- Siproem

Transcrição

- Siproem
SIPROEM
Sindicato dos Professores das Escolas Públicas
Municipais de Taboão da Serra
INFORMATIVO DE MÃO-EM-MÃO
Ano X - Nº 60 - setembro de 2015
Não lute sozinho. Lute com a gente. Unidos somos fortes!
DIA 22 DE SETEMBRO
19:00 HORAS
ASSEMBLÉIA GERAL DOS PROFESSORES
LOCAL: PRAÇA NICOLA VIVILECHIO
AO LADO DO SEMUR
SIPROEM REALIZA ATO CONTRA O ASSÉDIO MORAL
No dia 14/8 foi realizado o Ato contra o
Assédio Moral na Prefeitura de Taboão,
organizado pelo Siproem (Sindicato dos
Professores
Municipais),
Atraspacts
(Associação dos Trabalhadores da Prefeitura
de Taboão da Serra) e Apeoesp Taboão e
Região. O ato foi também em solidariedade à
professora Sandra Fortes, que vem sendo
perseguida pelo governo da cidade desde a
greve realizada pelo funcionalismo municipal
no ano passado. Sandra foi suspensa por 60
dias sem salário e direitos após um processo
fraudulento montado a mando do prefeito Fernando Fernandes (PSDB) e quando retornou ao trabalho foi
transferida compulsoriamente para outra escola, a EMI Pica Pau Amarelo. Sandra não aceitou a transferência
porque seu trabalho na EMEF Aracy de Abreu Pestana, na qual trabalha há quatro anos é muito elogiado
pelas alunas, alunos, mães, pais e colegas de trabalho. Além disso, a professora foi obrigada a tirar licença
médica para tratamento psiquiátrico devido ao assédio moral do qual vem sendo vítima, o que se agravou ao
se deparar com as péssimas condições de trabalho que lhe querem impor na EMI Pica Pau Amarelo. Além de
ser uma creche na qual não há funções para o seu trabalho de professora alfabetizadora, a escola enfrenta
sérios problemas de falta de segurança e higiene que afetam ao conjunto de trabalhadoras da escola, às
crianças e suas mães e familiares. A realização do ato no local permitiu comprovar as denúncias já
comunicadas pela professora Sandra Fortes em carta ao secretário de Educação, João Medeiros, na qual
solicita que seja revista a sua transferência compulsória para a EMI Pica Pau Amarelo. “Imagino como se
sentem as trabalhadoras da escola que têm que passar ali diariamente. O sobressalto, medo e insegurança
certamente são diários. Eu sairia sozinha todos os dias, a pé, às 13h. Não dá acúmulo para o HTPC, pois este
é na quarta, de 12 às 14h. Mas me permitiriam fazer o HTPC, dentro da minha jornada e sairia às 15h
sozinha também. A estrada tem pedregulhos que dificultam a corrida, se for necessário, cheia de lugares para
esconder. Se algo acontecer ali, ninguém vê e nem ouve nada. Horrível imaginar percorrer este caminho com
medo, todos os dias sozinha.” Afirma a professora Sandra Fortes. A sensação de medo e insegurança foi
manifestada também pelas mães e familiares das crianças, que são obrigadas a buscar seus filhos
atravessando diariamente esta estrada isolada, perigosa, e, segundo depoimentos dos familiares, empoeirada
ou lamacenta, quando chove. A vistoria no local mostrou também outro aspecto pavoroso: a completa falta
de condições de higiene, com esgotos a céu aberto a menos de 10 metros da escola, matagal, lixo e outras
imundícies onde proliferam ratos, insetos e outras ameaças à saúde das trabalhadoras, das crianças e de seus
familiares. Como afirmou o presidente do Siproem, professor Adenir Segura, presente ao ato, “é inaceitável
que em pleno século XXI ainda existam escolas em situação degradante como esta”. A luta contra a
perseguição à professora Sandra Fortes e contra o assédio moral aos funcionários públicos municipais,
praticado de forma contumaz pelo prefeito, secretários e pelas chefias, vai continuar. Em defesa dos direitos
dos trabalhadores!
EXPEDIENTE
Diretoria: Presidente - Adenir Segura
Secretário Geral - Adamor Uchoa
Tesoureiro - Carlos Meira
Editor e Jornalista Responsável: Carlos Meira
MTB - DRT nº 50.707/SP
e-mail: [email protected]
Informativo de divulgação do Sindicato dos Professores das Escolas
Públicas Municipais de Taboão da Serra
Subsede: Rua Desidério Ferreira, nº 137 – sala 02, Parque Pinheiros,
Taboão da Serra Telefone: (11) 4786-1270
9. identificação da vítima como “criadora de caso” ou
indisciplinada; 10. retirada das atividades do assediado. O
trabalho existe, mas é negado ao funcionário.
As principais condutas que o trabalhador deve
ter em caso de assédio moral
ASSÉDIO MORAL OU ABUSO
DE PODER?
O ASSÉDIO MORAL é hoje um problema
presente na maioria das empresas, sejam elas de
pequeno, médio ou grande porte. Chefias
estressadas, que se valendo de sua condição
hierárquica e da necessidade do trabalhador (a)
manter seu emprego, julgam poder humilhar,
oprimir, constranger, intimidar e afrontar,
geralmente, com gritos e/ou palavras ofensivas,
seus subordinados. Muitas denúncias são
recebidas pelo DEPARTAMENTO JURÍDICO
DO SIPROEM e todas elas são averiguadas.
Em havendo constatação de que houve Assédio
Moral, os casos são tratados conforme rege a
Lei. O Siproem ‘não deixa isso barato’. As
informações mais importantes acerca do
problema do Assédio Moral, é que existe uma
tendência de banalizar os pedidos de
indenização por “Danos Morais”, nas
reclamações trabalhistas. Por isso é necessário
estar por dentro do que é caracterizado como
assédio moral, suas consequências e como agir
diante do problema. As práticas mais comuns,
mas não exclusivas, podem ser: 1.
desaprovação velada e sutil a qualquer
comportamento da vítima; 2. críticas repetidas
e continuadas em relação à sua capacidade
profissional; 3. comunicações incorretas ou
incompletas quanto à forma de realização do
serviço, metas ou reuniões, de forma que a
vítima sempre faça o seu serviço de forma
incompleta, incorreta ou com atraso, e ainda se
atrase para reuniões importantes; 4. apropriação
de ideias da vítima para serem apresentadas
como de autoria do assediador; 5. exclusão da
vítima
de
eventos
como
almoços,
confraternizações ou outras atividades junto aos
demais colegas; 6. descrédito da vítima no
ambiente de trabalho mediante rumores ou
boatos sobre a sua vida pessoal ou profissional;
7. exposição reiterada e contínua da vítima ao
ridículo perante colegas ou clientes; 8. alegação
pelo agressor, quando e se confrontado, de que
a vítima está paranóica, com mania de
perseguição ou não tem maturidade emocional
suficiente para desempenhar as suas funções;
- Nunca se calar caso suspeite
de que se está sofrendo uma
possível situação de assédio.
Ninguém é obrigado a suportar abusos e injúrias e
assédios de qualquer tipo.
- É necessário socializar o tema. Não se deve tentar
solucionar o problema e lutar sozinho contra ele. Tal
atitude, além de causar problemas de saúde, pode dar a
impressão de ser a própria vítima o problema. Deve-se
reagir rapidamente e comunicar a situação a colegas de
trabalho de confiança e a eventual comitê encarregado da
prevenção de riscos ocupacionais. A intervenção da
empresa deve ser solicitada. Deve-se afastar pensamentos
de desvalorização e evitar sentir-se culpado pela prática do
assédio, ou de ser o motivo do mesmo. Se necessário,
pode-se buscar apoio psicológico e aprender técnicas de
enfrentamento e de relaxamento a fim de abordar o
problema com mais força e sem comprometer a saúde. É
necessário considerar a possibilidade de contatar as
associações As principais condutas que o trabalhador deve
ter em caso de assédio moral devem ser: de vítimas para
receber apoio emocional, assessoramento legal e/ou ajuda
psicológica. Eventualmente, pode-se apresentar uma
denúncia à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), ao
Ministério Público do Trabalho (PMT) ou ajuizar
demanda perante a Justiça do Trabalho. Os casos de
assédio moral que chegam ao Judiciário são crescentes.
Além disso, grande parte das ações ajuizadas na Justiça do
Trabalho contém pedidos de reparação de dano moral. Por
isso que se deve estudar com cuidado toda a problemática
do dano moral esses pedidos nas reclamações trabalhistas.
Procure o nosso jurídico em caso de dúvidas.
EMI DIVIDE ESPAÇO COM LIXO EM TABOÃO DA SERRA
Localizada atrás do Centro Cultural Japonês, abandonado, na Avenida Kizaemon Takeuti, tem um caminho
horrível, deserto, baldio e inseguro (uma estradinha de terra) que é obrigatório a todos que vão para a escola.
Passar por ali em grupo ou de carro já é inseguro. Mas, a pé e sozinho é pavoroso. Não tem uma casa. Muito
mato e entulho, numa estrada de terra muito curva, cuja visão completa da mesma é impossível. É ladeada
pelo muro da EMEB Jorge Amado e E.E. Laurita, e pelo barranco no lado oposto, que tem um muro que
contorna outra estrada, vigiada por cachorros, dizem que é nos fundos da casa do "japonês". Esta estrada não
é caminho para outro lugar que não seja a EMI. Pica Pau Amarelo localizada numa grande área baldia. A
EMI no Jardim Clementino, em Taboão da Serra, é uma escola infantil que cuida de crianças de até dois e
um mini maternal com vinte crianças de dois e três anos. Mas o ambiente que a cerca não é nada lúdico, pelo
contrário, fica em um terreno cercado por mato, lixo, entulho e ao lado de esgoto a céu aberto e é de difícil
acesso, em uma rua praticamente deserta. Professores, pais e alunos são obrigados a conviver diariamente
com o cenário de abandono. O local em que está instalada a EMI é alvo de muitas reclamações que
vão desde a rua não asfaltada à falta de segurança. Corre-se o perigo de ser atacado por algum marginal
escondido no matagal ao lado da escola. “Em dias de chuva a escola é cercada por lama e a insalubridade do
terreno onde fica a unidade, com mau cheiro proveniente de um esgoto a céu aberto. Apesar do prefeito
Fernando
Fernandes
falar
de
intervenções
importantes que
sua
gestão realiza na
saúde e em
pavimentação
e
esgoto, suas
ações
passaram
longe
da
escola infantil do
Jardim
Clementino.
As
condições de
trabalho e acesso à
EMI
são
precárias,
aliás
marca
registrada
desse
governo que
em meio de alardeadas inaugurações tem a capacidade de manter uma escola infantil num local como esse
funcionando precariamente. Por esse motivo diretores do SIPROEM são proibidos de entrar nas escolas do
município. O prefeito não quer que se denuncie as condições precárias com que trabalhadores da educação
são obrigados a enfrentar impostas pela administração Fernando Fernandes que, desde o início de seu
mandato, mostrou-se avesso às críticas. Porém como elogiar um governante, que mantém na cidade uma
escola nessas condições pondo em risco a saúde de trabalhadores e, principalmente, crianças. Não adianta
posar com crianças no colo para fotografia e depois se recolher no conforto de seu luxuoso gabinete, como
se tudo estivesse perfeito. O SIPROEM já acionou a vigilância sanitária exigindo e fechamento imediato da
escola antes que algo grave aconteça com uma criança ou trabalhador. Se o prefeito não se importa com as
condições de higiene nos locais de trabalho, pelo menos, demonstre um pouco de respeito com a saúde das
crianças que poderão adquirir alguma doença. É o mínimo que se espera de um ser, mesmo que não seja
humano.
SIPROEM DENUNCIA
PREFEITURA NA
SUÁSTICAS DE TABOÃO.
PEDAGÓGICO?
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
O SIPROEM fez denúncia Vigilância Sanitária
sobre as condições de trabalho dos professores
da EMI. Pica Pau Amarelo. A escola está
localizada num local de difícil acesso e isolado,
gerando muita insegurança a todos. Não
bastasse isso, ainda tem problema do esgoto
que contamina o ar e compromete a saúde de
alunos e professores. O sindicato espera
providências dos órgãos de saúde e, se
necessário, que fechem a escola até que os
problemas sejam resolvidos, pois não é possível
que uma cidade como Taboão da Serra, vizinha
de uma das maiores cidades do mundo ainda
mantenha escolas nessas condições. É
vergonhoso que o prefeito Fernando Fernandes
ignore as condições em que trabalhadores e
alunos são obrigados a conviver. Se o prefeito
acha boas as condições do local, ele pode
mudar o seu gabinete para lá. É uma boa
proposta, prefeito. O senhor que é médico tem
a obrigação de cuidar da saúde do povo.
Infeliz ideia o tema do desfile de uma escola em Taboão
da Serra que não se limitou apenas a demonstração de
força militar, bem como o orgulho patriótico que impera
nos desfiles de 7 de setembro. Um desses desfiles não se
limitou às reverências militares brasileiras e causou
polêmica ao trazer crianças exibindo suásticas, símbolo do
regime nazista da Alemanha. A justificativa, segundo o
secretário da educação, João Medeiros, é que tal conteúdo
“cultural” sairia do discurso pedagógico para uma aula
pública. Essa é uma avaliação no mínimo ingênua, já que
tal símbolo faz parte de um passado vergonhoso da
humanidade em que
milhões de pessoas foram
assassinadas
para
satisfazer a ambição de
Poder de um louco, fato
esse que até os alemães
se
envergonham.
A
publicação é tão negativa
que a foto publicada na
internet não identifica os
alunos da escola e, muito
menos,
os
adultos
próximos que aparecem
com os rostos apagados.
Segundo denúncias, o
desfile foi produzido pela
diretora da unidade escolar, aliás, a mesma diretora que
chamou a GCM quando o comando de greve lá esteve. É
esse o resultado quando os professores são excluídos das
discussões e obrigados a acatar ordens de pessoas que só
querem saber de agradar, bajular o patrão, demonstrando o
total despreparo para dirigir uma escola. O secretário da
educação deve ter aprovado a ideia. Afinal a ditadura
come solta em Taboão da Serra com perseguições contra
professores e quem ousar criticar o governo. No próximo
desfile de 7 de setembro quem sabe a diretora não tenha a
ideia de queimar a carta da abolição...
SIPROEM – SINDICATO DOS PROFESSORES DE TABOÃO DA SERRA E REGIÃO
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