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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ JACQUES STELZER CARDOSO JOSÉ RENATO MAGALHÃES DA COSTA ROBERTO SAMPAIO MONTEIRO APLICAÇÃO DO RASTREADOR ULLER NO MONITORAMENTO PRIVADO DE VEÍCULOS Rio de Janeiro 2014 JACQUES STELZER CARDOSO JOSÉ RENATO MAGALHÃES DA COSTA ROBERTO SAMPAIO MONTEIRO APLICAÇÃO DO RASTREADOR ULLER NO MONITORAMENTO PRIVADO DE VEÍCULOS Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Elétrica. Orientador: Prof. André Sarmento Barbosa. Rio de Janeiro 2014 C837A Costa, José Renato Magalhães da Aplicação do Rastreador Uller no Monitoramento Privado de Veículos / Jacques Stelzer Cardoso; José Renato Magalhães da Costa; Roberto Sampaio Monteiro – Rio de Janeiro, 2014. 130f.; il. Monografia (Curso Graduação em Engenharia Elétrica) – Universidade Estácio de Sá, 2014. 1. Engenharia Elétrica. 2. Rastreamento. 3. Sistemas embarcados. I. Cardoso, Jacques Stelzer. II. Monteiro, Roberto Sampaio. III. Título. CDD 621.3 JACQUES STELZER CARDOSO JOSÉ RENATO MAGALHÃES DA COSTA ROBERTO SAMPAIO MONTEIRO APLICAÇÃO DO RASTREADOR ULLER NO MONITORAMENTO PRIVADO DE VEÍCULOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica. Aprovados em 01-07-2014 BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________ Prof. D.Sc André Sarmento Barbosa Universidade Estácio de Sá ___________________________________________________________ Prof. M.Sc Gilberto Rufino de Santana Universidade Estácio de Sá ___________________________________________________________ Prof. M.Sc Odair da Silva Xavier Universidade Estácio de Sá Às Nossas famílias, em especial nossos pais, esposas e filhos pela paciência, carinho e dedicação que nos devotaram ao longo deste período de estudos e ausência do lar. AGRADECIMENTOS A DEUS, o Grande Arquiteto do Universo, pela oportunidade de evolução moral e espiritual neste mundo de provas e expiação. Ao professor André Sarmento por ter nos dado suporte e orientações para que tivéssemos êxito neste projeto. Ao professor Gilberto Rufino que com seus conhecimentos contribuiu com a estruturação do trabalho. Ao Professor José Jorge de Araújo, exemplo de profissional de ensino, pelo carinho e atenção com que sempre nos recebeu e conseguiu resolver nossas pendências acadêmicas. A Dr.ª Danielle Mascarenhas da Silva por ter nos ajudado com as correções textuais que se fizeram necessárias, abrilhantando ainda mais o texto deste Trabalho de Conclusão de Curso. Aos nossos colegas de turma pela paciência e amizade que nos dedicaram pelos anos que juntos estivemos na UNESA. ∴ “Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente; É o que melhor se adapta às mudanças.” CHARLES DARWIN1 Fonte: Teoria da Evolução das Espécies “As coisas, por si sós, não são interessantes, mas tornam-se interessantes apenas se nos interessamos por elas” CECCATO2 (1914) Fonte: Ingegneria della Felicita 1 2 Disponível em: <http://kdfrases.com/frase/97487>. Acesso em: 27/05/2014. Disponível em: <http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/s-ceccato> .Acesso em: 27/05/2014. RESUMO Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo projetar um rastreador veicular pessoal de baixo custo cujo monitoramento seja feito pelo próprio usuário de forma intuitiva, não havendo intermediários que venham gerir este processo. Para que se consiga esse intento, estuda-se- os conceitos mais relevantes de sistemas embarcados, como ele atua nos dispositivos considerados IoT, através de sistemas M2M, GPS e GPRS. Devido a utilização do módulo SIM908, há de se ter aprendizado sobre suas características, seus comandos e utilização prática do mesmo. O desenvolvimento do trabalho passa por fase de prototipação do produto projetado com ajuda da Plataforma Arduino, e também, na busca de software de geoprocessamento já existente, preferencialmente open-source, para que seja adaptado às necessidades do produto. Para abrigar todo esse conjunto de aplicações, escolhese um servidor web capaz de atender as necessidades de cada componente deste sistema. Por fim, analisa-se todo o escopo desta obra para se saber se as premissas iniciais foram cumpridas e, por conseguinte, realiza-se um brainstorm que levem a novos desafios futuros para a melhoria do produto desenvolvido. Palavras-chave: Engenharia Elétrica. Rastreamento Veicular. Arduino. ABSTRACT This Final Paper aims to design a personal vehicle tracker Low cost monitoring which is done by the user intuitively own, with no intermediaries will manage this process. Order to achieve this aim, we study them more relevant concepts embedded system, how it operates in IoT devices considered through M2M, GPS and GPRS systems. Due to the use of SIM908 module, there have to learn about their characteristics, commands and practical use. The development work involves prototyping phase of product designed to help with the Arduino platform, and also in the search of existing geoprocessing, preferably open source, that is adapted to the needs of software product. To house this whole set of applications, you choose a web server capable of meeting the needs of each component of this system. Finally, we analyze the full scope of this work to know if the initial assumptions were met and therefore there will be a brainstorm that lead to new challenges for the future improvement of the product developed. Keywords: Electrical Engineering. Vehicular Tracking. Arduino. LISTA DE ILUSTRAÇÕES 1. FIGURAS 1 – Componentes de uma Solução M2M 16 2 – As órbitas dos Satélites GPS 19 3 – O Canal do GSM (sistema misto TDMA e FDMA). 22 4 – Estrutura básica de uma rede GSM. 22 5 – Vantagens da Utilização da Rede GRPS 23 6 – Os Sistemas GSM e GPRS 24 7 – Mostra de um Sistema Embarcados englobando a CPU, bem como muitos outros recursos 26 8 – Princípios Básicos dos Sistemas Embarcados 27 9 – Exemplo de uma Plataforma Arduino e seus Componentes 30 10 – Exemplo de um Código Escrito na Linguagem Arduino 30 11 – Arquitetura básica de um microcontrolador 31 12 – Diagrama típico de um microcontrolador AVR 32 13 – Diagrama de Bloco do ATmega328P 34 14 – Vista de cima do Módulo SIM908 35 15 – Diagrama do Módulo SIM908 35 16 – Página Inicial “Home” – Basic Map 39 17 – Trail Map – Mapa de Trajeto 41 18 – Heatmap – Mapa de Calor 41 19 – Mapas de Trajeto em Sete e Trinta Dias, Respectivamente 42 20 – Aba Google Earth 43 21 – A Montagem do Protótipo 44 22 – GPS em Funcionamento 45 23 – GPS e GSM/GPRS em funcionamento 46 24 – Protótipo Acondicionado em Caixa de Papelão 47 25 – Componentes do Protótipo 48 26 – Parâmetros Elétricos do Protótipo 48 27 – Fases da Montagem do Produto Final 49 28 – Produto Final do Rastreador Uller 49 29 – Página Inicial do Rastreador Uller 51 30 – Página “Quem Somos” do Rastreador Uller 52 31 – Página “Imagens” do Rastreador Uller 52 32 – Página “Notícias” do Rastreador Uller 53 33 – Página “Contato” do Rastreador Uller 54 34 – Página “Login” do Rastreador Uller 54 35 – Aba “Inícial” da plataforma GG-Tracke Modificada 56 36 – Fluxograma de Interação do Código-Fonte com o Ratreador Uller 59 37 – Percursos Feitos para Teste 60 38 – Trajeto com Ampliação de Detalhes 61 2. TABELA 1 – Custo de Produção do Rastreador Uller 62 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 12 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 15 2.1. O Sistema Máquina-para-Máquina (M2M) 2.1.1. O Conceito de M2M 2.2. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) 15 15 17 2.2.1. A História e o Funcionamento do GPS 17 2.2.2. O Protocolo NMEA 19 2.2.3. Os Erros Passíveis de Ocorrer ao GPS 20 2.3. O Serviço de Rádio de Pacote Geral (GPRS) 21 2.3.1. O Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM) 21 2.3.2. O Conceito e o Funcionamento do GPRS 23 2.4. A Plataforma de Prototipagem Arduino 24 2.4.1. Breve Abordagem sobre Sistemas Embarcados 24 2.4.2. A História da Plataforma de Prototipagem Arduino 28 2.4.3. Os Conceitos Básicos sobre a Plataforma de Prototipagem Arduino 29 2.5. O Microcontrolador 31 2.5.1. Breve Abordagem sobre Microcontroladores AVR 31 2.5.2. O Microcontrolador Atmel ATmega328P 33 2.6. O Módulo GSM GPRS+GPS 2.6.1. O Módulo SimCom SIM908 3. A PLATAFORMA WEB OPEN-SOURCE GG-TRACKER 34 34 37 3.1. O que é e Como Funciona a Plataforma GG-Tracker 37 3.2. A Apresentação Gráfica das Funcionalidades da Plataforma GG-Tracker 38 4. O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 44 4.1. A Prototipagem do Rastreador Uller 44 4.2. A Escolha do Servidor Web e a Confecção do Site do Rastreador Uller 50 4.3. Adaptação do Software Gerenciador do Geoprocessamento do Rastreador Uller 55 5. O RASTREADOR ULLER EM AÇÃO E A ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 57 5.1. A Análise de Comportamento do Hardware 57 5.2. A Análise da Performance do Software 60 5.3. A Análise de Custo do Projeto 61 6. CONCLUSÃO 64 BIBLIOGRAFIA: 67 BIBLIOGRAFIA FÍSICA 67 BIBLIGRAFIA ELETRÔNICA 70 ANEXOS 75 ANEXO A: ESQUEMÁTICO DO RASTRADOR ULLER 76 ANEXO B: ESQUEMÁTICO DO MÓDULO SIMCOM SIM908 79 ANEXO C: HOMOLOGAÇÃO DO MÓDULO SIM908 PELA ANATEL 81 ANEXO D: CÓDIGO-FONTE DO RASTREADOR ULLER 89 ANEXO E: LEIS PERTINENTES A RASTREAMENTO VEICULAR NO BRASIL 97 ANEXO F: DATASHEETS DE COMPONETES UTILIZADOS NO PROJETO 112 12 1. INTRODUÇÃO O mundo está passando por uma nova fase, uma nova revolução industrial está se desenvolvendo, segundo muitos especialistas e estudiosos no assunto. Uma leva de novas tecnologias e ideias estão criando um novo ambiente dirigido por microcontroladores. Em consequência disto, esta revolução ameaça tornar obsoletos modelos de negócios existentes há muito tempo, que vem resistindo a vários outros episódios de transformações desde o advento da tecnologia no dia-a-dia do ser humano. Em vista disto, a Internet das Coisas1 (IoT) chega para se incorporar à convivência amigável com a sociedade. A prova é que grandes corporações, tais como Cisco e a ARM, estão prevendo que, até 2025, 50 bilhões de dispositivos IoT estarão em funcionamento no planeta Terra. Deste, 20% são produtos de consumo como wearables (tecnologia para vestir), smartphones, tablets, entre outros2. Quanto aos outros 80%, serão dispositivos IoT a partir de sistemas embarcados em um vasto mercado que ficarão transparentes ao olhar do usuário. E, ainda, alguns analistas de mercado preveem que a Internet das Coisas será um mercado de US$ 20 bilhões até 2017, se alinhando com o que se vê com as tendências mercadológicas de hoje. Diante deste cenário, observa-se que a capacidade destas tecnologias, que estão sendo desenvolvidas, estão transformando totalmente a sociedade atual a ponto desta revolução ser a do self consumer, isto é, cada usuário prover seu próprio consumo, desenvolver formas de tecnologia que garantam que o serviço que se quer é o que será entregue, desenvolver produtos que facilitem sua vida, como as impressoras 3D que já vêm dando mostra, pois à medida que elas se tornem mais precisas, já se pensa na possibilidade de que as empresas não precisem mais entregar fisicamente certos produtos. Porém, enviem arquivos para serem impressos em casa. Enfim, é o ser humano retomando parte do controle de sua vida que se mostrava “terceirizada”, fazendo com que as novas tecnologias rompam com a velha maneira de fazer as coisas. Uma das áreas de aplicação da IoT é a segurança pessoal. Muitas aplicações e produtos que contem sensores e atuadores estão sendo desenvolvidos com esta finalidade. No 1 A Internet das Coisas (IoT) é um conceito de computação que descreve um futuro em que os objetos físicos cotidianos estarão conectados à Internet e serão capazes de se identificar com outros dispositivos – Disponível em: <http://www.techopedia.com/definition/28247/internet-of-things-iot>. Acessado em: 25/05/2014. 2 Dados retirados da entrevista de Christian Légaré à Revista Embedded Developer (Junho/2014) . Disponível em: <http://issuu.com/eeweb/docs/06_2014_embedded_developer_pages/5?e=7607911/8193154>. Acesso em: 17/06/2014. 13 que tange ao monitoramento veicular, há na verdade venda de serviço de localização, porém não há, por exemplo, em uma loja de acessórios automotivos, venda de um localizador que a responsabilidade pela localização fique a cargo do próprio consumidor. Quando há algo nesse sentido, a localização se dá por uma empresa terceirizada. Uma pesquisa de mercado feita para este trabalho mostrou várias empresas detentoras desses serviços, sendo que muitas de forma clandestina, isto é, empresas informais em que seu “proprietário” adquire módulos de rastreadores veiculares fora do Brasil e com software ilegal gerencia tais módulos. Ressalta-se que a privacidade de seu usuário fica comprometida seja devido a este “empresário” possuir acesso às informações de deslocamento com data e hora de seus clientes, bem como vazamento de dados que possam sofrer por algum tipo de ataque malicioso ao seu servidor/banco de dados. Hoje, encontra-se no mercado com preços iniciais de mensalidade de manutenção de serviço de monitoramento/localização em torno de R$ 49,00, fora custo com adesão, instalação de acessórios e/ou serviços adicionais entre outras ofertas. Partindo destes conceitos, este Trabalho de Conclusão de Curso tem por finalidade criar um produto IoT voltado para a segurança pessoal e/ou familiar: um rastreador veicular concebido para o próprio usuário se localizar ou a seus familiares, sem que haja intromissão de qualquer outro agente intermediário que possa ter acesso as informações produzidas por esse rastreador. Ressalta-se que os estudos tenderão para um produto de baixo custo, mais em conta que o mais barato smartphone encontrado no mercado. Para que as ideias se entrelacem através deste estudo, elaborou-se quatro capítulos cujos conteúdos se formaram através de pesquisas bibliográficas e eletrônicas, assim dispostos: 1. Fundamentação Teórica; 2. A Plataforma Web Open-Source GG-Tracker; 3. O Desenvolvimento do Trabalho; e, 4. O Rastreador Uller em Ação e A Análise dos Resultados Obtidos. O primeiro capítulo apresenta a fundamentação teórica no qual este trabalho se baseia, como o Sistema M2M, onde se faz uma citação da Internet das Coisas (IoT). Versará também sobre o Sistema de Posicionamento Global (GPS) e Global para Comunicações Móveis (GSM), incluso neste último o serviço GPRS. Ainda, será abordada a Plataforma de Prototipagem Arduino, o microcontrolador Atmel ATmega-328P e o módulo GSM GPRS+GPS SIM908, todos importantes na confecção do produto desenvolvido por esta obra. O segundo capítulo diz respeito à Plataforma Web Open-Source GG-Tracker, seu conceito, funcionamento e apresentação gráfica. Este aplicativo se traduz na interface do 14 rastreador com o mundo, demonstrando, na prática, seus dados coletados, transformando-os em informação. O terceiro capítulo traz o desenvolvimento em si do trabalho. Verificar-se-á a prototipagem do rastreador na Plataforma Arduino, a escolha do servidor Web para abrigar tanto a Plataforma GG-Tracker como o site desenvolvido para apresentar o produto. Conta, também, com uma breve explanação da adequação da Plataforma GG-Tracker para as necessidades do rastreador projetado, bem como sua tradução da Língua Inglesa para Língua Portuguesa. Por fim, o quarto capítulo evidencia as análises de comportamento do hardware desenvolvido, da performance do software e uma sucinta avaliação do custo envolvido para a consecução do projeto. Em suma, a finalidade deste trabalho, como descrito anteriormente, é produzir um rastreador veicular de forma que o próprio consumidor do produto possa executar seu próprio monitoramento ou de seus familiares, ou até mesmo de veículos de seu estabelecimento comercial/serviço, sem intermediação, isto é, sem ser cobrado por este serviço, apenas pela aquisição do produto. Este produto, desenvolvido, para ser viável terá que ter um custo menor que o de um “telefone inteligente” existente, hoje, no mercado. 15 2. 2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Sistema Máquina-para-Máquina (M2M) 2.1.1. O Conceito de M2M O acrônimo M2M significa Machine-to-Machine e a definição, segundo Krisnamurthy (2003), é uma categoria da tecnologia da informação que combina comunicação, informática e outras tecnologias para permitir interação entre o ser humano remoto e máquina, de forma remota, com sistemas biológicos físicos, químicos e outros processos. Já Barradas traduz M2M conforme se segue: Machine-to-Machine (M2M) é definida como a transferência e utilização de dados provenientes de múltiplas máquinas remotas, distribuídas numa determinada área geográfica, para o seu monitoramento, medição e controle. M2M usam dispositivos (por exemplo, um sensor) para capturar um determinado evento (por exemplo, temperatura ou estoque de um artigo), que é enviado através de uma rede para uma aplicação. Essa aplicação irá transformar o evento capturado em informação útil. (BARRADAS, 2012). Os equipamentos M2M são, de acordo com Roncolato (2014)3, a base da chamada Internet das Coisas (IoT). Esse conceito se refere à presença de conexão em carros, portas de casa, eletrodomésticos, entre outros, que podem então se comunicar, por exemplo, com aparelhos celulares e/ou tablets. Ressalta-se que para os usuários do M2M o que mais importa, além da funcionalidade do serviço, é a facilidade de seu uso. Como exemplo de aplicações M2M, tem-se: Sensores de temperatura, pressão, umidade, iluminação, presença, gases e outros relacionados com diagnósticos médicos; Atuadores, motores, superfícies inteligentes, micro-robôs, micro-eletro- mecânicos sistemas; 3 Serviços de localização de pessoas, animais, veículos, produtos e propriedade; Monitoramento remoto da saúde, da propriedade e da eficiência do empregado; Governo aprova desoneração de chips M2M – Murilo Roncolato – Disponível <http://blogs.estadao.com.br/link/governo-aprova-desoneracao-de-chips-m2m/>. Acesso em: 25/05/2014. em: 16 Controle e/ou gestão de máquinas simples (como eletrônicos e máquinas de venda automática – Ex. máquina de refrigerante em lata), micro-robótica e sistemas complexos, tais como automação industrial, de controle industrial ou sistemas espaciais); e, Identidade, gestão de direito autoral de mídia, incluindo gerenciamento de identidade, Digital Rights Management (DRM), autenticação, transferência de fundos, local de serviço, conceitos de economia e gestão digital de direitos do consumidor. Uma solução de M2M, normalmente possui três etapas1 no que tange a captura de dados (fig. 1): 1. Aquisição de Dados: integração física e lógica com as máquinas para coleta de informações; 2. Transmissão de Dados: gestão das redes de comunicação e do processamento das transações para transporte das informações coletadas; e, 3. Ação: disponibilização visual da informação e adição de inteligência de análise de dados ao processo. Figura 1 – Componentes de uma Solução M2M Fonte: Teleco4 4 M2M I: O que e por que? – Disponível em: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialm2mI/pagina_2.asp>. Acesso em: 25/05/2014. 17 As tecnologias do M2M que fazem com que as máquinas se conectem umas as outras serão abordadas nos itens a seguir. 2.2. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) 2.2.1. A História e o Funcionamento do GPS Entende-se por navegação, segundo Kaplan e Hegarty (2006, p. 1), “... a ciência de se obter o deslocamento de uma embarcação ou pessoa de um lugar para outro”. Então, o sistema de posicionamento global (GPS) se utiliza dessa concepção para efetivar o seu serviço. Drago e Disperati (1996, p.1) conceituam tal sistema da seguinte forma: O GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global) é um sistema de posicionamento espacial baseado em rádio navegação [...] tem como princípio a medida da distância entre a antena do satélite e a do receptor e isso independe, dentro de certos limites, das condições meteorológicas. (DRAGO; DISPERATI, 1996, p. 1). Portanto, o GPS torna disponível a posição e tempo de um veículo, embarcação, pessoa, animal dentre tantos outros que possam a vir utilizá-lo. Ele consegue localizar algo em qualquer lugar do mundo e em qualquer condição do clima, desde que haja visada direta para, pelo menos, quatro satélites que façam parte do sistema. Sabe-se que o governo dos Estados Unidos é que o mantem funcionando operacionalmente e o seu Ministério da Defesa o administra. Todavia, qualquer um pode se utilizar desse serviço, seja para uso militar, civil ou comercial, desde que tenha um receptor integrado ao sistema GPS. Como muitas das invenções, o GPS foi inicialmente criado com fins militares nos idos dos Anos 70. Drago e Disperati (1996, p.1) relatam que os Estados Unidos iniciaram sua elaboração no ano de 1973. Entretanto, uma das ideias desse sistema data de 1956, quando Friedwardt Winterberg, físico teórico teuto-americano, estudando a desaceleração do tempo em um forte campo gravitacional, apresentou um ensaio sobre relatividade geral no qual inseriria um relógio atômico dentro de satélites artificiais. Outros dois físicos americanos, George Weiffenbach e William Guier, monitoraram em 1957 as transmissões de rádio do satélite artificial Sputnik, lançado pela antiga União Soviética. Esses físicos observaram que, 18 devido ao efeito Doppler, tinham a possibilidade de sinalizar o posicionamento do Sputinik em determinado momento. A partir dos estudos supracitados, vislumbrou-se que com a capacidade de determinação da posição tridimensional instantânea fornecida pelo GPS é possível, devido ao conceito do uso de relógios atômicos sincronizados nos satélites GPS Navstar5, combinados com medidas simultâneas de quatro ou mais satélites. Devido a inerente sintonização fornecida pelos relógios atômicos, quatro ou mais medições Doppler simultâneas proporcionam uma medição quase que instantânea da velocidade em todos os três componentes. Além da posição, velocidade e capacidade de transferência de tempo passiva de GPS também é possível determinar completamente a ação do navegador através da utilização de disposição de antenas, isto é, a aplicação direta do interferômetro do tipo de sistema de vigilância do espaço de medição. Pode-se afirmar que o GPS tem funções imprescindíveis à sociedade moderna, haja vista, como ressalta Rocha (2003, p.11), solucionar rapidamente problemas de navegação (onde estou, para onde vou e tempo de percurso), além de mensurar coordenadas, azimutes/rumos, distâncias e áreas, disponibilizando assim direção, posição, velocidade, área e distância, como verificado anteriormente. Quanto à configuração do sistema, é dita como sendo uma constelação de vinte e quatro satélites (fig.2) dispostos em seis planos de órbita. Cada órbita é composta de quatro satélites. Estes vinte e quatro satélites giram a 20.200 km de altura ao redor do planeta Terra, de forma que sempre haja, ao menos, quatro deles acima do plano horizontal de qualquer ponto do planeta para que capte o posicionamento de forma 3D. As condições dos satélites são monitoradas por uma rede global que enviam dados e os atualizam, caso seja necessário. Os satélites GPS transmitem sinais eletromagnéticos em duas bandas que são captados pelos receptores, e através destes sinais, os receptores GPS determinam suas posições. Estes sinais são obtidos a partir da frequência fundamental de 10,23 MHz que é multiplicada por 154 e 120 gerando duas portadoras, denominadas L1 (1.575,42MHz – primária) e L2 (1.227,60 MHz – secundária). 5 Navstar é uma rede de satélites dos Estados Unidos que fornecem serviços de sistema de posicionamento global (GPS). Eles são utilizados para a navegação nas esferas militar e civil. Disponível em <http://www.space.com/19794-navstar.html>. Acesso em: 11/05/2014. 19 Figura 2 – As órbitas dos Satélites GPS Fonte: NOAA6 2.2.2. O Protocolo NMEA O protocolo NMEA (National Marines Electronics Association) é um protocolo que define diversas especificações elétricas e para comunicação de dados em 4800 bauds de equipamentos de navegação, incluindo os Receptores GPS, sonares, pilotos automáticos, entre as quais está o formato das sentenças que devem ser enviadas pelo módulo para o sistema. O protocolo também pode ser usado em velocidade de 9600 bauds. Para receptores GPS o prefixo das sentenças é sempre GP, seguido de uma sequência de três letras que definem o seu conteúdo. Foi determinado pela NMEA, que é quem o controla também. Este protocolo se utiliza de várias normas, entre elas a 0183 que faz a comunicação dos satélites com os receptores GPS. O código do protocolo NMEA norma 0183 caracteriza-se por se iniciar com um “$” a cada sentença e terminar com uma sequência CR (alimentador de linha) e não pode ser mais do que 80 caracteres de texto visíveis (mais os terminadores de linha). Os dados estão contidos dentro dessa única linha e separados por vírgulas. Os dados, na verdade, são apenas 6 NOAA – Disponível em <http://celebrating200years.noaa.gov/transformations/gps/Figure_1.html>. Acesso em: 11/05/2014. 20 um texto em ASCII e podem se estender ao longo de várias sentenças em certos casos especiais, porém normalmente estão totalmente contidos em uma sentença de comprimento variável. Os dados podem variar na quantidade de precisão contida na mensagem. Por exemplo, o tempo pode ser indicado para partes decimais de um segundo ou o local pode ser mostrado com 3 ou até 4 dígitos depois do ponto decimal. Os programas que leem os dados só devem utilizar as vírgulas para determinar os limites do campo e não depender de posições de colunas. Existe uma posição para checksum no final de cada período, o que pode ou não ser verificada pela unidade que lê os dados. O campo checksum é composto por um “*” e dois dígitos hexadecimais representando pela operação OR exclusivo em 8-bit para todos os caracteres entre si, mas não inclui nem o “$” e nem o “*”. O checksum é necessário em algumas sentenças7. 2.2.3. Os Erros Passíveis de Ocorrer ao GPS Os receptores GPS são projetados para compensar e corrigir erros, entretanto há diversos motivos que podem contribuir para que o sistema tenha mau funcionamento. Citam-se os erros mais comuns que possam vir proporcionar erros de interpretação por parte do sistema: Ocasionados pelo meio de propagação – ocorre na ionosfera e na troposfera, que são duas regiões da atmosfera terrestre. Causam variações da velocidade de propagação de sinal; Devido à geometria dos satélites – como visto no item 1.1.1, um receptor só consegue se localizar se houver sincronia com, no mínimo, quatro satélites para que haja a sua precisa localização com baixa possibilidade de erro. Se caso as medidas de distância recebidas pelo receptor vir de uma única região e não de regiões diferentes, diz-se que sua triangulação é pobre; Multipercurso – o efeito Multipercurso influencia no cálculo da distância entre um receptor e o satélite. Diz-se que o sinal é transmitido diretamente do satélite para a antena do receptor, no entanto, próximo ao receptor GPS, pode haver edifícios, antenas e/ou outras entidades que venham a provocar reflexão dos 7 Extraído de GPS Information – NMEA Data. Disponível em: http://www.gpsinformation.org/dale/nmea.htm > Acesso em: 15/05/2014. 21 sinais, provocando distorção do sinal original. Sabe-se que os efeitos deste erro no cálculo da distância podem atingir cerca de 50 cm; e, Relógio dos Satélites – tais equipamentos possuem elevada regularidade, beirando a perfeição e por esse motivo podem apresentar diferenças entre os mesmo, originando erro no cálculo da distância do receptor GPS. Observa-se que um nano segundo de erro de tempo, resulta em um erro de 30 cm na medição da distância. 2.3. O Serviço de Rádio de Pacote Geral (GPRS) 2.3.1. O Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM) Para que se possa abordar o próximo item, há a necessidade de conceituar e conhecer o sistema ao qual o GRPS se integra. O GSM (Global System for Mobile Communications) é hoje o sistema que possui a maior gama de aparelhos ligados a ele, no que tange a tecnologia de comunicação móvel, apesar de ser inferior a tecnologia CDMA (Acesso Múltiplo por Divisão de Código). É um padrão adotado internacionalmente, híbrido das tecnologias TDMA (Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo) e FDMA (Múltiplo Acesso por Divisão de Frequência) que comuta seus usuários tanto em tempo quanto em frequência, como suas próprias definições esclarecem. Segundo Sverzut (2005, p. 59), o GSM é uma excelente tecnologia, com grande e rápida expansão. Prova disso é que o advento deste sistema fez com que se tornasse o primeiro padrão digital a ser comercializado, sendo disseminado mundo a fora, proporcionando aos dispositivos móveis uma maior mobilidade em serviços, tais como voz e dados, fornecendo boa qualidade a baixo custo. 22 Figura 3 – O Canal do GSM (sistema misto TDMA e FDMA). Fonte: WirelessBR8 Dados do ano de 2013 demonstram que oitenta por cento das operadoras de telefonia móvel utilizam este padrão, prestando serviços a mais de 2,5 bilhão de pessoas em mais de 212 países. No Brasil, o GSM foi posto em prática em 2002 e, hoje, opera nas faixas de 850, 900 e 1.800 e 1.900 MHz, com largura de banda de canal de 200 MHz. Figura 4 – Estrutura básica de uma rede GSM. Fonte: GSM9 8 WirelessBR – Disponível em: <http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/colaboradores/agilent_gsm/gsm_04.html>. Acesso em: 15/05/2014. 9 GSM – Disponível em: <http://paginas.fe.up.pt/~ee99207/Tecnologias/celulares/GSM.html>. Acesso em: 15/05/2014. 23 2.3.2. O Conceito e o Funcionamento do GPRS O GPRS (General Packet Radio Service) é um serviço de comunicação que possibilita uma conexão a Internet sem que haja uma chamada telefônica para se efetuar uma transferência de dados, abrangendo dessa maneira suporte a serviços de dados, dentre eles o protocolo TCP/IP. Este serviço foi idealizado para adicionar a funcionalidade de comutação de pacotes para o GSM. Complementando a afirmativa acima, Sanders, Thorens, Reisky, Rulik e Deylitz (GPRS Networks, 2003) descrevem o GPRS como sendo um serviço agregado ao GSM que possibilita enviar e receber pacotes de dados a altas velocidades, propiciando Internet móvel, controle remoto de dispositivos, jogos multiplayer, m-commerce, entre outros serviços. Figura 5 – Vantagens da Utilização da Rede GRPS Fonte: Sanders, Thorens, Reisky, Rulik e Deylitz (GPRS Networks, 2003, p. 18) Mishra (2007, p. 9) comenta a velocidade teórica do GRPS: A quantidade de dados que podem ser transferidos é dependente do número de usuários. Velocidade máxima teórica de até 171,2 kilobits por segundo (kbps) [...] utilizando todos os oito intervalos de tempo, ao mesmo tempo [...] No entanto, existem algumas limitações na rede GPRS, tais como a baixa velocidade (velocidade prática é muito menor do que as velocidades teóricas). (MISHRA, 2007, p. 9). 24 Na realidade, o que acontece é geralmente essa velocidade não é ofertada, haja vista se um timeslot está sendo ocupado, ele não poderá ser utilizado para outros fins. Na prática, as taxas de comunicação giram em torno de 40 kbit/s para downlink e 14 kbit/s para uplink. Figura 6 – Os Sistemas GSM e GPRS Fonte: MISHRA (2007, p. 9) Pode-se afirmar que a grande vantagem inerente ao GPRS é que o serviço torna a capacidade da rede maior, proporcionando que vários usuários se utilizem dos mesmos recursos, já que seu serviço está sempre ativo, aguardando que algum usuário requisite qualquer recurso que haja necessidade de se enviar e/ou receber dados. 2.4. A Plataforma de Prototipagem Arduino 2.4.1. Breve Abordagem sobre Sistemas Embarcados Olhando ao redor, encontram-se sistemas de computação por todos os lados. Todos os anos, milhões de sistemas de computação são construídos e destinados a computadores, sejam eles computadores pessoais, grande porte, servidores, mas, surpreendentemente, milhares de milhões de sistemas de computação são construídos a cada ano incorporado dentro de dispositivos eletrônicos que ainda passam despercebidos pelo usuário. Qualquer dispositivo que funcione com energia elétrica ou que já possua o sistema de computação, em breve poderá vir a ter um sistema de computação embutido nele. 25 Hoje, sistemas embarcados são encontrados em telefones celulares, câmeras digitais, filmadoras, videogames portáteis, calculadoras e assistentes pessoais digitais, fornos de micro-ondas, máquinas eletrônicas, sistemas de segurança residenciais, máquinas de lavar, sistemas de iluminação, aparelhos de fax, copiadoras, impressoras e scanners, caixas registadoras, sistemas de alarme, caixas automáticos, controle de transmissão, piloto automático, injeção de combustível, freios ABS, suspensão ativa e muitos outros dispositivos. Então, pode-se dizer que sistema embarcado é um sistema de computador especializado que é parte de um sistema maior ou máquina. Tipicamente, este sistema está situado numa única placa de microprocessador com os programas armazenados em sua memória ROM. Praticamente, todos os equipamentos que possuam uma interface digital utilizam sistemas embarcados. Alguns sistemas embarcados incluem um sistema operacional, contudo muitos são tão especializados que toda a lógica pode ser implementada como um programa único. Diferentemente de um computador pessoal que pode executar os mais diversos programas ao mesmo tempo e com funções diversas, Morimoto (2007) descreve que os sistemas embarcados são dispositivos "invisíveis", estando cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia, tanto que muitas das vezes sequer se nota a presença deles. O sistema embarcado é uma forma de trabalhar, organizar ou realizar uma ou várias tarefas de acordo com um conjunto fixo de regras, programa ou plano. Um sistema embarcado é um sistema que possui um software embutido no hardware, o que torna um sistema dedicado para um aplicativo(s) ou parte específica de uma aplicação ou produto ou parte de um sistema maior. Ele processa um conjunto fixo de instruções pré-programadas para controlar equipamentos eletromecânicos que podem ser parte de um sistema ainda maior, como dito anteriormente. 26 Figura 7 – Mostra de um Sistema Embarcados englobando a CPU, bem como muitos outros recursos. Fonte: Embedded System Design Issues10 Uma outra definição de uso geral de sistemas embarcados é que eles são dispositivos utilizados para controlar, monitorar ou auxiliar na operação de equipamentos, máquinas ou planta. “Embarcado” reflete o fato de que eles são parte integrante de um sistema. Em muitos casos, o seu “embarcamento” pode ser de tal modo que a sua presença está longe de ser evidente para o observador casual. Um sistema embarcado é um recurso de engenharia envolvendo computação que está sujeita a restrições físicas (restrições de reação e restrições decorrentes de execução) através de interações de processos computacionais com o mundo físico. As restrições de reação se originam das exigências comportamentais e das especificações de prazos, rendimento e jitter, enquanto que as restrições de execução se originam dos requisitos de implementação e de se colocar limites em velocidades disponíveis do processador, fonte, memória e taxas de falha de hardware. A chave para o projeto de sistemas embarcados é obter a funcionalidade desejada em ambos os tipos de restrições. As características mais comuns dos sistemas embarcados que se denotam são: Sistemas embarcados são aplicações específicas e com funções únicas. A aplicação é conhecida com precedência e os programas são executados repetidamente; 10 Koopman, Philip J. Embedded System Design Issues (the Rest of the Story) – Disponível em: <http://users.ece.cmu.edu/~koopman/iccd96/iccd96.html>. Acesso em: 15/05/2014. 27 A eficiência é de suma importância para sistemas embarcados. Eles são otimizados para a economia de energia, o tamanho do código, o tempo de execução, peso, dimensões e baixo custo; Os sistemas embarcados são normalmente concebidos para atender às restrições de tempo real que reaja a estímulos do objeto/usuário controlado dentro do intervalo de tempo ditado pelo ambiente. Para os sistemas de tempo real, respostas corretas que chegam atrasadas (ou mesmo adiantadas) estão incorretas; Os sistemas embarcados, muitas vezes interagem (sentido, manipulação e comunicação) com o mundo externo por meio de sensores e atuadores e, portanto, são sistemas caracteristicamente reativos, isto é, em interação contínua com o meio ambiente, executando um ritmo determinado por aquele ambiente; e, Eles geralmente têm uma interface mínima com o usuário ou nenhuma. Figura 8 – Princípios Básicos dos Sistemas Embarcados Fonte: FPF Tech11 11 FPF Tech – Disponível em: <http://www.fpf.br/competencias/sistemas_embarcados>. Acesso em: 15/05/2014. 28 2.4.2. A História da Plataforma de Prototipagem Arduino A plataforma de prototipagem Arduino é uma placa de desenvolvimento Open Source baseada em um microcontrolador Ela foi criada no ano de 2005 no Interactive Design Institute que fica na cidade de Ivrea, na Itália. Pode-se assegurar que a invenção do Arduino abriu as portas de eletrônica para um grande número de técnicos e engenheiros criativos. No site do Arduino encontramos a definição mais exata dada por seus próprios criadores: Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica Open-Source baseada em flexibilidade, contendo hardware e software de fácil utilização. É destinado a artistas, designers, hobbistas e qualquer pessoa interessada em criar objetos ou ambientes interativos. (ARDUINO12, 2014). O Arduino, criado por Massimo Banzi e outros colaboradores. É uma placa de microcontrolador de baixo custo que permite que até mesmo um novato desenvolver grandes projetos em eletrônica. O Arduino pode ser ligado a todo o tipo de luzes, motores, sensores e outros dispositivos. Sua linguagem de programação é de fácil aprendizado e pode ser usada para programar de que maneira a nova criação se comportará. Usando o Arduino, pode-se construir um display interativo, um robô móvel ou qualquer coisa que se imagine. Quanto ao custo dessa plataforma, a placa do Arduino é encontrada por cerca de apenas US$ 30,00, nos Estados Unidos da América. Aqui no Brasil, devido a impostos e taxas de importação, uma placa chega a custar, pelo menos, R$ 75,00. Seu principal rival direto, o Intel Galileo, custa em torno de R$ 455,00 no Brasil. Por esse apelo, o Arduino se tornou o mais poderoso movimento de seu tempo hardware open-source. Segundo David Cuartielles13, co-fundador do Arduino, a venda já passa de 700.000 placas, dados de abril de 2013. David A. Mellis14, desenvolvedor do software principal do Arduino, disse que esta pequena placa tornou possível às pessoas fazerem coisas que não teriam elaborado de uma outra forma, isto é, da forma convencional de elaboração de um projeto que envolvesse eletrônica. 12 Definição da Plataforma de Prototipagem Arduino. Disponível em: <http://arduino.cc/>. Acesso em: 17/05/2014. 13 Arduino FAQ – With David Cuartielles. Disponível em: <http://medea.mah.se/2013/04/arduino-faq/>. Acesso em: 17/05/2014. 14 The Making of Arduino. Disponível em <http://spectrum.ieee.org/geek-life/hands-on/the-making-of-arduino>. Acesso em: 17/05/2014. 29 Hoje, há bafômetros baseados em Arduino, cubos de LED, sistemas de automação doméstica, displays para o Twitter, e até mesmo kits de análise de DNA. Até o Google se rendeu a esta plataforma: lançou recentemente um kit de desenvolvimento baseado em Arduino para o seu smartphone Android. Como Dale Dougherty, editor da revista Make, a bíblia dos construtores de bricolagem, relata em sua palestra a TED que o Arduino tornou-se “o cérebro dos fabricantes de projetos.”15 2.4.3. Os Conceitos Básicos sobre a Plataforma de Prototipagem Arduino Para se iniciar a descrição sobre os conceitos básicos sobre essa versátil plataforma, cita-se Rosa (2011, p. 3), que resume tal concepção: O Arduino é uma plataforma open-source projetada com um microcontrolador simples de 8 bits da família AVR da fabricante ATMEL e que utiliza uma linguagem baseada em C/C++, mas que também pode ter o seu projeto adaptado para qualquer outro microcontrolador que suporte a linguagem. (ROSA, 2011, p.3). Como dito no item anterior, o Arduino é uma plataforma de prototipagem. Ele não se resume apenas a um mero microcontrolador, mas também a outros componentes eletrônicos, todos inseridos em uma placa de circuito impresso. Esta placa possui, além desses componentes, portas de entrada/saída (analógicas e digitais) para comunicação com outros dispositivos (portas serias/USB) e slots para adaptação de placas de expansão chamadas Shields. Essas placas adicionam novas funções que a plataforma não possua para a consecução do projeto que por ora esteja sendo realizado. 15 Dale Dougherty on TED. Disponível em:<http://www.ted.com/talks/dale_dougherty_we_are_makers>. Acesso em: 17/05/2014 30 Figura 9 – Exemplo de uma Plataforma Arduino e seus Componentes Fonte: Arduino11 A plataforma Arduino possui uma linguagem particular para a sua programação, chamada, também, de Arduino. Ela mescla uma nova roupagem à linguagem de programação já existente C/C++, porém customizada para a plataforma de maneira que ela atenda ao arranjo da pinagem existente para as funções destinadas a placa. Figura 10 – Exemplo de um Código Escrito na Linguagem Arduino. Fonte: Arduino Labs16 Quanto ao microcontrolador dessa plataforma, será abordado no item que se segue. 16 Arduino Labs – Disponível em: <http://labs.arduino.cc/ADK/AccessoryMode >. Acesso em: 18/05/2014. 31 2.5. O Microcontrolador 2.5.1. Breve Abordagem sobre Microcontroladores AVR Entende-se como microcontrolador, de acordo com Lima (2010), “[...] um sistema microprocessado com várias funcionalidades (periféricos) disponíveis em um único chip [...]” e, continua Lima, que seu desenvolvimento “[...] se deve ao grande número de funcionalidades disponíveis em um único circuito integrado... permitindo aplicação nas mais diversas áreas”. Figura 11 – Arquitetura básica de um microcontrolador Fonte: LIMA (2010) Com o advento da plataforma Arduino, os microcontroladores, principalmente os AVR´s, alcançaram um enorme gama de pessoas interessadas em desenvolverem seus projetos eletrônicos. A plataforma Arduino associa, principalmente, a facilidade de programação com a disponibilidade de inúmeros periféricos na forma de módulos, ferramentas de programação gratuitas e amplo suporte técnico. Os microcontroladores AVR são microcontroladores de 8-bits. Possui arquitetura moderna que permite uma maior intensidade de código comparado às outras tecnologias de mesmas características o que os fazem executar mais rápido os programas desenvolvidos. Por esses e outros motivos, os microcontroladores AVR têm avocado um grande destaque e fatia de mercado dentre os microcontroladores desse porte. 32 Figura 12 – Diagrama típico de um microcontrolador AVR Fonte: Elettronica Open Source17 Lista-se, abaixo, os principais membros da família AVR: tinyAVR - ATtiny – microcontroladores de propósito geral de até 8 kbytes de memória Flash, 512 bytes de SRAM e EEPROM.; megaAVR - ATmega – microcontroladores de alto desempenho com multiplicador por hardware, com até 256 kbytes de memória Flash, 4 kbytes de EEPROM e 8 kbytes de SRAM; picoPower AVR – microcontroladores com características especiais para economia de energia; XMEGA ATxmega – microcontroladores XMEGA 8/16-bit que dispõem de novos e avançados periféricos com aumento de desempenho, DMA (Direct Memory Access) e sistema de eventos; e, AVR32 (não pertencente às famílias acima citadas) – microcontroladores de 32 bits com arquitetura RISC projetada para maior processamento por ciclos de clock, com eficiência de 1,3 mW/MHz e até 210 DMIPS (Dhrystone Million 17 Elettronica Open Source – Disponível em: <http://dev.emcelettronica.com/atmega128l-8-bit-microcontroller128k-bytes-system-programmable-flash>. Acesso em: 18/05/2014. 33 Instructions per Second) a 150 MHz, conjunto de instruções para DSP (Digital Signal Processing) com SIMD (Single Instruction, Multiple Data) com soluções SoC (System-on-a-chip) e completo suporte ao Linux. No item que se segue será abordado o microcontrolador AVR ATmega328P que é o microcontrolador que gere a plataforma de prototipagem Arduino. 2.5.2. O Microcontrolador Atmel ATmega328P O microcontrolador Atmel ATmega328P possui uma performance bem interessante, pois consegue equilibrar o baixo consumo de energia a velocidade no processamento ao executar instruções poderosas em um único ciclo de clock. O desempenho supracitado é atingido devido as suas características constitucionais, tais como: arquitetura Harvard de 8-bit AVR RISC (Reduced Instruction Set Computer ou Computador com um Conjunto Reduzido de Instruções), com 1KB de EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory ou chip de armazenamento nãovolátil), 32KB de memória flash, 2KB de SRAM (Static Random Access Memory ou memória estática de acesso aleatório), 32 registradores de uso geral, 3 temporizadores/contadores, uma USART (Universal Synchronous Asynchronous Receiver Transmitter ou Transmissor/Receptor Universal Síncrono e Assíncrono), portas para comunicação SPI (Serial Peripheral Inteface ou Interface Série Periférica), 6 conversores Analógico/Digital de 10-bits e um watchdog timer com oscilador interno, além de operar em uma tensão que varia entre 1,8V e 5,5V.18 18 ATmega328P – Disponível em: <http://www.atmel.com/devices/atmega328p.aspx>. Acesso em: 21/05/2014. 34 Figura 13 – Diagrama de Bloco do ATmega328P Fonte: Atmel19 2.6. O Módulo GSM GPRS+GPS 2.6.1. O Módulo SimCom SIM908 Como explana o fabricante20, o SIM908 é um módulo completo GSM QuadBand/GPRS que combina a tecnologia GPS para a navegação por satélite. Seu design é compacto e integra GPRS e GPS em um pacote SMT, fazendo com que haja economia significativa tanto de tempo, como de custos para se desenvolver aplicações que necessitem de localização/posicionamento de alguém ou alguma coisa (Anexo B). 19 Atmel 8-bit Microcontroller with 4/8/16/32KBytes In-System Programmable Flash (Summary) – Disponível em: <http://www.atmel.com/Images/Atmel-8271-8-bit-AVR-Microcontroller-ATmega48A-48PA-88A-88PA168A-168PA-328-328P_datasheet_Summary.pdf>. Acesso em: 21/05/2014. 20 SimCom – Disponível em: < http://wm.sim.com/producten.aspx?id=1024>. Acesso em: 26/02/2014. 35 Figura 14 – Vista de cima do Módulo SIM908 Fonte: SIM908 Hardware Design V1.00 As frequências GSM que o SIM908 opera são 850MHz, 900MHz EGSM, DCS 1800MHz e 1900MHz PCS. Quanto as características GPRS, pode-se verificar o multi-slot de classe 10 e classe 8 (opcional), e é compatível com os esquemas de codificação GPRS CS-1, CS-2, CS-3 e CS-4. A solução GPS oferece precisão, sensibilidade de rastreamento e tecnologia Time-To-First-Fix (TTFF). Figura 15 – Diagrama do Módulo SIM908 RTC Power supply Power management unit Radio Frequency Digital Interface GPS Receiver Analog Interface Analog base band Digital base band Audio ADC SIM UART Keypad/ GPIOs PWMs I2C LCD/SPI GPS UART FLASH Fonte: SIM908 Hardware Design V1.00 36 Acima, destacam-se os seguintes blocos do diagrama do seu módulo: O componente GSM; O componente GPS; A memória Flash; O gerador de frequência de rádio GSM; A interface de antena; e, Outras interfaces. A título de informação, este módulo é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anexo C). 37 3. 3.1. A PLATAFORMA WEB OPEN-SOURCE GG-TRACKER O que é e Como Funciona a Plataforma GG-Tracker A plataforma web open-source GG-Tracker21 foi criada pelo holandês Ebo Eppenga, sob licença GNU GPL22 (versão 2.0), para rastreamento de celulares, podendo ser utilizado e modificado por qualquer pessoa, como descreve Eppenga (2014): “O aplicativo é open-source e liberado sob a licença GNU, brinquem com ele!”. A plataforma se encontra na versão 3.0 e disponível para download no portal Sourceforge23, na categoria GIS (Geographic Information System ou Sistema de Informação Geográfica). A plataforma GG-Tracker funciona rastreando celulares utilizando a tecnologia GSM combinada com o sistema GPS. Com essa combinação, a plataforma obtém a localização do objeto rastreado. Se apenas a tecnologia GSM estiver disponível, a plataforma se baseia em um local previamente armazenado em seu banco de dados. Este produto está em constante desenvolvimento e sempre uma nova versão se torna disponível, trazendo melhorias e novas funções. Quanto a sua operação, pode-se dizer que é muito similar ao do Google Maps quando em sua função “Meu Local” ou “Device Manager”, sendo que o controle é do usuário, não ficando assim algo estático. Estando o receptor GPS do celular ligado, a plataforma executa dois procedimentos: armazena a posição atual e a identificação do celular GSM ao qual é ligado. Esta posição é retransmitida a partir do próprio celular para o servidor de banco de dados utilizando a Internet. Como os pacotes transmitidos são muito pequenos, os custos se tornam baixos. Eppenga indica, para utilização em celulares com sistema operacional Android, o aplicativo MyLiveTracker, que possui a função de retransmitir as posições do celular ao qual está instalado e, em seguida, armazená-las no banco de dados da plataforma GG-Tracker. Caso dispositivo do GPS do celular não se encontrar ativado, o GG-Tracker analisa seu banco de dados, no que tange às para coordenadas GSM, feitas através de triangulação de 21 GG-Tracker – Disponível em: <http://eppenga.com/gsm-gps-tracking.html>. Acesso em: 24/03/2014. “As licenças da maioria dos softwares são elaboradas para suprimir sua liberdade de compartilhá-los e modificá-los. A Licença Pública Geral do GNU, ao contrário, visa garantir sua liberdade de compartilhar e modificar softwares livres para assegurar que o software seja livre para todos os seus usuários. Esta Licença Pública Geral é aplicável à maioria dos softwares da Free Software Foundation [Fundação do Software Livre] e a qualquer outro programa cujos autores se comprometerem a usá-la.” Disponível em: <http://creativecommons.org/licenses/GPL/2.0/legalcode.pt>. Acesso em: 27/05/2014. 23 GG-Tracker no portal Sourceforge – Disponível em: <http://sourceforge.net/projects/gg-tracker/>. Acesso em: 24/03/2014. 22 38 antenas, previamente conhecidas. O melhor ajuste de posição é gravado em um registro no banco de dados. Os requisitos básicos para o funcionamento desta plataforma, de acordo com Eppenga24, são: Um dispositivo (celular) que possua sistema operacional Android; Um aplicativo compatível com Android que se comunique com o GG-Tracker, como o MyLiveTracker; Um servidor web que tenha a capacidade de instalação da linguagem de programação PHP25 5.x e banco de dados MySQL26; e, 3.2. A plataforma GG-Tracker. A Apresentação Gráfica das Funcionalidades da Plataforma GG-Tracker A versatilidade da plataforma é bem interessante para aplicações de geoprocessamento. Confeccionado com uma interface web simples e “clean”, porém funcional, a plataforma se apresenta de forma bastante intuitiva fazendo com que o usuário interaja com facilidade. O modelo gráfico utilizado na plataforma é desenvolvido pela Bootstrap27. O GG-Tracker traz um menu superior em abas que são: “Home”, “Google Maps”, “Google Earth”, “About” e “Contact”. Cada aba dessas possui uma ou mais funções como serão descrita a partir deste momento. Apenas para mais uma informação adicional, destaca-se que esta plataforma se utiliza do produto da empresa Google chamado Google Maps28 na sua execução de localização de dispositivo, tendo suas funcionalidades preservadas. 24 Configuração Básica para Utilização da Plataforma GG-Tracker – Disponível em: <http://eppenga.com/gsmgps-tracking/equipment.html>. Acesso em: 27/05/2014. 25 O PHP (um acrônimo recursivo para PHP: Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script open-source de uso geral, muito utilizada e especialmente guarnecida para o desenvolvimento de aplicações Web embútivel dentro do HTML (HyperText Markup Language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto). 26 O MySQL é um sistema de gerenciamento de banco de dados, que utiliza a linguagem SQL (Structured Query Language ou Linguagem de Consulta Estruturada) como interface. 27 Bootstrap – Disponível em: <http://getbootstrap.com/>. Acesso em: 27/05/2014. 28 O Google é uma empresa de tecnologia multinacional americana de serviços online e software fundada em 1998 por Larry Page e Sergey Brin. Um dos seus produtos, o Google Maps é um mapa online, um planisfério, disponível na Internet, para os sistemas operacionais Android e iOS. 39 A página inicial chamada de “Home” apresenta um mapa inicial com a localização do dispositivo Android possuidor de um aplicativo de localização compatível com o GG-Tracker, além de três tabelas abaixo do mapa com informações pertinentes ao dispositivo, como visto abaixo. Figura 16 – Página Inicial “Home” – Basic Map Fonte: GPS/GSM Tracker29 Observa-se nessas tabelas as seguintes informações sobre o dispositivo: 29 Tabela “Location” (Localização) o Latitude; o Longitude; o Velocidade; o Angulação; GG-Tracker – Disponível em: <http://tracker.eppenga.com/>. Acesso em: 28/05/2014. 40 o Precisão; e, o Origem do Sinal. Tabela “Cell Tower” (Célula da Estação Rádio-Base) o Operadora da Estação Rádio-Base; o Tipo de Conexão; o Identificador da Célula Conectada; o LAC (Código Local de Área do Dispositivo); o MCC (Código do País do Dispositivo); e, o MNC (Código da Operadora do Dispositivo). Tabela “Mobile Device” (Dispositivo Móvel) o Data da Localização Atual; o Hora da Localização Atual; o Endereço de IP; o Carga da Bateria; e; o Voltagem da Bateria. A aba “Google Maps” possui duas divisões: Maps (Mapas) e Periods (Período). Os mapas se subdividem em Basic Map (Mapa Básico), Trail Map (Mapa de Trajeto) e Heatmap (Mapa de Calor). Ressalta-se que a função Mapa Básico e a aba “Home” tem a mesma finalidade. O Mapa de Trajeto representa o deslocamento de um ponto ao outro do dispositivo móvel que está sendo monitorado. 41 Figura 17 – Trail Map – Mapa de Trajeto Fonte: GPS/GSM Tracker O Mapa de Calor representa as posições onde o dispositivo mais se encontra em sua movimentação pelo mapa, isto é, o local onde mais vezes ele é rastreado. A cor vermelha representa a maior intensidade, passando pela cor amarela (média intensidade) e a cor verde significando menor intensidade. Onde não há as “manchas” de calor no mapa, são lugares por onde o dispositivo não passou. Figura 18 – Heatmap – Mapa de Calor Fonte: GPS/GSM Tracker 42 Quanto à divisão Periods da aba Google Maps, verifica-se que a primeira opção, Today (Hoje), tem a função de demonstrar o trajeto traçado no dia em que se está visualizando a plataforma, se aparentando muito com a função Trajeto, anteriormente pormenorizada. A segunda e terceira opções, Week (Semana) e Month (Mês), respectivamente, ainda na divisão Periods da aba Google Maps, mostram o trajeto executado pelo dispositivo, dentro de sete dias ou dentro de 30 dias, como mostrados nas figuras abaixo. Figura 19 – Mapas de Trajeto em Sete e Trinta Dias, Respectivamente Fonte: GPS/GSM Tracker Passando para a aba seguinte, “Google Earth”30, esta tem a função de criar arquivos com extensão “kml”31 que tem a possibilidade de ser importado pelo software, também do 30 “O Google Earth permite que você viaje pelo mundo por meio de um globo virtual e visualize imagens, mapas, terrenos, construções em 3D e muito mais via satélite. Com o rico conteúdo geográfico do Google Earth, 43 Google, de mesmo nome que a aba: Google Earth. Com isso, consegue-se visualizar nesse programa o que se vê na divisão Periods da aba “Google Maps”, isto é, localização pontual, trajetos do dia, semanal ou mensal. Figura 20 – Aba Google Earth Fonte: GPS/GSM Tracker As demais abas, About (Sobre) e Contact (Contato), trás ao usuário informações sobre o desenvolvedor da plataforma Ebo Eppenga, tais como descrição da plataforma, um breve histórico biográfico, endereço, telefone, e-mail, redes sociais as quais participa, entre outras informações de pertinentes às essas opções. você pode ter uma experiência muito mais realista de visualização do mundo. Você pode voar até o seu lugar favorito, procurar empresas e até mesmo navegar pelas rotas.” Disponível em: <https://support.google.com/earth/answer/176145?hl=pt-BR> Acesso em: 28/05/2014. 31 “O KML, ou Keyhole Markup Language, (linguagem de marcação do Keyhole), é um formato de arquivo e uma gramática XML (Linguagem Extensível de Marcação Genérica) que serve para modelar e armazenar características geográficas como pontos, linhas, imagens, polígonos e modelos para exibição no Google Earth, no Google Maps e em outros aplicativos.” – Disponível em: <https://support.google.com/earth/answer/148118?hl=pt-BR>. Acesso em: 28/05/2014. 44 4. 4.1. O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO A Prototipagem do Rastreador Uller Para que houvesse certeza máxima que o produto final iria funcionar, foi feita uma etapa de prototipagem. O protótipo, de acordo com o iDicionário Aulete32, consiste na “primeira versão de um produto, fabricado industrialmente ou de modo artesanal, segundo as especificações de um projeto, uso geral para testes ou como modelo”. A prototipagem se valeu dos componentes básicos, descritos no primeiro capítulo deste trabalho: A Plataforma de Prototipagem Arduino e um shield33 para essa plataforma com o chip híbrido SIM908 embarcado nela. Contou-se também com antenas de captação de sinais GPS e GSM, além de microcontrolador SIM Card34 para comunicação GSM/GPRS com a Internet de uma operadora de telefonia móvel. Figura 21 – A Montagem do Protótipo Fonte: Autores 32 iDicionário Aulete – Disponível em: <http://aulete.uol.com.br/prot%C3%B3tipo>. Acesso em: 08/06/2014. O Shild é uma placa que pode conectar a Plataforma Arduino, estendendo, assim, as suas capacidades. 34 “O SIM – Subscriber Identity Module - é um tipo de smart card (cartão inteligente), especialmente projetado para telecomunicações, que é utilizado dentro do aparelho celular GSM - Global System for Mobile Communications para identificar o usuário para o sistema.” – Disponível em: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialsim/pagina_1.asp>. Acesso em: 08/06/2014. 33 45 Após a montagem do protótipo, iniciou-se a programação do código-fonte do Arduino para o shield SIM908. Para que houvesse facilidade na depuração de erros, adotou-se uma metodologia de programação em blocos, já que o SIM908 é híbrido, isto é, possui as funções GPS e GSM/GPRS. A linguagem utilizada foi a linguagem nativa da Plataforma Arduino, chamada de Arduino, como a própria plataforma. A programação consistiu, em primeiramente, aprender a forma de comunicação que o SIM908 teria com o Arduino, seus comandos básicos e suas funções GPS. A partir daí, escreveu-se o código-fonte para essa interação. Como código escrito, passou-se a definição das bibliotecas de comando do SIM908 que seriam chamadas pelo Arduino. Nesta fase ainda, fez-se o teste de recepção de dados do GPS pelo protótipo e foi criado um código de conversão desses dados capturados. Como dito no Capítulo 1, item 1.2.2, o GPS envia dados formatado pelo protocolo NMEA norma 0183 e esse foram decodificados de forma que se conseguisse extrair dados como latitude, longitude, data e hora da localização, entre outros que são fornecidos pelo protocolo. Figura 22 – GPS em Funcionamento Fonte: Autores Com o GPS funcionando, passou-se para uma fase análoga a fase anterior. Aprendeuse a forma de comunicação que o SIM908 teria com o Arduino, seus comandos básicos e suas funções GSM/GPRS. Assim sendo, escreveu-se o código-fonte para essa interação. Como 46 código escrito, passou-se a definição das bibliotecas de comando do SIM908 que seriam chamadas pelo Arduino. Com esses dois blocos prontos (GPS e GSM/GPRS), fundiu-se os dois códigos em um só código-fonte, passando novamente por mais uma etapa de testes. Essa etapa consistiu em fazer o protótipo se comunicar com a Internet, através de uma lógica PHP. Figura 23 – GPS e GSM/GPRS em funcionamento Fonte: Autores Verificou-se que o tanto o GPS recebia dados, como a parte GSM/GPRS os transmitia à Internet através do protótipo idealizado. Todas as operações estavam sendo monitoradas via porta serial do protótipo ligado a um microcomputador que possuía um software de comunicação serial. Outra forma de se observar se as respostas estavam dentro do que estava previsto foi à implantação de um pequeno monitor de cristal líquido (LCD), como visto nas duas figuras acima. Neste estágio, viu-se que seriam necessários testes móveis em detrimento da forma estática em que se encontrava. Montou-se o primeiro invólucro para acondicionar o protótipo feito de uma caixa de papelão de celular. 47 Figura 24 – Protótipo Acondicionado em Caixa de Papelão Fonte: Autores Com o protótipo funcionando de forma independente, fez-se testes de mobilidade do protótipo adaptando-o em um veículo para que pudesse gerar dados para que fosse analisado seu desempenho. Nestes testes foram identificados alguns erros no código-fonte que foram imediatamente depurados para que ele pudesse demonstrar o resultado depurado. Aproveitouse essas paradas para a depuração para implementar dispositivos de correção de erros, como perda da conexão com as estações rádio-base GSM e perda da recepção do sinal do GPS. Com a certeza de que o protótipo estava funcionando plenamente, e passou-se ao produto final, adaptando o protótipo a uma caixa plástica tipo “patola”. Algumas adequações tiveram que ser feitas para que o protótipo pudesse se acoplar a caixa patola, entre elas para colocação do monitor LCD, desde modificação de componentes, suas localizações no Shield, entre outras para que tudo se adequasse da melhor forma possível. 48 Abaixo, pode-se ver os componentes integrantes do protótipo inserido na caixa patola. Figura 25 – Componentes do Protótipo Fonte: Autores Os parâmetro elétricos forma medidos neste momento para se saber se tudo continuava de acordo com o planejado. Como se observa, mediu-se tensão de entrada (V), potência ativa (W), amperagem (A) e Resistência (Z). Figura 26 – Parâmetros Elétricos do Protótipo Fonte: Autores 49 Abaixo, catalogou-se fases da montagem do produto final do rastreador. Figura 27 – Fases da Montagem do Produto Final Fonte: Autores Após esta última fase, mostra-se o produto final montado e funcionando, já personalizado como o Rastreador ULLER – Unidade Lógica de Localização Espacial Remota. Figura 28 – Produto Final do Rastreador Uller Fonte: Autores 50 4.2. A Escolha do Servidor Web e a Confecção do Site do Rastreador Uller O projeto, por sua tipicidade, demonstrou a necessidade de um servidor web que pudesse atender a plataforma de geoprocessamento escolhido, descrito no Capítulo 2, chamado GG-Tacker. Como descrito anteriormente, o servidor web que teria que possuir, pelo menos, a capacidade de instalação da linguagem de programação PHP 5.x e banco de dados MySQL, solicitações mandatórias para o funcionamento da plataforma. Aliando a necessidade supracitada e o planejamento para se ter um projeto a baixo custo, iniciou-se com o servidor Hostinger35 que detinha os predicados anteriormente citado, principalmente por ser gratuito nesse caso apresentado. Após a montagem da tabela e implantação da plataforma GG-Tacker no Hostinger, fez-se vários testes no qual o servidor apresentou algumas limitações, tal como a instabilidade de funcionamento. Passou-se assim a procura por um novo servidor, com as mesmas características do Hostinger, porém estável. Conseguiu-se vários, porém não eram gratuitos, o que desestimulava a troca. Após árdua e incessante pesquisa, migrou-se do servidor Hostinger para o servidor Amazon36. O Amazon é servidor com várias características positivas, entre elas ele é acessível, confiável, seguro e fácil de utilizar. É dotado de uma gama de produtos afins e, estes, com muitas funcionalidades. Para o projeto, escolheu-se os produtos Amazon Route 53 e o Amazon EC2. O Amzon Route 53 é um redirecionador escalonável de domínio para Internet. O Amazon EC2 (Amazon Elastic Compute Cloud) é um serviço web que fornece capacidade computacional redimensionável em nuvem37, disponibilizando ao usuário microinstâncias Linux e Windows. Optou-se pela microinstância Linux, mais precisamente pela Amazon Linux AMI 64bits. Após devidamente instalada e configurada, instalou-se o que era necessário a plataforma GG-Tracker, como o PHP e o MySql. 35 O servidor Hostinger pode ser encontrado no endereço http://www.hostinger.com.br. O servidor Amazon pode ser encontrado no endereço http://console.aws.amazon.com. 37 O termo “computação em nuvem” significa o fornecimento de recursos de Tecnologia da Informação sob demanda por meio da Internet, com pagamento conforme o uso. Disponível em: <http://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-computing/>. Acesso em: 08/06/2014. 36 51 Em meio a todos esses eventos, foi registrado junto ao Registro.br 38 o endereço de Internet que está sendo utilizado pela plataforma GG-Tracker modificada para o projeto (como será visto no próximo item) e para o site criado para abrigar a plataforma e dar um contexto ao projeto em si. O endereço é http://www.uller.eng.br, apresentado pela página inicial (opção “Início”) que se segue. Figura 29 – Página Inicial do Rastreador Uller Fonte: Uller Engenharia39 A opção “Quem Somos” descreve sucintamente a experiência de cada integrante deste projeto e seu principal parceiro, a DIY Brasil, magistralmente coordenada pelo Orientador deste projeto, Prof. André Sarmento. 38 Registro.br é o órgão responsável pelo controle de domínios criados no Brasil, os chamados “.br”, encontrado no endereço https://registro.br/. 39 Uller Engenharia é um nome dado a empresa, por hora, fictícia detentora do projeto do Rastreador ULLLER. 52 Figura 30 – Página “Quem Somos” do Rastreador Uller Fonte: Uller Engenharia Como o projeto foi documentado, também, através de fotos, foi disponibilizado na opção “Imagens” tal histórico para que se tenha ideia de como foi desenvolvido o projeto. Algumas as imagens se encontram no corpo desta obra, outras apenas na opção citada. Figura 31 – Página “Imagens” do Rastreador Uller Fonte: Uller Engenharia 53 Para poder dar publicidade a informações pertinentes a rastreamento, principalmente no Brasil, criou-se a opção “Notícias” que é alimentada com releases extraídos de meios de comunicação existentes pelo mundo. Figura 32 – Página “Notícias” do Rastreador Uller Fonte: Uller Engenharia A opção “Contato” foi a forma encontrada de interagir com quem quisesse conhecer melhor sobre o projeto desenvolvido neste trabalho de conclusão de curso. Constam nesta página informações como telefone e endereço, além de um campo para quem queira enviar diretamente um correio eletrônico. Nota-se que o endereço físico utilizado é o da UNESA (Campus Praça XI), para dar um entendimento de que a Universidade possui um núcleo incubador de empresas. 54 Figura 33 – Página “Contato” do Rastreador Uller Fonte: Uller Engenharia Por fim, a opção “Login”, desde que munido de seu usuário (login) e senha, permite o acesso ao usuário do Rastreador Uller ao geoprocessamento através da plataforma GGTracker modificada pelo projeto como será mostrado no subcapítulo a seguir. Figura 34 – Página “Login” do Rastreador Uller Fonte: Uller Engenharia 55 Ressaltasse-que todo o site foi criado pelos autores deste trabalho, conforme ilustrado anteriormente, para se contextualizar o rastreador e seu geoprocessamento de forma didática. 4.3. Adaptação do Software Gerenciador do Geoprocessamento do Rastreador Uller Como foi visto no Capítulo 2, a plataforma GG-Tracker é uma plataforma de geoprocessamento, isto é, é um sistema de processamento de mapas e informações geográficas. Para que a plataforma pudesse interagir com o Ratreador Uller foram feitas algumas modificações de ordem funcional e operacional que será descrito no bojo deste subcapítulo. O leiaute da página inicial foi modificado para acrescentar o logo do Rastreador Uller e seu nome no cabeçalho. A plataforma foi traduzida da Língua Inglesa para a Língua Portuguesa de forma a facilitar o usuário doméstico em sua utilização. Assim como se tem a opção “Login” no site do rastreador Uller, foi colocado um “Logout” para a saída do usuário da plataforma, com retorno à página “Início” do Rastreador Uller. Tais alterações podem ser identificadas na figura que abaixo se segue. 56 Figura 35 – Aba “Inícial” da plataforma GG-Tracke Modificada Fonte: Uller Engenharia 57 5. O RASTREADOR ULLER EM AÇÃO E A ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 5.1. A Análise de Comportamento do Hardware O hardware, desde o início quando de sua prototipação, teve um desempenho bem interessante quanto ao seu funcionamento. Da forma como foi concebido, a depuração dos erros, fosse do equipamento em si, fosse do código-fonte desenvolvido para atuar junto ao Rastreador Uller, houve certa facilidade em alinhá-lo com o projeto inicial. Pode-se afirmar que, após de mais de 60 dias de teste prático, o módulo GPS atuou de forma positiva, desde que tivesse visada para três, quatro ou mais satélites, garantindo a captação do seu posicionamento. Desde sua ligação até a primeira leitura, há um delay de um minuto no máximo, tempo este para a recepção dos sinais enviados pelos satélites. A parte GSM/GPRS foi a parte onde houve uma maior atenção. Desde a troca de operadora GSM até o ajuste de tempo entre as transmissões das informações das coordenadas para a Plataforma GG-Tracker, levou-se um certo tempo para que houvesse sintonia entre as partes. O primeiro obstáculo vencido foi baixar o tempo de conexão do Rastreador Uller com a base de dados da Plataforma GG-Tracker. Este óbice ocasionou um trajeto “picotado”, isto é, demorava-se muito para lançar uma próxima coordenada para que a mesma fosse plotada no mapa, ocasionando uma falsa impressão de localização. Ajustes forma feitos de forma gradativa. Quando tal fato ocorria, o envio estava de um em um minuto. Passou-se para 45 segundos, depois para 30 segundos e ainda para 15 segundos. Chegando a este ponto, viu-se ainda a necessidade de baixar mais um pouco o delay. Foi então se chegou ao parâmetro 10 segundos, onde se viu coordenadas plotadas com mais fidedignidade. Quanto ao segundo empecilho, a operadora GSM que era usada primeiramente pelo projeto não atendeu às necessidades do Rastreador quanto sua facilidade em se conectar com suas as estações rádio-base, de forma que em muitas das vezes o GPS recebia as informações e estas não puderam ser enviadas a Plataforma GG-Tracker já que não se conseguir firmar uma conexão entre o Rastreador e a operadora. Por essa razão, ao invés de se ter no mapa um trajeto delineado seguindo os formatos de cada rua/avenida/estrada, tinha-se retas ponto a 58 ponto em algumas vezes; outras vezes a pobreza de coordenadas levava ao mapa trajetos desformes. Tendo em vista que o código-fonte (Anexo D) estava perfeitamente funcionando e interagindo bem com as bibliotecas nativas do Arduino, fez-se um fluxograma do funcionamento do rastreador Uller que se segue. 59 Figura 36 – Fluxograma de Interação do Código-Fonte com o Ratreador Uller Fonte: Autores Resolvida estas questões, o comportamento do Rastreador Uller, quando posto em prática, demonstrou ser um produto confiável e de fácil utilização para o usuário em geral. 60 5.2. A Análise da Performance do Software A plataforma escolhida, GG-Tracker, atendeu de forma eficiente. Sua interação com o Rastreador Uller superou a expectativa inicial devido a sua versatilidade. Observa-se que houve uma melhora acentuada de resposta da plataforma devido a mudança de servidor, do Hostinger para Amazon. Este último é extremamente estável em comparação com o anterior. Na utilização do Hostinger, houve momentos em que o servidor ficava fora do ar, impossibilitando o Rastreador Uller de se comunicar com o banco de dados da Plataforma GG-Tracker. A plotagem abaixo se refere a vários percursos feitos para teste diversos pontos da Cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Figura 37 – Percursos Feitos para Teste Fonte: Uller Engenharia Nota-se que há pontos, onde não houve comunicação do rastreador com a plataforma, como dito anteriormente no item 4.1, o trajeto se torna uma reta ponto a ponto. Aproximando mais o mapa, já se vê claramente a plotagem moldada à curvatura do trajeto. Normalmente, isto acontece quando se há facilidade de estações rádio-base para a transmissão GSM/GPRS. 61 Figura 38 – Trajeto com Ampliação de Detalhes Fonte: Uller Engenharia Ainda com relação a abordagem acima, sempre que houve a possibilidade do Rastreador Uller se comunicar com a Plataforma GG-Tracker, de 10 em 10 segundos, os registro foram gravados no banco de dados da plataforma e assim plotados no mapa, o que garantiu o pleno funcionamento da Plataforma nos testes realizados, bem como a estrutura montada no servidor Amazon para que desse o resultado demonstrado e esperado. 5.3. A Análise de Custo do Projeto O custo analisado neste item se resume apenas a confecção do Rastreador Uller, feito de forma artesanal, não comercial com o propósito de um produto para um trabalho de conclusão de curso. Lembra-se que a Plataforma GG-Tracker é gratuita para uso de qualquer um que queira utilizá-la. O servidor Amazon, para o tipo de utilização que foi dado, também é gratuito, portanto esses dois últimos itens não entram na composição do custo do produto desenvolvido para o projeto. Quando se fala para comercialização, numa produção de larga escala, tem-se a diminuição do custo em várias instâncias, principalmente, no custo das peças. Porém, por outro lado, há custos que não existiam, passam a existir tais como custo com impostos, taxas, mão-de-obra operacional e administrativa, aluguel, energia elétrica, meios de comunicação, marketing entre outros. 62 Enquanto projeto, o custo que foi aferido foi o seguinte: Tabela 1 – Custo de Produção do Rastreador Uller Qtd. 1x 1x 1x 4x 3x 1x 2x 1x 1x 1x 4x 1x 1x 1x 1x 4x 2x 3x 1x 1x 3x 3x 1x 3x Descrição Bateria 3V CR2032 Caixa Patola PB-085/2 33x72x85 Capacitor de tântalo 100uF x 16V (107) Capacitor Disco Cerâmico 100nF x 50V (0,1uF/100K/100Kpf/104) Capacitor Disco Cerâmico 47pF x 16V Circuito Integrado LM7805 Conector SMA 180 Graus p/ Painel Femea C/ Cabo e Terminal ZPX Cristal 16 MHz Meia caneca - HC49S Diodo 1N4148 Diodo 1N5408 Led vermelho Difuso 3mm Microcontrolador AVR ATMEGA328P-AU SMD Módulo GPS/GSM SIM908 + Antenas GPS e GSM (*) Placa de Circuito Impresso de Fenolite Virgem Simples 10x10cm Resistor de 100R Carbono 5% 1/4W Resistor de 10K Carbono 5% 1/4W Resistor de 1K Carbono 5% 1/4W Resistor de 22R Carbono 5% 1/4W Resistor de 2K2 Carbono 5% 1/4W Resistor de 3K3 Carbono 5% 1/4W Resistor de 470R Carbono 5% 1/4W Resistor de 4K7 Carbono 5% 1/4W Transistor 2SA1015 (2PA1015) Transistor 2SC1815 Total: R$ 94,65 Fonte: Soldafria e Aliexpress(*)40 Ressalta-se que existe um custo que é a conexão GSM/GPRS com a operadora escolhida. Apurou-se que cada pacote transmitido à operadora pelo Rastreador através da rede GSM da operadora possui o tamanho de 50 kb. Simulando, no limite, que todas as transmissões conseguiram chegar ao banco de dados da Plataforma GG-Tracker e que esta transmissão ocorreu a cada 10 segundos nas 24 horas, 7 dias por semanas e 30 dias no mês, têm-se 30.240 registros. Ou seja, seriam transmitidos 11.512 MB. Porém, na prática, a 40 Soldafria – Disponível em <http://www.soldafria.com.br/> e Aliexpress – Disponível em: <http://pt.aliexpress.com/item/simcom-SIM908-module-antenna-gps-antenna-GSM-antenna/506298848.html>. Acessos em: 22/06/2014. 63 utilização não se traduz desta forma. O que se verificou é que, por mês, uma utilização usual para o Rastreador Uller, chega-se a transmissão aproximada de 45 MB. Nesta faixa de transmissão, as operadoras cobram em torno de R$ 19,90 por mês, podendo transmitir até 400MB/mês (modalidade pré-pago). 64 6. CONCLUSÃO O projeto realizado por este Trabalho de Conclusão de Curso atingiu o seu objetivo proposto que era a confecção de um produto IoT voltado para a segurança pessoal e/ou familiar. Dentro desta ideia, projetou-se um rastreador veicular concebido para que o próprio usuário se localizasse, ou a seus familiares, sem que houvesse intromissão de qualquer outro agente intermediário, isto é, que não houvesse um mediador que pudesse ter acesso às suas informações pessoais produzidas pelo Rastreador Uller. Ainda sim, foi objetivado que este produto teria baixo custo, mais em conta que o mais barato smartphone encontrado no mercado. Todos os requisitos supracitados foram devidamente atendidos. As dificuldades encontradas ao longo da consecução do projeto foram sanadas no decorrer de cada etapa. Como analisado no Capítulo 4, a mudança de operadora de serviço GSM/GPRS foi fundamental para dar um maior detalhamento do percurso capturado e enviado pelo Rastreador Uller à sua base de dados. Com a operadora inicial, devido às insistentes falhas de comunicação, a plotagem se demonstrava artificial, fazendo com que os trajetos curvilíneos se transformassem em retas ponto a ponto. A mudança de servidor web foi outro passo importante para que o projeto pudesse vingar. A resposta rápida às solicitações do Rastreador Uller culminou em maior fidelidade nos traçados dos trajetos. Fora que a estabilidade do servidor anterior deixou muito a desejar, às vezes, passava horas sem que se tivesse acesso a ele devido às suas falhas técnicas inerentes. Chegar a um rastreador com valor acessível ao consumidor foi, também, premissa deste trabalho. Conseguiu-se um custo bem abaixo do esperado, podendo-se dizer que a relação custo x benefício foi muito satisfatória. Várias melhorias poderão ser implantadas, caso este projeto tome um corpo comercial. Pode-se citar os seguintes pontos a se estudar para o futuro: Implementação de Configuração SMS: a utilização do SMS (Serviço de Mensagens Curtas) serviria como forma de habilitar ou desabilitar um serviço implantado no rastreador Uller, tal como o usuário receber um SMS caso o veículo que possua o Rastreador Uller ultrapasse uma determinada velocidade ou um determinado perímetro anteriormente parametrizado (cerca eletrônica). Cabe- 65 se dizer que o SMS é um dos serviços oferecidos pelo sistema GSM, abordado no Capítulo 1; Instalação de bateria própria: o Rastreador Uller está ligado diretamente à bateria do veículo, necessitando dela para seu funcionamento. A instalação de uma bateria reserva, apenas para ele, daria independência e maior confiabilidade ao sistema; Sistemas de trava e dispositivo antifurto: vários serviços podem ser desenvolvidos para o Rastreador Uller, entre eles um sistema de trava e dispositivo antifurto acionados por SMS; Microfone: outro serviço que pode ser adequado ao Rastreador Uller, com acionamento através de uma simples ligação telefônica a ele, de forma que se consiga ouvir o que está se falando dentro da cabine do veículo, após o atendimento automático realizado pelo rastreador; Estudo efetivo do efeito “Jamming”: ainda não há uma tecnologia que seja totalmente “anti-jam”. Há vários estudos e teste para que este efeito nocivo seja erradicado. Como se sabe, um jammer é um dispositivo de comunicação móvel que transmite na mesma faixa de frequência de um celular para criar uma forte interferência na estação rádio-base e bloquear os sinais de celulares e transmissão de chamadas. Tal situação pode fazer com que o Rastreador Uller não consiga se comunicar com sua base de dados. Este efeito também pode ser verificado no bloqueio de sinais de satélite, na recepção GPS; Integração ao Projeto Loon: entende-se que o que torna atrativo um produto, além de seus benefícios, é o seu custo. O Loon é um projeto gratuito da Google que disponibiliza uma rede de balões vagando pelos confins do espaço. A finalidade do projeto é conectar pessoas em áreas rurais e remotas, melhorando a cobertura de Internet em áreas inóspitas. Cada balão pode disponibilizar conectividade a uma área terrestre de aproximadamente 40 km de diâmetro, com velocidades compatíveis com o 3G. Para comunicar-se com outros balões e com o solo, os balões usam antenas equipadas com tecnologia especializada de radiofrequência. No momento, este projeto, que já chegou ao Brasil para testes, utiliza bandas ISM (Instrumentação, Científica e Médica), que estão disponíveis 66 para qualquer pessoa. A ideia, então, é conectar o Rastreador Uller a essa rede, adequando-o de maneira que, muito em breve, não necessite de uma operadora de serviço, pois a abrangência dessa rede de balões estará em nível mundial, não só nas zonas rurais, mas também nos grandes centros; e, Adequação às Leis Brasileiras sobre rastreamento veicular: o governo brasileiro editou várias resoluções sobre o assunto. O fato é que em pouco tempo, todos os veículos nacionais terão que possuir rastreador vindo de fábrica, o que pode gerar uma demanda por uma indústria desta tecnologia (Anexo E). A pesquisa realizada por este trabalho é um instrumento que fornece subsídios para a consecução de novos ensaios sobre o assunto estudado. Ocorrendo o fato, a validação dos conceitos e teorias que foram por hora provocados, surtirá efeitos, não só para a produção de novos serviços para o Rastreador Uller, entretanto abrirá caminho para que sejam elaborados outros projetos análogos em outras áreas de atuação. Enfim, o desenvolvimento e o cumprimento dos propósitos deste trabalho de conclusão de curso se deram graças à aplicação das orientações e conhecimentos adquiridos durante o período em que os autores frequentaram as cadeiras de graduação desta conceituada universidade. 67 BIBLIOGRAFIA: BIBLIOGRAFIA FÍSICA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6021: Informação e documentação – publicação científica impressa – apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6022: informação e documentação – artigo em publicação periódica científica impressa – apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6025: informação e documentação - revisão de originais e provas. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6027: informação e documentação – sumário - apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6028: informação e documentação – resumo - apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6029: informação e documentação – livros e folhetos - apresentação. Rio de Janeiro, 2006. ______. NBR 6032: abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas. Rio de Janeiro, 1989. ______. NBR 6033: ordem alfabética. Rio de Janeiro, 1989. 68 ______. NBR 6034: informação e documentação – índice – apresentação. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 10518: informação e documentação – guias de unidades informacionais – colaboração. Rio de Janeiro, 2005. ______. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 10719: informação e documentação - relatório técnico ou científico apresentação. Rio de Janeiro, 2009. ______. NBR 12225: informação e documentação – lombada – apresentação. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2005. ______. 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WirelessBR Disponível em: <http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/colaboradores/agilent_gsm/gsm_04.html> Acesso em: 15/05/2014. 75 ANEXOS 76 ANEXO A: ESQUEMÁTICO DO RASTRADOR ULLER 77 78 79 ANEXO B: ESQUEMÁTICO DO MÓDULO SIMCOM SIM90841 41 VN88.com – Disponível em: <http://upanh.vn88.com/images/2013/06/13/SIM908SchematicReference.png>. Acesso em: 23/06/2014. 80 81 ANEXO C: HOMOLOGAÇÃO DO MÓDULO SIM908 PELA ANATEL42 42 Anatel – Requerimento n.º 3962/2013 – Disponível em: <http://sistemas.anatel.gov.br/sgch/Consulta/Homologacao/MontaListaArquivos.asp?NumRfgct=396213>. Acesso em: 21/03/2014. 82 83 84 85 86 87 88 89 ANEXO D: CÓDIGO-FONTE DO RASTREADOR ULLER 90 #include "SIM900.h" #include <SoftwareSerial.h> #include "inetGSM.h" #include "gps.h" #include <PCD8544.h> GPSGSM gps; InetGSM inet; static PCD8544 lcd; char lon[15],lat[15],url[50],msg[50],ten[1]; char stat; double t1=0; double t2=0; int numdata; int count=1; boolean started=false; void setup() { lcd.begin(84, 48); Serial.begin(9600); lcd.setCursor(5, 0); lcd.println("Uller_V06_R01"); lcd.setCursor(0, 1); if (gsm.begin(2400)) { lcd.println("READY"); started=true; } else lcd.println("IDLE"); lcd.setCursor(0, 2); if(started) { if (gps.attachGPS()) lcd.println("GPS READY"); 91 else lcd.println("GPS ERROR"); delay(20000); lcd.setCursor(0, 3); stat=gps.getStat(); if(stat==1) lcd.println("NOT FIXED"); else if(stat==0) lcd.println("GPS OFF"); else if(stat==2) lcd.println("2D FIXED"); else if(stat==3) lcd.println("3D FIXED"); } }; void loop() { obtNMEA(); lcd.clear(); lcd.setCursor(0, 0); lcd.print("Lat: "); lcd.setCursor(25, 0); lcd.print(lat); lcd.setCursor(0, 1); lcd.print("Lon: "); lcd.setCursor(25, 1); lcd.print(lon); lcd.setCursor(0, 3); lcd.print("Enviando..."); verificaConexao(); 92 enviadados(); }; int8_t convert2Degrees(char* input){ float deg; float minutes; boolean neg = false; char aux[10]; if (input[0] == '-'){ neg = true; strcpy(aux, strtok(input+1, ".")); } else{ strcpy(aux, strtok(input, ".")); } deg = atof(aux); strcpy(aux, strtok(NULL, '\0')); minutes=atof(aux); minutes/=1000000; if (deg < 100){ minutes += deg; deg = 0; } else{ minutes += int(deg) % 100; deg = int(deg) / 100; } deg=deg+minutes/60; if (neg == true){ deg*=-1.0; } neg = false; 93 if( deg < 0 ){ neg = true; deg*=-1; } float numeroFloat=deg; int parteEntera[10]; int cifra; long numero=(long)numeroFloat; int size=0; while(1){ size=size+1; cifra=numero%10; numero=numero/10; parteEntera[size-1]=cifra; if (numero==0){ break; } } int indice=0; if( neg ){ indice++; input[0]='-'; } for (int i=size-1; i >= 0; i--){ input[indice]=parteEntera[i]+'0'; indice++; } input[indice]='.'; indice++; numeroFloat=(numeroFloat-(int)numeroFloat); for (int i=1; i<=6 ; i++){ numeroFloat=numeroFloat*10; cifra= (long)numeroFloat; numeroFloat=numeroFloat-cifra; 94 input[indice]=char(cifra)+48; indice++; } input[indice]='\0'; } void verificaConexao(){ if(started) { lcd.setCursor(0, 4); if (inet.attachGPRS("zap.vivo.com.br", "vivo", "vivo")) lcd.println("ATTACHED"); else lcd.println("ERROR"); gsm.WhileSimpleRead(); } } void obtNMEA(){ while(t1==t2){ lcd.setCursor(0, 4); lcd.clearLine(); lcd.print("Obtendo NMEA"); lcd.setCursor(0, 5); lcd.clearLine(); gps.getPar(lon,lat,msg,msg,msg); t1 = atof (lat); t2 = atof (lon); Serial.println(t1); Serial.println(t2); count++; if (t1==t2){ if (count==3){ gps.attachGPS(); delay(20000); gps.getStat(); 95 } if (count==4){ count=1; lcd.clear(); lcd.println("Sem sinal GPS!"); digitalWrite(GSM_ON, LOW); lcd.clear(); setup(); } } } count=1; t1=0; t2=0; convert2Degrees(lat); convert2Degrees(lon); sprintf(ten,"%d",count); } void enviadados(){ sprintf(url,"/ggtracker/put.php?did=357684040679771&pow=%s&val=true&lat=%s&lon=%s&acc=1",ten,la t,lon); numdata=inet.httpGET("www.uller.eng.br", 80, url, msg, 50); Serial.println(numdata); lcd.setCursor(0, 3); lcd.clearLine(); if (numdata==0){ count++; lcd.println("Erro no envio!"); } else { 96 count=1; lcd.println("Envio OK!"); } if (count>3){ lcd.clear(); lcd.println("Reiniciando..."); digitalWrite(GSM_ON, LOW); delay(3000); count=1; setup(); } else{ lcd.setCursor(0, 4); lcd.clearLine(); msg[50]=0; url[50]=0; } } 97 ANEXO E: LEIS PERTINENTES A RASTREAMENTO VEICULAR NO BRASIL 98 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2006 43 Cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá outras providências. O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei Complementar cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas. Art. 2o Fica instituído, no âmbito do Poder Executivo, o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, com os seguintes objetivos: I - planejar e implantar a política nacional de combate ao furto e roubo de veículos e cargas; II - gerar e implementar mecanismos de cooperação entre a União, os Estados e o Distrito Federal, para o desenvolvimento de ações conjuntas de combate ao furto e roubo de veículos e cargas, com a participação dos respectivos órgãos de segurança e fazendários; III - promover a capacitação e a articulação dos órgãos federais, estaduais e do Distrito Federal com atribuições pertinentes ao objeto desta Lei Complementar; IV - incentivar a formação e o aperfeiçoamento do pessoal civil e militar empregado na área de trânsito e segurança pública, no âmbito federal, estadual e do Distrito Federal; V - propor alterações na legislação nacional de trânsito e penal com vistas na redução dos índices de furto e roubo de veículos e cargas; VI - empreender a modernização e a adequação tecnológica dos equipamentos e procedimentos empregados nas atividades de prevenção, fiscalização e repressão ao furto e roubo de veículos e cargas; VII - desenvolver campanhas de esclarecimento e orientação aos transportadores e proprietários de veículos e cargas; VIII - organizar, operar e manter sistema de informações para o conjunto dos órgãos integrantes do Sistema, nos seus diferentes níveis de atuação; IX - promover e implantar o uso, pelos fabricantes, de códigos que identifiquem na nota fiscal o lote e a unidade do produto que está sendo transportado. § 1o O Sistema compreende o conjunto dos órgãos, programas, atividades, normas, instrumentos, procedimentos, instalações, equipamentos e recursos materiais, financeiros e humanos destinados à execução da política nacional de prevenção, fiscalização e repressão ao roubo e furto de veículos e cargas. § 2o (VETADO) § 3o Todos os órgãos integrantes do Sistema ficam obrigados a fornecer informações relativas a roubo e furto de veículos e cargas, com vistas em constituir banco de dados do sistema de informações previsto no inciso VIII do caput deste artigo. Art. 3o A União, os Estados e o Distrito Federal, mediante celebração de convênios, poderão estabelecer, conjuntamente, planos, programas e estratégias de ação voltados para o combate ao furto e roubo de veículos e cargas em todo o território nacional. Art. 4o (VETADO) Art. 5o (VETADO) Art. 6o (VETADO) Art. 7o O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN estabelecerá: I - os dispositivos antifurto obrigatórios nos veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou no exterior; II - os sinais obrigatórios de identificação dos veículos, suas características técnicas e o local exato em que devem ser colocados nos veículos; 43 LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2006 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp121.htm>. Acesso em: 29/05/2014. – Disponível em: 99 III - os requisitos técnicos e atributos de segurança obrigatórios nos documentos de propriedade e transferência de propriedade de veículo. § 1o As alterações necessárias nos veículos ou em sua documentação em virtude do disposto pela Resolução do CONTRAN, mencionada no caput deste artigo, deverão ser providenciadas no prazo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da publicação dessa Resolução. § 2o Findo o prazo determinado no § 1o deste artigo, nenhum veículo poderá ser mantido ou entrar em circulação se não forem atendidas as condições fixadas pelo CONTRAN, conforme estabelecido neste artigo. Art. 8o Todo condutor de veículo comercial de carga deverá portar, quando este não for de sua propriedade, autorização para conduzi-lo fornecida pelo seu proprietário ou arrendatário. § 1o A autorização para conduzir o veículo, de que trata este artigo, é de porte obrigatório e será exigida pela fiscalização de trânsito, podendo relacionar um ou mais condutores para vários veículos, de acordo com as necessidades do serviço e de operação da frota. § 2o A infração pelo descumprimento do que dispõe este artigo será punida com as penalidades previstas no art. 232 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Art. 9o Art. 9o Para veículos dotados de dispositivo opcional de prevenção contra furto e roubo, as companhias seguradoras reduzirão o valor do prêmio do seguro contratado. Parágrafo único. O CONTRAN regulamentará a utilização dos dispositivos mencionados no caput deste artigo de forma a resguardar as normas de segurança do veículo e das pessoas envolvidas no transporte de terceiros. Art. 10. Ficam as autoridades fazendárias obrigadas a fornecer à autoridade policial competente cópia dos autos de infração referentes a veículos e mercadorias desacompanhados de documento regular de aquisição, encontrados durante qualquer ação fiscal. Art. 11. (VETADO) Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de fevereiro de 2006; 185o da Independência e 118o da República. JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA Márcio Thomaz Bastos Alfredo Nascimento Paulo Bernardo Silva Márcio Fortes de Almeida Álvaro Augusto Ribeiro Costa 100 RESOLUÇAO Nº. 245 DE 27 DE JULHO DE 200744 Dispõe sobre a instalação de equipamento obrigatório, denominado antifurto, nos veículos novos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; Considerando as atribuições conferidas ao CONTRAN pela Lei Complementar nº 121, de 9 de fevereiro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá outras providências e o disposto no caput do art. 105, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, a fim de estabelecer a obrigatoriedade de equipamento antifurto nos veículos novos saídos de fábrica, produzidos no País ou no exterior; Considerando a necessidade de dotar os órgãos executivos de trânsito de instrumentos modernos e interoperáveis para planejamento, fiscalização e gestão do trânsito e da frota de veículos; Considerando o que consta do Processo nº 80001.003014/2007-99, RESOLVE: Art. 1º - Todos os veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou importados a partir de 24 (vinte e quatro) meses da data da publicação desta Resolução somente poderão ser comercializados quando equipados com dispositivo antifurto. §1º - O equipamento antifurto deverá ser dotado de sistema que possibilite o bloqueio e rastreamento do veículo. §2º - Serão vedados o registro e o licenciamento dos veículos dispostos no caput deste artigo, que não observarem o disposto nesta Resolução. §3º Os veículos de uso bélico não estarão sujeitos a obrigatoriedade disposta no caput deste artigo. Art. 2º - O órgão máximo executivo de trânsito da União definirá, no prazo de noventa dias, as especificações do dispositivo antifurto e do sistema de rastreamento de que trata o artigo 1º desta Resolução. Art. 3º - O equipamento antifurto e o sistema de rastreamento deverão ser, previamente, homologados pela ANATEL, órgão responsável pela regulamentação do espectro de transmissão de dados, e pelo DENATRAN. 44 RESOLUÇAO Nº. 245 DE 27 DE JULHO DE – Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_245.pdf>. Acesso em: 29/05/2014. 101 Art. 4º - Caberá ao proprietário do veículo decidir sobre a habilitação do equipamento junto aos prestadores de serviço de rastreamento e localização, definindo o tipo e a abrangência do mesmo. Art. 5º - As informações sigilosas obtidas através do rastreamento do veículo deverão ser preservadas nos termos da Constituição Federal e das leis que regulamentam a matéria e serão disponibilizadas para o órgão gestor do Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, criado pela Lei Complementar n º 121 de 09 de fevereiro de 2006. Art. 6º O descumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará o infrator à aplicação das sanções previstas nos Arts. 230, inciso IX e 237 do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. ALFREDO PERES DA SILVA Presidente ELCIONE DINIZ MACEDO Ministério das Cidades – Suplente JOSÉ ANTONIO SILVÉRIO Ministério da Ciência e Tecnologia – Suplente RUI CÉSAR DA SILVEIRA BARBOSA Ministério da Defesa – Suplente CARLOS ALBERTO RIBEIRO DE XAVIER Ministério da Educação – Suplente CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS Ministério do Meio Ambiente – Suplente VALTER CHAVES COSTA Ministério da Saúde – Titular EDSON DIAS GONÇALVES Ministério dos Transportes – Titular 102 RESOLUÇAO Nº. 245 DE 27 DE JULHO DE 2007 (com as alterações das Resoluções nº 329/09 e nº 364/10)45 Dispõe sobre a instalação de equipamento obrigatório, denominado antifurto, nos veículos novos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; Considerando as atribuições conferidas ao CONTRAN pela Lei Complementar nº 121, de 9 de fevereiro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá outras providências e o disposto no caput do art. 105, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, a fim de estabelecer a obrigatoriedade de equipamento antifurto nos veículos novos saídos de fábrica, produzidos no País ou no exterior; Considerando a necessidade de dotar os órgãos executivos de trânsito de instrumentos modernos e interoperáveis para planejamento, fiscalização e gestão do trânsito e da frota de veículos; Considerando o que consta do Processo nº 80001.003014/2007-99, RESOLVE: Art. 1º - Todos os veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou importados a partir de 24 (vinte e quatro) meses da data da publicação desta Resolução somente poderão ser comercializados quando equipados com dispositivo antifurto. §1º - O equipamento antifurto deverá ser dotado de sistema que possibilite o bloqueio autônomo (local) e bloqueio remoto. (redação dada pela Resolução nº 329/09) §2º - Serão vedados o registro e o licenciamento dos veículos dispostos no caput deste artigo, que não observarem o disposto nesta Resolução. §3º Os veículos de uso bélico e os veículos classificados como carroceria “Dolly” dentre aqueles de Tipo “Reboque” ou “Semirreboque” não estarão sujeitos a obrigatoriedade disposta no caput deste artigo. (redação dada pela Resolução nº 364/10) Art. 2º - O órgão máximo executivo de trânsito da União definirá, no prazo de noventa dias, as especificações do dispositivo antifurto e do sistema de rastreamento de que trata o artigo 1º desta Resolução. 45 RESOLUÇAO Nº. 245 DE 27 DE JULHO DE 2007 (com as alterações das Resoluções nº 329/09 e nº 364/10) – Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_245_07.pdf>. Acesso em: 29/05/2014. 103 Art. 3º - O equipamento antifurto e o sistema de localização deverão ser previamente homologados pela ANATEL, entidade responsável pela regulamentação do espectro de transmissão de dados, e pelo DENATRAN. (redação dada pela Resolução nº 329/09) Art. 4º - É facultado ao proprietário decidir sobre a aquisição da função de localização do veículo e posterior habilitação do equipamento junto aos prestadores de serviço de localização, definindo o tipo e a abrangência do mesmo. (redação dada pela Resolução nº 329/09) § 1º A função bloqueio deverá obrigatoriamente sair de fábrica funcional e, sempre que acionada, proporcionar segurança adequada ao veículo. (redação dada pela Resolução nº 329/09) § 2º O bloqueio deve ser autônomo, ativado localmente pelo usuário ou pelo próprio veículo através de dispositivos de sensoriamento remoto, que será ativado através do recebimento de comando de bloqueio por autorização expressa do proprietário do veículo. (redação dada pela Resolução nº 329/09) Art. 5º - As informações sigilosas obtidas através da função de localização serão preservadas, nos termos da Constituição Federal e das leis que regulamentam a matéria e disponibilizadas para o órgão gestor do Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, criado pela Lei Complementar nº 121, de 9 de fevereiro de 2006. (redação dada pela Resolução nº 329/09) Art. 6º O descumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará o infrator à aplicação das sanções previstas nos Arts. 230, inciso IX e 237 do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. ALFREDO PERES DA SILVA Presidente ELCIONE DINIZ MACEDO Ministério das Cidades – Suplente JOSÉ ANTONIO SILVÉRIO Ministério da Ciência e Tecnologia – Suplente RUI CÉSAR DA SILVEIRA BARBOSA Ministério da Defesa – Suplente CARLOS ALBERTO RIBEIRO DE XAVIER Ministério da Educação – Suplente CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS Ministério do Meio Ambiente – Suplente VALTER CHAVES COSTA Ministério da Saúde – Titular EDSON DIAS GONÇALVES Ministério dos Transportes – Titular 104 PORTARIA Nº 47 DE 20 DE AGOSTO DE 200746 O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO - DENATRAN, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 19, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1.997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB); Considerando o disposto no Art. 2º da Resolução CONTRAN nº 245 de 27 de julho de 2007, que dispõe sobre a instalação de equipamento obrigatório, denominado antifurto, nos veículos novos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros, resolve: Art. 1º Definir na forma do Anexo desta Portaria, as especificações, as características e as condições de funcionamento e operação do dispositivo antifurto e do sistema de rastreamento de que trata a Resolução CONTRAN nº 245/2007. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. ALFREDO PERES DA SILVA 46 PORTARIA Nº 47 DE 20 DE AGOSTO DE 2007 – Disponível em: http://www.denatran.gov.br/download/Portarias/2007/PORTARIA_DENATRAN_47_07.pdf>. 29/05/2014. Acesso em: 105 ANEXO EQUIPAMENTO ANTIFURTO - SISTEMA DE RASTREAMENTO 1 - DEFINIÇÕES 1.1 - Equipamento antifurto Denomina-se equipamento antifurto aquele que apresenta as funções de rastreamento e bloqueio de veículos. 1.2 - Sistema de rastreamento Denomina-se sistema de rastreamento aquele que realiza a leitura de sua localização através constelação de satélites e detém canal comunicação para envio das informações de posicionamento a uma central de serviço de monitoramento. 1.3 - Bloqueio Entende-se por bloqueio a característica de impedir o funcionamento do veículo. 2 - DO EQUIPAMENTO: 2.1 - Função: O equipamento antifurto deverá obrigatoriamente executar as funções de bloqueio, calculo e armazenamento de posicionamento geográfico, com base em informações precisas recebidas de uma constelação de satélites. Deverá também ter integrado, módulo de comunicação que permita ao equipamento antifurto, quando o serviço de rastreamento estiver ativado, enviar informações a uma central de serviço de monitoramento e receber comandos da mesma. 2.2 - Composição: O equipamento de rastreamento deverá ser constituído de vários módulos funcionais conforme figura 1 e descrição abaixo: 106 Figura 1: Interface com o veículo 2.2.1 - Módulo de Recepção Satélite Componente que tem como função receber sinais de quatro ou mais satélites, de uma constelação, para gerar coordenadas precisas da localização do veículo. 2.2.2 - Módulo de comunicação bi-direcional Componente responsável por transmitir e receber informações da central de serviços de monitoramento. O módulo deverá ter todos os requisitos técnicos e funcionais para estabelecer comunicação segura, confiável e ter certificado de homologação ANATEL. 2.2.3 - Módulo de Gerenciamento e Bloqueio Componente que concentra toda a inteligência do sistema. Tem como função coletar as informações disponibilizadas pelo modulo de recepção satélite e traduzi-las em coordenadas geográficas. Também é responsável pela interface com o módulo de comunicação, bloqueio do veículo e gerenciamento de todas as funções do equipamento antifurto. 2.2.4 - Módulo de Bateria Auxiliar É o componente do equipamento antifurto que suporta o dispositivo com energia suplementar nos casos de corte da conexão com o sistema de bateria do veículo ou por falta de energia na mesma. A bateria auxiliar deverá ter capacidade de manter o equipamento em funcionamento, pelo tempo mínimo necessário a execução das funções necessárias a proteção do veículo, depois de cortada a alimentação principal. 2.3 - Características complementares: A remoção do equipamento de rastreamento deverá impedir que o veículo seja acionado. O equipamento antifurto / rastreamento deverá atender as normas de segurança quanto à interconexão de dispositivos eletrônicos à arquitetura dos veículos, evitando desta forma interferência no funcionamento de outros equipamentos. 3 - DA FUNÇÃO DE BLOQUEIO E RASTREAMENTO 107 3.1 - Função de bloqueio A função de bloqueio deverá obrigatoriamente sair de fábrica funcional e sempre que acionada, proporcionar segurança adequada ao veículo. O bloqueio pode ser autônomo, ativado localmente pelo usuário ou pelo próprio veículo através de dispositivos de sensoriamento ou remoto, através de comandos recebidos de uma central de serviços de monitoramento, nos casos em que a função de rastreamento tenha sido ativada pelo proprietário do veículo. O bloqueio do veículo só poderá ocorrer nas condições em que o mesmo não se encontre em movimento, eliminando desta forma a possibilidade de acidentes. 3.2 - Função de Rastreamento A função de rastreamento deverá sair obrigatoriamente de fábrica integrada ao equipamento antifurto. Não será permitida a ativação da função de rastreamento, por parte de provedores de serviços de monitoramento, sem o prévio conhecimento e anuência por escrito do proprietário do veículo. O equipamento antifurto/rastreamento, sempre que ativado, deverá enviar informações precisas sobre seu posicionamento, enviar informações sobre eventos relacionados a segurança do veículo e receber comandos de bloqueio da central de serviços de monitoramento. 3.3 - Das empresas prestadoras de serviços de monitoramento / rastreamento As empresas prestadoras de serviço de monitoramento deverão ser obrigatoriamente certificadas pelo DENATRAN. A certificação de empresas prestadoras de serviço de monitoramento contemplará os seguintes procedimentos: • • • • • Análise de capacitação técnica Capacidade financeira Histórico de serviços prestados Capacidade operacional Analise do responsável técnico 108 • Serviço de atendimento a clientes A certificação estará sujeita a revisão anual e será revogada sempre que os serviços prestados, não apresentarem a qualidade / disponibilidade contratada. 109 RESOLUÇÃO Nº 443 , DE 25 DE JUNHO DE 201347. Altera a Resolução CONTRAN n° 330, de 14 de agosto de 2009, que estabelece o cronograma para a instalação do equipamento obrigatório definido na Resolução CONTRAN nº 245/07. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inciso I do artigo 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, Considerando o disposto no artigo 7º da Lei Complementar nº 121, de 09 de fevereiro de 2006, que deu competência ao CONTRAN para estabelecer os dispositivos antifurto obrigatórios e providenciar as alterações necessárias nos veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no país ou no exterior, a serem licenciados no Brasil; Considerando o disposto na Resolução nº 245, de 27 de julho de 2007, que definiu as características do equipamento antifurto, e a necessidade de programação das indústrias automotiva e de equipamentos, para fornecimento e instalação de forma progressiva; Considerando o disposto no § 4º do artigo 105 do CTB, que trata dos equipamentos obrigatórios e confere competência ao CONTRAN para estabelecer os prazos para o atendimento da obrigatoriedade; Considerando o disposto na Resolução nº 330, de 14 de agosto de 2009, com as alterações promovidas pela Resolução n° 343, de 05 de março de 2010 e pela Resolução nº 364, de 24 de novembro de 2010; Considerando o andamento da Operação Assistida e as reuniões entre a ANFAVEA, ABRACICLO, SINDIPEÇAS, SINDITELEBRASIL, SERPRO, GRISTEC, DENATRAN e MCIDADES; Considerando os resultados observados durante a Operação Assistida e os prazos necessários à conclusão dos testes de veículos contendo o módulo antifurto, e a necessidade de extensão dos prazos de validação do funcionamento de todo o sistema: Bloqueio Autônomo, Bloqueio Remoto e a Função de Localização; Considerando o que consta do Processo nº 80000.041457/2010-93; RESOLVE: Art. 1° Estender a implantação da Operação Assistida de que trata o art. 2º da Resolução CONTRAN n° 330, de 14 de agosto de 2009, até 31 de dezembro de 2013. 47 RESOLUÇÃO Nº 443, DE 25 DE JUNHO DE 2013 – Disponível em: http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4432013.pdf>. Acesso em: 29/05/2014. 110 Art. 2° O cronograma estabelecido no artigo 4° da Resolução CONTRAN n° 330/2009 passa a ser o seguinte: I – Nos automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários: a) a partir de 31 de dezembro de 2013, em 20% (vinte por cento) da produção total destinada ao mercado interno; b) a partir de 30 de agosto de 2014, em 50% (cinquenta por cento) da produção total destinada ao mercado interno; c) a partir de 31 de dezembro de 2014, em 100% (cem por cento) da produção total destinada ao mercado interno; II – Nos caminhões, ônibus e microônibus: a) a partir de 31 de dezembro de 2013, em 20% (vinte por cento) da produção total destinada ao mercado interno; b) a partir de 30 de agosto de 2014, em 50% (cinquenta por cento) da produção total destinada ao mercado interno; c) a partir de 31 de dezembro de 2014, em 100% (cem por cento) da produção total destinada ao mercado interno; III – Nos caminhões-tratores, semirreboques e reboques a partir de 30 de junho de 2014, em 100% (cem por cento) da produção total destinada ao mercado interno; IV - Nos ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos: a) a partir de 31 de março de 2014, em 5% (cinco por cento) da produção total destinada ao mercado interno; b) a partir de 30 de agosto de 2014 em 15% (quinze por cento) da produção total destinada ao mercado interno; c) a partir de 31 de dezembro de 2014, em 50% (cinquenta por cento) da produção total destinada ao mercado interno; d) a partir de 28 de fevereiro de 2015, em 100% (cem por cento) da produção total destinada ao mercado interno; Parágrafo Único: Poderá ser requerido ao DENATRAN prazo adicional de 6 (seis) meses para início da produção dos veículos, em atendimento ao disposto nesta Resolução, findo o qual a produção abrangerá 100% (cem por cento) dos veículos. Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, sendo facultado antecipar sua adoção total ou parcial, conforme disposto na Resolução CONTRAN nº 245 de 27 de julho de 2007, a partir de 01 de julho de 2013, data de início da disponibilidade da infraestrutura de telecomunicações, sem prejuízo dos prazos estabelecidos no Art. 2° desta Resolução. Antônio Claudio Portella Serra e Silva Presidente Jerry Adriane Dias Rodrigues Ministério Da Justiça 111 Davi Rodrigues de Oliveira Ministério da Defesa Rone Evaldo Barbosa Ministério dos Transportes Thiago Cássio D’Ávila Araújo Ministério da Educação Luiz Otávio Maciel Miranda Ministério da Saúde José Antônio Silvério Ministério da Ciência e Tecnologia Paulo Cesar de Macedo Ministério do Meio Ambiente 112 ANEXO F: DATASHEETS DE COMPONETES UTILIZADOS NO PROJETO 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130