Edição 236 - PDF.p65 - Jornal Gazeta do Vale Itaberaba | Jornal

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Edição 236 - PDF.p65 - Jornal Gazeta do Vale Itaberaba | Jornal
GAZETA DO VALE
1
8
anos
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
Chapada Diamantina
Bahia - Brasil
Ano XIX
Edição 236
Outubro / Novembro de 2012
R$ 1,00
Noticiando
o interior da Bahia
Fundado em 1994
[email protected]
CANDIDATA DERROTADA DENUNCIA
ESQUEMA CRIMINOSO DE COMPRA
DE VOTOS EM
IBICOARA E
COLOCA
PREFEITO
ELEITO NA MIRA
DA POLÍCIA
FEDERAL
Páginas 06, 07 e 08.
População confirmou a Reeleição em Tanquinho
sua confiança em João sob suspeita de abuso
de poder econômico
Na cadeia de mandatos de uma prefeitura, para
não dizermos de toda a vida
política institucional e do
mais amplo universo de
seus agentes, todos e cada
um dos gestores municipais
não escapam a críticas. E tal
situação é preferível à total, porém impensável, ausência absoluta de críticas.
A crítica de tipo corretivo,
construtivo ou como quer
que a chamemos é um elemento necessário à participação política cidadã. E a
mídia, em todas as suas formas, tem aí um papel importantíssimo.
Página 03.
Página 05
Entrevista
Adenilton dos Santos
Meira, prefeito eleito do
Município de Marcionílio
Souza no último pleito, fala
da sua preocupação com os
desmandos que estão sendo praticados na Prefeitura, o que, com certeza deixará o Município inadimplente, pagamentos atrasados, tanto com pessoal
como com fornecedores,
recursos do FUNDEF mal
utilizados, o que já levou,
inclusive, os professores a
ingressaram no Ministério
Público. Página 04.
VI Feira do Conhecimento, Arte e Cultura
em Wagner. Página 05.
Askadoi conquista 14 medalhas no
Campeonato Feirense. Página 04.
Ocorrências Policiais
Página 09.
02
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
O pior! O silêncio dos bons! O Vale de Outros Tempos
Muito bem lembrado agora por
MAGU, e que transcrevo abaixo na esperança de que os bons sobrepujem os
maus!
Sandra Cavalcanti, professora carioca, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo
Lacerda, fundadora e presidente do BNH,
escreveu este texto, e as pessoas não
prestaram atenção.
Em março de 2006, escreveu no jornal O Estado de São Paulo, o artigo “Já
não podemos dizer mais nada”. O silêncio continuou, tonitruante! Perdoem o
paradoxo absolutamente necessário. Foi
uma pena e deu no que deu!
Apesar de terem se passado 6 anos
os fatos continuam sendo atuais, como
se poderá ver no que segue:
Já não podemos dizer nada!
Em 14 de de abril de 1930, aos 36 anos,
Vladimir Maiakóvski, o maior poeta russo
da era contemporânea, deu um fim trágico
à sua atormentada vida. Matou-se porque
perdeu toda a esperança e se viu diante de
uma estrada sem saída.
Sua obra é absolutamente revolucionária, como revolucionárias eram as suas idéias. Mas o poeta, dizia ele, por mais revolucionário que seja, não pode perder a alma!
Ele acreditou piamente na Revolução
Russa e pensou que um mundo melhor surgiria de toda aquela brusca e violenta transformação. Aos poucos, porém, foi percebendo que seus líderes haviam perdido a
alma.
A brutalidade crescia. A impunidade
era a regra. O desrespeito às criaturas era a
norma geral. Toda e qualquer reação resultava em mais iniquidades, em mais violência. Um stalinismo brutal assolou a pátria
russa. Uma onda avassaladora de horror e
impotência tomou conta de seu espírito,
embora ainda tentasse protestar. Mas foi
em vão. Rendeu-se e saiu de cena.
Em 1936, escreveu Eduardo Alves da
Costa o poema No caminho com Maiakóvski,
que resume sua desoladora tragédia.
“... Na primeira noite eles se aproximam/ e roubam uma flor/ de nosso jardim./
E não dizemos nada./ Na segunda noite,
já não se escondem:/ pisam as flores,/ matam nosso cão,/ e não dizemos nada./ Até
que um dia,/ o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz e,/
conhecendo nosso medo,/ arranca-nos a
voz da garganta./ E já não podemos dizer
nada.”
Nestes tristes tempos, muitos estão
vivendo as angústias desabafadas neste
poema. Também acreditaram em líderes milagrosos, tiveram esperanças em dias mais
serenos, esperaram por oportunidades
melhores e sonharam com paz e alegria.
Nunca imaginaram que, em seu lugar, viriam a impunidade, a violência, o rancor e a
cobiça. Os que chegaram ao poder, sem
nenhuma noção de servir ao povo, logo
revelaram a sua verdadeira face.
O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de
seus representantes, não existe. Para uns,
todas as leniências. Para outros, todos as
violências. Nas grandes cidades, dois governos, duas autoridades: a tradicional e a
dos marginais.
No campo, ausência de direitos e deveres. Uma malta de desocupados, chefiados por líderes atrevidos e até debochados, está conseguindo levar o desassossego e a insegurança aos milhões de trabalhadores rurais que ali se esforçam para sobreviver. Isso já vem acontecendo há muito tempo e não há sinal de que alguma autoridade pretenda submetê-los às penas da
lei. Ao contrário. Eles gozam de imenso
prestígio junto ao presidente, que não se
acanha em lhes dar cobertura e agir com a
maior cumplicidade.
A ausência das autoridades tem sido
o grande estímulo para que esses grupos,
e outros que vão surgindo, venham conseguindo, num crescendo de audácia e
desrespeito, levar o pânico aos que vivem
do trabalho no campo. A mesma audácia
impune garante também a expansão das
quadrilhas de narcotraficantes em todo o
País. A cada dia que passa eles chegam mais
perto de nós. Se examinarmos com atenção
os acontecimentos destes últimos dois
anos, dá para entender o nosso medo.
Quando explodiu o caso do Waldomiro Diniz, as autoridades estavam na obrigação de investigar tudo e dar uma punição exemplar. O que se viu? Uma porção de
manobras para encobrir os fatos e manter
os esquemas intocáveis. E qual foi a reação
do povo? Nenhuma.
Roubaram uma flor de nosso jardim, a
flor da decência, da dignidade, da ética, e
nós não dissemos nada!
Quando, da noite para o dia, dezenas
de deputados largaram suas legendas e se
bandearam para as hostes do governo, era
preciso explicar tão misteriosa adesão. O
que se viu? Uma descarada e desafiadora
alegria no alto comando do País! E qual foi
a reação do povo? Nenhuma.
Eles nem se esconderam. Pisaram em
nossas flores, mataram o cão que nos podia defender. E nós não dissemos nada!
Quando um parlamentar, que integrava a tal maioria, veio denunciar o uso de
recursos públicos, desviados de forma indecente, com a conivência dos altos ocupantes do governo, provando que a direção
do PT e do governo sabiam de tudo e de
tudo se haviam aproveitado, qual foi a
reação do povo? Nenhuma.
Eles nem se importaram com o fato de
terem sido descobertos. O mais frágil deles
entrou em nossa vida, roubou a luz de nossas esperanças e, conhecendo o nosso
medo, ainda se deu ao luxo de arrancar a
nossa voz da garganta!
Será que vamos aceitar? Não vamos
dizer nada? Será que o povo brasileiro perdeu de vez a sua capacidade de se indignar? A sua capacidade de discernir? A sua
capacidade de punir?
Acho que não. Torço para que isso
não esteja acontecendo. Sinto, por onde
ando e por onde vou, que lá no mar alto
uma onda de nojo está crescendo, avolumando-se, preparando-se para chegar e
afogar esses aventureiros. Não se trata, simplesmente, de uma questão eleitoral. Não
se cuida apenas de ganhar uma eleição. O
importante é não perder a alma. O direito de
sonhar. A vontade de viver melhor.
Colocar este momento como uma simples luta entre governo e oposição é muito
pouco. E derrotá-los, simplesmente, também é muito pouco, diante do crime que
eles praticaram contra as esperanças de um
povo de boa-fé.
O que vai hoje na alma das pessoas é
o corajoso sentimento de que é preciso
vencer o pavor e o pânico diante da audácia dessa gente, não permitindo que eles
nos calem para sempre. Se não forem enfrentados, se não forem punidos, se seus
métodos e processos não forem repudiados, nosso futuro terá sido roubado. Nossa voz terá sido arrancada de nossa garganta.
E já não poderemos dizer nada.
Sandra Cavalcanti, Estadão, segunda-feira, março 27, 2006. (j.a.mellow).
Ontem Ditinha foi à consulta. Amo
Ditinha. Ela tem lá pelos seus 65 anos, é
uma lutadora como poucas. Troncuda, redonda, baixinha. Brinco com ela dizendo
que faz parte do time de basquete do
Capão, que é a bola. Ela ri a mais não poder. Seu marido trabalhava no terreno que
um pequeno grupo de amigos comprou e
que depois se tornou a comunidade (e
agora o Instituto) Lothlorien. Ele era um
servo da gleba, como nos tempos medievais. Lembramo-nos daquela época e ela
recordou como as relações trabalhistas
eram absolutamente injustas com o patrão
do qual compramos a terra. Como tudo era
difícil e, repito, injusto.
Hoje, em Salvador, caso alguém veja
uma moeda de 5 centavos no chão, talvez
não se dê ao trabalho de pegar. No Vale
do Capão, quando aqui cheguei há praticamente 30 anos, o equivalente a esta
moeda era um valor nada desprezível. A
vida era bem dura. E aproveitamos a consulta (que era coisa de pequena monta)
para relembrar as inúmeras aventuras que
partilhamos. Ela foi lembrando-se de quando foi me buscar para o parto de uma senhora sumamente irritadiça que parecia no
parir estar em guerra com algo. Então passamos a recordar os detalhes daquele
acontecimento. Depois a vez em que eu
estava transferindo o gás de um botijão
grande para um pequeno (usado na iluminação já que não tínhamos eletricidade) e
ela chegou em casa tão desesperada pedindo socorro que trazia uma sandália na
mão e outra no pé, coisa que me deixou
assustado, pois vendo ela balançando a
sandália sobre a cabeça, aos gritos, quase saio correndo pensando que ia me bater. Correra de sua casa para a minha porque seu cunhado havia morrido. Larguei
tudo e sai correndo por dentro dos matos
na rota mais curta e lá encontrei o sujeito,
não morto, mas desmaiado após dor atroz.
Ela lembrou que o seu estado era terrível.
Mas que graças ao tratamento recuperouse para morrer no garimpo em acidente.
Depois nos lembramos dos partos de
sua filha, Reizinha, nada fáceis! Recordamos as várias vezes que me atalhou na estrada, chegando eu de viagem, cansado e
sonolento, para dar socorro a este ou aquele. E das molequeiras que eu fazia com
Etevaldo, seu marido, um homem bom e
tranquilo, muito tímido que ria silenciosamente com as minhas brincadeiras. Ele era
tão tranquilo que ao ser picado por uma
cobra cabeça de capanga terminou o serviço que fazia na roça para só então buscar socorro, coisa que lhe custou a vida.
Ficou Ditinha só com a multidão de filhos...
Mas superou e hoje ri do passado (e do
presente)!
Era uma época em que se morria muito, bem mais que hoje, de mazelas comezinhas, de picadas de cobras, de mortais
acidentes. Filhas e filhos descendo, anjos, às sepulturas porque ventos, ou frios,
ou fomes, ou estupores... E Ditinha com
seus olhos miúdos, tratando de ver os
meus, me falou de sua admiração com o
fato de que as pessoas de hoje já não são
tão felizes como aquelas dantes, como ela
outrora e agora.
Rimos também daqueles que insistem
em comparar o passado com o presente e
lamentam as mudanças pelas quais passou o Vale. Cresceu, facilitou-se a vida,
carros e motos alargaram os caminhos antes trilhados por pés descalços e sandálias velhas. Televisões e lâmpadas substituem conversas na obscuridade prévia ao
sono e guardam estrelas esquecidas. Sim,
o mundo mudou e por isso boas recordações de fatos que em seus momentos foram tão dolorosos. Hoje, só porque o hoje
é agora no conforto, rimos do passado
duro. Os desafios de outrora eram outros,
agora novas demandas e amanhã outras.
Que haja vida para tantos desafios!
Aureo Augusto é médico, artista plástico e escritor, cidadão
benemérito de Palmeiras-Ba
Caeté-Açú (Vale do Capão)
Cep: 46940-000
e-mail: [email protected]
JORNAL GAZETA DO VALE, Av. Rio Branco, 596 B, Centro - Itaberaba-Ba
Cep 46880-000 Tel.: (75) 3251-1937 / 92066728 / / 9970-7061
www.gazvale.com.br - email: [email protected] - [email protected]
EDITOR:
Mário Oliva
DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL:
Regina Ribeiro Gondim
COLABORADORES:
Dr. Áureo Augusto - Dr. Eduardo Caricchio - Dr. Ricardo Barretto - Gutemberg Cruz
Dr. José Edmar Silva - Dr. Olavo Seixas - Sandra Léa Bergemann - j.a.mellow
CIRCULAÇÃO NOS MUNICÍPIOS:
Itaberaba, Iaçu, Boa Vista do Tupim, Lajedinho, Ruy Barbosa, Macajuba, Baixa Grande, Mairi,
Várzea da Roça, São José do Jacuipe, Capim Grosso, Jacobina, Várzea Nova, Morro do Chapéu,
Irecê, Canarana, Barro Alto, Ibipeba, Bonito, Tapiramutá, Utinga, Wagner, Cafarnaum, Mulungu do
Morro, Souto Soares, Iraquara, Seabra, Palmeiras, Lençóis, Andaraí, Ibiquera, Ipirá, Itaetê, Marcionílio
Souza, Milagres, Nova Itarana, Planaltino, Maracás, Lafaiete Coutinho, Lagedo do Tabocal, Itiruçu,
Jaguaquara, Itaquara, Irajuba, Santa Inês, Ubaíra, Brejões, Itatim, Santa teresinha, Castro Alves,
Sapeaçu, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Dom Macêdo Costa, Santo Antônio de Jesus,
Rafael Jambeiro, Santo Estevão, Feira de Santana, Salvador, Lauro de Freitas, Dias D’Avila, Camaçari,
Mata de São João, Simões Filho, Caldas do Cipó, Olindina, Cícero Dantas, Nova Soure.
Os artigos e comentários assinados são de responsabilidade de seus autores.
Impressão: Print Mídia - Tiragem: 10.000 exemplares
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
03
População confirmou a sua
confiança em João
Todos nós sabemos o quanto é fácil, na tentativa de
abalar reputações, disparar críticas sem qualquer fundamento, espalhando um sentimento que, no mínimo, é de
desconfiança quanto à figura escolhida como alvo.
João Filho, atual administrador de Itaberaba, foi
alvo constante de críticas desse tipo. Na cadeia de
mandatos de uma prefeitura, para não dizermos de toda
a vida política institucional e do mais amplo universo
de seus agentes, todos e cada um dos gestores municipais não escapam a críticas. E tal situação é preferível à
total, porém impensável, ausência absoluta de críticas.
A crítica de tipo corretivo, construtivo ou como quer
que a chamemos é um elemento necessário à participação política cidadã. E a mídia, em todas as suas formas,
tem aí um papel importantíssimo.
Mas não é a essa louvável modalidade do exercício crítico que nos referimos, porque esta crítica procura ser abalizada, coisa de que necessita para ser
efetiva, para trazer bons resultados e não meramente o
achincalhamento e a injustiça. A crítica a que primeiramente nos referimos, quando dissemos que João Filho
foi constantemente alvejado por ela, é de um tipo sórdido que apenas serve a quem pretende, por cobiça ou
por outros sentimentos igualmente inglórios, derrubar
alguém para assumir o seu lugar. Ela interessa também
a quem pretende abrir caminho para que outro assuma
aquele lugar e então, em contrapartida ao favor recebido – que terá sido o serviço difamador, injuriante e
calunioso – lhe conceda algum benefício. É o caso da
partilha dos despojos.
Despojos, carcaças e restos. Todos esses termos
remetem a um campo bem diferente daquele que nos
interessa aqui. Se despojos são coisas partilhadas por
abutres e hienas, a administração de uma cidade tem
que ver é com a coisa pública e nunca se pode tratá-la
como se ela fosse a despensa em que cada um vai buscar aquilo com que se refestelar. Quando vemos críticas infundadas dirigidas a quem, como João Filho, promoveu uma mudança radical em Itaberaba, já no decurso de sua primeira gestão, só podemos pensar que nes-
ses casos não se trata de buscar o bem comum, a
melhoria da cidade e das condições da população. Tudo
isso na verdade só pode ser feito, isto sim, através de
uma crítica construtiva, reparadora, corretiva mesmo, e
até por meio de uma crítica mais acerba, espinhosa, áspera, cáustica, desde que suficientemente fundamentada e não apenas forjada na cobiça e no desejo de
demolir a qualquer preço, no intuito que de alguém,
assim favorecido, venham depois as sórdidas benesses.
Não, oposição não é isso. E nem de longe parece que é
assim que deveria ser feita.
Uma verdadeira oposição se faria – claro que
estamos pensando no melhor dos mundos – não como
uma postura enrijecida constantemente contrária, mas
como uma atenção honesta e verdadeira ao bem comum, bem que decerto se sobrepõe e que mais certo
ainda deveria sempre se sobrepor a interesses individuais, particulares, menores e malfazejos.
Quando a população de uma cidade considera o
seu presente coletivo e pensa o seu futuro comum não
se rende nunca à falação ordinária, a ataques covardes
e mentirosos a quem, como João Filho, tem se esforça-
do em favor do desenvolvimento da cidade, que é o
espaço primeiro dessa mesma população, a nossa casa
maior. Em favor desse nosso espaço comum, a cidade
de Itaberaba, João Filho e os melhores gestores que
com ele colaboram tem feito com que projetos competentes se tornem realidade, fatos que nos beneficiam
hoje e que amanhã continuarão a nos fazer bem.
O trabalho de João Filho e dos seus colaboradores encheu de confiança e esperança os corações e as
cabeças de nossa cidade. Essa confiança e essa esperança se refletiram na elevada aprovação (76%) com
que foi novamente escolhido para a administração de
Itaberaba, para que dê continuidade aos bons serviços
que já antes demonstrou estar muito bem capacitado a
prestar.
Sigamos em frente, João! Muitos de nós estamos
com Você, porque sabemos que a sua capacidade e
vontade de trabalho estão com a gente, de maneira
honesta, produtiva e verdadeira, para que juntos elevemos cada vez mais o nome deste município e a qualidade do lugar em que vivemos e em que hoje nos encontramos mais felizes que antes.
Contas de 2010 do prefeito João
Filho são aprovadas
O prefeito reeleito João Almeida Mascarenhas Filho pode ficar tranqüilo. As contas do município de
Itaberaba relativas ao exercício de 2010 obtiveram parecer favorável do Tribunal de Contas do Município
(TCM), e postas em votação na Câmara de Vereadores, na terça-feira, 30 de outubro, foram aprovadas por
seis votos a favor e um contra.
Dos dez vereadores que compõem a atual bancada três dos que perderam a reeleição no último pleito
não compareceram: Milzinha, João do Filé e Dinho. O
único que não se reelegeu e compareceu para votar
contra a aprovação foi o vereador Benedito Balio -Frei
Dito do Pt -, mesmo com as contas consideradas regulares e aprovadas pelo TCM, mostrando desta forma
não ser coerente com os fatos.
Votaram a favor: Alinaldo Barros, Ricardo
Pimentel, José Antonio, Gerson Almeida, Zenildo
Aragão (Paraná) e Evanilton Oliveira (Peba). Após a
votação foi elaborado o Decreto Legislativo, oficializando a votação dos vencedores, para ser publicado.
Itaberaba consegue salto
qualitativo no IDEB 2011
A Equipe SMED congratula-se com o Corpo Dirigente, Admiisitraitvo, Corpo Técnico Pedagógico, Corpo Docente e Corpo Discente das Unidades Escolares que compõem a Rede Municipal de Ensino de Itaberaba pela grande conquista alcançada no IDEB 2011,
Entendemos que esta conquista é fruto de toda uma
ação planejada, organizada e sistematicamente estruturada
e acompanhada em torno de um objetivo comum. Trata-se
do resultado de uma ação conjunta, coletiva e colaborativa
que tem sido implantada e mobilizada em toda a rede de
ensino, cujos frutos agora estão sendo colhidos e não
teria sido alcançado por tantas escolas se de fato não tivesse sido um trabalho sistêmico em rede.
Como é possível analisar, todos os dados alcançados por praticamente todas as Unidades Escolares, refletem exatamente toda política atualmente executada, fato
inequívoco que demarca definitivamente a história educacional deste município, quando o mesmo aos olhos do
Ministério da Educação consegue dar um salto qualitativo.
O IDEB geral de Itaberaba em todas as três avalições
anteriores nunca chegou a ser mensurado em avanço
percentual de 1.0 (um ponto) em sua média final. As marcas registradas sempre foram de no máximo 0,4 pontos;
entretanto neste ano o avanço foi significativamente maior do ponto de vista estatítistico, sendo alcançado uma
elevação dos índices em 1.1, e pela primeira vez atingindose meta projetada para anos futuros, no nosso caso, para
2017, o que muito honra a todos nós, evidenciando-se
assim uma expressiva melhoria na qualidade do ensino da
rede como um todo. Esse fato só corrobora que esta não é
uma ação isolada, mas sim o evidente reflexo do que acima
já expressamos.
Deveras foi pontual a implantação de importantes
políticas, que visam sobretudo o combatre à repetência e à
evasão, fatores que em muito pesam na análise dos resultados e na mensuração da NOTA de cada escola e da rede
em geral. Assim cabe-nos o dever de destacar como fatores preponderantes a implementação de ações como:
• Implantação e acompanhamento sistemático do Ensino Fundamental de Nove Anos;
• Revisão e elaboração dos marcos legais que disciplinam e orientam as ações da rede municipal de ensino;
• Programa de regularização de fluxo escolar;
• Proposta de reforço escolar;
• Formação dos Professores (Programa Escola Ativa,
Pacto com os Municípios, Encontros bimestrais com professores da Educação Infantil, AC coletivo quinzenal com
Professores das escolas unidocentes com foco na ação
didática, encontros mensais com os Professores do reforço escolar com foco na alfabetização);
• Levantamento de um quadro de professores
alfabetizadores para atuarem no Bloco Inicial de Alfabetização (iniciativa do município e recomendação do MEC);
• Acompanhamento e monitoramento bimestrais dos
indicadores de desempenho e diagnósticos institucionais;
• Propostas de simulados;
• Progressão Parcial;
• Encontros mensais de orientação e diálogo com os
Coordenadores Pedagógicos por etapa de ensino;
E em consonância com as diretrizes do MEC e do
Órgão Central, as Unidades Escolares por sua vez também
se tornaram vencedoras nesse momento histórico
exatamente porque conseguiram efetivar ações exitosas
com destaque para:
• Planejamentos pautados nas diretrizes e orientações
curriculares da rede;
• Maior atenção da Gestão Escolar para os índices de
aprendizagens da escola;
• Encontros Pedagógicos de Coordenadores com Pro-
fessores para planejamento e discussão sobre a ação
didática;
• Execução das propostas de diagnósticos institucionais, análise dos resultados e proposição de melhorias
de acordo com as necessidades de cada escola;
• Maior atenção na definição do quadro de Professores de acordo com o perfil para a série;
• Maior atenção ao Conselho de Classe como espaço
de reflexão da prática;
• Empenho e compromisso de muitos educadores no
cumprimento do seu papel;
Assim, concebendo-se que toda essa grande conquista é fruto de TODOS e TODAS que:
• cumpriram com o seu papel, respeitando as individualidades e singularidades de cada educando;
• cumpriram com suas cargas horárias, sem deixar o
aluno desasistido;
• souberam ouvir e dar voz ao aluno como ser que
pensa e age a partir da realidade e do exemplo experenciado;
• permitiram fluir a afetividade nas relações interpessoais as quais são capazes de promover a aprendizagem e
a superação do erro;
• souberam fazer do “erro” pedagógico degraus para
a conquista do saber ainda não descoberto;
• dentro da função que exercem na rede tiveram compromisso e comprometimento profissional, ético e moral;
• enfim, que souberam ser de fato EDUCADORES e
EDUCADORAS.
A todos nós, quer das Unidades Escolares, quer do
Órgão Central, mantenedor dessa grande rede educação e
indutor das políticas educacionais, a todos indistintamente, o nosso reconhecimento, congratulações e sinceros
agradecimentos pela conquista imensurável para a história desse município.
Equipe SMED
04
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
Marcionílio Souza
Confirma Fidelidade a Edson Brito
Preocupado com as perseguições e vendo a possibilidade de se reeleger e não poder tomar posse, o candidato
Edson Ferreira de Brito renunciou à sua candidatura em 5
de outubro e apresentou o ex-secretário de Saúde do Município, Adenilton dos Santos Meira, como candidato.
Adenilton já tinha se afastado da Secretaria no mês de abril
na expectativa de ser o vice de Edson, porém, os acordos
políticos fizeram com que o escolhido fosse um nome indicado pelo PT, ficando então fora da disputa eleitoral.
Com a cassação do prefeito Edson o nome de
Adenilton ressurgiu com força como o seu mais provável
substituto, por ser, inclusive, um nome leve e com capacidade de conquistar votos do grupo político adversário, o
que de fato se concretizou nas urnas, quando obteve
55,57% dos votos válidos, ou seja, 3.057 votos, confirmando todas as previsões de vitória.
A vitória da Coligação PSD, PT, PTB, demonstra mais
uma vez o quanto a população gosta do líder Edson
Ferreira de Brito e acentua o repúdio a seus adversários
que assumiram a prefeitura no final do mandato de Edson,
através de manobras escusas.
Confirmada a vitória de Adenilton, o Gazeta fez uma
rápida entrevista, visto que, devido a sua inesperada candidatura, os meios de comunicação da região a não ser as
rádios, ficaram impossibilitados de divulgar a homologação de sua candidatura pela Justiça Eleitoral, publicada
via internet no dia 06 de outubro, cumprindo-se assim os
prazos determinados pela Lei.
Adenilton, como o Sr. recebeu a notícia da sua candidatura?
Eu já tinha me afastado da Secretaria Municipal de
Saúde para ser o vice de Edson Brito quando surgiu a
possibilidade do PT vir a compor a nossa Coligação, nos
pedindo na ocasião a indicação do vice para compor a
chapa, não tive dúvidas, abri mão da pretensa candidatura
a vice e fui fazer política visitando os nossos redutos, sem
no entanto voltar à Secretaria, preferindo me dedicar exclusivamente a campanha eleitoral. Foi então que ocorreu
o episódio da cassação de Edson. Com o atraso dos julgamentos, no dia 05 de outubro, Edson, após ouvir o grupo,
me chamou e disse: “irmão vou renunciar e o meu substituto será você”, e assim foi feito. Por já ter toda a documentação em mãos fomos ao Cartório Eleitoral em Iaçu e
apresentamos meu nome para substituí-lo. No dia 06/10 a
Justiça Eleitoral homologou a nossa candidatura e no dia
07 tornei-me prefeito de Marcionílio Souza através do voto
popular, confirmando assim todas as nossas previsões.
Prefeito, o Sr. esperava esta vitória com uma frente
tão ampla?
Na verdade, esperávamos uma vitória maior. Além de
termos que combater as mentiras e a compra de votos, no
dia da eleição faltou transporte nos nossos redutos - os
motoristas indicados pelo prefeito atual boicotaram os
nossos eleitores. Aqui todos sabem quem é quem, enfrentamos todo tipo de adversidade, mas o povo sabiamente
preferiu continuar com quem sabe governar a se deixar
envolver pelas mentiras dos nossos adversários, e o resultado foram estes 613 votos de vantagem.
O Sr. prevê dificuldades para administrar a partir
de Janeiro?
Muitas, principalmente porque eles estão no poder,
não pagam funcionários, estão sucateando a frota, descontam na folha os empréstimos consignados e não repassam para a Caixa Econômica, o que tem levado diversos funcionários a reivindicar estes pagamentos, inclusive, através da Justiça, mesmo porque trata-se de um crime
e isto é apropriação indébita.
O Sr. que foi secretário de Saúde, fale-nos um pouco sobre a saúde do Município hoje.
Eles conseguiram arrasar a saúde em pouco tempo.
Os médicos não estão vindo mais porque não recebem,
assim como os fornecedores , além de estarem destruindo
a frota de veículos da Secretaria que era toda nova e bem
cuidada. Hoje motoristas fazem o que querem até mesmo
pessoas estranhas ao serviço usam os veículos de forma
acintosa e irresponsável.
Como está o seu relacionamento com Edson Brito
após as eleições?
O melhor possível, as nossas decisões são tomadas em
conjunto, agradeço a eleição a Deus, ao povo e a Edson
Brito, que me escolheu para substituí-lo, inclusive, ouvindo
os companheiros dos partidos da coligação e o povo.
Prefeito, e a Câmara de Vereadores?
Fizemos cinco vereadores, reelegemos três, o povo
retornou a vereadora Iris, que sempre foi uma mulher
batalhadora e fiel a seu líder maior, Edson Brito.
Os nomes que vão ajudá-lo a governar o Município
já foram escolhidos?
Só vou anunciar os nomes que irão compor a nossa
equipe após a diplomação para evitar constrangimentos e
aborrecimentos. Posso no entanto dizer que será uma equipe tão aguerrida e responsável como foi a que ajudou Edson a tirar o município do caos.
Qual a sua maior preocupação no momento?
A nossa maior preocupação é com os desmandos
que estão sendo praticados na Prefeitura o que com certeza deixará o Município inadimplente, pagamentos atrasados, tanto com pessoal como com fornecedores, recursos
do FUNDEF mal utilizados, o que já levou, inclusive, os
professores a ingressaram no Ministério Público, bem como
o não pagamento de três meses de aluguel do prédio onde
funciona a Assistência Social e o CRAS que pertence à
Paróquia, e por ai afora. Sei que as dificuldades serão muitas, mas com a ajuda do povo e a nossa confiança em
Deus, temos a certeza que superaremos as barreiras e se
Deus assim o permitir, vou assumir no dia 01 de janeiro de
2013 para dar continuidade à grande administração de Edson, mesmo sabendo que vou receber uma Prefeitura desorganizada, pois, apesar do curto período em que nossos
adversário estão no seu comando, as queixas dos funcionários são muitas, vão desde o atraso no pagamento dos
salários a outros desmandos que só vamos poder verificar
quando tomarmos posse.
Askadoi conquista 14 medalhas no Campeonato Feirense
A ASKADOI (Associação de Karatê-Dô de
Itaberaba) participou no dia 27/10 (sábado) no Ginásio
de Esportes Oyama Pinto em Feira de Santana, do Campeonato Feirense de Karatê, evento organizado pela
Academia Boa Forma com o apoio da Federação Baiana
de Karatê.
A Askadoi/Itaberaba foi representada por 12 atletas que com muita garra conquistaram 14 medalhas - 09
de ouro e 5 de prata.
Classificação dos atletas itaberabenses: Mayana
Cerqueira - Ouro Kumitê e Prata Kata; Rafael Brito –
Ouro Kumitê; Matheus Almeida – Ouro Kumitê; Glauber
Azevedo – Ouro Kumitê; Victor Hugo – Ouro Kumitê;
Ervellin Neo Marx – Ouro Kumitê; Lauro Gabriel –
Ouro Kumitê; Samuel Azevedo – Ouro Kumitê e Ouro
Kata; Ramon Nery – Prata Kumitê; Wanderson – Prata
Kumitê; Cleiton – Prata Kumitê; Thiago – Prata Kumitê.
Atuaram como técnico os professores José Antonio e Cleuber Azevedo e como delegado e coordenador
da delegação o Prof. José Rebouças.
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
05
VI Feira do Conhecimento, Arte e
Cultura em Wagner
Com grande envolvimento dos estudantes, professores e toda comunidade dos municípios de Wagner, Utinga e Bonito, realizou-se durante os dias 22 a
25 de outubro no Centro
Territorial de Educação Profissional da Chapada Diamantina (CETEP), ações
pedagógicas desenvolvidas nos diferentes cursos
técnicos durante este ano
de 2012, onde os estudantes tiveram a oportunidade
de mostrar no município de
Wagner, suas potencialidades.
Para a realização da “VI
Feira do Conhecimento, Arte
e Cultura” foram montadas
salas temáticas, onde foram
realizadas oficinas, cursos,
apresentações culturais, debates, palestras e exposições. “O objetivo é contribuir com a formação integral
do estudante. Sendo este
evento um princípio edu-
cativo adotado pelo Plano
de Educação Profissional da
Bahia, esse tipo de atividade
visa fazer com que os estudantes se apropriem ainda
mais dos conhecimentos e
técnicas necessárias ao exercício profissional e da cidadania”, salientou o diretor do
CETEP, Rodrigo Martins
Serpeloni.
Os estudantes do curso técnico em Agropecuária ministraram palestras
sobre temas como vazão do
rio, quando foi ressaltada a
importância de medir a
quantidade das águas dos
mananciais para a convivência com a seca nos períodos mais críticos de estiagem. Outro tema abordado
foi sobre a declividade do
solo, quando foram apontados métodos adequados
para conservar o solo por
meio de técnicas de manejo
apropriado como: aração,
gradagem, plantio em nível
e coveamento. Também ensinaram como produzir doces e iogurtes, derivados
do leite.
Durante todo o dia 25,
os estudantes do curso
técnico em Edificações,
Meio Ambiente e Agropecuária tiveram palestras
com técnicos de instituições públicas do município
como a Agência Estadual
de Defesa Agropecuária da
Bahia (Adab), Instituto
Chico Mendes e Corpo de
Bombeiros que ministraram
palestras sobre temas como
prevenção de acidentes,
biodiversidade, criação de
abelhas e as conseqüências do uso de agrotóxicos
para o meio ambiente. Segundo o Coordenador da
ADAB, Luciano Lima, as
instituições públicas têm a
necessidade de se fazer
presentes nesses eventos
uma vez que possibilita demonstrar a sociedade os
trabalhos realizados pela
instituição, dividir responsabilidades de forma compartilhada com a comunidade e promover a difusão do
conhecimento através de
ações de educação sanitária com esses alunos. “Os
temas abordados aqui hoje
pelos fiscais tem relação
não só com os servidores
da ADAB, mas também com
o dia-a-dia desses estudantes. Quando falamos na utilização de agrotóxicos, as
conseqüências da sua uti-
lização sem critérios e sem
proteção durante a manipulação, falamos de uma realidade que está próxima desses estudantes, que futuramente se tornarão produtores e/ou técnicos agrícolas
e nos ajudarão na conscientização diante desse grande desafio. Contudo, tal
tema não só vale para os estudantes de agropecuária,
mas também para os estudantes de meio ambiente e
enfermagem, pois tem conseqüências sobre a produ-
ção apícola, a poluição de
mananciais da região e os
efeitos nocivos aos manipuladores desses agrotóxicos sem a utilização de
equipamentos de proteção
individual (EPI’s)”.
Para a vice- diretora,
Orlanita da Silva Santos,
esse tipo de atividade possibilita a troca de experiências entre estudantes e a
prática dos aprendizados
adquiridos em sala. “Esta
troca de olhares e conhecimento beneficia os moradores e nossos estudantes
que aprendem os conteúdos e práticas em situações
reais. Também é uma oportunidade de expor para os
empresários locais a excelente formação que nossos
estudantes recebem, além
de proporcionar que outros
estudantes conheçam e se
interessem pelos cursos
técnicos ofertados aqui no
Centro”, afirmou.
Reeleição em Tanquinho sob suspeita de
abuso de poder econômico
Você quer que seu filho chegue à universidade? Claro
que sim. Todos nós queremos isso. Mas antes ele precisa
cursar o ensino básico. É o alicerce da educação. É dali que a
criança dará um salto na direção de um futuro melhor, o futuro que sonhamos para os nossos filhos.
No Brasil, a educação básica que os nossos filhos precisam é primeiramente uma responsabilidade do Governo
Federal. Isso porque é ele que envia verbas aos municípios,
para que estes cuidem da educação em suas escolas. Essa
verba é a verba do Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O Fundeb é um fundo especial previsto como obrigatório pela própria Constituição Federal. Ele é distribuído por
todos os municípios do país e deve ser aplicado exclusivamente na educação básica.
Quando um prefeito recebe a verba do Fundeb, ele passa a ser responsável por usar essa verba para a manutenção
e a melhoria da qualidade do ensino básico, inclusive das
condições de trabalho de professoras e professores e de
todos os profissionais que trabalham para a educação de
nossos filhos na escola da cidade em que moramos.
Esse é um motivo importante para que a verba do
Fundeb seja tratada com muita seriedade. Por essa razão, o
dinheiro da verba do Fundeb só deve ser usado para a educação. Ele não deve ser usado para nada mais. Não vale usar
esse dinheiro para cuidar de praças, para fazer reformas, para
o pagamento de funcionários de outras áreas que não seja a
educação. Esse dinheiro é exclusivo para a educação. É assim mesmo. E ponto final.
Mas vamos continuar. A gente não pode parar por aqui.
E vou responder por que não podemos parar nesse ponto.
Vou responder isso fazendo uma pergunta: Você permite que
o prefeito de sua cidade use a verba da educação para pagar
os custos da campanha eleitoral dele?
Claro que a sua resposta é um “NÃO” bem redondo. E
Você sabia que se um prefeito fizer isso ele pode ser processado e perder o mandato, deixar de ser prefeito?
Pois bem, para fiscalizar o uso dessa verba é que existe,
em cada município, o chamado Conselho do Fundeb. É o
Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação. O nome é
grande e a importância desse conselho é ainda maior. Ele é
formado por um grupo de pessoas e a sua função principal é
acompanhar e controlar a distribuição, a transferência e a
aplicação dos recursos desse importante Fundo, quer dizer,
do dinheiro da verba do Fundeb.
Neste momento em que termina uma gestão municipal
– para que, em breve, dentro de apenas poucas semanas –
outra tenha início, cabe perguntar se a população de
Tanquinho se encontra bem informada quanto à aplicação
dos recursos do Fundeb em seu município, sob a gestão do
Sr. Jorge Flamarion Ramos de Souza, recentemente reeleito,
por uma pequena margem de votos, para o cargo de prefeito
dessa cidade.
Há pouco tempo, no cumprimento de suas funções, o
Conselho do Fundeb do município de Tanquinho examinou
o balancete da Prefeitura enviado à Câmara Municipal. Nessa fiscalização, o Conselho encontrou DESVIOS DE VERBA
NA CONTA DO FUNDEB, que é a conta que todo município
deve ter, para que seja possível o controle da aplicação desses recursos exclusivamente destinados à educação. Encontrou também uma DISCREPÂNCIA ENTRE O VALOR DA
VERBA DO FUNDEB E AS DESPESAS REALIZADAS. Verificou um aumento na folha de pagamento dos professores,
aumento injustificável, não só porque não houve um aumento na quantidade de alunos no ensino básico, mas também
porque esse aumento na folha de pagamento se deu precisamente num período em que é claramente proibida a contratação
de professores.
Dentre as irregularidades encontradas pelo Conselho
do Fundeb do município de Tanquinho, destacam-se os seguintes desvios de dinheiro da conta do Fundeb:
•De fevereiro a julho de 2012: Desvio de R$ 160.000
•Agosto de 2012:
Desvio de R$ 100.000
•Agosto de 2012:
Desvio de R$ 20.000
•Setembro de 2012
Desvio de R$ 90.000...
A soma dos valores desviados da conta do Fundeb
corresponde a R$ 370.000 (trezentos e setenta mil Reais).
O Conselho do Fundeb chegou a obter essas informa-
ções depois de ter insistido, junto ao Banco do Brasil, na
exigência de que essa instituição bancária lhe fornecesse os
extratos relativos à movimentação da conta referente ao
Fundeb. Como documentos, os referidos extratos evidenciaram terem ocorrido os desvios acima indicados.
Verificadas essas gravíssimas irregularidades, o Conselho do Fundeb intimou o Sr. Gilson Cordeiro dos Santos,
secretário da Educação do município de Tanquinho, a comparecer a audiência pública, para prestar esclarecimentos
acerca da aplicação dos recursos provenientes do Fundeb.
O secretário confirmou os desvios, conforme se pode verificar na ata da referida audiência pública. Afirmou que tinha
consciência de que o ato era ilegal; que se trataria de “um
empréstimo” e que o valor seria devolvido; que se viu na
necessidade de pagar funcionários da educação e da saúde;
que efetivamente teria feito esse pagamento com o dinheiro
desviado; que com o mesmo dinheiro também teria custeado
despesas suplementares relativas à realização de uma obra
municipal (para a qual, conforme apurado, uma verba própria
era já destinada, não havendo necessidade de seu custeio
através de outros recursos, muito menos – o que é óbvio,
através de verba do Fundeb, dada a exclusividade de sua
destinação, que, como já vimos, é a educação básica). Alegou também, o mesmo secretário, que teria realizado a compra de peças de automotivas, na Davi Autopeças Ltda, e
que, só no mês de agosto, teria gasto R$ 18.000 no pagamento de despesas com combustível.
O Conselho acredita que, no intuito de driblar a detecção
do desvio do dinheiro do Fundeb, o prefeito, por meio de seu
secretariado, tenha recorrido a tais alegações, na tentativa
de justificar desvios através da apresentação de despesas
que por diversos motivos são impróprias, sobretudo por
envolverem a utilização da verba do Fundeb.
As circunstâncias em que esses desvios se deram permite considerar como fundada a suspeita de ter que a aplicação indevida da verba do Fundeb serviu ao financiamento
da campanha de Jorge Flamarion, com a qual este pretendeu
a reeleição. O crime pode ter ocorrido em concurso com a
contratação ilegal de pessoal para a área de educação
(contratação que teria sido feita em período eleitoral), no
intuito de angariar votos. Com isso as despesas com folha
de pagamento foram elevadas a um patamar acima do limite
determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sim, tudo leva à triste e revoltante conclusão de que em
Tanquinho, neste ano que se aproxima de seu final, a verba
do Fundeb, destinada exclusivamente à educação básica, foi
utilizada na compra de votos.
06
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
ESQUEMA CRIMINOSO DE COMPRA
DE VOTOS EM IBICOARA COLOCA
PREFEITO ELEITO NA MIRA DA
POLÍCIA FEDERAL
ABUSO DE PODER, truculência, violência física e
moral contra eleitores, manipulação das Policias Militar e
Federal, compra de votos com moeda falsa e até mesmo
com cheques sem fundo. Esses elementos deram a tônica
da eleição na cidade de IBICOARA, na Bahia.
Tudo isso teria acontecido em Ibicoara, a cerca de
570 km de Salvador, no último pleito eleitoral, que deu
vitória a Arnaldo Silva Pires, a seu vice, Lourivaldo
Magalhães Aguiar, conhecido como Val, e a vereadores da mesma coligação. A vitória – por ora, chamemola assim – se deu por uma pequena, porém espantosa
diferença de 43 votos, contrariando as pesquisas e toda
a lógica da política local, que apontava como certa a
vitória da Prefeita SANDRA VIDAL, deixando a população não apenas surpresa, mas também revoltada.
A denúncia, que reproduzimos nesta edição da Gazeta do Vale, nos foi apresentada por Sandra Vidal, atual
prefeita do município, depois de ter levado o caso ao
conhecimento de todas as autoridades Federais do País,
por intermédio de sua assessoria jurídica, trazendo à
luz todas as “atrocidades” cometidas, que tanto
macularam a democracia, “ferindo de morte” o direito
individual das pessoas.
Indignada com os acontecimentos, a Prefeita Sandra
Vidal fornece detalhes estarrecedores, numa denúncia que
foi também conduzida às autoridades competentes, como
a Corregedoria da Polícia Federal, em Salvador e em Brasília,
o Ministério Público Federal Eleitoral, a Corregedoria da
Polícia Militar do Estado da Bahia, a Corregedoria do Ministério Público Estadual e o Conselho Nacional de Justiça, a estas duas últimas instâncias, para que apurem as
condutas técnicas das autoridades eleitorais locais, como
o Promotor GUSTAVO FONSECA VIEIRA e o Juiz Eleitoral EGILDO LIMA LOPES.
A nossa cidade de Ibicoara, até onde alcança a
memória do povo, pelo que eu sei e pelo que os mais
velhos me dizem, é uma cidade em que sempre reinou
um clima de paz nas eleições. Nunca vi nem ouvi falar
da necessidade de polícia pra garantir eleição em
Ibicoara, onde a lei sempre trouxe segurança, sem necessidade de intervenção da polícia para agredir e desmoralizar. Mas este ano a coisa foi diferente. E foi mais
que isso: foi revoltante. Eu explico isso aqui, mas muita
gente mesmo já sabe o que aconteceu, porque viu o
que aconteceu e também por isso mesmo sente o que
estou sentindo: indignação, revolta, vontade de justiça para que paguem pelos crimes que cometeram.
ATRUCULÊNCIA INVADE A PAZ, EM FAVOR DE
UM GOLPE - A Polícia Federal Regional de Vitória da
Conquista, a polícia militar do Comando sudoeste e a
“Caatinga”, vinda da cidade de Andaraí, chegaram a
Ibicoara e, dois dias antes da eleição, o que a população assistiu foi uma atuação truculenta, violenta,
abusiva, amedrontadora e desigual, cujo conjunto de
atrocidades trazendo terror pra nossa cidade, interferiu
diretamente, como acredita, no inesperado resultado.
Não foi nada de fiscalização do processo eleitoral. Nada
disso. A presença das duas polícias não foi para trazer
segurança aos cidadãos. O que vimos foi que as forças
policiais cuidaram mesmo foi de perseguir os meus eleitores, os partidários de minha coligação, dando a clara
impressão de que elas estavam na cidade a fim de prestar serviço à coligação do candidato Arnaldo Silva Pires, adversário nosso nas urnas.
Já na véspera da eleição, as forças policiais se ocuparam de perseguir eleitores e cabos eleitorais de nossa coligação, retirando deles o material de campanha
que estivesse com eles, mesmo eles estando dentro do
respeito à lei eleitoral.
Também nesse mesmo dia, véspera da eleição, o Sr.
Gustavo Fonseca Vieira, promotor de justiça da Comarca
de Barra da Estiva, como se policial fosse e acompanhado
de vários agentes da Polícia Militar e da Polícia Federal,
fez com que arrombassem o nosso comitê de campanha.
Para a surpresa de todos os que assistiram essa invasão,
os policiais pegaram todo o nosso material de campanha
e o levaram a um local desconhecido, ferindo o direito de
igualdade eleitoral. Se houve alguma determinação oficial
para isso, até agora a gente desconhece. O que se pode
dizer com certeza é que a ação policial, do jeito que foi
realizada, tem seu conteúdo questionável, porque não foi
acompanhada da apresentação de nenhuma ordem judicial que determinasse o arrombamento, a apreensão e a retirada de material de campanha. E nenhum auto de apreensão foi elaborado, ou seja, nenhum relatório detalhado,
contendo a especificação de todo o material subtraído e a
indicação do local para onde este mesmo material apreendido seria levado. É também oportuno dizer que o candidato adversário, “ARNALDO”, pôde utilizar livremente
seu material de campanha, sem nenhuma restrição. E também isso causou estranheza para a população, que notou
a clara desigualdade de condições nas eleições.
A legalidade dessa operação é questionável, eu repito. Ela foi promovida pelo referido promotor de justiça da
comarca de Barra da Estiva, distante 45 km de Ibicoara.
Disseram – vejam só! –, que estariam à procura de armas
e drogas. No meio da operação, para justificar o arrombamento do nosso comitê, de repente e de forma teatral,
quiseram que a gente acreditasse que tinham achado uma
arma de fogo no local. Mas a gente sabia que o comitê
estava trancado e que ali apenas se guardavam o material
de campanha e documentos relacionados à prestação de
contas. O material e os documentos estão desaparecidos
até agora, o que poderá implicar em prejuízos irreparáveis
para o município, que deverá apresentar contas, no final
do mandato, ao TCM (Tribunal de Contas do Município).
Atentos a isso, encaminhamos representação ao Procurador Geral da Justiça, para que os excessos de conduta
sejam averiguados e para preservar o interesse público.
PERSEGUIÇÃO - Preciso dizer e, mais que isso, denunciar publicamente o fato de que durante todo o período de campanha eleitoral, fui dura e intensamente perseguida por forças policiais. Foi o Comando de Brumado, a
CAAESG, de Vitória da Conquista, e foi também a Caatinga, sediada em Andaraí. Recordo inclusive ter ocorrido
invasão, por parte dos referidos grupos policiais, do nosso comitê de campanha na Comunidade do Renascer, onde
contamos (ou pelo menos contaríamos, se em situação
legal e pacífica) com 90% das intenções de voto.
Nesse mesmo local, do qual todos sabiam da expressiva notoriedade e consequente vantagem eleitoral de
nossa coligação, muitos eleitores foram abordados de
maneira intimidatória, truculenta, abusiva e humilhante,
dentro do próprio local de votação, trazendo como clara
consequência prejudicial o não comparecimento de muitos eleitores, pois não foram poucos os que se viram forçados a desistir de usar o seu direito de votar, nessa situação traumática, por medo de sofrerem represálias, o que
já estavam sofrendo mesmo antes de votarem, já mesmo
durante o período da campanha.
PERSEGUIÇÃO A ELEITORES, PRISÕES E
APREENSÕES ILEGAIS, ALÉM DE OUTROS
DESMANDOS - O mesmo Sr. Gustavo Fonseca Vieira –
Promotor de Justiça da Comarca de Barra da Estiva, a
quem já nos referimos antes – fez a prisão ilegal de
várias pessoas, até de pessoas que estavam somente
de passagem por Ibicoara, que é um município de interesse turístico, todo mundo sabe. Cidadãos comuns
foram presos sem nem se dar conta direito do motivo
da prisão. Tenho informação de que isso aconteceu
com o Sr. Renê, com o Sr. Ramos, com o Sr. Lucas, o Sr.
Jackson, o Sr. João... O pior mesmo é que sabemos que
essas prisões foram ilegais, porque também elas foram
feitas sem nenhuma ordem judicial, sem nenhum crime
praticado por essas pessoas, quer dizer, sem nenhum
flagrante delito. E essas prisões aconteceram justamente
em período eleitoral. A gente sabe que isso é ilegal.
Outro desmando inaceitável foi a apreensão de veículos de pessoas que se encontravam em visita à cidade. Isso não é só lamentável, é muito revoltante. Aconteceu até a apreensão da arma de trabalho de um policial civil e também do seu veículo. Como se isso não
bastasse, o mesmo policial foi detido. E tudo isso aconteceu a mando do Promotor de Justiça da Comarca de
Barra da Estiva, o Sr. Gustavo Vieira.
É preciso deixar bem claro o seguinte: a perseguição foi direcionada, foi feita exclusivamente aos eleitores de nossa coligação, com abordagens truculentas,
com agressividade, violência física e psicológica. Era
muito fácil perceber a intenção disso tudo. O objetivo
claro era o de inibir a livre expressão da vontade de
voto, sempre que essa intenção de voto fosse a favor
de nossa coligação, que é chamada “Pra Fazer Muito
Mais”. O que se viu foi que eles fizeram muito mais, só
que do jeito deles, se servindo de truculência, inibindo
quem pretendesse votar em nós. Teve eleitores, e foram muitos, que tiveram de tirar a camisa e ficar nus da
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cintura pra cima, isso muitas vezes por um bom tempo,
porque os policiais os obrigaram a esse vexame. Mas
não se viu disso no caso de eleitores que tinham a
intenção de votar na coligação adversária, chamada de
“Juntos por Amor a Ibicoara”. Juntos eles estavam sim,
mancomunados, tudo de arranjo, mas não se juntaram
por amor a Ibicoara nem ao povo da cidade, porque o
que se viu foi truculência mesmo, intimidação.
Há vários testemunhos de agressão física a eleitores
nossos, abordados pelas Polícias Militar e Federal. Foram
muitas as formas de violência física e psicológica, tudo
para deixar nossos eleitores com medo de votar. E realmente muitos se intimidaram. O terror foi calculado e não
era para menos. Sabe-se que algumas mulheres foram até
mesmo obrigadas a votar vestindo somente roupa íntima.
E há testemunhas disso. Quem estivesse vestindo camisas de nossa coligação ou estivesse com adesivo nosso
podia contar com o risco de sofrer represália. O mesmo
não ocorria com os eleitores que apresentassem camisa
ou número do candidato da coligação adversária. Não
falta quem tenha testemunhado dizendo que estes outros
cidadãos, eleitores de Arnaldo, não sofriam nenhum tipo
de abordagem. O sentimento de ameaça e a sensação de
medo não deixam a memória de quem passou por situações de violência e vexame na véspera da eleição e principalmente no dia mesmo do pleito. Isso consta dos depoimentos prestados por muitas dessas pessoas e, de forma
ainda mais contundente, como uma infeliz e odiosa lembrança que também não se apagará de suas memórias e
que exige o cumprimento da justiça.
CAMPANHA DIFAMATÓRIA - A truculência praticada contra os eleitores que pudessem ser identificados como favoráveis à nossa coligação – violência
cometida com a clara intenção de intimidar esses eleitores – foi acompanhada de mais uma prática igualmente sórdida e criminosa: uma campanha difamatória movida contra a minha pessoa.
O Sr. Arnaldo Silva Pires e o Sr. Lourivaldo Magalhães Aguiar (respectivamente os candidatos a prefeito e a vice na coligação adversária) e os Srs. Renan de
Sá Teles Pina, Pablo Magalhães Pina, Ricardo Luz Silva
(os três sendo vereadores da oposição), transitaram
pela cidade em viaturas da Polícia Federal, já mesmo na
véspera da eleição, abordando pessoas pelas ruas e
afirmando que estariam à caça da Prefeita, que iriam me
prender e que se eu fosse eleita não chegaria a assumir
o cargo. Foi o que alardearam por Ibicoara, sendo escoltados por policiais federais.
À frente dessa campanha difamatória esteve o Sr.
Ricardo Silva Luz, vereador da oposição, e os policiais
federais Alvarenga e Montenegro, que o acompanhavam
nessas blitzes, nesses passeios de perversidade, nos quais
o dito vereador sempre procurou ser bem notado por todos, em cada oportunidade de abordagem e difamação de
minha pessoa, querendo dar a entender uma coisa absurda: que haveria algum motivo para a minha prisão e que
ele próprio teria influência forte dentro da Polícia Federal.
Há inclusive uma ação criminal contra o dito cujo, na qual
testemunhas depõem sobre esta afirmação do vereador.
Este mesmo vereador, Ricardo Silva Luz, se deixava
observar no interior da viatura, fazendo uso de equipamentos que todos reconhecem como sendo de acesso
exclusivo da Polícia Federal: rádio modulador de frequência, aparelhos auditivos de captação de frequência... Circulando pela cidade, escoltado por aqueles policiais, ele
ia indicando (com base em seu conhecimento e no seu
interesse) as pessoas que deveriam ser abordadas, todas
elas partidárias de nossa coligação, inclusive pessoas que
atuavam como fiscais de nosso lado. O trio foi visto nessa prática até mesmo às duas horas da madrugada em que
o dia da eleição mal começava e que já revelava o terror
que seria todo o processo eleitoral, marcado por atos dessa e de outras espécies igualmente ou ainda mais medonhas. A população, nunca ingênua diante de atos monstruosos como os que se viram naqueles dias – atos aos
quais, como se disse, não se viam acostumadas – logo
notou que se tratava de alguma articulação nojenta e premeditada, friamente calculada, planejada com a intenção
de tomar o poder a todo custo, criando um sentimento de
insegurança para os nossos eleitores, alimentando neles
uma desconfiança principalmente contra a minha pessoa,
com a difamação de meu nome.
A CONFIANÇA NO GOLPE - Na cabeça do Sr.
Ricardo Luz acendeu a pobre ideia (ou acenderam em
seus miolos essa lampadinha fajuta) de sair dizendo
pela cidade que a vitória de seu candidato teria acontecido unicamente pelo fato de ele próprio ter convocado
a Polícia Federal do comando de Vitória da Conquista,
sabendo nós – e aqui repito! – que esse senhor contou
com a companhia e a escolta dos policiais Alvarenga e
Montenegro, dentre outros. Esses dois policiais tiveram um papel também desastroso num outro momento
de perseguição infame contra a minha pessoa, planejada
pelos mesmos sujeitos que eu aqui denuncio em seus
malfeitos, em seus atentados contra mim, contra os eleitores de nossa cidade, contra a nossa democracia.
Voltarei depois a esse ponto, porque agora não
posso deixar de dizer, com muita indignação, que a conduta aterrorizante dessas patrulhas da intimidação causaram pânico em toda a comunidade, principalmente
nos povoados em que a grande maioria das intenções
de voto era claramente favorável a meu nome e ao de
Paulo Costa, candidato a vice-prefeito, a meu lado.
Muitos eleitores deixaram de comparecer às urnas, amedrontados diante da ameaça de uma investida ainda
mais truculenta por parte dos policiais que davam escolta aos “cabeças” da campanha criminosa.
TRUCULÊNCIA EM ZONAS ELEITORAIS - Uma
boa centena de eleitores reclamou do fato de não ter votado, pois assim julgaram por não terem visibilizado, quando na urna, a imagem da candidata (a minha foto), ao
digitarem o número 65. Muitos não chegaram a ver nem
mesmo o meu nome. Aos eleitores que se viram nessa
dúvida, os mesários explicaram que isto seria “normal”.
Mas a sensação de que não teriam efetivamente votado
levou muitos eleitores, como seria esperável, a questionarem a situação. Essas reclamações de eleitores, na sua
justa reivindicação do direito ao voto, diversas vezes tiveram como contrapartida, ao que consta, da parte de
agentes das Polícias Militar e Federal, uma reação mais
uma vez truculenta, constando de depoimento que, numa
dessas vezes, um policial, de arma em punho e apontada
para um eleitor queixoso, tratou de expulsar este do recinto da zona eleitoral, assim como outros eleitores insatisfeitos que ali reclamavam seus direitos. Consta que tais
agressões chegaram a ser mais que somente verbais, tendo ocorrido agressões físicas, conforme testemunhos.
MULHERES HUMILHADAS EM CASCAVEL- Acomunidade de Cascavel é o distrito mais populoso de
Ibicoara e é também o local em que sabemos que nossa
coligação pode contar com o mais expressivo número de
eleitores. Pois foi justamente aí que a truculência foi também mais expressiva, intensa, intimidatória. Policiais militares que foram designados para aquela localidade fizeram o distrito de Cascavel experimentar o pior momento
de sua história política, colocando eleitores contra a parede, enfileirados, 10 pessoas a cada vez, antes que elas
fossem liberadas para votar. Tudo era sempre feito com
intimidação e ameaças acompanhadas da pergunta sobre
a intenção de voto. Eleitores de nossa coligação, quando
identificados por vestirem camisas ou usarem adesivos
com o nosso número (65), foram abordados por policiais,
tanto militares quanto federais, que chegaram até mesmo
a lhes apontar armas, obrigando-os a retirar os adesivos e
as camisas, pois só assim lhes seria permitido adentrar a
zona eleitoral. Dentre os testemunhos que tratam dessa
intervenção ilegal, destacam-se os depoimentos que indicam o fato lastimável de mulheres terem sido obrigadas a
votar trajando apenas peças íntimas.
AGRESSÃO Á PREFEITA E À SUA FAMÍLIA - No
dia da eleição, quando nos encontrávamos reunidos em
situação de agradável deleite familiar, num restaurante localizado a quase 30 km de distância da cidade e da urna
eleitoral mais próxima, tivemos o imenso desprazer de sermos abordados pelo Promotor de Justiça já aqui muitas
vezes referido. Ele de novo se encontrava no comando de
viaturas das Polícias Militar e Federal.
Numa atitude deliberadamente intimidatória, sem que
solicitassem a nossa permissão, passaram a fotografar a
mim e à minha família. Aproximando-se de nosso grupo,
exigiram que eu e uma de minhas irmãs nos despíssemos
ou efetuariam a nossa prisão, por flagrante desacato à
sua autoridade. Isso mesmo foi dito, numa postura violenta, pelo policial de nome Montenegro, na presença de
vários eleitores e daquele dito promotor de justiça. Marta
Gomes Vidal, minha irmã, se sentiu coagida a tirar a roupa,
pois se via diante de policiais de arma em punho e visivelmente determinados a agir de maneira a desestabilizar o
correto andamento das eleições.
Repare-se que tudo isso se deu em local que de
modo algum se caracterizava por clima eleitoral. Que
eles tenham se deslocado para um ponto tão distante
das urnas e da área urbana só pode caracterizar o fato
como uma perseguição. A isso se acrescentaram ainda,
como disse, a violação, por parte das Polícias Militar e
07
Federal, da imagem da prefeita, porque foram feitos
registros fotográficos não autorizados.
Mas os desmandos não ficariam por aí. Após essa
abordagem, a perseguição, antes mascarada, teve continuidade, de maneira que fomos seguidos até a cidade,
por ambas as polícias e pelo promotor de justiça. Quando deixei o automóvel, seguindo em direção à casa do
Sr. Paulo Costa, candidato a Vice, popularmente conhecido por Paulinho, o assédio se manteve da mesma maneira truculenta, intimidatória. Eram duas viaturas da
Polícia Federal e ainda o automóvel do promotor de
justiça eleitoral.
O JEITO EM QUE AS COISAS FORAM FEITAS (O
MODUS OPERANDI) - Os fatos revelam um modus
operandi (um esquema operacional) assim desenvolvido:
a) criação de factoide; b) apresentação de factoide presumidamente legal, através de ofício encaminhado a autoridades; c) manipulação da presença de forças policiais militares e federais, as quais tenderam a atuar em ostensivo
abuso de autoridade, numa postura claramente parcial.
AS CONSEQUÊNCIAS - Houve uma significativa
perda de eleitores partidários de nossa coligação, pois
o foco das atuações de terror foram precisamente os
distritos em que uma expressiva vitória de nossa parte
era praticamente certa. Paralelamente a isso – e como
que encoberto sob o terror desses atos – ocorria outro
fato, igualmente vergonhoso: o esquema de compra de
votos colocado em prática inclusive através do derrame de dinheiro falso, supostamente a serviço do candidato Arnaldo Silva Pires e de sua coligação, e com a
participação de empresários locais, cujos nomes e empresas já se encontram no foco de investigações de
força tarefa da Polícia Federal em Brasília.
DERRAME DE MOEDAFALSAE COMPRADE VOTOS. A REAÇÃO DOS CIDADÃOES DE IBICOARA - A
associação entre essas duas práticas, o derrame de moeda falsa e a compra de votos, não poderia passar despercebida na cidade, de maneira que, em muito pouco tempo,
comentários a respeito começaram a se dispersar por
Ibicoara. De fato, indignados com a prática condenável
da “compra de votos”, eleitores e moradores em geral –
inclusive pessoas que tomaram parte em acertos escusos,
assumindo todos os riscos – resolveram denunciar terem
sido alvo de um “esquema de compra de votos” tramado
por membros da coligação opositora, inclusive envolvendo empresas locais (esquema a que talvez até mesmo círculos políticos mais elevados estejam relacionados).
De todo modo, entre os que se assombraram diante do fato, inédito entre nós, é unânime a crença de que
se trataria de uma poderosa quadrilha de distribuição
de moeda falsa, com o objetivo específico de “comprar
a eleição”.
08
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
Esta ação vergonhosa, verdadeira provocação ao
povo e aos valores democráticos, se acrescentou aos
atos de perseguição e violência contra eleitores e contra os membros de minha coligação, inclusive a mim
mesma, conforme já aqui referido. Juntou-se também à
manipulação das polícias Federal e Militar. E tudo foi
realizado com a firme e deliberada intenção de prejudicar a obrigatória igualdade de condições nas eleições.
A clara constatação de que se tratou de um grande
arranjo ilícito destinado à tomada do poder é reforçada
pelas circunstâncias em que se deu a presença de policiais federais na cidade, nos dias que antecederam à eleição
e no próprio dia de realização do pleito. A população ainda será bem melhor informada a esse respeito.
Fato que a todos nós é já agora claríssimo é que os
excessos cometidos pelas polícias, aparentemente sob o
encargo do promotor eleitoral local, resultaram no cerceamento da liberdade e do direito democrático da livre escolha de seus candidatos, trazendo sérias consequências
sobre a nossa coligação, prejuízos, contudo, apenas momentâneos e reparáveis, se acreditamos na justiça. E temos firmes razões para essa confiança.
Da parte de nossa corajosa população, a indignação ante os acontecimentos foi logo expressa com firmeza por muitos cidadãos, em número crescente. É a
honrosa exigência de que fossem tomadas as devidas
providências legais, mesmo diante da situação de ameaças destinadas a fazer calar as suas vozes e o seu
clamor por justiça. Enquanto isso, muitos cidadãos da
nossa comunidade, comprometidos com a verdade, vem
denunciando às autoridades federais os absurdos ocorridos em nossa cidade de Ibicoara.
SÉRIAS PROVIDÊNCIAS JÁ FORAM TOMADAS - A população de Ibicoara pode estar certa de que
as providências para a reparação dos prejuízos causados por essa ofensa à nossa cidade já começaram a ser
tomadas...
O escandaloso esquema de compra de votos que
foi praticado em nosso município curiosamente envolveu não apenas o “toma lá dá cá” em que essa troca
perniciosa comumente consiste, mas também, muitas
vezes, até mesmo o impedimento de que o eleitor ou a
eleitora comparecesse às urnas, em especial quando se
tratasse de povoados em que a nossa coligação conta
com a preferência da maioria. Esse impedimento se deu
por meio da retenção do título de eleitor e da carteira de
identidade das pessoas envolvidas, a tanto sujeitadas
por uma situação de carência material. A contrapartida
seria feita em bens diversos, através de cheques (inclusive pré-datados), mediante o pagamento em dinheiro, bem como por meio de outras modalidades. Quando
o pagamento pelo voto (ou pela abstinência) foi feito
em dinheiro, constatou-se que a maior parte do valor
era pago em notas falsas.
No caso da compra de votos através de cheque
pré-datado (o que até poderia parecer engraçado, se
não fosse um crime tão nojento), houve grande destaque para um determinado sujeito que emitiu bom número de cheques com essa finalidade. Também sobre esse
caso há testemunhos mais que suficientes para comprovar o crime. E o caso já está com a Polícia Federal.
Não precisamos perder mais tempo com isso. Não agora. Basta somente dizer, para concluir o que não é uma
piada, que os cheques eram sem fundo.
Foram muitas as estratégias criminosas envolvidas
nesse grande esquema que só aparentemente obteve sucesso. E apenas por um momento que será breve. Curiosamente, temos razões para entender que há razões ocultas para que o mesmo esquema tenha ocorrido em outros
municípios baianos, haja vista a ousadia do modo operandi
e a crença na impunidade, conforme já foi relatado em
representação ao Conselho Nacional de Justiça.
A população de Ibicoara pode estar certa de que as
providências para a reparação dos prejuízos causados por
essa ofensa à nossa cidade já começaram a ser tomadas.
Nos testemunhos de muitos dos que sofreram o
terror, não foram poucas as declarações que apontaram
essa grave consequência sobre nós, prejuízo calculado pelos que tramaram esse plano sujo e rasteiro. Porém, confiamos que a justiça será feita e estamos seguros de que esse prejuízo é apenas passageiro, um golpe
baixo que logo terá a repreensão merecida e justa.
COISA ANTIGA E PREMEDITADA - Senhores e
Senhoras que leem este relato, eu sei que ele é muito
longo. Mas ele é também necessário. Longa parece ser
também a trama que agora se mostrou ainda mais terrível que dois anos atrás, quando – ainda no início de
2010 – fui alvo de calúnia, injúria e difamações graves.
Vale a pena retomar essa lembrança, para juntar aquele
momento e o momento presente, fazendo ver com clareza uma certa relação entre eles.
Já no começo de nosso mandato, tivemos de enfrentar diversas tentativas de dificultar a nossa administração. O mandato começava e também começava a
perseguição. Houve acusações, tentativa de cassação,
mas nenhuma prova contra a seriedade de meu compromisso com a cidade e com a sua população.
Em 2010, levantaram a acusação de que eu teria
procurado distribuir cestas básicas com o interesse de
conseguir votos para Edson Pimenta, que naquele ano
sairia candidato a deputado federal.
Todos os anos, o município e toda a região sofrem
com o tempo de estiagem, com a falta de chuvas, o que
sempre causa maiores privações às famílias mais carentes. Em 2010, mais uma vez o município necessitava
solicitar recursos ao governo federal, para amenizar a
situação. É não só um direito, mas também um dever
nosso, buscar esses recursos em favor dos mais necessitados. E é uma solicitação normal, corriqueira em
nossa região. Porém, mesmo assim, fui vítima de perseguição, fui vítima de calúnia, injúria e difamação.
O vereador Ricardo Silva Luz – pessoa a quem
tive de me referir por diversas vezes ao longo desse
texto que também a essa altura, ao ser concluído, continua sendo de denúncia –, o dito vereador procurou
caracterizar a minha providência como distribuição de
cestas básicas para fins de compra de votos em favor
de Edson Pimenta, que, conforme já foi dito, foi candidato a deputado federal de 2010. Mas na verdade, caros leitores e caras leitoras, a distribuição de cestas
básicas se deu em fevereiro daquele ano e o pleito só
se daria em outubro. Todos sabem que essa distância
de tempo entre uma coisa e outra nunca poderia sus-
tentar a absurda e difamatória acusação de que eu estaria incorrendo no crime de compra de votos. E todos
também sabem, torno a dizer, da necessidade por que
muitas famílias passam em nossa cidade e em nossa
região, nos períodos de seca.
Naquela oportunidade, no início do ano de 2010, a
Polícia Federal sediada em Vitória da Conquista foi
convocada pelo mesmo vereador Ricardo Silva Luz. Dentre os policiais que se fizeram presentes estavam aqueles
dois aos quais já nos referimos também por diversas vezes no presente texto: Alvarenga e Montenegro. A tentativa foi a de desestabilizar a minha credibilidade diante da
população, querendo que o povo entendesse a minha providência legal e necessária como uma estratégia eleitoreira
criminosa. As acusações se revelaram vazias, mas a sua
intenção muito clara foi a de desmoralizar a minha administração e o meu nome.
Também aquele episódio foi marcado por
desmandos. Circularam, na Internet, notícias, inteiramente falsas, de que eu teria dificultado e até mesmo
coibido a atuação da Polícia Federal em nossa cidade
de Ibicoara, dando a entender e mesmo afirmando que
eu teria colocado dificuldades no caminho do Delegado da Polícia Federal de Vitória da Conquista, Vitor
Menezes. Foi esse o sentido de uma série de comentários, do mesmo delegado, que passaram a circular na
Internet. A verdade é que teria sido justo e correto se
aqueles policiais, Alvarenga e Montenegro, tivessem
se identificado ao se apresentarem em Ibicoara. Circulando à paisana, em automóvel de placa fria (de uma
moto de Manaus, conforme foi investigado) o que os
ditos policiais federais fizeram muito claramente – inclusive com a apresentação de armas – foi procurar
intimidar cidadãos, perguntando, por exemplo, se eu, a
prefeita, teria feito tentativa de compra de votos. Isso
não condiz com a moderna Polícia Federal que se pretende e é necessária para o cidadão nos dias de hoje,
cidadão que paga seus impostos. E na Polícia Federal
há muitos profissionais sérios que lutam por essa modernização e pela lisura de sua classe.
Naquele momento, a atuação daqueles policiais –
agora reincidentes – foi em diversos aspectos desastrosa –, porque apenas seria aceitável se houvesse provas contra a prefeita. Mas elas não existiam, de maneira
que a denúncia se demonstrou vazia e se revelou a sua
verdadeira natureza e intenção: a calúnia, a injúria e a
difamação.
Tramoias, tentativas de desestabilizar a nossa administração e de reassumir o poder a todo custo. Tudo
isso já se revelava naquele momento (e mesmo antes,
desde o início de nossa gestão). E tudo isso se articula
aos últimos e ainda mais graves acontecimentos, que
entendemos (não apenas nós) como um desesperado
desdobramento do que já bem antes se revelou, conforme bem podemos perceber.
É TEMPO DE JUSTIÇA - A população da cidade
de Ibicoara, que tão bem me acolheu, conforme se demonstrou na eleição que me concedeu a honra de ser
prefeita desta cidade, esse nobre povo que outra vez,
recentemente, demonstrou a sua confiança em nossa
administração, conforme as pesquisas claramente indicaram, o nosso povo foi impedido de exercer um de
seus mais nobres direitos, um direito democrático: o de
expressar a sua vontade quanto a seus destinos e ao
futuro desta cidade. E temos todos nós, pessoas de
bem que continuam a lutar o por uma cidade melhor –,
todos nós temos o direito à verdade, porque é a verdade que deve prevalecer. E ela sempre prevalece quando
há justiça.
Sandra Vidal, Prefeita de Ibicoara
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
Secretário Eduardo Salles
participa de Encontro de
Cafeicultores em Bonito
O secretário Estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, participou, na manhã da quinta-feira
(25/10), da abertura oficial do 7º Encontro dos Cafeicultores da cidade de Bonito, cujo objetivo foi o de apresentar
aos produtores locais novas tecnologias para o cultivo do
café, melhorias na qualidade e produtividade.
Acompanhavam o secretário, o superintendente de
Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Raimundo
Sampaio, o superintendente de Agricultura Familiar, Wilson Dia, e o diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir),
José Vivaldo Mendonça, que na oportunidade foram recebidos pelo gestor Rômulo Carneiro e pelos prefeitos eleitos Edivam José Cedro de Souza (Edinho) de Bonito e
Natã Garcia Hora, de Wagner, vereadores, lideranças políticas e dezenas de agricultores do Bonito, Utinga, Morro
do Chapéu, Tapiramúta. Após realização da abertura do 7º
Encontro de Cafeicultores, a comitiva seguiu para o município de Ipiaú, onde participou da abertura da 24ª Exposição Agropecuária Comercial e Industrial da cidade.
O município de Bonito tem na cafeicultura sua principal atividade econômica, com aproximadamente 1.350 pro-
priedades responsáveis por uma produção anual em torno
de 200 mil sacas de café, sendo considerada a maior fonte
de geração de renda municipal.
Este 7º Encontro dos Cafeicultores apresenta novas
técnicas para melhor desenvolver a cafeicultura, principalmente na agricultura familiar, atividade que garante, mesmo utilizando poucos recursos tecnológicos, a
sustentabilidade familiar, além de trazer conhecimentos de
gestão e preservação ambiental aos participantes.
09
Ministra Ideli Salvatti
garante renegociação
das dívidas dos
municípios com o INSS
O presidente da União dos Municípios da Bahia
(UPB), prefeito de Camaçari, Luiz Caetano participou na
tarde de terça-feira (13), da reunião com a ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli
Salvatti, onde foi conquistada a garantia de repactuação
das dívidas dos municípios com o INSS, através da regulamentação da Lei 1.2716/2012, principalmente os municípios em situação de emergência por causa da seca.
“Também conquistamos com a ministra que até o dia
16 de novembro aconteça o pagamento da compensação
do FPM exportação. A ministra também garantiu repassar
o valor decrescido do FPM em virtude da desoneração do
IPI sobre veículos e eletrodomésticos da linha branca.
Contudo ela quer pagar o valor nominal, e nossa proposta
é de que sejam repassados os 1,5 bilhões que perdemos
por causa da redução do IPI. Ele se mostrou solícita e nos
prometeu uma resposta antes do final do mês”, destaca o
prefeito Luiz Caetano.
Luiz Caetano ainda ressaltou que, “aproveitando os
mais de mil prefeitos aqui reunidos, apresentamos o mandato de segurança que impetramos na Justiça por flexibilidade do TCM-BA no julgamento das contas dos gestores
que foram afetados com a redução do FPM, pois mais de
70% dos municípios baianos vivem prioritariamente do
FPM, e com a redução eles não conseguirão cumprir o
limite de 54% da receita com pagamento de pessoal conforme exige a LRF. O que estamos buscando não é encobrir erros administrativos, mas tirar da responsabilidade
dos prefeitos os prejuízos dos municípios em virtude de
uma brusca redução do FPM por causa da queda do IPI
ordenada pela União. O mandato foi aplaudido por todos e
outras associações municipalistas farão o mesmo”. (Fonte: André Damasceno – Ascom UPB).
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
Polícia Civil prende autor de
homicídio no Mercado Municipal
Foi preso o indivíduo MOACIR OLIVEIRA DOS SANTOS, vulgo “SI” o qual é
acusado de ser o autor do homicídio que
teve como vítima ADENOR DE SOUZA
SANTOS.
“SI” matou Adenor no último dia 04/
11, covardemente desferindo 03 facadas
na vítima que não teve nenhuma chance
de defesa.
O motivo do homicídio foi fútil, uma
discussão durante um samba.
“SI” foi interrogado pelo Bel. Daniel
R. de Holanda, Delegado Titular da DT/
Itaberaba e está custodiado na carceragem
da sede da 12ª Coorpin a disposição da
Justiça Criminal. (Fonte: 12ª Coorpin).
Serviço de Investigação estoura
Boca de Fumo na escurinha
Agentes do Serviço de Investigação
da Polícia Civil de Itaberaba estouraram uma
“boca de fumo” no final da Rua Lauro Farani de Freitas no Bairro da Escurinha. Os
agentes já vinham investigando a referida
boca de fumo e faziam campana no local
quando viram um motociclista comprar a
droga. A equipe esperou o mesmo sair e o
acompanhou fazendo em seguida uma abordagem no viaduto da saída para Brasília.
Com o motociclista foi encontrando uma
pedra de “crack”. Os policiais pediram reforço e sob o comando do Delegado Titular Bel. Daniel Holanda, foram à boca de
fumo onde foi apreendido um revólver calibre .32 com munição, pedras de crack e
papelotes de cocaína, dinheiro trocado,
tubo de linha e tesouras que eram usados
para embalar a droga, vários aparelhos de
telefone celular, faca com soqueira, um DVD
e um toca CD. Três pessoas foram conduzidas para a delegacia entre elas o motoci-
Polícia deflagra Operação
Barro Vermelho
Foi deflagrada pela Polícia
Civil com o apoio da Polícia Militar a Operação Barro Vermelho
que teve como objetivo reprimir o tráfico de drogas em
Itaberaba.
A operação que foi comandada pela Belª Maria Clécia, coordenadora da 12ª Coorpin, buscou cumprir mandados de prisão expedido pela juíza criminal
Belª Lina Falcão em desfavor de
Gilnei de Souza Santos, vulgo
“Nei do Bode” o qual é apontado como um dos principais distribuidores de droga do Barro
Vermelho e Gilmar Jesus de Souza, que segundo as investigações costuma vender “cocaína”
e comprava a droga na mão de
“Nei do Bode” para revenda.
Material apreendido
clista que comprou a droga e a mãe de “Dau”
ou “Maquito” dono da boca de fumo o qual
segundo levantamento feito pela Polícia é
violento e costuma andar armado. Dau não
estava em casa no momento da chegada
dos policiais.
Dau ou Maquito é irmão de “Serrão”
indivíduo bastante conhecido da Polícia e
que foi assassinado este ano.
A Polícia continuará as investigações.
(Fonte: 12ª Coorpin).
Nei do Bode e Gilmar foram encontrados em casa e não resistiram à prisão. Na
casa de Nei do Bode foi apreendido dinheiro, armas, pássaros silvestres e outros indícios da sua participação no tráfico.
Os dois presos ficarão custodiados
na sede da 12ª COOPRIN a disposição da
justiça criminal. (Fonte: 12ª Coorpin).
10
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
ESPAÇO GOURMET
ACETATO BALSÂMICO
Diferente dos vinagres comuns que
são derivados do vinho azedo, o aceto é
feito do suco de uva prensado, cozido e
depois filtrado. Assim, o aceto balsamico
difere dos outros vinagres porque não existe
o processo de fermentação nos primeiros
estágios da sua fabricação; dessa forma, o
seu conteúdo de açúcar se mantém intacto. O seu sabor também é bastante distinto
dos vinagres comuns. Bem menos ácido,
varia entre o doce e o azedo. Os acetos
mais envelhecidos são mais doces e possuem consistência de xarope podendo ser
utilizados em sobremesas. Classificados
conforme o tempo de maturação podem ser
do tipo “junior” que leva de 8 a 10 anos e é
ideal para ser usado em saladas ou molhos,
Intermediário que leva de 15 a 20 anos de
envelhecimento e é o mais adequado para
ser servido junto com lascas de parmesão,
frituras e para compor molhos juntamente
com mel e mostarda. Senior ou Aceto extra
Vecchio que é maturado por 25 anos ou
mais, tem uma flagrância de musky, aveludado e com textura de um xarope. Esse
tipo de aceto pode ser servido após uma
refeição no lugar do licor. Também é adequado para acompanhar morangos ou sorvete de baunilha. Mas não se engane, os
acetos encontrados nas prateleiras de supermercados e empórios finos brasileiros
geralmente são produzidos em larga escala e muito longe de ter a mesma classe que
o autêntico Aceto Balsamico di Modena,
alias, o único que pode ostentar a denominação “tradizionale”.
DICA DE LIVRO
PANELINHA– RECEITAS QUE FUNCIONAM
Panelinha é o site que Rita Lobo criou no ano de 2000
para ensinar a preparar pratos saudáveis, revelando truques e manhas, de modo que qualquer pessoa consiga
fazer. Para o livro, foram reunidas sugestões para variadas situações e ocasiões do cotidiano: jantares práticos, saladas elaboradas, massas rápidas, grãos para o
dia a dia, comida de criança, pratos variados com peixes,
aves e carnes, sobremesas saudáveis, bolos fofíssimos,
pães integrais, tudo para facilitar a vida das pessoas
que acreditam na boa alimentação como a base da vida.
AUTOR: Rita Lobo
EDITORA: SENAC – São Paulo
ergemann
Sandra Léa B
CULINÁRIA
Isca de filé mignon ao molho balsâmico:
Ingredientes:
1 kg de ser filé mignon cortado em tiras
1/4 xícara de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1/2 xícara de aceto balsâmico
1/2 xícara de vinho tinto seco
1 pitada generosa de açúcar
sal e pimenta-do-reino
Modo de Preparo: Tempere a carne com
o sal, a pimenta, junte a farinha e misture. Numa panela grande e quente, coloque o azeite, frite a carne, mexendo somente para não queimar, quando dourar,
adicione o vinagre, o vinho, o açúcar,
misture e cozinhe até o molho reduzir.
Sirva em seguida.
A GASTRONOMIA TAMBÉM
EM FILMES
O JANTAR
O filme se passa nas duas horas em que
várias pessoas estão em um restaurante.
Neste tempo, os dramas e a vida de vários personagens se revelam, entre eles
os da dona do restaurante, de um culto
professor que gosta de jogar cartas, de
uma quarentona que tem problemas com
a filha, e de um professor universitário
preso numa complicada relação amorosa com uma de suas alunas.
Fixa técnica:
Gênero: Comédia
Título original: La Cena
Ano: 1998
País de origem: Itália/França
GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012
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Soc
[email protected]
Com muita alegria Alessandra e Benilton receberam amigos e familiares,
no dia 06 de outubro, na casa da vovó Nita e vovô Mario, para festejar
o aniversário da AMADA filha do casal – Melissa – que completou 03
aninhos.
A aniversariante elegeu a ratinha bailarina – Angelina Ballerina - como
tema para sonhar no seu dia.
A data foi compartilhada na presença das titias, titios, vovó Maria,
priminhas e priminhos com muita
animação. Melissa
vibrou com as amigas, presentes e
brincadeiras e
mostrou toda a
graça de uma bailarina que está
aprendendo os primeiros passos.
Rosangela Mascarenhas (Bela Fiori)
completou mais um ano de vida.
Parabéns querida amiga!
A linda Jamile Umburanas completou 14 anos
distribuindo simpatia ao lado da família.
Festejar 83 anos é privilégio de poucos. D. Olívia acaba
de comemorar esta feliz data ao lado de familiares, turma do Clube do Café e amigos, sendo homenageada
pelo seu amado, Sr. Veli, com a nova música de Roberto
Carlos “Esse Cara sou eu”, emocionando a todos
Buscando as tendências de moda
para o inverno 2013, a empresária Heliane Ribeiro (Vest’Cor)
mais uma vez participou do
Fashion Rio. Na foto com a top
model e apresentadora Ellen
Jabour.
donlow PHOTOS
Sr. Heitor Ribeiro torcedor inveterado do Bahia, pessoa
querida e admirada pelos amigos, completou 70 anos
com muito vigor e entusiasmo pela vida.
Olha a alegria dos papais Sâmara
e Ari, e dos titios Rose, Samarone e Cristiane comemorando
o primeiro aninho de Raul, recebendo muitos amiguinhos
Boas vendas ao simpático casal Iolanda e esposo, novos moradores de Itaberaba. Motivos não faltaram para
esta mudança de endereço - aposentadoria e as filhas
Melissa e Milena que aqui residem
Participando da Semana de Moda em Milão a
itaberabense Ervelim, residindo na Itália já há alguns
anos, acompanhando a fotógrafa de moda Stela Alves,
caminhando pelas ruas daquela cidade fashion italiana,
deparou-se com o ícone da moda brasileira, Constanza
Pascolato, e, é claro, tietou.
Dani e Agnaldo, casal que temos muito carinho, felizes
pelos 5 aninhos da filha Clarinha
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GAZETA DO VALE - Email: [email protected] / [email protected] - Outubro / Novembro de 2012