1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA

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1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA
1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA
1.1 Descrição geral
O sistema REYNOBOND/SYSCONCEPT Cassetes KV35mm destina-se ao revestimento exterior de fachadas
ventiladas e é realizado com base em painéis compósitos REYNOBOND moldados sob a forma de cassetes.
Estas cassetes dispõem, no respectivo tardoz, de um sistema de encaixe que permite fixá-las numa estrutura
vertical constituída por perfis de alumínio. Estes perfis de alumínio, por sua vez, são previamente
solidarizados à estrutura do imóvel a revestir por intermédio de peças de fixação reguláveis. Em geral, na
caixa-de-ar ventilada existente entre o revestimento e a estrutura do imóvel, é colocada uma camada de
isolamento térmico. Esta camada de isolamento deve ser instalada de modo a possibilitar a circulação do ar
existente entre a camada de isolamento térmico e o tardoz do revestimento REYNOBOND/SYSCONCEPT
Cassetes KV35mm. Os painéis compósitos REYNOBOND são constituídos por uma alma de polietileno (PE)
intercalada entre duas chapas de alumínio. No parágrafo 1.3 referem-se as características gerais dos painéis
compósitos REYNOBOND, das cassetes e dos materiais acessórios utilizados no sistema de revestimento
exterior de fachadas REYNOBOND/SYSCONCEPT Cassetes KV35mm.
1.2 Componentes do sistema
1.2.1 Elementos do revestimento
De acordo com os pormenores da fachada, as cassetes são moldadas utilizando, para o efeito, os painéis
REYNOBOND. Como se referiu, estes painéis são constituídos por um material compósito que associa duas
chapas de liga de alumínio, com 0,5 mm de espessura nominal, a uma camada intermédia de polietileno com
3 mm de espessura nominal. As chapas de alumínio utilizadas no fabrico dos painéis REYNOBOND são
constituídas por uma liga EN AW 3005-H46, de acordo com a norma europeia EN 1396. Estas chapas são
revestidas em ambas as faces de acordo com o seguinte esquema de protecção:
Face à vista: pré-lacada com resina de poliéster (DURAGLOSS), PVDF 70/30 ou PVDF 70/30XL.
Face de tardoz: protegida com poliéster, verniz epoxídico ou primário.
A camada intermédia de polietileno utilizada no fabrico dos painéis e o adesivo utilizado na colagem das
chapas de alumínio à camada intermédia têm, respectivamente, as referências X2302 e X2303. As cassetes
apresentam uma superfície vista plana e dispõem de abas laterais, verticais e horizontais, que, contornando
toda a periferia da superfície plana, conferem a necessária rigidez e asseguram as condições para a sua
fixação na estrutura de suporte (fig. 1). As abas laterais são solidarizadas nos cantos por intermédio de uma
chapa de alumínio com 1,5 mm de espessura fixada com rebites.
As abas laterais verticais das cassetes dispõem ainda de entalhes específicos que possibilitam a sua posterior
fixação à estrutura de suporte. Estes entalhes são executados por punçoamento ou por fresagem. O número
de entalhes é definido em função da dimensão da cassete e das acções a que a mesma irá estar submetida.
O valor característico da resistência de arrancamento de um entalhe é de 1176 N, quando determinado
segundo as prescrições da norma francesa XP P 30-310.
O bordo superior das cassetes dispõe de uma aba com rebordo vertical, em forma de “Z”. O bordo inferior
dispõe de uma aba horizontal. Quando da montagem do revestimento deve garantir-se uma sobreposição
mínima de 15 mm entre o bordo inferior de uma cassete e o bordo superior da cassete subjacente.
1.2.2 Elementos de ângulo
Os ângulos das fachadas, quer salientes, quer reentrantes, são executados com elementos realizados por
quinagem segundo uma aresta (raio com cerca de 2 mm) ou por dobragem com recurso a um mandril (raio
mínimo de 80 mm). O dimensionamento destes elementos deve ter em conta as tensões resultantes das
respectivas condições de aplicação em obra e de manutenção. No caso de elementos de maiores dimensões,
para evitar que, após dobragem, as peças tenham tendência para se deformar devido ao seu peso próprio,
deve prever-se uma fixação mecânica que assegure a manutenção da forma da peça e mantenha os ângulos
definidos aquando da quinagem.
1.2.3 Estrutura (Sistema Sysconcept KV)
A estrutura de suporte é constituída por perfis de alumínio (Tabela 1 Ref. SYS-15003) aos quais são fixadas
as peças reguláveis de fixação ao imóvel (Tabela 1 Ref. SYS-15000). Esta fixação pode ser realizada sobre
paredes de alvenaria ou sobre elementos de betão. Estes perfis são fornecidos em qualidade corrente (como
acabamento da fieira).
Os perfis da estrutura de suporte dispõem de um raile no qual se pode deslocar uma peça de corrediça que
dispõe de um veio (Tabela 1 Ref. SYS-15002). Esta peça de corrediça é realizada a partir de um perfil de
alumínio extrudido, sendo fornecida como acessório do sistema.
O posicionamento desta corrediça no perfil de suporte é assegurado por intermédio de um parafuso em aço
inox. Este posicionamento é inicialmente pré-ajustado antes da montagem do revestimento. Posteriormente,
quando da montagem do revestimento, o posicionamento destas peças é afinado de modo a garantir um
melhor alinhamento das juntas dos elementos do revestimento.
Após afinação das placas do revestimento deve proceder-se ao completo aparafusamento do parafuso de
fixação da corrediça no perfil de suporte.
O sistema possibilita a desmontagem individual de cada uma das peças do revestimento e a execução de
juntas entre placas de revestimento com larguras compreendidas entre 10 e 20 mm.
REFERÊNCIA
DESENHO
DESIGNAÇÃO
SYS ‐ 15000
Peça Amarração
SYS ‐ 15002
Peça Fixação Cassete
SYS ‐ 15003
Perfil Montante
SYS ‐ 15004
Perfil Reforço Montante
SYS ‐ 15005
Peça de Cravamento Cassetes
SYS ‐ 15101
Bucha Fixação (Nylon)
SYS ‐ 15102
Rebite POP Alum. TP1
SYS ‐ 15103
Rebite POP Alum. TP2
SYS ‐ 15104
Calço PVC
SYS ‐ 15105
Parafuso Auto‐Roscante Zincado Tabela 1 1.2.4 Dispositivo de fixação
A estrutura de suporte é solidarizada ao imóvel por intermédio de peças em U (Tabela 1 Ref. SYS-15000).
Estes elementos, em alumínio EN AW 6060 T5, com espessura não inferior a 2,5 mm devem satisfazer às
especificações preconizadas para a realização de estruturas com possibilidade de dilatação. No respectivo
dimensionamento deve atender-se à espessura da camada de isolamento térmico preconizada a qual não
deve ultrapassar 100 mm.
Os dispositivos de fixação devem possibilitar afinações da ordem dos 30 mm.
A fixação dos perfis da estrutura de suporte aos dispositivos de fixação à parede do imóvel realiza-se com
recurso a rebites ou a parafusos auto-roscantes de diâmetro não inferior a 5 mm.
Os elementos utilizados na fixação dos dispositivos de fixação da estrutura de suporte ao imóvel devem dispor
de uma Apreciação Técnica Europeia ou de um Documento de Homologação.
1.3 Materiais utilizados
Na execução dos elementos constituintes do sistema e na montagem em obra, utilizam-se fundamentalmente
os seguintes materiais:
1.3.1 Painéis compósitos REYNOBOND
1.3.1.1 Características gerais
Os painéis compósitos REYNOBOND, utilizados no fabrico das cassetes, são produzidos numa gama variada
de espessuras e de dimensões.
No Quadro 1 indicam-se as características dimensionais nominais desses painéis consoante a espessura.
(mm)
Largura
(mm)
1.3.1.2 Tolerâncias de fabrico (mm)
Painéis REYNOBOND:
Comprimento: < 4000 mm
–
0/+4 mm
Largura: < 1500 mm
–
0/+3 mm
Espessuras: < 4 mm
–
± 0,10 mm
> 4 mm
–
± 0,10 mm
–
- 0,03/0 mm
Espessura do metal nu: 0,5 mm
Esquadria: desvios < 3 mm na diagonal
Painéis recortados:
Comprimento: ± 0,5 mm
Largura: ± 0,5 mm
Cassetes enformadas:
± 1 mm em relação às dimensões exteriores.
1.3.1.3 Marcação
Os painéis compósitos REYNOBOND beneficiam de um certificado CSTBat emitido pelo Centre Scientifique et
Technique du Bâtiment (CSTB) e são identificáveis por uma marcação conforme com o anexo 3 do
Regulamento específico da Certificação CSTBat relativo aos Avis Technique de produtos destinados a
revestimentos de paredes exteriores. Essa marcação é colocada nomeadamente:
Sobre os produtos aplicados, na parte posterior dos painéis:
•
Logótipo CSTBat
•
Marcação CSTBat
•
Marcação com identificação do lote de fabrico.
Sobre as paletes:
•
A designação do sistema, acompanhado do número do respectivo Avis Technique
•
Logótipo CSTBat, com o número do certificado, a referência da fábrica e os quatro últimos
algarismos do número do Avis Technique.
Para além do especificado no regulamento atrás referido, a marcação dos painéis comporta ainda as
seguintes referências:
Sobre a etiqueta:
•
Número de referência do acabamento
•
Formato, espessura e quantidade
1.3.1.4 Massa por unidade de superfície
No Quadro 2 referem-se os valores das massas por unidade de superfície dos painéis compósitos
REYNOBOND em função das respectivas características dimensionais.
Espessura/Tipo
sa/m2 (kg/m2)
1.3.1.5 Aspecto e gama de cores
A escolha das cores faz-se de acordo com a gama de tonalidades ALCOA. Tonalidades específicas (gama
RAL ou contra-tipo) poderão ser realizadas a partir de certas quantidades.
A escolha do tipo de acabamento terá de ter em conta o tipo de ambiente de acordo com o especificado no
Quadro 3.
1.3.2 Revestimento exterior
Na execução das cassetes destinadas ao revestimento exterior das fachadas utilizam-se os painéis
compósitos REYNOBOND já descritos anteriormente.
1.3.3 Perfis estruturais
Para execução da estrutura de suporte utilizam-se perfis de alumínio extrudido. A liga utilizada no fabrico
desses perfis, de referência EN AW 6060 T5, satisfaz ao especificado na norma europeia EN 755-2.
1.3.4 Peças de fixação
As peças utilizadas na fixação da estrutura de suporte à parede a revestir são executadas numa liga de
alumínio EN AW 6060 T5, conforme o especificado na norma europeia EN 755-2.
2 CAMPO DE APICAÇÃO
O revestimento exterior de fachadas ventiladas REYNOBOND/SYSCONCEPT Cassetes KV35mm é
adequado para ser aplicado no revestimento de paredes planas e verticais, de alvenaria ou de betão, tanto em
construção nova como em reabilitação quer se trate de paredes cegas ou com vãos, em pisos elevados ou em
pisos térreos desde que protegidas contra riscos de choques.
A aplicação do revestimento REYNOBOND/SYSCONCEPT Cassetes KV35mm pressupõe que exista um
elemento de suporte suficientemente resistente, estável e com condições de planeza que possibilitem a
conveniente fixação dos elementos da estrutura de suporte.
Consideram-se, em geral, adequados os seguintes tipos de suporte:
•
•
Paredes ou outros elementos de betão armado.
Paredes exteriores simples de alvenaria de tijolo ou de blocos de betão com, pelo menos, 0,22 m de
espessura no tosco, desde que não tenham função estrutural e sejam travadas por elementos
estruturais com afastamento não superior a 4 m em altura e a 5 m no comprimento.
•
Paredes exteriores duplas de alvenaria de tijolo ou de blocos de betão sem função estrutural, em que
o pano que suporta o revestimento tenha, pelo menos, 0,15 m de espessura no tosco, e se encontre
ligado ao pano interior e devidamente travado por elementos estruturais nas condições definidas
para as paredes exteriores simples.
•
Paredes estruturais de alvenaria de tijolo ou de blocos de betão, desde que sejam tidos em conta, no
projecto, os esforços devidos à acção do vento.
No que se refere à resistência à acção do vento, estes revestimentos são adequados para suportar sem
danos, tanto pressões como depressões, devidas à acção do vento normal com valores máximos
especificados nos Tabelas 1 a 5.
As características de desempenho de cassetes cujos formatos e espessuras não figurem nas referidas
Tabelas devem ser determinadas por intermédio de ensaios a realizar segundo os critérios seguidos na
realização dos ensaios que serviram de base para o estabelecimento das referidas tabelas.
3 FABRICO
3.1 Instalações de fabrico dos painéis REYNOBOND
Os painéis REYNOBOND são fabricados pela unidade da empresa ALCOA Architectural Products,
especializada no fabrico de materiais compósitos com base em alumínio, situada em Guebwiller, em França.
3.2 Fabrico das cassetes
3.2.1 Considerações prévias
O fabrico das cassetes é realizado por empresas especializadas, recomendadas pela firma ALCOA
Architectural Products, equipadas com ferramentas específicas.
Antecedendo o corte dos painéis, pormenoriza-se a fachada a revestir.
Seguidamente procede-se à maquinação do painel compósito REYNOBOND com vista à obtenção das
cassetes. A maquinação dos painéis deverá ser realizada à temperatura ambiente, sem lubrificação e de
modo a assegurar a limpeza dos cortes. O procedimento a adoptar deverá ainda garantir que o filme de
protecção do painel permanecerá intacto e em boas condições, durante e após transformação.
Referem-se, em seguida, as várias fases da transformação para obtenção das cassetes.
3.2.2 Corte dos painéis REYNOBOND
Para o corte dos materiais podem ser utilizadas as seguintes técnicas:
•
Corte com serra circular com as seguintes características lâmina com disco de dente plano e
trapezoidal
Velocidade de corte: de 3 a 5000 rot/min
Avanço: 30 m/min
•
Corte por guilhotina:
No corte por guilhotina podem utilizar-se lâminas convencionais de guilhotina do tipo das
usadas no corte de chapa simples em alumínio. Neste caso adverte-se para a formação, ao
longo da linha de corte, de um pequeno rebordo na face exposta à pressão de corte da
lâmina de guilhotina.
De forma a obter uma linha de corte sem qualquer embutimento, deve colocar-se a face
exposta ao corte sobre o suporte fixo da guilhotina.
•
Corte por estampagem:
No corte por estampagem devem observar-se todas as regras definidas no ponto anterior. A
folga entre o punção e a matriz deverá situar-se entre 0,10 e 0,15 mm.
3.2.3 Furação
Para execução das furações necessárias à rebitagem dos painéis compósitos REYNOBOND, pode recorrerse ao uso das ferramentas comuns utilizadas para furacão do alumínio com as seguintes características:
•
Broca em aço rápido ou em carbono
Ângulo de hélice: 30° a 50°
Velocidade de corte: 30 a 300 rot/min
Avanço máximo: 0,5 mm/rotação
3.2.4 Fresagem e escarificação
Para a realização de operações de fresagem em painéis compósitos REYNOBOND podem utilizar-se fresas
de comando numérico e de controlo manual, bem como as ferramentas tradicionais utilizadas em serralharia
de alumínio, devendo contudo observar-se as restrições seguintes:
Velocidade de corte: 3 a 5000 m/min
Avanço: 30 m/min
3.2.5 Dobragem
Após fresagem, os painéis REYNOBOND são facilmente dobráveis por operação manual através da utilização
de uma régua de dobragem, em forma de V, na face reversa da placa.
Nesta operação deve garantir-se que o filme de protecção do painel se mantém intacto e em boas condições.
No fundo do sulco de fresagem, deve manter-se incólume a espessura integral de 0,5 mm da chapa de
alumínio correspondente à face visível do painel (frente), devendo ainda assegurar-se uma espessura mínima
de 0,3 mm de polietileno. Deve ainda garantir-se uma largura total de 2 a 3 mm na concavidade do sulco de
fresagem, de modo a facilitar as operações de dobragem do painel compósito e eliminar assim o risco de
rotura.
3.2.6 Encurvamento
Sempre que se pretenda proceder ao encurvamento dum painel deve respeitar-se o seguinte parâmetro:
Raio mínimo interior: R mínimo = 15 x Espessura
Deve considerar-se o efeito de reacção devido à elasticidade do material compósito.
Os painéis REYNOBOND poderão curvar-se em equipamento tipo calandra com prensa de rolo.
3.3 Controlo de fabrico
3.3.1 Considerações prévias
O fabrico dos painéis REYNOBOND é objecto de um autocontrolo sistemático regularmente supervisionado
pelo CSTB, permitindo assegurar uma constância conveniente da qualidade.
O presente Documento de Homologação beneficiou do facto do fabricante estar em condições de receber um
certificado CSTBat, emitido pelo CSTB, através do qual este Organismo atesta a regularidade do fabrico e o
resultado satisfatório deste auto-controlo que é comprovado por ensaios de verificação efectuados pelo CSTB
sobre produtos recolhidos no decorrer das visitas.
Os produtos que beneficiam de um certificado válido são identificáveis pela marcação sobre os respectivos
elementos do logótipo CSTBat, seguido de um número de marcação.
3.3.2 Controlo das matérias-primas
Chapas de alumínio:
•
As chapas de alumínio pré-lacadas são controladas de acordo com as especificações da marca
ECCA (European Coil Coating Association).
Polietileno (PE):
•
Os resultados de controlo, certificados pelo fornecedor, constam da ficha recebida com o produto.
3.3.3 Painéis compósitos REYNOBOND
O controlo efectua-se de acordo com procedimentos internos, segundo as normas ISO 9001:
Por extracção aleatória em cada bobina / 1 vez por posto:
•
Controlo dimensional
•
Controlo da planeza.
Sobre todos os painéis:
•
Controlo do aspecto visual.
Por turno de produção e por extracção aleatória / por cada 100 painéis ou em todas as horas:
•
Verificação das características de resistência à pelagem de acordo com a norma ASTM D 1876-95:
Valor certificado: 4,37 N/mm.
3.3.4 Cassetes
Os principais controlos referem-se à compatibilidade dos desvios dimensionais com as tolerâncias prescritas:
•
Formato
•
Esquadria
•
Ângulo de dobragem e/ou de curvatura
•
Acabamento dos entalhes
4 CONCEPÇÃO DAS FACHADAS E MONTAGEM EM OBRA
4.1 Considerações prévias
O revestimento de fachada REYNOBOND/SYSCONCEPT Cassetes KV35mm permite que a sua aplicação
em obra possa ser efectuada sem dificuldade. Todavia deve ter-se em conta a necessidade de realização de
um estudo de reconhecimento prévio do elemento que irá suportar o revestimento e uma pormenorização das
cassetes e perfis complementares.
4.2 Disposições gerais
A concepção e a montagem em obra da estrutura de suporte de alumínio concebida para dilatar livremente
devem ser realizadas de acordo com as prescrições do Cahier du CSTB 3194, de Janeiro de 2000 – “Regras
gerais de concepção e montagem de estruturas metálicas e de isolamento térmico de revestimentos
exteriores de paredes desligados que são objecto de um avis technique ou de um constat de traditionalité”.
O estudo da pormenorização dos elementos desta estrutura deve ter em conta os esforços devidos à acção
do vento. A distância máxima entre eixos dos elementos de suporte é determinada quer pelas larguras
correntes das placas REYNOBOND (tendo em conta a dedução devida às abas e aos reforços das cassetes
previstos), quer pelos comprimentos correntes. O espaçamento, em obra, das peças de fixação dos perfis da
estrutura de suporte deve ser definido de tal maneira que a flecha do perfil de suporte seja inferior ou igual à
1/200 do vão. Os apoios dos perfis devem ainda ser montados de modo que as extremidades destes não
apresentem vãos em consola superiores a 250 mm.
O ajustamento da estrutura de suporte é possível graças à existência de orifícios alongados nos esquadros de
fixação.
Em todos os casos deve assegurar-se uma lâmina de ar com espessura mínima de 20 mm ao longo das
juntas horizontais das cassetes.
A junção entre si de dois perfis da estrutura de suporte efectua-se por ligação topo a topo utilizando-se, para o
efeito, uma peça corrediça em forma de U com 160 mm de comprimento que, fixada somente num dos perfis
por intermédio de dois parafusos auto-roscantes, assegura a sua ligação garantindo um espaçamento entre
eles de 10 mm, para permitir os movimentos de dilatação.
Relativamente aos painéis REYNOBOND referem-se no Quadro 4 os valores calculados da sua rigidez EI em
função da espessura dos painéis. Estes valores devem ser tidos em conta no respectivo dimensionamento.
O dimensionamento das cassetes de 4 mm de espessura com abas simples, considerando a acção do vento
normal, realiza-se com base nos valores constantes das Tabelas 1 e 4, obtidos a partir de um programa de
cálculo por elementos finitos comprovado através de ensaios realizados sobre cassetes com configurações
correntes.
No caso das cassetes de 4 mm de espessura com abas reforçadas por dobragem dupla e de cassetes com 3
mm e 6 mm de espessura com abas simples ou duplas, os valores a considerar para o mesmo efeito são
apresentados nas Tabelas 2, 3 e 5.
Para formatos não especificados, o desempenho ao vento será determinado por ensaio a realizar de acordo
com os mesmos critérios.
4.3 Concepção das fachadas
4.3.1 Cassetes
Na escolha do acabamento das cassetes deve ter-se em conta a agressividade do ambiente e as condições
climáticas do local de implantação da obra, tal como definido no quadro 3.
4.3.2 Fixações
Na selecção do sistema de fixação do revestimento ao suporte devem ter-se em conta as condições de
exposição da fachada ao vento e a resistência admissível para a força de arrancamento do suporte.
4.4 Condições de montagem em obra
As cassetes REYNOBOND são montadas nos perfis da estrutura de suporte por simples encaixe dos entalhes
nos eixos das corrediças. Para facilitar a instalação em obra das cassetes, deve proceder-se à pré-montagem
em fábrica das corrediças nos perfis da estrutura de suporte.
Assim, as corrediças superiores são pré-posicionadas à quota teórica de fixação por encosto do parafuso
auto-perfurante na gola do perfil de suporte.
As corrediças inferiores são pré-posicionadas à quota teórica de encaixe do entalhe inferior da cassete.
Após encaixe das cassetes, pode proceder-se a um ajuste mais preciso do posicionamento das cassetes
procedendo à deslocação da corrediça superior. A corrediça inferior é posicionada seguidamente na posição
inferior do entalhe.
A estabilização da montagem faz-se procedendo à solidarização das corrediças no perfil da estrutura de
suporte através da sua perfuração, por aperto, do parafuso auto-roscante.
Na proximidade do ângulo de duas fachadas adjacentes deve prever-se a compartimentação da lâmina de ar
existente no tardoz do revestimento de fachada.
Esta compartimentação, que deve ser realizada com material durável (chapa de aço galvanizado Z275 ou de
alumínio, por exemplo), estende-se a toda a altura do revestimento de fachada e destina-se a evitar
sobrepressões sobre o revestimento da fachada lateral.
A espessura da lâmina de ar não deve ser inferior a de 20 mm.
Deve garantir-se que esta espessura é respeitada ao longo das juntas horizontais ou nos locais onde
eventualmente se registem reforços por sobreposição.
4.5 Aberturas de ventilação
Devem ser previstas aberturas, na parte inferior e na parte superior do revestimento, para ventilação da
lâmina de ar existente na face posterior do mesmo. Todavia esta ventilação é essencialmente assegurada
pelas juntas existentes entre cassetes.
Na parte inferior do revestimento a abertura deve ser protegida por uma grelha de metal fino ou por uma
chapa perfurada de modo a constituir uma barreira anti-roedores ou por um lacrimal que deixe uma abertura
cerca de 20 mm (fig. 20).
A abertura superior para ventilação da lâmina de ar é materializada por uma abertura com cerca de 20 mm
posicionada imediatamente abaixo da platibanda entre a aba do capeamento e a platibanda.

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