Mescla de gerações é a marca do novo Conselho de Estado de Cuba
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Mescla de gerações é a marca do novo Conselho de Estado de Cuba
Disciplina - História - Mescla de gerações é a marca do novo Conselho de Estado de Cuba História Enviado por: Visitante Postado em:26/02/2008 >Revolução Cubana - Apenas três dirigentes estão no organismo desde a sua fundação, em 1976; José Ramón Machado Ventura, será o sub-chefe de Estado e de governo. Gerardo Arreola de Havana, Cuba (La Jornada) O Conselho de Estado eleito no domingo (24) é uma mescla das gerações de dirigentes cubanos conhecidos durante e depois da Revolução de 1959. É possível verificar a reeleição de um núcleo veterano que tem ao menos uma década nessa instituição; a renovação da maioria de seus integrantes e a promoção de três altos chefes militares, um dos quais, o general de Exército Júlio Casas Regueiro foi nomeado ministro das Forças Armadas Revolucionárias (FAR), em substituição a Raúl Castro. Novo vice-presidente Com a exclusão de Armando Hart Dávalos, um dos líderes históricos do movimento rebelde de meio século, somente ficam no Conselho três dirigentes que permanecem no organismo desde sua criação, em 1976: o presidente Raúl Castro, o comandante da revolução Juan Almeida Bosque, ratificado como vice-presidente, e José Ramón Machado Ventura, que foi eleito vice-presidente primeiro e nessa capacidade será o sub-chefe de Estado e de governo. Machado, de 77 anos, era um médico recém graduado quando se uniu à guerrilha de Sierra Maestra e dirigiu a sanidade militar na Segunda Frente que encabeçou Raúl. Ao triunfo da revolução permaneceu no serviço médico e foi ministro de Saúde Pública nos anos 1960, depois do qual se dedicou plenamente ao trabalho dentro do Partido Comunista de Cuba (PCC). Agora encabeça o aparato organizativo partidário e a máquina de mobilização política no governo, nas províncias e nas organizações sociais. Sua designação mostra, ao mesmo tempo, a permanência da geração histórica em posições decisivas e o peso de um setor identificado como ortodoxo. A Assembléia Nacional do Poder Popular (ANPP, parlamento) também elegeu para integrar o Conselho outros dois comandantes da revolução, Ramiro Valdés, o poderoso ministro da Informática e das Comunicações, que se repete nessa posição, e Guillermo García e reelegeu o secretário, José Miyar Barrueco. Como presidente de la ANPP foi reeleito Ricardo Alarcón de Quesada, doutor em filosofía, de 70 anos, que passou a maior parte de sua vida política na diplomacia. Ativista na insurreição dos anos 1950, embaixador das Nações Unidas, vice-ministro e chanceler, e desde 1993 líder parlamentar, Alarcón tem sido designado, inclusive desde essa posição, para tarefas diplomáticas de alta sensibilidade, como a negociação dos acordos migratórios com os Estados Unidos em 1994; o litígio pela devolução do “balseiro” Elián González em 2000 e agora a defesa política e legal dos cinco agentes cubanos presos naquele país acusados de espionagem. Sua análise é indispensável para conhecer a posição da ilha frente às variantes no conflito com Washington. Além de Almeida, outros três vice-presidentes foram ratificados em seus postos no Conselho de Estado: o ministro do Interior e general do Corpo de Exército Abelardo Colomé Ibarra, também recruta de Sierra Maestra, chefe das tropas cubanas em Angola e talvez o militar mais vinculado a Raúl; Carlos Lage, virtual chefe de governo, a cargo do gabinete ministerial há duas décadas e Esteban Lazo, de trajetória partidista e agora localizado na estratégica posição de supervisionar desde o escritório político do PCC até os meios de comunicação, a propaganda e a política cultural e educacional. Também foi eleito vice-presidente o general do Corpo de Exército Julio Casas Regueiro, embora ingressaram ao Conselho outros dois chefes militares da mesma classe, Leopoldo Cintra e Alvaro López Miera. Os http://www.historia.seed.pr.gov.br 1/10/2016 11:58:30 - 1 quatro generais citados formam parte de uma geração que combateu na revolução, estudou com os soviéticos e dirigiu o teatro de operações no sul da África. Colomé, Cintra y Casas são membros do Escritório Político do PCC. Eles três e López Miera se uniram à guerrilha entre 1957 e 1958. Todos, menos Casas, cursaram a Academia do Estado Maior General das Forças Armadas da União Soviética K. E. Voroshilov. Igual a Colomé, Casas, de 72 anos, passou pelo Segundo Fronte. Esteve a cargo da logística na guerra da Etiópia nos anos 1970, foi chefe do Exército Oriental e da defesa antiaérea e agora dirige a exitosa corporação empresarial das FAR. Cintra (66 anos) dirigiu na Etiópia uma grande unidade de tanques e voltou a Angola em 1989, com chefe da missão militar. Desde 1990 é o chefe do Exército Ocidental, que tem entre seus objetivos a defesa da cidade de Havana. López Miera (64 anos), filho de republicanos espanhóis, esteve na Etópia entre 1977 e 1978 e fez seu segundo turno em Angola, como chefe de operações, em 1987. Em 1997 substituiu a Ulises Rosales del Toro como chefe do Estado Mayor e este domingo ingressou no parlamento como deputado. Repetem como membros do Conselho o ministro da saúde, José Ramón Balaguer; o chefe do PCC em Habana, Pedro Sáez; o chanceler Felipe Pérez Roque; o presidente do Banco Central, Francisco Soberón; o chefe do escritório de Fidel Castro, Carlos Valenciaga; o escritor Roberto Fernández Retamar; o diretor do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, Luis Herrera e Iris Betancourt, chefe do compelxo de produção científica da província oriental de Granma. Em uma tendência habitual, foram eleitos ao Conselho de Estado os líderes setoriais: Orlando Lugo Fonte (pequenos agricultores), que repete e Yolanda Ferrer (mulheres), Juan José Rabilero (comitês de bairro), Salvador Valdés (sindicatos) e Julio Martínez (União de Jovens Comunistas), eleitos pela primeira vez. Entre os novos integrantes do Conselho estão, também, Maria del Carmen Concepción González, integrante do Secretariado do PCC, a cargo de assuntos agrários; Surina Acosta, líder feminina; Dignora Montano, funcionária universitária; Regla Dayamí Armenteros, administradora de hotel; Tania León, prefeita; e Inés María Chapman, funcionária de recursos hidráulicos. Fonte: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/especiais/cuba-fidel http://www.historia.seed.pr.gov.br 1/10/2016 11:58:30 - 2