Relação entre força muscular e funcionalidade em indivíduos com
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Relação entre força muscular e funcionalidade em indivíduos com
Relação entre força muscular e funcionalidade em indivíduos com artrite reumatoide(1) Patrícia Fernanda Dorow (2), Bárbara Lindner(3), Caroline de Medeiros(4), Carolina Neis Machado(5), Monique da Silva Gevaerd(6) Resumo Expandido Trabalho executado com recursos do Edital APROEX – Nº 01/2014 Professora do Curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto Federal de Santa Catarina; Florianópolis, SC; [email protected].; Aluna do Curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto Federal de Santa Catarina(3) Professora do Curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto Federal de Santa catarina (4); Professora Substituta do Curso de Bacharelado em Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina e Fisioterapeuta voluntária do projeto(5); Professora do Curso de Bacharelado em Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina (6) (1) (2) RESUMO: A artrite reumatoide (AR) é uma doença articular inflamatória, autoimune, que causa perda da funcionalidade, devido aos danos progressivos no sistema musculoesquelético. Os danos articulares são os mais proeminentes, o que interfere diretamente na funcionalidade e no desenvolvimento da força muscular. Dessa forma o objetivo desse estudo será analisar as relações entre a força muscular e a capacidade funcional em indivíduos com AR ativa por meio de radiografias. Para isso, foi realizada uma coleta de dados com um grupo de indivíduos diagnosticados com AR pareados por idade (±2 anos) e sexo com outro grupo que não tenha esta característica. Foi realizada a avaliação da força muscular (Dinamômetro Portátil Chatillon®) e da força de preensão manual (Dinamômetro Digital - LABIN), coleta bioquímica para verificação do PCR e realização do DAS-28 para caracterização da atividade da doença, questionário HAQ para avaliação da funcionalidade dos indivíduos. Os resultados demonstram que a integração social entre as participantes e, entre as participantes e a equipe têm influenciado na redução de sinais e sintomas do desânimo. Redução dos sintomas álgicos. Conclui-se que o tratamento reduziu a atividade da doença. Palavras Chaves: Radiologia; Doença articular inflamatória; Radiografias. INTRODUÇÃO A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória, crônica, de origem autoimune e etiologia desconhecidas, que causa danos ao sistema musculoesquelético de forma progressiva (SANGHA, 2000; PLASQUI, 2008). Sua incidência é de, aproximadamente, 0,5 a 1% na população em geral, com prevalência duas a três vezes maior em mulheres (OTTAWA PANEL, 2004). No Brasil, tem prevalência similar à mundial (1%), com pico de incidência entre a quarta e quinta década de vida (BERTOLO et al.., 2007; LOUZADA-JÚNIOR et al., 2007). Sabe-se que os danos às articulações, as mãos, em especial, são a consequência mais proeminente àqueles que são portadores da doença, o que interfere diretamente na amplitude de movimento e na produção de força muscular. Por isso, o presente projeto tem como objetivo proporcionar aos portadores de artrite reumatoide a oportunidade de realização de hidrocinesioterapia com orientação e acompanhamento individualizado, 4º Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC como parte integrante de seu tratamento reumatológico. Além disso, pretende auxiliar no diagnóstico e no controle da doença através da realização de avaliações da força muscular, da amplitude de movimento de grandes articulações, da amplitude de movimento das metacarpofalangeanas e interfalangeanas das mãos, além de exame radiológico das mãos para avaliação do comprometimento osteoarticular causado pela AR. De uma maneira geral, este projeto visa a conscientização dessa população acerca da educação em saúde, através das informações oferecidas sobre os benefícios dos exercícios físicos na AR. METODOLOGIA Caracterização do Projeto Trata-se de um projeto de extensão gratuito em que portadores de AR recebem tratamento hidrocinesioterapeutico em piscina térmica e ISSN 2357-836X acompanhamento individualizado por meio das seguintes avaliações: - Avaliação da força muscular com o Dinamômetro Portátil Chatillon; - A valiação da amplitude de movimento de grandes articulações com o Flexímetro Sanny; - Avaliação da amplitude de movimento das metacarpofalangeanas e interfalangeanas das mãos com o Goniômetro Saehan - Exame radiológico das mãos para avaliação do comprometimento osteoarticular causado pela AR. Processo de Adesão A partir do contato com alguns médicos reumatologistas da cidade de Florianópolis, foi feita a divulgação do projeto. Para ingressar no projeto o paciente precisava apresentar o diagnóstico médico de AR, bem como atestado para uso da piscina. Até Março de 2014, mês de início do projeto, cinco pacientes do sexo feminino entraram em contato com o Laboratório de Análises Multisetorial (MULTILAB) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente, permanecem no projeto quatro pacientes. Metodologia de Trabalho Ao ingressar no projeto, os participantes preencheram uma ficha de cadastro e submeteramse às avaliações citadas no tópico de “Caracterização da Projeto”. As avaliações relativas à força e à amplitude de movimento foram realizadas no MULTILAB. O exame radiológico das mãos e punhos foi feito no Hospital Universitário (HU) da cidade de Florianópolis, local em que uma acadêmica do curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), realiza estágio e atua como bolsista do projeto. O tratamento hidrocinesioterapeutico acontece na piscina terapêutica do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da UDESC. A frequência do tratamento é de três vezes semanais às segundas, quartas e sexta-feiras pela manhã. As sessões têm duração de 60 minutos. Três fisioterapeutas e três acadêmicas de fisioterapia dividem a responsabilidade pelos atendimentos na piscina. Além disso, a acadêmica do curso de Tecnologia em Radiologia mencionada anteriormente, tem acompanhado as sessões, com o objetivo de compreender os efeitos desse tratamento sobre as variáveis comprometidas na doença. 4º Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC I. RESULTADOS PARCIAIS E DISCUSSÃO Tendo em vista que este projeto de extensão permanece em vigência até Agosto do corrente ano, as reavaliações relacionadas à força muscular, amplitude de movimento e comprometimento osteoarticular, ainda não foram realizadas. Por essa razão, apontamos abaixo os resultados obtidos até o momento: - A integração social entre as participantes e, entre as participantes e a equipe têm influenciado na redução de sinais e sintomas do desânimo, que era observado no primeiro mês. - Apesar dos diferentes graus de acometimento em cada uma das quatro participantes, todas têm referido redução dos sintomas álgicos após quase três meses de tratamento. - Duas participantes apresentaram redução ponderal, reduzindo a sobrecarga sobre articulações de tornozelos, joelhos, quadris e da coluna vertebral. Outros resultados importantes no contexto deste projeto são: - A integração entre duas instituições de ensino superior com o objetivo de assistir à população de portadores de AR, bem como de produzir conhecimento na área da saúde, auxiliando a prática profissional através de evidências encontradas durante a realização desse projeto. - A possibilidade de integração entre as áres de ensino, extensão e pesquisa, já que possibilita aos acadêmicos envolvidos adequar a teoria acadêmica à realidade social e à prática profissional, auxiliando na sua formação. - Como consequência do que foi supracitado, há a estimulação para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas à Fisioterapia e à Tecnologia em Radiologia, elucidando questionamentos ainda não esclarecidos. - E, por fim, a inserção do acadêmico neste tipo de atividade oportuniza a ele a participação em eventos científicos, ampliando seu contato interinstitucional. CONCLUSÕES Os resultados parciais do projeto indicam que o tratamento reduziu a atividade da doença, além de reduzir a sensação de dor, atestando o tratamento de hidrocionesioterapia como recomendável para pessoas com artrite reumatóide. ISSN 2357-836X AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago por ceder seu espaço para a realização das radiografias. REFERÊNCIAS ALETAHA, D., FUNOVITS, J., SMOLEN, J. S. Physical disability in rheumatoid artritis is associated with cartilage damage rather than bone destruction. Ann Rheum Dis, v. 70, p. 733-739, 2011. BÉRTOLO, M.B., BRENOL, C.V., SCHAINBERG, C.G. et al.. Atualização do Consenso Brasileiro no Diagnóstico e Tratamento da Artrite Reumatóide. Rev Bras Reumatol. v.47 p. 151-159, 2007 BRANDÃO, L., FERRAZ, M.B., ZERBINI, C.A.F. Avaliação da qualidade de vida na artrite reumatóide: revisão atualizada. Rev Bras Reumatol v.37 p. 275-81. 1997. COOLES, F. A. H., ISAACS, J. D. Pathophysiology of rheumatoid arthritis. Current Opinion in Rheumatology, v. 23, p. 233-240, 2011. GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa, 5ª ed. São Paulo – Atlas, 2010. KHURANA, R., BERNEY S. M. Clinical aspects of rheumatoid arthritis. Pathophysiology, v. 12, n. 3, p. 153165, 2005. LOUZADA-JÚNIOR P. et al.., Análise descritiva das características demográficas e clínicas de pacientes com artrite reumatóide no estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Reumatologia. 2007. OTTAWA PANEL. Evidence-Based Clinical Practice Guidelines for Therapeutic Exercises in the Management of Rheumatoid Arthritis in Adults. Phys Ther. v. 84 p.934972. 2004. PEIXOTO, S V, GIATTI, L, AFRADIQUE, M E, LIMACOSTA, M F. Custo das internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2004. PLASQUI, G.The role of physical activity in rheumatoid arthritis. Physiology & Behavior v.94 p. 270-275. 2008. SANGHA, O. Epidemiology of rheumatic diseases. Rheumatology v. 39 p. 3-12. 2000. SHIH, M., et al.. Serious psychological distress in U.S. adults with arthritis. Journal of General Internal Medicine v.21 p. 1160-1166.2006. 4º Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC ISSN 2357-836X
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