Capacete - Moto Jornal

Transcrição

Capacete - Moto Jornal
ANO 1 - N0 08 - fevereiro 2014
Só buzinar
não evita acidente
GRÁTIS
NA SUA
MOTOESCOLA
Para quem pilota legal
Distribuição gratuita em São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e nas principais motoescolas do Brasil
Guia do
Capacete:
saiba como
escolher o seu
Veja Mais:
Yamaha Crosser feita para todo caminho
l
Fábricas querem atrair jovens às motos
O que você tem na cabeça?
N
esta edição da revista MotoJornal abordamos um tema muito importante para a segurança e o conforto do motociclista:
o capacete. Item obrigatório, a falta do equipamento acarreta
uma multa classificada como gravíssima, apreensão do veículo e suspensão do direito de pilotar a moto. Ou seja, rodar
sem capacete é uma das maiores bobagens que um motociclista pode fazer. E não é apenas por conta do prejuízo financeiro, afinal o
maior risco é a segurança do piloto e do passageiro.
Pensando no conforto, segurança e condições financeiras dos usuários
de motos os fabricantes de capacetes oferecem uma infinidade de modelos. Alguns modelos chegam a custar até mais do que algumas motos populares. Outros tem preço mais acessível e oferecem o nível de proteção
necessário para salvar a vida de um motociclista.
Com tantas opções, o consumidor deve ficar atento na hora de escolher o tamanho e observar atentamente a originalidade do capacete. Infelizmente é possível encontrar capacetes falsificados que não oferecem
a menor proteção. Por isso, veja a nossa matéria especial e saiba como
escolher o seu maior companheiro com segurança.
Cicero Lima
Reportagem
Carlos Bazela e Roberto Brandão Filho
Diretores
Aldo Tizzani Coppedé
[email protected]
Arthur H. Caldeira
[email protected]
Redação
Cicero Lima
[email protected]
Publicidade e marketing
Aldo Tizzani Coppedé
[email protected]
(11) 2574-6737
Tiragem desta edição
10.000 exemplares
Projeto Gráfico
Felipe Lamas
Jornalista responsável
Aldo Tizzani Coppedé – MTB 23.914-SP
Arte
Marco A. Ponzio
Assessoria Jurídica
Márcio Luiz Henriques
Fotografia
Doni Castilho e Mario
Villaescusa
Gráfica e acabamento
Meltingcolor
www.motojornal.com.br
4
MotoJornal é uma publicação mensal da Infomotor Comunicação Integrada LTDA destinada
aos motociclistas recém habilitados. Distribuída
gratuitamente nos principais CFC (Centro de Formação de Condutores) de São Paulo e Fortaleza.
É expressamente proibida a reprodução de reportagens, matérias e artigos publicados nesta edição.
As matérias assinadas são de responsabilidade de
seus autores e não representam, necessariamente,
a opinião e os interesses da revista MotoJornal.
Infomotor Comunicação Integrada Ltda
Central Offices Paulista –
Rua Maestro Cardim, 560, cj. 141
Paraiso – são Paulo (SP) - 01323-000
Apoio
mento
a
t
r
po
m
co
Moto para
desconectar
Um dos grandes
desafios da indústria
de motocicletas é
“resgatar” o jovem
do mundo virtual e lhe
mostrar liberdade de
estar em duas rodas
Texto: Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO/
Fotos: Divulgação
N
os últimos anos, a indústria das duas
rodas vive um dilema: como atrair mais
jovens ao “mundo moto”? Um ambiente repleto de aventura, adrenalina, isso sem
falar naquela gostosa sensação de liberdade,
agilidade no trânsito, além da economia de
tempo e dinheiro. Com o advento dos smartphones, tablets, video-games e outras engenhocas eletrônicas, a mobilidade está perdendo espaço para a tal hiperconectividade.
5
O fenômeno, que acontece no Japão, Estados
Unidos, Europa está diretamente ligado à geração “Y”, que não apresenta a mesma vontade
por seu próprio meio de transporte, como seus
pais, por exemplo, para focar seu interesse em
produtos de tecnologia, os famosos gadgets.
Assim, em um mundo movido por aplicativos e
mídias sociais, qual é o caminho para a indústria das duas rodas para atrair este consumidor?
A questão é como fazer esta migração entre
o mundo virtual para novas experiências pessoais em um veículo de duas rodas. Para tentar resgatar esta geração, a Honda Europa está
investindo em projetos elaborados como, por
exemplo, a MSX 125. Embora seja uma releitura da Monkey da década de 60, a moto usa
motor injetado de 125cc e rodas aro 12 polegadas. Mas os principais diferenciais mesmo
ficam por conta do design bastante arrojado e
sua vocação urbana, facilidade de pilotagem e
agilidade para deslocamentos curtos como ir
6
A pequena Honda MSX 125 (acima) e o painel com
tela LCD da tecnológica MV Agusta Turismo Veloce
à faculdade ou ao trabalho. Na Europa, quem
tiver carteira de habilitação para dirigir um
automóvel poderá pilotar a MSX 125 sem nenhuma outra autorização especial. O modelo
custa 3.000 Euros – cerca de R$ 9.900.
Com um belo design e soluções inovadoras,
a italiana MV Agusta apresentou recentemente
sua mais nova criação: a Turismo Veloce 800,
a "primeira" sport touring da Casa de Varese.
Um dos destaques é a capacidade da moto interagir (conectar) com smartphone ou tablets,
além de poder usar o sistema Bluetooth para
interface. São dezenas de ações que podem ser
realizadas, desde a simples conexão do celular
com os interfones dos capacetes, memorizar
trajetos, como também ajustar a suspensão e o
mapeamento do motor.
Menores e mais baratas
Outra estratégia utilizada pelas fábricas
é projetar motos mais acessíveis. Tanto do
ponto de vista da pilotagem como financeiramente. Um bom exemplo é a linha de miniesportivas RC da austríaca KTM, que tem como
objetivo oferecer emoção e esportividade com
foco nos mais jovens. São três modelos de
baixa capacidade – 125cc, 200cc e 390cc – e
que deverão custar menos de 6.000 Euros. Até
A radical KTM RC 125 e o desenho da futura
Triumph Daytona 250cc: jovens como público alvo
A Harley lançará modelos mais populares, com
preços acessíveis e motores de 500 e 700cc
mesmo o banco foi pensado para esse público.
O assento é inteiro de espuma. Como a linha
RC é voltada para jovens pilotos, eles vão querer levar seus amigos (as) ou namoradas (os)
para dar uma volta, mas também querem que
sua moto seja estilosa, bonita, radical.
Seguindo o mesmo raciocínio, a inglesa
Triumph também irá apostar suas fichas em
modelos mais baratos, de 250cc de capacidade
cúbica. Com versões naked e mini-esportiva,
que já estão sendo flagrados na Europa e Ásia,
ganharão motores de apenas um cilindro.
Outro exemplo surpreendente de motos
menores (e mais baratas) para conquistar os
jovens vem da norte-americana Harley-Davidson. A marca apresentou no ano passado a
família Street, cujos modelos trazem inéditos
motores de 500 e 750cc – os menores produzidos pela fábrica atualmente - com refrigeração
líquida e preços que deverão ficar abaixo da
família Sportster, ou seja, menos de R$ 25 mil
(valor ainda não confirmado), justamente para
atrair o consumidor mais jovem. “O mundo
está mudando e ficando mais jovem e urbano.
Desenvolvemos essa nova linha street pensando em oferecer o espírito Harley-Davidson
para esse novo consumidor”, disse Mark-Hans
Richer, Vice-presidente Senior e Diretor de
Marketing da H-D
7
Capacete
não é
chapéu
Como escolher o
principal equipamento
de proteção do
motociclista que está
disponível em quatro
tipos para diferentes
utilizações
Texto: Roberto Brandão Filho / Agência INFOMOTO
Fotos: Divulgação
O
capacete, além de ser obrigatório no
Brasil, garante maior segurança ao motociclista, isso é fato e todo mundo sabe.
Porém, o que muitos usuários desconhecem é
que não basta apenas colocá-lo na cabeça e
sair pilotando. É preciso saber escolher o modelo apropriado para o tipo de utilização da
moto (contra o quê ele precisa proteger), além
de levar em conta o tamanho e formato da cabeça do usuário. Existem diversas opções
de modelos e marcas no mercado, mas
não se iluda com preço baixo. Afinal,
segundo estudo realizado pela Escola
Paulista de Medicina, 68% das lesões
graves com motociclistas são na cabeça, e um capacete bom pode ser a diferença entre a vida e a morte.
8
Tipos de capacetes e utilização
Às vezes é mais difícil escolher o capacete,
do que a própria moto. Existem diversos tipos,
tamanhos e funcionalidades. Então, como escolher? Em primeiro lugar, o motociclista deve
levar em conta o tipo de utilização, que pode
ser dividida em: uso dentro das cidades, para
a estrada ou para a prática de esportes on-road
(em piso de asfalto) e off-road (na terra). Para
o uso urbano, há três tipos de capacetes: o integral (totalmente fechado), o aberto - que deixa
rosto e queixo expostos - e o escamoteável (articulado). É claro que o integral é mais seguro,
pois oferece maior proteção, tanto em caso de
uma queda, quanto das adversidades das vias,
como insetos ou pedras lançadas por outros
veículos. O aberto é mais confortável nos dias
Considerado o "salva-vidas"
do motociclista, o capacete
é item de uso obrigatório.
Por isso escolha um produto
certificado pelo Inmetro
quentes do verão, pois deixa o rosto exposto ao
vento, mas é obrigatório ter viseira (assim como
os outros) ou ser usado com óculos de proteção
próprios para motocicletas. Já os modelos escamoteáveis, ou articulados, unem a segurança do
capacete integral, com a sensação de liberdade
do capacete aberto. Porém, em caso de um im9
O capacete
modular é ideal
para quem usa
motos custom
pacto forte, a “queixeira” não oferece o mesmo
nível de proteção do modelo fechado.
Os capacetes em geral são construídos, basicamente, em dois tipos de material: plástico
injetado ou composto de fibras sintéticas. Os
cascos construídos em plástico são mais baratos, mas oferecem menos proteção ao motociclista. A característica do material faz com
que o capacete bata no chão repetidas vezes
– como uma bola quicando – o que é conhe-
Para os pilotos mais aventureiros, os capacetes com aba frontal são os mais indicados
10
O modelo Jet é
recomendado para pilotos
de scooters e CUBs
cido como efeito-mola, absorvendo menos o
impacto. Já os capacetes feitos em fibras sintéticas (fibra de vidro, de carbono, kevlar, etc),
além de serem fabricados em menor escala,
oferecem maior capacidade de absorção de
impacto, já que a o material consegue se reconstituir mais rapidamente do que o plástico.
Também é importante ressaltar que as normas brasileiras exigem uma proteção mais
reforçada na região que corresponde à calota
craniana, têmporas e nuca. Portanto, capacetes
abertos ou que apenas cumpram às normas não
protegem a região do queixo. Por isso, é recomendável utilizar um capacete integral em viagens e estradas, onde a velocidade é mais alta.
Vale lembrar também, que não basta usar o capacete, ele deve estar bem afivelado por um dos
dois tipos de fecho mais comuns: cinta jugular com sistema de engate rápido ou com anel
duplo. O primeiro é mais prático, porém está
sujeito a desgaste e a possível abertura em caso
de acidente. Já o segundo, traz mais segurança,
porém é mais trabalhoso de afivelar e desafivelar. Em qualquer um dos casos, é importante
sempre manter a cinta jugular bem afivelada e
com a tira encostando no pescoço do piloto. Se
houver folga, há a possibilidade do capacete
sair voando em caso de impacto ou queda.
Para a utilização esportiva ou de lazer, tanto
nos circuitos asfaltados, quanto nas pistas de
11
Para ser homologado pelo órgão certificador (Inmetro), o capacetes passa por inúmeros avaliação. São feitos
testes de impacto, descalçamento, resistência da viseira, além de verificar a qualidade da calota (isopor)
terra, recomenda-se o uso de capacetes mais
leves, normalmente feitos em fibras, geralmente de carbono ou vidro, e que tenham finalidade “Racing”. Esses modelos são normalmente mais caros, mas oferecem segurança
em condições extremas. Para o uso on-road,
há modelos “racing” do tipo integral e para
o uso off-road, existem capacetes projeta-
12
dos especialmente para este tipo de esporte.
São equipamentos com uma “aba” frontal,
que protege contra pedras, lama e até o sol.
A maioria deles não tem viseira, portanto os
pilotos utilizam um óculos exclusivo para
esta finalidade, mas oferecem maior espaço
da boca do piloto à queixeira para facilitar a
ventilação e respiração.
Medidas
Mas, os capacetes não devem apenas trazer
segurança, devem ser confortáveis. Para isso, é
necessário saber a medida de sua cabeça e ter
em mente que, como o formato da caixa craniana de cada pessoa é diferente da outra, assim
também são os capacetes. Portanto, antes de
escolher o seu, o motociclista deve pegar uma
fita métrica e medir a circunferência de sua
cabeça. O número encontrado em centímetros
será correspondente ao tamanho do capacete.
Exemplos: 56 – Small; 58 – Medium; 60 – Large; 62 – Extra Large; 64 – Extra Extra Large.
Por terem formatos diferentes de cabeças e
de capacetes, vale experimentar antes de comprar. O fato de utilizar uma determinada medida de uma marca e modelo não significa que
esta será a mesma medida para outras fabricantes. Quando prová-lo, o motociclista deve ficar
atento se o capacete veste bem. Ou seja, se fica
Para saber o
número correto
de seu capacete
basta usa uma
fita métrica ao
redor da testa
confortável, tanto nas bochechas, quanto na
parte frontal da cabeça.
Deixemos claro: confortável não quer dizer
frouxo. O capacete precisa encostar-se ao couro cabeludo e as almofadas (espumas) laterais
nas bochechas. Não pode haver nenhum espaço
entre o capacete e a cabeça. E isso deve ser observado ao longo do uso do equipamento, pois
espuma e isopor gastos tendem a criar folga na
cabeça. Outro fator que está totalmente ligado à
segurança do motociclista é o campo de visão
oferecido pelo capacete. Se a visibilidade e a
visão periférica forem comprometidas pelo formato do casco, a probabilidade de um acidente
acontecer aumenta exponencialmente.
O barato sai caro
O motociclista deve se conscientizar de que o
cérebro, apesar de vital, é um dos órgãos mais
frágeis do corpo. Infelizmente, a cabeça é a primeira parte do corpo a sofrer um impacto em
caso de queda ou acidente. Dessa forma, o motociclista – e ou garupa – não deve optar pelo
capacete mais barato do mercado (nem pelo
mais caro), mas sim por um produto confiável
para o tipo de utilização. Para garantir essa confiança e qualidade ao consumidor, em fevereiro de 2001 a ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) criou a norma NBR 7471.
Além de conferir as dimensões e peso, a resolução também exige que todos os capacetes
comercializados no Brasil (nacionais ou importados) passem por testes de qualidade, certifica-
13
Fa l s o
Não seja a
próxima vítima.
Não compre
capacetes
falsificados. O barato
pode sair caro
dos pelo Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade
e Tecnologia).
Vale lembrar que
capacetes comprados no exterior para
uso próprio estão dentro da lei, já que o
selo só é conferido para capacetes comercializados no país, como prevê a resolução
nº 203 do Conselho Nacional de Trânsito
(Contran), datada de 29 de setembro de 2006.
Os testes consistem em avaliar a resistência
de diversas partes do capacete, como a cinta jugular, a viseira e o casco propriamente
dito a choques sofridos na parte superior,
nas laterais e também na região da nuca.
Portanto, na hora de comprar um novo ou
seu primeiro - capacete, o motociclista deve
verificar se o produto conta com o selo do Inmetro, garantia de que o capacete passou e foi
aprovado por todos os testes. Segundo Rodrigo
Almeida, gerente de marketing da BR Motorsport – representante da AGV e LS2 – o consumidor deve sempre conferir a originalidade de
14
um capacete. “As pessoas não podem se iludir
com preços muito baixos. Existem diversas cópias falsificadas de capacetes conhecidos, como
LS2 e AGV. No mercado paralelo, encontramos
marcas como LS3 e AVG, que custam em torno
de R$ 50 a R$ 100. Esse tipo de equipamento
não passa por nenhum teste e ainda recebem o
selo falsificado do Inmetro. Quem compra capacetes nessas condições está brincando com
a vida”, afirma. Nesse caso, o barato pode sair
muito caro e dolorido!
ça
seguran
Buzina
nem sempre
resolve
Dar passagem no corredor
para outros motociclistas
e antecipar-se as reações
dos motoristas e
pedestres é mais seguro
do que fazer barulho
Texto Cicero Lima / Agência INFOMOTO
A
buzina é um equipamento de segurança
fundamental na moto, mas usada sem
critério torna-se inútil. O som estridente
e incômodo confunde-se com outros
ruídos das cidades, e, também
por conta dos excessos, o sinal
sonoro perde sua maior função, que é evitar acidentes.
Quem circula diariamente
pelas grande avenidas de
São Paulo, como a 23 de
Maio - uma das mais importantes e com maior fluxo de
motociclistas na cidade - percebe
a agressividade dos motociclistas. E se o
piloto for novato pode ser alvo de buzinadas
incessantes e acaba por procurar brechas entre
os carros e liberar o corredor.
Porém, muitos pilotos não sabem, mas buzinar de forma intermitente infringe o artigo
277 do código de trânsito, o que pode custar
ao piloto uma multa leve: três pontos no seu
prontuário e um prejuízo de R$ 53,20. Portanto, o ideal é pilotar na velocidade em que se
sinta seguro e com tempo para reagir no caso
de alguma fechada ou situação de emergência.
Além disso, manter uma distância segura do
veículo que está à frente. Procure antecipar-se
às possíveis reações dos motoristas e pedestres.
Seja qual for sua condição, motorista ou motociclista, é bom saber que estamos numa encruzilhada. Se continuarmos a usar nossos veículos
de forma agressiva, abrindo caminho
na base da buzina ou sem seta,
nosso trânsito está em uma encruzilhada.
Podemos ter ruas calmas
e pacíficas, onde buzinar e
envolver-se em acidentes
são exceções, ou seguir o
exemplo da Índia, onde buzina e acidentes fazem parte
do cotidiano. Segundo dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS),
o país é o segundo do mundo em mortes no
trânsito, perdendo apenas para a China, outro
lugar "viciado" em buzinas. Apenas para ajudar na sua escolha: o Brasil ocupa o terceiro
lugar nesse ranking.
15
STE
MOTOTE
Para qualquer caminho
Nova motocicleta trail de 150 cilindradas pode
ser usada na cidade ou nas estradas de terra
Texto: Roberto Brandão Filho / Agência INFOMOTO/ Fotos: Stephan Solon / Yamaha
A
Yamaha lançou a XTZ 150 Crosser, modelo trail – que pode ser usada no asfalto
ou fora dele - que compartilha o mesmo
motor de 150 cilindradas injetado e sistema
bicombustível da Fazer 150. O modelo chega
às concessionárias em abril, em duas versões e
três cores: branca, laranja e cinza grafite. A versão topo de linha, a “ED” (R$ 9.350,00), conta
com partida elétrica e freio a disco dianteiro,
enquanto que a versão “E” (R$ 9.050,00) tem
apenas a partida elétrica e traz sistema de freios
a tambor em ambas as rodas.
O projeto da Yamaha Crosser traz um desenho agressivo, moderno, com linhas marcantes
16
e angulares. Os grafismos, de acordo com a
própria Yamaha, foram inspirados em três bases: ousadia, esportividade e jovialidade. Na
dianteira o conjunto óptico traz lâmpada halógena e piscas com lentes transparentes. Um
paralama alto integrado, chamado de “up fender”, confere um ar agressivo ao modelo. Há
ainda um segundo paralama dianteiro, próximo
à roda, que protege a área de deslizamento da
suspensão de impactos de detritos.
A parte traseira também recebeu atenção aos
detalhes. O escapamento, totalmente novo, foi
posicionado em um ângulo bem acentuado e tem
inspiração visual nos sistemas de exaustão das
A Yamaha Crosser usa o mesmo motor bicombustível da Fazer 150, de 12,2 cv , além de grafismos esportivos
motocicletas de alta cilindrada da Yamaha, como
a XT 660R. O bagageiro traseiro, de série, conta
com alças de apoio em alumínio e capacidade de
carga para até 7 kg. O painel é derivado da Fazer
150. Ele traz conta-giros analógico e visor digital de LCD contendo indicador de marcha engatada, marcador de combustível, velocímetro,
assim como hodômetros total e parcial.
Assim como a instrumentação, a Crosser 150
compartilha da mesma motorização da Fazer
150, um propulsor monocilíndrico SOHC (comando único de válvula no cabeçote), com injeção eletrônica, arrefecimento a ar e 149,3 cm³
de capacidade. Por ser bicombustível e carregar
a segunda geração do sistema BlueFlex da Yamaha, oferece diferentes número de desempe-
nho. A Crosser produz 12,2 cavalos de potência
a 7.500 rpm e 1,28 kgf.m de torque aos 6.000 giros quando abastecida com gasolina e 12,4 cv as
7.500 rpm e 1,29 kgf.m de torque as 6.000 rpm
ao rodar com etanol. A XTZ 150 traz ainda o sistema YRCS (Yamaha Ram Air Cooling System),
que tem a função de potencializar a refrigeração
do sistema de ignição e do motor de 150cc. De
acordo com a marca, com o equipamento, o desempenho da motocicleta é otimizado.
Ciclística e chassi
Seguindo o conceito da marca chamado de
“sport utility vehicle” (veículo esportivo utilitário), a nova XTZ 150 Crosser tem vocação
urbana, com DNA aventureiro. Ou seja, foi
17
Os destaques ficam para o completo painel de
instrumentos e bagageiro para acomodar um baú
projetada para garantir conforto, esportividade
e versatilidade. O novo quadro, construído do
zero, é do tipo berço semi-duplo em aço, que
garante robustez e agilidade à motocicleta.
O conjunto de suspensão é formado por garfo
telescópico dianteiro convencional com 180 mm
de curso e suspensão traseira “monoshock” com
link e 56,5 mm de curso. A Crosser, de acordo
com a Yamaha, é a primeira motocicleta on/off-road bicombustível de 150cc que carrega suspensão traseira do tipo link. Na prática, este tipo
de suspensão garante um maior conforto ao piloto e passageiro por copiar as irregularidades do
piso com mais precisão e suavidade. Na versão
“E”, a mais simples, a XTZ Crosser traz freios a
Ficha Técnica
Yamaha XTZ 150 Crosser
Motor: Arrefecimento a ar,
SOHC, monocilíndrico, quatro
tempos, 2 válvulas
Capacidade cúbica: 149,3 cm³
Potência máxima (declarada):
12,4 cv a 7.500 rpm (etanol)
Torque máximo (declarado):
1,29 kgf.m a 6.000 rpm (etanol)
Câmbio: Cinco marchas
Alimentação: Injeção eletrônica
Partida: Elétrica
18
tambor, tanto na traseira quanto na dianteira. O
modelo top de linha, o “ED”, é equipado com
freio dianteiro a disco (230 mm de diâmetro) e
traseiro a tambor (130 mm).
O banco em dois níveis conta com espuma espessa e muito macia, que proporciona uma boa
posição de pilotagem, com as pernas bem juntas
ao tanque de combustível. O tanque, que conta
com tampa integrada, tem 12 litros de capacidade
e deve oferecer uma boa autonomia (a Yamaha
não divulgou os números de consumo, mas deve
rodar mais de 30 km/l, como sua irmã street Fazer 150). Para se tornar ainda mais democrática,
a versão “ED” da Yamaha XTZ 150 Crosser traz
suporte do guidão regulável em duas posições.
Quadro: Berço semi-duplo em aço
Suspensão dianteira: Garfos
telescópicos com 180 mm de curso
Suspensão traseira: Monoshock
com link e 56,5 mm de curso
Freio dianteiro: Disco simples
de 230 mm de diâmetro (versão ED)
e tambor mecânico (versão E)
Freio traseiro: Tambor mecânico
de 130 mm de curso
Pneus: 90/90-19 (diant.)
/110/90-17 (tras.)
Comprimento: 2.050 mm
Largura: 830 mm
Altura: 1.140 mm
Distância do solo: 235 mm
Altura do assento: 836 mm
Peso a seco: 120 kg
Tanque de combustível: 12 litros
Cores: Branco, Cinza fosco e Laranja
Preço sugerido: R$ 9.050,00
(versão E) e R$ 9.350,00 (versão ED)
19