Máquinas feitas ao gosto do cliente - Mafran
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Máquinas feitas ao gosto do cliente - Mafran
Máquinas feitas ao gosto do cliente - Mafran Máquinas feitas ao gosto do cliente - Mafran Siderurgia Brasil — Edição 50 A indicação de usuários satisfeitos é o principal mecanismo de captação de novos negócios da Mafran. Localizada no município de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, onde foi fundada em 1994, pelo atual diretor Francisco Camilo Nunes, a Mafran Máquinas e Equipamentos vem consolidando sua imagem de fornecedora de soluções para as necessidades específicas de cada cliente. A empresa começou suas atividades como prestadora de serviços de manutenção, usinagem e reparo de máquinas. Já em 2002 alterou sua denominação e seus objetivos sociais e passou a fabricar equipamentos para processamento de chapas de aço. Não demorou, porém, para Francisco Camilo Nunes, perceber que havia um grande potencial de negócios no mercado de retrofitting, ou seja, a modernização de equipamentos em uso. Ele chegou também à conclusão que as empresas deveriam ter um tratamento diferenciado com a produção de equipamentos projetados com exclusividade, inovação tecnológica e preços flexíveis. Assim é que nos últimos 15 anos a Mafran, destacou-se por ser uma empresa 100% nacional e zelar pela qualidade e satisfação de todos seus clientes, oferecendo produtos de alta qualidade e rendimento. “Nossa empresa começou no ramo de usinagem de peças e manutenção de máquinas industriais. Aos poucos foram surgindo alguns reparos que não podiam ser feitos por falta de componentes apropriados para serem trocados, o que nos estimulou a produzi-los”, lembra Francisco Nunes. “Fabricando esses componentes adquirimos experiência para projetar e fabricar linhas inteiras, dentro das especificações de cada cliente.” Com projeto do engenheiro Antoni Sobolewski, experiente e conhecido projetista de equipamentos para processamento de metais, a Mafran produziu sua primeira máquina, uma linha de corte transversal de 0,5 polegada, que foi instalada e encontra-se em funcionamento na Kofar, até hoje um dos principais clientes da empresa. O diretor da Mafran observa que, naquele momento, sua empresa não possuía a tecnologia necessária para essa primeira experiência, mas aceitou o desafio e produziu a máquina requerida pela Kofar. Depois dessa primeira experiência, outros projetos vieram, permitindo a Mafran acumular capacidade técnica para desenvolver e fabricar linhas de transversais (LCT) 16, 19 e 40 mm e linhas de corte longitudinais (LCL) de 0,5 a 6,35 mm. Segundo Francisco Nunes, os pequenos empreendedores não têm condições de investir inicialmente em equipamentos muito complexos. Eles começam com equipamentos menores, de pequena produção, e se estruturam aos poucos para chegar a equipamentos de alta produção. A vantagem que a Mafran oferece é que ela consegue verificar as possibilidades do retrofitting que pode ser feito nos equipamentos que os clientes já possuem. “A Indústria Santa Clara, localizada em Contagem (MG), é um exemplo, pois tinha um equipamento que processava em média 18 metros de chapas em aço carbono por minuto e, após passar pelo processo de retrofitting, o mesmo equipamento passou a produzir em média 100 metros por minuto, o que representa um grande ganho de produtividade”, afirma Francisco Camilo Nunes. Atuando num mercado muito competitivo, a Mafran tem como objetivo ampliar sua fatia de mercado fabricando máquinas e equipamentos de acordo com projetos específicos e prestando serviços de reforma e manutenção de máquinas, que costumam ser muito solicitados em épocas de crise, como agora. A captação de novos clientes tem ocorrido principalmente através da indicação de clientes já atendidos e, obviamente, satisfeitos com o resultado. 1/3 Máquinas feitas ao gosto do cliente - Mafran “Nosso departamento comercial estima que essas indicações são responsáveis por cerca de 90% dos negócios concretizados pela empresa”, diz Francisco Camilo Nunes. Em novembro de 2008, os diretores da Mafran participaram da inauguração da expansão das linhas de corte da empresa Metalser Indústria e Comércio, localizada no município de Serra (ES), quando foi apresentada aos clientes a nova máquina denominada Super Corte 40, destinada a corte de chapas de até 40 mm de espessura. O equipamento, 100% nacional, foi desenvolvido pelo engenheiro Antoni Sobolewski, que acredita em um novo e promissor mercado para equipamentos deste porte visando a processar aços de grande espessura. Segundo Francisco Nunes, a Mafran “é muito grata à Metalser, que foi um cliente que acreditou em seu potencial de produzir um equipamento para desbobinamento com capacidade de processar chapas com espessura de 19 mm até 40 mm, com um nível excepcional de aplanamento de chapas a frio”. O projeto original foi dividido em etapas com todo o sistema interno composto de mancais, roletes e contra rolo, guilhotina e desbobinadores fabricados pela Mafran. É o primeiro em toda a América Latina com capacidade de processar bobinas BQ acima de 25,4 mm por um processo reversivo de desbobinamento, que permite alcançar uma excelente qualidade de aplanamento do material. A Mafran acredita que tem ainda um amplo mercado para conquistar, já que sua carteira de clientes – por enquanto – se concentra nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Mas este fato não foi impedimento para a Mafran realizar sua primeira exportação. “Indicados por um cliente, em 2001 fomos contatados por uma empresa da Nicarágua que precisava de uma linha de perfiladeiras para fabricar telhas trapezoidais, com características específicas, diferentes das que normalmente são requeridas no mercado nacional”, relata Francisco. “Na América Central, as construtoras procuram utilizar a menor estrutura metálica possível para fazer uma cobertura e, por causa disso, era necessário desenvolver uma telha de cobertura com perfil mais enrijecido, que permitisse reduzir o custo da parte estrutural da obra em 25%. A área de engenharia da Mafran desenvolveu o projeto a partir de modelos de telhas trazidas do exterior, e ainda entregamos o equipamento pronto em um prazo muito curto.” Assim como a todas as empresas fabricantes de máquinas e equipamentos, a crise também reservou surpresas à Mafran. “A crise provocou uma paralisação temporária das encomendas que estavam sendo feitas, mas acreditamos em uma pronta retomada dos pedidos, e achamos que a crise também pode ser uma boa oportunidade para a nossa empresa, já que as máquinas que produzimos têm uma ótima relação custo-benefício”, confia Francisco Nunes. A Mafran começou a operar instalada em uma área bem modesta, de 60 m², que não demorou a ser ampliada para 120 m². Hoje ocupa uma área e 750 m² e já adquiriu uma nova área, de 1.000 m², no mesmo município de Barueri, onde ampliará sua linha de produção. Ela ainda realiza quase todo o seu processo produtivo internamente, terceirizando somente os serviços de tratamento térmico e de retífica. O fundador e diretor da empresa, Francisco Camilo Nunes, começou a trabalhar aos 12 anos numa oficina de mecânica de automóveis e hoje acumula uma experiência de 40 anos no setor mecânico. “Eu gostei de trabalhar nessa oficina e esse gosto me levou a frequentar escolas técnicas. Trabalhei em várias empresas até começar meu negócio próprio quando fundei a Mafran em 1994”, relata. Concluindo, Francisco ressalta que o objetivo de suas informações não é simplesmente mostrar uma trajetória comercial de uma empresa. “Eu acho que o que nos difere na vida é a nossa dedicação ao trabalho, que realizamos com respeito ao próximo sem medir esforço indiferente dos resultados que vamos alcançar. Devemos colocar amor em tudo o que 2/3 Máquinas feitas ao gosto do cliente - Mafran fazemos”. 3/3