São Francisco Xavier Ouro, incenso e mirra

Transcrição

São Francisco Xavier Ouro, incenso e mirra
TEMPO NATALÍCIO É com agrado que vemos a nossa Igreja cheia, mesmo nesta época em que habitualmente os paroquianos saem. E saíram. Mesmo
assim tivemos muita gente. De mãos dadas, vamos
dar mais vida à nossa Comunidade. As pessoas que
ainda não se sentem integradas não tenham receio,
apareçam, apresentem-se!
TRANSMISSÃO DE MISSA NA TVI Venha celebrar connosco, (não venha mostrar a sua cara, mas a sua Fé)
no dia 13.01.13, domingo – Dia do Senhor – às 11h00,
na Nova Igreja. A TVI vai levar a nossa celebração ao
mundo inteiro, onde ela é sintonizada. Uma grande
oportunidade para estarmos unidos aos irmãos e irmãs que professam a mesma fé.
No dia da Festa do Baptismo do Senhor vamos estar
particularmente unidos aos seguidores de Jesus que
receberam o mesmo baptismo. Foi por este sacramento que cada um de nós entrou na Porta da Fé.
É importante que saibamos vivê-la e fazer brilhá-la.
É na Eucaristia que nós vamos buscar a força para podermos espalhar no nosso dia a dia.
FUNDO PAROQUIAL Recordamos aos paroquianos
que em Janeiro iremos preparar os recibos dos donativos que os paroquianos deram, quer para o Fundo
Paroquial, quer para a Nova Igreja. Às pessoas que
ainda não o fizeram, agradecemos que nos façam
chegar quanto antes possível. As pessoas que ainda
não contribuem para as despesas da manutenção e
da vida da Paróquia, poderão perguntar no Secretariado ao Prior, como fazer a sua inscrição.
JANEIRAS A malta jovem da nossa Comunidade quer
dar continuidade a essa tradicional maneira de lavar
aos paroquianos a mensagem de alegria desta Quadra Festiva do Natal, que na nossa Paróquia já criou
raizes…! Abram as portas das vossas casas para o entusiasmo destes jovens!
CATEQUESE DOS ADULTOS A pedido do grupo de
adultos que celebrou o Crisma no passado dia 3 de
Dezembro, a partir do dia 7 e sempre às 2ªs fªs, às
21h00, haverá uma hora de tempo de esclarecimento
da Fé e interrogações, agora aberto a toda a gente,
que será orientado pelo Dr. Francisco de Nascimento.
Evangelho de hoje
Mt 2, 1-12
Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos
dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. “Onde está
– perguntaram eles – o rei dos judeus que acaba
de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e
viemos adorá-l’O”. Ao ouvir tal notícia, o rei
Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a
cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes
dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: “Em Belém da Judeia, porque assim está
escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de Judá, não
és de modo nenhum a menor entre as principais
cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe, que
será o Pastor de Israel, meu povo’”. Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e
pediu-lhes informações precisas sobre o tempo
em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois
enviou-os a Belém e disse-lhes: “Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também
eu vá adorá-l’O”. Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no
Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o
Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se
diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os
seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro,
incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não
voltarem à presença de Herodes, regressaram à
sua terra por outro caminho.
Dinheiros:
Irmandade de SFX. Caselas
125,00
Café/Bolos
91,50
Donativo de uma paroquiana
500,00
Um casal paroquiano
250,00
Vários140,00
Euro milhões175,41
Paróquia de
São Francisco Xavier
Rua João Dias, nº 53 | 1400-221 Lisboa
Tel: 21 301 86 48
[email protected]
www.paroquiasfxavier.org
825
6 Janeiro 2013
Ouro, incenso e mirra
­ OMINGO
D
EPIFANIA DO SENHOR
Is 60, 1-6; Ef 3, 2-3a. 5-6
Mt 2, 1-12
SEGUNDA
S. Raimundo de Penaforte,
presbítero
1 Jo 3, 22 – 4, 6; Mt 4, 12-17.
23-25
TERÇA
1 Jo 4, 7-10; Mc 6, 34-44
QUARTA
1 Jo 4, 11-18; Mc 6, 45-52
QUINTA
B. Gonçalo de Amarante,
presbítero
1 Jo 4, 19 – 5, 4; Lc 4, 14-22a
SEXTA
1 Jo 5, 5-13; Lc 5, 12-16
Sábado
1 Jo 5, 14-21; Jo 3, 22-30
próximo DOMINGO
Baptismo do Senhor
Is 42, 1-4. 6-7; Act 10, 34-38
Lc 3, 15-16. 21-22
ou
Is 40, 1-5. 9-11; Tit 2, 11-14; 3,
4-7;Lc 3, 15-16. 21-22
Os magos encontram uma pobre jovem
com uma pobre criança coberta de pobres
faixas mas, ao entrarem naquela gruta,
sentem uma alegria que nunca tinham experimentado. A divina Criança demonstra
alegria: sinal da satisfação afectuosa com
que os acolhe, como primeiras conquistas
da Sua obra redentora. Os santos reis olham em seguida para Maria, que não fala; mantém-se em silêncio, mas o seu rosto reflecte
a alegria e respira uma doçura celeste, prova de que lhes presta
bom acolhimento e lhes agradece por serem os primeiros a vir reconhecer o seu Filho naquilo que Ele é: o seu Mestre soberano.
Não tenho o ouro do amor, porque amei as coisas deste mundo;
amei apenas os meus caprichos em vez de Te amar a Ti, que és
infinitamente digno de amor. Não tenho o incenso da oração, pois
infelizmente vivi sem pensar em Ti. Não tenho a mirra da mortificação, porque, por não me ter abstido de miseráveis prazeres, tantas vezes contristei a Tua infinita bondade. Que Te oferecerei então? Meu Jesus, ofereço-Te o meu coração, manchado e despojado:
aceita-o e transforma-o, uma vez que vieste cá abaixo para lavar
com o Teu sangue os nossos corações culpados e transformar-nos
assim de pecadores em santos. Dá-me, pois, esse ouro, esse incenso, essa mirra que me faltam. Dá-me o ouro do Teu santo amor;
dá-me o incenso, o espírito de oração; dá-me a mirra, o desejo e a
força de me mortificar em tudo o que te desagrada. [...]
Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja
Meditações para a oitava da Epifania, n°1
Sair de si
Cristãos sem comprometimentos
António Santana, s.j., Mensageiro
Bento XVI, entrevista ao Financial Times
Ainda em espírito natalício, somos hoje convidados a celebrar a Solenidade da Epifania
do Senhor. Depois de contemplarmos o Deus
Menino que nasce pobre e indefeso nas palhinhas de Belém, meditamos agora na manifestação de Jesus como Messias, Aquele que vem
para salvar o mundo inteiro.
Nos Magos se cumpre a profecia do Livro de
Isaías, pois, ao chegarem a Belém, descobrem
em Jesus a Luz que brilha sobre todos os povos da terra. Nestes homens, provavelmente
astrólogos oriundos da Mesopotâmia, estão
representados os povos pagãos vizinhos a Israel e, neles, se vislumbram todas as nações
que hão-de acolher a Boa Nova do Reino de
Deus. Nos Magos estão também todos os
gentios que «recebem a mesma herança que
os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por
meio do Evangelho».
O sentimento que marca o encontro com o
Deus Encarnado é, em primeiro lugar, de alegria e de esperança para quem se põe a caminho e descobre a novidade do Deus encarnado feito um de nós; depois, o sentimento
é também de entrega do melhor que se tem:
ouro, incenso e mirra, ou seja, as riquezas interiores, que deixam de ser propriedade pessoal para serem colocadas ao serviço de todos. Provavelmente esta é também a história
de cada ser humano que faz a experiência da
manifestação de Deus na sua vida. É diante
deste «mistério de Cristo», como nos diz ainda S. Paulo, que somos convidados a sair do
nosso “quentinho” e a pormo-nos a caminhar
«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus» foi a resposta de Jesus quando lhe perguntaram o que pensava sobre o pagamento
dos impostos. Os que o interrogavam queriam
obrigá-lo a tomar uma posição no debate político inflamado sobre a dominação romana
na terra de Israel. Se Jesus fosse realmente o
Messias esperado, então ter-se-ia oposto aos
dominadores romanos. Portanto, a pergunta
era calculada para o desmascarar como uma
ameaça ao regime ou como impostor. A resposta de Jesus leva a questão a um nível superior, atestando contra a politização da religião
e a deificação do poder temporal, e contra a
incansável busca da riqueza. O reino que Jesus
vinha instaurar era de uma dimensão absolutamente superior.
As narrações de Natal do Novo Testamento
têm a finalidade de expressar uma mensagem
semelhante. Jesus nasceu durante um «recenseamento do mundo inteiro», desejado por César Augusto, o imperador famoso por ter levado a Pax Romana a todas as terras submetidas
ao domínio romano. No entanto, este menino
estava para oferecer ao mundo uma paz muito
maior. Jesus é-nos apresentado como herdeiro
do rei David, mas a libertação que ele trouxe
ao próprio povo não dizia respeito à vigilância
dos exércitos inimigos; tratava-se de vencer o
pecado e a morte para sempre. O Menino Jesus, vulnerável e débil em termos mundanos, é
o verdadeiro rei do céu e da terra.
O nascimento de Cristo desafia-nos a reconsiderar as nossas prioridades e valores. O Natal é
um tempo de grande alegria e ocasião para um
em direcção Àquele que nos pode tornar mais
leves e nos leva seguramente mais longe. E ainda que este percurso seja exigente, só temos de
estar atentos aos sinais de Deus que se revelam
no dia-a-dia daquilo que vivemos, pois é aí que
estão as “estrelas” que nos indicam a via a percorrer.
Nestes tempos difíceis em que vivemos, de crise económica a nível global, há que fortalecer a
fé para não deixar de confiar na acção protectora de Deus e há que estar atento aos sinais de
esperança da luz de Cristo, que nos pode estar a
pedir para vivermos uma vida mais centrada no
essencial, nas relações humanas e na partilha
daquilo que somos e temos.
Este “descentramento” de si mesmo é, como
já foi dito, exigente, requer uma opção livre e
fundamental de cada cristão em colocar Jesus
no centro da sua vida. Se não dermos o passo
decisivo, permanecemos fechados no nosso pequeno mundo, como o rei Herodes, e deixamos
de ser como os Magos, herdeiros da fé em Jesus
Cristo. À semelhança do que dizia S. Cromácio
de Aquileia, um dos Padres da Igreja do século
IV, sejamos como os Magos, que «se colocam de
joelhos para adorar o Senhor e, enquanto Ele está
ainda no berço, oferecem os seus dons, venerando
o “neonato” que soluça».
exame de consciência. No fim de um ano que
significou privações económicas para muitos, o
que podemos aprender da humildade, pobreza
da imagem do presépio?
É no Evangelho que os cristãos encontram inspiração para a vida diária e para o seu envolvimento nas questões do mundo. Os cristãos não
deveriam fugir do mundo; deviam ter zelo por
ele. Mas a sua participação na política e na economia deveria transcender qualquer forma de
ideologia. Os cristãos combatem a pobreza porque reconhecem a dignidade suprema de todos
os seres humanos, criados à imagem de Deus e
destinados à vida eterna. Os cristãos lutam por
uma partilha equilibrada dos recursos da terra
porque estão convictos de que, como administradores da criação de Deus, temos o dever de
zelar pelos mais débeis e vulneráveis, agora e
no futuro. Os cristãos opõem-se à avidez e à exploração, convictos de que a generosidade e um
amor abnegado, ensinados e vividos por Jesus
de Nazaré, são o caminho que leva à plenitude
da vida.
Todavia, os cristãos dão a César só o que é de
César, mas não o que pertence a Deus. Às vezes ao longo da história os cristãos não podiam
aceitar as exigências feitas por César. Quando os
cristãos rejeitaram ajoelhar-se diante dos falsos
deuses propostos nos nossos tempos, não foi
porque tinham uma visão antiquada do mundo.
Pelo contrário, isto acontece porque estão livres
dos vínculos da ideologia e são animados por
uma visão tão nobre do destino humano, que
não possa aceitar comprometimentos em relação a nada que o possa ameaçar.

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