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Geografia do
Gisele Girardi
Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela
Universidade de São Paulo, Mestrado em Geografia
pela Universidade de São Paulo e Doutorado em
Geografia pela Universidade de São Paulo.
Professora de Cartografia da Universidade
Federal do Espírito Santo.
4 5
.o/ ano
.o
GEOGRAFIA
Volume único
1ª. edição – São Paulo – 2011
MANUAL DO PROFESSOR
Geografia do Espírito Santo
Copyright © Gisele Girardi, 2011
Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD S.A.
Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo - SP
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Diretora editorial
Silmara Sapiense Vespasiano
Editora
Débora Lima
Editora assistente
Alaíde Santos
Assistentes de produção
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Assistente editorial
Cláudia Casseb Sandoval
Preparação e revisão
Lucila Vrublevicius Segóvia
Geuid Dib Jardim
Coordenador de produção editorial
Caio Leandro Rios
Edição de arte, projeto gráfico e capa
Tania Ferreira de Abreu
Foto da capa: Humberto Capai/Usina de Imagem e
Photodisc/Getty Images (Vila Velha com fundo
artístico)
Cartografia: Allmaps
Pesquisa iconográfica: Thaisi Lima
Assistente de pesquisa: Cristina Mota
Editoração eletrônica
Diagramação: Fabiano dos Santos Mariano e
Rigoberto do Rosário Jr.
Tratamento de imagens: Ana Isabela Pithan Maraschin,
Eziquiel Racheti, Oséias Dias Sanches,
Vânia Aparecida Maia de Oliveira
Gerente de produção gráfica
Reginaldo Soares Damasceno
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Girardi, Gisele
Geografia do Espírito Santo, 4 o./5 o. ano : volume único /
Gisele Girardi. — 1. ed. — São Paulo : FTD, 2011.
Bibliografia.
ISBN 978-85-322-7781-7 (aluno)
ISBN 978-85-322-7782-4 (professor)
1. Espírito Santo — Geografia (Ensino fundamental)
I. Título.
11-03237
CDD-372.8918152
Índices para catálogo sistemático:
1. Espírito Santo : Geografia : Ensino fundamental 372.8918152
Índice
UNIDADE
9
1
UNIDADE
2
UNIDADE
3
UNIDADE
4
UNIDADE
5
UNIDADE
6
UNIDADE
7
GLOSSÁRIO.......................................................142
Nossa vida, nosso lugar............................. 5 As paisagens urbanas .................................80
UNIDADE
10
Os mapas ...........................................................14 Circulação, energia e comunicação ......91
UNIDADE
11
As fontes de informações geográficas ...23 O relevo e as paisagens ..........................101
UNIDADE
12
A paisagem e sua história ...........................32 O tempo e o clima .....................................112
UNIDADE
13
A população....................................................41 A vegetação.....................................................122
UNIDADE
14
A cultura capixaba ..........................................51 Água: fonte de vida .....................................129
UNIDADE
O trabalho ...................................................59
UNIDADE
8
BIBLIOGRAFIA ...................................................143
Sérgio Dotta Jr.
SUPLEMENTO:
As paisagens rurais ........................................67 Atlas do Espírito Santo ............................145
40° O
Espírito santo - político
BAHIA
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Ponto Belo
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Pinheiros
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LEGENDA
Limite estadual
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Escala
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Itapemirim
Marataízes
34 km
Fonte de pesquisa: IBGE, 2007; IDAF, 2007; DERFES, 2007. Autoria: Girardi, 2007
Allmaps
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isc/Getty Images
UNIDADE
Photod
Nossa vida,
nosso lugar
Nós vivemos em sociedade e isso quer dizer que convivemos
com várias pessoas e em várias situações. Para a realização de
suas atividades as pessoas compõem grupos sociais, constroem e
reconstroem locais e vão, com isso, promovendo transformações na
paisagem.
ORIENTAÇÃO: Manual, página 10
1. Os grupos sociais
Professor(a): como aquecimento,
leia com os alunos o parágrafo acima e,
se possível, peça que eles comentem
a respeito. Pergunte se eles podem
exemplificar suas próprias ideias.
Todos nós fazemos parte da sociedade e participamos de um ou mais grupos sociais, que são
conjuntos de pessoas que se unem por afinidades ou por interesses em comum.
Professor(a): a partir dos textos
dos alunos, explore as fotografias.
Pergunte: “Que locais são esses
(praia, sala de aula, parque)? Como
os reconhecem?” Depois peça que
pensem em suas vidas e atividades
Observe e escreva
e discuta com eles
as semelhanças e as
diferenças entre suas
próprias realidades e
o que está retratado.
As famílias são iguais?
PhotoDisc/Getty
Crianças brincando no parque.
Neoimagem
Images
Photodisc/Getty Images
Observe as imagens e, em seu caderno, escreva um pequeno texto sobre cada uma delas. Observe o ambiente, as pessoas e as atividades que estão retratadas. Pense em você e nos grupos dos
quais participa e procure perceber as semelhanças e as diferenças com os grupos fotografados.
Criança com família.
As brincadeiras são iguais? A disposição da sala de aula é
igual? Procure quebrar a ideia da imagem como “padrão”,
levando o aluno a compreender que a imagem é só uma
referência, uma possibilidade, um auxílio para pensarmos
5
Crianças na escola.
em nossas próprias vidas. Se for possível, peça que tragam
fotografias de suas famílias e seus amigos e tire fotos da sala de aula.
Essas fotos podem ser coladas no caderno junto com o texto escrito
por eles.
Analise e comente
A família, o conjunto de pessoas que moram no mesmo bairro e a comunidade escolar são
exemplos de grupos sociais. Leia a notícia de jornal abaixo.
de Vitória
Amor à terra natal
André Vargas/Ga
zeta
DANÇA POLONESA.
Kaline de Souza da Silva
tem 16 anos, estuda no
primeiro ano do ensino
médio e faz parte do
grupo de dança polonesa
de Águia Branca.
Desde que participou
de levantamento de
recuperação da memória
cultural ela diz que passou
a gostar mais de sua terra.
Kaline de Souza
da Silva,16
anos, estuda
no primeiro
ano do ensino
médio de Águia
Branca, ES.
(jornal A gazeta. Vitória (ES), sábado, 23 de dezembro de 2006. Caderno Cidades, p. 11)
• Além da escola, de que outro grupo social a estudante Kaline participa?
Ela também participa do grupo de dança polonesa.
• Escreva em seu caderno um pequeno texto sobre algum grupo social do qual você faz parte,
além da escola, e o nome de outras pessoas que também fazem parte dele. Explique quais
são os locais onde você se encontra com essas pessoas e conte algumas atividades que
desenvolvem juntas.
Professor(a): depois que os alunos escreverem, dê oportunidade para que leiam seus textos em voz
alta.
Entreviste e conheça
Entreviste uma pessoa da família. Pergunte sobre outros grupos
sociais dos quais ele ou ela faz parte, além da família. Pergunte,
também, sobre os locais onde se encontra com as pessoas desse
grupo e sobre alguma atividade que desenvolvem juntos. Todos deverão fazer as mesmas perguntas, registrar as respostas no caderno
e apresentar para a turma.
Edivaldo Serralheiro
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1: Manual.
Professor(a): prepare com os alunos as questões no quadro e
peça que as copiem no caderno, deixando duas linhas para as
respostas dos entrevistados. Procure incentivá-los a descobrir
a maior diversidade possível de grupos sociais aos quais eles e
seus familiares pertencem. Procure sintetizar no quadro uma
coluna com o nome do grupo social (por exemplo, turma do
futebol, colegas do trabalho, grupo de jovens) e o local onde se
encontram (por exemplo, praça, empresa, igreja), sensibilizando
os alunos para perceberem que os grupos sociais convivem e
desenvolvem atividades em locais específicos.
6
2. Onde moramos?
As atividades que os grupos sociais desenvolvem acontecem em uma pequena parte da superfície do nosso planeta, a Terra. A sua casa e a sua escola são exemplos de locais onde os grupos
sociais convivem e desenvolvem atividades. Estes locais, juntamente com outros, compõem conjuntos maiores. A sua moradia, por exemplo, está localizada dentro do seu bairro, que, por sua
vez, está localizado dentro do seu município. Os municípios capixabas fazem parte do território
do Espírito Santo, que é um dos estados brasileiros.
Analise e comente
Edivaldo Serralheiro
Mariana e Fernanda são primas.
Como
atualmente
moram bem
longe uma da
outra, elas
sempre se
correspondem
por carta.
Mariana acaba de
receber uma carta de
Fernanda, e está muito
feliz e ansiosa para
saber as novidades
contadas pela prima.
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Onde mora Mariana?
Onde mora Fernanda?
7
Professor(a): o objetivo é compreender as subdivisões territoriais, as hierarquias político-administrativas.
Compreender que a moradia está no município, que, por sua vez, está num território maior, seja estado ou
província, que são divisões
de países, que fazem parte
de continentes. Observar
que os países têm
denominações diferentes
Observe os mapas e localize os endereços de Mariana e Fernanda.
para suas subdivisões.
180º
90º
0º
90º
180º
Professor(a):
Instrua-os a identificar
o objetivo é
Círculo Polar Ártico
nos mapas o território
compreender as
que ele representa, o
AMÉRICA
EUROPA
DO NORTE
subdivisões territoriais,
significado das linhas
ÁSIA
as hierarquias político(limites) e identificar
Trópico de Câncer
AMÉRICA
OCEANO
-administrativas.
que há uma ampliação
OCEANO
CENTRAL ATLÂNTICO
OCEANO
ÁFRICA
PACÍFICO
PACÍFICO
Compreender que a moradia
na representação dos
Equador
está no município, que, por
territórios.
OCEANO
ÍNDICO
sua vez, está num território
Trópico de Capricórnio AMÉRICA
OCEANIA
Escala
DO SUL
maior, seja estado ou
0
4.450 km
província, que são divisões
Na linha do Equador
de países, que fazem parte de
Círculo Polar Antártico
continentes. Observar que
ANTÁRTIDA
os países têm
denominações
diferentes
para suas
VENEZUELA GUIANA
TANZÂNIA
GUIANA FRANCESA
subdivisões.
COLÔMBIA
SURINAME
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Instrua-os a
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Lago
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LEGENDA
Niassa
identificar
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Limite de país
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nos mapas
Limite de província
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o território
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BRASIL
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significado das
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DISTRITO
GROSSO
FEDERAL
linhas (limites)
Sofala
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e identificar
MATO
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ESPÍRITO SANTO
GROSSO
que há uma
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DO SUL
PAULO
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ampliação na
Inhambane
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Limite de país
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representação
Gaza
SANTA CATARINA
Limite de estado
dos territórios.
RIO GRANDE
Trabalhe com mapas
Mundo
Moçambique
Escala
DO SUL
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URUGUAI
Mapas: Allmaps
Espírito Santo
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MALAUÍ
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OCEANO
ATLÂNTICO
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Limite de estado
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Cidade
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Zambézia
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SUAZILÂNDIA OCEANO ÍNDICO
ESPÍRITO
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Escala
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RIO DE JANEIRO
65 km
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LEGENDA
Limite de país
Limite de província
Limite de distrito
Cidade
Fonte de pesquisa: Novo Atlas Geográfico do Estudante, 2005; site oficial de Moçambique, 2007 e IDAF, 2007. Autoria: Girardi,
2007
8
Pratique
E você, onde mora? Anote no caderno o seu endereço completo:
Nome do logradouro (rua, avenida, praça); número; complemento, se houver (número do
apartamento, número da casa, nome do prédio); nome do bairro; nome do município; nome do
estado; nome do país.
Trabalhe com mapas
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística subdividiu o território brasileiro para
fins de planejamento: macrorregiões (Norte, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste), que comumente denominamos “regiões brasileiras”; estados; mesorregiões; microrregiões; municípios. Leia
os itens abaixo e responda no caderno:
• Localize no mapa Brasil – Político no ATLAS DO ES, página 02, o estado do Espírito Santo e
escreva quais são os estados que fazem limite com nosso estado.
• Observe o mapa Brasil – Regiões no ATLAS DO ES, página 02, e escreva o nome da região onde
fica o Espírito Santo.
• Observe o mapa Região Sudeste – Político no ATLAS DO ES, página 03, e escreva quais são os
outros estados que também fazem parte da região. Qual estado da Região Sudeste não faz limite
com nosso estado?
• Observe os mapas Divisão Mesorregional e Divisão Microrregional no ATLAS DO ES, página 04, e
escreva o nome da mesorregião e da microrregião das quais o município onde você mora faz parte.
• Localize no mapa Divisão Municipal no ATLAS DO ES, página 05, o município onde você mora
e observe quem são os municípios vizinhos. Que outros municípios você conhece ou gostaria de
Professor(a): a ênfase dessa atividade é a
conhecer?
compreensão do pertencimento da criança
CONSULTAR ATLAS: páginas 02, 03, 04 e 05.
3. Onde estudamos ?
a vários níveis territoriais e o treinamento
em leitura de mapas. Antes de finalizar esta
atividade peça aos alunos que coloquem uma
folha transparente sobre o mapa da página 05
do ATLAS, desenhem-no e guardem-na para
sobrepor a outros mapas do estado, caso seja
necessário.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2: Manual.
Vamos agora aprender mais sobre sua escola?
Para que os alunos tenham uma escola eficiente, várias pessoas estão envolvidas em seu funcionamento diariamente.
Agenda
Pense e escreva
Escolha um dia dessa semana e procure se lembrar desde o momento em
que você chegou à escola até o momento em que você foi embora.
Escreva em seu caderno um texto contando tudo o que aconteceu e o
horário:
Qual foi esse dia?/A que horas você chegou?/Quem encontrou durante o período?/O que as pessoas que encontrou estavam fazendo?/Em que parte da escola estavam?/O que você fez nesse dia?/Por onde circulou?/A que horas saiu?
Avalie seu dia e converse com os colegas sobre ele.
Professor(a): seria importante que todos escolhessem o mesmo dia e comparassem, encontrando
semelhanças e diferenças.
9
Conheça mais
Agora faça o seguinte levantamento:
• Todos os alunos da escola têm a mesma idade? Estudam na mesma classe?
• Quantas pessoas trabalham na escola? Que tipo de trabalho fazem?
• Como é a escola? Quantas salas possui? O que existe e o que acontece em cada um dos ambientes da escola?
• Como é organizado o tempo na escola? Qual o horário de entrada? Qual o horário de saída? Qual
o horário do recreio? Como é seu horário de atividades escolares na semana? Todo dia é igual?
Sempre se utilizam da mesma sala ou mudam?
• Há outras coisas que acontecem em sua escola no horário em que você está aí ou em outros
horários?
Professor(a): espera-se que os alunos percebam que, apesar de todos fazerem parte do
• Quais são as regras principais da sua escola? mesmo grupo social – a comunidade escolar –, cada um
tem seu papel no grupo. Para que o grupo conviva, ele
cria normas e também ambientes diferentes para atividades específicas.
Pratique
Assim como sua moradia tem uma localização, ou seja, um endereço,
a escola também tem. Escreva em seu caderno o nome de sua escola e o
endereço completo. Nome do logradouro (rua, avenida, praça); número;
complemento, se houver; nome do bairro; nome do município; nome do
estado; nome do país.
Consulte um guia de ruas e localize o endereço de sua escola. Se possível, faça uma cópia da página do guia e cole-a no caderno junto com as
informações acima.
Professor(a): se
utilizar um mapa de
guia de ruas ou de
catálogos telefônicos,
estes normalmente
têm uma listagem dos
nomes dos logradouros com um código que significa uma página, uma linha, uma coluna. Ajude os alunos a lidarem com este tipo
de consulta, que se aproxima dos índices analíticos dos atlas escolares. Seria importante que cada aluno ou cada dupla de alunos
pudesse consultar livremente o material e depois localizar e providenciar a cópia para colagem no caderno e localização da escola.
Analise e comente
Analise os arredores de sua escola. Escreva em seu caderno o que há
em torno dela e se você percebeu alguma mudança desde o momento que
entrou nessa escola. Depois comente o que você observou.
• Continua do mesmo jeito? Professor(a): se for possível, faça uma caminhada com os alunos pelos arredores da
orientando as observações. Depois de eles escreverem, dê oportunidade para que
• Mudou ou está mudando? escola,
comentem suas respostas. Construa no quadro ou em um cartaz um croqui dos arredores
Ilustrações: Edivaldo Serralheiro
para marcar as observações dos alunos. Para construção do croqui pode-se trabalhar com uma cópia ampliada do trecho do
bairro extraída de mapas de catálogo telefônico. Pode-se também copiar o trecho em uma transparência e projetá-la no quadro
ou em um papel grande, desenhando as ruas.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 3: Manual.
10
4. Da moradia à escola
Para chegar até sua escola você deve fazer um pequeno ou um longo trajeto. Sua moradia e
sua escola ficam no mesmo bairro e no mesmo município?
Como você se desloca: a pé, de ônibus, de transporte escolar, de bicicleta, de automóvel particular ou outro meio?
O que você vê durante esse trajeto: outras moradias (casas, prédios etc.), praças, parques,
comércio (lojas, padarias, mercados, papelarias e outros), indústrias, serviços (bancos, salões de
beleza, consultórios, oficinas etc.), prédios públicos (bibliotecas, prefeitura etc.), sítios, construções, outras escolas, templos religiosos, áreas com vegetação, rios?
Como você pode perceber, seu trajeto pode ter vários elementos que você talvez nunca tenha
percebido.
Diariamente percorremos os mesmos caminhos para chegar a um local como a escola e o trabalho, por exemplo, e às vezes acabamos convivendo com alterações na paisagem, como alguma
obra em algum trecho desse caminho. Este é o caso da avenida Fernando Ferrari, situada na capital, em obras nos anos de 2007 e 2008. Professor(a): pergunte se os alunos conhecem os locais,
Secom/ES. Foto: Nestor Müller
se já se utilizaram ou conhecem alguém que se utiliza da
Obra de ampliação da av.
Fernando Ferrari, em Vitória, no
trecho em frente à Universidade
Federal do Espírito Santo e à
Maternidade Santa Úrsula. O
antigo traçado da avenida é
aquele onde vemos o fluxo dos
veículos. A pista em destaque
estava sendo finalizada quando a
fotografia foi feita (out/2007),
e podemos observar o trator
nivelando o asfalto.
O que significa essa alteração na paisagem para um conjunto maior de municípios e pessoas?
A avenida Fernando Ferrari é uma continuação da BR-101 na parte continental do município
de Vitória. É uma via importante de circulação, pela qual se chega, por exemplo, ao aeroporto, à
UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e a bairros bastante populosos. Concentra o fluxo
de veículos que vêm da ilha e de municípios ao sul, como Vila Velha e Cariacica, e que passam
pela Ponte da Passagem, bem como os veículos que se dirigem ao sul, vindos do município de
Serra, de todo o complexo industrial e portuário de Tubarão e também do interior do estado, que
vêm pela BR-101 Norte. O recente crescimento industrial e populacional da região metropolitana
fez com que esta avenida ficasse pequena para todo este fluxo, o que levou os governos municipal, estadual e federal a investirem em sua ampliação.
via. Pergunte também se eles acham importante a sua ampliação. Peça, também, que falem sobre exemplos de
mudanças de paisagens que atualmente fazem
11
parte de seu cotidiano.
Trabalhe com mapas
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Vitória
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Agora observe o mapa abaixo e localize os lugares mencionados no texto sobre a avenida
Fernando Ferrari e na legenda da foto dessa importante avenida. ORIENTAÇÃO: Manual, página 10
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2 km
LEGENDA
Limite municipal
Rodovia, rua ou avenida asfaltada
Aeroporto
Trecho da avenida em obras
Ferrovia
Porto
Edivaldo Serralheiro
Fonte de pesquisa: IDAF, 2006.
Autoria: Girardi, 2007.
Professor(a): pode-se iniciar esta atividade retornando às atividades de localização da casa e da escola por meio de mapas
de guias, atentando para as diferentes distâncias das moradias em relação à escola. Peça aos alunos, com dias de antecedência,
que comecem a observar o
caminho. O objetivo desse
exercício é a observação
do que há (as coisas fixas
na paisagem; prédios,
ruas, árvores etc.) e do que
acontece (as coisas móveis,
Em uma folha de papel, procure desenhar o caminho que você faz
o trânsito de pessoas e
automóveis, o comércio, as
entre sua moradia e sua escola, colocando tudo o que vê neste trajeto,
obras etc.).
inclusive algum tipo de desvio.
Para problematizar as
observações, podem ser
A cada elemento que você desenhar, especifique se são coisas da
construídas questões
como: por que será que os
própria natureza ou se são coisas construídas pelos seres humanos. Cite
terrenos vazios estão sendo
usados para a construção de
também a função (ou seja, para que serve ou o que é desenvolvido lá),
prédios e não de casas? Por
a forma (se é grande, pequeno, novo, velho, alto, baixo) e as pessoas e
que há trânsito no trajeto?
Por que são necessárias
grupos sociais que se utilizam daquele elemento.
as atividades dos locais
identificados? Tais questões
Compare seu desenho com os de seus colegas e observem as diferendependem dos elementos
reconhecidos pelos alunos,
ças e semelhanças que há entre eles.
mas a observação (o que
há?), a problematização (por
que há?) e a construção da
hipótese para explicação
são imprescindíveis nesta
atividade.
Pratique
Images
Photodisc/Getty
Professor(a): leia
estes parágrafos
com os alunos
e, em cada um
deles, discuta
as atividades
que foram
desenvolvidas
nesta unidade.
Em ResUmo
Durante nossa vida, nós fazemos parte de grupos sociais. A escola
é um exemplo.
Moramos em uma pequena parte da superfície do planeta Terra, ou
seja, moramos em um município, localizado no estado do Espírito Santo
pertencente a um país chamado Brasil.
Os locais que frequentamos, como a escola, o parque e os locais por
onde transitamos (o caminho da moradia até a escola, por exemplo),
podem ser ricos tanto em elementos naturais
como construídos pelo ser humano, e muitas
vezes eles podem passar despercebidos na
nossa rotina. As construções que vemos são
produzidas pela sociedade para servir às
suas diferentes atividades.
Nós fazemos parte do lugar onde
moramos e também o lugar onde
moramos faz parte de nós. Dessa forma,
compreender a Geografia é uma maneira
de entendermos nossa própria vida.
O direito de brincar, para ser
plenamente exercido, depende
também da criação e manutenção
de áreas públicas adequadas. Este
é um exemplo de como a sociedade
transforma a paisagem para a
satisfação de suas necessidades.
13
Os mapas
1. As diferentes visões
Images
Photodisc/Getty
Existem muitas fontes de informação que nos auxiliam na
compreensão do que ocorre nos lugares. Fotografias,
relatos de pessoas, artigos de jornal, entre tantas outras fontes, nos
ajudam a descobrir e entender melhor
os processos de transformação de um lugar
no decorrer de sua história. Elas nos ajudam
a construir nosso conhecimento geográfico
sobre o mundo, ou seja, entender a natureza,
os grupos sociais e suas mútuas relações.
Mas há um tipo de fonte de informação
especial para a Geografia, que são os mapas,
ou seja, imagens simplificadas que mostram uma
área vista de cima para baixo.
olha Imagem
Bruno Miranda/F
2
UNIDADE
Professor(a): como
aquecimento, leia com os
alunos os parágrafos acima
e, se possível, peça que eles
comentem a respeito. Converse
com eles referenciando na
unidade anterior as diferentes
fontes de informações: mapas
com os endereços de Mariana e
Fernanda, relato dos membros da
comunidade, mapa de localização
da residência e da escola, foto
do município e da Av. Fernando
Ferrari, comparando e explorando
suas diferenças.
Em nossa experiência humana normal, vemos as coisas de frente, isto é, na visão lateral. Algumas vezes temos a oportunidade de
olhar de um lugar mais alto, como do topo de
morros, do alto de construções ou mesmo da
janela de aviões. A visão de cima e de lado é
a visão oblíqua. Mas raramente temos a possibilidade de olhar exatamente de cima para
baixo, ou seja, na visão vertical.
Visão oblíqua da Terceira Ponte que
liga Vitória a Vila Velha.
14
Analise e comente
Olhe com atenção as ilustrações. O que elas têm de semelhante? E o que têm de diferente?
Ilustrações: Edivaldo Serralheiro
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1: Manual.
ILUSTRAÇÃO 1
ILUSTRAÇÃO 2
ILUSTRAÇÃO 3
Professor(a): peça que os alunos olhem as três imagens
e expliquem as semelhanças e diferenças entre elas. As
ilustrações mostram os mesmos elementos, observados de
ângulos de visão diferentes. Depois que eles conversarem
a respeito, explique que a ilustração 1 é uma representação
15
em visão lateral, ou seja, vista de frente; a ilustração 2 é uma
representação em visão oblíqua, ou seja, vista de cima para o
lado; e a 3 é uma representação em visão vertical, ou seja, vista
de cima para baixo.
Professor(a): relembre com os alunos os lugares onde os grupos sociais realizam suas atividades, tema abordado na unidade
anterior, para sugerir as construções que serão elaboradas para a maquete. Incentive-os a usar material reciclável (embalagens
Construindo
maquete
Pratique
Para treinar bem as diferentes visões dos lugares, vamos construir
uma maquete de uma cidade inventada. A maquete pode ser feita com sucatas, e cada aluno fica responsável por construir um elemento da cidade
vazias) para as construções e a
pensar nos tamanhos adequados (casa, prédio, escola, praça, loja etc.). Em uma folha de cartolina devem
para os elementos da cidade
caberem nos quarteirões
ser desenhadas algumas ruas, formando quarteirões.
desenhados na cartolina. Como
Ao terminar sua parte da maquete, cada aluno deverá desenhar o que
sugestão, faça uma divisão em
seis quarteirões na cartolina:
construiu olhando de frente (visão lateral), de cima para o lado (visão
uma rua principal, mais larga,
dividindo a cartolina no sentido
oblíqua) e de cima para baixo (visão vertical).
do comprimento, e duas ruas que
cruzem a principal, um pouco mais
Depois, um de cada vez coloca o que construiu nos quarteirões, forestreitas, no sentido da largura da
mando
a cidade. Ao terminar a cidade inventada, todos os alunos deverão
cartolina. Explore todas as visões,
em ângulos diferentes, tirando
observar a maquete lateral, oblíqua e verticalmente, registrando essas
fotografias e expondo-as na sala.
Exponha os desenhos individuais visões por desenho ou fotografia.
das visões e as imagens da
Edivaldo Serralheiro
maquete.
16
Tako X – Marco
2. Explorando mapas
e imagens verticais
Professor(a): oriente os alunos na observação
da tira abaixo. A cada quadro o distanciamento
da visão vertical faz com que se vejam menos
detalhes, porém o campo de visão se amplia.
Tanto o leitor quanto os personagens observam
de início as formigas e no final, o planeta.
Satélite em órbita ao
redor da Terra.
es
y Imag
isc/Gett
Photod
Os mapas são construídos a partir da visão vertical, pois ela
nos permite ver, de uma só vez, como as coisas se distribuem.
Para se obter a visão vertical necessária para a elaboração
dos mapas são muito utilizadas as fotografias aéreas e as imagens de satélite.
Fotografias aéreas são aquelas tiradas de uma câmera
fotográfica presa na parte de baixo de um avião. As imagens
de satélite são obtidas a partir da energia que os vários objetos da superfície da Terra emitem. Essa energia é captada
pelas antenas de satélites especiais e enviada para laboratórios de processamento, para tratamento e transformação em
imagens que se assemelham a fotografias normais.
Trabalhe com mapas
Observe a imagem de satélite e o mapa Região Metropolitana da Grande Vitória no ATLAS DO ES, páginas
06 e 07. Compare-os, explique suas diferenças e semelhanças e as discuta com seus colegas.
CONSULTAR ATLAS: páginas 06 e 07
Professor(a): faça esse exercício em duplas e peça que cada dupla sistematize suas observações. As semelhanças e diferenças que os
alunos poderão observar é que na imagem não há classificação, não há nomes, não há legenda, e o mapa pode parecer “menos real”,
já que é desenhado. Na imagem de satélite há detalhes que não há no mapa. Por outro lado, no mapa há legenda com explicação do
que é cada coisa. Para se ler a imagem de satélite é preciso um treinamento específico para saber o significado de cada “mancha” a
partir da sua textura, cor, forma etc. O que consta na lateral da imagem de satélite não é propriamente uma legenda, mas uma “chave de
interpretação”, onde algumas “manchas” foram identificadas para facilitar a interpretação do conjunto da imagem. Os números (1 a 8),
que constam no mapa não são para uso dessa atividade, mas
para a atividade da página 89.
17
3. Os elementos do mapa
Mapas são instrumentos importantes que ajudam a entender os arranjos dos elementos da superfície terrestre. Para ler um mapa plenamente precisamos saber qual é o local que ele representa
e o que significa cada uma das coisas que nele estão representadas. Depois, precisamos observar
onde as coisas representadas se localizam, umas em relação às outras. Além de identificar os elementos mapeados, devemos, ao olhar um mapa, procurar saber por que aqueles elementos estão
lá situados. É assim que podemos descobrir as transformações na natureza promovidas pelas ações
da sociedade. Veja abaixo um exemplo de mapa e seus elementos:
Oeste de Greenwich
Trabalho infantil no Brasil
6
RR
13
8
AM
PA
7
MA
RN
Fonte de
pesquisa
Menos de 4
4 a menos de 6,5
6,5 a menos de 9
Mais de 9
5
Autoria
Porcentagem de
crianças de 10 a 14
anos fora da escola
Fonte de pesquisa: PNUD, 2000.
Autoria: Girardi e Rosa, 2005.
OCEANO
ATLÂNTICO
2
4
Porcentagem de crianças
de 10 a 14 anos que
trabalham
Toponímia
BA
MT
LEGENDA
10
6
6
7
6
PE
AL
SE
TO
RO
PB
8
6
11
Legenda
Coordenadas
geográficas
5
5
6
14
Equador
CE
PI
AC
30º
AP
5
0º
Título
60º
Allmaps
Orientação
DF
GO
5
5
MG
MS
ES
SP
5
3
4
7
RJ
Trópico d
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PR
4
apricórn
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Escala
SC
3
RS
Escala
0
580
1160 km
30ºS
Título: o título do mapa nos informa qual é o lugar e qual é a informação que temos no mapa.
Nos mapas encontramos elementos da realidade que foram selecionados, agrupados e transformados em sinais gráficos (cores e formas). O significado desses sinais gráficos é explicado na
legenda. Podemos então dizer que a legenda funciona como um “dicionário” do mapa.
Outro elemento importante a ser observado no mapa é a toponímia, que são os nomes dos lugares.
Além da legenda e da toponímia, há outras informações que são incluídas no mapa. Vamos ver
o que significa cada uma delas? SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2: Manual.
Escala: a escala vai nos dizer qual é a proporção entre as medidas do mapa e as medidas reais.
Observe que no mapa existe uma pequena régua (a escala gráfica), na qual podemos ver que um
centímetro medido no mapa corresponde a alguns metros ou quilômetros medidos na realidade.
Isso nos permite saber oProfessor(a):
tamanho para
de uma
área ou a distância entre dois pontos, como entre duas
trabalhar bem a legenda do mapa Trabalho infantil (acima), você pode explorar
com
seus
alunos
o
significado
das cores com as quais os estados estão pintados (porcentagem
cidades, por exemplo.
Trabalhe com mapas
de crianças de 10 a 14 anos que
trabalham), fazendo uma análise
do Brasil e do Espírito Santo nesse
sentido, e também explorar os
círculos numerados (porcentagem
de crianças de 10 a 14 anos fora da
Vamos acompanhar o que Marcelo quer descobrir. Ele soube que um navio saiu do porto de
Vitória e estava navegando pela Baía de Vitória, indo para o oceano. Ele então quis saber quantos
quilômetros o navio teria de navegar para chegar debaixo da Terceira Ponte, ou seja, a distância
Ambas (cores e círculos) são maneiras de representar algumas
entre o porto de Vitória e a Terceira Ponte. escola).
informações sobre o tema, e podem ser trabalhadas isoladamente
18
ou nas suas relações. Exemplo: “Onde há mais crianças
trabalhando há mais crianças fora da escola?”.
Allmaps
Rafael Herrera
Marcelo colocou uma régua sobre o mapa abaixo e mediu a distância entre o porto de Vitória e
a Terceira Ponte: era de 5 cm. Observando a escala do mapa, ele viu que cada centímetro naquele
mapa correspondia a uma distância real de 1 km. Marcelo então multiplicou 5 por 1 e descobriu o resultado. Portanto, agora responda: quantos quilômetros o navio percorreu de um ponto
a outro? Resposta: 5 km.
40°15’O
Vitória
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Vi
TCP
Vila Velha
Escala
0
1
2 km
LEGENDA
Limite municipal
Rodovia, rua ou avenida asfaltada
Aeroporto
Ferrovia
Porto
Professor(a): enquanto procede à leitura da atividade, faça com que os alunos
acompanhem o que Marcelo fez, medindo sobre o mapa a distância em questão.
19
Fonte de pesquisa: IDAF, 2006.
Autoria: Girardi, 2007
Trabalhe com mapas
Observe este trecho de Vila Velha, use a régua e responda às seguintes perguntas no caderno:
Quantos metros tem a rua Luiza Grinalda no trecho entre a rua Vasco Coutinho e a rua Henrique Moscoso?
Quantos metros tem o quarteirão da avenida Champagnat, onde se localiza o Colégio Marista?
Quantos metros tem a avenida Hugo Musso, entre a rua Vinícius Torres e a rua Dom Jorge de
Menezes?
Allmaps
Trecho do município de Vila Velha
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d. A
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* Crédito: Secom. Foto: Romero Mendonça
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*
Av. G
il
R.
Fonte de pesquisa: Lista Telefônica Editel – Grande Vitória, 2007/2008.
Com esse procedimento, podemos conhecer a distância de uma rua a outra, o tamanho de um
quarteirão ou de um parque, por exemplo. Aproveite o mapa acima e faça outras medições.
20
Paralelos
Meridianos
A posição de um lugar é dada pelo cruzamento de um paralelo com um meridiano.
Pratique
Observe novamente o mapa Divisão Municipal no ATLAS DO ES, página 05, e verifique
quais são suas coordenadas geográficas. Utilizando um globo, localize a latitude 20º Sul e a
longitude 40º Oeste de Greenwich na ilustração do globo acima. CONSULTAR ATLAS: página 05
Orientação: podemos nos orientar usando nossos braços apontando para onde o sol nasce e
para onde ele se põe. Se esticarmos o braço direito para onde o sol nasce, encontraremos o Leste.
Apontando o braço esquerdo para onde o sol se põe, encontraremos o Oeste. Na nossa frente teremos o Norte e atrás de nós estará o Sul. Norte, Sul, Leste e Oeste são os pontos cardeais. Veja
a figura. Ela mostra os pontos cardeais considerando o horário do nascer do sol.
Rafael Herrera
Alex Argozino
Coordenadas geográficas: as coordenadas geográficas dão a posição de um local na superfície do planeta. Observe que o globo é todo dividido por linhas imaginárias. Veja na página 8 os
paralelos e os meridianos, bem como os trópicos de Câncer e de Capricórnio.
As linhas horizontais são
os paralelos, que determinam
a latitude. Sua numeração é
feita em graus e se inicia na
linha do Equador. A partir dele,
conta-se até 90º para o Norte
ou para o Sul.
As linhas verticais, que
unem o polo Norte ao polo Sul,
são os meridianos, que determinam as longitudes. Sua numeração se inicia no meridiano
que passa pelo observatório
astronômico de Greenwich, na
Inglaterra. A partir dele conta-se até 180º para o Leste ou
para o Oeste.
S
O
L
N
21
No mapa não dá para saber onde o sol se
põe ou onde nasce. Então indicamos a direção
Norte. E por que o norte? Porque é para lá que
a agulha da bússola aponta.
Próximo do polo Norte, há o polo Norte
magnético. Toda agulha imantada aponta para
aquela direção. A bússola, que é um instrumento que funciona com uma agulha imantada, sempre apontará para o norte. Se soubermos onde é o norte do mapa, poderemos
posicioná-lo corretamente usando a bússola.
Rigo do Rosário Jr.
ORIENTAÇÃO: Manual, página 12
Fontes de informação: quando fazemos um mapa, normalmente nos utilizamos de outros
documentos, como imagens de satélite, fotografias aéreas, outros mapas e documentos diversos.
Essas são as fontes de informação que precisam ser mencionadas no mapa, bem como suas datas
de publicação.
Autoria: elaborar mapas é como escrever textos, só que, em vez de palavras, utilizamos signos gráficos, e em vez de registrarmos sequencialmente, como fazemos com as palavras em um
texto, registramos os signos gráficos distribuindo-os conforme suas posições, o que chamamos de
representação bidimensional. Quando elaboramos um mapa, devemos colocar nosso nome como
autores daquela representação, como fazemos com os textos que produzimos.
SUGESTÃO DE
ATIVIDADE 3:
Manual.
Em ResUmo
Mapas são instrumentos importantes para compreendermos a distribuição de objetos ou
informações sobre um determinado território. Por serem construídos na visão vertical, ou seja,
de cima para baixo, permitem enxergar várias coisas ao mesmo tempo e descobrir as relações
entre elas.
Quando lemos um mapa, procuramos identificar o que nele está representado pelo
título e pela legenda. Há também outros elementos que ajudam a compreender o território
representado, como a escala, as coordenadas geográficas e a orientação. A fonte identifica a
partir de quais informações o mapa foi feito, e a autoria, por quem foi feito.
Quando mapeamos, estamos, na verdade, nos utilizando de uma maneira de expressar
nossas ideias sobre uma determinada parte da superfície de nosso planeta.
Professor(a): releia com os alunos os parágrafos anteriores e, se possível, distribua alguns atlas que contenham mapas diversos,
para que eles tenham a oportunidade de ver diferentes tipos de mapas (conteúdos, escalas, legendas etc.).
22
3
UNIDADE
As fontes de
informações
geográficas
Photodisc/Getty Images
Além dos mapas, os textos e as imagens
fotográficas ajudam muito na compreensão da
Geografia, pois trazem informações sobre as ações
dos grupos sociais, sobre aspectos da natureza, bem
como sobre suas transformações.
1. Trabalhando
Professor(a): releia com os alunos o parágrafo acima. Peça que comentem.
com fontes diversas
Para compreender a geografia de um lugar podemos recorrer a várias fontes de informação.
Para ilustrar isso, vamos analisar a Vila de Itaúnas, localizada no extremo norte do litoral do Espírito Santo, quase na divisa com a Bahia, pertencente ao município de Conceição da Barra.
Allmaps
Localização da Vila de Itaúnas
LEGENDA
BAHIA
Limite Estadual
Limite Municipal
Sede do Município
416
Vila
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CONCEIÇÃO
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ES 421
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Rodovias asfaltadas
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Vila de Itaúnas
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0
7
14 km
teus
ES 381
Fonte de pesquisa: IDAF, 2007
Autoria: Girardi, 2007.
40°O
23
de Imagem
Edson Reis/ Usina
Itaúnas sempre foi um local ocupado por grupos humanos, pois sua natureza oferecia muitos
recursos necessários à sobrevivência dos grupos. O mar, o rio e as matas eram fontes ricas para a
pesca, a coleta e a caça. Há registros arqueológicos que indicam que povos pré-históricos viveram
por lá, há cerca de 2.500 anos.
A região é um dos locais mais
procurados para o turismo no Espírito Santo. Seus atrativos mais
lembrados são as dunas e o forró
pé de serra.
Turistas em
Itaúnas,
Conceição
da Barra.
Observe e escreva
As fontes de informação a seguir se referem à mesma localidade: a Vila de Itaúnas. O que elas
têm em comum? O que elas têm de diferente?
Fonte 1
Acervo do IDAF - Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES
Professor (a): as
legendas das imagens
não constam do livro
do aluno, pois o
objetivo é que seus
alunos, a princípio,
analisem as imagens e
formulem suas próprias
observações. Quando
achar necessário, leia
para eles as legendas.
Legenda: Foto aérea
de Itaúnas, em 1966.
24
(...) o ticumbi é uma encenação de devoção* a São Benedito. O Rei de
Bamba luta contra o Rei de Congo para conseguir a preferência e ser
o único a louvar São Benedito. São feitas muitas sátiras em relação aos
acontecimentos do ano que passou. A música é embalada por violas e
pandeiros.
A bela coreografia faz um lindo contraste com as vestimentas dos
participantes, que usam um capacete coberto com pano azul, enfeitado
de flores e fitas coloridas, uma bata rendada com mangas compridas,
calça e sapatos brancos.
Editoria de Arte
Fonte 2
(jornal A gazeta. Vitória (ES), quarta-feira,
10 de janeiro de 2007. Caderno Turismo, p. 6-7)
* Consulte o glossário do final do livro quando encontrar uma palavra em destaque.
Tadeu Bianconi/Mosaico Imagem
Fonte 3
LEGENDA: Vista da cidade e do vale do rio Itaúnas.
25
LEGENDA
Forrós
Mercearias
Bares e
Restaurantes
Igreja
Ponto final
do ônibus
aú
na
s
Mar
a
Pr
ia
s
de
It
s
a
n
u
D
Chegada de Itaúnas
vindo de Conceição
da Barra
Praia do Sul
da Bahia
Sede do
Parque Estadual
de Itaúnas
Rio I
taúnas
Mapa turístico de Itaúnas
Fonte 5
Escala
0
0,7
1,4 km
Fonte de pesquisa: Adaptado do site da Pousada das Dunas, em Itaúnas, ES.
fizerem seus comentários, procurem discutir nos seguintes termos, a partir de cada uma das fontes: “Segundo esta fonte, que é uma
(fotografia, mapa, desenho etc.), Itaúnas é:___” Descreva e interprete com eles cada registro, procurando pontos em comum entre
eles. Considere as várias formas de ver e expressar ideias sobre um lugar.
Itaúnas e seu arredores – cobertura do solo
TIPOS DE
COBERTURA
DO SOLO
ES 416
Área urbana
Pastagem
Rio
Itaúnas
Eucalipto
NTI
CO
Cana-de-açúcar
LÂ
Mata
AT
Brejo
NO
Areia
Estradas sem
pavimentação
OC
ES
Vila de
Itaúnas
EA
0
01
Escala
0
1,2
2,4 km
Fonte de pesquisa: Girardi, 2003.
Observe cada uma das fontes apresentadas, identifique-a (se é foto, se é mapa etc.) e escreva
no seu caderno um pequeno texto sobre cada uma, comentando o que viu, o que foi mais fácil
entender...
26
Mapas: Allmaps
Fonte 4
Professor(a): depois que os alunos tiverem produzido seus textos, peça que exponham suas ideias sobre cada uma das fontes. É
importante enfatizar com eles que, mesmo o lugar sendo o mesmo, as pessoas têm visões diferentes sobre ele. E esta visão está de
acordo com o motivo que levou a pessoa a fazer o registro e o momento da história em que este registro foi feito. Depois que eles
2. Trabalhando com mapas
Edivaldo Serralheiro
Mapa, como você aprendeu na unidade anterior, é uma representação
gráfica de uma área, construída a partir da visão vertical, e que apresenta
elementos próprios, tais como: título, legenda, escala e outros.
Os mapas são instrumentos importantes, que nos ajudam a entender
a Geografia, pois nos permitem observar elementos da paisagem e seus
arranjos.
Trabalhe com mapas
Observe as duas imagens a seguir. A imagem 1 é uma foto aérea de 1966. A imagem 2 é
uma imagem de satélite de 2006.
Ambas representam Conceição da Barra, porém em momentos diferentes de sua história.
Acervo do IDAF - Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES
Imagem 1
Conceição da
Barra em 1996
27
Professor(a): a partir das observações, incentive os alunos a elaborar explicações para o que aconteceu na Vila de Itaúnas e
arredores, considerando, inclusive, o que eles já aprenderam quando analisaram as diferentes fontes de informação. Peça que
colem os mapas sobrepostos e anotem as possíveis explicações em seus cadernos.
CBERS-2/INPE
Imagem 2
Os mapas a seguir se referem ao mesmo
local estudado na atividade anterior (a Vila de
Itaúnas e arredores, em Conceição da Barra). O
mapa 1 foi elaborado a partir de uma fotografia
aérea (a mesma que você observou no exercício
anterior). O mapa 2 foi elaborado a partir de
uma imagem de satélite. Extraímos das fontes
originais somente alguns elementos. Observe
nos mapas quais são eles.
Agora você vai comparar os dois mapas. Para
isso, você irá utilizar um papel transparente,
como papel vegetal, e extrair as informações sobre a estrada, a vila, a duna e a praia do mapa 1,
não esquecendo do quadro que delimita o mapa.
Depois irá fazer o mesmo com o mapa 2. Não se
esqueça de colocar nos mapas os seus elementos:
título, legenda, escala, Norte, fonte e autoria.
Sobreponha os mapas e observe: o que continuou igual? O que se modificou? Como foi essa
mudança: tamanho, posição etc.?
Conceição da Barra em 2006
Mapa 1
O importante nesta atividade é fazer com que os alunos
possam superar a utilização do mapa simplesmente para
localizar, partindo para o seu uso efetivo na construção
de hipóteses. Incentive os alunos a levantar o máximo de
hipóteses possível, mesmo que eventualmente pareçam não
Mapa 2
ter pertinência ou importância. Insista nos “porquês”: por
que a vila mudou de lugar? Por que a duna se moveu? Por
que o rio mudou seu curso?
Promova uma conversa coletiva para confrontar as
explicações dos alunos.
Itaúnas - 1966
ICO
1,5
ÂNT
ANO
ANO
OCE
0
ES
01
praia
praia
01
Escala
0
AT L
ÂNT
AT L
Editoria de Arte
Vila
OCE
0
ES
ICO
Rio I
taúnas
Vila
dun
a
s
dun
a
Rio I
taúna
prai
a
prai
a
Itaúnas - 2006
Escala
3 km
0
1,5
3 km
Professor(a): neste caso o aluno construirá a legenda a partir dos elementos constantes nos mapas. A fonte será esse livro e a
autoria do próprio aluno.
28
3. Trabalhando com fotografias
Humberto Capai/Usina de Imagem
Para trabalhar com fotografias, várias coisas têm de ser observadas: o local ou objeto que foi
fotografado, como as coisas se dispõem na imagem (o que está no primeiro plano, no segundo
plano, ao fundo ou no horizonte), a visão que o fotógrafo utilizou (lateral, oblíqua), procurando
entender o que a pessoa que fez a fotografia teve a intenção de mostrar.
Uma forma para se trabalhar com fotografias é criar um esboço para interpretação. Para fazer
este esboço, colocamos um papel transparente ou plástico sobre a fotografia e contornamos os
elementos que nos pareçam mais importantes, identificando-os. Vamos observar um exemplo.
eucaliptal
rio
estrada
vila
rio
área
intermediária
com pouca
vegetação
mar
ponte
1º. plano
estradas
vegetação
mais alta
praia
duna de
areia
29
Editoria de Arte
2º. plano horizonte
Vista aérea de
Itaúnas, em
Conceição da
Barra, 2001
Professor(a): esse
procedimento pode
ser repetido quando
se trabalhar com
fotografias durante
o ano. A construção
dos esboços é uma
maneira de ajudar a
treinar o olhar para
esse tipo de fonte. Não
se esqueça de que a
fotografia apresenta
tanto elementos da
realidade fotografada
como a visão do
fotógrafo que a fez.
Esboço sobre
foto de Itaúnas
Observe e escreva
Observe novamente a fotografia e o esboço da página anterior e escreva em seu caderno um
Os itens ao lado, que
pequeno texto que contenha os seguintes elementos:
direcionam a observação da
1. Que coisas foram fotografadas e como elas estão dispostas na imagem? fotografia pelo aluno, objetivam
trabalhar, sistematicamente,
2. Qual visão o fotógrafo utilizou? De onde fotografou?
uma descrição (item 1), a
3. O que o fotógrafo quis nos mostrar?
percepção da posição e das
intenções do fotógrafo (itens 2
4. Que legenda você daria para esta fotografia?
e 3) e uma síntese (item 4).
Apresente suas observações aos seus colegas e ao seu professor ou professora.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1: Manual.
4. Trabalhando com textos
Os textos, assim como os mapas e as fotografias, podem nos falar sobre lugares. A diferença é
que, no caso dos textos, não vemos a imagem, mas a criamos em nossas mentes a partir daquilo
que está escrito.
Leia os textos a seguir. Ambos falam do soterramento da antiga vila de Itaúnas e de sua transformação em atrativo turístico. Mas falam da mesma maneira?
Texto 1
“Itaúnas fica a apenas 25 quilômetros da sede de Conceição da Barra. Mas se prepare:
pois a estrada até a pacata vila é de terra, cheia de buracos, principalmente depois das
chuvas. Conhecida como a “Cidade de Areia”, o lugarejo possui um mistério que vale a
pena conhecer – uma história relacionada à formação das dunas. Tudo começou com a
interferência do homem branco na natureza, mais especificamente na vegetação de restinga
que separava a praia da cidade. Com isso, as areias começaram a invadir a antiga vila,
obrigando os moradores a construir uma nova “moradia” do outro lado do Rio Itaúnas – a
atual. E assim surgiram as dunas, algumas com 30 metros de altura. Embaixo, claro, está
a antiga vila. Dizem que conforme a direção do vento ainda é possível ver um pedaço da
cruz da igreja. Verdade ou não, o que importa? O que vale mesmo é o cenário que essas
“montanhas de areia” proporcionam. Da mais alta é possível ver o mar, o Rio Itaúnas e
os eucaliptos cobrindo a estradinha que liga a vila ao asfalto. No pôr do sol a paisagem
parece até uma tela.”
(jornal A gazeta. Vitória (ES), quarta-feira,
10 de janeiro de 2007. Caderno Turismo, p. 6-7)
Texto 2
“A seca é o resultado de uma soma de desastres ecológicos, dos quais o mais notável se
localiza no município de Conceição da Barra, onde a vila de Itaúnas foi totalmente coberta
pela areia e seu mais importante rio, parcialmente salinizado, sacrificando as lavouras
irrigadas de uma extensa região abrangida por ele, com maiores estragos no município
de Pedro Canário. Esse quadro que por si só já é trágico, aumentou mais ainda a sua
30
agressividade, com a troca de sua agricultura por plantios de eucaliptos. E o resultado final
disso tudo é o fim próximo da sua atividade pesqueira.
“A única opção que restou para Conceição da Barra foi o turismo”, constata o empresário
José Carlos Sampaio de Oliveira, que já exerceu o cargo de secretário de Cultura, Turismo
e Meio Ambiente do município. “Agricultura não tem mais, já que 63% das áreas agrícolas
estão ocupadas com eucaliptos. O que sobrou da agricultura é o trabalho de pequenos
sitiantes, que não venderam suas terras. Muito pouca gente. Os estuários dos rios estão
degradados, decretando a morte da pesca.” [...]
Mas o que acontece hoje no município [de Conceição da Barra] foi, de certa forma,
prenunciado entre as décadas de 1960 e 1970, com o soterramento da vila de Itaúnas.
Depois da derrubada de suas florestas, a vila perdeu sua parede natural de proteção e
desapareceu sob o areal levado pelo vento. Em condições normais, dizem os cientistas,
uma duna leva centenas de anos para se formar.
Em Itaúnas, em menos de dez anos, a areia liberada pela voracidade de lucros dos
madeireiros e pecuaristas tomou conta da vila, expulsou seus 1,5 mil habitantes e cobriu
todas as casas. A tragédia virou atração turística: os moradores criaram, a 1,5 km das
grandes dunas que atualmente servem de mortalha para a antiga vila, uma outra com o
mesmo nome, que passou a viver das belezas naturais da região.”
Professor(a): ajude os alunos a compreenderem que
as semelhanças entre os textos ocorrem quando eles se
(Século Diário, Reportagem especial “Seca deixa consequências
remetem aos fatos, e as diferenças ocorrem quando abordam
trágicas no Norte do ES”, publicada em 1999 e disponível em
o significado dos fatos. No primeiro texto, que foi escrito para
http://www.seculodiario.com.br, acessado em outubro de 2007)
os leitores do Caderno de Turismo, fala-se da formação da
duna como uma beleza natural a ser apreciada, como um lugar
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2: Manual.
a ser visitado para contemplação. Já no segundo texto, que
foi escrito com o objetivo de falar sobre impacto ambiental, a
Pense e escreva
Escreva em seu caderno um pequeno texto sobre as imagens e as sensações sobre Itaúnas que
o primeiro texto despertou em você. Faça o mesmo para o segundo texto.
Procure identificar as semelhanças das informações entre o primeiro e o segundo texto e suas
diferenças e comente-as com seus colegas e com sua professora ou professor.
formação da duna é tratada como uma “tragédia” que levou o lugar a investir no turismo como única forma de sobrevivência
da população. Não se trata de classificar os textos como “certo” ou “errado”, mas de identificar que as interpretações podem
ser diferentes. Procure identificar, com os alunos, como cada texto trata da formação da duna, do significado da formação da
duna para a população (mistério ou tragédia), da atividade turística (lugar como atrativo turístico ou turismo como única forma
de sobrevivência do lugar), e das extensas plantações de eucalipto (elemento do quadro estético ou elemento que piora as
condições sociais e ambientais do lugar).
Em ResUmo
Para compreender a geografia do lugar, ou seja, as ações dos grupos sociais sobre
aspectos da natureza, bem como suas transformações, várias fontes de informações podem ser
utilizadas.
Nossa experiência pessoal (o que vemos, o que sentimos) são fontes de informações, assim
como são os mapas, as fotografias, os textos.
Todas estas fontes nos ajudam a pensar no lugar e a entender as coisas que nele
acontecem. Como todas as fontes de informações foram feitas por alguém (mapeador, escritor,
fotógrafo, nós mesmos), elas também mostram um ponto de vista pessoal.
Professor(a): leia estes parágrafos com os alunos e, em cada um deles, discuta as atividades que foram
desenvolvidas nesta unidade.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 3: Manual.
31
A paisagem
e sua história
4
UNIDADE
Photodisc/Getty Images
A sociedade humana se modifica no decorrer do tempo.
Em cada momento da história as pessoas tiveram ideias e
necessidades diferentes. Para satisfazer essas necessidades, foram
sendo criadas e aperfeiçoadas técnicas para transformar os recursos
naturais. Foram também sendo organizadas as relações entre
os vários grupos sociais que compuseram e
que compõem a sociedade.
Professor(a): como aquecimento, leia com os alunos o parágrafo acima e, se possível, peça que eles
comentem a respeito. Pergunte que ideia eles têm ou já tiveram sobre paisagem e uso dos recursos
naturais e peça que exemplifiquem suas próprias ideias. Retome as conclusões trabalhadas na unidade
1 acerca das observações de seu bairro, os
arredores da escola e do trajeto casa-escola
como elementos componentes da paisagem.
a de Imagem
Edson Reis/Usin
1. As marcas na paisagem
O resultado desse conjunto de relações da sociedade entre si e com
a natureza deixa marcas visíveis na
superfície terrestre, que chamamos de paisagem. Assim, o espaço
geográfico, que é estudado pela
Geografia, compõe-se da paisagem
e das ações da sociedade.
Trecho da rodovia do Contorno,
que liga Cariacica e Serra.
Para se deslocarem de
uma cidade para outra, as
pessoas constroem estradas
modificando a paisagem.
32
Observe e escreva
Observe as imagens abaixo e escreva pequenos textos sobre elas em seu caderno. Compare-as e procure observar as coisas que se transformaram e as coisas que
permaneceram.
Professor(a): a
partir dos textos dos
alunos, explore mais
as ilustrações, peça
que identifiquem
as permanências
e as mudanças no
local. É provável
que eles percebam
que na primeira
imagem viam-se a
natureza e poucas
ocas indígenas.
Nesta paisagem está
retratada a situação
na época em que os
grupos indígenas
eram os únicos
grupos sociais a
habitar o território.
Na segunda, as
ocas já não existem
mais. O que existe
é uma fazenda, uma
ponte, plantações,
animais domésticos
etc. Aqui vemos
as transformações
ocorridas quando
o território foi
colonizado. Na
terceira, veem-se
prédios, casas,
automóveis, uma
nova ponte etc.
Esta paisagem, mais
próxima das que
temos atualmente,
apresenta as marcas
da sociedade urbana
e industrial.
Enfim, incentive-os a observar
que há mudanças
no trabalho, nas
relações entre os
grupos humanos
e entre eles e a
natureza.
1
2
Ilustrações: Rafael Herrera
3
33
Conheça mais
Quando observamos na paisagem as marcas das transformações na natureza e compreendemos
as ações da sociedade, estamos estudando a geografia daquele local.
Observe nas fotos abaixo as transformações.
Vista parcial da baía de
Vitória, em 1924.
Foto 2
Secom/ES. Foto: Thiago Guimarães
Arquivo da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Vitória
Foto 1
Professor(a): inicialmente incentive os alunos a identificarem elementos comuns às duas fotografias e elementos
diferentes. Procure levantar com eles as permanências e as mudanças. Comparando ambas as imagens, observa-se que a primeira mostra a execução das obras de aterro da área hoje ocupada pelo bairro Ilha de Santa Maria.
Há vários bairros que têm em seus
nomes registros de suas características
originais, de ilha (Ilha do Príncipe, Ilha
do Boi) ou de praia (Praia do Suá), sem
que atualmente esses aspectos existam,
em virtude dos aterros. Estima-se que
cerca de 65% da área urbanizada de
Vitória esteja construída sobre aterros.
Observa-se também a ocupação do
morro Forte São João (segundo plano,
à direita) e a construção do porto de
Capuaba (segundo plano, à esquerda,
ao lado do morro do Penedo).
A avenida que se vê na segunda
fotografia, beirando a baía de Vitória, é
a av. Marechal Mascarenhas de Moraes,
uma das principais vias de acesso ao
centro de Vitória.
O Forte São João, que pode ser
observado ao pé do morro do mesmo
nome, é uma das construções mais
antigas de Vitória. É um exemplo de
como a sociedade vai modificando as
funções das construções de acordo
com as mudanças nas suas formas de
organização. O forte foi construído
para defesa da ilha no período colonial,
foi transformado posteriormente em
sede do Clube de Regatas do Saldanha
da Gama e atualmente existe um
projeto para que sedie o Museu de
Esportes da Prefeitura Municipal de
Vitória.
Vista parcial da baía
de Vitória, em 2007.
SUGESTÃO DE
ATIVIDADE 1: Manual.
Converse com seus colegas e com seu professor ou professora sobre as mudanças e permanências que você observou comparando as fotografias e procure uma explicação para elas.
34
2. As paisagens do Espírito Santo
No estado do Espírito Santo encontramos paisagens bastante diferentes umas das outras.
Essas diferenças existem porque as áreas do estado foram ocupadas em épocas distintas, por pessoas diferentes e com objetivos diferentes. Vamos analisar algumas paisagens do Espírito Santo
Professor(a): nesse primeiro momento, observe com os alunos as imagens
para entendermos por que são diferentes. desta
atividade, leia as legendas com eles e localize os municípios fotografados
Vila Velha com Mestre Álvaro e Vitória ao fundo, ES.
John Christopher Davies/Usina de Imagem
Foto 2
Foto 2: observar o
padrão de construções
(baixas) e que no primeiro
plano elas estão mais
próximas e algumas
parecem ser bem antigas
(observar a diferença no
padrão e no estado dos
telhados como indicadores
do tempo). Há no segundo
plano, à direita do rio,
casas mais isoladas. O rio
faz grandes curvas, é largo
e o terreno em torno dele
(e onde também está a
área com construções)
é bem baixo. Ao fundo,
há um degrau no relevo
no qual se observam
plantações de eucaliptos
(árvores mais altas e
homogêneas) e pastagens.
Vista geral de São Mateus, ES.
35
Humberto Capai/Usina de Imagem
Foto 1
Foto 1: observar que
as construções são bem
próximas (densa), que há
muitos prédios. Observar
que há semelhança deste
padrão antes e depois do
“rio” (na verdade, baía de
Vitória). Observar que o
terreno se caracteriza por
ser bem plano, mas com
a ocorrência de morros
isolados (Mestre Álvaro,
convento, Moreno...).
Observar a função da
ponte, de ligar duas áreas
densamente ocupadas.
Observar o Convento da
Penha como edificação
histórica. Observar, no
segundo plano à esquerda,
a ocorrência de uma área
verde homogênea (os
manguezais) e à direita,
uma área verde também
homogênea, mas que é a
barreira de eucaliptos da
Ponta de Tubarão, onde
se localizam importantes
indústrias. Observar que há
muitas construções altas na
beira das praias (Camburi e
Costa).
no mapa Divisão Municipal no ATLAS DO ES, página 05. Pergunte quem conhece
algum desses lugares, quais elementos eles observam nessas paisagens etc.
Humberto Capai/Usina de Imagem
Foto 3
Foto 3: observar que o relevo é bem
ondulado e que as construções
isoladas e a estradinha que as une
encontram-se, preferencialmente,
nas áreas mais baixas (no fundo do
vale). Observar que há tanto matas
como plantações ou pastagens nas
laterais das montanhas, compondo
uma área com diversificação agrícola.
Vista geral de
Vargem Alta, região
serrana do ES.
Edson Reis/Usina de Imagem
Foto 4
Foto 4: observar que as
construções estão próximas umas
das outras, mas a densidade não
é grande e não há prédios muito
altos (no primeiro plano). As
árvores alinhadas são a mata ciliar
de um rio (o rio Guandu) que
não pode ser visto. No segundo
plano, área de relevo levemente
inclinada, há pastagens e percebe-se que devem estar bem secas
pela coloração, em contraste com
uma plantação bem verde à direita.
Ao fundo veem-se uma “elevação”
à direita e uma grande rocha à
esquerda, que se destaca.
Baixo Guandu, ES.
Pratique
Faça suas observações sobre cada fotografia a partir do seguinte roteiro:
• Elabore para cada fotografia um esquema de interpretação, como você já aprendeu na unidade
3. Faça em papel transparente os contornos dos elementos principais e identifique-os (morro,
rios, plantações, áreas construídas, prédios etc., mesmo que não saiba seus nomes). Cole seus
esquemas em seu caderno.
• Construa um texto registrando suas observações sobre cada fotografia a partir do seguinte roteiro:
1. Como e quais são os elementos naturais que aparecem na paisagem? Há rios, praias ou montanhas?
2. Como e quais são as construções feitas pelas pessoas? Além das construções, que outras
transformações na natureza você vê?
3. É possível observar ligações entre os elementos naturais e as construções e ocupações humanas?
4. Como você pensa que é a vida das pessoas que moram no local retratado?
Professor(a): esta atividade tem por objetivo treinar
a observação e a descrição como primeira etapa da
interpretação. Como dinâmica sugerida para esta atividade,
36
pode-se dividir o grupo em duplas ou trios para que observem,
discutam e construam um texto preliminar. Este texto pode ser
reconstruído, no quadro, a partir das contribuições do coletivo.
Analise e comente
Agora faça uma comparação entre as mesmas fotografias. O que elas têm em comum? O que
têm de diferente entre si? Quais atividades humanas podem ser vistas em cada uma delas? Em
quais delas existem construções antigas? Em quais existem construções novas? Em qual há maior
densidade de ocupação? Quais paisagens são predominantemente urbanas? Quais são predominantemente rurais? Em quais há elementos de ambos os tipos?
Observe e compare as paisagens urbanas retratadas. Que aspectos têm de semelhança? E de
diferença?
Observe estes mesmos elementos comparando as paisagens rurais.
Professor(a): as noções mais aprofundadas de urbano e rural serão trabalhadas adiante no livro. No momento,
o interesse é fazer a criança tomar contato com as diferentes paisagens. Pode-se trabalhar com as palavras
“campo ou roça” e “cidade”, caso haja dúvidas nas observações.
Conheça mais
Os textos abaixo contam uma pequena história do que aconteceu em cada paisagem retratada.
Leia-os e compare as informações com as que você observou nas fotografias.
Professor(a): enquanto procede à leitura do texto com os alunos, retome a observação das fotografias e do mapa, para que os alunos percebam
os processos dinâmicos da construção das paisagens e sua localização no território do estado.
Humberto Capai/Usina de Imagem
Foto 1
ORIENTAÇÃO: Manual, página 16
Vitória, Vila Velha e Serra
(Região Metropolitana)
Os primeiros portugueses que
chegaram no Espírito Santo,
após o descobrimento do Brasil,
desembarcaram na Prainha , no
atual município de Vila Velha. Eles
vinham em navios, e o morro do
Mestre Álvaro era um importante
ponto de referência para as
embarcações (e até hoje é usado
para este fim pelos pescadores). Os portugueses para cá vieram porque era interesse do
Reino de Portugal conquistar essas terras para explorá-las. Houve muita resistência por parte
dos índios que habitavam o lugar. Esse local de desembarque recebeu o nome de Vila do
Espírito Santo e foi a primeira sede da capitania. Depois, para se proteger dos ataques dos
índios, a sede foi transferida para a ilha, onde hoje é o centro da cidade de Vitória. Nesse
período foi construído o Convento da Penha , no topo do morro que hoje chamamos
Morro do Convento ,que vemos na foto. Plantava-se cana nas áreas mais planas.
Com o tempo, Vitória e Vila Velha foram crescendo. Pela baía de Vitória saíam
navios carregados com o café que era produzido no interior do estado, e essa foi a
principal força econômica até os anos 1960, aproximadamente. Mas a maior alteração na
paisagem se deu a partir dos anos 1970, quando foram instaladas grandes indústrias na
região. Essas indústrias, como a Cia. Siderúrgica de Tubarão (hoje chamada Arcelor-Mittal
Tubarão) e a Cia. Vale do Rio Doce, instaladas na ponta do Tubarão , atraíram grande
população para essa área, pois representavam oportunidade de trabalho.
37
Vieram pessoas que moravam no interior do estado, mas também vieram pessoas que
moravam em outros estados, principalmente de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. As
pessoas precisavam de locais para morar, para adquirir alimentos, para estudar e para
atender a outras necessidades de suas vidas. Por isso a cidade cresceu, passou a ofertar
mais comércio e serviços, o que, por sua vez, fez com que mais pessoas viessem para o
estado.
É nesse período, meados dos anos 1980, que a Terceira Ponte foi construída, como
forma de aumentar a integração entre os municípios de Vila Velha e Vitória. Serra e
Cariacica também tiveram sua população aumentada nesse período. Edifícios novos
nessa área foram sendo construídos para abrigar essas demandas, seja da população, seja
das grandes indústrias. Foram também criadas áreas por meio de aterros do mar, como
o da Enseada do Suá e dos manguezais. A paisagem retratada faz parte da Região
Metropolitana da Grande Vitória, que concentra uma grande quantidade da população
urbana do estado e tem grande dinamismo econômico.
John Christopher Davies/Usina de Imagem
Foto 2
São Mateus (litoral norte)
A região do litoral norte do Espírito
Santo, onde se localiza São Mateus,
era ocupada por vários povos
indígenas, como os Tupi-Guarani
e os Pataxó. O rio era chamado
de Cricaré, conhecido como “rio
dorminhoco”, pois, por causa de o
terreno ser plano e o rio
formar curvas — os meandros —
as águas correm lentamente. Toda
a região era ocupada por matas
densas. Assim como fizeram na baía de Vitória, os portugueses buscaram ocupar essas
terras. Os rios de maior porte, com águas calmas, que favoreciam a navegação, foram
as vias utilizadas para a ocupação das terras do interior pelos portugueses. Nessa área
cultivava-se principalmente a mandioca, para produção de farinha. Para o cultivo tanto da
cana-de-açúcar como da mandioca precisou-se de trabalhadores. A estratégia usada pelos
portugueses para conseguir esses trabalhadores foi primeiro tentar escravizar os índios e
depois escravizar e comercializar povos africanos. As margens do rio São Mateus guardam
um registro desta terrível parte de nossa história: era um porto onde desembarcavam e
comercializavam escravos, e isso aconteceu até próximo do ano de 1850. Hoje este local é
considerado um sítio histórico .
Muitos destes escravos libertos ou que tinham conseguido fugir desta situação de escravidão
organizaram-se em comunidades, chamadas de quilombos. Várias delas existem até hoje.
A paisagem da região também se modificou intensamente a partir dos anos 1960 e 1970. A
vegetação natural foi retirada para a venda da madeira. Várias áreas foram transformadas
em pastagens , e áreas mais planas e um pouco mais altas que a planície do rio
começaram a ser ocupadas pela monocultura de eucaliptos para a produção da celulose,
que é matéria-prima usada na fabricação de papel.
38
Humberto Capai/Usina de Imagem
Foto 3
Vargem Alta
(região serrana)
A região serrana do Espírito
Santo se caracteriza por
apresentar terrenos mais
elevados, mais ondulados e
mais frios. Era uma região onde
predominavam matas e era
habitada por povos indígenas,
principalmente puris coroados.
Essa área ficou preservada por
muito tempo, pois o relevo e
a densa vegetação foram utilizados como uma proteção natural à mineração de ouro que
ocorria na região de Ouro Preto, em Minas Gerais. Essa proibição durou até próximo dos
anos 1800. Depois de abolida a escravidão, houve um incentivo do governo brasileiro à
imigração, para ocupação das terras que haviam ficado preservadas, para cultivar café.
É nesse período que vêm para o Espírito Santo muitas famílias de imigrantes europeus
e se instalam principalmente nas áreas serranas. Além do café, as famílias cultivavam os
alimentos para sua sobrevivência. As comunidades e as estradas que as unem geralmente
se situam nas áreas mais baixas, nos fundos dos vales . Esta história marca a paisagem
que temos hoje na região serrana: pequenas propriedades rurais familiares, com cultivos
diversificados. São esses cultivos que abastecem a população de outras áreas do Espírito
Santo, principalmente da região metropolitana.
Edson Reis/Usina de Imagem
Foto 4
Baixo Guandu
(região noroeste)
Assim como era proibido ocupar
áreas serranas no período da
mineração do ouro, era também
proibido navegar pelo rio Doce,
cujas cabeceiras localizam-se
muito próximas às áreas onde
havia ouro. Baixo Guandu,
localizada no encontro dos
rios Doce e Guandu (na foto
vemos as árvores que o margeiam ), era um quartel de vigilância para impedir que isso
ocorresse. Esta região, que tem terrenos mais planos alternados por serras e pontões
rochosos , era coberta por mata e ocupada predominantemente pelos índios Aimoré
(botocudos). Somente depois que começou a ser permitida a navegação no rio Doce e
que estava sendo ocupada a região serrana é que a paisagem dessa região começou a
se alterar. Os filhos dos imigrantes, quando atingiram a idade adulta e constituíram suas
próprias famílias, começaram a expandir a área de colonização, ocupando toda a área ao
sul do rio Doce. Nesse período (início dos anos 1900), próximo à margem sul do rio Doce,
39
foi construída a Estrada de Ferro Vitória a Minas, inicialmente para escoar a produção do
café dessas áreas para o porto de Vitória. O café valia muito. Depois que foi construída
a ponte sobre o rio Doce, em Colatina, nos anos 1920, rapidamente a região noroeste
foi ocupada para o plantio do café. Nesse período a floresta foi destruída: as madeiras
nobres foram vendidas, e as outras, queimadas. Também os botocudos foram dizimados.
Próximo aos anos 1960, houve um programa do governo que obrigava a arrancarem
todos os cafezais, pois o preço do café havia caído muito, e a qualidade do produto não
era boa. Muitas áreas do noroeste do estado, sem floresta, sem café, transformaram-se em
vastas áreas de pasto para a atividade pecuária. Como a pecuária não é uma atividade
que ocupa muita mão de obra, há maior concentração de pessoas nas áreas urbanas dos municípios onde ela predomina. Em vários locais onde há rochas, há a exploração
do granito e do mármore.
Trabalhe com mapas
CONSULTAR ATLAS: páginas 08 e 09
Observe o mapa Paisagens no ATLAS DO ES, página 09. Ele foi elaborado buscando sintetizar
os principais aspectos naturais, socioeconômicos e históricos. Observe cada uma das cores do
mapa e a fotografia correspondente na página 08 e 09 do ATLAS DO ES.
Professor(a): ajude os alunos a compreenderem que o mapa apresenta as características gerais de cada área, a partir de certos critérios, e que
pode ocorrer a existência de fragmentos de áreas que diferem da classificação dada (como, por exemplo, uma área de café em meio à área de
predomínio de pastagem). Peça que localizem o município onde moram no mapa e que reflitam sobre a paisagem em que ele se insere.
Pratique
Edivaldo Serralheiro
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2: Manual.
Pesquise em jornais, fotografias, gravuras ou cartões-postais construções antigas do seu município e procure saber: quando foram construídas?
Para que foram construídas? Como elas estão hoje (bem-conservadas, malconservadas, em ruínas)? Há alguma utilização delas hoje? São as mesmas
de quando foram construídas? São outras? Procure informações sobre a
história do município para entender o significado desta construção antiga. Procure, também, saber se há elementos da história do seu município
que sejam semelhantes aos contados nos textos sobre as paisagens.
Compartilhe com seus colegas as informações sobre este registro da
história na paisagem que você escolheu, compondo um mural.
Professor(a): esta atividade pode ser realizada individualmente ou em grupo, dependendo das características do município. O município de
Guarapari, por exemplo, apresenta várias “camadas” de história, diferentemente de município de ocupação mais recente. Procure estabelecer
correspondências de como a sociedade se organizava na época e qual era
a atividade econômica predominante (por exemplo: senhores de engenho
– coroa portuguesa/escravos– cana-de-açúcar ou império – aristocracia
Em ResUmo
rural/imigrantes – café), assim como exemplificar com construções
atuais, usando a mesma estratégia de análise (por exemplo, construção
de shopping center como registro da organização social e econômica
contemporânea na paisagem). Na página 17 do manual do professor há
As relações que a sociedade estabelece entre si e com a natureza vão se transformando
com o tempo, deixando registros nas paisagens. Assim, o que vemos nas paisagens atuais são
resultados de processos históricos.
As paisagens do Espírito Santo são diversificadas quanto aos seus elementos naturais,
ao período em que foram ocupadas, às gentes que as ocuparam e transformaram, ao tipo e
finalidade da ocupação, mas todas se conectam, formando o território do Espírito Santo.
um texto sintético sobre a história da ocupação do Espírito
Santo que pode auxiliá-lo(a) nesta atividade.
Professor(a): leia estes parágrafos com os alunos e, em cada
um deles, discuta as atividades que foram desenvolvidas nesta
unidade.
40
5
A população
População é o conjunto de pessoas que moram em um mesmo
território. Assim, o conjunto de pessoas que moram no território do
Brasil é a população brasileira. O de pessoas que moram no estado
do Espírito Santo é a população capixaba ou espírito-santense.
Para conhecer a população é importante saber quantas pessoas
fazem parte dela, como são essas pessoas, onde moram e como é sua
distribuição pelo território.
Photodisc/Getty Images
UNIDADE
Professor(a): como aquecimento, leia com os alunos os parágrafos acima
e, se possível, peça que eles comentem a respeito. Pergunte se eles podem
exemplificar suas próprias ideias.
1. A população do nosso estado
Professor(a): peça que os alunos olhem as fotografias e leiam as legendas, comentando onde há maior ou menor número de moradores. Estabeleça
com eles as diferenças entre os modos de vida da população de um e outro local. Pode-se pedir que procurem imaginar como seria o dia de crianças
Quantas pessoas moram no Espírito Santo? E em quais municípios?
Atualmente moram no Espírito Santo cerca de três milhões de pessoas. Essa população se
distribui pelos 78 municípios capixabas. Mas essa distribuição não é homogênea. Há áreas com
moram em cada um desses locais e de outra que
maior quantidade de pessoas, há outras com menor quantidade. que
mora num outro local. Pode-se pedir também que
produzam textos ou desenhos sobre isso. O importante é perceberem que as densidades populacionais se relacionam com as atividades humanas.
Na foto 1 podemos observar nessa parte do bairro
Jardim da Penha, em Vitória, que quase todas as
construções são prédios de vários andares e quase
não há áreas livres entre eles. Na foto 2 podemos
observar uma área rural e, portanto, veem-se
poucas casas em meio a plantações.
Analise e comente
Olhe com atenção as fotografias e comente com seus colegas e com sua professora ou professor
em qual desses locais vocês acham que moram mais pessoas e como imaginam ser a vida delas.
a de Imagem
Edson Reis/Usin
Fabio Colombini
Foto 1
Bairro Jardim Penha, Vitória.
41
Foto 2
Propriedade rural em Pedra
Azul, Domingos Martins.
Professor(a): a tabela a seguir traz os dados da população por município. Se conseguir dados mais recentes, comunique aos alunos.
O site do IBGE (www.ibge.gov.br) disponibiliza sempre os últimos resultados, seja do censo, seja da contagem da população.
Trabalhe com mapas
Observe o mapa População Total no ATLAS DO ES, página 10. Identifique na legenda o que
significa cada uma das cores e localize no mapa como se distribuem essas cores.
Em seguida responda no caderno: Onde se localizam os municípios mais populosos? Quais são
eles? E os menos populosos, onde se localizam e quais são? O município no qual você mora faz
parte de qual grupo? CONSULTAR ATLAS: página 10
Procure saber quantas pessoas moram em seu município e anote essa informação no seu caderno. Consulte a tabela com a contagem da população do Espírito Santo a seguir.
MUNICÍPIOS
Afonso Cláudio
Contagem da População 2010
POPULAÇÃO
MUNICÍPIOS
POPULAÇÃO
31.086
Dores do Rio Preto
6.399
11.771
Ecoporanga
23.223
Águia Branca
9.517
Fundão
17.028
Alegre
30.784
Governador Lindenberg
10.874
Alfredo Chaves
13.960
Guaçuí
27.853
Alto Rio Novo
7.303
Guarapari
105.227
Anchieta
23.894
Ibatiba
22.346
Apiacá
7.513
Ibiraçu
11.158
Aracruz
81.746
Ibitirama
8.964
Atilio Vivacqua
9.840
Iconha
12.514
Baixo Guandu
29.086
Irupi
11.729
Barra de São Francisco
40.610
Itaguaçu
14.134
Boa Esperança
14.199
Itapemirim
30.988
Bom Jesus do Norte
9.479
Itarana
10.881
Brejetuba
11.921
Iúna
27.340
Cachoeiro de Itapemirim *
186.878
Jaguaré
24.718
Cariacica *
348.933
Jerônimo Monteiro
10.888
Castelo
34.826
João Neiva
15.808
Colatina
111.794
Laranja da Terra
10.825
Conceição da Barra
28.477
Linhares
141.254
Conceição do Castelo
11.686
Mantenópolis
13.600
Divino de São Lourenço
4.515
Marataízes
34.147
Domingos Martins
31.824
Marechal Floriano
14.249
Água Doce do Norte
42
MUNICÍPIOS
Marilândia
Contagem da População 2010
POPULAÇÃO
MUNICÍPIOS
POPULAÇÃO
11.107
Santa Maria de Jetibá
34.178
25.898
Santa Teresa
21.815
Montanha
17.854
São Domingos do Norte
8.016
Mucurici
5.672
São Gabriel da Palha
31.859
Muniz Freire
18.387
São José do Calçado
10.417
Muqui
14.396
São Mateus
109.067
Nova Venécia
46.020
São Roque do Canaã
11.287
Pancas
21.520
Serra *
409.324
Pedro Canário
23.789
Sooretama
23.860
Pinheiros
23.891
Vargem Alta
19.141
Piúma
18.123
Venda Nova do Imigrante
20.468
Ponto Belo
6.979
Viana
64.999
Presidente Kennedy
10.315
Vila Pavão
8.672
Rio Bananal
17.538
Vila Valério
13.830
Rio Novo do Sul
11.333
Vila Velha *
414.420
Santa Leopoldina
12.255
Vitória
325.453
Mimoso do Sul
Fonte: IBGE, Censo 2010.
Publicado no Diário Oficial da União de 04/11/2010.
Pratique
Vamos elaborar um censo da sala de aula? Colham as seguintes informações:
• o bairro onde moram;
• o número total de alunos;
• o município onde nasceram;
• a quantidade de meninas e meninos;
• outras informações que o grupo achar necessárias.
• a idade de cada um;
Construa uma tabela no quadro ou em uma cartolina, como no exemplo a seguir. Preencha
Professor(a): após preencherem a tabela, explore cada um dos dados: quantas crianças são ao
com as informações colhidas. todo?
Quantas meninas? Quantos meninos? Quantos de cada idade? Quantos moram em cada
bairro? Quantos nasceram em cada município? etc. No final da atividade, explique-lhes que este
EXEMPLO DE TABELA levantamento permitiu que se conhecessem as características gerais da “população” da classe. O
No
Nome
Idade
1
2
3
4
Antonio
Silvana
Mônica
Ricardo
9
10
9
10
Marque com um X
Menina
Menino
X
X
X
X
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística faz o censo
demográfico (levantamento detalhado realizado a cada dez anos,
no qual se levantam vários aspectos da população) e a contagem
da população nacional (levantamento realizado entre os censos,
43
Bairro onde
mora
Município
onde nasceu
Centro
Jucutuquara
Vila Rubim
Centro
Serra
Vitória
Viana
Vila Velha
para atualizar especificamente os dados sobre quantidade da
população), utilizando-se de dados semelhantes aos que a classe
levantou, por meio de pesquisa feita de porta em porta.
2. População rural,
população urbana
Você aprendeu que a população capixaba se distribui pelos municípios de modo heterogêneo,
mais concentrada na capital do estado e nos municípios vizinhos a ela. Observou também que a
maioria dos municípios menos populosos se localiza no interior do estado. Agora vamos aprender
sobre a situação da população, seja rural ou urbana.
Além de serem diferentes na quantidade de pessoas, as populações também se diferenciam
pelos lugares onde as pessoas moram, o que tem tudo a ver com o modo de vida e os tipos de
atividade que elas realizam.
Analise e comente
Compare as fotos a seguir com as que você analisou na página 41 e comente com seus colegas
e com sua professora ou professor as relações entre as atividades desenvolvidas e a quantidade
de pessoas nos lugares.
Photodisc/Getty Images
Foto 1
Pessoas
trabalhando
no campo.
Edson Reis/Usina de Imagem
Foto 2
Avenida Jerônimo
Monteiro, no centro
de Vitória, em 2004.
Uma parte da população do Espírito Santo mora nas cidades, ou seja, nas áreas urbanas, e outra, nas áreas rurais. Atualmente, de cada cem pessoas que moram no Espírito Santo, vinte moram
nas áreas rurais e oitenta nas áreas urbanas. Mas nem sempre foi assim.
44
Observe e escreva
Analise o gráfico da população rural e urbana do Espírito Santo entre 1950 e 2010 e, a partir
do que você já aprendeu, escreva em seu caderno um pequeno texto procurando explicar por que
houve mudanças na quantidade e na proporcionalidade entre a população rural e a urbana.
ORIENTAÇÃO: Manual, página 20.
Número de
pessoas
População Rural: 583.679
3.000.000
População Urbana: 2.928.993
2.500.000
2.000.000
1.500.000
Editoria de Arte
1.000.000
500.000
0
1950
Fonte: IBGE. Censo 2010.
1960
1970
1980
1991
2000
2010
A população rural e a urbana não se distribuem de forma homogênea pelo território. Há
municípios que têm mais pessoas morando nas áreas rurais que nas áreas urbanas. Em outros
municípios ocorre o contrário.
Professor(a): a tabela a seguir traz os dados da população total, rural e urbana do estado e de cada município,
extraídos do censo 2010 do IBGE. Se conseguir dados mais recentes, comunique os alunos.
POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL POR MUNICÍPIO, 2010
MUNICÍPIO
TOTAL
Afonso Cláudio
31.086
Água Doce do
11.771
Norte
Águia Branca
9.517
Alegre
30.784
Alfredo Chaves
13.960
Alto Rio Novo
7.303
Anchieta
23.894
Apiacá
7.513
Aracruz
81.746
Atilio Vivacqua
9.840
Baixo Guandu
29.086
Barra de
40.610
São Francisco
Boa Esperança
14.199
Bom Jesus do
9.479
Norte
Brejetuba
11.921
Cachoeiro de
189.878
Itapemirim
Cariacica
348.933
URBANA
RURAL
MUNICÍPIO
15.861
15.225
6.699
5.072
3.051
21.521
6.557
4.239
18.153
5.212
71.407
6.114
22.519
6.466
9.263
7.403
3.064
5.741
2.301
10.339
3.726
6.567
26.340
14.270
10.239
3.960
8.702
777
3.417
8.504
173.572
16.306
337.822
11.111
Castelo
Colatina
Conceição da
Barra
Conceição do
Castelo
Divino de
São Lourenço
Domingos
Martins
Dores do
Rio Preto
Ecoporanga
Fundão
Governador
Lindenberg
Guaçuí
Guarapari
Ibatiba
Ibiraçu
Ibitirama
45
TOTAL
URBANA
RURAL
34.826
111.794
21.879
98.395
12.947
13.399
28.477
22.591
5.886
11.686
5.902
5.784
4.515
1.742
2.773
31.824
7.741
24.083
6.399
3.542
2.857
23.223
17.028
14.776
14.382
8.447
2.646
10.874
4.234
6.640
27.853
105.227
22.346
11.158
8.964
22.403
100.268
13.358
8.451
3.179
5.450
4.959
8.988
2.707
5.785
MUNICÍPIO
RURAL
MUNICÍPIO
12.514
11.729
14.134
30.988
10.881
27.340
24.718
7.273
4.440
8.054
19.325
4.095
15.640
15.056
5.241
7.289
6.080
11.663
6.786
11.700
9.662
10.888
8.540
2.348
15.808
12.755
3.053
10.825
3.527
7.298
141.254
13.600
34.147
121.503
8.653
27.619
19.751
4.947
6.528
14.249
7.408
6.841
11.107
5.648
5.459
Mimoso do Sul
25.898
16.226
9.672
Montanha
Mucurici
Muniz Freire
Muqui
Nova Venécia
Pancas
Pedro Canário
Pinheiros
Piúma
Ponto Belo
17.854
5.672
18.387
14.396
46.020
21.520
23.789
23.891
18.123
6.979
13.525
3.599
8.669
9.309
30.824
10.082
22.052
18.714
17.450
5.588
4.329
2.073
9.718
5.087
15.196
11.438
1.737
5.177
673
1.391
Presidente
Kennedy
Rio Bananal
Rio Novo do Sul
Santa Leopoldina
Santa Maria de
Jetibá
Santa Teresa
São Domingos
do Norte
São Gabriel da
Palha
São José do
Calçado
São Mateus
São Roque do
Canaã
Serra
Sooretama
Vargem Alta
Venda Nova do
Imigrante
Viana
Vila Pavão
Vila Valério
Vila Velha
Vitória
Iconha
Irupi
Itaguaçu
Itapemirim
Itarana
Iúna
Jaguaré
Jerônimo
Monteiro
João Neiva
Laranja da
Terra
Linhares
Mantenópolis
Marataízes
Marechal
Floriano
Marilândia
TOTAL
URBANA
TOTAL
URBANA
RURAL
10.315
3.440
6.875
17.538
11.333
6.796
5.950
10.742
5.383
12.255
2.634
9.621
34.178
11.791
22.387
21.815
11.763
10.052
8.016
3.439
4.577
31.859
24.327
7.532
10.417
8.358
2.059
109.067
84.586
24.481
11.287
5.597
5.690
409.324
23.860
19.141
406.517
16.882
6.724
2.807
6.978
12.417
20.468
14.812
5.656
64.999
8.672
13.830
414.420
325.453
59.640
2.998
5.042
412.402
325.453
5.359
5.674
8.788
2.018
0
ESPÍRITO SANTO 3.512.672 2.928.993 583.679
*Professor(a): é importante que os alunos percebam que nos municípios onde há maior quantidade de pessoas
há tendência de urbanização. Na maior parte dos municípios com menos de 20.000 habitantes a maioria da
população é rural.
Trabalhe com mapas
Edivaldo Serralheiro
CONSULTAR ATLAS: página 11
Observe o mapa População Rural e Urbana, no ATLAS DO ES, página 11.
Estude a legenda para saber o que significa cada cor e localize-a no mapa.
Em que partes do Espírito Santo se localizam os municípios onde a maioria da
população é rural? E onde se situam os municípios nos quais toda ou quase toda a
população é urbana? E no município onde você mora, como se distribui a população? Você mora na cidade ou na zona rural? Procure saber quantas pessoas moram
na área rural e urbana de seu município e anote esta informação no seu caderno.
Compare o mapa População Total (ATLAS DO ES, página 10) com o mapa da
População Rural e Urbana (ATLAS DO ES, página 11): no que eles se assemelham? No que são diferentes? *
CONSULTAR ATLAS: páginas 10 e 11
46
3. Desenvolvimento humano
A população não é homogênea em sua quantidade total de habitantes e na distribuição desses
habitantes entre as áreas urbanas e rurais. Também não são homogêneas as condições de vida
da população. Para poder analisar essas diferentes condições de vida, a ONU – Organização das
Nações Unidas utiliza o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
A ONU é um organismo internacional que congrega praticamente todos os países do mundo.
Seu objetivo é pensar e desenvolver maneiras de melhorar as condições de vida no nosso planeta.
Este índice, o IDH, serve para verificar as diferenças sociais que existem entre os países para que
se possa trabalhar pela diminuição delas.
Para se estabelecer se o desenvolvimento humano dos países é alto, baixo ou médio, são levados em consideração três aspectos: a educação, a longevidade e a renda. No Brasil este cálculo
é feito com base nos dados do IBGE para todos os municípios, gerando o IDH Municipal.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1: Manual.
Trabalhe com mapas
Observe o mapa IDH (ATLAS DO ES, página 12). Estude a legenda para saber o que significa
cada cor e localize-a no mapa.
Em seguida responda no caderno: Em que partes do Espírito Santo se localizam os municípios
com IDH mais alto? E onde se situam os municípios nos quais o IDH é mais baixo? E no município
onde você mora, qual é o IDH? Você consegue observar, no seu dia a dia, os aspectos do desenvolvimento humano?
Compare os mapas da População Total (ATLAS DO ES, página 10) e o mapa da População Rural e Urbana (ATLAS DO ES, página 11) com o mapa IDH (ATLAS DO ES, página 12): no que eles
se assemelham? No que são diferentes? CONSULTAR ATLAS: páginas 10, 11 e 12
Professor(a): procure coletar informações sobre o município acerca dos dados de longevidade, educação e renda per capita. Podem ser
notícias de jornal, dados de órgãos municipais de saúde e educação e outras fontes. Se achar pertinente, consulte no site do PNUD na Internet
(www.pnud.org.br/idh) os indicadores que compõem o IDH. Ao comparar os mapas, discuta com os alunos que há tendência de o IDH ser mais
alto em áreas mais urbanizadas em função da infraestrutura (escolas, saneamento, médicos etc.), mas isso não significa que haja igualdade de
condições de vida entre todos os habitantes dessas áreas.
4. Cidades: diferentes e desiguais
Você aprendeu que a maioria dos capixabas mora em cidades. As cidades apresentam diferenças
entre si: a área que ocupam, a quantidade de pessoas que moram nelas, as características do terreno
onde se localizam, sua história, os setores econômicos que nelas se organizam, a relação que elas
têm com as áreas rurais que estão em volta dela... tudo isso faz cada cidade ser diferente.
As cidades não são só diferentes entre si, mas também apresentam desigualdades internas.
Os imóveis, como terrenos, casas e prédios, têm valores diferentes dependendo da região onde
se localizam. Pode-se dizer que os imóveis são negociados como uma “mercadoria”, valendo o
preço estabelecido pelo mercado. Para se definir o preço dos imóveis leva-se em consideração a
oferta de serviços na região, o abastecimento de água, esgoto e energia elétrica, a proximidade
com as áreas de lazer, como praias, parques, as facilidades de transporte etc. Um imóvel cujo
bairro não oferece todos esses benefícios poderá ter um valor menor que aquele cujo bairro oferece tudo isso e às vezes outras facilidades.
O não acesso a esses benefícios por parte da população indica desigualdade social nas cidades.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2: Manual.
47
Entreviste e conheça
Entreviste sua família e pergunte se todos gostam do bairro onde moram. Pergunte também
quais os serviços que o bairro oferece (transporte público, segurança, saneamento básico, escola,
hospital, supermercado, feira livre, padaria etc.).
As pessoas que têm poucos rendimentos às vezes não têm outra escolha a não ser morar em
áreas mais distantes dos centros urbanos, onde muitas vezes não há saneamento básico e outros
serviços essenciais, como transportes, escolas, serviços públicos de saúde e áreas de lazer.
As desigualdades que há nas cidades podem gerar criminalidade e violência, que também afetam a qualidade de vida da população. SUGESTÃO DE ATIVIDADE 3: Manual.
5. Os movimentos da população
A pintura de Antônio
Rocco retrata a situação
de pessoas e famílias que
se deslocam em busca de
melhores condições de vida.
Professor(a): como aquecimento para a atividade que se
segue, leia com os alunos os dois parágrafos anteriores e
pergunte se eles conhecem pessoas de cada situação citada.
48
Antônio Rocco -
Os Emigrantes. c.1
910. Pinacoteca
do Estado, SP.
O local onde as pessoas moram atualmente pode não ser o lugar onde nasceram. Muitas vezes
as pessoas precisam se mudar em busca de melhores condições de vida. Esse movimento é chamado de migração.
De cada cem pessoas que moram atualmente no Espírito Santo, cerca de vinte nasceram em
outros estados, principalmente em Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro. As pessoas também
podem se mudar de um município para outro, dentro do mesmo estado. Só entre os anos de 1995
e 2000 cerca de duzentas mil pessoas mudaram de município no Espírito Santo (IBGE 2000).
Há, ainda, pessoas que moram atualmente no Espírito Santo mas que nasceram em
outros países. Hoje os estrangeiros são uma parcela
pequena da população
do Espírito Santo (cerca
de quatro mil pessoas em
todo o estado). Mas na
história e nas paisagens
do Espírito Santo a presença de pessoas vindas
de outros países, principalmente de nações africanas (imigração forçada
para fins de escravização),
da Europa (imigração incentivada), foi marcante.
Analise e comente
Os trechos abaixo se referem a processos de saída das pessoas de sua terra natal. Leia-os e
comente com sua turma e seu professor ou professora sobre os movimentos da população em cada
um deles. De onde saíram? Para onde foram? Por que saíram?
Assessoria de Comunicação do Arquivo Público do ES
Texto 1
“NOSSOS AVÓS deixaram sua terrinha
porque ali não havia mais possibilidades
de ir adiante. Embarcaram, sem saber
na realidade onde iam parar. Coitados,
trouxeram sementes e mudas de uvas e
oliveiras. Claro que aqui isso não lhes
serviu de nada. Do governo receberam
um pedaço de floresta para derrubar.
Não tinham a menor ideia de como
cultivar a terra aqui. Além disso, não
tinham as ferramentas adequadas nem
sabiam nada das espécies de madeira
que havia. E os animais selvagens, as
cobras, e sobretudo a onça. A avó nos
contou uma vez que tinham tanto medo
de onça que viveram algum tempo numa
árvore. Sim, deve ter sido horrível.”
5o Caminho do Imigrante em Santa
Leopoldina, 2007, que refaz os mesmos
trajetos percorridos pelos camponeses
imigrantes, desde o início do século XIX.
Texto 2
Depoimento de um descendente de imigrantes que vieram
da Itália para o Espírito Santo em 1894 (in Geert: Banck,
Estratégias de sobrevivência em duas comunidades
italo-capixabas. http://www.estacaocapixaba.com.br/
textos/imigracao/banck/italianos.html. Acessado em
17/12/2007.)
Professor(a): o primeiro texto trata da imigração italiana para a região serrana do Espírito Santo. O segundo trata da migração
do Espírito Santo para Rondônia. Analise com os alunos que esses movimentos de deslocamento da população não são em geral
“aventuras” das famílias, mas um arranjo entre a necessidade delas e um incentivo governamental para ocupação das terras.
Explore os momentos da história do Brasil e do Espírito Santo em que estes processos se deram. No primeiro caso, imigração
incentivada para substituição da mão de obra escrava nas lavouras do café, vindo parcela de população de países que se
“NO INÍCIO dos anos 80, com a transformação do Território Federal de Rondônia em
Estado, o governo federal estimulou a migração de colonos de outras regiões do país para
ocuparem terras na Amazônia. Veio gente, principalmente, do Paraná, Rio Grande do Sul
e Espírito Santo. Os capixabas, oriundos, em sua maioria, do norte (Ecoporanga, Colatina,
Barra de São Francisco etc.), se concentraram no centro rondoniense, entre Ji-Paraná, a
segunda maior cidade, e Cacoal.
Estes colonos, assentados nos lotes distribuídos pelo Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), enfrentaram, inicialmente, uma região inóspita, desconhecida
para a maioria. Muitos desistiram e foram engrossar o cinturão de pobreza ao redor dos
centros urbanos, ou retornaram, derrotados, para seus locais de origem. Os que ficaram
construíram uma nova vida.
Com o tempo, começaram a ocupar espaços nos diversos segmentos profissionais da
nova sociedade onde estavam inseridos. É comum, por exemplo, ao longo das cidades
nascidas no eixo da BR-364 (Cuiabá-Porto Velho), ver placas indicando Máquina de Café
Colatinense, Borracharia Capixaba, Hotel Linhares e outras mais.”
encontravam em situações críticas de pobreza e de guerra. No
segundo caso, há migração interestadual motivada pela falta de
terras para os descendentes dos imigrantes no Espírito Santo e a
concentração de terras que se seguiu à erradicação dos cafezais,
por um lado, e, por outro, pela estratégia de ocupação da
Amazônia nos anos 1980.
(Fonte: http://www.seculodiario.com.br. Acessado em 11/02/2008)
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Edivaldo Serralheiro
Entreviste e conheça
Será que esses movimentos migratórios fazem parte da
história de sua família? Faça uma pesquisa para descobrir.
Entreviste seus pais, avós ou outras pessoas que moram
com você.
Escreva em seu caderno as perguntas antes de entrevistá-los. Exemplo:
• Onde nasceu? (município, estado, país, se a pessoa for
estrangeira)
• Onde mora? (município, estado, país, se a pessoa for
estrangeira)
Professor(a): No manual há uma tabela
pronta (Anexo III), que pode ser copiada.
Incentive os alunos a localizar em mapas os
lugares que apareceram nas suas tabelas e a
comparar os resultados obtidos pela classe.
Ajude-os a descobrir se há padrões, se há
grupos semelhantes na classe e, retomando o
texto com elementos da história da ocupação
do Espírito Santo desenvolvida na unidade
anterior, incentive-os a descobrir as conexões
entre a história de sua família com o processo
de ocupação do estado.
Organize essas informações em uma tabela e compare-a
com a de seus colegas. Quais são os dados semelhantes nas
entrevistas? Quais são os que se diferem?
As informações que você pesquisou fazem parte da história da sua família, da sua história e são também parte
da história do seu município, do Espírito Santo, do Brasil.
Relembre o que aprendeu sobre a história da ocupação do
território e compare-a com os dados que você tem sobre a
sua família. Faça um texto em seu caderno sobre as suas
descobertas.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 4: Manual
Em ResUmo
A distribuição da população pelo território é heterogênea e reflete diferentes modos
de vida das pessoas. Essa distribuição também se relaciona às atividades econômicas
desenvolvidas, no passado e no presente.
A população é composta por pessoas que são diferentes, mas que compartilham a vida
em um mesmo território. Essas diferenças têm raízes, muitas vezes, no processo de ocupação
territorial, na situação de moradia da pessoa, se urbana ou rural, e no acesso que têm a
bens sociais, como saúde, educação e renda.
Hoje, a maior parte da população mora em cidades, e as cidades apresentam diferenças
umas em relação às outras e também diferenças internas.
A moradia atual das pessoas pode não ser a mesma de quando ou de onde nasceram seus
pais e avós. Os processos migratórios são muito presentes na vida das pessoas do Espírito
Santo.
Professor(a): leia estes parágrafos com os alunos e,
em cada um deles, discuta as atividades que foram
desenvolvidas nesta unidade.
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