Edição 4 - Agro100

Transcrição

Edição 4 - Agro100
Ano I - n° 4 novembro/dezembro de 2012
Pioneiros
Nesta edição iniciamos,
com José Favoreto, uma série de reportagens com produtores pioneiros.
Gente que chegou cedo à
nossa região, incou os pés na
terra vermelha, desbravou
sertões, plantou e colheu,
formou famílias e cidades.
Transformaram seus sonhos
em nossa realidade!
José Favoreto, na década de 40, com o burro “Rio Preto”
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Romeu Kiihl, “o pai da soja no Brasil”
Alinhando estratégias para
melhor atender os produtores
Ciência a serviço da
produtividade no campo
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Viagem aos
Estados Unidos
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Cuidado com a
ferrugem da soja
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Parceria com
Hospital do Câncer
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Nos Estados Unidos
Londrina - Matriz
Av. 10 de Dezembro, 6930 - (43) 3373-1100
Alvorada do Sul - PR
Av. Beira Lago, nº 78 - (43) 3661-1439
Assaí - PR
Av. Paul Harris, 125 - (43) 3262-5289
Bela Vista do Paraiso - PR
Rua Carlos Dias Reis, 261 - (43) 3242-3626
Borrazópolis - PR
Rod. Br 466 Km1 nº 1.334 - (43) 3452-2116
Cambé - PR
Av. Inglaterra, 2013 - (43) 3154-0123
Eldorado - MS
Rua Ruy Barbosa,87 Jardin Novo Eldorado - MS
(67) 3473-2000
Maringá - PR
Av. Prefeito Sincler Sambati, nº 2370(44) 3029-4888
Mauá da Serra -PR
Rua Projetada, 02 Parque Industrial
(43) 3464-1623
Naviraí - MS
Av. Weimar Gonçalves Torres, 1093 - sala 3
(67) 3461-5725
Nova Santa Bárbara - PR
Rua João Jurandir de Moraes, 432 - (43) 3266-1134
Ponta Porã - MS
Rua Comandante Lincoln Paiva, 26 (67) 3433-3000
Primeiro de Maio -PR
Rua Quatro, 110 - (43) 3235-1007
Sabáudia - PR
Rod. PR 218 Km 14 - Pq. Industrial (44) 3251-1300
São Jorge do Ivaí - PR
Rod. PR-554 - Km 17,1 - (44) 3243-1003
Sertanópolis - PR
Rod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-2620
Tamarana - PR
Rod. Vitório Francovig - Km 2 - (43) 3398-1600
Londrina - sede
Rodovia Celso Garcia Cid, 1545 - (43) 3374-1100
Cambé - PR
Estrada da Prata - Km 4 - (43) 3251-5353
Bela Vista do Paraíso - PR
Rod. PR-090 - Km 4 - (43) 9195-5927
Guaravera (Londrina) - PR
Rod. PR-538 - Km 2 - (43) 3398-3330
Primeiro de Maio - PR
Rod. PR-445 - Km448 - (43) 3235-1000
Sertanópolis - PR
Rod. PR-323 - Km 426 - (43) 3232-5050
Os produtores rurais, parceiros da Agro
100, Dagoberto José Ludwig, Dagoberto Januário Ludwig, Paulo Roberto Machado,
Adilson Antonio Bernardi, José Luiz Babugia
e José Antônio Favoreto de Araújo, viajaram
durante 10 dias pelos Estados Unidos, acompanhados pelos diretores Walter Bussadori e
Antônio Luiz Giuliangeli e pelo coordenador
comercial da ilial de Sertanópolis, João Wagner Meneguel, o “Fininho.
bilismo do mundo) e muitos outros pontos
turísticos norte-americanos.
Nesta viagem técnica e cultural, conheceram lavouras, produtores, a Bolsa de Chicago, empresas de produção de equipamentos,
insumos e pesquisa, como a sede da Monsanto, o maior laboratório de biotecnologia
do mundo, além, é claro, de visitarem a Nasa,
a Disney, o Autódromo de Indianápolis (espaço que reúne o maior público do automo-
Segundo ele, este foi o terceiro ano consecutivo que a Agro100 organizou esta visita de
produtores aos Estados Unidos. “Entramos
com a organização e cada um deles custeou
as suas próprias despesas. É uma parceria
interessante para nós e os nossos parceiros.
No ano que vem vamos fazer outra viagem”,
completa Bussadori.
“Acho muito bom que, além do conhecimento técnico, possamos conhecer os aspectos culturais e como vivem e trabalham os
produtores de outros países. Sempre tiramos
bons ensinamentos. Também pudemos constatar os efeitos da seca que eles enfrentaram
neste ano”, disse Walter Bussadori.
Rolândia- PR
Terminal de Transbordo
Rod BR-369 - Cambé / Rolândia, (43) 3156-1600
Na Bolsa de Chicago
No centro de biotecnologia da Monsanto
Na John Deere
Na Nasa, ao fundo a Apolo 11
Nas lavouras de soja
O prejuízo nas lavouras de milho
Orgão de divulgação do Grupo AGRO100
Produção:
(43) 3024-4084 - (43) 9139-3933
Jornalista Responsável
Nilson Herrero - MTB 2113
Programação Visual
Dione Lima
Revisão
Maria Christina Ribeiro Boni
Impresso
em papel
reciclado
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Planejamento
Alinhando estratégias para
melhor atender os produtores
No inal de outubro, 80 colaboradores da Agro100 (entre Gerentes,
Coordenadores e CTVs (Consultores Técnicos) estiveram reunidos
com a equipe técnica e comercial da Monsanto (Sementes Agroceres e Roundup) numa Reunião Técnica de Alinhamento, na Pousada
Salto Bandeirantes, em Santa Fé.
O encontro “NOSSA FORÇA É VOCÊ” serviu para reforçar o planejamento e estratégias para o próximo ano dentro da parceria entre
as duas empresas.
Foram repassados a todos os técnicos os excelentes resultados do
híbrido AG 8500PRO na última Safrinha, um híbrido precoce rápido, boa sanidade, de alta tolerância ao frio e indicado a buscar o
máximo potencial produtivo, lançado especialmente para a safra de
inverno.
Foram alinhadas as recomendações técnicas do portfólio Roundup,
principalmente dos lançamentos ROUNDUP ULTRA e TRANSORB R, além de deinir as estratégias e ações para acompanhamen-
Técnicos da Agro100 e Monsanto reunidos
Noite de comemoração
Funcionários e diretores comemoram os resultados do ano
to das áreas de nossos clientes, mapeando e levantando o banco de
plantas invasoras e recomendando as soluções tecnológicas para os
principais problemas regionais, como buva e amargoso.
O planejamento dos dias de campo regionais foi outro foco do encontro. “Os dias de campo têm como objetivo validar o nosso pacote
tecnológico junto aos nossos produtores parceiros. E este encontro
entre os técnicos da Agro100 e da Monsanto busca ainar conhecimentos e interação entre as equipes de venda e assistência técnica
para atender melhor nossos produtores parceiros, que são o nosso
objetivo inal e a razão do nosso trabalho”, explica Roberto Gajardoni, Gerente Comercial e de Negócios da Agro100.
A Agro100 foi premiada este ano pela Monsanto com o Prêmio
Destaque como a melhor empresa em Geração de Demanda entre os
seus distribuidores do Sul do País, envolvendo os Estados do Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Desempenho que foi comemorado pelas equipes técnicas das duas
empresas ao inal do encontro.
Diretoria brinda o Prêmio de Revendedor Destaque do Sul
Fernando Garcia, diretor da Agro100 agradeceu a Sérgio Fraga, gerente
regional da Monsanto, pela coniança
Assistentes Técnicos da Monsanto na região
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Tecnologia
Fertilizante inovador
Há aproximadamente sete meses, a Agro100 foi credenciada
pela Mosaic Fertilizantes para distribuir sua linha de fertilizantes
Premium, denominada MicroEssentials.
Rodrigo Bussadori, responsável pelo setor de fertilizantes da
empresa, destaca que a chegada deste produto vem ao encontro
das atuais necessidades do produtor. “A aceitação foi muito grande
e superou todas as expectativas. Estamos surpresos com o volume
que já izemos, e a linha Microessentials deve encerrar esse primeiro ano de trabalho já representando 20% da área por nós atendida”,
disse.
Existem dois grandes motivos que explicam o porquê desta
parceria estar prosperando: o primeiro, é o trabalho técnico que a
equipe da Agro100 vem demonstrando no campo,ganhando cada
vez mais a credibilidade de seus clientes, fruto de treinamento realizado pela equipe técnica comercial da Mosaic Fertilizantes; e o
segundo,são os são os múltiplos benefícios oferecidos pelo produto.
MicroEssentials vem ganhando espaço rapidamente no mercado brasileiro, principalmente devido à alta qualidade física. O
fato de sua fonte nitrogenada ser 100% amoniacal reduz o risco de
empedramento, facilitando o manuseio e a aplicação do produto.
Além disso, todos os seus grânulos possuem Nitrogênio, Fósforo e
Enxofre, proporcionando um plantio extremamente uniforme.
As formulações que a Agro100 oferece aos produtores são cerca
de duas vezes mais concentradas em Fósforo em relação aos produtos convencionais oferecidos pelo mercado, promovendo uma
economia no volume de aplicação, sem, no entanto, diminuir a
quantidade de nutrientes aplicados. Isto faz com que as paradas
para abastecimento das plantadeiras sejam reduzidas, gerando ga-
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nho de tempo e um maior rendimento operacional.
Suas fórmulas, em geral, também possuem baixa concentração
de Potássio, podendo, inclusive, não haver este nutriente. Com
isso, ocorre uma diminuição da salinidade próximo à semente,
melhorando, deste modo, a germinação, a arquitetura e a área das
raízes, e, por consequência, reduzindo a suscetibilidade da lavoura
frente às intempéries.
Além disso, todas as formulações para soja contém Nitrogênio, o
que proporciona um melhor arranque inicial e a instalação da cultura em menor tempo, diminuindo o risco a estresses hídricos.
Esta linha de produto ainda contém em suas formulações duas
fontes diferentes de Enxofre - o Sulfato, que é prontamente disponível para a planta; e o Enxofre na forma elementar, de liberação
gradual - ofertando este nutriente, que vem se mostrando cada vez
menos disponível em nossos solos, durante todo o ciclo da cultura. É importante frisar que este é um processo patenteado, sendo
a Mosaic a única empresa de fertilizantes a oferecer esta tecnologia.
Por tudo isso, as lavouras nas quais o MicroEssentials foi utilizado atestam que o seu uso é vantajoso ao produtor, já que os ganhos,
tanto operacional quanto de produtividade, proporcionam um elevado retorno sobre o investimento.
Não ique de fora. Procure agora mesmo uma revenda da
Agro100 mais próximo de você e faça proveito desta inovadora
tecnologia.
Contribuiu para esta matéria, João Sampaio (Supervisor da Mosaic Fertilizantes na região).
Pioneiros
100 contos que mudaram
a vida de José Favoreto
Paulista de Santa Rita do Passa
Quatro, o pioneiro José Favoreto
vai completar 90 anos de vida no
próximo dia 8 de dezembro. Forte, lúcido, tranquilo e atencioso.
Dever cumprido à risca, homem
que rareou nos tempos modernos. Conversa que dá prazer ao
ouvinte, cheia de ensinamentos
nas entrelinhas, pena que muitas
vezes não as “lemos”.
seus conhecidos, Juvenal Teixeira, escutou a conversa. Chamou-o do lado e disse, “eu te
empresto os 100 contos, passe
amanhã lá em casa”. José conta
que nem dormiu fazendo planos. Às quatro horas da manhã
ele já estava na casa do Juvenal
que levou um susto. Pegou o dinheiro emprestado e saiu comprando gado.
Conseguiu comprar 120 bois
Em 1928, chegou a Sertanópolis
com os 100 contos. Chegou a
com os pais, Antônio Benjamin
Sertanópolis com a boiada e na
Favoreto e Rita Lopes Favoreto,
José Favoreto com a família
mesma semana vendeu para os
mais a irmã e os tios José Favoseus irmãos Mario e Aurélio por
reto e Antônio Favoreto. Família
grande, os Favoreto eram colonos de café em Santa Rita do Passa 130 contos. “Ganhei o que não ganhava no ano. Fui devolver os 100
Quatro, ouviram falar do Norte do Paraná e compraram terra aqui. contos do Juvenal e ele icou bravo e me disse, ‘não quero receber
Os que icaram se comprometeram a tocar a empreita e os que vie- o dinheiro agora, vai trabalhar, rapaz. Vai comprar o seu gado’.”
ram contaram com a ajuda do patrão, que mandou o caminhãoziVirou comprador e vendedor de boi, adquiriu terras e passou a
nho Ford trazê-los até a barranca do Rio Tibagi. O rio estava cheio
e a viagem já começou diicil, levaram dois dias para atravessar de ser criador de gado. Foi sócio do primo Pedro Favoreto, por 8 anos,
balsa. Daí foi mais um percurso pela mata em carroças de burros, negociando boi. Comprava boiada em toda a região, até na região
alugadas, até a Água Setilha, distante 12 quilômetros da localidade de Apucarana. Na maioria das vezes trazia os bois tocados para
onde hoje é Sertanópolis. No caminho, ele conta que izeram para- Sertanópolis. Comprou caminhão para tansportar bois gordos que
vendia para frigoríicos em Londrina e Cambé, principalmente.
da na casa de um morador conhecido como Calabrês.
Era só mata e uma picada, conta José Favoreto. “Ficamos mais de
um mês na casa do Valentin Fantin, sitiante que já morava na Setilha, até que meu pai e meus tios derrubaram um pedaço de mato
e izeram a nossa casa de pau a pique, com troncos de palmito. A
porta era de “parafuso”, varas travadas em cima e embaixo. Minha
mãe chorava, ouvia os esturros das onças e dizia: - Ai, meu Deus, as
onças vão comer as crianças e depois vai nos comer também. E os
mosquitos judiavam da gente.”
“Na época, além da família de Valentin Fantin, moravam na localidade a família de Antonio Matesco e os irmãos Picinati (Basílio,
Primo e Segundo). Em Sertanópolis tinha um pequeno povoado
e três comerciantes instalados. Duas vendas de secos e molhados,
a do Silvio Corsini e outra de um libanês conhecido como Turco
Abes, além de uma loja de roupas do Antonio Pescador”, puxa na
memória.
“Meu pai plantou café e criou os nove ilhos aqui. Mas muita gente
que veio desistiu. Vendeu a terra por “preço de banana” e voltaram
para as suas regiões de origem. Plantavam e colhiam, mas não tinham pra quem vender. Mudavam de plantio e também não vendiam o que produziam. A vida era difícil neste sertão”, lembra.
Aos 22 anos José Favoreto casou-se com Orlanda Biazoto, com
quem teve cinco ilhos, Izaura, Zenilda, Valdomiro, Valdemar e
Deisimara. Dona Orlanda nasceu em 1924 e faleceu em 2008, aos
84 anos.
Aos 26 anos, trabalhando como administrador de fazenda, numa
conversa na venda da Setilha ele disse que, se tivesse 100 contos,
comprava em boi e nunca mais trabalharia de empregado. Um dos
Chegou a ter mais de 1.500 animais e tudo que ganhava investia
Valdemar Favoreto, pioneiro no plantio de soja, com o pai, José Favoreto
em terras. Acabou proprietário de cerca de mil alqueires, que recentemente dividiu entre os ilhos.
Seu ilhoValdemar Favoreto é um dos pioneiros no plantio de soja
na região, começou com a lavoura ainda menino, em 1971. Hoje é
um dos parceiros da Agro100.
Às vesperas de seus 90 anos, família criada, 15 netos e dez bisnetos, José Favoreto olha para uma de suas fotos tirada na década de
40, com saudosismo. Está ao lado de um burro preto e bem tralhado, e não titubeia, com uma memória invejável informa: “esse burro era o Rio Preto”. Diz que se sente um homem realizado, sempre
gostou de gado e trabalhou no que gosta. “Faria tudo de novo”,
completa.
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Nosso Parceiro
Ciência a serviço da
produtividade no campo
Mais de 80% das variedades de soja lançadas no Brasil são criadas por
empresas privadas. Entre as maiores geradoras de genética está a TMG
- Tropical Melhoramento e Genética Limitada, parceira da Agro100.
Nascida em 2000 a partir da sociedade de três pesquisadores com agricultores e produtores de sementes do Mato Grosso, a TMG trabalha na
criação e desenvolvimento de novas cultivares de soja. Com sede em
Cambé a empresa conta com um moderno laboratório de biotecnologia
e um total de 2.400 m2 em casas de vegetação e parque de máquinas.
A TMG já lançou no mercado cerca de três dezenas de variedades
para as regiões Sul e Cerrado. Segundo o diretor cientíico e melhorista de germoplasma da empresa, Romeu Kiihl, para se fazer uma no
cultivar de soja são necessários cerca de 12 anos de trabalho. Mas com
grandes investimentos a empresa consegue fazer uma nova cultivar em
apenas cinco anos. Assim, em 2005 foram lançadas as primeiras cultivares TMG. “Fomos a primeira empresa no mercado a lançar uma cultivar
de soja Roundup Ready® (RR) com tolerância ao nematoide das galhas
(TMG 103 RR)”, comenta Kiihl.
“Pai da soja”
Conhecido no mundo como “O pai da soja no Brasil”, Romeu Afonso
de Souza Kiihl formou-se em agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/Usp), em
1965. Tem mestrado em Melhoramento Vegetal e doutorado em Agronomia Vegetal, ambos pela Mississipi State University. Começou seu
trabalho com soja mesmo antes de terminar sua faculdade. Depois de
formado, trabalhou de 66 a 74 no Instituto Agronômico de Campinas
(IAC). Transferiu-se para o Iapar – Instituto Agronômico do Paraná,
onde icou até 78. A partir de então foi para o Centro Nacional de Pesquisa de Soja, também em Londrina, até se aposentar, em 2002.
No Mato Grosso a maior parte das sementes plantadas são TMG.
Nas regiões dos Cerrados a empresa trabalha em parceria com a fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação
MT). Esta parceria gerou um dos maiores programas de melhoramento
genético de soja do mundo. Cerca de 650.000 linhas de progênie (linhagens geneticamente distintas) são avaliadas anualmente pelo programa.
E o processo mais rápido permitiu encurtar o tempo de lançamento de
novos cultivares.
De acordo com Kiihl, mais de 80% da produção de soja no Brasil é
transgênica. Ele explica que é caro produzir soja, pois é necessário utilizar fungicida e ainda assim não há uma garantia de não ter prejuízo.
Entretanto, com os estudos de transgenia é possível diminuir esse valor.
“Com as pesquisas estão sempre surgindo novos genes. As sementes
TMG, por exemplo, têm tolerância a herbicida, resistência a lagarta e
alta produtividade”, ressalta.
O melhorista explica que antigamente para criar novos transgênicos
usava-se a técnica de bombardeamento. “Fazíamos o bombardeamento
com microprojéteis, o que deixava, muitas vezes, a soja irreconhecível”.
Hoje em dia é utilizada a Agrobacterium tumefaciens, uma bactéria
gran-negativa que possui um DNA extracromossomal chamado de
plasmídeo Ti, que é indutor de tumor e tem a habilidade de transferir
uma parte de seu DNA para a célula vegetal que esta infectando.
A TMG realiza experimentações em municípios do Sul, Sudeste e
Centro-Oeste brasileiro, como, por exemplo, Palotina, Cascavel, Ponta
Grossa, Mauá, Doutor Camargo e nos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. No Mato Grosso do Sul as experimentações são realizadas
pela sua parceira, a Fundação MT. “Também trabalhamos em outros
países como a Bolívia, Paraguai e Uruguai”, explica Kiihl.
Uma das plataformas da empresa é a Soja INOX, resistente a ferrugem. Ao total são quatro as variedades INOX: TMG 7188 RR, TMG
803, TMG 7161 RR e TMG 7262 RR. Sendo que as variedades TMG
7161 RR e TMG 7262 RR, além de ter a resistência à ferrugem, têm um
controle mais lexível e seguro, ou seja, há uma janela maior de tempo
para aplicar o fungicida. Com orientação do grupo TMG, o produtor
utiliza a variedade certa, para efetuar uma aplicação menor e realizá-la
na hora certa, o que é possível com o monitoramento. “Esse é o diferencial da TMG, as orientações, os genes de resistência, os monitoramentos
e aplicação de fungicida”, destaca Kiihl.
Como os estudos e pesquisas nos laboratórios da TMG são intensos,
as descobertas são inevitáveis. São provas disso as variedades TMG 801,
TMG 803 e TMG 7188 RR que possuem um gene de resistência encontrado pelos pesquisadores da empresa. “Durante nossos estudos descobrimos um gene Rpps que utilizamos em nossos cultivares”, enfatiza.
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Romeu Kiihl
Atualmente Romeu Kiihl é um dos sócios proprietários e diretor
cientíico e melhorista de germoplasma da TMG, onde trabalha com
o germoplasma, fazendo o início do melhoramento da soja. Kiihl fala
da empresa com muito carinho. “Adoro trabalhar aqui, na TMG eu não
trabalho, eu mexo com meu hobby. Venho para cá até sábado e domingo, pois estar aqui é puro lazer para mim”, comenta.
Kiihl viu a produtividade das lavouras de soja saltarem de menos
de 1.500 quilos por hectare para mais de três mil quilos por hectare. A
produtividade média do Paraná é de 3.300 quilos. “Vi a soja crescer no
Brasil. Quando iniciei as pesquisas o País não produzia nem 500 mil
toneladas. Hoje são 24 milhões de hectares plantados e uma produção
que pode chegar a 80 milhões de toneladas nesta atual safra”, lembra.
Um dos seus primeiros trabalhos foi desenvolver cultivares de soja
adaptadas para a região do cerrado, onde a terra era considerada inapropriada para agricultura. Ele não tem a conta exata de quantas variedades ajudou a criar e os seus conhecimentos foram transferidos para
pesquisadores, técnicos e produtores do Brasil e do mundo.
Por suas pesquisas e trabalhos de grande importância para a soja,
Kiihl é unanimidade no meio cientíico e referência mundial em melhoramento genético de soja para regiões tropicais. Kiihl possui vários
títulos e honrarias, entre eles estão o “Pai da Soja no Brasil”, “Desbravador de Soja no Cerrado e Pioneiro de Agropecuária do Brasil”. “Ordem
Nacional do Mérito Cientíico” e“Engenheiro Agrônomo do Ano”. Romeu Kiihl também recebeu o título de Comendador na área de Ciências
Agrárias.
Foi homenageado pela cooperativa CooperVale/C.Vale, com o reconhecimento público pela contribuição ao desenvolvimento da cultura
da soja. Foi escolhido pela revista Veja como um dos 50 brasileiros que
mudaram a regra do jogo e ajudaram a criar um novo mundo. E a Fundação MT também lhe prestou homenagem, dando o seu nome ao seu
Centro de Pesquisas localizado em Sorriso-MT.
Logística
Evite problemas com o
recebimento de insumos
Rodrigo Bussadori*
Sabendo dessas diiculdades todas, a Agro100 vem trabalhando
fortemente para tentar cada vez mais, antecipar a chegada desses
insumos para que nenhum de seus clientes seja afetado.
Para isso, porém, é preciso que o produtor se conscientize da
importância de se autorizar o recebimento desses insumos em sua
propriedade, nos momentos oportunos.
“Muitas vezes o produtor não quer receber o fertilizante quando
é possível que este seja entregue e, quando ele precisa, nem sempre
é possível entregá-lo no prazo desejado, e o produtor acaba tendo
que atrasar o plantio por falta de produto.” Ressalta Cahique André, responsável pela logística de fertilizantes da Agro100.
Cada vez mais, produtores têm sofrido com a falta de chegada
de seus produtos em sua propriedade, antes do início do plantio.
“Vamos analisar a Safrinha, por exemplo: Negociamos aproximadamente 20.000 ton. de fertilizantes. O plantio começa por volta
do dia 10 de fevereiro. Se todos os produtores quiserem receber o
fertilizante apenas a partir de janeiro, teremos aproximadamente
36 dias úteis para carregar 555 toneladas por dia, ou seja, 15 caminhões / dia. Começando a carregar em dezembro, esse número cai
quase para metade. Porém, ainda assim é um número muito alto, e
que nos deixa muito suscetível a contratempos”, destacou.
Além das inúmeras diiculdades impostas pela falha da estrutura
logística brasileira, e os frequentes movimentos de greve (por parte
de servidores públicos e outros), recentemente uma nova lei que
regulamenta a jornada de trabalho dos motoristas, promete diicultar ainda mais a chegada dos insumos para o produtor.
O consumo de fertilizantes tem crescido ano após ano, e a estrutura logística do país continua praticamente a mesma. Além disso,
outra vantagem de antecipar o carregamento dos fertilizantes é que
conseguimos uma cota maior de carregamento dentro das fábricas
e uma maior oferta de caminhões.
Rodrigo Bussadori
Agro100 facilita a
compra de guinchos
A utilização de guinchos agrícolas traseiros acoplados aos
tratores é um importante equipamento para facilitar os trabalhos na propriedade. Para o produtor, traz redução de custo
com mão de obra, facilidade no transporte, manuseio e agilidade, principalmente no plantio das safras. Por outro lado, a
disponibilidade deste equipamento na propriedade beneicia
fábricas, distribuidores e transportadores dos insumos, proporcionando maior eiciência ao setor de logística.
Para incentivar a aquisição deste equipamento, a Agro100
vem comercializando os guinchos agrícolas traseiros em condições diferenciadas no mercado, para atender os seus produtores parceiros.
E, além do preço mais acessível, outra grande vantagem
oferecida pela Agro100 é o pagamento através da modalidade de troca futura por grãos, a ser entregue no momento da
colheita.
Neste ano, mais de 50 dos nossos produtores parceiros aproveitaram estas vantagens e adquiriram os seus guinchos.
Para mais informações procure uma unidade da Agro100
mais próximo de você!
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Mercado
O que nos espera em 2013
fator importante a ser considerado.”
Milho
Em 2012, o Brasil teve uma redução na safra de verão, mas em
contrapartida teve um aumentou na safra de inverno, fechando o
ano em 72 milhões de toneladas de milho, uma produção que gera
um alto estoque interno brasileiro. Paralelamente, os Estados Unidos tiveram problemas com a seca e perderam cerca de 110 milhões de toneladas de milho comparados a sua previsão inicial.
Vandeir Conrad
O ano de 2012 foi atípico para a agricultura. Por conta dos
longos períodos de seca e de chuva, as produções de soja, milho e
trigo não corresponderam às perspectivas iniciais tanto no Brasil
quanto na Argentina e nos Estados Unidos. Com base na relação
produção-consumo-estoque é possível montar um panorama de
como o mercado irá se comportar em 2013. O gerente comercial
Vandeir Conrad explica a seguir como foi 2012 e o que esperar
para o ano que vem.
Soja
Apesar da grande exportação, o estoque interno inal permanece acima de 10 milhões de toneladas. Historicamente quando isso
ocorreu, os preços praticados ao produtor foram abaixo do preço
mínimo estipulado pelo governo federal, o que o obrigou a intervir
com mecanismo de auxílio de exportação como o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para garantir o pagamento do preço mínimo
ao agricultor. “Mesmo com o estoque passando de 10 milhões de
toneladas não foi preciso o governo intervir. Já que com o mercado internacional aquecido, as exportações mantiveram o preço do
milho acima do valor mínimo”, explica o gerente.
A soja enfrentou problemas em 2012, a falta de chuva prejudicou
a cultura impedindo que as metas fossem atingidas. O que causou uma baixa signiicativa no estoque de passagem mundial. “Por
conta do clima houve perda de produtividade nos Estados Unidos,
no Brasil e na Argentina”, comenta Conrad.
Segundo ele, o preço do milho deve se manter enquanto houver
exportação, o que deve ser até fevereiro de 2013, quando a logística
portuária brasileira volta-se para a exportação de soja, diicultando
o escoamento de milho. Além disso, acontece a entrada da safra
verão de milho, gerando maior oferta do produto.
Os três maiores produtores de soja mundiais tiveram prejuízo.
A previsão brasileira era de 75 milhões de tonelada, mas foram colhidos apenas 66 milhões de toneladas. Na Argentina a estimativa
era de 50 milhões de toneladas, mas chegou somente a 37 milhões
de toneladas. Já nos Estados Unidos, da previsão de 90 milhões de
toneladas, alcançou-se apenas 77 milhões de toneladas.
O estoque de passagem mundial, que em sua normalidade tem
armazenamento acima de 70 milhões de toneladas, está abaixo,
cerca de 55 milhões de toneladas, ou seja, 21% a menos do considerado confortável pelos analistas. Essa redução de safra na América
do Sul e do Norte fez com que o preço da soja alcançasse um valor
recorde, inclusive na Bolsa de Chicago. “Obtivemos valores jamais
vistos, em Londrina o preço da soja ao produtor chegou a R$ 77,00
por saca de 60kg”, enfatiza o gerente comercial.
Para o ano que vem é esperada uma safra recorde em todos os
grandes produtores mundiais, pois há um aumento da área plantada. No Brasil estima-se uma colheita de 80 milhões de toneladas,
enquanto na Argentina a expectativa é de 55 milhões de toneladas
e nos Estados Unidos, de acordo com as primeiras análises de intenção de plantio, espera-se cerca de 95 milhões de toneladas.
De acordo com Vandeir, se essa previsão se conirmar, será possível trazer o estoque de passagem mundial a níveis confortáveis
novamente. Mas isso só será possível com condições de clima ideal.
Por isso o produtor de soja precisa estar atento e ser cauteloso. “O
preço ainda está em alta, e nesse momento, pensando-se em média
de preços, os patamares ainda são excelentes, mas não se pode garantir isso para sempre, ou seja, em caso de safra cheia poderemos
ver os preços recuando, não somente pela grande oferta de produto, mas pensando-se em nível de Brasil, a logística também é um
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Com a quebra na safra americana, surgiu uma grande demanda
por milho sul-americano, levando a exportação brasileira de oito
para 19 a 20 milhões de toneladas até o inal de janeiro, quando
se encerra o ano comercial. Por causa disso o preço do milho está
girando em torno de R$ 25,00 por saca de 60kg ao produtor no
Norte do Paraná. “Com o estoque interno alto e a diiculdade dos
Estados Unidos, tivemos recorde absoluto de exportação de milho
brasileiro este ano”, destaca Conrad.
Trigo
Ao contrário da soja e do milho, que são exportados, o Brasil é tradicionalmente importador de trigo. “Como a produção é
menor que 50% do consumo anual, precisamos importar trigo da
Argentina e do Paraguai, nossos principais fornecedores”, comenta
Conrad.
Nos últimos dias ocorreram mudanças no panorama do trigo.
Inicialmente a previsão brasileira era colher 5,5 milhões de toneladas e importar cerca de seis milhões de toneladas. “Com o atraso
nas colheitas em importantes regiões do Paraná e do Rio Grande
do Sul, fala-se em uma produção brasileira entre 4,50 e 4,80 milhões de toneladas. Também não é possível dizer ao certo qual a
qualidade desse trigo, pois grande parte dele foi prejudicada por
chuvas na colheita”, explica Conrad.
Na Argentina a situação é parecida. As chuvas estão atrapalhando a colheita e prejudicando a qualidade do trigo. A estimativa que
antes era de 12 milhões de toneladas caiu para 10 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Buenos Aires. Esse novo quadro pode
diicultar o fornecimento de trigo ao Brasil e gera uma incógnita
sobre o futuro do trigo no Brasil.
“Caso isso se conirme, os moinhos terão que importar trigo
de locais onde o custo logístico é maior (EUA e Canadá), fazendo
com que o mesmo chegue mais caro, valorizando também o mercado interno. Porém, os comentários existentes no mercado atualmente são de que os moinhos estão aguardando essa deinição da
produção brasileira e argentina, para tomarem posicionamento no
mercado, estando abastecidos até meados de dezembro”, inaliza.
Treinamento
Nutri100 treina funcionários
contra incêndios e acidentes
A Nutri100 sempre preza pelo bem-estar e segurança de seu
grupo de funcionários e colaboradores. Foram realizados dois treinamentos de prevenção de acidentes no trabalho para os funcionários em parceria com a Interativa & Associados. O primeiro foi o
Treinamento em Espaço Coninado e o segundo reciclou a Brigada
de Incêndio da empresa.
Os trabalhos foram realizados na Nutri100 Londrina e contaram
com a participação de dez funcionários das iliais de Tamarana,
Londrina, Sertanópolis, Bela Vista do Paraíso, Primeiro de Maio,
Guaravera e Cambé. Entre eles estavam operadores de máquinas,
auxiliares de operações e também da administração.
De acordo com o analista de recursos humanos hiago Simão,
que coordenou os eventos, os treinamentos têm como objetivo preparar os funcionários para situações de riscos. “O pessoal aprende
a lidar com situações perigosas e a proceder corretamente para
preservar a vida das pessoas e o patrimônio da empresa”, explica.
Os treinamentos são compostos por uma parte teórica e outra
prática. Para hiago os exercícios foram proveitosos e os funcionários conseguiram assimilar os ensinamentos repassados pelos técnicos especializados em segurança no trabalho. Durante o Treinamento de Brigada de Incêndio foi mostrado como prevenir o fogo
e situações de incêndio. No último caso foi ensinado como usar o
extintor, qual deve ser usado e qual a distância segura.
A Nutri100 trabalha com o armazenamento de grãos em silos
fechados, considerados espaços coninados. Por isso a Interativa
& Associados ministrou na empresa o Treinamento em Espaço
Coninado, com o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos de
identiicação de espaços coninados, o reconhecimento, a avaliação
e o monitoramento do controle de riscos existentes para garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores.
Parceria com Hospital do Câncer
“Ficamos sensibilizados. Estamos nesta campanha humanitária e
vamos levá-la para nossos funcionários. Quem quiser participar
será bem-vindo. Cada metro quadrado custa R$ 1.500,00, valor
que pode ser parcelado em 20 pagamentos mensais”, disse Walter
Bussadori.
Nelson Dequech, Giuliangeli, Mara e Walter
O grupo Agro100 é um dos parceiros do ICL - Instituto do Câncer de Londrina aderindo à Campanha “Adote um metro quadrado” para ampliação do Hospital do Câncer. Os diretores Walter
Bussadori e Antônio Luiz Giuliangeli visitaram o hospital no dia
30 de outubro e adotaram 50 metros quadrados da nova ala que
está sendo construída com quase 6 mil metros quadrados. Trinta
metros quadrados foram adotados pela Agro100 e 20 metros quadrados pela Nutri100.
Bussadori e Giuliangeli foram recebidos pelo presidente do hospital, Nelson Dequech, e pela Gestora de Ações Estratégicas e Projetos, Mara Rossival Fernandes. Conheceram os trabalhos oferecidos
à população e a construção da nova ala.
Somente no dia da visita a instituição atendeu mais de 1.200 pacientes de Londrina e outras regiões. É o primeiro hospital oncológico do Paraná em número de leitos e está entre os primeiros do
Brasil em número de atendimentos pelo SUS.
ICL ampliação
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Nossa Gente
Dedicação
Nesta edição do Informativo Agro100, apresentamos dois dos mais antigos e dedicados dos nossos
colaboradores. Proissionais que acreditaram no Grupo Agro100 e cresceram com a empresa!
e os bancos escolares. Formou-se na faculdade de administração
de empresas e fez pós-graduação em Controladoria e Finanças. Ele
conta que os sócios e diretores da Agro100 lhe deram oportunidade e lhe incentivaram a estudar. “A Agro100 foi a maior incentivadora para a continuidade e especialização nos meus estudos. Ela,
sem dúvida, dá oportunidade para quem é comprometido e tem
persistência”, enfatiza.
Gildo, o primeiro!
Gildo José Gomes foi o primeiro funcionário registrado da
Agro100, há 16 anos. Nesse período, icou três anos fora da empresa e retornou para icar. “Ajudei a Agro100 a crescer e cresci
com ela. Por isso acabo tratando a empresa como se fosse minha.
Acho que, na verdade, todos nós, funcionários, deveríamos pensar
assim”, diz com orgulho.
Gildo é um exemplo de comprometimento e amor ao que faz.
Ainda jovem viu sua história se misturar com a vida da AGRO100.
Sempre procurando o crescimento proissional e pessoal, entrou
na empresa aos 22 anos como auxiliar administrativo, passou para
encarregado administrativo e atualmente é o gerente administrativo do Grupo Agro100.
Por vários anos de sua vida dividiu o seu tempo entre a empresa
Dedicado ao trabalho e à empresa, ele garante que passar mais
tempo na empresa do que em casa não é problema quando se faz o
que gosta e o ambiente de trabalho é agradável e amistoso. “Aqui,
estabelecemos uma excelente convivência. Todos nós nos damos
muito bem. O relacionamento de respeito e camaradagem entre
os funcionários é excelente. Da mesma forma como é muito bom
entre os funcionários, gerentes e sócios proprietários. Este clima
bom relete no bom relacionamento que temos com nossos clientes
e parceiros. Ainal, um ambiente de harmonia e cordialidade é fundamental para oferecermos um excelente atendimento aos nossos
clientes, nosso principal objetivo e razão da existência da empresa”,
destaca.
Gildo enfatiza que dentro da empresa há pouca burocracia, os diretores estão sempre à disposição para ajudar no encaminhamento
das soluções. “São extremamente acessíveis, o que ajuda na tomada
de decisões dos nossos funcionários”, diz.
Um dos momentos mais marcantes na vida de Gildo foi a homenagem recebida da empresa. “No ano passado, os funcionários
mais antigos receberam uma homenagem de comprometimento e
tempo de serviço, eu, por ser o mais antigo, recebi uma homenagem especial. Fiquei muito emocionado”, inaliza.
Casado há 13 anos, Gildo Gomes tem dois ilhos, Danilo de 11
anos e Julia de nove.
Adilson, 15 anos de dedicação!
Quando a AGRO100 surgiu, havia apenas dez funcionários. Entre eles estava Adilson do Carmo Franco, que está há 15 anos na
empresa. Casado, com dois ilhos e uma netinha, ele é um dos funcionários mais antigos da AGRO100.
Atualmente Adilson é gerente administrativo e comercial da ilial
de Bela Vista do Paraíso. Mas, no início de tudo na empresa, foi
armazenista, vendedor, faturista e até inanceiro. “Todos ajudavam
nas diversas funções. Eu e os donos carregávamos e descarregávamos caminhões e armazenávamos os produtos.”
Nascido em Sertanópolis e formado em contabilidade, Adilson já
percorreu várias cidades do Paraná com a empresa. Antes de Bela
Vista do Paraíso, trabalhou nas iliais de Sertanópolis e Tamarana
e, em 2009, colaborou na abertura da ilial de Alvorada do Sul.
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Para ele o que fez a AGRO100 crescer foi a honestidade e a
coniança que ela sempre passa ao produtor. “O agricultor tem que
ser tratado com respeito, é preciso ser verdadeiro na conversa, na
orientação e na ação. E, nas reuniões, o cliente sente isso, percebe
que pode coniar na empresa”, explica.
A AGRO100 conquista o funcionário fazendo com que o mesmo
vista a camisa e se esforce, por isso há muitos funcionários que estão na empresa há anos. Ele explica que se sente dono da empresa,
por isso dá tudo de si em seu trabalho. “Tenho amor pela empresa,
então me dedico de verdade. E não sou só eu, a maioria dos nossos
funcionários é assim.”
Adilson comenta que é muito agradável trabalhar na AGRO100.
“Há uma ainidade e liberdade entre a diretoria e os funcionários.
Temos um ambiente descontraído. A amizade entre nós faz com
que haja uma boa convivência. E a empresa é simpliicada, não há
tanta burocracia como nas outras empresas.”
Finalizando, Adilson dá uma dica para quem está começando:
“para crescer é necessário ter dedicação, perseverança e principalmente objetivo. Pois, se você tem objetivo, você luta e vai atrás dele
e aqui você sempre pode contar com a empresa para chegar onde
você pretende.”
Safra
Ferrugem deve ser a principal
preocupação nesta safra de soja
Todo produtor quer ter alta lucratividade, para isso ele precisa unir
boa produtividade com redução de custo. A pesquisadora da Área de
Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Divania de Lima, dá algumas dicas de como proceder e o que deve ser feito para se ter produtividade e baixo custo na safra de verão deste ano.
ver um monitoramento constante de pragas e doenças na lavoura. O
planejamento e o monitoramento são importantes porque o excesso de
chuvas pode diicultar a entrada de máquinas na lavoura atrasando as
operações de pulverização e colheita”.
Ferrugem Asiática
Está previsto para esse ano muita chuva. Por isso é necessário redobrar a atenção com os cuidados habituais. De acordo com Divania
Lima, esta safra vai estar sob a inluência do fenômeno El Niño. As
chuvas serão distribuídas e acima da média, então os monitoramentos
e controles de doenças e pragas devem ser mais rigorosos para que o
período de aplicação dos agroquímicos seja bem programado.
Para iniciar a semeadura o produtor precisa, antes de tudo, ter conhecimento e o histórico da área. No caso de fungos e insetos é necessário
saber se já ouve incidências no passado, pois a aplicação de fungicidas
e inseticidas só será necessária se já houve ocorrências no local. “O histórico é uma ferramenta útil. O agricultor pode buscar informações
sobre as principais doenças e pragas de solo que ocorreram na sua propriedade em safras anteriores. Colaborando com a busca de melhores
cultivares e com o melhor tratamento de sementes. Mas, se o produtor
nunca teve problemas com insetos e fungos de solo e utilizar sementes
de boa qualidade isiológica e sanitária, o tratamento de sementes com
inseticida e fungicida pode ser dispensado, reduzindo o custo de implantação da lavoura”, explica a pesquisadora.
Uma das grandes preocupações dessa safra verão deve ser a possibilidade de aumento na incidência da ferrugem asiática da soja. Por conta
das chuvas acima da média esperadas para este ano, a atenção deve ser
redobrada. O produtor deve sempre estar de olho no que acontece e
acontecerá ao seu redor. É essencial observar constantemente o clima
da região e onde há fungos.
Uma das ferramentas que pode ser utilizada é o Sistema de Alerta e o
Consórcio Antiferrugem, um programa da Embrapa Soja em parceria
com várias instituições. O Sistema de Alerta informa sobre problemas
detectados durante a safra, e o Consórcio Antiferrugem monitora a dispersão de ferrugem asiática da soja no Brasil. “Com esses programas é
possível fazer um bom monitoramento para saber qual o melhor momento para a aplicação”, comenta a pesquisadora.
Outra dica importante é que os produtores façam o plantio no limpo.
“É essencial que não haja soja tiguera, nem ervas daninhas no campo,
para que não aconteça a matocompetição”, enfatiza. Essa interferência
acarreta um prejuízo generoso em questões qualitativas e quantitativas.
Por isso o controle e erradicação dessas plantas devem ser contidos antes do plantio.
Além de obedecer à época de plantio e população das plantas de cada
cultivar, o produtor só pode iniciar a semeadura quando tiver disponibilidade de água no solo, pois só assim será possível desencadear o processo de germinação e emergência das sementes, já que a soja absorve
grande quantidade de água para germinar.
Para a colheita ela explica que o ideal é colher os grãos com teor de
umidade a 14%, pois acima de 15% há o desconto de umidade. Mas, no
caso de anos chuvosos, é melhor ter de 1 a 5% de desconto de umidade
do que deixar a soja muito exposta à chuva. “Se chover, o prejuízo de
deixar os grãos expostos será maior do que tirá-los com 17% de umidade, pois o número de grãos ardidos será muito alto”, explica.
Planejamento é a palavra-chave, segundo a pesquisadora. “Deve ha-
Divania de Lima - da Embrapa Soja
Deve ser analisado todo um contexto. Se as condições climáticas estiverem propícias e for detectada a ferrugem asiática em regiões vizinhas,
a probabilidade do fungo se instalar nas lavouras é alta, então deve ser
feita a aplicação preventiva. Mas, se o tempo estiver seco e não houver
relatos de incidência da doença, as aplicações podem ser prorrogadas,
assim é possível economizar uma aplicação.
Mais informações podem ser obtidas no site http://www.cnpso.embrapa.br/. Para acesso ao site do Sistema de Alerta entre no site http://www.
cnpso.embrapa.br/alerta/. E para dados sobre a ferrugem asiática da soja
no Brasil acesse http://www.consorcioantiferrugem.net.
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