Comunicação Interna
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Comunicação Interna
Comunicação Interna e Cultura Organizacional Prof. Dr. João José Azevedo Curvello MBA GESTÃO DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES UCB – Brasília (DF) – Julho de 2006 Culturas Organizacionais: a tradição antropológica Crozier - cultura como capacidade; Talcott Parsons - sistema de valores; Malinowski e outros funcionalistas - cultura como instrumento a serviço das necessidades biológicas e psicológicas dos seres humanos; Radcliffe-Brown - mecanismo adaptativo-regulatório; Goodenough e sua ethnociência - cognições compartilhadas; Levi-Strauss e Cliford Geertz e sua antropologia contemporânea - os homens vivem em um universo de significados que decodificam sem cessar 1 A cultura nas teorias das organizações Antes de 1980 IBM:credos Jacques: mudança(1951) Barnard: significados McGregor:influência Likert:regras Selznick: valores Clark: saga Harrison: caráter Handy: cultura Anos 80: a década da cultura Conceitos Fundamentais Cultura Necessidade Adaptação-regulação Unificação Cognição compartilhada Focos Organizacionais Comparação (ter cultura) Símbolos e significados Código Linguagem Projeção mental Rede Variável interna (ser cultura) Pluralidade 2 Elementos Valores Crenças base filosófica Pressupostos princípios Aprendizagem núcleo/coração da Naturezas cultura valores compartilhados • humana • relacionamentos • “verdade” • ambiente • universalismo ou particularismo Elementos Rito, Ritual e Cerimônia vivência elaborado dramático atividade planejada expressão tipologia Mito narrativa explicação imaginação crença inquestionável signo e símbolo deificação revelação 3 Elementos Tabus Heróis imaginação relação com o mito experiência modelagem lógica da ocultação liderança preconceitos imagem Elementos Norma comportamento esperado ou aceito regulação controle Símbolo comunicação veículo de significado referência associação 4 Elementos Identidade personalidade Imagem não se confunde com comparação identidade, nem com identificação a comunicação, nem relação discurso e imagem fenômeno de consciência com a realidade registro público representação coletiva de um discurso imaginário Teorização das Culturas Organizacionais Ser humano: ser de desejo e pulsão, ser simbólico, ser espaçotemporal, ser de expressão e linguagem É nas relações que se realiza o jogo de identificações Cultura como resultante de experiência vivida O comportamento comunicativo define a cultura Cultura como comunicação conjunto de valores e pressupostos básicos, expressos em elementos simbólicos, que em sua capacidade de ordenar, atribuir significações, construir a identidade organizacional, tanto agem como elemento de comunicação e consenso, como ocultam e instrumentalizam as relações de dominação (Fleury, 1989) 5 Teorização das Culturas Organizacionais "um conjunto de representações imaginárias sociais (Castoriadis, 1995). construídas e reconstruídas nas relações cotidianas dentro da organização, que são expressas em termos de valores, normas, significados e interpretações, visando a um sentido de direção e unidade, e colocando a organização como a fonte de identidade e de reconhecimento.” “a cultura organizacional exerce o papel de agenciadora de sentidos e significados, atuando diretamente no imaginário (Enriquez, 1974), coração do psiquismo dos indivíduos, e desenvolvendo com ele uma relação de cumplicidade entre a organização e os desejos e medos inconscientes dos indivíduos que nela trabalham.” Freitas (1997) Teorização das Culturas Organizacionais Cultura como integração consenso; consistência/harmonia; clareza/visibilidade; ambigüidade é excluída Cultura como diferenciação consenso nas subculturas; inconsistência/conflitos; ambigüidades vêm da comparação entre subculturas Cultura como fragmentação multiplicidade de visões/não há consenso; relações complexas (conflito ou harmonia não aparecem com clareza); ambigüidade é o foco; visão de teia/selva (Martin, 1992) 6 Cultura e Comunicação a organização é um fenômeno de comunicação e sua cultura se estabelece, se modifica e se cristaliza por meio da comunicação A questão da criação de valores As culturas podem ser mudadas? (Shall, 1983) Mudanças Culturais Polêmica Revoluções ou evoluções? É possível gerenciar uma cultura? Correntes: cultura de empresa crítica Valor ou comportamento? Aprendizagem? 7 Mudanças Culturais Perspectivas: liderança ação coletiva fluxo Visão ocidental mudança = rompimento incerteza Visão oriental binômio permanência/mutação Níveis da Cultura 8 Cultura Brasileira A questão da divisão e da ambigüidade Equilíbrio de antagonismos Formal/informal As formas de dominação burguesia e tecnocracia cosmopolitas com valores e comportamentos da aristocracia dos senhores de engenho Coletivista ou individualista? Complexidade: casa, rua, outro mundo Métodos de Análise das Culturas Método histórico Método Estatístico Método Etnográfico Método Comparativo ou Etnológico Estudo de Caso Método Funcionalista 9 Técnicas de Pesquisa Observação • sistemática – direta – indireta • participante Entrevistas • individuais • grupais Roteiro de Investigação Cuidados iniciais Coleta de material Análise documental • documentos sobre o passado • normas, regulamentos e manuais internos • documentos de referência (externos) • discursos e informações institucionais • estudos sobre a organização Entrevistas • o que perguntar; a quem perguntar Observação • reuniões; situações de atendimento; arquitetura (espaços); ritos; falas; gestos; posturas 10 Roteiro de Investigação Estudos complementares clima; perfis, imagem Confirmação grupos focais líderes formais e informais Análise e Interpretação o estranho e o familiar inventário dos valores armadilhas comparação (etnologia) teorização (multidisciplinar) divulgação Visão sistêmica e integrada da Comunicação Interna Institucional Administrativa Mercadológica Interpessoal 11 Visão sistêmica e integrada da Comunicação Interna Comunicação Interna Enfoque Operacional: • Centra-se na maneira como as mensagens são transmitidas. • Comunicação interna seria o conjunto de dispositivos de informação como as instruções, as ordens, as metas. Esses dispositivos são aspectos constituintes da comunicação e contribuem para o alcance dos objetivos organizacionais pela disseminação e controle da informação 12 Comunicação Interna Enfoque integrativo Nasce do reconhecimento da importância do fator humano no processo produtivo. Assim, a moral e a motivação se constituíram em temas essenciais para a comunicação Comunicação Interna seria o conjunto de ações que a organização coordena com o objetivo de motivar e manter uma certa coesão interna em torno de um certo número de valores que precisam ser reconhecidos e compartilhados por todos. Comunicação Interna Confusão Comunicação Organizacional • Comportamentos • Fenômenos • Interações observadas Gestão da Comunicação • Políticas e ações implementadas para influenciar comportamentos 13 Comunicação Interna Definição clássica: É aquela voltada para os empregados (diretoria, gerências, executores), com a intenção de informar e integrar os diversos segmentos aos objetivos e interesses organizacionais. Opera-se por meio de fluxos ascendentes, descendentes, horizontais e/ou transversais. Envolve as chamadas redes formal e informal. De acordo com o perfil da empresa, pode ser de tipo burocrático, retroalimentador, espontâneo ou informal, e democrático Tem ainda forte vinculação com a Escola de Relações Humanas Comunicação Interna Margarida Kunsch (2002) Por comunicação interna se entende um sistema de informação paralela, e não substitutivo do fluxo comunicativo funcional, que circula por uma organização e necessário para seu desenvolvimento Setor planejado com objetivos definidos para viabilizar toda a interação possível entre a Organização e seus empregados. Usando instrumentos da comunicação institucional e até da comunicação mercadológica 14 Comunicação Interna Plano de Comunicação Rhodia (1985) ferramenta estratégica de compatibilização dos interesses dos empregados e da empresa, através do estímulo ao diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis. Comunicação Interna Cavalcante, 2005 comunicação interna pode ser entendida como uma malha ou rede, ou ainda um sistema de canais, veículos, interfaces, enfim, de fluxos informacionais globais dentro de uma organização, que, por sua vez, estrutura os sistemas formais e informais de poder, trabalho, convivência, aprendizado e sociabilidade nas organizações. 15 Comunicação Interna Jablin (1986): Os enfoques humanísticos pregam pelo incremento da comunicação aberta e da confiança entre os membros da organização, pelo fluxo livre da comunicação por vários canais, pela integração dos objetivos individuais e organizacionais, “por um maior interesse e preocupação até o desenvolvimento e auto-realização dos trabalhadores, pelo estilo de liderança focada no empregado e em geral pelos processos amplos de interação”. [1] [1] JABLIN, Frederick M. “Estudio de la comunicación organizacional: su evolución y su futuro”, en Fernández C, C. (Ed.) La comunicación humana, México, Mc GrawHill, 1986. pp. 119. in Marisa del Pozo Lite (1997) Comunicação Interna Fernández (1991): a comunicação não se limita unicamente ao envio de informações, mas também tem como objetivo coordenar as tarefas, motivar as pessoas e melhorar os comportamentos. Marisa Lite (1997) a comunicação interna na empresa não termina quando o superior imediato transmite uma mensagem aos trabalhadores, senão quando recebe, para ponderar, a resposta que a mensagem provocou junto ao público. MIGUEL Fernández, E., “Introdución a la gestión”, Valencia, Universidad Politécnica de Valencia, 1991, p. 742. in Marisa del Pozo Lite (1997) LITE, Marisa Del Pozo – Cultura Empresarial y comunicación interna: su influencia en la gestión estratégica – Madrid: Fragua, 1997. 16 Comunicação Interna O campo da retórica e da persuasão Vinculação com Teoria das Relações Humanas O império da informação (um empregado informado é um empregado motivado e produtivo) Funcionamento das redes Eficácia organizacional Comunicação Interna Meios, canais, políticas, planos Relações com o ambiente Instrumento de apoio à gestão “aquela que serve para criar, fazer funcionar e manter atuantes as organizações sociais... Todas as atividades comunicativas de que lançam mão os responsáveis por uma organização para que ela exista e cumpra seu papel” Clima de Comunicação 17 Comunicação Interna A visão da Escola de Louvaine (Bélgica) A Comunicação Interna não está limitada ao controle e à gestão dos aspectos operacionais. Propõe uma definição explicativa/interpretativa da comunicação interna como o conjunto contextualizado de comportamentos e opiniões em interação/conflito/embate/diálogo numa dada organização A organização é um sistema de comunicação Comunicação Interna: Contradições Contradição Interna separação produtor/produto de seu trabalho perda do sentido do trabalho (separação trabalhador/ação) Contradição Externa crescimento contínuo excesso de produção degradação do ambiente corte com a natureza separação trabalhador/proprietári o 18 Comunicação Interna: obstáculos Ideologia gerencial Língua Administrativa Jargões especializados Estrutura burocrática Excesso/falta de objetividade Cultura organizacional Comunicação Interna: desvios Anulação Colusão Complementaridade ou Metacomplementaridade Duplo constrangimento Recusa de simetria Resposta tangencial Supercodificação 19 Comunicação Interna na Era do Trabalho “Flexível” Antigos e novos desafios da administração Controle Integração Motivação Modelos: Inovação x Modismo Organizações em rede Informacionalismo (Castells) Virtualidade Cenário atual Sem vínculo, sem estabilidade Disposable Workers Terceirização Concentração de poder sem centralização Produção flexível Reinvenção descontínua As novas competências no trabalho 20 O que se espera da Comunicação Interna Atribuir sentido à vida organizacional Buscar o equilíbrio entre as necessidades da organização e as de seus principais públicos Mudar o foco: da influência para os relacionamentos Criar e viabilizar rede de comunicação interna (administradores e agentes de comunicação) Mobilizar todos os segmentos organizacionais para uma cultura de diálogo, inovação e participação Criar cultura de colaboração e de compartilhamento de informações, em todos os níveis Fortalecer relações de vínculo e de confiança, por meio do reforço de valores, crenças, ritos e rituais aceitos e compartilhados pela cultura organizacional Conhecer a direção estratégica e estabelecer vínculos constantes entre objetivos de longo prazo e ações diárias Novos desafios Unir teoria e prática Construir, propor e disseminar políticas diretrizes responsabilidades Educar para a comunicação sensibilizar todos os segmentos para a importância de manter relações transparentes e honestas com os diversos públicos disseminar a visão de que a comunicação, mais do que persuasão e controle, é essencialmente diálogo, participação e compreensão 21 Funções e atividades da gestão de Comunicação Interna (AFCI) Proporcionar a escuta das conversas abstratas Escutar as conversas formais Escutar e compreender o corpo social Assegurar um conselho estratégico no controle dos processos de mudança Aportar ajuda operacional no acompanhamento dos projetos Conselho de Gestão Da Comunicação Interna Desenvolver a dinâmica coletiva Alimentar a organização e a evolução da cultura interna Agir com Ética Criar os acontecimentos Organizar o debate Funções e atividades Gerenciar a equipe de com. interna Participar da gestão de crises Gerenciar a equipe Liderar a função Elaborar a política de informação Elaborar e fazer circular a informação Animar e liderar os comunicadores Elabore a política e os pressupostos da comunicação interna Assegurar a visão externa sobre a comunicação Comandar a realização dos suportes de informação Funções (AFCI) Investigar Informar Organizar campanhas Orientar Funções Animar e Coordenar Formar 22 Novas funções estratégicas Investigar Objetivos: Elaborar uma política de “escuta” do clima social. Considerado como fator chave para poder se antecipar a qualquer disfunção, assim como para criar um clima dinâmico por meio da pluralidade de opiniões. Métodos e meios: • Auditorias de comunicação Condições para o êxito: • Obter um bom conhecimento prévio da cultura organizacional, da história da organização e seu funcionamento; verificar a capacidade de resposta da organização; comprovar a capacidade que a administração tem de escutar a todos os níveis da organização e de fazer bom uso da informação que recebe; e manter uma relação estreita e constante com os responsáveis pela gestão de pessoal. * Association Française de Communication Interne – www.afci.asso.fr Novas funções estratégicas Orientar Objetivos: • A capacidade de sensibilizar sobre os diferentes aspectos da empresa é considerada ferramenta de gestão empresarial da comunicação interna. Métodos e medida: • Utilizar a experiência na gestão empresarial; dar aos empresários, durante as fases de elaboração e desenvolvimento de ações de comunicação interna, uma finalidade relevante; ser capaz de responder, antes de iniciar uma ação de comunicação, às famosas “cinco perguntas”: “que”, “quem”, “quando”, “onde”, “porque?”. Condições para o êxito: • A capacidade de decisão e gestão; a capacidade de formar e educar em comunicação; a necessidade de dar importância à comunicação oral e cotidiana. 23 Novas funções estratégicas Informar Objetivo: • Conceber uma política de informação escrita, oral e audiovisual para dar resposta às necessidades de informação do público interno. Métodos e medidas: • Definir condições precisas para cada suporte afirmativo; organizar e hierarquizar a coleta, seleção e validação de informes; avaliar o impacto e o efeito das ações de informação. Condições para o êxito: • Possuir um bom conhecimento do ambiente da empresa (cultura, posicionamento, imagem interna e externa); dominar as técnicas ligadas à gestão da informação; e ter boa relação com os meios de comunicação a fim de assegurar uma difusão de informação coerente. Novas funções estratégicas Animar e Coordenar Objetivo: • Constituir redes de colaboradores com os seguintes fins: informativos, de conhecimento do clima social e do ambiente de trabalho. Métodos e medidas: • Eleger e identificar os colaboradores colocando a sua disposição a informação necessária e a metodologia adequada; manutenção, formação e avaliação da eficácia de seus resultados. Condições para o êxito: • Organizar encontros entre colaboradores para evitar isolamento; reconhecer suas aptidões para poder oferecer as missões mais adequadas; revisar o uso da informação transmitida na empresa. 24 Novas funções estratégicas Organizar campanhas Objetivo: • Mobilizar um grupo de trabalhadores com a missão de organizar campanhas ou reuniões de Comunicação Interna. Métodos e medidas: • Elaborar documentação com toda a informação necessária para transmitir (objetivos perseguidos, mensagens emitidas, orçamentos, etc.); saber organizar as campanhas (eleição do lugar, do diretor, trabalho orçamentário e logístico etc.); medir o efeito e o impacto. Condições para o êxito: • Vigiar o efeito que se pode ter, sem esquecer uma coordenação e cooperação entre a área de Comunicação Interna e os responsáveis pela campanha. Novas funções estratégicas Formar Objetivo: • Favorecer o aperfeiçoamento e as capacidades de comunicação dos membros responsáveis pela comunicação interna. Métodos e medidas: • Pensar em um número determinado de responsáveis para cada ação de formação (objetivos, tipos de público, projetos pedagógicos, planos etc.); é imprescindível que os membros conheçam as técnicas, estratégias e políticas de comunicação, além de contribuir para uma boa formação; é necessária uma mudança efetiva de práticas profissionais coletivas. Condições para o êxito: • A definição de objetivos de formação deve vir sempre acompanhada de uma concretização profunda de todos os interesses dos trabalhadores (recursos humanos, salários, gestão empresarial etc.); permanecer particularmente atento à relação entre os objetivos perseguidos e os meios de comunicação usados para alcançá-los. 25 Comunicação Interna e Criação do Conhecimento conflitos criativos fricção deliberada, espaço para novas idéias colisões interações F2F: cafés da XEROX e UPS comunidades de prática gente motivada, entusiasta e “bons” problemas constelações redes sociais informais {grupos de usuários} combinações todas as anteriores mais IMPROVISAÇÃO e LIBERDADE de COMUNICAÇÃO. Fonte: Silvio Lemos Meira O Endomarketing surge como elo de ligação entre o Marketing e os Recursos Humanos, com função de promover maior integração entre funcionário e empresa relações de trabalho: troca, poder, persuasão promover a convergência entre os objetivos humanos e os objetivos organizacionais, na busca da eficiência endomarketing, mais que instrumento ou mecanismo, é atividade que incorpora elementos como políticas e culturas organizacionais 26 Definições de Endomarketing Projetos e ações p/ consolidar a base cultural do comprometimento dos seus funcionários com o desenvolvimento adequado das suas tecnologias: manutenção de clima ideal de valorização e reconhecimento das pessoas maior produtividade e qualidade canais adequados de comunicação - menos conflitos estímulo à participação Consiste em ações de marketing voltadas para o público interno da empresa, com o fim de promover entre seus funcionários e departamentos valores destinados a servir o cliente (Saul Bekin) empregados são o primeiro mercado para a organização (Grönroos) é o conjunto de atividades humanas dirigidas a satisfazer as necessidades e desejos dos clientes internos (empregados) e os interesses organizacionais, em um processo de troca, em que deve ocorrer simbiose equilibrada e consciente para ambas as partes, com resultado sinérgico (Ribeiro, 1993:73) Definições de endomarketing Marketing interno, in marketing, endomarketing é estar constantemente atraindo, desenvolvendo, motivando e retendo empregados qualificados através de trabalhos que satisfaçam suas expectativas. É, ainda, a filosofia de tratar empregados como clientes preferenciais. 27 Como a empresa vê a comunicação interna Veículos 28 Gerentes como público Participação dos funcionários 29 Inclusão digital Investimentos 30 Satisfação/Insatisfação Finalidades Integração de funcionários - 76% Mudanças Operacionais - 57% Inovações de RH - 61% Inovação de produtos / serviços – 51% Mudanças ligadas à reestruturação produtiva - 53% Responsabilidade Social - 60% Responsabilidade Social Ambiental - 51 % Responsabilidade Histórica - 16% Mudança cultural - 48% Diversidade - 47% 31 Responsabilidade Principais veículos 32 Modelos de gestão Equipes 33 Perfil profissional Periodicidade do fluxo de informações 34 Avaliação da Comunicação Não - 67% Sim – 33% Pesquisa - 27% Nenhum - 26% Reuniões - 11% E-mails - 11% Intranet - 7% Outros - 5% Reuniões + Pesquisa - 11% Maiores problemas 63% - Resistência e falta de apoio, reconhecimento ou engajamento da alta direção e presidência 19% - Verba insuficiente 11% - Resistência dos funcionários/colaboradores 5% - Falta de profissionais qualificados 35 Publicações As publicações são as fontes de informação mais usadas por empregados Empregados preferem receber informação pessoal do chefe imediato Publicações institucionais serviriam como apoio Intranet: a via eletrônica Premissas Intranet é ambiente de trabalho Intranet é veículo de acesso a informações Intranet é meio de comunicação Intranet agrega valor e gera negócios Filosofia Radicalizar é integrar Uma organização web é uma organização que pensa web e pratica web 36 Intranet: Cenários Estudo com 700 empresas nos EUA – Report from the trenches-firms weigh in on intranet deployment trends, in Intranet Design Magazine (21/05/2000), by John Desborough . Problemas detectados: • A gestão tecnológica geralmente está dissociada da gestão de negócios • Os gestores de negócios desconhecem o potencial das novas tecnologias • A gestão da comunicação continua dissociada das demais Intranet: Cenários Estudo com 700 empresas nos EUA – Report from the trenches-firms weigh in on intranet deployment trends, in Intranet Design Magazine (21/05/2000), by John Desborough . 24, 7 % satisfeitos 75,3 % insatisfeitos 37 Intranet: Cenários Estudo com 700 empresas nos EUA Principais razões da frustração: • ver a intranet apenas como um canal para enviar conteúdos para os funcionários • usar a intranet apenas como recurso para reduzir despesas e custos de impressão Intranet: Cenários Estudo com 700 empresas nos EUA Principais razões do sucesso: • ver a intranet como profit center (centro de lucros) • incorporar interatividade (grupos de discussão, chats, correio e suporte aos fluxos de trabalho) • integrar com a gestão de negócios • ver como instrumento da gestão de conhecimento • criar um ambiente de trabalho web 38 Intranet: Tendências » What´s happening inside? - 10 major intranet trends and what we can learn from them, in Intranet/Extranet Research Center (www.cio.com), by Tim Horgan Os clientes tornam-se o foco do sistema A informação move-se para onde é necessária A web converte-se em um utilitário As intranets integram-se a todos os processos do negócio As intranets incrementam a colaboração Aplicações mais interessantes surgem no mercado Métodos e estratégias mais sofisticadas estão sendo desenvolvidas Menos é mais Mais empresas caminham para a gestão do conhecimento As intranets estão levando a novas oportunidades de negócios Comunicação interna: limites da visão operacional Os campos da retórica e da persuasão O império da informação (um empregado informado é um empregado motivado e produtivo) Eficácia organizacional (97 % dos empresários esperam obter resultados com a comunicação) 39 Boas experiências além das mídias CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão Prevenção de acidentes fora da empresa Brasmotor – rede de comunicação face-a-face Petrobrás - Você Faz Parte Deste Sonho Votorantim - Projeto Integrado de Comunicação Interna do Grupo Votorantim CVRD – Postura e atitude ambiental TRE-MG - Diagnóstico da Comunicação Interna Ford - alcance e filosofia “the web is the way” Comunicação e Mudança Visões da mudança Compreender as forças que movem a organização e o trabalho Respeitar os espaços organizacionais Conhecer e entender as resistências Para onde vamos? A inadequação dos instrumentos tradicionais Conversa e aprendizado Criatividade e Inovação Evitando a lacuna entre discurso e ação Evitando a comunicação impessoal Viabilizando a comunicação simétrica Valorizando o pessoal da linha de frente 40 Alternativas Valores Grupos informais Líderes de Turma Visão compartilhada Cultura ancorada nas experiências vividas Participação sem obrigação Compromisso Rede de interações Comunicação e coesão Que tipo de entidade é uma empresa ou uma organização? Que tipo de sistema? • Uma organização é uma rede dinâmica de conversações em conversações com seu ambiente • É um sistema conversacional • Sua gestação, limites e estrutura são conversacionais A maneira como uma organização conversa condiciona: • As possibilidades de desempenho • O nível de efetividade que alcança • Sua viabilidade, seu êxito ou seu fracasso 41 Redes Sociais Conjunto de laços diádicos de mesmo tipo entre atores sociais Atores podem ser pessoas ou organizações Não se trata somente de elementos de um sistema, mas da forma como se colocam todos juntos Capital Social (Bourdieu) Redes e laços agregam valor aos indivíduos Quanto mais conexões, mais valor Processo de trocas simbólicas É nas redes que a cultura de uma empresa se cria, se perpetua ou é mudada (Stephenson) Uma sociedade, uma organização não é uma coleção de pessoas (isso é uma multidão). é um conjunto de estruturas de RELAÇÕES HUMANAS. sua TEORIA é uma teoria de relacionamentos é preciso criar REDES, dentro e fora da organização, para ouvir mais, saber mais, entender mais, estender mais… http://www.darkage.fsnet.co.uk/HistorySociety.htm 42 Comunicação e coesão a. pouca comunicação, muitos grupos pequenos, locais, cada um MUITO coeso! b. muita comunicação, poucos grupos grandes, menos coesos, mas cobrindo muito mais gente (e mais organização) http://website.lineone.net/~marc.widdowson/Part2/Chapter15.html Mercados, Organizações e Sociedades são Redes Auto-Organizadas e Emergentes de Comunicação O centro da rede O centro da rede O centro da rede 43 Análise de Redes Sociais Academia (Antropologia) Sociometria de Moreno(1934) • (Western Electric de 1927 a 1932) Escola de Manchester-Anos 50 (Inglaterra) Teoria Matemática dos Grafos (1963) Sociologia Americana (1976) Campo interdisciplinar Autopoiese Usos da ARS Metafórico Etnográfico Intervenção Formal Teoria Social Análise de Redes Sociais Perspectivas Egocêntrica Sociocêntrica Tipologia de Redes Redes de trabalho • Rotina da organização Redes de Inovação • Criação, experimentação Redes do Conhecimento • Capital Intelectual Redes do Aprendizado • Opção por novas formas de trabalhar Redes pessoais • Confiança Redes de Carreira • Orientação Profissional 44 Conexões e ferramentas Conexões: INSNA (International Network for Social Network Analysis) – http://www.sfu.ca/~insna/ Revista Redes (espanhol) – www.redes-sociales.net Programas UCINET6/NetDraw Pajek Gradap Listas Web Redes Criando uma Rede Social Direcionamentos de Comunicação Repassa feedback das ações de comunicação e propõe atualização dos Direcionamentos de Comunicação Desenvolve estratégia e direciona ações de comunicação interna aos “nós” da rede. Gestores e agentes de comunicação atuam como ouvintes e avaliadores da recepção das mensagens e dos resultados. Gestores e agentes de comunicação disseminam conteúdos e discursos junto a grupos prédefinidos. 45 Desafios da gestão da Comunicação Interna Equilíbrio nos campos da Informação e da Persuasão Superar a improbabilidade da comunicação (barreiras do acesso, do entendimento e da ação) Participação nas redes sociais Mudança de foco: da influência para os relacionamentos, da transferência de informação para a mediação de tensões em espaços de diálogo Exercício A partir do conteúdo discutido em sala de aula e das indicações bibliográficas: 1. diagnosticar a comunicação interna em seu local de trabalho (identificando os pontos fortes e fracos, riscos e oportunidades) 2. propor uma estratégia de melhoria da comunicação interna (justificando as ações escolhidas como prioritárias) Os critérios para avaliação serão os seguintes: aderência aos conceitos apresentados, consistência da análise, pertinência e viabilidade das propostas, coerência interna. 46