universitário), possibilitou a aplicação das estabilidades entendidas.
Definimos novas validades e conseguimos um aumento de estabilidade em 27
dos 52 dos medicamentos disponíveis em nossa instituição (52% do total). Deste
total de 27 medicamentos, 4 tiveram a validade aumentada de 8 a 24 horas, para
5 a 7 dias e o restante, 23 medicamentos, de 24 horas a 7 dias para 28 dias. O
objetivo deste trabalho foi comparar 12 meses de consumo dos medicamentos
antineoplásicos utilizando a tabela de estabilidade anterior, com 12 meses de
consumo utilizando a nova tabela com as estabilidades estendidas definidas
após validação do processo. Foram selecionados 19 dos 27 medicamentos que
tiveram alteração na validade. 8 foram excluídos por terem mais de uma
apresentação disponível, que são misturadas durante o preparo, dificultando
chegar em um resultado fiel. Comparamos o consumo de julho de 2013 a junho
2014, período de consumo com a estabilidade antiga, com o período de janeiro a
dezembro de 2015, período de consumo utilizando as estabilidades estendidas.
Dos 19 medicamentos comparados, em 9 conseguimos comprovar economia
gerada pelo aumento da estabilidade das sobras. Concluímos neste trabalho
que a utilização da estabilidade estendida na reutilização de sobras de
medicamentos antineoplásicos promove uma economia na quantidade de
frascos de medicamentos utilizados durante a manipulação, possibilita maior
flexibilidade no agendamento dos pacientes e viabiliza uma revisão na
padronização das apresentações dos medicamentos utilizados no processo.
D 089
IDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
COM MEDICAMENTOS PSICOATIVOS NO SETOR DE ASSISTÊNCIA
DOMICILIAR DE UMA INSTITUIÇÃO DE CUIDADO PALIATIVO
ONCOLÓGICO
Autores: Luiz Henrique Sousa Rocha – [email protected] – Rio de
Janeiro - RJ Farmacêuticos Residentes do Instituto Nacional de Câncer/ INCA,
Luiz Gustavo André Oliveira - farmá[email protected] – Rio de Janeiro - RJ
Farmacêuticos Residentes do Instituto Nacional de Câncer/ INCA, Mariana
Ferreira Rodrigues de Souza - [email protected] – Rio de Janeiro - RJ
Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA , Flávia Barcelos –
[email protected] - Rio de Janeiro – RJ – Farmacêutica do Instituto Nacional
de Câncer/ INCA, Maria Fernanda Barbosa – [email protected] Rio de
Janeiro – RJ – Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA
ID 088
PADRONIZAÇÃO DE PRESCRIÇÃO POR PROTOCOLO DE QUIMIOTERAPIA
EM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA
Autores: Sabrina Tasca - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Hospital Moinhos de Vento
Fernanda Haar - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
Hospital Moinhos de Vento
Eleoni Kuhn dos Santos - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, Hospital Moinhos de Vento
Cicero da Silveira Alende - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, Hospital Moinhos de Vento
Namur Madruga Junqueira - [email protected], Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento
Resumo: Introdução: A prescrição é uma importante ferramenta no processo
medicação. Uma prescrição inadequada ou incompleta acarreta em risco
iminente e danos irreparáveis ao paciente. Em Oncologia, o tratamento é
baseado em protocolos clínicos internacionais que norteiam os profissionais, e o
uso de uma prescrição padronizada, que contemple todos os parâmetros e
31
Resumo: Introdução: Cuidado Paliativo (CP) é uma abordagem que promove a
qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que
ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do
sofrimento. Uma análise crítica da farmacoterapia aplicada ao CP na oncologia é
importante, uma vez que seus resultados auxiliam a definir estratégias a fim de
promover o uso racional de medicamentos e evitar a ocorrência de interações
medicamentosas (IM) e consequentes reações adversas aos medicamentos
(RAM) Objetivo: Identificar as potenciais IM com fármacos psicoativos no
ambiente do CP oncológico. Método: Estudo descritivo transversal,
considerando dados de consumo de 2015. Foram elencados os 10
medicamentos de maior dispensação no setor, associados aos fármacos
psicoativos padronizados no hospital. As potenciais IM foram aferidas no portal
Micromedex, e categorizadas de acordo com o impacto (graves, moderadas ou
leves) onde as interações graves foram pormenorizadas e quantificadas.
Resultados: Os 33 medicamentos incluídos na pesquisa resultaram em 159 IM,
das quais 105 foram consideradas graves (66%). Destacaram-se as seguintes
RAM: aumento do intervalo QT, depressão do sistema nervoso central, síndrome
serotoninérgica, depressão respiratória, alterações da concentração plasmática,
aumento do risco de convulsões e aumento do bloqueio neuromuscular pelo
baclofeno. Conclusão: O controle de sintomas, alvo principal da terapêutica
paliativa, requer o uso de diferentes classes de fármacos propiciando IM e
possíveis RAM. O conhecimento obtido possibilitou a realização de orientações
à equipe multiprofissional e a efetivação de uma maior observação do impacto
clínico nos pacientes em CP.
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 090
Com isso, foi desenvolvida uma ficha de acompanhamento como ferramenta
para o seguimento farmacoterapêutico. Objetivo: Analisar o uso da ficha
farmacoterapêutica desenvolvida como uma ferramenta para o
acompanhamento dos pacientes em protocolo de quimioterapia.
Metodologia: Estudo transversal, de natureza quali-quantitativa, realizado na
área de internação do Hospital Moinhos de Vento – RS, no período de 2011 a
2015. Resultados: Em cinco anos de utilização da ferramenta foram
acompanhados 823 pacientes. Através do preenchimento de uma ficha de
acompanhamento com dados do paciente, do protocolo que será utilizado,
dose, diluição, tempo de infusão, dias de tratamento de cada medicamento,
peso, altura e superfície corporal, exames laboratoriais atualizados e registro das
datas de administração dos medicamentos. Conclusão: A ficha de
acompanhamento como ferramenta para o seguimento farmacoterapêutico
dos pacientes em protocolo de quimioterapia facilitou a identificação da
necessidade de intervenções, os erros de medicação, riscos de interações
indesejadas entre medicamento e diluentes proporcionando, assim, maior
segurança para o processo que envolveu a administração de medicamentos
oncológicos.
USO DE CETAMINA VIA ORAL: UMA ALTERNATIVA NA DOR ONCOLÓGICA
DE DIFÍCIL MANEJO
Autores: Ricardo Soares Gioda - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Bruno Simas da Rocha - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de
Clínicas de Porto Alegre
Leonardo Monteiro Botelho - [email protected] - Porto alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Resumo: Introdução: A dor é um dos sintomas prevalentes em pacientes com
câncer, sendo os analgésicos opioides o seu principal tratamento. Em alguns
pacientes essa terapêutica pode ter sua eficácia diminuída, seja pelo
desenvolvimento de tolerância, devido à ocorrência de dores de características
distintas ou por hiperalgesia (quando a resposta analgésica se modifica de forma
abrupta). A cetamina, um anestésico com propriedades analgésicas pode ser
uma aliada nesse contexto. Objetivo: Verificar o uso de preparações
farmacêuticas de cetamina oral a partir da apresentação injetável (única forma
disponível comercialmente), assim como revisar doses e estabilidade de
soluções. Método: Busca em bases de dados (MEDLINE,LILACS) utilizando
palavras-chaves relacionadas ao uso oral de cetamina em analgesia.
Resultados: Dos artigos encontrados (cerca de duas dezenas), há indicação de
uso da cetamina oral no tratamento da dor oncológica, além de sedativo,
ansiolítico e antidepressivo. As soluções foram preparadas a partir da
apresentação injetável (50mg/mL), com concentrações entre 5 e 10 mg/mL, em
xaropes simples e estabilidade relatada sob refrigeração de 7 a 14 dias ou por
período maior em diferentes formulações. A administração do medicamento foi
realizada três a quatro vezes ao dia com doses de 10 a 100 mg e dose máxima
diária de 1 g (250mg/dose). Alguns estudos citam aumento gradativo nas doses,
bem como início de terapia parenteral e posterior transição para via oral.
Conclusão: A administração oral de medicamentos é a via preferencial para
pacientes em condições de utilizá-la, facilitando inclusive o cuidado em
domicílio. A solução de cetamina via oral, mesmo com indisponibilidade de
preparações comercias, vem sendo utilizada em diversas instituições. Não há
padronização no preparo das soluções, porém os estudos disponíveis permitem
que a utilização da cetamina oral seja realizada dentro de um processo seguro e
que possibilite aos pacientes uma alternativa de tratamento na dor oncológica
de difícil manejo.
ID 092
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO MANEJO DE TOXICIDADES
RELACIONADAS À CISPLATINA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Autores: 1. Calinca Eliotério Oliveira – [email protected] –
Salvador/BA – Hospital Português da Bahia
2. Islania Almeida Brandão – [email protected] – Salvador/BA – Hospital
Português da Bahia
3. Vanessa Maria Rodriguez Malvar – [email protected] – Salvador/BA
- Núcleo de Oncologia da Bahia
Resumo: Introdução: Embora tenha seus benefícios reconhecidos no
tratamento de diversos tipos de neoplasias, a cisplatina tem seu uso limitado
pelas suas reações adversas, comprometendo a eficácia do tratamento.
Objetivo: Discutir a atuação do farmacêutico em Oncologia, tendo em vista a
garantia da segurança de pacientes em tratamento com cisplatina. Método:
Revisão integrativa de literatura, com seleção de artigos publicados nas bases de
dados Pubmed, Scielo e Lilacs, entre 1980 e 2015. Excluíram-se avaliações de
teses e artigos de revisão/debate, que descreviam toxicidades de outros
antineoplásicos e que retratavam a farmacovigilância no âmbito geral, obtendose 35 artigos. Resultados: O papel do farmacêutico na equipe multiprofissional
vem se tornando essencial na prevenção e tratamento de toxicidades
apresentadas pelos pacientes. Nos protocolos com cisplatina, deve-se analisar,
entre outros aspectos, o grau de hidratação, uso de diuréticos e reposição
eletrolítica, importantes para redução de nefrotoxicidade. A avaliação da préquimioterapia torna-se fundamental na prevenção de náuseas e vômitos,
devido ao alto potencial emetogênico da cisplatina. A profilaxia da mucosite oral
e a minimização de seus danos são realizadas pelo farmacêutico, durante o
acompanhamento. A sinalização à equipe médica, para efetuar a conduta
adequada, e a orientação ao paciente quanto aos cuidados na escovação, uso
de enxaguantes bucais sem álcool, redução de alimentos ácidos e salgados e
crioterapia oral reduzem, de forma efetiva, o risco de ocorrência e/ou
progressão dessa toxicidade. O manejo/monitoramento da ototoxicidade pode
ocorrer em parceria com o paciente, orientando-o a sinalizar qualquer grau de
perda auditiva e ocorrência de zumbidos para que, nova avaliação seja realizada
e condutas clínicas sejam adotadas. Conclusão: De forma ampla, o manejo de
toxicidades inicia-se desde a análise da prescrição até o acompanhamento do
paciente. Esta atuação pode reduzir e prevenir possíveis eventos adversos
secundários a cisplatina e promover melhor adesão e reposta ao tratamento
proposto.
ID 091
SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DOS PACIENTES EM
QUIMIOTERAPIA
Autores: 1 -Cândida Saldanha Fabris - [email protected] - Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 2- Luana Christine Comerlato [email protected] - Luana Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de
Vento, 3- Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 4- Dauana Pitano [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 5Giselle Calovi Pratini- [email protected]– Porto Alegre/RS - Hospital
Moinhos de Vento, 6- Raquel Pereira Vieira- [email protected] Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 7- Marinalda Predebon [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de
Vento, 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento
Resumo: Introdução: O câncer, segundo a OMS (Organização Mundial de
Saúde), está entre as principais causas de morte no mundo. Estima-se que no
Brasil em 2016 a ocorrência do câncer seja de, aproximadamente, 596 mil novos
casos. O farmacêutico é o profissional habilitado para a avaliação e validação da
prescrição de medicamentos oncológicos. A atuação efetiva do farmacêutico
contribui na melhoria desta terapia. Com a diversidade de protocolos e
particularidades dos pacientes, a padronização de uma rotina de avaliação é
necessária para auxiliar o farmacêutico a garantir a segurança desse processo.
32
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 093
indivíduo e que apresentam forte correlação com diagnóstico em idade precoce
(inferior aos 45 anos) e origem racial. A história familiar de câncer de mama é um
fator importante que tem relevância direta para o rastreio, prevenção e
tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o histórico familiar de câncer de
pacientes com câncer de mama de um hospital oncológico e determinar os
possíveis casos candidatos a terapia alvo farmacológica. Após a análise dos
dados, foi construído um heredograma para as pacientes com idade inferior a 45
anos e que confirmaram histórico de câncer na família (1º e 2º grau de
parentesco). Foram avaliadas 162 pacientes, apresentando idade entre 28 e 85
anos, 121 pacientes apresentaram casos de câncer na família, sendo 26 delas
pacientes com idade igual ou inferior a 45 anos (16,1% do total de casos).
Quando avaliados casos familiares apenas com parentesco de 1º grau, 86
pacientes apresentaram casos de câncer na família, sendo 14 delas com idade
igual ou inferior a 45 anos (8,6% do total de casos) e referente ao parentesco de
2º grau, 83 apresentaram algum caso na família, sendo 20 delas pacientes com
idade igual ou inferior a 45 anos (12,3% do total de casos). É importante ressaltar
que a detecção precoce do câncer de mama é crucial para a eficácia da terapia
alvo, oferecendo uma boa chance de recuperação e redução da mortalidade
por câncer de mama.
CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE BARREIRAS DE SEGURANÇA NO
PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS
Autores: 1 -Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 2 - Candida Saldanha Fabris [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 3 Luana Christine Comerlato - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento, 4- Dauana Pitano Eizerik-dauana.eizerik@
hmv.org.br- Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 5- Marinalda
Predebon [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital
Moinhos de Vento, 6-Melissa Oliveira Echevengua- melissa.echevengua@
hmv.org.br-- Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 7- Rosana Oliveira
de [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de
Vento, 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento
Resumo: Introdução: O alto risco inerente ao processo de preparo e
administração de medicamentos quimioterápicos (QT) exige a garantia de
segurança, contudo estruturas hospitalares não possuem um modelo padrão
para obtenção da segurança dos processos, sendo necessário a criação e
implementação de barreiras adaptadas a realidade de cada instituição. Objetivo
:Apresentar as principais barreiras de segurança desenvolvidas em um hospital
privado no processo de preparo e administração de quimioterápicos.
Metodologia: Descrição das ações implementadas visando a segurança no
preparo e administração de quimioterápicos. Resultados: Foi desenvolvido um
e-mail, cujo gatilho é a prescrição de um medicamento QT, que serve como
alerta para o farmacêutico priorizar sua atenção para avaliação detalhada desta
prescrição, leitura de prontuário, avaliação de exames laboratoriais e
preenchimento da ficha de acompanhamento farmacoterapêutico, na qual,
após contato com o médico prescritor ou assistente, são confirmadas
informações do protocolo e dos medicamentos. Caso falte alguma informação
na prescrição, o farmacêutico poderá, sob ciencia do médico, transcrever e
incluir na prescrição, após realização do read-back. Nesse momento é
preenchida a primeira parte de um check list mutiprofissional pré-administração
de QT. Após um segundo farmacêutico é contatado para verificação de
autorizações ou termos de não cobertura do convênio e então é combinado
com a enfermagem o horário de administração e encaminhado para o preparo.
Cálculos e rótulos são duplamente checados, sendo cada etapa registrada pelo
responsável no check list. O medicamento preparado é enviado para farmácia
central para nova conferência, sendo então encaminhado juntamente com o
check list para unidade. Antes da administração é realizada nova conferência
pela enfermagem. Conclusão: Com as barreiras implementadas para garantir a
segurança no processo de QT, não foram evidenciados eventos graves ou
sentinelas relacionados a esse processo.
ID 095
APLICAÇÃO DE FERRAMENTA DE QUALIDADE NO CONTROLE DE PERDAS
DE MEDICAMENTOS POR ESTABILIDADE
Autores: Pryscila Martins Rangel da Cruz, [email protected], Rio
de Janeiro - RJ, Grupo COI
Antonio Carlos Macedo de Sá, [email protected], Rio de
Janeiro - RJ, Grupo COI
Resumo: Introdução E Objetivos: A crescente incorporação de novas
tecnologias no processo de produção de medicamentos oncológicos eleva seus
custos. Assim com o passar dos anos, os novos medicamentos tem representado
uma fatia expressiva dos recursos utilizados na oncologia. Com esse impacto
financeiro, torna-se cada vez mais importante o rigoroso gerenciamento desses
medicamentos na farmácia de manipulação. No processo de manipulação de
medicamentos, as perdas por estabilidade após abertura dos frascos
representam o maior prejuízo aos estabelecimentos de saúde. A otimização da
abertura de frascos reduz significativamente uma possível perda financeira.
Nesse trabalho foi utilizada a ferramenta da Qualidade Diagrama de Pareto com
o objetivo de avaliar as perdas de medicamentos por estabilidade em uma
instituição oncológica de grande porte e para definir a priorização das ações.
Materiais E Métodos: Nessa instituição as perdas de medicamentos
oncológicos são registradas no sistema de gestão informatizado. Todos os
registros de 2015 foram analisados. As perdas foram agrupadas por
medicamento e os valores foram multiplicados pelo custo médio
correspondente. Os resultados foram ordenados de maneira decrescente para
gerar o gráfico. Resultados: Nesse período 64 medicamentos tiveram perda
por estabilidade. 20,31% dos medicamentos foram responsáveis por 83,94% das
perdas. Discussão: A ferramenta da Qualidade utilizada foi um instrumento de
fundamental importância para a análise pois a partir dela foi possível identificar
quais medicamentos foram responsáveis pela maior parte das perdas por
estabilidade. Desse modo as ações para diminuição das perdas podem ser
priorizadas resultando num direcionamento estratégico para a solução do
problema. Conclusão: Conclui-se que o uso de ferramentas da Qualidade
(Diagrama de Pareto) tem grande importância na análise de perdas de
medicamento e deve ser utilizada para aprimorar os processos internos, tais
como otimização de agendamento de tratamentos e utilização de estudos de
estabilidade estendida.
ID 094
HISTÓRICO FAMILIAR DE CÂNCER EM PACIENTES COM CÂNCER DE
MAMA EM UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA DE CURITIBA - PR
Autores: Crislayne Bontorin, [email protected], Curitiba, Paraná,
Residente em Farmácia Oncológica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,
Hospital Erasto Gaertner. Thais Abreu de Almeida, [email protected],
Curitiba, Paraná, Oncologia Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,
Hospital Erasto Gaertner. José Claudio Casali da Rocha, casalidarocha@
gmail.com, Curitiba, Paraná, Oncogenética - Liga Paranaense de Combate ao
Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Jeanine Marie Nardin, [email protected],
Curitiba, Paraná, Coordenadora de Pesquisa Clinica - Liga Paranaense de
Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner.
Resumo: O câncer de mama é a causa mais frequente de morte de mulheres
entre 35 e 54 anos, sendo o segundo tipo de câncer com maior frequência no
mundo, representando 22% dos novos casos a cada ano. Quanto ao câncer de
mama, entre 5 e 10% de todos os casos estão relacionados à danos genéticos
hereditários, ou seja, mutações herdadas no momento da concepção do
33
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 096
sexo feminino, teve diagnóstico de neoplasia maligna de mama RE/RP (-),
cerbB2 (+) em 2008, realizando tratamento com esquema TCH neoadjuvante
seguido de Trastuzumabe adjuvante. Teve recidiva em plastão e linfonodo
cervical em 2011, sendo realizado tratamento com Capecitabina e Lapatinibe ate
2013, porém evoluindo com nova progressão. Iniciou novo tratamento com
Trastuzumabe e Vinorelbina em setembro/2013, com excelente resposta,
seguido de manutenção com Trastuzumabe até novembro/2014. Cursou com
nova progressão de doença a nível torácico e cervical, com dor, dificuldade de
inspiração e edema de MSD. Foi iniciado tratamento com esquema Paclitaxel,
Trastuzumabe e Pertuzumabe em dezembro/2014 e sendo o Pertuzumabe um
medicamento no Brasil, a paciente ficou sendo acompanhada pelo serviço de
Farmacovigilância da AMO. Apresentou resposta clínica importante já em
Janeiro/2015, sem grandes toxicidades, porém com queixa de neuropatia
sensorial periférica leve a partir da terceira infusão de Paclitaxel. Evoluiu em
Março/2015 com piora importante da neuropatia que foi sinalizado pela
Farmacovigilância à Farmácia Clínica, que entrou em contato com a médica
assistente solicitando redução da dose para prevenir a evolução da neuropatia,
entretanto como a paciente já apresentava resposta clínica importante foi
optado por suspensão do Paclitaxel. Paciente realizou mais 03 ciclos de
Pertuzumabe e Trastuzumabe, cursando com resolução completa da
neuropatia. Conclusão: O monitoramento da paciente pela Farmacovigilância
permitiu a identificação precoce da toxicidade associada ao tratamento e
intervenção profilática da Farmácia Clínica, diminuindo o risco altamente
provável que a paciente possuía de desenvolver uma neuropatia periférica
severa e crônica, que geralmente leva meses ou até anos para se resolver
completamente.
PERFIL DE REAÇÃO INFUSIONAL ASSOCIADA AO DOCETAXEL E O USO DE
DIFENIDRAMINA COMO FATOR PROTETOR PARA DE REAÇÕES DE
HIPERSENSIBILIDADE.
Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected],
Salvador, BA, Clínica AMO,
Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO
Ana Cláudia C. Vasconcelos, [email protected],
Salvador, BA, Clínica AMO
Resumo: Objetivo: Caracterizar o perfil de reações infusionais associadas ao
Docetaxel e avaliar o uso de Difenidramina como fator protetor para as reações
de hipersensibilidade em um serviço privado de Terapia Antineoplásica.
Métodos: Foram coletados e analisados dados de reação infusional (RI) ao
Docetaxel e do uso de Difenidramina profilático, através de análise retrospectiva
de prontuários eletrônicos de pacientes que realizaram infusão de Docetaxel
entre Janeiro/2013 e Junho/2015. Os dados foram analisados no Microsoft Office
Excel®. Resultados: Foram avaliados dados de 510 infusões de Docetaxel
referentes a 109 paciente, dos quais, 25 (22,9%) apresentaram reação infusional
(RI) associada ao Docetaxel. 4 (36,3%) dos pacientes que apresentaram RI
haviam utilizado Difenidramina profilático, enquanto que, dos 98 pacientes que
não fizeram uso de Difenidramina, 21 (21,4%) cursaram com RI ao Docetaxel,
entretanto essa diferença não foi estatisticamente significativa. Houve maior
incidência de reações cardiovasculares (34,8%), respiratórias (23,2%) e álgicas
(23,2%). As principais RIs foram rubor (15,9%), dor (15,9%), hiperemia (11,6%),
dispnéia (11,6%), edema de glote (5,8%) e opressão torácica (4,3%). Dos
pacientes com RI ao Docetaxel, 40% apresentaram hipersensibilidade em duas
ou mais infusões e em 4 pacientes essas RI levaram a interrupção do tratamento.
Discussão: A literatura descreve que o Docetaxel provoca reações de
hipersensibilidade com frequência de 30% e que estas podem ser reduzidas
para 2,5% se houver redução da velocidade de infusão e utilização de prémedicamentos adequados com corticóides e anti-histamínicos. Na Instituição, o
Docetaxel é diluído em um volume mínimo de 250 mL e infundido durante 1h,
conforme recomendação em monografia. Ainda, os pacientes receberam dose
de corticóide no dia anterior e no dia da infusão de Docetaxel, o que minimiza o
risco de RI.
ID 098
VALIDAÇÃO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA: O FARMACÊUTICO COMO
BARREIRA EFETIVA NA PREVENÇÃO DE ERROS RELACIONADOS A
MEDICAMENTOS
Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected],
Salvador, BA, Clínica AMO, Danielle Souza, [email protected],
Salvador, BA, Clínica AMO, Ana Cláudia C. Vasconcelos, anaclaudiacavalcante@
clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO, Rafael Oliveira, rafaeloliveira@
clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO, Everton Fiaes, evertonfiaes@
clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO
ID 097
FARMACOVIGILÂNCIA NA DETECÇÃO PRECOCE DE NEUROPATIA
PERIFÉRICA INDUZIDA POR PACLITAXEL: RELATO DE CASO
Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected],
Salvador, BA, Clínica AMO,
Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO
Ana Cláudia C. Vasconcelos, [email protected],
Salvador, BA, Clínica AMO
Resumo: Introdução: Paclitaxel é um agente antineoplásico que exerce sua
ação citotóxica através da agregação das tubulinas na formação e estabilização
dos microtúbulos, inibindo sua despolimerização e bloqueando a divisão celular
na fase de metáfase. Tem indicação para o tratamento de câncer de mama,
câncer de pulmão não pequenas células, câncer de próstata, câncer de ovário,
gástrico, cabeça e pescoço, pâncreas e sarcomas de partes moles. A neuropatia
periférica induzida por paclitaxel pode manifestar-se como alterações
sensoriais, caracterizadas por parestesia/disestesia e dor. Estes sintomas podem
ser incapacitantes, afetando as atividades diárias e a qualidade de vida dos
pacientes e podem se tornar crônicos em alguns indivíduos, manifestando-se
por meses ou anos após a interrupção do tratamento. Relato: Paciente 78 anos,
34
Resumo: Objetivo: Evidenciar a importância do profissional farmacêutico na
realização de validação da prescrição como barreira efetiva na prevenção de
erros/danos ao paciente. Materiais e métodos: A metodologia utilizada foi um
estudo transversal, através de uma pesquisa descritiva e quantitativa com base
no levantamento de dados referente às prescrições validadas entre janeiro/2014
e dezembro/2014. O estudo foi realizado no Serviço de Farmácia da Clínica AMO
(Assistência Multidisciplinar em Oncologia) localizada na cidade de Salvador –
BA. Resultados: Foram validadas 15.121 (100%) prescrições em 2014, com um
índice de 703 (4,6%) de não conformidades encontradas. Dentre essas não
conformidades, 20% foram classificadas como erro grave, 27% intermediários e
52% leves. Discussão: O erro grave é aquele que, a não realização da
intervenção farmacêutica imediata, poderá causar evento sentinela, como:
liberação de medicamento errado, dose errada, tratamento duplicado e
intervalo errado; Erro intermediário é aquele que não causa impacto imediato,
mas poderá levar a um erro grave no futuro, como: erro na contagem de ciclos e
liberação de uma prescrição já utilizada; Erro leve é aquele que não causa
impacto no tratamento, mas a falha da informação pode induzir a equipe a um
erro grave. Em todas as prescrições com potencial risco de nier miss, a
intervenção farmacêutica evitou um possível dano imediato ao paciente. O
baixo índice de prescrição não conforme, provavelmente é resultante da
comunicação efetiva com o Gerenciamento de Risco e ações de melhoria no
processo de cuidado. Conclusão: É importante salientar que, apesar de todas as
prescrições serem informatizadas e parametrizadas, o que diminui
significativamente os erros, não impossibilita que os mesmos aconteçam. Desta
forma, a presença do Farmacêutico na equipe multidisciplinar da terapia
antineoplasica, bem como, sua atuação na realização de validação da prescrição
constitui barreira efetiva na minimização e prevenção de dano ao paciente.
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
ID 099
ID 101
ANÁLISE DE NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
ENVOLVENDO ANTINEOPLÁSICOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
TERCIÁRIO
ACOMPANHAMENTO DE SUSPEITAS REAÇÕES ADVERSAS A
MEDICAMENTOS EM UM SERVIÇO PRIVADO DE ONCOLOGIA: UMA
ABORDAGEM DA FARMACOVIGILÂNCIA
Autores: 1 – Bruno Simas da Rocha – [email protected] – Porto Alegre/RS –
Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
2 – Fernanda Rossatto Machado – [email protected] - Porto Alegre/RS –
Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
3 – Joice Zuckermann – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
4 – Ricardo Soares Gioda – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
5 – Ricardo Moresco Zucco – [email protected] - Porto Alegre/RS –
Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
6 – Maitê Telles dos Santos – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
7 – Daniel Fasolo - [email protected] – Central de Misturas Intravenosas do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
8 – Juliana Didonet – [email protected] – Central de Misturas Intravenosas
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Autores: Ana Cláudia C. Vasconcelos, anaclaudiacavalcante@
clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO
Álvaro Nobre Machado, [email protected], Salvador, BA, Clínica
AMO
Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO
Pablicio Nobre, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO
Resumo: Objetivo: Analisar os dados de suspeita de reação adversa a
medicamento (RAM) do Serviço de Farmacovigilância de uma Clínica de
Oncologia de Salvador, durante o período de 2013 a 2015. Materiais e
métodos: Foi realizado analise retrospectiva dos dados de suspeita de RAM,
obtidas através do Formulário de Notificação, busca ativa em prontuário
eletrônico e, a partir de 2015, através de extração de dados do formulário
eletrônico de graduação de toxicidade. Resultados: Foram recebidas 14
notificações em 2013, 103 em 2014 e 803 durante o primeiro semestre de 2015.
Em 2013 e 2014, os enfermeiros foram responsáveis por 64,3% e 60,7% das
notificações. Em 2015, há uma mudança deste perfil e o profissional
farmacêutico configurou como principal notificador, 94,7%. Discussão: Ao
analisar o quantitativo de suspeitas de RAM observa-se uma discrepância
relevante entre os anos. Em 2013, o Serviço de Farmacovigilância foi implantado
na clínica, com elaboração de fluxos de recebimento e avaliação das
notificações, bem como padronização de formulário de notificação institucional.
Em 2014, o Serviço passou por um processo de reestruturação, com
implementação de ações de incentivo a notificação espontânea, validação da
suspeita de Reação Adversa, notificação das reações validadas ao órgão
sanitário, busca ativa de suspeitas de reações a medicamentos novos. Em 2015, o
número de notificações, de janeiro a junho, atingiu um número 8 vezes maior
que no ano anterior. Este aumento foi reflexo de novas medidas de melhorias,
contratação de um farmacêutico destinado às ações de Farmacovigilância,
formulário informatizado de graduação de toxicidade, novas campanhas de
incentivo a notificação e monitorização dos pacientes que apresentaram RAM.
Conclusão: A estruturação de um serviço de famacovigilância, permite
identificar perfil de RAM, e conseqüentemente, melhorar o foco das equipes na
linha de cuidado, detectar precocemente RAM, e realizar intervenções, com
intuito de prevenir reações graves e irreversíveis.
Resumo: Introdução: A Farmacovigilância é uma parte importante da farmácia
clínica que visa detecção, avaliação, e prevenção de efeitos adversos e
problemas relacionados a medicamentos, incluindo Reações Adversas a
Medicamentos (RAM). Os antineoplásicos são medicamentos considerados de
alta vigilância por apresentarem elevado potencial de desenvolvimento de RAM
podendo causar dano ao paciente, devido ao mecanismo citotóxico de diversos
agentes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar as notificações de RAM
envolvendo antineoplásicos. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em
que foram avaliadas as RAMs notificadas para o Programa de Farmacovigilância
de um Hospital Terciário Universitário do sul do Brasil, no período de
janeiro/2014 a dezembro/2015. As RAMs foram classificadas de acordo com a
causalidade utilizando o algoritmo de Naranjo, previsibilidade pelos critérios de
Rawlins e Thompson e gravidade conforme critérios da OMS. Resultados:
Foram notificadas 80 RAMs no período, sendo 73,8% por farmacêuticos. As
classes farmacológicas mais envolvidas foram: alcaloides da vinca (28,2%),
antimetabólitos (17,9%) e agentes alquilantes (15,4%). Os medicamentos mais
prevalentes nas notificações foram: vincristina (11,3%), paclitaxel (8,8%),
citarabina (7,5%), metotrexato (7,5%) e rituximabe (7,5%) As RAMs mais
notificadas foram farmacodermia (16,3%), hipersensibilidade (12,8%) e
neurotoxicidade (8,1%). Quanto à causalidade, 57,5% era provável, 18,8%
possível e 7,5% definida. Quanto à previsibilidade, 73,8% eram tipo A e 11,3% tipo
B. Entre as RAMs notificadas, 37,5% eram de gravidade moderada, 33,8% grave
e 12,5% leve. Em 36,3% dos casos o medicamento seguiu sendo administrado,
necessitou de tratamento específico para a RAM e não necessitou ser
interrompido. Conclusão: O perfil de RAMs notificadas e os antineoplásicos
envolvidos corroboram com achados da literatura que relatam elevada
incidência de RAM nestas classes e sistemas. O estudo sugere a importância da
inserção do farmacêutico clínico neste contexto e de treinamentos para a equipe
de saúde para redução da subnotificação de RAM e melhoria da segurança do
paciente.
ID 104
ASSOCIAÇÃO ENTRE ADESÃO AO TRATAMENTO COM TAMOXIFENO
COM O GENÓTIPO E FENÓTIPO DE METABOLIZAÇÃO DO MESMO EM
PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
Autores: Jeanine Marie Nardin, [email protected], Curitiba, Paraná,
Coordenadora de Pesquisa Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,
Hospital Erasto Gaertner.
Evelyn Castillo Lima Vendramini, [email protected], Curitiba, Paraná,
Residente em Farmácia Oncológica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,
Hospital Erasto Gaertner.
Solane Picolotto, [email protected], Curitiba, Paraná, Farmacêutica Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner.
José Claudio Casali da Rocha, [email protected], Curitiba, Paraná,
Oncogenética - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto
Gaertner.
35
Resumo: A terapia endócrina em pacientes com câncer de mama positivas para
o receptor de estrogênio reduz as taxas de recorrência e mortalidade, sendo o
tamoxifeno a principal opção para mulheres em pré e pós menopausa. Contudo,
a má adesão ao tratamento e os polimorfismos da enzima CYP2D6 podem estar
relacionados à piores desfechos clínicos. O objetivo deste estudo foi relacionar a
adesão ao tratamento com tamoxifeno com os níveis séricos do mesmo e seus
metabolitos, assim como com os polimorfismos do gene CYP2D6 em mulheres
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
com câncer de mama. Foi realizado estudo prospectivo para determinar a
adesão ao tratamento com tamoxifeno. Esta foi avaliada em 143 pacientes pelo
método Morisky (MMAS-4) aos 3, 6 e 12 meses de tratamento, assim como pela
taxa de posse da medicação (MPR). Os dados de adesão foram relacionadas
com as concentrações séricas de tamoxifeno, (Z)-4-OH-tamoxifeno e (Z)endoxifeno determinadas aos 3 e 6 meses de tratamento por LC-MS e ao
genótipo do CYP2D6 avaliado através de 9 alelos determinados por MALDI-TOF.
Conforme MMAS-4, 62%, 68% e 71% das pacientes apresentaram alta adesão (3,
6 e 12 meses respectivamente), e ¼ delas apresentaram adesão impropria nos 3
momentos avaliados. Consistência foi observada entre os 3 e 6 meses (p=0,046)
e uma redução na adesão foi verifica de 6 para 12 meses. Apesar de 5% dos
pacientes serem considerados não-aderentes por MPR, não foi observada
relação com MMAS-4. Nenhuma correlação entre adesão e níveis séricos
testados foi verificada, embora possam haver fatores de confusão relacionados
aos genótipos e ao tamanho amostral. A performance do MMAS-4 em
pacientes de baixa escolaridade e melhor correlação com a literatura fazem este
mais viável à rotina da instituição. A realização de intervenções diretas e de
ajustes de dose conforme genótipo do CYP2D6 podem melhorar a adesão assim
como os desfechos clínicos.
ID 107
ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES ONCOLÓGICAS EM UM COMPLEXO
HOSPITALAR DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Autores: 1 - Ana Claudia de Almeida - [email protected] - São José
do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio
Preto/SP;
2 - Débora Sanches Comar - [email protected] – São José do Rio
Preto/SP - Fundação Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP;
3 - Jaqueline Correa de Souza - [email protected] – São José do Rio
Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio
Preto/SP;
4 - Julia Florêncio Mega - [email protected] – São José do Rio Preto/SP Fundação Faculdade Regional de medicina de São José do Rio Preto/SP;
5 - Regina Maura Oliveira Mazetto - [email protected] - São José do Rio
Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio
Preto/SP;
Resumo: Introdução: O câncer é uma das patologias que vem atingindo
drasticamente a população mundial, sendo uma das doenças crônicas não
transmissíveis que mais causam óbitos no mundo. Com a evolução das
tecnologias farmacêuticas, hoje existem tratamentos que podem levar à cura do
paciente, priorizando a qualidade de vida do mesmo. Os agentes
antineoplásicos são divididos em classes e cada medicamento necessita que
haja a terapia individualizada do paciente, visando a necessidade e limitações do
mesmo. Erro de medicação é algo que ocasiona dano temporário ou irreversível
ao paciente, pelo uso inadequado do mesmo, ou mesmo pela ausência da
medicação. Objetivo: O estudo se baseia na análise de prescrições, com o
intuito de prevenir os erros de medicações, e realização de comparativo com
trabalho publicado anteriormente na instituição, sendo assim, mensurado o
trabalho na farmácia clínica e garantindo assistência de excelência ao paciente,
evitando que divergências encontradas nas prescrições cheguem ao usuário
final. Metodologia: Foram analisadas 9300 prescrições, do período de março a
dezembro de 2015, A análise baseou-se em literaturas e protocolos da
instituição. Resultados: Das prescrições analisadas, 364 (4%) apresentaram
divergências de prescrições, sendo 430 erros: dose 185 (43%), volume 47 (11%),
apresentação 28 (6%), tempo de infusão 71 (16%), frequência 41 (10%), omissão
de fármaco 28 (7%) e outros 30 (7%). Conclusão: Os resultados apresentados
em 2014, no mesmo período, apresentaram valor inferior aos apresentados
recentemente. Concluiu-se que, devido a grande rotatividade do corpo clínico
de residentes, as divergências são constantes. Cabe a equipe multidisciplinar o
trabalho de monitorização das prescrições constantes, evitando assim perdas
financeiras e prejuízo ao paciente.
ID 106
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM PRESCRIÇÕES DE QUIMIOTERAPIA
DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTO DE PORTO ALEGRE-RS
Autores: 1-Luana Christine Comerlato - [email protected] - Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento
2- Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento
3- Candida Saldanha Fabris - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento
4- Dauana Pitano [email protected] Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento
5- Giselle Calovi Pratini- [email protected]– Porto Alegre/RS - Hospital
Moinhos de Vento
6- Rosana Oliveira de [email protected] Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento
7- Raquel Pereira Vieira- [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital
Moinhos de Vento
8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto
Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento
Resumo: Introdução: Erros de medicação são constantemente relatados na
literatura médica e, por vezes, banalizados. Contudo, as não conformidades
presentes nas prescrições de quimioterapia podem ser irremediáveis devido à
complexidade desse processo. A presença do farmacêutico na equipe
multidisciplinar de quimioterapia agrega mais uma barreira na redução de falhas
na prescrição de antineoplásicos. Objetivo : analisar as intervenções feitas por
farmacêuticos clínicos realizadas no ano de 2015 em prescrições de
quimioterapia. Metodologia: A análise de prescrições foi realizada diariamente
com avaliação dos seguintes parâmetros: protocolo (dose, via de administração,
freqüência, tempo de infusão/ gotejo, tempo de tratamento, compatibilidade e
estabilidade) inconsistências nas prescrições, incompatibilidades físicoquímicas/estabilidade da solução. A partir dessa avaliação, os problemas
relacionados aos medicamentos foram classificados, bem como as intervenções
farmacêuticas resultantes, conforme rotina de farmácia clínica do hospital.
Resultados: Durante o estudo, um total de 1030 prescrições validadas e foram
realizadas 139 intervenções farmacêuticas. Os medicamentos mais prescritos
neste período foram Ciclofosfamida e Fluorouracila. As não conformidades
verificadas contemplam: Diluição de medicamentos (25,18%), Suspensão de
medicamentos (15,10%), Tempo de infusão/gotejo (10,07%), Compatibilidade de
medicamentos (7,2%), Inclusão de medicamento/ diluente (5,04%) e
Duplicidade terapêutica (2,9%). Conclusão: A adequação de um sistema de
validação da prescrição de antineoplásicos realizada por farmacêuticos garante
a segurança e qualidade do tratamento do paciente oncológico.
ID 108
INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR NEOPLASIAS MALIGNAS NO
S I S T E M A Ú N I CO D E S A Ú D E B R A S I L E I RO : U M A A N Á L I S E
MACRORREGIONAL DA ÚLTIMA DÉCADA.
Autores: Orenito Simão Borges Júnior, e-mail: [email protected], São
Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.
Caroline Gonçalves Benvenutti, e-mail: [email protected], São
Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.
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Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis tornam-se
protagonistas na preocupação da sociedade atual. É neste cenário que vem se
destacando as neoplasias malignas. O câncer seguindo sua própria lógica tem
aumentado de forma desordenada, atingindo os mais variáveis tipos de
populações e batendo o recorde de audiência, se espalhando por diversas
regiões do Brasil e do mundo. Objetivo: Avaliar características regionais e os
desdobramentos envolvidos nas internações hospitalares decorrentes do câncer
na última década no Brasil. Comparando Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e
Centro-Oeste quanto ao número de internações, o valor médio de cada uma
delas. Método: Estudo longitudinal comparativo com abordagem quantitativa
de dados secundários oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
de 2006 a 2015. Resultados: Considerando o número total de internações no
Brasil, é possível verificar que o Sudeste destaca-se consideravelmente quando
calculamos a média do número de internações dos últimos dez anos (213.754) e
comparamos com a média total de internações registradas no Brasil (468.102),
ocupando cerca de 45,66% do total de hospitalizações. Quanto às outras
regiões, foi possível elenca-las pela média de internações por década, na qual a
região Sul assume o segundo lugar (109.455 internações), seguida da Nordeste
(98.088), Centro Oeste (31.310) e por fim, Norte (17.506) que representou apenas
cerca de 3,74% da média nacional. Quanto ao valor médio de internações, por
ano e região, os valores mais altos foram observados na Região Sudeste desde
2006, mantendo-se acima do valor médio nacional calculado para última
década em R$1.642,64. Em contrapartida, a Região Norte apresentou valores de
aproximadamente 23,27% abaixo da média nacional neste mesmo período.
Conclusão: Os dados apresentados permitem uma reflexão sobre a atenção à
saúde que vêm sendo prestada no Brasil. Indicando, possivelmente, para
diferenças de acesso e oportunidades à assistência hospitalar entre as
macrorregiões de saúde do Brasil.
ID 110
CONTRIBUIÇÕES DA INFORMATIZAÇÃO PARA PADRONIZAÇÃO DE
PROTOCOLOS QUIMIOTERÁPICOS NO SISTEMA DE PRESCRIÇÃO DE
ONCOHEMATOLOGIA
Autores: Acássio Alves de Sá, [email protected], Montes Claros, MG.
Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros.
Viviannie Amélia de Aquino Cardoso, [email protected], Montes
Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes
Claros.
Resumo: Introdução: O tratamento quimioterápico é realizado conforme
protocolos aprovados por entidades reconhecidas e na maioria deles são
complexos e de difícil interpretação, que em qualquer uma das etapas do
processo de terapêutico podem ocorrer falhas e erros, que poderão ser graves.
A educação continuada, reciclagem e treinamentos dos profissionais são
importantes estratégias na prevenção de erros de medicação, mas, o
investimento em novas tecnologias como a implantação de um sistema
personalizado de prescrição médica eletrônica oferece também muitas
vantagens à instituição. Objetivo: Discutir como os sistemas informatizados de
prescrições padronizadas conforme protocolos quimioterápicos podem
favorecer a qualidade e segurança ao paciente em quimioterapia. Métodos:
Realizou-se uma revisão de literatura bibliográfica com base em estudos
científicos sobre o referido tema, utilizando como instrumento de pesquisa, as
bases eletrônicas de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Resultados: A
informatização permite a padronização de prescrições médicas baseadas nos
protocolos aprovados pela equipe multidisciplinares. Descrevem-se como
principais contribuições: cálculo automático de superfície corpórea e doses;
garantia de prescrição de todos os antineoplásicos e medicações suporte, assim
como seus diluentes apropriados; solicitação automática de agendamentos
conforme intervalos dos protocolos; e elaboração automática dos rótulos. Desta
forma, há uma minimização de ocorrência de erros e melhoria da gestão,
especialmente para o farmacêutico no processo de validação da prescrição
médica e acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes. Conclusão:
Sistemas informatizados permitem a inserção de protocolos quimioterápicos
institucionais, diminuem omissões de dados, reduz probabilidades de erros
através de barreiras eficazes e padroniza processos. Contudo, essas informações
necessitam ser acompanhadas e validadas pelo farmacêutico, que deve atentar
também para outras possibilidades de erros e assegurar junto à equipe de
informática a acessibilidade limitada para alterações de dados.
ID 109
A IMPORTÂNCIA DA VALIDAÇÃO FARMACÊUTICA DA PRESCRIÇÃO
ONCOLÓGICA PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Autores: Acássio Alves de Sá, [email protected], Montes Claros, MG.
Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros.
Viviannie Amélia de Aquino Cardoso, [email protected], Montes
Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes
Claros.
Jamille Fernandes Lula, [email protected], Montes Claros, MG.
Universidade Estadual de Montes Claros.
Resumo: Introdução: O tratamento antineoplásico contempla uso de
medicamentos de estreita faixa terapêutica, que aliada à complexidade dos
protocolos quimioterápicos se torna potencialmente perigosos e propensos a
erros de medicação graves e fatais. Por conseguinte, exige maior atenção de
toda a equipe multiprofissional, incluindo o farmacêutico na análise e validação
da prescrição médica oncológica. Objetivo: Evidenciar a atuação do
farmacêutico na validação da prescrição oncológica como ferramenta de
segurança na prevenção de erros de medicação dentro da equipe
multidisciplinar de terapia antineoplásica. Método: Trata-se de uma pesquisa de
levantamento bibliográfico de artigos publicados nas bases eletrônicas de dados
LILACS, MEDLINE e SCIELO. Os unitermos “análise prescrição médica”,
“farmacêuticos”, “antineoplásicos”, “prevenção de erros”, “oncologia” e
“farmácia” foram cruzados e filtrados com auxilio da expressão and. Resultados:
Foram localizados 27 artigos para análise e discussão. Os trabalhos em sua
maior parte retrataram erros de medicação como tema principal, outros frisaram
a atuação da equipe multidisciplinar de oncologia e o papel do farmacêutico na
análise de prescrições médicas. A prevenção de erros de medicação também foi
bastante discutida, demonstrando os benefícios da utilização de novas
tecnologias como o uso de prescrições eletrônicas. Conclusão: Verificou-se que
o farmacêutico desenvolve um papel essencial no serviço de tratamento do
câncer, especialmente quando se refere à validação da prescrição médica que
tem como objetivo garantir o tratamento medicamentoso conforme protocolo
clínico proposto, além de assegurar a qualidade e uso racional dos
medicamentos utilizados pelo paciente. Dessa forma, a validação farmacêutica
possui uma ação preventiva e assertiva, que visa à efetividade da
farmacoterapêutica e segurança do paciente.
ID 112
PREVENÇÃO DE ERROS ENVOLVIDOS NA PRESCRIÇÃO DA TERAPIA
ANTINEOPLÁSICA, ATRAVÉS DA ANÁLISE FARMACÊUTICA DAS
PRESCRIÇÕES ONCOLÓGICAS ELETRÔNICAS, EM INSTITUTO DE
ONCOLOGIA DE HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE SÃO PAULO
Autores: Carla Cruz Garcia – [email protected] – São Paulo/SP –
Hospital Santa Paula; Carla Fernandes – [email protected] São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Tamires de Jesus Pereira –
[email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Luana Martins
Carrasqueiras – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula;
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Resumo: Introdução: A terapia antineoplásica parenteral está cada vez mais
complexa, envolvendo o uso de diversos fármacos antineoplásicos e suporte.
Esta complexidade aumenta o risco de erros em todas etapas de uso. Estudos
evidenciam que a etapa de maior prevalência de erros é a da prescrição médica
(39%), seguidos pela etapa de administração (36%) e transcrição (12%).
Objetivos: Demonstrar que a análise farmacêutica previne erros envolvidos no
processo de prescrição de terapia antineoplásica, garantindo a segurança do
paciente. Metodologia: realizado estudo unicêntrico, descritivo e transversal no
Instituto de Oncologia de hospital de médio porte, município de São Paulo (SP).
Foram quantificadas e analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas
durante a análise farmacêutica da prescrição oncológica eletrônica, de pacientes
ambulatoriais e internados, no período de janeiro a dezembro de 2015. Os
ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
dados foram coletados das fichas de atendimento diário da Farmácia
Oncológica do Instituto. As intervenções farmacêuticas foram analisadas frente
a aceitabilidade por parte do corpo clínico; e classificadas de acordo com
categorias padronizadas na instituição. Resultados: Foram analisadas 2892
prescrições oncológicas eletrônicas, sendo realizadas 875 intervenções
farmacêuticas com intuito de barrar erros, com taxa de aceitabilidade pelo corpo
clínico de 99,3%. Evidenciado que a maioria das intervenções foram em relação
a ajuste de dose conforme peso atual/exames laboratoriais (363, 41%), ajuste do
tempo de infusão de antineoplásicos (182, 21%), ajuste de préquimioterapia/suporte (153, 17%), ajuste do protocolo terapêutico/ciclo (111,
13%), ajuste de diluição de antineoplásicos (39, 4%), ajuste de dias de aplicação
(26, 3%) e ajuste de via de administração (1, 0%). Conclusão: O estudo
evidenciou que o farmacêutico oncológico tem papel fundamental na
prevenção de erros ligados a prescrição médica; e que a análise farmacêutica
criteriosa da prescrição médica é um instrumento que promove o uso racional e
seguro dos antineoplásicos na prática clínica.
ID 113
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS NO MANEJO DA
TOXICIDADE A TERAPIA ANTINEOPLÁSICA PARENTERAL AMBULATORIAL
EM INSTITUTO DE ONCOLOGIA, DE HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE SÃO
PAULO
Autores: Carla Cruz Garcia – [email protected] – São Paulo/SP –
Hospital Santa Paula; Carla Fernandes – [email protected] São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Luana Martins Carrasqueiras –
[email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Fabiana Nossi
Sampaio - [email protected] - São Paulo/SP – Hospital Santa Paula;
Marina Berttoti Genuino – [email protected] – São Paulo/SP –
Hospital Santa Paula;
Resumo: Introdução: Os agentes antineoplásicos parenterais, os chamados
citotóxicos ou quimioterápicos, atuam nas células em proliferação do câncer, e
como não são seletivos acabam promovendo ação citotóxica nas células
normais com alta taxa de proliferação. Os efeitos tóxicos dependem do tempo
de exposição e da concentração plasmática do antineoplásico; podendo
acometer diversos tecidos. A toxicidade da terapia antineoplásica possui um
impacto negativo sobre a adesão ao tratamento e efetividade do mesmo, tão
como, a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: Evidenciar a importância
do acompanhamento farmacêutico a pacientes em terapia antineoplásica
ambulatorial com foco no manejo de toxicidade a antineoplásicos.
Metodologia: realizado estudo unicêntrico, descritivo e transversal no Instituto
de Oncologia de hospital de médio porte, município de São Paulo (SP). Foram
quantificadas e analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas durante o
acompanhamento farmacêutico a pacientes em terapia antineoplásica
parenteral ambulatorial, no período de janeiro a dezembro de 2015. Os dados
foram coletados das fichas de acompanhamento farmacêutico dos pacientes do
Instituto de Oncologia. As intervenções farmacêuticas foram analisadas frente a
aceitabilidade por parte do corpo clínico; e classificadas de acordo com
categorias padronizadas na instituição. Resultados: Foram acompanhados 1116
pacientes ambulatoriais, sendo realizadas 538 intervenções farmacêuticas no
manejo de toxicidade, com taxa de aceitabilidade pelo corpo clínico de 99%.
Evidenciado que a maioria das intervenções foram relacionadas a: toxicidade do
trato gastrintestinal (245, 46%), profilaxia de toxicidade frequente (129, 24%),
toxicidade dermatológica (75, 14%), toxicidade sistema musculo-esquelético (25,
5%), toxicidade relacionada a outros sistemas (22, 4%), toxicidade hematológica
(21, 4%), reações infusionais (12, 2%) e toxicidade renal e urológica (6, 1%).
Conclusão: O estudo evidenciou que o farmacêutico clínico oncológico inserido
na equipe multidisciplinar contribui no manejo de toxicidade a terapia
antineoplásica ambulatorial, minimizando seu impacto negativo na adesão a
terapia antineoplásica e na qualidade de vida do paciente.
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ANAIS DO CONGRESSO
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA
COTA PLATINA
COTA DIAMANTE
COTA OURO
COTA PRATA
COTA BRONZE
AÇÃO DE ENCANTAMENTO
PATROCÍNIO
APOIO INSTITUCIONAL
Conselho
Federal de
Farmácia
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ORGANIZAÇÃO E INFORMAÇÕES
Tel.: 11 2361-9823 / 99265-6670
[email protected]
Realização
Rua Amaral Gurgel, 447, sobreloja 1
São Paulo - SP, CEP 01221-001
Fone: 11 3214 2029 | www.sobrafo.org.br

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