Cristão iraniano Mostafa Bordbah é solto da prisão

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Cristão iraniano Mostafa Bordbah é solto da prisão
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Cristão iraniano Mostafa
Bordbah é solto da prisão
06 nov 2013
IRÃ
O jovem de 27 anos havia sido condenado a dez anos de
reclusão, mas conseguiu sua libertação após três meses de
cumprimento da sentença
Mostafa Bordbah foi solto no último domingo (03). Ele estava na prisão Evin, em Teerã, acusado
de participar de uma "organização antissegurança" e "reunir-se com a intenção de cometer
crimes contra a segurança nacional iraniana".
Bordbar foi preso em dezembro do ano passado, durante as celebrações de Natal, e condenado
em julho. Ele foi detido por um total de onze meses. Em 30 de outubro, na audiência de
apelação do caso, ele foi inocentado de todas as acusações.
O Irã está sob crescente pressão da comunidade internacional por conta de seu histórico em
relação aos direitos humanos, incluindo o número de presos políticos e outros prisioneiros de
consciência.
Em setembro, duas cristãs foram libertadas, uma decisão bem vista internacionalmente. Mitra
Rahmati e Maryam Jalili estavam se aproximando do final de suas sentenças, quando foram
liberadas, pouco depois do primeiro discurso do novo presidente Hassan Rouhani à Assembleia
Geral da ONU em Nova York.
No dia 18 de setembro, a embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, celebrou em sua
conta do Twitter a libertação de prisioneiros iranianos. "Mas isso está longe de ser suficiente",
escreveu ela. "Todos os que estão desaparecidos ou detidos injustamente, incluindo Amir
Hekmati, Saeed Abedini e Bob Levinson, devem ser libertos também."
Hekmati está aguardando novo julgamento no Irã sob acusação de espionagem. Levinson foi
sequestrado no Irã, em 2007, e acredita-se que permanece sob custódia do governo. Enquanto
isso, Abedini, um cidadão americano, nascido no Irã, e pastor, cumpre oito anos de prisão por
seu trabalho missionário. Abedini chegou a escrever a Rouhani pedindo justiça e liberdade.
Pelo menos 300 cristãos foram presos nos últimos três anos no Irã. As acusações mais comuns
são ações contra a segurança pública e propaganda contra o regime. Muitos desses cristãos
foram presos por participar de "igrejas domésticas".
"Ao lançar essas acusações contra os cristãos, tanto o governo como o judiciário cometem um
erro de Direito porque as reuniões cristãs servem apenas para que eles adorarem a Deus
juntos, leiam e estudem a Bíblia; nada tem a ver com o regime. Eles não têm o objetivo de
realizar qualquer atividade de cunho político. Portanto, estes julgamentos são equivocados",
afirmou o advogado de direitos humanos Attieh Fard ao Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas.
Fard pediu ao presidente Rouhani para que ele honre as promessas feitas na ONU, em Nova
York, libertando os 42 cristãos presos e os outros 45 que aguardam julgamento. A vitória de
Bordbar no tribunal aconteceu uma semana após outros quatro cristãos iranianos serem
condenados por acusações semelhantes.
Fonte World Watch Monitor
Tradução Ana Luíza Vastag
http://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/11/2800834/