Tese Doutorado
Transcrição
Tese Doutorado
Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Odontologia Wilson Rosalem Junior Efeito do tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com periodontite crônica e agressiva: achados microbiológicos e imunológicos Rio de Janeiro 2010 Wilson Rosalem Junior Efeito do tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com periodontite crônica e agressiva: achados microbiológicos e imunológicos Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Periodontia. Orientador: Prof. Carlos Marcelo da Silva Figueredo Rio de Janeiro 2010 Wilson Rosalem Junior Efeito do tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com periodontite crônica e agressiva: achados microbiológicos e imunológicos Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Periodontia. Aprovada em 29 de Março de 2010. Orientador: _____________________________________________ Prof. Carlos Marcelo da Silva Figueredo Faculdade de Odontologia da UERJ Banca Examinadora: _____________________________________________ Prof. Fábio Ramôa Pires Faculdade de Odontologia da UERJ _____________________________________________ Prof. Jonas Capelli Junior Faculdade de Odontologia da UERJ _____________________________________________ Prof. Milton de Uzeda Departamento de Microbiologia Médica da UFRJ _____________________________________________ Prof. Ricardo Guimarães Fischer Faculdade de Odontologia da UERJ _____________________________________________ Prof. Ricardo Palmier Teles Forsyth Institute –Boston – EUA Rio de Janeiro 2010 DEDICATÓRIA A minha esposa Mônica e meu filho Bernardo, com quem mais aprendo no meu dia-a-dia, amo muito vocês. AGRADECIMENTOS A Deus, pela saúde e força de vontade para realizar tudo na minha vida. Aos meus queridos pais, Catarina e Wilson (in memorium), e meus irmãos Marcos e Viviane, pessoas que sempre estarão ao meu lado, e são a base do que sou hoje. Ao professor Ricardo Teles, exemplo de pessoa e profissional, mestre desde minha época de graduação, e hoje um grande amigo, a quem devo a escolha pela periodontia e responsável em grande parte por tudo que tenho e conquistei na Odontologia, obrigado por acreditar em mim. Ao meu orientador, Professor Carlos Marcelo, pela sua lealdade e amizade; sua dedicação e confiança, exemplos que enriqueceram minha formação. Ao professor Ricardo Fischer, exemplo de profissional, pela oportunidade de desenvolver minha pesquisa, e atenção prestada sempre que necessário, assim como por ter aceitado o convite para fazer parte de minha banca examinadora. Ao grande amigo e peça fundamental no decorrer do curso de doutorado Bruno Rescala, incansável e sempre disposto a encarar desafios, valeu mesmo meu camarada, continue assim . A equipe de periodontia da Unesa, Bruno, Fábio, Rodrigo, Vivian e Antonieta, que vestem a camisa e foram fundamentais nessa etapa da minha formação. As equipes de clínica Odontológica II e IV da Unesa, por terem me apoiado e ajudado quando mais precisei, muito obrigado. Aos amigos Humberto, Renata, Andréia e Leonardo, sei que com vocês poderei contar para sempre, muito obrigado por tudo que fizeram e fazem por mim até hoje. Ao professor Milton Uzeda, pelo eterno apoio e incentivo desde os tempos de Escola Técnica. Ao professor Jonas Capelli, por fazer parte da minha formação e ter aceito o convite para participar dessa banca examinadora. Ao professor Fábio Ramoa, profissional extremamente competente por ter aceito o convite para fazer parte dessa banca examinadora. A amiga Cris Canavarro, parceira até os últimos minutos da confecção dessa tese. Aos meus eternos amigos do peito, Chaurê, Machado e Gustavo por acreditarem em mim e sempre me apoiarem. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para esse estudo. A persistência é o caminho do êxito. Charles Chaplin RESUMO ROSALEM Jr.,Wilson. Efeito do tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com periodontite crônica e agressiva: achados microbiológicos e imunológicos. 2010. 62f. Tese (Doutorado em Odontologia) - Faculdade de Odontologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. O objetivo do presente estudo foi comparar a expressão de IL-1β, IL-4, IL-8, interferon-γ, atividade de elastase e a composição do perfil microbiano subgengival antes e depois do tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com doença peridontal crônica generalizada (PC) e agressiva generalizada (PA). Vinte pacientes com PC e quatorze com PA foram avaliados. Dados clínicos, fluido gengival e biofilme subgengival foram analisados na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após o tratamento periodontal não cirúrgico. Amostras de fluido gengival (FG) foram coletadas com tiras de papel e os níveis de: IL-1, IL-4, IL-8 e INF- foram medidos, utilizando um tipo de imunoensaio multiplexado (Luminex). Atividade da elastase foi avaliada por um ensaio enzimático. Amostras de placa subgengival foram analisadas através do checkerboard DNA-DNA hybridization. Na avaliação de 3 meses após terapia periodontal foi encontrado melhora significativa para todos os parâmetros clínicos em ambos os grupos. Foram encontradas reduções significativas na atividade de elastase nos sítios rasos e profundos dos pacientes do grupo PA e nos sítios profundos do grupo PC, também foi achado um aumento significativo de INF-γ nos sítios rasos do grupo PA. Os dados microbiológicos, mostraram reduções significativas para os níveis dos membros do complexo vermelho (P. gingivalis, T. forsythia, T.denticola), e para as espécies E.nodatum e P.micra no grupo PC. No grupo PA, ocorreram reduções significativas no níveis de P. gingivalis, T. forsythia, Fusobacterium nucleatum ss polymorphum e Fusobacterium periodonticum. Quando as respostas clínica e imunológica 3M após terapia foram comparadas entre os grupos, apenas diferenças sutis foram observadas. Nenhuma diferença microbiológica foi encontrada entre os grupos após a terapia. Em conclusão, os achados suportam nossa hipótese de que as periodontites cronica e agressiva respondem de forma semelhante ao tratamento periodontal nao cirúrgico. Palavras-chave: Periodontite crônica. Periodontite agressiva. Fluido do sulco gengival. Checkerboard DNA-DNA hybridization. Citocinas. Microbiota subgengival. ABSTRACT Our aim was to compare the expression of IL1β, IL-4, IL-8, INF-γ, elastase activity and the composition of the subgingival microbiota profile before and after non-surgical periodontal treatment in patients with untreated generalized chronic (GCP) and aggressive periodontitis (GAgP). Twenty patients with GCP and 14 with GAgP were evaluated. Clinical data, GCF and plaque were analyzed at baseline and 3 months after non-surgical periodontal treatment. IL-1, IL-4, IL-8 and INFγ were analyzed in a luminex assay. Elastase activity was assessed by an enzymatic assay. Subgingival plaque samples were analyzed using checkerboard DNA-DNA hybridization. Three months after periodontal therapy significant improvement for all clinical parameters in both groups were found. We have found significant reductions in the elastase activity in shallow and deep sites from GAgP and in deep sites from GCP group. A significant increase in INF-γ in the shallow sites from GAgP group were also found. Microbiological data showed significant reductions in the levels of members of the red complex (P. gingivalis, T. forsythia, T. denticola), and for the species E.nodatum and P.micra on GCP group. In the GAgP group, there were significant reductions in levels of P. gingivalis, T. forsythia, Fusobacterium nucleatum and Fusobacterium polymorphum ss periodonticum. When the clinical and immunological responses after therapy were compared between groups, only slight differences were found. No microbiological difference was found between groups after therapy. In conclusion, the findings support our hypothesis that the chronic and aggressive periodontitis respond equally well to non-surgical periodontal treatment. Keywords: Chronic periodontitis. Aggressive periodontitis. Gingival crevicular fluid. Checkerboard DNA-DNA hybridization. Cytokines. Subgingival microbiota. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 – Gráfico 2 – Gráfico 3 – Gráfico 4 – Figura 1 – Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios rasos do grupo periodontite crônica. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”).... 56 Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios rasos do grupo periodontite agressiva. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”).... 57 Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios profundos do grupo periodontite crônica. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”)................................................................................................ 58 Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios profundos do grupo periodontite crônica. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”)................................................................................................ 59 A média dos níveis de 40 espécies (x 105) testadas em 20 indivíduos com periodontite crônica generalizada (PC) na visita inicial e 3 meses após tratamento periodontal (painel esquerdo), bem como em 14 indivíduos com periodontite agressiva generalizada (PA, painel direito). Contagens médias de cada espécie foram calculados em cada indivíduo e, em seguida, a média para cada grupo, em cada visita, calculada separadamente. Significância das diferenças entre a avaliação inicial e 3 meses foi determinada utilizando o teste Wilcoxon signed ranks, com * p <0,05 ** p <0,01. As espécies foram ordenados e agrupados de acordo com os complexos descritos por Socransky et al. (1998).................................................................................................. 60 Figura 2 – Gráfico de torta demonstrando o percentual médio dos complexo definidos por Socransky et al. 1998 nos grupos periodontite crônica (PC) e periodontite agressiva (PA) na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após a terapia. Mudanças ao longo do tempo foram comparadas usando o teste Wilcoxon signed rank, *p<0.05; **p<0.01 ajustando para comparações múltiplas. O tamanho das tortas reflete a média da quantidade total de DNA nos dois grupos antes e depois da terapia e os valores de p a comparação entre essas médias usando o teste Wilcoxon signed rank .............................................................................................. 61 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela 2 – Tabela 3 – Tabela 4 – Tabela 5 – Tabela 6 – Média (± DP) dos parâmetros clínicos e demográficos para os indivíduos com periodontite crônica e agressiva ......................................................... 52 Média (± DP) dos parâmetros clínicos para o grupo periodontite crônica na visita inicial e 3 meses após terapia...................................................... 52 Média (±DP) dos parâmetros clínicos para o grupo periodontite agressiva na visita inicial e 3 meses após terapia....................................... 52 Média (± DP) dos parâmetros clínicos para os sítios rasos e profundos de onde as amostras de fluido gengival foram coletadas nos grupos periodontite crônica e periodontite agressiva na visita inicial e 3 meses após terapia ................................................................................................ 53 Mediana e intervalo interquartílico dos parâmetros bioquímicos medidos no fluido gengival de sítios rasos e profundos nos grupos periodontite crônica e periodontite agressiva na visita inicial e 3 meses após terapia........................................................................................................... 54 Mediana e intervalo interquartílico das diferenças nos parâmetros clínicos e bioquímicos entre a visita inicial e 3 meses após terapia nos sítios rasos e profundos nos grupos periodontite crônica e periodontite agressiva...................................................................................................... 55 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AAP – Academia Americana de Periodontologia Abs – Absorbância et al – e outros FG – Fluido gengival IG – Índice Gengival INFγ – Interferon γ IL-1β – Interleucina 1β IL-2 – Interleucina 2 IL-3 – Interleucina 3 IL-4 – Interleucina 4 IL-8 – Interleucina 8 mAbs – Miliabsorbância ml – Mililitro mm – Milímetros mM – Milimolar ng – Nanograma NIC – Nível de inserção clínico PA – Periodontite agressiva generalizada PBS – Profundidade de bolsa à sondagem PC – Periodontite crônica generalizada pg – Picograma SS – Sangramento à sondagem Th1 – Célula “T helper”auxiliar 1 Th2 - Célula “T helper”auxiliar 2 TNF- α – Fator de necrose tumoral µl – Microlitro VI – Visita inicial 3M – 3 meses SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................. 14 1 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................... 16 1.1 Características das doenças periodontais crônica e agressiva................... 16 1.2 Microbiologia da periodontites crônica e agressiva.................................... 17 1.3 Mediadores inflamatórios e a terapia periodontal não cirúrgica.............. 21 2 PROPOSIÇÃO............................................................................................... 26 3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................... 27 3.1 Seleção de pacientes e exame clínico............................................................. 27 3.2 Coleta de fluido gengival............................................................................... 28 3.2.1 Quantificação dos mediadores pelo método Luminex................................... 29 3.2.2 Atividade de elastase...................................................................................... 29 3.3 Coleta Microbiológica.................................................................................... 30 3.3.1 Checkerboard DNA-DNA hybridization........................................................ 30 3.4 Análise Estatística…………..……………………………………………… 32 4 RESULTADOS............................................................................................... 34 4.1 Parâmetros Clínicos....................................................................................... 34 4.2 Parâmetros Imunológicos.............................................................................. 34 4.3 Achados Microbiológicos............................................................................... 35 5 DISCUSSÃO.................................................................................................... 36 6 CONCLUSÕES............................................................................................... 39 REFERÊNCIAS............................................................................................. 40 ANEXO A - Comitê de ética em pesquisa....................................................... 62 14 INTRODUÇÃO As doenças periodontais são o resultado da resposta inflamatória a microrganismos localizados no biofilme subgengival. A resposta pode ser confinada aos tecidos gengivais ou pode progredir, levando a uma perda de inserção de suporte periodontal. Tem sido sugerido que a progressão da doença é o resultado de uma combinação de fatores, incluindo a presença de bactérias periodontopatogêncas e altos níveis de citocinas pró-inflamatórias (GEMMELL ; SEYMOUR, 2004) . Pacientes com periodontite agressiva são caracterizados por uma rápida progressão e avançada destruição periodontal, principalmente em indivíduos mais jovens (MENG et al., 2007), enquanto que a periodontite crônica, forma mais comum da doença, é caracterizada por uma baixa e lenta taxa de progressão (SCHATZLE et al., 2009). No entanto, ambas formas podem alcançar uma forma grave e levar à perda dentária e ao edentulismo. Várias citocinas pró-inflamatórias têm sido associadas com as formas avançadas da doença periodontal crônica e agressiva, como a IL-1β (FIGUEREDO et al., 1999; GIANNOPOULOU; KAMMA ; MOMBELLI, 2003; TOKER; POYRAZ ; EREN, 2008), IL2 (REICHERT et al., 2009; THUNELL et al., 2009), IL-8 (GIANNOPOULOU; KAMMA ; MOMBELLI, 2003), e INF-γ (LESTER et al., 2007; DUTZAN et al., 2009; THUNELL et al., 2009). Entretanto, a literatura carece e diverge em alguns estudos que comparam periodontite crônica e agressiva em relação aos efeitos do tratamento periodontal na redução de tais citocinas. Em um deles, os autores mostraram que após terapia periodontal a quantidade total de IL-1β foi reduzida, enquanto que a concentração aumentou gradualmente (GOUTOUDI; DIZA ; ARVANITIDOU, 2004). Em outro trabalho, apesar da melhora dos parâmetros clínicos após a terapia periodontal a quantidade de IL-1β aumentou ligeiramente no fluido gengival (YOSHINARI et al., 2004). A citocina anti-inflamatória IL-4 tem sido associada com a remissão ou melhora da doença periodontal (PRADEEP; ROOPA ; SWATI, 2008) . Sendo assim, o desequilíbrio entre citocinas pró e anti-inflamatórias pode ser crucial para a progressão e avanço da doença periodontal. Simultaneamente grandes quantidades de elastase de neutrófilos ativados são liberadas no periodonto inflamado. A elastase neutrofílica pode contribuir para iniciação e progressão da destruição tecidual na periodontite (UJIIE et al., 2007; UJIIE et al., 2008). Vários estudos têm mostrado aumentos na quantidade e atividade de elastase no fluido gengival de sítios com periodontite crônica (GUSTAFSSON; ASMAN ; BERGSTROM, 1994; INGMAN et al., 1996; FIGUEREDO ; GUSTAFSSON, 1998a). Em um estudo anterior, foi demonstrado que 15 mais elastase permanece ativa no fluido gengival de sítios com bolsas profundas e maiores perdas de inserção (FIGUEREDO ; GUSTAFSSON, 1998a). Alguns autores sugeriram que o tratamento eficaz da doença periodontal pode ser medido com o uso de marcadores bioquímicos de atividade de neutrófilos, tanto na periodontite agressiva como na crônica (BUCHMANN et al., 2002). Foi demonstrado em um trabalho prévio que o controle mecânico de infecção pode reduzir a atividade de neutrófilos na periodontite crônica generalizada (FIGUEREDO et al., 2004). O controle mecânico da infecção tem se mostrado eficiente em estabilizar a progressão da periodontite, mesmo nos casos mais avançados (BADERSTEN; NILVEUS ; EGELBERG, 1984a). Remoção mecânica do biofilme subgengival é importante para controlar a expressão de marcadores inflamatórios e bactérias periodontopatogênicas (SBORDONE et al., 1990). A presença de Tannerella forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis são importantes para o estabelecimento e progressão da destruição periodontal, tanto na periodontite crônica como na agressiva (XIMENEZ-FYVIE; HAFFAJEE ; SOCRANSKY, 2000; TELES et al., 2008; FAVERI et al., 2009) . Diversos estudos têm mostrado que o tratamento periodontal pode reduzir a carga bacteriana nas áreas com bolsas (CARVALHO et al., 2005; HAFFAJEE; PATEL ; SOCRANSKY, 2008; SWIERKOT et al., 2009). No entanto, para alcançar sucesso clínico, as alterações microbiológicas devem ocorrer em conjunto com a redução da inflamação. Os dados existentes na literatura relacionando mudanças nos níveis de citocinas, especialmente em fluido gengival, em conjunto com alterações/reduções microbiológicas também são limitados. Adicionalmente, estes dados são ainda mais escassos quando comparamos indivíduos com periodontite crônica e agressiva submetidos à terapia periodontal. Nossa hipótese principal é que as formas avançadas de doença periodontal crônica e agressiva são similares clinicamente, microbiologicamente e imunologicamente e, portanto devem responder de forma semelhante ao controle mecânico da infecção. Para testar essa hipótese, o presente estudo teve como objetivo comparar a expressão de IL-1 β, IL-4 , IL-8, INF-γ e elastase no fluido gengival em diferentes categorias de sítios e a composição da microbiota subgengival antes e depois do tratamento não-cirurgico de pacientes com formas generalizadas de periodontite crônica e agressiva. 16 1 REVISÃO DA LITERATURA 1.1 Características das doenças periodontais crônica e agressiva As doenças periodontais estão entre as doenças crônicas mais comuns do ser humano, afetando de 5 a 30% da população adulta na faixa etária de 25 a 75 anos. Tais patologias estão entre as mais importantes causas de dor, desconforto e perda dos dentes em adultos (ROSE; STEINBERG ; MINSK, 2000). Segundo o Workshop da academia americana de periodontia, as principais doenças periodontais são classificadas em doenças gengivais (gengivites) e periodontites. As primeiras são caracterizadas por uma inflamação gengival sem perdas de estruturas de suporte (inserção clínica) e sem evidências radiográficas de perda óssea alveolar. Já as periodontites são classificadas em crônica e agressiva, com diversos níveis de destruição tecidual (leve, moderado e avançado) e localização (localizadas e generalizadas), se caracterizando não só pela inflamação gengival, como pela destruição de fibras colágenas (ligamento periodontal) e osso alveolar (ARMITAGE, 1999). A periodontite crônica é a forma de doença periodontal destrutiva mais comum em indivíduos adultos, embora também possa acometer jovens. Suas características clínicas incluem inflamação gengival (alterações de cor e textura), sangramento à sondagem de áreas com bolsa periodontal, perda clínica de inserção e osso alveolar. A doença é iniciada com uma gengivite, mas sintomas como perda de inserção e perda óssea só são evidenciados anos mais tarde. A patologia, na grande maioria das vezes, progride lentamente com surtos de exacerbação. A quantidade de destruição periodontal está diretamente relacionada com a presença de fatores irritantes locais, tais como grau de higiene oral do paciente, quantidade de biofilme e cálculo dental (biofilme dental mineralizado), bem como a presença de fatores de risco associados a uma maior suscetibilidade do hospedeiro. A composição da microbiota é complexa é varia bastante entre os pacientes, porém a presença de cálculo subgengival é um achado comum (ARMITAGE, 1999) . As periodontites agressivas compreendem um grupo raro (aproximadamente 1% da população), muitas vezes avançado, de uma doença de progressão rápida, geralmente caracterizada pela pouca idade (jovens) dos pacientes e tendência a agregação familiar (PAGE et al., 1983) . De acordo com a classificação da academia americana de periodontia, a 17 periodontite agressiva não está relacionada a nenhuma condição sistêmica, a quantidade de depósitos microbianos não está diretamente relacionada com a avançada destruição dos tecidos periodontais, e as espécies A. actinomycetemcomitans e P. gingivalis são geralmente encontradas (ARMITAGE, 1999). Contudo, por ser uma doença multifatorial, não somente a resposta inflamatória e os aspectos microbiológicos estão envolvidos, mas também condições ambientais e fatores genéticos mostram forte associação com a doença periodontal agressiva. Como uma condição singular, alguns relatos têm enfatizado a atividade dos leucócitos polimorfonucleares e os achados microbiológicos, indicando um relevante papel dessas células e microrganismos específicos na patogênese da periodontite agressiva (COLOMBO et al., 1998; TINOCO; SIVAKUMAR ; PREUS, 1998; TREVILATTO et al., 2002). Uma característica clínica importante para o diagnóstico das doenças periodontais é a formação da bolsa periodontal, que se dá em função de um aprofundamento patológico do sulco gengival, resultante da resposta inflamatória ao acúmulo prolongado de biofilme e cálculo, com a migração apical do epitélio juncional ao longo da raiz do dente, destruição de fibras conjuntivas e reabsorção do osso alveolar. Essas bolsas periodontais profundas servem como reservatórios para bactérias periodontopatogênicas, as quais podem futuramente colonizar outros sítios periodontais (SOCRANSKY et al., 1998). 1.2 Microbiologia das periodontites crônica e agressiva Durante a busca pelos agentes etiológicos da doença periodontal, vários patógenos, assim como espécies associadas à saúde periodontal foram identificadas (DZINK; SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 1988; CHRISTERSSON et al., 1992; MOORE ; MOORE, 1994). O diagnóstico microbiano preciso de uma doença infecciosa é um passo crítico afim de estabelecer estratégias terapêuticas eficazes. No caso das infecções periodontais, esta não é uma tarefa simples, porque o início e a progressão da doença não está relacionada apenas com a presença de um microrganismo específico, mas sim com o desequilíbrio entre níveis e proporções de patógenos periodontais e as espécies benéficas em diferentes sítios da boca (SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 2005). O desenvolvimento de novas técnicas moleculares que permitiram identificação e quantificação de um grande número de microorganismos e amostras foi muito importante no 18 estabelecimento de perfis microbianos específicos associados a saúde ou doença periodontal (SOCRANSKY et al., 1994; PASTER et al., 2001). O conceito de especificidade microbiana na etiologia da doença periodontal, não é recente e foi fortalecido com as pesquisas relacionando o A. actinomycetemcomitans com a periodontite juvenil localizada e a P. gingivalis como um importante patógeno na periodontite crônica (NEWMAN et al., 1976; SLOTS, 1976; NEWMAN ; SOCRANSKY, 1977; SLOTS, 1977). Posteriormente, outras espécies bacterianas como, T. forsythia, Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens, Fusobacterium nucleatum e espécies de Treponema foram sugeridas como possíveis patógenos periodontais, porém seu verdadeiro papel na etiologia destas doenças não está totalmente definido (SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 1992). No final da década de 90, um grupo de pesquisadores realizaram um trabalho que se tornaria um marco para a microbiologia das doenças periodontais. Os autores utilizaram sondas genômicas de DNA para detectar a presença de 40 espécies bacterianas no biofilme dental subgengival de indivíduos com doença periodontal e verificar como essas comunidades microbianas se organizavam dentro deste biofilme. Os mesmos observaram a formação de seis grandes complexos microbianos, compostos por determinadas espécies bacterianas que estavam presentes simultaneamente com maior freqüência. Além disso, essas comunidades colonizavam as bolsas periodontais (biofilme subgengival) de forma bastante ordenada, tanto em relação ao tempo de colonização quanto à disposição espacial. Esse estudo também correlacionou a presença das bactérias que faziam parte do complexo denominado de “vermelho” (T. forsythia, P. gingivalis e Treponema denticola) e complexo “laranja” (Fusobacterium spp., Capnocytophaga spp., Prevotella spp.) com sinais clínicos de doença periodontal crônica, caracterizando-as como espécies patogênicas. Por outro lado, espécies de estreptococos, actinomicetos e Veillonella parvula foram associadas a sítios com saúde periodontal (SOCRANSKY et al., 1998). Resultados de investigações com estes métodos de diagnóstico têm melhorado muito o nosso conhecimento da microbiologia de determinadas condições periodontais, tais como a periodontite crônica (SOCRANSKY et al., 1998; COLOMBO et al., 2002; HAFFAJEE et al., 2004; LOPEZ et al., 2004; XIMENEZ-FYVIE et al., 2006; FRITSCHI; ALBERT-KISZELY ; PERSSON, 2008) e foram cruciais para definição de parâmetros microbianos para a terapia. Avaliações microbiológicas da periodontite crônica têm sido realizadas em estudos transversais e longitudinais; estes últimos foram conduzidos com e sem tratamento. Estes estudos apóiam o conceito de que a periodontite crônica está associada a agentes bacterianos específicos. Na periodontite crônica as bactérias encontradas e cultivadas com maior 19 freqüência em altos níveis incluem as que são membros do complexo vermelho e ainda P.intermedia, C. rectus, E. corrodens, F. nucleatum, A. actinomycetemcomitans, Parvimonas micra e Eubacterium (LOESCHE, 1968; SLOTS, 1979; TANNER et al., 1979; LAI et al., 1987; SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 1991; 1992; MOORE ; MOORE, 1994; KREMER et al., 2000; WARA-ASWAPATI et al., 2009). Quando sítios periodontalmente ativos (com perda de inserção recente) foram examinados, em comparação a sítios inativos (sem perda de inserção recente), C.rectus, P.gingivalis, F.nucleatum e T.forsythia foram encontrados em quantidades elevadas no locais ativos (DZINK; SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 1988). Além disso, níveis detectáveis de P.gingivalis, P.intermedia, T.forsythia, C.rectus e A. actinomycetemcomitans estão associados à progressão da doença, e sua eliminação através do tratamento está associada a uma melhor resposta clínica (WENNSTROM et al., 1987; DZINK; SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 1988; SLOTS ; LISTGARTEN, 1988; CHRISTERSSON; ZAMBON ; GENCO, 1991; HAFFAJEE et al., 1997a) . Estudos de microrganismos predominantemente cultiváveis em periodontite agressiva localizada mostraram que a composição microbiana dos sítios saudáveis diferem significativamente da dos sítios doentes, que foram fortemente colonizados por bastones gram negativos capnofílicos, principlamente o A. actinomycetemcomitans (NEWMAN et al., 1976; SLOTS, 1976; NEWMAN ; SOCRANSKY, 1977). Posteriormente, várias investigações realizadas nas décadas de 80 e 90 incidiram principalmente na detecção de A. actinomycetemcomitans mostrando sua estreita associação com a etiologia de periodontite agressiva localizada (LOESCHE ; GROSSMAN, 2001) . Esta espécie bacteriana foi encontrada em maiores proporções e prevalência na microbiota subgengival de indivíduos com periodontite agressiva localizada em comparação com aqueles com periodontite crônica ou sem doença periodontal (SLOTS; REYNOLDS ; GENCO, 1980; MANDELL ; SOCRANSKY, 1981; ZAMBON; SLOTS ; GENCO, 1983; BUENO; MAYER ; DIRIENZO, 1998). Recentes estudos utilizando a reação em cadeia da polimerase (PCR) confirmaram estes resultados (HARASZTHY et al., 2000; MULLALLY et al., 2000; HAUBEK et al., 2002; YANG et al., 2004; FINE et al., 2007; HAUBEK et al., 2008). Em contraste, outros autores não foram capazes de detectar maior prevalência ou proporções de A. actinomycetemcomitans em periodontite agressiva localizada em comparação com indivíduos com periodontite crônica (MOORE et al., 1985; HAN et al., 1991; LOPEZ; MELLADO ; LEIGHTON, 1996; DOGAN et al., 2003; TAKEUCHI et al., 2003; GAJARDO et al., 2005). Dados de um recente trabalho que comparou a microbiota subgengival de pacientes com periodontite agressiva localizada, periodontite agressiva generalizada, periodontite 20 crônica e pacientes com periodonto saudável mostraram uma maior quantidade do A. actinomycetemcomitans em pacientes com doença agressiva localizada quando comparado com as demais. Ainda dentro desse mesmo grupo a quantidade do microrganismo era maior em sítios rasos e moderados. Baseado em seus achados e comparando-os com os existentes na literatura , o autor sugeriu uma associação entre o A. actinomycetemcomitans , sendo um dos primeiros a colonizar os sítios, e o aparecimento da doença periodontal agressiva localizada, e a presença de outras bactérias como P. gingivalis, T. forsythia, T.denticola, C. gracilis, E. e nodatum e P. intermedia, desempenhando um papel importante na progressão da doença. (FAVERI et al., 2009) . Em conjunto, estes dados suportam a noção que A. actinomycetemcomitans está implicado no início da doença, no entanto, o aprofundamento das bolsas periodontais e os aumento resultante no ambiente anaeróbio podem favorecer o crescimento de outros agentes patogénicos, tais como as espécies de anaeróbios estritos do complexo vermelho. Poderia também se especular que, por o A. actinomycetemcomitans não ser particularmente resistente à concorrência bacteriana (TEUGHELS et al., 2007), a presença de mais uma microbiota complexa pode levar a uma redução em suas proporções com o aprofundamento das bolsas. O papel de outras espécies bacterianas, como como P. gingivalis, T. forsythia, espécies de Prevotella e C. rectus na etiologia das periodontite agressiva localizada também foi sugerido. Entretanto, na maioria destes estudos, foram avaliados apenas poucas amostras e / ou espécies de bactérias por PCR (MULLALLY et al., 2000; LEE et al., 2003; TAKEUCHI et al., 2003; GAJARDO et al., 2005; THIHA et al., 2007), técnicas de cultura (MOORE et al., 1985; HAN et al., 1991; LOPEZ et al., 1995; NONNENMACHER; MUTTERS ; DE JACOBY, 2001) ou sondas de DNA (LOPEZ; MELLADO ; LEIGHTON, 1996; LEE et al., 2003). Os critérios microbiológicos não foram mencionados na atual classificação das doenças periodontais como características primárias que diferenciam a periodontite crônica da periodontite agressiva. No entanto, uma elevada proporção de A. actinomycetemcomitans, e em algumas populações, de P. gingivalis foi reconhecido como uma das características secundárias que são em geral, mas não universalmente presente em paciente com periodontite agressiva. Vários estudos têm indicado que proporções elevadas e/ou prevalência de microrganismos subgengivais específicos como o A. actinomycetemcomitans podem distinguir indivíduos com periodontite agressiva localizada de outros com formas generalizadas de doença periodontal crônica e agressiva (ZAMBON; CHRISTERSSON ; 21 SLOTS, 1983; TANNER, 1992; MULLER; LANGE ; MULLER, 1993; LOPEZ; MELLADO ; LEIGHTON, 1996; TINOCO et al., 1997). No entanto, se os perfis microbianos podem ou não distinguir indivíduos com periodontite crônica generalizada de agressiva generalizada, é uma questão ainda a ser respondida. Enquanto uma série de estudos têm sugerido uma significativa diferença microbiana entre indivíduos com periodontite crônica e agressiva (DOGAN et al., 2003; DARBY et al., 2005; SCHACHER et al., 2007), outros relataram apenas variações discretas no perfil microbiano de ambos grupos de periodontite.(MOMBELLI; CASAGNI ; MADIANOS, 2002; LEE et al., 2003; XIMENEZFYVIE et al., 2006). Tal informação pode nos sugerir que tanto fatores ambientais como a resposta do hospedeiro expliquem as diferenças na taxa de destruição tecidual observada entre as periodontites crônicas e agressivas (CHAMPAGNE et al., 2003; MENG et al., 2007). 1.3 Mediadores inflamatórios e a terapia periodontal não cirúrgica As bactérias contribuem na destruição dos tecidos moles e duros através da produção de enzimas proteolíticas bem como na indução direta de proteinases do hospedeiro (DING et al., 1996; DING et al., 1997). Além disso, os mediadores inflamatórios produzidos pelo hospedeiro estimulam a liberação de metaloproteinases e iniciam a reabsorção óssea. Esses mediadores, muitos dos quais podem ser detectados no fluido gengival, desempenham um papel importante na progressão da doença periodontal. Dentre eles incluem as citocinas da resposta imune T-helper 1 (Th1) e T-helper 2 (Th2), citocinas proinflamatórias, quimiocinas, e reguladores da atividade de células T e células natural killer (NK) (ROBERTS; RICHARDSON ; MICHALEK, 1997; YOSHIMURA et al., 1997; GARLET et al., 2003). Inflamação induzida por infecção, como na doença periodontal ativa, está claramente associada a perturbação da homeostasia tecidual e destruição óssea (BAKER; ODDIS ; MEDSGER, 1987; GRAVALLESE, 2002; KINDLE et al., 2006), onde os níveis aumentados de diversas citocinas proinflamatórias tem sido associados com periodontites crônica e agressiva (FIGUEREDO et al., 1999; JIN et al., 2002; GOUTOUDI; DIZA ; ARVANITIDOU, 2004; KAMMA et al., 2004; TOKER; POYRAZ ; EREN, 2008; TELES et al., 2009) . Por outro lado, o bloqueio do desenvolvimento e/ ou atividade dos osteoclastos interrompe em grande parte a perda óssea induzida pela inflamação (TENG et al., 2000; DEN HAAN ; BEVAN, 2002; GRAVALLESE, 2002). 22 Diversos pesquisadores na década de oitenta apresentaram um método alternativo para o tratamento da periodontite agressiva localizada. Os mesmos, através de tratamento periodontal cirúrgico e administração sistêmica de tetraciclina tentavam reduzir ou erradicar substancialmente as contagens de A. actinomycetemcomitans em bolsas rasas e profundas (SLOTS ; ROSLING, 1983; CHRISTERSSON et al., 1985). O reconhecimento da especificidade do biofilme subgengival, da resposta do hospedeiro frente ao desafio microbiano e de diferentes formas de doenças periodontais tem levado pesquisadores e clínicos a um melhor entendimento desse processo patológico e, eventualmente, à elaboração de uma terapia periodontal direcionada à supressão dos microrganismos que as causam, e subseqüente recolonização por microrganismos compatíveis com a saúde (SOCRANSKY ; HAFFAJEE, 1992). Sendo assim, diversos protocolos terapêuticos, incluindo o uso de antimicrobianos têm sido empregados de forma menos empírica e mais focada às diferentes infecções periodontais. Além disto, o acompanhamento microbiológico e imunológico de pacientes, antes e após o tratamento, tem possibilitado uma melhor avaliação da eficácia da terapia periodontal instituída. Normalmente, as doenças periodontais são tratadas através do desbridamento mecânico, ou seja, raspagem e alisamento radicular (supra e subgengivalmente), para a remoção e desorganização do biofilme e cálculo das superfícies dentárias. Diversos são os trabalhos logitudinais que demonstram que a terapia periodontal de suporte, em conjunto com a fase de manutenção periodontal, são efetivas, levando a um baixo índice de perda dentária (≤ 0.1 dente perdido / ano) (BADERSTEN; NILVEUS ; EGELBERG, 1984b; a; LINDHE ; NYMAN, 1984; NABERS et al., 1988). Do ponto de vista microbiológico e imunológico, o objetivo ideal da terapia periodontal é o de se reduzir os níveis de patógenos para os existentes antes da instalação da doença, por períodos prolongados de tempo (TELES; HAFFAJEE ; SOCRANSKY, 2006), tal proposta visa simultaneamente reduzir os níveis de mediadores inflamatórios levando a uma melhora clínica do quadro. Diversos são os biomarcadores descritos na literatura que mostram essa correlação, as células Th1 secretam IL-2 e INF-γ que são críticos para a erradicação de patógenos intracelulares, enquanto células Th2 produzem IL-3, IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, que são essenciais para a produção de anticorpos e na eliminação de microrganismos extracelulares (ABBAS; MURPHY ; SHER, 1996) . O INF-γ tem múltiplos efeitos imunorregulatórios, medeia a defesa do hospedeiro contra a infecção e é um potente ativador de fagócitos mononucleares (BILLIAU ; DIJKMANS, 1990). O INF-γ liberado durante as fases precoce e tardia da resposta imune pelas células natural killer (NK) e células T ativadas, 23 respectivamente, regula vários aspectos na resposta imune (BOEHM et al., 1997). Dados sugerem que células apresentadoras de antígeno, incluindo células dendríticas e macrófagos, também produzam grandes quantidades de INF-γ (FRUCHT et al., 2001). Trabalhos na literatura relataram que a concentração de INF-γ foi significativamente maior nas amostras de soro e de biópsias de tecido gengival de pacientes com periodontite do que de controles saudáveis, assim como também nas amostras de fluido gengival em pacientes com periodontite crônica (GORSKA et al., 2003; DUTZAN et al., 2009). No que diz respeito a IL-8, essa é uma citocina quimiotática produzida por uma grande variedades de células (leucócitos polimorfonucleares, monócitos, macrófagos e fibroblastos) e desempenha um papel fundamental no acúmulo de leucócitos nos locais de inflamação (BAGGIOLINI ; CLARK-LEWIS, 1992; BICKEL, 1993) . Ela é responsável pela quimiotaxia seletiva de neutrófilos no sulco gengival. Esta quimiocina foi detectada no fluido gengival em níveis mais elevados tanto em pacientes com periodontite em comparação com indivíduos saudáveis, como em sítios ativos comparados com sitios estáveis em paciente com periodontite (GAMONAL et al., 2000; GIANNOPOULOU; KAMMA ; MOMBELLI, 2003). Além disso, o nível de IL-8 no fluido também tendeu a diminuir após a terapia periodontal (JIN et al., 2002). Assim como as citocinas proinflamatórias, as proteinases do hospedeiro são induzidas e liberadas frente ao desafio microbiano. Dentre as diversas enzimas proteolíticas que agem sobre os tecido periodontais, podemos destacar a ação da elastase. Tal enzima é produzida por neutrófilos e é capaz de degradar uma grande variedade de moléculas, incluindo a elastina, o colágeno e a fibronectina (JANOFF, 1985). Os inibidores endógenos de elastase são encontrados no plasma e no fluido gengival (HERRERA; ROLDAN ; SANZ, 2000). Vários estudos têm demonstrado um aumento na atividade da elastase contra substratos específicos de baixo peso molecular na periodontite (GUSTAFSSON; ASMAN ; BERGSTROM, 1994; INGMAN et al., 1994) e aumento dos níveis da atividade elastase também têm sido sugeridos como um preditor da progressão da doença (PALCANIS et al., 1992; ARMITAGE et al., 1994). O papel dessa enzima na patogênese provavelmente, depende do equilíbrio entre a enzima e seus inibidores no tecido local. Níveis elevados de elastase ativa no fluido gengival estão associados à perda de inserção periodontal, assim como a ocorrência de redução da mesma após a terapia periodontal não cirúrgica está associada com a melhora clínca (FIGUEREDO ; GUSTAFSSON, 1998a; b; FIGUEREDO et al., 2004). A ausência localizada de IL-4, em tecidos periodontais doentes vem sendo associada com a atividade e progressão da doença periodontal (SHAPIRA; VAN DYKE ; HART, 1992; 24 KABASHIMA et al., 1996). A ação imunosupressora das citocinas IL-4 e IL-10 tem sido associada com a remissão ou a melhoria pós tratamento de ambas as formas de periodontite crônica e agressiva (GIANNOPOULOU; KAMMA ; MOMBELLI, 2003; GOUTOUDI; DIZA ; ARVANITIDOU, 2004; PRADEEP; ROOPA ; SWATI, 2008; BASTOS et al., 2009). Outros estudos demonstraram que baixos níveis de IL-4 em tecidos periodontais doentes estão associados a atividade e progressão de doença (SHAPIRA; VAN DYKE ; HART, 1992; GIANNOPOULOU; KAMMA ; MOMBELLI, 2003; TSAI et al., 2007). A IL-4 inibe a produção IL-1β e IN-γF pelos monócitos, sendo assim, com baixos níveis de IL-4 os monócitos secretam altos níveis de mediadores pró-inflamatórios (TE VELDE et al., 1990; LEE; RHOADES ; ECONOMOU, 1995). Muitas investigações nessa área concentraram-se na citocina IL-1β, devido à sua participação na iniciação e desenvolvimento da periodontite. A IL-1β é uma glicoproteína de 17 KDa a qual é estruturalmente relacionada com a IL-1α, a outra forma de IL-1 que foi identificada (DINARELLO, 1991). Ambas as formas possuem propriedades proinflamatórias, porém a IL-1β é a que apresenta propriedades mais potentes (TATAKIS, 1993) . Além disso, a IL-1β é geralmente produzida de 10-50 vezes mais do que IL-1α (TATAKIS, 1993). Sua produção ocorre predominantemente por monócitos e macrófagos, mas também pode ser produzida por fibroblastos e células ósseas, sendo ainda induzida por microorganismos, produtos microbianos, agentes inflamatórios e antígenos (MATSUKI; YAMAMOTO ; HARA, 1991; 1992; HOROWITZ, 1993). Alguns de seus efeitos biológicos incluem a estimulação dos linfócitos T e produção de linfocinas (MIZEL, 1982), proliferação de linfócitos B e produção de anticorpos (CHIPLUNKAR; LANGHORNE ; KAUFMANN, 1986), proliferação de fibroblastos, estimulação de prostaglandina (PGE2) liberada por monócitos e fibroblastos, e a liberação de metaloproteinases que degradam as proteínas da matriz extracelular (DEWHIRST et al., 1985). A IL-1β também induz a formação de osteoclastos e reabsorção óssea (GOWEN ; MUNDY, 1986), e afeta a quimiotaxia e ativação de neutrófilos assim como a função das células endoteliais (SAUDER et al., 1984; WESTMACOTT; WADSWORTH ; BLOXHAM, 1987) . Em pacientes com periodontite, níveis aumentados de IL-1β têm sido relatado tanto no fluido gengival como nos tecidos periodontais (MASADA et al., 1990; REINHARDT et al., 1993; TOKORO; YAMAMOTO ; HARA, 1996; FIGUEREDO et al., 1999) . As quantidades de IL-1β foram estreitamente associadas com a severidade da doença periodontal, podendo servir como um marcador de destruição dos tecidos periodontais (MASADA et al., 1990; ISHIHARA et al., 1997). Diversos trabalhos têm correlacionado a redução dos níveis totais 25 de IL-1β com a melhora clínica após terapia periodontal, tanto em paciente com periodontite crônica (TUTER; KURTIS ; SERDAR, 2001; GOUTOUDI; DIZA ; ARVANITIDOU, 2004; THUNELL et al., 2009) como com periodontite agressiva (TOKER; POYRAZ ; EREN, 2008). No entanto, até o presente momento ainda são poucos e controversos alguns resultados dos trabalhos existentes na literatura que comparam periodontite crônica com agressiva em relação aos efeitos do tratamento periodontal na redução de tais citocinas, pois existem trabalhos onde apesar da melhora dos parâmetros clínicos, a quantidade de IL-1β assim como de outras citocinas se mantiveram inalterada após a terapia periodontal (FOKKEMA et al., 2003) e ainda em outro trabalho, apesar da melhora dos parâmetros clínicos a quantidade de IL-1β aumentou ligeiramente no fluido gengival (YOSHINARI et al., 2004). Já em um estudo realizado com indivíduos brasileiros, duas modalidades terapêuticas foram realizadas, e apenas em uma delas a quantidade total de IL-1β diminuiu, enquanto o INF-γ aumentou após a terapia periodontal (DEL PELOSO RIBEIRO et al., 2008). 26 2 PROPOSIÇÃO O presente estudo teve como objetivo comparar a expressão de IL-1 β, IL-4 , IL-8, INF-γ e elastase no fluido gengival, e a composição da microbiota subgengival em diferentes categorias de sítios antes e depois do tratamento periodontal não-cirurgico de pacientes com formas generalizadas de periodontite crônica e agressiva. 27 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Seleção de pacientes e exame clínico Foram selecionados para o grupo teste 20 pacientes portadores de periodontite crônica generalizada (PC) (48 ± 8 anos, 50% homens e 25% de fumantes), 14 pacientes com periodontite agressiva generalizada (PA) (29.0 ± 7 anos, 29% homens e nenhum fumante) classificados de acordo com a Academia Americana de Periodontia (AAP) de 1999 (ARMITAGE, 1999). Os pacientes passaram por uma prévia e criteriosa avaliação clínica periodontal e radiográfica, deveriam possuir no mínimo 20 dentes e ter pelo menos 6 sítios com profundidade de bolsa igual ou maior a 5 mm e perda de insercao igual ou maior que 3 mm. Nenhum dos participantes havia recebido tratamento periodontal prévio. Os pacientes foram selecionados na Faculdade de Odontologia da UERJ. Os critérios de exclusão foram: presença de patologia sistêmica que possa interferir com a progressão da doença periodontal como diabetes e AIDS; doenças auto-imunes; gravidez; lactação; utilização de medicamentos de uso prolongado nos seis meses anteriores ao início do estudo (antibióticos, anti-histamínicos, cortisona, hormônios, nifedipina) e outros que possam interferir com o processo inflamatório ou que possam ter efeitos adversos direto no periodonto. As medidas clínicas foram realizadas em 6 sítios por dente (mesio-vestibular, médiovestibular, disto-vestibular, mesio-lingual, médio-lingual e disto-lingual) de cada dente presente, exceto terceiros molares, com uma sonda periodontal da Carolina do Norte (UNC15 - Hu-Friedy Co., Chicago, EUA) por dois examinadores calibrados. Os parâmetros clínicos avaliados foram índice de placa visível (IP), índice gengival (IG), porcentagem de sangramento à sondagem (SS), profundidade de bolsa a sondagem (PBS) e nível clínico de inserção (NIC). Houve uma concordância de 94,5% dentro de ± 1 milímetro para medições de PBS e de NIC entre os 2 examinadores. O objetivo do estudo foi explicado verbalmente, um termo de consentimento foi assinado pelos pacientes selecionados e uma copia do protocolo resumido do projeto e do termo de consentimento entregues aos pacientes. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UERJ. 28 Os pacientes receberam tratamento periodontal não cirúrgico, o qual consistiu em instruções de higiene oral e raspagem supra e subgengival. O tratamento foi realizado em média, em 4 sessões de 40 minutos. As raspagens e alisamentos radiculares foram realizados com instrumentos manuais (curetas Gracey e McCall, HU-Friedy ) por um único operador. Os instrumentos eram afiados antes de cada sessão e sempre que fosse necessário duramnte a raspagem. A reavaliação foi feita 3 meses após o termino do tratamento periodontal não cirúrgico. 3.2 Coleta de fluido gengival Nos grupos PC e PA foram coletadas amostras de fluido gengival (FG) de 5 sítios inflamados com PBS ≥ 5 mm e 5 sítios rasos inflamados com PBS ≤ 3 mm. Sítios inflamados foram definidos como sítios apresentando sinais clínicos de vermelhidão, inchaço e/ou sangramento à sondagem. Amostras de FG dos sítios selecionados foram coletadas após o diagnóstico de periodontite tanto na visita inicial quanto 3 meses após o tratamento. Os sítios coletados foram isolados com rolos de algodão, secos com ar e a placa supragengival foi cuidadosamente removida. Uma tira de papel absorvente padrão (Periopaper, IDE Interstate, Amityville, NY) foi introduzida no sulco ou bolsa periodontal, até certa resistência ser sentida e foi deixada em posição por 30 segundos. O volume do fluido gengival foi imediatamente determinado através da utilização do medidor de fluido gengival previamente calibrado (Periotron 8000, IDE Interstate, Amityville, NY). As tiras de papel que estavam com manchas de sangue foram descartadas. Para cada indivíduo, as tiras de cada categoria de sítio foram agrupados em tubos Eppendorf contendo 0,5 ml de solução tampão fosfato-salino. Após eluição por 40 minutos em temperatura ambiente, as tiras foram removidos e as amostras foram centrifugadas a 3000 g por 5 minutos. O sobrenadante foi coletado e congelado a -20 ° C até análise. As amostras foram agrupadas em cada categoria de sítio em cada paciente individualmente. Assim, o número final foi de: 20 amostras para sítios rasos e 20 para sítios profundos no grupo PC, 14 amostras para sítios rasos e 14 para sítios profundos no grupo PA antes do tratamento e o mesmo número de amostras para os 3 meses após o tratamento. 29 3.2.1 Quantificação dos mediadores pelo método Luminex Os níveis das citocinas foram determinados utilizando um imunoensaio multiplexado com microesferas. Cinqüenta microlitros das amostras de fluido gengival foram analisada para IL-1, IL-4, IL-8 e INFγ usando um kit disponível comercialmente (Lincoplex, Millipore, Missouri, USA) em um analisador Luminex (Luminex®, MiraiBio, Alameda, CA) de acordo com as instruções do fabricante. Resumidamente, placas de 96-poços com filtro foram pré-umedecidos com tampão de lavagem e a solução foi aspirada dos poços usando uma sucção à vácuo (Millipore Corporation, Billerica, MA). Micro-esferas revestidas com anticorpos monoclonais contra os 4 alvos diferentes analisados foram adicionados aos poços. Amostras e padrões (variando de 0,13 a 2.000 pg / ml para cada mediador) foram pipetados nos poços e incubados durante a noite a 4oC. Os poços foram lavados e aspirados e uma mistura de anticorpos secundários biotinilados foi adicionada. Após a incubação por 1 hora, estreptavidina conjugada com a proteína fluorescente, R-ficoeritrina (estreptavidina-RPE) foi adicionada às microesferas e incubadas por 30 minutos. Após a lavagem para remoção dos reagentes não aderidos, as microesferas (mínimo de 100 por análise)foram adicionado aos poços em uma solução tampão sheath fluid (Luminex®, MiraiBio, Alameda, CA) para serem analisadas no analisador de microesferas (Luminex 100™, Luminex®, MiraiBio, Alameda, CA). As concentrações das amostras desconhecidas (antígenos nas amostras de FG) foram estimados a partir da curva padrão, utilizando o Bio-Plex Manager Software (Bio-Rad Laboratories, Hercules, CA), e os níveis de citocinas expressos como quantidade total (pg) por sítio. 3.2.2 Atividade de elastase A atividade de elastase total foi medida com um substrato específico, l-pyroglutamylL-propil-L-valina-p-nitroanilina (S-2484, Haemochrom Diagnostica, Mo¨lndal, Sweden). Cem microlitros de amostra não diluída foi misturada com 65 μl de substrato em uma placa de microtitulação com 96 poços (Nunc Maxisorp, Nunc, Roskilde, Denmark). A mistura foi agitada por 5 minutos e, a absorbância a 405 nm foi lida em um espectrofotômetro (Millenia 30 Kinetic Analyzer, Diagnostic Product, Los Angeles, CA.). Após 2 horas de incubação a 37 °C, a absorbância foi lida uma segunda vez. A diferença entre as 2-horas de acompanhamento e os dados iniciais foi considerada a atividade total de elastase e expressada em absorbância (Abs). 3.3 Coleta Microbiológica O perfil microbiológico subgengival para cada indivíduo foi defenido como uma amostra representativa da boca coletada da face mesial de cada dente de dois quadrantes selecionados aleatoriamente (ate 14 sitios por paciente). Depósitos de biofilme supragengival foram removidos previamente com gaze estéril e as amostras de biofilme subgengival coletadas com curetas Gracey estéreis na visita inicial e 3 meses após a terapia periodontal. Para cada amostra, uma extremidade estéril da cureta foi utilizada. 3.3.1 Checkerboard DNA-DNA Hybridization Cada amostra de placa subgengival foi colocada separadamente em tubos de Eppendorf contendo 0,15 ml de TE (10mM Tris-HCl, 1mM EDTA, pH 7,6). 0,15 ml de 0,5 M NaOH foi adicionado a cada tubo e as amostras estocadas a -20oC ate envio para o Forsyth Institute para processamento. Amostras foram fervidas em banho maria por 5 minutos. Após fervura, as suspensões foram neutralizadas com a adição de 0,8 ml de 5M de acetato de amônia. Com isso, as células bacterianas foram lisadas e o DNA suspenso na solução. Na primeira fase de montagem do “checkerboard”, o “Minislot 30” (Immunetics, Cambridge, MA, USA) foi colocado sobre uma membrana de nylon (15 x 15 cm) com carga positiva (Boehringer Mannheim, Indianápolis, IN, USA) e o conjunto aparafusado sobre uma base de acrílico. Cada suspensão de biofilme contendo DNA livre foi depositada nas fendas do “Minislot” e o DNA concentrado na membrana de nylon. A membrana era removida do aparato e o DNA fixado na mesma através da exposição à luz ultravioleta (Stratalinker, USA). Cada “Minislot” permite a deposição de até 30 amostras. Em cada membrana foram depositadas 24 amostras e as duas últimas canaletas do “Minislot” foram reservadas para 31 colocação dos padrões, contendo uma mistura de DNA das espécies bacterianas investigadas correspondendo a duas concentrações: 105 e 106 células. Após fixação do DNA nas membranas, essas foram pré-hibridizadas a 42oC por 1 hora em uma solução de 50% formamida, 5 X SSC, 1% caseína, 5 X reagente de Denhardt, 25mM de fosfato de sódio (pH 6,5) e 0,5 mg/ml de RNA de levedura. Em seguida cada membrana era colocada sob a placa acrílica do “Miniblotter 45” (Immunetics, Cambridge, MA, USA), com a linha contendo o DNA fixado perpendicular às canaletas do “Miniblotter”. As sondas de DNA foram confeccionadas usando o kit “random primer digoxigenin labelling” [Boehringer Mannheim, USA]). Anteriormente ao seu uso, as sondas foram testadas com uma mistura controle contendo as espécies investigadas, numa concentração de 104 células bacterianas e tiveram sua concentração ajustada de tal modo que as intensidades dos sinais de todas as sondas fossem semelhantes. Cada canaleta do “Miniblotter 45” foi preenchida com 130 l de uma determinada sonda, contida numa solução de hibridização (45% formamida, 5 X SSC, 1 X reagente de Denhardt, 20 mM de fosfato de sódio (pH 6.5), 0,2 mg/ml de RNA de levedura, 10% de sulfato de dextrano, 1% caseína e 20 ng/ml de DNA). As sondas foram hibridizadas perpendicularmente às linhas contendo o DNA bacteriano, propiciando um formato de xadrez com as linhas de DNA horizontais e as sondas verticais. O aparato contendo as membranas foi colocado dentro de um saco plástico para evitar a desidratação das mesmas. A hibridização das membranas com as sondas ocorreram a 42oC, durante 20 horas. As 40 cepas utilizadas para a confecção de sondas e padrões foram obtidas da American Type Culture Collection (ATCC) (ver lista abaixo). Após hibridização com as sondas, as membranas foram removidas do “Miniblotter” e lavadas por 5 minutos em temperatura ambiente, seguido de duas lavagens de 20 minutos cada a 65oC em uma solução adstringente (0,1 X SSC, 0,1% SDS), a fim de remover sondas que não hibridizaram completamente. Em seguida, as membranas foram imersas por 1 hora em uma solução contendo 0,1M de ácido maleico, 3 M NaCl, 0,2 M NaOH, 0,3% Tween 20, 0,5% caseína, pH 8,0 e 30 minutos na mesma solução contendo o anticorpo anti-digoxigenina conjugado à fosfatase alcalina (Boehringer Mannheim), em uma diluição de 1/25000. As membranas foram então lavadas com uma solução de 0,1 M ácido maleico, 3 M NaCl, 0,2 M NaOH, 0,3% Tween 20, pH 8,0; 4 vezes por 10 minutos e uma vez por 5 minutos em 0,1 M Tris HCl, 0,1 NaCl, 50 mM MgCl2, pH 9,5. Após as lavagens, as membranas foram incubadas em uma solução contendo uma substância fluorescente (Atto – Phos) para futura leitura e quantificação da reação em um scanner (Imagequant/Storm 840, USA). Os sinais 32 fluorescentes capturados pelo “Storm” foram convertidos a contagens (níveis x 105) por comparação com os valores dos padrões usando regressão linear. Lista das 40 sondas utilizadas no "checkerboard DNA-DNA hybridization" Actinomyces gerencseriae Fusobacterium nucleatum ss nucleatum Actinomyces israelii Fusobacterium nucleatum ss polymorphum Actinomyces naeslundii Fusobacterium nucleatum ss vincentii Actinomyces oris Fusobacterium periodonticum Actinomyces odontolyticus Parvimonas micra Veillonella parvula Prevotella intermedia Streptococcus gordonii Prevotella nigrescens Streptococcus intermedius Streptococcus constellatus Streptococcus mitis Tannerella forsythia Streptococcus oralis Porphyromonas gingivalis Streptococcus sanguinis Treponema denticola Aggregatibacter actinomycetemcomitans Eubacterium saburreum Capnocytophaga gingivalis Gemella morbillorum Capnocytophaga ochracea Leptotrichia buccalis Capnocytophaga sputigena Neisseria mucosa Eikenella corrodens Propionobacterium acnes Campylobacter gracilis Prevotella melaninogenica Campylobacter rectus Streptococcus anginosus Campylobacter showae Selenomonas noxia Eubacterium nodatum Treponema socranskii 3.4 Análise Estatística Dados clínicos foram obtidos de 6 sítios por dente em cada indivíduo na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após o término da terapia periodontal. A média desses dados foi calculada para cada indivíduo e para cada grupo nos tempos visita inicial e em 3 meses separadamente. A significância das mudancas nos dados clínicos ao longo do tempo foi determinada usando o teste “Wilcoxon signed rank” em cada grupo clínico separadamente. Como descrito acima, os mediadores bioquímicos do FG foram medidos em amostras agrupadas em duas categorias de sítios: sítios rasos e sítios profundos. As médias dos valores para as citocinas e atividade de elastase foram calculadas para cada categoria de sítio nos dois grupos clínicos para os dois tempos avaliados separadamente. A significância das mudanças nos parâmetros bioquímicos do FG ao longo do tempo foi determinada usando o teste “Wilcoxon signed rank” para cada categoria de sítio em cada grupo separadamente. Os níveis das 40 especies testadas foi determinado em até 14 sítios por indivíduo (dois quadrantes aleatórios) na visita inicial e 3 meses após a terapia. Esses dados foram utilizados para calcular o nível médio de cada espécie por indivíduo e a média dentro de cada grupo nos 33 dois tempos. O percentual que cada espécie contribuia para o DNA total também foi computado para dar uma idéia da proporção de cada espécie no biofilme subgengival. As médias das proporções de cada espécie foram calculadas de forma semelhante a média dos níveis das espécies. As proporções médias das espécies que compõem os 6 complexos subgengivais e as espécies que não formam complexos (outros) foram adicionadas para gerar a proporção média de cada complexo. Novamente, a significância das mudanças nos parâmetros microbiológicos ao longo do tempo foi determinada usando o teste “Wilcoxon signed rank” em cada grupo separadamente. A análise estatística microbiológica foi ajustada para comparações múltiplas das 40 espécies bacterianas analisadas. As mudanças nos parâmetros clínicos, imunológicos e microbiológicos (dados não mostrados) foram calculadas para os dois grupos clínicos separadamente e comparadas utilizando o teste Mann-Whitney. 34 4 RESULTADOS 4.1 Parâmetros clínicos As médias dos parâmetros clínicos e demográficos para os 02 grupos clínicos são apresentados na Tabela 1. As Tabelas 2 e 3 mostram redução significativa nos parâmetros clínicos obtidos com a terapia periodontal nos grupos PC e PA respectivamente. A Tabela 4 apresenta a média dos parâmetros clínicos para sítios rasos e profundos de onde as amostras de FG foram coletadas nos grupos PC e PA na VI e 3M após terapia periodontal. Houve melhora significativa de todos os parâmetros clínicos analisados em ambos os grupos para as duas categorias de sítios, exceto para o volume de FG nos sítios rasos do grupo PA. 4.2 Parâmetros imunológicos Os valores de mediana (intervalo interquartílico) para quantidade total (pg/sítio) de IL1β, IL-4, IL-8, INF-γ e atividade de elastase medidos no FG dos sítios rasos e profundos dos grupos PC e PA na VI e 3M foram apresentados na Tabela 5. Foram encontradas apenas reduções significativas na atividade de elastase dos sítios rasos e profundos dos pacientes do grupo PA e nos sítios profundos do grupo PC e também foi achado um aumento significativo de INF-γ nos sítios rasos do grupo PA. Os Gráficos 1, 2, 3 e 4 ilustram a distribuição desses valores sob a forma de diagrama de caixa (boxplot). As comparações entre as respostas ao tratamento periodontal, clínicas e imunológicas (bioquímicas) após 3M entre os grupos PC e PA em ambas categorias de sítios estão apresentadas na Tabela 6. A única diferença significativa clínica encontrada entre os grupos, foi na porcentagem de sítios profundos com SS, indicando uma maior redução na porcentagem de SS nos sítios profundos do grupo PC. Em relação aos mediadores inflamatórios foi encontrada apenas uma diferença significante entre os grupos no INF-γ para os sítios rasos. 35 4.3 Achados Microbiológicos Os dados microbiológicos apresentados na Figura 1, mostram reduções significativas 3M após terapia periodontal, para os níveis dos membros do complexo vermelho (P. gingivalis, T. forsythia, T.denticola), e para as espécies E.nodatum e P.micra do complexo laranja no grupo PC. No grupo PA, ocorreram reduções significativas no níveis de P. gingivalis e T. forsythia do complexo vermelho e Fusobacterium nucleatum ss polymorphum e Fusobacterium periodonticum do complexo laranja. A Figura 2, apresenta os gráficos de “torta” demonstrando o percentual médio dos complexo microbianos nos grupos PC e PA na VI e 3M após a terapia periodontal. É possível verificarmos uma redução significativa nos perfis vermelho e laranja, assim como um aumento significativo no perfil azul para ambos os grupo. Também encontramos um aumento significativo no perfil verde para o grupo PC. O tamanho das “tortas” reflete a média da quantidade total de DNA nos dois grupos antes e depois da terapia. A redução significativa no tamanho das “tortas” reflete a redução na quantidade total de DNA das amostras 3M após terapia. Foram também realizadas comparações entre a resposta ao tratamento periodontal nos níveis microbiológicos após 3M entre os grupos PC e PA em ambas categorias de sítios (teste Mann-Whitney). Os resultados dessa análise não mostraram diferenças significativas (dados não mostrados). 36 5 DISCUSSÃO No presente estudo, foi demonstrado que o tratamento periodontal não cirúrgico nos grupo PC e PA, foi eficaz na redução de todos os parâmetros clínicos analisados após 3 meses. Isto foi confirmado pela redução significativa na porcentagem de SS, PBS e NIC. Tal fato está de acordo com vários outros trabalhos que têm claramente demonstrado que, em geral a periodontite pode ser controlada sem medicação adicional (BADERSTEN; NILVEUS ; EGELBERG, 1984a; b; CLAFFEY ; EGELBERG, 1994; FIGUEREDO; FISCHER ; GUSTAFSSON, 2005). Estudos clássicos têm demonstrado que o fluido gengival está fortemente correlacionado com a inflamação clínica (GOLUB ; KLEINBERG, 1976; LAMSTER; OSHRAIN ; GORDON, 1986; LAMSTER et al., 1988). Esses achados corroboram com nossos resultados que mostraram uma redução significativa no volume de FG após tratamento periodotal. Portanto, o volume do fluido gengival pode ser utilizado como marcador de inflamação subclínica. No presente estudo, dos diversos biomarcadores analisados, a elastase foi o único que teve sua atividade reduzida significativamente 3 meses após terapia periodontal nos sítios profundos dos grupos PC e PA. Outros trabalhos têm demonstrado que a atividade da elastase encontra-se elevada em periodontite agressiva (LIU ; CAO, 1999) e em lesões de periodontite crônica (FIGUEREDO; FISCHER ; GUSTAFSSON, 2005), e sua redução pode ser alcançada após o tratamento periodontal (BUCHMANN et al., 2002; FIGUEREDO et al., 2004). Muitos estudos têm reportado níveis elevados de IL-1β no FG em todas as formas de periodontite quando comparados com pacientes com gengivite e saudáveis (TSAI; HO ; CHEN, 1995; ISHIHARA et al., 1997; GONZALES et al., 2001). Consequentemente, a diminuição dos nívies de IL-1β foi encontrada em diversos trabalhos onde a terapia periodontal foi analisada em conjunto com os aspectos imunológicos (TUTER; KURTIS ; SERDAR, 2001; TOKER; POYRAZ ; EREN, 2008; THUNELL et al., 2009). Nossos achados não mostraram essa redução encontrada na literatura, porém achados semelhantes aos nossos também são relatados por alguns pesquisadores (FOKKEMA et al., 2003; YOSHINARI et al., 2004) , o que sugere que existem ainda questões a serem esclarecidas. No presente estudo o intervalo entre os exames clínicos e periodontais, na VI e após a terapia periodontal não cirúrgica foi de 3 meses. Talvez, em uma lesão periodontal estabelecida, o provável é que seja 37 requerido mais tempo para se observar uma maior mudança nesses parâmetros inflamatórios e recuperação das estruturas periodontais, sugerindo que ainda possa haver alguma inflamação subclínica em tais sítios (YOSHINARI et al., 2004). Vale ressaltar que esse fato também pode ser o responsável pela não alteração dos demais mediadores inflamatórios, porém uma maior quantidade de estudos com grupos de pacientes maiores se fazem necessário para confirmar tais achados. No que diz respeito ao INF-γ, membro da resposta imune Th1, pouco é relatado e se sabe sobre o real papel desta citocina na patogênese das periodontites, mas parece que sua presença em grandes quantidades aumentam o risco de progressão da doença (ALPAGOT; FONT ; LEE, 2003). A desejada redução após a terapia periodontal não foi observada no presente estudo. Ao contrário disso, um aumento ocorreu nos sítios rasos dos pacientes do grupo PA. Nossos achados são semelhantes aos achados de um estudo feito com brasileiros em um grupo de periodontite crônica avançada (DEL PELOSO RIBEIRO et al., 2008). Uma possível explicação para essa observação é a baixa freqüência de detecção dessa citocina nas regiões coletadas. Alguns pesquisadores investigaram alterações microbiológicas pós terapia periodotal em pacientes com periodontite crônica, foi relatado que os efeitos clínicos e microbiológicos da raspagem e do alisamento radicular levaram a uma redução significativa dos membros do complexo vermelho e apenas uma ligeira redução nos demais microrganismos analisados. Foi visto que as principais melhoras clínicas e microbiológicas ocorreram nos primeiros 3 meses após a terapia, se mantendo por até 12 meses (SOCRANSKY et al., 1991; HAFFAJEE et al., 1997b; BADER ; BOYD, 1999; DARBY et al., 2005). No que diz respeito a periodontite agressiva diversos autores reforçam a importância do papel do A. actinomycetemcomitans como um colonizador primário ou um iniciador da periodontite agressiva localizada, uma vez que o mesmo é encontrado em maior quantidade em sítios rasos e moderados em pacientes com doença localizada tendo sua prevalência diminuida com o avanço da idade em pacientes com periodontite avançada (RODENBURG et al., 1990). Aliado a esse fato, tal microrganismo pode não ser resistente a uma concorrência bacteriana complexa, o que justificaria sua baixa prevalência em bolsas periodontais profundas, onde a presença de bactérias do complexo vermelho encontram-se em maiores níveis (RODENBURG et al., 1990; FINE et al., 2007; TEUGHELS et al., 2007; FAVERI et al., 2009). Analisando nosso dados microbiológicos, verificamos que além da baixa detecção do níveis de A.actinomycetemcomitans em ambos os grupos, há uma maior quantidade nos níveis dos periodontiopatógenos do complexo vermelho. É bem provável que grande parte de nossa 38 amostra apresente uma doença onde a importância da presença do A.actinomycetemcomitans seja pequena e reduções significativas em membros do complexo vermelho três meses após a terapia justifique em grande parte a melhora clínica observadas em nossos grupos com a terapia periodontal não cirúrgica. Outro aspecto importante é o fato do grupo estudado no presente trabalho apresentar a forma generalizada da periodontite agressiva, provavelmente nestes indivíduos já existe um biofilme mais “maduro” e o papel do A.actinomycetemcomitans não seja mais tão relevante para progressão da doença. Do ponto de vista microbiológico e imunológico, o objetivo ideal da terapia periodontal é o de se reduzir os níveis de patógenos para os existentes antes da instalação da doença, por períodos prolongados de tempo (TELES; HAFFAJEE ; SOCRANSKY, 2006), tal proposta visa simultaneamente reduzir os níveis de mediadores inflamatórios levando a uma melhora clínica do quadro. 39 6 CONCLUSÕES Dentro dos limites deste estudo, os resultados apóiam nossa hipótese de que a periodontite crônica e agressiva respondem igualmente bem ao tratamento periodontal nãocirúrgico. Foram observados melhoras significativas de todos os parâmetros clínicos, com redução dos principais patógenos periodontais e uma diminuição significativa de atividade de elastase nos sítios profundos. Quando as respostas clínica e imunológica após terapia foram comparadas entre os grupos, apenas diferenças sutis foram encontradas. 40 REFERÊNCIAS ABBAS, A. K.; MURPHY, K. M.; SHER, A. Functional diversity of helper T lymphocytes. Nature, v.383, n.6603, Oct 31, p.787-93. 1996. ALPAGOT, T.; FONT, K.; LEE, A. Longitudinal evaluation of GCF IFN-gamma levels and periodontal status in HIV+ patients. J Clin Periodontol, v.30, n.11, Nov, p.944-8. 2003. ARMITAGE, G. C. Development of a classification system for periodontal diseases and conditions. Ann Periodontol, v.4, n.1, Dec, p.1-6. 1999. ARMITAGE, G. C. et al. Longitudinal evaluation of elastase as a marker for the progression of periodontitis. J Periodontol, v.65, n.2, Feb, p.120-8. 1994. BADER, H. I.; BOYD, R. L. Long-term monitoring of adult periodontitis patients in supportive periodontal therapy: correlation of gingival crevicular fluid proteases with probing attachment loss. J Clin Periodontol, v.26, n.2, Feb, p.99-105. 1999. BADERSTEN, A.; NILVEUS, R.; EGELBERG, J. Effect of nonsurgical periodontal therapy. II. Severely advanced periodontitis. J Clin Periodontol, v.11, n.1, Jan, p.63-76. 1984a. ______. Effect of nonsurgical periodontal therapy. III. Single versus repeated instrumentation. J Clin Periodontol, v.11, n.2, Feb, p.114-24. 1984b. BAGGIOLINI, M.; CLARK-LEWIS, I. Interleukin-8, a chemotactic and inflammatory cytokine. FEBS Lett, v.307, n.1, Jul 27, p.97-101. 1992. BAKER, G. L.; ODDIS, C. V.; MEDSGER, T. A., JR. Pasteurella multocida polyarticular septic arthritis. J Rheumatol, v.14, n.2, Apr, p.355-7. 1987. BASTOS, M. F. et al. TNF-alpha and IL-4 levels in generalized aggressive periodontitis subjects. Oral Dis, v.15, n.1, Jan, p.82-7. 2009. BICKEL, M. The role of interleukin-8 in inflammation and mechanisms of regulation. J Periodontol, v.64, n.5 Suppl, May, p.456-60. 1993. BILLIAU, A.; DIJKMANS, R. Interferon-gamma: mechanism of action and therapeutic potential. Biochem Pharmacol, v.40, n.7, Oct 1, p.1433-9. 1990. BOEHM, U. et al. Cellular responses to interferon-gamma. Annu Rev Immunol, v.15, p.74995. 1997. BUCHMANN, R. et al. Amplified crevicular leukocyte activity in aggressive periodontal disease. J Dent Res, v.81, n.10, Oct, p.716-21. 2002. BUENO, L. C.; MAYER, M. P.; DIRIENZO, J. M. Relationship between conversion of localized juvenile periodontitis-susceptible children from health to disease and Actinobacillus 41 actinomycetemcomitans leukotoxin promoter structure. J Periodontol, v.69, n.9, Sep, p.9981007. 1998. CARVALHO, L. H. et al. Scaling and root planing, systemic metronidazole and professional plaque removal in the treatment of chronic periodontitis in a Brazilian population II-microbiological results. J Clin Periodontol, v.32, n.4, Apr, p.406-11. 2005. CHAMPAGNE, C. M. et al. Potential for gingival crevice fluid measures as predictors of risk for periodontal diseases. Periodontol 2000, v.31, p.167-80. 2003. CHIPLUNKAR, S.; LANGHORNE, J.; KAUFMANN, S. H. Stimulation of B cell growth and differentiation by murine recombinant interleukin 1. J Immunol, v.137, n.12, Dec 15, p.3748-52. 1986. CHRISTERSSON, L. A. et al. Subgingival distribution of periodontal pathogenic microorganisms in adult periodontitis. J Periodontol, v.63, n.5, May, p.418-25. 1992. ______. Microbiological and clinical effects of surgical treatment of localized juvenile periodontitis. J Clin Periodontol, v.12, n.6, Jul, p.465-76. 1985. CHRISTERSSON, L. A.; ZAMBON, J. J.; GENCO, R. J. Dental bacterial plaques. Nature and role in periodontal disease. J Clin Periodontol, v.18, n.6, Jul, p.441-6. 1991. CLAFFEY, N.; EGELBERG, J. Clinical characteristics of periodontal sites with probing attachment loss following initial periodontal treatment. J Clin Periodontol, v.21, n.10, Nov, p.670-9. 1994. COLOMBO, A. P. et al. Serum IgG2 level, Gm(23) allotype and FcgammaRIIa and FcgammaRIIIb receptors in refractory periodontal disease. J Clin Periodontol, v.25, n.6, Jun, p.465-74. 1998. ______. Subgingival microbiota of Brazilian subjects with untreated chronic periodontitis. J Periodontol, v.73, n.4, Apr, p.360-9. 2002. DARBY, I. B. et al. Clinical and microbiological effect of scaling and root planing in smoker and non-smoker chronic and aggressive periodontitis patients. J Clin Periodontol, v.32, n.2, Feb, p.200-6. 2005. DEL PELOSO RIBEIRO, E. et al. Periodontal debridement as a therapeutic approach for severe chronic periodontitis: a clinical, microbiological and immunological study. J Clin Periodontol, v.35, n.9, Sep, p.789-98. 2008. DEN HAAN, J. M.; BEVAN, M. J. Constitutive versus activation-dependent crosspresentation of immune complexes by CD8(+) and CD8(-) dendritic cells in vivo. J Exp Med, v.196, n.6, Sep 16, p.817-27. 2002. DEWHIRST, F. E. et al. Purification and partial sequence of human osteoclast-activating factor: identity with interleukin 1 beta. J Immunol, v.135, n.4, Oct, p.2562-8. 1985. 42 DINARELLO, C. A. Interleukin-1 and interleukin-1 antagonism. Blood, v.77, n.8, Apr 15, p.1627-52. 1991. DING, Y. et al. Release and activation of human neutrophil matrix metallo- and serine proteinases during phagocytosis of Fusobacterium nucleatum, Porphyromonas gingivalis and Treponema denticola. J Clin Periodontol, v.24, n.4, Apr, p.237-48. 1997. ______. Membrane components of Treponema denticola trigger proteinase release from human polymorphonuclear leukocytes. J Dent Res, v.75, n.12, Dec, p.1986-93. 1996. DOGAN, B. et al. Subgingival microflora in Turkish patients with periodontitis. J Periodontol, v.74, n.6, Jun, p.803-14. 2003. DUTZAN, N. et al. Levels of interferon-gamma and transcription factor T-bet in progressive periodontal lesions in patients with chronic periodontitis. J Periodontol, v.80, n.2, Feb, p.2906. 2009. DZINK, J. L.; SOCRANSKY, S. S.; HAFFAJEE, A. D. The predominant cultivable microbiota of active and inactive lesions of destructive periodontal diseases. J Clin Periodontol, v.15, n.5, May, p.316-23. 1988. FAVERI, M. et al. Microbiological profile of untreated subjects with localized aggressive periodontitis. J Clin Periodontol, v.36, n.9, Sep, p.739-49. 2009. FIGUEREDO, C. M. et al. The short-term effectiveness of non-surgical treatment in reducing protease activity in gingival crevicular fluid from chronic periodontitis patients. J Clin Periodontol, v.31, n.8, Aug, p.615-9. 2004. FIGUEREDO, C. M.; FISCHER, R. G.; GUSTAFSSON, A. Aberrant neutrophil reactions in periodontitis. J Periodontol, v.76, n.6, Jun, p.951-5. 2005. FIGUEREDO, C. M.; GUSTAFSSON, A. Activity and inhibition of elastase in GCF. J Clin Periodontol, v.25, n.7, Jul, p.531-5. 1998a. ______. Protease activity in gingival crevicular fluid: presence of free protease. J Clin Periodontol, v.25, n.4, Apr, p.306-10. 1998b. FIGUEREDO, C. M. et al. Increased interleukin-1beta concentration in gingival crevicular fluid as a characteristic of periodontitis. J Periodontol, v.70, n.12, Dec, p.1457-63. 1999. FINE, D. H. et al. Aggregatibacter actinomycetemcomitans and its relationship to initiation of localized aggressive periodontitis: longitudinal cohort study of initially healthy adolescents. J Clin Microbiol, v.45, n.12, Dec, p.3859-69. 2007. FOKKEMA, S. J. et al. Increased release of IL-12p70 by monocytes after periodontal therapy. J Clin Periodontol, v.30, n.12, Dec, p.1091-6. 2003. FRITSCHI, B. Z.; ALBERT-KISZELY, A.; PERSSON, G. R. Staphylococcus aureus and other bacteria in untreated periodontitis. J Dent Res, v.87, n.6, Jun, p.589-93. 2008. 43 FRUCHT, D. M. et al. IFN-gamma production by antigen-presenting cells: mechanisms emerge. Trends Immunol, v.22, n.10, Oct, p.556-60. 2001. GAJARDO, M. et al. Prevalence of periodontopathic bacteria in aggressive periodontitis patients in a Chilean population. J Periodontol, v.76, n.2, Feb, p.289-94. 2005. GAMONAL, J. et al. Levels of interleukin-1 beta, -8, and -10 and RANTES in gingival crevicular fluid and cell populations in adult periodontitis patients and the effect of periodontal treatment. J Periodontol, v.71, n.10, Oct, p.1535-45. 2000. GARLET, G. P. et al. Patterns of chemokines and chemokine receptors expression in different forms of human periodontal disease. J Periodontal Res, v.38, n.2, Apr, p.210-7. 2003. GEMMELL, E.; SEYMOUR, G. J. Immunoregulatory control of Th1/Th2 cytokine profiles in periodontal disease. Periodontol 2000, v.35, p.21-41. 2004. GIANNOPOULOU, C.; KAMMA, J. J.; MOMBELLI, A. Effect of inflammation, smoking and stress on gingival crevicular fluid cytokine level. J Clin Periodontol, v.30, n.2, Feb, p.145-53. 2003. GOLUB, L. M.; KLEINBERG, I. Gingival crevicular fluid: a new diagnostic aid in managing the periodontal patient. Oral Sci Rev, n.8, p.49-61. 1976. GONZALES, J. R. et al. Concentration of interleukin-1beta and neutrophil elastase activity in gingival crevicular fluid during experimental gingivitis. J Clin Periodontol, v.28, n.6, Jun, p.544-9. 2001. GORSKA, R. et al. Relationship between clinical parameters and cytokine profiles in inflamed gingival tissue and serum samples from patients with chronic periodontitis. J Clin Periodontol, v.30, n.12, Dec, p.1046-52. 2003. GOUTOUDI, P.; DIZA, E.; ARVANITIDOU, M. Effect of periodontal therapy on crevicular fluid interleukin-1beta and interleukin-10 levels in chronic periodontitis. J Dent, v.32, n.7, Sep, p.511-20. 2004. GOWEN, M.; MUNDY, G. R. Actions of recombinant interleukin 1, interleukin 2, and interferon-gamma on bone resorption in vitro. J Immunol, v.136, n.7, Apr 1, p.2478-82. 1986. GRAVALLESE, E. M. Bone destruction in arthritis. Ann Rheum Dis, v.61 Suppl 2, Nov, p.ii84-6. 2002. GUSTAFSSON, A.; ASMAN, B.; BERGSTROM, K. Elastase and lactoferrin in gingival crevicular fluid: possible indicators of a granulocyte-associated specific host response. J Periodontal Res, v.29, n.4, Jul, p.276-82. 1994. HAFFAJEE, A. D. et al. Subgingival microbiota of chronic periodontitis subjects from different geographic locations. J Clin Periodontol, v.31, n.11, Nov, p.996-1002. 2004. 44 ______. Clinical and microbiological features of subjects with adult periodontitis who responded poorly to scaling and root planing. J Clin Periodontol, v.24, n.10, Oct, p.767-76. 1997a. ______. The effect of SRP on the clinical and microbiological parameters of periodontal diseases. J Clin Periodontol, v.24, n.5, May, p.324-34. 1997b. HAFFAJEE, A. D.; PATEL, M.; SOCRANSKY, S. S. Microbiological changes associated with four different periodontal therapies for the treatment of chronic periodontitis. Oral Microbiol Immunol, v.23, n.2, Apr, p.148-57. 2008. HAN, N. M. et al. Bacteriological study of juvenile periodontitis in China. J Periodontal Res, v.26, n.5, Sep, p.409-14. 1991. HARASZTHY, V. I. et al. Evidence for the role of highly leukotoxic Actinobacillus actinomycetemcomitans in the pathogenesis of localized juvenile and other forms of earlyonset periodontitis. J Periodontol, v.71, n.6, Jun, p.912-22. 2000. HAUBEK, D. et al. Attachment loss in Moroccan early onset periodontitis patients and infection with the JP2-type of Actinobacillus actinomycetemcomitans. J Clin Periodontol, v.29, n.7, Jul, p.657-60. 2002. ______. Risk of aggressive periodontitis in adolescent carriers of the JP2 clone of Aggregatibacter (Actinobacillus) actinomycetemcomitans in Morocco: a prospective longitudinal cohort study. Lancet, v.371, n.9608, Jan 19, p.237-42. 2008. HERRERA, D.; ROLDAN, S.; SANZ, M. The periodontal abscess: a review. J Clin Periodontol, v.27, n.6, Jun, p.377-86. 2000. HOROWITZ, M. C. Cytokines and estrogen in bone: anti-osteoporotic effects. Science, v.260, n.5108, Apr 30, p.626-7. 1993. INGMAN, T. et al. Elastase and alpha-1-proteinase inhibitor in gingival crevicular fluid and gingival tissue in adult and juvenile periodontitis. J Periodontol, v.65, n.7, Jul, p.702-9. 1994. ______. Matrix metalloproteinases and their inhibitors in gingival crevicular fluid and saliva of periodontitis patients. J Clin Periodontol, v.23, n.12, Dec, p.1127-32. 1996. ISHIHARA, Y. et al. Gingival crevicular interleukin-1 and interleukin-1 receptor antagonist levels in periodontally healthy and diseased sites. J Periodontal Res, v.32, n.6, Aug, p.524-9. 1997. JANOFF, A. Elastase in tissue injury. Annu Rev Med, v.36, p.207-16. 1985. JIN, L. J. et al. Relationship of changes in interleukin-8 levels and granulocyte elastase activity in gingival crevicular fluid to subgingival periodontopathogens following nonsurgical periodontal therapy in subjects with chronic periodontitis. J Clin Periodontol, v.29, n.7, Jul, p.604-14. 2002. 45 KABASHIMA, H. et al. Interleukin-1 receptor antagonist and interleukin-4 in gingival crevicular fluid of patients with inflammatory periodontal disease. J Oral Pathol Med, v.25, n.8, Sep, p.449-55. 1996. KAMMA, J. J. et al. Cytokine profile in gingival crevicular fluid of aggressive periodontitis: influence of smoking and stress. J Clin Periodontol, v.31, n.10, Oct, p.894-902. 2004. KINDLE, L. et al. Human microvascular endothelial cell activation by IL-1 and TNF-alpha stimulates the adhesion and transendothelial migration of circulating human CD14+ monocytes that develop with RANKL into functional osteoclasts. J Bone Miner Res, v.21, n.2, Feb, p.193-206. 2006. KREMER, B. H. et al. Peptostreptococcus micros smooth and rough genotypes in periodontitis and gingivitis. J Periodontol, v.71, n.2, Feb, p.209-18. 2000. LAI, C. H. et al. Bacteroides forsythus in adult gingivitis and periodontitis. Oral Microbiol Immunol, v.2, n.4, Dec, p.152-7. 1987. LAMSTER, I. B. et al. A comparison of 4 methods of data presentation for lysosomal enzyme activity in gingival crevicular fluid. J Clin Periodontol, v.15, n.6, Jul, p.347-52. 1988. LAMSTER, I. B.; OSHRAIN, R. L.; GORDON, J. M. Enzyme activity in human gingival crevicular fluid: considerations in data reporting based on analysis of individual crevicular sites. J Clin Periodontol, v.13, n.8, Sep, p.799-804. 1986. LEE, J. D.; RHOADES, K.; ECONOMOU, J. S. Interleukin-4 inhibits the expression of tumour necrosis factors alpha and beta, interleukins-1 beta and -6 and interferon-gamma. Immunol Cell Biol, v.73, n.1, Feb, p.57-61. 1995. LEE, J. W. et al. Distribution of periodontal pathogens in Korean aggressive periodontitis. J Periodontol, v.74, n.9, Sep, p.1329-35. 2003. LESTER, S. R. et al. Gingival concentrations of interleukin-23 and -17 at healthy sites and at sites of clinical attachment loss. J Periodontol, v.78, n.8, Aug, p.1545-50. 2007. LINDHE, J.; NYMAN, S. Long-term maintenance of patients treated for advanced periodontal disease. J Clin Periodontol, v.11, n.8, Sep, p.504-14. 1984. LIU, R.; CAO, C. [The elastase activity in gingival crevicular fluid from rapidly progressive periodontitis]. Zhonghua Kou Qiang Yi Xue Za Zhi, v.34, n.1, Jan, p.46-8. 1999. LOESCHE, W. J. Importance of nutrition in gingival crevice microbial ecology. Periodontics, v.6, n.6, Dec, p.245-9. 1968. LOESCHE, W. J.; GROSSMAN, N. S. Periodontal disease as a specific, albeit chronic, infection: diagnosis and treatment. Clin Microbiol Rev, v.14, n.4, Oct, p.727-52, table of contents. 2001. LOPEZ, N. J. et al. Occurrence of certain bacterial species and morphotypes in juvenile periodontitis in Chile. J Periodontol, v.66, n.7, Jul, p.559-67. 1995. 46 LOPEZ, N. J.; MELLADO, J. C.; LEIGHTON, G. X. Occurrence of Actinobacillus actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis and Prevotella intermedia in juvenile periodontitis. J Clin Periodontol, v.23, n.2, Feb, p.101-5. 1996. LOPEZ, N. J. et al. Subgingival microbiota of chilean patients with chronic periodontitis. J Periodontol, v.75, n.5, May, p.717-25. 2004. MANDELL, R. L.; SOCRANSKY, S. S. A selective medium for Actinobacillus actinomycetemcomitans and the incidence of the organism in juvenile periodontitis. J Periodontol, v.52, n.10, Oct, p.593-8. 1981. MASADA, M. P. et al. Measurement of interleukin-1 alpha and -1 beta in gingival crevicular fluid: implications for the pathogenesis of periodontal disease. J Periodontal Res, v.25, n.3, May, p.156-63. 1990. MATSUKI, Y.; YAMAMOTO, T.; HARA, K. Interleukin-1 mRNA-expressing macrophages in human chronically inflamed gingival tissues. Am J Pathol, v.138, n.6, Jun, p.1299-305. 1991. ______. Detection of inflammatory cytokine messenger RNA (mRNA)-expressing cells in human inflamed gingiva by combined in situ hybridization and immunohistochemistry. Immunology, v.76, n.1, May, p.42-7. 1992. MENG, H. et al. Determinants of host susceptibility in aggressive periodontitis. Periodontol 2000, v.43, p.133-59. 2007. MIZEL, S. B. Interleukin 1 and T cell activation. Immunol Rev, v.63, p.51-72. 1982. MOMBELLI, A.; CASAGNI, F.; MADIANOS, P. N. Can presence or absence of periodontal pathogens distinguish between subjects with chronic and aggressive periodontitis? A systematic review. J Clin Periodontol, v.29 Suppl 3, p.10-21; discussion 37-8. 2002. MOORE, W. E. et al. Comparative bacteriology of juvenile periodontitis. Infect Immun, v.48, n.2, May, p.507-19. 1985. MOORE, W. E.; MOORE, L. V. The bacteria of periodontal diseases. Periodontol 2000, v.5, Jun, p.66-77. 1994. MULLALLY, B. H. et al. Prevalence of periodontal pathogens in localized and generalized forms of early-onset periodontitis. J Periodontal Res, v.35, n.4, Aug, p.232-41. 2000. MULLER, H. P.; LANGE, D. E.; MULLER, R. F. Actinobacillus actinomycetemcomitans recovery from extracrevicular locations of the mouth. Oral Microbiol Immunol, v.8, n.6, Dec, p.344-8. 1993. NABERS, C. L. et al. Tooth loss in 1535 treated periodontal patients. J Periodontol, v.59, n.5, May, p.297-300. 1988. 47 NEWMAN, M. G.; SOCRANSKY, S. S. Predominant cultivable microbiota in periodontosis. J Periodontal Res, v.12, n.2, Mar, p.120-8. 1977. NEWMAN, M. G. et al. Studies of the microbiology of periodontosis. J Periodontol, v.47, n.7, Jul, p.373-9. 1976. NONNENMACHER, C.; MUTTERS, R.; DE JACOBY, L. F. Microbiological characteristics of subgingival microbiota in adult periodontitis, localized juvenile periodontitis and rapidly progressive periodontitis subjects. Clin Microbiol Infect, v.7, n.4, Apr, p.213-7. 2001. PAGE, R. C. et al. Prepubertal periodontitis. I. Definition of a clinical disease entity. J Periodontol, v.54, n.5, May, p.257-71. 1983. PALCANIS, K. G. et al. Elastase as an indicator of periodontal disease progression. J Periodontol, v.63, n.4, Apr, p.237-42. 1992. PASTER, B. J. et al. Bacterial diversity in human subgingival plaque. J Bacteriol, v.183, n.12, Jun, p.3770-83. 2001. PRADEEP, A. R.; ROOPA, Y.; SWATI, P. P. Interleukin-4, a T-helper 2 cell cytokine, is associated with the remission of periodontal disease. J Periodontal Res, v.43, n.6, Dec, p.7126. 2008. REICHERT, S. et al. Interleukin-2 -330 and 166 gene polymorphisms in relation to aggressive or chronic periodontitis and the presence of periodontopathic bacteria. J Periodontal Res, v.44, n.5, Oct, p.628-35. 2009. REINHARDT, R. A. et al. Gingival fluid IL-1 and IL-6 levels in refractory periodontitis. J Clin Periodontol, v.20, n.3, Mar, p.225-31. 1993. ROBERTS, F. A.; RICHARDSON, G. J.; MICHALEK, S. M. Effects of Porphyromonas gingivalis and Escherichia coli lipopolysaccharides on mononuclear phagocytes. Infect Immun, v.65, n.8, Aug, p.3248-54. 1997. RODENBURG, J. P. et al. Occurrence of Bacteroides gingivalis, Bacteroides intermedius and Actinobacillus actinomycetemcomitans in severe periodontitis in relation to age and treatment history. J Clin Periodontol, v.17, n.6, Jul, p.392-9. 1990. ROSE, L. F.; STEINBERG, B. J.; MINSK, L. The relationship between periodontal disease and systemic conditions. Compend Contin Educ Dent, v.21, n.10A, Oct, p.870-7; quiz 878. 2000. SAUDER, D. N. et al. Chemotactic cytokines: the role of leukocytic pyrogen and epidermal cell thymocyte-activating factor in neutrophil chemotaxis. J Immunol, v.132, n.2, Feb, p.82832. 1984. SBORDONE, L. et al. Recolonization of the subgingival microflora after scaling and root planing in human periodontitis. J Periodontol, v.61, n.9, Sep, p.579-84. 1990. 48 SCHACHER, B. et al. Aggregatibacter actinomycetemcomitans as indicator for aggressive periodontitis by two analysing strategies. J Clin Periodontol, v.34, n.7, Jul, p.566-73. 2007. SCHATZLE, M. et al. The clinical course of chronic periodontitis: V. Predictive factors in periodontal disease. J Clin Periodontol, v.36, n.5, May, p.365-71. 2009. SHAPIRA, L.; VAN DYKE, T. E.; HART, T. C. A localized absence of interleukin-4 triggers periodontal disease activity: a novel hypothesis. Med Hypotheses, v.39, n.4, Dec, p.319-22. 1992. SLOTS, J. The predominant cultivable organisms in juvenile periodontitis. Scand J Dent Res, v.84, n.1, Jan, p.1-10. 1976. ______. The predominant cultivable microflora of advanced periodontitis. Scand J Dent Res, v.85, n.2, Jan-Feb, p.114-21. 1977. ______. Subgingival microflora and periodontal disease. J Clin Periodontol, v.6, n.5, Oct, p.351-82. 1979. SLOTS, J.; LISTGARTEN, M. A. Bacteroides gingivalis, Bacteroides intermedius and Actinobacillus actinomycetemcomitans in human periodontal diseases. J Clin Periodontol, v.15, n.2, Feb, p.85-93. 1988. SLOTS, J.; REYNOLDS, H. S.; GENCO, R. J. Actinobacillus actinomycetemcomitans in human periodontal disease: a cross-sectional microbiological investigation. Infect Immun, v.29, n.3, Sep, p.1013-20. 1980. SLOTS, J.; ROSLING, B. G. Suppression of the periodontopathic microflora in localized juvenile periodontitis by systemic tetracycline. J Clin Periodontol, v.10, n.5, Sep, p.465-86. 1983. SOCRANSKY, S. S.; HAFFAJEE, A. D. Microbial mechanisms in the pathogenesis of destructive periodontal diseases: a critical assessment. J Periodontal Res, v.26, n.3 Pt 2, May, p.195-212. 1991. ______. The bacterial etiology of destructive periodontal disease: current concepts. J Periodontol, v.63, n.4 Suppl, Apr, p.322-31. 1992. ______. Periodontal microbial ecology. Periodontol 2000, v.38, p.135-87. 2005. SOCRANSKY, S. S. et al. Microbial complexes in subgingival plaque. J Clin Periodontol, v.25, n.2, Feb, p.134-44. 1998. ______. Relation of counts of microbial species to clinical status at the sampled site. J Clin Periodontol, v.18, n.10, Nov, p.766-75. 1991. ______. "Checkerboard" DNA-DNA hybridization. Biotechniques, v.17, n.4, Oct, p.788-92. 1994. 49 SWIERKOT, K. et al. One-stage full-mouth disinfection versus quadrant and full-mouth root planing. J Clin Periodontol, v.36, n.3, Mar, p.240-9. 2009. TAKEUCHI, Y. et al. Prevalence of periodontopathic bacteria in aggressive periodontitis patients in a Japanese population. J Periodontol, v.74, n.10, Oct, p.1460-9. 2003. TANNER, A. Microbial etiology of periodontal diseases. Where are we? Where are we going? Curr Opin Dent, v.2, Mar, p.12-24. 1992. TANNER, A. C. et al. A study of the bacteria associated with advancing periodontitis in man. J Clin Periodontol, v.6, n.5, Oct, p.278-307. 1979. TATAKIS, D. N. Interleukin-1 and bone metabolism: a review. J Periodontol, v.64, n.5 Suppl, May, p.416-31. 1993. TE VELDE, A. A. et al. Interleukin-4 (IL-4) inhibits secretion of IL-1 beta, tumor necrosis factor alpha, and IL-6 by human monocytes. Blood, v.76, n.7, Oct 1, p.1392-7. 1990. TELES, R. P.; HAFFAJEE, A. D.; SOCRANSKY, S. S. Microbiological goals of periodontal therapy. Periodontol 2000, v.42, p.180-218. 2006. TELES, R. P. et al. Disease progression in periodontally healthy and maintenance subjects. J Periodontol, v.79, n.5, May, p.784-94. 2008. ______. Application of the checkerboard immunoblotting technique to the quantification of host biomarkers in gingival crevicular fluid. J Periodontol, v.80, n.3, Mar, p.447-56. 2009. TENG, Y. T. et al. Functional human T-cell immunity and osteoprotegerin ligand control alveolar bone destruction in periodontal infection. J Clin Invest, v.106, n.6, Sep, p.R59-67. 2000. TEUGHELS, W. et al. Bacteria interfere with A. actinomycetemcomitans colonization. J Dent Res, v.86, n.7, Jul, p.611-7. 2007. THIHA, K. et al. Identification of periodontopathic bacteria in gingival tissue of Japanese periodontitis patients. Oral Microbiol Immunol, v.22, n.3, Jun, p.201-7. 2007. THUNELL, D. H. et al. A multiplex immunoassay demonstrates reductions in gingival crevicular fluid cytokines following initial periodontal therapy. J Periodontal Res, Jul 8. 2009. TINOCO, E. M. et al. Localized juvenile periodontitis and Actinobacillus actinomycetemcomitans in a Brazilian population. Eur J Oral Sci, v.105, n.1, Feb, p.9-14. 1997. TINOCO, E. M.; SIVAKUMAR, M.; PREUS, H. R. The distribution and transmission of Actinobacillus actinomycetemcomitans in families with localized juvenile periodontitis. J Clin Periodontol, v.25, n.2, Feb, p.99-105. 1998. 50 TOKER, H.; POYRAZ, O.; EREN, K. Effect of periodontal treatment on IL-1beta, IL-1ra, and IL-10 levels in gingival crevicular fluid in patients with aggressive periodontitis. J Clin Periodontol, v.35, n.6, Jun, p.507-13. 2008. TOKORO, Y.; YAMAMOTO, T.; HARA, K. IL-1 beta mRNA as the predominant inflammatory cytokine transcript: correlation with inflammatory cell infiltration into human gingiva. J Oral Pathol Med, v.25, n.5, May, p.225-31. 1996. TREVILATTO, P. C. et al. Clinical, genetic and microbiological findings in a Brazilian family with aggressive periodontitis. J Clin Periodontol, v.29, n.3, Mar, p.233-9. 2002. TSAI, C. C.; HO, Y. P.; CHEN, C. C. Levels of interleukin-1 beta and interleukin-8 in gingival crevicular fluids in adult periodontitis. J Periodontol, v.66, n.10, Oct, p.852-9. 1995. TSAI, C. C. et al. Changes in gingival crevicular fluid interleukin-4 and interferon-gamma in patients with chronic periodontitis before and after periodontal initial therapy. Kaohsiung J Med Sci, v.23, n.1, Jan, p.1-7. 2007. TUTER, G.; KURTIS, B.; SERDAR, M. Interleukin-1beta and thiobarbituric acid reactive substance (TBARS) levels after phase I periodontal therapy in patients with chronic periodontitis. J Periodontol, v.72, n.7, Jul, p.883-8. 2001. UJIIE, Y. et al. Neutrophil elastase is involved in the initial destruction of human periodontal ligament. J Periodontal Res, v.42, n.4, Aug, p.325-30. 2007. ______. Degradation of noncollagenous components by neutrophil elastase reduces the mechanical strength of rat periodontal ligament. J Periodontal Res, v.43, n.1, Feb, p.22-31. 2008. WARA-ASWAPATI, N. et al. Red bacterial complex is associated with the severity of chronic periodontitis in a Thai population. Oral Dis, v.15, n.5, Jul, p.354-9. 2009. WENNSTROM, J. L. et al. Periodic subgingival antimicrobial irrigation of periodontal pockets (I). Clinical observations. J Clin Periodontol, v.14, n.9, Oct, p.541-50. 1987. WESTMACOTT, D.; WADSWORTH, J.; BLOXHAM, D. P. Chemotactic activity of recombinant human interleukin-1. Agents Actions, v.21, n.3-4, Aug, p.323-4. 1987. XIMENEZ-FYVIE, L. A. et al. Subgingival microbiota of periodontally untreated Mexican subjects with generalized aggressive periodontitis. J Clin Periodontol, v.33, n.12, Dec, p.86977. 2006. XIMENEZ-FYVIE, L. A.; HAFFAJEE, A. D.; SOCRANSKY, S. S. Microbial composition of supra- and subgingival plaque in subjects with adult periodontitis. J Clin Periodontol, v.27, n.10, Oct, p.722-32. 2000. YANG, H. W. et al. Relationship of Actinobacillus actinomycetemcomitans serotype b to aggressive periodontitis: frequency in pure cultured isolates. J Periodontol, v.75, n.4, Apr, p.592-9. 2004. 51 YOSHIMURA, A. et al. Secretion of IL-1 beta, TNF-alpha, IL-8 and IL-1ra by human polymorphonuclear leukocytes in response to lipopolysaccharides from periodontopathic bacteria. J Periodontal Res, v.32, n.3, Apr, p.279-86. 1997. YOSHINARI, N. et al. Effects of scaling and root planing on the amounts of interleukin-1 and interleukin-1 receptor antagonist and the mRNA expression of interleukin-1beta in gingival crevicular fluid and gingival tissues. J Periodontal Res, v.39, n.3, Jun, p.158-67. 2004. ZAMBON, J. J.; CHRISTERSSON, L. A.; SLOTS, J. Actinobacillus actinomycetemcomitans in human periodontal disease. Prevalence in patient groups and distribution of biotypes and serotypes within families. J Periodontol, v.54, n.12, Dec, p.707-11. 1983. ZAMBON, J. J.; SLOTS, J.; GENCO, R. J. Serology of oral Actinobacillus actinomycetemcomitans and serotype distribution in human periodontal disease. Infect Immun, v.41, n.1, Jul, p.19-27. 1983. 52 Tabela 1 - Média (± DP) dos parâmetros clínicos e demográficos para os indivíduos com periodontite crônica (PC) e agressiva (PA) Parâmetro PC (n = 20) PA (n = 14) Idade (anos)* % homens 48 ± 8 50 29 ± 7 29 % fumantes** % sítios com sangramento à sondagem Profundidade de bolda à sondagem (mm) 25 64 ± 20 3.52 ± 0.70 0 64 ± 16 3.51 ± 0.51 Nível clínico de inserção (mm) 4.07 ± 0.99 3.65 ± 0.64 *p<0,001 teste de Mann-Whitney **p<0,05 teste exato de Fisher Tabela 2 - Média (± DP) dos parâmetros clínicos para o grupo periodontite crônica (PC) na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após terapia Parâmetro VI (n = 20) 3M (n = 20) % sítios com sangramento à sondagem*** Profundidade de bolda à sondagem (mm)** 64 ± 20 3.52 ± 0.70 29 ± 17 2.79 ± 0.33 4.07 ± 0.99 3.65 ± 0.64 Nível clínico de inserção (mm)** **p<0,01 teste Wilcoxon ***p<0,001 teste Wilcoxon Tabela 3 - Média (± DP) dos parâmetros clínicos para o grupo periodontite agressiva (PA) na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após terapia Parâmetro % sítios com sangramento à sondagem** Profundidade de bolda à sondagem (mm)** Nível clínico de inserção (mm)** **p<0,01 teste Wilcoxon VI (n = 14) 3M (n = 14) 64 ± 16 3.51 ± 0.51 3.65 ± 0.64 23 ± 14 2.82 ± 0.41 3.04 ± 0.62 53 Tabela 4 - Média (± DP) dos parâmetros clínicos para os sítios rasos e profundos de onde as amostras de fluido gengival (FG) foram coletadas nos grupos periodontite crônica e periodontite agressiva na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após terapia Periodontite crônica generalizada (n = 20) Parâmetro Periodontite agressiva generalizada (n =14) Sítios rasos Sítios profundos Sítios rasos Sítios profundos valores de valores de valores de valores de VI 3M p VI 3M p VI 3M p VI 3M p % sítios com SS 100 ± 0 10 ± 20 100 ± 0 20 ± 30 100 ± 0 20 ± 0 100 ± 0 50 ± 40 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 PBS (mm) 2.8 ± 0.4 2.2 ± 0.6 5.8 ± 1.1 3.7 ± 1.0 2.8 ± 0.4 2.5 ± 0.4 5.9 ± 1.4 3.7 ± 1.0 <0.001 <0.001 0,01 <0.001 NIC (mm) 1.0 ± 0.2 0.6 ± 0.7 6.1 ± 1.8 4.4 ± 2.3 0.9 ± 0.4 0.5 ± 0.4 5.9 ± 2.0 3.9 ± 2.6 <0.05 <0.001 0,01 <0.001 Volume de FG (μl) 1.18 ± 2.10 0.61 ± 0.94 3.37± 2.65 1.10± 1.33 1.45 ± 2.17 0.53 ± 0.69 0,18 3.51 ± 2.83 0.95 ± 0.97 <0.01 <0.001 <0.001 Sangramento à sondagem (SS) Profundidade de bolda à sondagem (PBS) Nível clínico de inserção (NIC) Valores de p usando teste "Wilcoxon signed rank" 53 54 Tabela 5 - Mediana e intervalo interquartílico dos parâmetros bioquímicos medidos no fluido gengival (FG) de sítios rasos e profundos nos grupos periodontite crônica e periodontite agressiva na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após terapia. Periodontite crônica generalizada (n = 20) Parâmetro VI Elastase (Abs) 0.84 (1.49) IL-1β (pg/sítio) 1.31 (1.77) IL-4 (pg/sítio) 0.08 (0.11) IL-8 (pg/sítio) 61.9 (88.5) Sítios rasos 3M 0.56 (0.73) 1.96 (3.19) 0.08 (0.10) 65.6 (50.5) INF-γ (pg/sítio) 0.00 (0.12) 0.02 (0.08) Periodontite agressiva generalizada (n =14) Sítios profundos valores de valores de p VI 3M p 0,82 2.19 (1.89) 1.34 (1.20) <0.05 0,26 4.80 (6.91) 4.93 (13.7) 0,82 1,00 0.10 (0.12) 0.08 (0.12) 0,82 0,50 59.4 (69.2) 75.2 (34.2) 0,82 0,79 0.07 (0.30) 0.08 (0.18) 0,10 Sítios rasos VI 1.26 (1.81) 3.85 (6.31) 0.10 (0.18) 83.1 (57.1) 3M 0.42 (1.15) 1.46 (3.24) 0.15 (0.38) 67.5 (62.8) 0.0 (0.01) 0.18 (0.37) Sítios profundos valores de valores de p VI 3M p 3.12 (1.51) 0.72 (1.27) <0.05 <0.01 0,79 14.0 (14.3) 3.53 (2.12) 0,18 0,55 0.12 (0.23) 0.12 (0.26) 0,79 0,18 82.9 (49.3) 76.2 (61.9) 0,39 <0.01 0.04 (0.32) 0.01 (0.15) 0,18 Valores de p usando teste "Wilcoxon signed rank" 54 55 Tabela 6 - Mediana e intervalo interquartílico das diferenças nos parâmetros clínicos e bioquímicos entre visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após terapia nos sítios rasos e profundos nos grupos periodontite crônica (PC) e periodontite agressiva (PA). Diferenças entre VI e 3M Parâmetro % sítios com SS PBS (mm) NIC (mm) Volume de FG (μl) Elastase (Abs) IL-1β (pg/sítio) IL-4 (pg/sítio) IL-8 (pg/sítio) INF-γ (pg/sítio) Sítios rasos Sítios profundos PC -80 (20) -0.5 (0.4) -0.2 (0.5) PA -80 (00) -0.2 (0.2) -0.2 (0.2) valores de p 0,24 0,26 0,35 -0.79 (1.20) -0.05 (0.93) -0.30 (4.16) 0.01 (0.12) 31.5 (69.3) 0.0 (0.16) -0.72 (2.72) -0.82 (1.38) -0.98 (3.65) 0.01 (0.20) -21.0 (80.4) 0.18 (0.29) 1,00 0,09 0,11 0,51 0,06 0,01 PC -80 (30) -2.1 (1.1) -1.6 (0.8) PA -50 (40) -2.0 (0.6) -2.0 (0.6) valores de p 0,04 0,98 0,11 -0.91 (2.97) -0.59 (1.14) 0.34 (14.8) -0.04 (0.16) 4.53 (76.4) 0.34 (14.8) -2.77 (3.37) -1.44 (1.23) -8.22 (17.1) 0.0 (0.21) -7.94 (47.8) -0.01 (0.26) 0,13 0,08 0,07 0,45 0,46 0,61 Sangramento à sondagem (SS) Profundidade de bolda à sondagem (PBS) Nível clínico de inserção (NIC) Valores de p usando o teste de Mann-Whitney 55 56 PERIODONTITE CRÔNICA – SÍTIOS RASOS Gráfico 1 - Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios rasos do grupo periodontite crônica. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”). 57 PERIODONTITE AGRESSIVA – SÍTIOS RASOS Gráfico 2 - Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios rasos do grupo periodontite agressiva. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”). 58 PERIODONTITE CRÔNICA – SÍTIOS PROFUNDOS Gráfico 3 - Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios profundos do grupo periodontite crônica. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”). 59 PERIODONTITE AGRESSIVA – SÍTIOS PROFUNDOS Gráfico 4 - Diagrama de caixa para os níveis de IL-4, IL-8, INF-γ e IL-1β e atividade da elastase nos sítios profundos do grupo periodontite crônica. A caixa inclui os 50% dos dados centrais, a borda inferior corresponde ao percentil 25, a borda superior ao percentil 75 e a linha dentro da caixa a mediana (percentil 50). Os bigodes (“whiskers”) mostram os percentis 10 e 90 e os circulos indicam valores dispersos (“outliers”). 60 Figura 1 - A média dos níveis de 40 espécies (x 105) testadas em 20 indivíduos com periodontite crônica generalizada (PC) na visita inicial e 3 meses após tratamento periodontal (painel esquerdo), bem como em 14 indivíduos com periodontite agressiva generalizada (PA, painel direito). Contagens médias de cada espécie foram calculados em cada indivíduo e, em seguida, a média para cada grupo, em cada visita, calculada separadamente. Significância das diferenças entre a avaliação inicial e 3 meses foi determinada utilizando o teste Wilcoxon signed ranks, com * p <0,05 ** p <0,01. As espécies foram ordenados e agrupados de acordo com os complexos descritos por Socransky et al. (1998). 61 Figura 2 - Gráfico de torta demonstrando o percentual médio dos complexo definidos por Socransky et al. 1998 nos grupos periodontite crônica (PC) e periodontite agressiva (PA) na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) após a terapia. Mudanças ao longo do tempo foram comparadas usando o teste Wilcoxon signed rank, *p<0.05; **p<0.01 ajustando para comparações múltiplas. O tamanho das tortas reflete a média da quantidade total de DNA nos dois grupos antes e depois da terapia e os valores de p a comparação entre essas médias usando o teste Wilcoxon signed rank . 62 ANEXO A