ANEXO20_EIA_LMAT AH Foz Tua

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ANEXO20_EIA_LMAT AH Foz Tua
LIGAÇÃO À REDE NACIONAL DE TRANSPORTE DE ELETRICIDADE, A 400 kV, DO APROVEITAMENTO
HIDROELÉTRICO DE FOZ TUA
ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
ANEXO 20
RELATÓRIO SOBRE QUIRÓPTEROS
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
ÍNDICE DE TEXTO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 5
1.1. Morcegos .................................................................................................................................................. 6
1.2. Impactes das linhas elétricas sobre os morcegos ..................................................................................... 8
1.3. Objetivos ................................................................................................................................................... 8
2. METODOLOGIA.................................................................................................................................................... 9
2.1. Área de estudo .......................................................................................................................................... 9
2.2. Materiais e métodos de amostragem ........................................................................................................ 9
3. RESULTADOS .................................................................................................................................................... 13
3.1.
3.2.
3.3.
3.4.
3.5.
Espécies detetadas ................................................................................................................................. 13
Utilização do espaço (amostragem acústica) .......................................................................................... 28
Prospeção de abrigos ............................................................................................................................. 34
Análise comparativa das soluções .......................................................................................................... 50
Discussão dos resultados ....................................................................................................................... 56
4. CONCLUSÕES ................................................................................................................................................... 59
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................................... 61
6. REFERÊNCIAS WEB ........................................................................................................................................... 65
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1.1.1 – Espécies que ocorrem na área de estudo (Alves et al., 2012; Bio3, 2012; Bio3, 2013a;
Bio3, 2013b; Ecovisão, 2013; ICNB, 2010; Rebelo, 2001) e respetivo estatuto de ameaça (Cabral et al.,
2006): CR – criticamente em perigo; EN – em perigo; VU – vulnerável; LC – pouco preocupante; DD –
informação insuficiente) ........................................................................................................................................... 7
Quadro 3.1.1 – Espécies e grupos de espécies detetadas neste estudo, por local de amostragem (LA –
locais de amostragem acústica; AB – abrigos) e respetivo estatuto de ameaça (Cabral et al., 2006): CR –
criticamente em perigo; EN – em perigo; VU – vulnerável; LC – pouco preocupante; DD – informação
insuficiente); para os locais de amostragem acústica é indicado o número de contactos ocorridos nas
amostragens de junho de 2013 ............................................................................................................................. 14
Quadro 3.1.1 (continuação) ................................................................................................................................... 15
Quadro 3.2.1 – Espécies e grupos de espécies detetadas na amostragem acústica e respetivo número
total de contactos ................................................................................................................................................... 29
Quadro 3.2.2 – Modelo de regressão logística da atividade global ....................................................................... 32
Quadro 3.2.3 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus .............................................. 33
Quadro 3.3.1 – Abrigos potenciais referenciados, cuja amostragem não foi possível efetuar............................... 34
Quadro 3.3.2 – Abrigos amostrados e referenciados num buffer de 1 km em redor dos eixos das soluções
em estudo, com indicação do código, designação (no presente estudo e noutros estudos), tipo de abrigo,
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coordenadas (precisão 100 m), distância ao traçado da linha elétrica, trecho abrangido num buffer de
1 km, data e tipo de prospeção efetuada, total de morcegos detetados, espécies ou vestígios presentes e
observador(es) ou origem dos dados (BS – Bruno Silva; SB – Sílvia Barreiro)..................................................... 36
Quadro 3.3.2 (continuação) ................................................................................................................................... 37
Quadro 3.3.2 (continuação) ................................................................................................................................... 38
Quadro 3.3.2 (continuação) ................................................................................................................................... 39
Quadro 3.3.2 (continuação) ................................................................................................................................... 40
Quadro 3.3.2 (continuação) ................................................................................................................................... 41
Quadro 3.3.3 – Abrigos amostrados e referenciados num buffer de 1 a 5 km em redor dos eixos das
soluções em estudo, com indicação do código, designação (no presente e noutros estudos), tipo de
abrigo, coordenadas (precisão 100 m), distância ao traçado da linha elétrica, trecho abrangido num buffer
de 1 km, data e tipo de prospeção efetuada, total de morcegos detetados, espécies ou vestígios
presentes e observador(es) ou origem dos dados (BS – Bruno Silva; SB – Sílvia Barreiro) ................................. 41
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 42
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 43
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 44
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 45
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 46
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 47
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 48
Quadro 3.3.3 (continuação) ................................................................................................................................... 49
Quadro 3.4.1 – Proporção de locais com e sem atividade global nos locais referentes às oito soluções em
estudo .................................................................................................................................................................... 50
Quadro 3.4.2 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 1 como
fator........................................................................................................................................................................ 50
Quadro 3.4.3 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2SI como
fator........................................................................................................................................................................ 51
Quadro 3.4.4 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2SM
como fator .............................................................................................................................................................. 51
Quadro 3.4.5 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2NI como
fator........................................................................................................................................................................ 51
Quadro 3.4.6 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2NM
como fator .............................................................................................................................................................. 51
Quadro 3.4.7 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 3S como
fator........................................................................................................................................................................ 51
Quadro 3.4.8 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 3N como
fator........................................................................................................................................................................ 51
Quadro 3.4.9 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 4 como
fator........................................................................................................................................................................ 52
Quadro 3.4.10 – Proporção de locais com e sem atividade do género Pipistrellus nos locais referentes às
oito soluções em estudo ........................................................................................................................................ 53
Quadro 3.4.11 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 1 como fator ............................................................................................................................................. 53
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Quadro 3.4.12 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 2SI como fator.......................................................................................................................................... 53
Quadro 3.4.13 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 2SM como fator........................................................................................................................................ 54
Quadro 3.4.14 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 2NI como fator ......................................................................................................................................... 54
Quadro 3.4.15 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 2NM como fator ....................................................................................................................................... 54
Quadro 3.4.16 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 3S como fator........................................................................................................................................... 54
Quadro 3.4.17 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 3N como fator .......................................................................................................................................... 54
Quadro 3.4.18 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da
Solução 4 como fator ............................................................................................................................................. 55
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.1 – Esquema gráfico dos trechos das soluções alternativas consideradas ............................................... 6
Figura 3.1.1 – Ocorrência do género Rhinolophus ................................................................................................ 16
Figura 3.1.2 – Ocorrência do grupo M. myotis / M. blythii...................................................................................... 17
Figura 3.1.3 – Ocorrência do grupo M. mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii / M.
daubentonii ............................................................................................................................................................ 17
Figura 3.1.4 – Ocorrência do género Pipistrellus ................................................................................................... 18
Figura 3.1.5 – Ocorrência do género Nyctalus ...................................................................................................... 19
Figura 3.1.6 – Ocorrência do género Eptesicus..................................................................................................... 19
Figura 3.1.7 – Ocorrência da espécie B. barbastellus ........................................................................................... 20
Figura 3.1.8 – Ocorrência da espécie M. schreibersii ............................................................................................ 20
Figura 3.1.9 – Ocorrência da espécie T. teniotis ................................................................................................... 21
Figura 3.2.1 – Atividade (global, género Pipistrellus) por local de amostragem .................................................... 30
Figura 3.2.2 – Temperatura do ar por local de amostragem.................................................................................. 31
Figura 3.2.3 – Intensidade do vento por local de amostragem .............................................................................. 31
Figura 3.2.4 – Curva de probabilidade de ocorrência de atividade global de morcegos em função da
temperatura do ar .................................................................................................................................................. 33
Figura 3.2.5 – Curva de probabilidade de ocorrência de atividade do género Pipistrellus em função da
temperatura do ar .................................................................................................................................................. 34
Figura 3.4.1 – Média da atividade global nas várias soluções, com indicação do erro-padrão e de outliers......... 52
Figura 3.4.2 – Média da atividade do género Pipistrellus nas várias soluções, com indicação do erropadrão e de outliers ............................................................................................................................................... 55
Figura 3.4.3 – Número mínimo de espécies em cada uma das soluções.............................................................. 56
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LISTA DE APÊNDICES
Apêndice 1 - Locais de amostragem acústica
Apêndice 2 - Abrigos potenciais amostrados
Apêndice 3 - Resultados das amostragens acústicas
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1. INTRODUÇÃO
O presente relatório foi elaborado no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental (EIA), em fase de Estudo
Prévio, da Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade – RNT(E), a 400 kV, do Aproveitamento
Hidroelétrico de Foz Tua (AHFT). Este projeto tem como proponente a EDP - Gestão da Produção de
Energia, S.A., concessionária do AHFT.
O EIA foi precedido de uma Proposta de Definição do Âmbito do EIA (PDA), submetida, em novembro de
2012, à APA - Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., enquanto Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental
(AIA). A PDA foi sujeita a consulta pública e objeto de parecer, em março de 2103, por parte da Comissão de
Avaliação, nomeada para o efeito pela Autoridade de AIA.
A elaboração do EIA teve em consideração a PDA e o respetivo Parecer da Comissão de Avaliação, que já
integrou os resultados da consulta pública.
A EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A. adjudicou a elaboração do projeto técnico e dos estudos
ambientais à CME – Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A.; o projeto técnico da linha é da
responsabilidade da EGSP - Energia e Sistemas de Potência, Lda., e a elaboração do EIA é da
responsabilidade da ECOBASE – Estudos e Soluções Sustentáveis, Lda. O presente relatório é da
responsabilidade da PLECOTUS – Estudos Ambientais, Unipessoal, Lda, tendo envolvido os seguintes
técnicos:
 Pedro Alves (coordenador geral, elaboração do relatório);
 Bruno Silva (trabalhos de campo, análise de dados, elaboração do relatório);
 Sílvia Barreiro (trabalhos de campo, análise de dados);
 Rui Gonçalves (trabalhos de campo).
O projeto destina-se ao transporte da energia elétrica a produzir no AHFT para entrega na Rede Nacional de
Transporte de Eletricidade, concessionada à REN - Rede Elétrica Nacional, S.A. Atendendo ao escalão de
tensão necessário (400 kV), essa entrega deve ter lugar na Subestação de Armamar ou, através de uma
instalação designada como Posto de Corte, na Linha Armamar-Lagoaça, a 400 kV.
O EIA analisa oito soluções possíveis para a ligação do AHFT à RNT(E), que já constavam da PDA:
-
Solução 1;
Solução 2, que se subdivide em quatro soluções alternativas (2SI, 2SM, 2NI, 2NM);
Solução 3, que se subdivide em duas soluções alternativas (3S,3N);
Solução 4.
Na travessia do rio Tua pela Solução 2 (e pela Solução 3, que coincide nesse trecho com a Solução 2) foram
consideradas duas alternativas: travessia a cerca de 400 m a montante da Barragem de Foz Tua (Soluções 2SI,
2SM e 3S) ou travessia a cerca de 2 km a montante da barragem (Soluções 2NI, 2NM e 3N).
Na zona da Valeira, a Solução 2 aproveita o corredor de duas linhas existentes a 220 kV (Mogadouro-Valeira e
Valeira-Armamar), analisando-se no EIA duas alternativas para este trecho em que se efetua a travessia do rio
Douro: a construção de uma nova linha a 400 kV, independente das existentes (Soluções 2SI e 2NI), ou a
construção de uma nova linha mista, a 220/400 kV, e posterior desmontagem das referidas linhas de 220 kV
(Soluções 2SM e 2NM).
Todas as soluções alternativas têm um início comum, na Central de Foz Tua, a jusante da Barragem de Foz
Tua.
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As Soluções 1, 2SI, 2SM, 2NI, 2NM e 4 terminam na Subestação de Armamar e desenvolvem-se em ambas
as margens do Douro, tendo como limite nascente a Barragem da Valeira e como limite poente a Barragem da
Régua.
As Soluções 3S e 3N desenvolvem-se inteiramente na margem direita do Douro, terminando na margem
esquerda do rio Sabor, no Posto de Corte que assegura a ligação à Linha existente Armamar-Lagoaça.
Numa parte significativa da sua extensão as soluções alternativas consideradas no EIA têm trechos comuns.
Por este motivo, podem ser analisadas como resultado da combinação de catorze trechos, designados de A a
M. Na Figura 1.1 apresenta-se o esquema de combinação dos trechos. O capítulo 3 do Relatório do EIA
descreve, de forma pormenorizada, o projeto e as soluções alternativas analisadas.
Figura 1.1 – Esquema gráfico dos trechos das soluções alternativas consideradas
O projeto localiza-se na Região Norte, no vale do rio Douro. Os traçados das soluções alternativas atravessam
o território de dez municípios: Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Lamego, Peso da Régua, Sabrosa, São
João da Pesqueira, Tabuaço, Torre de Moncorvo e Vila Real. Na secção 3.2 do Relatório do EIA e no
Desenho 1 do EIA (Vol. IV - Peças Desenhadas) é apresentada a divisão administrativa, até ao nível da
freguesia, do território atravessado; nos Desenhos 2 e 3 (Vol. IV - Peças Desenhadas) apresenta-se a
localização das diferentes soluções alternativas consideradas na escala 1:50.000 e 1:25.000, respetivamente.
No Desenho 4 (Vol. IV - Peças Desenhadas) apresenta-se a implantação das soluções alternativas num
ortofotomapa na escala 1:15.000.
1.1. Morcegos
Em Portugal Continental conhecem-se 25 espécies de morcegos, que constituem aproximadamente 40% da
fauna de mamíferos terrestres existentes no país (ICNB, 2012; Palmeirim et al., 1999).
Características como a baixa taxa de natalidade (raramente têm mais de uma cria por ano), a maturidade sexual
tardia (para algumas espécies, apenas é atingida ao quarto ano de vida), a grande longevidade (podem
ultrapassar os 30 anos) e o facto de por vezes se aglomerarem em colónias numerosas, tornam os morcegos
bastante vulneráveis, principalmente no que diz respeito à alteração do habitat que utilizam e à perturbação dos
abrigos que ocupam (Bicho, 1996; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999).
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Esta vulnerabilidade está bem patente no facto de todas as espécies de morcegos estarem protegidas pelas
Convenções de Berna (Convenção da Preservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais na Europa) e
Bona (Convenção de Espécies Migratórias da Fauna Selvagem) e no atual estatuto de ameaça de algumas
dessas espécies (Cabral et al., 2006): três espécies estão classificadas como “Criticamente em Perigo” (o que
constitui 60% das espécies com este estatuto em Portugal Continental), uma apresenta o estatuto “Em Perigo” e
cinco o estatuto “Vulnerável”, enquanto as restantes quinze apresentam os estatutos “Pouco preocupante” e
“Informação Insuficiente” (respetivamente seis e nove espécies).
No Quadro 1.1.1 estão indicadas as espécies de ocorrência conhecida na região em estudo (Alves et al., 2012;
Bio3, 2012; Bio3, 2013a; Bio3, 2013b; Ecovisão, 2013; ICNB, 2010; Rebelo, 2001).
Quadro 1.1.1 – Espécies que ocorrem na área de estudo (Alves et al., 2012; Bio3, 2012; Bio3, 2013a; Bio3, 2013b;
Ecovisão, 2013; ICNB, 2010; Rebelo, 2001) e respetivo estatuto de ameaça (Cabral et al., 2006): CR – criticamente em
perigo; EN – em perigo; VU – vulnerável; LC – pouco preocupante; DD – informação insuficiente)
Espécies
Estatuto de ameaça
Rhinolophus ferrumequinum
VU
R. hipposideros
VU
R. euryale
CR
Myotis myotis
VU
M. blythii
CR
M. mystacinus
DD
M. emarginatus
DD
M. escalerai1
VU
M. bechsteinii
EN
M. daubentonii
LC
Pipistrellus pipistrellus
LC
P. pygmaeus
LC
P. kuhlii
LC
Hypsugo savii
DD
Nyctalus leisleri
DD
N. noctula / N. lasiopterus
DD / DD
Eptesicus serotinus / E. isabellinus2
LC / -
M. escalerai substitui M. nattereri em Portugal Continental, com os dados desta última a serem transpostos diretamente
para M. escalerai; atualmente não está confirmada a ocorrência de M. nattereri no nosso país (ICNB, 2010a; Rebelo, com.
pessoal; Rodrigues, com. pessoal).
1
a presença de E. isabellinus em Portugal Continental só foi confirmada após a última edição do Livro Vermelho dos
Vertebrados de Portugal (Mamíferos), desconhecendo-se a sua distribuição exata (provavelmente E. isabellinus surge mais
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7
Espécies
Estatuto de ameaça
Barbastella barbastellus
DD
Plecotus auritus
DD
P. austriacus
LC
Miniopterus schreibersii
VU
Tadarida teniotis
DD
1.2. Impactes das linhas elétricas sobre os morcegos
Apesar de pouco documentados, os principais impactes provocados pelas linhas elétricas sobre os morcegos
estão relacionados com a mortalidade/eletrocussão (Electrocution, s/ data; Electrocution Reduction, s/ data;
Manville, 2006) e com a fragmentação/perturbação/perda de habitat (Environmental Bioindicators Foundation e
Pandion Systems, 2009), podendo ainda ser referenciada a destruição/perturbação de abrigos.
A mortalidade por eletrocussão parece ser um problema que atinge essencialmente espécies da Subordem
Megachiroptera (Ali, 2010; Electrocution, s/ data; Fruit bats and the power system, 2011), provavelmente devido
à sua dimensão (chegam a ter mais de 1 m de envergadura). No entanto é de salientar que em Portugal todas as
espécies de morcegos pertencem à Subordem Microchiroptera, para a qual não foram detetados dados de
ocorrência de mortalidade por eletrocussão ou colisão em linhas elétricas.
A fragmentação/perturbação/perda de habitat de habitat poderá ser preocupante se forem atingidas extensas
áreas favoráveis aos morcegos, enquanto a destruição de abrigos ocorrerá acima de tudo nos casos em que os
apoios da linha elétrica forem colocados em locais que impliquem a destruição ou selagem de grutas, minas,
edifícios, árvores, escarpas rochosas, ou outros locais que sirvam de abrigos a morcegos.
1.3. Objetivos
O presente estudo teve como objetivo a caracterização do elenco de espécies de morcegos existentes na área
de influência do projeto e da sua situação populacional, apresentando por isso os seguintes objetivos
específicos:
 inventariar abrigos nas diferentes soluções de traçado para a linha elétrica;
 inventariar as espécies de morcegos que ocorrem nas diferentes soluções de traçado para a linha
elétrica;
 avaliar a atividade dos morcegos nas diferentes soluções.
no Centro e Sul do país, enquanto que E. serotinus surge mais na região Norte) assim como o seu estatuto de ameaça
(ICNB, 2010a; Rebelo, com. pessoal; Rodrigues, com. pessoal; Rodrigues et al., 2010).
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2. METODOLOGIA
2.1. Área de estudo
O presente estudo foi realizado na envolvente das soluções em estudo para a linha elétrica, num buffer de 5 km
em redor dos seus eixos. Esta área situa-se no vale do rio Douro, distribuindo-se, grosso modo, entre Foz do
Tua, Torre de Moncorvo e Peso da Régua.
As soluções em estudo percorrem terrenos com cotas entre os 70 m e 940 m de altitude, ao longo de áreas de
matos, floresta e culturas agrícolas.
Neste estudo, consideraram-se como alvo de amostragem cinco grupos de biótopos:
 MATOS (MAT) – áreas dominadas por vegetação arbustiva de porte e densidade variada, onde
predominam os matos densos de porte alto compostos por urze, tojo, giesta, silvas e por vezes
medronheiros;
 FLORESTAS DE FOLHOSAS (FOL) – áreas onde predominam as manchas florestais de carvalhos e
castanheiro;
 OUTRAS FLORESTAS (FOU) – áreas onde predominam as manchas florestais de pinheiros ou cedros,
por vezes em associação com espécies de folhosas;
 OLIVAL (OL) – áreas onde predomina a cultura de oliveira;
 CULTURAS AGRÍCOLAS (AGR) – áreas de culturas agrícolas, com predomínio da vinha.
2.2. Materiais e métodos de amostragem
Neste estudo foram efetuados dois tipos de amostragem:
 avaliação da utilização do espaço pelos morcegos (escutas com detetores de ultrassons);
 prospeção e avaliação de ocupação de abrigos de morcegos (visitas e escutas com detetor de
ultrassons).
2.2.1. Utilização do espaço
Com a amostragem realizada em junho de 2013, pretendeu-se estimar a utilização que os morcegos fazem da
área de estudo, principalmente no que se refere às espécies presentes e à frequência com que a usam,
tentando-se ao mesmo tempo determinar qual o tipo de utilização (área de alimentação ou zona de passagem
entre abrigos e áreas de alimentação).
Para tal, foram definidos 40 pontos de amostragem acústica, distribuídos num buffer de 1 km em redor dos eixos
das soluções em estudo (ver Desenho 11 - Volume IV), de forma a estarem representados os principais biótopos
existentes. De referir que dois dos locais de amostragem (TU18 e TU23) se encontram fora dessa área devido a
alterações entretanto ocorridas no traçado em estudo, considerando-se que esta situação não origina qualquer
problema na análise dos dados. Cada ponto foi caracterizado em termos de biótopo predominante, altitude
média, declive e orientação predominantes (Apêndice 1).
As escutas consistiram no registo das emissões sonoras dos morcegos que surgiram na área de deteção do
microfone, durante um período de 10 minutos. Acoplado ao detetor utilizou-se um gravador áudio onde se
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guardaram as emissões sonoras registadas, para posteriormente serem analisadas e identificadas as respetivas
espécies.
A identificação de morcegos através das suas emissões sonoras é uma técnica bastante utilizada em estudos de
atividade destes mamíferos, tendo como principal vantagem o facto de não lhes causar qualquer tipo de
perturbações (Ahlén, 2004; Catto, 1994; Fenton e Bell, 1981). No entanto, a utilização desta técnica apresenta
várias dificuldades, nomeadamente as que estão relacionadas com a detetabilidade (por exemplo, existem
espécies que emitem sinais muito fracos – Plecotus spp. – ou com frequências muito elevadas – Rhinolophus
spp. – e por isso facilmente dissipáveis, o que torna praticamente impossível a sua deteção) e com a
identificação (há espécies com vocalizações muito idênticas, como M. schreibersii e P. pygmaeus, o que pode
impossibilitar a sua distinção através das emissões sonoras). Para além deste tipo de problemas, podem ocorrer
alguns imprevistos associados ao trabalho de campo que levem à gravação de emissões muito breves ou muito
fracas que dificultam o trabalho de identificação das espécies envolvidas.
O detetor de ultrassons utilizado foi o modelo D240X da Pettersson Elektronik AB (com gama de frequências 10
a 120 kHz) em modo “tempo expandido” (o som é reproduzido a uma velocidade 10 vezes inferior, tornando-o
audível sem que haja alteração das características originais). As emissões sonoras foram armazenadas num
gravador digital modelo GMINI 402 da Archos ou modelo similar.
As amostragens foram efetuadas nas quatro primeiras horas após o pôr do sol, de forma a reduzir o efeito que
as variações nos ritmos de atividade sucedidas ao longo de uma noite possam ter em cada amostragem, não
tendo sido realizadas em condições meteorológicas adversas (chuva, nevoeiro e vento de intensidade superior a
5,0 m/s, valor que segue o recomendado pelo ICNF), pois estas afetam a atividade dos morcegos.
Na avaliação da atividade dos morcegos contabilizou-se o número de encontros com morcegos (sequência de
pulsos associados à passagem de um morcego no espaço amostrado pelo microfone) e determinou-se o tipo de
pulsos emitidos (pulsos de navegação, de alimentação e/ou sociais).
Foram ainda recolhidos dados referentes ao vento (intensidade e orientação) e à temperatura do ar, durante as
amostragens, tendo-se utilizado um anemómetro de bolso modelo SKYMATE SM-18, da Speedtech Instruments
e uma bússola.
2.2.2. Prospeção de abrigos
Com a prospeção de abrigos pretendeu-se determinar os locais que, na área de influência do projeto, possuíam
condições para servir de abrigo a morcegos (minas, pontes de pedra, escarpas interiores, edifícios
abandonados, etc.), verificar se eram utilizados como tal, identificar as espécies e quantificar o número de
indivíduos presentes.
A prospeção de abrigos incidiu maioritariamente no buffer de 5 km em redor dos eixos das soluções em estudo
(ver Desenho 11 - Volume IV), tendo sido efetuada com base na análise de cartografia (folhas n.OS 102, 103,
115, 116, 117, 118, 126, 127, 128, 129, 130, 137, 138 e 139 da Carta Militar 1:25.000, do IGeoE), de consulta
bibliográfica, de visitas ao campo e de inquéritos às populações locais.
A avaliação da presença de morcegos foi realizada em junho de 2013, tendo sido efetuada maioritariamente
através de visitas diurnas aos potenciais abrigos e, nos casos em que tal não foi possível, através de escutas
com detetores de ultrassons, junto ao local de abrigo, durante um período de 30 a 40 minutos, com início um
pouco antes do pôr do sol.
2.2.3. Análise dos sons
A análise dos registos sonoros dos morcegos detetados foi efetuada com recurso ao programa de análise de
sons Batsound Pro – Sound Analysis, da Pettersson Elektronik AB. Este programa gera gráficos (oscilogramas,
sonogramas e espectros de potência) que permitem a medição de variáveis sonoras (frequência de máxima
10
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amplitude, duração do pulso, intervalo entre pulsos, etc.), o que possibilita a identificação das espécies
detetadas por comparação com uma base de dados de referência.
As variáveis sonoras utilizadas para a identificação das espécies foram:
 Tipo de frequência – frequência modulada (FM – pulsos de curta duração em que há uma rápida
variação de frequência ao longo do tempo), frequência constante (CF – pulsos geralmente constantes e
que mantêm a frequência ao longo do tempo) ou combinações das duas (FM-CF ou CF-FM);
 Frequência principal (FMAXE, kHz) – frequência emitida com maior intensidade;
 Gama de frequências (BW, kHz) – diferença entre a frequência máxima (Fmax) e a frequência mínima
(Fmin);
 Duração do pulso (Δtp, ms) – intervalo de tempo entre o início e o fim de um pulso;
 Intervalo entre pulsos (INT, ms) – intervalo de tempo entre o início de um pulso e o início do pulso
seguinte;
 Taxa de repetição (TR, Hz) – taxa com que são emitidos os pulsos (TR=1/INT).
Na identificação das espécies P. pipistrellus, P. pygmaeus, P. kuhlii e M. schreibersii foi ainda utilizado um
modelo matemático baseado em redes neuronais artificiais para classificação de gravações, desenvolvido pela
PLECOTUS.
O modelo foi construído a partir de uma base de dados composta por sons de cerca de 400 indivíduos destas
espécies capturados em Portugal continental, à saída de abrigos ou no exterior (gravações efetuadas após a
identificação morfológica dos indivíduos capturados). Com estes sons foi treinado um conjunto de redes
neuronais artificiais (redes da classe feedforward multilayer perceptron) utilizando um programa customizado
criado no R project, que usaram como dados de base 16 parâmetros espectrais e 3 temporais medidos das
gravações.
O conjunto de redes treinado atribui a uma gravação desconhecida a probabilidade de pertencer a cada uma
destas quatro espécies, com os resultados do modelo de classificação a apresentarem uma sensibilidade média
de 95% com um erro médio de 4%. Só foram consideradas como corretas as classificações do modelo com uma
probabilidade superior a 70%.
2.2.4. Análise estatística
A análise estatística teve como finalidade procurar relações significativas entre a atividade dos morcegos e
alguns fatores ambientais, bem como procurar diferenças significativas entre as várias soluções em estudo.
De maneira a analisar de uma forma integrada todas as variáveis independentes, foi utilizado um modelo linear
generalizado com resposta binária e uma função de ligação logit. Este tipo de modelo, vulgarmente conhecido
como regressão logística, permite uma análise numérica das relações entre variáveis dependentes e
independentes, e também pode ser usado para classificação (neste caso para classificar se determinada
amostragem teve ou não atividade).
Para encontrar o melhor modelo, cada variável independente foi testada de forma univariada e todas as que
apresentaram p-value inferior a 0,20 (teste de Wald) foram introduzidas em conjunto num primeiro modelo
multivariado. Para refinar este modelo foram retiradas variáveis, a começar pela que tinha um p-value superior,
até só restarem variáveis significativas a 0,05.
O pressuposto de linearidade das variáveis contínuas foi verificado com o método dos quartis e a adequabilidade
do modelo, ou seja, a capacidade do modelo de prever a variável dependente foi verificada através do teste de
Hosmer e Lemeshow e do valor AUC (um valor de AUC de 0,70 é considerado como o valor mínimo aceitável). A
variância total explicada pelo modelo foi obtida através do R2 de Nagelkerke.
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
11
Para testar diferenças entre as várias soluções foi utilizado o teste de independência do X2 para testar diferenças
entre a proporção de locais amostrados com e sem atividade. Para testar diferenças de valores de atividade foi
utilizado o teste de Kruskal-Wallis, apoiado na comparação múltipla de médias das ordens.
Todas as análises efetuadas estão descritas em Maroco (2007) e Hosmer e Lemeshow (2000), tendo sido
efetuadas com recurso aos programas STATISTICA v7 e R v2.13.1.
12
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
3. RESULTADOS
3.1. Espécies detetadas
Durante o presente estudo foram detetadas as espécies R. hipposideros, M. escalerai, M. daubentonii, P.
pipistrellus, P. pygmaeus, P. kuhlii, N. leisleri, B. barbastellus, M. schreibersii e T. teniotis. A semelhança
morfológica e das vocalizações de algumas espécies nem sempre permitiram a sua diferenciação, tendo-se
nestes casos optado por constituir grupos com as espécies cuja morfologia ou emissões sonoras “típicas” são
idênticas às registadas, nomeadamente M. myotis / M. blythii, P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii, P.
pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii, P. pipistrellus / P. kuhlii, P. pygmaeus / M. schreibersii, N. leisleri / N.
noctula / N. lasiopterus, N. leisleri / E. serotinus / E. isabellinus, N. noctula / N. lasiopterus e E. serotinus / E.
isabellinus (Quadro 3.1.1; Apêndice 3).
A diferenciação (ou não) das espécies que constituem os grupos a partir das suas vocalizações teve em conta
os seguintes aspetos:
 Myotis sp. – normalmente é possível dividir as sete espécies deste género que ocorrem em Portugal em
dois grupos, embora existam ocasiões em que tal não é possível (por exemplo, quando os registos
sonoros estão fracos): o “grupo 35” contém as espécies M. myotis e M. blythii, que geralmente emitem
vocalizações com frequência de nulo nos 35 kHz, enquanto o “grupo 45” contém as restantes cinco
espécies (M. mystacinus, M. emarginatus, M. escalerai, M. bechsteinii e M. daubentonii), cujas emissões
sonoras têm frequência de nulo nos 45 kHz (Rainho, com. pessoal).
No “grupo 35” não é possível distinguir as duas espécies que o constituem e no “grupo 45” poderá ser
possível distinguir a espécie M. daubentonii se nos registos sonoros o oscilograma for sinusoidal ou a
amplitude modulada e M. escalerai8 se existirem bolsas de amplitude (Rainho, com. pessoal).
No “grupo 35” considera-se como mais provável a ocorrência de M. myotis, uma vez que M. blythii é
uma espécie mais rara e que surge essencialmente no Algarve e em Trás-os-Montes (Palmeirim et al.,
1999).
 Pipistrellus sp. e M. schreibersii – neste grupo a distinção foi inicialmente efetuada com base nos valores
de FMAXE propostos por Russ (1999) para P. pipistrellus (valores entre 41,7 e 51,8 kHz) e para P.
pygmaeus (entre 48,8 e 61,6 kHz), e por Zingg (1990) para P. kuhlii (entre 35,2 e 44,8 kHz) e para M.
schreibersii (entre 48,8 e 70,7 kHz), ou através da existência de chamamentos sociais para as espécies
do género Pipistrellus, de acordo com Barlow e Jones (1997a e 1997b), Pfalzer e Kusch (2003) e Russo
e Jones (1999).
Assim, nos casos em que FMAXE se situou entre 44,8 e 48,0 kHz, considerou-se estar na presença de P.
pipistrellus; nos casos em que FMAXE se situou entre 35,2 e 41,7 kHz considerou-se estar na presença
de P. kuhlii; nos casos em que FMAXE se situou entre 41,7 e 44,8 kHz, consideraram-se as espécies P.
kuhlii e P. pipistrellus; nos casos com FMAXE entre 48,0 e 52,0 kHz, consideraram-se as espécies P.
pipistrellus, P. pygmaeus e M. schreibersii; e nos casos em que FMAXE se situou acima dos 52,0 kHz,
consideraram-se as espécies P. pygmaeus e M. schreibersii.
Nos casos em que não foi possível a distinção entre as várias espécies presentes, foi utilizado o modelo
de classificação de redes neuronais descrito no subcapítulo 2.2.3.
 Nyctalus sp – não é possível distinguir as espécies N. noctula e N. lasiopterus através das suas
vocalizações, mas neste estudo optou-se por considerar apenas a espécie N. lasiopterus, uma vez que
N. noctula aparenta ser uma espécie muito rara em Portugal (Palmeirim et al., 1999). Nos casos em que
os valores de FMAXE se situam entre os 21 e os 22 kHz, a distinção entre estas duas espécies e N. leisleri
torna-se igualmente impossível.
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
13
 N. leisleri, E. serotinus e E. isabellinus – entre a espécie N. leisleri e as duas espécies do género
Eptesicus, a distinção foi efetuada com base nos valores de F max, FMAXE e Fmin propostos por Zingg
(1990) para N. leisleri e E. serotinus: de acordo com o autor para N. leisleri Fmax situa-se entre 20,8 e
32,0 kHz, FMAXE entre 20,8 e 28,8 kHz e Fmin entre 20,0 e 27,2 kHz, enquanto para E. serotinus Fmax
situa-se entre 30,4 e 66,4 kHz; FMAXE entre 23,2 e 35,2 kHz; Fmin entre 23,2 e 31,2 kHz. No que diz
respeito às duas espécies do género Eptesicus, atualmente ainda não se conhece se será possível
efetuar a sua diferenciação através das vocalizações (Rebelo, com. pessoal). De referir ainda que tendo
em conta os valores apontados por outros autores, é possível que alguns dos contactos atribuídos ao
grupo E. serotinus / E. isabellinus tenham ocorrido de facto com N. leisleri.
Durante as amostragens acústicas, houve situações em que não foi possível identificar a(s) espécie(s)
presente(s) por ausência de gravações, por problemas técnicos ou por dificuldades nas análises dos sons
gravados, contactos que são indicados como “não identificados” (total de sete contactos).
Quadro 3.1.1 – Espécies e grupos de espécies detetadas neste estudo, por local de amostragem (LA – locais de
amostragem acústica; AB – abrigos) e respetivo estatuto de ameaça (Cabral et al., 2006): CR – criticamente em perigo; EN
– em perigo; VU – vulnerável; LC – pouco preocupante; DD – informação insuficiente); para os locais de amostragem
acústica é indicado o número de contactos ocorridos nas amostragens de junho de 2013
Locais
Espécies
Estatuto de
ameaça
LA
AB
R. ferrumequinum
VU
-
x3
R. hipposideros
VU
-
x
R. euryale / R. mehelyi
CR / CR
-
x3
M. myotis
VU
-
x3
M. myotis / M. blythii
VU / CR
x
x3
M. mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
DD / DD / VU / EN /
LC
-
x3
M. escalerai
EN
-
x
M. daubentonii
LC
-
x
P. pipistrellus
LC
x
-
P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii
LC / LC / LC
-
x
P. pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii
LC / LC / VU
x
-
P. pipistrellus / P. kuhlii
LC / LC
x
-
3
informação bibliográfica
14
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Quadro 3.1.1 (continuação)
Locais
Espécies
Estatuto de
ameaça
LA
AB
P. pygmaeus
LC
x
x4
P. pygmaeus / M. schreibersii
LC / VU
x
-
P. kuhlii
LC
x
-
N. leisleri
DD
x
-
N. leisleri / N. noctula/ N. lasiopterus
DD / DD / DD
x
-
N. leisleri / E. serotinus / E. isabellinus
DD / LC / -
x
-
N. noctula / N. lasiopterus
DD / DD
x
x4
E. serotinus / E. isabellinus
LC / -
x
x4
B. barbastellus
DD
x
-
M. schreibersii
VU
x
x
T. teniotis
DD
x
x4
3.1.1. Distribuição das espécies
De seguida apresenta-se uma breve descrição dos locais de ocorrência das várias espécies ou grupos de
espécies referenciadas na área de estudo. Os dados relativos ao número de contactos ocorridos com cada
espécie ou grupo nas amostragens acústicas podem ser consultados nos subcapítulos 3.2.1 (Quadro 3.2.1) e 3.3
(Quadros 3.3.1 e 3.3.2).
As espécies do género Rhinolophus foram detetadas apenas em abrigos (Figura 3.1.1):
 R. ferrumequinum foi detetada nos abrigos ALJ I (1 indivíduo na época de hibernação), ATU09 (1
indivíduo durante o verão), ATU12 (número indeterminado de indivíduos na época de hibernação),
ATU14 (11 indivíduos no verão), CA III (4 indivíduos no verão) e SBR XI (máximo de 2 indivíduos na
época de hibernação);
 R. hipposideros foi detetada nos abrigos ATU02 (1 indivíduo no verão), ATU07 (1 indivíduo no verão),
ATU09 (1 indivíduo durante o verão) e SBR IX (2 indivíduos na época de hibernação);
4
provável ocorrência em abrigos (informação bibliográfica)
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
15
 o grupo R. euryale / R. mehelyi foi detetado nos abrigos ALJ I (1 indivíduo durante o verão), ATU14
(número indeterminado durante o verão) e SBR XI (1 indivíduo da espécie R. euryale na época de
hibernação).
Figura 3.1.1 – Ocorrência do género Rhinolophus
No género Myotis optou-se por apresentar a ocorrência das espécies em dois grupos distintos, nomeadamente
no grupo M. myotis / M. blythii e no grupo M. mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii / M.
daubentonii:
 o grupo M. myotis / M. blythii (Figura 3.1.2) foi detetado nas amostragens acústicas (quatro contactos
distribuídos pelos pontos TU03, TU06, TU07 e TU09) e nos abrigos, nomeadamente ATU12 (2
indivíduos durante a primavera) e ATU14 (13 indivíduos durante o verão);
 o grupo M. mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii (Figura 3.1.3) foi
detetado apenas em abrigos, nomeadamente ATU07 (5 indivíduos da espécie M. escalerai, durante o
verão), ATU09 (máximo de 212 M. daubentonii durante o verão; colónia de criação para a espécie),
ATU11 (1 indivíduo na época de hibernação), ATU12 (cerca de 130 indivíduos, provavelmente da
espécie M. daubentonii, durante o verão), ATU13 (1 indivíduo na época de hibernação), ATU14 (96
indivíduos durante o verão, provavelmente da espécie M. daubentonii) e CA VI (2 indivíduos na época
de hibernação e no verão).
16
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Figura 3.1.2 – Ocorrência do grupo M. myotis / M. blythii
Figura 3.1.3 – Ocorrência do grupo M. mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
O género Pipistrellus foi o mais detetado nas amostragens acústicas e também o que apresenta as colónias
mais numerosas:
 P. pipistrellus foi a espécie a registar o maior número de contactos em termos globais (trinta e dois),
tendo surgido em 20% dos locais amostrados (TU03, TU08, TU12, TU20, TU22, TU24, TU27 e TU31);
 P. pygmaeus foi a 3.ª em número de contactos globais (treze), tendo surgido em cerca de 18% dos
locais amostrados (TU08, TU11, TU12, TU22, TU25, TU30 e TU31);
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17
 P. kuhlii foi a 2.ª espécie mais detetada (dezasseis contactos), tendo surgido em cerca de 23% dos
locais amostrados (TU05, TU08, TU09, TU14, TU20, TU21, TU24, TU28 e TU31);
 nos abrigos N220_1 e N220_2 (ambos pontes rodoviárias), está referenciada a presença de algumas
centenas de morcegos do género Pipistrellus em julho de 2012 (cerca de 995 em N220_1, 550 em
N220_2), com ambos os locais a serem abrigos de criação.
Figura 3.1.4 – Ocorrência do género Pipistrellus
O género Nyctalus só foi detetado nas amostragens acústicas:
 com a espécie N. leisleri ocorreu apenas 1 contacto confirmado no ponto TU24;
 com o grupo N. noctula / N. lasiopterus também só ocorreu 1 contacto (TU30);
 o género foi detetado ainda no ponto TU31 (também 1 contacto).
18
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Figura 3.1.5 – Ocorrência do género Nyctalus
O género Eptesicus também só foi detetado nas amostragens acústicas, tendo ocorrido cinco contactos
confirmados distribuídos pelos pontos TU01, TU13, TU15, TU29 e TU30.
Figura 3.1.6 – Ocorrência do género Eptesicus
A espécie B. barbastellus foi detetada apenas no ponto de amostragem acústica TU31 (um contacto).
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Figura 3.1.7 – Ocorrência da espécie B. barbastellus
A espécie M. schreibersii foi detetada quer nas amostragens acústicas, quer em abrigos:
 os três contactos confirmados nas amostragens acústicas ocorreram todos no ponto TU31;
 surgiu ainda nos abrigos ATU09 (um indivíduo no verão), ATU12 (20 indivíduos no verão), ATU14 (seis
indivíduos na época de hibernação, pelo menos um no verão) e SBR XI (dois na época de hibernação).
Figura 3.1.8 – Ocorrência da espécie M. schreibersii
20
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A espécie T. teniotis também foi detetada nas amostragens acústicas e em abrigos:
 nas amostragens acústicas ocorreram cinco contactos distribuídos pelos pontos TU01, TU11, TU30,
TU33 e TU37;
 surgiu ainda nos abrigos ATU12 (um indivíduo na época de hibernação, número indeterminado no
verão), N220_1 (um indivíduo no verão), N220_2 (128 indivíduos no verão) e Torre de Moncorvo IV (51
indivíduos).
Figura 3.1.9 – Ocorrência da espécie T. teniotis
3.1.2. Breve descrição das espécies
De seguida apresentam-se algumas características das espécies detetadas e das pertencentes aos grupos.
Rhinolophus ferrumequinum (morcego-de-ferradura-grande)
É a maior espécie europeia do género Rhinolophus. É uma espécie bastante sedentária (na
Europa, a distância entre abrigos de criação e de hibernação é de 20-30 km, não havendo
registos de movimentos deste tipo em Portugal) que utiliza como abrigos de criação
essencialmente grandes edifícios, surgindo ainda em grutas e minas, locais igualmente
usados como abrigos de hibernação.
Geralmente forma pequenas colónias compactas ou mesmo dispersas, de dimensão
variável, não sendo usual a associação próxima com outras espécies.
No que diz respeito ao território de caça, utiliza zonas bem arborizadas e ocasionalmente,
zonas abertas próximas destas. Possui um voo geralmente baixo e lento, mas bastante
manobrável, podendo mesmo planar e capturar insetos diretamente a partir do solo.
Emite sinais CF de longa duração (30 a 40 ms) e curto alcance (5 a 10 m), entre os 77 e os
83 kHz, com ligeira queda de frequência no final.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999; Rainho, 1995; Ransome e
Hutson, 2000)
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Rhinolophus hipposideros (morcego-de-ferradura-pequeno)
É a mais pequena espécie de Rhinolophus existente na Europa. É uma espécie sedentária
(a distância entre os abrigos de verão e de hibernação é de 5 a 10 km) que tolera níveis
relativamente elevados de luminosidade, podendo abrigar-se em edifícios (casas
abandonadas, caves etc.) ou mesmo junto à entrada de minas e grutas, hibernando
geralmente, em abrigos subterrâneos.
É pouco social, sendo possível encontrar indivíduos isolados ou em grupos pouco
agregados.
Caça, em áreas florestadas com coberto arbustivo bem estruturado, em zonas agrícolas, ao
longo de galerias arbóreas ripícolas ou mesmo sobre massas de água. Normalmente, as
suas áreas de alimentação encontram-se a menos de 2 km dos abrigos.
Emite sinais CF de longa duração (20 a 30 ms), entre os 105 e 111 kHz, apresentando uma
ligeira queda de frequência no final.
(Bontadina et al., 2002; Holzhaider et al., 2002; ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992;
Palmeirim et al., 1999)
Rhinolophus euryale (morcego-de-ferradura-mediterrânico)
Trata-se de um morcego pequeno, de dimensões intermédias a R. ferrumequinum e a R.
hipposideros, que normalmente permanece no mesmo abrigo ao longo de todo o ano (o
maior movimento registado entre abrigos de criação e hibernação foi de 41 km para
Portugal e 134 km na Europa). Aparentemente, ocupam quase exclusivamente grutas e
minas de dimensões relativamente grandes, em todas as épocas do ano, podendo também
surgir em edifícios.
Durante a hibernação, formam colónias normalmente monoespecíficas, que podem ter até
várias centenas de indivíduos, enquanto no período de criação, as colónias possuem
dezenas ou centenas de morcegos, por vezes em associação com grandes números de
indivíduos de outras espécies, nomeadamente R. mehelyi, M. myotis, M. emarginatus e M.
schreibersii.
Possui um voo lento e muito manobrável, tendo ainda a capacidade de planar. Caça
essencialmente junto ao solo, em zonas com coberto arbóreo e arbustivo relativamente bem
desenvolvido.
Emite sinais CF nos 101-108 kHz, com cerca de 20 a 30 ms de duração.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999; Rainho et al., 1998)
Rhinolophus mehelyi (morcego-de-ferradura-mourisco)
Tal como a espécie anterior, este é um morcego de dimensões intermédias a R.
ferrumequinum e a R. hipposideros. É uma espécie relativamente sedentária, sendo
frequente a permanência no mesmo abrigo durante todo o ano. Em Portugal, abriga-se
unicamente em grutas e minas de grandes ou médias dimensões.
Forma colónias com dezenas ou centenas de indivíduos, tanto de verão como de inverno.
Durante a época de hibernação, raramente se associa com outras espécies (mesmo
quando coexistem na mesma cavidade), enquanto no verão forma com frequência, colónias
em associação outras espécies de morcegos, nomeadamente, R. euryale, M. myotis, M.
blythii e M. schreibersii.
Aparenta caçar em áreas de matos mediterrânicos e zonas húmidas com vegetação
ribeirinha bem estruturada.
Emite sinais CF nos 104-111 kHz, com cerca de 20 ms de duração.
(Dietz et al., 2009; ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999;
Salsamendi et al., 2005)
22
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Myotis myotis (morcego-rato-grande)
É uma das maiores espécies europeias de morcegos e a maior do género Myotis. Pode
efetuar migrações entre abrigos ocupados em diferentes estações do ano, não sendo
frequente a utilização do mesmo abrigo durante o verão e o inverno. Espécie
preferencialmente cavernícola, utiliza abrigos subterrâneos como colónias de criação e de
hibernação.
As colónias de criação podem conter várias centenas ou mesmo milhares de indivíduos, por
vezes em associação com outras espécies (principalmente M. schreibersii, mas também M.
blythii e R. mehelyi), enquanto durante a hibernação se encontram mais dispersos, surgindo
em abrigos com indivíduos isolados ou com pequenos grupos.
Caça geralmente em áreas arborizadas, principalmente na ausência de coberto arbustivo.
Emite sinais FM entre 62-28 kHz, com 2 a 3 ms de duração e frequência de nulo ao redor
dos 35 kHz, que não são distinguíveis dos da espécie M. blythii.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999; Rainho, com. pessoal;;
Rainho e Palmeirim, 2004)
Myotis blythii (morcego-rato-pequeno)
É um morcego de grandes dimensões, migrador ocasional (a maior deslocação registada na
Europa é de 60 km). É essencialmente cavernícola, podendo eventualmente abrigar-se
também em edifícios.
Hiberna isolado ou em pequenos grupos, formando colónias de criação com centenas de
indivíduos.
Caça essencialmente em áreas abertas (estepes, prados e pastagens), possuindo um voo
lento e ágil, geralmente baixo. Aparentemente paira sobre as presas, capturando-as
diretamente do solo.
Emite sinais FM entre 62-28 kHz, curtos (2 a 3 ms de duração), com frequência de nulo em
volta dos 35 kHz, indistinguíveis dos de M. myotis.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999; Rainho, com. pessoal)
Myotis mystacinus (morcego-de-bigodes)
Este é o menor dos Myotis existentes na Península Ibérica. É uma espécie essencialmente
sedentária, podendo ocasionalmente migrar (o maior movimento conhecido na Europa é de
240 km). Normalmente os abrigos de criação estão situados em edifícios e os de
hibernação em grutas, minas e celeiros.
As fêmeas formam colónias de criação com algumas dezenas de indivíduos, ficando os
machos isolados. Aparentemente hiberna isolado ou em pequenos grupos.
Parece caçar em zonas florestadas e sobre cursos de água, podendo ainda utilizar
pastagens. Possui um voo rápido, ágil e sinuoso, caçando essencialmente próximo do solo
(1,5 a 6 m acima do solo).
Emite sinais FM entre os 75 e os 32 kHz (maior intensidade nos 40-50 kHz), com 2-3 ms de
duração e taxa de repetição de 10 sinais por segundo em voo de caça.
(ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999; Russ, 1999)
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
23
Myotis emarginatus (morcego-lanudo)
É um morcego de tamanho médio, quando comparado com as restantes espécies do
género Myotis, predominantemente sedentário (movimentos geralmente inferiores a 40 km,
deslocação máxima na Europa de 106 km). Parece preferir abrigos subterrâneos, quer
durante a hibernação, quer durante a criação.
Forma colónias de criação com dezenas ou centenas de indivíduos, por vezes em
associação com um elevado número de R. euryale, hibernando isolado ou em pequenos
grupos.
Caça essencialmente em zonas florestadas e nos seus limites, podendo fazê-lo ainda em
prados e sobre superfícies de água. Possui um voo muito manobrável, capturando as
presas em voo, de ramos ou do solo.
Emite sinais FM entre os 40 e os 150kHz (maior intensidade nos 43kHz), com cerca de
1,7ms de duração e taxa de repetição elevada.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999, Rainho et al., 1998;
Siemers e Schnitzler, 2004)
Myotis escalerai (morcego-de-franja do Sul)
M. escalerai substitui M. nattereri em Portugal Continental, com os dados desta última a
serem transpostos diretamente para M. escalerai. É uma das espécies mais pequenas do
género Myotis. Em Portugal só são conhecidas colónias de criação monoespecíficas em
grutas e minas. Hiberna em fissuras nas paredes de abrigos subterrâneos.
Aparentemente caça em áreas florestadas e sobre água, possuindo um voo lento e muito
manobrável, sendo capaz de pairar durante curtos períodos.
Emite sinais FM curtos (2-4 ms), entre os 110 e os 20 kHz, com maior intensidade nos 4042 kHz.
(Dietz et al., 2009; ICN, 2005; ICNB, 2010; ICNB, 2012; Palmeirim e Rodrigues, 1992;
Palmeirim et al., 1999; Rebelo, com. pessoal; Rodrigues, com. pessoal)
Myotis bechsteinii (morcego de Bechstein)
Espécie de tamanho médio, quando comparada com as restantes do género Myotis,
sedentária (na Europa, a deslocação máxima conhecida é 35 km).
Geralmente hiberna isolado em grutas e minas, formando colónias de criação em árvores
ocas, com pequenos grupos de fêmeas (menos de 20 indivíduos). Caça em áreas
florestadas e por vezes em pastos com coberto arbóreo.
Possui um voo lento e muito ágil, junto ao solo, de onde por vezes captura as suas presas.
Emite dois tipos de vocalizações: sinais FM, com frequências entre os 80 e 38 kHz, 2 a 2,5
ms de duração e taxa de repetição de 10 a 15 sinais por segundo e sinais FM com
frequências de 60 a 32 kHz, 4 a 5 ms de duração e taxa de repetição de 9 a 10 sinais por
segundo.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999, Rainho et al., 1998)
24
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Myotis daubentonii (morcego-de-água)
Dentro do género Myotis, é uma espécie de tamanho médio. Na Europa, migra pequenas
distâncias (normalmente inferiores a 100 km, sendo de 240 km o maior movimento
conhecido), mas em Portugal não há registos de movimentos. Como abrigos pode utilizar
cavidades de árvores, pontes, túneis e edifícios.
Na época de criação as fêmeas formam colónias de dezenas ou poucas centenas de
indivíduos, enquanto os machos permanecem em grupos separados.
Caça essencialmente sobre massas de água, geralmente a 5-20 cm da superfície,
possuindo um voo muito rápido e ágil, podendo mesmo capturar as presas diretamente da
superfície da água.
Emite sinais FM de curta duração (2-5 ms), com frequências entre 95 e 25 kHz, possuindo
por vezes um curto segmento FM descendente na parte terminal do pulso, segmento esse
característico de espécies que capturam insetos da superfície da água.
(Britton e Jones, 1999; ICN, 2005; Jones e Rayner, 1988; Palmeirim e Rodrigues, 1992;
Palmeirim et al., 1999; Siemers et al., 2001)
Pipistrellus pipistrellus (morcego-anão)
A par de P. pygmaeus, é a menor espécie europeia de morcegos, sendo bastante difícil a
distinção entre as duas com base em aspetos morfológicos ou biométricos. A maior parte
das populações europeias são sedentárias (o maior movimento conhecido é de 770 km),
sendo a distância entre abrigos de criação e hibernação de 10 a 20 km. Abriga-se
predominantemente em construções humanas (fendas de paredes, sótãos, telhados e
caixas de estores), podendo ainda utilizar fendas de rochas e cavidades de árvores.
Durante a época de criação forma colónias com dezenas ou mesmo centenas de fêmeas,
parecendo também hibernar em grupo.
Caça numa grande variedade de biótopos, principalmente onde haja grandes concentrações
de insetos, sendo por isso abundante em zonas húmidas e áreas urbanas. Regra geral, as
zonas de alimentação situam-se perto dos abrigos (até cerca de 5 km de distância). Possui
um voo ágil e rápido, a cerca de 5 a 10 m do solo.
Emite pulsos FM-CF, com frequência de máxima energia por volta dos 45 kHz, de curta
duração (5 a 7 ms), que podem ser confundidos com os de P. pygmaeus quando a
frequência de máxima energia ronda os 50 kHz. Nestes casos, a diferenciação das duas
espécies através das emissões sonoras, poderá ser efetuada se existirem chamamentos
sociais.
(Barlow e Jones, 1997a; Barlow e Jones, 1997b; Davidson-Watts e Jones, 2006; ICN, 2005;
Jones, 2000; Palmeirim et al., 1999; Pfalzer e Kusch, 2003; Russ, 1999; Russo e Jones,
1999; Salgueiro et al., 2002; Schofield, 2002; Speakman e Racey, 1989)
Pipistrellus pygmaeus (morcego-pigmeu)
É uma espécie morfologicamente idêntica a P. pipistrellus, mas alimenta-se essencialmente
em zonas húmidas (a sua dieta é feita com base em insetos que possuem uma fase larvar
aquática).
Emite pulsos FM-CF, de curta duração e frequência de máxima energia nos 55 kHz,
bastante semelhantes aos de M. schreibersii, o que pode levar à impossibilidade de
distinção entre estas duas espécies, e que também podem ser semelhantes aos de P.
pipistrellus.
(Bicho, 1996; Debernardi et al., s/ data; Pfalzer e Kusch, 2003; Schofield, 2002; Russ, 1999;
Russo e Jones, 1999)
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25
Pipistrellus kuhlii (morcego de Kuhl)
É um morcego pequeno, provavelmente sedentário. Como abrigo, utiliza geralmente fendas
de paredes e espaços no revestimento de telhados, podendo igualmente utilizar cavidades
de rochas e de árvores.
Aparentemente forma pequenas colónias de criação com algumas dezenas de indivíduos.
Caça numa grande variedade de habitats, sendo mais frequente em zonas ribeirinhas e
urbanas, principalmente junto à iluminação pública. Possui um voo rápido e ágil,
normalmente baixo.
Emite pulsos FM-CF de 8 a 12 ms, com frequência de maior intensidade em volta dos 40
kHz.
(Benzal e De Paz, 1991; ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999; Pfalzer e Kusch, 2003; Russo e
Jones, 1999)
Nyctalus leisleri (morcego-arborícola-pequeno)
É a espécie mais pequena do género Nyctalus a ocorrer em Portugal continental, sendo no
entanto um morcego grande. É uma espécie migradora, realizando deslocações de grande
distância. Abriga-se essencialmente em cavidades de árvores, podendo ainda surgir em
edifícios, não havendo diferença entre abrigos de criação e de hibernação.
As colónias de criação têm algumas dezenas ou poucas centenas de indivíduos, formando
grandes grupos de hibernação.
Necessita de espaços abertos para caçar, voando geralmente em áreas sem obstáculos ou
acima das copas das árvores. Voa alto e muito rápido, mudando frequentemente de
direção.
Emite pulsos FM-CF, com a componente FM a variar de acordo com o tipo de habitat em
que se encontra o morcego (em ambiente aberto, a componente FM é bastante reduzida) e
com frequência de máxima intensidade de 21 a 23 kHz. As vocalizações desta espécie são
bastante semelhantes às das duas espécies do género Eptesicus, logo poderá não ser
possível distingui-las.
(Catto, 1994; ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999; Russ, 1999)
Nyctalus noctula (morcego-arborícola-grande)
É uma espécie grande que efetua deslocações de grande distância (o maior movimento
registado na Europa é de 1600 km). Como abrigo, utiliza cavidades de árvores, fendas de
rochas e edifícios ao longo de todo o ano.
As fêmeas formam colónias de criação com dezenas ou centenas de indivíduos, enquanto
os machos formam pequenos grupos, utilizando abrigos distintos. As colónias de
hibernação podem conter várias centenas de indivíduos.
Caça preferencialmente em zonas ribeirinhas, orlas de florestas e pastagens, podendo as
zonas urbanas funcionar como áreas de alimentação alternativa. Possui um voo alto, muito
rápido e linear, mudando bruscamente de direção e altitude ao detetar uma presa.
Emite vocalizações de baixa frequência (frequência de máxima intensidade normalmente
abaixo dos 24 kHz), a um ritmo bastante lento (cerca de 3 pulsos por segundo), difíceis de
distinguir das emissões sonoras de N. lasiopterus.
(ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999; Tupinier, 1997)
26
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Nyctalus lasiopterus (morcego-arborícola-gigante)
É a maior espécie de morcegos europeia, efetuando grandes migrações. Aparentemente,
utiliza essencialmente cavidades de árvores como abrigo, podendo ainda surgir em
telhados.
Normalmente forma pequenas colónias de criação com algumas dezenas de fêmeas, sendo
também encontrados indivíduos em colónias de outras espécies arborícolas.
Parece caçar preferencialmente em zonas florestais com árvores bem desenvolvidas,
podendo ainda fazê-lo em áreas urbanas e em zonas húmidas extensas. Possui um voo
geralmente linear com mudanças rápidas de direção para a captura de presas.
Emite pulsos a um ritmo lento (intervalo entre pulsos de aproximadamente 300 ms), com
frequência de máxima intensidade nos 18-19 kHz, difíceis de distinguir das emissões
sonoras de N. noctula.
(ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999)
Eptesicus serotinus (morcego-hortelão-escuro) / E. isabellinus (morcego-hortelão-claro)
São das maiores espécies de morcegos europeus, tendo como característica o facto de
parte da cauda não estar incluída no uropatágio. E. serotinus é descrita como sendo
sedentária, migrando ocasionalmente. Abriga-se principalmente em edifícios, mas pode
ainda ser encontrada em pontes, cavidades de árvores e fendas de rochas, formando
colónias com algumas dezenas ou centenas de indivíduos. São conhecidos poucos abrigos
de E. isabellinus (foram detetados indivíduos isolados em edifícios, fendas de rochas,
fendas de edifícios, grutas, cavidades de árvores, etc.), suspeitando-se que utiliza
preferencialmente fendas de rochas.
Em Portugal, E. serotinus caça frequentemente em zonas urbanas, embora também possa
surgir em zonas ribeirinhas, agrícolas e florestadas. Possui um voo relativamente lento,
descrevendo círculos largos.
E. serotinus emite dois tipos de sinais: sinais FM curtos (3 a 6 ms), com frequências entre
60 e 25 kHz e sinais mais longos (10 a 15 ms de duração), com uma maior duração das
frequências mais baixas.
(Dietz et al., 2009; Miller e Degn, 1981; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999;
Rainho et al., 1998; Rodrigues, com. pessoal; Russ, 1999)
Barbastella barbastellus (morcego-negro)
Morcego de tamanho médio, ocasionalmente migrador (a maior deslocação registada na
Europa é de 300 km). Durante o verão, utiliza cavidades de árvores e fendas de rochas,
casas ou pontes como abrigo; no inverno, hiberna em cavidades subterrâneas (não são
conhecidos abrigos de hibernação em Portugal).
As fêmeas formam colónias de criação com algumas dezenas de indivíduos enquanto os
machos formam pequenos grupos em abrigos separados.
Aparentemente caça sobre a água ou nas margens de zonas florestadas. Possui um voo
rápido e muito manobrável, próximo ao solo.
Emite dois tipos de vocalizações: sinais CF-FM a 35-28 kHz (frequência de maior
intensidade nos 35-30 kHz), fortes e curtos (4 ms de duração) e sinais CF-FM a 43-33 kHz
(frequência de máxima intensidade nos 43 kHz), fracos e curtos (5,2 ms de duração).
(ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999)
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27
Miniopterus schreibersii (morcego-de-peluche)
É uma espécie de tamanho médio com asas longas e estreitas, migradora (em Portugal
foram observados movimentos até 240 km). É exclusivamente cavernícola, criando e
hibernando em grutas e em minas.
Forma colónias de criação com milhares de indivíduos por vezes em associação com outras
espécies (M. myotis, M. blythii, R. mehelyi, R. euryale), enquanto em hibernação, pode
formar colónias grandes, surgir em pequenos grupos ou mesmo como indivíduos isolados.
Possui um voo rápido, caçando essencialmente em espaços abertos.
Emite pulsos fortes com frequência de máxima energia de 55 kHz, que como já foi referido,
podem ser confundidos com os de P. pygmaeus.
(ICN, 2005; Palmeirim e Rodrigues, 1992; Palmeirim et al., 1999; Rodrigues et al., 2003;
Zingg, 1990)
Tadarida teniotis (morcego-rabudo)
Espécie de grandes dimensões, aparentemente sedentária. Abriga-se essencialmente em
pequenas fendas de áreas rochosas (afloramentos rochosos, falésias interiores), podendo
ainda surgir em edifícios e pontes, locais onde também se dá a reprodução.
Parece formar colónias de criação com dezenas de indivíduos.
Caça em grandes áreas sem obstáculos, geralmente a grande altitude, possuindo um voo
rápido e linear.
Emite sinais CF (cerca de 12 kHz) de longa duração (11 a 15 ms), audíveis sem o auxílio de
detetores de ultrassons.
(Alves, obs. pessoal; ICN, 2005; Marques et al., 2004; Palmeirim et al., 1999)
3.2. Utilização do espaço (amostragem acústica)
As amostragens para a avaliação da utilização do espaço foram efetuadas no mês de junho de 2013, tendo sido
realizada uma amostragem em cada um dos pontos.
3.2.1. Apresentação dos resultados
As três espécies do género Pipistrellus foram claramente as mais frequentes e, em conjunto com o grupo E.
serotinus / E. isabellinus, foram as únicas a ocorrer nas quatro soluções em estudo:
 P. pipistrellus foi a espécie a registar o maior número de contactos em termos globais (32) e em cada
uma das soluções, tendo surgido em 20% dos locais amostrados (TU03, TU08, TU12, TU20, TU22,
TU24, TU27 e TU31);
 P. kuhlii foi a 2.ª espécie mais detetada (16 contactos), tendo surgido em cerca de 23% dos locais
amostrados (TU05, TU08, TU09, TU14, TU20, TU21, TU24, TU28 e TU31);
 P. pygmaeus foi a 3.ª em número de contactos globais (13), tendo surgido em cerca de 18% dos locais
amostrados (TU08, TU11, TU12, TU22, TU25, TU30 e TU31).
28
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.2.1 – Espécies e grupos de espécies detetadas na amostragem acústica e respetivo número total de contactos
Espécies
Número de contactos
M. myotis / M. blythii
4
P. pipistrellus
32
P. pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii
3
P. pipistrellus / P. kuhlii
4
P. pygmaeus
13
P. pygmaeus / M. schreibersii
3
P. kuhlii
16
N. leisleri
1
N. leisleri / N. noctula / N. lasiopterus
1
N. leisleri / E. serotinus / E. isabellinus
2
N. noctula / N. lasiopterus
1
E. serotinus / E. isabellinus
5
B. barbastellus
1
M. schreibersii
3
T. teniotis
5
Não identificado
7
Para efeitos de análise estatística, considerou-se a atividade de morcegos como variável dependente e os
descritores ambientais como variáveis independentes, tendo estes sido subdivididos em dois grupos:
 variáveis meteorológicas, onde se inclui a temperatura do ar e a intensidade do vento;
 variáveis ambientais, onde surge a altitude, o declive, a orientação de encosta e o biótopo.
De seguida apresentam-se as variáveis meteorológicas em estudo, sob a forma de gráficos e tabelas. Os valores
relativos às variáveis ambientais podem ser consultados no Apêndice 1.
Atividade
A atividade é a variável dependente em estudo, tendo sido analisada a atividade global (considerando todos os
encontros obtidos) e a atividade do género Pipistrellus, género que representa 64% da totalidade dos contactos
ocorridos.
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
29
Como se pode observar na Figura 3.2.1, não foram detetados morcegos em cerca de 38% dos locais
amostrados (TU02, TU04, TU10, TU16, TU17, TU18, TU19, TU23, TU32, TU34, TU35, TU36, TU38, TU39 e
TU49), enquanto 35% registaram atividades globais superiores a 10 encontros/h. De entre estes, destacam-se
os pontos TU08, TU12, TU14, TU20, TU21, TU22, TU24 e TU30 com atividades entre 20 e 60 encontros/h, e
TU31 que registou uma atividade de 138 encontros/h.
140
120
Actividade (encontros/h)
100
80
60
40
20
TU01
TU02
TU03
TU04
TU05
TU06
TU07
TU08
TU09
TU10
TU11
TU12
TU13
TU14
TU15
TU16
TU17
TU18
TU19
TU20
TU21
TU22
TU23
TU24
TU25
TU26
TU27
TU28
TU29
TU30
TU31
TU32
TU33
TU34
TU35
TU36
TU37
TU38
TU39
TU40
0
Local de amostragem
global
género Pipistrellus
Figura 3.2.1 – Atividade (global, género Pipistrellus) por local de amostragem
Temperatura do ar
Como se pode observar na Figura 3.2.2, a temperatura do ar registada nos vários locais, variou entre 12ºC e
24ºC, tendo sido inferior a 15ºC em 18% dos locais amostrados (TU02, TU17, TU18, TU33, TU34, TU36 e TU37)
e superior a 20ºC em 28% (TU08, TU11, TU12, TU13, TU14, TU21, TU23, TU24, TU25, TU26, TU27).
30
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
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26
24
Temperatura do ar (ºC)
22
20
18
16
14
12
TU01
TU02
TU03
TU04
TU05
TU06
TU07
TU08
TU09
TU10
TU11
TU12
TU13
TU14
TU15
TU16
TU17
TU18
TU19
TU20
TU21
TU22
TU23
TU24
TU25
TU26
TU27
TU28
TU29
TU30
TU31
TU32
TU33
TU34
TU35
TU36
TU37
TU38
TU39
TU40
10
Local de amostragem
Figura 3.2.2 – Temperatura do ar por local de amostragem
Intensidade do Vento
Como se pode observar na Figura 3.2.3, a intensidade do vento registada durante as amostragens variou entre
0,0 e 3,7 m/s, com cerca de 43% dos locais amostrados a registarem intensidades do vento inferiores a 0,5 m/s
e apenas 10% valores superiores a 3,0 m/s (TU04, TU18, TU29 e TU32).
4,0
3,5
Intensidade do vento (m/s)
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
TU01
TU02
TU03
TU04
TU05
TU06
TU07
TU08
TU09
TU10
TU11
TU12
TU13
TU14
TU15
TU16
TU17
TU18
TU19
TU20
TU21
TU22
TU23
TU24
TU25
TU26
TU27
TU28
TU29
TU30
TU31
TU32
TU33
TU34
TU35
TU36
TU37
TU38
TU39
TU40
0,0
Local de amostragem
Figura 3.2.3 – Intensidade do vento por local de amostragem
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31
3.2.2. Análise estatística
Para efeitos de análise, as variáveis numéricas foram divididas nas seguintes classes:
 atividade (encontros/h) – foram utilizadas duas classes (sem atividade, com atividade);
 intensidade do vento (m/s) – variável tratada de forma contínua (sem divisões em classes);
 temperatura do ar (ºC) – variável tratada de forma contínua (sem divisões em classes);
 altitude (m) – variável tratada de forma contínua (sem divisões em classes);
 declive (%) – foram utilizadas cinco classes (0-5; 5-8; 8-16; 16-25; >25);
 orientação da encosta – foram utilizadas cinco classes (Plano, N, E, S, O)
 biótopo (MAT, FOL, FOU, CUL, OL).
Atividade global
De todas as variáveis testadas apenas a temperatura do ar influencia significativamente a atividade global.
O modelo obtido para a atividade global apresenta um valor de AUC de 0,79 e o teste de Hosmer e Lemeshow
(X2=10,11; p-value=0,257) confirma que este modelo é adequado para descrever a atividade global, explicando
no entanto apenas 5% da sua variabilidade.
A linearidade do logit para a temperatura do ar foi analisada e confirmada. O modelo final da atividade global
pode ser consultado no Quadro 3.2.2, com os resultados a indicarem que a atividade global está relacionada de
forma positiva com a temperatura do ar: em termos numéricos pode-se verificar que o aumento de 1ºC induz um
aumento de 1,3 vezes do logit da atividade.
Quadro 3.2.2 – Modelo de regressão logística da atividade global
Variável
β
Rácio chances
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
-4,415
0,280
N/A
1,3
2,145
0,123
0,040
0,023
Na Figura 3.2.4 é possível verificar a probabilidade de ocorrência da atividade global estimada pelo modelo em
função da temperatura do ar, podendo-se constatar que:
 até aos 12ºC a probabilidade de ocorrência de atividade é muito pequena (<25%) e a influência da
temperatura é moderada (uma subida de 1ºC corresponde a um aumento de sensivelmente 3% da
probabilidade de ocorrência de atividade);
 entre os 12ºC e os 22ºC a influência é mais acentuada (a subida de 1ºC aumenta a probabilidade
de ocorrência de atividade em cerca de 6%);
 acima dos 22ºC a influência da temperatura é consideravelmente menor (a subida de 1ºC apenas
aumenta a probabilidade de ocorrência em cerca de 2%).
Em termos de classificação, este modelo consegue distinguir entre amostragens com atividade e amostragens
sem atividade em 80% dos casos, utilizando uma probabilidade de corte de 60% (acima de 60% a amostragem é
considerada com atividade e abaixo de 60% sem atividade). Desta forma pode-se constatar que quando a
temperatura do ar é superior a 17ºC existe uma possibilidade muito forte de ocorrer atividade de morcegos.
32
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Probabilidade de ocorrência de actividade global
100%
80%
60%
40%
20%
0%
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
Temperatura do ar (ºC)
Figura 3.2.4 – Curva de probabilidade de ocorrência de atividade global de morcegos em função da temperatura do ar
Atividade do género Pipistrellus
De todas as variáveis testadas apenas a temperatura do ar influencia significativamente a atividade do género
Pipistrellus.
O modelo obtido para a atividade do género Pipistrellus apresenta um valor de AUC de 0,84 e o teste de Hosmer
e Lemeshow (X2=13,78; p-value=0,130) confirma que este modelo é adequado para descrever a atividade do
género Pipistrellus, explicando cerca de 16% da sua variabilidade.
A linearidade do logit para a temperatura do ar foi analisada e confirmada. O modelo final da atividade do género
Pipistrellus pode ser consultado no Quadro 3.2.3, com os resultados a indicarem que a atividade do género
Pipistrellus está relacionada de forma positiva com a temperatura do ar: em termos numéricos pode-se verificar
que o aumento de 1ºC induz um aumento de 1,4 vezes do logit da atividade.
Quadro 3.2.3 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus
Variável
β
Rácio chances
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
-6,617
0,350
N/A
1,4
2,410
0,131
0,006
0,007
Na Figura 3.2.5 é possível verificar a probabilidade de ocorrência da atividade do género Pipistrellus estimada
pelo modelo em função da temperatura do ar, podendo-se constatar que:
 até aos 15ºC a probabilidade de existência de atividade do género Pipistrellus é muito pequena
(<20%) e a influência da temperatura é moderada (uma subida de 1ºC corresponde a um aumento
de sensivelmente 2% da probabilidade de ocorrência de atividade);
 entre os 15ºC e os 24ºC a influência da temperatura é mais acentuada (uma subida de 1ºC
aumenta a probabilidade de ocorrência de atividade em cerca de 7%);
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
33
 acima dos 24ºC a influência da temperatura diminui (o aumento de 1ºC apenas aumenta a
probabilidade de ocorrência de atividade em cerca de 3%).
Em termos de classificação este modelo consegue distinguir entre amostragens com atividade e amostragens
sem atividade em 80% dos casos, utilizando uma probabilidade de corte de 46% (acima de 46% a amostragem é
considerada com atividade e abaixo de 46% sem atividade). Desta forma pode-se constatar que quando a
temperatura do ar é superior a 18ºC existe uma possibilidade muito forte de existir atividade do género
Pipistrellus.
Probabilidade de ocorrência do género Pipistrellus
100%
80%
60%
40%
20%
0%
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
Temperatura do ar (ºC)
Figura 3.2.5 – Curva de probabilidade de ocorrência de atividade do género Pipistrellus em função da temperatura do ar
3.3. Prospeção de abrigos
No que se refere à prospeção/avaliação de abrigos, no decorrer do presente estudo foram identificados 42 locais
com morcegos ou com potencial para servir de abrigo a morcegos, num buffer de 5 km em redor dos eixos das
soluções em estudo, tendo 20 deles sido amostrados no mês de junho. De entre os restantes, apenas dois
(Quadro 3.3.1) nunca foram amostrados (devido ao nível de água elevado no abrigo Foz Tua I e por questões de
segurança no abrigo Celeiros I), não tendo sido detetada qualquer referência a visitas anteriores em nenhum
deles.
Quadro 3.3.1 – Abrigos potenciais referenciados, cuja amostragem não foi possível efetuar
34
Designação
Tipo de abrigo
Coordenadas UTM
(WGS84)
Dist. LE
Trecho
Foz Tua I
mina de água
632800 4563000
448 m
C
Celeiros I
antiga escola primária
620500 4566700
1100 m
L
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Vinte e dois dos locais identificados encontram-se no buffer de 1 km em redor dos eixos das soluções em estudo
(Quadro 3.3.2), e de entre estes foi referenciada a presença de morcegos em oito (abrigos ATU02, ATU11,
ATU12, ATU13, ATU19, N220_1, CA III e CA VI), em dois existe apenas guano (abrigos CA IX e NAP III), dois
são prováveis abrigos para espécies fissurícolas (FISS II e FISS III), enquanto nos restantes dez não foram
detetados morcegos nem vestígios da sua presença.
Nesta área, os abrigos ATU12 e N220_1 destacam-se claramente dos restantes pela dimensão das colónias
presentes:
 no abrigo ATU12 (Túnel das Fragas Más) está referenciada a presença de 117 morcegos pertencentes
ao género Myotis durante o período de criação de 2011 (Bio3, 2012), tendo sido detetados 150
morcegos na visita efetuada em junho no decorrer do presente estudo (120 provavelmente pertencentes
à espécie M. daubentonii, vinte da espécie M. schreibersii). Este é um abrigo classificado como de
“importância nacional”;
 no abrigo N220_1 (ponte rodoviária) está referenciada a presença de mais de 996 morcegos em julho de
2012 (Alves, obs. pessoal), a quase totalidade pertencente a pelo menos uma das espécies do género
Pipistrellus (colónia de criação) e apenas uma à espécie T. teniotis. De acordo com os critérios
recentemente definidos pelo ICNF para a avaliação de abrigos de morcegos de importância nacional, a
atribuição deste estatuto aos abrigos que alberguem espécies dos géneros Pipistrellus ou Eptesicus terá
que ser avaliada caso a caso, pelo próprio ICNF (ICNF, 2013).
Dos vinte locais identificados num buffer de 1 km a 5 km em redor dos eixos das soluções em estudo (Quadro
3.3.3), foram já detetados morcegos em doze (ATU07, ATU09, ATU14, ATU17, ATU20, N220_2, CA III e CA VI),
em três apenas foi detetado guano (ATU08, ATU10 e SBR VIII) e dois são prováveis abrigos para espécies
fissurícolas (FISS V e FISS VI). Nos restantes três locais não foram detetados morcegos ou vestígios da sua
presença.
Nesta área são cinco os abrigos que se destacam pela dimensão das colónias:
 no abrigo ATU09 (Varosa I) está referenciada uma colónia de criação de M. daubentonii com um
máximo de 212 indivíduos em maio de 2009 (Alves, obs. pessoal), pelo que é considerado abrigo
de “importância nacional” de acordo com os critérios propostos por Palmeirim e Rodrigues (1993),
situação que não sofrerá alteração com a atualização em curso (Rodrigues, com. pessoal). Na
visita efetuada em junho deste ano, foram detetadas as espécies M. daubentonii (mínimo de vinte
indivíduos, pois não foi possível contabilizar o número existente em fendas) e M. schreibersii (um
indivíduo);
 o abrigo ATU14 (Túnel da Falcoeira) é também um abrigo classificado como de “importância
nacional”, estando referenciada a presença de mais de 100 morcegos dos géneros Rhinolophus e
Myotis durante o verão, sendo mesmo abrigo de criação (Bio3, 2012). Na visita de junho de 2013 foi
detetado um mínimo de 120 morcegos (onze R. ferrumequinum, treze M. myotis / M. blythii e pelo
menos 96 prováveis M. daubentonii);
 no abrigo N220_2 (ponte rodoviária) está referenciada a presença de mais de 680 morcegos em
julho de 2012 (Alves, obs. pessoal), com mais de 550 a pertencerem a pelo menos uma das
espécies do género Pipistrellus (colónia de criação) e cerca de 120 à espécie T. teniotis, pelo que
este é também um abrigo de “importância nacional” (Rodrigues, com. pessoal);
 no abrigo M62 está referenciado um máximo de aproximadamente 120 morcegos no verão de
2011, desconhecendo-se no entanto as espécies presentes (Ecovisão, 2013), mas é igualmente um
abrigo classificado como de “importância nacional” (Rodrigues, com. pessoal);
 no abrigo Torre de Moncorvo IV (igreja) está referenciada a presença de 51 T. teniotis (ICNB,
2010).
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
35
Quadro 3.3.2 – Abrigos amostrados e referenciados num buffer de 1 km em redor dos eixos das soluções em estudo, com indicação do código, designação (no presente estudo e
noutros estudos), tipo de abrigo, coordenadas (precisão 100 m), distância ao traçado da linha elétrica, trecho abrangido num buffer de 1 km, data e tipo de prospeção efetuada, total de
morcegos detetados, espécies ou vestígios presentes e observador(es) ou origem dos dados (BS – Bruno Silva; SB – Sílvia Barreiro)
Código
Designação
Tipo de abrigo
Coordenadas UTM
(WGS84)
Dist. LE
ATU01
Sra. do Cedro
capela
607100 4553000
285 m
L (4)
ATU02
Coura I
mina de água
612700 4551900
942 m
ATU03
Vale I
casa de pedra
613600 4550800
ATU05
Sta. Bárbara
capela
ATU06
S. Domingos
capela
ATU11
36
Túnel da Alvela
(CA VII; Bio3, 2012)
túnel ferroviário
Prospeção
Total
morcegos
Jun.
2013
visita
0
-
SB, BS
D (1, 2SI,
2SM, 2NI,
2NM)
Jun.
2013
visita, escuta
1
R. hipposideros
SB, BS
458 m
D (1, 2SI,
2SM, 2NI,
2NM)
Jun.
2013
visita
0
-
SB, BS
616500 4551300
382 m
D (1, 2SI,
2SM, 2NI,
2NM)
Jun.
2013
visita
0
-
SB, BS
625000 4553300
70 m
D (1, 2SI,
2SM, 2NI,
2NM)
Jun.
2013
visita, escuta
0
-
SB, BS
Jan.
2012
visita
1
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
0
-
Bio3,
2013b
Jun.
2013
visita
0
-
SB, BS
636700 4556800
415 m
Trecho
Data
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
Espécies/vestígios
Obs.
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.2 (continuação)
Código
ATU12
ATU13
Designação
Túnel das Fragas Más
(CA IV; Bio3, 2012)
Túnel do Boitrão
(CA VIII; Bio3, 2012)
Tipo de abrigo
túnel ferroviário
túnel ferroviário
Coordenadas UTM
(WGS84)
632800 4567400
633100 4567200
Dist. LE
907 m
722 m
Trecho
Data
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
J (2NI,
2NM, 3N)
Prospeção
Total
morcegos
Hib.
2011
visita
14
Cria.
2011
visita
117
Jan.
2012
visita
6
Mai.
2012
visita
84
Ago.
2012
visita
64
Jan.
2013
visita
1
Jun.
2013
visita
150
Hib.
2011
visita
0
-
Bio3,
2012
Cria.
2011
visita
0
-
Bio3,
2012
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Espécies/vestígios
R. ferrumequinum; M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii
/ M. daubentonii; M. schreibersii
M. myotis / M. blythii; M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii
/ M. daubentonii
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
M. schreibersii; T. teniotis
M. myotis / M. blythii (2); M. mystacinus /
M. emarginatus / M. escalerai / M.
bechsteinii / M. daubentonii (67); Não
identificado (15)
M. myotis / M. blythii / M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii
/ M. daubentonii; M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M. bechsteinii
/ M. daubentonii; T. teniotis (1)
criação
Obs.
Bio3,
2012
Bio3,
2012
Bio3,
2012
Bio3,
2012
Bio3,
2012
M. schreibersii
Bio3,
2013b
provável M. daubentonii (130); M.
schreibersii (20)
SB, BS
37
Quadro 3.3.2 (continuação)
Código
ATU13
Designação
Túnel do Boitrão
(CA VIII; Bio3, 2012)
Tipo de abrigo
túnel ferroviário
Coordenadas UTM
(WGS84)
633100 4567200
Dist. LE
722 m
Trecho
Data
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
Prospeção
Total
morcegos
Jan.
2012
visita
1
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
0
-
Bio3,
2012
Jun.
2013
visita
0
-
SB, BS
Espécies/vestígios
Obs.
ATU15
Cortinha I
casa de pedra
640000 4563400
439 m
K (3S 3N)
Jun.
2013
visita
0
-
BS
ATU16
Ponte do Galego
ponte lajes granito
640900 4563800
448 m
K (3S 3N)
Jun.
2013
visita
0
-
BS
ATU18
Espírito Santo
capela
653700 4563100
264 m
K (3S 3N)
Jun.
2013
visita
0
-
BS
ATU19
Besteiros
casa de pedra
645700 4564100
250 m
K (3S 3N)
Jun.
2013
escuta
3
P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii
BS
-
N220_1
ponte rodoviária
659800 4560900
853 m
K (3S 3N)
Jul.
2012
videoscópio
+996
P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii
(+995: criação); T. teniotis (1)
Alves,
obs.
pessoal
Hib.
2011
visita
1
R. ferrumequinum; guano
Bio3,
2012
Cria.
2011
visita
4
R. ferrumequinum; guano
Bio3,
2012
Fev.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
-
38
CA III
(estação Castanheiro)
edifício abandonado
634700 4566800
900 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.2 (continuação)
Código
Designação
-
CA III
(estação Castanheiro)
-
-
CA VI
(Túnel das Presas)
CA IX
Tipo de abrigo
edifício abandonado
túnel ferroviário
-
Coordenadas UTM
(WGS84)
634700 4566800
632000 4563900
632300 4566400
Dist. LE
900 m
20 m
252 m
Trecho
Data
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
A (todas)
J (2NI,
2NM, 3N)
Prospeção
Total
morcegos
Ago.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
0
guano
Bio3,
2013b
Hib.
2011
-
0
-
Bio3,
2012
Cria.
2011
-
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2012
-
2
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
Bio3,
2012
Ago.
2012
-
2
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii;
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
-
1
Não identificado
guano
Bio3,
2013b
Cria.
2011
visita
0
guano
Bio3,
2012
Fev.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
0
guano
Bio3,
2013b
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Espécies/vestígios
Obs.
39
Quadro 3.3.2 (continuação)
Código
-
-
-
-
-
40
Designação
CA XVIII
CA XX
(Ponte Foz do Tua)
FISS I
FISS II
NPA II
Tipo de abrigo
-
ponte rodoviária
escarpa rochosa
escarpa rochosa
Coordenadas UTM
(WGS84)
632900 4566600
631800 4563700
632400 4567000
633500 4567200
632200 4566300
Dist. LE
190 m
175 m
Trecho
Data
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
A (todas)
Prospeção
Total
morcegos
Fev.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Ago.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2013
-
0
-
Bio3,
2013b
Jan.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Ago.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2013
-
0
-
Bio3,
2013b
escuta
?
espécies de ocorrência provável (detetor
de ultrassons): P. pygmaeus, N. noctula,
N. lasiopterus
Bio3,
2012
Bio3,
2012
Espécies/vestígios
Obs.
770 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Ago.
2012
790 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Ago.
2012
escuta
?
espécies de ocorrência provável (detetor
de ultrassons): P. pipistrellus, P.
pygmaeus, P. kuhlii, E. serotinus, E.
isabellinus
Jan.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Ago.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
275 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.2 (continuação)
Código
-
Designação
NPA III
Tipo de abrigo
-
Coordenadas UTM
(WGS84)
659800 4560900
Dist. LE
897 m
Trecho
Data
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
Prospeção
Total
morcegos
Jan.
2012
visita
0
-
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
0
guano
Bio3,
2013b
Espécies/vestígios
Obs.
Quadro 3.3.3 – Abrigos amostrados e referenciados num buffer de 1 a 5 km em redor dos eixos das soluções em estudo, com indicação do código, designação (no presente e noutros
estudos), tipo de abrigo, coordenadas (precisão 100 m), distância ao traçado da linha elétrica, trecho abrangido num buffer de 1 km, data e tipo de prospeção efetuada, total de
morcegos detetados, espécies ou vestígios presentes e observador(es) ou origem dos dados (BS – Bruno Silva; SB – Sílvia Barreiro)
Código
Designação
Tipo de abrigo
Coordenadas UTM
(WGS84)
Dist. LE
Trecho
Data
(Soluções)
ATU04
Novais I
palheiro
614500 4550200
1364 m
D (1, 2SI,
2SM, 2NI,
2NM)
ATU07
Minas Sta. Leocádia
complexo mineiro
615400 4554500
2892 m
ATU08
Vale de Figueiras I
mina de água
608900 4555800
1421 m
ATU09
Varosa I
túnel
602600 4553000
4257 m
Prospeção
Total
morcegos
Jun.
2013
visita
0
-
SB, BS
D (1, 2SI,
2SM, 2NI,
2NM)
Jun.
2013
visita
6
R. hipposideros (1); M. escalerai (5)
SB, BS
L (4)
Jun.
2013
visita
0
guano
SB, BS
Ago.
2004
visita/escuta
Ago.
2004
visita
L (4)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Espécies/vestígios
R. hipposideros; M. mystacinus / M.
desconhecido emarginatus / M. escalerai / M.
daubentonii
cerca de 50
R. hipposideros (1); M. mystacinus / M.
daubentonii (cerca de 50 + cadáver de
juvenil)
Obs.
Alves et
al., 2012
Alves et
al., 2012
41
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
Designação
Tipo de abrigo
Coordenadas UTM
(WGS84)
Dist. LE
Trecho
Data
(Soluções)
Set.
2004
ATU09
42
Varosa I
túnel
602600 4553000
4257 m
L (4)
Prospeção
Total
morcegos
Espécies/vestígios
visita e escuta desconhecido M. mystacinus / M. daubentonii
Obs.
Alves et
al., 2012
Abr.
2005
visita
3
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. daubentonii
Alves et
al., 2012
Mai.
2005
visita e escuta
17
R. ferrumequinum (1); M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M.
daubentonii (16)
Alves et
al., 2012
Jul.
2005
visita e escuta
cerca de 85
M. mystacinus / M. daubentonii
Alves et
al., 2012
Set.
2005
visita
5
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. daubentonii
Alves et
al., 2012
Abr.
2006
visita
cerca de 70
R. ferrumequinum (1); M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M.
daubentonii (cerca de 70)
Alves et
al., 2012
Jun.
2006
visita
cerca de 33
M. mystacinus / M. daubentonii (inclui 2
juvenis)
Alves et
al., 2012
Mai.
2007
visita
cerca de 80
R. ferrumequinum (1); M. mystacinus / M.
emarginatus / M. escalerai / M.
daubentonii (cerca de 80)
Alves et
al., 2012
Jul.
2007
visita
cerca de 60
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. daubentonii; M. mystacinus /
M. daubentonii (5 cadáveres de juvenis)
Alves et
al., 2012
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
ATU09
ATU10
Designação
Varosa I
S. Salvador do Mundo
Tipo de abrigo
túnel
6 capelas, 1 igreja
Coordenadas UTM
(WGS84)
602600 4553000
602600 4553000
Dist. LE
4257 m
1011 m
Trecho
Data
(Soluções)
L (4)
GM (2SM,
2NM)
Túnel da Falcoeira
(CA II; Bio3, 2012)
túnel ferroviário
634500 4567900
1685 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Total
morcegos
Espécies/vestígios
Obs.
R. ferrumequinum / R. euryale / R. mehelyi
(1); M. myotis / M. blythii (1); M.
mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai
/ M. daubentonii (cerca de 23)
Alves et
al., 2012
Out.
2007
visita
cerca de 25
Mai.
2009
visita
212
M. daubentonii (criação)
Alves,
obs.
pessoal
Jun.
2013
visita
+20
M. daubentonii (+20); M. schreibersii (1)
SB, BS
Jun.
2013
visita
0
guano em 3 capelas
SB, BS
31
R. ferrumequinum; M. myotis; M.
mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai
/ M. bechsteinii / M. daubentonii; M.
schreibersii
Bio3,
2012
R. euryale / R. mehelyi; M. myotis / M.
blythii; M. mystacinus / M. emarginatus /
M. escalerai / M. bechsteinii / M.
daubentonii; M. daubentonii
Bio3,
2012
Hib.
2011
ATU14
Prospeção
visita
Cria.
2011
visita
104
Jan.
2012
visita
6
R. ferrumequinum; M. schreibersii
Bio3,
2012
37
R. ferrumequinum / R. euryale / R. mehelyi
(5); M. myotis / M. blythii (5); M.
mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai
/ M. bechsteinii / M. daubentonii (26); M.
schreibersii (1)
Bio3,
2012
Mai.
2012
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
visita
43
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
ATU14
ATU17
44
Designação
Túnel da Falcoeira
(CA II; Bio3, 2012)
Quinta da Laranjeira
(M18; Ecovisão, 2013)
Tipo de abrigo
túnel ferroviário
quinta abandonada
Coordenadas UTM
(WGS84)
634500 4567900
661900 4563700
Dist. LE
1685 m
2470 m
Trecho
Data
Prospeção
Total
morcegos
Espécies/vestígios
Obs.
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
127
R. ferrumequinum; M. myotis / M. blythii /
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii;
M. mystacinus / M. emarginatus / M.
escalerai / M. bechsteinii / M. daubentonii
criação
Jan.
2013
visita
10
R. ferrumequinum / R. euryale / R. mehelyi
(4); M. schreibersii (6)
Bio3,
2013b
Jun.
2013
visita
+120
R. ferrumequinum (11); M. myotis / M.
blythii (13); provável M. daubentonii (96)
SB, BS
Ver.
2009
-
9
desconhecido
Ecovisão,
2013
Out.
2009
-
0
-
Ecovisão,
2013
Inv.
2010
-
0
-
Ecovisão,
2013
Prim.
2010
-
0
-
Ecovisão,
2013
Ver.
2010
-
2
desconhecido
Ecovisão,
2013
Out.
2010
-
2
desconhecido
Ecovisão,
2013
Inv.
2011
-
0
-
Ecovisão,
2013
J (2NI,
2NM, 3N)
K (3S 3N)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
ATU17
Designação
Quinta da Laranjeira
(M18; Ecovisão, 2013)
Tipo de abrigo
quinta abandonada
Coordenadas UTM
(WGS84)
661900 4563700
Dist. LE
2470 m
Trecho
(Soluções)
K (3S 3N)
Data
Prospeção
Total
morcegos
Prim.
2011
-
1
desconhecido
Ecovisão,
2013
Ver.
2011
-
0
-
Ecovisão,
2013
Out.
2011
-
1
desconhecido
Ecovisão,
2013
Inv.
2012
-
0
-
Ecovisão,
2013
Prim.
2012
-
1
desconhecido
Ecovisão,
2013
Ver.
2012
-
1
desconhecido
Ecovisão,
2013
Jun.
2013
visita
0
-
BS
Não identificado
BS
Espécies/vestígios
Obs.
ATU20
Real Companhia Velha
adega
627100 4569500
2630 m
L (4)
Jun.
2013
visita
10 a 20
-
N220_2
ponte rodoviária
662800 4560500
1997 m
M (3S, 3N)
Jul.
2012
videoscópio
+680
Hib.
2011
visita
0
-
1739 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Bio3,
2012
Cria.
2011
visita
1
R. euryale / R. mehelyi
Bio3,
2012
-
ALJ I
-
633600 4568100
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii
(+550: criação); T. teniotis (128); Não
identificado (2)
Alves,
obs.
pessoal
45
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
-
-
-
46
Designação
ALJ I
MC25
M62
Tipo de abrigo
-
-
-
Coordenadas UTM
(WGS84)
633600 4568100
663000 4563600
663000 4563500
Dist. LE
1739 m
3214 m
3148 m
Trecho
(Soluções)
J (2NI,
2NM, 3N)
K (3S 3N)
K (3S 3N)
Data
Prospeção
Total
morcegos
Jan.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
1
R. ferrumequinum
Bio3,
2013b
Inv.
2011
-
2
desconhecido
Ecovisão,
2013
Prim.
2011
-
0
-
Ecovisão,
2013
Ver.
2011
-
0
-
Ecovisão,
2013
Out.
2011
-
0
-
Ecovisão,
2013
Inv.
2012
-
0
-
Ecovisão,
2013
Prim.
2012
-
1
desconhecido
Ecovisão,
2013
Ver.
2012
-
0
-
Ecovisão,
2013
Out.
2012
-
0
-
Ecovisão,
2013
Inv.
2011
-
cerca de 80
desconhecido
Ecovisão,
2013
Espécies/vestígios
Obs.
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
-
-
-
Designação
M62
Torre de Moncorvo IV
CA I
Tipo de abrigo
-
igreja
Coordenadas UTM
(WGS84)
663000 4563500
663300 4559800
634800 4571100
Dist. LE
3148 m
2650 m
4859 m
Trecho
(Soluções)
K (3S 3N)
M (3S, 3N)
J (2NI,
2NM, 3N)
Data
Prospeção
Total
morcegos
Prim.
2011
-
cerca de 60
desconhecido
Ecovisão,
2013
Ver.
2011
-
cerca de
120
desconhecido
Ecovisão,
2013
Out.
2011
-
cerca de 60
desconhecido
Ecovisão,
2013
Inv.
2012
-
cerca de 70
desconhecido
Ecovisão,
2013
Prim.
2012
-
cerca de 50
desconhecido
Ecovisão,
2013
Ver.
2012
-
cerca de 90 desconhecido
Ecovisão,
2013
Out.
2012
-
cerca de 20
Ecovisão,
2013
2001
-
51
T. teniotis
ICNB,
2010
Hib.
2011
visita
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2012
visita
0
-
Bio3,
2012
Ago.
2012
visita
0
-
Bio3,
2012
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Espécies/vestígios
desconhecido
Obs.
47
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
-
-
-
-
48
Designação
FISS V
FISS VI
NPA XXIII
SBR VIII
Tipo de abrigo
escarpa rochosa
escarpa rochosa
-
-
Coordenadas UTM
(WGS84)
634500 4568600
634800 4570600
634600 4571200
618700 4571700
Dist. LE
Trecho
Data
(Soluções)
Prospeção
Total
morcegos
Espécies/vestígios
Obs.
-
espécies de ocorrência provável (detetor
de ultrassons): P. pipistrellus, P.
pygmaeus, E. serotinus, E. isabellinus, T.
teniotis
Bio3,
2012
Bio3,
2012
2389 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Ago.
2012
4387 m
J (2NI,
2NM, 3N)
Ago.
2012
escuta
-
espécies de ocorrência provável (detetor
de ultrassons): P. pipistrellus, P.
pygmaeus, N. noctula, N. lasiopterus, E.
serotinus, E. isabellinus
Jan.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Ago.
2012
-
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2013
-
0
-
Bio3,
2013b
Hib.
2011
visita
0
guano
Bio3,
2012
Cria.
2011
visita
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jul.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
0
-
Bio3,
2013b
4967 m
4150 m
J (2NI,
2NM, 3N)
L (4)
escuta
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.3.3 (continuação)
Código
-
-
Designação
SBR IX
SBR XI
Tipo de abrigo
-
-
Coordenadas UTM
(WGS84)
618700 4571600
618200 4571500
Dist. LE
4097 m
4229 m
Trecho
Data
(Soluções)
L (4)
L (4)
Prospeção
Total
morcegos
Hib.
2011
visita
2
R. hipposideros
Bio3,
2012
Cria.
2011
visita
0
-
Bio3,
2012
Jan.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jul.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
0
-
Bio3,
2013b
Hib.
2011
visita
2
M. schreibersii
Bio3,
2012
Cria.
2011
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2012
visita
2
R. ferrumequinum / R. hipposideros
Bio3,
2012
Jul.
2012
visita
0
guano
Bio3,
2012
Jan.
2013
visita
3
R. ferrumequinum (2); R. euryale (1)
Bio3,
2013b
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Espécies/vestígios
Obs.
49
3.4. Análise comparativa das soluções
De seguida apresenta-se uma análise comparativa da atividade global e do género Pipistrellus (proporção de
locais com e sem atividade e atividade em termos absolutos), assim como da diversidade específica registada
nas oito soluções em estudo.
Atividade global
Analisando a proporção de locais amostrados com e sem atividade global em cada uma das soluções
(Quadro 3.4.1), constata-se que não existem diferenças entre estas (X2=4,120; p-value=0,766).
Quadro 3.4.1 – Proporção de locais com e sem atividade global nos locais referentes às oito soluções em estudo
Solução
Sem atividade
Com atividade
Total
1
2SI
2SM
2NI
2NM
3S
3N
4
3 (33,3%)
4 (33,3%)
4 (30,8%)
6 (46,2%)
5 (41,7%)
4 (36,4%)
5 (55,6%)
3 (20,0%)
6 (66,7%)
8 (66,7%)
9 (69,2%)
7 (53,8%)
7 (58,3%)
7 (63,6%)
4 (44,4%)
12 (80,0%)
9
12
13
13
12
11
9
15
No entanto, um dos três pressupostos do teste do X2 não se verifica, logo os resultados não são totalmente
confiáveis, pelo que se optou por efetuar igualmente uma análise comparativa através do modelo de regressão
logística da atividade, em que foram incorporadas as soluções e a temperatura do ar como variáveis (com um pvalue das soluções no modelo > 0,05, não se verificam diferenças entre elas).
Como se pode observar nos Quadros 3.4.2 a 3.4.9, não existe evidência que qualquer uma das soluções seja
diferente das outras em termos de proporção de locais com e sem atividade. No entanto, verifica-se uma ligeira
tendência (marginalmente significativa) para os locais da Solução 3N apresentarem maior proporção de
amostragens sem atividade.
Quadro 3.4.2 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 1 como fator
50
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 1
-3,461
0,232
0,153
1,227
0,071
0,778
0,005
0,001
0,845
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.4.3 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2SI como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2SI
-3,454
0,232
0,133
1,227
0,071
0,694
0,005
0,001
0,848
Quadro 3.4.4 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2SM como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2SM
-3,611
0,238
0,492
1,227
0,071
0,694
0,004
0,001
0,477
Quadro 3.4.5 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2NI como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2NI
-3,361
0,238
0,492
1,245
0,072
0,645
0,007
0,001
0,751
Quadro 3.4.6 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 2NM como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2NM
-3,471
0,233
0,080
1,255
0,072
0,679
0,006
0,001
0,906
Quadro 3.4.7 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 3S como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 3S
-3,583
0,245
-0,678
1,246
0,074
0,749
0,004
0,001
0,366
Quadro 3.4.8 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 3N como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 3N
-3,602
0,250
-1,296
1,251
0,074
0,788
0,004
0,001
0,100
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
51
Quadro 3.4.9 – Modelo de regressão logística da atividade global com incorporação da Solução 4 como fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 4
-3,394
0,223
0,639
1,217
0,071
0,691
0,005
0,002
0,356
Na avaliação da atividade global em termos absolutos (Figura 3.4.1), constata-se que também não existem
diferenças significativas em nenhuma das soluções, apesar da Solução 1 apresentar uma média de atividade
global ligeiramente superior, e a Solução 3N uma média ligeiramente inferior às restantes. O teste de KruskalWallis confirma a não existência de diferenças significativas de atividade global entre as oito soluções (H=0,260;
p-value=0,860).
160
Actividade (encontros/h)
140
60
40
20
0
1
2SI
2SM
2NI
2NM
3S
3N
4
Média
Média±E.P.
Outliers
Alternativa
Figura 3.4.1 – Média da atividade global nas várias soluções, com indicação do erro-padrão e de outliers
Atividade do género Pipistrellus
Analisando a proporção de locais amostrados com e sem atividade do género Pipistrellus em cada uma das
soluções (Quadro 3.4.10), constata-se que não existem diferenças entre estas (X2=3,651; p-value=0,819).
52
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.4.10 – Proporção de locais com e sem atividade do género Pipistrellus nos locais referentes às oito soluções em
estudo
Soluções
Sem atividade
Com atividade
Total
1
2SI
2SM
2NI
2NM
3S
3N
4
5 (55,6%)
7 (58,3%)
8 (61,5%)
8 (61,5%)
5 (41,7%)
4 (36,4%)
5 (55,6%)
6 (40,0%)
4 (44,4%)
5 (41,7%)
5 (38,5%)
5 (38,5%)
7 (58,3%)
7 (63,6%)
4 (44,4%)
9 (60,0%)
9
12
13
13
12
11
9
15
Mais uma vez, um dos três pressupostos do teste do X2 não se verifica, logo os resultados não são totalmente
confiáveis, pelo que se optou por efetuar igualmente uma análise comparativa através do modelo de regressão
logística da atividade, em que foram incorporadas as soluções e a temperatura do ar como variáveis (com um pvalue das soluções no modelo > 0,05, não se verificam diferenças entre elas).
Como se pode observar nos Quadros 3.4.11 a 3.4.18, não existe evidência que qualquer uma das soluções seja
diferente das outras em termos de proporção de locais com e sem atividade. No entanto, verifica-se uma ligeira
tendência (não significativa) para os locais da Solução 2NM apresentarem maior proporção de amostragens com
atividade.
Quadro 3.4.11 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 1 como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 1
-5,702
0,322
-0,111
1,393
0,078
0,785
0,000
0,000
0,887
Quadro 3.4.12 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 2SI como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2SI
-5,672
0,323
-0,387
1,390
0,078
0,713
0,000
0,000
0,587
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
53
Quadro 3.4.13 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 2SM como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2SM
-5,624
0,320
-0,346
1,393
0,078
0,707
0,000
0,000
0,624
Quadro 3.4.14 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 2NI como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2NI
-5,679
0,321
-0,072
1,412
0,079
0,686
0,000
0,000
0,916
Quadro 3.4.15 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 2NM como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 2NM
-6,367
0,351
1,169
1,503
0,083
0,738
0,000
0,000
0,113
Quadro 3.4.16 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 3S como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 3S
-5,701
0,321
-0,026
1,398
0,079
0,770
0,000
0,000
0,973
Quadro 3.4.17 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 3N como
fator
54
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 3N
-5,772
0,329
-0,630
1,400
0,079
0,814
0,000
0,000
0,439
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Quadro 3.4.18 – Modelo de regressão logística da atividade do género Pipistrellus com incorporação da Solução 4 como
fator
Variável
β
e.p.
p-value
Constante
Temperatura do ar
Solução 4
-5,715
0,320
0,261
1,390
0,078
0,624
0,000
0,000
0,676
Na avaliação da atividade do género Pipistrellus em termos absolutos (Figura 3.4.2), constata-se que também
não existem diferenças significativas em nenhuma das soluções, apesar da Solução 1 apresentar uma atividade
média do género Pipistrellus ligeiramente superior às restantes. O teste de Kruskal-Wallis confirma a não
existência de diferenças significativas de atividade global entre as soluções (H=0,164; p-value=0,870).
100
Actividade (encontros/h)
80
60
40
20
0
1
2SI
2SM
2NI
2NM
3S
3N
4
Média
Média±E.P.
Outliers
Alternativas
Figura 3.4.2 – Média da atividade do género Pipistrellus nas várias soluções, com indicação do erro-padrão e de outliers
Diversidade específica
Como se pode observar na Figura 3.4.3, num buffer de 5 km, as Soluções 1, 2SI, 2SM, 2NI e 2NM são as que,
no conjunto de todas as amostragens efetuadas, apresentam maior diversidade específica (mínimo de 14
espécies presentes), seguindo-se a Solução 4 (mínimo de 13 espécies presentes) e as Soluções 3S e 3N
(mínimo de 10 espécies presentes):
 nas Soluções 1, 2SI, 2SM, 2NI e 2NM está confirmada a ocorrência das espécies R. ferrumequinum, R.
hipposideros, M. myotis, M. escalerai, M. daubentonii, das três espécies do género Pipistrellus, de B.
barbastellus, M. schreibersii e T. teniotis, para além de, pelo menos, uma das espécies do grupo R.
euryale / R. mehelyi e dos géneros Nyctalus e Eptesicus;
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
55
 nas Soluções 3S e 3N está confirmada a ocorrência das espécies R. ferrumequinum, R. hipposideros,
M. myotis, M. daubentonii, das 3 espécies do género Pipistrellus, de M. schreibersii e T. teniotis, para
além de, pelo menos, uma das espécies do género Eptesicus;
 na Solução 4 está confirmada a ocorrência das espécies R. ferrumequinum, R. hipposideros, M. myotis,
M. escalerai, M. daubentonii, das 3 espécies do género Pipistrellus, de N. leisleri, M. schreibersii e T.
teniotis, para além de, pelo menos, uma das espécies do grupo R. euryale / R. mehelyi e do género
Eptesicus.
16
14
Número mínimo de espécies
12
10
8
6
4
2
0
1
2SI
2SM
2NI
2NM
3S
3N
4
Alternativa
Figura 3.4.3 – Número mínimo de espécies em cada uma das soluções
3.5. Discussão dos resultados
Em termos globais, a atividade registada na área de estudo pode ser considerada moderada (média global de
17,8 encontros/h) e moderada-baixa para o género Pipistrellus (11,2 encontros/h), tendo-se verificado algumas
diferenças ao nível das oito soluções em estudo, mas sem significado estatístico:
 a Solução 1 é a que registou maior atividade média, quer em termos globais (28,7 encontros/h) como
para o género Pipistrellus (17,3 encontros/h);
 seguem-se as Soluções 2SI (média de 24,0 encontros/h em termos globais, 14,0 encontros/h para o
género Pipistrellus) e 2SM (22,6 encontros/h e 12,9 encontros/h), e já com médias globais inferiores a
20 encontros/h, as Soluções 2NM (19,0 encontros/h e 11,0 encontros/h) e 2NI (17,5 encontros/h e 10,2
encontros/h);
 as Soluções 3S e 4 apresentam atividades médias muito similares (média global a rondar os 15
encontros/h, média do género Pipistrellus a rondar os 10 encontros/h);
 a Solução 3N é a que apresenta a atividade média mais baixa (média global de 10,0 encontros/h, média
do género Pipistrellus de 8,0 encontros/h);
56
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
Das análises efetuadas, verificou-se que apenas a temperatura do ar terá tido influência sobre a atividade
dos morcegos:
 em termos globais, abaixo dos 12ºC a probabilidade de ocorrerem contactos com morcegos é baixa e a
partir dos 17ºC a probabilidade é elevada;
 já para o género Pipistrellus, abaixo dos 15ºC a probabilidade de ocorrência de atividade é baixa e
acima dos 18ºC é elevada.
A influência positiva da temperatura do ar sobre a atividade global dos morcegos e do género Pipistrellus,
verifica-se com frequência em estudos similares, devendo estar relacionada com a maior disponibilidade de
presas em situações de temperaturas mais elevadas, uma vez que normalmente nessas situações a atividade
dos insetos é maior (Jones et al., 1995 in Rodrigues e Palmeirim, 2008). Por exemplo, Ransome e Hutson (2000)
referem que a maior parte das traças que servem de alimento à espécie R. ferrumequinum requerem
temperaturas de pelo menos 12ºC para voar, sendo que abaixo deste valor a variedade e quantidade de presas
será necessariamente menor.
De qualquer forma, o facto de apenas se ter efetuado uma amostragem por ponto impede uma análise mais
robusta dos resultados, sendo provável que outros fatores possam igualmente influenciar a atividade dos
morcegos na região (por exemplo, a intensidade do vento e o biótopo).
Durante o presente estudo foi confirmada a presença na área de estudo de doze espécies de morcegos e de
onze grupos de espécies de difícil distinção acústica ou morfológica, que poderão elevar o número total de
espécies para um mínimo de quinze e um máximo de 21.
Tanto em termos de atividade como de dimensão de colónias, as três espécies do género Pipistrellus aparentam
ser as mais frequentes:
 P. pipistrellus foi a espécie com maior número de contactos nas amostragens acústicas, tanto em
termos globais como em cada uma das soluções em estudo;
 P. pygmaeus foi a 2.ª espécie mais detetada nas Soluções 1 e 2SI, 2SM, 2NI 2NM, e a 3.ª em termos
globais (amostragens acústicas);
 P. kuhlii foi a 2.ª espécie mais detetada em termos globais e nas Soluções 3S, 3N e 4 (amostragens
acústicas).
As duas colónias mais numerosas na área de estudo possuem um número significativo de indivíduos do género
Pipistrellus, sendo ambas pontes rodoviárias e colónias de criação para este género:
 no abrigo N220_1, que se situa a cerca de 853 m de distância do trecho K, foram detetados pelo menos
995 indivíduos deste género e uma da espécie T. teniotis (Alves, obs. pessoal);
 no abrigo N220_2, que se situa a cerca de 1997 m do trecho M, foram detetados pelo menos 550
indivíduos deste género e cerca de 128 da espécie T. teniotis (Alves, obs. pessoal), sendo este um
abrigo de “importância nacional” para esta espécie.
P. pipistrellus é uma das espécies mais comuns em Portugal continental, surgindo com maior predominância no
Norte do país (Palmeirim et al., 1999; Rodrigues et al., 2011; Salgueiro et al., 2002). Esta espécie ocupa uma
grande diversidade de abrigos, por exemplo fendas de paredes, sótãos, fendas de rochas e cavidades de
árvores e, no que diz respeito a áreas de alimentação, costuma surgir em zonas com grandes concentrações de
insetos, como por exemplo zonas húmidas, junto à iluminação pública, mas também em áreas agrícolas, nas
orlas de florestas, etc. (Palmeirim et al., 1999; Vaughnan et al., 1997; Verboom e Huitema, 1997). Esta espécie
apresenta o estatuto de ameaça “pouco preocupante” (Cabral et al., 2006).
P. pygmaeus é a espécie mais comum em Portugal continental (Rodrigues et al., 2011). Como abrigos, utiliza
essencialmente fendas nas paredes de edifícios, sótãos, telhados, caixas de estores, podendo também surgir
em fendas de rochas e cavidades de árvores. Alimenta-se numa grande diversidade de biótopos, sendo
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
57
normalmente bastante abundante em zonas húmidas e urbanas (Rodrigues et al., 2011). Esta espécie apresenta
o estatuto de ameaça “pouco preocupante” (Cabral et al., 2006).
P. kuhlii é uma espécie comum que ocorre em todo o território de Portugal continental, parecendo ser mais
comum no Sul que no Norte do país (ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999; Rodrigues et al., 2011). Normalmente,
esta espécie utiliza como abrigo fendas de paredes e espaços no revestimento de telhados, surgindo ainda em
cavidades de rochas e de árvores. Como áreas de alimentação utiliza uma grande diversidade de habitats,
surgindo com maior frequência em zonas ribeirinhas e urbanas (ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999; Russo e
Jones, 2003). Esta espécie apresenta o estatuto de ameaça “pouco preocupante” (Cabral et al., 2006).
Referência ainda para T. teniotis, espécie que tem uma distribuição generalizada a praticamente todo o território
de Portugal Continental, embora não seja propriamente abundante, e que utiliza como abrigo preferencial fendas
rochosas, edifícios e pontes (Alves, obs. pessoal; Amorim et al., 2013; Palmeirim et al., 1999; Reis e Rufino,
2012). Marques et al. (2004) referem que a maior parte das áreas de alimentação utilizadas por esta espécie
numa colónia na Península de Troia se encontravam a 5 km de distância do abrigo, existindo no entanto
ocasiões em que estas áreas se situaram a mais de 30 km de distância. Como área de alimentação, esta
espécie utiliza uma grande variedade de habitats, surgindo essencialmente em zonas onde a concentração de
traças é elevada, como por exemplo manchas florestais de pinheiros e carvalhos, matagais mediterrânicos, vales
encaixados e vilas e cidades iluminadas (Marques et al., 2004; Rainho, 2007; Russo e Jones, 2003; Silva, 2006).
Esta espécie apresenta o estatuto de ameaça “informação insuficiente” (Cabral et al., 2006).
No que diz respeito aos abrigos, merecem ainda referência, pela dimensão das colónias:
 o abrigo ATU09 (Varosa), situado a cerca de 4257 m do trecho L, é usado pela espécie M. daubentonii
como abrigo de criação e está classificado como de “importância nacional”, sendo conhecida uma
colónia com um máximo de 212 indivíduos durante esse período (Alves, obs. pessoal);
 o abrigo ATU12 (Túnel das Fragas Más, também abrigo de importância nacional) situado a cerca de
907 m do trecho J, onde durante o presente estudo foi detetado um máximo de 150 morcegos da
espécie M. schreibersii (vinte indivíduos) e provavelmente da espécie M. daubentonii (130 indivíduos);
 o abrigo ATU14 (Túnel da Falcoeira) situado a cerca de 1685 m do trecho J, onde estão referenciados
mais de 120 morcegos da espécie R. ferrumequinum (onze indivíduos em junho de 2013), do grupo M.
myotis / M. blythii (treze indivíduos em junho de 2013) e provavelmente a espécie M. daubentonii (96
indivíduos em junho de 2013), sendo usado como local de criação por algumas destas espécies (Bio3,
2012);
 o abrigo M62, situado a cerca de 3148m do trecho K, onde está referenciado um máximo de cerca de
120 indivíduos durante o verão (abrigo de “importância nacional”), desconhecendo-se no entanto as
espécies presentes (Ecovisão, 2013).
M. daubentonii é uma espécie comum que surge em todo o território de Portugal continental (Palmeirim et al.,
1999; Rodrigues et al., 2011). Ocupa uma grande diversidade de abrigos (grutas, minas, cavidades de árvores,
pontes, edifícios), alimentando-se predominantemente sobre massas de água, mas também junto à copa das
árvores (ICN, 2005; Palmeirim et al., 1999). Esta espécie apresenta o estatuto de ameaça “pouco preocupante”
(Cabral et al., 2006).
As Soluções 1, 2SI, 2SM, 2NI e 2NM são as que apresentam maior diversidade específica (mínimo de catorze
espécies), seguindo-se a Solução 4 (mínimo de treze espécies) e as Soluções 3S e 3N (mínimo de dez
espécies).
Em termos de estatutos de ameaça (Cabral et al., 2006), as Soluções 1, 2SI, 2SM, 2NI, 2NM e 4 são as que
possuem maior número de espécies ameaçadas (uma espécie com o estatuto “criticamente em perigo”, cinco
com o estatuto “vulnerável), enquanto nas Soluções 3S e 3N são três as espécies com estatuto de ameaça
“vulnerável” e igualmente uma com estatuto “criticamente em perigo”.
58
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
4. CONCLUSÕES
O presente documento constitui o relatório dos trabalhos efetuados em junho de 2013, relativo à componente
fauna – Quirópteros do EIA da Ligação de Foz Tua à Rede de 400 kV da Rede Nacional de Transporte.
O projeto em análise destina-se ao transporte de energia elétrica a produzir no AHFT, para entrega na Rede
Nacional de Transporte de Eletricidade, estando em estudo oito soluções diferentes, todas elas com início na
Central de Foz Tua:
 as Soluções 1, 2SI, 2SM, 2NI, 2NM e 4 terminam na Subestação de Armamar, desenvolvendo-se em
ambas as margens do Douro, entre as Barragens da Valeira (a nascente) e Peso da Régua (a poente);
 as Soluções 3S e 3N desenvolvem-se ao longo da margem direita do Douro, terminando na margem
esquerda do Sabor, no Posto de Corte que assegura a ligação à Linha Armamar-Lagoaça (já existente).
Os objetivos específicos deste estudo foram:
 inventariar abrigos nas diferentes soluções de traçado para a linha elétrica;
 inventariar as espécies de morcegos que ocorrem nas diferentes soluções de traçado para a linha
elétrica;
 avaliar a atividade dos morcegos nas diferentes soluções.
No decorrer do presente estudo foi confirmada a presença de doze espécies de morcegos num buffer de 5 km
em redor dos eixos das soluções em estudo (R. ferrumequinum, R. hipposideros, M. myotis, M. escalerai, M.
daubentonii, P. pipistrellus, P. pygmaeus, P. kuhlii, N. leisleri, B. barbastellus, M. schreibersii e T. teniotis) e de
onze grupos de espécies que emitem vocalizações semelhantes, ou que são semelhantes em termos
morfológicos, que poderão aumentar o número de espécies presentes para um mínimo de quinze e um máximo
de 21 (R. euryale / R. mehelyi, M. myotis / M. blythii, M. mystacinus / M. emarginatus / M. escalerai / M.
bechsteinii / M. daubentonii, P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii, P. pipistrellus / P. pygmaeus / M.
schreibersii, P. pipistrellus / P. kuhlii, P. pygmaeus / M. schreibersii, N. leisleri / N. noctula / N. lasiopterus, N.
leisleri / E. serotinus / E. isabellinus, N. noctula / N. lasiopterus e E. serotinus / E. isabellinus).
As espécies P. pipistrellus, P. kuhlii e P. pygmaeus foram as mais detetadas nas amostragens acústicas e nos
abrigos (neste caso foram detetados apenas dois abrigos, mas com um elevado número de indivíduos),
podendo-se ainda destacar as espécies M. daubentonii (que aparentemente é bastante frequente em vários dos
abrigos amostrados) e T. teniotis, que surgiu também em número significativo num dos abrigos amostrados.
Dos abrigos detetados destacam-se seis: N220_1 e N220_2 são pontes rodoviárias com colónias de criação do
género Pipistrellus (estimativa de 995 indivíduos em N220_1 e 550 em N220_2) e, no caso de N220_2, também
com uma importante colónia de T. teniotis (cerca de 128 indivíduos); ATU09, ATU12 e ATU14 são túneis com
colónias significativas da espécie M. daubentonii e M62 é um abrigo onde está referenciada a presença de 120
morcegos, não tendo sido possível determinar a espécie presente no decorrer deste estudo.
Destes seis abrigos, só dois é que se encontram relativamente próximos das soluções em estudo: N220_1 está
a cerca de 853 m do trecho K (Soluções 3S e 3N) e ATU12 a cerca de 907 m do trecho J (Soluções 2NI e 2NM),
com este último a estar classificado como de “importância nacional”.
Das oito soluções em estudo, as Soluções 1, 2SI e 2SM são as que registaram atividades médias mais elevadas
(médias globais acima dos 20 encontros/h) e, em conjunto com as Soluções 2 NI e 2NM, as que apresentam
maior diversidade específica (mínimo de catorze espécies, seis delas com estatuto de ameaça), enquanto, por
oposição, a Solução 3N é a que registou menor atividade (média global de 10 encontros/h) e, em conjunto com a
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
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59
Solução 3S, a que apresenta menor diversidade específica (mínimo de dez espécies, quatro delas com estatuto
de ameaça).
60
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
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Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
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Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20
de
2013
65
APÊNDICE 1 – LOCAIS DE AMOSTRAGEM ACÚSTICA
Local: TU01
Coordenadas: 605650 4556657 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: S:S
Altitude média: 303 m
Distância ao trecho mais próximo: 933 m (L)
Local: TU02
Coordenadas: 608539 4557521 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos e altos compostos essencialmente por
urze, silvas, tojo, giesta e alguns medronheiros
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 474 m
Distância ao trecho mais próximo: 316 m (L)
Local: TU03
Coordenadas: 612457 4560134 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta composta principalmente por carvalhos e
azinheiras com alguns medronheiros e oliveiras
Biótopo predominante: FLORESTAS FOLHOSAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: E: NE
Altitude média: 243 m
Distância ao trecho mais próximo: 309 m (L)
Local: TU04
Coordenadas: 614087 4561172 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha e oliveira
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: SO
Altitude média: 223m
Distância ao trecho mais próximo: 412 m (L)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
1
Local: TU05
Coordenadas: 615078 4562175 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta de castanheiros e pinheiros com subcoberto
denso e alto de silvas e giestas
Biótopo predominante: FLORESTAS FOLHOSAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 431 m
Distância ao trecho mais próximo: 405 m (L)
Local: TU06
Coordenadas: 616200 4564950 (UTM, WGS84)
Descrição: pinhal com subcoberto esparso de tojo
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 728 m
Distância ao trecho mais próximo: 464 m (L)
Local: TU07
Coordenadas: 617694 4566836 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta composta principalmente por castanheiros, com
alguns pinheiros, com subcoberto denso de tojo e fetos
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: N: NO
Altitude média: 681 m
Distância ao trecho mais próximo: 571 m (L)
Local: TU08
Coordenadas: 619844 4567413 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola com oliveira e vinha
Biótopo predominante: OLIVAL
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: E: E
Altitude média: 513 m
Distância ao trecho mais próximo: 111 m (L)
2
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
Local: TU09
Coordenadas: 624265 4567904 (UTM, WGS84)
Descrição: matos altos e densos compostos por urze, giesta,
carrasco e gramíneas com alguns pinheiros, medronheiros e
carvalhos
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: NO
Altitude média: 537 m
Distância ao trecho mais próximo: 201 m (L)
Local: TU10
Coordenadas: 627432 4567594 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: 8 a 16%
Orientação predominante: S: S
Altitude média: 593 m
Distância ao trecho mais próximo: 818 m (L)
Local: TU11
Coordenadas: 629808 4566564 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 570 m
Distância ao trecho mais próximo: 473 m (L)
Local: TU12
Coordenadas: 632771 4564531 (UTM, WGS84)
Descrição: olival com alguns castanheiros dispersos
Biótopo predominante: OLIVAL
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: NO
Altitude média: 325 m
Distância ao trecho mais próximo: 129 m (B)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
3
Local: TU13
Coordenadas: 633501 4566144 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta composta por pinheiros, com subcoberto denso
de carrasco, existindo também alguma zona cultivada a vinha e
cerejeiras
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 547 m
Distância ao trecho mais próximo: 285 m (J)
Local: TU14
Coordenadas: 635431 4563708 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta de sobreiro com subcoberto denso de gramíneas
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: S: S
Altitude média: 561 m
Distância ao trecho mais próximo: 123 m (E)
Local: TU15
Coordenadas: 636591 4563675 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: O: SO
Altitude média: 587 m
Distância ao trecho mais próximo: 72 m (E)
Local: TU16
Coordenadas: 636768 4564546 (UTM, WGS84)
Descrição: área dominada por matos rasteiros densos
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 627 m
Distância ao trecho mais próximo: 460 m (J)
4
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
Local: TU17
Coordenadas: 639536 4563371 (UTM, WGS84)
Descrição: pinhal com subcoberto muito esparso de fetos e giestas
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: E: SE
Altitude média: 654 m
Distância ao trecho mais próximo: 200 m (K)
Local: TU18
Coordenadas: 642121 4565641 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha e oliveira com alguns
castanheiros dispersos
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: S: S
Altitude média: 716 m
Distância ao trecho mais próximo:1292 m (K)
Local: TU19
Coordenadas: 645166 4564779 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos e altos predominantemente de giesta com
algumas manchas de pinheiro
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: 5 a 8%
Orientação predominante: E: SE
Altitude média: 811 m
Distância ao trecho mais próximo: 298 m (K)
Local: TU20
Coordenadas: 650393 4563563 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta de castanheiro e pinheiro com subcoberto denso
de giestas e urzes
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: E: E
Altitude média: 706 m
Distância ao trecho mais próximo: 298 m (K)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
5
Local: TU21
Coordenadas: 653536 4563371 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos e rasteiros, essencialmente gramíneas
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: 8 a 16%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 737 m
Distância ao trecho mais próximo: 108 m (K)
Local: TU22
Coordenadas: 658841 4562561 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha e oliveira
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: 0 a 5%
Orientação predominante: PLANO
Altitude média: 120 m
Distância ao trecho mais próximo: 548 m (K)
Local: TU23
Coordenadas: 661960 4562121 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de oliveira e vinha com
algumas ameixeiras dispersas e subcoberto esparso de gramíneas e
urze
Biótopo predominante: OLIVAL
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 279 m
Distância ao trecho mais próximo: 1060 m (M)
Local: TU24
Coordenadas: 606404 4554406 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de oliveira e vinha
Biótopo predominante: OLIVAL
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: NO
Altitude média: 391 m
Distância ao trecho mais próximo: 324 m (L)
6
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
Local: TU25
Coordenadas: 607311 4553113 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de oliveira e vinha com uma
mancha de castanheiros
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 507 m
Distância ao trecho mais próximo: 133 m (L)
Local: TU26
Coordenadas: 609674 4553063 (UTM, WGS84)
Descrição: zona com pinheiros, medronheiros, cerejeiras, carvalhos
e oliveiras com subcoberto de estevas e urzes
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 315 m
Distância ao trecho mais próximo: 573 m (L)
Local: TU27
Coordenadas: 612006 4551677 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos de giestas com alguns pinheiros
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 722 m
Distância ao trecho mais próximo: 506 m (L)
Local: TU28
Coordenadas: 616252 4551886 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos de giestas e fetos com alguns sobreiros
dispersos
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 691 m
Distância ao trecho mais próximo: 146 m (D)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
7
Local: TU29
Coordenadas: 619123 4551655 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos compostos essencialmente por giestas
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 829 m
Distância ao trecho mais próximo: 461 m (D
Local: TU30
Coordenadas: 620911 4552596 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de oliveira em zona urbana
com subcoberto esparso de gramíneas
Biótopo predominante: OLIVAL
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: NE
Altitude média: 460 m
Distância ao trecho mais próximo: 920 m (D)
Local: TU31
Coordenadas: 622838 4553396 (UTM, WGS84)
Descrição: sobreiros e carrascos dispersos com subcoberto denso
de esteva, giesta, urze e gramíneas
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 375 m
Distância ao trecho mais próximo: 1054 m (D)
Local: TU32
Coordenadas: 624567 4553681 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos compostos por rosmaninho, urze, giesta e
gramíneas
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: S: SO
Altitude média: 649 m
Distância ao trecho mais próximo: 448 m (D)
8
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
Local: TU33
Coordenadas: 626758 4554349 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: E: E
Altitude média: 423 m
Distância ao trecho mais próximo: 51 m (D)
Local: TU34
Coordenadas: 628732 4556194 (UTM, WGS84)
Descrição: zona essencialmente composta de cedros e oliveiras com
subcoberto denso composto de carrasco, giesta, esteva e urze
Biótopo predominante: OUTRAS FLORESTAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: O
Altitude média: 534 m
Distância ao trecho mais próximo: 330 m (D)
Local: TU35
Coordenadas: 632307 4561255 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha com algumas
oliveiras dispersas
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: NE
Altitude média: 463 m
Distância ao trecho mais próximo: 411 m (C)
Local: TU36
Coordenadas: 632397 4556694 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha com algumas
cerejeiras dispersas
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: 16 a 25%
Orientação predominante: N: N
Altitude média: 626 m
Distância ao trecho mais próximo:114 m (H)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
9
Local: TU37
Coordenadas: 633950 4557198 (UTM, WGS84)
Descrição: terreno agrícola de cultivo de vinha e oliveiras
Biótopo predominante: CULTURAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: N: NO
Altitude média: 561 m
Distância ao trecho mais próximo: 42 m (H)
Local: TU38
Coordenadas: 635861 4558059 (UTM, WGS84)
Descrição: floresta composta essencialmente por oliveiras,
sobreiros, figueiras e carrasco com subcoberto denso
predominantemente de urze
Biótopo predominante: FLORESTA FOLHOSAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: E: SE
Altitude média: 315 m
Distância ao trecho mais próximo:135 m (GI)
Local: TU39
Coordenadas: 636792 4559272 (UTM, WGS84)
Descrição: zona com predominância de carrascos
desenvolvidos e subcoberto denso de giesta e urze
bem
Biótopo predominante: FLORESTA FOLHOSAS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: SO
Altitude média: 218 m
Distância ao trecho mais próximo: 199 m (GI)
Local: TU40
Coordenadas: 638638 4560267 (UTM, WGS84)
Descrição: matos densos predominantemente de giesta e silvas com
alguns sobreiros dispersos
Biótopo predominante: MATOS
Declive predominante: > 25%
Orientação predominante: O: NO
Altitude média: 647 m
Distância ao trecho mais próximo: 314 m (GM)
10
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 1
APÊNDICE 2 – ABRIGOS POTENCIAIS AMOSTRADOS
Abrigo: ATU01 (Sra do Cedro)
Coordenadas: 607100 4553000 (UTM WGS84)
Tipo: capela
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 285 m (L)
Abrigo: ATU02 (Coura I)
Coordenadas: 612700 4551900 (UTM WGS84)
Tipo: mina de água
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita e escuta de ultrassons
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: 1
Espécies detetadas:
R. hipposideros
Distância ao trecho mais próximo: 942 m (D)
Abrigo: ATU03 (Vale I)
Coordenadas: 613600 4550800 (UTM WGS84)
Tipo: casa abandonada
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 458 m (D)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 2
1
Abrigo: ATU04 (Novais I)
Coordenadas: 614500 4550200 (UTM WGS84)
Tipo: palheiro
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 1364 m (D)
Abrigo: ATU05 (Sta. Bárbara)
Coordenadas: 616500 4551300 (UTM WGS84)
Tipo: capela
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 382 m (D)
Abrigo: ATU06 (S. Domingos)
Coordenadas: 625000 4553300 (UTM WGS84)
Tipo: capela
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita e escuta de ultrassons
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 70 m (D)
Abrigo: ATU07 (Minas Sta. Leocádia)
Coordenadas: 615400 4554500 (UTM WGS84)
Tipo: complexo mineiro
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: 6
Espécies detetadas:
R. hipposideros
M. escalerai
Distância ao trecho mais próximo: 2892 m (D)
2
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 2
Abrigo: ATU08 (Vale de Figueiras I)
Coordenadas: 608900 4555800 (UTM WGS84)
Tipo: mina de água
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 1421 m (L)
Abrigo: ATU09 (Túnel da Varosa)
Coordenadas: 602600 4553000 (UTM WGS84)
Tipo: túnel ferroviário
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: 20
Espécies detetadas:
M. daubentonii
Distância ao trecho mais próximo: 4257 m (L)
Abrigo: ATU10 (S. Salvador do Mundo)
Coordenadas: 602600 4553000 (UTM, Datum WGS84)
Tipo: capela
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 1011 m (GM)
Abrigo: ATU11 (Túnel da Alvela)
Coordenadas: 636700 4556800 (UTM, Datum WGS84)
Tipo: túnel ferroviário
Data de prospeção: Jun.2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 415 m (J)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 2
3
Abrigo: ATU12 (Túnel das Fragas Más)
Coordenadas: 632800 4567400 (UTM, Datum WGS84)
Tipo: túnel ferroviário
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: 150
Espécies detetadas:
M. daubentonii
M. schreibersii
Distância ao trecho mais próximo: 907 m (J)
Abrigo: ATU13 (Túnel do Boitrão)
Coordenadas: 633100 4567200 (UTM WGS84)
Tipo: túnel ferroviário
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 722 m (J)
Abrigo: ATU14 (Túnel da Falcoeira)
Coordenadas: 634500 4567900 (UTM WGS84)
Tipo: túnel ferroviário
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: 120
Espécies detetadas:
R. ferrumequinum
M. myotis / M. blythii
M. daubentonii
Distância ao trecho mais próximo: 1685 m (J)
4
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 2
Abrigo: ATU15 (Cortinha I)
Coordenadas: 640000 4563400 (UTM WGS84)
Tipo: curral
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 439 m (K)
Abrigo: ATU16 (Ponte do Galego)
Coordenadas: 640900 4563800 (UTM WGS84)
Tipo: ponte de lajes de granito
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 448 m (K)
Abrigo: ATU17 (Quinta da Laranjeira)
Coordenadas: 661900 4563700 (UTM WGS84)
Tipo: edifícios abandonados
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 2470 m (K)
Abrigo: ATU18 (Espírito Santo)
Coordenadas: 653700 4563100 (UTM WGS84)
Tipo: capela
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 264 m (K)
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 2
5
Abrigo: ATU19 (Besteiros)
Coordenadas: 645700 4564100 (UTM WGS84)
Tipo: aldeia
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: escuta com detetor de ultrassons
Vestígios de morcegos: Nº de indivíduos: 3
Espécies detetadas:
P. pipistrellus / P. pygmaeus / P. kuhlii
Distância ao trecho mais próximo: 250 m (K)
Abrigo: ATU20 (Real Companhia Velha)
Coordenadas: 627100 4569500 (UTM WGS84)
Tipo: adega
Data de prospeção: Jun. 2013
Prospeção: visita
Vestígios de morcegos: guano
Nº de indivíduos: 10
Espécies detetadas: Distância ao trecho mais próximo: 2630 m (L)
6
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 2
APÊNDICE 3 – RESULTADOS DAS AMOSTRAGENS ACÚSTICAS
Resultados das amostragens na área de implantação do parque eólico: para além da espécie detetada e respetivo estatuto
de ameaça (Cabral et al., 2006: CR – criticamente em perigo; EN – em perigo; VU – vulnerável; DD – informação
insuficiente; LC – pouco preocupante), apresenta-se ainda a frequência de máxima intensidade (FMAXE) e o tipo de pulsos
registados (N – navegação; A – alimentação; S – social)
Local
Data
TU01
Junho
TU02
Junho
TU03
Junho
TU04
TU05
TU06
Junho
Junho
Junho
TU07
Junho
TU08
Junho
TU09
Junho
TU10
Junho
TU11
Junho
TU12
Junho
TU13
Junho
TU14
Junho
TU15
TU16
Junho
Junho
FMAxE
(kHz)
26,2
37,6
46,5
51,4
39,5
30,2
27,1
42,9
45,5
45,5
46,5
44,6
45,7
57,0
40,9
40,7
36,7
24,8
30,5
36,9
37,9
56,2
13,6
49,2
48,4
50,2
53,9
25,9
36,6
40,2
34,6
-
Pulsos
registados
N A S
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
-
Espécie(s)
E. serotinus / E. isabellinus
T. teniotis
M. myotis / M. blythii
P. pipistrellus
P. pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii
P. kuhlii
M. myotis / M. blythii
M. myotis / M. blythii
P. kuhlii (100%)
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pygmaeus (85%)
P. kuhlii
P. kuhlii
P. kuhlii
N. leisleri / E. serotinus / E. isabellinus
M. myotis / M. blythii
P. kuhlii
P. kuhlii
P. pygmaeus (94%)
T. teniotis
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pygmaeus (99%)
P. pygmaeus (100%)
Não identificado
Não identificado
Não identificado
E. serotinus / E. isabellinus
P. kuhlii
P. kuhlii
Não identificado
Não identificado
E. serotinus / E. isabellinus
-
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 3
Estatuto de
ameaça
LC / DD
VU / CR
LC
LC / LC / VU
LC
VU / CR
VU / CR
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
DD / LC / VU / CR
LC
LC
LC
DD
LC
LC
LC
LC
LC / LC
LC
LC / -
1
2
Local
Data
TU17
TU18
TU19
Junho
Junho
Junho
TU20
Junho
TU21
Junho
TU22
Junho
TU23
Junho
TU24
Junho
TU25
TU26
TU27
TU28
TU29
Junho
Junho
Junho
Junho
Junho
TU30
Junho
FMAxE
(kHz)
47,0
46,3
47,6
36,3
38,5
36,6
37,5
45,7
44,8
51,5
57,9
59,4
47,1
46,2
46,5
46,8
47,7
48,2
47,6
36,8
25,8
36,2
50,3
50,0
48,9
43,1
27,8
44,3
49,5
55,4
56,0
55,1
55,0
55,2
23,3
29,7
12,1
44,8
44,9
49,2
46,9
45,9
43,8
44,0
44,3
Pulsos
registados
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x x
-
Espécie(s)
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. kuhlii
Não identificado
P. kuhlii
P. kuhlii
P. kuhlii
Não identificado
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus (99%)
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. kuhlii
N. leisleri
E. serotinus / E. isabellinus
P. pygmaeus (95%)
P. pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii
P. pipistrellus (86%)
P. kuhlii (100%)
E. serotinus / E. isabellinus
P. pipistrellus / P. kuhlii
P. pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus (100%)
N. noctula / N. lasiopterus
E. serotinus / E. isabellinus
T. teniotis
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus
P. pipistrellus (100%)
P. pipistrellus (90%)
P. pipistrellus (90%)
Estatuto de
ameaça
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
DD
LC / LC
LC / LC / VU
LC
LC
LC / LC / LC
LC / LC / VU
LC
LC
LC
LC
LC
DD / DD
LC / DD
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
LC
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 3
Local
Data
TU31
Junho
TU32
TU33
TU34
TU35
TU36
TU37
TU38
TU39
TU40
Junho
Junho
Junho
Junho
Junho
Junho
Junho
Junho
Junho
FMAxE
(kHz)
43,6
43,5
44,4
51,1
43,7
43,9
51,0
52,3
40,9
41,8
21,7
33,1-41,3
59,2
53,0
51,0
11,6
10,3
-
Pulsos
registados
N A S
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
-
Espécie(s)
P. pipistrellus (86%)
P. pipistrellus (96%)
P. pipistrellus (95%)
P. pipistrellus / P. pygmaeus / M. schreibersii
P. pipistrellus / P. kuhlii
P. pipistrellus / P. kuhlii
P. pygmaeus (100%)
P. pygmaeus / M. schreibersii
P. kuhlii
P. kuhlii
N. leisleri / N. noctula / N. lasiopterus
B. barbastellus
M. schreibersii (76%)
M. schreibersii (100%)
M. schreibersii (100%)
T. teniotis
T. teniotis
-
Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua
Estudo de Impacte Ambiental. Volume III – Anexos. Tomo II. Anexo 20. Apêndice 3
Estatuto de
ameaça
LC
LC
LC
LC / LC / VU
LC / LC
LC / LC
LC
LC / VU
LC
LC
DD / DD / DD
DD
VU
VU
VU
DD
DD
-
3

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