As comunidades autónomas
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Mercados informação global Espanha As Comunidades Autónomas Julho 2014 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Índice Introdução 3 1. Economia Regional 5 1.1 População e taxa de desemprego 5 1.2 Distribuição do PIB por Comunidade Autónoma 5 1.3 Evolução do PIB 6 1.4 PIB per capita 7 1.5 Breve caracterização económica 8 2. Comércio Externo 15 2.1 Principais Comunidades Autónomas Exportadoras 15 2.2 Principais Comunidades Autónomas Importadoras 15 2.3 Trocas Comerciais com Portugal 16 2.3.1 Trocas Comerciais das Comunidades Autónomas com Portugal 18 3. Investimento 3.1 Fluxos de investimento por Comunidades Autónomas 23 3.2 Investimento de Portugal em Espanha por Comunidades Autónomas 24 3.3 Investimento de Espanha em Portugal por Comunidades Autónomas 24 4. Endereços úteis 24 Nota prévia: sempre que no documento se menciona “exportação” e “importação” estamos a referir-nos a “expedições” e “chegadas”, atendendo a que se trata de comércio intracomunitário. 2 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Introdução O Reino de Espanha é constituído por 17 Comunidades Autónomas e duas cidades autónomas (Ceuta e Melilla no Norte de África), com diferentes graus de autonomia. A Constituição espanhola estabelece a descentralização do poder central para as regiões, situação que tem um impacto significativo a nível político e administrativo no país. Espanha é um dos Estados mais descentralizados da Europa. Cada Comunidade está dividida em Províncias (50 no total) formadas por grupos de Municípios, cada um com o seu Conselho Municipal, Comarcas e ainda numerosas entidades locais (cerca de 15 000). Estas 17 Comunidades são bastante diferentes em diversas perspetivas: história, cultura, língua e condições económicas. Comunidade autónoma Província Andaluzia Almería, Cádiz, Córdoba, Granada, Huelva, Jaén, Málaga, Sevilha Aragão Huesca, Teruel, Zaragoza Canárias Las Palmas de Gran Canaria, Santa Cruz de Tenerife Cantábria Cantábria Castela e Leão Ávila, Burgos, León, Palencia, Salamanca, Segovia, Soria, Valladolid, Zamora. Castilla-La Mancha Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Guadalajara, Toledo Catalunha Barcelona, Gerona, Lérida, Tarragona Comunidade de Madrid Madrid Comunidade Foral de Navarra Navarra Comunidade Valenciana Alicante, Castellón, Valencia Extremadura Badajoz, Cáceres Galiza La Coruña, Lugo, Orense, Pontevedra Ilhas Baleares Ilhas Baleares La Rioja La Rioja País Basco Álava, Guipúzcoa, Vizcaya Principado de Astúrias Astúrias Região de Múrcia Múrcia Total de 17 comunidades Total de 50 Províncias 3 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Mapa CANTABRIA PAÍS VASCO ASTURIAS NAVARRA GALICIA LA RIOJA CASTILLA LEÓN CATALUÑA ARAGÓN ISLAS BALEARES MADRID EXTREMADURA COMUNIDAD VALENCIANA CASTILLA LA MANCHA MURCIA ANDALUCÍA ISLAS CANARIAS Principais Indicadores Económicos 2013 2013 2013 2013 2011 (*) 2013 População PIB p.m. pç.corr. PIB p/c pç.corr. Taxa Cresc. PIB PIB em PPC Taxa Desempr. Milhões Pessoas Milhões Euros Euros % UE 28=100 % Andalucía 8,4 138 301 16 666 -1,5% 73 36,3 Aragón 1,3 32 258 24 732 -1,2% 108 20,6 Asturias 1,1 21 421 20 591 -2,1% 91 22,3 Baleares 1,1 26 061 23 446 -0,4% 101 22,9 Canarias 2,1 40 299 18 873 -0,4% 82 33,2 Cantabria 0,6 12 385 21 550 -1,9% 94 20,1 Castilla y León 2,5 53 479 21 879 -2,1% 95 22,0 Castilla-La Mancha 2,1 35 989 17 780 -1,1% 77 29,2 Cataluña 7,5 192 545 26 666 -0,8% 113 22,3 Com.Valenciana 5,0 97 333 19 502 -0,8% 85 27,9 Extremadura 1,1 16 200 15 026 -1,4% 67 32,3 Galicia 2,8 55 204 20 399 -1,0% 87 22,0 La Rioja 0,3 7 765 25 277 -1,8% 109 20,1 Madrid 6,4 183 292 28 915 -1,2% 126 21,0 Murcia 1,5 26 350 17 901 -1,7% 79 29,0 Navarra 0,6 17 557 28 358 -1,5% 124 16,8 País Vasco 2,2 62 780 29 959 -1,9% 130 15,8 46,7 1 022 988 22 279 -1,2% 96 26,0 10,4 165 690 19 400 -1,4% 77 16,2 Espanha Portugal Fontes: Espanha: INE Espanha; Portugal: INE; Banco de Portugal, EIU. (*) Eurostat: último ano disponível, data de publicação 27.02.2014 4 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 1. Economia Regional 1.1 População e Taxa de Desemprego Em 2013 a população de Espanha atingiu cerca de 46,7 milhões de habitantes. A Comunidade mais povoada é a Andaluzia, com 8,4 milhões de habitantes, seguida pela Catalunha (7,5 milhões), por Madrid (6,4 milhões) e pela Comunidade Valenciana (5 milhões). Relativamente à taxa de desemprego, de acordo com o INE espanhol, o número total de desempregados em Espanha, no final de 2013, era de cerca de 5,9 milhões de pessoas. A taxa de desemprego atingiu 26% da população ativa. Apenas as Comunidades de Navarra e o País Basco registaram uma taxa de desemprego inferior a 20% da população ativa. As taxas de desemprego mais elevadas verificaram-se na Andaluzia (36,3%), nas Ilhas Canárias (33,2%) e na Extremadura (32,3%). Taxa de desemprego 2013 (Espanha = 26 %) > 30 30 < 25 25 - < 20 < 20 Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística 1.2 Distribuição do PIB por Comunidade Autónoma Em 2013, a Catalunha foi, em termos absolutos, a Comunidade que mais contribuiu para o PIB nacional, com cerca de 19% do total. Seguiram-se as Comunidades de Madrid (17,9%), da Andaluzia (13,5%), destacando-se, também, a Comunidade Valenciana (9,5%). Estas quatro comunidades representaram cerca de 60% do PIB espanhol em 2013. O peso relativo de cada Comunidade Autónoma, no conjunto da economia espanhola, não sofreu grandes alterações nos últimos dez anos. 5 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 1.3 Evolução do PIB Segundo os dados oficiais publicados pelo INE espanhol, a economia espanhola registou em 2013 uma contração de 1,2%. De acordo com a primeira estimativa sobre o crescimento do PIB por Comunidades Autónomas em 2013, observamos que as regiões que tiveram uma recessão mais acentuada foram as Astúrias e Castilla León (-2,1%), e a Cantábria e o País Basco (-1,9%). As Ilhas Canárias e as Baleares são as economias regionais que em 2013 verificaram uma menor quebra do PIB (-0,4%), seguindo-se a Comunidade Valenciana e a Catalunha (-0,8%). Outras duas Comunidades também registaram valores abaixo da média nacional, nomeadamente a Galiza e Castilla –La Mancha. Taxa de crescimento do PIB (2013) Taxa Crescimento PIB 2013 (Espanha = -1,2%) > -1,8% -1,8% < -1,2% < -1,2% Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística - “Contabilidad Regional de España” 6 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 1.4 PIB per capita Em 2013 o Produto Interno Bruto médio per capita espanhol atingiu 22 279 euros. No entanto, a situação varia substancialmente consoante as Comunidades Autónomas. Assim, enquanto o Pais Basco apresenta uma média de 29 959 euros por habitante, a Extremadura tem apenas 15 026 euros por habitante. Com valores superiores à média espanhola encontramos sete Comunidades Autónomas, nomeadamente o País Basco, Madrid, Navarra, Catalunha, La Rioja, Aragão, e as Baleares. PIB per capita por Comunidades Autónomas (2013) Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística Unidade: Euros Em termos relativos, o País Basco apresenta um PIB per capita 34% acima da média nacional, Madrid e Navarra excederam este valor médio em 30% e 27%, respetivamente. Por outro lado, a Extremadura e a Andaluzia registaram valores inferiores à média nacional (67% e 75%, respetivamente). Índice do PIB per capita por Comunidades Autónomas (2013) Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística 7 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Pode observar-se que as regiões com um PIB por habitante superior à média nacional estão situadas no centro e no nordeste do território espanhol. Índice PIB per capita 2013 (Espanha = 100) (España = 84) CANTABRIA ASTURIAS GALICIA < 90 90 < 100 100 < 115 >115 PAÍS VASCO NAVARRA CASTILLA LEÓN MADRID EXTREMADURA CASTILLA LA MANCHA ANDALUCÍA ISLAS CANARIAS Fonte: CATALUÑA ARAGÓN COMUNIDAD VALENCIANA ISLAS BALEARES MURCIA INE-Instituto Nacional de Estadística 1.5 Breve caracterização económica Andaluzia A estrutura económica da Andaluzia caracteriza-se pelo grande peso do seu setor terciário. No entanto, o setor agroindustrial alimentar é muito relevante para esta Comunidade Autónoma, especialmente o azeite, as frutas e os legumes, representando grande parte das vendas andaluzas ao exterior. Exemplos de importantes empresas deste sector são o Grupo Deoleo, Grupo Puleva, Heineken (Marca CruzCampo) e Sovena. A zona de Algeciras (Cádiz) acolhe numerosas indústrias dos sectores petroquímico e energético, e a zona de Huelva é um relevante núcleo industrial de química de base. É de referir ainda que a Andaluzia é a segunda região em Espanha no que se refere à indústria aeronáutica, destacando-se o grupo Airbus e o cluster aeronáutico existente em Sevilha. A Andaluzia conta com 11 parques tecnológicos, entre os quais se destacam o Parque Científico Tecnológico de Cartuja /Sevilha) e o Parque Tecnológico de Andalucía, em Málaga. Neste contexto, destacam-se seis setores estratégicos nesta região: aeronáutica, agroindustrial, biotecnologia, energias renováveis, metalomecânico e TIC. Aragão A sua economia tradicionalmente assentou no setor primário, com predomínio do cultivo de produtos alimentares. Nos últimos anos observou-se uma mudança, com a ascensão do setor industrial, dos serviços, do comércio e do turismo. 8 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Os setores estratégicos da economia aragonesa são a indústria automóvel, a logística e os transportes. Existem mais de 200 empresas estrangeiras com sede em Aragão, como a Opel (General Motors) que tem uma fábrica em Saragoça, a Sabeco, a Esprinet Ibérica, a Schindler ou a Adidas España, entre outras. Os setores de oportunidade considerados por “Aragon Exterior” são: TIC, logística, aeronáutica, automóvel, energias renováveis, indústrias agroalimentares e biotecnologia. No que se refere às infraestruturas devemos referir a ligação da rede de alta velocidade a Barcelona e a Madrid. É também importante destacar a Plataforma Logística de Saragoça (PLAZA), centro logístico 2 intermodal de transportes, com mais de 13 milhões de m , aberto a todo tipo de empresas que participem em atividades relacionadas com o transporte e a logística. Astúrias A economia do Principado das Astúrias conta com um relevante setor industrial, assumindo especial relevância a siderurgia, o alimentar, a construção naval, o armamento, a química e os equipamentos de transporte. A importância do setor terciário tende a aumentar, sendo este facto um sintoma da concentração da população nos centros urbanos e da importância que o turismo adquiriu na região. Nos últimos anos, as Astúrias reduziram a sua dependência da indústria pesada e da agricultura, tendo fomentado o investimento nos setores das tecnologias de informação e do turismo, assim como na promoção das empresas com valor acrescentado nos setores do aço e carvão, pelos quais a região é conhecida. Ilhas Baleares O fenómeno do turismo modificou o tipo de economia das Ilhas Baleares, sendo que cerca de 80% do VAB tem origem no setor dos serviços. O setor industrial, que representa menos de 10% do VAB, é basicamente composto por empresas das áreas da confeção e têxtil, calçado, complementos de moda, bijutaria, e alimentos processados. O transporte aéreo é a principal via de comunicação das Ilhas Baleares, mas a via marítima é também muito importante, nomeadamente no que se refere ao transporte de mercadorias. Os principais portos das Ilhas Baleares são os de Palma de Mallorca, Mahón, Ibiza e La Savina (Formentera), destinados ao tráfego de passageiros e mercadorias. Ilhas Canárias A economia das ilhas Canárias é pouco diversificada, baseando-se no setor terciário (mais de 75% do VAB regional), e fundamentalmente no turismo, atividade que sustenta esta comunidade. Este setor estimulou o desenvolvimento da construção, outra área de relevo na economia local. A indústria representa menos de 10% do VAB regional e incide na transformação agroalimentar, tabaco e refinaria de petróleo (ilha de Tenerife). O setor comercial é forte devido às importantes infraestruturas marítimas, dispondo as Canárias de uma ampla rede de portos comerciais, pesqueiros e desportivos. 9 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Estão a ser desenvolvidos planos com vista a aumentar o emprego e fomentar a economia, prevendo-se uma aposta no desenvolvimento sustentável do setor da água (tanto em produção como em tratamento e reutilização), conjugado com uma aposta no turismo (com reinvenção da oferta e captação de turistas de mercados emergentes) e finalmente nas tecnologias do mar. É importante frisar que as Ilhas Canárias têm, historicamente, um tratamento económico e fiscal diferenciado do resto das Comunidades Autónomas espanholas. O Regime Económico e Fiscal das Canárias (REF) contempla incentivos fiscais relativos à atividade empresarial, nomeadamente a Zona Especial Canaria (ZEC). Cantábria Na estrutura industrial da Cantábria existem quatro setores que se destacam dos restantes. Em primeiro lugar, o setor de componentes de automóvel ligado a uma competitiva indústria automóvel. Em segundo lugar, o setor dos metais transformados, de ampla tradição na Cantábria, que integra numerosas empresas metalúrgicas, sidero metalúrgicas e de transformados, constituindo um dos pilares da indústria regional. Em terceiro lugar, o setor da indústria agroalimentar, vinculado aos recursos naturais da região, é representado por indústrias lácteas e de conservas. Por último, outro setor relevante é o químico, no qual se enquadram várias empresas multinacionais. Castela e Leão A participação do setor industrial na estrutura produtiva regional de Castela e Leão tem sido, tradicionalmente, superior à média espanhola sendo uma atividade muito concentrada no setor do automóvel e no agroalimentar. No setor automóvel, esta região conta com várias fábricas, Renault (Valladolid e Palencia), Grupo Fiat Iveco (Valladolid) e Nissan (Ávila), além de cerca de 150 empresas a montante ou a jusante destas, espanholas e também multinacionais. No que se refere ao setor agroalimentar são relevantes as indústrias das carnes, dos vinhos, dos produtos de panificação e pastelaria, assim como dos lacticínios; quanto às principais empresas, destacam-se a Campofrío, o Grupo Hélios, a Mondelez, a Nestlé e a Pascual. Quanto ao setor químicofarmacêutico podemos referir a presença de empresas como a GCK Glaxo Wellcome Smithkline e a Nutreco (Nanta). É também relevante a atividade económica no âmbito da energia, nomeadamente na energia eólica, hidráulica e na solar. Ao nível de captação de investimento, o governo regional considera também prioritários os setores da aeronáutica, biotecnologia, TIC, logística e segurança. 10 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Castilla-La Mancha O setor primário teve um papel destacado na economia de Castilla-La Mancha até ter sido progressivamente substituído pelo setor dos serviços, atual motor da economia da Comunidade. Entre as exportações agrícolas, as mais numerosas são as de vinho. Pela sua localização geográfica, numerosas mercadorias passam por Castilla-La Mancha, o que justifica o desenvolvimento do setor logístico, que aliado aos competitivos custos de solo industrial torna esta Comunidade uma região atrativa para este setor. Esta Comunidade é uma das principais regiões espanholas na geração e produção de energias renováveis. Relativamente ao setor aeronáutico, é de referir o Parque Aeronáutico e Logístico de Albacete. Catalunha A Catalunha dispõe de uma estrutura sectorial muito diversificada de forte cariz industrial. Apesar de a indústria têxtil ter sido tradicionalmente relevante na economia catalã, desenvolveram-se em paralelo outros setores como o automóvel, os plásticos, os produtos químicos (grupo petroquímico de Tarragona), o setor farmacêutico, a eletrónica avançada, a maquinaria e equipamentos mecânicos, a metalurgia e produtos metálicos, o papel, o alimentar e bebidas. Como novas indústrias destacam-se a biotecnologia, as energias renováveis e a reciclagem. Os serviços a empresas, o comércio, a energia, os fornecedores de transporte, as telecomunicações e os serviços financeiros são atividades que representam mais de 60% do VAB catalão. Entre as atividades terciárias em crescimento estão incluídos os serviços de saúde e sociais, as TIC, os meios de comunicação, os audiovisuais, a logística, o turismo e a educação. A Catalunha é a Comunidade Autónoma espanhola com maior número de centros logísticos, com um total de 17, destacando-se a Zona Franca Parc Logístic, a Zona d'Activitats Logístiques - ZAL e a ProLogis, que cobrem mais de 300 hectares na zona de Barcelona. Dispõe também de uma extensa rede de estradas e ferrovías, incluindo a rede de alta velocidade Barcelona - Madrid. Comunidade Valenciana Esta Comunidade Autónoma é a maior produtora de cerâmica em Espanha, representando mais de 80% do total das exportações espanholas. O mesmo acontece com o calçado, setor em que esta Comunidade representa cerca de 50% do total das exportações espanholas. A Comunidade Valenciana exporta também produtos hortofrutícolas, em particular citrinos e destaca-se no setor da decoração de interiores que comporta os subsetores do mobiliário, dos têxteis e da iluminação. Podemos destacar ainda a presença de multinacionais como a Ford, UBE Chemical, LG Electronics ou a BP. Pela sua localização geográfica privilegiada e por possuir 5 portos, destacando-se o Porto de Valência, com grande importância no Mediterrâneo principalmente em tráfico comercial, e 2 aeroportos 11 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) internacionais, esta região é uma importante plataforma logística, muito relevante ao nível das trocas mediterrânicas. Em expansão estão os setores da biotecnologia, moda, audiovisual e energias renováveis. Extremadura A economia da Extremadura caracteriza-se pela grande importância do setor dos serviços que substituiu, nas últimas décadas, o setor primário que outrora tivera o maior peso nesta Comunidade. Esta evolução entende-se, entre outras razões, pela especialização dos agricultores na mecanização do campo, e pela evolução do setor turístico, onde surgiram nos últimos anos uma grande quantidade de propriedades de turismo rural. O tecido empresarial é constituído sobretudo por pequenas e microempresas, sendo que apenas 1% das empresas industriais desta Comunidade Autónoma possui um número de trabalhadores acima de cinquenta. Os principais subsetores industriais são o energético, o agroindustrial, a cortiça e o têxtil. Relativamente ao mercado externo pode dizer-se que as exportações do setor alimentar representam quase metade do total das exportações da região. No geral, são as conservas de verduras e hortaliças, o vinho, o tabaco, a cortiça e o azeite que constituem o grosso das exportações da Extremadura. Galiza Depois da entrada de Espanha na UE, esta Comunidade Autónoma sofreu uma forte transformação passando de agrária e rural, a industrial e urbana, sem prejudicar o importante papel que continua a desempenhar o setor da agricultura e da pesca nesta região. Atualmente, os setores mais importantes desta Comunidade incluem, por um lado, os já enraizados na economia galega e que receberam grande parte dos investimentos da região, e, por outro lado, os que têm tido uma rápida evolução e apresentam rácios positivos de crescimento como a pesca e produtos do mar, a indústria naval, a indústria têxtil, a indústria da madeira, a produção automóvel, a energia elétrica, a logística, as TIC, as energias renováveis e a biotecnologia. Hoje os pólos económicos da Galiza são as províncias da Corunha e de Vigo, a primeira com maior dinamismo do que a segunda. Como terceira área económica surge Santiago de Compostela. Nos setores acima referidos podem destacar-se algumas multinacionais galegas que conseguiram posicionar-se internacionalmente (Inditex, Pescanova, Adolfo Domínguez, Viza Automoción, Rodman Polyships na construção naval etc.). Podem encontrar-se também algumas empresas estrangeiras que elegeram a Galiza como localização dos seus investimentos (PSA-Citroën, Alcoa Inespal, Bosch, etc.). A Galiza ocupa uma posição marítima relevante; conta com 127 portos, sendo os mais importantes os de Ferrol, da Coruña e de Vigo, situados nas principais rotas de transporte marítimo internacional. Devemos destacar também a Zona Franca de Vigo, a única no noroeste da península. 12 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) A Galiza conta com mais de 100 parques industriais, comerciais e de serviços distribuídos pelas quatro províncias galegas, com uma superfície que supera os 47 milhões de m². La Rioja É a segunda Comunidade Autónoma mais pequena de Espanha e a que tem menos habitantes. É eminentemente rural, com a cultura vinícola a ocupar metade do setor agrário. O peso do setor industrial é de cerca de 25% do total do VAB da região, destacando-se o ramo da alimentação e bebidas, principalmente a produção de vinho. A região conta também com uma importante indústria de metais, borracha e calçado. La Rioja possui ainda um elevado número de empresas de extração e transformação de recursos minerais importantes, relevando-se a extração de inertes, como a areia e o cascalho, seguida da extração de argila e produção de gesso para cerâmica estrutural e decorativa. Esta região sempre se situou na “gama alta” das Comunidades Autónomas, com níveis de rendimento per capita superiores à média nacional espanhola, que atualmente supera também a média da União Europeia. Madrid O principal centro financeiro e empresarial do país, onde se encontram localizadas muitas das multinacionais estrangeiras (mais de 5 000), constituindo um dos importantes destinos europeus para a realização de projetos de investimento de empresas estrangeiras. Madrid é um dos principais centros logísticos de Espanha e do sul da Europa. A economia desta Comunidade caracteriza-se pelo domínio do setor dos serviços que representa cerca de 75% do VAB. Dentro dos serviços destacam-se, como mais importantes, os serviços a empresas, os transportes e comunicações, os serviços imobiliários e os serviços financeiros. Na indústria, domina a gráfica, a energética, a química, e a produção relacionada com os transportes e com a eletrónica. O turismo é uma atividade especialmente importante ocupando uma boa parte da população, que se estende para além da hotelaria, abrangendo o comércio, os transportes e a indústria do lazer, entre outras. Os setores considerados prioritários para a captação de investimento pela Comunidade de Madrid são: os serviços relacionados com os centros partilhados, os centros de decisão, as ciências da saúde, os centros de I&D, a logística, as TIC, o aeroespacial, os serviços para as empresas e serviços financeiros. É importante realçar a forte presença nesta Comunidade Autónoma dos subsetores aeroespacial e das energias renováveis. No primeiro caso conta-se tanto com centros e empresas internacionais como com companhias espanholas (EADS-CASA, Airbus, Deimos, Indra Espacio, ITP, Thales Alenia Space, Grupo Tecnobit, Aries Complex, GMV, Iberia Mantenimiento, INSA, CESA, Sene, etc.). No caso das energias renováveis, Madrid é a região de Espanha que concentra o maior número de empresas internacionais no setor, como: Suntech Power, Petratherm, Sun Power, Yingli, Solar Reserve, Vestas, Suzlon, Solar World, Conergy, First Solar, Wagner Solar, Viessmann, Solfocus, RWE, etc. 13 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Múrcia Nesta Comunidade, os serviços representam mais de 60% do VAB regional e do emprego, tendo este setor nos últimos anos registado uma notável expansão. No entanto, a agricultura continua a ter importância na região, principalmente a intensiva de irrigação, ligada à indústria alimentar que é a que concentra a maior parte da produção e do emprego industrial na Comunidade. Esta região é uma das mais importantes produtoras de energia de Espanha, graças ao pólo energético de Cartagena. Depois do início da crise financeira internacional, assistiu-se a uma “correção” na participação da construção, como consequência da maior recessão neste setor, provocada pelo fim da expansão imobiliária em Espanha. Navarra Apesar de ter uma incidência económica relativamente pequena, o setor primário tem, em Navarra, um importante valor sociológico e fornece matéria-prima de qualidade ao setor agroindustrial. É importante referir que existem várias Denominações de Origem Controlada na região, nomeadamente em queijos, vinhos e pimentos. A estrutura económica de Navarra diferencia-se da média espanhola pela destacada relevância do setor industrial. Caracterizados pelo elevado nível tecnológico e notável capacidade exportadora, destacam-se os seguintes subsetores: automóvel, maquinaria e equipamento elétrico, indústria agroalimentar e energias renováveis. A Volkswagen Navarra S.A. e a BSH Eletrodomésticos España S.A. são dois exemplos de importantes empresas dos setores referidos que existem na região. Navarra conta com 14 Centros Tecnológicos em funcionamento que aplicam a sua investigação em diversos âmbitos, como as energias renováveis, o automóvel, a nanotecnologia, a medicina, os novos materiais, o agroalimentar, etc. País Basco O País Basco caracteriza-se pelo relevante peso do setor industrial, sendo os subsetores de maior relevo desta Comunidade o siderúrgico, a produção de bens de equipamento e energia. A indústria concentra-se em Vizcaya onde predominam as indústrias sidero-metalúrgica, naval e química. Em Guipúzcoa prevalecem a transformação de metais e as indústrias do papel, têxtil, metalurgia de base, alimentar e mobiliário. Em Vitoria-Gasteiz, a indústria é orientada para a produção e transformação de metais, da borracha, de produtos alimentares e de componentes para a indústria automóvel. Há diversos clusters sectoriais que ocupam um lugar de relevo entre as atividades industriais desta Comunidade Autónoma: automóvel (ACICAE); ambiente (ACLIMA); máquina ferramenta (AFM); energia (Cluster Energia); papel (Cluster Papel); audiovisual (Eiken – Cluster Audiovisual); marítimo (FORO Marítimo Vasco); eletrónica, tecnologia de informação e de telecomunicações (GAIA); aeronáutico e aeroespacial (HEGAN – Cluster Aeronáutico). 14 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 2. Comércio Externo De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, no ano 2013 as exportações espanholas de bens aumentaram 5,2%, atingindo 234 239,8 milhões de euros. O défice da balança comercial de bens (-15 955,4 milhões de euros) diminuiu 48,1% relativamente ao ano anterior e a taxa de cobertura aumentou para 93,6% (87,9% em 2012). As importações espanholas caíram 1,3% em relação ao ano anterior, alcançando os 250 195,2 milhões de euros. Em 2013, a UE continua a ser o principal destino das vendas espanholas, apesar da tendência crescente de diversificação dos mercados de exportação. A UE e a zona euro representam 62,6% e 49% do total, respetivamente, sendo que as vendas dirigidas à UE aumentaram 4,7% e as destinadas à zona euro 4,1%. No âmbito da UE, as exportações espanholas para o seu principal mercado, França, registaram um crescimento de 4,3%, e para a Alemanha (2º maior cliente) aumentaram 1,2%. As vendas para terceiros mercados cresceram 6,1% face ao ano anterior e representaram 37,4% do total. A maior contribuição para o crescimento global das exportações espanholas veio de Portugal (contribuiu com 1 ponto percentual para o crescimento de 5,2 pontos registado pelas exportações, associado em especial ao sector automóvel), seguido do Reino Unido (0,9 pontos) e da França (0,7 pontos). No que se refere às importações, as compras espanholas à UE (51,5% do total) aumentaram 1,3% face ao ano 2012, o mesmo se verificando em relação às compras a países da Zona Euro (41,5% do total), que aumentaram 1,2%. Entre os principais fornecedores comunitários aumentaram de forma significativa as importações provenientes de Portugal (+12,9%). As compras aos principais fornecedores espanhóis, Alemanha e França, registaram aumentos de 2,4% e 2,5%, respetivamente. No ranking de clientes, Portugal, com uma quota de 7,5%, foi o 3º destino das vendas espanholas, ultrapassando a Itália. Como fornecedor, Portugal mantém a 8ª posição face ao ano anterior, com uma quota de 3,9% sobre o total. 2.1 Principais Comunidades Autónomas Exportadoras Em 2013, a Catalunha representou 24,9% do total das exportações espanholas, registando as exportações desta Comunidade uma variação de 0,1% face ao ano anterior. Seguem-se, por ordem de importância, a Comunidade de Madrid (13% do total, +13,8% face a 2012), a Andaluzia (11,1% do total, +3,7%), a Comunidade Valenciana (10,1% do total, +13,4%) o País Basco (8,8% do total, +1,2%) e a Galiza (7,9% do total, +11,7%). 2.2 Principais Comunidades Autónomas Importadoras No que se refere à importação, é de destacar que as Comunidades de Madrid e da Catalunha concentram quase metade das compras espanholas ao exterior, alcançando a Catalunha 26,6% do total 15 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) e Madrid 18,9%. As compras da Catalunha no exterior registaram uma quebra de 3% em 2013, assim como as da Comunidade de Madrid (-3,4%), da Andaluzia (-2,2%) e da Galiza (-3,2%). É de ressaltar também a variação positiva das compras ao exterior da Comunidade Valenciana (8,6%). A Catalunha importa fundamentalmente produtos químicos, combustíveis, componentes e acessórios para o setor automóvel e vestuário. Relativamente às importações madrilenas destacam-se principalmente os produtos químicos, os produtos eletrónicos, os componentes e acessórios para o setor automóvel e os combustíveis. 2.3 Trocas Comerciais com Portugal Segundo o Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, no ano 2013, as exportações espanholas para Portugal (17 485,6 milhões de euros) registaram um acréscimo de 14,6% e as importações de Espanha com origem em Portugal (9 814,3 milhões de euros) subiram 12,9% em relação ao ano anterior. É de assinalar que, do incremento total de 1 121 milhões de euros observado nas importações espanholas de Portugal, 715 milhões (cerca de 64%) se deveram a compras de produtos energéticos, fundamentalmente petróleo e derivados. Os produtos energéticos representaram cerca de 11% do total das importações espanholas de Portugal em 2013, tendo crescido quase 200% relativamente ao ano anterior. Conforme referido anteriormente, no ranking de clientes, Portugal, com uma quota de 7,5%, foi o 3º destino das vendas espanholas, ultrapassando a Itália. Como fornecedor, Portugal mantém a 8ª posição face ao ano anterior, com uma quota de 3,9% sobre o total. Balança Comercial Espanha – Portugal Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones 16 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) No que se refere às compras de Espanha a Portugal em 2013, os principais grupos de produtos foram: Produtos Químicos (10,5%), Combustíveis e Lubrificantes, (9,9%), Equipamento, Componentes e Acessórios Automóvel (8,6%), Vestuário (7,8%) e Produtos Siderúrgicos (5,6%). Compras de Espanha a Portugal (2013) Setor 1 Industria Química (Produtos Químicos) 2 Valor % 1 031 10,5% Combustíveis e Lubrificantes 972 9,9% 3 Equipamento, Componentes e Acessórios Automóvel 847 8,6% 4 Vestuário 766 7,8% 5 Produtos Siderúrgicos 548 5,6% 6 Produtos sem elaboração não especificados 455 4,6% 7 Embalagens 450 4,6% 8 Tabaco 364 3,7% 9 Produtos semitransformados de Madeira e Papel 273 2,8% 10 Mobiliário 254 2,6% 9 814 100,0% Total Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones Vendas de Espanha a Portugal (2013) Setor Valor % 1 Industria Química (Produtos Químicos) 2 002 11,4% 2 Equipamento, Componentes e Acessórios Automóvel 1 352 7,7% 3 Combustíveis e Lubrificantes 880 5,0% 4 Produtos Siderúrgicos 851 4,9% 5 Vestuário 816 4,7% 6 Veículos de Transporte 641 3,7% 7 Carnes Frescas e Congeladas 568 3,3% 8 Produtos semitransformados de Madeira e Papel 550 3,1% 9 Produtos semitransformados Metálicos não Ferrosos 496 2,8% 450 2,6% 17 486 100,0% 10 Produtos Eletrónicos e Informática Total Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones 17 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 2.3.1 Trocas Comerciais das Comunidades Autónomas com Portugal Ao nível das Comunidades Autónomas espanholas, em 2013, os principais clientes foram a Catalunha (18,6% do total), Galiza (17,9%), Madrid (15,5%) e a Comunidade Valenciana (10,5%). É de realçar o relevante aumento das compras ao nosso país da Catalunha (+25%), que passa a ser o nosso primeiro cliente em 2013 (com 1 829 milhões de euros); e também da Comunidade Valenciana (+45%), o nosso 4º cliente (com 1 028 milhões de euros). Estes aumentos são resultado principalmente do facto de nestas comunidades estarem situados os principais portos de acesso para produtos energéticos que, em 2013, representaram cerca de 11% do total das importações espanholas de Portugal, tendo crescido quase 200% relativamente ao ano anterior, conforme referido anteriormente. Comunidades Autónomas - Ranking Clientes de Portugal (2013) Comunidades Autónomas – Ranking Fornecedores de Portugal (2013) Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones 18 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Trocas Comerciais das Comunidades Autónomas com Portugal (2013) 2013 Vendas Andaluzia Variação 2013/12 (%) Compras Saldo Vendas Compras 1 977 869 1 108 11,9% 4,5% Aragão 532 316 216 12,6% -8,5% Astúrias 239 245 -6 -0,2% 147,1% Baleares 22 56 -34 -39,9% 7,4% Canarias 9 53 -44 12,1% -33,2% 170 52 118 6,9% 12,5% Castela e Leão 1 004 538 465 14,6% -3,6% Castela-La Mancha 1 413 327 1 086 83,0% -3,8% Catalunha 3 631 1 829 1 802 9,4% 25,0% Comunidade Valenciana 935 1 028 -92 5,4% 45,1% Extremadura 503 456 48 19,9% 48,4% Galiza 2 395 1 759 636 10,8% 5,5% Madrid 3 028 1 524 1 504 19,8% 5,1% Múrcia 307 128 179 -5,7% -0,7% Navarra 277 224 53 3,4% 0,5% País Basco 914 318 596 2,0% -2,0% Rioja (La) 128 82 46 11,0% 22,7% 17 486 9 814 7 671 14,6% 12,9% Cantábria Total Espanha Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones Unidade: Milhões de euros Conforme referido, em 2013, a Catalunha foi a Comunidade espanhola que mais comprou a Portugal. Portugal é 10º fornecedor desta comunidade com uma quota de 2,7% sobre o total, e o 4º cliente (quota de 6,2%), tendo as compras desta Comunidade a Portugal registado um acréscimo de 25% face a 2012, devido à aquisição de produtos energéticos fundamentalmente. No caso da Galiza, o nosso segundo cliente em 2013, Portugal é o 2º fornecedor e 2º cliente, com quotas de 12,3% e 13%, respetivamente. Quanto ao nosso terceiro cliente, a Comunidade de Madrid, Portugal ocupa a 8ª posição como fornecedor, com uma quota de 3,2% sobre o total, e a 2ª posição como cliente (quota de 9,9%). Por seu lado, os principais fornecedores de Portugal, foram as Comunidades da Catalunha (20,8% do total), Madrid (17,3%), Galiza (13,7%) e Andaluzia (11,3%). 19 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Trocas comerciais com Portugal dos principais clientes: Catalunha, Galiza e Madrid Trocas comerciais da Catalunha com Portugal (2013) Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones Unidade: Milhões de euros Em 2013, as compras da Catalunha a Portugal registaram um aumento de 25% e as vendas de 9,4%. A taxa de cobertura desta região passou de 227% em 2012 para 199% em 2013. Compras da Catalunha a Portugal Setor Valor % 1 Industria Química (Produtos Químicos) 336 18,4% 2 Vestuário 235 12,8% 3 Combustíveis e Lubrificantes 200 10,9% 4 Veículos de Transporte 107 5,9% 5 Matérias Têxteis 71 3,9% 1 829 100,0% Total Vendas da Catalunha a Portugal Setor Valor % 1 Industria Química (Produtos Químicos) 837 23,0% 2 Vestuário 193 5,3% 3 Veículos de Transporte 188 5,2% 4 Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel 154 4,2% 5 Maquinaria e Material Elétrico 143 3,9% 3 631 100,0% Total Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones 20 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Trocas comerciais da Galiza com Portugal Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones Unidade: Milhões de euros Em 2013, as compras da Galiza a Portugal registaram um acréscimo de 5,5% e as vendas de 10,8%. A taxa de cobertura desta região passou de 130% em 2012 para 136% em 2013. Compras da Galiza a Portugal Setor Valor % 1 Vestuário 405 23,0% 2 Produtos Siderúrgicos 227 12,9% 3 Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel 169 9,6% 4 Peixe, Moluscos e Crustáceos Frescos e Congelados 126 7,1% 5 Produtos sem elaboração 90 5,1% 1 759 100% Total Vendas da Galiza a Portugal Setor Valor % 1 Vestuário 321 13,4% 2 Peixe, Moluscos e Crustáceos Frescos e Congelados 250 10,5% 3 Combustíveis e Lubrificantes 173 7,2% 4 Produtos sem elaboração 161 6,7% 5 Produtos Siderúrgicos 142 5,9% 2 395 100% Total Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones 21 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Trocas comerciais de Madrid com Portugal Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones Em 2013, as compras da Comunidade de Madrid a Portugal registaram um acréscimo de 5,1% e as vendas de 19,8%. A taxa de cobertura desta região passou de 174% em 2012 para 199% em 2013. Compras de Madrid a Portugal Setor Valor % 1 Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel 183 12,0% 2 Tabaco 167 10,9% 3 Industria Química (Produtos Químicos) 147 9,7% 4 Energia 96 6,3% 5 Vestuário 89 5,8% 1 524 100,0% Total Vendas de Madrid a Portugal Setor Valor % 1 Industria Química (Produtos Químicos) 232 7,7% 2 Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel 224 7,4% 3 Energia 178 5,9% 4 Produtos eletrónicos e Informática 161 5,3% 5 Perfumaria e Cosmética 150 5,0% 3 028 100,0% Total Unidade: Milhões de euros Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones 22 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 3. Investimento 3.1. Fluxos de investimento por Comunidades Autónomas Segundo os dados do Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, em 2013, o investimento 1 bruto estrangeiro em Espanha atingiu cerca de 19 485 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 0,7% face ao ano anterior. Por sua parte, o investimento líquido passou de um saldo negativo de 3 090 milhões de euros no ano 2012 para um saldo positivo de cerca de 15 400 milhões de euros em 2013. Este resultado positivo deve-se sobretudo à mais favorável evolução dos fluxos de desinvestimento, que passaram de uma saída de capital de 22 720 milhões de euros em 2012 para 4 085 milhões de euros em 2013. O investimento considerado produtivo (aquele não realizado através de holdings ou ETVE) aumentou 8,8% face ao ano anterior, representando mais de 80% do total do investimento bruto - ou seja mais de 15 800 milhões de euros - dos quais 80% foi dirigido a operações “green field”, através de novas constituições de empresas ou aumentos de capital. Como vem sendo habitual, os principais investidores em Espanha foram o Luxemburgo e os Países Baixos, como plataformas de trânsito do capital estrangeiro, representando em conjunto mais de 45% do total. Por comunidades autónomas, os principais destinos do investimento bruto estrangeiro foram Madrid e a Catalunha, que concentraram, respetivamente, cerca de 55% e 22% do total dos fluxos de investimento bruto, correspondendo às sedes sociais das principais empresas espanholas e estrangeiras. De acordo com a mesma fonte, em 2013 o investimento espanhol no estrangeiro ascendeu a cerca de 21 900 milhões de euros em termos brutos, e a 15 780 milhões de euros líquidos. Estes valores representam um acréscimo de 13% em termos brutos e de mais de 220% em termos líquidos À semelhança do verificado nos fluxos de investimento estrangeiro em Espanha, Madrid representa mais de 68% do investimento produtivo espanhol no estrangeiro. 1 Critérios “Pais Ultimo”, “Operaciones ETVE y no ETVE”. 23 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) 3.2 Investimento de Portugal em Espanha por Comunidades Autónomas No que respeita ao investimento direto bruto de Portugal em Espanha, de acordo com os dados do Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, em 2013 atingiu apenas 40 milhões de euros em termos brutos, 0,2% do total, o que representa um decréscimo de 68% face ao ano anterior. A Comunidade de Madrid foi a principal receptora deste fluxo de investimento (77% do total), seguida da Catalunha (18,7%), da Galiza (2,4%) e da Comunidade Valenciana (0,8%). Quanto à distribuição setorial destacam as seguintes atividades: armazenagem e atividades relacionadas com o transporte (26%), produção de veículos de motor (21%), atividades artísticas e espetáculos (16%) e fornecimento de energia elétrica, gás, vapor e ar (9%). De acordo com os dados disponíveis (Maio 2014), existem cerca de 400 empresas espanholas com capitais portugueses, das quais cerca de 70% estão sedeadas em três Comunidades Autónomas: Madrid (169 empresas), Catalunha (49 empresas) e Galiza (45 empresas). 3.3 Investimento de Espanha em Portugal por Comunidades Autónomas De acordo com os dados de entidades espanholas, em 2013 o investimento de Espanha em Portugal atingiu cerca de 79 milhões de euros, em termos brutos, o que representa uma quebra de mais de 75%, face ao ano anterior. O investimento líquido foi de 3 milhões de euros. As principais Comunidades Autónomas investidoras em Portugal foram o Pais Basco com 63,3% do total, Madrid (15,9%), a Galiza (8,6%) e a Catalunha (6,2%). Os serviços financeiros, exceto seguros e fundos de pensões, concentraram 63% do total do investimento espanhol em Portugal. 4. Endereços úteis Endereços de Internet: Andaluzia www.juntadeandalucia.es Junta da Andaluzia www.agenciaidea.es Agência de Inovação e Desenvolvimento da Andaluzia – IDEA www.extenda.es Agência da Andaluzia para Promoção Externa www.aragon.es Governo Autonómico de Aragão www.iaf.es Instituto Aragonês de Fomento – IAF www.aragonexterior.es Aragón Exterior Aragão 24 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Astúrias www.asturias.es Principado das Astúrias www.idepa.es Instituto de Desenvolvimento Económico do Principado das Astúrias – IDEPA Baleares www.caib.es Governo Autonómico das Ilhas Baleares www.idi.es Instituto de Inovação Empresarial das Ilhas Baleares www.investinbalearics.com Invest in Balearics Canárias www.gobcan.es Governo Autonómico das Ilhas Canárias www.proexca.es Sociedade Canária de Fomento Económico Cantábria www.cantabria.es Governo Autonómico da Cantábria www.sodercan.com Sociedade para o Desenvolvimento Regional da Cantábria Castilla-La Mancha www.castillalamancha.es Governo Autonómico de Castilla La Mancha www.ipex.jccm.es Instituto de Promoção Externa – IPEX Castela e Leão www.jcyl.es Governo Autonómico da Junta de Castela e Leão www.ade.jcyl.es Portal de Empresa de Castella y Léon www.invertirencastillayleon.com Agência de Investimentos e Serviços de Castela e Leão – ADE Catalunha www.gencat.cat Generalitat de Catalunya - Governo da Catalunha accio.gencat.cat/cat ACC1Ó (Integração do COPCA Consorcio de Promoción Comercial de Cataluña e do CIDEM Centro de Inovação e Desenvolvimento Empresarial) Comunidade Valenciana www.gva.es Generalitat Valenciana www.ivex.es Instituto Valenciano de Exportação – IVEX Extremadura www.gobex.es Governo da Extremadura www.extremaduraavante.es Extremadura Avante www.xunta.es Xunta de Galicia www.igape.es Instituto Galego de Promoção Económica - IGAPE Galiza 25 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) La Rioja www.larioja.org Governo Autonómico de La Rioja www.ader.es Agência de Desenvolvimento Económico de la Rioja - ADER www.madrid.org Comunidade de Madrid www.madrid.es Ayuntamiento de Madrid www.investinmadrid.com Cámara Oficial de Comercio e Industria / Comunidade de Madrid www.madridemprende.com Madrid Emprende www.carm.es Comunidade Autónoma da Região de Múrcia Madrid Múrcia www.institutofomentomurcia.es Instituto de Fomento da Região de Múrcia Navarra www.navarra.es Comunidade Foral de Navarra www.sodena.com Sociedade de Desenvolvimento de Navarra - SODENA País Basco www.euskadi.net Governo do País Basco www.spri.es Sociedade para a Promoção e Reconversão Industrial SPRI 26 aicep Portugal Global Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014) Contactos Úteis: aicep Portugal Global Rua Júlio Dinis, nº 748, 8º e 9º Dto 4050-012 Porto – Portugal Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Oficina Económica y Comercial de la Embajada de Portugal Calle Lagasca, 88 - 4º 28001 Madrid – España Tel.: (+34) 917 617 200 | Fax: (+34) 915 711 424 E-mail: [email protected] aicep Portugal Global Inversiones y Comércio de Portugal Calle Bruc, 50 - 4º, 3ª 08010 Barcelona – España Tel.: (+34) 933 014 416 | Fax: (+34) 933 185 068 E-mail: [email protected] 27 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 979,87 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120