Agosto/2008 - 22/08/2008 - O Sistema de Pagamentos Brasileiro

Transcrição

Agosto/2008 - 22/08/2008 - O Sistema de Pagamentos Brasileiro
Sistema de Pagamentos Brasileiro
O Sistema de
Pagamentos
Projeto BC e Universidade
Brasileiro
Mardilson Fernandes Queiroz
Agosto
2008
Maio /de
2005
1
Sumário
Conceitos básicos e estrutura do SPB
Visão geral da estrutura de liquidação interbancária
Instrumentos de pagamento
Vigilância
2
Sistema de pagamentos–Conceitos básicos (I)
• sistema de pagamentos:
conjunto de instrumentos, procedimentos bancários e,
tipicamente, sistemas de transferências interbancárias de
fundos que asseguram a circulação da moeda (BIS) liquidação de obrigações
• crescente interesse dos bancos centrais:
• suporte para as operações de política monetária
• importância para a estabilidade financeira
• papel dos bancos centrais:
• operador de sistemas de liquidação
• supervisor geral (overseer) sistema de pagamentos
eficiente e seguro
Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(II)
• transferências de fundos/transferências de
crédito
– Intrabancárias
– Interbancárias
sistemas de liquidação
Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(III)
• sistema de liquidação de obrigações interbancárias
– regulamento “alma” do sistema de liquidação
•
•
•
•
•
•
tipo de obrigação
instituição de liquidação moeda de liquidação
participantes
tipo e horário de liquidação
situações de inadimplência
etc
– TI (rede de comunicação + centro de processamento)
– logística de transporte
Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(IV)
• riscos de liquidação inadimplência da contraparte ou do
banco liquidante
– risco de crédito perda definitiva
• de principal
• de reposição
– risco de liquidez recebimento com atraso
• risco sistêmico
quebra em cadeia
• moedas de liquidação
– moeda de banco comercial
– moeda de banco central
(“efeito dominó”)
Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(V)
• principais tipos de sistemas de liquidação:
– LDL (DNS) risco de liquidação maior x menor necessidade
de liquidez
– LBTR (RTGS) risco de liquidação menor (finality intradia) x
alta necessidade de liquidez
– HÍBRIDO procura reunir vantagens dos sistemas LDL e
LBTR
SPB - A reforma de 2002
principal objetivo: REDUÇÃO do risco sistêmico
foco nos sistemas de liquidação
principais medidas
fortalecimento da base legal
reconhecimento da compensação multilateral
realização de garantias (efetividade no caso de liquidação
extrajudicial
implantação de sistema para transferências críticas
(LBTR/RTGS)
certeza de liquidação (SSI)
“regra de ouro”: saldo de RB > zero
SPB – Principais instrumentos de pagamento
• cheque
• cartão de crédito
• cartão de débito
• transferências de crédito:
• transferência associada ao bloqueto de
cobrança
• DOC
• TED
• débito direto
SPB – Infra-estrutura de liquidação de transferências de
fundos
Transferência
Transferência
de crédito
de crédito
LI
Q
U
ID
AÇ
ÃO
C
O
M
PE
N
SA
Ç
ÃO
IN
D ST
E R
PA U
G ME
AM N
EN TO
TO S
Cheque
Cheque
Cobrança
Cobrança
Débito direto
Débito direto
DOC
DOC
Cartões de
Cartões de
pagamento
pagamento
TED
TED
COMPE
COMPE
Multilateral
Multilateral
CIP – Siloc
CIP – Siloc
Multilateral
Multilateral
CIP – Sitraf
CIP – Sitraf
Multilateral
Multilateral
TECBAN
TECBAN
Multilateral
Multilateral
VISANET
VISANET
Multilateral
Multilateral
REDECARD
REDECARD
Multilateral
Multilateral
D+1
D+1
D+1
D+1
D+0
D+0
D+0/D+1
D+0/D+1
D+1
D+1
D+1
D+1
Sistema
Sistemade
deTransferência
Transferênciade
deReservas
Reservas––STR
STR
SPB – Giro anual dos sistemas de transferências de fundos
Tabela 1: Sistemas de Compensação e de Liquidação
Operações processadas em 2007
Quantidade
(Milhões)
%
Sistema
CIP – Sitraf
CIP – Siloc
STR 1/
Compe
TecBan2/
Redecard
Visanet
Total
1/
40
1.424
3
1.522
9
1.516
2.066
6.582
Valor
(R$ milhões)
0,6
21,6
0,1
23,1
0,1
23,0
31,4
100,0
3.606.377
723.895
1.630.239
1.074.428
713
102.820
138.238
7.276.708
Média
(R$)
%
49,6
9,9
22,4
14,8
0,0
1,4
1,9
100,0
Fonte: Banco Central do Brasil e Câmaras e Prestadores de Serviços de Compensação e de Liquidação.
– Consideradas apenas operações por conta de clientes.
1/
2/
– Consideradas apenas operações com cartões de débito.
89.144
508
478.724
706
79
68
67
1.106
SPB atual – estrutura de liquidação de ativos
Mercado de balcão
Negociação/
registro
SELIC
tpf
CETIP
tdc
tpe
di
swaps
outros
BM&F
CÂMBIO
ci
Mercado de bolsas
BM&F
ATIVOS
tpf
SOMA
ações
tdc
Compensação
BOVESPA
ações
opções
tdc
CBLC
BANCO
CENTRAL
Liquidação
Final
STR/RB
tpf – título público federal
tdc – título de dívida corporativa
ci – câmbio interbancário
tpe – título público estadual
di – depósito interfinanceiro
deriv – derivativos
LDL
LBTR
merc - mercadorias
BM&F
DERIV
deriva.
merc.
Integração dos sistemas de liquidação
Banco Central do
Brasil
SELIC
CIP/SILOC
Transferências de fundos
(DOC)
LDL (D+1)
CIP/SITRAF
transferências de
fundos
HÍBRIDO
títulos
públicos
federais
LBTR
STR
transferências de
fundos
LBTR
COMPE
cheque e
bloqueto cobrança
LDL (D+1)
TECBAN
transferências de
fundos
LDL (D+0;D+1)
BM&F Derivativos
mercadorias, futuros e
opções; swaps
LDL(D+1)
RSFN
BM&F Câmbio
câmbio interbancário
LDL (D+1;D+2)
Contas de
Liquidação
CETIP
títulos privados; títulos
estaduas e municipais;
swaps
LDL(D+1)/LBTR
CBLC
ações e outros títulos
privados
LDL(D+1;D+3)
LBTR
BM&F Ativos
títulos públicos
LDL (D+1)
STR – Principais características
LBTR
apenas ordens de crédito (4 níveis de prioridade)
liquidação da ordem < > saldo RB >= zero
fila central peps
acesso técnico mensageria (RSFN)
fluxo de mensagens V
rotinas de otimização discricionariedade do Bacen
STR – Arquitetura geral
Banco Central do
Brasil
STR
contas de
liquidação
C
E
N
T
R
O
instituições financeiras
RSFN
Provedor 1
1
câmaras e prestadores de serviços de
compensação e de
liquidação
cabos de fibra ótica (2
redes inde pendentes)
STR
contas de
liquidação
C
E
N
T
R
0
2
RSFN
Provedor 2
Secretaria do Tesouro
Nacional
STR – Grade horária
Abertura
Sitraf - pré-depósitos
Siloc – 1ª sessão
Compe – sessão noturna
TecBan-1ªsessão
Encerramento
Compe – sessão diurna
Sitraf–ciclo complementar
TecBan – 2ª sessão
Siloc – 2ª sessão
Sitraf – ciclo principal
BM&F - Ativos
CBLC
BM&F - Derivativos
BM&F - Câmbio
Cetip
6h30
7
8
9
10
11
12
13
14
15
transferências de fundos em nome de cliente
operações LBTR da Cetip
crédito intradia (concessão/reversão)
transferências de fundos em nome próprio do participante; operações do Selic
16
17
18
18h30
Ciclo de liquidação típico em um sistema de compensação
(exemplo: liquidação em Do)
p1
p2
p3
p4
• p1: participantes realizam transações/fazem transferências de
fundos
• p2: a câmara calcula a posição líquida de cada participante
• p3: participantes com posição líquida devedora creditam a conta
de liquidação da câmara no Banco Central
• p4: a câmara transfere recursos para os participantes com
posição líquida credora
p3 – p4 janela de liquidação no STR (enchimento do
“pote”/esvaziamento do “pote”)
STR – Movimentação
Figura 1
Transferências de fundos – Média diária – Mensal
R$ bilhões
460
Milhares
50
432
47
404
44
376
41
348
38
320
35
jan fev
2007
mar abr
Valor
mai
jun
jul
ago
set
out nov dez
Volume
STR – Movimentação
Figura 6
Transferências de fundos – Valor – Perfil intradia –
7.12.2007.
12%
100%
10%
80%
7%
60%
5%
40%
2%
20%
0%
6:30
0%
8:00 9:30 11:00 12:30 14:00 15:30 17:00 18:30 20:00
Faixa: Média 12m (+ ou -) desvio-padrão (escala da esquerda)
Percentual do mês (escala da esquerda)
Percentual acumulado do mês (escala da direita)
Figura 7
Transferências de fundos – Quantidade – Perfil intradia –
7.12.2007.
20%
15%
100%
80%
60%
10%
40%
5%
0%
6:30
20%
0%
8:00
9:30 11:00 12:30 14:00 15:30 17:00 18:30 20:00
Faixa - Média 12m (+ ou -) desvio- padrão (escala da esquerda)
Percentual do mês (escala da esquerda)
Percentual acumulado do mês (escala da direita)
O crédito intradia
forma: operação compromissada
custo zero (PU de ida = PU de volta)
lastro: TPF elegíveis
concessão/reversão: qualquer momento ao longo do
dia
se não houver a reversão transformação automática
para operação overnight (Selic + 6% a.a.)
O crédito intradia- Movimentação
Movimentação do crédito intradia - Maio de 2005
Dia
Quant.
2
3
4
5
6
9
10
11
12
13
16
Média
Valor (R$ milhões)
Total
Médio
453
499
499
451
427
470
478
492
429
454
473
38.871,6
45.908,3
48.712,0
38.161,4
36.297,6
50.441,4
47.740,7
52.116,0
34.775,6
35.650,4
46.447,9
85,8
92,0
97,6
84,6
85,0
107,3
99,9
105,9
81,1
78,5
98,2
465,9
43.193,0
92,4
Suporte de liquidez do sistema
R$ bilhões
400
350
300
250
200
150
100
50
0
1/7
22/7
12/8
2/9
24/9
18/10 9/11
Reservas Início de Dia
Títulos Redescontáveis
Necessidade Efetiva de Liquidez
1/12
22/12 12/1
2/2
25/2
18/3
11/4
Compulsórios
Títulos Vinculados ao Compulsório
3/5
Instrumentos de pagamento e
“oversight”
Sistema de Pagamentos de Varejo
Definição e importância
• É a infra-estrutura para que o dinheiro cumpra sua função
de intermediário de trocas
• É um elo de ligação entre a economia não-financeira e o
sistema financeiro
• Características do pagamento de varejo
–
–
–
–
Grande quantidade de transações
Preponderância de baixos valores individuais
Relacionado a compras de bens e serviços
Elevada diversidade de instrumentos de pagamentos e de
canais de distribuição
Sistema de Pagamentos de Varejo – Política do
Banco Central do Brasil
• Interesse
Promover a eficiência econômica no uso da moeda
• Objetivo
Eficiência e segurança do sistema de pagamentos de varejo
Aumentar a participação relativa dos instrumentos eletrônicos
vis-à-vis a dos instrumentos em papel
Eficiência econômica e aumento de bem-estar social
Menor custo
Maior qualidade
Serviço de maior valor agregado
Sistema de Pagamentos de Varejo
Fluxo
Informações do pagamento
Banco do
Pagador
Arranjo
compensação
Instrumento
débito
Banco do
beneficiário
Instrumento
crédito
Pagamento (1)
Pagamento (2)
Instrumento de pagamento (2)
Beneficiário
Pagador
Bens e Serviços
Possibilidades de pagamento eletrônico
Localização e
Necessidades
Consumidor
Particular
Esporte,
hobby, laser
Instrumento de
acesso
Gastronomia
Compra
Home
Shopping
Transporte e Viagem
PIN etc.
Password:
*******
****
3D-Secure:
*****
Username:
casa
Interactive TV
Desktop
IDTV
Cartões
Magnétic
os
Laptop
Organizer
Fixed analogue line
Celular
Outros digitais
(flash, stick,
cam, player,
contactless console …)
chip
PKI
certificate
Smart card
Radio
Frequency
Fixed high-speed line (xDSL)
ISDN
Mobile networks
(GSM, GPRS, UMTS)
WAP
Meios de Pagamentos
(depósitos, e-money,
others)
World Wide Web
Processadora de
cartões
Invoice & debit
Provedores de bens
E-Mail
Infrared
(IrDA)
Redes de
Comunicações
Bluetooth
Wireless Local
Area Network
Transferência de
Crédito
Pre-pagamento
Liquidação Bruta
Compensação
Tempo Real
Processamento Batch
Transferência de Crédito
Beneficiário
Governo
Varejistas,
Estabeleci
mentos
Câmara e
Liquidação
SMS, MMS
e dados digitais
Provedores de
serviços
Fonte: ECB
Biometric
access
ATM
Kiosk
Outras pessoas
Serviços
financeiros /
Bancos
Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo – Uso dos
Instrumentos Não - Em Espécie – Quantidade
Milhões
3.000
Instrumentos de Pagamento de Varejo - Interbancário
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2001
2002
2003
2004
Cheque
Cartão de débito
Débito direto
Transf. de Crédito
2005
2006
2007
Cartão de crédito
Instrumentos de pagamento - quantidade
2002
2007
Transferência
de crédito
interbancária
19,7%
Cheque 1/
45,9%
Transferênci
a de crédito
interbancária
16,9%
Cheque /1
18,9%
Débito direto
11,1%
Débito direto
8,8%
Cartão de
crédito
19,4%
Cartão de
débito
9,0%
Cartão de
débito
22,2%
Cartão de
crédito
28,2%
Milhões
Instrumentos de pagamentos
Total:
Cheque 1/
Cartão de débito
Cartão de crédito
Débito direto
Transferência de crédito interbancária
Fonte: Banco Central do Brasil e bancos.
– Cheques com liquidação interbancária.
1/
2002
5.002
2.295
451
970
438
848
2003
5.414
2.136
662
1.084
627
906
2004
5.805
1.967
912
1.253
657
1.016
2005
6.289
1.839
1.141
1.501
781
1.027
2006
7.013
1.622
1.428
1.814
840
1.309
2007
7.671
1.449
1.700
2.160
853
1.509
2002 – 2007
(%)
53
-37
277
123
95
78
Canais de Acesso – Bloquetos de Cobrança, Contas
e Tributos e Ordens de Crédito
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
2003
2004
Agências-Postos tradicionais
Correspondentes Bancários
Outros
2005
2006
ATM
Internet, Home e Office Banking
Cartões de pagamento – Quantidade de transações
Milhões
200
175
150
125
100
75
50
25
0
2002
2003
2004
Cartão de Débito
2005
2006
2007
Cartão de Crédito
POS – Transações com cartões de crédito em 2006
80
Estados Unidos
Transações per capita
70
60
50
40
Portugal
30
20
Suiça
10
0
-
Reino Unido
Finlândia
Suécia
Brasil
Alemanha
5
10
Espanha
Itália
15
20
25
30
35
milhares
Terminais por milhão de habitantes
ATM – Quantidade de terminais
Mil
180
160
140
120
100
80
60
40
20
ATM – Distribuição geográfica em 2007
0
2002
2.003
Acesso aberto
2.004
2.005
Acesso restrito
2.006
CentroOeste
8%
2.007
Total
Nordeste
15%
Norte
4%
Sul
17%
Sudeste
56%
Redes de ATM no Brasil – Média de transações por terminal
em 2007
Mil
80
70
60
50
40
30
20
10
0
n1
n2
n3
n4
n5
n6
n7
n8
n9 n10 n11 n12 n13 n14 n15 n16 n17 n18 n19 n20 n21 n22 n23 n24
Redes
Média por rede
Média do sistema
Importância relativa dos instrumentos de pagamentos
não-em-espécie (Percentagem sobre a quantidade total das transações sem uso de dinheiro)
País
Alemanha
Bélgica
Brasil
Espanha
Estados Unidos
Finlândia
França
Holanda
Itália
Japão
Portugal
Reino Unido
Suécia
Suiça
Cheque
2001
2,6
3,9
52,1
9,9
53,8
0,1
35,4
0,2
21,3
5,6
27,0
23,1
0,2
0,8
Cartão de Débito / Cartão
de Crédito
2006
0,6
0,7
23,1
3,5
32,6
0,0
25,8
nap
13,9
nav
15,0
12,3
0,1
0,1
%
-76,9
-82,1
-55,6
-64,9
-39,4
-63,6
-27,1
-34,7
-44,7
-46,8
-50,0
-87,5
2001
13,2
32,6
23,9
...
36,6
39,1
30,0
31,9
27,3
60,6
56,3
40,1
31,7
34,1
2006
14,2
40,3
46,2
35,7
51,6
52,3
37,9
36,3
37,8
nav
63,6
46,6
60,7
36,4
%
7,6
23,6
93,2
41,0
33,9
26,3
13,8
38,5
13,1
16,2
91,5
6,7
Transferência de crédito
2001
45,4
48,2
16,0
21,1
5,7
55,5
17,8
39,1
38,2
33,8
4,1
17,4
60,3
57,4
2006
42,2
42,5
18,7
14,5
6,6
42,5
17,7
32,7
32,6
nav
10,1
21,2
29,2
58,1
%
-7,0
-11,8
17,0
-31,2
15,8
-23,4
-0,6
-16,4
-14,7
147,8
21,8
-51,6
1,2
Débito direto
2001
38,6
11,5
8,0
68,9
3,9
5,2
16,8
17,9
13,2
...
11,8
19,4
7,7
5,4
2006
42,8
11,7
12,0
44,7
9,2
5,1
18,5
27,2
14,7
nav
11,3
19,8
10,0
3,7
Fontes: Banco Central do Brasil, bancos, credenciadores e administradoras de cartões, BIS/CPSS, Banco Central Europeu.
– Exceto o Brasil, para os demais países é considerado o dinheiro eletrônico – e-money – no cálculo da participação relativa dos instrumentos de pagamentos,
1/
embora este componente não conste nesta tabela
%
10,9
1,7
49,4
-35,1
135,9
-2,5
10,1
52,0
11,4
-4,2
2,1
29,9
-31,5
Diagnóstico do Sistema de Pagamento de Varejo
Infra-estrutura do mercado – principais características
• Baixo uso da capacidade instalada, aumentando os custos
fixos por transação
• Baixa interoperabilidade, com sobreposição geográfica
• Alto custo para desenvolvimento, manutenção e logística da
rede
• Padronização insuficiente dos protocolos, sistemas, métodos
e processos de comunicação
• A infra-estrutura da rede é percebida como sendo uma
vantagem competitiva na oferta de serviços de pagamento
Diretiva 1/2006 – Principais pontos
• Conceito
Descreve determinado aspecto ou setor e expressa a posição do BC,
servindo para nortear a sua ação
• Foco
Industria de cartões de pagamentos
• Aspectos de eficiência
cooperação em infra-estrutura;
competição nos serviços;
inovação no desenvolvimento de produtos
Convênio BC – SDE – SEAE – Principais Pontos
• Objeto
• Cooperação técnica:
• Banco Central do Brasil (BC)
• Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE)
• Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE)
• Motivação
• Eficiência econômica com inovação e promoção do bem-estar social
• Envolvimento das autoridades
• BC ⇒ conhecimento dos serviços bancários e missão de assegurar a solidez do
Sistema Financeiro Nacional
• BC, SDE e SEAE ⇒ competência para regular questões antitruste: condutas
não-concorrenciais e atos de concentração
Custo e Eficiência na Utilização de Instrumentos de
Pagamentos – Estudo do Caso Brasileiro
• Motivação para o estudo
• Projeto de Modernização dos Instrumentos de Pagamento
• Aumentar a participação relativa dos instrumentos eletrônicos vis-à-vis a
dos instrumentos em papel
• Estudos similares realizados em outros países
• Objetivo do estudo
• Mensurar o custo social, no Brasil, relativo ao uso de instrumentos de
pagamentos
• Resultado
• Economia com migração: 0,7% do PIB de 2005
Oversight - SP
Sistema Financeiro
Instituições
Financeiras
SUPERVISÃO
Mercados
Sistemas de
Pagamento
FISCALIZAÇÃO
VIGILÂNCIA
Objetivos - Oversight
Objetivo principal:
•
Eficiência e segurança dos sistemas de pagamento: avaliar
e monitorar sistemas existentes ou planejados segundo
recomendações e políticas do banco central e, quando
necessário, induzir mudanças.
•
Outros objetivos possíveis:
•
Proteção do Consumidor;
•
Proteção contra uso ilegal do sistema de pagamento;
•
Proteção
contra
pagamento;
uso
inadequado
de
instrumento
de
Justificativas - Oversight
Falhas de mercado:
•
Externalidades negativas: A falta de liquidez ou problemas
técnicos individuais podem levar ao contágio entre participantes.
•
Assimetria de informações: dificuldade da câmara avaliar seus
participantes e vice-versa.
•
Estrutura e Conduta de mercado: tendência de concentração
devido a economias de escala e externalidades de rede gerando
efeitos dominantes no mercado; Governança.
Escopo de atuação - Oversight
Escopos de atuação principais:
•
Sistemas de pagamentos sistemicamente importantes públicos;
•
Sistemas de pagamentos sistemicamente importantes privados;
•
Sistemas de compensação e liquidação de títulos;
Outros escopos de atuação possíveis:
•
Sistemas de pagamentos de varejo: avaliar importância na
eficiência do sistema de pagamento, impacto na confiança
pública no dinheiro, e relevância no crescimento econômico ;
•
Instrumentos de pagamento: podem ser usados por mais de um
sistema
de
varejo.
Atuar,
p.e.,
estimulando
inovação
substituição de instrumentos de pagamento menos eficientes.
e
Área de atuação - Oversight
• Base legal (Princípio Fundamental - PF I);
• Transparência de regras e riscos (PF II; inciso I, art.3,
Resolução 2.882);
• Acesso (PF IX; inciso VIII, art.3, Resolução 2.882);
• Governança (PF X; inciso IX, art.3, Resolução 2.882);
• Eficiência (PF VIII; inciso VII, art.3, Resolução 2.882);
• Gestão de riscos financeiros (PF II, III, IV, V e VI; incisos
II, III, IV e V, art.3, Resolução 2.882);
• Gestão de riscos operacionais (PF VII; inciso VII, art.3,
Resolução 2.882).
Instrumentos - Oversight
• Persuasão Moral;
• Catalisador de mudanças;
• Regulação;
• Homologação;
• Aplicação de Penalidades;
• Coordenação de grupos técnico e gestor;
• Questionários;
• Acompanhamento de indicadores;
• Back testing.
Análise Back Testing
• Conceituação:
– Análise ex-post dos mecanismos de gerenciamento de
risco adotados ex-ante.
• Objetivo:
– Verificar capacidade da câmara em honrar obrigações
do primeiro (ou dois primeiros) participante(s) que, em
caso de inadimplência, traga(m) maior risco de crédito
e de liquidez para a câmara;
– Avaliar metodologia de cálculo de volatilidade.
Análise Back Testing
• Tipos de riscos avaliados:
– Risco de Crédito: risco de perda financeira devido à
inadimplência de um ou mais participantes.
• Principal: risco de perda do valor principal da operação
(mitigado pelo mecanismo de DVP).
• Reposição: risco de perda financeira proveniente da
volatilidade dos preços dos ativos negociados entre a
data de contratação e a data de liquidação – risco de
mercado (mitigado pelas salvaguardas disponíveis para
a câmara).
Análise Back Testing
• Tipos de riscos avaliados:
– Risco de Liquidez: risco de que o atraso ou inadimplência
de um participantes cause entrave no fluxo de pagamentos
dos outros participantes.
• Este risco decorre da dificuldade da câmara em
“executar” ativos em garantia, transformado-os em
recursos financeiros, para saldar obrigações em dinheiro
do(s) participante(s) inadimplente(s).
Análise Back Testing
• Formas de mitigação de risco crédito:
– Salvaguardas Principais:
• Garantias individuais dos participantes, solicitadas pela câmara a
partir de cálculos de seu sistema de gerenciamento de risco.
– Salvaguardas Adicionais:
• Fundos mutualizados/não-mutualizados, patrimônio próprio, seguros
etc.
– A análise do tipo Back Testing avalia se:
Salvaguardas > Custo de Liquidação da Carteira de um Participante
Análise Back Testing
• Formas de mitigação de risco de liquidez:
– Contratação de linhas de assistência de liquidez:
• São contratadas normalmente junto a grandes bancos, os quais
disponibilizam recursos financeiros em troca de ativos como garantia
– A análise do tipo Back Testing avalia se:
Valor de Linhas de Assistência de Liquidez > Maior Saldo Devedor
Análise Back Testing
• Metodologia de avaliação do risco de crédito (resultante
do risco de mercado):
– Risco Financeiro (RF): identifica a diferença entre
obrigações e direitos da carteira de posições em aberto do
participante, tendo em vista a volatilidade dos preços dos
ativos ocorrida entre registro e liquidação.
– Risco Financeiro Líquido (RFL): mesma definição de RF,
incluindo como direitos as garantias individuais
depositadas pelos participantes.
Análise Back Testing
• Metodologia de avaliação do risco de crédito (resultante
do risco de mercado):
– Os valores de RF e RFL são calculados diariamente, para
cada participante da câmara.
– Participante Crítico no dia: participante com o maior valor
de RFL no dia.
– Objetivo da análise: comparar o valor financeiro do RFL do
participante crítico, a cada dia, com o valor disponível em
salvaguardas adicionais.
Análise Back Testing
• Metodologia de avaliação do risco de liquidez:
– Calcula-se, para cada dia, o maior (ou os dois maiores)
saldo devedor líquido dos participantes da câmara.
– Compara-se o maior (ou os dois maiores) saldo devedor
líquido com as linhas de assistência de liquidez disponíveis
para a câmara.
Exemplo – Back testing
Backtest Counterparty Credit Risk
Backtest Liquidity Risk
Ris k (R$ milhõ es )
R$ b ilhõ es
To tal Financial Res o urces (R$ milhõ es )
20
150
16
12 0
1,6
12
90
1,2
8
60
0 ,8
4
30
0 ,4
0
13 -no v
0
0 ,0
13 -no v 2 8 -d ez
2 8 -d ez
Ris k
13 -fev
2 9 -mar
14 -mai
2 6 -jun
8 -ag o
To tal Financial Res o urces
2 ,0
13 -fev 2 9 -mar 14 -mai 2 6 -jun
Hig hes t Deb it Po s itio n
8 -ag o
2 0 -s et
Cred it Lines
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Deban/Gabin – 3414.1340
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