As comunidades autónomas

Transcrição

As comunidades autónomas
Mercados
informação global
Espanha
As Comunidades Autónomas
Julho 2014
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Índice
Introdução
3
1. Economia Regional
5
1.1 População e taxa de desemprego
5
1.2 Distribuição do PIB por Comunidade Autónoma
5
1.3 Evolução do PIB
6
1.4 PIB per capita
7
1.5 Breve caracterização económica
8
2. Comércio Externo
15
2.1 Principais Comunidades Autónomas Exportadoras
15
2.2 Principais Comunidades Autónomas Importadoras
15
2.3 Trocas Comerciais com Portugal
16
2.3.1 Trocas Comerciais das Comunidades Autónomas com Portugal
18
3. Investimento
3.1 Fluxos de investimento por Comunidades Autónomas
23
3.2 Investimento de Portugal em Espanha por Comunidades Autónomas
24
3.3 Investimento de Espanha em Portugal por Comunidades Autónomas
24
4. Endereços úteis
24
Nota prévia: sempre que no documento se menciona “exportação” e “importação” estamos a referir-nos a “expedições” e
“chegadas”, atendendo a que se trata de comércio intracomunitário.
2
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Introdução
O Reino de Espanha é constituído por 17 Comunidades Autónomas e duas cidades autónomas (Ceuta e
Melilla no Norte de África), com diferentes graus de autonomia. A Constituição espanhola estabelece a
descentralização do poder central para as regiões, situação que tem um impacto significativo a nível
político e administrativo no país. Espanha é um dos Estados mais descentralizados da Europa.
Cada Comunidade está dividida em Províncias (50 no total) formadas por grupos de Municípios, cada um
com o seu Conselho Municipal, Comarcas e ainda numerosas entidades locais (cerca de 15 000).
Estas 17 Comunidades são bastante diferentes em diversas perspetivas: história, cultura, língua e
condições económicas.
Comunidade autónoma
Província
Andaluzia
Almería, Cádiz, Córdoba, Granada, Huelva, Jaén, Málaga, Sevilha
Aragão
Huesca, Teruel, Zaragoza
Canárias
Las Palmas de Gran Canaria, Santa Cruz de Tenerife
Cantábria
Cantábria
Castela e Leão
Ávila, Burgos, León, Palencia, Salamanca, Segovia, Soria, Valladolid,
Zamora.
Castilla-La Mancha
Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Guadalajara, Toledo
Catalunha
Barcelona, Gerona, Lérida, Tarragona
Comunidade de Madrid
Madrid
Comunidade Foral de Navarra
Navarra
Comunidade Valenciana
Alicante, Castellón, Valencia
Extremadura
Badajoz, Cáceres
Galiza
La Coruña, Lugo, Orense, Pontevedra
Ilhas Baleares
Ilhas Baleares
La Rioja
La Rioja
País Basco
Álava, Guipúzcoa, Vizcaya
Principado de Astúrias
Astúrias
Região de Múrcia
Múrcia
Total de 17 comunidades
Total de 50 Províncias
3
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Mapa
CANTABRIA
PAÍS VASCO
ASTURIAS
NAVARRA
GALICIA
LA RIOJA
CASTILLA
LEÓN
CATALUÑA
ARAGÓN
ISLAS
BALEARES
MADRID
EXTREMADURA
COMUNIDAD
VALENCIANA
CASTILLA LA
MANCHA
MURCIA
ANDALUCÍA
ISLAS CANARIAS
Principais Indicadores Económicos
2013
2013
2013
2013
2011 (*)
2013
População
PIB p.m.
pç.corr.
PIB p/c
pç.corr.
Taxa Cresc.
PIB
PIB em
PPC
Taxa
Desempr.
Milhões
Pessoas
Milhões
Euros
Euros
%
UE 28=100
%
Andalucía
8,4
138 301
16 666
-1,5%
73
36,3
Aragón
1,3
32 258
24 732
-1,2%
108
20,6
Asturias
1,1
21 421
20 591
-2,1%
91
22,3
Baleares
1,1
26 061
23 446
-0,4%
101
22,9
Canarias
2,1
40 299
18 873
-0,4%
82
33,2
Cantabria
0,6
12 385
21 550
-1,9%
94
20,1
Castilla y León
2,5
53 479
21 879
-2,1%
95
22,0
Castilla-La Mancha
2,1
35 989
17 780
-1,1%
77
29,2
Cataluña
7,5
192 545
26 666
-0,8%
113
22,3
Com.Valenciana
5,0
97 333
19 502
-0,8%
85
27,9
Extremadura
1,1
16 200
15 026
-1,4%
67
32,3
Galicia
2,8
55 204
20 399
-1,0%
87
22,0
La Rioja
0,3
7 765
25 277
-1,8%
109
20,1
Madrid
6,4
183 292
28 915
-1,2%
126
21,0
Murcia
1,5
26 350
17 901
-1,7%
79
29,0
Navarra
0,6
17 557
28 358
-1,5%
124
16,8
País Vasco
2,2
62 780
29 959
-1,9%
130
15,8
46,7
1 022 988
22 279
-1,2%
96
26,0
10,4
165 690
19 400
-1,4%
77
16,2
Espanha
Portugal
Fontes:
Espanha: INE Espanha; Portugal: INE; Banco de Portugal, EIU.
(*) Eurostat: último ano disponível, data de publicação 27.02.2014
4
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
1. Economia Regional
1.1 População e Taxa de Desemprego
Em 2013 a população de Espanha atingiu cerca de 46,7 milhões de habitantes. A Comunidade mais
povoada é a Andaluzia, com 8,4 milhões de habitantes, seguida pela Catalunha (7,5 milhões), por Madrid
(6,4 milhões) e pela Comunidade Valenciana (5 milhões).
Relativamente à taxa de desemprego, de acordo com o INE espanhol, o número total de
desempregados em Espanha, no final de 2013, era de cerca de 5,9 milhões de pessoas. A taxa de
desemprego atingiu 26% da população ativa.
Apenas as Comunidades de Navarra e o País Basco registaram uma taxa de desemprego inferior a 20%
da população ativa. As taxas de desemprego mais elevadas verificaram-se na Andaluzia (36,3%), nas
Ilhas Canárias (33,2%) e na Extremadura (32,3%).
Taxa de desemprego 2013
(Espanha = 26 %)
> 30
30 < 25
25 - < 20
< 20
Fonte:
INE-Instituto Nacional de Estadística
1.2 Distribuição do PIB por Comunidade Autónoma
Em 2013, a Catalunha foi, em termos absolutos, a Comunidade que mais contribuiu para o PIB nacional,
com cerca de 19% do total. Seguiram-se as Comunidades de Madrid (17,9%), da Andaluzia (13,5%),
destacando-se, também, a Comunidade Valenciana (9,5%). Estas quatro comunidades representaram
cerca de 60% do PIB espanhol em 2013.
O peso relativo de cada Comunidade Autónoma, no conjunto da economia espanhola, não sofreu
grandes alterações nos últimos dez anos.
5
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
1.3 Evolução do PIB
Segundo os dados oficiais publicados pelo INE espanhol, a economia espanhola registou em 2013 uma
contração de 1,2%. De acordo com a primeira estimativa sobre o crescimento do PIB por Comunidades
Autónomas em 2013, observamos que as regiões que tiveram uma recessão mais acentuada foram as
Astúrias e Castilla León (-2,1%), e a Cantábria e o País Basco (-1,9%).
As Ilhas Canárias e as Baleares são as economias regionais que em 2013 verificaram uma menor
quebra do PIB (-0,4%), seguindo-se a Comunidade Valenciana e a Catalunha (-0,8%). Outras duas
Comunidades também registaram valores abaixo da média nacional, nomeadamente a Galiza e Castilla
–La Mancha.
Taxa de crescimento do PIB (2013)
Taxa Crescimento PIB 2013
(Espanha = -1,2%)
> -1,8%
-1,8% < -1,2%
< -1,2%
Fonte:
INE-Instituto Nacional de Estadística - “Contabilidad Regional de España”
6
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
1.4 PIB per capita
Em 2013 o Produto Interno Bruto médio per capita espanhol atingiu 22 279 euros. No entanto, a situação
varia substancialmente consoante as Comunidades Autónomas. Assim, enquanto o Pais Basco
apresenta uma média de 29 959 euros por habitante, a Extremadura tem apenas 15 026 euros por
habitante. Com valores superiores à média espanhola encontramos sete Comunidades Autónomas,
nomeadamente o País Basco, Madrid, Navarra, Catalunha, La Rioja, Aragão, e as Baleares.
PIB per capita por Comunidades Autónomas (2013)
Fonte:
INE-Instituto Nacional de Estadística
Unidade:
Euros
Em termos relativos, o País Basco apresenta um PIB per capita 34% acima da média nacional, Madrid e
Navarra excederam este valor médio em 30% e 27%, respetivamente. Por outro lado, a Extremadura e a
Andaluzia registaram valores inferiores à média nacional (67% e 75%, respetivamente).
Índice do PIB per capita por Comunidades Autónomas (2013)
Fonte:
INE-Instituto Nacional de Estadística
7
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Pode observar-se que as regiões com um PIB por habitante superior à média nacional estão situadas no
centro e no nordeste do território espanhol.
Índice PIB per capita 2013
(Espanha = 100)
(España = 84)
CANTABRIA
ASTURIAS
GALICIA
< 90
90 < 100
100 < 115
>115
PAÍS VASCO
NAVARRA
CASTILLA LEÓN
MADRID
EXTREMADURA
CASTILLA
LA MANCHA
ANDALUCÍA
ISLAS CANARIAS
Fonte:
CATALUÑA
ARAGÓN
COMUNIDAD
VALENCIANA
ISLAS
BALEARES
MURCIA
INE-Instituto Nacional de Estadística
1.5 Breve caracterização económica
Andaluzia
A estrutura económica da Andaluzia caracteriza-se pelo grande peso do seu setor terciário. No entanto,
o setor agroindustrial alimentar é muito relevante para esta Comunidade Autónoma, especialmente o
azeite, as frutas e os legumes, representando grande parte das vendas andaluzas ao exterior. Exemplos
de importantes empresas deste sector são o Grupo Deoleo, Grupo Puleva, Heineken (Marca
CruzCampo) e Sovena.
A zona de Algeciras (Cádiz) acolhe numerosas indústrias dos sectores petroquímico e energético, e a
zona de Huelva é um relevante núcleo industrial de química de base. É de referir ainda que a Andaluzia
é a segunda região em Espanha no que se refere à indústria aeronáutica, destacando-se o grupo Airbus
e o cluster aeronáutico existente em Sevilha.
A Andaluzia conta com 11 parques tecnológicos, entre os quais se destacam o Parque Científico
Tecnológico de Cartuja /Sevilha) e o Parque Tecnológico de Andalucía, em Málaga.
Neste contexto, destacam-se seis setores estratégicos nesta região: aeronáutica, agroindustrial,
biotecnologia, energias renováveis, metalomecânico e TIC.
Aragão
A sua economia tradicionalmente assentou no setor primário, com predomínio do cultivo de produtos
alimentares. Nos últimos anos observou-se uma mudança, com a ascensão do setor industrial, dos
serviços, do comércio e do turismo.
8
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Os setores estratégicos da economia aragonesa são a indústria automóvel, a logística e os transportes.
Existem mais de 200 empresas estrangeiras com sede em Aragão, como a Opel (General Motors) que
tem uma fábrica em Saragoça, a Sabeco, a Esprinet Ibérica, a Schindler ou a Adidas España, entre
outras.
Os setores de oportunidade considerados por “Aragon Exterior” são: TIC, logística, aeronáutica,
automóvel, energias renováveis, indústrias agroalimentares e biotecnologia.
No que se refere às infraestruturas devemos referir a ligação da rede de alta velocidade a Barcelona e a
Madrid. É também importante destacar a Plataforma Logística de Saragoça (PLAZA), centro logístico
2
intermodal de transportes, com mais de 13 milhões de m , aberto a todo tipo de empresas que participem
em atividades relacionadas com o transporte e a logística.
Astúrias
A economia do Principado das Astúrias conta com um relevante setor industrial, assumindo especial
relevância a siderurgia, o alimentar, a construção naval, o armamento, a química e os equipamentos de
transporte. A importância do setor terciário tende a aumentar, sendo este facto um sintoma da
concentração da população nos centros urbanos e da importância que o turismo adquiriu na região.
Nos últimos anos, as Astúrias reduziram a sua dependência da indústria pesada e da agricultura, tendo
fomentado o investimento nos setores das tecnologias de informação e do turismo, assim como na
promoção das empresas com valor acrescentado nos setores do aço e carvão, pelos quais a região é
conhecida.
Ilhas Baleares
O fenómeno do turismo modificou o tipo de economia das Ilhas Baleares, sendo que cerca de 80% do
VAB tem origem no setor dos serviços. O setor industrial, que representa menos de 10% do VAB, é
basicamente composto por empresas das áreas da confeção e têxtil, calçado, complementos de moda,
bijutaria, e alimentos processados.
O transporte aéreo é a principal via de comunicação das Ilhas Baleares, mas a via marítima é também
muito importante, nomeadamente no que se refere ao transporte de mercadorias. Os principais portos
das Ilhas Baleares são os de Palma de Mallorca, Mahón, Ibiza e La Savina (Formentera), destinados ao
tráfego de passageiros e mercadorias.
Ilhas Canárias
A economia das ilhas Canárias é pouco diversificada, baseando-se no setor terciário (mais de 75% do
VAB regional), e fundamentalmente no turismo, atividade que sustenta esta comunidade. Este setor
estimulou o desenvolvimento da construção, outra área de relevo na economia local. A indústria
representa menos de 10% do VAB regional e incide na transformação agroalimentar, tabaco e refinaria
de petróleo (ilha de Tenerife). O setor comercial é forte devido às importantes infraestruturas marítimas,
dispondo as Canárias de uma ampla rede de portos comerciais, pesqueiros e desportivos.
9
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Estão a ser desenvolvidos planos com vista a aumentar o emprego e fomentar a economia, prevendo-se
uma aposta no desenvolvimento sustentável do setor da água (tanto em produção como em tratamento e
reutilização), conjugado com uma aposta no turismo (com reinvenção da oferta e captação de turistas de
mercados emergentes) e finalmente nas tecnologias do mar.
É importante frisar que as Ilhas Canárias têm, historicamente, um tratamento económico e fiscal
diferenciado do resto das Comunidades Autónomas espanholas. O Regime Económico e Fiscal das
Canárias (REF) contempla incentivos fiscais relativos à atividade empresarial, nomeadamente a Zona
Especial Canaria (ZEC).
Cantábria
Na estrutura industrial da Cantábria existem quatro setores que se destacam dos restantes. Em primeiro
lugar, o setor de componentes de automóvel ligado a uma competitiva indústria automóvel. Em segundo
lugar, o setor dos metais transformados, de ampla tradição na Cantábria, que integra numerosas
empresas metalúrgicas, sidero metalúrgicas e de transformados, constituindo um dos pilares da indústria
regional. Em terceiro lugar, o setor da indústria agroalimentar, vinculado aos recursos naturais da região,
é representado por indústrias lácteas e de conservas. Por último, outro setor relevante é o químico, no
qual se enquadram várias empresas multinacionais.
Castela e Leão
A participação do setor industrial na estrutura produtiva regional de Castela e Leão tem sido,
tradicionalmente, superior à média espanhola sendo uma atividade muito concentrada no setor do
automóvel e no agroalimentar.
No setor automóvel, esta região conta com várias fábricas, Renault (Valladolid e Palencia), Grupo Fiat
Iveco (Valladolid) e Nissan (Ávila), além de cerca de 150 empresas a montante ou a jusante destas,
espanholas e também multinacionais.
No que se refere ao setor agroalimentar são relevantes as indústrias das carnes, dos vinhos, dos
produtos de panificação e pastelaria, assim como dos lacticínios; quanto às principais empresas,
destacam-se a Campofrío, o Grupo Hélios, a Mondelez, a Nestlé e a Pascual. Quanto ao setor químicofarmacêutico podemos referir a presença de empresas como a GCK Glaxo Wellcome Smithkline e a
Nutreco (Nanta). É também relevante a atividade económica no âmbito da energia, nomeadamente na
energia eólica, hidráulica e na solar.
Ao nível de captação de investimento, o governo regional considera também prioritários os setores da
aeronáutica, biotecnologia, TIC, logística e segurança.
10
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Castilla-La Mancha
O setor primário teve um papel destacado na economia de Castilla-La Mancha até ter sido
progressivamente substituído pelo setor dos serviços, atual motor da economia da Comunidade. Entre as
exportações agrícolas, as mais numerosas são as de vinho.
Pela sua localização geográfica, numerosas mercadorias passam por Castilla-La Mancha, o que justifica
o desenvolvimento do setor logístico, que aliado aos competitivos custos de solo industrial torna esta
Comunidade uma região atrativa para este setor.
Esta Comunidade é uma das principais regiões espanholas na geração e produção de energias
renováveis. Relativamente ao setor aeronáutico, é de referir o Parque Aeronáutico e Logístico de
Albacete.
Catalunha
A Catalunha dispõe de uma estrutura sectorial muito diversificada de forte cariz industrial. Apesar de a
indústria têxtil ter sido tradicionalmente relevante na economia catalã, desenvolveram-se em paralelo
outros setores como o automóvel, os plásticos, os produtos químicos (grupo petroquímico de Tarragona),
o setor farmacêutico, a eletrónica avançada, a maquinaria e equipamentos mecânicos, a metalurgia e
produtos metálicos, o papel, o alimentar e bebidas. Como novas indústrias destacam-se a biotecnologia,
as energias renováveis e a reciclagem.
Os serviços a empresas, o comércio, a energia, os fornecedores de transporte, as telecomunicações e
os serviços financeiros são atividades que representam mais de 60% do VAB catalão. Entre as
atividades terciárias em crescimento estão incluídos os serviços de saúde e sociais, as TIC, os meios de
comunicação, os audiovisuais, a logística, o turismo e a educação.
A Catalunha é a Comunidade Autónoma espanhola com maior número de centros logísticos, com um
total de 17, destacando-se a Zona Franca Parc Logístic, a Zona d'Activitats Logístiques - ZAL e a
ProLogis, que cobrem mais de 300 hectares na zona de Barcelona. Dispõe também de uma extensa
rede de estradas e ferrovías, incluindo a rede de alta velocidade Barcelona - Madrid.
Comunidade Valenciana
Esta Comunidade Autónoma é a maior produtora de cerâmica em Espanha, representando mais de 80%
do total das exportações espanholas. O mesmo acontece com o calçado, setor em que esta Comunidade
representa cerca de 50% do total das exportações espanholas. A Comunidade Valenciana exporta
também produtos hortofrutícolas, em particular citrinos e destaca-se no setor da decoração de interiores
que comporta os subsetores do mobiliário, dos têxteis e da iluminação. Podemos destacar ainda a
presença de multinacionais como a Ford, UBE Chemical, LG Electronics ou a BP.
Pela sua localização geográfica privilegiada e por possuir 5 portos, destacando-se o Porto de Valência,
com grande importância no Mediterrâneo principalmente em tráfico comercial, e 2 aeroportos
11
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
internacionais, esta região é uma importante plataforma logística, muito relevante ao nível das trocas
mediterrânicas.
Em expansão estão os setores da biotecnologia, moda, audiovisual e energias renováveis.
Extremadura
A economia da Extremadura caracteriza-se pela grande importância do setor dos serviços que substituiu,
nas últimas décadas, o setor primário que outrora tivera o maior peso nesta Comunidade. Esta evolução
entende-se, entre outras razões, pela especialização dos agricultores na mecanização do campo, e pela
evolução do setor turístico, onde surgiram nos últimos anos uma grande quantidade de propriedades de
turismo rural.
O tecido empresarial é constituído sobretudo por pequenas e microempresas, sendo que apenas 1% das
empresas industriais desta Comunidade Autónoma possui um número de trabalhadores acima de
cinquenta. Os principais subsetores industriais são o energético, o agroindustrial, a cortiça e o têxtil.
Relativamente ao mercado externo pode dizer-se que as exportações do setor alimentar representam
quase metade do total das exportações da região. No geral, são as conservas de verduras e hortaliças, o
vinho, o tabaco, a cortiça e o azeite que constituem o grosso das exportações da Extremadura.
Galiza
Depois da entrada de Espanha na UE, esta Comunidade Autónoma sofreu uma forte transformação
passando de agrária e rural, a industrial e urbana, sem prejudicar o importante papel que continua a
desempenhar o setor da agricultura e da pesca nesta região. Atualmente, os setores mais importantes
desta Comunidade incluem, por um lado, os já enraizados na economia galega e que receberam grande
parte dos investimentos da região, e, por outro lado, os que têm tido uma rápida evolução e apresentam
rácios positivos de crescimento como a pesca e produtos do mar, a indústria naval, a indústria têxtil, a
indústria da madeira, a produção automóvel, a energia elétrica, a logística, as TIC, as energias
renováveis e a biotecnologia.
Hoje os pólos económicos da Galiza são as províncias da Corunha e de Vigo, a primeira com maior
dinamismo do que a segunda. Como terceira área económica surge Santiago de Compostela.
Nos setores acima referidos podem destacar-se algumas multinacionais galegas que conseguiram
posicionar-se internacionalmente (Inditex, Pescanova, Adolfo Domínguez, Viza Automoción, Rodman
Polyships na construção naval etc.). Podem encontrar-se também algumas empresas estrangeiras que
elegeram a Galiza como localização dos seus investimentos (PSA-Citroën, Alcoa Inespal, Bosch, etc.).
A Galiza ocupa uma posição marítima relevante; conta com 127 portos, sendo os mais importantes os de
Ferrol, da Coruña e de Vigo, situados nas principais rotas de transporte marítimo internacional. Devemos
destacar também a Zona Franca de Vigo, a única no noroeste da península.
12
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
A Galiza conta com mais de 100 parques industriais, comerciais e de serviços distribuídos pelas quatro
províncias galegas, com uma superfície que supera os 47 milhões de m².
La Rioja
É a segunda Comunidade Autónoma mais pequena de Espanha e a que tem menos habitantes. É
eminentemente rural, com a cultura vinícola a ocupar metade do setor agrário.
O peso do setor industrial é de cerca de 25% do total do VAB da região, destacando-se o ramo da
alimentação e bebidas, principalmente a produção de vinho. A região conta também com uma importante
indústria de metais, borracha e calçado. La Rioja possui ainda um elevado número de empresas de
extração e transformação de recursos minerais importantes, relevando-se a extração de inertes, como a
areia e o cascalho, seguida da extração de argila e produção de gesso para cerâmica estrutural e
decorativa.
Esta região sempre se situou na “gama alta” das Comunidades Autónomas, com níveis de rendimento
per capita superiores à média nacional espanhola, que atualmente supera também a média da União
Europeia.
Madrid
O principal centro financeiro e empresarial do país, onde se encontram localizadas muitas das
multinacionais estrangeiras (mais de 5 000), constituindo um dos importantes destinos europeus para a
realização de projetos de investimento de empresas estrangeiras. Madrid é um dos principais centros
logísticos de Espanha e do sul da Europa.
A economia desta Comunidade caracteriza-se pelo domínio do setor dos serviços que representa cerca
de 75% do VAB. Dentro dos serviços destacam-se, como mais importantes, os serviços a empresas, os
transportes e comunicações, os serviços imobiliários e os serviços financeiros. Na indústria, domina a
gráfica, a energética, a química, e a produção relacionada com os transportes e com a eletrónica. O
turismo é uma atividade especialmente importante ocupando uma boa parte da população, que se
estende para além da hotelaria, abrangendo o comércio, os transportes e a indústria do lazer, entre
outras.
Os setores considerados prioritários para a captação de investimento pela Comunidade de Madrid são:
os serviços relacionados com os centros partilhados, os centros de decisão, as ciências da saúde, os
centros de I&D, a logística, as TIC, o aeroespacial, os serviços para as empresas e serviços financeiros.
É importante realçar a forte presença nesta Comunidade Autónoma dos subsetores aeroespacial e das
energias renováveis. No primeiro caso conta-se tanto com centros e empresas internacionais como com
companhias espanholas (EADS-CASA, Airbus, Deimos, Indra Espacio, ITP, Thales Alenia Space, Grupo
Tecnobit, Aries Complex, GMV, Iberia Mantenimiento, INSA, CESA, Sene, etc.). No caso das energias
renováveis, Madrid é a região de Espanha que concentra o maior número de empresas internacionais no
setor, como: Suntech Power, Petratherm, Sun Power, Yingli, Solar Reserve, Vestas, Suzlon, Solar World,
Conergy, First Solar, Wagner Solar, Viessmann, Solfocus, RWE, etc.
13
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Múrcia
Nesta Comunidade, os serviços representam mais de 60% do VAB regional e do emprego, tendo este
setor nos últimos anos registado uma notável expansão. No entanto, a agricultura continua a ter
importância na região, principalmente a intensiva de irrigação, ligada à indústria alimentar que é a que
concentra a maior parte da produção e do emprego industrial na Comunidade. Esta região é uma das
mais importantes produtoras de energia de Espanha, graças ao pólo energético de Cartagena.
Depois do início da crise financeira internacional, assistiu-se a uma “correção” na participação da
construção, como consequência da maior recessão neste setor, provocada pelo fim da expansão
imobiliária em Espanha.
Navarra
Apesar de ter uma incidência económica relativamente pequena, o setor primário tem, em Navarra, um
importante valor sociológico e fornece matéria-prima de qualidade ao setor agroindustrial. É importante
referir que existem várias Denominações de Origem Controlada na região, nomeadamente em queijos,
vinhos e pimentos.
A estrutura económica de Navarra diferencia-se da média espanhola pela destacada relevância do setor
industrial. Caracterizados pelo elevado nível tecnológico e notável capacidade exportadora, destacam-se
os seguintes subsetores: automóvel, maquinaria e equipamento elétrico, indústria agroalimentar e
energias renováveis. A Volkswagen Navarra S.A. e a BSH Eletrodomésticos España S.A. são dois
exemplos de importantes empresas dos setores referidos que existem na região.
Navarra conta com 14 Centros Tecnológicos em funcionamento que aplicam a sua investigação em
diversos âmbitos, como as energias renováveis, o automóvel, a nanotecnologia, a medicina, os novos
materiais, o agroalimentar, etc.
País Basco
O País Basco caracteriza-se pelo relevante peso do setor industrial, sendo os subsetores de maior
relevo desta Comunidade o siderúrgico, a produção de bens de equipamento e energia. A indústria
concentra-se em Vizcaya onde predominam as indústrias sidero-metalúrgica, naval e química. Em
Guipúzcoa prevalecem a transformação de metais e as indústrias do papel, têxtil, metalurgia de base,
alimentar e mobiliário. Em Vitoria-Gasteiz, a indústria é orientada para a produção e transformação de
metais, da borracha, de produtos alimentares e de componentes para a indústria automóvel.
Há diversos clusters sectoriais que ocupam um lugar de relevo entre as atividades industriais desta
Comunidade Autónoma: automóvel (ACICAE); ambiente (ACLIMA); máquina ferramenta (AFM); energia
(Cluster Energia); papel (Cluster Papel); audiovisual (Eiken – Cluster Audiovisual); marítimo (FORO
Marítimo Vasco); eletrónica, tecnologia de informação e de telecomunicações (GAIA); aeronáutico e
aeroespacial (HEGAN – Cluster Aeronáutico).
14
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
2. Comércio Externo
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, no ano
2013 as exportações espanholas de bens aumentaram 5,2%, atingindo 234 239,8 milhões de euros. O
défice da balança comercial de bens (-15 955,4 milhões de euros) diminuiu 48,1% relativamente ao ano
anterior e a taxa de cobertura aumentou para 93,6% (87,9% em 2012). As importações espanholas
caíram 1,3% em relação ao ano anterior, alcançando os 250 195,2 milhões de euros.
Em 2013, a UE continua a ser o principal destino das vendas espanholas, apesar da tendência crescente
de diversificação dos mercados de exportação. A UE e a zona euro representam 62,6% e 49% do total,
respetivamente, sendo que as vendas dirigidas à UE aumentaram 4,7% e as destinadas à zona euro
4,1%. No âmbito da UE, as exportações espanholas para o seu principal mercado, França, registaram
um crescimento de 4,3%, e para a Alemanha (2º maior cliente) aumentaram 1,2%. As vendas para
terceiros mercados cresceram 6,1% face ao ano anterior e representaram 37,4% do total.
A maior contribuição para o crescimento global das exportações espanholas veio de Portugal (contribuiu
com 1 ponto percentual para o crescimento de 5,2 pontos registado pelas exportações, associado em
especial ao sector automóvel), seguido do Reino Unido (0,9 pontos) e da França (0,7 pontos).
No que se refere às importações, as compras espanholas à UE (51,5% do total) aumentaram 1,3% face
ao ano 2012, o mesmo se verificando em relação às compras a países da Zona Euro (41,5% do total),
que aumentaram 1,2%. Entre os principais fornecedores comunitários aumentaram de forma significativa
as importações provenientes de Portugal (+12,9%). As compras aos principais fornecedores espanhóis,
Alemanha e França, registaram aumentos de 2,4% e 2,5%, respetivamente.
No ranking de clientes, Portugal, com uma quota de 7,5%, foi o 3º destino das vendas espanholas,
ultrapassando a Itália. Como fornecedor, Portugal mantém a 8ª posição face ao ano anterior, com uma
quota de 3,9% sobre o total.
2.1 Principais Comunidades Autónomas Exportadoras
Em 2013, a Catalunha representou 24,9% do total das exportações espanholas, registando as
exportações desta Comunidade uma variação de 0,1% face ao ano anterior. Seguem-se, por ordem de
importância, a Comunidade de Madrid (13% do total, +13,8% face a 2012), a Andaluzia (11,1% do total,
+3,7%), a Comunidade Valenciana (10,1% do total, +13,4%) o País Basco (8,8% do total, +1,2%) e a
Galiza (7,9% do total, +11,7%).
2.2 Principais Comunidades Autónomas Importadoras
No que se refere à importação, é de destacar que as Comunidades de Madrid e da Catalunha
concentram quase metade das compras espanholas ao exterior, alcançando a Catalunha 26,6% do total
15
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
e Madrid 18,9%. As compras da Catalunha no exterior registaram uma quebra de 3% em 2013, assim
como as da Comunidade de Madrid (-3,4%), da Andaluzia (-2,2%) e da Galiza (-3,2%). É de ressaltar
também a variação positiva das compras ao exterior da Comunidade Valenciana (8,6%).
A Catalunha importa fundamentalmente produtos químicos, combustíveis, componentes e acessórios
para o setor automóvel e vestuário. Relativamente às importações madrilenas destacam-se
principalmente os produtos químicos, os produtos eletrónicos, os componentes e acessórios para o setor
automóvel e os combustíveis.
2.3 Trocas Comerciais com Portugal
Segundo o Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, no ano 2013, as exportações
espanholas para Portugal (17 485,6 milhões de euros) registaram um acréscimo de 14,6% e as
importações de Espanha com origem em Portugal (9 814,3 milhões de euros) subiram 12,9% em relação
ao ano anterior.
É de assinalar que, do incremento total de 1 121 milhões de euros observado nas importações
espanholas de Portugal, 715 milhões (cerca de 64%) se deveram a compras de produtos energéticos,
fundamentalmente petróleo e derivados. Os produtos energéticos representaram cerca de 11% do total
das importações espanholas de Portugal em 2013, tendo crescido quase 200% relativamente ao ano
anterior.
Conforme referido anteriormente, no ranking de clientes, Portugal, com uma quota de 7,5%, foi o 3º
destino das vendas espanholas, ultrapassando a Itália. Como fornecedor, Portugal mantém a 8ª posição
face ao ano anterior, com uma quota de 3,9% sobre o total.
Balança Comercial Espanha – Portugal
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
16
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
No que se refere às compras de Espanha a Portugal em 2013, os principais grupos de produtos foram:
Produtos Químicos (10,5%), Combustíveis e Lubrificantes, (9,9%), Equipamento, Componentes e
Acessórios Automóvel (8,6%), Vestuário (7,8%) e Produtos Siderúrgicos (5,6%).
Compras de Espanha a Portugal (2013)
Setor
1
Industria Química (Produtos Químicos)
2
Valor
%
1 031
10,5%
Combustíveis e Lubrificantes
972
9,9%
3
Equipamento, Componentes e Acessórios Automóvel
847
8,6%
4
Vestuário
766
7,8%
5
Produtos Siderúrgicos
548
5,6%
6
Produtos sem elaboração não especificados
455
4,6%
7
Embalagens
450
4,6%
8
Tabaco
364
3,7%
9
Produtos semitransformados de Madeira e Papel
273
2,8%
10
Mobiliário
254
2,6%
9 814
100,0%
Total
Unidade:
Milhões de euros
Fonte:
ICEX España Exportación e Inversiones
Vendas de Espanha a Portugal (2013)
Setor
Valor
%
1 Industria Química (Produtos Químicos)
2 002
11,4%
2 Equipamento, Componentes e Acessórios Automóvel
1 352
7,7%
3 Combustíveis e Lubrificantes
880
5,0%
4 Produtos Siderúrgicos
851
4,9%
5 Vestuário
816
4,7%
6 Veículos de Transporte
641
3,7%
7 Carnes Frescas e Congeladas
568
3,3%
8 Produtos semitransformados de Madeira e Papel
550
3,1%
9 Produtos semitransformados Metálicos não Ferrosos
496
2,8%
450
2,6%
17 486
100,0%
10 Produtos Eletrónicos e Informática
Total
Unidade:
Milhões de euros
Fonte:
ICEX España Exportación e Inversiones
17
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
2.3.1 Trocas Comerciais das Comunidades Autónomas com Portugal
Ao nível das Comunidades Autónomas espanholas, em 2013, os principais clientes foram a Catalunha
(18,6% do total), Galiza (17,9%), Madrid (15,5%) e a Comunidade Valenciana (10,5%).
É de realçar o relevante aumento das compras ao nosso país da Catalunha (+25%), que passa a ser o
nosso primeiro cliente em 2013 (com 1 829 milhões de euros); e também da Comunidade Valenciana
(+45%), o nosso 4º cliente (com 1 028 milhões de euros).
Estes aumentos são resultado principalmente do facto de nestas comunidades estarem situados os
principais portos de acesso para produtos energéticos que, em 2013, representaram cerca de 11% do
total das importações espanholas de Portugal, tendo crescido quase 200% relativamente ao ano anterior,
conforme referido anteriormente.
Comunidades Autónomas - Ranking Clientes de Portugal (2013)
Comunidades Autónomas – Ranking Fornecedores de Portugal (2013)
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
18
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Trocas Comerciais das Comunidades Autónomas com Portugal (2013)
2013
Vendas
Andaluzia
Variação 2013/12 (%)
Compras
Saldo
Vendas
Compras
1 977
869
1 108
11,9%
4,5%
Aragão
532
316
216
12,6%
-8,5%
Astúrias
239
245
-6
-0,2%
147,1%
Baleares
22
56
-34
-39,9%
7,4%
Canarias
9
53
-44
12,1%
-33,2%
170
52
118
6,9%
12,5%
Castela e Leão
1 004
538
465
14,6%
-3,6%
Castela-La Mancha
1 413
327
1 086
83,0%
-3,8%
Catalunha
3 631
1 829
1 802
9,4%
25,0%
Comunidade Valenciana
935
1 028
-92
5,4%
45,1%
Extremadura
503
456
48
19,9%
48,4%
Galiza
2 395
1 759
636
10,8%
5,5%
Madrid
3 028
1 524
1 504
19,8%
5,1%
Múrcia
307
128
179
-5,7%
-0,7%
Navarra
277
224
53
3,4%
0,5%
País Basco
914
318
596
2,0%
-2,0%
Rioja (La)
128
82
46
11,0%
22,7%
17 486
9 814
7 671
14,6%
12,9%
Cantábria
Total Espanha
Fonte:
ICEX España Exportación e Inversiones
Unidade:
Milhões de euros
Conforme referido, em 2013, a Catalunha foi a Comunidade espanhola que mais comprou a Portugal.
Portugal é 10º fornecedor desta comunidade com uma quota de 2,7% sobre o total, e o 4º cliente (quota
de 6,2%), tendo as compras desta Comunidade a Portugal registado um acréscimo de 25% face a 2012,
devido à aquisição de produtos energéticos fundamentalmente.
No caso da Galiza, o nosso segundo cliente em 2013, Portugal é o 2º fornecedor e 2º cliente, com
quotas de 12,3% e 13%, respetivamente.
Quanto ao nosso terceiro cliente, a Comunidade de Madrid, Portugal ocupa a 8ª posição como
fornecedor, com uma quota de 3,2% sobre o total, e a 2ª posição como cliente (quota de 9,9%).
Por seu lado, os principais fornecedores de Portugal, foram as Comunidades da Catalunha (20,8% do
total), Madrid (17,3%), Galiza (13,7%) e Andaluzia (11,3%).
19
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Trocas comerciais com Portugal dos principais clientes: Catalunha, Galiza e Madrid
Trocas comerciais da Catalunha com Portugal (2013)
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Unidade: Milhões de euros
Em 2013, as compras da Catalunha a Portugal registaram um aumento de 25% e as vendas de 9,4%. A
taxa de cobertura desta região passou de 227% em 2012 para 199% em 2013.
Compras da Catalunha a Portugal
Setor
Valor
%
1
Industria Química (Produtos Químicos)
336
18,4%
2
Vestuário
235
12,8%
3
Combustíveis e Lubrificantes
200
10,9%
4
Veículos de Transporte
107
5,9%
5
Matérias Têxteis
71
3,9%
1 829
100,0%
Total
Vendas da Catalunha a Portugal
Setor
Valor
%
1
Industria Química (Produtos Químicos)
837
23,0%
2
Vestuário
193
5,3%
3
Veículos de Transporte
188
5,2%
4
Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel
154
4,2%
5
Maquinaria e Material Elétrico
143
3,9%
3 631
100,0%
Total
Unidade:
Milhões de euros
Fonte:
ICEX España Exportación e Inversiones
20
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Trocas comerciais da Galiza com Portugal
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Unidade: Milhões de euros
Em 2013, as compras da Galiza a Portugal registaram um acréscimo de 5,5% e as vendas de 10,8%. A
taxa de cobertura desta região passou de 130% em 2012 para 136% em 2013.
Compras da Galiza a Portugal
Setor
Valor
%
1
Vestuário
405
23,0%
2
Produtos Siderúrgicos
227
12,9%
3
Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel
169
9,6%
4
Peixe, Moluscos e Crustáceos Frescos e Congelados
126
7,1%
5
Produtos sem elaboração
90
5,1%
1 759
100%
Total
Vendas da Galiza a Portugal
Setor
Valor
%
1
Vestuário
321
13,4%
2
Peixe, Moluscos e Crustáceos Frescos e Congelados
250
10,5%
3
Combustíveis e Lubrificantes
173
7,2%
4
Produtos sem elaboração
161
6,7%
5
Produtos Siderúrgicos
142
5,9%
2 395
100%
Total
Unidade:
Milhões de euros
Fonte:
ICEX España Exportación e Inversiones
21
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Trocas comerciais de Madrid com Portugal
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Em 2013, as compras da Comunidade de Madrid a Portugal registaram um acréscimo de 5,1% e as
vendas de 19,8%. A taxa de cobertura desta região passou de 174% em 2012 para 199% em 2013.
Compras de Madrid a Portugal
Setor
Valor
%
1
Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel
183
12,0%
2
Tabaco
167
10,9%
3
Industria Química (Produtos Químicos)
147
9,7%
4
Energia
96
6,3%
5
Vestuário
89
5,8%
1 524
100,0%
Total
Vendas de Madrid a Portugal
Setor
Valor
%
1
Industria Química (Produtos Químicos)
232
7,7%
2
Equipamentos, Componentes e Acessórios Indústria Automóvel
224
7,4%
3
Energia
178
5,9%
4
Produtos eletrónicos e Informática
161
5,3%
5
Perfumaria e Cosmética
150
5,0%
3 028
100,0%
Total
Unidade:
Milhões de euros
Fonte:
ICEX España Exportación e Inversiones
22
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
3. Investimento
3.1. Fluxos de investimento por Comunidades Autónomas
Segundo os dados do Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, em 2013, o investimento
1
bruto estrangeiro em Espanha atingiu cerca de 19 485 milhões de euros, o que representa um
decréscimo de 0,7% face ao ano anterior.
Por sua parte, o investimento líquido passou de um saldo negativo de 3 090 milhões de euros no ano
2012 para um saldo positivo de cerca de 15 400 milhões de euros em 2013.
Este resultado positivo deve-se sobretudo à mais favorável evolução dos fluxos de desinvestimento, que
passaram de uma saída de capital de 22 720 milhões de euros em 2012 para 4 085 milhões de euros em
2013.
O investimento considerado produtivo (aquele não realizado através de holdings ou ETVE) aumentou
8,8% face ao ano anterior, representando mais de 80% do total do investimento bruto - ou seja mais de
15 800 milhões de euros - dos quais 80% foi dirigido a operações “green field”, através de novas
constituições de empresas ou aumentos de capital.
Como vem sendo habitual, os principais investidores em Espanha foram o Luxemburgo e os Países
Baixos, como plataformas de trânsito do capital estrangeiro, representando em conjunto mais de 45% do
total.
Por comunidades autónomas, os principais destinos do investimento bruto estrangeiro foram Madrid e a
Catalunha, que concentraram, respetivamente, cerca de 55% e 22% do total dos fluxos de investimento
bruto, correspondendo às sedes sociais das principais empresas espanholas e estrangeiras.
De acordo com a mesma fonte, em 2013 o investimento espanhol no estrangeiro ascendeu a cerca de
21 900 milhões de euros em termos brutos, e a 15 780 milhões de euros líquidos. Estes valores
representam um acréscimo de 13% em termos brutos e de mais de 220% em termos líquidos
À semelhança do verificado nos fluxos de investimento estrangeiro em Espanha, Madrid representa mais
de 68% do investimento produtivo espanhol no estrangeiro.
1
Critérios “Pais Ultimo”, “Operaciones ETVE y no ETVE”.
23
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
3.2 Investimento de Portugal em Espanha por Comunidades Autónomas
No que respeita ao investimento direto bruto de Portugal em Espanha, de acordo com os dados do
Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, em 2013 atingiu apenas 40 milhões de euros em
termos brutos, 0,2% do total, o que representa um decréscimo de 68% face ao ano anterior.
A Comunidade de Madrid foi a principal receptora deste fluxo de investimento (77% do total), seguida da
Catalunha (18,7%), da Galiza (2,4%) e da Comunidade Valenciana (0,8%).
Quanto à distribuição setorial destacam as seguintes atividades: armazenagem e atividades relacionadas
com o transporte (26%), produção de veículos de motor (21%), atividades artísticas e espetáculos (16%)
e fornecimento de energia elétrica, gás, vapor e ar (9%).
De acordo com os dados disponíveis (Maio 2014), existem cerca de 400 empresas espanholas com
capitais portugueses, das quais cerca de 70% estão sedeadas em três Comunidades Autónomas: Madrid
(169 empresas), Catalunha (49 empresas) e Galiza (45 empresas).
3.3 Investimento de Espanha em Portugal por Comunidades Autónomas
De acordo com os dados de entidades espanholas, em 2013 o investimento de Espanha em Portugal
atingiu cerca de 79 milhões de euros, em termos brutos, o que representa uma quebra de mais de 75%,
face ao ano anterior. O investimento líquido foi de 3 milhões de euros.
As principais Comunidades Autónomas investidoras em Portugal foram o Pais Basco com 63,3% do
total, Madrid (15,9%), a Galiza (8,6%) e a Catalunha (6,2%).
Os serviços financeiros, exceto seguros e fundos de pensões, concentraram 63% do total do
investimento espanhol em Portugal.
4. Endereços úteis
Endereços de Internet:
Andaluzia
www.juntadeandalucia.es
Junta da Andaluzia
www.agenciaidea.es
Agência de Inovação e Desenvolvimento da Andaluzia – IDEA
www.extenda.es
Agência da Andaluzia para Promoção Externa
www.aragon.es
Governo Autonómico de Aragão
www.iaf.es
Instituto Aragonês de Fomento – IAF
www.aragonexterior.es
Aragón Exterior
Aragão
24
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Astúrias
www.asturias.es
Principado das Astúrias
www.idepa.es
Instituto de Desenvolvimento Económico do Principado das
Astúrias – IDEPA
Baleares
www.caib.es
Governo Autonómico das Ilhas Baleares
www.idi.es
Instituto de Inovação Empresarial das Ilhas Baleares
www.investinbalearics.com
Invest in Balearics
Canárias
www.gobcan.es
Governo Autonómico das Ilhas Canárias
www.proexca.es
Sociedade Canária de Fomento Económico
Cantábria
www.cantabria.es
Governo Autonómico da Cantábria
www.sodercan.com
Sociedade para o Desenvolvimento Regional da Cantábria
Castilla-La Mancha
www.castillalamancha.es
Governo Autonómico de Castilla La Mancha
www.ipex.jccm.es
Instituto de Promoção Externa – IPEX
Castela e Leão
www.jcyl.es
Governo Autonómico da Junta de Castela e Leão
www.ade.jcyl.es
Portal de Empresa de Castella y Léon
www.invertirencastillayleon.com Agência de Investimentos e Serviços de Castela e Leão – ADE
Catalunha
www.gencat.cat
Generalitat de Catalunya - Governo da Catalunha
accio.gencat.cat/cat
ACC1Ó (Integração do COPCA Consorcio de Promoción
Comercial de Cataluña e do CIDEM Centro de Inovação e
Desenvolvimento Empresarial)
Comunidade Valenciana
www.gva.es
Generalitat Valenciana
www.ivex.es
Instituto Valenciano de Exportação – IVEX
Extremadura
www.gobex.es
Governo da Extremadura
www.extremaduraavante.es
Extremadura Avante
www.xunta.es
Xunta de Galicia
www.igape.es
Instituto Galego de Promoção Económica - IGAPE
Galiza
25
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
La Rioja
www.larioja.org
Governo Autonómico de La Rioja
www.ader.es
Agência de Desenvolvimento Económico de la Rioja - ADER
www.madrid.org
Comunidade de Madrid
www.madrid.es
Ayuntamiento de Madrid
www.investinmadrid.com
Cámara Oficial de Comercio e Industria / Comunidade de Madrid
www.madridemprende.com
Madrid Emprende
www.carm.es
Comunidade Autónoma da Região de Múrcia
Madrid
Múrcia
www.institutofomentomurcia.es Instituto de Fomento da Região de Múrcia
Navarra
www.navarra.es
Comunidade Foral de Navarra
www.sodena.com
Sociedade de Desenvolvimento de Navarra - SODENA
País Basco
www.euskadi.net
Governo do País Basco
www.spri.es
Sociedade para a Promoção e Reconversão Industrial SPRI
26
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2014)
Contactos Úteis:
aicep Portugal Global
Rua Júlio Dinis, nº 748, 8º e 9º Dto
4050-012 Porto – Portugal
Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Oficina Económica y Comercial de la Embajada de Portugal
Calle Lagasca, 88 - 4º
28001 Madrid – España
Tel.: (+34) 917 617 200 | Fax: (+34) 915 711 424
E-mail: [email protected]
aicep Portugal Global
Inversiones y Comércio de Portugal
Calle Bruc, 50 - 4º, 3ª
08010 Barcelona – España
Tel.: (+34) 933 014 416 | Fax: (+34) 933 185 068
E-mail: [email protected]
27
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt
Capital Social – 114 927 979,87 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

Documentos relacionados