Release Pague Menos
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Release Pague Menos
f Relatório da Administração 2015 Fortaleza, Ceará, 24 de março de 2016. Empreendimentos Pague Menos S.A. (“Companhia” ou “Pague Menos”), única rede do varejo farmacêutico brasileiro presente em todos os estados do Brasil, inclusive no Distrito Federal, e que leva saúde a mais de 300 municípios brasileiros, anuncia seus resultados financeiros e operacionais referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015. Mensagem do Presidente O ano de 2015 representa um grande marco na história da Pague Menos. Após meses de tratativas, em 28 de dezembro, o General Atlantic e os acionistas chegaram a um acordo final de investimento. O General Atlantic se comprometeu a investir 600 milhões de reais e passou a deter 17% das ações da Companhia. A transação chancela o bom trabalho desenvolvido pela Companhia nos últimos 35 anos. Uma primeira grande mudança já ocorreu: a troca de CEO. O nosso fundador, Deusmar Queirós, passou a exercer exclusivamente o cargo de Presidente do Conselho de Administração, deixando-me à frente da Diretoria Executiva da Companhia. O fôlego financeiro proporcionado pela entrada do General Atlantic no Capital Social da Companhia será utilizado, principalmente, para suportar o nosso ambicioso plano de expansão. Com uma estrutura de capital robusta, vamos apertar o passo e crescer ainda mais! Chegamos ao final de 2015 com faturamento de R$ 4,979 bilhões, valor que representa um crescimento de 13,7% ante os R$ 4,378 bilhões de 2014. Considerando que a economia brasileira registrou o seu pior desempenho dos últimos 25 anos no período, apresentando queda de 3,8% no PIB, o nosso crescimento foi bastante satisfatório. Uma clara demonstração do quão resiliente é o nosso negócio. Na contramão dos pessimistas, a nossa base de lojas seguiu crescendo em ritmo acelerado em busca da loja 1.000. No ano passado, inauguramos 102 novas unidades e encerramos 12 lojas antigas. Com o acréscimo dessas 90 filiais, iniciamos 2016 com 828 lojas em funcionamento. Importante mencionar que surgimos na vizinhança de mais 44 cidades e, agora, a nossa bandeira está presente em mais de 300 municípios. Um nível de capilaridade único no varejo farmacêutico brasileiro. Mesmo diante do agravamento das condições macroeconômicas do país, a agência Fitch Ratings manteve o nosso Rating Nacional de Longo Prazo em “AA(bra)” e, em 28 de dezembro, colocou-o em Observação Positiva. A Observação Positiva deverá ser resolvida nos próximos dias, tão logo a Fitch tenha uma visão mais detalhada sobre as estratégias de crescimento, endividamento e liquidez da Companhia. Com a implantação do software “IBM® Price Optimization” (antigo DemandTec), a modernização do processo de precificação já começou a dar os primeiros frutos. Aprimoramos os preços das primeiras categorias e os resultados são animadores. Em dois anos, a Companhia estará operando inteiramente sob as regras de negócio e otimizações inteligentes que o software proporciona. A nossa tomada de decisão em preços se tornará cada vez mais precisa. A nossa área de gestão de categorias que tem a missão de avaliar a acuracidade do sortimento, exposição, estoque, preços e rentabilidade está sendo ampliada. Acreditamos que este movimento deverá culminar num ganho de performance relevante nos próximos anos. Também está em gestação uma nova abordagem para o nosso programa de fidelidade. Vamos dar maior relevância ao “Cartão Sempre” para conhecer e atender melhor o nosso cliente. Estou certo de que no ambiente em que o país se encontra vamos sair na frente da concorrência, aproveitando da melhor forma possível as oportunidades que vão surgindo no horizonte. Ao longo dos anos, construímos um negócio sustentável e ágil, capaz de avançar cada vez mais rápido. Com um balanço robusto e um equipe capacitada, estamos prontos para fazer a diferença em 2016! Mário Queirós Diretor Presidente 1 Desafios e Oportunidades para 2016 As dificuldades que o atual cenário macroeconômico traz são enormes. Será um grande desafio manter a atividade das lojas crescendo diante da redução da massa de renda real disponível, que é decorrente de um nível inflacionário persistentemente alto e de uma taxa de desemprego crescente. Para equilibrar esse efeito tão indesejável, teremos que trabalhar para ganhar participação de Mercado. O ambiente inflacionário também continuará exercendo uma pressão de custos significativa e, para enfrenta-lo, teremos de apostar em ganhos de produtividade, principalmente, em nossas lojas. O controle dos gastos continuará sob olhar minucioso em 2016. Temos um desafio enorme que é abastecer as lojas em 27 estados da federação e o nível de serviço pode ser um fator fundamental para o nosso sucesso em algumas regiões. Atualmente, temos trabalhado através de três centros de distribuição (Fortaleza-CE, Jaboatão dos Guararapes-PE e Hidrolândia-GO), mas já está em andamento a implantação de um novo centro de distribuição em Simões Filho (BA) para abastecer o estado da Bahia. Acreditamos que outros estados também podem comportar mais centros, por isso, avaliaremos as oportunidades no detalhe. Estamos ampliando o escopo da gestão de categorias para ganharmos em atratividade para o consumidor, adequando o sortimento e nível de estoque com maior acurácia. Esse é um processo que requer bastante análise, mas que trará ganhos consideráveis em eficiência no giro dos estoques e, consequentemente, capital de giro investido. Considerando o aporte de capital do novo sócio, pretendemos utilizar os recursos provenientes da operação para liquidar a dívida de curto prazo ao longo do ano, mantendo um caixa confortável. Em 28 de dezembro, adquirimos 26,2% da E-pharma maior gestora de saúde do país, que introduziu o conceito de PBM no Brasil, conectando hoje 23 mil farmácias em 2.616 municípios e que gerencia 29 milhões de vidas com foco na inovação da saúde. Esta aquisição está alinhada com a estratégia da companhia de buscar ativos complementares que agregue valor ao nosso negócio. Por fim, esperamos ampliar para 130 o número de inaugurações de novas filiais e manter o patamar de 10 lojas encerradas. Um passo ousado, porém, plenamente viável dado que, este ano, já inauguramos 25 lojas e estamos com 60 em construção. 2 Principais Destaques ﻩ Novas lojas: Abrimos 102 lojas e encerramos 12, perfazendo um total líquido de 90 aberturas. Encerramos o ano com 828 lojas na base; ﻩ Receita Bruta: R$ 4,98 bilhões, crescimento anual de 13,7%; ﻩ Same Store Sales: Crescimento de 10,6% em relação a 2014; ﻩ Margem Bruta Ajustada: 28,2% da Receita Bruta, aumento de 9 pontos base em relação a 2014; ﻩ EBITDA Ajustado: R$ 336,6 milhões, incremento de 1,3% sobre o ano anterior; ﻩ Lucro Líquido Ajustado: R$ 77,4 milhões, 33,4% inferior ao ano de 2014; ﻩ ROIC: 17,6% em 2015, 0,1% maior em relação a 2014. Destaques Financeiros 4T14 4T15 T/T 2014 2015 A/A Receita Bruta 1.177.625 1.329.711 12,9% 4.377.694 4.979.272 13,7% Lucro Bruto Ajustado* 361.024 329.143 -8,8% 1.231.372 1.404.829 14,1% Margem Bruta Ajustada* 30,7% 24,8% -5,90 p.p. 28,1% 28,2% 0,09 p.p. EBITDA Ajustado* 118.990 38.694 -67,5% 332.319 336.614 1,3% Margem EBITDA Ajustado* 10,1% 2,9% -7,19 p.p. 7,6% 6,8% -0,83 p.p. Lucro Líquido Ajustado* 53.737 -21.963 -140,9% 116.299 77.431 -33,4% Margem Líquida Ajustada* 4,6% -1,7% -6,21 p.p. 2,7% 1,6% -1,10 p.p. Destaques Operacionais 4T14 4T15 T/T 2014 2015 A/A # de Lojas fim do período 738 828 90 738 828 90 # de Atendimentos 25.670.077 26.874.088 4,7% 97.265.919 103.155.996 6,1% Ticket Médio (em R$) 45,78 49,38 7,9% 44,91 48,17 7,3% (em R$ mil) *Valores ajustados referem-se somente ao ano de 2015. Expansão da Rede Inauguramos 102 novas lojas e fechamos 12 em 2015, encerrando o ano com 90 novos ponto de vendas e 828 lojas operantes em mais de 300 municípios espalhados por todo o Brasil. Ainda assim, mesmo atingindo o maior número de aberturas da história da Companhia, finalizamos o ano com 68 novas lojas em construção, das quais 25 estão localizadas em novos municípios. Ao final do período, possuíamos 31,4% das nossas lojas em estágio de maturação (lojas com até 3 anos), ou seja, ainda sem contribuir com 100% do seu potencial de receita e rentabilidade. Apesar disso, nosso share de lojas maduras aumentou cerca de 320 bps, saindo de 65,4% no 4T14 para 68,6% no 4T15, o maior da história, ratificando assim, a necessidade de aumentarmos o ritmo de expansão para os próximos anos. 3 1 No encerramento do ano, nossas lojas estavam distribuídas conforme o mapa abaixo : Novas Lojas Perfil Etário das Lojas Maduras 29 28 3º Ano 2º Ano 1º Ano 12,3% 12,3% 11,0% 11,4% 12,3% 9,3% 9,1% 10,5% 11,0% 11,1% 12,9% 11,9% 11,2% 10,0% 8,0% 65,4% 66,8% 67,3% 67,6% 68,6% 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 21 12 799 20 771 738 750 718 4T14 1 1T15 2T15 3T15 4T15 % de Lojas por Região 4 Receita Bruta de Vendas Nossa Receita Bruta em 2015 somou R$ 4,979 bilhões, registrando crescimento de 13,7% em relação a 2014. No 4T15, obtivemos crescimento de 12,9% em relação ao 4T14, somando R$ 1,33 bilhões. O ticket médio cresceu 7,3% em 2015, passando de R$ 44,91, em 2014, para R$ 48,17 em 2015. Na base trimestral, o ticket médio cresceu 7,9%, saindo de R$ 45,78 no 4T14 para R$ 49,38 no 4T15. Registramos ainda, um crescimento nas vendas de mesmas lojas (Same-Store Sales) de 10,6% e de mesmas lojas maduras de 4,4% em 2015. Na base trimestral, o crescimento foi de 6,6% nas mesmas lojas e de 3,5% nas mesmas lojas maduras. Ressaltamos que no 4T15 tivemos um efeito calendário que reduziu nossas vendas em 1,17%. Receita Bruta R$ MM 4.979 4.378 3.719 3.249 2.875 2.235 1.855 262 337 422 503 605 2000 2001 2002 2003 2004 767 2005 1.013 2006 1.291 2007 Same Stores Sales 1.551 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Same Stores Sales 13,6% 13,1% 10,6% 10,1% 8,2% 6,6% 4,6% 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 2014 2015 5 Same Stores Sales - Maduras Same Stores Sales - Maduras 8,1% 6,3% 5,8% 5,0% 4,4% 3,5% 1,4% 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 2014 2015 O crescimento do número de cupons emitidos em 2015 foi de 6,1%, (4,7% na comparação trimestral). Acreditamos que a desaleração econômica, principalmente a partir do segundo semestre de 2015 nas regiões Norte e Nordeste, tenha impactado negativamente as vendas de mesmas lojas, uma vez que temos a maior concentração de lojas maduras nessas regiões. Cupons Milhares x Ticket Médio R$ 103.156 97.266 26.210 25.670 24.727 25.345 R$49,19 R$ 48,17 26.874 R$49,38 R$ 44,91 R$47,66 R$46,29 R$45,78 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 2014 2015 Mix de Vendas Em 2015, a venda de Não Medicamentos cresceu 20,3% em relação a 2014, mantendo assim, sua tendência de ganho de share no mix total de vendas, cerca de 1,8% na comparação anual e trimestral. Os Genéricos e OTC’s, por sua vez, apresentaram crescimento de 12,7% e 18,2% na base anual, enquanto 10,6% e 16,8% na base trimestral, respectivamente. Já as vendas de Medicamentos de Marca cresceram 7,8% na base anual e 7,3% no trimestre, mantendo assim sua trajetória de diluição. 6 Mix de Vendas 4T15 x 4T14 (Δ %) Genérico 9,7% 15,6% 10,1% 15,9% 10,2% 16,3% 9,6% 9,5% 16,3% 16,2% 10,6 2015 x 2014 (Δ %) 9,9% 9,8% 12,7 15,6% 16,2% 16,8 OTC 32,1% 32,0% 31,4% 32,6% 18,2 30,7% 33,9% 32,5% 19,2 20,3 Não Medic. 7,3 42,6% 42,0% 42,0% 41,6% 40,5% 43,8% 41,5% 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 2014 2015 7,8 Marca Lucro Bruto e Margem Bruta O Lucro Bruto Não Ajustado atingiu R$ 1.353 milhões em 2015, crescimento de 9,9% ante 2014, quando totalizamos R$ 2 1.231 milhões. A Margem Bruta foi de 27,2%, retração de 0,9p.p, em comparação com 2014. No 4T15 o lucro bruto foi de R$ 277,9 milhões e margem bruta de 20,9%, uma retração de 23,0% e de 9,8p.p na margem. Destacamos que a queda abrupta do lucro bruto no 4T15 decorreu, meramente, de uma mudança de aprimoramento de estimativa contábil prospectiva na contabilização das verbas de trademarketing, porém sem efeito caixa. Tais valores eram reconhecidos como receita no ato da negociação junto aos fornecedores, o que gerava uma despesa fiscal antecipada, esta sim com impacto no caixa. Com a alteração a partir deste trimestre, estas mesmas receitas passaram a ser contabilizadas quando do respectivo evento. Em virtude do caráter prospectivo desta mudança, não pudemos reconhecer como receita os valores que já haviam circulado no resultado durante os nove meses de 2015. Sendo assim, tivemos que desconsiderar no 4T15 cerca de R$ 51,2 milhões de receitas, além de não reconhecer em nosso resultado as verbas já negociadas com a indústria para o ano de 2016. Caso incorporássemos estas receitas no trimestre, teríamos um Lucro Bruto Ajustado de R$ 329,1 milhões, uma queda de 8,8% ante o 4T14, com uma margem bruta de 24,8%. Na comparação anual, obteríamos um lucro bruto de R$ 1.404,8 milhões (já considerando as reclassificações quanto ao custo do Centro de Distribuição e do Delivery), um crescimento de 14,1% com uma margem de 28,2%, aumento de 0,09p.p. Além desta mudança, incorporamos ao custo da mercadoria vendida todas as despesas referentes à operação dos Centros de Distribuição assim como a Depreciação e Amortização relacionadas a esse centro de custo. O efeito desta mudança acrescentou à base de custos cerca de R$ 62,5 milhões, de acordo com a Nota Explicativa 26. Em contrapartida, retiramos R$ 13,5 milhões de custo de delivery que passou a ser considerado enquanto despesas com vendas, conforme Nota Explicativa 4. O intuito destas mudanças é nos tornarmos cada vez mais comparáveis aos players listados, sendo este, um dos pontos de partida para um futuro IPO. 2 Sobre a Receita Bruta 7 Lucro Bruto R$ MM Aprim. de estimativa contábil Lucro Bruto Margem Bruta Margem Bruta Ajustada 370,6 361,0 1.404,8 371,5 1.231,4 333,6 51,3 329,1 32,3% 1.353,5 30,7% 51,3 30,9% 28,3% 28,2% 277,9 24,8% 28,1% 27,2% 20,9% 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 2014 2015 Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A) Para tornarmos nossa base de despesas mais comparáveis ao mercado, além de nos adequarmos às melhores práticas contábeis, decidimos reclassificar as Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas conforme a Nota Explicativa 4. Para tanto, passamos a contabilizar enquanto Despesas com Vendas todos os gastos da equipe de lojas, incluindo as rubricas de pessoal, utilidades e serviços, impostos e contribuições, gerais e ocupação, além das demais contas que já pertenciam a este grupo. Além disso, os gastos com entrega em domicílio, que até o 3T15 eram alocados na rubrica de custo da mercadoria vendida (CMV), passam a ser consideradas como despesas com vendas, uma vez que tem origem necessariamente nas lojas. Já as Despesas Gerais e Administrativas passam a contemplar necessariamente todos os gastos relativos à nossa matriz e escritórios regionais (overhead), pois além da reclassificação dos gastos com lojas para a rubrica de vendas, todas as despesas relacionadas aos Centros de Distribuição também foram reclassificadas, passando a compor o custo das mercadorias vendidas (CMV) e não mais as Despesas Gerais e Administrativas, conforme a Nota Explicatva 27. Desta forma, adequando os períodos anteriores com a reclassificação citada acima, em 2015, as Despesas com Vendas cresceram 18,2%, ante 2014, somando R$ 928,5 milhões, equivalentes a 18,6% da Receita Bruta. No 4T15, essas mesmas despesas foram de R$ 251,5 milhões, crescimento de 19,2% em comparação com o 4T14, equivalente a 18,9% da Receita Bruta. As Despesas Gerais e Administrativas, por sua vez, somaram R$ 170,6 milhões no ano, registrando incremento de 30,0% ou acréscimo de R$ 39,4 milhões quando comparadas ao ano de 2014 e, cerca de 3,4% da Receita Bruta. Na comparação trimestral, as despesas somaram R$ 41,5 milhões, crescimento de 22,8% em relação ao 4T14, equivalente a 3,1% da Receita Bruta. 3 No total do ano, as Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A) somaram R$ 1,099 milhões ou 22,1% sobre a Receita Bruta, incremento de 19,9% se comparadas a 2014. No trimestre, atingiram R$ 293,0 milhões, alta de 19,7% ante o mesmo trimestre do ano anterior. Desconsiderando o efeito do Refis ocorrido no 3T15, em 2015, as 3 Os valores de Depreciação e Amortização não estão considerados. 8 4 Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas Ajustadas (SG&A) cresceriam apenas 17,8% atingindo R$ 1,079 milhões ou, 21,7% sobre a Receita Bruta, acréscimo de 77,5 pontos base. As altas são explicadas pela (i) abertura de novas lojas, que representaram 45,0% do total de acréscimo; (ii) custo com aluguéis das mesmas lojas e matriz (7,2% do acréscimo); (iii) adoção do REFIS (10,7% do acréscimo) e (iv) os reajustes nas tarifas de energia das mesmas lojas e matriz (6,4% do acréscimo). Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas R$ MM REFIS Administrativas e gerais Vendas % SG&A s/ Receita Bruta % SG&A s/ Receita Bruta Ajustado* 22,8% 20,8% 22,1% 21,7% 21,7% 21,3% 244,7 248,7 263,1 33,8 34,1 37,3 210,9 214,6 225,9 294,3 293,0 19,6 4T14 1T15 2T15 *O gráfico não contempla o valor de Depreciação e Amortização. 57,7 41,5 236,5 251,5 3T15 4T15 EBITDA Ajustado Em 2015, o EBITDA Ajustado (desconsiderando o efeito do REFIS no 3T15 e do aprimoramento de estimativa contábil prospectiva no 4T15) totalizou R$ 336,6 milhões, incremento de 1,3% sobre 2014 e margem Ebitda de 6,8%, redução de 83 pontos base. No trimestre, o Ebitda Ajustado foi de 38,7 milhões, redução de 67,5% em relação ao mesmo período de 2014 e margem Ebitda de 2,9%. EBITDA Ajustado R$ MM 601,6 32,7 451,2 51,3 39,4 332,3 Ebitda 2014 4 143,3 Receitas Deduções CMV Aprimoramento Despesas de Despesas de Estimativa Venda Gerais e Adm. Contábil 19,2 REFIS 1,1 Outras Rec. e Despesas 336,6 Ebitda 2015 Ajustado Os valores de Depreciação e Amortização não estão considerados. 9 EBITDA Ajustado R$ MM EBITDA Ajustado R$ MM 336,7 119,0 109,6 98,2 90,1 10,1% 9,1% 7,9% 7,6% 38,7 332,3 7,6% 6,8% 2,9% 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 2014 2015 Depreciação e Amortização, Resultado Financeiro e Impostos Parte do valor da depreciação e amortização que anteriormente estava apenas na conta de Despesas Gerais e Administrativas, foi realocada conforme seus centros de custo dos CD`s para as contas de CMV (Montante de R$ 9,9 milhões). As despesas com Depreciação somaram R$ 49,3 milhões em 2015 (R$ 10,8 milhões no 4T15), equivalente a 1,0% (0,8% no 4T15) da Receita Bruta e redução de 514 pontos base (redução de 776 pontos base no 4T15), sobre 2014. Este decréscimo decorreu da revisão das estimativas de vida útil das benfeitorias em imóveis de terceiros realizada a partir 1º de abril de 2015. O Resultado Financeiro líquido do ano ficou negativo em R$ 181,4 milhões, variação de 31,3% sobre os R$ 138,2 milhões de 2014. Tal resultado reflete a maior posição do endividamento total, que apresentou acréscimo de R$ 97,9 milhões (acréscimo de 10,6% no comparativo anual) e, principalmente, ao maior ajuste de AVP no período (fruto da menor realização do estoque devido às compras) e da forte alta do principal indexador (Taxa DI) da dívida, que passou de uma média 10,8% a.a. em 2014 para 13,2% a.a. em 2015. Vale ressaltar que em 1º de julho de 2015, a companhia adotou a contabilidade de hedge a valor justo com o intuito de amenizar o gap entre a mensuração accrual e o swap que é contabilizado a valor de mercado. Consequentemente, o impacto do custo da dívida no Resultado Financeiro da companhia reflete basicamente o DI + spread médio do período. Com relação aos Impostos, em 2015 registramos um montante de R$ 4,5 milhões, representando uma redução de R$ 7,4 milhões em relação ao mesmo período de 2014. Lucro Líquido e Margem Líquida Excluindo o efeito REFIS, o Lucro Liquido Ajustado de 2015 foi de R$ 77,4,6 milhões, redução de 33,4% sobre 2014 e margem líquida de 1,6%. O Lucro Líquido, sem ajustes, foi de R$ 30,9 milhões e margem líquida de 0,6%. No 4T15, o Lucro Líquido ficou negativo em R$ 22,0 milhões, uma redução de 140,9% em relação ao 4T14. A margem líquida ficou negativa em 1,7%. 10 Lucro Líquido Ajustado R$ MM Lucro Líquido Ajustado 53,7 Lucro Líquido 53,7 42,0 26,0 42,0 31,4 26,0 18,8 -22,0 -55,8 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 Lucro Líquido Ajustado R$ MM Ajuste CMV Efeito REFIS Lucro Líquido Margem Líquida Margem Líquida Aj. 116,3 77,4 2,7% 33,8 12,6 1,6% 0,6% 2014 30,9 2015 Ciclo de Caixa Apresentamos uma elevação de 3 dias no Ciclo de Caixa em 2015, que ficou em 54 dias. O Prazo Médio de Recebimento contribuiu para esse aumento, saiu de 17 dias no mesmo período do ano passado para 23 dias em 2015, uma elevação de 6 dias, basicamente em decorrência de um menor volume de antecipações. Já o Prazo Médio de Pagamento e de Estoques diminuíram 19 e 14 dias respectivamente, lembrando que o custo da mercadoria vendida utilizado já incorpora as reclassificações citadas acima, à exceção do ajuste prospectivo das verbas de trademarketing. Para o cálculo do Prazo Médio de Estoques e do Prazo Médio de Pagamento de Fornecedores foram desconsiderados o AVP (Ajuste a Valor Presente) componente em ambas as contas, conforme as Notas Explicativa nºs. 08 e 14, bem como também foram desconsiderados os valores dos Créditos por Devoluções no grupo de Fornecedores, inclusive seus efeitos retroativos para fins de comparação. 11 Ciclo de Caixa 112 109 Estoques 105 98 95 70 78 Fornecedores 66 67 60 57 53 51 4T14 54 Caixa 19 19 1T15 2T15 17 60 23 22 Recebíveis 3T15 4T15 Fluxo de Caixa Registramos um Fluxo de Caixa Operacional positivo de R$ 153,3 milhões em 2015, ante R$ 64,8 milhões negativos em 2014. O Fluxo de Caixa de Investimentos, por sua vez, consumiu R$ 187,4 milhões em 2015 ante R$ 64,8 milhões em 2014. Este consumo é explicado pela abertura das 102 lojas no período e, principalmente, pelos adiantamentos de construção das 68 lojas que estão no processo de construção e/ou inauguração. Além disso, destacamos a aquisição da compra de 26,21% da empresa ePharma PBM do Brasil S/A por R$ 90,0 milhões. Desta forma, tivemos um fluxo de caixa livre negativo de R$ 34,0 milhões no período ante um consumo de R$ 147,9 milhões em 2014. O Fluxo de Caixa de Financiamento ficou positivo em R$ 41,8 milhões ante um valor de R$ 176,8 milhões em 2014. Por fim, tivemos caixa positivo de R$ 7,7 milhões em 2015 frente aos R$ 28,9 milhões em 2014. Fluxo de Caixa - R$ Milhões 4T14 4T15 2014 2015 Lucro Líquido 53,7 (55,8) 116,3 30,9 (+) Depreciação e Amortização (+/-) Variação de Capital de Giro (+/-) Variação de Outros Ativos (+/-) Variação de Outros Passivos 18,7 (18,9) (20,5) 8,7 10,8 (54,6) 360,9 (27,4) 65,9 (171,7) (70,4) (4,9) 49,3 (208,3) 269,2 12,2 (+/-) Ajuste para variação não caixa (0,0) (0,0) - - (=) Fluxo de Caixa das Operações 41,8 233,9 (64,8) 153,3 (-) Capex (-) Adição de Intangíveis (14,6) (0,2) (27,7) (0,5) (80,0) (3,1) (93,7) (3,7) 0,0 (90,0) 0,0 (90,0) (-) Outros 12 Fluxo de Caixa - R$ Milhões 4T14 4T15 (=) Fluxo de Caixa de Investimentos (14,8) (118,2) (83,1) (187,3) Fluxo de Caixa Livre 27,0 115,7 (147,9) (34,0) (+/-) Variação na Dívida de LP e CP - Atual 126,3 60,1 218,5 97,7 (-) Dividendos / Juros Sobre Capital Próprio (15,5) (52,0) (41,7) (55,9) - - - - (=) Fluxo de Caixa de Financiamento 110,8 8,1 176,8 41,8 Caixa e Equivalentes Saldo Anterior 260,1 173,0 260,1 289,0 28,9 123,8 28,9 7,7 289,0 296,7 289,0 296,7 (+/-) Outros (+/-) Geração de Caixa (=) Caixa e Equivalentes Saldo Final 2014 2015 Endividamento A Dívida Líquida em 2015 encerrou em R$ 723,0 milhões, elevação de R$ 89,9 milhões ante o fechamento de 2014. Apesar dessa elevação, o perfil do nosso endividamento segue abaixo do valor limite exigido, apresentando relação Dívida Líquida sobre o EBITDA dos últimos 12 meses de 2,72. Caixa e Equivalentes sobre Dívida de Curto prazo foi de 66,1% e Dívida de Curto Prazo sobre Dívida Total de 44,0%. Dívida Longo Prazo Posição de Caixa 288.996 258.469 922.077 905.527 351.697 357.710 Dívida de Curto Prazo Dívida Líquida/Ebitda LTM 284.501 296.744 172.962 958.468 959.688 363.239 390.427 1.019.767 449.153 2,72x 1,91x 1,98x 1,81x 1,69x 570.380 547.817 595.229 569.261 570.614 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) Em 2015, o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) atingiu 13,5% incluindo os valores não recorrentes citados acima. Caso retirássemos os ajustes, o ROIC ajustado seria de 17,6%, em linha com o 2014. 13 ROIC R$ MM 2012 2013 2014 2015 Ajustado EBITDA (-) Depreciação e Amortização Juros s/ Capital Próprio EBIT (-) Impostos 247,1 -36,2 -13,3 197,6 -67,2 262,6 -47,5 -14,8 200,3 -68,1 332,3 -65,9 -18,3 248,2 -84,4 266,2 -49,3 -27,5 189,4 -64,4 336,7 -49,3 -27,5 259,9 -88,4 147,0 624,3 43,3 303,4 971,0 182,1 791,2 0,4 320,6 1.112,2 152,5 199,0 (+) Capital de Giro (+) Ativos de Longo Prazo (+) Imobilizado e Intangível Líquidos (=) Capital Investido 143,7 421,3 161,7 243,3 826,3 780,5 1,2 368,7 1.150,4 780,5 1,2 368,7 1.150,4 ROIC 21,1% 16,4% 17,5% 13,5% 17,6% (=) NOPAT Auditores Independentes A empresa KPMG Auditores Independentes foi contratada para auditar as demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012, 2013, 2014 e 2015 e revisar as informações intermediárias relativas aos trimestres findos em 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro dos referidos exercícios, e não prestou serviços conflitantes, conforme disposto na Instrução CVM 308. As informações não financeiras da Companhia, bem como as expectativas da Administração quanto ao seu desempenho futuro, não foram auditadas pela KPMG. No sentido de atender ao disposto na Instrução CVM nº 381/2003, a Companhia informa que para o exercício de 2015 foram contratados à KPMG outros serviços que correspondeu a aproximadamente a 12,4% dos honorários de auditoria contratados para referido exercício. Esses serviços consistem de assessoria tributária. A Administração reconhece que os referidos serviços não comprometeram a independência dos citados auditores, pois trataram-se de serviços de compliance tributário com o foco em revisão/diagnóstico dos impactos tributários sobre a operação da empresa. Declaração da Diretoria Os diretores de Empreendimentos Pague Menos S.A. declaram que discutiram, revisaram e concordaram com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes e com as divulgações apresentadas nas demonstrações financeiras referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2015 e do correspondente período comparativo. Fortaleza, 24 de março de 2016. A Administração. 14
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