aqui - Museu Nacional de História Natural e da Ciência

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FUSO – ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA
25 AGO > 30 AGO 2015
TRAVESSA DA ERMIDA // 25 AGO | PRAÇA DO CARVÃO DO MUSEU DA ELECTRICIDADE // 26
AGO | JARDIM DO MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA - MUSEU DO CHIADO // 27
AGO | CLAUSTRO DO MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA // 28 AGO |
JARDIM DO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA // 29 AGO | CLAUSTRO DO MUSEU DA
MARIONETA // 30 AGO | CARPE DIEM // 27 AGO – 30 AGO
#FUSO2015
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contribuinte nº: 507034210 | capital social €5 000 | conservatória do registo comercial nº 12.656
Os jardins e os claustros dos Museus de Lisboa serão mais uma vez, o palco da celebração da videoarte
na nossa cidade.
A par de uma selecção realizada a partir do open call FUSO, com uma programação distinta que divulga
a vídeo arte portuguesa, apresentaremos obras, confrontando linguagens já históricas às mais
contemporâneas, que cruzam o vídeo, a performance e o cinema, seleccionados e apresentados por
curadores internacionais que desenharam este programa exclusivamente para o FUSO.
Juntado artistas, curadores, um elevado número de público geral, especialista e responsáveis de grandes
colecções de vídeo arte e instituições artísticas nacionais envolvidas nessa pratica contemporânea,
veremos obras da América do Norte e do Sul, Europa e Médio Oriente. Ernesto de Sousa, criador nos
anos 70 do primeiro evento de vídeo arte em Portugal, será o artista homenageado no nosso país. A
carta branca aos artistas nacionais será este ano assumida por Miguel Palma.
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a) Calendário:
Travessa da Ermida
25 de Agosto 2015
22h00 | FUSO Obras Seleccionadas
Praça do Carvão do Museu da Eletricidade
26 de Agosto 2015
21h30 | Welcome Drink
OPEN CALL – Apresentação dos trabalhos a concurso
22h00 | Jean-François Chougnet | Secção Competitiva Portugal
23h15 | Jean-François Chougnet | Secção Competitiva Portugal
Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado
27 de Agosto 2015
22h00 | Programa Xavier Franceschi (FR)
23h15 | Programa Isabel Soares Alves (PT)
Claustro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência
28 de Agosto 2015
22h00 | Programa Françoise Parfait (FR)
23h15 | Programa Paula Lopéz Zambrano (MEX)
Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga
29 de Agosto 2015
22h00 | Programa Miguel Palma (PT)
23h15 | Programa Alisson Avila (BR)
Ruínas do Museu Arqueológico do Carmo
30 de Agosto 2015
22h00 | Programa Lori Zippay (EUA)
23h15 | Cerimónia de Entrega dos Prémios da OPEN CALL
Carpe Diem Arte e Pesquisa
27 a 30 de Agosto 2015
13h00 – 21h00 | FUSO-FILES
Conceito/coordenação : Elsa Aleluia
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b) Programação:
Travessa da Ermida | 25 AGO |22h00
FUSO – Obras Seleccionadas
_ MIGUEL BONNEVILLE (PT) // Landscape of Failure, 2010, 5’
Inevitavelmente ligado a uma sensação de liberdade e a um sentimento de desespero.
Inevitavelmente ligado a ti. A obrigatoriedade. A impossibilidade. Haverá sempre esta ligação entre ela, tu e eu. Haverá sempre
um trauma que me ligará a ti. E hoje. Treze anos depois.
Hoje posso aproximar-me do mar sem teres que me dar a mão ou levares-me aos ombros. Posso ver reflectida nele uma paisagem
de fracassos que reconheço e a que me dedico repetidamente.
_ JOANA LINDA (PT) // Karunã, 2013, 4’
Karunã (tanto em Sânscrito como em Pali) é habitualmente traduzido como compaixão e é parte integrante do caminho espiritual
do Budismo e Jainismo. Em "Ilha", um romance de Aldous Huxley (o seu último), os pássaros Minah foram treinados para repetir a
palavra 'Karuna' com o intuito de consciencializar os seres humanos do que é realmente importante.
Com uma ligação directa ao final do livro, este filme é uma espécie de pássaro Minah e pretende lembrar os espectadores de
todas as vítimas anónimas e atrocidades cometidas em nome do progresso, religião e civilização.
_ DINIS CARVALHO, FÁBIO CALDEIRA E DIOGO MONTEIRO (PT) // Anime it, 2010, 2’
Vive-se na era digital, e a dependência da tecnologia aumenta de dia para dia. Mesmo na ausência do ser, a electrónica manifestase. É esta interactividade que nos movimenta, nos cativa e nos faz ser mais do que somos, mas que nos torna mais estáticos em
simultâneo. Somos nós que dominamos a tecnologia, ou é ela que nos domina? Trabalho realizado no âmbito da cadeira de
Animação I do curso de Comunicação e Design Multimédia.
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_ ELSA BRUXELAS (PT) // Duas pernas e um sopro, 2011, 5’
Quando corremos libertamo-nos de tensões e a nossa percepção visual transforma-se ganhando outras sensações. O simples facto
de nos movermos por nós próprios impulsionados pelo nosso sistema, a outra velocidade, dá-nos a sensação sublime de estarmos
sobre a terra, de a pisarmos, de certa forma de a dominarmos, embora sob a presença fatal do limite da nossa resistência e a
fragilidade do nosso equilíbrio. Por momentos, tornamo-nos poderosos e ficamos suspensos no tempo, empenhados em gerar
essa energia, enquanto o mundo com as suas imagens passa por nós. Essas imagens dançantes que se aproximam transformam-se
afastando-se da sua resignada existência como paisagem de fundo. São formas que dão a conhecer por elas próprias
proporcionando-nos um outro olhar.
_ MARIA ORNAF (POL) // Je suis allée, 2012, 1’28’’
Assim é a brancura. É a transição da realidade para algo que está por trás do fim. Apenas a inocência pode transcender o que é
impossível de superar, a parede que se ergue diante de nós.
_ NUNO LACERDA (PT) // Mapa Museu, 2014, 8’08’’
Uma arquitectura fictícia suspensa no tempo e no espaço, tal como os seus habitantes.
_ MICAEL ESPINHA (PT) // Cinza, 2014, 10’
Partindo das imagens do Arquivo da Biblioteca de Arte - Fundação Calouste Gulbenkian, os autores criaram uma curta viagem
ambiental, visual e sonora, por uma Cidade-Estado utópica e fantasmagórica. Nessa Lisboa imaginária, as centrais continuam a
produzir electricidade, os motores das locomotivas da novíssima rede de Metro trabalham em ponto morto, os néons e a
iluminação nocturna funcionam sem parar, a rádio continua a transmitir discursos de Salazar, mas não vislumbramos a mais leve
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presença humana, não está lá ninguém para ver e ouvir o pulsar da recém-chegada modernidade. Apenas estátuas e fachadas
habitam a cidade.
_ JOÃO CRISTOVÃO LEITÃO (PT) // O retrato de Irineu, 2014, 4’09’’
Irineu: incapaz de esquecer e dotado de uma memória infalível.
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Praça do Carvão do Museu da Eletricidade | 26 AGO
Museu da Eletricidade // Edição FUSO 2014
Foto: Sibila Lind – Bagabaga Studios
Praça do Carvão do Museu da Eletricidade | 26 AGO | 21h30
WELCOME DRINK
Praça do Carvão do Museu da Eletricidade | 26 AGO | 22h00
JEAN-FRANÇOIS CHOUGNET
OPEN CALL - SECÇÃO COMPETITIVA PORTUGAL 2015
ACTING
O primeiro tema é, naturalmente, ACTING referência irónica ao vídeo acting, estas sessões de
desenvolvimento da expressão pessoal praticada no mundo profissional, mas também ACTING no
sentido de "jogo" ou "agindo". Essas contradições semânticas caracterizam bem uma parte importante
da produção actual de vídeo apresentada, entre a acção (raramente a militância este ano) e a
performance.
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Praça do Carvão do Museu da Eletricidade | 26 AGO | 23h15
JEAN-FRANÇOIS CHOUGNET
OPEN CALL - SECÇÃO COMPETITIVA PORTUGAL 2015
SAMPLING
A vídeo-arte, obviamente, não pode permanecer insensível ao fluxo contínuo de imagens do mundo
digital. Os trabalhos aqui apresentados utilizam a acumulação e o SAMPLING. Às vezes é no cinema
experimental, incluindo a era do cinema mudo que os artistas buscam as suas raízes contemporâneas.
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Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado || 27 AGO
Museu Nacional de Arte Contemporânea// Edição FUSO 2014
Foto: Sibila Lind – Bagabaga Studios
Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado | 27 AGO | 22h00
XAVIER FRANCESCHI // FRAC ÎLE-DE-FRANCE
VERTIGO
Obras da colecção do Frac (Fundo Regional de Arte Contemporânea) Île-de-France
Duração: 1h06’
Vertigo reúne um grupo de obras que provêm, na sua totalidade, da colecção do Frac da Île-de-France.
De várias maneiras, em meio a contrastes muito intensos, o espectador mergulhará sucessivamente no
divertimento, no deslumbramento, na dúvida ou no pavor.
Quer se trate da visita – muito acompanhada – a uma vivenda modernista (Ulla von Brandenburg), de
jogos conceptuais simultaneamente simples e radicais (Pierre Bismuth), da visão de uma casa habitada
por fantasmas (Alejandro Cesarco), de um retrato cujas tonalidades depressivas também revelam uma
grande humanidade (Margaret Salmon) ou de um encontro que se transforma em pesadelo (Karen
Cytter), os artistas propõem, com grande diversidade, experiências vertiginosas que não deixarão o
espectador ileso…
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Programa:
_PIERRE BISMUTH (FR) // Respect The Dead (Jaws), 2001, 5’58’’
Pierre Bismuth, Respect The Dead – Jaws, 2001, Collection frac île-de-france © Pierre Bismuth
Se existe uma constante na obra de Pierre Bismuth, é de certo a maneira como o artista integra de várias formas o cinema no seu
trabalho. “Respect the Dead” – respeitar os mortos – significa que é preciso atingir o silêncio e cessar toda a actividade durante
algum tempo.
Pierre Bismuth aplica esta regra elementar de filosofia de vida a um conjunto de filmes entre os mais célebres na história do
cinema, filmes que têm em comum o facto de que uma morte surge de repente – por vezes mesmo no próprio genérico – na
narrativa. Daqui resulta algo sem lógica: quando a morte acontece, o filme é cortado e o genérico do filme é acrescentado.
Com Pierre Bismuth, que nos oferece de passagem a possibilidade de rever genéricos em todo o seu esplendor – para muitos
verdadeiras obras-primas, os mortos podem, finalmente, viver em paz.
_ ULLA VONBRANDENBURG (DE) // Singspiel, 2009, 14’45’’
Ulla vonBrandenburg, Singspiel, 2009, Collection frac île-de-france © Ulla vonBrandenburg
Através dos seus filmes, desenhos, pinturas, esculturas e performances, Ulla VonBrandenburg produz uma obra singular fundada
sobre as questões de representação e de ilusão, invocando com profunda lógica o universo do teatro, do cinema e da literatura.
“Comédia musical minimalista” segundo os próprios termos da artista, este filme de 16mm, sonoro, a preto e branco, consiste
num longo plano sequência rodado em travelling nos espaços vazios da Villa Savoye (Vila Sabóia). Acompanhando esta errância na
arquitectura modernista de Le Corbusier, a câmara cruza um certo número de personagens cuja atitude evidencia em todos os
aspectos um profundo mal-estar. Uma mulher não consegue abrir uma porta, um jovem tenta desatar um molho de fitas, um
homem – doente? Morto? – jaz por terra.
A uma arquitectura modernista, pura e radical, opõem-se o sofrimento e o tumulto da vida, quer nos sejam ou não explicitamente
revelados. Em paralelo, pode vislumbrar-se aí, com plena justiça, uma evocação do destino da Villa Savoye e dos seus primeiros
ocupantes…
Xavier Franceschi
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_ PIERRE BISMUTH (FR) // Respect The Dead (Dirty Harry), 2001, 2’27’’
Pierre Bismuth, Respect The Dead – Dirty Harry, 2001, Collection frac île-de-france © Pierre Bismuth
_ ALEJANDRO CESARCO (UY) // The Two Stories, 2009, 6’20’’
Alejandro Cesarco, The Two Stories, 2009, Collection frac île-de-france © droits reserves
Na obra de Alejandro Cesarco, uma certa literatura – o nouveau roman, Roland Barthes – um certo cinema – o de Marguerite
Duras – ocupam um lugar de primordial importância.
É, sem dúvida, precisamente a Marguerite Duras que Alejandro Cesarco se refere com The Two Stories, retomando uma narrativa
de Felisberto Hernández, escritor e músico uruguaio do séc. XX, fundador do “fabulismo literário hispano-americano”.
De facto, o filme reveste-se explicitamente de uma forma – totalmente feita de lentidão, de concentração e de expectativa –
desde sempre o traço distintivo da romancista/cineasta. O filme assenta essencialmente num anterior momento radical: uma
câmara filma a preto e branco um espaço interior vazio mas que anteriormente tinha sido o local de um certo acontecimento
como nos é relatado em voz off. A câmara segue em diferido os movimentos anteriores do olhar do autor/ leitor neste espaço, a
partir de agora, vazio.
Deste modo e muito paradoxalmente, é pela ausência dos diferentes protagonistas, relegados para a condição de fantasmas, que
Alejandro Cesarco nos faz reviver com intensidade, um evento que – parece - acontecer.
_ PIERRE BISMUTH (FR) // Respect The Dead (Vertigo), 2003, 4’49’’
Pierre Bismuth, Respect The Dead – Vertigo, 2003, Collection frac île-de-france © Pierre Bismuth
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_ PIERRE BISMUTH (FR) // Respect The Dead (A bout de souffle), 2001, 5’20’’
Pierre Bismuth, Respect The Dead – A bout de souffle, 2001, Collection frac île-de-france © Pierre Bismuth
_ KEREN CYTTER (ISR) // Four Seasons, 2009, 12’
Keren Cytter, Four Seasons, 2009, Collection frac île-de-france © Keren Cytter
Em Four Seasons uma jovem, Lucy, introduz-se no apartamento de um homem com quem se encontra na casa de banho,
queixando-se do barulho. Rapidamente surge um grave tumulto causado pela confusão entre esta personagem feminina e uma
certa Stella que teria sido vítima de um crime violento perpetrado pelo homem. A repetição de um disco, a neve que cai na sala,
um bolo e uma árvore de natal que se incendeiam pela acção do olhar… diversos fenómenos estranhos balizam o desenrolar de
Four Seasons. Estes elementos irrompem num ambiente familiar e doméstico provocando um efeito de incongruência, de falta de
lógica que tocam o fantástico, fazendo lembrar o universo de David Lynch.
Entre cinema-verdade e sitcom, home movie e telerrealidade, performance filmada e cinema de autor, Keren Cytter dá-nos uma
sucessão de cenas onde o real parece constantemente disputá-lo à ficção.
_ PIERRE BISMUTH (FR) // Respect The Dead (Dr No), 2003, 4’07’’
Pierre Bismuth, Respect The Dead – Dr No, 2003, Collection frac île-de-france © PierreBismuth
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_ MARGARET SALMON (EUA) // PS, 2010, 8’13’’
Margaret Salmon, PS, 2002, Collection frac île-de-france © Margaret Salmon
Os filmes de Margaret Salmon podem ser classificados como retratos inscritos numa tradição documental iniciada nos anos 1920,
retratos que comportam uma dimensão de arquétipos e de universalidade.
Do mesmo modo, é para o domínio da ficção que são atirados os “não atores” que ela escolheu. Em PS, um homem idoso está no
centro de uma disputa conjugal. A violência é transmitida pelos diálogos repetitivos, pelas discussões sem saída. Esta relação
doentia exprime-se repetidamente através de gestos compulsivos da mão do homem na terra – planos “rurais” que fazem lembrar
a América da depressão. No entanto, artifícios fotogénicos, tais como um espectáculo pirotécnico ou um plano através de um
pára-brisas cheio de gotas de água deslocam o filme, levam-no para outra dimensão, uma dimensão lírica.
Com Salmon, a procura da reprodução cinematográfica de uma realidade complexa é conduzida por dispositivos e figuras que
rompem - ainda que fugazmente – com o naturalismo evidente do trabalho.
_ PIERRE BISMUTH (FR) // Respect The Dead (Goodfellas), 2001, 2’37’’
Pierre Bismuth, Respect The Dead – Goodfellas, 2001, Collection frac île-de-france © Pierre Bismuth
Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado | 27 AGO | 23h15
ISABEL SOARES ALVES
ECOS DE ENCONTROS SOLARES
Duração: 30’
A presente escolha pretende homenagear dois artistas contemporâneos, Phill Niblock e Ernesto de
Sousa.
Phill Niblock, tem um percurso artístico com mais de meio século de actividade como cineasta, fotógrafo
e compositor. É director da Experimental IntermediaFoundation desde 1985, e a sua relação com
Portugal partiu de um contacto próximo que estabeleceu com Ernesto de Sousa a partir do final da
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década de 1970. A apresentação de “Ultimatum”, deste último, na Experimental Intermedia Foundation
,em 1983, esteve na génese da “Bolsa de Arte Experimental Intermédia – Bolsa Ernesto de Sousa”.
Assim, desde 1992 até 2013, durante 20 edições, sob a orientação de Niblock, foram beneficiários da
Bolsa, que tinha lugar em Nova Iorque, criativos como Rafael Toral, Manuel Mota, Margarida Garcia,
João Paulo Feliciano, David Maranha, Adriana Sá ou André Gonçalves, entre outros.
Entre as suas múltiplas áreas de actividade Phill Niblock trabalhou com SunRa. O filme The Magic Sun
(SunRa) foi rodado em 1968, no ambiente artístico alternativo de Nova Iorque. Através da gravação de
um grande plano do músico e do instrumento, Niblock conseguiu transformar este filme de 17 minutos,
também pela intensidade das imagens e do som, num clássico do cinema underground.
Por coincidência temporal, teve lugar em Agosto de 1969 um acontecimento de que Ernesto de Sousa
foi o principal dinamizador, “O Encontro do Guincho”, que designou por “encontro como arte”
(“meeting as art”). O ponto de partida foi um projecto de Noronha da Costa para um filme. Do programa
constava a destruição a tiro de um objecto deste artista. Colaboraram nesta acção, além dos dois
citados artistas, os alunos do Curso de Formação Artística. Estiveram ainda presentes, entre outros:Melo
e Castro, Maria Alberta Menéres, Carlos Calvet, Fernando Pernes, Ana Hatherly, Artur Rosa, Helena
Almeida, Jorge Peixinho, Clotilde Rosa e António Pedro Vasconcelos entre outros.
Deste “happening” resultaram diversos registos fílmicos, um deles de Carlos Calvet. Os que esta sessão
dará a ver são da autoria de Manuel Torres e de Joaquim Barata.
Esta sessão termina com o filme de Manuel Torres, Convívio no Carrascal, 1967, Alunos e professores do
Curso de FormaçãoArtística (CFA) da SNBA, 1967, 5’que reflecte o espírito de interacção entre alunos e
professores do CFA, entre os quais se encontram, José-Augusto França, Manuel Taínha, Adriano de
Gusmão, Ernesto de Sousa, Sena da Silva,Blanc de Portugal, Santos Simões, Fernando Conduto, Sá
Nogueira, entre outros.
Programa:
_ PHILL NIBLOCK (EUA) // The Magic Sun, 1966, 17’
Em 1968, o realizador e compositor minimalista Phill Niblock filmou Sun Ra Arkestra a actuar no telhado dum edifício em Nova
Iorque. Capturando extremos close-ups (dedos a tocar nas teclas, lábios a sobrar ar e címbalos a vibrar rapidamente) em alto
contrate da película a preto e branco, Niblock concebeu uma montagem impressionante de 17 minutos que se tornou um clássico
do cinema underground. O ritmo cinético do The Magic Sun combina perfeitamente com o som amorfo e movimento livre do
Arkestra. Enquanto as imagens de Niblock voam, parecem fundir-se e enevoar-se, tanto como as curvas fluidas do Arkestra se
sobrepõem e constroem em nuvens intangíveis de energia.
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_JOAQUIM BARATA (PT) // Encontro do Guincho, 1969, organizado por Ernesto de Sousa, 1969, 5’
“(…) Na prática e de uma maneira deliberada e progressivamente mais consciente procuramos destruir a diferença entre a crítica e
a operação estética, pelo menos no sector das “artes”, até aqui mais ou menos discretas. A informação discussão dos novos meios
operatórios do processo estético moderno (valência do conceptual sobre o objectual, do projecto sobre o objecto) tomam aquela
confluência mais urgente e útil. Um certo número de operações que vamos identificando com o nosso próprio projecto criativo
são exemplo disso e doutras confluências (passado futuro, o mesmo e o outro, etc.). Nomearei o encontro como arte (meeting as
art) e o passado como arte (past as art). A primeira destas operações começou em 1969, num Encontro no Guincho.”
Ernesto de Sousa, in “Abril”, Revista de Reflexão Socialista, 9/11/1978
_ MANUEL TORRES (PT) // Encontro do Guincho, 1969, organizado por Ernesto de Sousa, 1969, 5’
_ MANUEL TORRES (PT) // Convívio no Carrascal, 1967, Alunos e professores do curso de Formação
Artística da SNBA, 1967, 5’
_ ERNESTO DE SOUSA (PT) // Nós Não Estamos Algures, 1969, 8'04’’
Documentação sobre o Exercício de Poesia Comunicação realizado no Teatro Primeiro Acto em Algés, com a presença de Almada
Negreiros. Música de Jorge Peixinho.
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Claustro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência || 28 AGO
Museu Nacional de História Natural e da Ciência // Edição FUSO 2014
Foto: Sibila Lind – Bagabaga Studios
Claustro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência | 28 AGO | 22h00
FRANÇOISE PARFAIT
SUSPENDED SPACES
Duração: 1h08’’
O programa Suspended Spaces, fundado em 2007, é um projecto colectivo, itinerante, que se detém em
lugares geopolíticos onde a modernidade deixou objectos inacabados. No Chipre, no Líbano e agora no
Brasil, os artistas questionam espaços na expectativa de “resoluções” políticas, económicas ou poéticas.
Programa:
_SOPHIE RISTELHUEBER (FR) // Over There, 2010, 5’
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« Em Julho de 1974, de férias em Creta, tenho 24 anos e encontro-me, pela primeira vez, com a guerra.
No sul da ilha, avisos de mobilização geral são afixados um pouco por todo o lado, nas paredes, nas árvores, nas praças das
aldeias. A ilha esvazia-se de súbito com a partida dos seus homens, que eu vejo subir para os autocarros, partindo para o Chipre,
para a guerra.
Ao reflectir no projecto Suspended Spaces, pensei nas fotos recordando essa viagem. Elas são imperfeitas, mal enquadradas, com
um carácter de estranheza devido aos dedos que, às vezes, se vêem diante da objectiva. Embora nunca tenha ido ao Chipre,
percebo que esta ilha e Creta são geograficamente muito semelhantes, quais gémeas: latitude, superfície, população, paisagens.
O acaso colocou-me num cruzamento da minha história pessoal e com um momento da história, ainda inacabado “over here”.»
Sophie Ristelhueber
_ JAN KOPP (DEU) // The House, 2009, 4’42’’
Para realizar a animação The House, Jan Koop redesenhou uma fotografia que tirou a uma construção em betão armado na parte
norte do Chipre. Esta construção inacabada, restos de uma obra por terminar era igual às que existem, às centenas na ilha mas
também noutros locais da bacia Mediterrânea, sem que se saibam as razões deste estado de coisas (problemas legais, financeiros,
políticos?). Jan Koop interessou-se particularmente por esta construção inacabada “pela sua arquitectura que lembrava a silhueta
dum templo da Grécia Antiga”.
_ FRANÇOISE PARFAIT (FR) // Botanica entropica, 2009, 4’
“Primeira visita: A atracção que sinto por esta casa e pela sua beleza é como a que permanece em nós quando recordamos
modelos perfeitos guardados na infância - a morada de família, casa quadrada e opulenta dos avós onde se passavam as férias no
campo – mas rapidamente perdida. Um movimento contrário, uma espécie de calafrio difuso que não compreendi de imediato
impôs-se pouco a pouco: havia qualquer coisa que não funcionava, uma espécie de desproporção, de anacronismo, de
incongruência, nas flores orgulhosas e erectas, com amarelos demasiado verdes, com dimensões exageradas para a pequena
varanda onde estavam colocadas…” Famagouste, Chypre.
_ ZIAD ANTAR (LB) // Famagusta, 2009, 1’
Por ocasião de um almoço numa pequena taberna de uma aldeiazinha Cipriota, perto de um lugarejo muçulmano abandonado
desde a divisão de 1974, Ziad Antar deu conta de um pequeno cartaz humorístico afixado nas casas de banho, no qual se via a
silhueta de dois burros. Estavam atados um ao outro, mas cada um puxava em sentido contrário para alcançar as folhas dos
arbustos que estavam diante deles. Depois de cada um ter tentado em vão ser o mais forte, os dois burros param, esgotados,
sentam-se e olham um para o outro enquanto um ponto de interrogação sublinha o seu desalento. Então decidem os dois ir comer
o mesmo arbusto.
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_ MIRA SANDERS (BE) // The Journey, 2009, 5’
The Journey propõe uma viagem através da iconografia do turismo.
Este trabalho tem como ponto de partida a viagem de Mira Sanders em 2008 ao Chipre, onde sentiu a ambivalência do turismo: a
tenção emanada da ilha, que é ao mesmo tempo um lugar de repouso privilegiado dos turistas ocidentais.
Mira Sanders encontrou essas imagens no decurso de pesquisas sobre o turismo e a sua evolução. Ela cortou-as e montou-as entre
elas e redesenhou umas tantas. De seguida juntou-as numa grande maqueta que a câmara visita. Os grandes imóveis do vídeo
fazem lembrar os complexos turísticos construídos nos anos de 1960 e deixam entrever, através das suas janelas imagens de locais
turísticos. O visitante reconhece um grande número desses clichés, porque eles fazem parte do nosso imaginário colectivo. Essas
paisagens e monumentos estão classificados de acordo com a sua natureza e o conjunto, sob o telhado do grande projecto da
biblioteca do arquitecto Etienne-Louis Boullée (1786), propõe um arquivo internacional de turismo. Diante dos edifícios,
apercebemo-nos da multidão humana que percorreram o mundo desde há séculos.
Esta interrogação sobre as imagens e sobre a representação do espaço, forma o conjunto da obra de Mira Sanders, que ela própria
define com o título “Jornal de um utilizador do espaço”. Esta expressão foi-lhe inspirada pelo livro Espèces d’espaces de George
Perec.
_ VALERIE JOUVE (FR) // Traversée, 2012, 18’
Da Palestina sabemos as complexidades territoriais complicadas, deslocar-se é em si mesmo uma questão política escaldante.
Valeria Jouve decidiu aí filmar um road movie de Jerusalém a Naplouse onde seguimos uma marionetista acompanhada do seu
boneco de trapos mudo e de uma jovem adolescente que mantêm uma relação harmoniosa. As paisagens são descobertas pelos
travellings a partir da sua carrinha, que possibilitam vislumbrar as cidades, colinas e o muro, que separa o espaço. E os seus
encontros. Uma falsa fluidez, pontuada por imagens fixas faz das fotografias, estampidos que pontuam o filme. (N.Féodoroff)
«A travessia do território é ditada por um peculiar e improvável trio : uma criança, uma marionetista e o seu fantoche, e o seu
duplo pobremente identificado (como um elemento criando laços). As suas relações são afectuosas mas tumultuosas. Estas duas
personagens não são os protagonistas do filme, mas mais mensageiros deste território. Eles põem as relações humanas em jogo,
extraídas de uma simples leitura de conflito, para restaurar outra realidade de vida lá.»
_ JAN KOPP (DEU) // Courir Niemeyer, 2013, 3’42’’
Vídeo realizado a partir das captações em vídeo de diversos artistas ( Maïder Fortuné, Nesrine Khodr, Marcel Dinahet,…). No
vídeo, Jan Kopp aparece a correr sobre o local da Feira Internacional Rachid Karamé do arquitecto Niemeyer, em Tripoli no Líbano
e que ficou inacabada. A corrida parece uma veia que se escapou no espaço e no tempo. O artista aparece numa escala minúscula
no meio deste quadro arquitectural deserto, símbolo do modernismo e de uma idade de ouro do passado. “O meu corpo, aqui, é
efectivamente um instrumento que me permite talvez medir este lugar, tornando-se o instrumento que mostra esse lugar”. A
monumentalidade do quadro imóvel contraste com a fragilidade do corpo em movimento, e mais ainda, com o contexto político e
económico do país.
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_ DANIEL LÊ (FR) // The Sky Over Saïda, 2013, 8’43
No sul do Líbano, na cidade de Saïda, testemunhei um curioso ballet aéreo de pombos. Todas as manhãs e todas as noites antes
do pôr-do-sol, no topo de um telhado, um homem coloca uma bandeira de um partido político de esquerda de Saïda e os pombos
voam. Os pássaros voam em círculo. O círculo que eles traçam no céu sobre a cidade expande-se gradualmente. Ibrahim senta-se,
olha para o céu e segue este voo silencioso.
Saïda é uma cidade do sul do Líbano e podemos imaginar Ibrahim a olhar para outros objectos que voam no céu. Eventualmente,
noutro telhado, outros pombos partem e também traçam um círculo cada vez maior até que os dois círculos se encontram. É uma
antiga tradição do Médio Oriente colocar os pombos a voar em círculos e tentar trazer de volta os pombos de outra pessoa ao seu
telhado.
Os jogadores guiam os pombos atirando ao ar, com a ajuda de uma fisga, limões, pequenas pedras ou mesmo cebolas. Ibrahim
comunica com os seus pombos por assobio.
De seguida, ele dobra a sua bandeira, e é o sinal para os pombos voltarem a casa.
_ MARCEL DINAHET (FR) // Sur les toits - Tripoli/Niterói, 2013-2014, 3’
Corre em cima dos telhados de construções circulares de Oscar Niemeyer em Tripoli sobre a cúpula e em Niteroi sobre a
plataforma do telhado, possibilita uma visão 360o do espaço envolvente onde se inscrevem estas realizações arquitecturais. Em
simultâneo, a percepção deste espaço envolvente e da dimensão física do edifício mantém-se durante o tempo de uma rotação.
_ MAÏDER FORTUNE (FR) // It’s all True (pour un projet de film), 2014, 10’
Na baía do Rio, erra o fantasma de um crocodilo.
Diz-se que vem do Nordeste.
Que foi devorado por um tubarão depois de ter encontrado o presidente Vargas.
Diz-se que é por causa de um filme realizado por um americano.
Diz-se também que os tubarões não comem crocodilos.
E que Orson Welles não tem nada que fazer lá dentro.
*No quadro de uma residência no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, com o coletivo Suspended Spaces.
_ ERIC VALETTE (FR) // Boa Viagem, 2014, 5’
Boa Viagem inscreve-se na série dos vídeos “Love Train”. Foi inteiramente rodada na MAC-Niteroi (arquitectura de Oscar
Niemeyer), na baía do Rio de Janeiro.
Uma câmara montada num comboio eléctrico atravessa paisagens arquitecturais que serpenteiam e parecem construir-se à
medida que o comboio avança. Cada sequência termina pelo embate com a maqueta do parlamento de Brasília, e prende-se a um
outro percurso.
As maquetas e as filmagens foram realizadas com a colaboração de estudantes do curso de Artes da Universidade Federal
Fluminense (Brasil): Gabriela Bandeira, Filipe Brito, Shirley Cunha, Elisa Gouvea, Barbara Perobelli, Juliana Rodrigues, Bruno Torres,
Mateus William.
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Claustro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência | 28 AGO | 23h15
PAULA LÓPEZ ZAMBRANO
CUTS TO VIOLENCE
Duração: 54’
Arte e violência são os dois cortes afiados produzidos simultaneamente por uma faca de dois gumes.
Este programa reúne uma selecção de trabalhos vídeo de artistas vindos de diferentes geografias, mas
que partilham preocupações semelhantes. Com implicações subtis e efeitos poderosos estes vídeos
provocam uma abordagem em direcção à indefinição do sentido, a condição humana em relação à
crença e devoção, escuridão, visibilidade, e estrago com os seus efeitos recíprocos na reparação. Eles
oferecem uma compreensão sobre a relação entre poder e política, ridículo e absurdo, género e
violência estrutural.
Nos seus discursos, Martin Luther King disse que violência gera violência, ódio traz um maior ódio. A
arte não consegue curar nenhum estrago, por vezes abre velhas feridas, e traz-nos pensamentos que
nos fazem sentir mal. A arte pode desafiar a violência, a arte pode re-apresentar a violência, a arte pode
também provocar violência ou pode ser violenta. Mas no final, a arte esconde a violência com o seu véu
de estética inerente. Daí o título “Cortes de Violência”: peças de vídeo, imagens e sons que confrontam
a violência de forma dolorosa e estética, dura e sedutora, nos dois gumes.
Programa:
_ MAURICIO ALEJO (MEX) // An Ordinary Glass to Lean Against Any Given Wall, 2015, 2’00’’
Este vídeo é baseado numa vaga memória de uma instalação que o artista testemunhou à 20 anos atrás. A instalação consistia
num simples copo inclinado contra uma parede de um museu. O título era tão descritivo e simples com a peça em si, mas muito
poderoso. O vídeo mostra um copo inclinado contra a porta de um elevador, eventualmente a porta abre e o copo cai e parte-se.
Contudo, um resultado mais violento acontece quando as portas continuam a fechar-se mesmo com os restos dos estilhaços de
vidro no chão a obstruírem. Neste vídeo o vidro é levado para o domínio público, e é gravado nas instalações da Secretaría de
Gobernación da Cidade do México.
_ MAURICIO ALEJO (MEX) // Crack, 2002, 0’41’’
Um prato branco rachado encontra-se num limbo branco. De seguida, o som de alguém a soprar a câmara faz com que se parta.
Além da transformação física e da revelação feita por um simples gesto, encontra-se uma compreensão mais transcendente: a da
incerteza onde a realidade é representada por meios tecnológicos.
_ MAURICIO ALEJO (MEX) // Misconduct, 2006, 1’38’
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Um barbeador eléctrico move-se em círculos no chão devido às suas próprias vibrações. A máquina arrasta-se em torno do seu
cabo de alimentação de uma forma obstinada até que o entrelaçamento faz com que o cabo de alimentação se solte da ficha
eléctrica e que a máquina pare. Este vídeo infunde o movimento irracional da máquina com o que poderia ser entendido como
força de vontade, criando uma narrativa de aniquilação auto-infligida.
_ JORDAN BASEMAN (EUA) // July the Twelfth 1984, 2003/2014, 13’00’’
July the Twelfth 1984 fazia parte da primeira exposição individual do Jordan Baseman don’t stop ‘till you get enough na Matt’s
Gallery em 2005, e desde então foi completamente refeito para a exposição a solo Nobody Likes Us But We Don’t Care na
Kunstverein Freiburg, 2014. July the Twelfth 1984 é uma animação experimental baseada na gravação de áudio, ao vivo, da
contagem regressiva para a execução de Ivon Ray Stanley, realizada pelo Estado da Georgia.
*Cortesia do artista e da Matt's Gallery, Londres.
_ CLEMENCIA ECHEVERRI (COL) // De doble filo, Actos del habla (Double-edged, Acts of Speech), 1998,
5’28’’
Usando diferentes abordagens, Clemencia Echeverri explorou os problemas relacionados com os efeitos colaterais que a violência
e os conflitos armados têm na sociedade Colombiana. No vídeo De Doble Filo, De Dois Gumes, Clemencia Echevrri salienta a
intensificação das catástrofes produzidas pela capacidade destrutiva dos seres humanos, e que as mesmas podem ser
comparáveis ao poder que as forças naturais têm. A única diferença reside no facto da dinâmica da devastação gerada por
indivíduos e grupos ser cada vez maior, e não parecer ser governada por uma destruição de carácter cíclico onde destruição e
construção alternam. Carmen María Jaramillo
_ PATRICK GODDARD (UK) // Free Radicals, 2013, 5’45’’
Um poema de verso livre é lido sobre um ponto de vista visual do que parece ser um escorrega de água. Ocasionalmente, uma
segunda voz entra na conversa como um desordeiro na parte de trás, ridicularizando a pomposidade do narrador principal. O
poema gira vagamente em torno de ideias de 'caos linguístico', o vigor político de quem está de fora e uma ruptura da linguagem.
"Um disléxico diz a outro: "consegues sentir o cheiro da revolução? " - O Segundo responde ' eu nem consigo soletrar o meu
próprio maldito nome companheiro ' (isso nem sequer faz sentido) e, com este feitiço as ideias desintegram-se num conceito de
morte súbita, flácido como uma piada resumida. ”
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_ MARIA JOSE SESMA (MEX) // Mea Culpa, 2014, 4’55’’
Conversa online entre um grupo de familiares, durante Julho e Agosto de 2013 em Torreon, Coahuila
_ RICHARD HARDS (GB) // What kind of tone is that?, 2014, 5’33’’
'What kind of tone is that?' é um vídeo que intercala um screentest com o actor Arno Frisch com imagens caseiras de uma câmara
de vigilância de um incidente num conjunto habitacional em Londres. Frisch lê um guião que narra a relação do artista com o
vídeo.
_ LAURE PROUVOST (FR) // It Heat Hit, 2010, 6’
It, Heat, Hit é um novo trabalho que constrói e impulsiona uma história inferida através de uma sequência de movimento rápido
de comentários escritos e excertos de incidentes e imagens quotidianas que foram filmadas pela artista. Imagens inocentes e
agradáveis , como um sapo a nadar ou uma rua coberta de neve, são seguidas por declarações de amor e violência implícita. Estas
são inter-cortadas com imagens estranhas, desconexas, como close-ups de flores, partes do corpo ou alimentos.
O humor do filme torna-se gradualmente mais escuro e mais inquietante, embora nada seja afirmado directamente. A intensidade
crescente do filme é reforçada pelo ritmo opressivo de um tambor que acompanha os fragmentos de música e voz.
Tal como acontece com outros filmes de Prouvost, o ritmo testa os limites da percepção e torna difícil assimilar cada imagem e
comentário. A repetida visualização muda subtilmente o que é entendido de cada vez, enquanto Prouvost destaca o carácter
escorregadio do significado e das noções de realidade.
*Cortesia de Laure Prouvost e LUX, Londres.
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_ OSWALDO RUIZ (MEX) // Tree, 2011, 3’00’’
Uma cena nocturna onde uma árvore é queimada, um símbolo a ser queimado. Um carro sugere uma presença, alguém que
observa a cena de um sítio desconhecido, o carro também funciona como um espelho distorcido que reflecte o que está a
acontecer. O vídeo destina-se a ser habitado pela contemplação da transformação, enquanto a árvore muda a sua forma e se
torna num esqueleto.
_ KEEF WINTER (IRL) // Streetwalking, 2015, 5’53’’
‘Streetwalking’ movimenta-se entre as ruas da cidade de Belfast e Bahrain com snapshots de dois festivais historicamente
importantes. Em Belfast, os locais Orangemen (membros da organização protestante Ordem Laranja) marcham em redor dos
bairros centrais martelando tambores e assobiando flautas como forma de celebração do 'Twelfth' (também conhecido
como Orangemen's Day, é uma celebração que acontece no dia 12 de Julho todos os anos), adornando as suas faixas e banners de
vitória. No Bahrain, xiitas marcham em redor de Manama durante o dia de luto de 'Ashura' num ritual onde batem no seu próprio
peito e se auto-flagelam chamado ‘tatbeer’, usando lâminas nas extremidades das correntes para cortarem os seus corpos em
uníssono.
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Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga || 29 AGO
Museu Nacional de Arte Antiga// Edição FUSO 2014
Foto: Sibila Lind – Bagabaga Studios
Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga | 29 AGO | 22h00
MIGUEL PALMA
MIGUEL PALMA EM MOVIMENTO
Duração:
Selecção de trabalhos videográficos do artista Miguel Palma, produzidos por ele ao longo da sua
carreira.
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_ MIGUEL PALMA (PT) // Engenho, 1993
Depois de ter construído um veículo motorizado, verdadeiramente funcional, Miguel Palma realizou a viagem inaugural, que ficou
registada em vídeo. O destino foi a cidade do Porto, de modo a fazer parte da exposição "Imagens para os anos 90", na Fundação
de Serralves.
_ MIGUEL PALMA (PT) // S/ título, 2000, 4’06’’
Um reboque com uma série de carrinhos no seu interior que chocam uns contra os outros à medida que o primeiro se desloca.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Lisboa – Roterdão, 2001, 4'19''
Um reboque com uma maqueta de uma cidade costeira foi transportado de Lisboa a Roterdão, uma câmara no seu interior regista
as alterações na cidade.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Festival Aéreo, 2001, 5'13''
Miguel Palma conduz um avião tele-comandado na zona oriental de Lisboa, uma câmara no interior do avião regista a viagem.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Polaroid, 2003, 1'56''
É tirada uma fotografia e registada a sua revelação através do processo polaroid.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Accident Motion Pictures, 2003, 3'58''
Uma ambulância encontra-se em movimento, no seu interior uma série de carrinhos em miniatura, chocam uns contra os outros,
à mercê do movimento da primeira.
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_ MIGUEL PALMA (PT) // Travelling With Pets, 2003, 6'42''
Um dispositivo de transporte de animais é construído por Miguel Palma e colocado no tejadilho do seu carro para transportar o
seu cão.
_ MIGUEL PALMA (PT) // A Arte é uma verdade, 2005, 5'34''
Miguel Palma constrói um boneco de madeira que se assemelha ao personagem Pinóquio.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Projecto Aríete, 2005, 5'38''
Projecto de internacionalização de Miguel Palma. O artista deslocou-se através de carro aos principais museus de arte
contemporânea Europeus, apresentou-se, ofereceu catálogos e um porfólio seu.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Projecto Gravidade, 2008
Miguel Palma desce a Serra do Caramulo num carrinho de rolamentos criado por si.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Erosão, 2009, 4'38''
Uma mota em miniatura é conduzida por Miguel Palma sobre uma superfície bastante áspera.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Inside Out, 2009, 6'39''
Num pequeno espaço urbano vazio, esquecido e cheio de lixo, Miguel Palma cria um lago temporário onde coloca a navegar uma
série de barcos tele-comandados.
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_ MIGUEL PALMA (PT) // Desert Shuttle, 2012, 2'09''
Versão curta do video que documenta a performance e o projecto Desert Initiative / Remote Shuttle, que Miguel Palma realizou
no contexto da residência Desert Initiative: Desert 1.
_ MIGUEL PALMA (PT) // Suspenso, 2013, 5'09''
Miguel Palma suspenso por um arnês e um cabo durante alguns minutos no CGAC, Galiza, durante a inauguração da sua exposição
"Desconforto Moderno" em 2013.
Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga | 29 AGO | 23h15
ALISSON AVILA
DO MONSTRO BRASIL AO MONSTRO GLOBAL
Duração: 60’
Ao longo do século 20, e não sem certa obsessão, cineastas e artistas visuais brasileiros buscaram
vigorosamente o entendimento daquilo que é / onde está / o que será do Brasil, sob os mais diversos
enquadramentos e linguagens. Este exercício de buscas e encontros forjou a percepção estrangeira
quanto à moderna produção audiovisual do país.
Porém, no século 21, novos artistas instrumentalizam-se para criar um universo imagético que,
gradativamente, deixou de dedicar-se à necessidade de exploração da identidade brasileira para
abordar possibilidades cada vez mais alargadas: assim como no resto do mundo globalizado, os
interesses e necessidades artísticas se fragmentaram de forma definitiva, e a análise nacional deixa de
ser literal.
Enquanto espelho da produção audiovisual autoral contemporânea no Brasil, o Cine Esquema Novo
acompanhou esta relativização temática, onde ganharam força questões e obras mais íntimas,
particulares, pessoais, ensaísticas. Alinhada à necessidade global de oferecer uma outra abordagem
perante o excesso permanente que marca o tempo presente, boa parte desta produção une-se às vozes
da “Internacional Artística” para expressar sentimentos transversais (e não necessariamente de uma
nacionalidade ou nação) perante a ordem estabelecida.
E é esta produção menos mineradora da identidade brasileira; e mais fleumática, sensorial e
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internacionalizante, voltada a uma expressão artística (e naturalmente política) alheia a conexões
nacionais de pertencimento, que caracteriza o filme seleccionado pelo Cine Esquema Novo para o Fuso
2015. Com "Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças", de Arthur Tuoto, trazemos a Lisboa pela
primeira vez o trabalho galardoado com o Grande Prémio do Cine Esquema Novo 2014: uma obra que,
nas palavras do Júri, apresenta uma “ressignificação de textos e imagens apropriados pelo artista,
levando o espectador a uma reflexão política sobre o mundo contemporâneo através da forma de um
potente filme-ensaio". Um trabalho de “found footage cinema” que se movimenta no coração da
agenda contemporânea, e que através de um áudio de Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville nos
convida a mergulhar numa obra singular dentro do panorama dos filmes de apropriação.
Programa:
_ ARTHUR TUOTO (BR) // Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças, 2014, 60’
Formado por imagens apropriadas de diversos suportes, o filme narra a fábula dos Monstros, descrevendo a condição humana a
partir de uma percepção trágica e desoladora.
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Claustro do Museu da Marioneta || 30 AGO
Museu da Marioneta
Foto: José Frade
Claustro do Museu da Marioneta | 30 AGO | 22h00
LORI ZIPPAY // ELECTRONIC ARTS INTERMIX
SOUNDTRACKS
A program of moving Image works from EAI
Duração: 60’
Electronic Arts Intermix (EAI), uma instituição sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, tem uma das
colecções mais extensas de obras de imagem em movimento produzidas por artistas. O arquivo da EAI
tem mais de 3500 obras de arte que vão desde 1960 até ao presente, desde obras seminais de figuras
pioneiras até trabalhos media e digitais de uma nova geração de artistas.
O programa Soundtracks apresenta uma selecção de imagens em movimento da colecção do EAI onde
os artistas re-imaginam e reinterpretam imagens e música – canções pop, rock, punk, ruído electrónico
– como ponto de envolvimento crítico. O programa varia entre novas obras digitais de artistas
emergentes interdisciplinares, tais como C. Spencer Yeh, até trabalhos de vídeo raramente vistos de
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artistas bem conhecidos, tais como Pipilotti Rist e Dara Birnbaum. O programa conta também com uma
edição especial de vídeo de um “espectáculo de rock’n roll de marionetes”, que foi concebido e escrito
por Dan Graham, com projecções de vídeo de Tony Oursler, com música de Japanther, e um elenco de
marionetas pelo mestre marionetista Philip Huber.
Assumindo a forma de “vídeos de música” alternativos, estes trabalhos são largamente conceptuais na
sua natureza, onde os artistas exploram o sentido e sintaxe das canções de música pop e rock como
“bandas sonoras” das nossas narrativas culturais e pessoais.
Programa:
_ C. SPENCER YEH, JASON LESCALLEET (TWN, EUA) // “Beauty Is A Bowtie (HTDW)”, 2013, 2’14’’
_ C. SPENCER YEH, JASON LESCALLEET (TWN, EUA) // “Beauty Is A Bowtie (HTDW)” (Alternate Version),
2013, 2’14’’
C. Spencer Yeh é reconhecido pela sua arte interdisciplinar, que liga composição musical, performance improvisada, e vídeo
experimental. Grande parte do trabalho de vídeo de Yeh engloba composição e performance avant-garde, alguns como estudos da
forma e técnica, ou como colaborações com artistas e músicos. Outros projectos humoristicamente carregados são excursões na
antropologia da cultura pop e trash, envolvendo-se em questões de valor, autenticidade, acesso e interacções sociais dentro dos
mutáveis paradigmas para a circulação de imagens (não autorizadas).
C. Spencer Yeh criou dois conjuntos de imagens para acompanhar a composição do músico de electrónica Jason Lescalleet; cada
um representa uma interpretação “narrativa” da música surpreendentemente diferente. Yeh escreve “ Jason Lescalleer pediu-me
para trabalhar num vídeo para a sua gravação SONGS ABOUT NOTHING, que seria integrado na série de vídeos que
acompanhariam cada faixa do álbum. Originalmente enviei uma versão que não era bem o que ele tinha imaginado (o seu pedido
foi ‘Eu sei que saberás o que fazer com as sugestões pop e blue-eyed soul desta faixa’), então cavei numa colecção de filmagens
VHS que tinha. Essa vibe, juntamente com alguns vídeos que tinha recolhido, foram completados com uma amostra discreta de
um popular e conhecido trabalho de vídeo experimental… De repente, uma nova história foi escrita com que ambos estávamos
contentes. Eu ainda gosto bastante da versão original, assim agora posso apresentar as duas, lado a lado…”
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_ CHERYL DONEGAN (EUA) // I Still Want to Drown, 2010, 3’18’’
O vídeo tem sido central ao trabalho de Cheryl Donegan desde inicio da década de 90, integrada numa geração de artistas que
estava a desenvolver uma nova prática de arte conceptual. Os trabalhos de Donegan são unificados por uma interrogação
sustentada das superfícies – uma tela, um ecrã, um tecido, o próprio corpo da artista. O trabalho de Donegan integra formas
gestuais de performance e vídeo, time-based, com pintura, desenho e instalação. Os seus trabalhos extraem influências de uma
panóplia de referências históricas da cultura pop, cinema e da arte, de Godard aos Beach Boys, da moda vanguardista ao Jackson
Pollock.
Donegan escreve: "Esta peça é uma curta lamentação e meditação sobre trabalho doméstico, desgostos amorosos e a
representação… manter as aparências e aparecer para manter… pensei no Douglas Sirk e em decoração… a um som crescente de
Dionne Warwick, o vídeo desenrola-se como uma série de imagens de uma mulher sozinha num apartamento escuro, filmado do
ponto de vista de um voyeur através de uma janela. É Jeanne Dielman nas suas rotinas mundanas de cozinha, limpeza. Interiores
exuberantes, “fly-throughs” digitais de apartamentos luxuoso à venda, depois uma montagem em remoinho de objets d'art em
vidro decorativos e mesas de café kitsch flutuam enquanto a cantora lamenta a traição do seu amante e declara a sua inabalável
fé. ”
_ PIPILOTTI RIST (CHE) // I’m a Victim of This Song, 1995, 5’06’’
Pipilotti Rist é reconhecida internacionalmente pelos seus influentes e visualmente luxuosos trabalhos de vídeo e instalações
multi-media que exploram a sexualidade feminina e a cultura media através de divertidos remixes de fantasia e quotidiano. Nos
anos 80 e 90 a suíça Rist fez uma série de trabalhos de vídeo onde subverte a forma do videoclip para explorar a voz e o corpo
feminino nas representações culturais pop, fundindo música rock, manipulação electrónica, e performance. Rist explora as
culturas populares e media e a sua relação com o desejo.
Em I'm a Victim of this Song, Rist explora o conceito da versão “cover”, onde um performer faz uma versão de uma música de
outro, e dá-lhe o seu próprio twist. Começando com o single Wicked Game de Chris Isaak, ela adiciona o seu próprio canto e
versões gritadas das letras, acompanhadas por efeitos-manipulados, imagens de vídeo diárias. (Em meados dos anos 80 Rist foi
membro de um grupo experimental post-punk pop Les Reines Prochaines, para o qual fez alguns dos seus primeiros trabalhos.) O
resultado é uma art-world “cover” de um popular artefacto, com uma voz de mulher reinterpretando um original masculino, e
uma ilustração vivida da contestação do consumidor em possuir e interpretar imagens media.
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_ DARA BIRNBAUM (EUA) // Remy/Grand Central: Trains and Boats and Planes, 1980, 4’18’’
Os trabalhos de vídeo de Dara Birnbaum estão entre as contribuições mais influentes e inovadoras para o discurso
contemporâneo sobre arte e televisão. Nos seus trabalhos de vídeo e instalações multimédia, Birnbaum utiliza tanto vídeo
tecnologia de alta qualidade com de baixa qualidade para subverter, criticar e desconstruir o poder das imagens e gestos dos mass
media na definição de ideologias na cultura, história e memória. Através de uma linguagem televisual dinâmica de imagens,
música e texto, ela expõe os sentidos ideológicos incorporados nos media e assume o vídeo como um meio para dar voz ao
individual.
Comissariado por Remy Martin para uma exposição pública no Grand Central Station em Nova Iorque, Remy/Grand Central é um
anúncio com um twist. Numa colagem sincopada de filmagens apropriadas (incluindo anúncios televisivos para os jeans Sergio
Valente) e uma jovem mulher a beber Remy numa plataforma de comboios, Birnbaum chama a atenção para como os anúncios
mass media usam o corpo das mulheres como veículos para vender produtos. Num pastiche estilizado que ela chama “um snacken-route com uma bonita rapariga, animados comboios, updated Bacharach muzak (estilo brasileiro), e o derramar do Remy,”
Birnbaum subverte a utilização das mulheres como comodidade por parte dos media.
_DAN GRAHAM (EUA) // Don’t Trust Anyone Over Thirty. Live performance and original music:
Japanther ; Video projections: Tony Oursler, 2004, 32’
Provocantes e influentes, os trabalhos e teorias de Dan Graham analisam as funções históricas, sociais e ideológicas dos sistemas
culturais contemporâneos, incluindo arquitectura, música rock e televisão. Nas performances, instalações, e designs
arquitecturais/escultóricos, ele investiga o acto de ver e ser visto, o espectador e o ambiente. Desde as suas primeiras
manipulações da percepção através do atraso do tempo, circuitos internos de vídeo, e espelhos até aos seus mais recentes
pavilhões arquitecturais, Graham explora espaços públicos e privados e os seus significados culturais.
Don’t Trust Anyone Over 30 foi originalmente apresentado em 2004 como um “espectáculo rock ‘n’ roll de marionetas” ao vivo,
concebido e escrito por Graham com vídeo projecções de Tony Oursler e música ao vivo pela banda Japanther. Apresentando um
elenco de marionetas pelo mestre marionetista Phillip Huber, este “entretenimento” satírico estende a fascinação de Graham com
uma análise ao rock ‘n’ roll e às novas contra-culturas dos anos 60 e 70. Pontuado por uma banda sonora de rock, post-punk e
canções de pop que funcionam como marcos culturais, Don't Trust Anyone Over 30 usa marionetes, um espectáculo multimédia e
música para contar uma história absurda, psicadélica de uma era política e social.
Claustro do Museu da Marioneta | 30 AGO | 23h15
CERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS
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Carpe Diem Arte e Pesquisa || 27 - 30 AGO
Carpe Diem Arte e Pesquisa
Foto: Fernando Piçarra
_ FUSO FILES
27 a 30 de Agosto / Qui. a Dom. / 13h - 21h / Carpe Diem Arte e Pesquisa
Conceito/Coordenação: Elsa Aleluia
Instalação progressiva no Carpe Diem Arte e Pesquisa com curadores das sessões do FUSO e outros artistas convidados.
Apresentação diária de dispositivos de arquivo e instalação de filmes, cenários para conversa e performance, com espaços de
cozinha e de documentação.
Com a participação de curadores do FUSO como Lori Zippay (Electronic Arts Intermix), Françoise Parfait (projecto colectivo
itinerário Suspended Spaces), Isabel Alves (Ernesto de Sousa), Xavier Franceschi (FRAC Île-de-France) e, apresentações de práticas
colectivas e subjectivas de produção de filmes, de exibição, e de formação de arquivos de artista e grupos de artistas convidados.
Formação de um espaço social, subjectivo e de imagem em movimento em conversação.
Mais informações e actualizações permanentes em http://www.fusovideoarte.com/2015/14_files.html
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// PROGRAMADORES:
_ ALISSON AVILA (BR)
Alisson Avila (Brasil, 1976) actua a partir das cidades de Porto Alegre, São Paulo e Lisboa nos universos
da arte & cultura, jornalismo, estratégia e inovação. É fundador e curador do Cine Esquema Novo,
festival surgido em 2003 que explora as inter-relações entre cinema e artes visuais sob a perspectiva da
produção autoral e independente brasileira do século 21. Um dos responsáveis pela selecção das obras
do Panorama Brasil, principal programação do festival, e de curadorias especiais em diferentes edições.
Co-autor de “Gauleses Irredutíveis” (2001), livro de culto dedicado à cena musical do denominado “rock
gaúcho” produzido no extremo sul do Brasil. Sócio da Couture, empresa portuguesa de análise de
comportamento e inovação. Produtor da série internacional “O Tempo e Modo”, exibida pela RTP em
2012.
_ ELSA ALELUIA (PT)
Elsa Aleluia nasceu em Aveiro, vive e trabalha em Berlim, e ciclicamente em Lisboa. Licenciada em
Filosofia pela Universidade de Coimbra, estudou teatro e dança em Lisboa, Vigo, Roma, Londres e
Berlim, Música no conservatório Calouste Gulbenkian e Direito, e especializou-se em artes visuais e
performativas no DeCA-Universidade de Aveiro.
Co-fundou o Projecto BUH! colectivo teatro/interdisciplinar que dirigiu em Coimbra no ciclo 1999/2005,
onde foi produtora, performer em trabalhos como Silêncio - Spoken Drama, e dirigiu performances
como Alice no pais de Cá.
Desde 2005 a sua prática artística apresenta-se sob forma de performances, lectures, e instalações vídeo
e outros media, música electrónica, workshops e projectos de colaboração artística de acção social. Tem
apresentado o seu trabalho a solo e em colectivo, em França, Portugal, Alemanha, Espanha, Inglaterra,
Argentina, Estados Unidos, Moçambique.
Em colaboração com cineastas, performers e músicos, tem participado em projectos de performance,
televisão e cinema, recentemente performer em filmes de arte como Not all the Germans, ... de Chris
Kondek, ou Ich Kenn/I know Eu conheço de Clarissa Thieme.
No momento trabalha num projecto de filme ensaio sobre práticas experimentais de vídeo e filme em
Portugal nos anos 1960 e 70.
Inicia a programação de filmes nos anos 1990 em Coimbra, integrados em projectos de exposição e
teatro. Funda o FUSO - Anual de Vídeo Arte Internacional em 2009 ao lado do produtor António Camara
Manuel, na continuidade duma prática curatorial nos campos do cinema experimental, performance,
vídeo e documentário experimental, em relação com espaço arquitectónico, social e expositivo.
_ FRANÇOISE PARFAIT (FR)
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Françoise Parfait é professora de artes visuais e novos media na Université Paris I – Panthéon-Sorbonne
e artista. Publicou Vidéo: un art contemporain com a Editions du Regard em 2001, uma jornada
histórica, estética e analítica pelas quatro décadas da produção de vídeo. Publicou vários artigos sobre
artistas históricos e contemporâneos que usaram o vídeo (Victor Burgin, Thierry Kuntzel, David
Claerbout, and Samuel Rousseau…), bem como sobre sistemas de exposição de vídeo (catálogo MNAM
da colecção novos medias/instalações). Tanto a sua pesquisa, prática e teoria, tratam da questão das
imagens relacionados com o tempo, como postulado no campo da arte.
_ ISABEL SOARES ALVES (PT)
Isabel Soares Alves, Produtora de exposições e de espectáculos intermédia. Co-fundadora e responsável
pela Bolsa Ernesto de Sousa de 1992-2014. Em 2008 organizou o evento “15 anos Bolsa Ernesto de
Sousa”, constituído por instalações e performances e a edição do respectivo livro. Desde 1969 e durante
25 anos, colaborou com Ernesto de Sousa como Assistente de Realização e Produção de Filmes,
Exposições e Espectáculos Mixed-Media. De 1999 a 2009 tentou implantar em Lisboa um Centro
Experimental Mixed-Media Ernesto de Sousa.
Organizou, com José Miranda Justo, a publicação do livro Ser Moderno em Portugal, colectânea de
textos de Ernesto de Sousa, editado pela Assírio & Alvim. Nos anos 90, produziu várias exposições: 1996
comissariou e produziu a exposição “Abril-Mulher” para o Museu da República e Resistência. Em 199798 integrou a equipa do Festival dos 100 Dias na Expo’98, sendo co-responsável pela produção da
exposição Viagem ao Século XX. Desde 2000 é Coordenadora da Colecção Berardo. Em 2015 foi
curadora da exposição “O teu Corpo e o meu Corpo – Colecção de Cartazes de Ernesto de Sousa” no
Museu Colecção Berardo, em Lisboa e coordenou o respectivo catálogo.
_ LORI ZIPPAY (EUA)
Lori Zippay é directora executiva da Electronic Arts Intermix (EAI), em Nova Iorque, uma organização
sem fins lucrativos dedicada às artes em meio digitais.
Ao longo de trinta anos, Lori Zippay dedica-se à promoção, distribuição e preservação da vídeo arte.
Curadora, e conferencista escreve sobre artes digitais, tendo organizado vários projectos de curadoria,
preservação e educacionais com artistas estabelecidos e emergentes.
Desenvolveu e é curadora da importante colecção da EAI com 3500 novas e históricas obras de arte
digital, iniciou o pioneiro programa de preservação de vídeo, inaugurou e é co-autora das extensas
publicações on-line e recursos digitais, desenvolveu inúmeros projectos e programas artísticos para EAI.
Em 2011-12 foi curadora da exposição Circa 1971: Early Video & Film from the EAI Archive, uma grande
pesquisa (Dia: Beacon) que incluía workshops de discussão e programação. Em 2011 assegurou a
curadoria das exposições Kinetic Histories at LABoral em Gijon, Espanha. Organizou inúmeros programas
de vídeo arte para a EAI, e igualmente para o Museu de Arte Moderna de New York; ; Bowdoin
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Museum, Maine; Museum of Fine Arts, Lausanne, Switzerland; Jeu de Paume, Paris; and Institute of
Contemporary Art, London, entre outros.
Proferiu Seminários em museus e universidades em todo o mundo, incluindo o Smithsonian Museum of
American Art, Washington, DC; Centre Georges Pompidou, Paris; Universidade de Westminster, em
Londres, Center for Curatorial Studies, Bard College, em New York; San Francisco Art Institute , Museu
da Cidade de Gwangju, Coreia do Sul; Kumu Art Museum, Tallinn, Estónia, Museu Guggenheim, de New
York; Palazzo della Arte, Nápoles, Itália, e Museo de Arte Reina Sofia, Madrid, entre muitos outros.
Editora e co-autora de EAI Online Catalogue (1997-2013), a comprehensive resource on the artists and
works in EAI’s media art collection; EAI Online Resource for Exhibiting, Collecting & Preserving Media
Art, e A Kinetic History, um arquivo on-line do movimento do video emergente.
Destacam-se as contribuições para o catálogo de Dara Birnbaum 2011 catálogo raisonné, Dara
Birnbaum: The Dark Matter of Media Light. Escreve regularmente para Artforum and College Art
Association Journal, entre outras publicações. Tem escrito numerosos ensaios para catálogos.
Em 2006 foi “Visiting Critic” no curso de Pós-Graduação em Arte da Universidade de Yale. Integrou
painéis internacionais, simpósios, júris de festivais e direcções consultivas, incluindo o Comité Consultivo
para a primeira Bienal de Gwangju, na Coreia do Sul. Consultora em diversos projectos.
_ MIGUEL PALMA (PT)
Lisboa, 1964. Vive e trabalha em Lisboa. Expõe desde os finais dos anos 80.
O seu percurso artístico, de base escultórica, é marcado por instalações produzidas de forma não
tradicional. Trabalha frequentemente em grupo com engenheiros, mecânicos, carpinteiros e biólogos,
entre outros especialistas. O trabalho tem uma orientação híbrida, ligada à produção industrial do
século XX.
A obra de Palma aborda frequentemente o modo como a tecnologia tem influenciado a vida do homem
moderno, a sua relação com o ambiente, a ideia de conforto humano ou mesmo a ideia de poder.
Paralelamente à construção de instalações, de grande e média escala, é recorrente o desenho e a
construção de miniaturas nos seus projectos. Realiza também vídeo, livros de artista e performances.
Das suas exposições individuais destacam-se: Desconforto Moderno, comissariado por Miguel Von Hafe
Perez para CGAC, Espanha (2013); Trajectory, comissariado por Greg Esser para ASU Art Museum, E.U.A.
(2012); Linha de Montagem, comissariado por Isabel Carlos para CAM – Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa (2011); Miguel Palma: COMMA 01, comissariado por Graham Gussin e Sacha Craddock para
Bloomberg Space, Londres (2009); Miguel Palma / O Mundo às Avessas, comissariado
por Miguel Wandschneider para Culturgest, Lisboa (2007); Miguel Palma, Serralves, Porto
(2000); Traject, Centre de Création Contemporaine, França (1997).
Das exposições colectivas: Air Print, comissariado por Luísa Santos para Liverpool Biennial, Liverpool,
(2012); In Image We Trust, comissariado por Joel Slayton para Zer01 Biennial, San Jose, E.U.A.
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(2010); Rescue Games, comissariado por Dan Cameron para Prospect.1 Biennial, New Orleans, E.U.A.
(2008); O Espaço como Projecto / O Espaço como Realidade, XXVI Bienal de Arte de Pontevedra, Espanha
(2000); Signs of Life, Melbourne International Biennial, Austrália (1999).
Desde 2007 que participa regularmente em residências artísticas internacionais como: Location One
(Nova Iorque, E.U.A.), Headlands – Center for the Arts (Califórnia, E.U.A.), Château de Servières
(Marselha, França), Desert Initiative art residency (Phoenix, E.U.A), ISCP Residency Program (New York,
E.U.A.), 18th Street Arts Center (Los Angeles, E.U.A.) entre outras.
O seu trabalho está representado em várias colecções, tais como: FRAC Centre, França; Centre de
Création Contemporain, França; Collection Institut D'Art Contemporain Rhônes-Alpes, França; Centre
National D'Art et de Culture Georges Pompidou, França; ASU Art Museum Art Collection, E.U.A.; Phoenix
Art Museum (PAM), E.U.A.; Fundação Calouste Gulbenkian, Portugal; Caixa Geral de Depósitos, Portugal;
Fundação de Serralves, Portugal; Colecção Berardo, Portugal; Instituto das Artes, Portugal; Fundação
PLMJ, Portugal; Fundação Ilídio Pinho, Portugal; Centro Gallego de Arte Contemporánea, Espanha;
Fundación ARCO, Espanha; Colección Navacerrada, Espanha; MUDAM, Luxembourg; Museum of
Contemporary Art, Roskilde, Dinamarca.
_ PAULA LÓPEZ ZAMBRANO (MEX)
A sua pesquisa foca-se em conceitos de contingência, violência e acidentes na arte contemporânea e na
curadoria. Interessada na exploração e construção de exposições que ofereçam uma metodologia
alternativa usando meios contingentes. Actualmente está a fazer um MPhil / PhD em Cultura Visual na
Goldsmiths University em Londres. Anteriormente fez um bacharelado em Historia de Arte pela
Universidad Iberoamericana na Cidade do México e um Mestrado em Curating Contemporary Art no
Royal College of Art em Londres. Ela trabalhou em galerias, museus, espaços independentes e centros
de pesquisa no México, no Reino Unido e em Portugal, incluindo o Museu de Arte Contemporânea de
Oaxaca, Carpe Diem Arte e Pesquisa em Lisboa, Curare, Critical Space for the Arts in Mexico City and
Wysing Arts Centre in Cambridge, UK. Foi seleccionada pela ‘NEON Curatorial Exchange 2014’ conduzida
pela Whitechapel Gallery and NEON Foundation em Atenas. Alguns dos seus projectos de curadoria
independentes incluem ‘Rushgrove House’ (co-curadoria de Byzantia Harlow), expondo peças de arte de
colecçãoes privados com intervenções site-specific feitas por artistas locais em Londres. ‘Overdue
Synchronicity’ (co-curadoria de Violeta Horcasitas), onde dois artistas participaram em screening
simultâneo e transmissão ao vivono México e Reino Unido. E ‘Correspondence’ (co-curadoria de
Lourenço Egreja), um projecto de intercâmbio entre México e Portugal inspirado pela Arte Postal. Ela
também escreve e publica textos para jornais e revistas como Excelsior’ ‘Codigo’ ‘Replica 21’, entre
outros.
_ XAVIER FRANCESCHI (FR)
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Xavier Franceschi é director do Frac Île-de-France/Le Plateau desde 2006. De 1991 a 2002, foi director
do Centre d’art contemporain de Brétigny onde propôs exposições individuais de Philippe Perrot, Claude
Closky, Ghada Amer, Richard Fauguet, Carsten Höller, Franck Scurti, Michel Blazy, Maurizio Cattelan,
Atelier van Lieshout, Xavier Veilhan, Bruno Perramant, Pierre Bismuth e Bojan Sarcevič. Ele realizou em
paralelo um conjunto de edições, entre as quais vários catálogos monográfico de artistas convidados. De
2002 a 2006, Xavier Franceschi foi inspector encarregado da ordem pública na Delegação das Artes
Plásticas do Ministério da Cultura e Comunicação. Como parte dessa função, participou na concepção de
muitos projectos, incluindo os realizados com Tobias Rehberger (Mulhouse), Pierre Bismuth (Nancy),
Jeppe Hein (Canal Rhin/Rhône) e Bruno Peinado (Marseille). No Plateau, para além dos projectos
desenvolvidos com a colecção dentro e fora de portas, ele organizou até à data, exposições individuais
de Ulla von Brandenburg, Richard Fauguet, Keren Cytter, Charles Avery, Joao Gusmao/Pedro Paiva, Elise
Florenty/Marcel Türkowsky, Michel Blazy, Ryan Gander, Alejandro Cesarco, Aurélien Froment.
// FICHA TÉCNICA
Direção Geral:
António Câmara Manuel
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Direcção Artística:
Jean-François Chougnet
Direcção de Comunicação:
Maria José Peyroteo
Direcção Técnica:
Alexandre Almeida Coelho
Produção
Ana Sofia Nunes
Consultoria:
Helena Barranha | Irit Batsry | Jacinto Lageira
Programadores:
Alisson Avila |Elsa Aleluia | Françoise Parfait | Isabel Alves | Lori Zippay | Miguel Palma |
Paula Lopéz Zambrano| Xavier Franceschi
Direcção Secção Competitiva Portugal:
Jean-François Chougnet
Juri Secção Competitiva Portugal:
Presidente: João Pinharanda
Helena Barranha | Susana Sousa Dias | Isabel Nogueira | João Leitão
Mais Info /More info:
http://www.fusovideoarte.com/
http://www.duplacena.com/
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