The Dark Knight

Transcrição

The Dark Knight
WARNER BROS. PICTURES Apresenta
Em Associação com LEGENDARY PICTURES
Uma Produção SYNCOPY
Um Filme de CHRISTOPHER NOLAN
(The Dark Knight)
Uma Distribuição WARNER BROS.
www.ocavaleirodastrevas.com.br
Sumário
Elenco e Ficha Técnica................................................pg.03
Sinopse.................................................................. pg.04
Sobre a produção......................................................pg.05
Sobre o elenco......................................................... pg.30
Sobre os realizadores..................................................pg.37
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BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS
“The Dark Knight”
• ELENCO
Bruce Wayne/Batman
Alfred
Coringa
Jim Gordon
Harvey Dent
Rachel Dawes
Lucius Fox
CHRISTIAN BALE
MICHAEL CAINE
HEATH LEDGER
GARY OLDMAN
AARON ECKHART
MAGGIE GYLLENHAAL
MORGAN FREEMAN
• FICHA TÉCNICA
Diretor
CHRISTOPHER NOLAN
Roteiristas
JONATHAN NOLAN & CHRISTOPHER NOLAN
Baseado na história de
CHRISTOPHER NOLAN & DAVID S. GOYER
O personagem Batman é uma criação de
BOB KANE
Produtores
CHARLES ROVEN, EMMA THOMAS
CHRISTOPHER NOLAN
Produtores Executivos
BENJAMIN MELNIKER,
MICHAEL E. USLAN, KEVIN DE LA NOY, THOMAS TULL
Diretor de Fotografia
WALLY PFISTER
Desenhista de Produção
NATHAN CROWLEY
Editor
LEE SMITH
Música
HANS ZIMMER & JONATHAN NEWTON HOWARD
Figurinista
LINDY HEMMING
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SINOPSE
Seqüência do sucesso de ação Batman Begins, Batman - O Cavaleiro
das Trevas, volta a reunir o diretor Christopher Nolan e o astro Christian
Bale, reprisando o papel de Bruce Wayne/Batman.
Com a ajuda do comissário Jim Gordon e do novo promotor Harvey
Dent, Batman se dedica a combater de vez o crime organizado em Gotham.
De início, o trio se mostra eficaz, porém eles logo se vêem reféns de um
poderoso criminoso conhecido como Coringa, que faz Gotham mergulhar na
anarquia e força o Cavaleiro das Trevas a chegar mais perto do que nunca de
ultrapassar a linha tênue que separa o herói do justiceiro.
O indicado ao Oscar® Heath Ledger (O segredo de Brokeback Mountain)
interpreta o arquivilão Coringa, e Aaron Eckhart faz o papel do promotor
Harvey Dent. Maggie Gyllenhaal integra o elenco como Rachel Dawes.
Repetindo seus papéis de Batman Begins estão Gary Oldman, como o
comissário Jim Gordon; o vencedor do Oscar® Michael Caine (Regras da Vida)
como o mordomo Alfred; e o também ganhador do Oscar® Morgan Freeman
(Menina de Ouro) como Lucius Fox, o fiel ajudante e apoiador de Wayne.
Batman – O Cavaleiro das Trevas é baseado nos personagens que
aparecem em histórias em quadrinhos publicadas pela DC Comics. Batman foi
criado por Bob Kane.
Seis seqüências de Batman – o Cavaleiro das Trevas foram filmadas
com câmeras IMAX, inclusive a abertura de seis minutos de duração. Trata-se
da primeira vez que um filme de grande orçamento é filmado parcialmente
com câmeras IMAX, uma integração revolucionária dos dois formatos de
cinema. A IMAX Experience® será exibida em IMAX DMR (letterbox), enquanto
as cenas filmadas com câmeras IMAX em filme de 15/70 mm se expandirão
verticalmente para preencher a tela do IMAX inteira, com até oito andares de
altura, para gerar uma experiência inesquecível no cinema.
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SOBRE A PRODUÇÃO
“Existem homens que não estão à procura de algo lógico, como dinheiro.
Eles não podem ser comprados, nem intimidados.
Não é possível argumentar nem negociar com eles.
Alguns homens só querem ver o mundo em chamas.”
Com Batman Begins, o roteirista e diretor Christopher Nolan inaugurou
um novo capítulo na franquia de filmes de Batman, levando o personagem
lendário de volta às suas origens, reimaginando como e porque o industrial
bilionário Bruce Wayne se tornou o enigmático combatente do crime
conhecido como Batman. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, Nolan
retorna à saga de Batman com o personagem que hoje, nas palavras do
diretor, “está totalmente moldado”.
Nolan continua: “Achei que deixamos o mundo de Batman em um ponto
interessante no primeiro filme, e o filme sugeria uma direção intrigante pela
qual a história poderia prosseguir”. Nolan desenvolveu a história com David S.
Goyer, com quem colaborou no roteiro de Batman Begins. Nolan e o irmão,
Jonathan, então, trabalharam juntos no roteiro de Batman – O Cavaleiro das
Trevas.
Nolan revela que se concentrou mais em como a própria existência do
Batman alterou Gotham no novo Batman – O Cavaleiro das Trevas. E não
foi, pelo menos inicialmente, para melhor. “No final de Batman Begins, nós
insinuamos a ameaça da escalada da violência: ao perseguir os cartéis
criminosos da cidade e atacar seus interesses, Batman poderia provocar uma
resposta ainda maior da comunidade criminosa; e agora isso aconteceu. Há
algumas conseqüências muitas negativas de sua cruzada que estão prestes a
ocorrer em Gotham”, ele revela.
O produtor Charles Roven comenta que o problema se estende além dos
criminosos que moram em Gotham. “Por um lado, Batman começou a livrar
Gotham do crime e da corrupção que assolavam a cidade; mas, ironicamente,
o vácuo que ele criou atrai um elemento criminoso ainda mais poderoso, que
vê isso como sua oportunidade para assumir o controle da cidade”.
A produtora Emma Thomas observa: “Em Batman Begins, nós nos
concentramos nas origens do personagem: como Batman evoluiu do próprio
trauma inicial de Bruce Wayne, seus medos, sua raiva e, por fim, sua
resolução de combater o crime e a corrupção. Em Batman – O Cavaleiro das
Trevas, Batman se tornou mais conhecido para a polícia e os cidadãos de
Gotham, mas enquanto alguns o consideram um herói, outros se perguntam se
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ele está causando mais mal do que bem. E a chegada de um novo tipo de
criminoso aumenta os riscos nesse debate”.
“O intrigante é que o playboy bilionário Bruce Wayne, com seus carros
fabulosos, uma bela mulher em cada braço e sem nenhuma preocupação na
vida, não é de forma alguma quem esse homem é de verdade. Assim, embora
Wayne use uma máscara para proteger sua identidade como Batman, na
verdade é Batman quem define a verdadeira identidade de Bruce, e a imagem
pública de Bruce Wayne é a 'máscara' que ele usa para coexistir nesse
mundo”, Thomas acrescenta.
Mas não começou dessa maneira. Retornando ao papel duplo de Bruce
Wayne/Batman, Christian Bale afirma: “Creio que Bruce achou que seria por
tempo limitado, que Batman serviria como uma inspiração para Gotham e
que, por fim, ele poderia deixar o personagem para trás. Mas ele está
começando a compreender, cada vez mais, que isso é algo que ele não pode
abandonar agora, ou que talvez nunca possa abandonar. Há novos inimigos dos
quais a cidade precisa ser protegida”.
O mais perigoso desses vilões é o mais abominável arquiinimigo de
Batman, um louco violento e sem remorso chamado Coringa. “O Coringa é o
arquivilão supremo do cinema. Ao seu próprio modo, ele é um ícone tanto
quanto o Cavaleiro das Trevas, e isso nos brindou com a oportunidade e o
desafio de explorar o ponto de vista distorcido do personagem. Mas também
queríamos criar um vilão que, por mais colorido e extravagante que fosse,
ainda se baseasse na realidade. Para manter o tom estabelecido em Batman
Begins, decidimos que ele é um sujeito bastante sério, apesar de ser chamado
de Coringa. Por isso, começamos com a noção do Coringa como a forma mais
extrema de anarquista, uma força do caos, um criminoso sem propósito que
não está à procura de nada e, por isso, não pode ser compreendido. Ele não é
somente uma imensa força destruidora, como também tem grande prazer em
sua natureza assassina, o que é um espetáculo bem aterrorizante”, explica
Nolan.
“À medida que o roteiro era desenvolvido, começamos a explorar o
efeito que um homem poderia ter sobre uma população inteira, as diferentes
maneiras nas quais ele perturbaria o equilíbrio das pessoas, as diversas formas
em que ele poderia fazer com que suas regras de vida, ética, crenças e
humanidade se voltassem contra elas mesmas. Você pode dizer que vimos
ecos disso em nosso próprio mundo, o que me levou a acreditar que anarquia
e caos, mesmo a ameaça da anarquia e do caos, estão entre as coisas mais
assustadoras que a sociedade enfrenta, especialmente hoje em dia”.
“O Coringa não segue absolutamente nenhuma norma. Como combater
alguém cuja determinação é destruir, mesmo que isso signifique a
autodestruição? Trata-se de um adversário formidável”, afirma Bale. O ator
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prossegue dizendo que a falta total de moralidade do Coringa é uma de suas
armas mais potentes na guerra contra Batman porque, em oposição, "Batman
tem um código moral muito rígido sobre o que faria ou não, e o Coringa pode
se aproveitar disso”. Ele completa: “Batman ainda tem uma imensa reserva
de raiva e dor e sabe que poderia facilmente ir longe demais, por isso não
deve ultrapassar esse limite. Ele precisa ter certeza de que, ao perseguir um
monstro, ele próprio não se tornará um. Chris Nolan levantou questões éticas
interessantes neste filme sobre as complicações de ter poder em oposição a
aspirar ao poder”.
Bale, que conta Batman – O Cavaleiro das Trevas como seu terceiro
trabalho com Nolan, acrescenta: “Acho que Chris tem um grande talento para
satisfazer a necessidade de ‘uma viagem de montanha russa’, do
entretenimento puro, sem prescindir de momentos de grande conflito pessoal
e da dualidade dos personagens. Ele consegue fazer as duas coisas sem
comprometer nenhuma delas”.
Embora o Coringa provoque caos e medo, o promotor público Harvey
Dent é o novo rosto da lei e da ordem em Gotham. “Harvey é um homem do
povo. Ele é um herói típico americano de uma maneira muito diferente de
Batman. Assim, agora temos o trio formado por Batman, Harvey Dent e o
comissário Gordon — o sistema judiciário, a polícia e um justiceiro — numa
aliança para reduzir o crime. O auxílio de Batman lhes dá uma vantagem
sobre os criminosos, mas ainda é a polícia que os prende, e depois eles serão
julgados pelo sistema judiciário. Porém, surge a pergunta sobre se é possível
ser flexível com as leis sem transgredi-las. E isso se torna o tema subjacente
da história”, diz Nolan.
A dinâmica entre os três combatentes do crime muda abruptamente
quando uma reviravolta imprevisível destrói o leal promotor público Harvey
Dent e dá origem ao vilão vingativo Duas-Caras. Nolan comenta: “A esperança
que Harvey representa para Gotham, e depois a tragédia do que acontece a
ele e sua transformação em Duas-Caras… É uma história extraordinária”.
O diretor observa: “O Coringa é um vilão mais exibicionista, por isso ele
atrai a atenção. Mas, sob alguns aspectos, Harvey Dent/Duas-Caras é um
personagem mais interessante porque tem um desenvolvimento
impressionante. Nosso Coringa não tem um desenvolvimento em si; ele é
determinado o tempo inteiro. O Coringa e Harvey Dent são os dois
personagens mais fascinantes dos quadrinhos de Batman. Eles têm uma
característica quase mítica, e eu desejava vê-los pelo prisma do mundo que
criamos”.
Em um movimento revolucionário, Nolan ampliou o escopo desse mundo
primeiramente com a direção. Nolan filmou as seis seqüências de ação
principais com câmeras IMAX, tornando-se o primeiro diretor a usar câmeras
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desse formato para filmar, ainda que apenas parcialmente, um longametragem tradicional. “Ao continuar a história de Batman, o desafio era
tornar as coisas mais grandiosas e melhores, expandir o mundo que
estabelecemos no primeiro filme, tanto por meio da história quanto da forma
como a apresentamos. Fiquei empolgado com a forma como a fotografia IMAX
se mostrou. Ela lança o público bem no meio da ação de uma maneira que
nenhum outro formato de filme poderia. Ela me faz voltar à época em que eu
era criança indo ao cinema e vivenciando o escopo, a escala e a grandiosidade
que o cinema de qualidade pode oferecer. Como cineasta, acho que sempre
se está tentando voltar a isso, e expandir o cenário de nossa história com o
IMAX pareceu uma ótima maneira de fazê-lo”, ele comenta.
Os realizadores também fizeram várias mudanças no mundo de Batman:
o lar da família de Bruce Wayne, a Mansão Wayne, foi incendiada no final de
Batman Begins; por isso, Bruce agora reside em uma moderna cobertura com
vista para a cidade. Batman também tem um Bat-uniforme recém-desenhado,
que lhe proporcionou uma maior amplitude de movimentos e um maior campo
de visão: “Eu posso virar a cabeça”, diz Bale com um sorriso. E o ágil e
poderoso Bat-Pod faz sua muito aguardada estréia enquanto o Cavaleiro das
Trevas costura pelo tráfego de Gotham em uma seqüência de perseguição
intensa filmada nas ruas de Chicago.
A busca de Batman por justiça também o leva por uma odisséia por
meio mundo até Hong Kong, marcando a primeira vez que o Cruzado
Mascarado deixa os limites de Gotham na tela.
“Chris tinha uma visão geral maravilhosa do que ele queria alcançar
com este filme, e ele foi capaz de realizar isso e muito mais. Ele é um desses
raros diretores que, quando lhe conta o que está tentando fazer, não importa
o quanto ambicioso seja, você confia que o fará, geralmente até melhor do
que você imaginou”, elogia Roven.
“Ou se morre como herói, ou vive-se o
bastante para se tornar o vilão.”
Batman - O Cavaleiro das Trevas traz de volta vários membros do
elenco de Batman Begins, começando por Christian Bale no papel-título. Bale
conta que recebeu com alegria a oportunidade de mais uma vez viver a figura
solitária, que precisa abandonar muito de sua identidade pessoal em nome do
bem maior. Ele comenta: “Bruce está certamente em sacrifício, tanto mental
quanto fisico, como conseqüência desse personagem Batman que ele pôs em
ação e agora não consegue mais controlar. Mais do que uma persona, ele criou
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um símbolo, e esse símbolo não pode ter limites. Ele não pode jamais mostrar
fraqueza. Então, há o conflito entre o que é bom para Bruce Wayne e o que é
a coisa certa a ser feita pelo Batman, porque os dois nem sempre são
compatíveis”.
“Trabalhar com Christian é uma alegria e simplesmente muito
divertido. Ele é uma presença muito interessante para se ter no set. Ele tem
também intensidade, é incrivelmente concentrado em aproveitar a realidade
psicológica de qualquer personagem que esteja interpretando. Ele aplica a
mesma abordagem disciplinada para encontrar a verdade desse personagem e
a mantém. Isso é uma grande ajuda para mim como cineasta porque sei que
ele está preparado e domina o modo como seu personagem se movimentará
pela história. Na verdade, ele tem muitas das mesmas qualidades que Bruce
Wayne aplica para se transformar de um homem comum nessa figura
extraordinária de combate ao crime”, analisa Nolan.
“Christian trouxe em sua atuação tudo que se poderia desejar para o
personagem: a estatura, a ressonância emocional, a complexidade. É
impressionante observá-lo no set. Ele levou seu papel um nível além neste
filme”, afirma Roven.
Nolan acrescenta que, embora Bale interprete em Batman – O
Cavaleiro das Trevas o mesmo personagem que interpretou em Batman
Begins, os dois filmes apresentaram desafios muito diferentes para o ator.
“Em Batman Begins, havia muito esforço físico, ele precisou ficar em ótima
forma e aprender todo tipo de habilidade com relação ao modo como Batman
luta, o jeito como ele se movimenta. Eu diria que este filme exigiu um
processo mais interno porque Bruce está percebendo o preço pessoal de viver
essa vida dupla, e está questionando as escolhas que fez. Christian transmite
esse conflito emocional de maneira muito convincente, muitas vezes sem
dizer uma palavra”.
Contudo, o papel de Batman tem um aspecto físico inerente, por isso
Bale mergulhou em um curso de atualização no Keysi Fighting Method (KFM)
que Batman emprega contra seus inimigos. Uma disciplina de artes-marciais
relativamente nova, KFM é um método de luta intuitiva com uma forte ênfase
na concentração mental, mas Bale também precisava estar no auge da
condição física. Ele treinou com os coordenadores de luta Keysi, Andy Norman
e Justo Dieguez, por duas a três horas diariamente. “No KFM, você precisa
desenvolver cada parte de seu corpo como uma arma, o que não é tarefa
fácil. Trabalhamos Christian de forma muito extrema, e era fantástica a
rapidez com que ele absorvia tudo. Havia uma progressão clara em seu
treinamento desde o primeiro filme. Ele compreende o KFM muito melhor, por
isso era mais forte; e seu movimento, inacreditável”, relata Norman.
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“É um método de luta fascinante porque ele usa a adrenalina que todos
sentem ao entrar em uma situação de ameaça ou violência. Vem mesmo de
dentro. Em vez do tipo de calma zen de que se utilizam algumas artes
marciais, o KFM se baseia no instinto animal e no desenvolvimento desses
instintos para que sejam letais; por isso, ele é perfeito para Batman”, explica
Bale.
Mas o Cavaleiro das Trevas está prestes a enfrentar um criminoso
singular chamado Coringa, que tem pouca preocupação com Keysi ou qualquer
outro método de luta. Em uma luta justa, segundo Bale: “Batman o destruiria,
mas o Coringa não luta de forma justa. Ele tem outros truques na manga,
então é mais um jogo psicológico. Porém, ele encontra em Batman um
oponente muito digno, e acho que gosta disso”.
Heath Ledger interpreta o papel do Coringa, o palhaço maléfico, que é
talvez o mais reconhecível dos arquiinimigos de Batman. Para escalar o papel,
Nolan diz que a principal qualidade que procurava era o destemor. “Precisava
de um ator fenomenal, mas ele também precisava não ter medo de assumir
um papel tão icônico. Heath criou algo completamente original. É
impressionante, é cativante e surpreenderá as pessoas”, diz o diretor.
O diretor lembra que se encontrou primeiramente com Ledger para
conversar sobre o papel antes mesmo de haver um roteiro. “Conversamos
sobre como víamos esse personagem e nós tínhamos exatamente o mesmo
conceito; o que interessava ao Coringa era a ameaça de anarquia e ele
adorava criar caos e medo em grande escala. Heath parecia compreender
instintivamente como tornar esse personagem diferente de tudo que já tinha
feito antes”, recorda.
Roven analisa: “O Coringa é um dos maiores vilões da tradição dos
quadrinhos: psicótico, enigmático, esperto, diabólico, charmoso, engraçado e
divertidíssimo de se observar. Sabíamos que seria necessário um ator
extraordinário para interpretá-lo e Heath teve bom desempenho sob todos os
aspectos. De cada nuance física a cada emissão vocal, é simplesmente um
desempenho inesquecível”.
Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, o Coringa surge em cena sem
aviso e sobe impiedosamente na hierarquia do crime de Gotham. “Nunca
desejamos fazer uma história original para o Coringa neste filme, queríamos
mostrar a ascensão do Coringa. Em certo sentido, o Coringa é uma resposta
lógica para o Batman, que instigou esse tipo de comportamento extremo em
Gotham”, Nolan sustenta.
Bale acrescenta: “O Coringa quer bater Batman, provar que todo
mundo tem um preço e até mesmo Batman pode ser utilizado de uma forma
que comprometeria seus princípios. Realmente acho que ele está satisfeito
por descobrir que Batman não faria isso, e isso cria para o Coringa um
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oponente ainda melhor nesse jogo. Ele é um personagem fascinante, e Heath
fez um trabalho extraordinário com ele. Não acho que o filme teria
funcionado tão bem se não tivéssemos um ator do calibre de Heath Ledger,
que era realmente capaz de arriscar, como o Coringa faz em Gotham”.
“Queríamos que o Coringa representasse o mal puro e não adulterado,
no sentido de que não há motivação lógica para suas ações. Era isso que
queríamos soltar na cidade de Gotham. Ele é uma realidade essencial”, Nolan
resume simplesmente.
Apesar disso, Emma Thomas é rápida em observar: “Ele é muito
engraçado. Sei que isso soa até certo ponto bizarro, pois como alguém tão
deplorável pode ser engraçado? A abordagem de Heath no papel não foi
esdrúxula, e apesar disso foi hilariante, tanto fisicamente quanto no seu
sarcasmo. Com o Coringa, acho que você se descobrirá estarrecido e
aterrorizado, mas divertindo-se imensamente ao mesmo tempo”.
No outro lado da lei, outra figura ganhou importância em Gotham.
Harvey Dent, o novo promotor público eleito, que tem como missão
desmontar o controle do crime organizado em sua cidade sitiada. Dent é
interpretado por Aaron Eckhart, que comenta: “Harvey assumiu a
responsabilidade de enfrentar o crime organizado e limpar as ruas. Ele é a
novíssima esperança em Gotham, o ‘Cavaleiro Branco’, como é chamado. Ele
começa cheio de otimismo e entusiasmo, porém termina de forma
completamente diferente. É um ótimo papel e sou um grande fã de Chris
Nolan, então quando ele me abordou a respeito do filme, não precisei pensar
muito”, o ator revela.
Nolan diz que, embora Eckhart tenha toda a aparência do promotor
público bonito e carismático, havia profundas razões para escolher o ator.
“Procurávamos alguém que pudesse incorporar o charme tipicamente
americano porque você precisa investir nele como uma figura muito atraente
e heróica no começo do filme. Mas ele precisava também ter uma
superioridade; ele precisava sugerir essa corrente oculta de raiva e escuridão
que Harvey Dent precisava ter, de modo que o ponto a que ele chega fosse
verossímil. Pode-se apresentar um personagem assim como uma figura heróica
sem nenhuma falha, nenhum lado sombrio. Aaron captou todas essas
qualidades muitíssimo bem”, elogia.
Como o novo promotor público de Gotham, Harvey Dent não só precisou
lutar contra o aumento do crime, mas também contra um justiceiro conhecido
como Batman. “É uma dinâmica interessante porque Harvey vê Batman
lutando contra o crime de um modo que gostaria de agir, mas não pode.
Harvey precisa permanecer dentro dos limites da lei. Ele precisa fazer
publicamente o que o Batman está fazendo veladamente. Ele admira as
intenções de Batman, mesmo que não possa apoiar publicamente seus
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métodos. Mas o que ele pensa de Bruce Wayne é bem diferente. Ele vê Bruce
como nada mais que um playboy urbano sem nenhuma credibilidade real”.
“Harvey acha que Bruce é um completo idiota da classe alta. Muito o
surpreenderia descobrir que ele é na verdade o homem por trás da máscara”,
observa Nolan.
Apesar da opinião de Dent sobre sua imagem pública, Bruce Wayne
aprecia os novos esforços do promotor público em nome da cidade. Nolan
comenta: “Parecia mais lógico para nós que Bruce inicialmente visse Batman
como uma cruzada de curto período, como um símbolo para inspirar as
pessoas de bem de Gotham a retomar sua cidade. Em Harvey Dent, ele
finalmente vê a resposta que procurava. Harvey é o herói de que Gotham
precisa, um herói com rosto, não um que usa máscara”.
No entanto, afirma Thomas: “Há uma certa quantidade de oportunismo
pessoal acontecendo também, porque se Harvey Dent for bem-sucedido,
então talvez Bruce possa deixar de ser Batman. Talvez haja um mundo em
que ele possa retornar a uma vida normal. Há uma grande parte dele que
deseja pendurar sua capa. Se Bruce gostaria realmente de pendurar a capa de
Batman neste ponto, eu não sei. Acho que nem ele sabe. Porém, há
certamente uma parte dele que sente que começou algo que saiu de controle,
e Harvey Dent pode ser sua única esperança de ser capaz de terminar”.
Para Bruce Wayne, uma chance de uma vida normal também significa
uma oportunidade de futuro com o amor de sua vida, Rachel Dawes, que
também trabalha para Dent como promotora pública assistente. Nesse
sentido, o promotor público não é uma esperança, mas um obstáculo, porque
Rachel está envolvida com ele profissional e romanticamente também. “Com
relação a Rachel, há uma contradição nos sentimentos de Bruce por Dent.
Embora ele respeite Dent, outra parte de Bruce só quer nocauteá-lo”, diz
Bale. “Por isso, o lado ideológico de Bruce e seu lado muito humano estão
novamente em desacordo um com o outro”, acrescenta.
Escolhida para o papel de Rachel, Maggie Gyllenhaal observa: “Rachel
tomou a decisão dolorosa de que é impossível para ela estar com Bruce
enquanto ele for o Batman. Então, Harvey Dent entra em sua vida, e ela fica
louca por ele. Acho que a admiração dela por Harvey, ao contrário de
Batman, ou em vez do que Bruce Wayne está fazendo como Batman, é porque
ele não é um justiceiro. Ele não está se colocando acima da lei pelo que
acredita, que é, no fundo, o melhor para as pessoas de Gotham. Em vez disso,
Harvey acredita no sistema, mesmo que ele seja imperfeito, e trabalhará
dentro do sistema para alterar as coisas que estão corrompidas. Acho que é
por isso que Rachel o ama e pensa que ele é um herói à sua própria maneira.
Ao mesmo tempo, ela ainda ama genuinamente Bruce e obviamente sabe que
ele está apaixonado por ela, por isso é uma situação realmente desagradável.
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“Para mim eles são Christian Bale e Aaron Eckhart, e ambos estão
espetaculares, então como atriz foi fácil conviver com essa situação
desagradável”, diz Gyllenhaal com uma risada. “O fato de eu querer fazer
parte do filme teve quase tudo a ver com Chris Nolan e o restante do elenco.
Desde o início, Chris era muito envolvente e estava muito interessado em
minhas idéias para o papel. Ele tinha certeza de que queria que Rachel fosse
inteligente e capaz, e não a donzela em apuros, embora ela esteja em apuros
algumas vezes. Incentivamos um ao outro de formas diferentes para tornar
Rachel quem ela é”, completa.
“Maggie é uma atriz fantástica. Sempre adorei seu trabalho e queria
uma oportunidade de trabalhar com ela, e o papel de Rachel neste filme
parecia uma combinação perfeita. Maggie tem muita inteligência, maturidade
e é muito carinhosa; e também, é claro, adorável! Você realmente acredita
nela neste papel. Acho que ela transmitiu de forma excelente o conflito de
Rachel entre esses dois homens na vida dela, e pode-se ver porque os dois
homens naturalmente se sentem atraídos por ela. Rachel tem um passado com
Bruce, e ele sempre estará no coração dela, mas também ama Harvey e pode
vislumbrar um futuro com ele”, afirma Nolan.
Porém, tudo isso muda em um instante quando um incidente chocante
transforma o respeitável Harvey Dent no horrivelmente deformado DuasCaras, que agora só tem uma motivação: vingança. “Algo terrível acontece e
altera tudo em sua vida e o ódio assume o controle. Ele tira força e dor de seu
pesar e se prepara para matar os vilões, ou quem ele agora identifica como
vilões. Ele ainda quer justiça, mas agora ele a busca fora da lei de acordo com
a qual um dia viveu. Não penso nele puramente como um vilão da forma que o
Coringa é. No momento em que Harvey se torna Duas-Caras, seu ponto de
vista está tão distorcido que começa a ver o Coringa como uma personalidade
semelhante à sua, e o Coringa sabe que tem Harvey onde quer. É uma ótima
cena, e Heath fez um trabalho maravilhoso. Como ator, foi emocionante
trabalhar com ele. O desempenho de Heath tornou esse Coringa um
personagem do cinema inesquecível. Ele era tudo que se poderia desejar em
um arquivilão terrível como o Coringa; e, apesar disso, foi completamente
original”, diz Eckhart.
Nolan observa: “O Coringa é aterrorizante porque parece não haver
motivo para o que ele faz. Ele é simplesmente uma força da natureza em
ação. Com Duas-Caras, você vê sua transformação e compreende de onde vêm
a raiva e a dor. Aaron fez um trabalho extraordinário ao interpretar o
desenvolvimento trágico de Harvey Dent e Duas-Caras; ele nos conduz por
essa viagem emocional”.
Afora o exemplo óbvio de Harvey Dent/Duas-Caras, o diretor analisa:
“Há várias dualidades no filme, e há vários relacionamentos duplicados. O
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relacionamento entre Batman e o Coringa é interessante, como é o
relacionamento entre Harvey Dent/Duas-Caras e o comissário Gordon”.
Repetindo seu papel em Batman Begins, Gary Oldman interpreta o
comissário Jim Gordon, o chefe da Unidade de Crimes Hediondos da Polícia de
Gotham. “Gary é um ator notável. Gordon poderia ter sido um papel direto
em comparação, especialmente cercado pelos personagens mais excêntricos e
bizarros, mas Gary trouxe muitas nuances para sua atuação”, diz Roven.
Nolan comenta: “No primeiro filme, Gordon era um personagem muito
reservado. Ele exigia um ator que pudesse interpretar um papel importante
de forma muito sutil e comedida. Fiquei entusiasmado por conseguir trazer
Gary de volta como Gordon, mas em uma história que desafia mais o
personagem e permite que Gary mostre mais daquilo que ele é tão bom em
fazer”.
Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, Gordon está enfrentando
pressão cada vez maior de todos os lados no início da recente escalada de
crime, mas, como um policial de carreira, ele sabe que sua primeira e melhor
opção é seguir seus instintos, que lhe dizem para confiar em Batman. Ele
compreende que Batman agora representa algum perigo para Gotham, porém
acredita que Batman pode ser sua salvação em última análise, especialmente
com a chegada do Coringa. “A polícia nunca se viu diante de nada semelhante
ao Coringa. Ele não está interessado em dinheiro nem mesmo em poder, no
sentido comum da palavra. O que interessa ao Coringa é o caos, ele faz o que
faz pela diversão. Como você policia alguém assim?”, indaga Oldman.
Thomas acrescenta: “Gordon não confia completamente em Harvey
Dent ainda, porque nunca houve um político em Gotham que não fosse
corrupto de alguma maneira. Ele sabe que algo precisa ser feito e decide que
Batman é sua melhor opção porque conhece as intenções dele e tem fé que as
coisas melhorarão a longo prazo”.
Bruce Wayne tem dois outros aliados confiáveis em sua vida: seu leal
mordomo, Alfred Pennyworth, que, desde que os pais foram assassinados, tem
sido essencialmente o único pai que Bruce conheceu; e o brilhante Lucius Fox,
que hoje é o diretor executivo da Wayne Enterprises, e também inventor do
arsenal de alta tecnologia de Batman. Os atores premiados com o Oscar®
Michael Caine e Morgan Freeman retornam como Alfred e Lucius,
respectivamente, tendo interpretado os mesmos papéis em Batman Begins.
Como confidentes mais próximos de Bruce Wayne, Alfred e Lucius
conhecem a verdade, porém a responsabilidade acompanha essa informação
privilegiada. Cada um à sua maneira, também servem como mentor, defensor
e algumas vezes como a consciência de Bruce. “A ligação entre eles é muito
clara, mas você vê os lados diferentes de seus relacionamentos. Lucius Fox
está completamente ciente do que Bruce está fazendo como Batman e aprova
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em grande parte. Porém, no decorrer do filme, testamos os limites do que
Lucius acha aceitável em relação ao que Bruce faz como Batman”, realça
Nolan.
Freeman observa: “Vejo Lucius como uma mente prática para fazer o
que precisa ser feito para facilitar a missão desse homem. Batman se
apresentou como um defensor da justiça, e depois que ele estabeleceu essa
idéia e o mundo passou a contar com ele, ele precisa assumir a
responsabilidade. Mas Lucius questiona se há limites para o que ele faria para
ajudar Bruce a vencer esse desafio”.
Por outro lado, diz Nolan: “Alfred acredita firmemente no que Bruce
está fazendo e o incentiva a levar isso ainda além, caso necessário, porque
Alfred crê que é a coisa certa a ser feita. É claro que Alfred também está
preocupado com o lado humano de Bruce, porque Alfred o criou desde garoto,
mas tenta não deixar seus temores pela segurança pessoal de Bruce serem um
obstáculo ao orientá-lo a prosseguir com seu objetivo”.
Bruce Wayne conta a Alfred que, como um símbolo, Batman não pode
ter limites. “Mas para Alfred, Bruce é uma pessoa de verdade e portanto
possui limitações”, diz Caine. “Bruce é como um filho para ele, e você sempre
vê seus filhos como crianças, mesmo quando eles já cresceram. Por isso, é
claro, Alfred se preocupa com o que ele está fazendo. Penso em Alfred como
o anjo da guarda de Bruce, não só fisicamente, mas psicológica e
moralmente. Há questões reais aqui, e Alfred muitas vezes o critica por isso.
O relacionamento de Alfred com Bruce é muito humano e também, acho,
muito bem-humorado”, diz Caine com um sorriso.
O diretor observa que o humor de Alfred surge naturalmente: “Michael
é um sujeito muito engraçado; nunca trabalhei com um ator que tivesse o
tempo da comédia de forma tão natural. Ele sabe exatamente o que fazer
com uma fala para obter a maior risada.
“Trabalhando com grandes veteranos como Michael Caine e Morgan
Freeman, eu me beneficiei imensamente da experiência deles”, continua
Nolan. “Eles têm uma presença tranqüila no set, e simplesmente inspiram
todos ao redor a estarem em sua melhor forma. Foi um privilégio trabalhar
com eles no primeiro filme e uma honra tê-los de volta para Batman – O
Cavaleiro das Trevas”, diz.
Também fazem parte do elenco principal: Eric Roberts, como Maroni,
um dos cabeças do cartel criminoso de Gotham; Chin Han como Lau, um
magnata dos negócios asiático, que faz ao sindicato do crime de Gotham uma
oferta irrecusável; Nestor Carbonell como o prefeito de Gotham; e Anthony
Michael Hall como um repórter de televisão. Cillian Murphy também retorna
em uma participação especial como Espantalho.
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Nolan resume: “O elenco é uma reunião excelente de alguns dos atores
mais extraordinariamente talentosos que trabalham no cinema, tornando a
experiência empolgante para todos os envolvidos. Isso gerou uma ótima
atmosfera no set, e era mágico assistir a atores com muitas abordagens
diferentes se reunirem e trabalharem arduamente em busca dos mesmos
objetivos”.
“Vai querer o Bat-Pod, senhor?”
“Em pleno dia, Alfred? Não é muito sutil.”
Na tela, Lucius Fox ganha o crédito por fornecer a Batman o cinturão
de combate ao crime de última geração, seu novo e aperfeiçoado Batuniforme, armas e diferentes meios de transporte. Na vida real, contudo, o
crédito vai para Chris Nolan e as equipes de design por trás das câmeras,
lideradas pelo desenhista de produção Nathan Crowley e a figurinista Lindy
Hemming, e também pelo supervisor de efeitos especiais Chris Corbould e sua
equipe, que transforma design em função.
Chris Nolan observa: “Com Batman Begins, precisávamos mostrar como
coisas como o Batmóvel e o Bat-uniforme foram desenvolvidas. Ao mesmo
tempo, não exploramos completamente todos os dispositivos, então, ao
continuar a história, o que conseguimos fazer foi mostrar como ele se torna
ainda mais tecnológico, permanecendo verossímil. O que gosto no Batman é
que ele não tem superpoderes, exceto sua fortuna extraordinária. Olhando
para isso desse ponto de vista, se você tem recursos financeiros infinitos e,
portanto, muito poder em termos materiais, como você poderia aplicar isso na
criação de alguns dispositivos surpreendentes e técnicas de combate ao
crime, todas elas ainda baseadas em ciência de verdade e na lógica do mundo
real?”
Nolan e Crowley haviam anteriormente redesenhado o lendário
Batmóvel do Cruzado Encapuzado para Batman Begins, criando uma espécie
de mistura de Lamborghini e Humvee. O carro robusto definitivo, o Batmóvel
— apelidado de Tumbler — combina o poder e o manuseio de um carro
esportivo com uma estrutura mais próxima à de um tanque blindado. Andando
sobre seis pneus de caminhão “monstro”, o Batmóvel não tem eixo frontal,
permitindo fazer curvas mais fechadas. Embora pese duas toneladas e meia,
ele pode pular até 1,8 metro de altura e 18 metros de comprimento, partindo
no instante que toca o chão. O Batmóvel pode também fazer de zero a 96
km/h em cinco segundos.
Apesar de o Batmóvel permanecer como uma presença formidável em
Batman – O Cavaleiro das Trevas, o filme apresenta o mais novo veículo de
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Batman, o Bat-Pod, uma máquina em duas rodas pesadamente armada e de
alta potência. “É claro que teríamos o Batmóvel de volta, mas queríamos dar
ao Batman algo novo, um meio de transporte muito exótico e de aparência
muito poderosa. É um veículo de duas rodas, mas definitivamente não é uma
motocicleta. O Bat-Pod é essencialmente para o mundo de motocicletas o que
o Tumbler é para o mundo dos carros”, compara Nolan.
Rápido e manobrável pelas ruas de Gotham, o Bat-Pod também é capaz
de enfrentar todos os terrenos. Tem os mesmos pneus de caminhão “monstro”
encontrados no Batmóvel e fica em pé sozinho, significando que não precisa
de suporte. Bem equipado para situações hostis, ele conta com armas em
ambos os lados: canhões explosivos de 40 mm, metralhadoras calibre .50 e
lançadores de arpão.
O desenho original do Bat-Pod foi fruto da imaginação de Crowley e
Nolan. Com pouco mais do que o conceito básico na cabeça, os dois fugiram
para o quartel-general de design favorito, também conhecido como a garagem
de Nolan, para definir os detalhes. Crowley lembra: “Nós concluímos, ‘Vamos
tentar; vamos construí-lo em tamanho natural’. E assim fizemos. Conseguimos
algumas ferramentas e montamos um modelo em tamanho natural de
qualquer coisa que pudéssemos encontrar que fosse adequada”.
É claro, Nolan e Crowley ainda não faziam idéia se a invenção deles
poderia realmente correr. Foi aí que a equipe de efeitos especiais,
encabeçada por Chris Corboud, entrou. Corbould relata: “Primeiramente,
lembro quando Chris Nolan me mostrou seu plano para o Batmóvel. Não tinha
idéia de como o faríamos funcionar, embora ele tenha sido muito bemsucedido ao final. Então, quando recebi sua ligação me pedindo para dar uma
olhada em algo que ele chamava de ‘Bat-Pod’, pensei, ‘O que você inventou
dessa vez?’”
Corbould voou para Los Angeles, chegou à garagem de Nolan, e a primeira vez
que olhou para Nolan e o modelo de Crowley do Bat-Pod “quase chegou às
lágrimas”, conta Crowley, rindo. “Ele parecia aterrorizado ao pensar que
precisaria realmente mecanizar aquela coisa. Nós ficávamos trazendo xícaras
de chá, e ele só permanecia sentado lá, olhando para ela, como se dissesse:
'Ah, meu Deus, a que horas sai o próximo vôo?’ Era o conflito comum de
design versus engenharia”, continua.
Como se revelou, Crowley não estava distante em sua avaliação do
estado de espírito de Corbould. “Eu fiquei estupefato. Fiquei lá
silenciosamente, fingindo que estava ponderando, mas o pensamento que
percorria minha cabeça era que os dois tinham que estar com um parafuso a
menos. Onde eu ia colocar um trem de força? E com aquelas rodas imensas,
aquela coisa poderia realmente ser guiada? Havia muitos problemas”, admite
Corbould.
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Apesar dessas preocupações, Corbould retornou a Londres, onde ele e
sua equipe começaram a discutir formas de dar vida ao Bat-Pod. Depois de
algumas tentativas e erros, eles desenvolveram o Bat-Pod final, que era
surpreendentemente próximo ao modelo rudimentar que Nolan e Crowley
tinham construído originalmente. Nolan confessa: “Realmente não devia
funcionar, mas de alguma forma Chris e sua equipe encontraram uma forma
de fazer funcionar”.
“O engraçado é que acho que nem Chris nem Nathan já andaram de
motocicleta na vida, por isso eles estavam completamente alheios à mecânica
necessária para fazer aquela coisa se mover. De certa forma foi benéfico,
porque eles não estavam direcionados para uma motocicleta mais ortodoxa,
mesmo que de maneira inconsciente. O fato de que eles não tinham
conhecimento de mecânica ajudou-os a criar esse veículo estranho e
maravilhoso”, diz Corbould.
Na verdade, ser capaz de dirigi-lo era um problema totalmente
diferente. Nolan confirma: “O produto final que Chris e sua equipe criaram
era muito impressionante, muito eficaz e funcionou muito bem, mas
incrivelmente difícil de montar e guiar”.
Para manobrar o Bat-Pod, o motorista tinha que aprender a inclinar o
corpo para frente, quase horizontalmente, e guiar com seus cotovelos, em vez
dos pulsos. Na verdade, a única pessoa que foi capaz de dominar o Bat-Pod foi
o piloto-dublê profissional Jean-Pierre Goy. Corbould comenta: “Trabalhei
com Jean-Pierre algumas vezes, e ele é um dos melhores pilotos de moto no
mundo, se não for o melhor. Imediatamente, ele entrou totalmente na
atitude mental de aprender sobre essa máquina. Ele disse, 'Não vou pilotar
outra motocicleta até terminar essa seqüência’, porque ele tinha que se
concentrar nas características de manejo exclusivas do Bat-Pod. Estaria
mentindo se dissesse que mesmo para ele foi fácil pilotar, mas o visual foi
espetacular quando o fez, por isso valeu o esforço”.
“Preciso de um novo uniforme. Não estou falando de moda, sr. Fox,
mas de funcionalidade.”
“Você quer mobilidade para virar a cabeça…”
A silhueta de Batman é uma imagem indefectível, reconhecida
instantaneamente até mesmo pelo observador mais distraído. Chris Nolan e a
figurinista Lindy Hemming sabiam que era importante preservar aquela
imagem ao desenvolver e atualizar a roupa de Batman em Batman – O
Cavaleiro das Trevas.
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Investindo em uma roupa ainda mais confortável e com maior
flexibilidade, Hemming e sua equipe fizeram pesquisas intensivas sobre os
uniformes usados por pilotos de motocross, bem como sobre as armaduras
usadas pelo exército. “Queríamos que o novo traje do Batman fosse mais
maleável, mais flexível, um equipamento que permitisse a respiração do
corpo, uma espécie de armadura moderna em vez de uma simples roupa de
borracha”, diz Hemming, referindo-se ao material de neoprene utilizado na
fabricação da roupa de Batman em Batman Begins.
O novo uniforme de Batman é composto de 110 peças separadas. A
camada da base da roupa foi feita com um material fabricado a partir de uma
liga de poliéster, empregado pelos fabricantes de fardas militares e de roupas
de alta tecnologia por conta das propriedades permeáveis. Em seguida, peças
soltas e flexíveis, feitas à base de uretano, foram acopladas à liga para
compor a superfície da armadura. Para proteção adicional, pedaços feitos de
fibra de carbono – leves, apesar de serem incrivelmente fortes e resistentes –
foram colocados dentro de alguns dos pedaços de uretano na calça do
uniforme, no peito e no abdômen.
Para ilustrar a evolução da roupa do Batman de Batman Begins até
Batman – O Cavaleiro das Trevas, o supervisor do figurino Graham
Churchyard, observa: “Havia três componentes principais na roupa do Batman
em Batman Begins, enquanto que, no novo filme, há mais de cem deles, o que
evidencia a complexidade do uniforme. Além disso, todas as peças soltas
tiveram de ser feitas a partir de um modelo, que foi criado em gesso. Cada
pedaço, depois, teve de ser replicado dezenas de vezes para os inúmeros
uniformes fabricados e usados na produção. Foi um trabalho minucioso”.
A pedidos, tanto de Nolan quanto de Bale, a principal missão de
Hemming era modificar o uniforme para permitir maior mobilidade da cabeça
e do pescoço. “No passado, Batman sempre teve de mexer os ombros para
poder virar a cabeça, então aquele detalhe foi primordial”, afirma Bale. A
solução, aparentemente simples, foi separar o capuz do resto da roupa, mas o
uniforme tinha de parecer uma coisa só, de forma a não comprometer a
silhueta imponente do Cavaleiro das Trevas.
De maneira geral, o novo design cabia perfeitamente em Bale. “Tudo
ficou muito mais confortável e menos claustrofóbico do que a primeira roupa.
Também me permitiu mais agilidade e possibilidades de movimentos, o que
contribuiu para as cenas de ação e as seqüências de luta. Mas, ainda assim,
me dava uma sensação de invencibilidade”, ele reconhece. “Acabamos nos
sentido protegidos e mais poderosos quando vestimos a roupa do Batman.
Simplesmente funciona”.
Em relação às lutas e à proteção, a nova e melhorada roupa garantiu
muito mais do que simplesmente uma flexibilidade a mais. Ela também trouxe
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uma variedade de dispositivos para ajudar Batman em sua luta contra o crime,
incluindo uma espécie de quilha afiada que pode ser projetada para fora e
arremessada a partir das luvas em seu antebraço; lentes que funcionam como
um sonar visual que descem junto com o capuz de Batman, permitindo-lhe ver
imagens tridimensionais enquanto esconde os olhos atrás de proteções
brancas que brilham no escuro.
O único elemento no design da roupa que permaneceu intocável foi a
capa. Hemming comenta: “Passamos muito tempo desenvolvendo a capa certa
para o primeiro filme, e não estávamos dispostos a mudá-la”. A capa, no
entanto, ganhou uma novidade: ela pode dobrar-se toda, virando uma espécie
de mochila e depois soltar-se ao toque de um comando, efeito obtido por
meios digitais.
Ainda que a imagem de Bruce Wayne não seja tão icônica como a de
seu alterego, ele também tem o seu estilo próprio de vestir, influenciado por
sua condição financeira e social. Para vestir o homem por trás da máscara,
Hemming teve a colaboração do lendário estilista Giorgio Armani. “Chris
Nolan e eu queríamos que Bruce Wayne tivesse uma aparência elegante”,
conta Hemming. “Achávamos que a marca Giorgio Armani seria emblemática
para o visual clássico e contemporâneo que buscávamos para o personagem.
Escolhemos os tecidos e trabalhamos diretamente com o sr. Armani e sua
equipe para fabricar um guarda-roupa inteiro de ternos, feitos sob medida
para o personagem”. Tal como Bruce Wayne, Bale se veste com a mais nova
linha Armani, a Giorgio Armani Hand Made-to-Measure. Cada terno carrega o
tradicional selo feito especificamente para cada um dos clientes, neste caso,
o Giorgio Armani for Bruce Wayne.
Harvey Dent, certamente, não tem a mesma condição financeira de
Bruce Wayne, mas Hemming conta que, ainda assim, seu figurino deveria
denotar certo ar de autoridade e confiança. “Nós o vestimos de maneira
simples, mas em ternos impecáveis feitos pelo (Ermenegildo) Zegna”.
A figurinista pôde ousar muito mais ao escolher a roupa do Coringa,
modificando o visual familiar do personagem para refletir a geração do ator
que o interpretou. Hemming explica: “Logo que soube que o Coringa seria
interpretado por Heath Ledger, quis que o figurino tivesse um estilo mais
jovem, mais descolado do que o das versões anteriores. Basicamente,
pesquisei Vivienne Westwood, Johnny Rotten, Iggy Pop, Peter Doherty e
Alexander McQueen. Colecionei todo tipo de imagens”.
Finalmente, Hemming bolou um conjunto eclético que ela define da
seguinte forma: “Ele é um pouco vaidoso, com um pouco de atitude grunge”.
Na palheta de cores da roupa do Coringa, vemos o roxo do sobretudo, usado
sobre um colete verde. Quando varia um pouco, ele usa uma jaqueta mais
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leve que foi inspirada no visual da Carnaby Street. A camisa foi fabricada com
uma estampa que Hemming pinçou em um mercado de antigüidades.
Os sapatos do Coringa vieram de Milão e foram selecionados pela
figurinista porque tinham uma leve inclinação para cima no lugar do dedão do
pé, o que poderia ser um resquício dos sapatos de palhaço. A gravata foi
confeccionada a partir de um tecido trançado segundo especificações de
Hemming pela Turnbull & Asser, confecção londrina conhecida por fornecer
roupas à realeza britânica. “Heath queria que ela fosse fina, então a gravata
tem uma inspiração dos anos 1960, porém num tecido da Turnbull & Asser.
Ouso afirmar que é a gravata mais esquisita já confeccionada pela Turnbull &
Asser”, Hemming diverte-se. “Quando Heath chegou e mostramos a ele todos
os acessórios e peças de roupa do figurino, ele achou tudo muito original e
mergulhou no papel”.
A maquiagem do Coringa também mudou bastante em relação às
versões do passado. Ainda que o indefectível rosto branco e sarcástico tenha
permanecido, a maquiagem para Batman – O Cavaleiro das Trevas tinha
como objetivo um visual mais descontrolado, o que contribui para a figura
chocante que ele representa. O rosto do Coringa é coberto por pancake
branco quebradiço e umedecido em algumas partes. Os olhos têm maquiagem
pesada preta, e um irregular sorriso vermelho no rosto é pintado a partir da
boca até as bochechas, sempre deixando à vista as terríveis cicatrizes por
baixo. O cabelo é pintado em um sutil, porém perceptível, tom de verde.
O responsável pelo cabelo e maquiagem, Peter Robb-King, observa:
“Evidentemente, o público tinha uma expectativa em relação à aparência do
Coringa, mas ele queria ir fundo, por assim dizer, no que o personagem
representa para a história. Ele é um ser que sofreu traumas em todos os
sentidos possíveis da palavra, então era primordial que criássemos um visual
que não fosse, com perdão da palavra, um ‘coringa’ banal”.
O responsável pela maquiagem de Heath Ledger, John Caglione Jr.,
compara a aplicação da maquiagem no ator a uma “dança”. Ele descreve:
“Heath fazia inúmeras expressões com o rosto, levantava as sobrancelhas,
espremia os olhos, e eu pintava com o branco sobre as contorções faciais
dele. Esta técnica criava texturas e expressões que não seriam obtidas com
um rosto liso, inexpressivo. Daí, eu usava maquiagem preta ao redor dos olhos
de Heath enquanto ele os fechava bem firmemente, o que criava texturas
faciais bastante consistentes. Depois que o preto era aplicado, eu borrifava
água nos olhos, e ele os espremia e balançava a cabeça para a tinta preta
escorrer e borrar o rosto”.
A maquiagem do Coringa também representa um avanço revolucionário
na aplicação de próteses, desenvolvidas e aplicadas pelo supervisor de
próteses Conor O’Sullivan e pelo designer de próteses Robert Trenton. “Eles
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usaram um novíssimo processo baseado em silicone que permite que as
próteses sejam aplicadas na pele de tal forma que parecem costuradas a ela”,
explica Robb-King. “É simplesmente incrível, porque podemos dar um close
com a câmera – até mesmo uma IMAX, de alta definição – e não há falhas”.
O’Sullivan revela: “Demoramos quase dois anos para desenvolver esta
tecnologia, mas, depois de alguns erros, acertamos na mosca. Agora, somos
capazes de produzir pedaços de silicone que são aplicados diretamente na
pele. E ele se mistura perfeitamente à pele; se não revelamos o truque,
ninguém consegue perceber as modificações”.
Além disso, o novo processo diminui significativamente o tempo gasto
na aplicação das próteses antigas. O’Sullivan confirma: “As próteses do
Coringa demorariam, pelo processo antigo, de três a quatro horas para serem
aplicadas. Em vez disso, levávamos 25 minutos e o resultado era bem
superior, o que foi maravilhoso”.
As máscaras de palhaço para a gangue do Coringa foram esculpidas
individualmente, moldadas e, em seguida, pintadas a mão. Curiosamente, os
realizadores tiveram de aprender que cada rosto de palhaço é registrado e de
propriedade da pessoa que a criou originalmente. Dessa forma, todas as
máscaras dos palhaços do filme tiveram de ser inéditas; nenhuma delas
poderia ser copiada de rostos de palhaços existentes.
Os efeitos gráficos na maquiagem do personagem Duas-Caras envolviam
uma combinação de próteses e efeitos visuais. Robb-King e sua equipe
trabalharam de perto com o supervisor de efeitos visuais Nick Davis para
representar o dano feito ao rosto de Harvey Dent, que é tão grave que não
poderia ser obtido apenas com as próteses. Eckhart recorda: “Foi interessante
para mim porque, com a tecnologia, não precisava gastar horas na maquiagem
todos os dias. Todo o processo foi feito sem tanto esforço, pelo menos para
mim”, diz, sorrindo.
“Usar a tecnologia IMAX para filmar algumas das cenas de ação nos deu
grandes possibilidades em relação ao cenário para a história, e o
resultado é uma experiência de grande imersão”.
Christopher Nolan
A produção de Batman – O Cavaleiro das Trevas começou,
efetivamente, semanas antes do início oficial da fotografia principal. Elenco e
realizadores foram até as locações em Chicago para começar a filmar a
seqüência inicial do filme: um dramático assalto a banco que mostra o fervor
criminal do Coringa. As cenas seguintes foram marcos para o cinema, porque
Christopher Nolan tornou-se o primeiro diretor a usar câmeras em tecnologia
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IMAX para filmar seqüências em um longa-metragem tradicional. “Sempre tive
vontade de filmar com IMAX”, relata Nolan. “Via apresentações em IMAX nos
museus e coisas do gênero, e achava o formato completamente
impressionante. A limpidez e a definição das imagens são diferentes de tudo
já visto anteriormente, então pensei que, se pudesse rodar um longametragem com câmeras IMAX – e não apenas filmar com filmes 35mm e
simplesmente projetar em telas IMAX –, o público entraria de fato na
história”.
Emma Thomas observa: “Quando pensamos em alguns dos filmes IMAX,
lembramos que já levaram estas câmeras até o Monte Everest, ao fundo do
oceano, astronautas já o carregaram para o espaço... Se eles conseguiram
isso, certamente poderíamos filmar nas ruas de Chicago com uma câmera
IMAX”.
Como em qualquer primeira vez, Nolan e seu diretor de fotografia de
longa data, Wally Pfister, sabiam que filmar nas ruas de Chicago com câmeras
IMAX seria um desafio, a começar pelo tamanho do equipamento. “As câmeras
são enormes e muito mais pesadas do que uma câmera de 35mm”, confirma
Pfister. “Tivemos que desenvolver uma abordagem completamente diferente,
mas, como ocorre com qualquer desafio na produção cinematográfica, não
podíamos nos intimidar e desistir facilmente. Fomos pouco a pouco avançando
até conseguirmos tudo”.
Para Nolan e sua equipe, este primeiro “pouco” foi a filmagem das
cenas da seqüência inicial do filme. Pfister lembra: “A semana que passamos
filmando a seqüência do assalto ao banco foi uma espécie de escola de IMAX
para nós”. Eles passaram no teste. Filmar o prólogo do filme com câmeras
IMAX não apenas satisfazia, como também excedia todas as expectativas,
então os realizadores decidiram filmar inúmeras outras cenas com o novo
equipamento, o que incluía a maioria das seqüências de ação.
A equipe de Pfister teve de encontrar uma maneira de fixar o aparelho
de forma a não somente capturar, mas também seguir a ação. Eles foram
atrás do pessoal da Ultimate Arm, os premiados criadores da câmera acoplada
ao guindaste giroestabilizado acionado por controle remoto. Os técnicos da
Ultimate Arm reforçaram a cabeça do guindaste, de forma que este pudesse
agüentar o peso das câmeras IMAX. Pfister revela: “Filmamos a maioria das
seqüências com o Bat-Pod com o Ultimate Arm, o que nos deu mobilidade com
a câmera, que subia, descia e girava em torno do Bat-Pod para garantir
imagens estonteantes”.
O carpinteiro principal da produção, Mike Lewis, também criou um
equipamento mais firme que permitia à equipe de filmagem montar as
pesadas câmeras IMAX nos capôs dos carros, nas laterais dos caminhões ou em
qualquer outro lugar que fosse necessário. Todos os encaixes regulares para as
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câmeras tiveram de ser reforçados para agüentar o peso das câmeras IMAX.
Nolan e Pfister também contaram com a ajuda do operador da steadicam Bob
Gorelick, que, segundo Pfister, “fez um trabalho excelente ao conseguir que
aquela câmera ficasse no lugar”.
Com os avanços da tecnologia a seu favor, o diretor de fotografia
pensou que o simples peso da câmera IMAX o impossibilitaria de fazer
qualquer tomada com câmera na mão, mas Nolan tinha outras idéias em
mente. Pfister comenta: “No início da pré-produção, Chris disse para mim,
‘Em algum momento você precisa tentar segurar uma daquelas câmeras IMAX
só para dizer que tentou’. E eu dizia, ‘De jeito nenhum! Eu não vou colocar
essa coisa nos meus ombros’. Mas ele ficou insistindo e me importunando para
que eu tentasse até que finalmente cedi, e decidi que deveria dar-lhe uma
chance. Acabei fazendo uma tomada com a câmera na mão, correndo na
frente de uma equipe da S.W.A.T. para dentro de um prédio. Além de
conseguir filmar a cena, acho que Chris ficou muito orgulhoso por ter me
convencido a fazê-lo”.
“Conseguimos usar o formato IMAX sem ter de abrir mão do formato
que usaríamos com as câmeras menores. A tecnologia não diminuiu o ritmo
das filmagens e foi muito animador ver as coisas serem realizadas”, diz Nolan.
Além do esforço despendido para carregar as câmeras, houve outros
fatores que tiveram de ser repensados com o formato maior de filme. “A
composição das tomadas é completamente diferente, porque o quadro é
muito maior, então precisamos centrar mais as coisas para prender a atenção
do público na ação que se desenrola na cena. E o foco é muito mais crítico,
porque a profundidade de campo é drasticamente reduzida”, esclarece
Pfister, acrescentando que o quadro em tamanho maior também influenciou
diretamente a iluminação. “Um dos maiores desafios em filmar com o IMAX é
tentar esconder as luzes. Com o quadro expandido, o campo de visão também
é aumentado para os lados, e de cima a baixo, então não podemos colocar as
luzes onde normalmente colocaríamos. Temos de colocá-las atrás dos objetos
e em qualquer outro lugar onde possamos escondê-las”.
O tamanho e a claridade das filmagens em IMAX afetaram outros
departamentos também. Nathan Crowley observa: “Filmar em IMAX significa
um grande bônus para um desenhista de produção, porque o público acaba
percebendo detalhes que antes passariam despercebidos. A expectativa é
enorme, ou seja, propositadamente, tivemos de caprichar nos tetos
rebaixados e nos chãos, que tinham de estar tinindo e bem encerados, porque
tudo apareceria no quadro. Tínhamos de garantir que os acabamentos
estivessem muito bem feitos, porque qualquer poeira no chão seria vista”.
Todos concordaram que o resultado final compensou o esforço de ter
de aprender a lidar com esta nova tecnologia. “A diferença é visível”, garante
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Pfister. “É mais apurado; a resolução é melhor, o contraste também ganha
uma saturação de cor mais rica. A imagem, no todo, tem melhor qualidade,
seja com projeção em uma tela IMAX ou em uma tela convencional. Acho que
a ação irá pular para fora das telas em qualquer sala de cinema”.
“Dando continuidade à história de Batman, achávamos importante
sair de Gotham para enxergá-la como um centro urbano mundial”.
Christopher Nolan
Com Batman – O Cavaleiro das Trevas, Christopher Nolan foi em
busca da expansão do mundo de Batman de forma literal, ao transferir a ação
do confinamento de um estúdio para as infinitas possibilidades que as
locações de verdade oferecem. “Estávamos atrás de maneiras de expandir o
escopo do filme. Estava determinado a levar as locações muito além do que
fizemos em Batman Begins”, diz o diretor. “O mundo real é construído em
uma escala impossível de ser reproduzida em um estúdio”.
Assim como em Batman Begins, a cidade de Chicago novamente virou a
fictícia cidade de Gotham. “Passei parte da minha vida em Chicago, então é
uma cidade que conheço bem e da qual gosto muito. Ela é famosa pela
arquitetura e também é uma cidade muito fácil para se rodar um filme.
Ficamos lá durante três semanas para Batman Begins, mas desta vez
estávamos dispostos a ficar por lá durante meses e a ajuda e incentivo que
obtivemos da administração da cidade foram extraordinários”, conta Nolan.
Chuck Roven confirma: “Não tenho palavras para agradecer ao prefeito
Daley, ao Departamento de Cinema de Chicago nem, principalmente, aos
habitantes da cidade, que não poderiam ter sido mais animados e mais
receptivos conosco. Eles cooperaram 100 por cento e nos permitiram fazer
coisas inacreditáveis nas ruas. Sempre fomos muito gratos e sempre tentamos
respeitar o privilégio que nos foi concedido”.
Indiscutivelmente, a façanha mais incrível que a cidade permitiu que a
produção fizesse foi um feito inédito: a rotação de um trailer-trator de 12
metros, de ponta a ponta, justamente no coração da zona financeira da
cidade, mais precisamente na LaSalle Street. Quando Chris Corbould viu o
caminhão girar da maneira que era descrita no roteiro, ele pensou: “Tentei
fazer com que Chris cedesse em alguns pontos – como talvez fazer um giro
menor no caminhão ou usar um em escala pequena –, mas ele não estava
disposto a abrir mão de nada daquilo”.
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Nolan responde: “Finalmente, um dia disse a ele, ‘Chris, o caminhão
tem de ser um de 18 rodas. E sei que você conseguirá um jeito de fazer isso,
porque você é assim, e é isso que você vai fazer’”.
A primeira ordem era se certificar de que o trabalho dos dublês seria
possível na cena. “Depois de cerca de seis semanas de cálculos, estávamos
prontos para fazer um teste de verdade”, Corbould lembra. “Fomos a um
campo a céu aberto, fizemos o caminhão andar a toda velocidade e
apertamos o botão, e ele simplesmente zarpou do chão. Fui até Chris Nolan
depois para lhe dizer que havia funcionado perfeitamente”.
De qualquer forma, os realizadores estavam cientes de que havia uma
enorme diferença entre girar um caminhão no meio do nada e fazer o mesmo
em uma rua no meio da cidade. Antes que pudessem adicionar os dublês, os
engenheiros da cidade foram convocados para garantir que a força necessária
para girar o caminhão não afetaria a estrutura da rua, incluindo as inúmeras
linhas que correm por debaixo do asfalto. Uma vez que os parâmetros de
segurança foram determinados, a produção obteve o sinal verde.
Quando chegou a noite em que se acrescentaria o trabalho dos dublês,
o caminhão fez um giro completo, rendendo aplausos de elenco e equipe
técnica. “Foi algo impressionante de se assistir, o caminhão voando e
aterrissando no local exato em que Chris havia dito que ele aterrissaria”,
observa Nolan. “Em seu topo, parecia um arranha-céu construído ali, e ele
continuou o movimento, com muita graciosidade. Nunca vi nada parecido com
aquilo”.
A seqüência mais explosiva do filme envolvia a implosão de um edifício
inteiro, o que foi realizado no prédio da fábrica Branch’s Candy, desativada
na época. Corbould e sua equipe juntaram-se à empresa de demolição
Controlled Demolition Inc., dirigida por Doug Loizeaux, para criar a explosão.
Corbould relata: “Chris não queria que o prédio desabasse como uma pirâmide
de cartas, ou seja, como uma demolição convencional. Trabalhei com Doug,
que bolou um sistema para que o prédio desabasse em uma espécie de onda,
em uma seqüência. Em seguida, acrescentamos elementos de efeitos especiais
para que a cena ficasse ainda mais espetacular”.
Para os realizadores, a segurança era sempre prioridade. As principais
preocupações envolviam o tráfego de carros nos arredores, bem como as
linhas de trem ativas que corriam próximo ao edifício. A produção entrou em
contato com as companhias de trem e coordenou os horários dos trens para
garantir que nenhum carro passasse no momento da explosão. O trânsito das
ruas próximas também foi interditado para manter curiosos e transeuntes
longe da implosão. Além disso, a cena exigia um ônibus perto da explosão,
então telas de policarbonato foram acopladas às janelas do ônibus para
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garantir que, mesmo se elas quebrassem, nenhum caco de vidro voaria para
dentro do ônibus, repleto de atores da produção.
Em locação em Chicago, os realizadores também levavam vantagem
com algumas das características marcantes da cidade, como a mundialmente
renomada arquitetura local e as ruas desniveladas. Nolan fez um bom uso das
ruas paralelas, que ficam em níveis diferentes, para a emocionante cena da
perseguição de carros entre o Coringa, a polícia e o Batman. A eletrizante
perseguição contou com uma variedade de carros, caminhões oficiais e um
desembestado caminhão de 18 rodas descendo ruas movimentadas como as
partes alta e baixa da rodovia Wacker, as partes baixas das ruas Randolph,
Columbus e LaSalle. Durante a perseguição, o Batmóvel chega a tomar uma
rota alternativa pela recém-remodelada estação de trem sob o parque
Millennium.
Batman – O Cavaleiro das Trevas é o quarto filme de Nathan Crowley
na “Cidade do vento” e o desenhista de produção observa: “A arquitetura de
Chicago é fenomenal; todos os grandes arquitetos do último século
trabalharam lá. E é incrivelmente cinematográfica”.
Crowley escolheu dois edifícios assinados pelo famoso arquiteto Mies
van der Rohe para alocar uma parte das filmagens. O edifício da IMB foi o
local para a Wayne Enterprises Boardroom, o escritório de Harvey Dent, o
gabinete do prefeito e do da Delegacia de Polícia, enquanto o lobby do Hotel
One Illinois Plaza virou a principal área de convivência da nova cobertura de
Bruce Wayne. Logicamente, utilizar o andar do lobby para ambientar a
cobertura significava que os efeitos visuais teriam de criar vistas da cidade
como se fossem do último andar de um prédio. O quarto de Bruce foi
construído separadamente no 39º andar do Hotel 71, na parte leste da rodovia
Wacker.
Bruce e Alfred se instalaram na cobertura porque a propriedade de
Wayne ainda está em construção depois de ter sido destruída por um
incêndio. Nolan comenta: “Ao final de Batman Begins, Bruce diz que
reconstruirá a propriedade tijolo por tijolo. E aquilo demoraria um longo
tempo, então seria muito inverossímil se ele já tivesse se mudado de volta
para a casa. Também houve um período, nas histórias em quadrinhos, em que
Bruce Wayne morou em uma cobertura no centro da cidade, então usamos
isso como um ponto de partida. Queríamos que ele ficasse na cidade, porque
esta história é muito urbana e achávamos importante colocar Bruce no meio
de tudo”.
A cobertura, definitivamente, tem arquitetura mais moderna do que a
da propriedade da família Wayne. Crowley explica: “Tivemos acesso aos
andares mais modernos do hotel, e achamos que aquele estilo da arquitetura
27
seria mais apropriado para o drama que estávamos querendo contar. É frio e
desabitado; não há qualquer sinal de aconchego naquele ambiente”.
Nolan acrescenta: “Bruce vive uma vida muito solitária, de certa
forma, então a decoração árida da cobertura tinha o objetivo de refletir tal
estado de espírito”.
As filmagens em Chicago também foram realizadas em locais como o
Convention Hall, no McCormick Place West, o qual se tornou o enorme
depósito da Wayne Enterprises’ Applied Science Division; o Navy Pier, que foi
o local de uma cena dramática envolvendo cidadãos de Gotham em pânico; e
o antigo Chicago Post Office, empregado em inúmeras cenas, incluindo a
seqüência inicial do assalto ao banco. Além destas locações, o exterior da
Trump Tower, cuja construção estava no início na época das filmagens, foi
usado na crucial cena do embate entre Batman e Coringa. O interior da
estrutura do edifício foi cuidadosamente recriado na Inglaterra, em
Cardington – o hangar de aeronaves adaptado que agora é usado como estúdio
–, onde a luta foi filmada efetivamente.
Despontando dentre os arranha-céus de Chicago, a torre da Sears foi o
lugar escolhido para as filmagens de uma sublime seqüência externa, e
Christian Bale não perderia a oportunidade de ficar no topo do mais alto
prédio dos Estados Unidos. O ator recorda: “Eu ouvi meu dublê, Buster
Reeves, comentando que ele estava a caminho da torre da Sears para filmar
aquela seqüência, e eu disse, ‘Sinto muito, de jeito nenhum. Essa eu tenho
que fazer’. Quando teria outra oportunidade de ficar no topo de 110 andares,
com vista de toda Chicago? É engraçado, e um tanto perigoso o quão
rapidamente eu me senti em casa lá em cima, e como não me intimidei em
andar pela beira do precipício, olhando lá para baixo”.
Longe de ficar preocupado, Nolan entendeu a decisão de seu
protagonista de agarrar a oportunidade única. “Christian gosta de se desafiar
e eu sabia que não o estaríamos colocando em nenhum perigo real. Era
perfeitamente seguro; apenas exigia coragem para ficar lá no topo.
Certamente, eu não o faria, mas Christian parecia estar gostando de filmar lá
e as cenas acabaram ficando lindas. E, depois de tudo isso, andar por um
andaime em um prédio de Hong Kong seria moleza”.
Batman – O Cavaleiro das Trevas envia Batman ao Extremo Oriente
em uma missão para prender um magnata internacional do mundo financeiro,
que vem controlando os mais poderosos grupos criminosos de Gotham. As
cenas foram rodadas em Hong Kong, inicialmente no magnífico edifício IFC2, o
mais alto da cidade. “Eu gostava da idéia de enviar Batman a um lugar
exótico”, diz Nolan. “Já havíamos feito isso com Bruce Wayne no primeiro
filme, antes de ele se tornar o Batman, mas queria mostrar o personagem
Batman fora do universo da cidade de Gotham. Estive em Hong Kong muitos
28
anos atrás em um festival de cinema, e me lembrava que a cidade tinha
ótimas locações. É um lugar incrivelmente visual, o que o torna ideal para
filmagens cinematográficas”.
Para algumas cenas de interior, a produção recorreu aos estúdios de
Cardington, onde um enorme set de filmagens foi construído; o bunker do
Batman, que substituiu temporariamente a caverna, já que Bruce e Alfred
agora moram em uma cobertura. Com o teto repleto de luzes fluorescentes, o
bunker “parece uma gigantesca caixa de luzes”, segundo a descrição de Wally
Pfister, “o que, obviamente, facilitou o meu trabalho em relação à
iluminação”.
Crowley observa que, já que sua nova casa era no meio da cidade,
Batman precisava de uma nova sede. “Ele não poderia ficar indo até sua
caverna, então bolamos a idéia de um bunker que tem semelhanças
arquitetônicas com a cobertura, no sentido de também ser vasto e simples.
Basicamente, é uma enorme caixa de concreto, onde tudo acaba saindo das
paredes e retornando. Ainda assim, ele deveria ter um visual interessante.
Trabalhamos muito as proporções e a perspectiva, o que foi muito divertido”,
explica.
Christopher Nolan observa: “Cada etapa na realização de um filme
dessa envergadura apresenta seus desafios, porém também tem suas
recompensas. É muito emocionante viajar pelo mundo e andar em
helicópteros, andar no Batmóvel pelas ruas de Chicago. Vez ou outra, preciso
me lembrar do quão maravilhoso é o privilégio de fazer parte de tudo isso”.
Outro elemento crítico no design de Batman – O Cavaleiro das Trevas
não é visto, mas ouvido. “A engenharia de som do filme foi extremamente
complicada”, ressalta Nolan. “Havia uma enorme quantidade de elementos
envolvidos na mixagem do som e há momentos em que é difícil detectar o que
é sonoplastia e o que é música”, ele garante. “Há imensas seqüências no filme
em que usamos trilha sonora mínima ou nenhuma. Foi um desafio e tanto para
o nosso engenheiro de som, Richard King, e sua equipe criarem a enormidade
de sons diferentes para provocar reações emocionais que, normalmente, são
dadas por meio da música. O final do filme conta com uma trilha repleta de
música, mas só chegamos a este ponto à medida que a própria ação progride”.
Os compositores Hans Zimmer e James Newton Howard, co-autores da
trilha de Batman Begins, voltaram a trabalhar na trilha de Batman – O
Cavaleiro das Trevas. Nolan conta: “Gosto que a trilha sonora de um filme
denote a idéia de evolução que acontece paralelamente na ação da trama, e
Hans e James foram incríveis neste aspecto. Como eles não costumam assistir
às filmagens finais, eles nos dão as peças musicais que meu editor, Lee Smith,
e eu levamos para a etapa da edição. É um processo muito orgânico, que
exige muito dos compositores, e que eles conseguiram realizar muito bem”.
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Assim como em Batman Begins, Zimmer e Howard dividiram as tarefas
para Batman – O Cavaleiro das Trevas; Zimmer ficou encarregado de
compor o tema do Coringa e Howard foi responsável pela dupla personalidade
de Harvey Dent/Duas-Caras. Eles também fizeram modificações na trilha
geral, evitando qualquer estereótipo de trilha heróica. Segundo Zimmer:
“Batman, em minha opinião, não é um super-herói típico, então quis evitar
qualquer coisa ‘super’ na música. Sempre penso na simbologia do morcego. É
a representação icônica do Batman, mas, ao mesmo tempo, é obscura e
simples”.
“Batman é um personagem muito complexo”, Howard acrescenta.
“Ainda o estamos conhecendo, então tentar adicionar qualquer tema musical
que o defina de alguma maneira seria um erro”.
Nolan conclui: “Para mim, Batman tem um apelo e sempre foi capaz de
fascinar platéias porque é um personagem com o qual as pessoas se
identificam. Referem-se a ele como um super-herói, mas, na verdade, ele é
um herói autofabricado. Acho também que é a fantasia do homem que, por
meio do simples desejo e de autodisciplina, transformou-se de um simples ser
humano em uma figura heróica. É um mito muito comovente”.
# # #
SOBRE O ELENCO
CHRISTIAN BALE (Bruce Wayne/Batman) nasceu no País de Gales e
cresceu na Inglaterra e nos Estados Unidos. Ele estreou nos cinemas no épico
da Segunda Guerra “Império do Sol”, de Steven Spielberg.
O trabalho de Bale até a presente data inclui “Henrique V”, “Retrato
de Uma Mulher”, “O Agente Secreto”, “Metroland”, “Velvet Goldmine”, “All
the Little Animals”, “Psicopata Americano”, “Shaft”, “O Capitão Corelli”,
“Reino de Fogo”, “Rua das Tentações”, “The Machinist – O Operário”,
“Batman Begins”, “O Novo Mundo”, “O Grande Truque”, “Tempos de
Violência”, “O Sobrevivente” e “Os Indomáveis”.
Bale acaba de finalizar o trabalho em “Public Enemies”, do diretor
Michael Mann. Atualmente, ele está trabalhando em “Terminator Salvation”,
sob a direção de McG.
MICHAEL CAINE (Alfred) é um dos mais estimados e premiados atores
da indústria cinematográfica, com uma carreira de mais de meio século e
beirando mais de 100 filmes realizados. Duas vezes vencedor do Oscar®, Caine
levou para casa o primeiro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante pelo
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trabalho em “Hannah e Suas Irmãs”, pelo qual também recebeu indicações ao
Globo de Ouro e ao BAFTA. Ele levou para casa o segundo Oscar® de Melhor
Ator Coadjuvante pelo papel em “Regras da Vida”, que também lhe rendeu
um Prêmio SAG e indicações ao Globo de Ouro e ao BAFTA.
Além disso, Caine foi indicado ao Oscar® de Melhor Ator outras quatro
vezes, a primeira em 1966 pela atuação no papel que dá título ao filme “Alfie
– Como Conquistar Mulheres”, que também lhe rendeu uma indicação ao
Globo de Ouro e um prêmio no New York Film Critics Award. Ele recebeu a
segunda indicação ao Oscar®, bem como ao Globo de Ouro e na premiação do
Evening Standard, pelo papel de Milo Tindle em “Um Jogo de Vida ou Morte”,
de 1972. O papel em “O Despertar de Rita” lhe valeu a terceira indicação ao
Oscar®, além de um Globo de Ouro e outro BAFTA. As mais recentes
indicações ao Oscar®, ao Globo de Ouro e ao BAFTA vieram pelo papel em “O
Americano Tranqüilo”, de 2002, pelo qual ele também ganhou um prêmio do
London Critics Circle. Anteriormente, ganhou um Globo de Ouro e um prêmio
do London Critics Circle, bem como uma indicação ao BAFTA, na categoria de
Melhor Ator Coadjuvante, pelo filme “Laura – A Voz de Uma Estrela”.
Mais recentemente, Caine ganhou outro prêmio do London Critics Circle
pela atuação em “O Grande Truque”, que marcou a segunda vez em que o
ator trabalhou com o diretor Christopher Nolan – a primeira, em 2005, foi no
arrasa-quarteirão “Batman Begins”. Os trabalhos mais recentes de Caine
incluem “O Sol de Cada Manhã”, de Gore Verbinski, “Filhos da Esperança”, de
Alfonso Cuarón, e a refilmagem de “O Grande Truque”, de 2007, na qual ele
passou para o outro lado do balcão em relação ao papel original,
interpretando o adversário de Milo, Andrew.
Caine nasceu Maurice Micklewhite, no sul de Londres, em 1933, filho de
um transportador de peixes e de uma faxineira. O interesse pelas artes
cênicas veio cedo e, aos 16 anos de idade, ele deixou a escola e teve uma
série de empregos inusitados em empresas locais de cinema, na esperança de
um dia ser descoberto. Aos 18 anos, ele foi recrutado pelo Serviço Nacional
para o Regimento Real e para os Fuzileiros Reais. Logo após a dispensa, em
1953, Caine foi atrás da carreira de ator, adotando o nome artístico a partir
do filme “A Nave da Revolta”. Começando nos palcos, ele excursionou pelo
Reino Unido em uma variedade de peças, à medida que papéis melhores
começavam a surgir em sua carreira, tanto em filmes britânicos como em
programas de televisão.
Em 1964, Caine conseguiu o primeiro papel importante em um filme,
interpretando o tenente Gonville Bromhead em “Zulu”. No ano seguinte,
estrelou o thriller de sucesso “O Arquivo Confidencial”, que lhe deu a
primeira indicação ao BAFTA ao interpretar o agente secreto Harry Palmer. No
entanto, foi a atuação indicada ao Oscar® no filme dos anos 1960, “Alfie –
Como Conquistar as Mulheres”, que o lançou ao estrelato internacional. No
31
final da década de 1960, ele estrelou 11 filmes, incluindo as seqüências de “O
Arquivo Confidencial”, “Funeral em Berlim” e “O Cérebro de Um Milhão de
Dólares”; “Gambit”, com uma indicação ao Globo de Ouro®; “O Incerto
Amanhã”; “Sete Vezes Mulher”; “A Força Sinistra”; “O Mago”; “Uma Saída de
Mestre”; e “A Batalha Britânica”.
Nas duas décadas seguintes, Caine estrelou mais de 40 filmes, incluindo
“Assim Nascem os Heróis”, “X, Y e Z”, contracenando com Elizabeth Taylor;
“Um Jogo de Vida ou Morte”, com Laurence Olivier; “O Homem que Queria
Ser Rei”, de John Huston; “Dois Vigaristas em Nova York”; “Uma Ponte Longe
Demais”, de Richard Attenborough; a comédia de Neil Simon “Califórnia
Suíte”; “Hannah e Suas Irmãs”, de Woody Allen, pelo qual recebeu seu
primeiro Oscar®; “Vestida Para Matar”, de Brian De Palma; “Fuga Para a
Vitória”, de John Juston; “Armadilha Mortal”, de Sidney Lumet; “O Despertar
de Rita”; “Feitiço do Rio”, de Stanley Donen; “O Documento Holcroft”, de
John Frankenheimer; “Monalisa”, de Neil Jordan; e “Os Safados”, pelo qual
recebeu uma indicação ao Globo de Ouro.
Nos 15 anos seguintes, Caine estrelou filmes como a comédia de elenco
“Impróprio para Menores”; “Sangue & Vinho”; “Laura – A Voz de Uma
Estrela”; “Contos Proibidos do Marquês de Sade”; “Miss Simpatia”; “Austin
Powers – O Homem do Membro de Ouro”; “O Americano Tranqüilo”; e,
dirigidos por Lasse Hallström, “Lições Para Toda a Vida” e “Regras da Vida”,
pelo qual ganhou o segundo Oscar®.
Na televisão, Caine ganhou indicações tanto ao Emmy® como ao Globo
de Ouro® pelos dois papéis que dão nome ao título do telefilme “Jekyll &
Hyde”, e pela interpretação do presidente sul-africano F.W. de Klerk no
drama histórico “Mandela e De Klerk”. Ele também foi indicado ao Globo de
Ouro® pelo papel no telefilme “Jack – O Estripador” e ao Emmy® pelo
docudrama “World War II: When Lions Roared”.
Tabém escritor, Caine escreveu uma autobiografia intitulada What’s It
All About?, bem como Acting on Film, livro baseado em uma série de leituras
que ele faz no canal BBC.
HEATH LEDGER (Coringa) foi indicado ao Oscar® pelo trabalho no
drama de Ang Lee “O Segredo de Brokeback Mountain”. Pela atuação como
Ennis Del Mar, Ledger também ganhou indicações ao Globo de Ouro®, ao
Independent Spirit, ao BAFTA e ao Screen Actors Guild, além de inúmeras
premiações de grupos de críticos.
Em 2007, Ledger foi visto em “Não Estou Lá”, de Todd Haynes, pelo
qual ele dividiu um prêmio Robert Altman no Independent Spirit Awards de
2008.
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Em seus créditos constam filmes como “Candy”, “Casanova”, “Os
Irmãos Grimm”, “Os Reis de Dogtown”, “O Devorador de Pecados”, “Ned
Kelly”, “Honra e Coragem”, “A Última Ceia”, “Coração de Cavaleiro”, “O
Patriota”, “10 Coisas Que Eu Odeio em Você”, que apresentou pela primeira
vez o ator nascido na Austrália para o público americano.
GARY OLDMAN (James Gordon) interpretou pela primeira vez o papel
do comissário da polícia de Gotham em “Batman Begins”. Ele também deu
origem ao papel de Sirius Black em “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”
e retomou o papel em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” e “Harry Potter e a
Ordem da Fênix”.
Oldman começou a carreira em 1979, nos palcos de Londres. Entre 1985
e 1989, ele atuou exclusivamente no teatro londrino Royal Court e, em 1985,
foi contemplado com o prêmio de Melhor Revelação pela revista Time Out
pelo papel em “The Pope’s Wedding”. Naquele mesmo ano, ele dividiu o
prêmio de Melhor Ator do London Critic’s Circle com Anthony Hopkins.
Em 1986, Oldman estreou no cinema com o filme “Sid e Nancy – O Amor
Mata”, ganhando o Evening Standard na categoria Revelação Mais Promissora
do Cinema Britânico pela interpretação da lenda do punk rock, Sid Vicious. No
ano seguinte, ele estrelou “O Amor Não Tem Sexo”, de Stephen Frears,
levando o prêmio de Melhor Ator do London Film Critics Circle pela
interpretação do destrutivo dramaturgo britânico Joe Orton. Desde então, ele
se tornou um dos atores mais respeitados da indústria, com papéis tanto em
sucessos comerciais quanto em filmes independentes aclamados.
No início da carreira, Oldman estrelou filmes como: “Track 29 –
Passatempo Mortal”, de Nicolas Roeg; “Inocente ou Culpado”;
“Chattahoochee – Sobrevivente da Prisão”; “Rosencrantz e Guildenstern Estão
Mortos”, de Tom Stoppard, pelo qual recebeu uma indicação no Independent
Spirit Awards na categoria de Melhor Ator; “Um Tiro de Misericórdia”; “Henry
e June – Delírios Eróticos”; de Oliver Stone, “JFK – A Pergunta Que Não Quer
Calar”, no qual interpretou Lee Harvey Oswald; e o papel que dá título ao
filme “Drácula de Bram Stoker”, de Francis Ford Coppola.
Oldman também teve papéis memoráveis em filmes como “Amor À
Queima-Roupa”, de Tony Scott; “O Sangue de Romeu”; “O Profissional” e “O
Quinto Elemento”, ambos dirigidos por Luc Besson; “Minha Amada Imortal”;
“Assassinato em Primeiro Grau”; “A Letra Escarlate”, de Roland Joffe;
“Basquiat – Traços de Uma Vida”, de Julian Schnabel; “Força Aérea Um”, de
Wolfgang Petersen; a versão cinematográfica de “Perdidos no Espaço”; e
“Hannibal – A Origem do Mal”, de Ridley Scott.
Em 1995, Oldman e o sócio Douglas Urbanski inauguraram a produtora
The SE8 Group, que produziu o longa-metragem que marcou a estréia de
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Oldman na direção, “Violento e Profano”, com roteiro também assinado por
ele. O filme foi convidado a abrir a 50ª edição do Festival de Cinema de
Cannes, em 1997, na competição principal, e rendeu à atriz Kathy Burke o
prêmio de Melhor Atriz no festival. Além disso, Oldman faturou dois BAFTA,
nas categorias Melhor Filme Britânico e Melhor Roteiro; o Prêmio de Direção
do Channel 4, no Festival Internacional de Cinema de Edimburgo; e o Prêmio
Empire na categoria Melhor Filme de Estréia. Ele também foi o produtor
executivo e atuou no filme “A Conspiração”, produzido pelo SE8 Group e duas
vezes indicado ao Oscar®, uma ao prêmio do Screen Actos Guild, na categoria
Melhor Ator Coadjuvante, para Oldman.
Na televisão, Oldman ganhou uma indicação ao Emmy pela participação
especial como um ator alcoólatra no seriado de comédia de grande sucesso
“Friends”. Seus trabalhos mais antigos na televisão incluem os telefilmes
“Meantime”, dirigido por Mike Leigh, e “The Firm”, dirigido por Alan Clarke.
AARON ECKHART (Harvey Dent) ganhou indicações ao Globo de Ouro®
e ao Independent Spirit Awards pelo papel de um politicamente incorreto
lobista da indústria do tabaco em “Obrigado Por Fumar”, de 2005, que marcou
a estréia de Jason Reitman na direção. Recentemente, Eckhart estrelou o
mistério baseado em um assassinato real “Dália Negra”, de Brian De Palma; a
comédia romântica “Sem Reservas”, contracenando com Catherine ZetaJones; e o filme independente “Meet Bill”. Em seguida, trabalhou em
“Towelhead”, e “Travelling”, com Jennifer Aniston.
Eckhart estudou teatro e cinema na Universidade Brigham Young, onde
conheceu o roteirista e diretor Neil LaBute, que lhe deu inúmeros papéis em
montagens ao longo dos anos. Em 1997, Eckhart chamou a atenção da crítica e
do público ao estrelar o primeiro longa-metragem de LaBute, “Na Companhia
de Homens”. O controverso longa-metragem rendeu críticas em todos os
cantos e arrebatou diversos prêmios, incluindo um do Independent Film para
Eckhart na categoria Melhor Ator Estreante.
Nos cinco anos seguintes, ele estrelou outros três filmes de LaBute:
“Seus Amigos, Seus Vizinhos”, com Ben Stiller e Catherine Keener; “A
Enfermeira Betty”, com Reneé Zellweger; e “Possessão”, contracenando com
Gwyneth Paltrow. Durante aquela época, Eckhart também recebeu elogios
pela atuação memorável como o par romântico da personagem que dá título à
aclamada cinebiografia de Steven Soderbergh, “Erin Brockovich – Uma Mulher
de Talento”, estrelada por Julia Roberts.
Em seu currículo estão ainda os filmes “Nosso Amor do Passado”, em
que contracenou com Helena Bonham-Carter; o drama de ação de John Woo
“O Pagamento”, com Ben Affleck e Uma Thurman; “Desaparecidas”, de Ron
Howard, com Tommy Lee Jones e Cate Blanchett; “O Núcleo – Missão ao
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Centro da Terra”, com Hilary Swank; “A Promessa”, de Sean Penn, com um
elenco estelar, incluindo Jack Nicholson e Vanessa Redgrave; “Em Um
Domingo Qualquer”, de Oliver Stone; e “Molly – Experimentando a Vida”,
contracenando com Elisabeth Shue.
Nos palcos, Eckhart participou da montagem de Michael Christopher
para “Amazing Grace”, na qual contracenou com Marsha Mason.
MAGGIE GYLLENHAAL (Rachel Dawes) emergiu, nos últimos anos, como
uma das mais requisitadas atrizes da indústria, recebendo elogios pelo seu
trabalho, tanto em lançamentos de grandes estúdios, como em longasmetragens independentes. Em 2002, ela estrelou ao lado de James Spader no
provocativo “A Secretária”, que estreou com críticas positivas no Festival de
Cinema de Sundance. A atuação de Gyllenhaal no papel da secretária do título
lhe trouxe inúmeros elogios, indicações ao Globo de Ouro® e ao Independent
Spirit, e prêmios do Boston Film Critics e do National Board of Review. Além
disso, ela ganhou o prêmio de Estreante Mais Promissor, do Chicago Film
Critics, instituição que também reconheceu seu trabalho em outros filmes:
“Adaptação”, de Spike Jonze, e “Confissões de Uma Mente Perigosa”, de
George Clooney.
Gyllenhaal recebeu a segunda indicação ao Globo de Ouro®, bem como
a prêmios de festivais internacionais, pelo papel no longa-metragem
independente “SherryBaby”, de 2006. Naquele mesmo ano, ela estrelou a
aclamada comédia dramática de Marc Forster “Mais Estranho Que a Ficção”,
com Will Ferrell, Emma Thompson, Queen Latifah e Dustin Hoffman; o drama
verídico dirigido por Oliver Stone “As Torres Gêmeas”; e um dos curtas da
antologia “Paris, Te Amo”. Gyllenhaal também emprestou sua voz para a
animação indicada ao Oscar® “A Casa Monstro”.
Em seu currículo estão ainda “Totalmente Apaixonados”, de Bart
Freundlich, estrelado por David Duchovny e Julianne Moore; “Finais Felizes”,
de Don Roos, com Lisa Kudrow no elenco; “A Casa dos Bebês”, de John Sayles;
e “O Sorriso de Monalisa”, no qual ela contracenou com Julia Roberts, Kirsten
Dunst e Julia Stiles, sob a direção de Mike Newell.
Igualmente bem-sucedida no teatro, Gyllenhaal estrelou a peça de
Tony Kushner “Homebody/Kabul”, encenada em Los Angeles e no Brooklyn
Academy of Music. Anteriormente, ela interpretou o papel de Alice na
premiada peça de Patrick Mauber “Closer”, primeiramente em cartaz no
Berkeley Repertory Theatre e, em seguida, no Mark Taper Forum, em Los
Angeles. Em seus créditos também está incluída a montagem de “Antônio e
Cleópatra”, no Vanborough Theatre, em Londres.
Gyllenhaal ainda era adolescente quando estreou no cinema com
“Terra D’Água”, estrelado por Jeremy Irons e Ethan Hawke. Em seguida, ela
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apareceu na irônica sátira ao universo de Hollywood, “Cecil Bem Demente”,
que a levou ao papel de coadjuvante no thriller fantástico “Donnie Darko”.
Em 1999, enquanto ainda investia na carreira de atriz, Gyllenhaal
formou-se na Universidade de Columbia, onde ela estudou Literatura.
MORGAN FREEMAN (Lucius Fox) ganhou um Oscar® na categoria Melhor
Ator Coadjuvante pelo papel em “Menina de Ouro”, de Clint Eatswood, pelo
qual ele também ganhou indicações ao Screen Actors Guild (SAG) e Globo de
Ouro. Ele já foi agraciado com outras três indicações ao Oscar®, o primeiro
pela atuação arrepiante como o cafetão homicida no drama de 1987 “Armação
Perigosa”, o qual também lhe rendeu prêmios dos associações dos críticos de
Los Angeles, de Nova York e dos Estados Unidos, além de um Independent
Spirit na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, bem como a primeira
indicação ao Globo de Ouro®. A segunda indicação ao Oscar® foi por
“Conduzindo Miss Daisy”, de 1989, que lhe valeu um Globo de Ouro® e um
prêmio do National Board of Review na categoria Melhor Ator. A terceira
indicação ao Oscar® foi pela atuação no drama de 1994 “Um Sonho de
Liberdade”, dirigido por Frank Darabont, filme que rendeu a Freeman
indicações também ao Globo de Ouro® e ao prêmio do SAG.
Além de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, Freeman também está
no elenco do thriller de ação que promete se tornar um grande sucesso, “O
Procurado”. Ele também estará em vários filmes ainda por estrear, incluindo
“The Code”, “The Lonely Maiden”, o qual também produz; e “The Human
Factor”, o qual ele irá co-produzir, além de interpretar Nelson Mandela,
contracenando com Matt Damon.
Os trabalhos recentes de Freeman incluem “Antes de Partir”, dirigido
por Rob Reiner e estrelado por Jack Nicholson; “Banquete do Amor”, de
Robert Benton; “Medo da Verdade”, de Ben Affleck; “Xeque Mate”; “Um
Lugar para Recomeçar”, de Lasse Hallström, com Robert Redford e Jennifer
Lopez no elenco; “Batman Begins”, de Christopher Nolan; “Cão de Briga”,
filme de Luc Besson com a ação de Jet Li; e a comédia “Todo Poderoso”, e
sua seqüência, “A Volta do Todo Poderoso”. Ele também emprestou sua
indefectível voz para “A Guerra dos Mundos”, de Steven Spielberg, e para o
documentário vencedor do Oscar® “A Marcha dos Pingüins”.
Dentre os seus primeiros filmes, destacam-se “A Soma de Todos os
Medos”; “Crimes em Primeiro Grau”; “Na Teia da Aranha”; “A Enfermeira
Betty”; “Impacto Profundo”; “Tempestade”; “Amistad”, dirigido por Steven
Spielberg; “Beijos Que Matam”; “Seven – Os Sete Crimes Capitais”; “Os
Imperdoáveis”, de Clint Eastwood; “Tempo de Glória”; “Meu Mestre, Minha
Vida”; “Marcas de Um Passado”; “Marie – A Verdade de Uma Mulher”; “Escola
da Desordem”; “Meu Pai, Eterno Amigo”; e “Brubaker – Um Homem Contra o
Sistema”.
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Em 1993, Freeman estreou na direção com “Bopha! À Flor da Pele” e,
logo depois, inaugurou a Revelations Entertainment. A mais recente produção
que leva o selo da produtora é a comédia de Brad Silberling “Um Astro em
Minha Vida”, em que Morgan contracena com Paz Vega.
Nascido em Memphis, nos Estados Unidos, o ator iniciou a carreira nos
palcos de Nova York no início dos anos 1960, depois de uma temporada
trabalhando como mecânico na Força Aérea. Uma década depois, ele se
tornou conhecido em todo o país por conta do popular personagem da
televisão Easy Reader, no popular programa infantil “The Electric Company”.
Durante a década de 1970, ele continuou o trabalho nos palcos,
vencendo os prêmios Drama Desk e Clarence Derwent, além de uma indicação
ao Tony pela atuação em “The Mighty Gents”, em 1978. Em 1980, ganhou o
Prêmio Obie pela interpretação do anti-herói shakespeariano Coriolano, no
Festival de Shakespeare de Nova York, e pelo trabalho em uma montagem de
“Mãe Coragem e Seus Filhos”. Freeman ganhou outro Obie em 1984, pela
interpretação do Mensageiro na aclamada produção da Academia de Música do
Brooklyn do musical de Lee Breuer “The Gospel at Colonus” e, em 1985, levou
o Prêmio Drama-Logue pelo mesmo papel. Em 1987, Freeman interpretou o
papel de Hoke Coleburn na peça vencedora do Pulitzer, “Conduzindo Miss
Daisy”, escrita por Alfred Uhry, o que lhe rendeu o seu quarto Obie. Em 1990,
Freeman estrelou como Petruchio no Festival de Shakespeare de Nova York na
montagem de “A Megera Domada”, na qual contracenou com Tracey Ullman.
De volta aos palcos, Freeman atualmente estrela na Broadway, junto a
Frances McDorman e Peter Gallagher, o drama de Clifford Odett “The Country
Girl”, sob a direção de Mike Nichols.
SOBRE OS REALIZADORES
CHRISTOPHER NOLAN (diretor/roteirista/produtor) é um realizador
premiado que tem tido o seu trabalho como diretor e roteirista reconhecido.
Nolan começou a filmar cedo, com a câmera Super-8mm de seu pai.
Enquanto estudava Literatura Inglesa na University College London, Nolan
rodou filmes em 16mm na sociedade de cinema da UCL, adquirindo técnicas
de filmagem em condições adversas, o que lhe seria útil logo em seu primeiro
longa-metragem, “Following”. O thriller noir de pequeno orçamento foi um
grande sucesso em inúmeros festivais internacionais de cinema, incluindo os
de Toronto, Roterdã, o Slamdance, e o de Hong Kong, antes de seu
lançamento nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França e em outros
países.
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O segundo filme de Nolan foi o longa-metragem independente –
também de baixo orçamento – “Amnésia”, estrelado por Guy Pearce, CarrieAnn Moss e Joe Pantoliano e dirigido a partir de roteiro escrito pelo próprio
Nolan, que, por sua vez, é baseado em um conto de seu irmão Jonathan. O
filme recebeu inúmeras críticas positivas, além de indicações ao Oscar® e ao
Globo de Ouro® na categoria Melhor Roteiro Original, e dois prêmios
Independent Spirit nas categorias Melhor Diretor e Melhor Roteiro, além de
uma indicação ao prêmio do Directors Guild of America. Além disso, ele
ganhou prêmios de Melhor Roteiro de vários grupos de críticos, incluindo o de
Los Angeles, o de Londres, o de Chicago e o Broadcast Film Critics Association,
bem como o prêmio de Roteirista do Ano pelo American Film Institute, e o
Prêmio Waldo Salt de Melhor Roteiro, no Festival de Cinema de Sundance de
2001.
A seguir a “Amnésia”, Nolan dirigiu o thriller psicológico aclamado pela
crítica “Insônia”, estrelado pelos vencedores do Oscar® Al Pacino, Robin
Williams e Hilary Swank. Com este filme, Nolan ganhou o prêmio do London
Critics Circle na categoria de Melhor Diretor do Ano.
Em 2005, Nolan foi um dos roteiristas e o diretor de “Batman Begins”,
estrelado por Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Gary Oldman e
Morgan Freeman. O arrasa-quarteirão reinventou a franquia de Batman,
agradando tanto aos críticos como aos fãs e pavimentando o caminho para
“Batman – O Cavaleiro das Trevas”.
Mais recentemente, Nolan dirigiu, co-roteirizou e produziu o thriller de
mistério “O Grande Truque”, estrelado por Hugh Jackman, Christian Bale,
Scarlett Johansson e Michael Caine. A revista Empire Magazine elegeu Nolan o
Melhor Diretor do Ano por conta deste filme, o qual também recebeu
indicações ao Oscar® pelas extraordinárias direção de arte e fotografia.
Atualmente, Nolan mora em Los Angeles com a esposa, a produtora
Emma Thomas, e seus filhos.
CHARLES ROVEN (produtor) vem construindo, há mais de duas décadas,
uma carreira bem-sucedida como produtor, tanto de filmes independentes
como de grandes produções. Ele é um dos fundadores da Atlas Entertainment,
que nos últimos dez anos fez parte do Mosaic Media Group, uma empresa de
gerência integrada de produtos multimídia, como cinema e televisão, na qual
ele fazia parte do conselho fundador.
“Batman – O Cavaleiro das Trevas” reúne Roven à equipe do aclamado
arrasa-quarteirão “Batman Begins”, que ele produziu em 2005. Dirigido por
Christopher Nolan e estrelado por Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson,
Morgan Freeman e Gary Oldman, “Batman Begins” ocupou o primeiro lugar
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nas bilheterias por duas semanas consecutivas, arrecadando mais de US$370
milhões em todo o mundo.
Além de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, Roven produziu a recémlançada comédia de ação “Agente 86”, dirigida por Peter Segal e estrelada
por Steve Carell e Anne Hathaway, que dão vida a Maxwell Smart e à Agente
99, respectivamente. O filme estreou em primeiro lugar nas bilheterias
americanas. Ele também produziu o thriller dramático “The International”,
com previsão de estréia para o início de 2009, com Clive Owen e Naomi Watts
no elenco e direção de Tom Tykwer.
No início de 2008, Roven produziu o thriller criminal aclamado pela
crítica “Efeito Dominó”, dirigido por Roger Donaldson e estrelado por Jason
Statham e Saffron Burrows, e que estreou no topo da bilheteria do Reino
Unido. Em seus créditos estão o musical “Idlewild – Malandros Acima da Lei”,
estrelado por Andre Benjamin (Andre 3000), do Outkast, e Antwan Patton (Big
Boi); e “Os Irmãos Grimm”, dirigido por Terry Gilliam e estrelado por Matt
Damon e Heath Ledger.
Anteriormente, Roven produziu uma série de filmes, incluindo o
sucesso de US$275 milhões, “Scooby-Doo – O Filme”, seguido da segunda
parte, “Scooby-Doo 2 – Monstros À Solta”; a aclamada fábula do pós-Guerra do
Golfo “Três Reis”; a fantasia romântica que foi um sucesso de bilheterias
“Cidade dos Anjos”, que arrecadou US$ 200 milhões nas bilheterias de todo o
mundo; e “Os 12 Macacos”, de Terry Gilliam, estrelado por Bruce Willis e Brad
Pitt, este último em um papel que lhe rendeu uma indicação ao Oscar® e um
prêmio no Globo de Ouro®.
Roven começou a carreira como empresário de profissionais da
indústria, levando, em seguida, a sensibilidade aguçada no trabalho com
artistas para a seara da produção.
Em 2008, foi agraciado com o prêmio da ShoWest de Produtor do Ano
pelas contribuições para a indústria.
EMMA THOMAS (produtora) é a produtora por trás dos provocadores
sucessos do cinema alternativo “Following” e “Amnésia”, bem como de uma
série de grandes lançamentos do cinema, incluindo o arrasa-quarteirão
“Batman Begins”.
Mais recentemente, Thomas produziu o drama aclamado pela crítica “O
Grande Truque”, dirigido por Christopher Nolan. Hugh Jackman, Christian
Bale, Scarlett Johansson e Michael Caine estrelaram a história sobre a intensa
rivalidade entre dois mágicos que ficam obcecados em ultrapassar um ao
outro, resultando em uma atitude autodestrutiva e até em assassinatos. O
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filme ganhou duas indicações ao Oscar®: uma pela Direção de Arte e outra
pela Fotografia.
Atualmente, Thomas e o roteirista e diretor Christopher Nolan
desenvolvem “The Prisoner”, baseado no programa da BBC dos anos 1960, e
“The Exec”, ambos sob o selo da produtora deles, a Syncopy.
Thomas estudou na prestigiosa University College London antes de
iniciar a carreira na Working Title Films, em Londres, onde ela trabalhou na
produção física durante cinco anos. Enquanto trabalhava na Working Title, ela
adquiriu sólida experiência em produção para o cinema, o que lhe foi muito
útil, pois ela seguiu carreira na produção.
O longa-metragem independente “Following” foi um divisor de águas
em sua carreira, pois foi o primeiro filme em que trabalhou como produtora.
Filmado nos finais de semana ao longo de um ano, “Following” foi o filme
feito quase sem orçamento, por excelência. O filme, que teve um orçamento
apertado, foi reconhecido em inúmeros festivais ao redor do mundo e teve
distribuição internacional.
Em seguida, Thomas foi produtora associada do sucesso no mundo todo
“Amnésia”. O filme faturou inúmeros prêmios, incluindo um Independent
Spirit, um do British Independent Film, e inúmeros reconhecimentos de grupos
de críticos na categoria de Melhor Filme. Dando continuidade ao sucesso,
Thomas foi uma das produtoras de um lançamento de um grande estúdio, o
thriller de sucesso “Insônia”, estrelado por Al Pacino, Robin Williams e Hilary
Swank.
Em 2005, Thomas produziu “Batman Begins”, estrelado por Christian
Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Gary Oldman e Morgan Freeman, sob a
direção de Christopher Nolan. O filme ganhou elogios tanto da crítica como do
público, pela ousada reinvenção da franquia do Batman, pavimentando o
caminho até “Batman – O Cavaleiro das Trevas”.
JONATHAN NOLAN (roteirista) escreve atualmente o roteiro de
“Interstellar”, uma aventura de ficção científica, ambientada no espaço e
com direção de Steven Spielberg,
Nolan nasceu em Londres e cresceu em Chicago. Sua carreira no cinema
começou quando ele escreveu o intrigante conto Memento Mori, que foi o
ponto de partida para o aclamado drama noir “Amnésia”, estrelado por Guy
Pearce. Dirigido por seu irmão, Christopher Nolan, que também assina o
roteiro adaptado, “Amnésia” recebeu uma indicação ao Oscar® na categoria
Melhor Roteiro Original, bem como o Prêmio Waldo Salt de Melhor Roteiro, no
Festival de Cinema de Sundance de 2001, ambos divididos com Christopher.
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Recentemente, ele foi um dos roteiristas do thriller de mistério “O
Grande Truque”, sobre uma nociva rivalidade entre dois mágicos que acaba
de forma trágica. Hugh Jackman, Christian Bale e Scarlett Johansson estrelam
o drama, sob a direção de Christopher Nolan.
DAVID S. GOYER (roteirista) trabalhou com Christopher Nolan
primeiramente no roteiro de “Batman Begins”, que ganhou um Prêmio Saturn
da Academia de Ficção Científica, Fantasia e Horror. Goyer ficou famoso ao
contar histórias centradas nos dramas dos personagens, adaptadas a partir de
histórias de super-heróis, de fantasia e de fenômenos sobrenaturais que são
trazidas para o cinema. Atualmente, ele trabalha no thriller sobrenatural
“The Unborn”, a ser estrelado por Gary Oldman e Odette Yustman, e que ele
dirige a partir do próprio roteiro.
O primeiro filme de Goyer foi feito em 1998, quando ele escreveu o
roteiro da ação de sucesso “Blade – O Caçador de Vampiros”, estrelado por
Wesley Snipes e baseado no caçador de vampiros da Marvel Comics que é, ele
próprio, um pouco vampiro. Em 2002, ele escreveu “Blade 2 – O Caçador de
Vampiros”, também atuando na produção executiva. Ele dirigiu, escreveu e
produziu a última parte da trilogia, “Blade Trinity”. Goyer também foi
produtor executivo em “Blade – A série”, do Spike TV, a primeira série com
roteiro original para o canal.
Em 2002, Goyer fez carreira com filmes de ação como sua estréia na
direção, “Conduta Ilegal”, uma comédia afiada estrelada por Wesley Snipes,
John Leguizamo, Oliver Platt, Natasha Lyonne e Sam Jones III. Além de
“Conduta Ilegal” e “Blade Trinity”, Goyer dirigiu o thriller sobrenatural “O
Invisível”, de 2007, estrelado por Justin Chatwin e Margarita Levieva.
Natural de Ann Arbor, Michigan, nos EUA, Goyer queria escrever livros
de histórias em quadrinhos desde pequeno, o que acabou levando-o a
transportá-los para as telonas. Ele vendeu o primeiro roteiro de ação aos 22
anos de idade, enquanto ainda estudava na USC, e que acabou se tornando o
thriller estrelado por Jean Claude Van Damme “Garantia de Morte”. Dentre os
seus primeiros trabalhos, ele assinou o roteiro do aclamado filme “Cidade das
Sombras”.
A adoração de Goyer por histórias em quadrinhos o fez passar uma
temporada de quatro anos em que colaborou para a revista DC Comics. Ele é
co-roteiristas de “The Justice Society”, que é um dos maiores sucessos da DC.
BENJAMIN MELNIKER (produtor executivo) tem uma longa e duradoura
parceria com a DC Comics. Junto ao seu sócio na produção Michael E. Uslan,
ele tem sido parte importante do filme sobre o Batman e também sobre os
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projetos para DVD, mais recentemente servindo como produtor executivo de
“Batman Begins”, de Christopher Nolan. Antes disso, ele foi produtor
executivo do filme “Batman”, dirigido por Tim Burton e estrelado por Michael
Keaton e Jack Nicholson, e “Batman – O Retorno”, estrelado por Keaton,
Michelle Pfieffer e Danny DeVito, seguido do filme de Joel Schumacher,
“Batman Eternamente”, estrelado por Val Kilmer, Jim Carrey e Tommy Lee
Jones, e “Batman e Robin,” estrelado por George Clooney e Arnold
Schwarzenegger. Ele também produziu a animação “Batman – A Máscara do
Fantasma” e o vencedor do Prêmio Annie “Batman Beyond – O Retorno do
Coringa”.
Além disso, Melniker foi produtor do thriller dirigido por Francis
Lawrence “Constantine”, baseado nos quadrinhos Hellblazer da DC
Comics/Vertigo e estrelado por Keanu Reeves. Ele também foi produtor
executivo de “A Mulher-Gato” e produtor associado em “A Lenda do Tesouro
Perdido”.
Atualmente, Melniker é produtor executivo do thriller de ação “The
Spirit”, baseado no livro de histórias em quadrinhos de Will Eisner. Dirigido
por Frank Miller e estrelado por Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson e Eva
Mendes, o filme tem previsão de estréia para o final deste ano.
Melniker iniciou a carreira no cinema na Metro-Goldwyn-Mayer e
trabalhou no renomado estúdio durante 30 anos: foi vice-presidente executivo
da empresa, membro do Conselho de Diretores e de seu Comitê Executivo, e
presidente de seu Comitê de Seleção. Durante a temporada na MGM, ele
envolveu-se em alguns dos mais memoráveis filmes da indústria, incluindo
“Ben-Hur”, estrelado por Charlton Heston; “Doutor Jivago”, “2001 – Uma
Odisséia no Espaço”, de Stanley Kubrick; e o musical “Gigi”, dirigido por
Vincente Minnelli.
Em 1975, Melkiner foi produtor executivo de seu primeiro filme, o
drama de ação “Mitchell”, seguido pelo thriller “Shoot”, de 1976, estrelado
por Cliff Robertson e Ernest Borgnine.
Também tem uma carreira bem-sucedida na televisão, incluindo a
criação da série infantil “Onde Está Carmen Sandiego?”, pela qual ganhou o
Emmy® de Melhor Programa Infantil Animado; “Harmful Intent”, baseado no
livro de Robin Cook; o seriado “Fish Police”, “Swamp Thing” e “Dinosaucers”;
e a aclamada minissérie da PBS “Three Sovereigns for Sister Sarah”, baseada
na história verídica de do julgamento das bruxas de Salem.
MICHAEL E. USLAN (produtor executivo) também é parceiro de longa
data da DC Comics. Junto a seu sócio Benjamin Melkiner, Uslan envolveu-se
em todos os filmes da franquia de Batman, bem como em outros filmes e
projetos de DVD baseados nos títulos do catálogo da DC Comics.
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Recentemente, ele foi produtor executivo do sucesso “Batman Begins”,
de Christopher Nolan, e produziu o thriller “Constantine”, estrelado por
Keanu Reeves sob a direção de Francis Lawrence. Antes disso, ele foi produtor
executivo em “Batman” e de “Batman – O Retorno”, ambos de Tim Burton e
estrelados por Michael Keaton, além de “Batman Eternamente” e “Batman e
Robin”, ambos dirigidos por Joel Schumacher. Em seus créditos de produtor
executivo estão ainda “A Mulher-Gato”, e os títulos de desenho animado
“Batman – O Cavaleiro de Gotham”, “Batman: Abaixo de Zero”, “Batman: O
Mistério da Mulher-Morcego”, “Batman vs. Dracula”, “Batman e a Máscara do
Fantasma” e “Batman do Futuro – O Retorno do Coringa”, pelo qual ele
ganhou um prêmio Annie. Além disso, ele foi produtor associado no arrasaquarteirão “A Lenda do Tesouro Perdido”.
Atualmente, Uslan está produzindo o thriller de ação “The Spirit”,
baseado nos quadrinhos de Will Eisner. Com previsão de estréia para o final
deste ano, o filme é dirigido por Frank Miller e estrelado por Samuel L.
Jackson, Scarlett Johansson e Eva Mendes.
Também bem-sucedido na produção para a televisão, Uslan ganhou o
Emmy® pela popular série infantil “Onde Está Carmen Sandiego?”, da qual ele
foi produtor executivo. Dentre seus outros trabalhos na televisão, destacamse “Harmful Intent”, baseado no livro de Robin Cook, e a aclamada minissérie
da PBS “Three Sovereigns for Sister Sarah”, baseada na história verídica do
julgamento das bruxas de Salem.
Uslan cresceu lendo quadrinhos e até aprendeu a ler com eles. Ele
tornou-se uma renomada autoridade na história dos quadrinhos e, na
Universidade da Indiana, lecionou o primeiro curso de graduação reconhecido
sobre histórias em quadrinhos, tendo escrito como texto de apoio o livro The
Comic Book in America. Não demorou muito para que lhe oferecessem um
emprego na DC Comics, onde ele realizou seu sonho de escrever livros do
Batman.
Desde então, ele escreveu alguns títulos de histórias, bem como dúzias
de livros que contam a história dos quadrinhos, incluindo America At War – A
History of War Comics, Mysteries in Space – A History of Science Fiction
Comics e The Pow! Zap! Wham! Comic Book Trivia Quiz Book. Em sua carreira
de escritor, encontram-se ainda a tirinha para jornais dos personagens Terry
and the Pirates; o histórico projeto de quadrinhos com Stan Lee, Just Imagine;
o romance de capa dura sobre o Batman, Detective #27; The Spirit, de Will
Eisner; e Dick Clark’s The First 25 Years of Rock and Roll.
KEVIN DE LA NOY (produtor executivo) trabalhou recentemente como
produtor executivo de “Diamante de Sangue”, estrelado por Leonardo
DiCaprio, Jennifer Connelly e Djimon Hounsou, sob a direção de Edward
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Zwick. Anteriormente, ele havia trabalhado com Zwick como gerente de
produção em “O Último Samurai”.
Em seus créditos estão ainda o thriller de ficção científica “Linha do
Tempo”, co-produzido por ele, e o drama sobre a Segunda Guerra Mundial “O
Resgate do Soldado Ryan”, de Steven Spielberg.
Além disso, foi gerente de produção em sucessos como “Ali”, “Titanic”,
“Coração Valente”, “Missão Impossível”, “Missão Impossível 2”. Ele também
foi supervisor de produção em “O Poder de Um Jovem” e gerente de locação
em filmes como “A Sombra e a Escuridão”, “Beleza Negra”, “O Jardim
Secreto” e “1942 – A Conquista do Paraíso”. Foi assistente de direção em uma
longa lista de longas-metragens.
THOMAS TULL (produtor executivo) é fundador, diretor e CEO da
Legendary Pictures, uma produtora privada com mais de US$1,5 bilhão de
capital. A Legendary Pictures renovou, recentemente, o contrato de cinco
anos estabelecendo a empresa como co-produtora e co-financiadora de filmes
com a Warner Bros. Pictures. Desde sua criação, em 2005, a Legendary já se
juntou à Warner Bros. para filmes de sucesso como “Batman Begins”,
“Superman – O Retorno” e “300”. Dentre os projetos pendentes, está
“Watchmen”, dirigido por Zack Snyder.
Tull desenvolveu um sistema de trabalho nos contratos da Legendary
que foi premiado com o prestigioso título de “Negócio do Ano” de 2005,
concedido pela IDD Magazine à indústria do entretenimento.
Tull também é um dos fundadores e vice-presidente da produtora de
videogames Brash Entertainment, para a qual ele garantiu o financiamento ao
arranjar investimentos da ordem de US$400 milhões. Até a presente data, a
produtora assegurou a propriedade intelectual de cinco grandes estúdios e,
atualmente, tem uma coleção de 40 licenças, incluindo inúmeras
propriedades originais.
Anteriormente, Tull era presidente e integrou o Comitê dos Diretores
do Convez Group, uma empresa de mídia e entretenimento com sede em
Atlanta. Além disso, ele integrou o Comitê de Diretores da How Stuff Works,
uma empresa que o Convex Group adquiriu durante a sua temporada por lá, e
que posteriormente foi vendida para a Discovery Networks. Antes da Convex,
Tull foi diretor da Southeast Interactive Technology Funds.
Tull é membro do Conselho dos Depositários do Instituto Americano de
Cinema (AFI, na sigla em inglês). Ele também faz parte do conselho diretor do
zoológico de San Diego e atua no Conselho Fundador da Sociedade do
Zoológico de San Diego. Ele formou-se na Universidade Hamilton, em 1992.
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WALLY PFISTER (diretor de fotografia) ganhou duas indicações
consecutivas ao Oscar® pelos trabalhos com Christopher Nolan. O primeiro foi
em 2005, “Batman Begins”, pelo qual ele também foi homenageado por seus
colegas de profissão com uma indicação ao prêmio da American Society of
Cinematographers. No ano seguinte, ele foi indicado ao Oscar® pelo trabalho
em “O Grande Truque”. Pfister recebeu, antes, um Independent Spirit pelo
trabalho em “Amnésia”, de Nolan, que assinalou a primeira parceria entre os
dois. Ele também foi o diretor de fotografia do thriller de Nolan “Insônia”.
No currículo de Pfister também estão “Uma Saída de Mestre”, dirigido
por F. Gary Gray, e os longas-metragens independentes “O Crime Perfeito”,
“Laurel Canyon – Rua das Tentações”, “Scotland, PA”, “The Hi-Line”, pelo
qual ele ganhou o Prêmio Moxie de Melhor Fotografia, no Festival de Cinema
de Santa Mônica.
Na televisão, Pfister atuou como diretor de fotografia em telefilmes
como “Sanctuary”, “Sharing the Secret”, “Breakfast with Einstein”,
“Rhapsody in Bloom” e “Retrato Falado”.
NATHAN CROWLEY (desenhista de produção) foi premiado pelos
trabalhos que fez com o diretor Christopher Nolan. Ele ganhou uma indicação
ao Oscar pelo drama de época “O Grande Truque”, e recebeu, anteriormente,
uma indicação ao BAFTA pelo trabalho em “Batman Begins”. Além disso,
Crowley ganhou indicações do Art Directors Guild por ambos os filmes. A
primeira vez em que trabalhou com Nolan foi no thriller “Insônia”, estrelado
por Al Pacino, Robin Williams e Hilary Swank.
Nos créditos de Crowley estão ainda o drama romântico “A Casa do
Lago”; a biocinegrafia “O Custo da Coragem”, dirigida por Joel Schumacher; o
drama de guerra “Atrás das Linhas Inimigas”; e a comédia ambientada na
Irlanda “A Guerra das Perucas”.
Anteriormente, ele trabalhou como diretor de arte em filmes como
“Missão Impossível 2”, dirigido por John Woo; “Assassinos”, de Richard
Donner; “Inimigo Íntimo”, de Alan J. Pakula; e “Coração Valente”, dirigido e
estrelado por Mel Gibson.
Além do trabalho no cinema, Crowley foi desenhista de produção da
série televisiva da BBC “The Ambassador”.
LEE SMITH (editor) volta a trabalhar com o diretor Christopher Nolan
em “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, repetindo a parceria de “Batman
Begins” e “O Grande Truque”. Smith também tem uma parceria frutífera com
o diretor Peter Weir, com o qual ganhou indicação ao Oscar® pela edição de
“O Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo”, que também lhe
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rendeu uma indicação ao Prêmio Eddie do American Cinema Editors. Smith
trabalhou anteriormente como editor e desenhista de som em “O Show de
Truman”, de Weir, “O Mestre das Armas” e “Green Card – O Passaporte Para o
Amor”; também foi um dos editores de “A Sociedade dos Poetas Mortos”; e
editor associado e desenhista de som de “O Ano em que Vivemos em Perigo”,
no qual iniciaram a parceria.
Vindo da Austrália, Smith ganhou um prêmio do Australian Film
Institute (AFI) na categoria Melhor Montagem em “Duas Mãos”, de Gregor
Jordan, no qual ele também trabalhou como desenhista de som. Por esta
segunda função, ele também ganhou um prêmio do AFI e uma indicação ao
BAFTA pelo filme “O Piano”, de Jane Campion, e um Prêmio AFI por “Terror a
Bordo”, de Phillip Noyce.
Como editor, Smith tem no currículo ainda “A Grande Virada”, “Preto e
Branco”, “Guerreiros Buffalo”, “Risk”, “Joey”, “Robocop 2”, “Estranhos
Visitantes” e “Howling III”. Ele também foi o desenhista de som de “Adoráveis
Mulheres”, de Gillian Armstrong.
LINDY HEMMING (figurinista) ganhou um Oscar® pelo figurino da era de
Gilbert & Sullivan para o filme “Topsy-Turvy – O Espetáculo”, dirigido por
Mike Leigh. Ela também foi figurinista em filmes como “Naked”, “A Vida é
Doce” e “High Hopes”.
Hemming trabalhou anteriormente com o diretor Christopher Nolan em
“Batman Begins”. Ela também foi figurinista dos recentes filmes da franquia
James Bond, começando em 1995 com “James Bond Contra Goldeneye”,
dirigido por Martin Campbell, e continuando com “James Bond – O Amanhã
Nunca Morre”, de Roger Spottiswoode, “James Bond – O Mundo Não é o
Bastante”, de Michael Apted, “James Bond – Um Novo Dia Para Morrer”, de
Lee Tamahori, e “James Bond – Cassino Royale”, de Campbell. Atualmente,
ela trabalha com Campbell no longa-metragem “Edge of Darkness”, estrelado
por Mel Gibson.
A extensa lista de créditos de Hemming inclui “Lara Croft: Tomb
Raider” e sua seqüência, “Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida”;
“Harry Potter e a Câmara Secreta”, dirigido por Chris Columbus; “Porque os
Homens Choram”, de Sally Potter; “A Trincheira”, estrelado por Daniel Craig;
“Laura – A Voz de Uma Estrela” e “Escândalos no Hotel”, ambos de Mark
Herman; “O Bravo”, dirigido e estrelado por Johnny Depp; “Sangue e Vinho”,
de Bob Rafelson; “Rir e Viver” e “Escute Minha Canção”, ambos de Peter
Chelsom; “Quatro Casamentos e Um Funeral”, de Mike Newell, com o qual ela
foi indicada a um BAFTA; “Terra D’Água”, de Stephen Gyllenhaal; “Os
Implacáveis Krays”, de Peter Medak; “Lembranças do Coração”, de John
Amiel; “Minha Adorável Lavanderia”, de Stephen Frears; “Sombras do
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Passado”, de David Hare; “Laughterhouse”, de Richard Eyre; e “Conforto e
Prazer”, de Bill Forsyth.
Ela foi indicada ao BAFTA para a TV pelo trabalho no telefilme
“Porterhouse Blue”. Na televisão, participou de projetos como “Running
Late”, “Dancing Queen” e “All Things Bright and Beautiful”.
Antes de criar figurinos para o cinema, Hemming era figurinista no
teatro. Ela trabalhou com as companhias do Royal Shakespeare Company, do
National Theatre of Great Britain, e em inúmeras produções no West End
londrino.
HANS ZIMMER (música) é um dos mais influentes compositores da
indústria cinematográfica, com uma carreira de décadas e que acumula mais
de 100 filmes.
Em 1994, ele ganhou o Oscar® e o Globo de Ouro® pela trilha do
arrasa-quarteirão de animação “O Rei Leão”, uma das trilhas sonoras mais
bem-sucedidas até hoje. A música de Zimmer para “O Rei Leão” ainda
provoca aplausos na montagem teatral do musical, rendendo um Tony de
Melhor Musical, em 1998, bem como um Grammy® por Melhor Disco Original.
Atualmente, o musical completa dez anos em cartaz na Broadway, com
produções sendo encenadas ao redor do mundo também.
Zimmer também recebeu outras seis indicações ao Oscar® pelas trilhas
de “Gladiador”, “Além da Linha Vermelha”, “O Príncipe do Egito”, “Melhor é
Impossível”, “Um Anjo em Minha Vida” e “Rain Man”. Além disso, ele ganhou
um Globo de Ouro® e uma indicação ao Grammy® pela trilha de “Gladiador”
e também recebeu uma indicação ao Globo de Ouro® pelas composições para
“O Código Da Vinci”, “Espanglês”, “O Último Samurai”, “Spirit – O Corcel
Indomável”, “Pearl Harbor” e “O Príncipe do Egito”.
Ele compôs, recentemente, a trilha para o longa-metragem de
animação “Kung Fu Panda”, e, atualmente, trabalha no drama verídico de Ron
Howard “Frost/Nixon” e no longa-metragem de animação “Madagascar 2 – A
Grande Escapada”. A longa lista das colaborações de Zimmer inclui “Os
Simpsons – O Filme”, “O Amor Não Tira Férias”, “Piratas do Caribe – No Fim
do Mundo”, “Piratas do Caribe – O Baú da Morte”, “Batman Begins”,
“Madagascar”, “Os Vigaristas”, “O Espanta-Tubarões”, “Falcão Negro em
Perigo”, “O Chamado”, “Hannibal – A Origem do Mal”, “Maré Vermelha”,
“Thelma e Louise”, “Conduzindo Miss Daisy”, “Missão Impossível 2”, “Uma
Equipe Muito Especial”, “Black Rain – A Coragem de Uma Raça”, “Amor À
Queima Roupa”, “Minha Adorável Lavanderia”.
Além da variedade de composições que figuram em seu currículo,
Zimmer trabalhou como produtor e consultor musical em inúmeros filmes,
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mais recentemente para “O Homem de Ferro”, no qual ele foi produtor
musical executivo.
JAMES NEWTON HOWARD (música) foi indicado sete vezes ao Oscar® e
é um dos mais ativos compositores do cinema, atualmente com mais de 100
trilhas para o cinema e a televisão em seu currículo. A última indicação ao
Oscar® foi pela trilha do criticamente aclamado drama “Conduta de Risco”,
estrelado por George Clooney.
Ganhou, igualmente, indicações ao Oscar® na categoria Melhor Trilha
Original por “A Vila”, de M. Night Shyamalan, “O Casamento do Meu Melhor
Amigo”, de PJ Hogan, “O Fugitivo”, de Andrew Davis, e “O Príncipe das
Marés”, de Barbra Streisand. Ele ganhou mais duas indicações, bem como
indicações ao Globo de Ouro®, na categoria de Melhor Música Original por
“Look What Love Has Done”, do filme “Júnior”, e por “For the First Time”, do
filme “Um Dia Especial”. Howard recebeu a terceira indicação ao Globo de
Ouro® pela trilha da refilmagem de sucesso de “King Kong”, de Peter
Jackson.
Howard já compôs para todos os filmes de M. Night Shyamalan, a
começar pelo sucesso que foi a estréia do diretor, “O Sexto Sentido”, e, em
seguida, “Corpo Fechado”, “Sinais”, “A Dama na Água” e, mais
recentemente, “Fim dos Tempos”.
No momento, ele compõe para inúmeros filmes a serem lançados,
incluindo “Defiance”, de Edward Zwick, e “Confessions of a Shopaholic”, de
P.J. Hogan. Nos créditos de Howard estão ainda “The Great Debaters”, de
Denzel Washington; “Jogos do Poder”, de Mike Nichols; “Diamante de
Sangue”, de Edward Zwick; “Batman Begins”, de Christopher Nolan; “A
Intérprete”, de Sydney Pollack; “Colateral”, de Michael Mann; “Mar de Fogo”,
de Joe Johnston; “Peter Pan”, de P.J. Hogan; “Os Queridinhos da América”,
de Joe Roth; “Noiva em Fuga” e “Uma Linda Mulher”, de Garry Marshall; “As
Duas Faces de um Crime”, de Gregory Hoblit; “Epidemia”, de Wolfgang
Petersen; “Wyatt Earp” e “Grand Canyon – Ansiedade de Uma Geração”,
ambos de Lawrence Kasdan; “Dave – Presidente Por Um Dia”, de Ivan
Reitman; “Um Dia de Fúria”, de Joel Schumacher; “Um Time Muito Louco”,
de David S. Ward, para mencionar apenas alguns.
Também prestigiado pelo trabalho na televisão, Howard ganhou um
Emmy® por Melhor Música de Vinheta de Abertura para o seriado “Gideon’s
Crossing”, e foi indicado ao Emmy® na mesma categoria para a longeva série
“Plantão Médico”.
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