SISTEMAS DE ARMAZENAGEM – MANUAL PRÁTICO

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SISTEMAS DE ARMAZENAGEM – MANUAL PRÁTICO
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM – MANUAL PRÁTICO DE
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM
Um pouco da história
Podemos ficar surpresos ao saber que os primeiros armazéns foram
construídos por volta de 1800 a.C., com José ao interpretar um sonho que o rei
teve, onde haveria sete anos de abundância, seguidos por sete anos de fome
em todo País. José começou a construir e a estocar um quinto da colheita de
cada ano em armazéns e celeiros, em cada cidade do Egito. E o país
sobreviveu, nos anos de fome, através de bons planejamentos e distribuição
(SISTEMAS DE ARMAZENAGEM E LOGÍSTICA).
Armazenagem – Muitas das oportunidades de obtenção de maiores
lucros encontram-se atualmente na esfera da administração de materiais. A
melhor forma de guardar materiais é aquela que maximiza o espaço disponível
nas três dimensões do prédio: Comprimento, largura e altura.
Há algum tempo atrás, o conceito de ocupação física se concentrava
mais na área do que na altura. Em geral, o espaço destinado à armazenagem
era sempre relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau
aproveitamento do espaço tornou-se um comportamento anti-econômico.
Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o maior
cuidado possível. Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada para
reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material.
A armazenagem dos materiais assumiu, então uma grande importância
na obtenção de maiores lucros. Independente de como foi embalado o
material, ou de como foi movimentado, a etapa posterior é a armazenagem.
Os termos “Armazenagem” e “Estocagem” são freqüentemente usados
para identificar coisas semelhantes, mas alguns preferem distinguir os dois,
referindo-se à guarda de produtos acabados como “Armazenagem” e guarda
de matérias-primas como “Estocagem”. Os fatores básicos que determinam a
necessidade de armazenagem são:
1.
Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de
produção;
2.
Equilíbrio sazonal;
3.
Garantia da continuidade da produção;
4.
Custos e especulação;
5.
Redução dos custos de mão-de-obra;
6.
Redução das perdas de materiais por avarias;
7.
Melhoria na organização e controle da armazenagem;
8.
Melhoria nas condições de segurança de operação do depósito;
9.
Aumento da velocidade na movimentação;
10- Descongelamento das áreas de movimentação.
Os fatores básicos contra a necessidade de armazenagem são:
1.
A mercadoria parada tem custo (como mão-de-obra, equipamentos e
manutenção);
2.
A mercadoria ocupa espaço em edifícios;
3.
A armazenagem requer estruturas administrativas e de controle;
4.
O material “Envelhece” (problemas com data de validade, etc.);
A armazenagem
é uma conveniência econômica, além de uma
necessidade no sistema logístico de uma empresa nos dias atuais.
Para determinarmos qual o melhor sistema de armazenagem para um
determinado produto, devemos, primeiramente, observar a característica do
material: Dimensões, peso e possibilidades de utilização em pallets ou não.
Em segundo lugar, as condições do espaço: Pé direito, condições de piso, etc.
Depois, as condições operacionais: A velocidade de estocagem, a seletividade
do produto, a quantidade de itens, etc.
Basicamente, as estruturas-padrão existentes no mercado são:
TIPOS DE SISTEMAS DE ARMAZENAGEM E SUAS
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
1.
Estantes (linha leve) – Aparafusada e ou Multiblock
2.
Estantes (linha pesada) – Multiblock e de Encaixe
São as tradicionais cantoneiras metálicas, constituídas por colunas em
Perfis de chapa de aço dobrada, perfuradas continuamente, segundo
determinado “passo”, e por prateleiras, estas também em chapa de aço
dobrada com posição regulável na altura. Estas estantes são adequadas para
armazenar itens leves, manuseáveis sem a ajuda de qualquer equipamento,
aparelho ou dispositivo e volume máximo de 0,5m³, sendo uniformemente
distribuído. De uma forma geral, essas estantes são dispostas formando
conjuntos de diversas seções, mono-frontais e bifrontais até uma altura
facilmente alcançável pelo ser humano em pé, ou com o auxílio de uma
pequena escada, de 2 a 3 metros, ou estruturas tipo mezanino.
2.1 – Porta Pallets convencional (Estrutura Pesada)
Trata-se de uma estrutura pesada, na qual as prateleiras são substituídas
por um plano de carga, constituído por um par de vigas, que se encaixam nas
colunas com possibilidade de regularem na altura.
Os pallets são armazenados e retirados individualmente por
empilhadeiras que se movimentam através de corredores ou manualmente
dependendo do tipo de produto à ser estocado.
As vantagens deste tipo de sistema são:
●
Possibilita a localização e a movimentação de qualquer pallets, sem
necessidade de mover primeiro os outros;
●
Adapta-se a grande número e tipos de produtos;
●
Possibilita rearranjos para acomodar cargas de alturas variáveis graças à
facilidade de se mudar os níveis de carga;
●
Adapta-se à carga de rotação relativamente alta;
●
As estruturas podem ser facilmente montadas e desmontadas, facilitando
assim futuras mudanças de layout;
●
O sistema é compatível com a maioria dos tipos de equipamentos de
movimentação e qualquer tipo de estruturas e pisos industriais;
●
Protege as mercadorias contra a compressão e outros danos;
●
Aproveitamento do pé-direito, uma vez que a altura é limitada apenas pelo
alcance da empilhadeira.
2.2 – Porta Pallets dupla profundidade (Estrutura Pesada):
A estrutura porta-pallets com dupla profundidade é idêntica à anterior
no que se refere à forma construtiva, diferindo unicamente quanto à sua
disposição: Conjuntos mono-frontais duplos entremeados por conjuntos bifrontais quádruplos. Para este sistema, torna-se indispensável o uso de
empilhadeira especial tipo deep reach (alcance profundo) com garfos
pantográficos.
Como é perceptível, este tipo de estrutura aumenta consideravelmente a
densidade de estocagem com a diminuição do número de corredores, mas a
seletividade cai a 50%, ao mesmo tempo em que a primeira carga a entrar será
sempre a última a sair.
3.1- Drive-In e Drive-Through:
“Drive-In” é um sistema constituído por
um bloco contínuo de
estruturas não separadas por corredores intermediários. As empilhadeiras
movimentam-se dentro da própria, ao logo de “Ruas” não há vigas
bloqueando o acesso da máquina para depositar ou retirar as cargas. Os pallets
são apoiados sobre braços em balanço, fixados nos montantes.
O sistema é capaz de oferecer um bom número de vantagens:
●
Proporciona alta densidade de estocagem, graças à eliminação de
corredores, podendo estocar o mesmo número de pallets que um porta
pallets convencional na metade da área;
●
A inexistência de superposição direta de cargas evita o esmagamento
acidental e o risco de quedas de pilhas;
O sistema pode utilizar empilhadeiras comuns, com pequenas modificações
●
na estrutura de proteção do operador;
●
O sistema é particularmente indicado para os casos em que as
movimentações de entrada e saída sejam feitas separadamente e em que o
estoque seja movimentado de uma só vez, a intervalos prolongados.
O sistema apresenta alguns inconvenientes:
●
Para se alcançar o pallets do meio é preciso movimentar primeiro os que
estão na frente. O estoque poderá ser movimentado retirando-se por último
o item que entrou primeiro, o que limita a variedade dos itens a estocar.
●
Estas desvantagens podem ser controladas transformando o sistema DriveIn (onde a empilhadeira adentra pelas ruas). No sistema Drive-Through
(onde a empilhadeira atravessa toda extensão das ruas fora à fora).
3.2 – Drive-In sistema dinâmico:
A armazenagem dinâmica trata-se de um sistema dinâmico derivado do
Drive-Thru, onde os planos de carga estáticos, vigas/longarinas são
substituídos por trechos de roletes ligeiramente inclinados, descendentes no
sentido da entrada para a saída.
A idéia de armazenagem dinâmica é simples e singular: o material entra
por um lado (o do carregamento da estrutura porta pallets), movimenta-se
lentamente, por força de gravidade, para o lado onde é selecionado.
Conforme
os
itens
vão
sendo
removidos,
outros
avançam
automaticamente para tomar o seu lugar. Isto é o que se chama de
armazenagem dinâmica – é uma maneira moderna de conseguir:
●
Rotação automática e positiva de estoques, utilização do FIFO;
●
Entrega no ponto de consumo a baixo custo;
●
Mais armazenagem em menos espaço, pois existem apenas dois corredores;
●
Maior eficiência e rapidez quando se processa a separação dos pedidos.
A armazenagem dinâmica elimina, a perda de tempo nas operações de
separação de requisições, pela colocação de todas as peças em uma única
esteira de separação curta e conveniente.
Desta forma, os carregadores das prateleiras e os separadores das
requisições trabalham em áreas restritas, em linha reta, facilitando a
supervisão e o total controle do estoque.
A armazenagem dinâmica supera o Drive-In e o Drive-Thru em todos
os aspectos imagináveis de funcionalidade para estocagem de alta densidade,
porém o seu custo é maior devido à aplicação de transportadores e reguladores
de velocidade nos planos de estocagem.
4.1 – Cantilever
O sistema cantilever é ideal para armazenar produtos com dimensões,
formas, volumes e pesos variados, tais como (tubos metálicos ou de PVC,
madeira, móveis, entre outros). No desenvolvimento de um projeto devem ser
analisados vários aspectos tais como:
1.
Área de pé direito disponível para projeto;
2.
Forma de recebimento dos produtos: todos recebidos independentes de seu
tipo deverão ser padronizados para que se projete uma estrutura adequada;
3.
O tipo de equipamento a ser utilizado para movimentação. Este deve
Ter uma atenção especial para se otimizar ao máximo as operações. Os
equipamentos que melhor se adaptam no sistema são as empilhadeira
laterais com patola retrátil e pontes rolantes, podendo também ser
utilizadas as empilhadeiras frontais desde que se leve em consideração as
dimensões dos pallets ou dos produtos.
Para se desenvolver todo o projeto deverá existir uma integração com
trocas de informações muito claras, de todas as necessidades entre
fornecedores do produto à ser armazenado, o cliente do projeto, o fabricante
dos equipamentos de movimentação ao fornecedor do sistema de
armazenagem que irá projetar a estrutura do cantilever.
Com todos os dados preciosos e as informações corretas certamente o
projeto terá 100% de sucesso.
5.1 – Racks
O emprego de racks na indústria e centros de distribuição, tem sido um
fator de grande desenvolvimento, devido as suas grandes vantagens sob o
ponto de vista de volume de armazenagem disponível com estas instalações.
O emprego dos racks permite de fato, aproveitar a altura disponível porque
este sistema pode ser dotado com facilidade, de equipamentos mecanizados
para o transporte ou a elevação das mercadorias.
Nos casos em que as mercadorias são particularmente resistentes onde
não existe risco de deterioração das mesmas vem sendo utilizado em todo tipo
de indústrias ou para qualquer matéria-prima ou produto acabado. Nos casos
de utilização dos racks, resultam de uma importância básica para o projeto do
sistema a determinação dos pesos unitários, a quantidade de artigos que
cabem em um rack, as dimensões do produto e outras características. O
fenômeno da normatização tem hoje um grande valo, pois estuda os tipos de
edificação e dimensionamento dos pallets e racks, em vista do transporte
externo da mercadoria paletizável. Por isso, deve ser levado em conta na fase
do projeto.
Podem ser empilhados uns sobre os outros com boa segurança e sem
transferir o peso para as mercadorias. Há vários tipos de racks, com ou sem
fechamento lateral, tendo a possibilidade de desenvolver o tipo de rack que
melhor se adecue ao tipo de produto à ser estocado, facilitando o transporte de
itens de pequeno porte e às vezes de formato irregular. Este tipo de produto,
também tem a possibilidade de ser desmontado quando não estão sendo
utilizados, facilitando os transportes e mesmo, possibilitando maior espaço de
utilização no setor de estocagem e ou armazém.
6.1 – Mezaninos conjugados com estantes multiblock e/ou porta-pallets,
monta carga e divisórias industriais:
É um sistema em plataforma livre ou montado sobre suportes ou
estanterias, altos e suficiente para permitir a estocagem ou outra atividade sob
a mesma. Alternativamente, a plataforma metálica pode ser suportada pela
própria estrutura de aço, sendo comunamente acoplada com uma escada. A
sua capacidade de carga poderá variar entre 100 e 1.000 Kg/m².
Este tipo de equipamento aumenta a capacidade de estocagem,
utilizando melhor o pé direito do prédio. Sendo a estrutura independente da
construção do prédio, não é necessário investir em expansões para o aumento
da área. Com essa plataforma fornece um piso adicional, esse sistema é
eficiente quando é necessário restringir a altura do empilhamento dos
materiais. Isso também ajuda a segregação do estoque, artigos volumosos,
leves e pequenos, por exemplo podendo ser colocado na parte superior.
A escolha do tipo de equipamento de estocagem para o nível de
sustentação se baseia nas estruturas de mezaninos, montadas em peças, são
geralmente por estanterias de aço ou estruturas porta-pallets. A escolha do
tipo de equipamento de estocagem para o nível de sustentação se baseia nas
características dos produtos à serem movimentados. Se tanto o piso principal
quanto o mezanino forem usados para itens pequenos, o mezanino sustentado
em estantes é o mais prático e indicado. Podendo ser utilizados, pisos de
chapa estampada, chapa corrugada antiderrapante, piso wall, outros mais a
critério do cliente. Os mezaninos não se limitam necessariamente à dois
níveis, foram alcançados excelentes resultados com 3 até 4 níveis de piso de
mezanino em área de pé direito alto. O mais importante é fazer um estudo
precioso dos produtos à serem estocados, dependendo a quantidade de níveis,
poderá ser usados elevadores de carga (monta carga) para deslocamento de
mercadorias entre um piso e outro.
Divisórias: são utilizadas para a divisão de ambientes industriais,
organizando o espaço em áreas, sendo possível a colocação de portas ou
guichês para a comunicação desses ambientes.
7.1 – Estruturas auto-verticalizadas:
A obtenção de altas densidades de armazenagem exige a utilização de
sistemas
especiais,
utilizando
equipamentos
não
convencionais
de
movimentação, como empilhadeiras trilaterais e transelevadores capazes de
operar em corredores intermediários, apenas ligeiramente mais largos que a
empilhadeira.
As empilhadeiras podem, por exemplo, movimenta-se em pistas
delimitadas por guias laterais e vir equipadas com dispositivos especiais,
capazes de girar a lança para operação lateral do pallets. Algumas instalações
contam com empilhadeiras controladas por computador e são dotadas de
sistemas automáticos de localização das mercadorias.
Geralmente, mais altas que as convencionais, estas instalações exigem
tolerância mínima de fabricação. Suas vantagens são:
●
Combinam elevada densidade de carga com rapidez de movimentação e
máxima seletividade individual;
Possibilitam o aproveitamento do pé direito de grandes alturas.
●
As limitações são representadas por:
Maior custo do equipamento de movimentação e de pisos, que devem ser
●
excepcionalmente bem nivelados;
●
Uso de empilhadeiras restrito à área de armazenagem, o que exige
equipamento adicional para transportar os pallets;
●
Exigência de estrutura mais reforçada para suportar ou escoar o
equipamento de movimentação.
Importante:
Atualmente, já existe no Brasil uma grande tendência de utilização
deste tipo de estrutura, pois em várias regiões o custo da área já supera,
consideravelmente, o investimento para explorar a altura. O número de
negócios com este tipo de estrutura ainda é relativamente pequeno, entretanto
com forte tendência de crescimento num futuro bem próximo.
7.2 – Estruturas auto-portantes:
Neste sistema são as próprias colunas das estruturas de armazenagem
que suportam todos os esforços próprios do edifício, seja nas laterais ou na
cobertura. Em função disso, a estrutura tem que ser estudada especialmente
para que possa receber diretamente as paredes exteriores. É utilizado para
alturas acima de 20m e há tolerância tanto no projeto quanto na fabricação das
estruturas mínimas. Estas exigências são necessárias pois são utilizados
transelevadores neste nível de altura.
Os armazéns, com esse tipo de sistema de armazenagem podem ser
automáticos ou semi-automáticos.
Vantagens:
●
Eliminação da necessidade de construção prévia de um edifício;
●
Redução de custos para a instalação do armazém;
●
Grande capacidade de estocagem em função da utilização de grandes
alturas;
●
Prazo de instalação da obra menor do que o convencional.
8.1 – Push-Back:
A utilização de estruturas para estocagem de pallets do tipo “pushback” permite a colocação da carga paletizada sobre uma base móvel (trilhoguia de encaixe tipo telescópio) de um lado só; o primeiro pallet colocado é
empurrado pelo pallet subsequente para o interior da estrutura, que pode ter
até 5 pallets na profundidade, o que propícia o Filo (First-In Last-Out), ou
seja, o primeiro pallets que entra é o último a sair.
O
equipamento
de
estocagem
tipo
“push-back”,
quanto
a
movimentação da carga paletizada será feita através de uma empilhadeira
frontal de contrapeso; que deposita sobre os trilhos empurrando a carga para o
final da estrutura. A forma de colocação e retirada da mercadoria somente será
de acesso frontal.
9.1 – Sistemas de armazenagem tipo baias (exclusividade Met. Bertolini
Ltda.):
Sistema desenvolvido com exclusividade no Brasil pela Met. Bertolini
Ltda. Esse sistema equivale-se a um “auto-portante”, porém para obter um
resultado eficaz a empresa que optar pela nova sistemática de armazenagem,
deverá fazer um investimento significativo nas estruturas de embalagens de
seus produtos, tornando-os mais resistentes, pois os pallets e suas embalagens
terão que ter capacidade de auto sustentação de empilhamento, tipo um mais
quatro pallets. Este sistema serve como base de apoio, através de estrutura
lateral, de fundos e superior dando sustentação de apoio para blocagem dos
produtos sem auxílio direto de Rack ou Drive-in, tornando assim, o sistema
mais ágil, eficiente e versátil.
PALLETS E POSTES:
Os materiais utilizados para armazenagem de produtos nas câmaras são:
●
PALLETS ou ESTRADOS ou PALETAS, e
●
CANTONEIRAS ou POSTES.
Atualmente as câmaras desenhadas e construídas pelas grandes
empresas nacionais e estrangeiras, são moduladas para os pallets adotados que
são do tipo ISO II (INTERNATIONAL STANDARD ORGANIZATION) que
modulam também com as embalagens, bem como, as empilhadeiras,
caminhões e contêineres da maioria dos fabricantes do país e do exterior, que
preocupam-se com a padronização.
1.
Pallet Armado ou Gaiola:
As gaiolas, são destinadas a estocagem de caixas ou volumes a granel e
poderão ser empilhadas em diversas camadas, dependendo
da altura das
câmaras. Elas são compostas de estrados, cantoneiras, gabaritos, aparas e
cintas. Cada gaiola poderá receber sobre ela cargas de até 5.000 Kg.
1.
Pallet ou Estrados ou Paletas:
Os pallets do tipo ISO II (International Standard Organizatiosn),
normalmente são feitos de madeira, com a seguinte composição:
Material: madeira peroba do campo ou rosa
07 tábuas de 1200 x 120 x 15
02 tábuas de 1200 x 160 x 15
03 tábuas de 1200 x 160 x 25
09 tacos de
160 x 110 x 85
As madeiras para os pallets devem ser do tipo duro, linheira sem nós.
Os cantos deverão ser chanfrados para melhor ajuste das cantoneiras. As
tábuas da parte inferior também deverão ser chanfradas para facilitar a entrada
das rodas das paleteiras. Os pregos, de preferência, os do tipo “ARDOX”.
2.
Cantoneiras:
Postes (cantoneiras) para empilhamento
Notas:
- A solda externa será em toda extensão.
- A interna, em 3 pontos de 25mm cada, sendo uma no vértice e as
outras nas extremidades da cantoneira.
Material: Chapa de ferro 1010, espessura 1/8”
Tipo de Pintura – Epoxi, quando em contato direto com alimentos;
Galvanizado, quando não tem contato direto.
Cuidados
3.
- Aparar arestas.
Gabaritos:
São peças de madeira colocadas na parte superior das cantoneiras para
evitar que elas se fechem quando cintadas.
A madeira deverá ser do tipo duro, exemplo: peroba do campo ou rosa.
4.
Aparas:
São peças de madeira colocadas nas laterais das gaiolas para evitar que
as caixas ou peças pequenas caiam.
A madeira deverá ser do tipo duro, exemplo: peroba do campo ou rosa.
1.5 – Cintas de Aço:
São feitas de aço colocadas em torno das cantoneiras pressionando-as
contra o pallet e os gabaritos para manter a gaiola ramada.
As fitas variam de largura e espessura. A mais usada é de largura
16mm e de espessura de 0,5mm.
2.
RECOMENDAÇÕES OPERACIONAIS
Dado
ao
grande
volume
e
elevado
custo
desses
materiais,
recomendamos algumas medidas que podem trazer benefícios aos operadores
das câmaras:
●
Ao receber o material do fornecedor, confira cuidadosamente o material
empregado e as medidas, verificando a construção e a solda, para
certificar-se de que está em perfeitas condições.
●
Devido ao grande volume de material, mantenha rígido controle daquele
que é emprestado a clientes e transportadores. Dê preferência, para uma
marca com o nome da empresa no material.
●
Mantenha um esquema para fazer reparos nos pallets sempre que
necessário, de forma a mantê-los em ordem. Não acumule pallets
danificados para não ter dificuldades nas operações no futuro, por falta de
material.
●
As cantoneiras danificadas perdem a resistência. Podem, no entanto,
serem reaproveitadas para outras funções, não devendo, portanto, serem
descartadas.
Fonte: ABIAF – Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada –
www.abiaf.org.br

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