20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul
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20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul
20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul “ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM ONCOLOGIA: ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?” ANAIS DO CONGRESSO ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA 02 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 001 problemas foram classificados como potenciais e 46 problemas manifestados. Os PRMs mais freqüentemente identificados foram aqueles relacionados à efetividade do tratamento (n=60), seguido dos efeitos adversos dos medicamentos (n= 46) e outros tipos (n=5). As causas de PRMs mais comuns foram incompatibilidades em Y (n=25), interações medicamentosas (n= 17) e necessidade de medicamentos profiláticos (n=5). A reação adversa mais comum foi a ocorrência de náuseas e vômitos (n=12), seguida de neutropenia (n=8), insuficiência renal aguda (n=6), rush cutâneo (n=3) e diarreia (n=3). A detecção destes problemas gerou 63 intervenções farmacêuticas, com resolução do PRM em 84% dos casos. Conclusão: Os dados identificados reforçam o benefício da avaliação, detecção e proposta de intervenções para resolução de PRMs, sendo que as atividades da farmácia clínica contribuíram para a segurança na utilização de medicamentos dos pacientes hematológicos. CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA NA ADMISSÃO HOSPITALAR DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE ONCOHEMATOLOGIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO SUL DO BRASIL Autores: Luciane Pereira Lindenmeyer, [email protected], Porto Alegre/RS. Hospital Nossa Senhora da Conceição/ Grupo Hospitalar Conceição. Denise Bueno, [email protected], Porto Alegre/RS. Curso de PósGraduação em Assistência Farmacêutica / Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Resumo: Diversas estratégias têm sido adotadas para reduzir o risco de eventos adversos relacionados à assistência à saúde como a conciliação medicamentosa, empregada para minimizar erros de transcrição, omissão, duplicidade terapêutica e para manter uma lista de medicamentos adequada ao paciente. Estudo transversal, com pacientes que internaram na unidade de oncohematologia de um hospital de ensino, público, localizado no Sul do Brasil que incluiu pacientes acima de 16 anos, admitidos na unidade. Os pacientes foram entrevistados utilizando instrumento de coleta de dados. As informações obtidas foram comparadas com as prescrições na admissão hospitalar e as discrepâncias identificadas classificadas em intencionais ou não intencionais. No período do estudo foram realizadas 192 entrevistas, sendo que a média de idade dos participantes foi de 52,4 anos e 118 são do gênero masculino. O número total de medicamentos utilizados antes da admissão hospitalar foi de 602. Em aproximadamente 70% das entrevistas foi identificada aos menos uma discrepância entre os medicamentos em uso nos últimos sete dias e aqueles prescritos na admissão hospitalar. Não foi identificada associação significativa entre a idade dos pacientes, gênero, motivo da internação, fonte de informação sobre os medicamentos utilizados e comorbidades prévias e a presença de discrepâncias. Entre os medicamentos conciliados foram encontradas 308 discrepâncias. Destas, 85,06% eram discrepâncias intencionais, justificadas pela situação clínica atual e 14,94% não intencionais. Os medicamentos mais frequentemente relacionados às discrepâncias não intencionais foram sinvastatina, omeprazol e metformina. Os resultados encontrados indicam que o processo de conciliação de medicamentos proporciona a identificação e correção de discrepâncias não intencionais, porém há a necessidade de uma abordagem sistemática dos pacientes de modo a obter o melhor histórico do uso de medicamentos e assim propor medidas de prevenção de erros de medicação envolvendo as discrepâncias medicamentosas. ID 004 A N Á L I S E DA A D E S Ã O À T E R A P I A A N T I N E O P L Á S I C A O U HORMONIOTERAPIA ORAL EM PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE SALVADOR-BA Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] Salvador/BA - Hospital Português da Bahia Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital Português da Bahia Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA Hospital Português da Bahia Resumo: Introdução: Adesão terapêutica pode ser definida pelo grau de seguimento das instruções médicas pelo paciente, sendo um dos principais problemas relacionados a medicamentos, visto que a não adesão é uma barreira reconhecida para um tratamento eficaz. Objetivo: Objetiva-se obter e acompanhar a adesão da quimioterapia ou hormonioterapia oral em pacientes ambulatoriais, como estratégia para garantir a continuidade do uso do medicamento em domicílio, além do manejo dos efeitos adversos, e assegurar a eficácia da terapia. Método: Estudo de coorte retrospectivo, no Centro de Oncologia de um Hospital Filantrópico de Salvador-BA, entre outubro/2015 a janeiro/2016. Obtiveram-se os dados através de entrevistas durante a dispensação do medicamento oral. Durante abordagem, verificava-se o saldo de comprimidos na caixa dispensada no ciclo anterior e checava-se a data de início do próximo ciclo, como método de avaliar a adesão. Se divergência, questionava-se a forma de uso do medicamento, se houve esquecimento, internação hospitalar e ocorrência de reações ou se foi erro no agendamento. Realizava-se reorientação quando não se constatava erro no agendamento do ciclo e avaliava-se o retorno em consultas médicas. Resultados: Foram atendidos 263 pacientes em tratamento oral, sendo 259 (98%) entrevistados quanto ao uso do medicamento e ocorrência de reações adversas. Deste total, 203 (78%) aderiram à terapia, 50 (19%) sem adesão e 6 (2%) os portadores não souberam responder às perguntas. Dos pacientes sem adesão, identificou-se 17 (34%) erros de agendamento, 2 (4%) usos incorretos, 8 (16%) suspensões devido internação, 4 (8%) esquecimentos e 19 (38%) devido outras causas, sendo maioria suspensão por conta própria devido ocorrência de reações e dificuldade de manejo. Conclusão: Ensinar o paciente a reconhecer a importância da adesão e o manejo das reações é função da equipe multidisciplinar, sendo papel fundamental na terapia oral, pois são tratamentos longos podendo desencadear desânimo pelo paciente e falhas de continuidade. ID 002 DETECÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE HEMATOLOGIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO BRASIL Autores: Luciane Pereira Lindenmeyer, [email protected], Porto Alegre/RS. Farmacêutica Unidade Oncohematologia, Hospital Nossa Senhora da Conceição/ Grupo Hospitalar Conceição. Resumo: Introdução: A polifarmácia é um fator comum em pacientes hematológicos, pois estes geralmente apresentam comorbidades, além de utilizarem medicamentos de suporte no tratamento do câncer, gerando a ocorrência de problemas relacionados a medicamentos (PRMs). Para reduzir os PRMs e aumentar a segurança na utilização dos medicamentos, emprega-se a farmácia clínica. Objetivos: Identificar os principais PRMs que ocorrem na assistência aos pacientes hematológicos de modo a propor ações de melhoria que aumentem a segurança dos pacientes. Metodologia: Estudo transversal descritivo em que a detecção de PRMs foi realizada pela avaliação das prescrições dos pacientes internados entre dezembro de 2015 a janeiro de 2016 em uma unidade de Hematologia de um hospital público do Sul do Brasil. Os PRMs foram classificados de acordo com a PCNE e armazenados em banco de dados próprio. Resultados: As prescrições de 52 pacientes foram analisadas (média de idade 51,37 anos e 52% gênero feminino) pela farmacêutica clínica, identificando-se um total de 111 PRMs (média de 2,13 PRMs/paciente). Destes, 65 03 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 005 segundo Algoritmo de Naranjo e OMS. Pela linha temporal e relato prévio de reações para ambas as drogas, torna-se inviável inferir causalidade para os medicamentos isoladamente, validando-se a hipótese para a associação Oxaliplatina + Capecitabina. Entretanto, devido curto período de tratamento com Capecitabina e severa progressão do quadro clínico, levanta-se hipótese do paciente apresentar rara condição: mutação no gene di-hidropirimidina desidrogenase (DPD), enzima responsável pela etapa limitante da velocidade de biotransformação da capecitabina. Um estudo de 2012 elucida relato de uma mulher, 63 anos, com Adenocarcinoma de Cólon sendo indicado XELOX. Após 20 dias do primeiro ciclo, deu entrada na emergência com choque séptico, de possível origem abdominal, astenia, hiponatremia secundária a desidratação por vômitos e diarreia grau 3, neutropenia febril grau 4. Solicitou-se estudo farmacogenético do gene DPYD que codifica a enzima DPD, evidenciando-se mutação (um alelo DPYD*2A e outro DPYD normal). Conclusão: Mesmo bem relatado em literatura a relação entre atividade da DPD e resposta a derivados fluorpirimidina e entre deficiência parcial ou total desta enzima com toxicidade severa, alguns casos letais, a confirmação da hipótese de deficiência genética neste paciente, só poderia ser verificada com estudo farmacogenético. RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA REALIZADA EM PACIENTES TRATADOS COM QUIMIOTERAPIA VENOSA EM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE SALVADOR-BA, COMO ESTRATÉGIA PARA SEGURANÇA E EFETIVIDADE NO TRATAMENTO Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] Salvador/BA - Hospital Português da Bahia Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital Português da Bahia Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA Hospital Português da Bahia Resumo: Introdução: A reconciliação medicamentosa consiste em identificar e corrigir falhas, inconsistências e problemas no sistema de medicação, prevenindo erros e eventos adversos, mas também colaborando para a adesão do paciente. No âmbito do paciente oncológico ambulatorial, isso ganha importância diante do quadro clínico do mesmo, que em geral apresenta outras comorbidades e maior risco de ocorrência de reações adversas. Objetivo: Objetiva-se avaliar a adesão dos medicamentos de uso domiciliar pelos pacientes ambulatoriais em terapia antineoplásica venosa, como estratégia para garantir continuidade de seu uso no hospital, aumentando a segurança e reduzindo erros de medicação. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo, conduzido no Centro de Oncologia de um Hospital Filantrópico, em SalvadorBA, entre junho de 2015 e janeiro de 2016. O processo foi dividido em Verificação, Confirmação, Reconciliação e Orientação. As listas completas e atualizadas com os medicamentos domiciliares em uso foram coletadas através de entrevistas com os pacientes e acompanhantes, evoluções clínicas e receitas médicas e armazenadas em banco de dados próprio. O farmacêutico, a cada sessão de quimioterapia, confirmou e avaliou os medicamentos dessa lista, levando em consideração sua frequência e horário adequados do uso durante a permanência no ambulatório. A identificação de não adesão à terapia foi sinalizada em evolução e compartilhada com a equipe multidisciplinar. Intervenções farmacêuticas foram realizadas, quando necessárias, e fornecidas orientações aos pacientes garantindo o manejo adequado do problema. Resultados: Foram atendidos 565 pacientes, dos quais 548 (97%) foram reconciliados. Do total de pacientes reconciliados, 497 (91%) pacientes tinham aderido à terapia medicamentosa de uso domiciliar e 51 (9%) pacientes tiveram problema relacionado a não adesão, sendo 100% desses pacientes orientados quanto ao problema identificado. Conclusão: A estratégia proposta identificou problemas de adesão em 51 pacientes com tratamento medicamentoso domiciliar, reforçando a importância da implantação dessa rotina na instituição e aproximando o farmacêutico da equipe. ID 008 ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS UTILIZADOS NA ONCOHEMATOLOGIA EM SERINGA DE POLIPROPILENO: REVISÃO DE LITERATURA. Autores: Gilberto Barcelos Souza - [email protected] Amanda Castro Domingues Da Silva - [email protected] Rachel Nunes Ornellas - [email protected] Gabriel dos santos da cunha - [email protected] Fernando Sérgio Da Silva Ferreiro - [email protected] Serviço de Farmácia. Hospital Universitário Antonio Pedro. Universidade Federal Fluminense. Niterói. RJ Resumo: Introdução: A integridade da embalagem e o controle adequado das condições ambientais durante o armazenamento e uso são essenciais para a qualidade de um medicamento na clínica de um hospital. A abertura do frasco, forma de estocagem, tipo de recipiente interfere no prazo de validade dos medicamentos injetáveis, uma vez que sua estabilidade é influenciada por uma série de fatores. Objetivo: Estabelecer, através de revisão de literatura, um protocolo de procedimentos para a respectiva estocagem e estabilidade em seringa de polipropileno. Metodologia: Realizou-se a busca ativa nas bases de dados MICROMEDEX, e de consultas em publicações internacionais: European Society of Oncology Pharmacists (ESOP), BC Cancer Agency (Canadá), French Society of Hospital Pharmacists (França), Cancer Care Nova Scotia (Canadá). Resultados: Foi elaborada uma lista de 43 medicamentos: Actinomicina D (2 dias); Alemtozumabe (8 horas); Alfa-interferona 2b (2 dias); Amsacrina (15 minutos); Asparaginase (3 horas); Azacitidina (7 dias); Bevacizumabe (180 dias); Bleomicina (43 dias); Bortezomibe (3 dias); Carboplatino (91 dias); Carfilzomibe (1 dia); Cetuximabe (8 horas); Ciclofosfamida (28 dias); Citarabina (14 dias); Cladribina (2 dias); Daunorrubicina (90 dias); Dexametasona (55 dias); Doxorrubicina (124 dias); Epirrubicina (180 dias); Estreptozocina (2 dias); Etoposido (31 dias); Floxuridina (21 dias); Fluorouracila (21 dias); Folinato de cálcio (7 dias); Gencitabina (35 dias); Idarrubicina (7 dias); Ifosfamida (1 dia); Interleucina (14 dias); Mecloretamina (4 horas); Mesna (9 dias); Metotrexato (7 dias); Mitomicina (2 dias); Mitoxantrona (28 dias); OncoBCG (6 horas); PEG Asparaginase (4 horas); Porfimer (4 horas); Tiotepa (4 horas); Tirotropina alfa (1 dia); Valrrubicina (12 horas); Vimblastina (30 dias); Vincristina (84 dias); Vindesina (21 dias); Vinorelbina (1 dia). Conclusão: Visando a segurança do paciente e a melhoria da segurança na manipulação e na administração de medicamentos, existe a necessidade da implantação de um protocolo para a definição do tempo útil após a estocagem em seringa. ID 006 PROVÁVEL REAÇÃO ADVERSA GRAU 5, INDUZIDA PELA CAPECITABINA – UM RELATO DE CASO DE FARMACOVIGILÂNCIA Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] Salvador/BA - Hospital Português da Bahia Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital Português da Bahia Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA Hospital Português da Bahia Resumo: Introdução: Capecitabina é um antineoplásico oral, citotóxico, para tratamento de cânceres de mama, colorretal e estômago. Relato: Paciente P.C.B., 74 anos, sexo masculino, portador de Adenocarcinoma Gástrico, iniciou tratamento com XELOX a cada 21 dias (oxaliplatina 130mg/m2 e capecitabina 1000mg/m2 12/12h por 14 dias). Após 11 dias, foi admitido na emergência devido mucosite grau 3, síndrome mão-pé grau 1, neutropenia grau 2, diarréia grau 2 e queda do estado geral. Evoluiu durante internamento para mucosite grau 4, diarreia sanguinolenta grau 3, vômitos e neutropenia grau 4, sendo transferido para UTI, onde foi a óbito por PCR, devido possível sepse induzida por broncoaspiração após episódios de vômito. A causalidade foi PROVÁVEL 04 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 009 medicamentos tem sido recomendada pela legislação vigente (NR32 do MT de 16/11/2005) e por diversos órgãos internacionais de boas práticas no manuseio de medicamentos citotóxicos. Objetivo: Comparar, através da técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector Ultravioleta (CLAE-UV), as taxas de contaminação de superfícies durante a manipulação de Gencitabina, utilizando Dispositivos de Segurança em Sistema Fechado em relação à técnica de preparo padrão com agulha. Métodos: A coleta de amostras em luvas, frascos manipulados, seringa e campo de trabalho foi realizada na Central de Misturas Intravenosas – HCPA, pela técnica de wipe test e posterior extração. As amostras foram analisadas com CLAE-UV, com leitura de detecção de 268 nm. Resultados: De um total de 303 amostras coletadas para análise da Gencitabina, 272 compararam a técnica com DSSF com a técnica padrão, apresentando percentuais de resíduos de contaminação em quase 50% dos frascos coletados em cada técnica. Os resultados encontrados nos frascos manipulados, campo de preparo e seringas apresentaram média de quantidade de resíduos inferiores na técnica com dispositivos de segurança. Em 31 frascos intactos retirados da caixa original de Gencitabina, foram encontrados resíduos em 16,1%. Conclusões: A técnica utilizada demonstrou a presença de Gencitabina em materiais e Equipamentos de Proteção Individual – EPI, demonstrando dessa forma o risco de exposição aos profissionais e a importância do uso dos DSSF para diminuir os aerossóis e quantidades de resíduos eliminados durante a manipulação. Dessa forma, mostrou que a quantidade total de resíduos com DSSF é muito menor, justificando o custo e a importância de sua utilização na gestão da farmácia. PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS PELO AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC Autores: Yara Cardoso Coletto - [email protected] Beatriz Maria Rosin - [email protected] Caroline Rocha Paes Landim Silva - [email protected] Fernanda Schindler - [email protected] Gabrielle Borducchi - [email protected] Julia de Mergulhão Epíscopo - jumergulhã[email protected] Jairo Cartum - [email protected] Fernando Luiz Affonso Fonseca - [email protected] Resumo: O câncer infantil é a principal causa de morte entre as doenças pediátricas, sendo considerado um importante problema de saúde pública. O diagnóstico precoce é fundamental pois permite que o tratamento seja feito em tempo adequado determinando melhor prognóstico, aumentando as chances de cura e diminuindo complicações e sequelas tardias. Objetivo: Estabelecer o perfil de crianças e adolescentes acompanhadas pelo Ambulatório de Faculdade de Medicina do ABC, bem como o processo de diagnóstico, tratamento e como ocorre sua evolução. Metodologia: O estudo teve como amostra 60 prontuários de pacientes que tiveram diagnóstico de câncer e que foram atendidos no ano de 2010 em tratamento ou acompanhamento. Os dados foram coletados e registrados em uma ficha preparada especificamente para esse fim, sendo digitados utilizando-se o programa Excel® (Microsoft). Resultados: 61,7% dos pacientes eram do sexo masculino e a média de idade ao diagnóstico foi de 6 anos. Os principais sinais e sintomas clínicos que motivaram a procura pelo serviços de saúde foram dor (30%), febre inexplicável (28,3%) e emagrecimento (16,7%). A maioria dos pacientes (80%) foi encaminhada ao ambulatório pelo setor terciário. O tempo médio decorrido entre o surgimento dos primeiros sintomas e o diagnóstico foi de 2,8 meses, sendo que em 18,2% dos casos o diagnóstico foi realizado após 6 meses. O tipo de tumor mais prevalente correspondeu às leucemias (40%) e o tratamento eleito com maior frequência (50%) foi a quimioterapia. As principais complicações ocorridas no decorrer do tratamento foram neutropenia febril, infecções diversas e dores. Do total de pacientes, 28,3% foram a óbito. Conclusão: A partir das informações obtidas, verifica-se a importância do acompanhamento e evolução dos casos, definindo um perfil dos pacientes atendidos, contribuindo para melhoria constante do serviço de saúde, além de enfatizar a necessidade do diagnóstico precoce nos diversos níveis de atenção à saúde. ID 011 UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA GTT (GLOBAL TRIGGER TOO) do IHI (INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT) NA BUSCA DE EVENTOS ADVERSOS NO INSTITUTO DE ONCOLGIA DO VALE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (IOV SJC) Autores: Daniel Oliveira de Souza - [email protected] - São José dos Campos/SP - Instituto de Oncologia do Vale Edwiges de Lima Santos - [email protected] - Taubaté/SP - Instituto de Oncologia do Vale Henrique Zanoni Fernandes - [email protected] - São José dos Campos/SP - Instituto de Oncologia do Vale Tatiana Camargo Castilho - [email protected] - Taubaté/SP - Instituto de Oncologia do Vale ID 010 NÍVEIS DE CONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE COM GENCITABINA UTILIZANDO DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM SISTEMA FECHADO VERSUS A TÉCNICA DE PREPARO PADRÃO Autores: Farm. Ms. Sandro Ness *(1); Farm. Drª. Carmen Pilla (2); Profª. Drª Helena Von Eye Corleta (3); Prof. Dr. Edison Capp (4) 1 – Farm. Ms. Sandro Luis R, Ness –[email protected] – Porto Alegre/RS – Central de Misturas Intravenosas – Serviço de Farmácia - Hospital de Clínicas de Porto Alegre 2 - Farm. Dra. Carmen Pilla – [email protected] - Porto Alegre/RS - Serviço de Patologia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 3 - Prof. Dr. Edison Capp - [email protected] - Porto Alegre/RS – Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul 4 - Profª. Drª Helena Von Eye Corleta - [email protected] - Porto Alegre/RS – Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Resumo: Introdução: A manipulação de medicamentos antineoplásicos em Serviços de Saúde expõem os profissionais aos riscos químicos desses agentes, assim é fundamental monitorar e prevenir a exposição ocupacional. A utilização de Dispositivos de Segurança em Sistema Fechado (DSSF) no preparo de 05 Resumo: Introdução: O GTT do IHI é uma ferramenta de análise da segurança do paciente para identificar e mensurar as taxas de Eventos Adversos (EA), evidenciando áreas de melhorias. Objetivos: Padronizar no IOV, o processo de coleta de dados baseado na metodologia GTT do IHI. Material e métodos: Coleta de dados: randomização mensal de vinte prontuários entre outubro/2010 e março/2015. Critério de inclusão: Correto preenchimento do prontuário (estadiamento da doença, anamnese e evolução médica) de pacientes que passaram em consulta há mais de 30 dias no IOV. Pontos chaves da pesquisa: relatórios de alta, registros de administração de medicações, resultados de exames laboratoriais, anotações da enfermagem e evoluções médicas. Os dados foram organizados na planilha de trabalho, na sequencia reunidos na folha de resumo da revisão, ambos os formulários desenvolvidos e adaptados do IHI. Os dados foram discutidos entre os revisores para um resultado consensual e em seguida, abastecido o banco de dados, criando gráficos de tendência: Eventos adversos/1000 procedimentos; Eventos adversos/1000 consultas: Eventos adversos/100 admissões hospitalares. Resultados: Dos eventos encontrados, destacaram-se: 26 casos de neutropenia febril; 5 casos de trombose de cateter; 8 casos de Mucosite; 4 casos de transfusão de sangue/hemoderivados; 5 casos de pneumonia e 3 casos de infecção de port-acath. A partir da análise dos dados foram desenvolvidas ações para minimizar riscos críticos para o paciente: Desenvolvimento de uma política de cateteres venosos profundos (prevenindo trocas de cateteres do paciente, redução dos riscos de infecção e manutenção do tratamento sem interrupções); Criação de protocolos de profilaxia antibiótica para neutropenia febril pós-quimioterapia (Levando à redução da exposição do paciente a serviços emergências); ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA Desenvolvimento do SBAR de internação e de alta ( As constantes melhorias promoveram um fluxo continuo da informação e tratamento racional e efetivo). cuja literatura é escassa devido a conflitos éticos e financeiros. No Brasil, devido ao seu custo, o aprepitanto é muitas vezes gerido por uma Comissão de Farmácia e Terapêutica, cuja qual necessita de pareceres baseados na melhor evidência científica disponível para melhor alocar os recursos da instituição. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar o risco de NF associado ao aprepitanto em crianças e adolescentes, de forma a gerar um parecer técnico ao CFT. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos controlados, onde dois revisores avaliaram de forma independente títulos, resumos e leram na íntegra artigos relacionados aos objetivos deste estudo. Um terceiro revisor foi responsável por sanar eventuais discrepâncias na seleção de artigos e coleta de dados. As bases de dados pesquisadas foram: Medline, Embase, Lilacs, Scielo, DOAJ, CENTRAL (Cochrane) e resumos de congressos da área de oncologia. O desfecho principal foi o risco relativo de NF. A medida sumarizada foi calculada por meio de modelo de efeitos randômicos, estatística de Mantel-Haenszel e a heterogeneidade foi calculada por meio do método I2. Resultados: Revisaram-se 861 resumos, 4 artigos foram lidos na íntegra e três ensaios clínicos foram incluídos. O risco relativo de neutropenia febril foi de 1,02 (0,66~1,58 IC95%) e a heterogeneidade foi zero (Chi2=1,99 e p=0,37). Conclusão: Até o presente momento, não há evidências concretas de que o aprepitanto aumente o risco de neutropenia febril. ID 012 IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS ORAIS, NA AUSÊNCIA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, EM UMA CLÍNICA ONCOLÓGICA PRIVADA Autores: Edwiges de Lima Santos – [email protected] – Taubaté/SP Instituto de Oncologia do Vale Daniel Oliveira de Souza - [email protected] – São José dos Campos/SP – Instituto de Oncologia do Vale Resumo: Introdução: Diversos fatores são impactantes na adesão do paciente ao tratamento com medicamentos de uso oral, ocasionando muitas vezes uma piora do quadro do paciente ao invés da cura da doença ou melhora da qualidade de vida. A atenção farmacêutica leva a uma farmacoterapia racional, minimizando o problema relacionado com medicamento e sua interferência nos resultados terapêuticos. Objetivo: Identificar riscos da ausência de atenção farmacêutica aos pacientes em tratamento domiciliar que recebem a medicação oral diretamente pelo convênio, em comparação com os que retiram na clínica e receberam atenção farmacêutica. Metodologia: Foi realizado levantamento dos pacientes em tratamento via oral, e dos 13% que recebem a medicação pelo convênio, foi aplicado questionário no mês de julho de 2015 por telefone. Levantaram-se as informações que foram comparadas com os pacientes que retiram a medicação na clínica do período de janeiro a junho de 2015. Resultados: 93,3% dos pacientes não tiveram oferta de atenção farmacêutica pelo serviço que entrega a medicação e consideram importante essa atenção. 66,7% são polimedicamentosos e 26,7% já tiveram dúvidas de interação medicamentosa. Dos pacientes que retiram medicação na clínica, 100% tiveram seus medicamentos reconciliados quando iniciaram, mudaram ou reiniciaram o tratamento, destes 74% são polimedicamentosos. 22% precisaram de algum tipo de intervenção e/ou orientação farmacêutica. Conclusão: A atenção farmacêutica beneficia o paciente em uso de medicação oral por meio da reconciliação medicamentosa proporcionando intervenções farmacêuticas vitais para a promoção da saúde. Os pacientes que não recebem esse serviço acabam expostos a riscos impactantes em seu tratamento. ID 014 TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA O TRATAMENTO DA CANDIDIASE ORAL NO PACIENTE COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO Autores: Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro(1); Marcela Rosado Drumond Taimo(1); Lucio Flavio Braga Da Silva(2); Renata Rosado Drumond(3); Josehane Rosa Da Costa Martin (1); Anderson Frazão Ramos(1); Paulo Leal Pereira(1); Sérgio Prado Veloso Araújo Júnior (2). (1)Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (2)Faculdade AESPI -FAPI (3)Secretaria de Saúde do Estado do Piauí. Teresina - PI Email: [email protected] Resumo: Introdução: O câncer de cabeça e pescoço representa, em nível mundial, 10% dos tumores malignos, sendo cerca de 40% na cavidade oral, 25% na laringe, 15% na faringe, 7% nas glândulas salivares e 13% nos demais locais. Durante radioterapia e quimioterapia, as células basais do epitélio tornam-se incapazes de substituir adequadamente as células perdidas pela esfoliação, resultando em atrofia epitelial e consequente colapso mucoso. A candidíase constitui uma infecção oportunista frequente em pacientes oncológicos, causada por diferentes espécies de Candida. Estas fazem parte da microbiota oral, porém sob fatores de desequilíbrio, podem penetrar e inflamar os tecidos. Objetivos: Estabelecer as principais terapias antifúngicas na candidíase no paciente com câncer de cabeça e pescoço. Material E Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e SCIELO. Resultados: O tratamento de infecções fúngicas inclui agentes antifúngicos tópicos e sistêmicos, sendo os principais mencionados na literatura fluconazol e anfotericina B, encontrando-se, ainda, nistatina, cetoconazol, itraconazol e clotrimazol. Fluconazol, itraconazol e voriconazol são agentes anti-fúngicos da classe dos triazóis com mecanismos de ação semelhantes, agindo especialmente no citocromo P450 da parede celular do fungo. O fluconazol foi o medicamento mais citado para tratamento de infecções fúngicas oportunistas em pacientes oncológicos na região de cabeça e pescoço, apresentando melhores resultados e mostrando-se eficaz em debelar tais infecções. Neste sentido, deve-se atentar para a questão da resistência de determinadas linhagens de cândida ao fluconazol, devendo o profissional escolher o medicamento de melhor efeito para cada caso, podendo utilizar como segunda opção o voriconazol e o itraconazol. Conclusão: A mucosite bucal limita o tratamento do câncer e interfere no prognóstico de cura. Por isso, seu tratamento é indispensável para o sucesso da terapia oncológica.Faz-se necessária a realização de mais estudos clínicos envolvendo medicamentos com menor resistência à mucosite. ID 013 APREPITANTO ESTÁ ASSOCIADO A UM MAIOR RISCO DE NEUTROPENIA FEBRIL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES? UM PARECER TÉCNICO A UMA COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO UNIVERSITÁRIO Autores: 1 - Lucas Miyake Okumura,[email protected],Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 2 - Fernanda D’Athayde Rodrigues, [email protected], Porto Alegre/RS, Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 3 - Maria Angélica Pires Ferreira, [email protected], Porto Alegre/RS, Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 4 - Leila Moreira Beltrami, [email protected], Porto Alegre/RS, Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 5 - Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resumo: Introdução: O uso de aprepitanto em associação com ondansetron e dexametasona é recomendado pela American Society of Clinical Oncologists para profilaxia de náuseas e vômitos induzidas por quimioterápicos (NVIQ) em pacientes em uso de quimioterapia altamente emetogênica. Aprepitanto é um inibidor do CYP4503A, o qual pode aumentar os níveis séricos de quimioterápicos substratos desta enzima, acarretando em maior risco de neutropenia febril (NF), especialmente em crianças e adolescentes, população 06 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 015 Resumo: Introdução: Farmacovigilância segundo a OMS é a ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao medicamento. A notificação das reações adversas imediatas e/ou tardias a infusão de quimioterápicos, o conhecimento da gravidade e das alternativas para o controle e prevenção também são alvos de estudo da farmacovigilância e fazem parte das medidas de segurança do paciente. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento das fichas de Notificações de Suspeita de Reações Adversas ao Medicamento (RAM), observando quais as incidências dos medicamentos e quais os órgãos/ sistemas acometidos por essas reações adversas. Metodologia: Foi realizado um levantamento das fichas de Notificações de Suspeita de RAM's do Centro de Quimioterapia Ambulatorial Unimed Campinas do período de Junho de 2014 à Dezembro de 2015, identificando os medicamentos envolvidos e os sintomas apresentados. Resultados: Neste estudo, foram avaliadas 143 Notificações de Suspeita de RAM que envolveram 16 medicamentos, os quais foram: Oxaliplatina (20,98%), Rituximabe (18,18%), Docetaxel (15,38%), Carboplatina (14,69%), Paclitaxel (10,49%), Cetuximabe (5,59%), Cisplatina (3,5%), Irinotecano (3,5%), Omalizumabe (2,8%) e outros (4,9%). E a incidência de 226 sintomas apresentados: Rubor Facial (40,27%), Dispneia (22,12%), Prurido (15,04%), Rash Cutanêo (4,42%), Mal estar geral (3,9%) e outros (14,14%). Conclusão: o estudo evidenciou que os análagos da platina, taxanos e os anticorpos monoclonais foram os medicamentos com maior incidência em causar reações adversas; o sistema tegumentar e o respiratório foram os mais acometidos pelas reações, sendo o Rubor Facial e Dispnéia os sintomas com maior evidência. Conclui-se também que é necessário maior atenção da equipe de farmácia e enfermagem no processo de conferência das prescrições, avaliando se há préquimioterápicos necessários para evitar possíveis RAM's, garantindo mais uma etapa da segurança do paciente e deixando clara a importância da realização de notificações também em unidades de saúde oncológica. PERFIL ANTIMICROBIANO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS AO PACIENTE ONCOLÓGICO Autores: Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro (1); Lucio Flavio Braga Da Silva (2); Marcela Rosado Drumond Taimo (3); Renata Rosado Drumond (1); Josehane Rosa Da Costa Martins (3); Anderson Frazão Ramos (3); Elizângela Sousa Veras (4); Paulo Leal Pereira (3). (1)Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (2)Faculdade AESPI -FAPI (3)Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (4)Oncoclínica-Oncologistas Associados Ltda Teresina - PI Email: [email protected] Resumo: Introdução: Devido à agranulocitose, a infecção no paciente oncológico pode estabelecer-se sem formação de foco aparente, como as pneumonias sem tradução radiológica ou os abcessos sem sinais flogísticos. Também, o leucograma é pouco específico, devido às alterações decorrentes da doença e da quimioterapia. A presença de febre pode ser o único indicativo de infecção, então, a realização de culturas é de fundamental importância para estabelecimento do agente etiológico. Objetivos: Determinar os microorganismos mais presentes nas infecções associadas ao paciente oncológico. Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e SCIELO. Resultados: A aquisição de infecções é influenciada por fatores como o status imunológico, idade, uso abusivo de antibióticos, procedimentos invasivos, imunossupressão e falhas nos procedimentos de controle. Na primeira semana de agranulocitose, são mais comuns as bactérias aeróbicas gram-positivas e negativas (Staphylococcus aureus e S. epidermidis, Streptococcus, Enterococcus, enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa). A partir da segunda e terceira semana, tornam-se mais frequentes os fungos, principalmente as espécies de Candida (albicans, tropicalis, parapsilosis, kruseii) e os parasitas como o Pneumocystis Carinii. As infecções por vírus (herpes, citomegalovírus, sincicial respiratório, adenovírus varicela-zoster) estão relacionados com a queda da imunidade celular e a transfusão de hemoderivados. A antibioticoterapia de largo espectro deve ser prontamente iniciada e novos esquemas antimicrobianos foram recentemente propostos para o tratamento do paciente neutropênico febril. 10% a 20% dos pacientes com febre podem apresentar bacteremia, causadas principalmente por gram-positivos (S. epidermidis, Streptococcus, Enterococcus) e aeróbios gram-negativos (Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumonie, Escherichia coli). Conclusão: Diferentes bactérias, fungos, vírus e parasitas são responsáveis pelos quadros infecciosos. Mesmo quando o prognóstico está definido, a terapia antimicrobiana pode ser direcionada ao alívio do sofrimento e à melhora da qualidade de vida. A integração multidisciplinar na oncologia tem possibilitado resolução de situações de enorme risco de vida. ID 018 A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL Autores: Morgana Boff Bonfante, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos Thaís Viviane Schmidt Gallas, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos Tatiana da Rocha Taschetto, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos Bianca Diehl, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos Danielle Besutti Biehl, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos Francioli Tonin, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos Neide Lunkes, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos ID 017 AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO E OS SINTOMAS ACOME TIDOS IMEDIATOS À INFUSÃO DE QUIMIOTERÁPICOS NO CENTRO DE QUIMIOTERÁPIA AMBULATORIAL UNIMED CAMPINAS Autores: Ivo Catarin Neto, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Dayane Mara de Souza, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Barbara de Campos, barbarac@ unimedcampinas.com.br, Campinas-SP, Unimed Campinas , Bartira Guicardi Vercelino, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Luiz Guilherme Michelini Bueno, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Marina Mosca Pedroso, marinap@ unimedcampinas.com.br, Campinas-SP, Unimed Campinas, Roberta Marilia Baia, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Natalia Sueli dos Santos, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas 07 Resumo: Introdução: O crescente aumento do uso de antineoplásicos orais tem levantado preocupações sobre o potencial problema da não adesão. A administração realizada em domicílio requer o esclarecimento do medicamento ao paciente. Quando o paciente faz uso de medicamentos em seu domicílio ele se torna responsável pelo uso correto e adequado acondicionamento dos mesmos, contribuindo para a eficácia do processo farmacoterapêutico. É importante que o profissional farmacêutico ao dispensar um medicamento, oriente o paciente quanto à forma de administração e armazenamento. O Serviço de Oncologia do Hospital Unimed Vale do Sinos realiza a dispensação, orientação e acompanhamento domiciliar de pacientes onco-hematológicos. Objetivo: avaliar o perfil de uso da terapia antineoplásica oral e dos pacientes onco-hematológicos atendidos no serviço. Analisar a importância da orientação farmacêutica e do acompanhamento domiciliar na adesão ao tratamento. Método: estudo observacional descritivo retrospectivo de pacientes que utilizaram medicamentos quimioterápicos orais no período de janeiro a dezembro de 2015 dispensados pelo Serviço de Oncologia do Hospital Unimed ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA Vale do Sinos. Resultados: Durante este período 177 pacientes estavam em tratamento com antineoplásicos orais, sendo os mais utilizados tamoxifeno (51,97%), anastrozol (16,94%) e capecitabina (7,34%). Outros medicamentos dispensados foram: ciclofosfamida, sorafenibe, temozolomida, erlotinibe, hidroxiuréia, entre outros que representaram 23,75%. As neoplasias de maior incidência foram de mama (67,79%) e reto (4,51%). Do total de pacientes acompanhados, 85% considerou-se totalmente aderente. Entretanto 15% dos pacientes apresentaram algum tipo de não adesão, sendo o atraso para retirada do medicamento o principal motivo. Conclusão: Este estudo confirmou a necessidade de monitoramento da adesão nesta modalidade de tratamento, demonstrando a importância e o diferencial que a orientação farmacêutica e o acompanhamento domiciliar agregam ao tratamento. ID 020 ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS EM UMA UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NO ANO DE 2015 Autores: 1 - Gabriela Fumegalli, [email protected], Porto Alegre/RS, Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 2 - Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 3 - Jacqueline Kohut Martinbiancho, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 4 - Lauro Jose Gregianin, [email protected], Porto Alegre/RS, Unidade de Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre ID 019 Resumo: Introdução: Indicadores de saúde são ferramentas importantes para qualificar o desempenho dos serviços prestados em determinados setores e instituições. A intervenção farmacêutica visa prevenir ou resolver problemas relacionados à farmacoterapia, sendo parte fundamental no processo de acompanhamento farmacoterapêutico, realizado pelo farmacêutico clínico. Objetivo: Analisar as intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico da unidade de oncologia pediátrica de um hospital universitário de Porto Alegre/RS. Método: Estudo transversal retrospectivo, através da análise das intervenções farmacêuticas realizadas durante o ano de 2015 na unidade de oncologia pediátrica. As prescrições foram avaliadas e as intervenções necessárias foram realizadas junto à equipe e classificadas de acordo com formulário próprio que contempla 15 categorias. Os resultados das intervenções foram classificados em aceitas, não aceitas ou sem seguimento por motivo de alta ou óbito do paciente. Os dados coletados foram tabulados e codificados no programa SPSS para análise. Projeto 07-222 aprovado pelo CEP/HCPA. Resultado: Em um total de 4161 prescrições avaliadas, foram realizadas 299 (7,20%) intervenções. Dentre estas 131 (43,81%) foram relacionadas à não adesão ao protocolo institucional sobre parametrização de dor e em 45 (15%) foram encontradas discrepâncias entre medicamentos de uso prévio e prescrições da internação hospitalar. Quanto aos medicamentos prescritos com dose inadequada, foram realizadas 31 (10,36%) intervenções, enquanto que para formas farmacêuticas inadequadas foram realizadas 12 (4%). A adesão às intervenções por parte da equipe ocorreu em 209 (69,89%) episódios, enquanto que 38 (12,71%) não houve seguimento devido a alta hospitalar precoce ou óbito do paciente. Conclusão: O farmacêutico clínico é o profissional que, inserido na equipe multidisciplinar, auxilia no manejo e prevenção dos efeitos adversos relacionados a medicamentos. A intervenção farmacêutica mostra-se como importante ferramenta no cuidado ao paciente pediátrico oncológico hospitalizado, e quando realizada, registrada e documentada adequadamente, contribui para melhora da qualidade da assistência prestada pelo serviço. ORDEM DE INFUSÃO DE ANTINEOPLÁSICOS E MINIMIZAÇÃO DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: UMA REVISÃO Autores: Rebeca Oliveira Leite Silva Furquim, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Adriano Brigatti Jarmelo, [email protected], São Paulo-SP, AC Camargo Cancer Center Resumo: Introdução: Interações medicamentosas são definidas como eventos farmacológicos que ocorrem quando efeitos de um determinado fármaco são afetados pela administração concomitante de outra substância. Os esquemas terapêuticos utilizados nos tratamentos do câncer envolvem, geralmente, mais de um fármaco injetável que deve ser infundido no paciente, possibilitando o aparecimento destas interações. Assim, a ordem de infusão de fármacos injetáveis torna-se essencial para redução de toxicidade, aumento da eficácia do tratamento e redução de riscos ao paciente. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico que apontasse as principais interações medicamentosas decorrentes da ordem de infusão dos protocolos quimioterápicos, determinando assim a melhor sequência de infusão para minimização de efeitos adversos. Método: A metodologia utilizada foi baseada no levantamento de dados bibliográficos relacionados à ordem de infusão e interações medicamentosas em Oncologia. Foram consultadas as bases de dados: Scielo, Pubmed e LILACS a fim de se obter artigos científicos que discutissem a ordem de infusão mais indicada dos protocolos quimioterápicos a fim de se minimizar efeitos tóxicos ou potencializar efeitos terapêuticos. Resultados: Foram estudados 29 protocolos quimioterápicos, os quais possuíam evidências e orientações de uma determinada sequência de infusão para otimização do tratamento. As interações encontradas tiveram origem farmacocinéntica, farmacodinâmica ou estavam relacionadas com características físico-químicas do fármaco. Após análise, foi desenvolvida uma tabela-resumo com a sequência recomendada para cada protocolo. Conclusão: A infusão de quimioterápicos em ordem específica auxilia, em muitos casos, na resposta terapêutica, fazendo diferença nas curvas de sobrevida global e sobrevida livre de progressão. Muitas sequências de infusão estão bem definidas na literatura e podem ser usadas com segurança em Oncologia. Caso não existam dados comparativos de sequências infusionais, é importante seguir o protocolo original descrito, considerando as características e peculiaridades dos medicamentos. ID 021 REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS OCORRIDAS EM UMA UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NO ANO DE 2015 Autores: 1 – Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 2 - Fernanda Rossato Machado, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 3 - Gabriela Fumegalli, [email protected], Porto Alegre/RS, Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 4 – Ricardo Moresco Zucco, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 5 - Marina Delani Vitória, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 6 - Jacqueline Kohut Martinbiancho, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 7 - Lauro Jose Gregianin, [email protected], Porto Alegre/RS, Unidade de Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 08 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA Resumo: Introdução: Reações adversas a medicamentos (RAM) são descritas como qualquer resposta prejudicial e não intencional que ocorre com medicamentos em doses usualmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doença. Em pacientes pediátricos é necessário maior cautela na administração de medicamentos, pois muitos dos fármacos não possuem testes de segurança para a população desta faixa etária. Objetivo: Realizar análise das RAMs ocorridas na unidade de oncologia pediátrica de um hospital universitário de Porto Alegre/RS. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo com pacientes internados em unidade de oncologia pediátrica no ano de 2015. As reações foram identificadas pelo farmacêutico clínico da unidade através de busca ativa em prontuário e relatos da equipe. As RAMs foram classificadas conforme causalidade do algoritmo de Naranjo, bem como previsibilidade e gravidade. Os dados coletados foram tabulados e codificados no programa SPSS para análise. Projeto 07-222 aprovado pelo CEP/HCPA. Resultados: Foram acompanhados 555 pacientes durante o período e notificadas 68 RAMs. Os antineoplásicos foram a classe terapêutica com mais notificações, sendo registrados 22 (25,9%) episódios, seguido dos antibacterianos 21 (24,7%) e antimicóticos 11 (12,9%). A RAM foi considerada grave em 35,3 % dos casos, moderada em 50,6% e leve em 14,1%. A reação foi classificada como provável em 70,6% e possível em 20% das ocasiões. A previsibilidade foi considerada de tipo A em 82,4% dos eventos. Conclusão: Os dados encontrados estão de acordo com o esperado e já relatados na literatura, demonstrando alta incidência de RAMs apresentadas pelos pacientes em uso de antineoplásicos. Considerando o exposto, o farmacêutico clínico tem papel importante na notificação, acompanhamento e seguimento das reações adversas. Cabe a este profissional estar capacitado e compartilhar seu conhecimento no sentido de promover ações de prevenção e detecção precoce de RAM junto à equipe multiprofissional e aperfeiçoar as ações de uso seguro e racional dos medicamentos. com dose fixa combinada, na fase intensiva do tratamento, com o objetivo de reduzir a resistência primária à associação de isoniazida e rifampicina e de melhorar a adesão ao tratamento. Foi possível avaliar que existe associação significativa entre RAM e idade, sexo, esquema de tratamento, alcoolismo, coinfecção pelo HIV, fatores genéticos e deficiências nutricionais. Fatores individuais tais como a presença do fenótipo acetilador rápido/intermediário de NAT2, idade maior ou igual a 35 anos e sexo masculino são fatores de proteção contra RAM hepáticas nos pacientes em tratamento antituberculose. Conclusão: É elevada ocorrência de reações adversas a estes medicamentos. Várias medidas podem ser tomadas para diminuição desses valores, como a conscientização dos pacientes e dos profissionais, visando difundir conhecimento técnico e criando mecanismos para desencadear ações de registro. ID 023 PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES EM PRÉ-QUIMIOTERAPIA EM UMA CLÍNICA PARTICULAR DE TERESINA Autores: Marcela Rosado Drumond Taimo, [email protected], Teresina-PI, HU-UFPI Renata Rosado Drumond, [email protected], Teresina-PI, Secretaria de Saúde do Estado do Piauí Josehane Rosa da Costa Martins, [email protected], Teresina-PI, HUUFPI Roberta Canuto do Rêgo Monteiro, [email protected], Teresina-PI, Secretaria de Saúde do Estado do Piauí Lucio Flavio Braga da Silva, [email protected], Teresina - PI, Faculdade AESPI ID 022 Resumo: Introdução: A vigilância de câncer destina-se, como em qualquer sistema de vigilância, a produzir informações para a tomada de decisões. Essas informações provêm dos registros de câncer, dos sistemas de informação em saúde, de análises e estimativas, bem como, de pesquisas e estudos epidemiológicos. Objetivos: Traçar o perfil social e farmacoterapêutico dos pacientes atendidos em uma clínica particular de Teresina. Metodologia: A amostra consistiu de 70 pacientes, escolhidos aleatoriamente, de ambos os sexos, adultos, portadores de tumores malignos com indicação de tratamento quimioterápico. As entrevistas foram realizadas pelas farmacêuticas da clínica, antes do início do tratamento, em consultório de ambiente limpo, organizado, iluminado e privativo. As informações foram coletadas e registradas em ficha previamente elaborada. Resultados: Observou-se que 62,9% dos pacientes são do sexo feminino e 37,1% do sexo masculino. Quanto à faixa etária, 7,1% tem entre 20 e 40 anos de idade, 35,7% tem entre 41 e 60 anos e 57,2% tem 60 anos ou mais. 30% afirmaram ser fumante ou ex-fumante. Os tipos de câncer mais citados foram mama (34,3%), pulmão (12,8%), próstata (11,4%) e cólon (10%). 75,7% afirmaram ter alguma comorbidade e 85,7% fazem uso de medicamento (20% usam cinco ou mais medicamentos). As comorbidades mais relatadas foram: hipertensão (44,3%) e diabetes (18,6%). Os medicamentos mais usados foram os antihipertensivos losartana (15,7%) e hidroclorotiazida (12,9%), o hipoglicemiante oral metformina (10%), o hipocolesterolemiante sinvastatina (10%) e o antiagregante plaquetário ácido acetilsalicílico (8,5%). Ainda, 14,3% admitiram usar algum inibidor da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol ou esomeprazol) e 21,4% fazem uso de ansiolítico e/ou antidepressivo. Conclusão: A maioria dos pacientes foram mulheres com 60 anos ou mais. Os tipos de câncer mais atendidos foram mama, próstata, pulmão e cólon. Muitos pacientes fazem uso de medicamentos de uso contínuo, como antihipertensivo, hipoglicemiante oral, hipocolesterolemiante, antiagregante plaquetário, antiulceroso, ansiolítico e antidepressivo. REAÇÕES ADVERSAS AO USO DE DROGAS ANTITUBERCULOSE Autores: Lucio Flávio Braga Da Silva, [email protected], Teresina - PI, Faculdade AESPI Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI Marcela Rosado Drumond Taimo, [email protected], Teresina PI, HU-UFPI Ana Luisa Eulálio Dantas Aragão, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI Maria Deusa De Sousa Neta, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI Letícia Ximenes Furtado Marques, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI Roberta Mayara De Moura Rocha, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI Salomão Mascarenhas Cavalcante Júnior, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define reação adversa a medicamento (RAM) como “qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos em doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou para modificação de funções fisiológicas”. Não são consideradas reações adversas os efeitos que ocorrem após o uso acidental ou intencional de doses maiores que as habituais (toxicidade absoluta). A identificação de reação adversa permite prever riscos de futura administração, assegurar a prevenção e tratamento específico, bem como determinar alteração da dosagem ou cessação do tratamento. Objetivo: Caracterizar as reações adversas aos medicamentos antituberculose, estimando a frequência. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e SCIELO. Resultados: O tratamento medicamentoso de primeira linha (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol — RHZE) é a principal estratégia terapêutica para o controle da doença, pois apresenta eficácia superior a 95% em doentes suscetíveis aos medicamentos. Esta associação de quatro medicamentos (RHZE), está disponível na apresentação de comprimido 09 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 024 ID 025 INTERAÇÕES MEDICAMENTO-ALIMENTO NA PRÁTICA ONCOLÓGICA AMBULATORIAL: ELABORAÇÃO DE GUIA DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL DESTINADO AOS PACIENTES ADESÃO À HORMONIOTERAPIA ORAL COM TAMOXIFENO: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS Autores: João Raphael Leite Castello Branco Maia/ joaoraphaelmaia@ gmail.com/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca Gambôa/[email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/ [email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/ [email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima Sales/ [email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI Autores: Nathalia Fonseca Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI João Raphael Leite Castello Branco Maia/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI Paula Christina Fernandes da Silva/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI Monica de Oliveira Benarroz/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI Patricia Albuquerque Pereira/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI Resumo: Introdução: O câncer de mama é uma patologia altamente incidente e a mais comum entre as mulheres. O uso da hormonioterapia baseada na expressão de receptores hormonais das células do tumor tem desempenhado importante papel no manejo clínico dos pacientes. Dentre as terapias hormonais, o tamoxifeno ainda é o mais utilizado na prática clínica e a avaliação da adesão deste medicamento torna-se fundamental para o sucesso do tratamento. Objetivo: Avaliar a adesão ao tratamento com Tamoxifeno e identificar pontos críticos e estratégias para ampliar a alta adesão. Metódo: Análise de dados coletados no segundo semestre de 2015 de pacientes em uso de Tamoxifeno em clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro, utilizando como instrumento de avaliação de Adesão o questionário proposto no método de Morisky, Green & Levine com adaptação de Sewitch, que classifica a baixa adesão em intencional ou não intencional. Resultados: No presente estudo, a frequência de adesão ao tratamento está disposta da seguinte forma: (alta adesão; baixa adesão, respectivamente). Desse modo, temos: julho (53%;47%), agosto (76%;24%), setembro (68%;32%), outubro (55%;45%), novembro (77%;23%) e dezembro (81%;19%). O comportamento de baixa adesão intencional não foi observado no período analisado. Conclusão: Fatores como o longo tempo de tratamento, efeitos adversos e dificuldade de acesso ao medicamento interferem na adesão. Para mitigar este problema preconiza-se a dispensação feita diretamente pelo farmacêutico ao próprio paciente, o que não ocorre quando um acompanhante/familiar retira ou a dispensação é realizada diretamente via convênio. Nesses casos pretende-se criar formulários baseados no questionário de adesão do método de Morisky, Green & Levine para contato telefônico. Dessa forma, obtém-se o estreitamento da relação farmacêutico-paciente, intimamente associada à adesão ao tratamento, evidenciando a contribuição efetiva da Atenção Farmacêutica. Resumo: Introdução: É inquestionável a importância da observação de interações entre medicamentos e alimentos. Quando utilizados concomitantemente, as interações entre eles podem alterar as características cinéticas ou dinâmicas dos medicamentos ou nutrientes. Estas alterações podem expor os pacientes à reações adversas, comprometer seu estado nutricional e/ou diminuir a eficácia dos medicamentos. A polifarmácia é uma prática comum em pacientes oncológicos, em virtude do suporte medicamentoso que as neoplasias demandam e tratamento de comorbidades, o que aumenta o risco de ocorrência de interações medicamentosas e interações medicamentoalimento. Assim, faz-se necessária a análise criteriosa das prescrições pelos Farmacêuticos Clínicos em conjunto com a Equipe de Nutrição, garantindo segurança e orientação aos pacientes. Objetivos: Analisar as principais interações Medicamento-Alimento para elaborar guia de orientações aos pacientes. Método: A coleta de dados deu-se pela compilação das possíveis interações observadas nas prescrições dos pacientes ambulatoriais de uma clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro, entre março e dezembro de 2015, utilizando a ferramenta Micromedex 2.0. Após analise da relevância clínica pelo Farmacêutico estas foram enviadas à Equipe de Nutrição para elaboração do Guia de Orientação Nutricional aos pacientes. Resultados: No período, verificou-se que 30% dos pacientes apresentaram risco de interação Medicamento-Alimento. Quanto à graduação, verificou-se 15% de risco para interações importantes e 15% para interações moderadas. As interações importantes mais frequentemente observadas envolviam medicamentos comumente utilizados para comorbidades de pacientes oncológicos, como Alprazolam, Sinvastatina e Varfarina. Dentre as interações com quimioterápicos, destacam-se o Irinotecano, Metotrexato, Docetaxel e Etoposido. Nos alimentos, destacam-se com maior frequência sucos de Grapefruit e Cranberry. Conclusão: Os dados observados subsidiam a necessidade de criação de um Guia de Orientações Nutricionais destinados aos pacientes e confirmam a importância do farmacêutico na Equipe Multiprofissional, propiciando segurança e eficácia ao tratamento ao reduzir o risco de Interações Medicamentosas e consequentes efeitos adversos. ID 026 RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA DE PACIENTES AMBULATORIAIS SUBMETIDOS A TRATAMENTO ONCOLÓGICO ORAL NO ANO DE 2015: INTERAÇÕES ENCONTRADAS, SEUS DESFECHOS E DESAFIOS FUTUROS Autores: Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro R J / G r u p o CO I , J o ã o R a p h a e l L e i t e C a s t e l l o B r a n c o M a i a / [email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/ [email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI 10 Resumo: Introdução: A polifarmácia é uma prática habitual entre os pacientes em uso de tratamento oncológico oral, devido aos protocolos quimioterápicos, medicamentos de suporte e comorbidades. Neste cenário, a reconciliação medicamentosa, que consiste na coleta de dados e obtenção da lista dos medicamentos utilizados pelo paciente ambulatorial no momento da dispensação pelo farmacêutico clínico, atua como instrumento para monitorização da farmacoterapia e prevenção de danos. Durante esse processo, interações medicamentosas e possíveis riscos de interações medicamento/ ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA alimento são avaliadas, tornando-se uma ferramenta na promoção da segurança do paciente. Objetivo: Avaliar Interações Medicamentosas e riscos de Interação Medicamento/Alimento em pacientes submetidos a tratamento oncológico oral. Elucidar desfechos e expor desafios futuros. Método: Análises de Interações Medicamentosas e Medicamento-Alimento compiladas no ano de 2015 pela Atenção Farmacêutica de uma clínica de oncologia privada no estado do Rio de Janeiro, através da utilização da ferramenta Micromedex 2.0. As possíveis interações encontradas foram enviadas ao médico assistente do paciente e/ou para a equipe de Nutrição para avaliação e decisão da conduta terapêutica. Resultados: No período, foram realizadas 1918 Reconciliações Medicamentosas com 14,44% destas referentes a tratamento contendo medicamento oral. 46,57% das reconciliações medicamentosas continham interações relevantes, sendo 46,51% Interações Medicamentosas e 53,49% riscos de Interações Medicamento/Alimento. Conclusão: Os dados observados reforçam a necessidade de um cuidado individualizado dos pacientes submetidos a protocolos de terapia antineoplásica oral e demonstram a importância do profissional farmacêutico capacitado atuando de forma coordenada com a equipe multiprofissional e promovendo orientação aos pacientes. A redução do risco de Interações Medicamentosas e Interações Medicamento-Alimento e seus consequentes efeitos adversos auxilia na segurança e eficácia do tratamento. ID 028 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DETECTADAS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM INÍCIO OU MUDANÇA DE TRATAMENTO EM UMA CLÍNICA DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL Autores: Rebeca Oliveira Leite Silva Furquim, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Daniela Adelise Maia Beluti, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Poliana Carina Paolini, [email protected],br, Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Carla Libralli Tostes dos Santos, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Flávia Alves de Toledo Branquinho, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Rita de Cássia Lima, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Evelin Bueno, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) Caroline Tavares Balatori Leite, [email protected], Ribeirão ID 027 Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP) EFEITOS ADVERSOS TARDIOS RELACIONADOS AO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO: ESTUDO DE CASO CONTROLE Resumo: Introdução: O tratamento do paciente com câncer envolve uma variedade de medicamentos, incluindo quimioterápicos e medicação suporte. Autores: 1- Annemeri Livinalli, [email protected], Jundiaí, SP, Universidade de Sorocaba 2 - Luciane Cruz Lopes, [email protected], Sorocaba, SP, Universidade de Sorocaba 3 - Marcus Tolentino Silva, [email protected], Sorocaba, SP, Universidade de Sorocaba Além disso, a maioria dos pacientes apresenta comorbidades associadas que exigem medicamentos de uso contínuo. Isto pode favorecer o aparecimento de interações medicamentosas, que podem reduzir os efeitos terapêuticos ou aumentar o índice de reações adversas. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os principais medicamentos envolvidos em interações em pacientes que iniciam tratamento antineoplásico ou que tem seu protocolo terapêutico Resumo: Introdução: Crianças e adolescentes sobreviventes de câncer apresentam efeitos adversos tardios relacionados ao tratamento. Estudos que possam produzir dados de seguimento em longo prazo, de populações de elevado risco, são essenciais para a construção de evidência de recomendação. Objetivo: Identificar e caracterizar efeitos adversos tardios em sobreviventes de câncer na infância e adolescência submetidos a terapia antineoplásica (quimioterapia e/ou radioterapia) e determinar os fatores preditivos associados. Método: estudo caso-controle com pacientes recrutados no período de 2010 a 2014. Os casos foram definidos como sendo aqueles em que foi detectado o efeito adverso tardio na consulta ou nos resultados de exames solicitados. Controles, foram pacientes consecutivos que aderiram ao seguimento anual, recrutados pelo mesmo método, da mesma população onde se identificaram os casos. Todos os possíveis efeitos adversos tardios identificados foram classificados em diferentes graus utilizando o Common Terminology Criteria for Adverse Events versão 4.0. Para análise estatatística utilizou-se como medida de associação a razão de prevalência ajustada por sexo e idade no início do seguimento por regressão logística e nível de significância de p<0,05. Resultados: De 111 participantes potencialmente elegíveis, 62 sobreviventes atenderam os critérios de inclusão, sendo 17 (27,4%) deles com alterações em exames que podem representar algum efeito tardio adverso. Destes casos, oito (47%) apresentaram alteração no sistema endocrinometabólico, sete (41,2%) no sistema cardiovascular, cinco (29,4%) no sistema musculoesquelético, um (5,9%) nos sistemas auditivo e renal, concomitantemente. Alteração em dois sistemas foi observado em quatro (23,5%) participantes. A gravidade variou entre o grau 1 e 2. A razão de prevalência para os fatores preditivos testados (sexo, idade, etnia e terapia empregada) não foi significativa. Conclusão: Nesta amostra, a frequência e gravidade dos efeitos adversos não são diferentes entre os tratamentos empregados e nenhum fator preditivo esteve associado ao risco de aparecimento de efeitos adverso. alterado, assim como descrever as intervenções farmacêuticas realizadas. Método: Foram levantadas as evoluções farmacêuticas registradas em prontuário eletrônico referentes a orientações pré-quimioterápicas de pacientes que iniciaram ou mudaram de tratamento em um período de um ano. As evoluções foram analisadas para contabilizar o total de interações significantes e sérias detectadas em cada uma delas. As interações são analisadas e classificadas de acordo com a ferramenta de acesso livre Medscape. As interações foram organizadas em duas classes: 1) entre medicamentos de uso domiciliar, e 2) que envolvem pelo menos um quimioterápico. Resultados: Foram avaliadas 71 evoluções, das quais foram encontradas 62 interações medicamentosas. 70,9% foram interações entre os medicamentos de uso domiciliar do paciente, enquanto 29,1% envolveram pelo menos um dos medicamentos antineoplásicos do tratamento proposto. O principal quimioterápico envolvido foi o paclitaxel, enquanto os medicamentos de outras classes incluíram a losartana, seguida da dexametasona e amitriptilina. As principais intervenções realizadas envolveram o monitoramento de reações adversas, o acompanhamento com exames e a substituição de medicamentos. Conclusão: Diversos medicamentos que fazem parte da rotina do paciente com câncer podem estar envolvido em interações. A detecção e o manejo das mesmas deve ser acompanhado de perto pela equipe de saúde a fim de proporcionar o tratamento mais efetivo e seguro ao paciente. 11 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 029 temperatura entre 38 e 38,3ºC por mais de uma hora. Além de uma contagem de neutrófilos <500/mm³ ou entre 500 e 1000/mm³ e com tendência à queda. Sua ocorrência associada à quimioterapia pode interferir negativamente na continuidade do tratamento e na qualidade de vida do paciente, em virtude de internações prolongadas, complicações, e atraso na aplicação do ciclo de quimioterapia subseqüente. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo quantificar os registros de internação em virtude de Neutropenia Febril no ano de 2015 e correlacioná-los com os subgrupos de diagnósticos. Além de elucidar os principais desfechos após diagnóstico. Método: Trata-se de um estudo descritivo, onde a coleta de dados realizou-se por busca ativa nos relatórios de internação por Neutropenia Febril durante o ano de 2015 em uma clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro. Resultados: No período analisado foram registradas 65 internações em decorrência de Neutropenia Febril. Observou-se 34% de casos para câncer de mama, 14% para câncer de brônquios e pulmões, 18% para tumores gastrointestinais, 9% para neoplasias hematológicas e 25% para outras neoplasias. Com relação aos desfechos, observou-se que 43% retornaram ao tratamento, 37% suspenderam e 20% dos pacientes em análise foram à óbito. Conclusão: A internação por Neutropenia Febril é uma realidade frequente no tratamento oncológico. Os resultados apresentados comprovam a necessidade constante de vigilância e a relevância das atividades de Farmácia Clínica e Farmacovigilância, sinalizando a importância de acompanhamento dos tratamentos, uma vez que as toxicidades hematológicas possuem forte impacto no sucesso da terapêutica. JUSTIFICATIVA DE CRIAÇÃO DE PROTOCOLO DE IMPLANTAÇÃO DE CATÉTER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA APLICADO À PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA AMBULATORIAL SEMANAL COM PACLITAXEL. Autores: João Raphael Leite Castello Branco Maia/ joaoraphaelmaia@ gmail.com/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Flavia Pessoa/flaviapessoa@ grupocoi.com.br/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/ [email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI Resumo: Introdução: O uso do cateter central de inserção periférica (CCIP) proporciona melhor gerenciamento dos riscos, com maior segurança e conforto para o paciente, principalmente quando estes necessitam de tratamento com soluções de citostáticos vesicantes ou irritantes como o paclitaxel. As principais vantagens desse cateter são: praticidade da implantação, menor complexidade na inserção, baixo custo e reduzido índice de complicações. Objetivo: Fundamentar a necessidade de criação de protocolo de indicação de implantação de CCIP para pacientes com câncer de mama submetidos a tratamento com paclitaxel semanal. Método: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo. A coleta de dados deu-se por busca ativa nos relatórios de rotina, intercorrência e farmacovigilância de uma clínica de oncologia privada no estado do Rio de Janeiro, no período de 01/06/2015 a 01/12/2015, no atendimento de pacientes ambulatoriais em tratamento para câncer de mama com Paclitaxel semanal. Resultados: De 98 pacientes em análise, 75,5% apresentavam acesso venoso periférico (AVP) e 24,5% acesso venoso central (AVC). Dos pacientes com AVP, 47,3% apresentavam exclusividade de membro para punção. Deste grupo, 21,6% dos pacientes obtiveram êxito na primeira punção em todas as infusões realizadas no período e 78,4% necessitaram de mais de uma punção para administração de paclitaxel em pelos menos uma infusão. No período, foram realizadas 182 notificações de Farmacovigilância de paciente com câncer de mama, sendo 38,5% referentes à sintomas de flebogênicidade após uso de paclitaxel. Conclusão: O estudo evidencia a relação entre o acesso venoso seguro e o sucesso da terapia antineoplásica ambulatorial. Os dados observados no período analisado substanciam a criação de protocolo de implantação de CCIP para pacientes com câncer de mama em tratamento com Paclitaxel. Espera-se com este protocolo maior comodidade e segurança para o paciente, garantindo rápido início da terapia infusional, com baixos índices de intercorrências para o paciente e menos custos institucionais. ID 031 UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA KANBAN NO CUIDADO COORDENADO DOS PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER NO INSTITUTO DE ONCOLOGIA DO VALE (IOV) SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP Autores: Daniel Oliveira de Souza – [email protected] – IOV/SJC Amanda Isaura da Silva – [email protected] – IOV/ SJC Elisangela Keli Romano – [email protected] – IOV/SJC Stela Maris Coelho – [email protected] – IOV/SJC Carlos Frederico Pinto – [email protected] – IOV/SJC ID 030 INTERNAÇÃO POR NEUTROPENIA FEBRIL EM PACIENTES EM T R ATA M E N TO O N C O L Ó G I C O : U M A A B O R D A G E M D E FARMACOVIGILÂNCIA. Autores: Paula Christina Fernandes da Silva/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI. Nathalia Fonseca Gambôa/ [email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro RJ/Grupo COI , Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, João Raphael Leite Castello Branco Maia / [email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI Resumo: Introdução: A neutropenia febril (NF) é uma importante complicação do tratamento quimioterápico e é uma das principais causas de morbidade e mortalidade. A NF é definida pela presença de febre, com temperatura oral >38,3ºC (ou temperatura axilar maior que 37,8ºC), ou persistência de 12 Resumo: Introdução: O cuidado coordenado surgiu da necessidade de triar e acompanhar o paciente em trajetória durante o tratamento oncológico ambulatorial no Instituto de Oncologia do Vale, evidenciando e corrigindo atrasos, conflitos/problemas na transição de etapas e sequência ideal dos protocolos assistenciais. Objetivos: Acompanhar o tratamento dos pacientes para que todas as etapas do cuidado sejam realizadas precisamente. O padrão esperado está exposto no mapa do plano terapêutico definido a partir do workflow (fluxo de trabalho) identificando/acompanhando as etapas críticas do tratamento no IOV. Método: É realizado um gerenciamento dos pacientes através do workflow das patologias de maior incidência de acordo com dados epidemiológicos (INCA 2016): câncer de mama, próstata e colorretal, monitorando as transferências críticas do cuidado. O processo acontece através de instruções de trabalho no formato de SBARs (SITUATION, BACKGROUND, ASSESSMENT, RECOMMENDATION) adaptados a cada protocolo assistencial. Resultados: Estão sendo acompanhados aproximadamente 500 pacientes: 299 com câncer de mama, 133 de próstata e 68 colorretal, de outubro/2015 a fevereiro/2016 (corte para publicação). Detectamos 6,2% de falhas nas transições críticas do cuidado que poderiam ocasionar não conformidades na conduta clínica: 1% pacientes que teriam indicação para radioterapia e não foram encaminhados ou encaminhados sem registro e 0,2% paciente com indicação, mas que recusou o tratamento, e sem esse registro. 1,2% pacientes submetidos a esvaziamento axilar sem encaminhamento para reabilitação. 1,2% pacientes com cateter sem evidência no prontuário. 0,2% Indicação desnecessária para hormonioterapia. 1,6% falha na conduta de monitoração do paciente ou informações incompletas ou ainda prontuário arquivado antes da conclusão dos demais processos. 0,8% falhas dos serviços externos de saúde que impactariam no tratamento do paciente, caso não fossem detectados pelo trabalho coordenado. Conclusão: A implementação do trabalho coordenado através do Kanban para gerenciar as transições e etapas críticas do cuidado mostrou efetividade em mitigar falhas na atenção ao paciente, promovendo segurança/sucesso no tratamento. ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 032 Resumo: Introdução: Náuseas e vômitos podem ser classificados como agudos, tardios ou antecipatórios. Os agudos e tardios, são determinados pelo caráter emetogênico dos quimioterápicos e são sensíveis ao tratamento com fármacos antieméticos. A severidade dessas reações pode comprometer o tratamento, ocasionando até o abandono do mesmo. Neste aspecto, avaliamos as prescrições quanto aos protocolos estabelecidos a fim de garantir boa resposta à terapêutica antiemética. Objetivo: O trabalho consiste em avaliar os esquemas antieméticos prescritos para protocolos altamente e moderadamente emetogênicos frente às novas diretrizes do National Comprehensive Cancer Network (NCCN), segundo as quais, a combinação de um antagonista de neurokinina 1, associado à um antagonista de 5-HT3 e dexametasona, é o esquema de eleição contra náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia (NVIQ) altamente emetogênica; e um antagonista de 5-HT3 associado à dexametasona com ou sem o antagonista de neurokinina 1, para terapias moderadamente emetogênicas. Metodologia: Foram selecionadas 878 prescrições cujos protocolos eram de alto poder emetogênico (Cisplatina49mg/m²; ciclofosfamida1500mg/m²; AC; FAC; citarabina1000mg/m²) e moderado (FOLFOX; FOLFIRI; carboplatina+paclitaxel; CMF). Avaliou-se o esquema de agentes antieméticos adotados e comparou-se com as novas diretrizes do NCCN. Resultados: Não foram adotados antagonistas de neurokinina 1 para os esquemas de alto potencial emetogênico; somente antagonista de 5-HT3 associado à dexametasona; o mesmo aplicado para esquemas de moderado potencial emetogênico. Em 73% das prescrições observou-se que as dosagens estavam de acordo com as diretrizes do NCCN. Não foram avaliadas as possíveis reações adversas ocasionadas pela ausência do antagonista de neurokinina 1. Conclusão: As revisões dos esquemas antieméticos são importantes como medida de adesão ao tratamento, proporcionando mais qualidade de vida ao paciente e assegurando uma terapia antineoplásica mais eficiente. IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO DE ORIENTAÇÃO DE ALTA HOSPITALAR AOS PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS. Autores: Ito, Fumiko Takahashi(1); Sabino, Larissa Zuppardo Lacerda(2) ; Oliveira, Daniella Cristina de(3); Silva, Mariana Perez Esteves(4); Santos, Valéria Armentano dos(5) (1) Farmacêutico Sênior do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected] (2) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected] (3) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected] (4) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein –São Paulo – SP – [email protected] (5) Farmacêutico Coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia DayanDaycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo – SP – [email protected] Resumo: Introdução: É um desafio oferecer informações claras e adequadas no momento de ansiedade e estresse, onde pacientes recebem muitas informações de toda equipe multiprofissional. A orientação de alta hospitalar é fundamental para o sucesso na continuidade do tratamento e o conhecimento insuficiente sobre medicamentos pode ser causas da falta de adesão ao seu seguimento. A orientação farmacêutica ideal inicia no momento da internação através da visita inicial farmacêutica, possibilitando estabelecer um vinculo de confiança e conhecer as necessidades específicas do paciente. As informações de medicamentos para alta hospitalar pode ser em forma escrita contendo nome, indicação, apresentação farmacêutica, dose, frequência, via de administração, cuidados de administração e sugestão de horários de administração. Objetivo: Criar um modelo de orientação de alta para garantir a continuidade do tratamento e reduzir o risco de erro de medicamento. Metodologia: Criado uma planilha com informações de medicamentos e orientado paciente e/ou familiares, com a planilha impressa, no momento da alta hospitalar na unidade de TCTH. Resultado: Foram realizados 50 Transplantes de Células Tronco Hematopoéticas entre novembro de 2014 e novembro de 2015. Desses, 45 receberam alta hospitalar e foi possível aplicar o modelo de alta e fazer a orientação em 38 pacientes. Conclusão: O modelo de alta foi criado e pode auxiliar de forma ativa, sanando as dificuldades dos pacientes e familiares na interpretação das receitas manuscritas. A Orientação de medicamentos com a sua indicação mostrou a importância da adesão à terapêutica. A compreensão completa da terapêutica garantiu a continuidade do tratamento pelos pacientes. A dificuldade encontrada foi o mau planejamento para alta pela equipe e consequente tempo disponível curto para o preparo do material individualizado. A ampliação do serviço a demais pacientes críticos depende da disponibilidade do Farmacêutico, um desafio para maioria das instituições onde o Farmacêutico acumula funções fora das atividades clinicas. ID 034 USO DE MESNA EM ASSOCIAÇÃO COM AGENTES ALQUILANTES NA PREVENÇÃO DE CISTITE HEMORRÁGICA: UMA OPORTUNIDADE DE REVISÃO DAS PRESCRIÇÕES. Autores: Fabiana Araújo – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Luisa Beltrami – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Magda França – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Renata Xavier da Costa – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Ana Carolina Silveira - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Ana Clara Erthal – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Renan Luiz Pinto – [email protected] – Rio de janeiro/RJ – HFSE; Ana Paula Antunes - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE. ID 033 ANÁLISE DE ESQUEMAS ANTIEMÉTICOS UTILIZADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO PARA PROTOCOLOS DE ALTO E MODERADO POTENCIAL EMETOGÊNICO, FRENTE ÀS NOVAS DIRETRIZES INTERNACIONAIS. Autores: Fabiana Araújo – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Luisa Beltrami – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Magda França – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Renata Xavier da Costa – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Ana Clara Erthal – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Renan Luiz Pinto – [email protected] – Rio de janeiro/RJ – HFSE; Silvana Araújo Capitanio - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE; Michele Firmino Ramos – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE. 13 Resumo: Introdução: A cistite hemorrágica severa é uma complicação associada a diversas formas de tratamento oncológico. Está relacionada com frequência ao uso de ciclofosfamida e ifosfamida. A mesna, uma substância uroprotetora em associação com estas drogas reduz a 7% os casos desse evento nos pacientes submetidos ao tratamento com os referidos alquilantes. Objetivo: Analisar as doses de mesna prescritas aos pacientes adultos submetidos à terapia com ciclofosfamida e ifosfamida em um Hospital Federal do Rio de Janeiro, considerando que a literatura preconiza como dose correta 20% do total da dose de ciclofosfamida ou ifosfamida. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospectivo analisando as prescrições de pacientes adultos submetidos a vários esquemas de tratamento com altas doses de ifosfamida e ciclofosfamida nos meses de junho, julho e agosto de 2015. A análise considerou se houve prescrição de mesna associada e se a dose de mesna prescrita estava de acordo com a preconizada pela literatura. Observou-se também se a orientação de hidratação prévia e durante a infusão foi adotada como manejo a esses pacientes. Resultados: Foram analisadas 115 prescrições das quais 9,4% eram de ifosfamida e 90,6% de ciclofosfamida. 72% do total das prescrições não apresentaram mesna e 62% eram de ciclofosfamida. Nas demais, as doses de mesna estavam de acordo com a literatura. 6% das prescrições sugeriam a hidratação prévia como manejo. Conclusão: Sabendo que o êxito terapêutico está intimamente ligado à redução da toxicidade e à capacidade de controle dos ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA seus efeitos adversos; e tendo em vista os dados apresentados, concluímos que a análise das prescrições e a intervenção farmacêutica são de extrema importância na tentativa de prevenir ou minimizar efeitos adversos no tratamento oncológico. ID 036 APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE DESSENSIBILIZAÇÃO PARA HIPERSENSIBILIDADE COM O CONJUGADO ANTICORPO-FÁRMACO BRENTUXIMAB VEDOTIN: RELATO DE CASO Autores: Thomaz Massao Hissatomi – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Luiz Ivan Henrique da Silva – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Priscila Siedshlag Ise Guimarães – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1). ID 035 SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO PARA PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS ENTRE DIFERENTES NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA. Autores: Ito, Fumiko Takahashi(1); Sabino, Larissa Zuppardo Lacerda(2) ; Oliveira, Daniella Cristina de(3); Silva, Mariana Perez Esteves(4); Santos, Valéria Armentano dos Santos(5) (1) Farmacêutico Sênior do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected] (2) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected] (3) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected] (4) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval - Hospital Albert Einstein –São Paulo – SP – [email protected] (5) Farmacêutico Coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia DayanDaycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo – SP – [email protected] Resumo: Introdução: A Dessensibilização é um procedimento para pacientes com hipersensibilidade a um determinado fármaco, inibindo a resposta dos mastócitos e/ou basófilos, sendo uma medida profilática contra anafilaxia(1). Brentuximab Vedotin é um conjugado anticorpo-fármaco composto pelo anticorpo monoclonal quimérico anti-CD30, ligado a um agente anti-mitótico monometil auristatina E (MMAE). Indicado para tratamento de pacientes com Linfoma de Hodgkin e Linfoma Anaplásico de Grandes Células, refratário a pelo menos dois protocolos com poliquimioterapia ou após Transplante Autólogo de Medula Óssea sem remissão(2). Objetivo: Demonstrar a eficácia e segurança do Protocolo de Dessensibilização para pacientes com hipersensibilidade a Brentuximab Vedotin, evitando a suspensão do tratamento. Metodologia: Estudo retrospectivo de revisão de prontuário. Paciente G.L.D, masculino, 21 anos, estudante, procedente de São Paulo. Após sintomas, resultados de exames laboratoriais e biópsia de linfonodo cervical, diagnosticado Linfoma de Hodgkin Clássico. Proposta inicial de tratamento: 4 ciclos de Doxorrubicina, Bleomicina, Vimblastina e Dacarbazina (ABVD), 4 ciclos de Gencitabina, Ifosfamida e Vinorelbina (GIV), 1 ciclo de Carboplatina, Etoposideo (ICE) sem Ifosfamida, mais 5 ciclos de GIV, 2 últimos ciclos sem Ifosfamida, submetido a Transplante Autólogo de Medula Óssea com remissão parcial. Posteriormente indicado nova proposta com Brentuximab Vedontin, realizou 4 ciclos, no 2º ciclo paciente evolui com choque anafilático. Considerando a importância da continuidade do tratamento, foi aplicado Protocolo de Dessensibilização de 12 etapas, são manipuladas 3 bolsas da droga (Tabela 1)(3). Resultado: O procedimento foi realizado na UTI, utilizado anti-histamínico como pré-medicação e aplicado Protocolo de Dessensibilização, nenhuma reação de hipersensibilidade foi apresentada, os ciclos subsequentes foram administrados com o mesmo protocolo sem intercorrências. Conclusão: Este caso demonstra eficácia e segurança do Protocolo de Dessensibilização em pacientes que apresentam reação de hipersensibilidade a Brentuximab Vedotin. Infelizmente o protocolo não conduz a tolerância a longo prazo, sendo necessário aplicação a cada ciclo subsequente(4). Resumo: Introdução: Os pacientes submetidos ao Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) necessitam de conhecimentos claros sobre medicamentos em uso para a adesão à terapia medicamentosa devido à complexidade da terapêutica. O farmacêutico clínico, através do acompanhamento farmacoterapêutico, tem como desafio garantir a segurança do tratamento, uma vez que, um erro de medicamento nestes pacientes pode levar a um dano grave. Os acompanhamentos de exames para níveis de medicamentos são imprescindíveis para ajustes de doses, evitando falha terapêutica ou intoxicação. Objetivo: Avaliar a adesão e garantir a continuidade do tratamento aos pacientes que realizaram TCTH. Metodologia: Foi utilizada ferramenta PDCA, elaborado e implementado um modelo de orientação de seguimento e comunicação entre os diferentes níveis assistenciais para os pacientes pós TCTH, que transitam entre domicílio, ambulatório e internação. A passagem de plantão entre Farmacêuticos Clínicos do ambulatório e unidade de internação foi formalizada em prontuário eletrônico e em drive comum. Os pacientes foram avaliados a cada retorno ambulatorial e internação para reconciliação dos medicamentos, orientações e ajustes de dose quando necessários. Resultado: Iniciado em novembro de 2014 e avaliado pelo período de um ano. Foram realizados 50 Transplantes de células Tronco Hematopoética. Desses, 5 pacientes evoluíram ao óbito e 45 receberam alta hospitalar. Entre todos os pacientes de alta, 70% receberam a orientação farmacêutica e 69% foram acompanhados no ambulatório. Foi possível fazer a passagem de plantão, para o ambulatório de quimioterapia, em 100% dos pacientes que receberam orientação de alta. Dos pacientes acompanhados, 86% aderiram ao modelo de orientação. Conclusão: A implementação desse projeto garantiu a continuidade da assistência, no ambulatório, pós-alta hospitalar reduzindo os riscos de erro de medicamentos com a formalização da passagem de plantão. As doses dos medicamentos foram ajustadas conforme parâmetros laboratoriais e continuaram sendo acompanhadas no ambulatório e na unidade de internação. ID 037 CUSTO OPORTUNIDADE DO AGENDAMENTO INTELIGENTE EM UM CENTRO DE ONCOLOGIA Autores: Rafael Duarte Paes, [email protected], São Paulo - SP, Hospital São José - Beneficência Portuguesa de São Paulo 14 Resumo: Introdução: Os recursos voltados para a área da saúde tem se tornado cada vez mais escassos, sendo assim, medidas de gestão hospitalar que visem maximização dos lucros e/ou minimização das perdas, otimizam os recursos destinados às áreas de interesse, melhorando a qualidade do serviço prestado sendo como maior beneficiário o paciente. Objetivo: Avaliar o impacto da ferramenta econômica custo oportunidade do agendamento inteligente em um centro de oncologia. Metodologia: Realizou-se uma busca em prontuário eletrônico dos pacientes que realizaram atendimento no centro de oncologia do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo no período entre janeiro a junho de 2015 de uma operadora de saúde que realiza o reembolso por miligrama de medicamento, analisou-se as doses prescritas de cada medicamento para cada paciente, foram excluídas as duplicatas, lançado em planilha Excel para tratamento dos dados, analisou-se as doses prescritas ao ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA longo do mês e as perdas por estabilidade de cada medicamento. Resultados: Na situação hipotética em que todos os pacientes agendados viessem em um mesmo dia, encontramos uma economia média 10,8% do orçamento (variando de 7% a 21%), ao analisarmos as perdas por estabilidade dos medicamentos ao longo do dia, encontramos que este representa em média 2,8% do orçamento (variando de 2 a 4%). Conclusão: O agendamento inteligente é uma realidade de alguns centros oncológicos e sua adoção conforme os resultados encontrados, quando o reembolso é realizado pela totalidade do frasco do medicamento, traz benefício orçamentário para a instituição que pode ser revertido em melhorias de processo e gestão, aumentando a qualidade do serviço prestado. ID 039 TOXICIDADE PULMONAR INDUZIDA POR QUIMIOTERAPIA Autores: CARLA CAROLINE SILVA: [email protected], São Paulo - SP (Universidade Federal de São Paulo) RODRIGO SPINELI MACEDO: rsmacedo2002 Resumo: Introdução: O presente trabalho aborda os efeitos que os agentes antineoplásicos podem ocasionar nos pulmões, complicações que podem afetar irreversivelmente a função respiratória. A quimioterapia, um dos tipos de tratamento do câncer, utiliza drogas potentes com o objetivo de controlar, destruir ou inibir a proliferação de células. Contudo, há o ataque a todos os tipos de células, inclusive das saudáveis ocasionando efeitos que em sua maioria, são negativos. Assim sendo, o trabalho propõe-se a realizar uma revisão narrativa da literatura científica sobre a toxicidade pulmonar ocasionada por quimioterapia. Objetivos: listar os principais agentes antineoplásicos já descritos na lesão pulmonar, descrever as temáticas dos trabalhos sobre a patologia, identificar o manejo da toxicidade encontrado nas publicações. Método: O estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa de revisão narrativa da literatura. O caminho metodológico constituiu-se na definição das bases de dados, bibliografias e posterior busca nas fontes eleitas, Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MedLine) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo), através dos descritores: toxicidade pulmonar por quimioterapia, doença pulmonar intersticial no tratamento do câncer e injúria pulmonar ocasionada por agentes antineoplásicos no nome de cada agente descrito. Foi utilizado também o site pneumotox.com que correlaciona às drogas que ocasionam toxicidade pulmonar com o tipo de lesão para localizar as drogas já descritas Resultados: Foram identificados mais de 25 agentes antineoplásicos responsáveis por lesões pulmonares e com casos publicados na literatura científica. Conclusão: Com este trabalho entende-se a importância de elucidar como diagnóstico diferencial a toxicidade de antineoplásicos ao pulmão, seus principais efeitos colaterais e como deve ser realizado o manejo clínico. Múltiplas são as drogas que exercem um efeito adverso ao pulmão e mais estudos ainda são necessários para identificá-las. ID 038 RELATO DE CASO: ACOMPANHAMENTO E MANEJO DE REAÇÕES ADVERSAS NEUROLÓGICAS IMUNORRELACIONADAS AO USO DE IPILIMUMABE EM PACIENTE COM MELANOMA AVANÇADO. Autores: 1 - Jessica Amália Peretta Cardoso - [email protected] Guarulhos/SP - Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência). 2 - Camila Rodrigues Lopes - [email protected] - São Paulo/SP Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência). 3 - Amanda Nascimento dos Reis - [email protected] - São Paulo/SP Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência). Resumo: Introdução: Reações adversas relacionadas ao sistema imunológico potencialmente letais foram relatadas no tratamento com Ipilimumabe. As reações adversas imunorrelacionadas (irRAs) ocorrem em função da atividade imunitária aumentada ou excessiva e atingem principalmente as áreas com populações significativas de linfócitos T residentes (trato gastrointestinal e pele). Reações neurológicas são menos frequentes. O uso de corticosteróides sistêmicos em doses elevadas com ou sem terapia imunossupressora adicional pode ser necessário na gestão das irRAs graves. Objetivo: Relatar o acompanhamento e manejo de reações neurológicas imunitárias devido à terapia com Ipilimumabe. Metodologia: Estudo de caso de um paciente com melanoma avançado, através de revisão de prontuário entre março/2015 e fevereiro/2016, que teve a terapia com Ipilimumabe interrompida permanentemente em decorrência de irRAs. Relato De Caso: PPOC, 66 anos, sexo masculino, realizou tratamento com Ipilimumabe por 2 ciclos, o último em abril/2015, apresentou alteração neurológica (irRA grau 3 - liquor inflamatório), foi tratado com corticoterapia em altas doses (metilprednisolona 80mg/dia EV) com início de recuperação clínica após 48 horas e praticamente completa em 4 semanas. As doses de esteróides foram reduzidas progressivamente e o uso de Ipilimumabe foi descontinuado permanentemente. Desenvolveu refratariedade ao tratamento com corticóide. Usou Infliximabe, mas apresentou importante reação alérgica, necessitando internação para controle de sintomas em janeiro/2016. Solicitado novo anti TNF (Etarnecept), pois o paciente persiste com sintomas neurológicos. Conclusão: Este relato de caso mostrou que as reações adversas ao Ipilimumabe devem ser reconhecidas e tratadas precocemente, de forma a minimizar várias complicações, inclusive o risco de morte. O monitoramento e a educação destes pacientes em relação à nova terapia e às possíveis reações adversas devem ser realizados, bem como o conhecimento das mesmas por toda a equipe multiprofissional. Devido à importância do reconhecimento precoce das irRAs para a minimização de sua severidade, o paciente deve ser um parceiro neste processo. ID 040 NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE – ESTRUTURAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DAS NOTIFICAÇÕES DE EVENTOS OCORRIDOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ONCOLÓGICO Autores: Andrezza Viviany Lourenço; Ana Lúcia Stobbe; Erica Martins Pio; Eloise Cristina Goeden; Fabiana Bierhals Munsberg; Morgana Koppen; Patricia Aiko Sakamoto; Rafaela Pina Rizental - Complexo Ispon - Ponta Grossa - PR 15 Resumo: Introdução: O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pelo Ministério da Saúde – Portaria 529/2013 – visa, com enfoque multiprofissional, a criação de diretrizes voltadas à cultura da segurança, estruturação do gerenciamento de riscos e integração dos processos organizacionais de serviços de saúde. O desenvolvimento de estratégias e ações por meio do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) contribui para qualificação do cuidado ao paciente. Objetivo: Promover, através do NSP, formado por profissionais de Farmácia, de Enfermagem e de Atendimento do Complexo ISPON, a cultura da segurança entre gestores, colaboradores e cuidadores envolvidos na assistência ao paciente oncológico. E, gerenciar as notificações e criar ações para minimizar riscos que causem danos aos pacientes. Método: Foram mapeados os riscos internos, elaborados e divulgados os Protocolos de: 1) Identificação do paciente; 2) Higienização das mãos; 3) Prevenção de quedas; 4) Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. Os colaboradores de todas as áreas foram capacitados e incentivados a notificar incidentes ou riscos que poderiam ocasionar danos aos pacientes em atendimento no Complexo ISPON durante o ano de 2015, no formulário “Notificação e Análise de Incidentes e Evento Sentinela”. Resultados: Em 2015, o Complexo ISPON apresentou 42 notificações classificadas como: 11 Quase ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA eventos; 30 Incidentes sem danos, 1 incidente com danos e 0 Evento sentinela. Os danos ou riscos foram relacionados a falhas em: identificação do paciente, riscos de queda, comunicação interna, derramamento de quimioterápicos, extravasamento e análise incompleta de prescrição médica. Conclusão: Para cada evento analisado, foram elaborados planos de ação para que o risco ou dano fosse eliminado. O NSP tornou-se fundamental na melhoria contínua dos processos internos de assistência ao paciente oncológico. A constituição de profissionais de diversas áreas e funções no NPS possibilitou mais agilidade e melhor análise crítica nas ações propostas para prevenção de incidentes. ID 043 INCIDÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS AO PACLITAXEL EM UMA CLÍNICA DE ONCOLOGIA EM RECIFE-PE Autores: Mayara Sibelle de Oliveira, [email protected], Ipojuca, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; Tábata Fernanda Lopes de Souza, [email protected], Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; Jéssica Priscila Avelino Silva de Albuquerque, jessica.albuquerque @multihemo.com.br, Recife, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; Douglas Tavares Albuquerque, [email protected], Recife, Pernambuco, Hospital das clinicas -UFRPE; João Acilon Rangel Arruda Junior, [email protected], Recife, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; Genilda Barbosa de Medeiros, [email protected], Recife, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; Noberto de Oliveira Gonzaga, [email protected], Recife, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia; ID 042 CUSTOS DAS NEOPLASIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UM PANORAMA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE 2010 A 2015. Autores: Orenito Simão Borges Júnior, e-mail: [email protected], São Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês. Caroline Gonçalves Benvenutti, e-mail: [email protected], São Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês. Resumo: Taxanos (TXN) são drogas utilizadas para tratar vários tipos de cânceres, como os de mama, ovário, bexiga, pulmão entre outros. O paclitaxel, um dos principais representantes da classe dos agentes estabilizadores de microtúbulo apresenta baixa solubilidade em água e em sua formulação utilizasse 50% de Cremophor EL (CrEL) e 50% de etanol hidratado. As reações adversas mais conhecidas do paclitaxel são de hipersensibilidade do tipo anafilática, caracterizada por dispneia, rubor, erupção cutânea, dor no peito, taquicardia, hipotensão, angioderma e urticária generalizada, devido a presença do CrEl em sua formulação. Este trabalho teve como objetivo identificar e quantificar as reações adversas (RAM’s) no período de um ano, que ocorreram com 27 pacientes em uma clínica de oncologia em Recife-PE, e com isso minimizar ou evitar essas RAM’s em questão. Foi feito um estudo quantitativo descritivo, retrospectivo, com dados obtidos da análise dos prontuários de pacientes em uso de paclitaxel, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2015. Foram identificados 147 pacientes que fizeram uso do paclitaxel, destes, 74 pacientes fizeram uso do medicamento genérico e 73 pacientes fizeram uso do medicamento de referência. Do total de pacientes em uso do medicamento genérico 31% apresentaram reação adversa enquanto que para os pacientes em uso do medicamento de referência, esse percentual foi de apenas 5,5%. O trabalho permitiu identificar discrepâncias entre o número de RAM’s do medicamento de referência e o genérico, logo, partindo do princípio que as formulações são iguais, corrobora a importância da farmacovigilância e atuação do farmacêutico junto a identificação e acompanhamento de tais reações e notificação do laboratório produtor. Embora as RAM’s sejam esperadas, a incidência foi maior com o genérico e precisa-se maior investigação quanto à qualidade do produto, visando o uso racional do medicamento e segurança do paciente. Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo as neoplasias, assumiram ônus crescente e preocupante nas últimas décadas. Objetivo: Descrever os custos referentes às internações por neoplasias financiadas pelo SUS e seus desdobramentos. Método: Estudo retrospectivo transversal, com análise estatística descritiva de dados secundários oriundos de internações registradas via SIH/SUS, no período de 2010 a 2015. Resultados: Neste período, foram registradas no Brasil 67.507.793 hospitalizações, sendo que 4.058.951 (6,01%) associaram a neoplasia (CID10: C00-D48) como causa primária da internação, e custearam R$6.846.683.090,30 para o setor público, cerca de 9,32% do total. A análise das variáveis, número e valor das internações em decorrência do tempo, demostraram que enquanto as hospitalizações aumentaram linearmente, com acréscimo de 24,52%, os custos aumentaram exponencialmente, apesentando elevação de 96,91%, entre os anos analisados. Tais variáveis apresentaram ainda correlação positiva ao teste de regressão linear (r2=0,96; P=0,001). Em análise da procedência dos casos, verificou-se que 2.638.974 (65,02%) ocorreram em unidades particulares conveniadas ao SUS, enquanto que 1.419.977 (34,98%) aconteceram em unidades públicas, sendo os gastos calculados na proporção 69,50% e 30,50%, respectivamente. Tal disparidade de custo pode ser reflexo da diferença do valor médio de internação, na qual foi estimado R$1.470,42 no setor público e R$1.803,24 no privado. Situação a qual pode ser justificada pelos maiores custos dos serviços hospitalares (+124,71%) e profissionais (+138,14%) no âmbito particular, que pode ser contrabalanceado pelo maior tempo de permanência dos pacientes nas instituições públicas (+45,83%). As taxas de mortalidade, por sua vez, demonstraram-se preocupantes com comportamento crescente durante os anos pesquisados, de 7,76% em 2010 para 8,23% em 2015. Conclusão: Apesar da situação demonstrar um aparente investimento nas internações por neoplasias, verificou-se que os custos se dão em função do quantitativo de internações, demonstrando ser necessário ainda uma melhor gestão para se reduzir o número de óbitos. ID 044 A IMPLANTAÇÃO DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO DE AGENTES CITOTÓXICOS EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE SÃO PAULO – CUSTO X BENEFÍCIO. Autores: 1 – Suzy Kaori Abe Shirassu – [email protected] – São Paulo/SP – Sociedade Beneficente Isreaelita Brasileira Albert Eintein. 2 – Valeria Armentano dos Santos – [email protected] – São Paulo/SP Sociedade Beneficente Isreaelita Brasileira Albert Eintein. 16 Resumo: Introdução: O risco ocupacional relacionado à manipulação de agentes citotóxicos é conhecido há muito tempo, porém, apesar de serem utilizadas técnicas específicas para minimizar a exposição a esses agentes, há estudos que relatam a presença destes em fluidos biológicos de profissionais ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA que os manipulam. Objetivo: O objetivo deste trabalho é fazer uma análise de custo x benefício da implantação do uso de dispositivos de segurança na Farmácia da Oncologia de uma instituição privada de São Paulo. Metodologia: A implantação dos dispositivos de segurança iniciou em Novembro de 2015 e foram inseridos quatro dispositivos de segurança: dois dispositivos para frascos de medicamentos, um dispositivo para seringa e um dispositivo de transferência para a bolsa de soro; o período de adaptação dos manipuladores aos novos materiais foi de um mês, a implantação completa se deu em Dezembro de 2015; o critério de utilização desses dispositivos foi a característica citotóxica do medicamento, sendo a Lista de Antineoplásicos e Outras Drogas Perigosas nos Serviços de Saúde do NIOSH (The National Institute for Occupational Safety and Health) a referência bibliográfica utilizada. Resultados: As principais vantagens encontradas durante a implantação desses dispositivos foram: redução da formação de aerossóis durante a manipulação, redução do risco de contaminação cruzada, redução do risco de contaminação microbiológica, redução do risco de acidentes com perfuro-cortantes, estabilidade estendida para as sobras de medicamentos. As principais desvantagens encontradas foram: alto custo do material, existir poucos medicamentos com apresentação de frascos de multidose no mercado nacional, aumento de etapas na manipulação. Conclusão: Ao analisarmos os resultados qualitativos desses dispositivos, verificamos que as vantagens superam as desvantagens na nossa experiência, os resultados quantitativos estão em análise e serão finalizados até Abril/2016. qualidade, otimizando limitados recursos financeiros disponíveis, através de atividades do âmbito da sua profissão e contribuindo para melhorar a assistência farmacêutica. Quando inserido ativamente em uma equipe multidisciplinar, pode-se potencializar tais resultados através de reorganização inteligente da agenda de pacientes de acordo com os seus ciclos e com a estabilidade dos medicamentos. ID 046 S U S P E I TA D E R E A Ç Õ E S A D V E R S A S A M E D I C A M E N T O S ANTINEOPLÁSICOS EM PEDIATRIA: UM ESTUDO DOS ÓRGÃOS/ SISTEMAS MAIS AFETADOS Autores: Maria Raquel Pinto Moreira, [email protected], Fortaleza, Ceará, Hospital Infantil Albert Sabin Breno Magalhães Gomes, [email protected], Fortaleza, Ceará, Hospital Infantil Albert Sabin Bruno Jucá Rodrigues, [email protected], Fortaleza, Ceará, Hospital Infantil Albert Sabin Resumo: Os medicamentos antineoplásicos são amplamente utilizados no tratamento contra o câncer, porém os estudos dessas substâncias em pediatria ainda são escassos fazendo com que na maioria das vezes o seu uso seja diferente da forma preconizada, expondo a população infantil a reações adversas que podem levá-los a internação hospitalar ou até mesmo ao óbito. Quantificar e identificar os medicamentos que mais causaram reações adversas e classificar os órgãos/sistemas mais afetados de acordo com o código ATC, decorrentes das reações adversas a medicamentos antineoplásicos utilizados na prática clínica de um ambulatório de onco-hematologia pediátrica. Trata-se de um estudo analítico, transversal, observacional e retrospectivo com abordagem quantitativa. Realizado no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, em um Hospital de referência em pediatria no estado do Ceará. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa nos Formulários de Notificação de Reações Adversas e Queixa Técnica a Medicamentos, preconizado pela ANVISA. Foram notificadas espontaneamente 24 suspeitas de reações adversas, sendo o etoposídeo o principal medicamento citado 54, 16% (13/24), seguido por LAsparaginase 20,83% (5/24). Os segmentos orgânicos mais comprometidos foram musculocutâneo 22/53 (42%) e respiratório 18/53 (33,96%). A identificação e a classificação das RAM a antineoplásicos a partir do código ATC é de extrema significância para o estudo de utilização de medicamentos. O estudo identificou uma baixa adesão à farmacovigilância, considerando como sendo uma preocupação no que diz respeito à capacitação multiprofissional para a identificação e manejo das RAM. ID 045 ANÁLISE ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE SOBRAS DE ANTINEOPLÁSICOS MANIPULADOS PELA FARMÁCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ALTA COMPLEXIDADE DO RIO DE JANEIRO Autores: Ana Carolina Fernandes Bandeira da Silveira¹, [email protected] – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Anna Clara Erthal Leite¹, [email protected] – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Renan Luiz Pinto¹, [email protected] – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Fabiana Paula Araújo de Almeida¹, [email protected], Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Luisa Beltrami de Faria Benedicto¹, [email protected] – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Magda Mattos da França¹, magdamfranca@ yahoo.com.br – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Renata Xavier Costa¹, renatapichara@ gmail.com – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Ana Paula Antunes¹, anapaula_a@ yahoo.com – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, ¹Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro – HFSE Resumo: A despesa com terapias antineoplásicas na compra hospitalar de medicamentos tem aumentado de modo preocupante nos últimos anos, sendo essencial otimizar a eficiência dos recursos disponíveis. Para que antineoplásicos injetáveis sejam infundidos nas doses ideais prescritas, os conteúdos das apresentações comercializadas nem sempre são 100% administrados, resultando em perdas significativas de recursos. A ANVISA exige padrões de qualidade durante o processo de manipulação que, quando obedecidos, culminam na manutenção do tempo de estabilidade até aquela informada pelo fabricante. Assim, e considerando métodos de otimização do agendamento de pacientes conforme os ciclos e estabilidade dos medicamentos, é possível o armazenamento e utilização das sobras de antineoplásicos para uso posterior. Objetivo: Identificar os fármacos com maior frequência de sobras, quantificálas, estimar os seus valores totais e a economia obtida com o aproveitamento das mesmas. Método: Uma tabela para acompanhamento semanal foi preenchida diariamente, identificando nomes e quantidades dos medicamentos armazenados, informando ainda se a sobra foi aproveitada ou não. Verificou-se o preço das apresentações utilizadas e calculou-se o custo por miligrama de cada ativo, organizando todos os dados em planilha Excel® 2013. Resultados: Em três meses, Ciclofosfamida e Gencitabina (11,4% cada), Oxaliplatina e Paclitaxel (10,8% cada) foram as mais frequentes dentre 15 medicamentos com sobras observadas. R$3029,88 foi o valor agregado das 176 sobras de antineoplásicos, dos quais R$2592,06 (85,5%) foram poupados com a utilização das sobras. Conclusão: O farmacêutico detém o conhecimento para garantir que medicamentos antineoplásicos sejam manipulados com segurança e ID 047 INTERVENÇOES FARMACÊUTICAS EDUCATIVAS EM PACIENTES QUE FAZEM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL Autores: Fausi Padilha Gonçalves, [email protected], Dourados-MS Centro de Tratamento de Câncer de Dourados Rogério Dias Renovato, [email protected], Dourados-MS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 17 Resumo: Introdução: Intervenção farmacêutica (IF) é o termo usado para denominar todas as ações em que o farmacêutico participa ativamente na terapia dos pacientes, nas tomadas de decisões e na avaliação dos resultados. Objetivo: elaborar, implantar e avaliar intervenções farmacêuticas educativas durante o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos que fazem uso de terapia antineoplásica oral. Método: Para realização da pesquisa foi utilizado dois delineamentos: 1º- estudo do tipo intervenção, prospectivo, longitudinal e não-controlado em uma amostra não-probabilística por conveniência constituída por pacientes oncológicos que fazem quimioterapia via oral; 2º- pesquisa qualitativa para conhecer e compreender a experiência dos sujeitos sobre o adoecimento e a terapia oral, tendo como aporte teórico a ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA fenomenologia social de Alfred Schutz. A pesquisa foi realizada no Centro de Tratamento de Câncer de Dourados-MS, no período de abril a dezembro de 2015. Foi realizado o acompanhamento pelo Método de Pharmacotherapy Workup de 10 pacientes, sendo 9 mulheres e 1 homem durante 6 meses individualmente. Resultados: foram encontrados 19 PRM´s relacionados à segurança e 1 à adesão. As IF foram realizadas imediatamente quando possível, com a disponibilização de um cartão de medicação, folder educativo e orientações verbais aos pacientes. As interações medicamentosas foram avaliadas através da ferramenta Micromedex®. A adesão ao tratamento foi mensurada utilizando o teste Morisky-Green com pacientes que faziam uso de tamoxifeno, anastrozol, capecitabina e bicalutamida. Apenas 1 paciente foi considerado não aderente. Fatores como crenças, cultura, espaço social, experiências e falta de informações demonstraram ser um grande potencial relacionado à adesão. Para avaliação das IF foi aplicado no último encontro um instrumento para avaliação do nível de conhecimento sobre medicamentos, e novamente o teste de adesão. Conclusão: O paciente precisa estar bem orientado, e o farmacêutico deve garantir a qualidade da farmacoterapia com orientações e ações que não se restrinjam apenas a informações. ID 049 AVALIAÇÃO DO USO DE INFUSORES ELASTOMÉRICOS DOMICILIAR E A A D E S Ã O A O S T R ATA M E N T O S Q U I M I OT E R Á P I C O S E M ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NO AMBULATORIO DE ONCOLOGIA DE DETERMINADO HOSPITAL DE BELO HORIZONTE Autores: 1- Cássia Aparecida de OLIVEIRA, [email protected], Belo Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais. 2- Pedro Henrique GUIMARÃES, [email protected], Belo Horizonte, MG, Universidade Federal de Minas Gerais. 3 - Alexandre Pieri CHIARI, [email protected], Belo Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais. Resumo: Introdução: O tratamento oncológico apresenta vários avanços, os quais priorizam uma melhor qualidade de vida ao paciente acometido. Uma alternativa para facilitar o tratamento quimioterápico, proporcionar maior qualidade de vida ao paciente, aumentar a aceitação e adesão ao tratamento, é a utilização dos sistemas infusores, principalmente o modelo elastomérico, esses permitem que o paciente receba a administração dos medicamentos continuamente em domicílio, sem a necessidade de permanecer hospitalizado, alcançando assim os objetivos anteriores. Dentre algumas desvantagens à utilização dos infusores elastoméricos, tem-se: dificuldade de abranger todos os pacientes (portadores de incapacidade física ou mental), contraindicação para infusões rápida de medicamentos, alguns dispositivos apresentam pouca precisão e/ou falta de consistência do tempo total de infusão. Logo, é necessário monitorar os pacientes incluídos em protocolos com infusão domiciliar de medicamentos. Objetivos: Verificar o desempenho e segurança de infusores elastoméricos através de análise dos desvios no tempo de infusão e relatos de eventos adversos. Método: A avaliação foi realizada através da análise de questionários preenchidos por pacientes, em acompanhamento farmacoterapêutico no ambulatório de oncologia do HPM/MG, que realizam tratamento quimioterápico utilizando infusores elastoméricos. Foram analisados os dados de previsão do término da infusão e o horário final da infusão, determinando-se os respectivos desvios. Coletaram-se também os relatos de eventos adversos, tanto nos questionários quanto nos acompanhamentos farmacoterapêutico presenciais. Resultados: Observaram-se tanto desvios positivos quanto negativos em relação ao tempo total de infusão. Os desvios foram observados aleatoriamente nos infusores elastoméricos de todas as marcas utilizadas. Os eventos adversos relatados pelos pacientes relacionam-se ao medicamento utilizado (Fluorouracil) nessas infusões, mas não podem ser excluídas as hipóteses dos desvios do tempo de infusão estar relacionado a problemas técnicos com os dispositivos avaliados. Conclusão - Essa análise demonstrou a necessidade da inclusão de medidas adicionais que contribuem para a segurança dos pacientes em tratamento quimioterápico com usodeinfusoreselastoméricos. ID 048 ANÁLISE FARMACOECONÔMICA DO RITUXIMABE SOBRE LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B EM ADULTO Autores: Sueldo Fernandes de Queiroz Júnior, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Marília Juliana Carlos Rêgo, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Amanda Karine da Silva Alves, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Wendel Izac Souza da Silva, [email protected], Natal, Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Veríssimo de Melo Neto, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Resumo: Os Linfomas não Hodgkin (LNH) agressivos compreendem um grupo biológico e clinicamente heterogêneo de hemopatias malignas. Destes, o Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGC B) é o mais comum, correspondendo a cerca de 40% dos novos casos diagnosticados e a cerca de 30% de todos os casos de LNH. A disseminação de práticas que não objetivam desfechos relevantes (mortalidade e qualidade de vida) trouxe o consequente conceito de otimização de recursos mesmo que, em se tratando de saúde humana, a ética norteia primordialmente as decisões. Em função disto, a chamada farmacoeconômia e as análises econômicas aplicadas à saúde nada mais são do que a aplicação dos princípios da economia ao estudo dos medicamentos e às práticas de saúde, preconizando a otimização na utilização de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade e aos desfechos de tratamento. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma análise farmacoeconômia do tipo custo-efetividade envolvendo a variável índice de cura e os custos dos medicamentos envolvidos no tratamento do LDGC B. A metodologia envolvida trata-se de um estudo bibliográfico, onde foi estabelecida uma análise comparativa envolvendo os protocolos CHOP e R-CHOP, com seus índices de cura de doentes adultos e seus custos diretos. Como resultados, foi identificado que o índice de cura de doentes adultos relacionados ao CHOP é 35% e R-CHOP com 42%. Os custos diretos do tratamento farmacológico dos dois protocolos foram R$ 629,54 e R$ 7.379,04. A relação custo-efetividade para as duas opções respectivamente foram R$ 17,99 e R$ 175,69. Por fim, pode-se concluir que a relação custo-efetividade aponta favorecimento para o CHOP por ter um custo significativamente menor em relação ao índice de cura, um cenário lógico para um ambiente com recursos financeiros limitados. ID 050 ESTUDO FARMACOECONÔMICO DO TRASTUZUMABE UTILIZADO EM CARCINOMA DE MAMA Autores: Marília Juliana Carlos Rêgo, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Sueldo Fernandes de Queiroz Júnior, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Amanda Karine da Silva Alves, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Wendel Izac Souza da Silva, [email protected], Natal, Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar Veríssimo de Melo Neto, [email protected], Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 18 Resumo: O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA em todo o mundo. Dados revelam, ainda, que é a principal causa de morte por câncer em mulheres. A quimioterapia antineoplásica e o emprego de substancias químicas, isoladas ou combinadas, utilizadas no tratamento de tumores malignos vem se mostrando promissora no seu propósito. A abordagem de custo interferindo nas decisões clinicas ainda permanece um tabu. O equilíbrio entre princípios éticos, qualidade de vida e custo ainda apresenta grandes desafios. Diante disso, a farmacoeconômia aplica conceitos e técnicas da economia ao estudo dos medicamentos com finalidade de otimizar os recursos financeiros sem prejuízo ao tratamento terapêutico do paciente. A importância dos estudos provém da preocupação dos governos e da sociedade com os crescentes gastos em saúde no âmbito mundial. O trabalho teve como objetivo, fazer um estudo farmacoeconômico do tipo custo-efetividade abrangendo a variável de resposta patológica completa e os custos diretos dos medicamentos envolvidos no tratamento do carcinoma de mama. A metodologia envolvida trata de um estudo bibliográfico, no qual dois protocolos o DCEP e T-DCEP, com os índices relacionados a resposta patológica completa e seus custos diretos são comparados. Os resultados apresentaram uma resposta patológica completa para o DCEP de 20% e T-DCEP com 43%. Os dois protocolos apresentaram custos diretos no valor de R$310,42 e R$6.692,23, respectivamente. A relação custo-efetividade do tratamento farmacológico dos mesmos foram de R$ 15,52 e R$ 155,53, respectivamente. Em função do exposto, pode-se concluir que diante da lógica econômica e com recursos financeiros limitados, essa relação de custo-efetividade indica um favorecimento para o protocolo DCEP por apresentar um custo expressivamente menor quando relacionado a resposta patológica completa. ID 052 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA Autores: Paulo Henrique Carvalho Modesto, [email protected], Recife – PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or; Natalya Maia de Souza, [email protected], Recife – PE, Residente da Multiprofissional Integrada em Saúde da Família – RMISF/ Faculdade de Ciências Médicas – UPE; Mônica Maria Henrique dos Santos, [email protected], Recife – PE, Farmacêutica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco; Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Recife – PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or Resumo: Introdução: O profissional farmacêutico se apresenta como elemento essencial ao tratamento farmacoterapêutico em oncologia. Sua atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica, devendo participar das reuniões da Equipe Multidisciplinar em Terapia Antineoplásica EMTA, auxiliando na padronização de medicamentos e esquemas terapêuticos tanto para medidas de suporte quanto para o tratamento das doenças antineoplásicas. Método: trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma abordagem quantitativa, que se utilizou da ferramenta de um questionário estruturado. Objetivo: Avaliar a atuação do farmacêutico na Equipe Multidisciplinar em Terapia Antineoplásica nos hospitais oncológicos cidade do Recife. Resultados: aborda-se a participação dos farmacêuticos nas EMTAs, onde 100% dos entrevistados estão presentes nas mesmas. No entanto apenas 27,27% participam das reuniões, discussões de casos clínicos e atividades didáticas e científicas da equipe multidisciplinar; onde, 18.18% realizam visitas aos pacientes internados. A portaria nº 288/04, determina que os farmacêuticos componham a equipe multidisciplinar nas visitas aos pacientes e devem participar das reuniões e casos clínicos para que assim, os pacientes, possam ter melhor adesão de tratamento. Conclusão: O número de profissionais farmacêuticos está bastante reduzido acarretando muitas vezes em sobrecarga de tarefas, refletindo em sua ausência junto a EMTA. O farmacêutico é o único profissional da área da saúde com competência e formação para prestar a devida atenção farmacêutica, que neste caso consiste basicamente em acompanhar o tratamento farmacológico dos pacientes, garantindo uma terapia efetiva e segura através do desenvolvimento de ações voltadas para promoção da saúde do paciente. Em 1993, o farmacêutico teve seus serviços reconhecidos pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) consolidando seu papel junto à equipe multiprofissional de saúde. ID 051 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE BIOSSEGURANÇA DOS HOSPITAIS COM SERVIÇOS DE ONCOLOGIA EM RECIFE-PE Autores: Paulo Henrique Carvalho Modesto, [email protected], Recife – PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or; Natalya Maia de Souza, [email protected], Recife – PE, Residente da Multiprofissional Integrada em Saúde da Família – RMISF/ Faculdade de Ciências Médicas – UPE; Mônica Maria Henrique dos Santos, [email protected], Recife – PE, Farmacêutica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco; Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Recife – PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or Resumo: A biossegurança é definida como o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, a preservação do ambiente e a qualidade dos resultados, agindo como um guia para a adequação de normas que visem à proteção dos trabalhadores de saúde. Tão importante quanto à biossegurança é o controle de qualidade que deve ser contínuo e diário numa central de manipulação de quimioterapia. Método: trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma abordagem quantitativa, que se utilizou da ferramenta de um questionário estruturado. Objetivo: Avaliar as medidas preventivas recomendadas e o controle de qualidade realizada pelos profissionais farmacêuticos nos hospitais que possuem uma central de quimioterapia, localizadas na cidade do Recife. Resultados: O estudo foi realizado em 11 hospitais que prestam serviço de oncologia. Diante os resultados foi analisando que 100% dos farmacêuticos manipuladores faz o uso de EPIs, já em relação EPCs 10% relatou não ter todas as proteções necessárias; quanto ao descarte, 90% das instituições procedem à atividade conforme legislação vigente. No que diz a respeito ao controle de qualidade, observou-se que 100% dos profissionais fazem a inspeção visual. Destes, 81,82% determinam o prazo de validade para cada unidade de antineoplásico de acordo com as condições de preparo e características da substância. Conclusão: Os resultados se mostraram bastantes satisfatórios. É muito importante assegurar o controle de qualidade dos antineoplásicos, nesta etapa podem ser identificadas não conformidades no preparo dos medicamentos, sendo indicativo de necessidade de notificação de queixa técnica ou desvio de qualidade. Atender aos requisitos mínimos exigidos para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica, no que diz respeito aos aspectos de segurança, deve ser uma das prioridades dos gestores das instituições públicas ou privadas de saúde e dos profissionais envolvidos. ID 053 UMA NOVA PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES TOTALMENTE IMPLANTADOS Autores: 1- Cássia Aparecida de OLIVEIRA, [email protected], Belo Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais. 2- Luciene Leonel da Silva COSTA, [email protected], Belo Horizonte, MG, Centro Universitário Newton Paiva. 3 - Alexandre Pieri CHIARI, [email protected], Belo Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais. 19 Resumo: Introdução: A solução diluída de heparina é utilizada em procedimentos de heparinização para manutenção da permeabilidade do Cateter Totalmente Implantado em pacientes, que necessitam frequentemente de infusões prolongadas (pacientes da oncologia). A concentração de heparina preconizada na literatura é de 100UI/mL, utilizando-se 0,2mL de Heparina 5.000U.I./mL (frasco-ampola de 5,0mL), diluído em 10mL de ABD. Objetivo: Avaliar a precisão das medidas de Heparina em seringa descartável de 5mL e 10mL e registros de queixas técnicas/eventos adversos da solução de heparina preparada no LME/HPM. Método: A solução de heparina dispensada no LME/HPM é preparada com 0,2mL de heparina 5.000U.I./mL (frasco-ampola de 5,0mL) diluído para 5mL de ABD, manipulada em seringa descartável de 5mL. Foi realizado um teste com medidas de volume por cinco técnicos manipuladores ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA da seção, que realizaram a medição do volume de 0,2mL (padrão) de ABD em seringas descartáveis de 10mL e de 5mL, da mesma marca, em quadruplicata. Em seguida as respectivas amostras foram aspiradas em seringa de 1mL, para avaliação da reprodutibilidade de medida. Também foram avaliados os registros de dispensação, queixas técnicas/notificação de eventos adversos de 2 anos. Resultados: A comparação do volume mensurado em seringas de 10mL e 5mL demonstrou variação significativa no volume padrão (0,2mL) apenas quando a medição foi realizada com seringa de 10mL. Para cada técnico verificou-se variações de 0,02mL a 0,06mL abaixo do volume padrão (0,2mL) nas medições realizadas. Não houve variação no volume padrão (0,2mL) mensurado com seringa de 5mL. Em levantamento nos registros (queixa técnica/notificação evento adverso) não foi identificado suspeita de não efetividade, e/ou evento adverso relacionado a solução dispensada nos últimos 02 anos. Conclusão: A solução contendo 0,2mL da solução de heparina 5.000 UI/mL com 4,8mL ABD, em seringa de 5mL, oferece maior precisão, consequentemente maior segurança e eficácia para procedimentos de heparinização de cateteres totalmente implantado. importante ao longo do tratamento. Neste contexto, algumas práticas são imperativas para garantir o uso seguro de medicamentos, tais como reconciliação medicamentosa, avaliação de prescrição de quimioterápicos, medicamentos gerais e acompanhamento de protocolos clínicos. Objetivo: Descrever as atividades do farmacêutico clínico no ambulatório de oncohematologia pediátrica numa instituição privada no período de abril a setembro de 2015. Método: O trabalho baseia-se em pesquisa quantitativa descritiva através de coleta diária de informações das atividades do farmacêutico clínico ambulatorial em onco-hematologia. Resultados: No período citado, o percentual de reconciliação medicamentosa foi de 75% (742) e as intervenções decorrentes de reconciliações representaram 18%. O farmacêutico avaliou 77% das prescrições realizadas no ambulatório e interviu em 6% destas. Houve 409 orientações farmacêuticas relacionadas a medicamentos, destinadas a pacientes e familiares. As intervenções realizadas pelo farmacêutico na avaliação de prescrição foram, em sua maioria, relacionadas com dose imprópria, medicamentos necessários não prescritos, duplicidade de prescrição e via de administração inadequada. Conclusão: Para oferecer atenção farmacêutica ambulatorial e intervir, caso necessário, o farmacêutico clínico precisa avaliar os hábitos de utilização dos medicamentos de cada paciente, levando em consideração a aceitação de determinadas formas farmacêuticas, entendimento do cuidador sobre medicamentos, entre outros cuidados. O acompanhamento farmacêutico ambulatorial na onco-hematologia pediátrica através de atividades como reconciliação medicamentosa, análise de prescrições e educação ao paciente, familiares e equipe mostra sua importância na redução de erros de medicação e no tratamento, uma vez que os protocolos clínicos são extensos em sua maioria e com diversas particularidades. ID 054 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES EM UM HOSPITAL Autores: Christine Berny Völz - [email protected] - Pelotas/RS Universidade Federal de Pelotas Miriam Moreira Mussi - [email protected] - Pelotas/RS - Hospital Clinicanp Rejane Giacomelli Tavares - [email protected] - Pelotas/RS Universidade Federal de Pelotas ID 056 Resumo: Introdução: devido à grande diversidade de fornecedores, faz-se necessária a busca pelas melhores opções. A qualificação de fornecedores é um processo de eleição dos que apresentam as melhores condições de fornecer os insumos necessários, nas corretas especificações, com menores preços, nas melhores condições de pagamento, e dentro das quantidades e prazos préestabelecidos. Tal procedimento é importante para a qualidade dos serviços oferecidos, e benéfico tanto para a instituição, quanto para o fornecedor, uma vez que possibilita o aprimoramento dos serviços prestados pelo mesmo. Objetivo: avaliar fornecedores de insumos. Metodologia: estudo realizado em um hospital de Pelotas/RS, onde avaliou-se 19 fornecedores, no período de 27/10/15 a 23/02/16. Para isso, foram utilizados três indicadores: participação, qualidade e prazo de entrega; para estatística foi utilizado o Excel. Resultados: foram comprados 920 itens, em 52 cotações. A maioria dos fornecedores (9) obteve índices de participação entre 80,0 a 99,9%, sendo que 4 obtiveram 100,0%. Foram encontradas 5,5% (51) não conformidades: 27,5% (14) de quantidade, 7,8% (4) de qualidade, 25,5% (13) de prazo de entrega, 35,3% (18) de atendimento e 3,9% (2) de custo. E 1,4% (13) dos itens foram entregues fora do prazo. Conclusão: através do estudo, foi possível avaliar os principais fornecedores de insumos, observando que a maioria deles atingiu índices satisfatórios nos indicadores utilizados, garantindo assim a aquisição de produtos que atendem às normas vigentes. A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO DA RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO SERVIÇO DE QUIMIOTERAPIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Autores: - Ana Maria Della Rocca (1) - [email protected] - Florianópolis (SC) - Universidade Federal de Santa Catarina - Danielle Siegel (1) - [email protected] - Florianópolis (SC) Universidade Federal de Santa Catarina - Patrick B. Gaspareto (2) - [email protected] - Florianópolis (SC) Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago - Sara Ribeiro Motter (2) - [email protected] - Florianópolis (SC) Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago ID 055 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO AMBULATÓRIO DE ONCOHEMATOLOGIA PEDIÁTRICA NUMA INSTITUIÇÃO PRIVADA Autores: Mariana Perez Esteves Silva, [email protected], São Paulo SP, Hospital Israelita Albert Einstein, Larissa Sabino Zuppardo Lacerda, [email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein, Fumiko Takahashi Ito, [email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein, Valéria Armentano dos Santos, [email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein Resumo: Introdução: O câncer em crianças e adolescentes no Brasil é considerado raro quando comparado aos adultos, e com características peculiares. Esse grupo de pacientes necessita de cuidados especiais quanto à terapia medicamentosa e a atuação do farmacêutico clínico torna-se 20 Resumo: Introdução: O número de casos atendidos pelo Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) aumentou desde que o HU/UFSC se tornou referência Estadual para o diagnóstico e tratamento de neoplasias hematológicas. Para o serviço desempenhar suas atividades, é necessário um trabalho multidisciplinar com interface administrativa e clínica. Após a inserção do programa da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS), esse quadro ficou mais evidente. Objetivo: Produzir e aplicar ferramentas que auxiliem na gestão, assistência e atenção farmacêutica oncológica, contando com o auxílio da RIMS. Método: Utilizou-se a base de dados MICROMEDEX Healthcare Series®, o site http://www.drugs.com, livros e bulas para a pesquisa de medicamentos. Resultados: Foram desenvolvidos Termos de Esclarecimento e Responsabilidade, de acordo com o protocolo quimioterápico ao qual o paciente é submetido; Declarações de Recebimento de Medicamentos Quimioterápicos; tabelas denominadas “Alta Farmacêutica” e planilhas no Microsoft Excel para realizar a rastreabilidade das bolsas quimioterápicas manipuladas. Tais medidas têm o intuito de aprimorar a gestão (estoque e controle dos gastos) e a administração farmacêutica; garantir o acesso à informação para o paciente e sua adesão ao tratamento, elucidando as possíveis reações adversas e informando, no geral, sobre a terapia medicamentosa; auxiliar diretamente na farmacovigilância, ao identificar reações adversas, seus fatores de riscos e medidas de intervenção e prevenção; e, principalmente, garantir a qualidade e segurança do tratamento para o paciente. Conclusão: Com estas ações construídas junto à RIMS, foi observada uma melhora na gestão farmacêutica, garantindo o abastecimento, dispensação, rastreabilidade, ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA melhor gerenciamento dos gastos e uso seguro do medicamento. Enfim, tais medidas possibilitam uma atenção integral à saúde, à humanização do cuidado e à efetividade da intervenção terapêutica e asseguram o desenvolvimento de práticas clínico-assistenciais. Pubmed/Medline. Relato: homem, 60 anos, com LLC Rai IV/Binet C, Hb inicial de 14,7 iniciou Fludarabina (25mg/m2) e Ciclofosfamida (250mg/m2) 03 dias, sem Rituximabe (solicitado via judicial). Hb do nadir: 8,3 g/dL, com neutropenia febril tratada. Quarenta e cinco dias após o primeiro ciclo, retornou com astenia intensa, vertigem, hipotensão postural, palpitações e dispneia; hipocorado 3+ e ictérico 2+. Hb 5,8 g/dL; Ht 17; DHL 1.101 U/L; reticulócitos 20.000/mm3; bilirrubina indireta 1,3 mg/dL; haptoglobina não disponível, TAD positivo em gel LISS/Coombs monoespecífico. Iniciada Metilprednisolona 1g IV 3 dias. No terceiro dia Hb caiu para 3,9 g/dL. Realizado Rituximabe dose única e fixa de 100mg, seguida de Prednisona 1,0 mg/Kg com melhora gradual (Hb 4,1; 5,0; 7,5; 10,5 g/dL); Hb 13,4 g/dL em 30 dias. Discussão: AHAI relacionada à Fludarabina (4,5 a 11%) tem sido equivalente à frequência com Ciclofosfamida ou Clorambucil isolado. Rituximabe é empregado no tratamento da LLC, em doses de 375mg/m2 a 500mg/m2 a depender do esquema quimioterápico. Doses fixas de 100mg foram descritas para o tratamento de AHAI idiopática (01ciclo/semana x4; resposta global de 82,6%) mas não para AHAI secundária à LLC. Com Rituximabe 100mg dose única, cessamos a hemólise com êxito. Conclusão: Apesar de baixas doses de Rituximabe terem sido descritas somente para tratamento de AHAI idiopática, obtivemos sucesso neste paciente com AHAI secundária à LLC. ID 057 INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS NÃO QUIMIOTERÁPICOS EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO Autores: Priscila Rego Torres, [email protected], SÃO PAULO - SP IOP/GRAACC/UNIFESP Larissa Maria Hilsdorf Bernardi Barreto, [email protected] - SÃO PAULO SP - IOP/GRAACC/UNIFESP Paula Figueiredo De Carvalho Pinto, [email protected] - SÃO PAULO - SP - IOP/GRAACC/UNIFESP Marília Pinto Federico, [email protected] - SÃO PAULO - SP - UNIFESP Resumo: Introdução: A administração simultânea de dois ou mais medicamentos pode resultar em interações medicamentosas (IM) com respostas farmacológicas ou clínicas diferentes das apresentadas quando esses medicamentos são administrados separadamente. Uma proporção considerável das reações adversas são causadas pela interação entre medicamentos. A IM é uma das variáveis que afeta o resultado terapêutico e conhecendo-as previamente é possível prevení-las. Objetivo: No estudo foram verificadas e classificadas as potenciais IM entre fármacos prescritos a pacientes de um hospital oncológico pediátrico e secundariamente classificadas de acordo com sua potencial gravidade. Métodos: Foram analisados os relatórios de consumo de medicamentos gerados pelo sistema informatizado do nosocômio, cuja forma farmacêutica fosse para administração via parenteral (injetável) ou via oral, padronizados ou não, mais utilizados nas unidades de internação. Resultados: Após análise dos relatórios de consumo nas unidades selecionadas para o estudo, entre março/2014 e fevereiro/2015, foram identificados 19 medicamentos de maior consumo e selecionados apenas as interações não desejáveis, dos quais os medicamentos envolvidos em maior número de interações graves foram os analgésicos opióides: Fentanil, Morfina e Tramadol, estando seus efeitos relacionados principalmente ao aumento do risco de depressão do sistema nervoso central e a Furosemida apresentou o segundo maior número de interações moderadas. Conclusão: Para evitar conseqüências graves é importante que os profissionais de saúde como médicos, farmacêuticos e enfermeiros conheçam os tipos de interações que podem ocorrer entre os medicamentos. ID 059 AVALIAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES NA ONCOMED Autores: Rafael Ertel de Andrade - [email protected] – Niterói – RJ (Oncomed Oncologia) Resumo: Introdução: A avaliação e qualificação de fornecedores é um processo da assistência farmacêutica imprescindível para garantia da qualidade dos medicamentos. A qualidade do fornecedor impacta, diretamente, no desempenho da empresa. Avaliar o fornecedor desde da documentação legal até visita às instalações físicas são pontos importantes que devem ser considerados na qualificação de fornecedores. Objetivo: Estabelecer processos eficazes para avaliação e qualificação de fornecedores de correlatos e medicamentos em oncologia. Método: A qualificação de fornecedores na Oncomed é realizada através dos seguintes aspectos: análise regulatória, visita técnica e avaliação de desempenho. O primeiro consiste na verificação da atualização de todos os documentos legais necessários para o licenciamento de uma distribuidora. A visita técnica é realizada através de um relatório contendo tópicos como observação das instalações físicas, presença de responsável técnico, avaliação da conservação, limpeza e organização das áreas de armazenamento e transporte, documentos de registro da qualidade. Após visita técnica, é enviado relatório de feedback ao fornecedor com o nosso parecer. A avaliação de desempenho é praticada a cada recebimento do produto, no qual avaliamos destinatário, laudo de análise, descrição do produto, condições de armazenamento, prazo de entrega, volumes violados, conferência do valor, quantidade, lote e validade do produto físico versus descrita em nota fiscal. Após um ano, é enviado relatório de feedback para fornecedor relatando as não conformidades detectadas e status de qualificação. Resultado: Garantia da qualidade do fornecedor através de visita técnica, contribuição para padronização de medicamentos e minimização das não conformidades através de relatórios de feedback. Conclusão: O processo de qualificação de fornecedores é fundamental para padronização de medicamentos e correlatos seguros e de qualidade, além de estabelecer eficácia nos processos e estreitamento da relação entre comprador e fornecedor. ID 058 SUCESSO NO TRATAMENTO DE ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE SECUNDÁRIA À LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA (LLC) COM BAIXA DOSE DE RITUXIMABE Autores: 1. Solange de Castro Nascimento - [email protected],Poços de Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas 2. Iara Baldim Rabelo - [email protected], Poços de Caldas/MGAlfenas/MG Santa Casa de Poços de Caldas/ UNIFENAS 3. Fabiana Fontes de Oliveira - [email protected], Poços de Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas 4. Carlos Eduardo Velano - [email protected], Poços de Caldas/MGAlfenas/MG Santa Casa de Poços de Caldas/ UNIFENAS 5. Cibele Martins Tavares - [email protected], Poços de Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas 6. Iara Ricardo Soares - [email protected], Alfenas/MG UNIFENAS Resumo: Introdução: Leucemia linfocítica crônica (LLC) é doença linfoproliferativa crônica associada à anemia hemolítica autoimune (AHAI) em até 10% dos casos. O anticorpo monoclonal anti-CD20 – Rituximabe – é utilizado no tratamento de LLC e de AHAI, geralmente na dose de 375mg/m2 com altas taxas de sucesso. Objetivo: descrever o tratamento de AHAI por LLC com 100mg de Rituximabe. Métodos: Consulta de prontuário médico e base de dados 21 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 060 no 2º ciclo e após,suspeita de irPD. Em (09/2011)foi classificada com PD e prescrito quimioterapia (QT) com CDDP, Vinorelbina e DTIC. Após 1º ciclo, foi suspensa pois observou-se resposta pré QT com redução e degeneração das lesões (10/2011). Paciente encontra-se em seguimento há 4 anos com resposta completa, sem uso de outra terapia. Conclusão: A irPD no uso de Ipilimumabe não é o padrão de reposta mais comum entre os pacientes com melanoma, porém, nos casos em que ela está presente, os profissionais de saúde devem estar atentos na identificação deste tipo de resposta clínica. ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO EM PACIENTES USUÁRIOS DE CAPECITABINA ORAL Autores: Caroline Reis de Siqueira ([email protected]) - Niterói/RJ – Oncomed Clínica Oncológica Resumo: Introdução: O câncer é uma doença grave que tem aumentado o número de casos de forma considerável nos últimos anos, caracterizando-se como um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial. De acordo com pesquisas epidemiológicas, uma das neoplasias malignas de maior incidência em homens e mulheres é a de colorretal. O tratamento para este tipo de câncer é realizado através de protocolos bem estabelecidos e administrados por diversas vias. A capecitabina é um medicamento administrado por via oral, pertencente à classe dos agentes antimetabólitos que atua como uma pródroga efetiva em pacientes com tumor de cólon e reto. Objetivo: Este estudo tem como objetivo estruturar a atuação clínica do farmacêutico como ferramenta fundamental para melhorar a qualidade de vida e adesão dos pacientes com neoplasia colorretal em tratamento com capecitabina oral. Método: A metodologia empregada nesse trabalho é uma revisão bibliográfica dos processos descritos em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, baseada no método Dáder. Através deste método será elaborado um programa de acompanhamento clínico individualizado para pacientes em uso de capecitabina, visando orientar os pacientes por meio de formulários contendo informações importantes sobre o tratamento e os cuidados na administração, coletar dados do paciente por meio da ficha farmacoterapêutica, avaliar possíveis interações medicamentosas, possibilitando a elaboração de um relatório sobre o estado situacional do paciente. Resultado: O resultado esperado com a implantação da atenção farmacêutica é aumentar a adesão ao tratamento, identificação, prevenção e resolução dos problemas relacionados com medicamentos e melhoria da qualidade de vida e segurança do paciente. Conclusão: O seguimento farmacoterapêutico é peça essencial para a promoção da saúde, pois estabelece uma relação de aproximação e confiança do farmacêutico com o paciente e estimula a adesão à terapia medicamentosa. ID 062 ANÁLISE DA ELABORAÇÃO DO PLANO OPERATIVO PARA O DESABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS EM UMA FARMÁCIA HOSPITALAR SATÉLITE DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA REGIÃO NORTE Autores: 1 - Joana Darc da Costa Cardoso - [email protected] – Belém / PA – Hospital Ophir Loyola. Resumo: Introdução: Este estudo trata o planejamento no processo de desabastecimento de medicamentos como um problema que transcende o aspecto logístico da saúde. Objetivo: Descrever o processo de elaboração da construção de um Plano Operativo (P.O) para o conhecimento técnico dos gestores públicos e usuários do serviço, tendo como finalidade o abastecimento necessário em uma farmácia hospitalar de referência oncológica. Metodologia: De natureza qualitativa com elaboração do P.O e aplicada o relato de experiência para o enfrentamento de um problema priorizado através do método do Planejamento Estratégico Situacional (PES) que serviu como parâmetro para o trabalho. A construção do PO foi realizado em 4 momentos: Explicativo, Normativo, Estratégico e Tático operacional. Resultados: O problema priorizado foi a Falta de Medicamentos considerando as seguintes evidências: Ausência de medicamentos de escolha para a terapia, a falta de cobertura contratual para o fornecimento de fármacos e a carência de recursos financeiros suficientes para o atendimento necessário, possibilitando a construção do Diagrama de Ishikawa resultando como causa convergente o “Desconhecimento Técnico da Assistência Farmacêutica” e consequência convergente o “Aumento do custo operacional” A partir das causas e consequências secundárias foram definidos os objetivos específicos para os quais se estabeleceram as operações que representam propostas de intervenção sobre o problema priorizado para alcançar o objetivo geral “Promover o abastecimento compatível com a necessidade do hospital”, Para finalizar o PO, foi estabelecido indicadores de monitoramento e avaliação para o acompanhamento de sua execução. Conclusão: Diante dos resultados é possível perceber a complexidade organizacional envolvida na implantação das atividades e os desafios que devem ser enfrentados para que esse processo seja exitoso. O PES demonstra ser uma ferramenta aplicável à correta identificação dos problemas locais no planejamento adequado das etapas de seleção, e previsão das dificuldades de implantação no acompanhamento e avaliação política de medicamentos. ID 061 PSEUDO PROGRESSÃO NO USO DE IPILIMUMABE: RELATO DE CASO CLÍNICO (AUTORIZAÇÃO CEP HC/UFPR Nº 066/2016) Autores: Marianne Ferreira Marinho, [email protected], Curitiba, PR, IOP - Instituto de Oncologia do Paraná Michelle Collodel de Souza, [email protected], Curitiba, PR, IOP Instituto de Oncologia do Paraná Resumo: Introdução: A imunoterapia está cada vez mais disponível para os pacientes portadores de melanoma. A Organização Mundial de Saúde e o RECIST fornecem diretrizes para definição da resposta da terapia antitumoral(1,2)determinando a progressão da doença (PD)(3). O aumento do tamanho e desenvolvimento de novas lesões, são consideradas PD(4). Pacientes que responderam à imunoterapia com redução do tumor ou estabilidade, se enquadram nestes critérios, entretanto, padrões de resposta diferentes foram observados. Em pacientes tratados com Ipilimumabe foram observados aumento de tamanho inicial das lesões e, após biópsia, foi verificado infiltrados de células inflamatórias ou necrose, com subsequente diminuição do tumor(6). Padrões de resposta imunorelacionadas foram observadas em ensaios clínicos de Ipilimumabe, incluindo desenvolvimento de novas lesões e aumento transitório das lesões iniciais. Respostas clínicas (RC) tardias também foram observadas, com aumento no total de lesões seguido por regressão do tumor, caracterizando pseudoprogressão (irPD)(4). Objetivo:Relatar caso clínico do uso de Ipilimumabe com RC-irPD. Relato de Caso: •LCS,mulher,68 anos,branca,portadora de melanoma cutâneo de membro inferior(2008), EC IV, fez esvaziamento ganglionar e perfusão de membro com metástases em trânsito.Realizou tratamento com Interferon (2009),Ciclofosfamida e vacina células dendríticas (2010), com resposta parcial. Progrediu em 2011. Iniciou Ipilimumabe em 06/2011, completou 4 ciclos sem toxicidade (08/2011)com RC no ID 063 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) APLICADO NA GESTÃO EM UMA FARMÁCIA HOSPITALAR DE REFERENCIA ONCOLÓGICA DO MUNICÍPIO DE BELÉM. Autores: 1.Márcia Moraes Paulino da Silva – [email protected] – Belém / PA - Hospital Ophir Loyola; 2.Joana Darc da Costa Cardoso [email protected] – Belém / PA - Hospital Ophir Loyola; 3.Renata Moraes e Silva - [email protected]– Belém / PA – Farmácia Therapêutica; 4.Marcelo Moraes do Nascimento – [email protected] - Belém / PA Hospital Ophir Loyola; 5.Annie de Elisandra Mesquita de Oliveira [email protected] - Belém / PA - Hospital Ophir Loyola. 22 Resumo: Introdução: Este estudo trata da necessidade de melhorias no serviço para o paciente, cuidador e colaboradores da farmácia considerando a realidade e as opiniões dos funcionários envolvidos de forma direta ou indireta com o ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA setor. Objetivo: Descrever o processo de elaboração de um Plano Operativo (PO) para o conhecimento técnico dos gestores públicos e usuários do serviço, tendo como finalidade apresentar os resultados obtidos através da utilização do método de Planejamento Estratégico Situacional. Metodologia: De natureza qualitativa com elaboração do PO e aplicada o relato de experiência para o enfrentamento de um problema priorizado através do método do Planejamento Estratégico Situacional (PES) que serviu como parâmetro para o trabalho. A construção do PO foi realizado em 4 momentos: Explicativo, Normativo, Estratégico e Tático operacional. Resultados: No Momento Explicativo realizado em uma oficina foi eleito o problema priorizado “Duas especialidades atendidas na mesma estrutura física na Farmácia com fluxos distintos”, no Momento Normativo destacou-se a definição da situação ideal para alcançar o objetivo final baseado na causa convergente “Falta de Planejamento Estrutural da Farmácia” e na consequência convergente “Serviços Farmacêuticos com qualidade comprometida”. Operações que resultaram em 17 ações necessárias para o alcance do objetivo geral “Prestar serviços farmacêuticos adequados aos pacientes e cuidadores”. No Momento Estratégico ocorreu a análise da viabilidade e factibilidade. Por fim, no Momento Tático Operacional, criaram-se indicadores de avaliação para cada operação, recursos e os atores responsáveis, definindo o Plano Operacional. Conclusão: O estudo revelou uma realidade insatisfatória e a sensibilização da Direção do Hospital para o problema priorizado. O PES mostrou-se adequado por ampliar o conhecimento e a capacidade de gestão contribuindo para a organização e estruturação dos serviços de saúde e de Assistência Farmacêutica em nível local. A execução do Plano Operativo mostrou-se eficaz e eficiente em relação a governabilidade. ID 065 ATENÇÃO FARMACÊUTICA A PACIENTES EM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL Autores: Camila Lunardi, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Aline Mariah Strapasson, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Amanda Machado Ruiz, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Andréia Gutberlet, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Bruna Silva de Oliveira, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Karilene Dalposso, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Silvia Cristina Soares Molina, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Suélen K.Mazera Altmann, [email protected], Joinville, Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville Resumo: Introdução: O uso de antineoplásicos orais mesmo conveniente para o paciente, aumenta sua responsabilidade com o tratamento e oferece riscos, sendo essencial a orientação e o acompanhamento farmacêutico. Objetivo: Implantar o acompanhamento farmacoterapêutico a pacientes em terapia antineoplásica oral. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo realizado de janeiro de 2014 a dezembro de 2015 no Centro Hospitalar Unimed (CHU), hospital particular geral localizado em Joinville, Santa Catarina, com 159 leitos, acreditado em excelência pela ONA e com Accreditation Canada International. Realizou-se atenção farmacêutica a todos os pacientes e orientações a familiares e cuidadores, disponibilizando os medicamentos e materiais informativos, com aplicação do Termo de Esclarecimento e Responsabilidade. Em casos de suspensões ou substituições do tratamento o paciente ou familiar foi orientado a realizar a devolução de quantidades remanescentes. Todas as informações captadas foram registradas em sistema informatizado (Sistema de Gestão em Saúde - Tasy), gerando evolução farmacêutica em prontuário eletrônico. O processo é mapeado e quantificado em relação a custos, através de indicadores de processos e financeiros. Resultados: No período de Janeiro de 2014 a Dezembro de 2015 foram acompanhados 227 pacientes, sendo realizados 2373 atendimentos. Foram realizadas 15.667 intervenções e orientações farmacêuticas referentes a doses, sequência dos ciclos, interações (medicamentos, alimentos, plantas medicinais), forma de administração, armazenamento, manuseio, descarte e devoluções. Acompanharam-se as reações adversas, o uso de medicamentos suportivos, realizadas orientações não-farmacológicas, direcionamento para outros profissionais da equipe multidisciplinar, acompanhamento de adesão ao tratamento, dos exames laboratoriais e de imagem e da função intestinal, bem como alterações de tratamento. Conclusão: Com as orientações e acompanhamento farmacêutico os pacientes compreendem melhor o tratamento, há um uso racional dos medicamentos, aumentando a segurança do paciente. Percebe-se que com a sequência dos atendimentos, cria-se um vínculo entre paciente e farmacêutico, tornando o cuidado mais humanizado. ID 064 COACHING DE SAÚDE: COMO ESTE MÉTODO CONTRIBUI PARA O BEM ESTAR DE PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS? Autores: Michelle Collodel de Souza, [email protected], Curitiba/PR, IOP-Instituto de Oncologia do Paraná. Resumo: Introdução: O coaching é uma metodologia que busca o desenvolvimento pessoal e contribui para gerar autorreflexão e autoconhecimento, visando desenvolver novos potenciais e competências e criar novas possibilidades para substituir comportamentos não efetivos. Para isso, o coaching lança mão de diversas ferramentas que irão auxiliar seu cliente a traçar metas específicas, utilizando a escuta ativa e perguntas poderosas, que tem como principal objetivo gerar reflexão e conduzir o cliente à ação. Quem realiza o coaching se denomina coach (neste caso é um profissional da saúde) e quem o recebe (paciente), é denominado coachee. O coach de saúde é um profissional treinado em promover mudança comportamental que aperfeiçoe a saúde e bem-estar do seu coachee. Objetivo: Reunir informações sobre como o coaching pode ajudar pacientes com doenças crônicas em sua relação com sua patologia, seja emocional, física ou comportamental, e como este processo pode auxilia-los na mudança de seus hábitos para um estilo de vida mais saudável. Método: Análise de artigos entre 2002 a 2014 utilizando a plataforma PubMed. Resultados: A falta de aderência aos planos de tratamento tem fundamento em comportamentos não saudáveis, sendo necessário conscientizar o paciente para que tome decisões responsáveis, ajudando-o a encontrar suas motivações internas, construindo confiança e comprometimento. O papel do coach em saúde é auxiliar o paciente em sua mudança de comportamento e estabilização emocional, fazendo com que ele veja possibilidades diante de uma condição crônica, reinventando a própria vida, revendo seus hábitos e comportamentos. Conclusão: O coaching em saúde emerge como um diferencial no sucesso do tratamento de doentes crônicos e contribui significativamente para que ocorram mudanças comportamentais para hábitos mais saudáveis, que é um fator chave na prevenção e controle de patologias crônicas. 23 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 066 inferir indicadores econômico-financeiros, como por exemplo, a taxa de consumo de quimioterapia do setor de oncologia ambulatorial, que consome cerca de 50% da meta pré-estabelecida para a área. Conclusão: Este estudo permitiu a análise de dados complexos a partir de uma ferramenta simples (matriz de custeio), que propiciou a obtenção de um referencial (custo por protocolos e por ciclos/mês) para análise dos custos reais incorridos, a identificação os protocolos que consomem a maior parte dos recursos, possibilitando a gestão mais detalhada quanto aos custos associados e a identificação de potenciais pontos de melhoria. GESTÃO DE SÁUDE E DA SEGURANÇA AO PACIENTE ONCOLÓGICO – O DESAFIO DE SUBSTITUIR A CULPA E A PUNIÇÃO PELO APRENDIZADO COM AS FALHAS E PELO DESENVOLVIMENTO DE MELHORIAS NA ATENÇÃO À SAÚDE Autores: Andrezza Viviany Lourenço; Ana Lúcia Stobbe; Eloise Cristina Goeden; Erica Martins Pio; Patricia A. Sakamoto; Rafaela Pina Rizental Resumo: Introdução: As boas práticas de funcionamento dos serviços de saúde englobam padrões de qualidade adequados à gestão da saúde e da segurança a fim de serem reduzidos a um mínimo aceitável os riscos de danos desnecessários ao paciente. O Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) – Resolução RDC 36/2013 – visa melhoria contínua dos processos, disseminação da cultura de segurança, promoção de ações para integração multiprofissional, elaboração de mecanismos para identificar e avaliar não conformidades e, estabelecer barreiras para prevenção de incidentes ao paciente. Objetivo: Analisar as notificações de eventos referentes ao 2º semestre de 2014 e de 2015 e avaliar o comprometimento das equipes de assistência ao paciente após a criação do NSP. Método: A equipe do NSP realizou integração e capacitação inicial a todos os colaboradores do Complexo ISPON sobre: Mapas de risco, Protocolos de: 1) Identificação do paciente; 2) Higienização das mãos; 3) Prevenção de quedas; 4) Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos e Fluxo de notificação de eventos inseguros que poderiam causar danos aos pacientes. O NSP analisou os eventos identificados em 2014 e 2015 e elaborou planos de ação para o desenvolvimento contínuo de melhorias na assistência ao paciente. Resultados: No 2º semestre de 2014, foram registradas 12 notificações das quais 1 foi classificada como incidente com dano e 11 como incidente sem dano. Já no 2º semestre de 2015 foram registradas 26 notificações sendo 1 incidente com dano, 16 incidentes sem danos e 9 quase eventos. Conclusão: Houve aumento significativo das notificações quando comparados os anos de 2014 e 2015. O alinhamento de todas as etapas dos processos, planejamento das ações desenvolvidas e monitoramento dos eventos através do NSP, associados à capacitação inicial e contínua dos profissionais, promovem maior comprometimento, conscientização e principalmente sensibilização para garantia de segurança na assistência ao paciente oncológico. ID 068 PROPOSTA DE MODELO DE CUSTEIO PARA AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DE TRATAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS AMBULATORIAIS: O CASO DE UM HOSPITAL PÚBLICO UNIVERSITÁRIO Autores: Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected] Fabiana Souza Olaves, Administradora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected] Resumo: Introdução: As instituições de saúde são consideradas complexas devido aos aspectos relacionados ao manejo clínico dos pacientes, custo dos tratamentos e necessidade de profissionais especializados. Na área da oncologia, as despesas com os protocolos de tratamento vêm crescendo de modo preocupante, representando gastos elevados para os sistemas de saúde. A aplicação de um sistema de custeio, que forneça informações para avaliação dos custos torna-se indispensável para a gestão financeira. Objetivo: Propor um modelo de custeio para avaliação dos custos de tratamentos quimioterápicos ambulatoriais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Método: Trata-se de um trabalho quantitativo, exploratório, descritivo, do tipo estudo de caso, realizado no ambulatório do Serviço de Oncologia do HCPA. Através de observação, in loco, dos fluxos de trabalho, foram mapeados os processos, identificados os materiais, as atividades, os profissionais e os tempos envolvidos no tratamento quimioterápico. Foi elaborada uma matriz de custeio, que identifica os itens de custo por protocolo. O armazenamento e análise dos dados foram realizados através do software Excel. Resultados: A partir da análise dos resultados obtidos foi possível identificar os custos dos tratamentos, os valores associados à matéria prima e mão de obra, o custo total dos protocolos, dos ciclos e o custo mensal. Conclusão: O sistema de custeio proposto gera informações importantes para os gestores do serviço de oncologia, através da compreensão econômica dos tratamentos é possível realizar o planejamento das atividades e obter subsídios para a tomada de decisão. ID 067 AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE TRATAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS AMBULATORIAIS A PARTIR DA PROPOSTA DE MODELO DE CUSTEIO: O CASO DE UM HOSPITAL PÚBLICO UNIVERSITÁRIO ID 069 Autores: Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected]); Fabiana Souza Olaves, Administradora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected] Resumo: Introdução: A gestão das instituições hospitalares no Brasil e no mundo é desafiadora para os seus gestores. A complexidade associada aos serviços hospitalares demanda a implantação de um sistema de gestão econômico-financeira que tem como base a explicitação e otimização dos processos e atividades envolvidas. Objetivo: Avaliar o impacto econômicofinanceiro de tratamentos quimioterápicos ambulatoriais, a partir da proposta e análise de um modelo de custeio. Método: O estudo teve uma abordagem quantitativa e qualitativa. Os procedimentos metodológicos constituem-se em quatro fases principais: (i) pesquisa documental, (ii) observação in loco, (iii) construção da matriz de custeio e (iv) construção de indicadores econômicofinanceiros. O armazenamento e análise dos dados foram realizados através do software Excel. Resultados: A partir da análise dos custos obtidos foi possível extrair índices que relacionam o consumo de matéria-prima e mão-de-obra por tratamento. Além disso, é possível obter uma visão global dos tratamentos que consomem mais recursos dentro do setor de oncologia ambulatorial. Dentre eles, tem-se que o tratamento de Linfoma Folicular e Cabeça e Pescoço são os que consomem a maior parte dos recursos do setor. Além disso, é possível AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM CARCINOMA DE COLO DE ÚTERO EM TRATAMENTO PALIATIVO COM CARBOPLATINA E PACLITAXEL Autores: Andressa Domingues Lofrano, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA. Carla Patrícia de Morais e Coura, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA. Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA. 24 Resumo: Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente entre as mulheres brasileiras. A terapia paliativa pode aumentar o intervalo livre de doença, corroborando não apenas no aumento da sobrevida, mas também na melhora da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de mulheres com câncer de colo de útero submetidas ao tratamento quimioterápico paliativo baseado em carboplatina e paclitaxel Metodologia: Trata-se de uma coorte prospectiva realizada em um hospital público oncológico na cidade do Rio de Janeiro. Foram recrutadas as pacientes com câncer de colo uterino que iniciaram tratamento quimioterápico paliativo baseado em carboplatina e paclitaxel no período de 01/abr a 30/jul de 2015. Os ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA dados sociodemográficos foram coletados do prontuário e a QVRS foi mensurada através dos questionários EORTC QLQ C30 e CX-24 no 1º, 2º, 4º e 6º ciclos do protocolo quimioterápico. Para a análise estatística foi utilizado o teste de Wilcoxon calculado pelo programa Statistical Package for Social Sciences – SPSS, versão 20.0. Resultados: Foram monitoradas 20 pacientes, com idade média de 49,3 anos. Foi observado um impacto negativo nos sintomas da diarreia e neuropatia periférica, bem como, melhora da capacidade emocional, física, funcional e social, além da minimização de sintomas como a fadiga, dor, falta apetite, náusea e vômito e constipação. Contudo, a alteração global da QVRS ao longo do tratamento não foi estatisticamente significativa. Conclusão: As alterações percebidas pelas pacientes foram pouco significantes, não influenciando sobremaneira a percepção destas mulheres a cerca da sua qualidade de vida ao longo da terapia. Entretanto, tais achados devem ser alvo de observações mais acuradas e intervenções mais eficazes devem ser empregadas, buscando estabelecer melhor bem-estar as pacientes ao longo do tratamento quimioterápico. ID 071 CARDIOTOXICIDADE INDUZIDA PELA DOXORRUBICINA E UTILIZAÇÃO DO DEXRAZOXANO COMO CARDIOPROTETOR Autores: 1 - Debora Sanches Comar – [email protected] – São José do Rio Preto/SP – Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/ Instituto Racine 2 - Ana Alice Dias de Castro Luz – [email protected] – São Paulo/SP – Instituto Racine Resumo: Introdução: A doxorrubicina é utilizada no tratamento de neoplasias malignas em adultos e crianças. Contudo, sua capacidade de causar cardiotoxicidade limita seu uso, pois pode levar à insuficiência cardíaca irreversível. Respeitar a dose máxima cumulativa deste fármaco é uma das estratégias para prevenção da toxicidade, como também o uso do dexrazoxano, medicamento que inibe a formação do complexo ferro-doxorrubicina, responsável pela geração de radicais livres envolvidos na lesão oxidativa dos cardiomiócitos. Objetivo: Compreender os mecanismos de toxicidade cardíaca relacionados ao uso de doxorrubicina e discutir o uso do dexrazoxano como cardioprotetor. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados virtuais, os estudos utilizados foram publicados entre os anos de 2006 e 2014. Resultados: O mecanismo de cardiotoxicidade da doxorrubicina é multifatorial, sendo a formação de radicais livres que levam ao estresse oxidativo e peroxidação lipídica dos cardiomióticos, o mais aceito. Além de haver complexação com ferro, alterar a função adrenérgica, a função do cálcio e a contração muscular, função das mitocôndrias, danos a proteínas, acúmulo de metabólitos tóxicos e apoptose dos cardiomiócitos. Ocorre o remodelamento do músculo cardíaco que leva à insuficiência cardíaca. O dexrazoxano reduz a incidência de danos cardíacos e de insuficiência cardíaca, sem interferir na terapia antineoplásica ou aumentar o aparecimento de neoplasias secundárias. Seu uso é recomendado no início do tratamento e à pacientes adultos com câncer de mama metastático que obtiveram benefícios com a doxorrubicina em doses superiores a 300mg/m2. Conclusão: O tratamento de rotina com dexrazoxano deveria ser considerado, pelo evidente benefício, porém seu uso em crianças ainda não é recomendado, são necessários mais estudos para conhecer seus efeitos a longo prazo. A detecção de alterações cardiovasculares precoce pode melhorar o prognóstico dos pacientes em tratamento quimioterápico com a doxorrubicina. ID 070 UTILIZAÇÃO DO OVERFILL: UMA EVIDÊNCIA DE ECONOMIA PARA AS INSTITUIÇÕES Autores: Luiz Ivan Henrique da Silva – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Priscila Siedshlag Ise Guimarães – priscila@[email protected] – São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Priscila Mitiko Higashibara Yamada – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Roberta Andriani de Oliveira – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Thomaz Massao Hissatomi – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Jennifer Dalcin – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Mirian Garcia Marras – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1); Maira Takahashi Frantzen – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1). Resumo: Introdução: A maioria dos frascos de medicamentos possui um volume residual a mais, essa sobra é chamada overfill. A farmacoeconomia é a aplicação da economia ao estudo dos medicamentos com a otimização da utilização de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade do tratamento. Sendo um importante trabalho desenvolvido pelo profissional Farmacêutico envolvido no gerenciamento dos medicamentos, dentro deste estudo a oncologia se mostra um ambiente favorável, devido a gama de medicamentos e por consequência o custo que estes medicamentos representam para as instituições de saúde. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância da utilização do Overfill e sua economia gerada. Metodologia: Foi realizado um levantamento retrospectivo das quantidades de frascos gerados com a utilização do overfill no período de Março de 2012 até Fevereiro de 2016. A quantificação foi possível devido ao número elevado de preparações, permitindo a utilização das sobras de uma preparação para as seguintes, assim no final de cada dia de trabalho foi gerado uma quantidade equivalente a um frasco, sendo identificado pelo farmacêutico como economia gerada por meio de utilização do Overfill. Discussão e Resultados: A famacoecomia gerada neste período de Março de 2012 a Fevereiro de 2016 foi de R$ 703.896,17, com este valor foi possível identificar a viabilidade da utilização do Overfill, sem prejuízos para a qualidade no tratamento dos pacientes da instituição. Foi observado que após consolidação do projeto empenho da equipe envolvida e aumento da quantidade de preparações, foi possível apresentar este valor expressivo de economia. Conclusão: O presente estudo demonstrou a possibilidade de estabelecer rotinas para a utilização do overfill e mostrar a importância do estudo farmacoeconômico dentro do Sistema Único de Saúde, pois os recursos gerados para o sistema público nem sempre são os adequados, gerando uma limitação na instituição. ID 072 M A N UA L D E O R D E M D E I N F U S Ã O N O S P R OTO C O LO S QUIMIOTERÁPICOS UTILIZADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Autores: 1 - Jéssica Helena de Mora Marques - jessica.helena.mora@ hotmail.com - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 2 - Ana Claudia de Almeida [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 3 - Debora Sanches Comar [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 4 - Jaqueline Correa de Souza - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 5 - Julia Florêncio Mega - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP , 6 - Regina Maura Oliveira Mazetto - [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP 25 Resumo: Introdução: Antineoplásicos são medicamentos utilizados para o tratamento do câncer. A quimioterapia consiste no emprego de substâncias químicas, isoladas ou em combinação, com o objetivo de eliminar neoplasias malignas. O manual baseado em literaturas específicas servirá como fonte de informações, podendo garantir segurança ao paciente e padronização de tratamento. Objetivo: Elaborar um Manual de Ordem de Infusão de Quimioterápicos para a equipe multidisciplinar. Compreender protocolos que ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA são utilizados pela Instituição para que a equipe possa esclarecer dúvidas e assim garantir um serviço de segurança e qualidade para o paciente. Discutir outros temas relacionados aos antineoplásicos, como toxicidade e a importância do uso do ácido folínico como medicamento de resgate do Metotrexato. Metodologia: Realizada revisão bibliográfica através da busca de dados, sites e bulas. As informações foram coletadas a fim de conhecer a ordem de infusão dos protocolos quimioterápicos que são utilizados na Instituição. Resultados: O manual apresenta os 19 protocolos mais utilizados na Instituição, com ordem de infusão e informações dos medicamentos. Conclusão: A pesquisa realizada elucidou muitas ordens de infusão de protocolos utilizados, descritas em literaturas, porém alguns com fundamentos não esclarecidos. Ocorreram dificuldades em localizar alguns protocolos, devido à falta de informações na literatura. ID 074 PADRONIZAÇÃO DE TEMPOS DE DESINTEGRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA MINIMIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À CITOTÓXICOS Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 4 - Thalita Jacoby - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Juliana Didonet - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 6 - Edlus Silva [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 7 - Daniel Fasolo - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 8 - Renato Ribeiro - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre ID 073 AMPLIAÇÃO DO ACESSO AO MEDICAMENTO TRASTUZUMABE E BENEFÍCIOS ECONÔMICOS GERADOS PELO COMPARTILHAMENTO DE DOSES. Resumo: Introdução: A falta de apresentações líquidas de medicamentos antineoplásicos para administração enteral representa um grande desafio para os profissionais de saúde. Atender às prescrições médicas com derivações farmacêuticas de medicamentos desenvolvidos na apresentação oral para adequação da dose ou para administração via sonda apresenta um grave problema de biossegurança que advém da potencial contaminação citotóxica inerente a esses medicamentos. Embora a preparação extemporânea de medicamentos auxilie na administração das doses fracionadas ao paciente e na adequação à sonda para aqueles que possuem dificuldades de deglutição, o risco de exposição de profissionais ao medicamento citotóxico deve ser evitado. Objetivo: avaliar os tempos de desintegração, em sistema fechado, dos medicamentos que não possuem formulação extemporânea estabelecida de forma a possibilitar o fracionamento seguro de doses. Metodologia: comprimidos/drágeas foram colocados em seringas contendo água destilada à temperatura ambiente dentro de cabine de segurança biológica e submetidos a duas velocidades de agitação, 50 RPM ou 100 RPM. A manipulação ocorreu em sala classificada, conforme RDC 220/04. Os tempos para a completa desintegração foram medidos, considerando aceitáveis aqueles menores do que 15 minutos. Resultados: os medicamentos que apresentaram menor tempo de desintegração a 50 RPM foram: letrozol (30s), bicalutamida e exemestano (1min20s). Desintegraram-se em tempos intermediários (6-8 min): tioguanina, flutamida, mitotano, melfalano e nilotinibe. Imatinibe (13min) e anastrozol (11min) apresentaram maior tempo de desintegração. No entanto, imatinibe quando quebrado dentro da seringa reduziu seu tempo de desintegração para 1min 30s. Conclusão: o estabelecimento de tempos de desintegração de medicamentos sem formulação extemporânea descrita pode auxiliar quanto à derivação, de forma a minimizar a exposição a citotóxicos: os comprimidos/drágeas são dispensados dentro da seringa cujo rótulo consta o veículo e o tempo de desintegração para cada medicamento. A formulação extemporânea fornece uma alternativa para adequação do tratamento de pacientes pediátricos ou com dificuldades de deglutição. Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 4 - Thalita Jacoby - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Juliana Didonet - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,6 - Edlus Silva [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 7 - Daniel Fasolo - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 8 - Sandro Ness - – [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre Resumo: Introdução: O anticorpo monoclonal trastuzumabe, medicamento utilizado para o tratamento de pacientes com câncer de mama com expressão HER 2+, teve recentemente sua incorporação como nova tecnologia pelo Sistema Publico de Saúde. Tendo-se em vista os aspectos farmacoeconômicos, essa medida traz vantagens para o SUS e para os hospitais habilitados em oncologia, pois centraliza a compra e distribuição por meio do Ministério da Saúde (MS). Em contrapartida, os hospitais têm a responsabilidade de realizar o uso racional desse medicamento, reduzindo os custos e possibilitando que mais pacientes sejam contemplados com o tratamento. Objetivo: Avaliar a economia de recursos proporcionada pela otimização do uso do trastuzumabe no período de setembro a dezembro de 2015 numa Central de Misturas Intravenosas (CMIV) de hospital público. Metodologia: realizaram-se compartilhamentos de doses dos frascos de trastuzumabe considerando o tempo de estabilidade da sobra (48 h sob refrigeração) entre os pacientes. O número de frascos intactos por mês foi contabilizado e relacionado ao custo do medicamento para o Estado (R$ 6,80 por mg de medicamento). Resultados: Através do compartilhamento das doses pelos pacientes, foi possível evitar que frascos fossem desnecessariamente abertos e não utilizados por perda da estabilidade. Nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, foram reaproveitados 14, 19, 13, e 19 frascos de 150 mg de trastuzumabe, respectivamente. Em termos financeiros, o uso racional do trastuzumabe gerou uma economia de R$ 14.280,00 em setembro, R$ 19.380,00 em outubro, R$ 13.260,00 em novembro e R$ 19.380,00 em dezembro. O total economizado no período avaliado foi de R$ 66.300,00. Conclusão: O farmacêutico é o profissional responsável pelo uso seguro e racional do medicamento e a otimização de doses traz benefícios farmacoeconômicos para o Sistema Público de Saúde. Desta forma, evitam-se desabastecimentos e consequentemente mais pacientes podem ter seu direito ao tratamento resguardado. ID 075 RDC CFF n° 486/2008 - ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA ÁREA DE RADIOFARMÁCIA Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 4 - Jéssica Nascimento - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Thalita Jacoby [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre 26 Resumo: Introdução: A radiofarmácia é definida pela Americam Pharmaceutical Association como uma especialidade farmacêutica orientada para o paciente, que engloba conhecimentos científicos e julgamento profissional necessários para melhorar e promover a saúde, através do uso seguro e eficaz dos radiofármacos empregados para diagnóstico e tratamento. ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA Em 2008, Conselho Federal de Farmácia (CFF) criou a Resolução nº 486, onde dispõe as atribuições do farmacêutico e legaliza sua atuação na radiofarmácia. Objetivo: Revisar as atribuições do farmacêutico conforme a RDC do CFF nº 486/2008 numa radiofarmácia hospitalar de um hospital universitário. Método: Realizou-se revisão das atribuições dos farmacêuticos de uma radiofarmácia hospitalar conforme as descritas pelo CFF. Revisaram-se a atuação dos farmacêuticos nos protocolos da radiofarmácia em relação ao preparo e fracionamento de radiofármacos, aquisição e armazenamento de produtos radiofarmacêuticos, controle de qualidade dos insumos e radiofármacos, rastreabilidade dos preparos, identificação dos preparos em dose unitária, presença de farmacêutico na radiofarmácia entre outros. A radiofarmácia dispõe de 2 farmacêuticos com atuação de 6 horas cada. Resultados: Entre as atribuições descritas, há controle de estoque dos radiofármacos e insumos, farmacêuticos manipulam diariamente as preparações contendo radiofármacos com rastreabilidade dos preparos em dose unitária e realizam controle de qualidade dos kits quentes e do gerador; há monitoramento de microrganismos no ambiente, superfície, mãos e luvas; há controle da dispensação e distribuição de radiofarmácos com identificação do radiofármaco, dados do paciente e dose; há participação nos protocolos de pesquisa clínica com radiofármacos e resíduos. Não se atende itens relacionados à realização de ensaios de equivalência farmacêutica e bioequivalência, desenvolvimento de novos radiofármacos, controle farmacocinético e farmacodinâmico de formas de liberação de radiofármacos e nem à monitorização terapêutica de pacientes em uso de radiofármacos. Conclusão: Conforme a Resolução do CFF nº 486/2008 e as atribuições do farmacêutico descritas, a radiofarmácia do hospital universitário atende a maioria das especificações descritas. ID 077 ERROS DE MEDICAÇÃO ENVOLVENDO MANIPUL AÇÃO DE MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS E ADJUVANTES NUMA CENTRAL DE MISTURAS INTRAVENOSAS DE HOSPITAL PÚBLICO Autores: Edlus Silva, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS –[email protected], Luciana dos Santos, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS –[email protected] Michele Gai, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Gerson Guerra,Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Genaro Azambuja Athaydes, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Renato Chagas Ribeiro, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Daniel Fasolo, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected] Resumo: Introdução: Segundo o Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos, antineoplásicos são medicamentos potencialmente perigosos e apresentam riscos aumentados de promover danos aos pacientes em decorrência de falha no processo de utilização; desta forma, há recomendações de segurança para prevenção de erros envolvendo estes medicamentos, como dupla checagem (DC) dos processos e barreiras para redução dos erros. Objetivo: Descrever erros de medicação identificados, através de DC, no processo de manipulação de medicamentos antineoplásicos/adjuvantes numa central de misturas intravenosas (CMIV) de hospital público. Método: Realizouse estudo descritivo retrospectivo baseado nos registros de erros envolvendo processo de manipulação de medicamentos no período de 2013/2014. Nesse período implantou-se a DC no processo, após a manipulação dos medicamentos. DC é um check-list para comparação do produto acabado, rótulo e prescrição, entre si e com a tabela de compatibilidade físico-quimica da instituição. Os medicamentos foram categorizados e os erros classificados nas etapas de prescrição (duplicidade terapêutica), confecção de rótulo (dose incorreta, diluição inadequada, validade, condições de armazenamento inadequadas, data, hora, leito, via de administração, tempo de infusão) e manipulação (tipo e material do equipo e bolsa de infusão). Resultados: Analisou-se um total de 36.392 prescrições, com 46.484 preparos A taxa de preparos por prescrição foi 1,28. Identificaram-se 923 erros de 59 diferentes medicamentos, correspondendo a 1,99% dos preparos e 2,5% das prescrições. Fluoruracila está relacionada com 116 casos (12,57%), ganciclovir com 75 (8,13%), doxorrubucina, 60 (6,5%) e citarabina, 48 (5,2%). Entre os tipos de erros, condições de armazenamento inadequadas corresponderam 28,3%, validade incorreta, 23,5%, volume final do preparo 14,7%, data incorreta 9,86% e dose incorreta 6,39%. Em 6% dos casos, houve novo preparo do medicamento. Conclusão: Verificou-se a importância da DC no processo de manipulação, uma vez que 923 situações de erro e possível risco ao paciente foram identificadas e corrigidas antes da dispensação. ID 076 ANÁLISE DOS FLUXOS ASSISTENCIAIS PARA O TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO DO CÂNCER DE MAMA E POSSÍVEIS DESAFIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Autores: Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) Resumo: Introdução: No contexto da atenção oncológica, a assistência farmacêutica (AF) deve estar organizada para atender as necessidades do tratamento. Os longos trajetos entre a residência e o centro de cuidado para pacientes oncológicos tem sido apontado como um dos fatores que compromete o acesso e a continuidade do tratamento do câncer de mama. Objetivo: Mapear e analisar os fluxos percorridos por pacientes em uso de quimioterapia para o tratamento do câncer de mama, de forma a identificar possíveis desafios para organização da AF. Metodologia: Foi realizado um estudo ecológico, buscando correlacionar os locais de residência e de atendimento das pacientes com câncer de mama. Foram incluídos todos os procedimentos de quimioterapia financiados pelo SUS, realizados entre janeiro e dezembro de 2013 em todo o Brasil. A tabulação dos dados foi realizada no programa TabWin e o mapeamento dos fluxos no programa TerraView. Todas as informações e programas utilizados no estudo são de acesso público. Resultados: Foram realizados 1.347.803 procedimentos ambulatoriais de quimioterapia em 243 unidades habilitadas pelo SUS, sediadas em 156 (2,8%) dos 5.570 municípios brasileiros. Pacientes oriundas de 4.023 municípios precisaram transitar mais de 50 km em busca de atendimento, configurando tratamento fora do domicílio. Em 498 municípios não houve registros de realização de quimioterapia, sendo 68,3% destes localizados no Norte e Nordeste do país. O mapeamento dos fluxos permitiu identificar a grande variabilidade assistencial existente no Brasil, considerando as diferenças regionais. Essas variações podem determinar problemas na organização da linha de cuidado para o câncer de mama e comprometer os resultados das pacientes atendidas. Conclusões: Ao observar os fluxos de origem-destino algumas questões parecem desafiar a organização da AF, tais como: as desigualdades de acesso à quimioterapia, as dificuldades no planejamento de ações e serviços farmacêuticos e o potencial comprometimento da adesão e continuidade do tratamento. ID 078 NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE – O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE ONCOLÓGICO Autores: Andrezza Viviany Lourenço Marques; Fabiana Bierhals Munsberg; Morgana Koppen, COMPLEXO ISPON - PONTA GROSSA - PR 27 Resumo: Introdução: O papel do farmacêutico na oncologia envolve a promoção de práticas seguras no uso de medicamentos, elaboração de protocolos clínicos e de farmacovigilância, detecção, tratamento e notificação de reações adversas medicamentosas. Objetivo: Reduzir o risco de danos ao paciente associado à prescrição, uso e administração de medicamentos, através de ações sistemáticas e monitoramento dos indicadores. Método: Foram mapeados os riscos internos relacionados aos medicamentos e elaborado e divulgado o Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. Na farmácia do ISPON foram implantadas ações sistemáticas ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA visando contribuir com práticas seguras na manipulação, administração e dispensação de medicamentos: 1) medicamentos com grafia ou sonoridade semelhantes tiveram alteração na parte que os diferenciam, estando em negrito e caixa alta nas fichas de manipulação e nos rótulos de identificação dos medicamentos; 2) as classes de medicamentos foram identificadas por cores conforme os grupos de risco; 3) foi inserida no sistema informatizado a ferramenta de Intervenção Farmacêutica em prescrições, se identificadas não conformidades relacionadas ao tratamento; 4) criado protocolo de não conformidades nos processos de manipulação, fracionamento e dispensação de medicamentos. Resultados: Em 2015 foram realizadas 17 intervenções farmacêuticas em prescrições médicas relacionadas à: medicamento (8); atualização de protocolo terapêutico (7), material médico-hospitalar (1) e ajuste nas datas de tratamento (1). Foram identificadas 19 não conformidades na manipulação de quimioterápicos, nas categorias: prescrição (4); etiqueta de identificação (5); ficha de preparo (2); técnica de preparo (5) e medicamento preparado (3). Na dispensação de medicamento oral foram registradas 5 não conformidades relacionadas à: dispensação (4) e prescrição (1). Conclusão: As mudanças nos processos assistenciais farmacêuticos possibilitaram o desenvolvimento de ações a fim de identificar e prevenir a ocorrência de falhas que possam causar danos aos pacientes e com isso garantir maior segurança e melhoria da qualidade no serviço prestado. ID 080 AVALIAÇÃO DO CUSTO RELATIVO DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NOS PREPAROS DE ANTINEOPLÁSICOS EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DA REGIÃO SUL. Autores: Edlus Silva , [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Thalita Jacoby , [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sandro Ness, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Luciana dos Santos, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Juliana Didonet, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Genaro Azambuja Athaydes, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Resumo: Introdução: A utilização de dispositivos de segurança em sistema fechado (DSSF) minimiza a geração de aerossóis e ocorrência de acidentes durante a manipulação de antineoplásicos. Está prevista na NR32 do MT de 16/11/2005, em concordância com as recomendações dos órgãos internacionais de boas práticas de manuseio de antineoplásicos. No Hospital em estudo, o uso destes dispositivos vem sendo implementado desde 2012, contudo, o valor elevado e alta demanda colocam alguns deles na curva A de custo. A legislação que trouxe benefício e segurança ao manipulador não previu origem necessária ao financiamento desta nova tecnologia, de forma que instituições restringem parcial ou completamente seu uso por falta de recursos. Objetivo: Evidenciar o custo relativo dos DSSF no valor total dos preparos de antineoplásicos. Metodologia: Foram contabilizados todos os medicamentos utilizados no preparo de antineoplásicos injetáveis no ano de 2015 através do sistema informatizado do Hospital, além do consumo e custo dos DSSF. Por fim, calculou-se o custo relativo dos DSSF sobre o valor total dos preparos. Resultado: O custo dos dispositivos (R$ 830.990,11) representou 10,89% do valor total dos preparos (R$ 7.628.377,66), que incluiu medicamentos judiciais e do componente estratégico. Considerando-se apenas os medicamentos antineoplásicos comprados pelo hospital (R$ 2.417.245,78), o custo representou 25,58 %. Esse custo relativo está vinculado, também, ao perfil de utilização dos dispositivos no Hospital, uma vez que ainda não são utilizados para todos os antineoplásicos. Conclusão: Os DSSF são tecnologias em saúde que envolvem alto nível de pesquisa e desenvolvimento e, consequentemente, possuem valor elevado. O investimento em segurança através da utilização de DSSF representa um importante benefício ao trabalhador, mas alto custo para as instituições. Deveria, portanto, ser avaliado pelas fontes de financiamento públicas e pelas operadoras de planos de saúde como parte das terapias antineoplásicas. ID 079 ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO PARENTERAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS E SUAS INTERFACES COM A SEGURANÇA DO PACIENTE Autores: Jayda Eiras Ramim, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) Maria Inês Nogueira de Souza Benfenatti, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) Resumo: Introdução: A Nutrição Parenteral (NP) é considerada medicamento de alta vigilância. Em pacientes oncológicos seu uso pode minimizar os impactos das reações adversas relacionadas a radio e quimioterapia, aumentar a expectativa de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes. Contudo a sua utilização não está isenta de riscos, demandando a adoção de estratégias que minimizem erros e garantam a segurança do paciente. Objetivo: Analisar as complicações relacionadas ao uso da NP em pacientes oncológicos pediátricos, visando identificar aspectos relacionados à segurança do paciente. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, envolvendo pacientes oncológicos pediátricos de um hospital do Rio de Janeiro, que fizeram uso de NP durante a internação hospitalar por período ≥ 7 dias. Todos os pacientes do período de janeiro a dezembro de 2014 foram incluídos no estudo. Foram coletados dados sobre: perfil dos pacientes e das formulações de NP, exames laboratoriais e relatos de complicações da NP. Foi utilizada a estatística descritiva e os achados foram correlacionados com aspectos da segurança do paciente, nas categorias: prescrição, manipulação e administração. Resultados: Foram analisados dados de 29 pacientes com média de idade de 8,7 anos. A maioria era do sexo masculino (65,5%) e estavam internados na unidade de transplante de células tronco-hematopoéticas. A média do tempo de uso foi de 14 dias. Apenas dois pacientes atingiram a oferta de energia recomendada. Todos os pacientes apresentaram complicações metabólicas, principalmente relacionadas aos níveis de glicose, triglicerídeos e eletrólitos. Foram identificados sete potenciais problemas relacionados à prescrição, cinco à manipulação e dois à administração da NP. Conclusão: A ocorrência das diversas complicações encontradas demonstra a importância da adoção de estratégias de gerenciamento de risco, de forma a garantir a segurança dos pacientes pediátricos oncológicos em uso de NP, visto que tais complicações são consideradas evitáveis. ID 081 AVALIAÇÃO DOS MOTIVOS E CUSTOS DAS DEMANDAS JUDICIAIS DE TRASTUZUMABE EM UM HOSPITAL PÚBLICO Autores: Edlus Silva, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Juliana Didonet, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Genaro Azambuja Athaydes, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Gerson Guerra, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Renato Chagas Ribeiro, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Thalita Jacoby, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sandro Ness, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Daniel Fasolo, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 28 Resumo: Introdução: O trastuzumabe (Herceptin®) é um anticorpo monoclonal de alto custo indicado como adjuvante no tratamento do câncer de mama. O Ministério da Saúde (MS) publicou a Portaria nº 73/2013 estabelecendo diretrizes diagnósticas e terapêuticas para uso do trastuzumabe na quimioterapia do câncer de mama HER-2 positivo inicial e localmente avançado (estágios I a III) e iniciou o fornecimento do medicamento no sistema público de saúde, uma vez que as vias de tratamento existentes anteriormente ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA eram a saúde suplementar ou a demanda judicial. No entanto, observou-se que no Hospital em estudo as demandas judiciais aumentaram após publicação da Portaria. Objetivo: Identificar o motivo das demandas judiciais de trastuzumabe em um Hospital público e os respectivos custos do tratamento. Metodologia: Revisão dos motivos das prescrições médicas e quantificação dos custos do tratamento com trastuzumabe via demanda judicial de janeiro de 2015 a fevereiro de 2016. Resultados: Nos 18 casos avaliados, o trastuzumabe foi prescrito para tratamento paliativo (Estágio IV), diretriz terapêutica que não consta na Portaria. Dessa forma, a viabilidade do tratamento ocorreu pela via judicial e, no período estudado, o custo total dos casos para o Estado do RS com a judicialização foi de R$ 1.407.980,07. Caso estes tratamentos fossem subsidiados pela aquisição centralizada do MS, o custo total seria 517.134,56. Observou-se uma possível economia de 890.845,51 no período. Conclusão: Identificou-se que a aquisição centralizada de medicamentos de alto custo pelo MS é mais vantajosa economicamente que a aquisição via judicial realizada pelo Estado do RS. Ainda, que o trastuzumabe é, na prática, uma opção terapêutica no tratamento paliativo. Portanto, para otimizar os gastos pela judicialização, sugere-se considerar a possibilidade de ampliação do acesso das pacientes no estágio IV ao tratamento com trastuzumabe. A economia gerada pode ser revertida em ações de prevenção e diagnóstico precoce. ID 083 ONCOLOGIA PEDIÁTRICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA: ANÁLISE DO PERFIL DOS PACIENTES E DOS MEDICAMENTOS DE USO OFF-LABEL. Autores: Luísa Tostes Oliveira./ [email protected] / Rio de JaneiroRJ / INCA Erika da Silva Magliano / [email protected] / Rio de Janeiro - RJ / INCA Resumo: Introdução: A utilização do medicamento de maneira distinta daquela autorizada pelo órgão regulatório de medicamentos em um país é definida como uso off-label, podendo referir-se a indicação, faixa etária/peso, posologia, apresentação ou via de administração. Em oncologia pediátrica, há poucas informações sobre a extensão do uso off-label. O uso de medicamentos em crianças é menos seguro e com resultados menos previsíveis quando comparados àqueles obtidos em adultos. Assim, mais estudos e pesquisas são necessários para orientar e subsidiar a tomada de decisão clínica nessa população. Estudos apontam para a necessidade de realização de pesquisas que objetivem detectar o uso de medicamentos de uso off-label em pediatria. Objetivo: Analisar a extensão do uso off-label, definindo o perfil dos pacientes pediátricos e dos antineoplásicos prescritos em um centro oncológico de referência. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte de caráter quantitativo e seguimento retrospectivo em que foram avaliadas os prontuários médicos e as prescrições dos protocolos de quimioterapia de crianças e adolescentes 0 a 18 anos. Resultados: Foram incluídos 39 pacientes, sendo 61,5% do sexo masculino, e 38,5% da faixa etária pré-escolar. Foram registradas 10 patologias, entre outras, retinoblastoma (25,6%). Aproximadamente 31% dos pacientes possuíam metástase ao diagnóstico, e 25,6% foram a óbito. Foram analisadas 351 prescrições, que continham cinco medicamentos de suporte, resgate, ou citoprotetores, e onze antineoplásicos, dos quais vincristina foi o mais prevalente. Em 85,5% das prescrições havia pelo menos um medicamento prescrito de forma off-label, sendo os principais motivos: posologia e indicação. Foram descritas 242 RAM, relatadas em aproximadamente 90% dos pacientes. As reações mais prevalentes foram náuseas, vômitos, mucosite e neutropenia febril. Conclusão: O presente estudo corrobora os dados de alta frequência de uso off-label em oncologia pediátrica, atentando para necessidade de discussões multiprofissionais relacionadas ao mesmo, assim como o monitoramento desse uso através de ações de farmacovigilância. ID 082 ATENÇÃO FARMACÊUTICA: ESTRATÉGIA PARA OTIMIZAÇÃO DA PRÁTICA Autores: 1- Patrícia Kaiser Pedroso Cava - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 2- Isabella Moraes Pimentel - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 3- Carolina Pereira Castro - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 4- Jayda Eiras Ramin - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 5- Vanessa Índio do Brasil da Costa - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 6- Andrea Almeida Tofani - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 7- Dulce Helena Nunes Couto - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Resumo: Introdução: Na atualidade, frente à escassez de recursos, a otimização do processo é condição "sine qua non" para a realização da prática da Atenção Farmacêutica e a obtenção de resultados mais efetivos. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes submetidos a intervenções farmacêuticas (IF) realizadas no Programa de Atenção Farmacêutica (PAF) do HCI/INCA com intuito de otimizar o atendimento aos pacientes oncológicos deste programa. Metodologia: Estudo transversal com o levantamento de informações referentes aos pacientes e das intervenções farmacêuticas realizadas no PAF (julho/2009 a janeiro/2016). Para fins de comparação, foi realizado o Teste quiquadrado de Pearson e de Fisher (nível de significância de 5%), no programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Resultados: Foram identificadas 287 IF, em 166 pacientes atendidos no PAF, 58,2% farmacoterapêuticas e 41,8% não farmacoterapêuticas. As principais IF farmacoterapêuticas foram: melhorar a adesão do paciente (51; 30,5%); educar em medidas não farmacológicas (29; 17,4%); incluir medicamento (24; 14,4%); intervir no uso e na forma de administração do medicamento (23; 13,8%). Em relação ao perfil dos pacientes submetidos a estas intervenções, a maior frequência foi dos diagnosticados com Leucemia Mieloide Crônica (64; 66,7%), idade superior a 60 anos (51; 53,1%), sexo masculino (49; 51%) e baixo nível de escolaridade (38; 39,5%). Em comparação aos pacientes que não tiveram intervenções farmacoterapêuticas, houve diferença estatisticamente significativa para aqueles que tinham maior número de comorbidades ( 2) (sim: 46; 47,9%; não: 20; 28,6% p = 0,039) e que utilizavam mais de 4 medicamentos (sim: 48; 50,0%; não: 18; 25,7%, p = 0,002). Conclusão: Para fins de otimização da prática de Atenção Farmacêutica, os idosos, os pacientes com baixo nível de escolaridade e principalmente aqueles que possuem maior número de comorbidades e que utilizam mais medicamentos, devem ser priorizados, destacando a promoção da adesão ao tratamento. ID 084 IMPACTO DAS SUGESTÕES DE CONDUTAS FARMACÊUTICAS RELACIONADAS A EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA. Autores: 1 - Júllia Duarte Bezerra - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2 - Simone Vieira Pereira - [email protected] - Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 3 - Lourena Laise Mafra Silva - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 4 - Ronario Danilo da Silva Barbosa - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 5 - Marcos Dias Leão - leã[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 6 - Daniela Gonçalves Braz de Albuquerque - [email protected] Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 7 - Eduardo Cavalcanti Cunha Lima - [email protected] Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 8 - Ney Moura Lemos Pereira - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 29 Resumo: Introdução: Os eventos adversos à quimioterapia estão relacionados ao indivíduo, ao tipo de medicamento antineoplásico, dose administrada e tempo de tratamento. A contribuição farmacêutica nas sugestões de condutas trata-se de uma importante iniciativa para o sucesso da terapêutica ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA antineoplásica. Objetivo: Avaliar o impacto das sugestões de condutas farmacêuticas relacionadas aos eventos adversos em pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo, exploratório e descritivo baseada na metodologia Dáder, o local de estudo foi uma unidade hospitalar de administração privada localizada em Natal/RN, entre o período de fevereiro a dezembro/2015. As anamneses foram realizadas e as reações foram classificadas quanto o grau, de acordo com o guia de notificação da SOBRAFO de 2011. Este estudo foi submetido ao CEP N°094/11, UFRN. Resultados: Foram entrevistados 76 pacientes durante o período de fevereiro a dezembro/2015, as entrevistas foram realizadas no mínimo uma vez a cada ciclo, totalizando 97 entrevistas. Dentre os tipos de câncer destacaram-se: mieloma múltiplo (18%), neoplasia maligna do ovário (10%), neoplasia maligna da mama (10%). Os principais medicamentos utilizados nos protocolos foram: ciclofosfamida (17%), paclitaxel (15%), fluorouracil (14%), carboplatina (12%), doxorrubicina (11%) e dexametasona (11%). Verificou-se 45 tipos diferentes de eventos adversos, os mais citados foram: náusea (27%), vômito (16%), neuropatia periférica (15%). Dentre as principais sugestões de condutas estavam à necessidade de antiemético (58%), estimulante do apetite (16%), protetor gástrico (14%). Das 97 sugestões de condutas, 29 (30%) foram acatadas, 41 (43%) não foram acatadas e 26 (27%) não tiveram consulta posterior à sugestão. Desse total 31 (56%) apresentou melhora do quadro, 21 (38%) houve permanência da queixa e em 3 (6%) observou-se uma piora do quadro. Conclusão: A atuação do farmacêutico foi primordial na minimização dos eventos adversos, otimizando a terapêutica instituída, bem como reduzindo o desconforto diante do quadro clinico. (ciclofosfamida+bortezomibe+dexametasona), neuropatia periférica (ciclofosfamida+bortezomibe+dexametasona), neuropatia periférica (ciclofosfamida+bortezomibe+doxorrubicina+pamidronato). Conclusão: Dentre os protocolos avaliados neste grupo de pacientes, o protocolo que apresentou reações mais graves foi ciclofosfamida+bortezomibe+ dexametasona, sendo neuropatia periférica a reação que ocorreu com maior gravidade segundo a classificação. ID 086 ANÁLISE DE SOLICITAÇÕES DE INFORMAÇÕES ENVOLVENDO ANTINEOPLÁSICOS EM UM CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS Autores: 1 – Bruno Simas da Rocha – [email protected] – Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 2 – Ricardo Moresco Zucco – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 3 – Tatiana Von Diemen – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 4 – Fernanda Rossatto Machado – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 5 – Jacqueline Kohut Martinbiancho – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. ID 085 CORRELAÇÃO ENTRE AS REAÇÕES ADVERSAS E OS PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS DE PACIENTES PORTADORES DE MIELOMA MÚLTIPLO. Resumo: Introdução: O Centro de Informações sobre medicamentos (CIM) auxilia os profissionais de saúde em questões referentes aos medicamentos, entre eles, os antineoplásicos, classe terapêutica com alta prevalência de uso em hospitais de alta complexidade. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar o perfil das solicitações de informações sobre antineoplásicos a um CIM de Hospital Terciário Universitário. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em que foram avaliadas as solicitações de informações envolvendo antineoplásicos atendidas em um CIM de Hospital Terciário Universitário, no período de janeiro/2014 a dezembro/ 2015. As características das solicitações avaliadas foram: tema da solicitação, profissão do solicitante, unidade de trabalho do solicitante, presença de erro de medicação e a freqüência de cada antineoplásico. Resultados: Foram atendidas 4111 solicitações no período do estudo, e destas, 384 (9,3%) envolviam antineoplásicos. Quanto ao perfil do solicitante, 60,4% eram farmacêuticos e 20,7% eram enfermeiros. As unidades mais frequentes dos solicitantes eram do serviço de farmácia (53,6%), internação oncológica (16,3%) e convênios (6,7%). Os temas mais frequentes envolvidos nas solicitações foram: administração do medicamento (25,1%), incompatibilidades medicamentosas (23,1%), estabilidade (14,0%) e preparo (13,7%). Os antineoplásicos mais prevalentes foram: rituximab (6,8%), asparaginase (3,9%), etoposido (3,7%) e cisplatina (3,7%). As classes mais prevalentes foram dos antimetabólitos (11%), agentes alquilantes (10%) e anticorpos monoclonais (8,7%). Conclusão: Uma elevada proporção de solicitações atendidas pelo CIM envolvia antineoplásicos injetáveis, provavelmente devido à complexidade nas etapas de preparo e administração desta classe de medicamentos. Sendo assim, os temas mais frequentemente questionados envolviam incompatibilidades medicamentosas, quando administrado concomitantemente com mais de um fármaco endovenoso; modo de preparo; e administração dos mesmos. Por fim, os dados reforçam a importância do suporte de informações baseadas em literatura e referências atualizadas na segurança do uso dos antineoplásicos pelos centros de informações de medicamentos. Autores: 1 - Lourena Laise Mafra Silva - [email protected] - Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2 - Júllia Duarte Bezerra [email protected] - Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 3 - Ronário Danilo da Silva - [email protected] - Natal/RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 4 - Rodrigo Villar de Freitas [email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 5 - Marcos Dias Leão - leã[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 6 - Lavoisier da Silva Campos - [email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 7 - Eduardo Cavalcanti Cunha Lima - [email protected] - Natal/RN Oncoclínica São Marcos; 8 - Ney Moura Lemos Pereira - [email protected] - Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Resumo: Introdução: Para o Brasil, no ano de 2016, estima-se 10.070 casos novos de leucemias dentre elas o mieloma múltiplo, um tipo de câncer que se dá na medula óssea e afeta o sistema imunológico, isso acontece por uma falha em um dos componentes do sangue que produz anticorpos. Objetivo: Avaliar a correlação entre as reações adversas e os protocolos terapêuticos de pacientes portadores de mieloma múltiplo. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo e descritivo baseado na metodologia Dáder, o local de estudo foi uma unidade hospitalar de administração privada localizada em Natal/RN, entre o período de junho/2013 a julho/2015. Foram realizadas anamneses farmacêuticas de 30 pacientes portadores de mieloma múltiplo, onde as reações foram classificadas quanto o grau, de acordo com o guia de notificação da SOBRAFO de 2011. Este estudo foi submetido ao CEP N°094/11, UFRN. Resultados: Das 30 anamneses analisadas observou-se dados de esquema terapêutico, reações adversas graves, sexo, e idade dos pacientes. A incidência do mieloma múltiplo relacionada ao sexo foi de 53% do sexo masculino e 47% do sexo feminino, a incidência relacionada a idade foi de 27% na faixa etária entre 71 à 80 anos de idade. Dentre os tipos de protocolos destacaram-se: ácido zoledrônico+bor tezomibe (25%), pamidronato (20%), v i n c r i s t i n a + d o x o r r u b i c i n a + d e x a m e t a s o n a - VA D ( 1 5 % ) , bortezomibe+ciclofosfamida+melfalano (15%), pamidronato+melfalano (15%). Verificou-se um total de 245 reações adversas a medicamentos, onde as que mais apareceram foram náusea 37 (15%), diarreia 24 (10%), neuropatia periférica 22 (9%), sendo 4 (2%) classificadas como grau GIII. As reações GIII associadas ao protocolo foram: diarreia (VAD+pamidronato), tremor nas pernas 30 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 087 informações relevantes contribui para o uso seguro dos medicamentos e para a eficácia do tratamento. Objetivo: Inclusão de prescrição padrão baseada nos protocolos de quimioterapia em sistema informatizado em ambulatório de Oncologia de hospital privado, localizado na cidade de Porto Alegre/RS. Metodologia: Para a elaboração das prescrições, considerou-se guidelines internacionais e os sítios de localização do tumor. A prescrição-padrão está dividida nos seguintes esquemas: protocolos antineoplásicos (nome do protocolo, medicamentos com a dose por m², via de administração e a freqüência do ciclo); parâmetros laboratoriais para administração do tratamento, ciclos de tratamento (peso; altura; superfície corporal; sítio primário; estadiamento clínico) e registro de alteração do protocolo (para informações de redução de doses e suspensão de medicamentos); esquema de medicamentos pré administração de quimioterapia (antieméticos, corticóides e antihistamínicos); terapia antineoplásica (medicamentos antineoplásicos, dose (exclusivamente em mg), diluição, via de administração e tempo de infusão) e soluções (hidratação e demais soluções para manter acesso). Resultados: Foram elaboradas 200 prescrições padrão envolvendo as seguintes áreas: ginecologia, sistema nervoso central, melanoma, urologia, sistema gastrointestinal, tórax e mama. Conclusão: A padronização das prescrições é um fator chave na prevenção de erros envolvendo antineoplásicos, principalmente por serem medicamentos de estreita janela terapêutica. Com a inclusão de prescrições padrão baseadas nos protocolos de quimioterapia obtêm-se ganho em segurança para a equipe multiprofissional, por disporem de todas as informações necessárias ao cuidado do paciente, orienta a administração e a infusão correta dos medicamentos, garantindo a efetividade do tratamento. APLICAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTENDIDA NA REUTILIZAÇÃO DE SOBRAS DE MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS INJETÁVEIS APÓS VALIDAÇÃO DO PROCESSO Autores: Rodrigo Marangoni Fernandes, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Aila Mabla Azarias Castro, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Gustavo Marin Arado, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Fernanda Dos Santos Fernandes Andrucioli, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Kellyane P. Fonseca, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Verônica L. Festuccia, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Laura Valdevite, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto. Resumo: A validação do processo de reutilização das sobras de medicamentos antineoplásicos injetáveis, realizada ano de 2014 (validação do processo de reutilização de sobras de medicamentos antineoplásicos injetáveis em um hospital universitário), possibilitou a aplicação das estabilidades entendidas. Definimos novas validades e conseguimos um aumento de estabilidade em 27 dos 52 dos medicamentos disponíveis em nossa instituição (52% do total). Deste total de 27 medicamentos, 4 tiveram a validade aumentada de 8 a 24 horas, para 5 a 7 dias e o restante, 23 medicamentos, de 24 horas a 7 dias para 28 dias. O objetivo deste trabalho foi comparar 12 meses de consumo dos medicamentos antineoplásicos utilizando a tabela de estabilidade anterior, com 12 meses de consumo utilizando a nova tabela com as estabilidades estendidas definidas após validação do processo. Foram selecionados 19 dos 27 medicamentos que tiveram alteração na validade. 8 foram excluídos por terem mais de uma apresentação disponível, que são misturadas durante o preparo, dificultando chegar em um resultado fiel. Comparamos o consumo de julho de 2013 a junho 2014, período de consumo com a estabilidade antiga, com o período de janeiro a dezembro de 2015, período de consumo utilizando as estabilidades estendidas. Dos 19 medicamentos comparados, em 9 conseguimos comprovar economia gerada pelo aumento da estabilidade das sobras. Concluímos neste trabalho que a utilização da estabilidade estendida na reutilização de sobras de medicamentos antineoplásicos promove uma economia na quantidade de frascos de medicamentos utilizados durante a manipulação, possibilita maior flexibilidade no agendamento dos pacientes e viabiliza uma revisão na padronização das apresentações dos medicamentos utilizados no processo. D 089 IDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM MEDICAMENTOS PSICOATIVOS NO SETOR DE ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DE UMA INSTITUIÇÃO DE CUIDADO PALIATIVO ONCOLÓGICO Autores: Luiz Henrique Sousa Rocha – [email protected] – Rio de Janeiro - RJ Farmacêuticos Residentes do Instituto Nacional de Câncer/ INCA, Luiz Gustavo André Oliveira - farmá[email protected] – Rio de Janeiro - RJ Farmacêuticos Residentes do Instituto Nacional de Câncer/ INCA, Mariana Ferreira Rodrigues de Souza - [email protected] – Rio de Janeiro - RJ Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA , Flávia Barcelos – [email protected] - Rio de Janeiro – RJ – Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA, Maria Fernanda Barbosa – [email protected] Rio de Janeiro – RJ – Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA ID 088 PADRONIZAÇÃO DE PRESCRIÇÃO POR PROTOCOLO DE QUIMIOTERAPIA EM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA Autores: Sabrina Tasca - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento Fernanda Haar - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento Eleoni Kuhn dos Santos - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento Cicero da Silveira Alende - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento Namur Madruga Junqueira - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento Resumo: Introdução: A prescrição é uma importante ferramenta no processo medicação. Uma prescrição inadequada ou incompleta acarreta em risco iminente e danos irreparáveis ao paciente. Em Oncologia, o tratamento é baseado em protocolos clínicos internacionais que norteiam os profissionais, e o uso de uma prescrição padronizada, que contemple todos os parâmetros e 31 Resumo: Introdução: Cuidado Paliativo (CP) é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Uma análise crítica da farmacoterapia aplicada ao CP na oncologia é importante, uma vez que seus resultados auxiliam a definir estratégias a fim de promover o uso racional de medicamentos e evitar a ocorrência de interações medicamentosas (IM) e consequentes reações adversas aos medicamentos (RAM) Objetivo: Identificar as potenciais IM com fármacos psicoativos no ambiente do CP oncológico. Método: Estudo descritivo transversal, considerando dados de consumo de 2015. Foram elencados os 10 medicamentos de maior dispensação no setor, associados aos fármacos psicoativos padronizados no hospital. As potenciais IM foram aferidas no portal Micromedex, e categorizadas de acordo com o impacto (graves, moderadas ou leves) onde as interações graves foram pormenorizadas e quantificadas. Resultados: Os 33 medicamentos incluídos na pesquisa resultaram em 159 IM, das quais 105 foram consideradas graves (66%). Destacaram-se as seguintes RAM: aumento do intervalo QT, depressão do sistema nervoso central, síndrome serotoninérgica, depressão respiratória, alterações da concentração plasmática, aumento do risco de convulsões e aumento do bloqueio neuromuscular pelo baclofeno. Conclusão: O controle de sintomas, alvo principal da terapêutica paliativa, requer o uso de diferentes classes de fármacos propiciando IM e possíveis RAM. O conhecimento obtido possibilitou a realização de orientações à equipe multiprofissional e a efetivação de uma maior observação do impacto clínico nos pacientes em CP. ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 090 Com isso, foi desenvolvida uma ficha de acompanhamento como ferramenta para o seguimento farmacoterapêutico. Objetivo: Analisar o uso da ficha farmacoterapêutica desenvolvida como uma ferramenta para o acompanhamento dos pacientes em protocolo de quimioterapia. Metodologia: Estudo transversal, de natureza quali-quantitativa, realizado na área de internação do Hospital Moinhos de Vento – RS, no período de 2011 a 2015. Resultados: Em cinco anos de utilização da ferramenta foram acompanhados 823 pacientes. Através do preenchimento de uma ficha de acompanhamento com dados do paciente, do protocolo que será utilizado, dose, diluição, tempo de infusão, dias de tratamento de cada medicamento, peso, altura e superfície corporal, exames laboratoriais atualizados e registro das datas de administração dos medicamentos. Conclusão: A ficha de acompanhamento como ferramenta para o seguimento farmacoterapêutico dos pacientes em protocolo de quimioterapia facilitou a identificação da necessidade de intervenções, os erros de medicação, riscos de interações indesejadas entre medicamento e diluentes proporcionando, assim, maior segurança para o processo que envolveu a administração de medicamentos oncológicos. USO DE CETAMINA VIA ORAL: UMA ALTERNATIVA NA DOR ONCOLÓGICA DE DIFÍCIL MANEJO Autores: Ricardo Soares Gioda - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre Bruno Simas da Rocha - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre Leonardo Monteiro Botelho - [email protected] - Porto alegre/RS Hospital de Clínicas de Porto Alegre Resumo: Introdução: A dor é um dos sintomas prevalentes em pacientes com câncer, sendo os analgésicos opioides o seu principal tratamento. Em alguns pacientes essa terapêutica pode ter sua eficácia diminuída, seja pelo desenvolvimento de tolerância, devido à ocorrência de dores de características distintas ou por hiperalgesia (quando a resposta analgésica se modifica de forma abrupta). A cetamina, um anestésico com propriedades analgésicas pode ser uma aliada nesse contexto. Objetivo: Verificar o uso de preparações farmacêuticas de cetamina oral a partir da apresentação injetável (única forma disponível comercialmente), assim como revisar doses e estabilidade de soluções. Método: Busca em bases de dados (MEDLINE,LILACS) utilizando palavras-chaves relacionadas ao uso oral de cetamina em analgesia. Resultados: Dos artigos encontrados (cerca de duas dezenas), há indicação de uso da cetamina oral no tratamento da dor oncológica, além de sedativo, ansiolítico e antidepressivo. As soluções foram preparadas a partir da apresentação injetável (50mg/mL), com concentrações entre 5 e 10 mg/mL, em xaropes simples e estabilidade relatada sob refrigeração de 7 a 14 dias ou por período maior em diferentes formulações. A administração do medicamento foi realizada três a quatro vezes ao dia com doses de 10 a 100 mg e dose máxima diária de 1 g (250mg/dose). Alguns estudos citam aumento gradativo nas doses, bem como início de terapia parenteral e posterior transição para via oral. Conclusão: A administração oral de medicamentos é a via preferencial para pacientes em condições de utilizá-la, facilitando inclusive o cuidado em domicílio. A solução de cetamina via oral, mesmo com indisponibilidade de preparações comercias, vem sendo utilizada em diversas instituições. Não há padronização no preparo das soluções, porém os estudos disponíveis permitem que a utilização da cetamina oral seja realizada dentro de um processo seguro e que possibilite aos pacientes uma alternativa de tratamento na dor oncológica de difícil manejo. ID 092 O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO MANEJO DE TOXICIDADES RELACIONADAS À CISPLATINA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Autores: 1. Calinca Eliotério Oliveira – [email protected] – Salvador/BA – Hospital Português da Bahia 2. Islania Almeida Brandão – [email protected] – Salvador/BA – Hospital Português da Bahia 3. Vanessa Maria Rodriguez Malvar – [email protected] – Salvador/BA - Núcleo de Oncologia da Bahia Resumo: Introdução: Embora tenha seus benefícios reconhecidos no tratamento de diversos tipos de neoplasias, a cisplatina tem seu uso limitado pelas suas reações adversas, comprometendo a eficácia do tratamento. Objetivo: Discutir a atuação do farmacêutico em Oncologia, tendo em vista a garantia da segurança de pacientes em tratamento com cisplatina. Método: Revisão integrativa de literatura, com seleção de artigos publicados nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs, entre 1980 e 2015. Excluíram-se avaliações de teses e artigos de revisão/debate, que descreviam toxicidades de outros antineoplásicos e que retratavam a farmacovigilância no âmbito geral, obtendose 35 artigos. Resultados: O papel do farmacêutico na equipe multiprofissional vem se tornando essencial na prevenção e tratamento de toxicidades apresentadas pelos pacientes. Nos protocolos com cisplatina, deve-se analisar, entre outros aspectos, o grau de hidratação, uso de diuréticos e reposição eletrolítica, importantes para redução de nefrotoxicidade. A avaliação da préquimioterapia torna-se fundamental na prevenção de náuseas e vômitos, devido ao alto potencial emetogênico da cisplatina. A profilaxia da mucosite oral e a minimização de seus danos são realizadas pelo farmacêutico, durante o acompanhamento. A sinalização à equipe médica, para efetuar a conduta adequada, e a orientação ao paciente quanto aos cuidados na escovação, uso de enxaguantes bucais sem álcool, redução de alimentos ácidos e salgados e crioterapia oral reduzem, de forma efetiva, o risco de ocorrência e/ou progressão dessa toxicidade. O manejo/monitoramento da ototoxicidade pode ocorrer em parceria com o paciente, orientando-o a sinalizar qualquer grau de perda auditiva e ocorrência de zumbidos para que, nova avaliação seja realizada e condutas clínicas sejam adotadas. Conclusão: De forma ampla, o manejo de toxicidades inicia-se desde a análise da prescrição até o acompanhamento do paciente. Esta atuação pode reduzir e prevenir possíveis eventos adversos secundários a cisplatina e promover melhor adesão e reposta ao tratamento proposto. ID 091 SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DOS PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA Autores: 1 -Cândida Saldanha Fabris - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 2- Luana Christine Comerlato [email protected] - Luana Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 3- Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 4- Dauana Pitano [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 5Giselle Calovi Pratini- [email protected]– Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 6- Raquel Pereira Vieira- [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 7- Marinalda Predebon [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento Resumo: Introdução: O câncer, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), está entre as principais causas de morte no mundo. Estima-se que no Brasil em 2016 a ocorrência do câncer seja de, aproximadamente, 596 mil novos casos. O farmacêutico é o profissional habilitado para a avaliação e validação da prescrição de medicamentos oncológicos. A atuação efetiva do farmacêutico contribui na melhoria desta terapia. Com a diversidade de protocolos e particularidades dos pacientes, a padronização de uma rotina de avaliação é necessária para auxiliar o farmacêutico a garantir a segurança desse processo. 32 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 093 indivíduo e que apresentam forte correlação com diagnóstico em idade precoce (inferior aos 45 anos) e origem racial. A história familiar de câncer de mama é um fator importante que tem relevância direta para o rastreio, prevenção e tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o histórico familiar de câncer de pacientes com câncer de mama de um hospital oncológico e determinar os possíveis casos candidatos a terapia alvo farmacológica. Após a análise dos dados, foi construído um heredograma para as pacientes com idade inferior a 45 anos e que confirmaram histórico de câncer na família (1º e 2º grau de parentesco). Foram avaliadas 162 pacientes, apresentando idade entre 28 e 85 anos, 121 pacientes apresentaram casos de câncer na família, sendo 26 delas pacientes com idade igual ou inferior a 45 anos (16,1% do total de casos). Quando avaliados casos familiares apenas com parentesco de 1º grau, 86 pacientes apresentaram casos de câncer na família, sendo 14 delas com idade igual ou inferior a 45 anos (8,6% do total de casos) e referente ao parentesco de 2º grau, 83 apresentaram algum caso na família, sendo 20 delas pacientes com idade igual ou inferior a 45 anos (12,3% do total de casos). É importante ressaltar que a detecção precoce do câncer de mama é crucial para a eficácia da terapia alvo, oferecendo uma boa chance de recuperação e redução da mortalidade por câncer de mama. CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE BARREIRAS DE SEGURANÇA NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS Autores: 1 -Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 2 - Candida Saldanha Fabris [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 3 Luana Christine Comerlato - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento, 4- Dauana Pitano Eizerik-dauana.eizerik@ hmv.org.br- Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 5- Marinalda Predebon [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 6-Melissa Oliveira Echevengua- melissa.echevengua@ hmv.org.br-- Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 7- Rosana Oliveira de [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento Resumo: Introdução: O alto risco inerente ao processo de preparo e administração de medicamentos quimioterápicos (QT) exige a garantia de segurança, contudo estruturas hospitalares não possuem um modelo padrão para obtenção da segurança dos processos, sendo necessário a criação e implementação de barreiras adaptadas a realidade de cada instituição. Objetivo :Apresentar as principais barreiras de segurança desenvolvidas em um hospital privado no processo de preparo e administração de quimioterápicos. Metodologia: Descrição das ações implementadas visando a segurança no preparo e administração de quimioterápicos. Resultados: Foi desenvolvido um e-mail, cujo gatilho é a prescrição de um medicamento QT, que serve como alerta para o farmacêutico priorizar sua atenção para avaliação detalhada desta prescrição, leitura de prontuário, avaliação de exames laboratoriais e preenchimento da ficha de acompanhamento farmacoterapêutico, na qual, após contato com o médico prescritor ou assistente, são confirmadas informações do protocolo e dos medicamentos. Caso falte alguma informação na prescrição, o farmacêutico poderá, sob ciencia do médico, transcrever e incluir na prescrição, após realização do read-back. Nesse momento é preenchida a primeira parte de um check list mutiprofissional pré-administração de QT. Após um segundo farmacêutico é contatado para verificação de autorizações ou termos de não cobertura do convênio e então é combinado com a enfermagem o horário de administração e encaminhado para o preparo. Cálculos e rótulos são duplamente checados, sendo cada etapa registrada pelo responsável no check list. O medicamento preparado é enviado para farmácia central para nova conferência, sendo então encaminhado juntamente com o check list para unidade. Antes da administração é realizada nova conferência pela enfermagem. Conclusão: Com as barreiras implementadas para garantir a segurança no processo de QT, não foram evidenciados eventos graves ou sentinelas relacionados a esse processo. ID 095 APLICAÇÃO DE FERRAMENTA DE QUALIDADE NO CONTROLE DE PERDAS DE MEDICAMENTOS POR ESTABILIDADE Autores: Pryscila Martins Rangel da Cruz, [email protected], Rio de Janeiro - RJ, Grupo COI Antonio Carlos Macedo de Sá, [email protected], Rio de Janeiro - RJ, Grupo COI Resumo: Introdução E Objetivos: A crescente incorporação de novas tecnologias no processo de produção de medicamentos oncológicos eleva seus custos. Assim com o passar dos anos, os novos medicamentos tem representado uma fatia expressiva dos recursos utilizados na oncologia. Com esse impacto financeiro, torna-se cada vez mais importante o rigoroso gerenciamento desses medicamentos na farmácia de manipulação. No processo de manipulação de medicamentos, as perdas por estabilidade após abertura dos frascos representam o maior prejuízo aos estabelecimentos de saúde. A otimização da abertura de frascos reduz significativamente uma possível perda financeira. Nesse trabalho foi utilizada a ferramenta da Qualidade Diagrama de Pareto com o objetivo de avaliar as perdas de medicamentos por estabilidade em uma instituição oncológica de grande porte e para definir a priorização das ações. Materiais E Métodos: Nessa instituição as perdas de medicamentos oncológicos são registradas no sistema de gestão informatizado. Todos os registros de 2015 foram analisados. As perdas foram agrupadas por medicamento e os valores foram multiplicados pelo custo médio correspondente. Os resultados foram ordenados de maneira decrescente para gerar o gráfico. Resultados: Nesse período 64 medicamentos tiveram perda por estabilidade. 20,31% dos medicamentos foram responsáveis por 83,94% das perdas. Discussão: A ferramenta da Qualidade utilizada foi um instrumento de fundamental importância para a análise pois a partir dela foi possível identificar quais medicamentos foram responsáveis pela maior parte das perdas por estabilidade. Desse modo as ações para diminuição das perdas podem ser priorizadas resultando num direcionamento estratégico para a solução do problema. Conclusão: Conclui-se que o uso de ferramentas da Qualidade (Diagrama de Pareto) tem grande importância na análise de perdas de medicamento e deve ser utilizada para aprimorar os processos internos, tais como otimização de agendamento de tratamentos e utilização de estudos de estabilidade estendida. ID 094 HISTÓRICO FAMILIAR DE CÂNCER EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA DE CURITIBA - PR Autores: Crislayne Bontorin, [email protected], Curitiba, Paraná, Residente em Farmácia Oncológica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Thais Abreu de Almeida, [email protected], Curitiba, Paraná, Oncologia Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. José Claudio Casali da Rocha, casalidarocha@ gmail.com, Curitiba, Paraná, Oncogenética - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Jeanine Marie Nardin, [email protected], Curitiba, Paraná, Coordenadora de Pesquisa Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Resumo: O câncer de mama é a causa mais frequente de morte de mulheres entre 35 e 54 anos, sendo o segundo tipo de câncer com maior frequência no mundo, representando 22% dos novos casos a cada ano. Quanto ao câncer de mama, entre 5 e 10% de todos os casos estão relacionados à danos genéticos hereditários, ou seja, mutações herdadas no momento da concepção do 33 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 096 sexo feminino, teve diagnóstico de neoplasia maligna de mama RE/RP (-), cerbB2 (+) em 2008, realizando tratamento com esquema TCH neoadjuvante seguido de Trastuzumabe adjuvante. Teve recidiva em plastão e linfonodo cervical em 2011, sendo realizado tratamento com Capecitabina e Lapatinibe ate 2013, porém evoluindo com nova progressão. Iniciou novo tratamento com Trastuzumabe e Vinorelbina em setembro/2013, com excelente resposta, seguido de manutenção com Trastuzumabe até novembro/2014. Cursou com nova progressão de doença a nível torácico e cervical, com dor, dificuldade de inspiração e edema de MSD. Foi iniciado tratamento com esquema Paclitaxel, Trastuzumabe e Pertuzumabe em dezembro/2014 e sendo o Pertuzumabe um medicamento no Brasil, a paciente ficou sendo acompanhada pelo serviço de Farmacovigilância da AMO. Apresentou resposta clínica importante já em Janeiro/2015, sem grandes toxicidades, porém com queixa de neuropatia sensorial periférica leve a partir da terceira infusão de Paclitaxel. Evoluiu em Março/2015 com piora importante da neuropatia que foi sinalizado pela Farmacovigilância à Farmácia Clínica, que entrou em contato com a médica assistente solicitando redução da dose para prevenir a evolução da neuropatia, entretanto como a paciente já apresentava resposta clínica importante foi optado por suspensão do Paclitaxel. Paciente realizou mais 03 ciclos de Pertuzumabe e Trastuzumabe, cursando com resolução completa da neuropatia. Conclusão: O monitoramento da paciente pela Farmacovigilância permitiu a identificação precoce da toxicidade associada ao tratamento e intervenção profilática da Farmácia Clínica, diminuindo o risco altamente provável que a paciente possuía de desenvolver uma neuropatia periférica severa e crônica, que geralmente leva meses ou até anos para se resolver completamente. PERFIL DE REAÇÃO INFUSIONAL ASSOCIADA AO DOCETAXEL E O USO DE DIFENIDRAMINA COMO FATOR PROTETOR PARA DE REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO, Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Ana Cláudia C. Vasconcelos, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Resumo: Objetivo: Caracterizar o perfil de reações infusionais associadas ao Docetaxel e avaliar o uso de Difenidramina como fator protetor para as reações de hipersensibilidade em um serviço privado de Terapia Antineoplásica. Métodos: Foram coletados e analisados dados de reação infusional (RI) ao Docetaxel e do uso de Difenidramina profilático, através de análise retrospectiva de prontuários eletrônicos de pacientes que realizaram infusão de Docetaxel entre Janeiro/2013 e Junho/2015. Os dados foram analisados no Microsoft Office Excel®. Resultados: Foram avaliados dados de 510 infusões de Docetaxel referentes a 109 paciente, dos quais, 25 (22,9%) apresentaram reação infusional (RI) associada ao Docetaxel. 4 (36,3%) dos pacientes que apresentaram RI haviam utilizado Difenidramina profilático, enquanto que, dos 98 pacientes que não fizeram uso de Difenidramina, 21 (21,4%) cursaram com RI ao Docetaxel, entretanto essa diferença não foi estatisticamente significativa. Houve maior incidência de reações cardiovasculares (34,8%), respiratórias (23,2%) e álgicas (23,2%). As principais RIs foram rubor (15,9%), dor (15,9%), hiperemia (11,6%), dispnéia (11,6%), edema de glote (5,8%) e opressão torácica (4,3%). Dos pacientes com RI ao Docetaxel, 40% apresentaram hipersensibilidade em duas ou mais infusões e em 4 pacientes essas RI levaram a interrupção do tratamento. Discussão: A literatura descreve que o Docetaxel provoca reações de hipersensibilidade com frequência de 30% e que estas podem ser reduzidas para 2,5% se houver redução da velocidade de infusão e utilização de prémedicamentos adequados com corticóides e anti-histamínicos. Na Instituição, o Docetaxel é diluído em um volume mínimo de 250 mL e infundido durante 1h, conforme recomendação em monografia. Ainda, os pacientes receberam dose de corticóide no dia anterior e no dia da infusão de Docetaxel, o que minimiza o risco de RI. ID 098 VALIDAÇÃO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA: O FARMACÊUTICO COMO BARREIRA EFETIVA NA PREVENÇÃO DE ERROS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO, Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO, Ana Cláudia C. Vasconcelos, anaclaudiacavalcante@ clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO, Rafael Oliveira, rafaeloliveira@ clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO, Everton Fiaes, evertonfiaes@ clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO ID 097 FARMACOVIGILÂNCIA NA DETECÇÃO PRECOCE DE NEUROPATIA PERIFÉRICA INDUZIDA POR PACLITAXEL: RELATO DE CASO Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO, Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Ana Cláudia C. Vasconcelos, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Resumo: Introdução: Paclitaxel é um agente antineoplásico que exerce sua ação citotóxica através da agregação das tubulinas na formação e estabilização dos microtúbulos, inibindo sua despolimerização e bloqueando a divisão celular na fase de metáfase. Tem indicação para o tratamento de câncer de mama, câncer de pulmão não pequenas células, câncer de próstata, câncer de ovário, gástrico, cabeça e pescoço, pâncreas e sarcomas de partes moles. A neuropatia periférica induzida por paclitaxel pode manifestar-se como alterações sensoriais, caracterizadas por parestesia/disestesia e dor. Estes sintomas podem ser incapacitantes, afetando as atividades diárias e a qualidade de vida dos pacientes e podem se tornar crônicos em alguns indivíduos, manifestando-se por meses ou anos após a interrupção do tratamento. Relato: Paciente 78 anos, 34 Resumo: Objetivo: Evidenciar a importância do profissional farmacêutico na realização de validação da prescrição como barreira efetiva na prevenção de erros/danos ao paciente. Materiais e métodos: A metodologia utilizada foi um estudo transversal, através de uma pesquisa descritiva e quantitativa com base no levantamento de dados referente às prescrições validadas entre janeiro/2014 e dezembro/2014. O estudo foi realizado no Serviço de Farmácia da Clínica AMO (Assistência Multidisciplinar em Oncologia) localizada na cidade de Salvador – BA. Resultados: Foram validadas 15.121 (100%) prescrições em 2014, com um índice de 703 (4,6%) de não conformidades encontradas. Dentre essas não conformidades, 20% foram classificadas como erro grave, 27% intermediários e 52% leves. Discussão: O erro grave é aquele que, a não realização da intervenção farmacêutica imediata, poderá causar evento sentinela, como: liberação de medicamento errado, dose errada, tratamento duplicado e intervalo errado; Erro intermediário é aquele que não causa impacto imediato, mas poderá levar a um erro grave no futuro, como: erro na contagem de ciclos e liberação de uma prescrição já utilizada; Erro leve é aquele que não causa impacto no tratamento, mas a falha da informação pode induzir a equipe a um erro grave. Em todas as prescrições com potencial risco de nier miss, a intervenção farmacêutica evitou um possível dano imediato ao paciente. O baixo índice de prescrição não conforme, provavelmente é resultante da comunicação efetiva com o Gerenciamento de Risco e ações de melhoria no processo de cuidado. Conclusão: É importante salientar que, apesar de todas as prescrições serem informatizadas e parametrizadas, o que diminui significativamente os erros, não impossibilita que os mesmos aconteçam. Desta forma, a presença do Farmacêutico na equipe multidisciplinar da terapia antineoplasica, bem como, sua atuação na realização de validação da prescrição constitui barreira efetiva na minimização e prevenção de dano ao paciente. ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA ID 099 ID 101 ANÁLISE DE NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS ENVOLVENDO ANTINEOPLÁSICOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TERCIÁRIO ACOMPANHAMENTO DE SUSPEITAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS EM UM SERVIÇO PRIVADO DE ONCOLOGIA: UMA ABORDAGEM DA FARMACOVIGILÂNCIA Autores: 1 – Bruno Simas da Rocha – [email protected] – Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 2 – Fernanda Rossatto Machado – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 3 – Joice Zuckermann – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 4 – Ricardo Soares Gioda – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 5 – Ricardo Moresco Zucco – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 6 – Maitê Telles dos Santos – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 7 – Daniel Fasolo - [email protected] – Central de Misturas Intravenosas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 8 – Juliana Didonet – [email protected] – Central de Misturas Intravenosas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Autores: Ana Cláudia C. Vasconcelos, anaclaudiacavalcante@ clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO Álvaro Nobre Machado, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Pablicio Nobre, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO Resumo: Objetivo: Analisar os dados de suspeita de reação adversa a medicamento (RAM) do Serviço de Farmacovigilância de uma Clínica de Oncologia de Salvador, durante o período de 2013 a 2015. Materiais e métodos: Foi realizado analise retrospectiva dos dados de suspeita de RAM, obtidas através do Formulário de Notificação, busca ativa em prontuário eletrônico e, a partir de 2015, através de extração de dados do formulário eletrônico de graduação de toxicidade. Resultados: Foram recebidas 14 notificações em 2013, 103 em 2014 e 803 durante o primeiro semestre de 2015. Em 2013 e 2014, os enfermeiros foram responsáveis por 64,3% e 60,7% das notificações. Em 2015, há uma mudança deste perfil e o profissional farmacêutico configurou como principal notificador, 94,7%. Discussão: Ao analisar o quantitativo de suspeitas de RAM observa-se uma discrepância relevante entre os anos. Em 2013, o Serviço de Farmacovigilância foi implantado na clínica, com elaboração de fluxos de recebimento e avaliação das notificações, bem como padronização de formulário de notificação institucional. Em 2014, o Serviço passou por um processo de reestruturação, com implementação de ações de incentivo a notificação espontânea, validação da suspeita de Reação Adversa, notificação das reações validadas ao órgão sanitário, busca ativa de suspeitas de reações a medicamentos novos. Em 2015, o número de notificações, de janeiro a junho, atingiu um número 8 vezes maior que no ano anterior. Este aumento foi reflexo de novas medidas de melhorias, contratação de um farmacêutico destinado às ações de Farmacovigilância, formulário informatizado de graduação de toxicidade, novas campanhas de incentivo a notificação e monitorização dos pacientes que apresentaram RAM. Conclusão: A estruturação de um serviço de famacovigilância, permite identificar perfil de RAM, e conseqüentemente, melhorar o foco das equipes na linha de cuidado, detectar precocemente RAM, e realizar intervenções, com intuito de prevenir reações graves e irreversíveis. Resumo: Introdução: A Farmacovigilância é uma parte importante da farmácia clínica que visa detecção, avaliação, e prevenção de efeitos adversos e problemas relacionados a medicamentos, incluindo Reações Adversas a Medicamentos (RAM). Os antineoplásicos são medicamentos considerados de alta vigilância por apresentarem elevado potencial de desenvolvimento de RAM podendo causar dano ao paciente, devido ao mecanismo citotóxico de diversos agentes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar as notificações de RAM envolvendo antineoplásicos. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em que foram avaliadas as RAMs notificadas para o Programa de Farmacovigilância de um Hospital Terciário Universitário do sul do Brasil, no período de janeiro/2014 a dezembro/2015. As RAMs foram classificadas de acordo com a causalidade utilizando o algoritmo de Naranjo, previsibilidade pelos critérios de Rawlins e Thompson e gravidade conforme critérios da OMS. Resultados: Foram notificadas 80 RAMs no período, sendo 73,8% por farmacêuticos. As classes farmacológicas mais envolvidas foram: alcaloides da vinca (28,2%), antimetabólitos (17,9%) e agentes alquilantes (15,4%). Os medicamentos mais prevalentes nas notificações foram: vincristina (11,3%), paclitaxel (8,8%), citarabina (7,5%), metotrexato (7,5%) e rituximabe (7,5%) As RAMs mais notificadas foram farmacodermia (16,3%), hipersensibilidade (12,8%) e neurotoxicidade (8,1%). Quanto à causalidade, 57,5% era provável, 18,8% possível e 7,5% definida. Quanto à previsibilidade, 73,8% eram tipo A e 11,3% tipo B. Entre as RAMs notificadas, 37,5% eram de gravidade moderada, 33,8% grave e 12,5% leve. Em 36,3% dos casos o medicamento seguiu sendo administrado, necessitou de tratamento específico para a RAM e não necessitou ser interrompido. Conclusão: O perfil de RAMs notificadas e os antineoplásicos envolvidos corroboram com achados da literatura que relatam elevada incidência de RAM nestas classes e sistemas. O estudo sugere a importância da inserção do farmacêutico clínico neste contexto e de treinamentos para a equipe de saúde para redução da subnotificação de RAM e melhoria da segurança do paciente. ID 104 ASSOCIAÇÃO ENTRE ADESÃO AO TRATAMENTO COM TAMOXIFENO COM O GENÓTIPO E FENÓTIPO DE METABOLIZAÇÃO DO MESMO EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA Autores: Jeanine Marie Nardin, [email protected], Curitiba, Paraná, Coordenadora de Pesquisa Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Evelyn Castillo Lima Vendramini, [email protected], Curitiba, Paraná, Residente em Farmácia Oncológica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Solane Picolotto, [email protected], Curitiba, Paraná, Farmacêutica Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. José Claudio Casali da Rocha, [email protected], Curitiba, Paraná, Oncogenética - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner. 35 Resumo: A terapia endócrina em pacientes com câncer de mama positivas para o receptor de estrogênio reduz as taxas de recorrência e mortalidade, sendo o tamoxifeno a principal opção para mulheres em pré e pós menopausa. Contudo, a má adesão ao tratamento e os polimorfismos da enzima CYP2D6 podem estar relacionados à piores desfechos clínicos. O objetivo deste estudo foi relacionar a adesão ao tratamento com tamoxifeno com os níveis séricos do mesmo e seus metabolitos, assim como com os polimorfismos do gene CYP2D6 em mulheres ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA com câncer de mama. Foi realizado estudo prospectivo para determinar a adesão ao tratamento com tamoxifeno. Esta foi avaliada em 143 pacientes pelo método Morisky (MMAS-4) aos 3, 6 e 12 meses de tratamento, assim como pela taxa de posse da medicação (MPR). Os dados de adesão foram relacionadas com as concentrações séricas de tamoxifeno, (Z)-4-OH-tamoxifeno e (Z)endoxifeno determinadas aos 3 e 6 meses de tratamento por LC-MS e ao genótipo do CYP2D6 avaliado através de 9 alelos determinados por MALDI-TOF. Conforme MMAS-4, 62%, 68% e 71% das pacientes apresentaram alta adesão (3, 6 e 12 meses respectivamente), e ¼ delas apresentaram adesão impropria nos 3 momentos avaliados. Consistência foi observada entre os 3 e 6 meses (p=0,046) e uma redução na adesão foi verifica de 6 para 12 meses. Apesar de 5% dos pacientes serem considerados não-aderentes por MPR, não foi observada relação com MMAS-4. Nenhuma correlação entre adesão e níveis séricos testados foi verificada, embora possam haver fatores de confusão relacionados aos genótipos e ao tamanho amostral. A performance do MMAS-4 em pacientes de baixa escolaridade e melhor correlação com a literatura fazem este mais viável à rotina da instituição. A realização de intervenções diretas e de ajustes de dose conforme genótipo do CYP2D6 podem melhorar a adesão assim como os desfechos clínicos. ID 107 ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES ONCOLÓGICAS EM UM COMPLEXO HOSPITALAR DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Autores: 1 - Ana Claudia de Almeida - [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP; 2 - Débora Sanches Comar - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP; 3 - Jaqueline Correa de Souza - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP; 4 - Julia Florêncio Mega - [email protected] – São José do Rio Preto/SP Fundação Faculdade Regional de medicina de São José do Rio Preto/SP; 5 - Regina Maura Oliveira Mazetto - [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP; Resumo: Introdução: O câncer é uma das patologias que vem atingindo drasticamente a população mundial, sendo uma das doenças crônicas não transmissíveis que mais causam óbitos no mundo. Com a evolução das tecnologias farmacêuticas, hoje existem tratamentos que podem levar à cura do paciente, priorizando a qualidade de vida do mesmo. Os agentes antineoplásicos são divididos em classes e cada medicamento necessita que haja a terapia individualizada do paciente, visando a necessidade e limitações do mesmo. Erro de medicação é algo que ocasiona dano temporário ou irreversível ao paciente, pelo uso inadequado do mesmo, ou mesmo pela ausência da medicação. Objetivo: O estudo se baseia na análise de prescrições, com o intuito de prevenir os erros de medicações, e realização de comparativo com trabalho publicado anteriormente na instituição, sendo assim, mensurado o trabalho na farmácia clínica e garantindo assistência de excelência ao paciente, evitando que divergências encontradas nas prescrições cheguem ao usuário final. Metodologia: Foram analisadas 9300 prescrições, do período de março a dezembro de 2015, A análise baseou-se em literaturas e protocolos da instituição. Resultados: Das prescrições analisadas, 364 (4%) apresentaram divergências de prescrições, sendo 430 erros: dose 185 (43%), volume 47 (11%), apresentação 28 (6%), tempo de infusão 71 (16%), frequência 41 (10%), omissão de fármaco 28 (7%) e outros 30 (7%). Conclusão: Os resultados apresentados em 2014, no mesmo período, apresentaram valor inferior aos apresentados recentemente. Concluiu-se que, devido a grande rotatividade do corpo clínico de residentes, as divergências são constantes. Cabe a equipe multidisciplinar o trabalho de monitorização das prescrições constantes, evitando assim perdas financeiras e prejuízo ao paciente. ID 106 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM PRESCRIÇÕES DE QUIMIOTERAPIA DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTO DE PORTO ALEGRE-RS Autores: 1-Luana Christine Comerlato - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento 2- Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento 3- Candida Saldanha Fabris - [email protected] - Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento 4- Dauana Pitano [email protected] Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento 5- Giselle Calovi Pratini- [email protected]– Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento 6- Rosana Oliveira de [email protected] Porto Alegre/RS Hospital Moinhos de Vento 7- Raquel Pereira Vieira- [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento Resumo: Introdução: Erros de medicação são constantemente relatados na literatura médica e, por vezes, banalizados. Contudo, as não conformidades presentes nas prescrições de quimioterapia podem ser irremediáveis devido à complexidade desse processo. A presença do farmacêutico na equipe multidisciplinar de quimioterapia agrega mais uma barreira na redução de falhas na prescrição de antineoplásicos. Objetivo : analisar as intervenções feitas por farmacêuticos clínicos realizadas no ano de 2015 em prescrições de quimioterapia. Metodologia: A análise de prescrições foi realizada diariamente com avaliação dos seguintes parâmetros: protocolo (dose, via de administração, freqüência, tempo de infusão/ gotejo, tempo de tratamento, compatibilidade e estabilidade) inconsistências nas prescrições, incompatibilidades físicoquímicas/estabilidade da solução. A partir dessa avaliação, os problemas relacionados aos medicamentos foram classificados, bem como as intervenções farmacêuticas resultantes, conforme rotina de farmácia clínica do hospital. Resultados: Durante o estudo, um total de 1030 prescrições validadas e foram realizadas 139 intervenções farmacêuticas. Os medicamentos mais prescritos neste período foram Ciclofosfamida e Fluorouracila. As não conformidades verificadas contemplam: Diluição de medicamentos (25,18%), Suspensão de medicamentos (15,10%), Tempo de infusão/gotejo (10,07%), Compatibilidade de medicamentos (7,2%), Inclusão de medicamento/ diluente (5,04%) e Duplicidade terapêutica (2,9%). Conclusão: A adequação de um sistema de validação da prescrição de antineoplásicos realizada por farmacêuticos garante a segurança e qualidade do tratamento do paciente oncológico. ID 108 INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR NEOPLASIAS MALIGNAS NO S I S T E M A Ú N I CO D E S A Ú D E B R A S I L E I RO : U M A A N Á L I S E MACRORREGIONAL DA ÚLTIMA DÉCADA. Autores: Orenito Simão Borges Júnior, e-mail: [email protected], São Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês. Caroline Gonçalves Benvenutti, e-mail: [email protected], São Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês. 36 Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis tornam-se protagonistas na preocupação da sociedade atual. É neste cenário que vem se destacando as neoplasias malignas. O câncer seguindo sua própria lógica tem aumentado de forma desordenada, atingindo os mais variáveis tipos de populações e batendo o recorde de audiência, se espalhando por diversas regiões do Brasil e do mundo. Objetivo: Avaliar características regionais e os desdobramentos envolvidos nas internações hospitalares decorrentes do câncer na última década no Brasil. Comparando Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste quanto ao número de internações, o valor médio de cada uma delas. Método: Estudo longitudinal comparativo com abordagem quantitativa de dados secundários oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA de 2006 a 2015. Resultados: Considerando o número total de internações no Brasil, é possível verificar que o Sudeste destaca-se consideravelmente quando calculamos a média do número de internações dos últimos dez anos (213.754) e comparamos com a média total de internações registradas no Brasil (468.102), ocupando cerca de 45,66% do total de hospitalizações. Quanto às outras regiões, foi possível elenca-las pela média de internações por década, na qual a região Sul assume o segundo lugar (109.455 internações), seguida da Nordeste (98.088), Centro Oeste (31.310) e por fim, Norte (17.506) que representou apenas cerca de 3,74% da média nacional. Quanto ao valor médio de internações, por ano e região, os valores mais altos foram observados na Região Sudeste desde 2006, mantendo-se acima do valor médio nacional calculado para última década em R$1.642,64. Em contrapartida, a Região Norte apresentou valores de aproximadamente 23,27% abaixo da média nacional neste mesmo período. Conclusão: Os dados apresentados permitem uma reflexão sobre a atenção à saúde que vêm sendo prestada no Brasil. Indicando, possivelmente, para diferenças de acesso e oportunidades à assistência hospitalar entre as macrorregiões de saúde do Brasil. ID 110 CONTRIBUIÇÕES DA INFORMATIZAÇÃO PARA PADRONIZAÇÃO DE PROTOCOLOS QUIMIOTERÁPICOS NO SISTEMA DE PRESCRIÇÃO DE ONCOHEMATOLOGIA Autores: Acássio Alves de Sá, [email protected], Montes Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros. Viviannie Amélia de Aquino Cardoso, [email protected], Montes Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros. Resumo: Introdução: O tratamento quimioterápico é realizado conforme protocolos aprovados por entidades reconhecidas e na maioria deles são complexos e de difícil interpretação, que em qualquer uma das etapas do processo de terapêutico podem ocorrer falhas e erros, que poderão ser graves. A educação continuada, reciclagem e treinamentos dos profissionais são importantes estratégias na prevenção de erros de medicação, mas, o investimento em novas tecnologias como a implantação de um sistema personalizado de prescrição médica eletrônica oferece também muitas vantagens à instituição. Objetivo: Discutir como os sistemas informatizados de prescrições padronizadas conforme protocolos quimioterápicos podem favorecer a qualidade e segurança ao paciente em quimioterapia. Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura bibliográfica com base em estudos científicos sobre o referido tema, utilizando como instrumento de pesquisa, as bases eletrônicas de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Resultados: A informatização permite a padronização de prescrições médicas baseadas nos protocolos aprovados pela equipe multidisciplinares. Descrevem-se como principais contribuições: cálculo automático de superfície corpórea e doses; garantia de prescrição de todos os antineoplásicos e medicações suporte, assim como seus diluentes apropriados; solicitação automática de agendamentos conforme intervalos dos protocolos; e elaboração automática dos rótulos. Desta forma, há uma minimização de ocorrência de erros e melhoria da gestão, especialmente para o farmacêutico no processo de validação da prescrição médica e acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes. Conclusão: Sistemas informatizados permitem a inserção de protocolos quimioterápicos institucionais, diminuem omissões de dados, reduz probabilidades de erros através de barreiras eficazes e padroniza processos. Contudo, essas informações necessitam ser acompanhadas e validadas pelo farmacêutico, que deve atentar também para outras possibilidades de erros e assegurar junto à equipe de informática a acessibilidade limitada para alterações de dados. ID 109 A IMPORTÂNCIA DA VALIDAÇÃO FARMACÊUTICA DA PRESCRIÇÃO ONCOLÓGICA PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: UMA REVISÃO DE LITERATURA Autores: Acássio Alves de Sá, [email protected], Montes Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros. Viviannie Amélia de Aquino Cardoso, [email protected], Montes Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros. Jamille Fernandes Lula, [email protected], Montes Claros, MG. Universidade Estadual de Montes Claros. Resumo: Introdução: O tratamento antineoplásico contempla uso de medicamentos de estreita faixa terapêutica, que aliada à complexidade dos protocolos quimioterápicos se torna potencialmente perigosos e propensos a erros de medicação graves e fatais. Por conseguinte, exige maior atenção de toda a equipe multiprofissional, incluindo o farmacêutico na análise e validação da prescrição médica oncológica. Objetivo: Evidenciar a atuação do farmacêutico na validação da prescrição oncológica como ferramenta de segurança na prevenção de erros de medicação dentro da equipe multidisciplinar de terapia antineoplásica. Método: Trata-se de uma pesquisa de levantamento bibliográfico de artigos publicados nas bases eletrônicas de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Os unitermos “análise prescrição médica”, “farmacêuticos”, “antineoplásicos”, “prevenção de erros”, “oncologia” e “farmácia” foram cruzados e filtrados com auxilio da expressão and. Resultados: Foram localizados 27 artigos para análise e discussão. Os trabalhos em sua maior parte retrataram erros de medicação como tema principal, outros frisaram a atuação da equipe multidisciplinar de oncologia e o papel do farmacêutico na análise de prescrições médicas. A prevenção de erros de medicação também foi bastante discutida, demonstrando os benefícios da utilização de novas tecnologias como o uso de prescrições eletrônicas. Conclusão: Verificou-se que o farmacêutico desenvolve um papel essencial no serviço de tratamento do câncer, especialmente quando se refere à validação da prescrição médica que tem como objetivo garantir o tratamento medicamentoso conforme protocolo clínico proposto, além de assegurar a qualidade e uso racional dos medicamentos utilizados pelo paciente. Dessa forma, a validação farmacêutica possui uma ação preventiva e assertiva, que visa à efetividade da farmacoterapêutica e segurança do paciente. ID 112 PREVENÇÃO DE ERROS ENVOLVIDOS NA PRESCRIÇÃO DA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA, ATRAVÉS DA ANÁLISE FARMACÊUTICA DAS PRESCRIÇÕES ONCOLÓGICAS ELETRÔNICAS, EM INSTITUTO DE ONCOLOGIA DE HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE SÃO PAULO Autores: Carla Cruz Garcia – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Carla Fernandes – [email protected] São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Tamires de Jesus Pereira – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Luana Martins Carrasqueiras – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; 37 Resumo: Introdução: A terapia antineoplásica parenteral está cada vez mais complexa, envolvendo o uso de diversos fármacos antineoplásicos e suporte. Esta complexidade aumenta o risco de erros em todas etapas de uso. Estudos evidenciam que a etapa de maior prevalência de erros é a da prescrição médica (39%), seguidos pela etapa de administração (36%) e transcrição (12%). Objetivos: Demonstrar que a análise farmacêutica previne erros envolvidos no processo de prescrição de terapia antineoplásica, garantindo a segurança do paciente. Metodologia: realizado estudo unicêntrico, descritivo e transversal no Instituto de Oncologia de hospital de médio porte, município de São Paulo (SP). Foram quantificadas e analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas durante a análise farmacêutica da prescrição oncológica eletrônica, de pacientes ambulatoriais e internados, no período de janeiro a dezembro de 2015. Os ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA dados foram coletados das fichas de atendimento diário da Farmácia Oncológica do Instituto. As intervenções farmacêuticas foram analisadas frente a aceitabilidade por parte do corpo clínico; e classificadas de acordo com categorias padronizadas na instituição. Resultados: Foram analisadas 2892 prescrições oncológicas eletrônicas, sendo realizadas 875 intervenções farmacêuticas com intuito de barrar erros, com taxa de aceitabilidade pelo corpo clínico de 99,3%. Evidenciado que a maioria das intervenções foram em relação a ajuste de dose conforme peso atual/exames laboratoriais (363, 41%), ajuste do tempo de infusão de antineoplásicos (182, 21%), ajuste de préquimioterapia/suporte (153, 17%), ajuste do protocolo terapêutico/ciclo (111, 13%), ajuste de diluição de antineoplásicos (39, 4%), ajuste de dias de aplicação (26, 3%) e ajuste de via de administração (1, 0%). Conclusão: O estudo evidenciou que o farmacêutico oncológico tem papel fundamental na prevenção de erros ligados a prescrição médica; e que a análise farmacêutica criteriosa da prescrição médica é um instrumento que promove o uso racional e seguro dos antineoplásicos na prática clínica. ID 113 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS NO MANEJO DA TOXICIDADE A TERAPIA ANTINEOPLÁSICA PARENTERAL AMBULATORIAL EM INSTITUTO DE ONCOLOGIA, DE HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE SÃO PAULO Autores: Carla Cruz Garcia – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Carla Fernandes – [email protected] São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Luana Martins Carrasqueiras – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Fabiana Nossi Sampaio - [email protected] - São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Marina Berttoti Genuino – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Resumo: Introdução: Os agentes antineoplásicos parenterais, os chamados citotóxicos ou quimioterápicos, atuam nas células em proliferação do câncer, e como não são seletivos acabam promovendo ação citotóxica nas células normais com alta taxa de proliferação. Os efeitos tóxicos dependem do tempo de exposição e da concentração plasmática do antineoplásico; podendo acometer diversos tecidos. A toxicidade da terapia antineoplásica possui um impacto negativo sobre a adesão ao tratamento e efetividade do mesmo, tão como, a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: Evidenciar a importância do acompanhamento farmacêutico a pacientes em terapia antineoplásica ambulatorial com foco no manejo de toxicidade a antineoplásicos. Metodologia: realizado estudo unicêntrico, descritivo e transversal no Instituto de Oncologia de hospital de médio porte, município de São Paulo (SP). Foram quantificadas e analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas durante o acompanhamento farmacêutico a pacientes em terapia antineoplásica parenteral ambulatorial, no período de janeiro a dezembro de 2015. Os dados foram coletados das fichas de acompanhamento farmacêutico dos pacientes do Instituto de Oncologia. As intervenções farmacêuticas foram analisadas frente a aceitabilidade por parte do corpo clínico; e classificadas de acordo com categorias padronizadas na instituição. Resultados: Foram acompanhados 1116 pacientes ambulatoriais, sendo realizadas 538 intervenções farmacêuticas no manejo de toxicidade, com taxa de aceitabilidade pelo corpo clínico de 99%. Evidenciado que a maioria das intervenções foram relacionadas a: toxicidade do trato gastrintestinal (245, 46%), profilaxia de toxicidade frequente (129, 24%), toxicidade dermatológica (75, 14%), toxicidade sistema musculo-esquelético (25, 5%), toxicidade relacionada a outros sistemas (22, 4%), toxicidade hematológica (21, 4%), reações infusionais (12, 2%) e toxicidade renal e urológica (6, 1%). Conclusão: O estudo evidenciou que o farmacêutico clínico oncológico inserido na equipe multidisciplinar contribui no manejo de toxicidade a terapia antineoplásica ambulatorial, minimizando seu impacto negativo na adesão a terapia antineoplásica e na qualidade de vida do paciente. 38 ANAIS DO CONGRESSO VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA COTA PLATINA COTA DIAMANTE COTA OURO COTA PRATA COTA BRONZE AÇÃO DE ENCANTAMENTO PATROCÍNIO APOIO INSTITUCIONAL Conselho Federal de Farmácia 39 ORGANIZAÇÃO E INFORMAÇÕES Tel.: 11 2361-9823 / 99265-6670 [email protected] Realização Rua Amaral Gurgel, 447, sobreloja 1 São Paulo - SP, CEP 01221-001 Fone: 11 3214 2029 | www.sobrafo.org.br